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Nesse sentido, famosos modelos avaliação de excelência organizacional, como o
americano Malcolm Baldrige National Quality Award (Figura 2.4) e o europeu European
Foundation for Quality Management (Figura 2.5), destacam a importância dos clientes e
dos recursos humanos.
De fato, a literatura sobre gestão tem evidenciado que, competência, satisfação e
lealdade do empregado inicia o desempenho da cadeia que liga qualidade, produtividade,
valor ao serviço, satisfação e lealdade do cliente, e resulta em lucratividade e crescimento
(Heskett et al., 1997; Reichheld, 1996; Feuss et al., 2004).
Em conseqüência, o gerenciamento das organizações está deixando de se restringir
à administração dos ativos físicos e monetários e se voltando, cada vez mais, para o
gerenciamento de pessoas, o que exige que as organizações operem com sistemas de
informação cada vez mais holísticos. Assim, medidas de desempenho consolidadas, em
geral apoiadas somente em indicadores contábeis e financeiros, já não são bastante para as
empresas criarem valor econômico para o futuro. Em vários países da Europa e nos
Estados Unidos, tais sistemas já demandam a inclusão de medidas de intangíveis, tais
como satisfação de clientes e empregados (Kaplan and Norton, 1997; Campos, 1998;
Kristensen et. al 2003; Jacobsen et. al, 2005).
O reconhecimento mundial de tais afirmações torna-se notório também pelo fato de
muitos países terem elaborado seus modelos indicadores de satisfação do cliente,
destacando-se dentre eles: Suécia, Alemanha, Estados Unidos, Europa e Noruega (Fornell,
1992; Anderson and Fornell, 2000; Kristensen et al., 2000; Johnson et al. 2001). Daí tem
sido observado uma crescente aplicação de medição de intangíveis, em setores públicos e
privados, particularmente com relação à satisfação do cliente (Fornell et. al, 1996;
Kristensen and Westlund, 2001; Schultz, 2006).
Menos tem sido feito no campo da satisfação dos empregados, no sentido do
desenvolvimento de métodos de padrões de medida. Entretanto, já é percebível a inclusão
de medidas e modelos de aferição de satisfação e lealdade de empregados desenvolvidos e
testados em setores públicos e privados de vários países, tais como: Inglaterra, Dinamarca,
Estados Unidos, Suécia, Noruega, Finlândia e Brasil (Fosam et al., 1998; Eskildsen and
Nüssler, 2000; Martensen and Gronholdt, 2001; Kristensen and Westlund, 2001; Arnett et
al., 2002; Silva, 2003; Eskildsen et al., 2004).