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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
FATORES DA SATISFAÇÃO E FIDELIDADE DE EMPREGADOS: UM ESTUDO
COM DOCENTES DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
por
RAIMUNDO CRUZ FILHO
BACHAREL EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS, UFRN, 1971
TESE SUBMETIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
SETEMBRO, 2007
© 2007 RAIMUNDO CRUZ FILHO.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.
O autor, aqui designado, concede ao Programa de Engenharia de Produção da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir, comunicar ao público,
em papel ou meio eletrônico, esta obra, no todo ou em parte, nos termos da Lei.
Assinatura do Autor: ______________________________________________
APROVADO POR:
______________________________________________________________
Prof. Rubens Eugênio Barreto Ramos, D.Sc. – Orientador, Presidente
______________________________________________________________
Prof
a
. Ana Célia Cavalcanti Fernandes Campos, D.Ing. – Membro Examinador
______________________________________________________________
Prof
a
. Patrícia Whebber Souza de Oliveira, Dr. – Membro Examinador Externo
MEMBRO CONVIDADO DA SOCIEDADE
______________________________________________________________
João Carlos Argolo, M.Sc.
UFRN, Pró-Reitor de Recursos Humanos
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ii
Divisão de Serviços Técnicos
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede
Cruz Filho, Raimundo.
FATORES DA SATISFAÇÃO E FIDELIDADE DE EMPREGADOS: UM
ESTUDO COM DOCENTES DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR /
Raimundo Cruz Filho. – Natal, RN, 2007.
xv, 72 p.
Orientador: Rubens Eugênio Barreto Ramos
Tese (Mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de
Tecnologia. Programa de Engenharia de Produção.
1. Satisfação de Empregados. 2. Retenção de Empregados. 3. Gestão de
Recursos Humanos 4. Ensino Superior. 4. I Ramos, Rubens Eugênio Barreto. II
Título.
RN/UF/BCZM CDU 658.xxx(xxx.x)
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iii
SOBRE O AUTOR
Raimundo Cruz Filho, Bacharel em Ciências
Econômicas (UFRN, 1971) e especialista em
Controladoria (FGV-RJ/UNP-RN, 1992), é filho de
Raimundo Cruz e Maria Alcina Bezerra Cruz, nascido no
dia 17 de agosto de 1949, na cidade de Currais Novos,
estado do Rio Grande do Norte.
ATUAÇÃO PROFISSIOAL:
Controller_Nordeste da Coats Corrente Ltda – Fev/1972 a Mar/2007;
Professor do Curso de Ciências Contábeis da UNP Universidade Potiguar
Set/1994 aos dias atuais;
Consultor da RCF Consultoria Empresarial – Abr/2007 aos dias atuais.
ARTIGO PUBLICADO DURANTE A PÓS-GRADUAÇÃO
XXIII ENEGEP – Ouro Preto – MG – 2003
Competitividade Sustentável: Um Desafio Permanente
iv
Para Ana Lindamar Gomes Cruz.
v
AGRADECIMENTOS
Ao Programa de Engenharia de Produção PEP da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte - UFRN, pela oportunidade de desenvolver este trabalho.
À Universidade Potiguar - UNP, pelo apoio financeiro concedido durante o curso.
A Todos os Professores do Programa de Engenharia de Produção, em especial ao meu
orientador Prof. Dr. Rubens Eugênio Barreto Ramos, pela competência e pelo constante
entusiasmo em transmitir um pouco da sua sabedoria e da sua experiência.
Aos Colegas, pelo companheirismo constante.
A Cleide Maria, Secretária do Programa de Engenharia de Produção, pela sua constante
disponibilidade, desde o início do processo seletivo.
Aos meus Pais, verdadeiros mestres da escola da vida.
À minha Esposa, pelo amor, pela compreensão, e pelo permanente estímulo.
Aos meus Filhos, Genros, Nora e Netos, que também souberam compreender e aceitar
minha ausência em alguns momentos das nossas vidas.
A Todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste trabalho.
A Deus, fonte de todas as graças, o meu agradecimento maior.
vi
Resumo da Tese apresentada à UFRN/PEP como parte dos requisitos necessários para a
obtenção do grau de Mestre em Ciências em Engenharia de Produção.
FATORES DA SATISFAÇÃO E FIDELIDADE DE EMPREGADOS: UM ESTUDO
COM DOCENTES DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
RAIMUNDO CRUZ FILHO
Setembro, 2007
Orientador: Prof. Rubens Eugênio Barreto Ramos, D.Sc.
Curso: Mestrado em Ciências em Engenharia de Produção
O universo empresarial e o meio acadêmico vivem hoje o desafio de alinhar a estratégia da
organização com a estratégia da gestão de pessoas; o ambiente interno tornou-se tão importante
quanto o ambiente externo. Neste contexto, esta Dissertação de Mestrado focada em docentes de
instituição de ensino superior, tem por objetivo investigar os fatores que afetam a satisfação e
fidelidade de empregados e analisar a sua importância para a gestão de pessoas, visando contribuir
com a geração de informações que auxiliem novos estudos sobre como prever, gerenciar e
incrementar os resultados da força de trabalho, atualmente tão importantes e necessários quanto
aqueles que tratam dos resultados financeiros. Este estudo pode ser compreendido em duas
dimensões: a teórica e a prática. A primeira busca confrontar a compreensão de rios estudiosos,
pesquisadores da gestão de pessoas, com a realidade das práticas existentes. A segunda diz respeito à
pesquisa de campo que, realizada em uma população de 1.577 professores da UFRN, tem o propósito
de identificar os fatores que explicam a satisfação e a fidelidade dos empregados. Durante o mês de
junho de 2007, foram aplicados 59 questionários. As análises dos dados foram feitas através da
estatística descritiva e análise de regressão múltipla e indicam que a Satisfação com a Instituição e a
Satisfação com a Carreira são diretamente influenciadas pelos fatores: aprendizagem e crescimento,
ambiente de trabalho, remuneração, comunicação e liderança. Por outro lado, sugere os resultados
serem os fatores: compromisso afetivo, imagem, remuneração e compromisso calculado os que mais
influenciam a Fidelidade Total, enquanto a Fidelidade Parcial se mostra diretamente influenciada
pelo compromisso calculado e pela remuneração. Indicam também os resultados da pesquisa ser a
recomendação diretamente influenciada pelos fatores: liderança, satisfação e remuneração.
vii
Abstract of Master’s Thesis presented to UFRN/PEP in fulfillment of the requirements for
the degree of Master of Science in Production Engineering
FACTORES AFFECTING EMPLOYEES SATISFACTION AND LOYALTY: A
STUDY ON A HIGHER EDUCATION INSTITUTION FACULTY MEMBERS
RAIMUNDO CRUZ FILHO
September, 2007
Thesis Supervisor: Professor Rubens Eugênio Barreto Ramos
Program: Master of Sciences in Production Engineering
The business universe and academia live the challenge today of aligning organization strategies of
the with people management strategies; the internal environment has become as important as the
external environment. In this context, this Master's degree Dissertation has been focused on teachers
in a higher education institution, with the objective of investigating the factors that affect employee
satisfaction and fidelity and to analyze the importance of people management, in an attempt to make
a contribution to the generation of information that could provide impetus to new studies on how to
predict, manage and increase the results of the workforce. In the current ambiance these aspects are
as important and necessary as those that deal with financial results. This study can be understood in
two dimensions: the theoretical and the practical. The first dimension involves the confrontation of
the understanding of a variety of studies on people management, within the reality of existent
practices. The second concerns field research that involved a population of 1.577 teachers of UFRN.
This was done for the purpose of identifying the factors that explain employee satisfaction and
fidelity. During the month of June of 2007, 59 questionnaires were applied. The analyses of the data
were made through descriptive statistics and multiple regression analysis and they indicate that the
Satisfaction with the Institution and the Satisfaction with the Career are influenced directly by the
following factors: learning and growth, working environment, remuneration, communication and
leadership. On the other hand, it suggests that: affective commitment, image, remuneration and
calculated commitment the are the ones that most influence Total Fidelity, while Partial Fidelity is
shown to be directly influenced by the calculated commitment and remuneration. They also indicate
the results of the research to be the recommendation directly influenced by the factors: leadership,
satisfaction and remuneration.
viii
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ......................................................................................................................... 1
1.2 OBJETIVO ........................................................................................................................................... 3
1.3 RELEVÂNCIA ...................................................................................................................................... 3
1.4 ORGANIZAÇÃO DA TESE..................................................................................................................... 3
CAPÍTULO 2 SATISFAÇÃO E FIDELIDADE DE EMPREGADOS.................................................. 5
2.1 SATISFAÇÃO E FIDELIDADE DE EMPREGADOS .................................................................................... 5
2.2 CRESCENTE IMPORTÂNCIA COMO FATOR DE COMPETITIVIDADE SUSTENTÁVEL ................................ 6
2.3 O CONTEXTO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR ..................................................................... 8
2.4 SATISFAÇÃO E FIDELIDADE DE EMPREGADOS: O ESTUDO DE SILVA (2003)....................................... 8
2.4.1 O Modelo de Indicadores de Satisfação do Cliente de Johnson et al. (2001) .............................. 8
2.4.2 O Modelo Malcom Baldrige National Quality Award ................................................................ 10
2.4.3 O Modelo Desenvolvido por Silva (2003)................................................................................... 13
2.5 LIDERANÇA: NOVA VARIÁVEL ESTUDADA ...................................................................................... 14
2.5.1 Conceitos sobre Liderança ......................................................................................................... 14
2.5.2 Liderança Visionária .................................................................................................................. 17
2.5.3 Liderança, Satisfação e Fidelidade de Empregados.................................................................. 20
2.6 SATISFAÇÃO E FIDELIDADE DE EMPREGADOS: O MODELO DA PESQUISA......................................... 21
CAPÍTULO 3 METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................................ 22
3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA.................................................................................................................. 22
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA.................................................................................................................. 22
3.3 COLETA DE DADOS........................................................................................................................... 23
3.4 ANÁLISE DOS DADOS ....................................................................................................................... 25
CAPÍTULO 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 27
4.1 VALIDAÇÃO DA PESQUISA................................................................................................................ 27
4.1.1 A Amostra ................................................................................................................................... 27
4.1.2 Validação do Questionário ......................................................................................................... 30
4.2 ANÁLISE DESCRITIVA....................................................................................................................... 32
4.3 ANÁLISE DE REGRESSÃO PARA SATISFAÇÃO.................................................................................... 45
4.3.1 Satisfação com a Instituição ....................................................................................................... 45
4.3.2 Satisfação com a Carreira.......................................................................................................... 47
4.4 ANÁLISE DE REGRESSÃO PARA FIDELIDADE..................................................................................... 49
4.4.1 Fidelidade Total.......................................................................................................................... 49
4.4.2 Fidelidade Parcial ...................................................................................................................... 51
4.5 RECOMENDAÇÃO.............................................................................................................................. 53
4.6 SÍNTESE DA ANÁLISE ESTATÍSTICA .................................................................................................. 55
ix
CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ..................................................................... 58
5.1 PRINCIPAIS RESULTADOS DA PESQUISA ........................................................................................... 58
5.1.1 Satisfação.................................................................................................................................... 58
5.1.2 Fidelidade ................................................................................................................................... 61
5.2 ANÁLISE CRÍTICA DOS OBJETIVOS ................................................................................................... 64
5.3 IMPLICAÇÕES TEÓRICAS................................................................................................................... 64
5.4 IMPLICAÇÕES GERENCIAIS ............................................................................................................... 64
5.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA ............................................................................................................... 65
5.6 DIREÇÕES DA PESQUISA ................................................................................................................... 65
5.7 RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................................ 65
5.8 CONCLUSÃO..................................................................................................................................... 66
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................ 67
ANEXO 1 QUESTIONÁRIO .......................................................................................................................... 73
ANEXO 2 ANÁLISE DE CRONBACH ......................................................................................................... 75
ANEXO 3 ANÁLISE DESCRITIVA .............................................................................................................. 77
ANEXO 4 ANÁLISES DE REGRESSÃO PARA SATISFAÇÃO ............................................................... 78
ANEXO 5 MULTICOLINEARIDADE PARA SATISFAÇÃO ................................................................... 81
ANEXO 6 ANÁLISES DE REGRESSÃO PARA FIDELIDADE E RECOMENDAÇÃO ........................ 83
ANEXO 7 MULTICOLINEARIDADE PARA FIDELIDADE .................................................................... 87
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 Variáveis de medição: antecedentes da satisfação, componentes do modelo
utilizado no instrumento da pesquisa e suas referências básicas.................................. 24
Tabela 3.2 Variáveis de medição: antecedentes da fidelidade, componentes do modelo
utilizado no instrumento da pesquisa e suas referências básicas.................................. 25
Tabela 4.1 Erro amostral da pesquisa, 95% de intervalo de confiança ................................ 28
Tabela 4.2 Variáveis de controle e teste χ
2
entre amostra e população................................ 30
Tabela 4.3 Teste de Confiabilidade de Itens/Escala............................................................ 31
Tabela 4.4 Análise Fatorial de Consistência dos Construtos............................................... 31
Tabela 4.5 Regressão para Satisfação com a Instituição, métodos backward e forward ...... 46
Tabela 4.6 Regressão para Satisfação, métodos backward e forward.................................. 48
Tabela 4.7 Regressão para Fidelidade Total, métodos backward e forward stepwise .......... 50
Tabela 4.8 Regressão para (In)Fidelidade Parcial, métodos backward e forward................ 52
Tabela 4.9 Análise de Regressão para Recomendação........................................................ 54
Tabela 5.1 Coeficiente de correlação entre variáveis independentes relacionadas à
SATINST................................................................................................................... 59
Tabela 5.2 Coeficiente de correlação entre variáveis independentes relacionadas à
SATCARR................................................................................................................. 60
Tabela 5.3 Coeficiente de correlação entre variáveis independentes relacionadas à FIDTOT.
.................................................................................................................................. 61
Tabela 5.4 Coeficiente de correlação entre variáveis independentes relacionadas à FIDPAR.
.................................................................................................................................. 62
Tabela 5.5 Coeficiente de correlação entre variáveis independentes relacionadas à REC.... 63
xi
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 O Modelo proposto por Johnson et al. (2001)................................................... 10
Figura 2.2 Componentes da Categoria “Foco nos Recursos Humanos” Baldrige Award
(Fonte: Adaptado de NIST, 2003) .............................................................................. 13
Figura 2.3 Modelo para o estudo de satisfação e fidelidade de empregados no ambiente de
trabalho (Silva, 2003)................................................................................................. 14
Figura 2.4 Malcolm Baldrige National Quality Award (MBNQA) .................................... 16
Figura 2.5 European Foundation for Quality Management (EFQM).................................. 16
Figura 2.6 Liderança Visionária segundo Sashkin e Rosenback (1998) ............................. 17
Figura 2.7 Componentes de Liderança Transformacional.................................................. 18
Figura 2.8 Componentes de Liderança Transacional ......................................................... 19
Figura 2.9 Modelo da Pesquisa ......................................................................................... 21
Figura 4.1 Distribuição da população por sexo, pesquisa e UFRN (Fonte:SINAES).......... 28
Figura 4.2 Faixas Etárias, pesquisa e UFRN (Fonte: SINAES).......................................... 29
Figura 4.3 Titulação, pesquisa e UFRN (Fonte: SINAES)................................................. 29
Figura 4.4 Anos de Trabalho na Instituição e Tempo no Ensino Superior (Fonte: SINAES)
.................................................................................................................................. 30
Figura 4.5 G1 – Satisfação com a Instituição .................................................................... 32
Figura 4.6 G2 – Satisfação com a carreira......................................................................... 33
Figura 4.7 A8 – Mecanismos de progressão funcional....................................................... 33
Figura 4.8 D5 – Importância do trabalho para a IES.......................................................... 34
Figura 4.9 C2 – Alocação de disciplinas à sua competência .............................................. 34
Figura 4.10 A2 – Apoio da Secretaria ............................................................................... 35
Figura 4.11 A9 – Agilidade em implementar ações........................................................... 35
Figura 4.12 B3 – Perspectivas de crescimento profissional................................................ 36
Figura 4.13 B1 – Treinamento .......................................................................................... 36
Figura 4.14 D6 – Relacionamento inter-pessoal no trabalho.............................................. 37
xii
Figura 4.15 D2 – Recursos tecnológicos disponíveis para aulas ........................................ 37
Figura 4.16 E1 – Remuneração pelo trabalho.................................................................... 38
Figura 4.17 E2 – Remuneração dos professores mais qualificados .................................... 38
Figura 4.18 E3 – Remuneração que recebe comparada a outras faculdades ....................... 39
Figura 4.19 E4 – Remuneração dos professores mais qualificados comparada a outras
faculdades.................................................................................................................. 39
Figura 4.20 F1 – Forma como o problema foi tratado........................................................ 40
Figura 4.21 J1 – Estímulo a relacionamentos cooperativos................................................ 40
Figura 4.22 J10 – Clareza quanto ao futuro da Instituição ................................................ 41
Figura 4.23 J5 – Credibilidade Externa ............................................................................. 41
Figura 4.24 J6 – Credibilidade interna .............................................................................. 42
Figura 4.25 L1 – Fidelidade Total (disposição de atuar apenas nesta Instituição) .............. 42
Figura 4.26 L2 – Fidelidade parcial (disposição em atuar nesta e em outras Instituições) .. 43
Figura 4.27 M2– Recomendar a filho(a) de amigo a estudar nesta Instituição.................... 43
Figura 4.28 H1 – Imagem da Instituição ........................................................................... 44
Figura 4.29 I1 Usar camiseta com nome/imagem da Instituição para caminhar, fazer
exercícios................................................................................................................... 44
Figura 4.30 K1 – Vantagem se fosse trabalhar em outra IFES........................................... 45
Figura 4.31 K2 – Vantagem se fosse trabalhar em IES particular ...................................... 45
Figura 4.32 Regressão para Satisfação com a Instituição................................................... 47
Figura 4.33 Regressão para Satisfação com a Carreira ...................................................... 49
Figura 4.34 Regressão para Fidelidade Total..................................................................... 51
Figura 4.35 Regressão para Fidelidade Parcial .................................................................. 53
Figura 4.36 Regressão para Recomendação ...................................................................... 55
Figura 4.37 Modelo dos Fatores Resultantes da Pesquisa Fatores Significativos e R
2
ajustado
.................................................................................................................................. 56
xiii
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1-1 Erro amostral................................................................................................. 28
xiv
LISTA DE SIGLAS, NOMES E ACRÔNIMOS
IES - INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
NCSB - NORWEGIAN CUSTOMER SATISFACTION BAROMETER
SC - SATISFAÇÃO DO CLIENTE
MBNQA - MALCOM BALDRIGE NATIONAL QUALITY AWARD
NIST - NATIONAL INSTITUTE OF STANDARDS AND TECNOLOGY
EFQM - EUROPEAN FOUNDATION FOR QUALITY MANAGEMENT
SINAES - SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
xv
ANEXOS
Anexo 1 .......................................................................................................................... 59
Anexo 2........................................................................................................................... 61
1
Capítulo 1
Introdução
Este capítulo contextualiza, através da identificação e análise de direcionadores de
satisfação e fidelidade de empregados, a importância da gestão de pessoas para a
competitividade sustentável das organizações, caracteriza o ensino superior, e informa sobre
os objetivos definidos para esta dissertação, sua relevância e, por fim, a estrutura geral dos
capítulos que integram este trabalho acadêmico.
