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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE MATERNO-INFANTIL
MESTRADO ACADÊMICO
FERNANDA RACHEL MELO E VIDIGAL DO Ó
DEFORMIDADES VERTEBRAIS EM MULHERES COM OSTEOPENIA E
OSTEOPOROSE EM SÃO LUÍS, MARANHÃO
SÃO LUÍS
2007
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ii
FERNANDA RACHEL MELO E VIDIGAL DO Ó
DEFORMIDADES VERTEBRAIS EM MULHERES COM OSTEOPENIA E
OSTEOPOROSE EM SÃO LUÍS, MARANHÃO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Saúde Materno-Infantil-
Mestrado Acadêmico da Universidade Federal
do Maranhão como parte dos requisitos para
obtenção do Título de Mestre em Saúde
Materno-Infantil.
Orientadores:
Prof. Dr. Manuel dos Santos Faria
Profa. Dra. Luciane Maria Oliveira Brito
SÃO LUÍS
2007
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iii
Fernanda Rachel Melo e Vidigal do
Vidigal do Ó, Fernanda Rachel Melo e
Deformidades Vertebrais em Mulheres com Osteopenia e
Osteoporose em São Luís, Maranhão / Fernanda Rachel Melo e Vidigal
do Ó. - São Luís: UFMA. 2007.
37 f.
Dissertação (Mestrado Acadêmico) - Programa de Pós-Graduação
em Saúde Materno-Infantil – Universidade Federal do Maranhão.
2007.
1.Osteoporose 2.Fraturas vertebrais 3.Menopausa 4.Densitometria
óssea I. Título.
CDU: 616.71-053.87
iv
FERNANDA RACHEL MELO E VIDIGAL DO Ó
DEFORMIDADES VERTEBRAIS EM MULHERES COM OSTEOPENIA E
OSTEOPOROSE EM SÃO LUÍS, MARANHÃO
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil-
Mestrado Acadêmico da Universidade
Federal do Maranhão como parte dos
requisitos para obtenção do Título de
Mestre em Saúde Materno-Infantil.
A Comissão Julgadora da Dissertação de Mestrado apresentada em sessão pública, considerou
a candidata aprovada em ____/____/____.
_______________________________________________________________________
Professor Doutor Manuel dos Santos Faria - Orientador - Presidente
Universidade Federal do Maranhão
_______________________________________________________________________
Professora Doutora. Luciane Maria Oliveira Brito - Orientadora
Universidade Federal do Maranhão
______________________________________________________________________
Professor Doutor Af Ali Uthant Moreira Lima da Costa – Examinador
Faculdade Santa Terezinha
_______________________________________________________ _______________
Professor Doutor José Albuquerque de Figueiredo Neto – Examinador
Universidade Federal do Maranhão
______________________________________________________________________
Professora Doutora Maria Bethânia da Costa Chein - Examinadora
Universidade Federal do Maranhão
SÃO LUÍS
2007
v
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho em primeiro lugar a Jesus de Nazaré, o mestre dos mestres; o
mestre da vida. O maior educador da História.
Aos meus filhos Bruno, Rafael e Juliana Rachel, para dar-lhes exemplo de que
todo esforço vale a pena.
Ao meu esposo, Franklin Roosevelt Rodrigues do Ó, pelo constante incentivo e a
incansável dedicação à família nos momentos em que estive ausente, pelo longo período de
estudos.
A todas as mulheres que participaram desta pesquisa, pois sem sua importante
contribuição, nada disso seria possível.
vi
AGRADECIMENTOS
Ao Divino Pai Eterno, pela minha vida e por inúmeras bênçãos.
Aos meus pais, pelo amor, carinho e maturidade com que sempre me conduziram
desde meus primeiros momentos.
Aos meus orientadores, sempre disponíveis e incansáveis, pelo incentivo, estímulo e
ensinamentos valiosos.
Agradecimento especial às Professoras Doutoras Alcione Miranda e Maria Bethânia
da Costa Chein.
Às professoras, Sônia Vieira e Bárbara Tereza Silva.
A todos os professores do Mestrado.
Aos professores João Furtado e Mahiba Mattar Martins, que muito contribuíram para a
realização desta pesquisa.
Aos médicos radiologistas Adriana Santana e João José Bacelar.
À distinta colega de Mestrado, Ana Maria Silva, pelos estudos em conjunto, na
realização das atividades do curso.
A todos os colegas de turma, pelos momentos em que dividimos nossas esperanças,
ansiedades e realizações.
A todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para o êxito deste estudo.
vii
“O homem não cresce como uma árvore, mas
realiza suas potencialidades somente quando
planeja e escolhe conscientemente” (Rollo May).
viii
RESUMO
Objetivos: Avaliar a presença de deformidades vertebrais, na coluna lombar, em
mulheres com osteopenia/osteoporose, a partir dos 40 anos, em São Luís, Maranhão.
Métodos: Estudo prospectivo, transversal, mulheres climatéricas, demanda espontânea,
densitometria óssea recente (últimos 12 meses), apresentando osteopenia/osteoporose,
realizado no Centro de Densitometria Óssea do Maranhão, São Luís, de março a dezembro,
2006. Foi aplicado questionário, e as pacientes submetidas à radiografia de coluna lombo-
sacra no Centro de Diagnóstico Médico do Maranhão. Resultados: A densitometria óssea
revelou nas 222 mulheres, osteopenia em 109 e osteoporose em 113. Maior freqüência de
osteoporose em mulheres com mais de três gestações e partos, pós-menopáusicas, diabéticas,
não obesas, sedentárias, usuárias de bebida alcoólica, não usuárias de leite e derivados.
Deformidades vertebrais à radiografia de coluna lombo-sacra, associadas à osteoporose:
redução de espaços discais 52%, fraturas vertebrais 12%, achatamento de corpos vertebrais
8%, colapsos vertebrais 4%. Maior freqüência de deformidades vertebrais anteriores à
osteoporose: osteofitos 75%, escoliose 69%, artrose 35%. Conclusões: Cor branca, baixa
escolaridade, aposentadas, faixa etária de 40 a 59 anos de idade, predominando osteopenia, e
acima de 60 anos, osteoporose. Alendronato de sódio por mais de 12 meses demonstrou efeito
protetor contra osteoporose. Maior freqüência de deformidades vertebrais anteriores e
associadas à osteoporose. Principais complicações da osteoporose na coluna lombar: fraturas
e colapsos vertebrais.
Palavras-chave: Osteopenia. Osteoporose. Deformidades vertebrais. Climatério.
Densitometria óssea
ix
ABSTRACT
Purpose: To study vertebral deformities of Osteopeny/Osteoporosis among over 40 years old
women, São Luís, Maranhão. To verify frequency of vertebral deformities in lumbar column.
Methods: A prospective transversal study, peri-postmenopausal women period, selected by
spontaneous demand, with recent bone densitometry (last 12 months) showing
osteopeny/osteoporosis, at Centro de Densitometria Óssea do Maranhão, São Luís, between
March and December, 2006. A questionnaire was aplicated, solicitated sacral column
radiography at Centro de Diagnóstico Médico do Maranhão. Results: In 222, with 109
osteopeny and 113 osteoporosis, according with bone densitometry results. Higher
osteoporosis frequency among women with more than three gestations and deliveries,
postmenopausics, diabetics, users of alcoholics drinks, not user of milk and derivates, not
obese and sedentary. Vertebral deformities by the lumbar-sacral column radiography,
associated with osteoporosis reduced vertebral discus spaces (52%), vertebral fractures (12%),
flatten vertebral bodies (8%), vertebral collapses (4%). Vertebral deformities before
osteoporosis higher frequency, like osteophytes (75%), scoliosis (69%), artrosis (35%).
Conclusions: White women, low escolarity and retired, more frequent. Age between 40 and
59 years old with osteopeny, over 60 years old osteoporosis. User of Sodic Alendronate for
more time than a year, initiated at perimenopause, higher osteopeny frequency. Vertebral
factures and vertebral collapses were the most important osteoporosis complications in
lumbar-sacral column.
Key words: Osteopeny. Osteoporosis. Vertebral Deformities. Climatery. Bone Densitometry.
x
LISTA DE TABELAS
P
Tabela 1 Distribuição segundo o perfil demográfico e história fisiológica de 222
mulheres com osteopenia e/ou osteoporose estudadas no período de
março a dezembro de 2006 em S. Luís, Maranhão.................................
13
Tabela 2 Distribuição segundo a história pregressa, IMC, atividade física e dados
da dieta de 222 mulheres com osteopenia e/ou osteoporose estudadas
no período de março a dezembro de 2006 em S. Luís,
Maranhão.................................................................................................
14
Tabela 3 Distribuição segundo a freqüência do uso de medicamentos em 222
mulheres com osteopenia e/ou osteoporose estudadas no período de
março a dezembro de 2006 em S. Luís, Maranhão...................................
15
Tabela 4 Distribuição de 222 mulheres submetidas à densitometria óssea com
osteopenia e/ou osteoporose estudada no período de março a dezembro
de 2006 em S. Luís, Maranhão.................................................................
15
Tabela 5 Distribuição dos resultados da densitometria óssea em 222 mulheres
com osteopenia e/ou osteoporose estudadas no período de março a
dezembro de 2006 em S. Luís, Maranhão................................................
16
Tabela 6 Distribuição da freqüência das deformidades vertebrais à radiografia de
coluna lombo-sacra em 222 mulheres com osteopenia e/ou osteoporose
estudadas no período de março a dezembro de 2006, em S. Luís,
Maranhão .................................................................................................
17
Tabela 7 Correlação das deformidades vertebrais à densitometria óssea (coluna
lombar) e à radiografia de coluna lombo-sacra em 222 mulheres com
osteopenia e/ou osteoporose estudadas no período de março a dezembro
de 2006, em S. Luís, Maranhão ................................................................
