Boulgarides et al., 2003; Harris et al., 2005; Gazzola et al., 2006). Embora a escala de Berg
não seja um instrumento que mostre distúrbios em várias condições de postura e de
mobilidade, ele é confiável e válido para avaliação quantitativa do equilíbrio do idoso vivendo
na comunidade (Berg et al., 1989, Berg et al., 1992; Shumway-Cook et al., 1997; Chiu et al.,
2003; Harris et al., 2005; Lynch et al., 2007). A escala de equilíbrio de Berg foi validada para
as condições brasileiras (Miyamoto et al., 2004).
Paralelamente, estudos têm mostrado que a alteração da sensibilidade cutânea
do pé gerada por muitas doenças e por problemas do pé, tem papel importante nos distúrbios
do equilíbrio (Simoneau et al., 1995; Simmons et al., 1997; Kavounoudias et al., 1998; Maki
et al., 1999; Menz e Lord, 2001a,b; Lord et al., 2003; Pratorius et al., 2003; Ducic et al., 2004;
Meyer et al., 2004; Menz et al., 2005; Perry, 2006; Ducic et al., 2006; Wilson & Kirwan,
2006; Lynch et al., 2007, Richerson e Rosendale, 2007). Correlação significativa entre
alteração da sensibilidade cutânea da planta do pé e alterações do equilíbrio usando
equipamentos de laboratório foi observada em doenças tais como hipotireoidismo, escoliose,
doença de Parkinson, vestibulopatias, neuropatia periférica secundária à alcoolismo, doença
renal crônica, antiarritmicos, deficiência de vitamina B12, acidente vascular encefálico, em
indivíduos com queixa mas sem etiologia identificada e principalmente, no diabetes, em
indivíduos idosos ou não (Simoneau et al., 1995; Richardson e Ashton Miller, 1996; Byl et
al., 1997; Simmons et al., 1997; Kavounoudias et al., 1998; Menz e Lord, 2001 a,b; Conner-
Kerr e Templeton, 2002; Roll et al., 2002; Prätorius et al., 2003; Ducic et al., 2004; Meyer et
al., 2004; Menz et al., 2005; Ducic et al., 2006; Lynch et al., 2007; Richerson e Rosendale,
2007). As investigações sobre a sensibilidade táctil da planta do pé foram realizadas,
inicialmente, por clínicos interessados em verificar a perda da sensibilidade protetora do pé
devido à presença de neuropatia periférica em diabéticos e na hanseníase, para prevenção de
úlceras cutâneas (Birke e Sims, 1986; Holewski et al., 1988; Sosenko et al., 1990; Kumar et