1.1 Contextualização
As transformações tecnológicas, políticas e mercadológicas ocorridas a partir da
segunda metade do Século XX, impuseram profundas mudanças às organizações, ao
transferir para o cliente o poder até então exercido pelos fabricantes e fornecedores,
tornando a competitividade sustentável um desafio permanente.
A nova dinâmica de mercado não garante hoje a sobrevivência das organizações
que continuam atuando com estratégias e estruturas que foram efetivas nos mercados
estáveis do passado (Tarabishy et al., 2005)
O aumento da disputa por mercados tornou imperioso às organizações brasileiras
buscarem alcançar um padrão de competitividade de classe mundial, o que exige maior
competência na elaboração da estratégia do negócio e da estratégia da gestão (Tanure et
al.,2007).
Identificar, compreender e antecipar as necessidades dos clientes passou a ser a
principal forma de assegurar a competitividade em mercados cada vez mais seletivos, o que
provocou importantes mudanças no pensamento gerencial. Todos na empresa são então
orientados para que os objetivos estratégicos sejam alcançados através de serviços de alta
qualidade que satisfaçam o cliente (Lewis, 1988; Vilares and Coelho, 2003).
2
Estudos começaram a indicar que satisfação do cliente está arraigada em satisfação
do empregado porque afetividades ou cognições compartilhadas podem ocorrer entre
empregados e entre empregados e clientes (Schlesinger and Heskett, 1991; Ulrich et al.
1991). Por outro lado, pesquisas científicas realizadas para identificar as percepções e
conexões entre empregados e clientes, comprovam a assertiva de que clientes que entram em
contato com empregados que m alto grau de comprometimento com a companhia são
afetados favoravelmente, o que evidencia a importância de unir o ambiente externo ao
ambiente interno (Schneider and Bowen, 1985; Spinelli and Canavos, 2000, Tanure et al.,
2007).
Lucratividade e crescimento passarem a resultar de uma cadeia onde qualidade,
produtividade, valor ao serviço, e satisfação e lealdade do cliente, têm seu resultado
dependente de satisfação e fidelidade dos empregados. Dessa forma, os empregados
passaram a ser um ativo usado pelas empresas como diferencial de competitividade e,
medidas de desempenho consolidadas, em geral apoiadas somente em indicadores contábeis
e financeiros, não são bastante para as empresas criarem valor econômico para o futuro.
Em vários países da Europa e nos Estados Unidos, tais sistemas demandam a inclusão de
medidas de intangíveis, tais como satisfação de clientes e empregados (Heskett et al., 1997;
Kaplan and Norton, 1997; Campos, 1998; Kristensen et. al 2003; Jacobsen et. al, 2005).
O controle gerencial, a capacidade de marketing de massa e a sofisticação financeira
deixaram de ser os únicos componentes do diferencial competitivo das organizações, que se
voltou para uma maior distribuição do poder de decisão, onde as habilidades pessoais e
interpessoais alinhadas a um pensamento sistêmico, torna a aprendizagem mais importante
do que o controle, o que ressalta a crescente importância da gestão de pessoas, considerada
agora um ativo intangível do mais relevante valor, conforme reflete os modelos de
excelência organizacional mais utilizados no mundo: o americano Malcolm Baldrige
National Quality Award (Figura 2.4) e o europeu European Foundation for Quality
Management (Figura 2.5).
Portanto, a forma mais segura de manter de sustentar a competitividade é unir o
ambiente interno ao ambiente externo, através do alinhamento da gestão de pessoas à
estratégia da organização (Tanure et al., 2007).
Constatam Campos (1998), e Tachizawa e Andrade (1999), que as mudanças
fundamentais que vêm ocorrendo nos modelos de gestão das organizações empresariais, em
3
razão da necessidade de sobreviverem no ambiente em que atuam, começam também a
chegar com mais intensidade às Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras.
1.2 Objetivo
Este trabalho tem por objetivo estudar fatores que afetam a satisfação e a fidelidade
de empregados com foco nos docentes de Instituição de Ensino Superior.
1.3 Relevância
Conforme Tanure et al. (2007), um dos papéis da gestão de pessoas é apoiar a
organização na condução das dualidades subjacentes ao processo competitivo.
O escopo deste estudo reflete a constatação de que, atualmente, o fator determinante
do progresso das organizações está menos relacionado com suas vantagens competitivas
tangíveis e mais com os seus ativos intangíveis, particularmente com os recursos humanos
que, bem gerenciados, podem maximizar os ativos tangíveis e, mal gerenciados, podem
inviabilizar a organização seja através de um mau desempenho, seja pelo risco de serem
atraídos por outra instituição, ensejando ao concorrente a utilização de toda inteligência
construída ao longo dos anos.
Do ponto de vista acadêmico, este trabalho, ao identificar direcionadores de
satisfação e fidelidade de empregados e analisar a sua importância para a gestão de pessoas,
visa contribuir com a geração de informações que auxiliem novos estudos sobre como
prever, gerenciar e incrementar os resultados da força de trabalho, atualmente tão
importantes e necessários quanto aqueles que tratam dos resultados financeiros.
Do ponto de vista prático, visa contribuir com um modelo elaborado com o propósito
de facilitar a compreensão do ambiente interno e que permite fazer benchmarking externo,
através da identificação dos fatores gerenciáveis que contribuem para a satisfação e
fidelidade dos empregados.
1.4 Organização da Tese
Este trabalho está dividido em cinco capítulos. Este primeiro capítulo apresenta a
contextualização, o objetivo, a relevância e a organização da dissertação.
No segundo capítulo é feita uma revisão teórica a respeito dos fatores da satisfação e
fidelidade de empregados, seguindo-se de uma análise da sua crescente importância como
4
fator de competitividade sustentável, contextualizando nessa análise as instituições do
ensino superior e destacando a inclusão da variável liderança.
O terceiro capítulo descreve a metodologia aplicada para atingir o objetivo da
pesquisa, descrevendo tipologia, população e amostra, coleta de dados e análise dos dados.
No capítulo quatro são apresentados os resultados da pesquisa e as discussões a partir
da metodologia aplicada, enfocando a validação da pesquisa, a análise descritiva das
informações obtidas através do instrumento utilizado e a análise de regressão múltipla e de
associação de variáveis.
O capítulo quinto finaliza o trabalho apresentando uma síntese geral dos principais
resultados com conclusões e recomendações para futuras pesquisas.
Finalmente, os anexos compostos pelo questionário, cálculos estatísticos e a
apresentação das demais variáveis.
5
Capítulo 2
Satisfação e Fidelidade de
Empregados
Neste capítulo, é feita uma revisão teórica a respeito dos fatores da satisfação e
fidelidade de empregados, seguindo-se de uma análise da sua crescente importância como
fator de competitividade sustentável, contextualizando nessa análise as instituições do
ensino superior e destacando a inclusão da variável liderança.
2.1 Satisfação e Fidelidade de Empregados
A crescente competitividade do mercado mundial tem feito com que as empresas
transformem os seus recursos intelectuais em diferencial de competitividade. Dessa forma
a gestão de pessoas tem ganhado uma importância cada vez maior. Os empregados
deixaram de ser considerados um recurso a ser explorado para ser um ativo a ser
fomentado. Cornelius (1999), afirma que essa mudança é refletida no fato de atualmente
não mais se gerenciar pessoal e sim pessoas.
Satisfação e fidelidade dos empregados tornam-se, portanto, um decisivo fator
para que as organizações alcancem a tão desejável vantagem competitiva sustentável.
Conforme Geus (1998, p.24):
“... a intensidade com que as pessoas se aplicam, confiam e se envolvem
no trabalho tem não só um efeito direto sobre os resultados da empresa,
mas o mais direto dos efeitos, em relação a qualquer outro fator, sobre
a expectativa de vida de sua empresa”.
6
2.2 Crescente Importância como Fator de Competitividade Sustentável
Sob o ponto de vista econômico, a competição, nos últimos anos, tem sido algo
bastante complexo, desafiador e cheio de oportunidades e ameaças. Não mais inseridas
num contexto de continuidade e estabilidade as instituições sentem a necessidade de inovar
para alcançar um desempenho operacional que lhes assegure melhoria contínua,
lucratividade e competitividade sustentável.
A partir da cada de 90, a preocupação com a satisfação do cliente, provocou um
importante impacto no pensamento gerencial. Identificar, compreender e antecipar as
necessidades dos clientes passou a ser a principal fonte de vantagem competitiva para as
companhias, além de provocar um decisivo impacto na escolha de suas prioridades e
práticas (Vilares and Coelho, 2003).
As organizações passaram a buscar o crescimento sustentável através da criação de
programas voltados para o cliente. Todos na empresa são então orientados para que os
objetivos estratégicos sejam alcançados através de serviços de alta qualidade que
satisfaçam o cliente. Entender antecipadamente as necessidades dos clientes e satisfazê-las
tornou-se, de fato, a mais importante fonte de competitividade sustentável das
organizações (Lewis, 1988; Vilares and Coelho, 2003).
Schlesinger and Heskett (1991), sugerem que satisfação do cliente esarraigada
em satisfação do empregado mais do que em qualquer outra coisa, inclusive tecnologia
inteligente, especialmente porque esta pode ser replicada pelo concorrente. Ulrich et al.
(1991), ao se referirem às razões psicológicas para a sinergia empregado/cliente, afirmam
que envolvimento de empregados prediz envolvimento de clientes, porque afetividades ou
cognições compartilhadas, podem ocorrer entre empregados e entre empregados e clientes.
Em companhias onde empregados praticam um compartilhamento automático de idéias
sobre as metas da companhia e o processo utilizado para defini-las, o envolvimento dos
empregados tende a ser mais alto. Nelas os empregados compartilham e desenvolvem uma
grande unidade em torno dos valores da companhia, chegando a personificar a empresa em
seu comportamento profissional. Clientes que entram em contato com empregados que têm
alto grau de comprometimento com a companhia, provavelmente serão afetados
favoravelmente. Pesquisas científicas realizadas para identificar as percepções e conexões
entre empregados e clientes, comprovam esta assertiva (Schneider and Bowen, 1985;
Spinelli and Canavos, 2000).
7
Nesse sentido, famosos modelos avaliação de excelência organizacional, como o
americano Malcolm Baldrige National Quality Award (Figura 2.4) e o europeu European
Foundation for Quality Management (Figura 2.5), destacam a importância dos clientes e
dos recursos humanos.
De fato, a literatura sobre gestão tem evidenciado que, competência, satisfação e
lealdade do empregado inicia o desempenho da cadeia que liga qualidade, produtividade,
valor ao serviço, satisfação e lealdade do cliente, e resulta em lucratividade e crescimento
(Heskett et al., 1997; Reichheld, 1996; Feuss et al., 2004).
Em conseqüência, o gerenciamento das organizações está deixando de se restringir
à administração dos ativos físicos e monetários e se voltando, cada vez mais, para o
gerenciamento de pessoas, o que exige que as organizações operem com sistemas de
informação cada vez mais holísticos. Assim, medidas de desempenho consolidadas, em
geral apoiadas somente em indicadores contábeis e financeiros, não são bastante para as
empresas criarem valor econômico para o futuro. Em vários países da Europa e nos
Estados Unidos, tais sistemas demandam a inclusão de medidas de intangíveis, tais
como satisfação de clientes e empregados (Kaplan and Norton, 1997; Campos, 1998;
Kristensen et. al 2003; Jacobsen et. al, 2005).
O reconhecimento mundial de tais afirmações torna-se notório também pelo fato de
muitos países terem elaborado seus modelos indicadores de satisfação do cliente,
destacando-se dentre eles: Suécia, Alemanha, Estados Unidos, Europa e Noruega (Fornell,
1992; Anderson and Fornell, 2000; Kristensen et al., 2000; Johnson et al. 2001). Daí tem
sido observado uma crescente aplicação de medição de intangíveis, em setores públicos e
privados, particularmente com relação à satisfação do cliente (Fornell et. al, 1996;
Kristensen and Westlund, 2001; Schultz, 2006).
Menos tem sido feito no campo da satisfação dos empregados, no sentido do
desenvolvimento de métodos de padrões de medida. Entretanto, é percebível a inclusão
de medidas e modelos de aferição de satisfação e lealdade de empregados desenvolvidos e
testados em setores públicos e privados de vários países, tais como: Inglaterra, Dinamarca,
Estados Unidos, Suécia, Noruega, Finlândia e Brasil (Fosam et al., 1998; Eskildsen and
Nüssler, 2000; Martensen and Gronholdt, 2001; Kristensen and Westlund, 2001; Arnett et
al., 2002; Silva, 2003; Eskildsen et al., 2004).
8
Este estudo destaca e complementa o trabalho desenvolvido no Brasil por
Silva(2003).
2.3 O Contexto das Instituições de Ensino Superior
As organizações orientadas a serviços estão sendo também revolucionadas pelas
mudanças no ambiente externo. Durante muito tempo as empresas públicas, de transportes,
comunicações, financeiras, de saúde e educacionais, coexistiram pacificamente com seus
concorrentes em ambientes não competitivos; esta situação está desaparecendo. Com a
desregulamentação dos mercados, as mudanças fundamentais que vêm ocorrendo nos
modelos de gestão das organizações empresariais, em razão da necessidade de
sobreviverem no ambiente em que atuam, começam também a chegar com mais
intensidade às Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras (Campos, 1998; Tachizawa
e Andrade, 1999).
A busca da qualidade provocou um repensar global da própria administração e
priorizou a pessoa na figura do cliente, como fundamento e razão de ser de todo o esforço
das IES (Mezomo, 1999). Difícil imaginar uma IES competindo sem ouvir, interpretar e
atender as expectativas de seus clientes, considerando que o seu produto é o aluno por ela
formado, e que o seu cliente é a organização empregadora desse profissional colocado no
mercado (Tachizawa e Andrade, l999).
2.4 Satisfação e Fidelidade de Empregados: O Estudo de Silva (2003).
Fundamentado na noção de empregado como cliente, este trabalho baseia-se no
estudo de Silva (2003), que construiu o seu modelo para estudo da satisfação e fidelidade
de empregados no seu ambiente de trabalho, Figura 2.3, através da adaptação de grupos de
variáveis relacionadas aos componentes do modelo de indicadores de satisfação do cliente,
proposto por Johnson et al. (2001), Figura 2.1, e do Modelo Malcom Baldrige National
Quality Award – Componentes da Categoria “Foco nos Recursos Humanos” (NIST, 2003),
Figura 2.4.