18
xi
Tabela 8 Correlação segundo osteopenia e osteoporose com perfil demográfico,
história fisiológica, história pregressa, IMC, atividade física nas 222
mulheres. estudadas no período de março a dezembro de 2006, em S.
Luís, Maranhão........................................................................................
19
Tabela 9 Correlação de osteopenia e osteoporose com dados da dieta em 222
mulheres estudadas no período de março a dezembro de 2006, S. Luís,
Maranhão .................................................................................................
20
Tabela 10 Correlação de osteopenia e osteoporose com medicamentos em uso por
222 mulheres estudadas no período de março a dezembro de 2006, em
S. Luís, Maranhão ....................................................................................
21
Tabela 11 Correlação segundo alguns fatores de risco com osteopenia e
osteoporose na coluna lombar em 222 mulheres estudadas no período
de março a dezembro de 2006, em S. Luís,
Maranhão...................................................................................................
22
xii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
NAMS North American Menopause Society
DMO Densidade Mineral Óssea
CBO Consenso Brasileiro de Osteoporose
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
EPOS European Prospective Osteoporosis Study Group
DXA Densitometria de dupla emissão com fonte de raios X
DP Desvio Padrão
OMS Organização Mundial de Saúde
EUA Estados Unidos da América
HUMI Hospital Universitário Materno-Infantil
UFMA Universidade Federal do Maranhão
HU Hospital Universitário
IMC Índice de Massa Corpórea
INLAB Investigação Laboratorial Ltda
PA Póstero-anterior
SUS Sistema Único de Saúde
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
LDL Lipoproteína de Baixa Densidade
L-Tiroxina Levo-Tiroxina
FSH Hormônio Folículo Estimulante
DUM Data da última menstruação
xiii
SUMÁRIO
p
1.
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 1
1.1 Fisiopatologia ........................................................................................................ 1
1.2 Epidemiologia...................................................................................................... 3
1.3 Fatores de risco........................................................................................................ 3
1.4 Sintomatologia ........................................................................................................ 4
1.5 Métodos de rastreamento e diagnóstico ................................................................. 5
2.
OBJETIVOS ......................................................................................................... 8
3.
METODOLOGIA ................................................................................................ 9
3.1 Tipo de estudo......................................................................................................... 9
3.2 Local e período ...................................................................................................... 9
3.3 Amostra .................................................................................................................. 9
3.4 Instrumento de coletas de dados.............................................................................. 10
3.5 Aspectos éticos....................................................................................................... 11
3.6 Análise estatística .................................................................................................. 11
4.
RESULTADOS ..................................................................................................... 12
4.1 Perfil demográfico da amostra................................................................................ 12
4.2 História fisiológica................................................................................................. 12
4.3 História pregressa ................................................................................................... 12
4.4 Índice de massa corpórea (IMC) e atividade física............................................... 13
4.5 Dados da dieta......................................................................................................... 14
4.6 Medicamentos em uso............................................................................................. 15
4.7 Densitometria óssea ............................................................................................... 15
4.8 Radiografia de coluna lombo-sacra (PA e perfil) ................................................ 16
4.9 Deformidades vertebrais ......................................................................................... 17
4.10 Análise não ajustada de alguns fatores correlacionados à osteopenia e/ou
osteoporose .............................................................................................................
18
4.10.1 Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / perfil demográfico.............. 18
4.10.2 Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / história fisiológica............... 18
4.10.3 Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / história pregressa ............... 20
xiv
4.10.4 Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / IMC, atividade física .......... 20
4.10.5 Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / dados da dieta ..................... 20
4.10.6 Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / medicamentos em uso ........ 20
4.10.7 Fatores de risco correlacionados à osteopenia e osteoporose na coluna lombar .... 21
5
DISCUSSÃO.......................................................................................................... 23
6
CONCLUSÕES..................................................................................................... 29
7
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 30
8 APÊNDICE A - Instrumento de coleta de dados .................................................. 34
8.1 ANEXO A - Parecer Consubstanciado................................................................... 36
xv
1 INTRODUÇÃO
A osteoporose é um distúrbio osteometabólico caracterizado pela diminuição da
densidade mineral óssea, com deterioração da microarquitetura óssea, levando a um aumento
da fragilidade esquelética e do risco de fraturas (Consenso Brasileiro de Osteoporose (CBO),
2002). Osteopenia é um termo que pode se referir a qualquer estágio da doença que envolva
redução anormal da quantidade de osso total mineralizado (Consenso Brasileiro de
Osteoporose, 2002).
Apesar de sua descoberta e reconhecimento, a osteoporose complicada foi motivo
de relato por Lisht, na Antigüidade, no Egito, que observou a múmia de uma anciã egípcia da
XII dinastia (1990-1786 a.C.). Dequeker et al. (1997), analisando o esqueleto da múmia
demonstraram a presença de osteoporose complicada por fraturas/achatamentos vertebrais e
de fratura do colo do fêmur, por exames radiológicos.
Na segunda metade do século XX, algumas transformações contribuíram para
produzir modificações profundas sobre a população que resultaram em maior oferta de
tratamentos, consciência da cidadania e modificação do perfil da morbimortalidade (HNorth
American Menopause SocietyH (HNAMSH), 2006).
Com a alteração do perfil demográfico mundial, conseqüente ao aumento da
longevidade, houve maior facilidade no acesso aos sistemas de saúde, resultando no
envelhecimento da população e elevou-se a freqüência de doenças crônico-degenerativas,
destacando-se a osteoporose, principalmente nos Estados Unidos e Europa (HNAMSH, 2006).
As fraturas vertebrais são as complicações mais freqüentes da osteoporose
(Bandeira, 2003).
1.1 Epidemiologia
A maior incidência da osteoporose ocorre em mulheres da raça branca ou asiática,
de baixa estatura, magras, com história familiar de osteoporose e/ou fraturas e relato de
menopausa precoce (NAMS, 2006). No sexo feminino 1:4 após os 50 anos e no sexo
masculino 1:8 acima de 65 anos (Orwoll et al., 2000).
A partir dos 50 anos, 30% das mulheres e 13% dos homens poderão sofrer algum
tipo de fratura por osteoporose ao longo da vida (HNAMSH, 2006).
xvi
Estudos realizados no Brasil evidenciam incidência similar, especialmente na
população branca; contudo, deve-se considerar a grande miscigenação da população brasileira
tendo em vista a menor incidência de fraturas nos indivíduos da raça negra (CBO, 2002).
O aumento da incidência das fraturas osteoporóticas coincide com o aumento da
expectativa de vida (Gambacciani et al., 2004). Um terço das mulheres de mais de 65 anos
têm uma ou mais fraturas vertebrais, sendo a maioria assintomática (Bandeira, 2003).
1.2 Fisiopatologia
Osteopenia e osteoporose fazem parte do próprio envelhecimento, portanto, de um
processo fisiológico. Com efeito, ao identificar os fatores que aceleram este processo, pode-se
lançar mão dos mecanismos que possam retardar a perda da densidade mineral óssea, como o
uso de medicamentos, mudanças nos hábitos de vida ou tratamento de co-morbidades que
possam causar ou acentuar o fenômeno e que, associadas à osteoporose, aumentam o risco de
fraturas (CBO, 2002; Faria, 2000).
A formação da maior parte da massa óssea (60%) ocorre durante o
desenvolvimento puberal, com o pico de massa óssea acontecendo em torno dos trinta anos, e
inclui dieta adequada nas duas primeiras décadas de vida. Quanto mais tardia for a menarca,
maior será a proteção contra osteoporose (Bandeira et al., 2000; Li & Zhu, 2006; Kanis et al.,
2006).
A genética contribui com 70% para o pico de massa óssea, sendo que os restantes
30% incluem a ingestão de cálcio, exercícios físicos e idade da puberdade. Desta forma a
prevenção é a melhor maneira de controlar a osteoporose, sendo mais efetiva que o tratamento
(Kanis et al., 2006).
O osso cortical representa 85% da massa óssea, estando presente nos membros. E
o osso trabecular, presente no esqueleto axial, isto é, cabeça, coluna e na porção distal dos
ossos longos, representa 15% da massa óssea. O osso é formado, principalmente, pela
proteína colágena do tipo I, onde se deposita cálcio e fósforo na forma de cristais de
hidroxiapatita. A resistência óssea depende da deposição mineral. Para absorção mineral a
nível intestinal faz-se necessária a presença da vitamina D. Cerca de 99% do cálcio presente
no corpo estão nos ossos e dentes (Bandeira et al., 2000).
O turnover ósseo ou remodelação óssea consiste em dois estágios diferentes:
reabsorção e formação ósseas. Na reabsorção, os osteoclastos tornam-se ativos, criando
xvii
pequenas cavidades, as lacunas de Howship, sobre a superfície óssea. Em seguida, ocorre a
formação óssea, quando os osteoblastos preenchem as lacunas de Howship, depositando
colágeno. Aí ocorre a mineralização e a superfície óssea se recompõe (Bandeira et al., 2000;
Szejnfeld, 2003).
Os processos de formação e reabsorção ósseas ocorrem simultaneamente em
diversas regiões ósseas, durante toda a vida. Ressalte-se que uma mesma paciente pode
apresentar osteoporose e/ou osteopenia em mais de uma região. Quando o osso removido pela
reabsorção é completamente substituído, preserva-se, então, a resistência óssea diminuindo o
risco de fraturas (Dobbs et al., 1999; Bandeira et al., 2000; Szejnfeld, 2003; Lane, 2006).
Na fase adulta, a perda de massa óssea representa um processo que pode contribuir
para maior fragilidade óssea, em uma fase mais tardia da vida. É mais acentuada nos
primeiros anos da pós-menopausa ou pós-ooforectomia bilateral. Se a reabsorção for maior do
que a formação, dá-se o início da evolução da osteoporose (Genant et al., 2007).