2.4.1 O Modelo de Indicadores de Satisfação do Cliente de Johnson et al. (2001)
Estudiosos dos indicadores ou índices de satisfação do cliente, e querendo
contribuir para a sua melhoria contínua, Johnson et al. (2001), utilizando-se dos dados da
pesquisa do Norwegian Customer Satisfaction Barometer (NCSB) elaborado em 1998,
9
propuseram uma série de modificações e melhorias para medidores e modeladores de
Satisfação de Cliente (SC) que, testadas em pesquisa realizada em cinco indústrias de
serviços (aviação, bancos, serviços de estação e transportes ferroviário e rodoviário), da
qual participaram 2.755 respondentes, foram incorporados ao Norwegian Customer
Satisfaction Barometer (NCSB).
Em relação aos modelos de SC até então existentes, este estudo destaca as
principais modificações e melhorias propostas por esses autores no trabalho acima
referenciado, construídas sob uma perspectiva econômica financeira, conforme Figura 2.1:
(1) adição de múltiplas referências de comparações para preço, para isolar um índice de
preço percebido, em substituição do componente valor. Sustentam que o preço necessita
ter um efeito direto sobre fidelidade e um efeito indireto via satisfação. Isto porque,
explicam, como um construto tipo-atitude, necessita somente mediar parcialmente o efeito
qualidade e preço sobre fidelidade. Informam que o efeito direto da atratividade de preço
sobre satisfação é significativamente positivo em quatro das cinco indústrias pesquisadas e
que o efeito direto de preço sobre fidelidade é significante em duas dessas cinco empresas.
Consideram que esses resultados são consistentes com a previsão que, em algumas
indústrias, clientes reconsideram a importância do preço quando evoluindo de satisfação
para fidelidade; (2) inclusão de duas variáveis de comprometimento: comprometimento
afetivo, que captura mais do relacionamento e credibilidade que é construído entre a
organização e o cliente no decorrer do tempo e comprometimento calculado que captura
mais as conseqüências econômicas ou custos associados com produtos relacionados ou
provedores de serviços. Esclarecem que ambos os componentes são positivamente afetados
por satisfação em quatro das cinco indústrias. Destacam como importante descoberta o
fato da pesquisa haver constatado que, em quatro das cinco indústrias, comprometimento
afetivo tem um maior efeito direto sobre fidelidade do que sobre satisfação. Isto sugere,
informam, que satisfação afeta largamente fidelidade, possibilitando a construção de fortes
relacionamentos entre companhias e clientes. Adicionalmente as variáveis de
comprometimento têm o beneficio de incrementar fortemente a adequação do modelo para
explicar variações em fidelidade, comparativamente a outros modelos de índices nacionais;
(3) substituição de expectativa do cliente como uma variável antecedente de satisfação, por
imagem da empresa como conseqüência de satisfação. Destacam que o modelo tem êxito
em isolar as variáveis relativas a imagem da empresa e comprometimentos afetivo e
calculado como esperado e que satisfação tem um consistente largo efeito sobre imagem
10
da empresa, o que reflete a contribuição que experiências de consumo tem sobre imagem
da empresa em cada organização. Explicam que o efeito de imagem da empresa sobre
fidelidade é menor, embora significativo para cada uma das indústrias pesquisadas e que o
fato de haverem adicionado mais direcionadores de fidelidade é conveniente para avaliar o
efeito total que satisfação tem sobre fidelidade em cada caso. (4) isolamento do construto
tratamento de reclamação, considerando-o direcionador de satisfação e fidelidade.
Figura 2.1 O Modelo proposto por Johnson et al. (2001)
2.4.2 O Modelo Malcom Baldrige National Quality Award
Celebrando quase duas décadas e reconhecido mundialmente, o Malcolm Baldrige
National Quality Award, modelo americano que avalia qualidade e desempenho
organizacional através de Prêmio de Qualidade, Figura 2.4 - versão utilizada por Silva
(2003), é famoso por tratar igualmente dos clientes internos e externos, destacando a
gestão de pessoas como fundamento para a excelência da organização (destacar aqui a
existência da atual versão).
11
Referida versão está baseada em sete categorias: (1) liderança, (2) planejamento
estratégico, (3) foco no cliente e no mercado, (4) medidas, análise e gerenciamento do
conhecimento, (5) foco nos recursos humanos, (6) gerenciamento de processos e (7)
resultados do negócio:
Liderança Examina como a alta direção conduz e mantém a organização em
relação às responsabilidades éticas, legais e comunitárias.
Planejamento Estratégico – Examina como a organização desenvolve objetivos
estratégicos e planos de ações e como esses objetivos e planos são organizados e
preparados de forma a que possam ser usados ou adaptados às circunstâncias quando
necessário. Também examina como o progresso é medido.
Foco no Cliente e no Mercado – Examina como a organização determina as
exigências, necessidades e expectativas de clientes e mercados. Também examina como
são construídos os relacionamentos com os clientes e como são determinados os fatores
chaves para sua satisfação, lealdade e retenção, de forma a manter a expansão e a
sustentabilidade do negócio.
Medidas, Análises e Administração do Conhecimento Examina como a
organização seleciona, acumula, administra e aperfeiçoa seus dados, informações a ativos
do conhecimento, e como administra sua tecnologia da informação. Também examina
como a organização revisa e utiliza essa revisão para melhorar o desempenho.
Foco nos Recursos Humanos Examina como a organização compromete,
administra e desenvolve sua força de trabalho de forma a utilizar todo o potencial da mão-
de-obra, em linha com a missão, a estratégia e planos de ação da instituição. Examina
também, sua capacidade de desenvolver as capacidades e habilidades necessárias e de
construir um ambiente que conduza à alta performance dos empregados.
Gerenciamento de Processos Examina como são determinados as competências-
chave e os sistemas de trabalho, e como são planejados, administrados e aperfeiçoados os
processos-chave para implementar esses sistemas de trabalho de forma a agregar valor para
o cliente e alcançar o sucesso e a sustentabilidade da organização. A aptidão para
emergências também é examinada.
Resultados do Negócio Examina as melhorias e desempenho da organização em
todas as áreas-chave: produtos, serviços, cliente, finanças, mercado, recursos humanos,
eficiência dos processos e liderança.l. Também examina qual o desempenho da
12
organização comparativamente aos seus concorrentes e a outras organizações que
produzam produtos e serviços similares.
A categoria “Foco nos Recursos Humanos”, na versão utilizada por Silva (2003),
compreende três quesitos de análise:
a. Sistemas de Trabalho Descreve como o trabalho, o emprego, as recompensas,
as possibilidades de progressão salarial e funcional e as respectivas práticas de
emprego permitem aos empregados e à organização alcançarem alta
performance. Este quesito compreende três áreas de avaliação: (1) Organização
e Gerenciamento do Trabalho, (2) Sistema de Gerenciamento da Performance
do Empregado e (3) Progressão funcional e salarial.
b. Aprendizagem e Motivação do Empregado Descreve como a educação, o
treinamento e o desenvolvimento profissional do empregado suportam a
construção de conhecimentos, habilidades e competências que conduzam à alta
performance. Este quesito compreende duas áreas de avaliação: (1) Educação,
Treinamento e Desenvolvimento dos Empregados e (2) Motivação e
Desenvolvimento Profissional.
c. Bem-estar e Satisfação do Empregado Descreve como a organização mantém
um ambiente de trabalho e um clima que contribui para o bem-estar, a
satisfação e a motivação de todos os empregados. Este quesito é dividido em
duas áreas: (1) Ambiente de Trabalho e (2) Suporte e Satisfação dos
Empregados.
A Figura 2.2 apresenta, de forma esquemática, os componentes da categoria Foco
nos Recursos Humanos.
13
Foco nos Recursos
Humanos
Sistema de Trabalho
Aprendizagem e
Motivação
Organização e
Gerenciamento do Trabalho
Sistema de Gerenciamento da
Performance do Empregado
Progressão Funcional e
Salarial
Educação, Treinamento e
Desenvolvimento
Motivação e
Desenvolvimento Profissional
Bem-estar e
Satisfação
Ambiente de
Trabalho
Satisfação e Suporte dos
Empregados
Figura 2.2 Componentes da Categoria “Foco nos Recursos Humanos” – Baldrige Award
(Fonte: Adaptado de NIST, 2003)
2.4.3 O Modelo Desenvolvido por Silva (2003)
Duas foram as importantes adaptações procedidas por Silva (2003), para a
proposição do modelo utilizado neste estudo: (1) os direcionadores de qualidade foram
convertidos para direcionadores da satisfação com o emprego, destacando como exemplo
de variáveis a gestão participativa e o incentivo da organização para o crescimento
profissional dos empregados; (2) a construção da variável índice de preço foi adaptada
para uma construção que indica a satisfação com a remuneração percebida, em função do
tipo de atividade exercida pelo empregado.
14
Figura 2.3 Modelo para o estudo de satisfação e fidelidade de empregados no ambiente de
trabalho (Silva, 2003)
Conforme mostrado na Figura 2.3, captura satisfação e fidelidade dos empregados
através de informações relativas a sistema de trabalho, aprendizagem e motivação, bem-
estar e satisfação, imagem da organização, remuneração percebida, comprometimento
afetivo, comprometimento calculado e gestão da reclamação.
O modelo adaptado foi utilizado com excelentes resultados por Silva (2003)
em uma pesquisa realizada em quatro instituições privadas de ensino superior de Natal-Rn,
no período de abril a maio de 2003, e que considerou uma população de 260 professores
amostrados.
2.5 Liderança: Nova Variável Estudada
“Ninguém ainda descobriu como gerenciar
pessoas em uma batalha; elas têm de ser lideradas”
Kotter, (2000)
2.5.1 Conceitos sobre Liderança
O estudo formal de liderança começou por volta do ano de 1900 (Rowden, 2000).
Desde então, liderança tem sido o tópico das ciências comportamentais mais pesquisados;
como resultado, existe uma abundância de novos conceitos e uma falta de coerência quanto
15
à sua definição e teoria. A teoria da liderança é, portanto, na psicologia social, o tópico
mais pesquisado e controverso (Bennis, 1959).
Fiedler (1967), descreve comportamento de liderança como um ato no qual o líder
se empenha no sentido de dirigir e coordenar o trabalho dos membros do seu grupo. Burns
(1978), define liderança como a ação que une os líderes e seguidores na perseguição de
mudança significante e moralmente desejável. Bennis and Nanus (1988), popularizaram o
conceito de que líderes são as pessoas que fazem as coisas certas, formando uma visão do
futuro, enquanto comunicando efetivamente, evocando confiança e interesse em aprender.
Semelhantemente, Washbush and Clements (1999), destacam que é comum se entender
liderança como a capacidade da pessoa para se comportar de modo que, mais positiva e
efetivamente, influenciem os membros da organização a agir de forma a atingir o melhor
resultado para todos. Kotter (2000), percebe diferenças entre liderança e gerenciamento.
Para ele, ambos são necessários para o êxito em um contexto empresarial cada vez mais
complexo e volátil. Assim, entende que gerenciar é lidar com a complexidade, enquanto
liderar é lidar com a mudança.
Mundialmente utilizados, modelos que estabelecem critérios para alcançar e avaliar
a excelência organizacional, destacam a importância do papel da liderança para o alcance
do resultado do negócio, a ser obtido através da gestão de pessoas.
Os prêmios Malcolm Baldrige National Quality Award (MBNQA), Figura 2.4,
desenvolvido nos Estados Unidos pelo National Institute of Standards and Technology
(NIST), e o Modelo Quality Award Criterion, desenvolvido pela European Foundation for
Quality Management (EFQM), Figura 2.5, são bons exemplos da afirmação acima.
16
Liderança
Liderança
Planejamento
Planejamento
Estratégico
Estratégico
Gerenciamento
Gerenciamento
por
por
Processo
Processo
Foco
Foco
no
no
Cliente
Cliente
e no Mercado
e no Mercado
Resultados
Resultados
Foco
Foco
em
em
Recursos
Recursos
Humanos
Humanos
Medição
Medição
,
,
Análise
Análise
e
e
Administração
Administração
do
do
Conhecimento
Conhecimento
Perfil
Perfil
Organizacional
Organizacional
:
:
Ambiente
Ambiente
,
,
Relacionamentos
Relacionamentos
e
e
Desafios
Desafios
Figura 2.4 Malcolm Baldrige National Quality Award (MBNQA)
Liderança
Pessoas
Política e
Estratégia
Parceiros e
Recursos
Processos
Efeito no
Resultado
do Negócio
Efeito nas
Pessoas
Efeito nos
Clientes
Efeito na
Sociedade
CAPACITADORES RESULTADOS
INOVAÇÃO E APRENDIZADO
Liderança
Pessoas
Política e
Estratégia
Parceiros e
Recursos
Processos
Efeito no
Resultado
do Negócio
Efeito nas
Pessoas
Efeito nos
Clientes
Efeito na
Sociedade
CAPACITADORES RESULTADOS
INOVAÇÃO E APRENDIZADO
Figura 2.5 European Foundation for Quality Management (EFQM)
Referidos modelos promovem a excelência sustentável através da Liderança
Visionária que, além de inspiradora, é indissociada de uma constância de propósitos.
Consideram que o líder visionário é aquele que estabelece para a organização valores,
éticas e culturas que assegurem identidade única e atrativa aos “stakeholders” (assim
considerados todos os indivíduos ou grupos que têm impacto sobre ou na organização, tais
17
como: clientes, acionistas, empregados, fornecedores, governo e comunidade na qual a
organização opera.
2.5.2 Liderança Visionária
Tarabishy et al., (2005), com o propósito de identificar o impacto de líderes
empreendedores sobre o desempenho de organizações em mercados dinâmicos, efetuaram
um estudo investigativo com diretores e respectivos gerentes seniores de empresas
localizadas na área metropolitana de Washington nos Estados Unidos.
Os resultados de tal estudo demonstraram existir uma relação entre organizações
com postura estratégica empreendedora e altos dirigentes que exibem características e
comportamentos de liderança transformacional e transacional. Concluem referidos autores
que tais deres ajudam as organizações a criar e implementar estratégias organizacionais
empreendedoramente orientadas para a proatividade e inovação, com excelente
desempenho nos atuais mercados dinâmicos.
Para realizar tal investigação, Tarabishy et al., (2005), utilizaram a Teoria de
Liderança Visionária de Sashkin e Rosenback (1998), que, baseada no fator cultura, define
características e comportamentos de liderança transformacional e transacional (Figura 2.4)
LIDERANÇA VISIONÁRIA
LIDERANÇA TRANSACIONAL – COMPORTAMENTOS
Administração Competente Quão bem o líder realiza tarefas administrativas cotidianas necessárias ao
bom funcionamento, a curto prazo, de qualquer grupo ou organização.
Justa Recompensa O grau em que os líderes transacionais deixam claro e explícito suas metas e
expectativas de desempenho, e quão bem eles cumprem as recompensas
prometidas para bom desempenho e alcance de metas.
LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL – COMPORTAMENTOS
Comunicação A habilidade para administrar a atenção de outros, através de clara e focada
comunicação interpessoal.
Credibilidade A habilidade para estabelecer credibilidade contínua, através de ações
consistentes e de acordo com o que é falado.
Afetividade O grau em que o líder demonstra respeito e interesse pelos outros.
Criatividade A habilidade para criar oportunidades, correndo riscos calculados.
LIDERANÇA TRANSACIONAL – CARACTERÍSTICAS
Confiança Até que ponto o der possui e demonstra auto-confiança e o grau em que a
transmite a seus seguidores.
Encorajamento do seguidor O grau em que o der considera seus seguidores como parceiros e não como
peças a serem manipuladas.
Liderança Visionária A habilidade dos líderes para definir e expressar o futuro para o grupo ou a
organização.
Figura 2.6 Liderança Visionária segundo Sashkin e Rosenback (1998)
18
Os conceitos de liderança transformacional e transacional utilizados para o
desenvolvimento da Teoria de Liderança Visionária por Sashkin e Rosenback (1998)
foram originalmente desenvolvidos por Burns (1978). Desde então esses dois estilos de
liderança têm sido bastante pesquisadas, o que tem demonstrado sua adequação à
identificação dos atributos de liderança (Rowden, 2000).
Em suas pesquisas, Burns (1978), estudou as características de liderança de vários
líderes políticos. Como resultado, definiu liderança transformacional como o processo no
qual a interação de líderes e seguidores os faz alcançar altos níveis de integridade e
motivação; e liderança transacional, como uma troca de recompensas por condescendência.
A partir dos anos 80 as pesquisas sobre liderança têm destacado a liderança
transformacional como o modelo de liderança efetiva (House and Shamir, 1993). Bass
(1985), entendendo que os líderes seguidores das teorias de Burns (1978) motivam os seus
seguidores no sentido de alcançar resultados acima da expectativa, os influenciando a
transcender o egoísmo em prol da equipe e da organização, as expandiu e aplicou-as às
organizações industriais. A expansão de tais teorias caracterizou-se pela adição de cinco
características, três das quais fundamentam a liderança transformacional: liderança
carismática, consideração individualizada e estimulação intelectual; as duas
características restantes alicerçam a liderança transacional: gerenciamento por exceção e
recompensa contingencial.