A formação e a reabsorção podem ser alteradas por fatores ambientais, hormonais
e nutricionais, contribuindo para maior ou menor perda de massa óssea e alteração da
integridade da arquitetura óssea favorecendo a maior freqüência de fraturas (Szejnfeld, 2003;
Lane, 2006).
O mecanismo inicial das fraturas vertebrais ainda não foi bem compreendido, pois
não está diretamente ligado somente à diminuição da massa óssea, sugerindo que outros
fatores independentes deste parâmetro contribuam em sua etiopatogenia (Genant et al., 2007).
Fraturas vertebrais osteoporóticas geralmente ocorrem sob condições de
sobrecargas não traumáticas. Diferenças nas propriedades ósseas, tais como densidade
mineral e qualidade óssea, entre indivíduos com ou sem fraturas vertebrais osteoporóticas são
discutidas (McDonnell et al., 2007). Propriedades da coluna vertebral, incluindo
macroarquitetura, integridade dos discos intervertebrais, curvatura espinhal, carga espinhal,
são comparados nestes grupos de indivíduos (Briggs et al., 2007).
1.3 Fatores de risco
A menopausa é um ponto de partida, representando um importante papel,
estabelecendo um “zero biológico” para o início da investigação das fraturas e para controlar
o índice de perda óssea durante o período de pós-menopausa (Gambacciani et al., 2004).
xviii
Os fatores de risco para redução da massa óssea não são suficientemente sensíveis
para diagnosticar ou excluir a osteoporose, permitindo apenas selecionar pacientes que
necessitam um seguimento mais rigoroso (HHodgson Het al., 2004).
Muitos fatores de risco estão associados com fraturas osteoporóticas, incluindo
baixo pico de massa óssea, corpo pequeno e delgado, cor da pele, fatores hormonais, uso de
certos medicamentos (como glicocorticóides e outros), sedentarismo, baixa ingesta de cálcio e
vitamina D, hábitos (tabagismo, alcoolismo, drogas ilícitas), e história pessoal ou familiar de
patologias pregressas e de fratura (Bandeira et al., 2000; Lane, 2006).
1.4 Sintomatologia
A osteoporose caracteriza-se por início silencioso, com perda de massa óssea, sem
nenhum sinal ou sintoma. Em conseqüência, muitas mulheres descobrem que têm a doença
após a ocorrência de alguma fratura, ou durante a investigação de outro problema de saúde
(Riggs et al., 2003). Fraturas decorrentes de traumas mínimos podem ser os primeiros sinais
desta doença (Gambacciani et al., 2004).
A doença praticamente não se manifesta até o aparecimento das primeiras fraturas,
que ocorrem quando há uma perda de 30 a 40% da massa óssea, detectadas pelo exame
radiológico (Genant et al., 2007).
As principais fraturas causadas pela osteoporose ocorrem principalmente nas
vértebras e, depois, rádio distal (fratura de Colles) e colo do fêmur. Podem ocorrer
espontaneamente, ou em conseqüência de traumas. Estas fraturas causam também diminuição
da estatura e deformidades da coluna (Bandeira, 2003).
Fraturas vertebrais acarretam deformidades da coluna vertebral, alterações na
postura corporal, no equilíbrio e na marcha e, conseqüentemente, favorecendo quedas e
fraturas em outras regiões do esqueleto. Quanto menor a densidade mineral óssea, maiores as
alterações da curvatura torácica (Plapler & Greve, 2001).
Deformidades vertebrais não tratadas podem repercutir sobre a qualidade de vida,
assim como as limitações causadas pela osteoporose não tratada (Hasserius et al., 2003).
As fraturas vertebrais que levam às deformidades vertebrais estão entre as
complicações mais comuns da osteoporose, entretanto dados sobre sua ocorrência são
limitados, devido em sua grande maioria serem assintomáticas (van der Klift et al., 2002).
A distensão abdominal, devido à deficiência da sustentação do tórax pela coluna,
concorre para fraturas de natureza limitante, necessitando o uso da bengala, ou da cadeira de
xix
rodas e aumentando o risco de óbito, como ocorre freqüentemente na fratura do colo do fêmur
(Pereira, 2000).
A osteoporose precede ou sucede a menopausa, trazendo, a longo prazo, limitações
físicas impostas pelas dores ósseas freqüentes, deformidades da coluna vertebral, devido ao
achatamento e fraturas das vértebras, causando cifose torácica (Hasserius et al., 2003).
As deformidades tais como hipercifose dorsal, abdome protruso, deformidades
esqueléticas, baixo peso corporal e/ou sinais físicos de doenças associadas podem ser
detectadas como sinalizadoras de perda de massa óssea. Fraturas vertebrais por compressão
não são incomuns, levam progressivamente à perda da estatura e à cifose dorsal e, em cada
episódio de colapso vertebral, podem provocar uma redução de 2 a 4 cm na altura do paciente
(Fernandes et al., 1998).
O aumento progressivo da cifose torácica não pode ser atribuído à perda de força
muscular do envelhecimento, mas, sim, às deformidades vertebrais causadas pelas múltiplas
fraturas vertebrais decorrentes da diminuição da densidade mineral óssea (Plapler & Greve,
2001).
Achados de colapsos vertebrais mais severos, sinalizam como indicadores
importantes de fraturas anteriores (European Prospective Osteoporosis Study Group (EPOS),
2003).
A osteoporose não tratada e/ou não diagnosticada precocemente pode evoluir para
um quadro muito doloroso, incapacitante, com repercussão importante sobre a qualidade de
vida dos pacientes (Szejnfeld, 2003).
Nas fraturas de quadril, 12% podem ir a óbito após três meses; 50% após um ano e
os 50% que conseguem recuperar-se de uma fratura de quadril, podem tornar-se dependentes
de sua família ou do Poder Público (Pereira, 2000).
1.5 Métodos de rastreamento e diagnóstico
O método mais utilizado para o diagnóstico de osteoporose, portanto, com maior
risco de desenvolver fraturas, é a densitometria de dupla emissão com fonte de raios X
(DXA), que permite avaliação direta da coluna e região proximal do fêmur, regiões mais
acometidas pela osteoporose no osso trabeculado e cortical. (Genant et al., 2007).
Em 1993, Cummings et al. demonstraram que a diminuição de um desvio padrão
(DP) em relação aos indivíduos de mesma idade e sexo dobrava o risco relativo de fratura de
quadril. Esse estudo e outros tornaram evidente a correlação entre a DMO, o DP e o risco de
xx
fratura. Esses dados possibilitaram a elaboração de parâmetros densitométricos para o
diagnóstico de osteoporose.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu critérios para possibilitar a
uniformidade na documentação de sua prevalência mundialmente. Define Osteoporose como
massa óssea em -2,5 ou mais DP abaixo da média para o adulto jovem, e Osteopenia, como
DMO entre -1 e -2,5 DP abaixo da média para o adulto jovem. Considera-se DMO normal
como acima de -1 desvio-padrão em relação à média para o adulto jovem. Para cada DP, o
risco de fratura torna-se 1,5 a três vezes maior (CBO, 2002; HNAMSH, 2006, Kanis, 2006).
Mulheres com T escore na coluna e/ou fêmur, menor que -2,5 DP têm diagnóstico
de osteoporose e aquelas com T escore e o relato de pelo menos uma fratura causada por
trauma mínimo, configura o diagnóstico de osteoporose estabelecida (Schnabel et al., 2005;
Smeltzer et al., 2005).
Os critérios radiológicos para a definição de osteoporose não estão bem
estabelecidos (Bandeira, 2003). Pode-se confirmar o diagnóstico de osteoporose, pelo estudo
radiológico da região comprometida. A região do esqueleto que mais freqüentemente pode
fornecer o diagnóstico de osteoporose é a coluna torácica ou dorsal, mesmo na ausência de
história de fratura (Genant et al., 2007).
As principais deformidades vertebrais detectadas na coluna dorsal pelo exame
radiológico são: redução difusa da densidade óssea, acentuação da cortical óssea dos corpos
vertebrais, acentuação do trabeculado ósseo vertical e alterações das formas dos corpos
vertebrais como vértebras bicôncavas, achatadas, acunhadas ou por compressão. Esses
achados refletem diferentes graus de fraturas, podendo ser únicas ou múltiplas (Matos et al.,
2000).
Os marcadores laboratoriais de remodelação óssea não estabelecem o diagnóstico
da osteoporose, sendo úteis para monitorar a eficácia terapêutica de pacientes que apresentam
remodelação óssea comprometida (HHodgson Het al., 2004 ; HNAMSH, 2006).
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
2005, o Brasil possui uma população total em torno de 184.184.264 e o Maranhão, 6.113.327
habitantes. A população de mulheres acima de 65 anos no Brasil é de cerca de 6.605.133 e no
Maranhão, de 163.647. Deduzimos que, aproximadamente 2.200.000 brasileiras e 54.500
maranhenses nesta faixa etária podem ter fraturas vertebrais.
Em nossa região a osteoporose tem sido pouco estudada, encontrando-se como
referência, apenas o trabalho de Martins (2001), que pesquisou a incidência de mulheres que
se submeteram à densitometria óssea e os principais fatores de risco associados à osteoporose,
xxi
em 555 mulheres abaixo de 65 anos de idade. Em atendimento no ambulatório de climatério
do Hospital Universitário Materno-Infantil (HUMI) da Universidade Federal do Maranhão
(UFMA), observam-se mulheres que convivem com as dores ósseas e limitações físicas
causadas pela osteoporose.
Assim, considerando-se a escassez de estudos, propôs-se avaliar a freqüência de
deformidades vertebrais, em mulheres com osteopenia e/ou osteoporose, a partir dos 40 anos,
em São Luís, Maranhão.
xxii
2 OBJETIVOS
2.1-Geral:
Avaliar densitométrica e radiologicamente as deformidades vertebrais em mulheres
com osteopenia e/ou osteoporose, a partir dos 40 anos em grupo selecionado de São Luís,
Maranhão.
2.2-Específicos:
2.2.1-Analisar o perfil demográfico das pacientes com osteopenia e/ou osteoporose.
2.2.2-Identificar fatores de risco, tais como história fisiológica, história pregressa,
atividade física, índice de massa corpórea, dados da dieta e uso de medicamentos.
2.2.3-Verificar o tipo e a freqüência de deformidades vertebrais na coluna lombar.
xxiii
3 METODOLOGIA
3.1-Tipo de estudo
Realizou-se um estudo transversal.
3.2 Local e período
Setor de imagem do Centro de Densitometria Óssea do Maranhão e no Centro de
Diagnóstico Médico do Maranhão, em São Luís, Maranhão, no período compreendido de
março a dezembro de 2006.
3.3 Amostra
Um total de 250 mulheres na peri e na pós-menopausa acima de 40 anos,
selecionadas consecutivamente por demanda espontânea, com diagnóstico densitométrico de
osteopenia e/ou osteoporose nos últimos 12 meses.. Destas, foram incluídas 222, porque 28
não quizeram participar Estas pacientes procuraram o setor de imagem do Centro de
Diagnóstico Médico do Maranhão para realizarem densitometria óssea solicitada por
profissionais de múltiplas especialidades, em avaliação médica rotineira, onde foram
abordadas e convidadas a participar desta pesquisa e ao concordarem, todas responderam às
perguntas dirigidas do instrumento de coleta de dados. Em seguida, todas assinaram o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e todas se submeteram a uma radiografia de
coluna lombo-sacra em PA e perfil, realizadas em equipamento EMIC 600-MKD (TOSHIBA,
Japão), no Centro de Diagnóstico Médico do Maranhão.
A demanda espontânea incluiu pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS),
convênios e particulares.
Foram utilizados os critérios da OMS para o diagnóstico densitométrico. A
densidade mineral óssea foi determinada pelo sistema Dual Energy X-Ray Absorptiometry
(DEXA) ou densitometria óssea, considerado o melhor método não invasivo para o
diagnostico de osteoporose, em equipamento DPX-L (Lunar Corporation, Madison,
Wisconsin, EUA). Analisaram-se as regiões da coluna lombar, colo do fêmur, trocânter e
triângulo de Ward.
xxiv
Como critérios de inclusão, as pacientes com diagnóstico densitométrico de
osteopenia e/ou osteoporose, estando ou não em tratamento para osteoporose com alendronato
de sódio, apresentando ou não co-morbidades associadas. Como critérios de exclusão,
pacientes em terapia hormonal estrogênica.
3.4 Instrumento de coleta de dados
Foi utilizado um questionário (Apêndice A) para registro dos dados das seguintes
variáveis: idade, cor da pele, escolaridade, profissão, ocupação, ciclos menstruais, história
obstétrica, tempo de amamentação, antecedentes cirúrgicos, idade da menopausa, presença de
co-morbidades (diabetes, litíase renal, tireoidopatias), atividade física, tabagismo, uso de
medicamentos, uso de bebida alcoólica e outras que possam interferir no metabolismo ósseo,
antecedentes pessoais e familiares de fraturas com suas respectivas localizações.
Os dados do perfil demográfico foram obtidos, analisando-se idade, cor da pele
(referida pela paciente), em branca, parda (ou mulata), negra, amarela (ou oriental) e indígena;
grau de escolaridade, profissão e ocupação.
A história fisiológica, com ciclos menstruais (em pacientes na peri-menopausa),
número de gestações e partos, tempo de amamentação e idade da menopausa.
As pacientes foram analisadas clinicamente (história pregressa), e obtiveram-se
dados de histerectomia, ooforectomia (idade e há quanto tempo), Diabetes Mellitus (tipo I e
tipo II), Litíase Renal, doença ou cirurgia da tireóide, e outras doenças que pudessem estar
correlacionadas ou serem causas de osteoporose. Antecedentes pessoais e familiares de
fraturas, com suas respectivas localizações, e tabagismo. Foram obtidos também peso e altura
para o cálculo do IMC.
Atividade física, quando investigamos sobre caminhada, corrida ou aeróbica, e
hidroginástica, buscando-se valorizar a duração (acima de 30 minutos/dia) e a freqüência por
semana (maior ou igual a cinco vezes).
Dados da dieta para avaliar-se a ingesta de cálcio através do consumo de alimentos
ricos, como o leite (porção de 240 ml/dia corresponde a 250 mg de cálcio elementar), o
iogurte (porção de 240 ml/dia corresponde a 300 mg) e o queijo (porção de 50g/dia
corresponde a 150 mg de cálcio elementar) (Bandeira, 2003).
Foram avaliados como perda qualitativa de cálcio, consumo de café (para uma
xícara de 60 ml, consideraram-se mais de 3 xícaras/dia) (Bandeira, 2003) e o uso diário de
cerveja, para um copo de 250 ml foi considerado acima de 3 copos/dia. Para calcular em
xxv
gramas a quantidade diária de etanol ingerida, aplicou-se a seguinte fórmula: quantidade/dia =
dose em ml x grau (considerando-se cerveja quatro graus) x 0,8/100. Tendo como resultado,
24 g/dia de etanol, considerando-se usuário moderado (Mincis, 1997). Foram avaliados ainda
os medicamentos usados pelas pacientes estudadas.
3.5 Aspectos éticos
O presente estudo foi submetido à apreciação e aprovação pelo Comitê de Ética
em Pesquisa do HU da UFMA sob o nº. 33104-49/2004 (Anexo A).
3.6 Análise estatística
Após a coleta, os dados foram tabulados e analisados estatisticamente. As
variáveis numéricas foram apresentadas por meio de médias e desvio padrão; enquanto as
categóricas, por meio de porcentagem.
Os dados foram tabulados pelo Programa Epidemiológico Epi-Info versão 2005 e,
posteriormente, analisados pelo pacote estatístico Stata Corporation 6.0.
Para verificar quais os fatores de risco associados com a doença em estudo,
utilizou-se o teste Qui-quadrado de Associação e Análise de Regressão Logística. O nível de
significância adotado foi de 5%.
xxvi
4 RESULTADOS
4.1-Perfil demográfico
Ao estudar a demografia da amostra selecionada, observou-se em 222 mulheres, a
média da idade de 60,5 ± 10 anos (mínima de 40 e máxima de 87 anos). As faixas etárias mais
freqüentes foram de mulheres de 50 a 69 anos, seguindo-se de 70 anos ou mais. Em relação à
cor da pele, 102 (45,9%) mulheres referiram ser brancas. Quanto à escolaridade, 96 (43,2%)
mulheres tinham o fundamental incompleto. As ocupações mais freqüentes, 79 (35,6%) delas
eram aposentadas, e 74 (33,3%) domésticas (Tabela 1).
4.2-História fisiológica
Na avaliação das variáveis relacionadas com a história fisiológica, 202 (90,9 %)
mulheres estavam no período de pós-menopausa. A média de idade da menopausa 47 ± 6,5 e
o tempo médio em anos de 15 ± 9,6 (tempo mínimo da menopausa 1 e máximo 43 anos).
Cento e cinqüenta (67,6%) mulheres engravidaram 3 ou mais vezes; 139 (62,6%) tiveram 3
ou mais partos. Quanto à média de duração da amamentação 32,8 ± 40,5 meses (tempo
mínimo menos de um mês e máximo de 264 meses) (Tabela 1).
4.3-História pregressa
Em relação à história pregressa, cinqüenta e uma (22,9%) mulheres foram
submetidas à histerectomia, 49 (22,1%) foram ooforectomizadas, cuja média de idade era de
46,2 ± 13,2 anos (idade mínima de ooforectomia 19 e máxima 86 anos).
As doenças encontradas em maior freqüência foram as da tireóide. O
hipotireoidismo, com 40 (18%) casos, apareceu em maior número, sendo que 30 (75%)
mulheres estavam em tratamento. Em 222 mulheres, 17 (7,7%) eram diabéticas do tipo II.
Hiperlipidemia foi encontrada em 30 (13,5%) mulheres, à custa do ldl colesterol. Hipertensão
Arterial em 35 (15,7%). Com história pessoal de fraturas, foram encontradas 48 (21,6%),
sendo a região mais comum, o punho; já na história familiar de fraturas, em 39 (17,6%)
pacientes, a região mais freqüente foi o colo do fêmur. No grupo estudado, 18 (8,1%) eram
tabagistas e 47 (21,2%) eram ex-tabagistas (Tabela 2).
xxvii
Tabela 1-Distribuição segundo o perfil demográfico e história fisiológica de 222 mulheres com osteopenia
e/ou osteoporose estudadas no período de março a dezembro de 2006 em S. Luís, Maranhão
Variáveis Freqüência absoluta
(f)
Freqüência relativa
(f%)
Média DP (±)
Idade
60,5 ± 10
40-49 31 14
50-59 72 32,4
60-69 72 32,4
70 anos ou mais 47 21,2
Cor da pele
Branca 102 45,9
Parda 57 25,7
Negra 62 27,9
Mestiça 1 0,5
Amarela 0 0
Escolaridade
Fundamental incompleto 96 43,2
Fundamental completo 15 6,8
Ensino médio incompleto 5 2,3
Ensino médio completo 73 32,9
Superior 33 14,9
Ocupação
Aposentada 79 35,6
Doméstica 79 33,3
Professora 35 15,8
Func. Pública 21 9,5
Número de gestações
3 ou mais gestações 150 67,6
Número de partos
3 ou mais partos 139 62,6
T. de amamentação (meses)
Mais de 3 anos
104 46,8 32,8 ± 40,5
Idade à Menopausa
47 ± 6,5
Ciclos menstruais (peri-
menopausa)
20 9
Pós-menopausa
202 91
f: freqüência
4.4 – Índice de massa corpórea (IMC) e atividade física
O IMC médio foi de 26,3 ± 4,1, sendo normal em 82 (36,9%) e 87 (39,2%)
mulheres apresentavam sobrepeso.