Lid e ran ç a
Ca r i sm á t ic a
Co n side r a ç ã o
Indi v idua l iza d a
Lid e ran ç a
Tran s fo rm a c io n al
Es t i m ul a ç ão
Int e l ec t u al
Lid e ran ç a
Ca r i sm á t ic a
Co n side r a ç ã o
Indi v idua l iza d a
Lid e ran ç a
Tran s fo rm a c io n al
Es t i m ul a ç ão
Int e l ec t u al
Figura 2.7 Componentes de Liderança Transformacional
19
Gerenciamento
Por Exceção
Liderança
Transacional
Recompensa
Contingencial
Gerenciamento
Por Exceção
Liderança
Transacional
Recompensa
Contingencial
Figura 2.8 Componentes de Liderança Transacional
Liderança Carismática é definida como um processo no qual o líder influencia
seguidores pela identificação um com o outro, e pelo despertar de fortes emoções.
Consideração Individualizada é um processo através do qual o líder aconselha, orienta e
respeita cada subordinado como um individuo. Estimulação Intelectual é o processo que os
líderes usam para incrementar a consciência dos subordinados em relação aos seus
problemas e os encoraja a usar diferentes e criativos métodos para resolvê-los (Metcalfe
and Metcalfe, 2000; Popper & Zakkai, 1994; Yukl, 1994;). Gerenciamento por Exceção é
quando o líder somente intervém quando a tarefa não está sendo completada de acordo
com o regulamento e, Recompensa Contingencial é o processo usado pelos líderes para
delinear específicas tarefas que necessitam ser completadas para gerar recompensas
(Popper & Zakkai, 1994; Yukl, 1994).
Yukl (1994), entende Liderança Transformacional como o processo que influencia
maiores mudanças no sentido dos membros das organizações construírem maior
comprometimento com os objetivos ou a missão da organização, e Liderança Transacional
como um processo que envolve recompensas eventuais, clarificação de metas, trabalhos
criteriosos e tarefas designadas.
Atualmente, embora alguma teorias de liderança transformacional sejam diferentes
em alguns dos comportamentos específicos de liderança por elas identificados, todas
apresentam como característica central a relação entre o líder e seus seguidores, e o
postulado de que é pela confiança e respeito ao líder que os seguidores são motivados a
executar além das expectativas. Para tanto são encorajados a pensar criticamente e a buscar
20
novos meios de alcançar os seus objetivos. (Conger and Kanungo, 1987; Bennis e Nanus,
1988; Podsakoff et al, 1990; Shamir et al., 1994).
2.5.3 Liderança, Satisfação e Fidelidade de Empregados
Estudos recentes destacam as conseqüências da liderança com satisfação e
fidelidade de empregados: Bass (1985) e Torpman (2004), argumentam que o fato dos
líderes encorajarem os seus seguidores a pensarem criticamente em novas formas de
abordar problemas e desafios, os motiva a serem mais comprometidos com as suas
obrigações, o que resulta em um incremento dos níveis de satisfação com a organização.
Werther (1988), reconhecendo que a liderança é imprescindível à competitividade,
recomenda que os líderes da organização devem priorizar a sua missão de gerar
comprometimento e a fidelidade dos operários para com a organização. Afirmam Bass and
Avolio (1994) que, demonstrando respeito e confiança em seus seguidores, líderes
transformacionais podem obter um alto grau de confiança e fidelidade de seus seguidores
para com o seu líder e a sua organização. Por sua vez, Gagnon and Michael (2004),
evidenciam que empregados motivados pelos seus líderes tendem a demonstrar satisfação
no trabalho, alto desempenho e comprometimento com a organização.
Positivos relacionamentos entre liderança transformacional, lealdade e
comprometimento afetivo de empregados são relatados por Otto (1994) em pesquisa
realizada em duas organizações baseadas em Michigan, Estados Unidos. Participaram
dessa pesquisa 678 respondentes; 75 gerentes de nível médio e 603 empregados a eles
subordinados. Mais recentemente, Elloy (2005) relata pesquisa realizada em uma pequena
comunidade rural situada no noroeste dos Estados Unidos, da qual participaram 141
empregados. O resultado indica que o grau de satisfação e comprometimento dos
empregados apresenta relação direta com o maior ou menor grau de liderança dos seus
dirigentes. Também em 2005, Walumbwa et al., realizaram pesquisa em 37 filiais de um
banco, situadas em diferentes países. Participaram deste estudo 208 empregados da China,
194 da Índia e 242 dos Estados Unidos, perfazendo uma população de 644 respondentes.
Objetivou a pesquisa contribuir para a compreensão das condições sob as quais a liderança
transformacional pode ser mais efetiva em motivar os seguidores a obterem melhores
resultados nos seus trabalhos. Os resultados revelarem que a liderança transformacional
influencia positivamente o comprometimento e a satisfação com o trabalho.
21
2.6 Satisfação e Fidelidade de Empregados: O Modelo da Pesquisa.
Considerando a crescente importância do empregado como diferencial de
competitividade, este estudo tem o propósito de identificar os direcionadores gerenciais de
satisfação e fidelidade de empregado no ambiente de trabalho, e de propor um modelo que
demonstre as relações existentes entre estes dois fatores, destacando no fator fidelidade, o
aspecto recomendação.
SISTEMA DE
TRABALHO
Condições de Trabalho Oferecidas
Estabilidade de Emprego
Incentivo ao Trabalho em Equipe
Envolvimento em Decisões na Instituição
Elogio e Reconhecimento da Chefia
Procedimento de Repreensão da Chefia
Intensidade da Comunicação Interna na Inst.
Intensidade de Diálogo com a Chefia
Incentivo ao Funcionário com Treinamento
Incentivo à Criatividade
Incentivo ao Crescimento Profissional
Relacionamento com a Chefia Imediata
rBem-estar no Ambiente de Trabalho
Integração dos Funcionários
Relacionamento no Ambiente de Trabalho
Contribuição para o Sucesso da Instituição
APRENDIZAGEM
E MOTIVAÇÃO
BEM-ESTAR E
SATISFAÇÃO
Remuneração
Liderança
Comprometimento Afetivo
Compromentimento Calculado
Gestão da Reclamação
SATISFAÇÃO
FIDELIDADE
Imagem da Organização
Figura 2.9 Modelo da Pesquisa
Conforme mencionado, fundamenta-se na noção de empregado como cliente, e
baseia-se no estudo desenvolvido por Silva (2003), Figura 2.3, que demonstra como um
modelo desenvolvido para aferir satisfação e lealdade de cliente pode ser adaptado para
aferir satisfação e lealdade de empregados. Oportuno ressaltar que, o modelo proposto o
é novo, apenas acrescenta mais uma variável complementar ao modelo no qual se baseia,
qual seja, Liderança, Figura 2.8
22
Capítulo 3
Metodologia da Pesquisa
Este capítulo, que tem por objetivo esclarecer e justificar a metodologia e os
procedimentos adotados para alcançar os objetivos deste estudo, e está organizado em
quatro seções: tipologia de pesquisa, população e amostra, coleta de dados e análise dos
dados.
3.1 Tipologia da Pesquisa
Para o desenvolvimento desta pesquisa, que tem propósito exploratório e descritivo,
foi utilizado o método survey, assim descrito por Freitas et al., (2000, pág. 106).
“A pesquisa survey pode ser descrita como a obtenção de dados ou informações
sobre características, ações ou opiniões de determinado grupo de pessoas,
indicado como representante de uma população-alvo, por meio de um instrumento,
normalmente um questionário.”
O propósito exploratório cria uma maior familiaridade de um tema em relação a um
fato ou fenômeno (Santos, 1999), enquanto o propósito descritivo permite ao pesquisador a
obtenção de uma maior compreensão do comportamento dos diversos fatores e elementos
que influenciam tal situação (Oliveira, 1997).
3.2 População e Amostra
Ensina Moore (1995, p. 45):
“População é um grupo total de indivíduos, sobre qual desejamos
informações”.
Conforme o propósito deste estudo, foi definido como população os professores da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN.
23
Foi amostrado uma população de 1.577 professores durante o mês de junho de
2007. Conforme descrito no capítulo 4, a amostra final utilizada para as análises
propostas, foi baseada nas respostas validadas.
3.3 Coleta de Dados
Os dados primários, necessários à elaboração deste estudo, foram coletados através
de questionário, conforme preconizado pela técnica de observação direta extensiva citada
por Marconi & Lakatos (1999).
Gil (1999, p. 128) assim define questionário:
“Pode-se definir questionário como a cnica de investigação composta
por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por
escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões,
crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas,
etc.”
O questionário que serviu de instrumento de pesquisa neste trabalho, foi estruturado
com base nas variáveis identificadas durante o processo de pesquisa bibliográfica como
direcionadoras de satisfação e fidelidade de empregados. O modelo proposto neste estudo
reflete as relações existentes entre elas (Figura 2.8).
Na elaboração do instrumento de pesquisa apresentado em anexo, foram utilizadas
perguntas do tipo “fechada” (uma única resposta entre um conjunto de opções possíveis),
formuladas em uma escala de mensuração onde as prioridades variam conforme o
posicionamento da resposta do entrevistado (Oliveira, 1997). As escalas de mensuração
foram projetadas para avaliar a percepção do entrevistado sobre os componentes do
modelo proposto neste trabalho (Figura 2.8), quais sejam: satisfação, imagem da
organização, remuneração, liderança, compromisso afetivo, compromisso calculado, gestão
da reclamação e fidelidade.
24
Tabela 3.1 Variáveis de medição: antecedentes da satisfação, componentes do modelo
utilizado no instrumento da pesquisa e suas referências básicas.
Variável de Medição Componente do Modelo Referências Básicas
A1 – Cooperação entre professores
A2 – Apoio da secretaria
A3 – Qualificação dos docentes
A9 – Agilidade em implementar ações
A10 – Envolvimento na tomada de decisões
Sistema de Trabalho:
Ambiente de Trabalho
Silva (2003)
A4 – Avaliação do desempenho
A7 – Estabilidade no emprego
A8 – Mecanismos de progressão funcional
Sistema de Trabalho:
Relação de Emprego
Silva (2003)
A5 – Comunicação interna
D5 – Importância do trabalho para a IES
Sistema de Trabalho:
Comunicação
Silva (2003)
C1 – Sistema de avaliação de alunos
C2 – Alocação de disciplinas a sua competência
C3 – Comportamento dos alunos
A6 – Tempo disponível para pesquisa
Sistema de Trabalho:
Atividade Docente
Silva (2003)
B1- Treinamento
B2 – Mecanismos institucionais de atualização em
tecnologias didáticas
B3 – Perspectivas de crescimento profissional
Aprendizagem e
Crescimento
Silva (2003)
D1 – Condições gerais da sala de aula
D2 – Recursos tecnológicos disponíveis para aulas
D3 – Promoção de integração entre funcionários
D4 – Relacionamento com nível hierárquico superior
D6 – Relacionamento inter-pessoal no trabalho
Ambiente Organizacional Silva (2003)
G1 – Satisfação com a instituição
G2 – Satisfação com a carreira
Satisfação Silva (2003)
25
Tabela 3.2 Variáveis de medição: antecedentes da fidelidade, componentes do modelo
utilizado no instrumento da pesquisa e suas referências básicas.
Variável de Medição Componente do Modelo Referências Básicas
J1 – Estímulo a relacionamentos cooperativos
J2 – Metas e expectativas de desempenho explícitas
J3 – Reconhecimento pelo bom desempenho
J4 – Comunicação interna entre professores
J5 – Credibilidade externa
J6 – Credibilidade interna
J7 – Ambiente de respeito e interesse pelos outros
J8 – Ambiente favorável à criação de oportunidades
J9 – Auto-confiança e auto-estima dos docentes
J10- Clareza quanto ao futuro da instituição
Liderança
Bass (1985)
Werther (1988)
Bass and Avolio (1994)
Otto (1994)
Torpman (2004)
Gagnon and Michael
(2004)
Elloy (2005)
Walumbwa et al.
(2005)
E1 – Remuneração pelo trabalho
E2 – Remuneração dos professores mais qualificados
E3 – Remuneração que recebe comparada a outras faculdades
E4 – Remuneração dos professores mais qualificados comparada
a outras faculdades
Remuneração Silva (2003)
H1 – Imagem da Instituição
H2 – Contribuição a sua imagem profissional
Imagem Silva (2003)
I1 – Usar camiseta com nome/imagem da Instituição para
caminhar, fazer exercícios
I2 – Usar camiseta com nome/imagem da Instituição para Ir
almoçar no shopping
Comprometimento
Afetivo
Silva (2003)
K1 – Vantagem se fosse trabalhar em outra IFES
K2 – Vantagem se fosse trabalhar em IES particular
Comprometimento
Calculado
Silva (2003)
L1 – Fidelidade total: disposição de atuar apenas nesta Instituição
L2 – Fidelidade parcial: disposição de atuar nesta e em outras
Instituições
Fidelidade Silva (2003)
M1 - Recomendar a amigo ser professor nesta instituição
M2 – Recomendar a filho(a) de amigo a estudar nesta Instituição
Recomendação Silva (2003)
F1 – Forma como o problema foi tratado
F2 – Solução dada ao problema
Gestão da Reclamação Silva (2003)
3.4 Análise dos Dados
A análise dos dados coletados foi feita através da análise descritiva e exploratória,
complementada com a análise de regressão linear múltipla.
26
Com o uso da técnica estatística descritiva e exploratória os resultados foram
resumidos, através do uso de tabelas, figuras e medidas que facilitam a compreensão das
respostas dos entrevistados.
A análise de regressão múltipla foi utilizada para analisar o relacionamento entre
uma variável dependente e diversas variáveis independentes, onde cada variável
independente, com seu peso, contribui para predizer a variável dependente estudada.
No presente estudo, as variáveis dependentes estudadas foram Satisfação e
Fidelidade, destacando-se neste fator o aspecto Recomendação.
27
Capítulo 4
Resultados e Discussão
Este capítulo apresenta os resultados dos dados obtidos na pesquisa de campo, que
foram agrupados e analisados de forma descritiva e exploratória, complementada com a
análise de regressão linear múltipla de forma a facilitar a compreensão do resultado que
reflete a percepção dos entrevistados quanto aos direcionadores de satisfação e fidelidade,
com destaque para o aspecto recomendação.
Compõem este capítulo os seguintes tópicos: 1) Validação da Pesquisa; 2) Análise
Descritiva; 3) Análise da Regressão para Satisfação; 4) Análise da Regressão para
Fidelidade; 5) Recomendação; e 6) Síntese da Análise Estatística.
4.1 Validação da Pesquisa
4.1.1 A Amostra
A população–alvo para a pesquisa foi de 1.577 professores.
Durante o período de coleta que ocorreu em junho de 2007, foram entrevistados 59
professores por conveniência (aqueles que se dispuseram a participar da pesquisa).
O perfil sócio-demográfico dos entrevistados foi composto pelas variáveis: sexo,
ano de nascimento e titulação. Estas variáveis podem ser usadas para avaliar a
representatividade da amostra.
Erro amostral
O erro amostral para um intervalo de confiança de 95% (1,96 desvios) é dado pela
equação 4.1. Para o presente caso, o erro do valor médio da amostra varia entre 7% a 12%
para cada variável cujo valor médio varie entre 10% e 50% respectivamente em
28
determinado valor. Estes valores devem ser considerados na análise descritiva mas o são
quando da análise de regressão na definição dos níveis de significância. Assim, embora
sejam importantes para a análise descritiva (distribuição de freqüência de cada fator ou
variável), quando da análise de regressão múltipla este erro é levado em conta para o
cálculo do nível de significância. Isto significa que no caso da regressão múltipla os fatores
que aparecem como significativos tendem a sê-lo em amostras maiores e na população.
Equação 4-1 Erro amostral
(
)
n
pp
e
=
1
96,1
Tabela 4.1 Erro amostral da pesquisa, 95% de intervalo de confiança
p erro
50% 0,127585
40% 0,125007
30% 0,116934
20% 0,102068
10% 0,076551
Perfil quanto a Sexo
Mostra a Figura 4.1, que a distribuição por sexo verificada na amostra corrobora
os dados da população pesquisada, obtidos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior-SINAES.
59,9%
40,1%
63,8%
36,2%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Masc Fem
UFRN
Pesquisa
Teste
χ
2
: p = 0,5543
Figura 4.1 Distribuição da população por sexo, pesquisa e UFRN (Fonte:SINAES)
29
Perfil quanto a Idade
Na Figura 4.2, o perfil de faixa etária da amostra é similar ao do conjunto dos
professores da UFRN (SINAES).
6,1%
18,5%
27,6%
40,9%
6,8%
11,8%
19,6%
29,4%
35,3%
3,9%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
<30 31-40 41-50 51-60 >61
UFRN
Pesquisa
Teste χ
2
:
p
= 0,4389
Figura 4.2 Faixas Etárias, pesquisa e UFRN (Fonte: SINAES)
Perfil quanto a Titulação
Em relação à titulação a distribuição da amostra também é similar ao da população.
O teste χ
2
sugere que não diferença na distribuição nas categorias de titulação entre a
amostra e a população. A Figura 4.3 apresenta os resultados em percentuais.