Quanto à atividade física 101 (45,5%) praticavam, enquanto 121 (54,5%) não
praticavam (Tabela 2).
xxviii
Tabela 2-Distribuição segundo a história pregressa, IMC, atividade física e dados da dieta de 222
mulheres com osteopenia e/ou osteoporose estudadas no período de março a dezembro de 2006 em S. Luís,
Maranhão.
Variáveis f f% Média DP (±)
Histerectomia
51 22,9
Ooforectomia
49 96
Idade da Ooforectomia
46,2 ± 13,2
Doenças da tireóide
Hipotireoidismo 40 18
Hipertireoidismo 1 0,5
Nódulo benigno de tireóide 8 3,6
Bócio nodular atóxico 3 1,4
Bócio nodular tóxico 2 (0,9%) 2 0,9
Tratamento Hipotireoidismo
30 75
Diabetes Mellitus
Tipo I 3 1,4
Tipo II 17 7,7
Hiperlipidemia
30 13,5
Hipertensão Arterial
35 15,7
História pessoal de fratura
48 21,6
História familiar de fraturas
39 17,6
Tabagistas
18 8,1
Ex-tabagistas 47 21,2
Nunca fumaram 157 70,7
IMC
26,3 ± 4,1
Normal 82 36,9
Sobrepeso 87 39,2
Obesidade 53 23,9
Atividade física
Caminhada 84 37,8
Corrida 4 1,8
Hidroginástica 13 5,9
Sedentárias 121 54,5
Dados da dieta (/dia)
Café (3 xícaras) 28 12,6
Cerveja (+3 copos/dia) 17 7,7
Leite (-2 porções ou não) 183 82,4
Queijo (-50 g ou não) 32 14,4
Iogurte (-1 x ou não) 147 66,2
4.5 – Dados da dieta
Foram valorizados o baixo consumo do leite e derivados e maior consumo de café
e cerveja (Tabela 5). A falta ou deficiência no consumo de leite e iogurte em menos de duas
xxix
porções por dia foi relatado em 183 (82,4%) e em 147 (66,2%) mulheres respectivamente; e
do queijo em menos de 50 g por dia em 32 (14,4%). O consumo de café esteve presente em 28
(12,6%). E 17 (7,7%) mulheres ingeriam cerveja, acima de 3 copos/dia (Tabela 2).
4.6 – Medicamentos em uso
O uso de estatinas e L-tiroxina foi relatado em 30 (13,5%) mulheres. Quanto ao
uso do alendronato de sódio 10 mg/dia, 36 (16,2%) mulheres usavam-no há mais de ano; e 18
(8,1%), há menos de um ano. Em relação a uso do alendronato de sódio e menopausa, 54
mulheres o usavam, sendo que 7 (12,9%) desde a pré-menopausa e 47 (87%) começaram na
pós-menopausa (Tabela 3).
Tabela 3 - Distribuição segundo a freqüência do uso de medicamentos em 222 mulheres com osteopenia
e/ou osteoporose estudadas no período de março a dezembro de 2006 em S. Luís, Maranhão
Variáveis f f %
Medicamentos em uso
Estatinas 30 13,5
L-tiroxina 30 13,5
Alendronato de sódio 10 mg
Mais de 1 ano de uso 36 16,2
Menos de 1 ano de uso 18 8,1
Pré-menopausa 7 3,2
Pós-menopausa 47 21,2
4.7-Densitometria óssea
A pesquisa revelou a presença de osteopenia em 109 (49,1%), e de osteoporose em
113 (50,9%) mulheres, de acordo com os dados obtidos dos resultados das densitometrias
ósseas (Tabela 4).
Tabela 4-Distribuição de 222 mulheres submetidas à densitometria óssea com osteopenia e osteoporose
estudadas no período de março a dezembro de 2006 em S. Luís, Maranhão
osteopenia osteoporose
f f % f f %
109 49,1 113 50,9
xxx
Maior comprometimento por osteoporose da coluna lombar foi observado em 99
(44,6%) pacientes, seguido pelo triângulo de Ward em 58 (26,1%); colo do fêmur em 26
(11,7%) e trocânter em 18 (8,1%). Nas pacientes com osteopenia, predominou a coluna
lombar em 37 (16,6%); colo do fêmur 34 (15,3%); triângulo de Ward 26 (11,7%) e trocânter
em 23 (10,4%) pacientes (Tabela 5).
Tabela 5-Distribuição dos resultados da densitometria óssea em 222 mulheres com osteopenia e/ou
osteoporose estudadas no período de março a dezembro de 2006 em S. Luís, Maranhão
osteopenia osteoporose
f f% f f%
Coluna Lombar 37 16,6 99 44,6
Colo do Fêmur 34 15,3 26 11,7
Trocânter 23 10,4 18 8,1
Triângulo de Ward 26 11,7 58 26,1
4.8-Radiografia de coluna lombo-sacra (PA e Perfil)
No tocante às deformidades vertebrais associadas à osteoporose pela radiografia de
coluna lombo-sacra, foram encontradas 13 (5,9%) mulheres com fraturas vertebrais, 5 (2,3%)
com colapso vertebral, 59 (26,6%) com redução de espaço discal, 20 (9%), com achatamento
de corpo vertebral e 9 (4%) com hiperlordose.
Outras deformidades anteriores à osteoporose foram encontradas: como artrose em
40 (18%), osteofito em 117 (52,7%), escoliose em 78 (35,1%), esclerose em 9 (4%), e
espondilólise em 16 (7,2%) mulheres.
Outros achados de deformidades, em menor freqüência foram discopatia
degenerativa em 3 (1,3%), hérnia discal em 4 (1,8%), vértebra de transição em 1 (0,5%),
megaapófise transversa em 1 (0,5%), formação hipertrófica de corpo vertebral em 2 (0,9%),
retrolistese em 4 (1,8%), espondilolistese em 4 (1,8%), disco-osteítes em 2 (0,9%), artrite em
1 (0,5%).
Radiografias de coluna lombo-sacra foram normais em 18 (8,1%) pacientes, não
obstante, todas apresentaram alterações à densitometria óssea (Tabela 6).
xxxi
Tabela 6-Distribuição da freqüência das deformidades vertebrais à radiografia de coluna lombo-sacra em
222 mulheres com osteopenia e/ou osteoporose estudadas no período de março a dezembro de 2006, em S.
Luís, Maranhão
Deformidades f f %
A
Associadas à osteopenia e/ou osteoporose
Redução de espaço discal 59 26,6
Achatamento de corpo vertebral 20 9
Fratura vertebral 13 5,9
Hiperlordose 9 4
Colapso vertebral 5 2,3
Anteriores à osteopenia e/ou osteoporose
Osteofito 117 52,7
Escoliose 78 35,1
Artrose 40 18
Espondilólise 16 7,2
Esclerose 9 4
Radiografia normal 18 8,1
4.9 Deformidades vertebrais
De acordo com os dados, avaliaram-se as alterações vertebrais das mulheres pelo
achado de osteopenia e osteoporose na coluna lombar, utilizando-se a densitometria óssea. E a
radiografia de coluna lombo-sacra, para constatação de fraturas e deformidades vertebrais.
Consideraram-se deformidades vertebrais associadas com osteoporose e
osteopenia (as pacientes tomaram conhecimento após densitometria óssea e radiografia de
coluna lombo-sacra) e deformidades anteriores à osteoporose e osteopenia (as pacientes já
sabiam que apresentavam estas deformidades antes de se submeterem à densitometria óssea).
As deformidades vertebrais associadas à osteopenia como fraturas vertebrais
estiveram presentes em 6 (5,5%), achatamento de corpo vertebral em 13 (11,9%) e redução de
espaço discal em 20 (18,3%). Observaram-se ainda deformidades anteriores à osteopenia, tais
como osteofito em 62 (56,9), escoliose em 61 (55,9) e artrose em 25 (22,9) mulheres.
Achados de deformidades vertebrais associadas com osteoporose foram
encontrados como fraturas vertebrais em 7 (6,2), achatamento de corpo vertebral em 7 (6,2) e
xxxii
redução de espaço discal em 17 (15). Anteriores à osteoporose observaram-se osteofito em 55
(48,7%), escoliose em 17 (15%) e artrose em 15 (13,3%).
Radiografias de coluna lombo-sacra foram normais em 16 (14,7%) com osteopenia
e 2 (1,8%) com osteoporose (Tabela 7).
Tabela7-Correlação das deformidades vertebrais à densitometria óssea (coluna lombar) e à radiografia de
coluna lombo-sacra em 222 mulheres com osteopenia e/ou osteoporose estudadas no período de março a
dezembro de 2006, em S. Luís, Maranhão
Densitometria óssea
osteopenia osteoporose
Radiografia de coluna
lombo-sacra
Deformidades
f (%) f (%)
Associadas à osteopenia e/ou osteoporose
Redução espaço discal 20 (18,3) 17 (15)
Achatamento de corpo vertebral 13 (11,9) 7 (6,2)
Fratura vertebral 6 (5,5) 7 (6,2)
Hiperlordose 6 (5,5) 3 (2,7)
Colapso vertebral 2 (1,8) 3 (2,7)
Anteriores à osteopenia e/ou osteoporose
Osteofito 62 (56,9) 55 (48,7)
Escoliose 61 (55,9) 17 (15)
Artrose 25 (22,9) 15 (13,3)
Esclerose 6 (5,5) 3 (2,7)
Espondilólise 4 (3,7) 12 (10,6)
Radiog. lombo-sacra normal 16 (14,7) 2 (1,8)
4.10-Análise não ajustada de alguns fatores correlacionados à osteopenia e/ou osteoporose
Para identificar quais os fatores associados à osteopenia-osteoporose ajustou-se
um modelo de regressão logística.