9,1%
16,6%
30,8%
43,6%
7,1%
8,9%
35,7%
48,2%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
Graduação Especialização Mestrado Doutorado
UFRN
Pesquisa
Teste χ
2
: p = 0,4037
Figura 4.3 Titulação, pesquisa e UFRN (Fonte: SINAES)
30
Perfil quanto a Anos de Trabalho na Instituição
Os resultados apresentados na Figura 4.4, demonstram haver compatibilidade entre
a amostra e a população.
20,4%
12,8%
21,6%
45,3%
25,5%
9,1%
25,5%
40,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
50,0%
1 a 5 6 a 10 11 a 20 > 21
UFRN
Pesquisa
Teste χ
2
: p = 0,5680
Figura 4.4 Anos de Trabalho na Instituição e Tempo no Ensino Superior (Fonte: SINAES)
Em síntese, considerando os testes comparativos entre a amostra e a população de
docentes da UFRN, a amostra pode ser considerada representativa dos docentes da
Instituição. A Tabela 4.1 resume estas análises.
Tabela 4.2 Variáveis de controle e teste χ
2
entre amostra e população
Variável de Controle
Teste χ
2
Sexo Não há diferença entre amostra e população
Faixas etárias Não há diferença entre amostra e população
Perfil de Titulação Não há diferença entre amostra e população
Perfil de Anos de Trabalho na UFRN
*
Não há diferença entre amostra e população
4.1.2 Validação do Questionário
A escala e itens utilizados mostraram-se satisfatórios. O teste de confiabilidade de
Chronbach (Tabela 4.1) foi realizado para os conjuntos de variáveis com mais de duas
variáveis (restrição do teste), sendo considerados confiáveis aqueles com alfa > 0,70. No
caso dos Construtos que não permitem essa análise, a análise fatorial foi utilizada.
31
Tabela 4.3 Teste de Confiabilidade de Itens/Escala
Grupo de itens Alfa de Chronbach Número de Casos Avaliação
A 0,88 39 ok
B 0,87 39 ok
C 0,66 39 -
D 0,87 39 ok
E 0,90 39 ok
J 0,95 39 ok
Na análise fatorial, procura se verificar se as variáveis usadas resultam em apenas
um fator. Essa análise produziu um agrupamento diferente do modelo geral no componente
Sistema de Trabalho. A análise fatorial gerou três fatores, o que sugere a existência de
três construtos distintos. Como conseqüência, o Construto principal Sistema de Trabalho
foi desmembrado em três Ambiente de Trabalho, Relação de Emprego, e Comunicação.
O Construto Gestão de Reclamações foi desconsiderado pelo baixo número de
respondentes.
Tabela 4.4 Análise Fatorial de Consistência dos Construtos
Apenas 1 Fator (Autovalor
>1,000)
Grupo de Fatores
Autovalor % Var Explicada
A1 – Ambiente de Trabalho 3,445601 68,91202
A2 – Relação de Emprego 1,845420 61,51401
A3 - Comunicação 1,355121 67,75607
B – Aprendizagem e Crescimento 2,406622 80,22075
C – Atividade Docente 1,786012 59,53373
D – Ambiente Organizacional 3,693936 61,56560
E – Remuneração 3,150389 78,75974
H – Imagem 1,789219 89,46094
I – Compromisso Afetivo 1,673875 83,69373
J – Liderança 7,180289 71,80289
K – Compromisso Calculado 1,488314 74,41569
L – Fidelidade 1,327847 66,39235
M – Recomendação 1,532203 76,61014
32
Em ntese, as variáveis e as escalas adotadas são satisfatórias para o presente
estudo.
4.2 Análise Descritiva
A análise descritiva foi feita com o propósito de avaliar, de forma exploratória, a
percepção dos respondentes da pesquisa com relação a algumas das variáveis estruturadas
no instrumento de pesquisa, organizadas em 15 grupos de variáveis, assim compreendidos:
sistema de trabalho-ambiente de trabalho, sistema de trabalho-relação de emprego,
sistema de trabalho-comunicação, sistema de trabalho-atividade docente, aprendizagem e
crescimento, ambiente organizacional, liderança, imagem da IES, remuneração, gestão de
reclamações, compromisso afetivo, compromisso calculado, satisfação, fidelidade e
recomendação.
A Figura 4.5 ilustra que 77% (soma dos graus 6 a 10) dos entrevistados estão
satisfeitos com a Instituição, o que pode ser entendido como um elevado nível de
satisfação.
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
G1
= 59*1*normal(x; 7,322; 1,9778)
3% 3%
17%
7%
24%
14% 14%
19%
3 4 5 6 7 8 9 10
G1
0
2
4
6
8
10
12
14
16
No of obs
Figura 4.5 G1 – Satisfação com a Instituição
Em relação à carreira, também é grande a satisfação dos entrevistados apresentada
na Figura 4.6: 86% (soma dos graus 6 a 10).
33
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
G2
= 58*1*normal(x; 7,5862; 1,956)
2%
0% 0%
7%
5%
12%
16%
22%
19%
17%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
G2
0
2
4
6
8
10
12
14
No of obs
Figura 4.6 G2 – Satisfação com a carreira
Esses dois níveis de satisfação possivelmente favorecem um bom desempenho dos
respondentes, o que contribui para a qualidade do ensino da Instituição pesquisada.
No que se refere ao sistema de trabalho, as Figuras 4.7, 4.8 e 4.9, destacam-se
como indicativas de respostas convergentes com o nível de satisfação geral com a
Instituição (Figura 4.5), relacionados às seguintes variáveis:
A8 Mecanismos de progressão funcional: 50% dos avaliados os consideram bons
(soma dos graus 6 a 8) e 23% os consideram excelentes (soma dos graus 9 e
10);
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
A8
= 59*1*normal(x; 7,1356; 2,1771)
2%
3%
2%
7%
14%
2%
7%
41%
15%
8%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A8
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
No of obs
Figura 4.7 A8 – Mecanismos de progressão funcional
D5 Importância do trabalho para a IES: 41% dos respondentes a consideram
como de nível normal (soma dos graus 6 a 8), e 51% a consideram superior (soma dos
graus 9 e 10)
34
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
D5
= 59*1*normal(x; 8,3051; 1,5565)
2%
7%
3%
14%
24% 24%
27%
4 5 6 7 8 9 10
D5
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
No of obs
Figura 4.8 D5 – Importância do trabalho para a IES
e C2 – Alocação de disciplinas à sua competência: 56% dos entrevistados a
consideram boa, e 30% a consideram excelente;
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
C2
= 59*1*normal(x; 7,5424; 1,8225)
2%
0%
2%
3%
7%
10% 10%
36%
22%
8%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
No of obs
Figura 4.9 C2 – Alocação de disciplinas à sua competência
35
As Figuras 4.10 e 4.11 mostram duas outras variáveis relacionadas ao sistema de
trabalho com resultados menos favoráveis em relação ao aspecto operacional:
A2 apoio da secretaria: 43% dos amostrados indicam esse apoio como bom
(soma dos graus 6 a 8), e 23% o consideram excelente (soma dos graus 9 e 10).
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
A2
= 59*1*normal(x; 6,4407; 2,2839)
2%
5% 5%
10%
12%
10%
19%
14%
20%
3%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A2
0
2
4
6
8
10
12
14
No of obs
Figura 4.10 A2 – Apoio da Secretaria
e A9 agilidade em implementar ações: 46% dos entrevistados a consideram boa
(soma dos graus 6 a 8), e 14% a consideram excelente (soma dos graus 9 e 10).
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
A9
= 57*1*normal(x; 5,9825; 2,1001)
2% 2%
11%
14%
12% 12%
25%
9%
12%
2%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A9
0
2
4
6
8
10
12
14
16
No of obs
Figura 4.11 A9 – Agilidade em implementar ações
Considerando que tais variáveis (A2 e A9) têm relação direta com o desempenho
dos docentes pesquisados, a leitura de tais resultados sugere a necessidade da IES
pesquisada investir na sua melhoria, o que certamente contribuiria para um maior nível de
motivação extrínseca..
Em relação ao fator aprendizagem e crescimento, a Figura 4.12 indica que 72% dos
pesquisados consideram mostram-se satisfeitos com as perspectivas de crescimento
36
profissional, sendo que 46% as consideram boas (soma dos graus 6 a 8), e que 26% as
apontam como excelente.
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
B3
= 55*1*normal(x; 6,7636; 2,341)
4%
0%
5%
11%
9%
13%
11%
22%
15%
11%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B3
0
2
4
6
8
10
12
14
No of obs
Figura 4.12 B3 – Perspectivas de crescimento profissional
Ainda em relação ao fator aprendizagem e crescimento, a Figura 4.13 mostra a
variável treinamento (B1) com um nível de aprovação de 63%, dos quais: 53% como bom
(soma dos graus 6 a 8), e 10% como excelente (soma dos graus 9 e 10).
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
B1
= 59*1*normal(x; 6,1186; 2,4218)
5%
7%
5% 5%
15%
12%
14%
27%
3%
7%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B1
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
No of obs
Figura 4.13 B1 – Treinamento
A Figura 4.14 mostra que 88% dos entrevistados aprovam o relacionamento inter-
pessoal no trabalho: 47% o consideram bom (soma dos graus 6 a 8) e 31% o consideram
excelente. Tal vel de aprovação sugere um bom grau de motivação extrínseca, o que
concorre para a existência de um bom ambiente organizacional.
37
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
D6
= 59*1*normal(x; 7,9153; 1,9677)
2% 2%
0%
3%
5% 5%
10%
32%
19%
22%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D6
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
No of obs
Figura 4.14 D6 – Relacionamento inter-pessoal no trabalho
Entretanto, o mesmo não acontece em relação aos recursos tecnológicos disponíveis
para aulas; mostra a Figura 4.15 que 55% dos respondentes consideram insuficientes tais
recursos (soma dos graus 1 a 5)
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
D2
= 59*1*normal(x; 5,0508; 2,5286)
8% 8%
17%
12%
10% 10%
14%
12%
5%
3%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D2
0
2
4
6
8
10
12
No of obs
Figura 4.15 D2 – Recursos tecnológicos disponíveis para aulas
Os resultados mostrados na Figuras 4.15, sugerem a conveniência da IES investir
na melhoria dos recursos tecnológicos que influenciam diretamente o desempenho dos
docentes pesquisados.
Os números apresentados nas respostas relativas às quatro variáveis relacionadas ao
fator Remuneração (Figuras 4.16 a 4.19), são inversos àqueles que indicam o nível de
satisfação com a Instituição (Figura 4.5). De acordo com a teoria da motivação
desenvolvida por Frederick Herzberg a remuneração, por ser um fator de higiene, tem um
efeito apaziguador tal que os empregados ficam insatisfeitos com o seu emprego quando
suas necessidades não estão adequadamente satisfeitas (Wong et al., 2001). Assim, os
38
resultados mostrados nas próximas quatro figuras sugerem a necessidade da Instituição
rever a sua política de remuneração, considerando o risco de perder o saber dos seus
docentes, seu patrimônio intangível, para o crescente número de IES existente no Estado
do Rio G. do Norte.
No que se refere à remuneração pelo trabalho, mostra a Figura 4.16 que somente
24% dos respondentes a consideram justa (soma dos graus 5 e 6), enquanto 34% a
consideram baixa (soma dos graus 3 e 4), e 17% a consideram muito baixa (soma dos
graus 1 e 2)o.
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
E1
= 59*1*normal(x; 4,678; 2,2852)
7%
10%
19%
15%
19%
5%
10% 10%
3%
2%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E1
0
2
4
6
8
10
12
No of obs
Figura 4.16 E1 – Remuneração pelo trabalho
A Figura 4.17 demonstra semelhante resultado em relação à remuneração dos
professores mais qualificados: 23% dos entrevistados a entendem justa (soma dos graus 5 e
6), 41% baixa (soma dos graus 3 e 4), e 11% muito baixa (soma dos graus 1 e 2) .
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
E2
= 56*1*normal(x; 4,9821; 2,2763)
4%
7%
14%
27%
16%
7% 7% 7% 7%
4%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
No of obs
Figura 4.17 E2 – Remuneração dos professores mais qualificados
39
Quando comparada a outras IES, o nível de insatisfeitos com a remuneração
diminui um pouco, Figura 4.18: 35% dos amostrados a consideram similar (soma dos graus
5 e 6), 22% a entendem menor (soma dos graus 3 e 4), e 6% muito menor (soma dos graus
1 e 2).
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
E3
= 54*1*normal(x; 5,7963; 2,1924)
6%
9%
13%
26%
9%
13%
11%
6%
7%
2 3 4 5 6 7 8 9 10
E3
0
2
4
6
8
10
12
14
16
No of obs
Figura 4.18 E3 – Remuneração que recebe comparada a outras faculdades
Semelhante resultado é mostrado na Figura 4.19, com relação à remuneração dos
professores mais qualificados, comparada a outras IES: 33% dos respondentes a
consideram similar (soma dos graus 5 e 6), 20% a consideram menor (soma dos graus 3 e
4), e 6% a consideram muito menor (soma dos graus 1 e 2).
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
E4
= 53*1*normal(x; 5,9434; 2,373)
4%
2%
9%
11%
25%
8%
11%
15%
6%
9%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E4
0
2
4
6
8
10
12
14
No of obs
Figura 4.19 E4 – Remuneração dos professores mais qualificados comparada a outras
faculdades
No que se refere ao fator Gestão de Reclamações, Figura 4.20, somente dez
respondentes indicaram já haver tido algum problema profissional na Instituição, dos quais
40
80% se manifestaram insatisfeitos em relação à variável F1- forma como o problema foi
tratado (soma dos graus 1 a 5):
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
F1
= 10*1*normal(x; 4,4; 2,5906)
10% 10%
20% 20% 20%
0%
10%
0% 0%
10%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
F1
0
1
2
3
No of obs
Figura 4.20 F1 – Forma como o problema foi tratado
O fator Liderança contribui para explicar a razão do elevado nível de satisfação
geral com a Instituição. Das dez variáveis que integram este fator, a que apresenta o mais
baixo índice de satisfação (soma dos graus 6 a 10) é a variável estímulo a relacionamento
cooperativo (52%) mostrada da Figura 4.21.
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
J1
= 58*1*normal(x; 5,6897; 2,1861)
3%
7%
5%
9%
24%
16%
17%
7%
9%
3%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
J1
0
2
4
6
8
10
12
14
16
No of obs
Figura 4.21 J1 – Estímulo a relacionamentos cooperativos
A variável clareza quanto ao futuro da Instituição converge com o nível de
satisfação geral (Figura 4.5). Mostra a Figura 4.22 que 71% dos entrevistados (soma dos
graus 6 a 10) consideram claro o futuro da IES.
41
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
J10
= 58*1*normal(x; 7,0345; 2,224)
2% 2% 2%
7%
16%
14%
10%
16%
19%
14%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
J10
0
2
4
6
8
10
12
No of obs
Figura 4.22 J10 – Clareza quanto ao futuro da Instituição
Duas outras importantes variáveis do fator Liderança, indicam elevados níveis de
credibilidade: a credibilidade externa, mostrada na Figura 4.23, que apresenta um nível de
satisfação de 83% (soma dos graus 6 a 10);
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
J6
= 59*1*normal(x; 7,3898; 2,0001)
2%
3%
0%
2%
10%
7%
22%
17%
31%
7%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
J6
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
No of obs
Figura 4.23 J5 – Credibilidade Externa
e a credibilidade interna, mostrada na Figura 4.24, que indica um nível de satisfação de
88% (soma dos graus 6 a 10).
42
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
J5
= 59*1*normal(x; 7,8983; 1,6681)
7%
5% 5%
15%
24%
31%
14%
4 5 6 7 8 9 10
J5
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
No of obs
Figura 4.24 J6 – Credibilidade interna
A Figura 4.25 mostra o fator Fidelidade Total, assim compreendida a disposição do
entrevistado em atuar apenas na instituição pesquisada. O elevado nível de disposição,
91% (soma dos graus 6 a 10), converge com o também elevado nível de satisfação com a
Instituição mostrado na Figura 4.5.
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
L1
= 55*1*normal(x; 8,1091; 2,3779)
5%
2%
0%
2%
0%
4%
15%
22%
13%
38%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
L1
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
No of obs
Figura 4.25 L1 – Fidelidade Total (disposição de atuar apenas nesta Instituição)
No que se refere à Fidelidade Parcial, Figura 4.26, 54% dos respondentes
demonstram disposição em atuar na instituição pesquisada e em outras IES o que, se
entendido como reflexo da considerada baixa remuneração (Figuras 4.16 e 4.19), evidencia
o risco da Instituição perder o seu patrimônio intangível, conforme já mencionado.
43
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
L2
= 47*1*normal(x; 5,5745; 3,367)
23%
6%
2%
6%
9%
2%
15%
9%
15%
13%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
L2
0
2
4
6
8
10
12
No of obs
Figura 4.26 L2 – Fidelidade parcial (disposição em atuar nesta e em outras Instituições)
O elevado nível de recomendação, 98% (soma dos graus 6 a 10), mostrado na
Figura 4.27, pode ser reflexo da credibilidade e da satisfação com a Instituição.