4.10.1-Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / perfil demográfico
Observou-se correlação significativa entre idade com osteopenia e osteoporose,
caracterizando-se como fator de risco (Tabela 8).
4.10.2-Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / história fisiológica
Quanto ao tempo de amamentação, consideraram-se as mulheres que
amamentaram acima de 3 anos: 82 (75,2%) com osteopenia e 79 (69,9%) com osteoporose.
xxxiii
Das 202 mulheres na pós-menopausa observou-se em 96 (88,1%) osteopenia, e
osteoporose em 106 (93,8%) (Tabela 8).
Tabela 8–Correlação de osteopenia e osteoporose com perfil demográfico, história fisiológica, história
pregressa, IMC, atividade física nas 222 mulheres estudadas no período de março a dezembro de 2006, em
S. Luís, Maranhão.
Variável osteopenia osteoporose OR IC (95%) p
f (%) f (%)
Cor da pele
0,9 0,5 – 1,5 0,8
Branca 51 (46,8) 51 (45,1)
Parda 26 (23,9) 24 (21,2)
Negra 28 (25,7) 36 (31,9)
Mestiça 4 (3,7 ) 2 (1,8)
Amarela 0 0
Idade
1,06 1,03-1,09 0, 01*
40-49 22 (20,2) 10 (8,8)
50-59 45 (41,3) 27 (23,9)
60-69 27 (24,8) 44 (38,9)
Acima de 70 15 (13,8) 32 (28,3)
Tempo de
amamentação
1,3 0,7 – 2,3 0,3
3 anos ou mais 82 (75,2) 79 (69,9)
Ooforectomia
30 (27,5) 19 (16,8) 0,5 0,3 – 1,1 0,1
Diabetes Mellitus
7 (6,4) 13 (11,5) 1,9 0,7 – 4,9 0,02*
Doença da Tireóide
0,95 0,7 – 1,2 0,7
Hipotireoidismo 27 (24,8) 13 (11,5)
Nód. Benigno 7 (6,4) 4 (3,5)
Dislipidemia
13 (11,9) 12 (10,6) 0,8 0,3 – 2,0 0,7
Fratura pessoal
38 (34,9) 30 (26,6) 1,8 0,9 – 3,5 0,07
Fratura familiar
32 (29,4) 21 (18,6) 0,0 0,5 – 2,0 0,9
Tabagismo
4 (3,7%) 7 (6,2%) 1,7 0,4 – 6,1 0,3
IMC
0,9 0,4 – 1,7 0,7
Obesas 22 (20,2) 21 (18,6)
Não obesas 87 (79,8) 92 (81,4)
Ativ. física
3 0,9 – 9,9 0,06
Sedentária 98 (89,9) 109 (96,5)
Não sedentária 11 (10,1) 4 (3,5)
OR: odds ratios; IC: intervalo de confiança; *: correlação; nível de significância = 5 = p < 0,05.
4.10.3 - Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / história pregressa
xxxiv
Diabetes Mellitus, tabagismo e os antecedentes familiares e pessoais de fraturas
foram testados como fatores de risco, entretanto encontrou-se correlação significativa apenas
com Diabetes Mellitus e osteopenia-osteoporose, onde o Diabetes revelou-se como fator de
risco importante. Foram encontradas 38 (34,9%) mulheres com osteopenia e 30 (26,6%) com
osteoporose e história de fratura pessoal (Tabela 8).
4.10.4 - Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / IMC, atividade física
Quanto ao IMC, consideraram-se as não obesas, foram encontradas 87 (79,8%)
mulheres com osteopenia e 92 (81,4%) com osteoporose. Em relação à atividade física,
observou-se 98 (89,9%) mulheres sedentárias com osteopenia e 109 (96,5%) com osteoporose
(Tabela 8).
Tabela 9-Correlação de osteopenia e osteoporose com dados da dieta em 222 mulheres estudadas no
período de março a dezembro de 2006, S. Luís, Maranhão
Variável osteopenia osteoporose OR IC (95%) p
f (%) f (%)
Café
0,6 0,3 – 1,5 0,3
Mais de 3 xic. /dia 16 (14,7) 12 (10,6)
Bebida alcoól. (cerveja)
1,78 0,03 – 0,8 0,02*
Mais de 3 copos/dia 7 (6,4) 10 (8,8)
Leite e derivados
1,3 0.8 – 2,3 0,2
Usavam 47 (43,1) 40 (35,4)
Não usavam 62 (56,9) 73 (64,6)
4.10.5 - Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / dados da dieta
Foram observadas 7 (6,4%) mulheres com osteopenia e 10 (8,8%) com
osteoporose que consumiam acima de três copos de cerveja por dia. A falta ou deficiência do
consumo de leite e derivados revelou-se como fator de risco (Tabela 9).
4.10.6 - Análise não ajustada / osteopenia e/ou osteoporose / medicamentos em uso
O uso de estatinas revelou discreto aumento da freqüência de osteopenia em
relação à osteoporose. Vinte e sete (24,8%) mulheres em uso de L-tiroxina tinham osteopenia
e 11 (9,7%) tinham osteoporose. Quanto ao alendronato de sódio por mais de um ano e/ou
xxxv
desde a pré-menopausa associou-se a maior freqüência de osteopenia, já iniciado após a
menopausa demonstrou-se maior freqüência de osteoporose (Tabela 10).
Tabela 10-Correlação de osteopenia e osteoporose com medicamentos em uso por 222 mulheres estudadas
no período de março a dezembro de 2006, em S. Luís, Maranhão
Variável osteopenia osteoporose
f (%) f (%)
Medicamentos em uso
Estatinas
13 (11,9) 12 (10,6)
L-tiroxina
27 (24,8) 11 (9,7)
Alendronato de sódio
Não 82 (75,2) 78 (69)
Menos de 1 ano 15 (13,8) 10 (8,8)
Mais de 1 ano 32 (29,4) 10 (8,8)
Pré-menopausa 5 (4,6) 2 (1,8)
Pós-menopausa 17 (15,5) 30 (26,5)
4.10.7-Fatores de risco correlacionados à osteopenia e osteoporose na coluna lombar
Os fatores de risco considerados mais importantes para osteoporose e fraturas
vertebrais, nesse estudo, foram selecionados e comparados com a presença de osteopenia e
osteoporose na coluna lombar.
Observou-se faixa etária mais freqüente de osteopenia dos 50 aos 59 anos, com 42
(38,5%) pacientes; já na osteoporose, a faixa etária mais freqüente foi acima de 60 anos.
Sessenta e duas (56,9%) mulheres com osteopenia e 75 (66,4%) com osteoporose tiveram
mais de 3 partos.
Osteopenia apresentou correlação com antecedentes pessoais de fratura em 15
(13,8%) mulheres. A deficiência ou falta do consumo do iogurte em menos de 1 porção/dia,
foi relatada em 95 (84,1%) mulheres com osteoporose; e no consumo do queijo, a deficiência
ou falta em menos de 50 g/dia foi observada em 19 (17,4) mulheres com osteopenia e 22
(19,5%) com osteoporose.
O uso de bebida alcoólica esteve correlacionado com osteopenia em 5 (4,6%)
pacientes e osteoporose em 10 (8,8%)
Quanto aos medicamentos em uso, foi observado que 20 (18,3%) mulheres em uso
de estatinas tinham osteopenia e 5 (4,4%) apresentavam osteoporose. Nas pacientes que
usavam L-tiroxina foram encontradas 17 (15,6%) com osteopenia e 10 (8,8%) com
xxxvi
osteoporose. No que tange a mulheres em uso de aledronato de sódio iniciado na pós-
menopausa, 20 (18,3%) tinham osteopenia e 27 (23,9%) apresentavam osteoporose (Tabela
11).
Tabela 11-Correlação segundo alguns fatores de risco com osteopenia e osteoporose na coluna lombar em
222 mulheres estudadas no período de março a dezembro de 2006, em S. Luís, Maranhão
osteopenia p osteoporose
Variável
f (%)
f (%)
p
Cor Branca 20 (18,3) 0,5 16 (14,2) 0,3
Idade 50-59 42 (38,5) 0,009* 24 (21,2) 0,002*
60-69 27 (24,8) 44 (38,9) 0,005*
Acima de 70 15 (13,8) 32 (28,3) 0,002*
Gesta (> 3) 58 (53,2) 0,08 74 (65,5) 0,2
Para (>3) 62 (56,9) 0,005* 75 (66,4) 0,01*
Fratura Pessoal 15 (13,8) 0,03* 28 (24,8) 0,09
Atividade Física
Sedentárias 93 (85,3) 0,9 96 (85) 0,5
Bebida alcoólica 5 (4,6) 0,7 10 (8,8) 0,8
(+3 cp/dia)
Leite e derivados
(-2 porções/dia ou não)
19 (17,4) 0,01* 22 (19,5) 0,005*
Estatina 20 (18,3) 0,003* 5 (4,4) 0,006*
L-tiroxina 17 (15,6) 0,6 10 (8,8) 0,4
Alend. de Sódio
> 1 ano 15 (13,8) 0,9 17 (15) 0,9
< 1 ano 10 (9,2) 0,9 7 (6,2) 0,9
Pré-Menopausa 6 (5,5) 0,09 1 (0,9) 0,1
Pós-Menopausa 20 (18,3) 0,09 27 (23,9) 0,1
xxxvii
5 DISCUSSÃO
As deformidades vertebrais pré-existentes e as fraturas não vertebrais podem
aumentar a possibilidade de um indivíduo desenvolver osteopenia e/ou osteoporose mais
precocemente do que aqueles que não possuem nenhuma deformidade (Pereira, 2000).