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
M2
= 59*1*normal(x; 9,2542; 1,1685)
2%
0%
10% 10%
15%
63%
5 6 7 8 9 10
M2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
No of obs
Figura 4.27 M2– Recomendar a filho(a) de amigo a estudar nesta Instituição
Bastante positivo é o nível de satisfação com a imagem da instituição (91%),
mostrado na Figura 4.28 (soma dos graus 6 a 10), o que contribui para explicar o
semelhante nível da fidelidade total (Figura 4.25) :
44
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
H1
= 59*1*normal(x; 8,1017; 1,5833)
2%
7%
8%
14%
24% 24%
22%
4 5 6 7 8 9 10
H1
0
2
4
6
8
10
12
14
16
No of obs
Figura 4.28 H1 – Imagem da Instituição
A constatação feita para a Figura 4.28, é igualmente válida para a Figura 4.29 que
mostra 90% de aprovação em relação ao compromisso afetivo (soma dos graus 6 a 10).
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
I1
= 58*1*normal(x; 8,4828; 2,234)
3%
2% 2%
0%
3%
0%
9%
16%
21%
45%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
I1
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
No of obs
Figura 4.29 I1 – Usar camiseta com nome/imagem da Instituição para caminhar, fazer
exercícios
Duas variáveis compõem a Compromisso Calculado: a variável K1-Vantagem se
fosse trabalhar em outra IFES, Figura 4.30, que mostra 68% indicando grande vantagem
(soma dos graus 6 a 10) e que contribui para explicar a fidelidade total;
45
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
K1
= 45*1*normal(x; 5,7556; 2,5598)
13%
0%
9%
2%
13%
18% 18%
16%
7%
4%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
K1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
No of obs
Figura 4.30 K1 – Vantagem se fosse trabalhar em outra IFES
e a variável K-2 Vantagem se fosse trabalhar em IES particular,Figura 4.31, que mostra
36% indicando grande vantagem (soma dos graus 6 a 10) e que contribui para explicar a
fidelidade parcial.
Histogram (Cruz_Pesquisa.sta 56v*59c)
K2
= 48*1*normal(x; 4,1667; 3,0481)
31%
8%
13%
6% 6%
10%
6% 6% 6% 6%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
K2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
No of obs
Figura 4.31 K2 – Vantagem se fosse trabalhar em IES particular
4.3 Análise de Regressão para Satisfação
4.3.1 Satisfação com a Instituição
Para esta análise, foi escolhida como variável dependente satisfação com a
instituição (SATINST) e, como variáveis independentes aquelas pertencentes aos grupos
(ver Tabela 3.1): ambiente de trabalho (A1 , A2, A3, A9 e A10); relação de emprego (A4,
A7 e A8); comunicação (A5 e D5); aprendizagem e crescimento ( B1, B2 e B3 ), atividade
docente (C1, C2, C3 e A6), ambiente organizacional (D1, D2, D3, D4 e D6), liderança (
J1, J2, J3, J4, J5, J6, J7, J8, J9 e J10) e remuneração ( E1, E2, E3 e E4).
46
A tabela 4.4 evidencia que o modelo apresentado é adequado para descrever a
associação entre a variável dependente e as variáveis independentes (p< 0,05).
Tabela 4.5 Regressão para Satisfação com a Instituição, métodos backward e forward
Forward Backward Incluindo Fatores
de Liderança
1
n 40 40 39
p < 0,00001 < 0,00001 <0,00001
R 0,8229 0,8319 0,8472
R
2
ajustado 0,6504 0,6665 0,6937
Variáveis beta¹ p bet p bet p
B1-Treinamentos propiciados pela Instituição
0,3614 * 0,2878 0,026 0,3334 *
A9-Agilidade em implementar ações no curso 0,3599 *
E3-Remuneração do trabalho comparada 0,3173 * 0,3796 ** 0,2324 0,032
D5-Importância do Trabalho para a Instituição 0,4042 *
J1-Estímulo a relacionamentos cooperativos 0,4648 **
* < 0,01 ** < 0,001 *** < 0,0001
1
Backward=Forward
As variáveis independentes selecionadas para entrarem no modelo explicam,
através dos métodos Forward e Backward, mais de 65,00% da variação na Satisfação com
a Instituição (R
2
ajustado), destacando-se o cririo que inclui fatores de liderança com o
nível de explicabilidade mais elevado (69,37%). Dentre as 36 variáveis independentes
consideradas, 5 foram significantes para compor o modelo, representando os fatores:
aprendizagem e crescimento (B1), ambiente de trabalho (A9), remuneração(E3),
comunicação (D5) e liderança (J1).
Conforme a Figura 4.5, que ilustra a Tabela 4.4, as 5 variáveis selecionadas
apresentam diferentes níveis de explicabilidade, de acordo com o método de regressão
utilizado. Entre elas destacam-se as variáveis J1 estímulo a relacionamentos
cooperativos (ambiente de trabalho) e D5 importância do trabalho para a Instituição
(liderança), com nível de associação individual superior a 40%.
47
Satisfação
com a IES
Ambiente
de
Trabalho
Comunicação
Aprendizagem,
Crescimento
Atividade
Docente
β
1
=
,
3
6
1
*
Remuneração
Liderança
β
1
=
,
3
1
7
*
β
1
=
,
3
5
9
*
β
3
=
0
,
4
6
4
*
*
Ambiente
Organizacional
β
2
=
,
4
0
4
*
Relação
de
Emprego
β
2
=
,
2
8
7
+
β
3
=
,
3
3
3
*
β
2
=
,
3
7
9
*
*
β
3
=
,
2
3
2
+
β
1
: SATINST, forward, R
2
ajustado
=,650
β
1
: SATINST, backward, R
2
ajustado
=,666
β
3
SATINST, Liderança, R
2
ajustado
=,693
*p<0,01 **p<0,001 ***p<0,0001
Figura 4.32 Regressão para Satisfação com a Instituição
4.3.2 Satisfação com a Carreira
Para elaboração da análise regressiva da variável dependente satisfação com a
carreira (SATCARR), foram consideradas como variáveis independentes as mesmas
variáveis utilizadas para regressão da Satisfação com a Instituição (SATINST).
A tabela 4.5, evidencia que o modelo apresentado é adequado para descrever a
associação entre a variável dependente e as variáveis independentes (p< 0,05).
As variáveis independentes selecionadas para entrarem no modelo explicam,
através dos métodos Forward e Backward, e do critério que inclui fatores de liderança,
mais de 69,00% de variação na Satisfação com a Carreira (R
2
ajustado), destacando-se o
método Forward com o nível de explicabilidade mais elevado, 77,19%. Dentre as 36
variáveis independentes consideradas, 6 foram significantes para compor o modelo,
representando os fatores: aprendizagem e crescimento (B3), comunicação (D5),
remuneração(E2), ambiente de trabalho (A2) , e liderança (J6 e J1).
48
Tabela 4.6 Regressão para Satisfação, métodos backward e forward
Forward Backward Incluindo
Fatores de
Liderança
1
n 39 39 38
p < 0,00001 < 0,00001 <0,00001
R 0,8921 0,8554 0,8472
R
2
ajustado 0,7719 0,7169 0,6937
Variáveis beta p beta p beta P
B3-Perspectiva de crescimento profissional 0,3895 * 0,5341 ** 0,2794 0,022
D5-Importância do Trabalho para a Instituição 0,3215 * 0,3874 *
E2-Remuneração professores mais qualificados 0,1808 0,045
A2-Apoio operacional da secretaria 0,2023 0,048
J6-Credibilidade interna 0,4347 *
J1-Estímulo a relacionamentos cooperativos 0,4648 *
* < 0,01 ** < 0,001 *** < 0,0001
1
Backward=Forward
Na Figura 4.6, que ilustra a Tabela 4.5, entre os diferentes níveis de associação das
6 variáveis independentes selecionadas, destacam-se as variáveis B3 – perspectiva de
crescimento profissional (aprendizagem e crescimento), J6 credibilidade interna
(liderança) e J1 - estímulo a relacionamentos cooperativos (liderança) com nível de
explicabilidade superior a 43%.
49
Satisfação
com a carreira
Ambiente
de
Trabalho
Comunicação
Aprendizagem,
Crescimento
Atividade
Docente
β
1
=
,
3
8
9
*
Remuneração
Liderança
β
1
=
,
1
8
0
+
β
1
=
,
2
0
2
+
β
3
=
0
,
4
3
4
*
Ambiente
Organizacional
β
1
=
,
3
2
1
*
Relação
de
Emprego
β
2
=
,
5
3
4
*
*
β
3
=
,
2
7
9
+
β
2
=
,
3
8
7
*
β
1
: SATCARR, forward, R
2
ajustado
=,716
β
1
: SATCARR, backward, R
2
ajustado
=,771
β
3
SATCARR, Liderança
R
2
ajustado
=,812
+
p<0,05 *p<0,01 **p<0,001 ***p<0,0001
β
3
=
0
,
4
6
4
*
Figura 4.33 Regressão para Satisfação com a Carreira
4.4 Análise de Regressão para Fidelidade
4.4.1 Fidelidade Total
A variável dependente foi definida como fidelidade total (FIDTOT) e as variáveis
independentes as pertencentes aos fatores (ver Tabela 3.2): imagem (H1 e H2), liderança
(J1, J2, J3, J4, J5, J6 J7, J8, J9 e J10), remuneração ( E1, E2, E3 e E4), satisfação com a
IES (G1 e G2), compromisso afetivo (I1 e I2) e compromisso calculado ( K1 e K2).
A tabela 4.6, mostra que o modelo apresentado é adequado para descrever a
associação entre a variável dependente e as variáveis independentes (p< 0,05) .
As variáveis independentes selecionadas para entrarem no modelo explicam, com a
utilização dos métodos Forward e Backward, sem e com fatores de remuneração, mais de
15,00% da variabilidade dos dados (R
2
ajustado). Foram efetuadas duas regressões pelos
métodos bacward e forward stepwise: uma sem fatores de remuneração outra incluindo
fatores de remuneração. A regressão que inclui fatores de remuneração, pelo método
50
forward é a que resulta no maior percentual de explicabilidade dos dados dessa associação,
26,87%.
Dentre as 22 variáveis independentes consideradas, 5 foram significantes para
compor o modelo, representando os direcionadores: compromisso afetivo (I2), imagem
(H1), remuneração (E3), e compromisso calculado (K1 e K2).
Tabela 4.7 Regressão para Fidelidade Total, métodos backward e forward stepwise
Sem fatores de remuneração
Incluindo fatores de remuneração
Forward Backward
Forward Backward
n 40
41
38
38
p < 0,00437
< 0,00668
<0,0033
<0,00629
R 0,5044
0,4170
0,5727
R
2
ajustado 0,2142
0,1527
0,2687
Variáveis beta
p
beta
p
beta
p
beta
p
I2-Usar camiseta em shopping 0,416
*
0,417
*
0,338
0,026
H1-Imagem da Instituição 0,290
0,048
0,365
0,017
E3-Remuneração comparada
0,323
0,028
K1-Vantagem em trabalhar em
outra IFES
0,384
0,021
K2-Vantagem em trabalhar em IES
particular
-0,544
*
* < 0,01 ** < 0,001 *** < 0,0001
Mostra a Figura 4.7, em conformidade com a Tabela 4.6, que dentre as 5 variáveis
selecionadas, 3 apresentam associação com Fidelidade Total em nível superior a 36%. São
elas: I2 usar camiseta em shopping (compromisso afetivo), H1 imagem da Instituição
(imagem) e K1 – vantagem em trabalhar em outra IFES (compromisso calculado).
51
Fidelidade
Total
Compromisso
Calculado
Remuneração
Imagem da
IES
Liderança
Satisfação
com a IES
Compromisso
Afetivo
β
1
=
,
3
6
5
*
β
1
=
,
4
1
7
+
β
2
=
,
3
2
3
+
β
1
=
-
,
5
4
*
β
1
=
,
3
8
4
+
β
1
: FIDTOT, forward, R
2
ajustado
=,214
β
2
FIDTOT, Remuneração, forward
R
2
ajustado
=,268
+
p<0,05 *p<0,01 **p<0,001 ***p<0,0001
Figura 4.34 Regressão para Fidelidade Total
4.4.2 Fidelidade Parcial
Para elaboração da análise regressiva da variável dependente fidelidade parcial
(FIDPAR), foram consideradas como variáveis independentes as mesmas variáveis
utilizadas para regressão da fidelidade total (FIDTOT), Figura 4.6.
A tabela 4.7 mostra que o modelo apresentado é adequado para descrever a
associação entre a variável dependente e as variáveis independentes (p< 0,05) .
As variáveis independentes selecionadas para entrarem no modelo explicam, por
diferentes métodos, mais de 21,00% da variabilidade dos dados (R
2
ajustado). Foram
efetuadas duas regressões pelos métodos forward e backward: uma sem fatores de
remuneração outra incluindo fatores de remuneração. A regressão que inclui fatores de
remuneração é a que resulta no maior percentual de explicabilidade dos dados dessa
associação, 30,47%.
52
Dentre as 22 variáveis independentes consideradas, 3 foram significantes para
compor o modelo, representando os direcionadores: compromisso calculado (K2)
remuneração (E1 e E4).
Tabela 4.8 Regressão para (In)Fidelidade Parcial, métodos backward e forward
Sem Fatores de
Remuneração
Incluindo Fatores de
Remuneração
Forward=Backward
Forward=Backward
n 40
37
p < 0,00146
<0,00175
R 0,5044
0,6022
R
2
ajustado 0,2142
0,3047
Variáveis beta
p
beta
p
K2 - Vantagem em trabalhar em IES particular 0,492
*
0,4575
*
E1 - Remuneração pelo trabalho
0,492
*
E4 - Remuneração comparada dos professores mais
qualificados
-0,459
*
* < 0,01 ** < 0,001 *** < 0,0001
A Figura 4.8, ao ilustrar a Tabela 4.7, mostra que 2 das 3 variáveis
independentes selecionadas tem um nível de explicabilidade superior a 49%, quando
associada a Fidelidade Parcial. Tais variáveis são: K2 vantagem em trabalhar em IES
particular (compromisso calculado) e E1- remuneração pelo trabalho (remuneração).
53
Fidelidade
Parcial
Compromisso
Calculado
Remuneração
Imagem da
IES
Liderança
Satisfação
com a IES
Compromisso
Afetivo
β
1
=
,
4
9
2
*
β
2
=
,
4
5
7
*
β
2
=
,
4
9
2
*
β
2
=
-
,
4
5
9
*
β
1
: FIDPAR, R
2
ajustado
=,221
β
2
FIDPAR, Remuneração
R
2
ajustado
=,304
+
p<0,05 *p<0,01 **p<0,001 ***p<0,0001
Figura 4.35 Regressão para Fidelidade Parcial
4.5 Recomendação
Para elaboração da análise de regressão mostrado na Tabela 4.8, a variável dependente foi
definida como recomendação (REC) e as variáveis independentes as pertencentes aos
fatores (ver Tabelas 3.1 e 3.2): imagem (H1e H2), liderança (J1, J2, J3, J4, J5, J6, J7, J8,
J9 e J10), remuneração ( E1, E2, E3 e E4), satisfação com a IES (G1), compromisso
afetivo (I1 e I2) e compromisso calculado ( K1 e K2).
A tabela 4.8 mostra que o modelo apresentado é adequado para descrever a
associação entre a variável dependente e as variáveis independentes (p< 0,05) .
As variáveis independentes selecionadas para entrarem no modelo explicam, por
diferentes métodos, mais de 42,00% da variabilidade dos dados (R
2
ajustado). Foram
efetuadas três regressões pelos métodos forward e backward: uma excluindo remuneração
outra incluindo remuneração, e uma terceira incluindo remuneração e excluindo liderança.
54
A regressão efetuada pelo método backward que exclui remuneração é a que resulta no
maior percentual de explicabilidade dos dados dessa associação, 57,15%.
Dentre as 22 variáveis independentes consideradas, 5 foram significantes para
compor o modelo, representando os direcionadores: liderança (J10, J5 e J6), satisfação
(G1) e remuneração (E4).
Tabela 4.9 Análise de Regressão para Recomendação
Excluindo
remuneração
Incluindo
remuneração
Incluindo remuneração
e excluindo liderança
forward backward
forward backward
forward backward
n 41
42
37
37
39
39
p < 0,00001
< 0,00001
< 0,00001
< 0,00001
< 0,00001
< 0,00001
R 0,7249
0,7697
0,6943
0,7365
0,7220
0,6636
R
2
ajustado 0,5005
0,5715
0,4673
0,5156
0,4947
0,4252
Fatores beta beta
beta beta
beta beta
J10-Clareza quanto ao futuro
da IES
0,408
+
0,694***
J5-Credibilidade externa 0,381
+
0,448**
G1-Satisfação com a
Instituição
0,439**
0,433*
0,573***
0,6636***
J6-Credibilidade interna
0,401*
E4-Remuneração dos
professores mais qualificados
0,298
+
+
<0,05 * < 0,01 ** < 0,001 *** < 0,0001
A Figura 4.9 ilustra os resultados apresentados na Tabela 4.7 mostrando que, 4 das
5 variáveis independentes selecionadas apresentam um nível de explicabilidade maior que
40%, quando associadas a Recomendação. Tais variáveis são representativas dos fatores:
Liderança (J10 – clareza quanto ao futuro, J5 – credibilidade externa e J6 credibilidade
interna) e Satisfação (G1 – satisfação com a Instituição).
55
Recomendação
Compromisso
Calculado
Remuneração
Imagem da
IES
Liderança
Satisfação
com a IES
Compromisso
Afetivo
β
5
=
,
2
9
8
+
β
1
: REC, forward, R
2
ajustado
=,500
β
2
: REC, backward R
2
ajustado
=,571
β
3
: REC, Remuneração, forward
R
2
ajustado
=,467
β
4
: REC, Remuneração, forward
R
2
ajustado
=,515
β
5
: REC, Remuneração s/ Liderança, forward
R2ajustado=,494
β
5
: REC, Remuneração s/ Liderança, forward
R
2
ajustado
=,425
+
p<0,05 *p<0,01 **p<0,001 ***p<0,0001
β
2
= ,439**
β
1
=
,
4
0
8
+
;
,
3
8
1
+
β
4
= ,433*
β
5
= ,573***
β
3
=
,
6
9
4
*
β
2
=
,
4
4
8
+
β
4
=
,
4
0
1
*
β
6
= ,663***
Figura 4.36 Regressão para Recomendação
4.6 Síntese da Análise Estatística
O resultado da análise estatística efetuada com os dados extraídos da pesquisa
objeto deste trabalho, permitiu o refinamento e a simplificação do modelo teórico proposto
na Figura 2.4.2, conforme se vê na Figura 4.10.
56
Fidelidade e
Recomendação
Compromisso
Calculado
Remuneração
perc/comp
Imagem da
IES
Liderança
Satisfação
com a IES
Compromisso
Afetivo
Ambiente
de
Trabalho
Comunicação
Aprendizagem,
Crescimento
Satisfação:
,650 < R
2
ajustado
< ,812
Fidelidade:
,214 < R
2
ajustado
< ,304
Recomendação:
,425 < R
2
ajustado
< ,571
Figura 4.37 Modelo dos Fatores Resultantes da Pesquisa – Fatores Significativos e
R
2
ajustado
Neste modelo refinado e simplificado, são mostrados somente as variáveis
independentes estudadas que, por diferentes métodos, explicam a satisfação e a fidelidade
dos empregados, analisando também, quanto a este último fator, o aspecto recomendação.
Em razão dos diferentes métodos aplicados são apresentados diversos veis de
explicabilidade para cada variável dependente. Assim, a explicabilidade dos fatores
dependentes (R
2
ajustado) variam como segue: satisfação, entre 65,00% e 81,20% por
cento, fidelidade entre 21,40% e 30,40% por cento, e o aspecto recomendação entre
42,5% e 57,1%.
Certamente outras variáveis não consideradas neste estudo, resultariam em um
maior nível de explicabilidade do fator fidelidade, apesar da possibilidade de fatores não
gerenciais poderem também estar influindo quanto a este aspecto. Esse entendimento não
diminui a importância deste estudo que, evidentemente, não se propõe a exaurir o assunto
57
mas, apenas, contribuir para a necessidade constante de aprimoramento dos modelos
existentes.
58
Capítulo 5
Conclusões e Recomendações
Este capítulo apresenta uma síntese geral deste estudo, com suas conclusões e
recomendações finais, e está estruturado em oito partes: principais resultados da pesquisa,
análise crítica dos objetivos, implicações teóricas, implicações gerenciais, limitações da
pesquisa, direções de pesquisa, recomendações e conclusões.
5.1 Principais Resultados da Pesquisa
5.1.1 Satisfação
Os docentes pesquisados demonstraram um elevado nível de satisfação não apenas
com a instituição em que trabalham, 77% (soma dos graus 6 a 10), mas também em relação
à satisfação com a própria carreira, 86% (soma dos graus 6 a 10).
Foi utilizada a técnica de análise de regressão múltipla, através dos métodos
backward e forward, para avaliar separadamente as associações entre satisfação e seus
antecedentes quanto à instituição e quanto à carreira.
Satisfação com a Instituição
Indicam os resultados da pesquisa que a Satisfação com a Instituição é diretamente
influenciada pelos fatores: aprendizagem e crescimento (B1), ambiente de trabalho (A9),
remuneração (E3), comunicação (D5) e liderança (J1). A associação dessas variáveis, em
qualquer dos métodos utilizados, apresenta um nível de explicabilidade superior a 65%.
Ao analisar-se as matrizes constantes dos Anexos 05 e 07, verifica-se existirem
fortes correlações (r> 0,70) entre as principais variáveis independentes relacionadas à
Satisfação com a Instituição (Tabela 5.1).
59
Tabela 5.1 Coeficiente de correlação entre variáveis independentes relacionadas à
SATINST.
Variável independente B1 – Treinamento
Variável Descrição da Variável r
B2 Mecanismos institucionais de atualização em tecnologias didáticas 0,81
Variável independente A9 – Agilidade em implementar ações
Variável Descrição da Variável r
G2 Satisfação com a carreira 0,70
Variável independente E3 – Remuneração que recebe comparada a outras IES
Variável Descrição da Variável r
E4 Remuneração dos professores mais qualificados comparada a outras faculdades 0,88
Variável independente D5– Importância do trabalho para a IES
Variável Descrição da Variável r
A10 Envolvimento na tomada de decisões 0,78
B3 Perspectivas de crescimento profissional 0,72
D4 Relacionamento com nível hierárquico superior 0,73
G2 Satisfação com a carreira 0,77
Variável independente J1 – Estímulo a relacionamentos cooperativos
Variável Descrição da Variável r
J2 Metas e expectativas de desempenho explícitas 0,75
J3 Reconhecimento pelo bom desempenho 0,71
Satisfação com a Carreira
Indicam os resultados da pesquisa que a Satisfação com a Carreira é diretamente
influenciada pelos fatores: aprendizagem e crescimento (B3), comunicação (D5),
remuneração (E2), ambiente de trabalho (A2), e liderança (J6 e J1). A associação dessas
variáveis, em qualquer dos métodos utilizados, apresenta um nível de explicabilidade
superior a 69%.
Verifica-se nas matrizes constantes dos Anexos 05 e 07, existirem fortes
correlações (r> 0,70) entre as principais variáveis independentes relacionadas à Satisfação
com a Carreira (Tabela 5.2).
60
Tabela 5.2 Coeficiente de correlação entre variáveis independentes relacionadas à
SATCARR.
Variável independente B3 – Perspectivas de crescimento Profissional
Variável Descrição da Variável r
D5 Importância do trabalho para a IES 0,72
G2 Satisfação com a carreira 0,81
Variável independente D5– Importância do trabalho para a IES
Variável Descrição da Variável r
A10 Envolvimento na tomada de decisões 0,78
B3 Perspectivas de crescimento profissional 0,72
D4 Relacionamento com nível hierárquico superior 0,73
G2 Satisfação com a carreira 0,77
Variável independente E2 – Remuneração dos professores mais qualificados
Variável Descrição da Variável r
E1 Remuneração pelo trabalho 0,93
Variável independente A2 – Apoio da secretaria
Variável Descrição da Variável r
A1 Cooperação entre professores 0,77
A3 Qualificação dos docentes 0,80
Variável independente J6 – Credibilidade Interna
Variável Descrição da Variável r
G2 Satisfação com a carreira 0,81
J2 Metas e expectativas de desempenho explícitas 0,71
J3 Reconhecimento pelo bom desempenho 0,75
J5 Credibilidade Externa 0,75
J7 Ambiente de respeito e interesse pelos outros 0,73
J8 Ambiente favorável à criação de oportunidades 0,78
J10 Clareza quanto ao futura da Instituição 0,75
Variável independente J1 – Estímulo a relacionamentos cooperativos
Variável Descrição da Variável r
J2 Metas e expectativas de desempenho explícitas 0,75
J3 Reconhecimento pelo bom desempenho 0,71
61
5.1.2 Fidelidade
Também com relação às variáveis indicadoras de Fidelidade foi utilizada a técnica
de análise de regressão múltipla, através dos métodos backward e forward, para avaliar
separadamente as associações das variáveis dependentes fidelidade total e fidelidade
parcial com seus antecedentes:
Fidelidade Total
Mostram os resultados da pesquisa ser a fidelidade total diretamente influenciada
pelos fatores: compromisso afetivo (I2), imagem (H1), remuneração (E3) e compromisso
calculado (K1 e K2). A associação dessas variáveis, em qualquer dos métodos utilizados,
apresenta um nível de explicabilidade superior a 15%.
Mostram as matrizes constantes dos Anexos 05 e 07, existirem relevantes
correlações (r> 0,70) entre as principais variáveis independentes relacionadas à Fidelidade
Total (Tabela 5.3).
Tabela 5.3 Coeficiente de correlação entre variáveis independentes relacionadas à
FIDTOT.
Variável independente I2 – Usar camiseta com nome/imagem da IES para ir almoçar no Shopping
Variável Descrição da Variável r
I1 Usar camiseta com nome/imagem da IES para caminhar, fazer exercícios 0,64
Variável independente H1 – Imagem da Instituição
Variável Descrição da Variável r
H2 Contribuição a sua imagem profissional 0,75
J5 Credibilidade externa 0,70
Variável independente E3 – Remuneração que recebe, comparada a outras IES
Variável Descrição da Variável r
E4 Remuneração dos professores mais qualificados comparada a outras faculdades 0,88
Variável independente K1 – Vantagem se fosse trabalhar em outra IFES
Variável Descrição da Variável r
K1 Vantagem se fosse trabalhar em outra IFES 0,48
Variável independente K2 – Vantagem se fosse trabalhar em IES particular
Variável Descrição da Variável r
K2 Vantagem se fosse trabalhar em IES particular 0,48
62
Fidelidade Parcial
Indicam os resultados da pesquisa ser a fidelidade parcial diretamente influenciada
pelos fatores: remuneração (E1 e E4) e compromisso calculado (K2). A associação dessas
variáveis, em qualquer dos métodos utilizados, apresenta um nível de explicabilidade
superior a 21%.
Importantes correlações (r> 0,70) entre as principais variáveis independentes
relacionadas à Fidelidade Parcial (Tabela 5.4) são mostrada nas matrizes constantes dos
Anexos 05 e 07,.
Tabela 5.4 Coeficiente de correlação entre variáveis independentes relacionadas à
FIDPAR.
Variável independente K2 – Vantagem se fosse trabalhar em IES particular
Variável Descrição da Variável r
E2 Remuneração dos professores mais qualificados 0,93
Variável independente E1 – Remuneração pelo trabalho
Variável Descrição da Variável r
E3 Remuneração que recebe, compara a outras IES 0,88
Variável independente E4 – Remuneração dos professores mais qualificados, comparada a outras IES
Variável Descrição da Variável r
K2 Vantagem se fosse trabalhar em IES particular 0,48
Recomendação
Da mesma forma, com relação às variáveis indicadoras de Recomendação foi
utilizada a técnica de análise de regressão múltipla, através dos métodos backward e
forward, para avaliar separadamente as associações dessa variável dependente com seus
antecedentes.
Os resultados da pesquisa mostram ser a recomendação diretamente influenciada
pelos fatores: liderança (J10, J5 e J6), satisfação (G1) e remuneração (E4). A associação
dessas variáveis, em qualquer dos métodos utilizados, apresenta um vel de
explicabilidade superior a 42%.
63
Verifica-se nas matrizes constantes dos Anexos 05 e 07, existirem relevantes
correlações (r> 0,70) entre as principais variáveis independentes relacionadas ao aspecto
recomendação (Tabela 5.5).
Tabela 5.5 Coeficiente de correlação entre variáveis independentes relacionadas à REC.
Variável independente J10 – Clareza quanto ao futuro da IES
Variável Descrição da Variável r
G1 Satisfação com a IES 0,72
G2 Satisfação com a carreira 0,81
J5 Credibilidade externa 0,72
J6 Credibilidade interna 0,75
J8 Ambiente favorável à criação de oportunidades 0,73
Variável independente J5 – Credibilidade Externa
Variável Descrição da Variável r
H1 Imagem da IES 0,70
H2 Contribuição a sua imagem profissional 0,81
J6 Credibilidade interna 0,75
J8 Ambiente favorável à criação de oportunidades 0,71
J10 Clareza quanto ao futuro da IES 0,72
Variável independente G1 – Satisfação com a IES
Variável Descrição da Variável r
A9 Agilidade em implementar ações 0,69
Variável independente J6 – Credibilidade Interna
Variável Descrição da Variável r
G2 Satisfação com a carreira 0,81
J2 Metas e expectativas de desempenho explícitas 0,71
J3 Reconhecimento pelo bom desempenho 0,75
J5 Credibilidade Externa 0,75
J7 Ambiente de respeito e interesse pelos outros 0,73
J8 Ambiente favorável à criação de oportunidades 0,78
J10 Clareza quanto ao futura da Instituição 0,75
Variável independente E4 – Remuneração dos professores mais qualificados, comparada a outras IES
Variável Descrição da Variável r
E3 Remuneração que recebe, compara a outras IES 0,88
64
5.2 Análise Crítica dos Objetivos
O objetivo deste trabalho foi estudar fatores que afetam a satisfação e a fidelidade
de empregados com foco nos docentes de uma Instituição de Ensino Superior.
Tal objetivo foi concretizado na medida em que este estudo contribuiu para
incrementar o modelo conceitual proposto por Silva (2003), através não apenas da
validação das variáveis já estudadas, mas também da inclusão de duas novas variáveis:
uma independente, liderança e outra dependente, recomendação, além de ensejar a
formulação de novas questões de investigação.
5.3 Implicações Teóricas
As principais implicações teóricas deste trabalho, que estudou os determinantes
antecedentes e conseqüentes do processo de satisfação e fidelidade dos empregados,
referem-se ao incremento do modelo adotado por Silva (2003).
A inclusão da variável independente liderança e da variável dependente,
recomendação, harmonizou os paradigmas da pesquisa empírica com o modelo proposto.
Entretanto, a exploração das implicações teóricas e conceptuais do modelo proposto
e confirmado de forma refinada e simplificada, indica a formulação de novas questões de
investigação sobre direcionadores de satisfação e, principalmente, de fidelidade de
empregados.
5.4 Implicações Gerenciais
A literatura revisada demonstra que, nos dias atuais, o ambiente interno não é
menos importante que o ambiente externo. Apesar disso, o ensino da prática gerencial
privilegia o ensino da análise do negócio em detrimento da habilidade de construir o
compromisso das pessoas.
Portanto, a utilização de ferramentas que propiciem prever, gerenciar e incrementar
os resultados no ambiente interno tornou-se tão importante e necessária quanto daquelas
que tratam dos resultados financeiros.
Assim, o modelo objeto deste estudo bem se adequa a esta necessidade pois, através
da mensuração dos fatores que contribuem para a satisfação e fidelidade dos empregados,
pode ser utilizado, por exemplo, no estabelecimento de estratégias para: reter empregados,
65
obter feedback, melhorar a liderança, estabelecer padrões de satisfação e fidelidade dos
empregados, fazer benchmarking do ambiente externo, implementar a melhoria contínua.
5.5 Limitações da Pesquisa
A aplicação da pesquisa em apenas uma IES não permite generalizar a
compreensão do seu resultado às demais instituições sem restrições.
Cumpre ressaltar também que a metodologia utilizada na coleta dos dados limitou-
se a usar como parâmetro a distribuição por sexo, faixa etária, tempo de instituição e nível
de qualificação, não tendo sido aplicado um processo aleatório simples que permitisse o
sorteio de elementos para compor a amostra.
5.6 Direções da Pesquisa
Algumas direções de pesquisa na área de satisfação e fidelidade do empregado
podem ser apontadas, em conseqüência das pesquisas e dos resultados apresentados neste
estudo, tais como:
Estudar a inclusão de novas variáveis ao modelo apresentado neste estudo,
principalmente no que se refere às preditoras do fator fidelidade;
Verificar o grau de satisfação e de fidelidade dos empregados da IES não
pertencentes ao quadro docente;
Estudar a possível adaptação de modelos de satisfação de empregados já adotados
por organizações na Europa, com a finalidade de realizar benchmarking externo e
análise para aperfeiçoamento interno (Eskildsen et al., 2003)
5.7 Recomendações
Considerando o resultado prático deste estudo, algumas recomendações podem ser
feitas.
Investir na melhoria dos recursos tecnológicos para aulas (D2) e na agilidade em
implementar ações (A9), certamente em muito contribuiria não apenas para melhorar os
níveis de desempenho e de satisfação dos docentes mas também para aumentar o
compromisso calculado (K2), o que, conseqüentemente, melhoria o nível de fidelidade.
66
Utilizar o modelo objeto deste estudo como ferramenta gerencial para, através da
gestão de pessoas, fazer do ambiente interno o diferencial de competitividade da IES.
5.8 Conclusão
A literatura revisada demonstra que, nos dias atuais, o ambiente interno não é
menos importante que o ambiente externo. As instituições necessitam planejar suas ações
a partir de uma compreensão clara do seu ambiente de trabalho devendo, para tanto,
avaliar problemas de forma contínua e sistemática.