Uma fratura vertebral prévia aumenta significativamente o risco de fraturas
vertebrais subseqüentes (Briggs et al., 2007). A incidência de fraturas de fêmur em mulheres
brancas é duas vezes maior do que em mulheres negras. Embora a incidência de fraturas seja
baixa em mulheres negras e hispânicas, um número significativo dessas mulheres desenvolve
osteoporose (Pereira, 2000).
Comparando com a literatura no tocante ao perfil demográfico desta pesquisa,
identificou-se a cor branca em maior freqüência, tanto em mulheres com osteopenia quanto
com osteoporose. A cor negra apareceu em segundo lugar, provavelmente por tratar-se de
demanda espontânea neste serviço privado, com a ocorrência maior de mulheres brancas.
Diversos estudos, em mulheres de 65 a 75 anos, apontam idade como fator
preditivo para a prevalência de fraturas vertebrais, além de história de fratura não vertebral,
dor lombar e baixa estatura (Tobias et al., 2007; HRoux et al., 2007H; Hasserius et al, 2005;
Bandeira, 2003).
Observou-se nesta pesquisa a faixa etária mais freqüente, nas pacientes com
osteoporose, aumentando gradualmente a partir dos 40 anos de idade e declinando
discretamente a partir dos 70 anos. O achado de osteopenia na coluna lombar na faixa etária
dos 50 a 59 anos e o achado de osteoporose predominou, na mesma região, acima de 60 anos
de idade.
Filip et al. (2006) verificaram que populações de baixa escolaridade da Polônia
apresentavam limitado conhecimento da prevenção e do tratamento das doenças
osteomusculares. Nesta pesquisa houve maior ocorrência de osteoporose nas mulheres com
baixa escolaridade.
Estudo de coorte seccional, em mulheres da Jordânia, correlacionando diminuição
da densidade mineral óssea com status reprodutivo e co-morbidades, apresentou importante
associação com densidade mineral óssea na coluna lombar e no colo do fêmur, além de idade
e também tempo de menopausa, LDL-colesterol e FSH plasmáticos. Todavia, o número de
gestações, anos de ciclos menstruais, idade à menopausa, anos de menopausa e duração da
terapia hormonal estrogênica e/ou progestínica foram positivamente correlacionados com a
densidade mineral óssea (Shilbayeh, 2003).
xxxviii
Nesta pesquisa, 91% das mulheres se encontravam na pós-menopausa e apenas 9%
ainda tinham ciclos menstruais. A média da idade da menopausa foi de 47 ± 6,5 anos. A idade
mínima do início da menopausa foi de 19 anos, numa paciente submetida à histerectomia e
ooforectomia bilateral devido a atonia uterina com hemorragia grave pós-parto. Referida
paciente realizou terapia hormonal estrogênica até os 52 anos de idade, com um achado de
osteopenia aos 62 anos.
Estudo realizado por Sarli et al. (2005), em oito mulheres lactantes com
osteoporose, sendo seis com osteoporose regional (pé direito e quadril esquerdo
respectivamente), dentre as quais três apresentavam fraturas vertebrais e as 5 restantes, uma
considerável desmineralização óssea detectada pela densitometria óssea. Os fatores de risco
foram baixa ingesta de cálcio, baixo peso, história familiar de osteoporose, amenorréia,
tabagismo e uso de glicocorticóides. Interrupção da lactação, visando diminuir a perda de
cálcio e uso de bifosfonatos foram medidas adotadas, com evolução satisfatória.
Foi observada neste estudo uma correlação significativa nas mulheres que
amamentaram por um período de tempo acima de 3 anos apresentaram uma maior freqüência
de osteopenia. O tempo médio de amamentação (em meses) foi de 32,8 ± 40,5. Destaca-se,
entretanto, neste estudo uma paciente de 52 anos, que amamentou por 22 anos, com 11
gestações e 11 partos normais, apresentando apenas osteopenia na coluna lombar.
Randell et al. (2006) relataram que mulheres na perimenopausa ou em menopausa
precoce com história de leiomiomas apresentaram uma maior densidade mineral óssea e
menos fraturas do que aquelas sem leiomiomas, presumivelmente relacionando o fenômeno
com níveis mais elevados de estrogênios. A menopausa precoce natural ou cirúrgica (pós-
ooforectomia) favorece o desenvolvimento da osteoporose (Rodrigues, 2000).
No presente estudo, 51 mulheres foram submetidas à histerectomias. Destas, 96%
com ooforectomia, sendo que cerca de 60% das pacientes ooforectomizadas apresentavam
osteopenia e 38,8% osteoporose. A média de idade das pacientes ooforectomizadas foi de
46,2 ± 13,2.
Mulheres jovens, portadoras de Diabetes tipo I, têm menarca tardia, maior
ocorrência de ciclos menstruais irregulares que as não diabéticas. A menopausa surge mais
prematuramente nas mulheres com Diabetes tipo I, diminuindo em 17% os anos de vida
reprodutiva (Dorman et al., 2001). As alterações nos níveis de hormônios sexuais, gordura
abdominal e metabolismo da insulina, que acompanham a menopausa, podem representar um
impedimento adicional para o bom controle glicêmico, nas mulheres com Diabetes Mellitus
tipo II (Ferrara et al., 2001).
xxxix
Observou-se nesta pesquisa uma correlação significativa entre Diabetes e
osteoporose, em que o Diabetes apareceu como fator de risco. Das 20 pacientes diabéticas,
35% tinham osteopenia e 65% osteoporose. Não se observou correlação entre Diabetes e
osteopenia-osteoporose na coluna lombar.
O diagnóstico, tratamento e prevenção da osteoporose é um problema de Saúde
Pública, pois pode evoluir para um estágio em que ocorrem sérias complicações. As pacientes
idosas são as que apresentam um maior risco para fraturas osteoporóticas, e este risco
aumenta quando a paciente faz uso de doses supressivas de L-Tiroxina, especialmente em
mulheres na pós-menopausa (HMohammadi et al., 2007H).
O uso de L-Tiroxina, devido a um quadro de hipotireoidismo em 38 pacientes,
nesta pesquisa, revelou osteopenia em 45% e 26% com osteoporose na coluna lombar. O
hipotireoidismo foi a patologia tireoideana mais freqüente neste estudo em 40 pacientes.
As estatinas demonstram uma série de efeitos auxiliares, vasculares e não
vasculares independentes da redução do colesterol. Foi recentemente hipotetizado que um dos
efeitos adicionais das estatinas é sua interferência sobre o metabolismo ósseo com ação
protetora. Observações experimentais e estudos clínicos desse tópico originaram um número
de resultados conflitantes; entretanto, grandes “trials” clínicos tais como Scandinavian
Simvastatin Survival Study, Long Term Intervention with Pravastatin in Ischemic Disease e
Heart Protection Study, indicam que as estatinas não previnem ou reduzem o risco de fraturas
(Rizo & Rini, 2006).
Observou-se neste estudo uma associação significativa com o uso de estatinas em
25 mulheres, apresentando dislipidemia em 80% com osteopenia e em 20%, osteoporose na
coluna lombar.
Uma diminuição da densidade mineral óssea em mulheres na perimenopausa é
associada a um menor risco de fraturas do que a observada em mulheres na pós-menopausa.
Na ausência de fraturas, o fato clínico pode estar relacionado a um baixo pico de massa óssea
por predisposição genética, fatores ambientais e estilo de vida. (Khan, 2006). Os riscos da
incidência de fraturas aumentam de acordo com o número de fraturas prevalentes (Bandeira,
2003; European Prospective Osteoporosis Study, 2002).
A maneira mais efetiva para a prevenção de fraturas antes de seu aparecimento é
estar-se atento aos fatores de risco que predispõem a paciente às fraturas osteoporóticas e um
comprometimento da densidade mineral óssea. Os fatores de risco que aumentam o risco de
fraturas incluem idade, baixo peso (IMC < 30) em adultos, história familiar de fratura de
xl
quadril, antecedente pessoal de fraturas por baixo impacto em adulto, presença de artrite
reumatóide, uso de medicação glicocorticóide, e baixa DMO (Lane, 2006).
Os antecedentes pessoais de fratura neste estudo foram observados em 34,9% das
mulheres com osteopenia e 26,6% com osteoporose. Observou-se 24,8% de osteoporose
localizada na coluna lombar. História familiar de fratura foi observada em 29,4% das
pacientes com osteopenia e 18,6% com osteoporose.
Como limitações desta pesquisa não foram estudados radiologicamente os tipos de
fraturas vertebrais, assim como o tempo de menopausa em relação à freqüência de osteopenia
e osteoporose.
Mulheres fumantes apresentam níveis de estrogênios mais baixos que as não
fumantes e entram na menopausa mais cedo. Mulheres na pós-menopausa fumantes
necessitam doses mais elevadas de terapia hormonal estrogênica e podem apresentar mais
efeitos colaterais com esse tratamento (Pereira, 2000; Bandeira, 2000). Por sua vez, em 18
mulheres tabagistas neste estudo, foram observadas 55,6% com osteopenia e 44,4% com
osteoporose, o que aponta o tabagismo como um fator de risco importante.
Outrossim, o baixo peso (IMC < 30) é um dos mais importantes fatores de risco
para osteoporose, principalmente em pacientes com doenças crônicas (HErsoy et al., 2006H).
Nesta pesquisa, nas pacientes com IMC dentro da faixa da normalidade foram observadas
48,6% com osteopenia e 51,4% com osteoporose. Nas pacientes obesas, 51,2% apresentavam
osteopenia e 48,8% osteoporose.