A utilização de ferramentas que propiciem prever, gerenciar e incrementar os
resultados no ambiente interno tornou-se tão importante e quanto daquelas que tratam dos
resultados financeiros.
O modelo objeto deste estudo foi desenvolvido com o propósito de servir a essa
necessidade, contribuindo para aprimorar os modelos existentes.
Os resultados da análise de regressão mostra que os antecedentes de satisfação bem
se adequaram ao objeto do estudo, com um nível de explicabilidade entre 65,00% e
81,20%, de acordo com os diferentes métodos utilizados. Em relação à fidelidade, o nível
de explicabilidade foi bastante inferior, limitando-se entre 21,40% e 30,40%, apesar do
aspecto recomendação ter sua dispersão com nível de explicabilidade situando-se entre
42,50% e 57,10.
Tal constatação indica a necessidade da realização de novos estudos, no sentido de
manter contínuo o aprimoramento dos modelos existentes que devem estar à altura das
constantes e rápidas mudanças na economia mundial.
67
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73
Anexo 1 Questionário
74
75
Anexo 2 Análise de Cronbach
Summary for scale: Mean=70,7400 Std.Dv.=14,2210 Valid N:50 (7_JUN Raimundo Cruz
Filho_dados estatísticos)
Cronbach alpha: ,885757 Standardized alpha: ---
Average inter-item corr.: 0,00000
Mean if
Var. if StDv. if
Itm-Totl
Alpha if
A1
64,42000
155,9236
12,48694
0,713156
0,867425
A2
64,42000
150,4836
12,26718
0,727119
0,866187
A3
62,74000
168,0324
12,96273
0,698011
0,871675
A4
63,80000
159,3600
12,62379
0,659933
0,871559
A5
63,78000
163,3316
12,78013
0,603839
0,875669
A6
64,32000
164,0576
12,80850
0,513902
0,883117
A7
61,64000
181,9104
13,48742
0,404373
0,887352
A8
63,44000
168,0464
12,96327
0,475587
0,885152
A9
64,66000
156,3844
12,50537
0,705755
0,868011
A10
63,44000
158,2064
12,57801
0,723002
0,867105
Summary for scale: Mean=18,9259 Std.Dv.=6,29421 Valid N:54 (7_JUN Raimundo Cruz
Filho_dados estatísticos)
Cronbach alpha: ,876050 Standardized alpha: ---
Average inter-item corr.: 0,00000
Mean if
Var. if StDv. if
Itm-Totl
Alpha if
B1
12,81481
16,37311
4,046371
0,861727
0,728552
B2
12,85185
19,45954
4,411296
0,736434
0,847173
B3
12,18519
19,22497
4,384628
0,693895
0,884481
Summary for scale: Mean=20,8276 Std.Dv.=4,33726 Valid N:58 (7_JUN Raimundo Cruz
Filho_dados estatísticos)
Cronbach alpha: ,655502 Standardized alpha: ---
Average inter-item corr.: 0,00000
Mean if
Var. if StDv. if
Itm-Totl
Alpha if
C1
13,93103
10,37455
3,220955
0,406271
0,636218
C2
13,29310
8,93133 2,988533
0,573010
0,412182
C3
14,43103
9,59007 3,096784
0,428257
0,612752
76
Summary for scale: Mean=39,5965 Std.Dv.=10,1610 Valid N:57 (7_JUN Raimundo Cruz
Filho_dados estatísticos)
Cronbach alpha: ,872485 Standardized alpha: ---
Average inter-item corr.: 0,00000
Mean if
Var. if StDv. if
Itm-Totl
Alpha if
D1
34,36842
66,54848
8,157725
0,763733
0,834143
D2
34,52632
66,38965
8,147985
0,693542
0,849560
D3
34,17544
64,81133
8,050549
0,786204
0,829716
D4
31,92982
76,27578
8,733601
0,664601
0,853432
D5
31,28070
84,48261
9,191442
0,507210
0,876290
D6
31,70175
74,91105
8,655117
0,659639
0,853439
Summary for scale: Mean=21,5686 Std.Dv.=8,24683 Valid N:51 (7_JUN Raimundo Cruz
Filho_dados estatísticos)
Cronbach alpha: ,909867 Standardized alpha: ---
Average inter-item corr.: 0,00000
Mean if
Var. if StDv. if
Itm-Totl
Alpha if
E1
16,76471
37,98385
6,163104
0,811817
0,877475
E2
16,56863
37,93156
6,158861
0,801515
0,881239
E3
15,76471
40,33679
6,351125
0,780359
0,888997
E4
15,60784
38,27758
6,186888
0,790310
0,885235
Summary for scale: Mean=67,0357 Std.Dv.=17,6109 Valid N:56 (7_JUN Raimundo Cruz
Filho_dados estatísticos)
Cronbach alpha: ,955104 Standardized alpha: ---
Average inter-item corr.: 0,00000
Mean if
Var. if StDv. if
Itm-Totl
Alpha if
J1
61,25000
247,5804
15,73469
0,777044
0,951549
J2
60,73214
252,0175
15,87506
0,777669
0,951447
J3
61,16071
233,9920
15,29680
0,871273
0,947718
J4
61,08929
248,2242
15,75513
0,796999
0,950657
J5
59,16071
261,0992
16,15856
0,754605
0,952735
J6
59,67857
246,2538
15,69248
0,855288
0,948284
J7
60,07143
246,3521
15,69561
0,864314
0,947953
J8
60,19643
239,5507
15,47743
0,875763
0,947255
J9
60,05357
250,4793
15,82654
0,824155
0,949671
J10
59,92857
254,0663
15,93946
0,675432
0,955813
77
Anexo 3 Análise Descritiva
78
Anexo 4 Análises de Regressão
para Satisfação
REGRESSÃO PARA SATISFAÇÃO
Regressão para Satisfação com a Instituição
Forward
Regression Summary for Dependent Variable: G1 (Pesquisa.sta)
R= ,82298012 R²= ,67729628 Adjusted R²= ,65040430
F(3,36)=25,186 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,1725
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(36) p-level
Intercept
2,095957
0,642073
3,264358
0,002409
A9
0,359910
0,121589
0,312245
0,105486
2,960062
0,005413
B1
0,361490
0,116944
0,294063
0,095131
3,091142
0,003836
E3
0,317313
0,104262
0,270680
0,088940
3,043410
0,004352
Regression Summary for Dependent Variable: G1 (Pesquisa.sta)
R= ,84982094 R²= ,72219563 Adjusted R²= ,69044656
F(4,35)=22,747 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,1033
N=40 Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(35) p-level
Intercept
1,961573 0,606820
3,23254 0,002675
A9
0,344910 0,114587
0,299232 0,099412
3,01002 0,004821
B1
0,463574 0,118117
0,377106 0,096085
3,92469 0,000388
E3
0,732984 0,200424
0,625262 0,170969
3,65716 0,000831
E4
-0,498136
0,209442
-0,396240
0,166600
-2,37840
0,022978
Backward
Regression Summary for Dependent Variable: G1 (Pesquisa.sta)
R= ,83198792 R²= ,69220390 Adjusted R²= ,66655422
F(3,36)=26,987 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,1451
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(36) p-level
Intercept
0,090681
0,959591
0,094500
0,925236
B1
0,287808
0,124139
0,234124
0,100984
2,318429
0,026219
D5
0,404209
0,122263
0,476483
0,144125
3,306046
0,002151
E3
0,379603
0,097762
0,323815
0,083394
3,882933
0,000424
79
Regression Summary for Dependent Variable: G1 (Pesquisa.sta)
R= ,86518228 R²= ,74854038 Adjusted R²= ,71980214
F(4,35)=26,047 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,0497
N=40 Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(35) p-level
Intercept
-0,144080
0,883628
-0,16306
0,871413
B1
0,387007 0,119183
0,314820 0,096952
3,24717 0,002572
D5
0,414709 0,112140
0,488861 0,132191
3,69814 0,000740
E3
0,839854 0,187205
0,716426 0,159693
4,48627 0,000075
E4
-0,557451
0,199073
-0,443422
0,158352
-2,80024
0,008257
INCLUINDO FATORES DE LIDERANÇA (Backward=Forward)
Regression Summary for Dependent Variable: G1 (Pesquisa.sta)
R= ,84729777 R²= ,71791352 Adjusted R²= ,69373468
F(3,35)=29,692 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,1104
N=39 Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(35) p-level
Intercept
2,028527
0,605849
3,348238
0,001956
B1
0,333405
0,109321
0,270880
0,088819
3,049790
0,004345
E3
0,232461
0,104667
0,198453
0,089354
2,220965
0,032920
J1
0,464893
0,120868
0,421896
0,109689
3,846279
0,000486
Regressão da Satisfação com a Carreira
Backward
Regression Summary for Dependent Variable: G2 (Pesquisa.sta)
R= ,85545322 R²= ,73180021 Adjusted R²= ,71690022
F(2,36)=49,114 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,1179
N=39 Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(36) p-level
Intercept
0,168129
0,952183
0,176572
0,860834
B3
0,534141
0,123658
0,468986
0,108574
4,319498
0,000117
D5
0,387436
0,123658
0,500893
0,159870
3,133122
0,003430
Forward
Regression Summary for Dependent Variable: G2 (Pesquisa.sta)
R= ,89218140 R²= ,79598764 Adjusted R²= ,77198619
F(4,34)=33,164 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,0033
N=39 Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(34) p-level
Intercept
-0,271055
0,878064
-0,308696
0,759437
B3
0,390526
0,119410
0,342889 0,104845
3,270453 0,002464
D5
0,321597
0,113989
0,415773 0,147370
2,821284 0,007930
E4
0,180833
0,087262
0,151994 0,073346
2,072294 0,045890
A2
0,202395
0,098896
0,166129 0,081176
2,046534 0,048498
80
Regression Summary for Dependent Variable: G2 (Pesquisa.sta)
R= ,91857900 R²= ,84378739 Adjusted R²= ,81449752
F(6,32)=28,808 p<,00000 Std.Error of estimate: ,90491
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(32) p-level
Intercept
-0,242418
0,795740
-0,30465
0,762609
B3
0,420025 0,116271
0,368790 0,102088
3,61246 0,001026
D5
0,659118 0,151915
0,852134 0,196402
4,33872 0,000134
E4
0,210461 0,079375
0,176898 0,066716
2,65150 0,012360
A2
0,303796 0,096522
0,249360 0,079227
3,14743 0,003552
A10
-0,330364
0,135423
-0,340508
0,139581
-2,43950
0,020432
D4
-0,224144
0,106144
-0,254863
0,120692
-2,11169
0,042614
INCLUINDO FATORES DE LIDERANÇA
Forward
Regression Summary for Dependent Variable: G2 (Pesquisa.sta)
R= ,91420480 R²= ,83577041 Adjusted R²= ,82127956
F(3,34)=57,676 p<,00000 Std.Error of estimate: ,89941
N=38 Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(34) p-level
Intercept
0,546675
0,579599
0,943196
0,352235
J6
0,434727
0,124573
0,466442
0,133661
3,489729
0,001359
J1
0,305858
0,094792
0,302898
0,093875
3,226615
0,002771
B3
0,279466
0,116518
0,245646
0,102417
2,398482
0,022096
Backward
Regression Summary for Dependent Variable: G2 (Pesquisa.sta)
R= ,86705474 R²= ,75178392 Adjusted R²= ,73760014
F(2,35)=53,003 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,0898
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(35) p-level
Intercept
-0,537435
0,910977
-0,589955
0,559011
D5
0,443720
0,108790
0,573321 0,140565
4,078693 0,000248
J8
0,515212
0,108790
0,486818 0,102794
4,735844 0,000036
81
Anexo 5 Multicolinearidade para
Satisfação
82
83
Anexo 6 Análises de Regressão
para Fidelidade e Recomendação
REGRESSÃO PARA FIDELIDADE
Fidelidade Total – Sem incluir variáveis de remuneração
Forward
Regression Summary for Dependent Variable: L1 (Pesquisa.sta)
R= ,50448451 R²= ,25450462 Adjusted R²= ,21420757
F(2,37)=6,3157 p<,00437 Std.Error of estimate: 2,1385
N=40
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(37) p-level
Intercept
1,716749
2,109551
0,813799
0,420967
I2
0,416931
0,141961
0,319145
0,108665
2,936953
0,005673
H1
0,290170
0,141961
0,477622
0,233668
2,044017
0,048118
Backward
Regression Summary for Dependent Variable: L1 (Pesquisa.sta)
R= ,41700448 R²= ,17389273 Adjusted R²= ,15271049
F(1,39)=8,2094 p<,00668 Std.Error of estimate: 2,1976
N=41
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(39) p-level
Intercept
5,640488
0,892165
6,322248
0,000000
I2
0,417004
0,145541
0,317180
0,110701
2,865199
0,006681
Fidelidade Total - Incluindo variáveis de remuneração
Forward
Regression Summary for Dependent Variable: L1 (Pesquisa.sta)
R= ,50143732 R²= ,25143938 Adjusted R²= ,20866449
F(2,35)=5,8782 p<,00629 Std.Error of estimate: 1,9419
N=38
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(35) p-level
Intercept
1,940907
1,962224
0,989136
0,329386
H1
0,365764
0,146253
0,540078
0,215953
2,500902
0,017219
I2
0,339149
0,146253
0,240281
0,103618
2,318925
0,026361
Backward
Regression Summary for Dependent Variable: L1 (Pesquisa.sta)
R= ,57278743 R²= ,32808544 Adjusted R²= ,26879886
F(3,34)=5,5339 p<,00333 Std.Error of estimate: 1,8667
N=38
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(34) p-level
Intercept
6,138769
1,135757
5,40500
0,000005
E3
0,323658
0,141054
0,317373
0,138315
2,29457
0,028058
K1
0,384035
0,159408
0,336937
0,139858
2,40914
0,021554
K2
-0,544999
0,159414
-0,393136
0,114994
-3,41876
0,001650
84
Fidelidade Parcial – Sem incluir variáveis de remuneração
Forward=Backward
Regression Summary for Dependent Variable: L2 (Pesquisa.sta)
R= ,49214272 R²= ,24220446 Adjusted R²= ,22172350
F(1,37)=11,826 p<,00146 Std.Error of estimate: 2,9309
N=39
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(37) p-level
Intercept
3,232427
0,868045
3,723801
0,000651
K2
0,492143
0,143112
0,550199
0,159994
3,438871
0,001461
Fidelidade Parcial – Incluindo Variáveis de Remuneração
Forward=Backward
Regression Summary for Dependent Variable: L2 (Pesquisa.sta)
R= ,60222265 R²= ,36267212 Adjusted R²= ,30473322
F(3,33)=6,2596 p<,00175 Std.Error of estimate: 2,7075
N=41
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(33) p-level
Intercept
4,157756
1,417155
2,93387
0,006048
K2
0,457506
0,140040
0,492768
0,150834
3,26696
0,002540
E1
0,491666
0,167411
0,683734
0,232810
2,93687
0,006002
E4
-0,458821
0,167599
-0,630888
0,230452
-2,73761
0,009894
85
RECOMENDAÇÃO – SEM INCLUIR REMUNERAÇÃO
Forward
Regression Summary for Dependent Variable: M1 (Pesquisa.sta)
R= ,72490240 R²= ,52548349 Adjusted R²= ,50050894
F(2,38)=21,041 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,1518
N=41
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(38) p-level
Intercept
3,677422
0,832531
4,417158
0,000080
J10
0,408305
0,153153
0,296187
0,111098
2,665987
0,011211
J5
0,381643
0,153153
0,359030
0,144079
2,491899
0,017186
Backward
Regression Summary for Dependent Variable: M1 (Pesquisa.sta)
R= ,76970780 R²= ,59245010 Adjusted R²= ,57155010
F(2,39)=28,347 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,0643
N=42
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(39) p-level
Intercept
1,947491
0,892850
2,181206
0,035261
G1
0,439637
0,118209
0,443749
0,119315
3,719135
0,000628
J5
0,448494
0,118209
0,417544
0,110052
3,794066
0,000504
RECOMENDAÇÃO – INCLUINDO REMUNERAÇÃO
Forward
Regression Summary for Dependent Variable: M1 (Pesquisa.sta)
R= ,69438187 R²= ,48216618 Adjusted R²= ,46737092
F(1,35)=32,589 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,2117
N=37
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(35) p-level
Intercept
5,044306
0,635027
7,943456
0,000000
J10
0,694382
0,121636
0,501420
0,087834
5,708700
0,000002
Backward
Regression Summary for Dependent Variable: M1 (Pesquisa.sta)
R= ,73657857 R²= ,54254799 Adjusted R²= ,51563904
F(2,34)=20,162 p<,00000 Std.Error of estimate: 1,1555
N=37
Beta Std.Err.
B Std.Err.
t(34) p-level
Intercept
2,719892
0,938551
2,897968
0,006530
G1
0,433526
0,140082
0,433644
0,140120
3,094808
0,003926
J6
0,400119
0,140082
0,342138
0,119783
2,856326
0,007259
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