A atividade física como meio de prevenir a osteoporose é baseada na evidência de
que pode regular o metabolismo ósseo estimulando a sua formação, além do acúmulo de
minerais. O aumento da massa muscular contribui para a redução do risco de quedas e fraturas
(Borer, 2005).
Nas 222 mulheres desta pesquisa, apenas 15 (7%) praticavam atividade física
regularmente. Neste grupo das praticantes de atividade física, 73% apresentaram osteopenia e
27% osteoporose. Em contraste, o grupo sedentário formado por 207 pacientes apresentou
osteopenia em 47% e em 53% osteoporose.
O excesso do consumo de bebida alcoólica induz a perda de massa óssea e reduz a
eficácia do tratamento para reverter a osteoporose (Sibonga et al., 2007). Em 17 usuárias de
cerveja (acima de 3 copos/dia), neste estudo, foram encontradas 29% de mulheres com
osteopenia e 59% com osteoporose na coluna lombar. Correlação significativa entre consumo
de álcool e osteopenia/osteoporose aparece claramente como fator de risco.
xli
O estudo de Ting et al. (2007) demonstrou que, em mulheres na pós-menopausa, a
suplementação de leite foi efetiva para reduzir a perda óssea de todas as regiões quando
comparado com a dieta usual do grupo controle. Os resultados demonstraram que alguns dos
efeitos benéficos do suplemento de leite continuaram evidentes no seguimento e foi possível
motivar as pacientes a adotarem mudanças na dieta como suplementação de cálcio.
Das 135 mulheres que consumiam menos de 2 copos de leite/dia ou derivados,
14,1% apresentaram osteopenia e 16,3% osteoporose, na coluna lombar, demonstrando-se
correlação significativa tanto com osteopenia, quanto com osteoporose.
No tocante aos bifosfonatos, Ravn (2002), demonstrou que a dose diária de 5 mg
de alendronato de sódio (ou 35 mg/semana), continuamente, previne a perda óssea em
mulheres em pós-menopausa recente, com massa óssea normal. A suplementação de cálcio foi
insuficiente para prevenir perda óssea e não somou nenhum efeito protetor sobre o osso
quando combinado com o alendronato em tratamento de mulheres com menopausa recente.
Resultados sobre o uso diário de 10 mg de alendronato de sódio durante 10 anos,
demonstraram um aumento, principalmente, na DMO de 13,7% na coluna lombar; 10,3% no
trocânter e 5,4% no colo do fêmur (Henry et al., 2004).
Um predomínio de osteopenia, com ênfase na coluna lombar, também quando
iniciado na pré-menopausa se observou neste estudo, em mulheres que fizeram o uso de
alendronato de sódio por mais de um ano. Entre as pacientes que fizeram uso daquela
medicação na pós-menopausa, predominou a osteoporose. No grupo de 121 mulheres que
usaram alendronato de sódio, foi encontrado osteopenia em 57% e em 43% osteoporose. Já o
grupo de 160 pacientes que não usaram, apresentou osteopenia em 51% e em 49%
osteoporose.
As primeiras alterações e as maiores deformidades causadas pela osteoporose na
coluna vertebral têm início na coluna torácica (
HHodgson Het al., 2004; HNAMSH, 2006). Como
condição comum na pós-menopausa, a osteoporose está associada a custos significantes com
os cuidados médicos, morbidade e mortalidade (Bilezikian et al., 2000; Stevenson et al.,
2005).
Das 113 pacientes com osteoporose, 37% apresentavam deformidades vertebrais
da coluna lombar, secundárias a essa patologia. Os achados radiológicos mais freqüentes
foram: redução de espaços discais 41%, fraturas vertebrais lombares 31%, achatamento dos
corpos vertebrais 17% e colapsos vertebrais 12%. As deformidades precursoras da
osteoporose foram osteofitos 52%, escoliose 16%, artrose 14%, espondilólise 11%, esclerose
3% e hiperlordose 3%.
xlii
Osteoporose e/ou osteopenia podem ser encontradas em mais de uma região,
demostrando as diversas fases do processo de reabsorção e formação óssea em diversas
localizações ósseas (Bandeira, 2003).
Observou-se neste estudo, à radiografia de coluna lombo-sacra, osteopenia em 77
(71%) e osteoporose em 11 (10%) mulheres.
xliii
6 CONCLUSÕES
Osteopenia e osteoporose foram mais freqüentes em mulheres referindo cor
branca, baixa escolaridade, aposentadas, na 4ª e 5ª décadas de vida com osteopenia e a
osteoporose mais prevalente após a 6ª década.
Os fatores de risco mais importantes foram: mais de três gestações e partos, pós-
menopausa, diabéticas, antecedentes pessoais de fratura, tabagistas, sedentárias, não obesas,
usuárias de bebida alcoólica, não usuárias de leite e derivados.
Predominou nas pacientes desta pesquisa a dieta pobre em cálcio.
O uso do alendronato de sódio por mais de 12 meses conferiu nesta pesquisa,
efeito protetor contra a osteoporose.
Os achados radiológicos mais freqüentes encontrados nas pacientes com
deformidades vertebrais da coluna lombar, secundárias à osteopenia e à osteoporose foram:
redução de espaços discais, fraturas vertebrais, achatamento dos corpos vertebrais e colapsos
vertebrais.
As deformidades anteriores à osteopenia e da osteoporose foram osteofitos,
escoliose, artrose.
As principais complicações da osteoporose na coluna lombar foram as fraturas e os
colapsos vertebrais.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como contribuições desta pesquisa incentivam-se a alimentação rica em cálcio,
principalmente, uso regular diário do leite, seus derivados além de outros alimentos, luz solar
alertando contra o excesso, prática regular de atividade física, como medidas preventivas para
osteoporose em todas as idades, e particularmente, às mulheres na peri e pós-menopausa
recente. Durante a abordagem e a seleção das pacientes desta pesquisa foram dadas
orientações quanto à importância da prevenção da osteoporose e seu tratamento.
xliv
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ANEXO A
xlviii
QUESTIONÁRIO (mulheres a partir de 40 anos)
1. Identificação:
Nome___________________________________________________________________
REG ____________________________________
Cor da pele ___________ Idade__________ Data ____/____/____
End______________________________________________________________________
Grau de escolaridade __________________ Ocupação _____________________________
2. História Fisiológica
DUM____/____/____Ciclos Menstruais ___________________G____P____A____
Tempo de amamentação___________________________
Tempo de menopausa___________________ Idade da menopausa _______________
3. História Pregressa
Histerectomia sim ( ) não ( ) Ooforectomia sim ( ) não ( )
Tempo de ooforectomia ___________________ Idade da ooforectomia _______________
Diabetes Mellitus Tipo 1 ( ) Tipo 2 ( ) ( ) sim ( ) não Litíase Renal sim ( ) não ( )
Doença ou Cirurgia da Tireóide ( ) sim ( ) não ____________________________________
Outra(s) doença(s) sim ( ) não ( ). Qual (is) _____________________________________
Passado de fratura sim ( ) não ( ) Local__________________________________________
História familiar de fratura sim ( ) não ( ) Local___________________________________
Tabagismo sim ( ) não ( )
4. Peso _____________ Altura ________________ IMC _______________________
5. Atividade física
Caminhada sim ( ) não ( ) Freqüência semanal e tempo______________________
Corrida ou aeróbica sim ( ) não ( ) Freqüência semanal e tempo____________________
Hidroginástica sim ( ) não ( ) Freqüência semanal e tempo______________________
6. Dados da dieta
Café_________________ xícaras por dia
Bebida alcoólica _______________ doses por dia
Leite________________ copos (porções) por ( ) dia ( ) semana ( ) mês ( ) nunca/raro
Queijo______________ porções por ( ) dia ( ) semana ( ) mês ( ) nunca/raro
Iogurte______________ porções por ( ) dia ( ) semana ( ) mês ( ) nunca/raro
7. Medicamentos em uso____________________________________________________
_________________________________________________________________________
8. Densitometria Óssea
xlix
Região DMO g/cm2 escore T escore Z
Coluna lombar ______________________________________________________________
Colo do fêmur ______________________________________________________________
T.de Ward __________________________________________________________________
Trocânter __________________________________________________________________
9- Exame Radiológico
Radiografia de Coluna Lombar (PA E PERFIL)
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
(Bandeira, 2003) modificado
l
APÊNDICE A
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE MATERNO-INFANTIL
MESTRADO ACADÊMICO
PESQUISA: OSTEOPOROSE E ALTERAÇÕES VERTEBRAIS EM MULHERES A
PARTIR DE 40 ANOS, SÃO LUÍS DO MARANHÃO
UTERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
O PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE MATERNO-INFANTIL
MESTRADO ACADÊMICO está realizando um trabalho sobre fraturas das vértebras, em
mulheres. Você sabe o que é fratura? É o mesmo que osso quebrado.
Isto acontece em mulheres, durante ou depois da menopausa. Este estudo vai ser feito
em mulheres que trouxerem sua densitometria óssea anual, com Osteoporose. Você sabe o
que é Osteoporose? É uma fraqueza nos ossos que acontece com a mulher e também com o
homem, a partir dos 45 anos. Pode ocorrer antes também.
Se você desejar participar deste estudo, fará um Raio-x de coluna, para ver se tem
fratura. Receberá uma dose pequena de radiação, porque é um exame simples. E será apenas
uma vez. Após o exame, você logo começará seu tratamento de Osteoporose, se ainda não
começou. Poderá sair deste estudo a qualquer momento, se assim o desejar. E continuará seu
tratamento normalmente.
Seu exame será pago da forma habitual que você paga sua consulta e exames. Quando
este estudo terminar, você continuará seu tratamento normalmente, que será avaliado uma vez
por ano, por Densitometria Óssea e por Rx de Coluna, para saber se o tratamento está sendo
bom para melhorar seus ossos, ou se precisa trocar seu remédio.
Caso deseje sair deste estudo, e no caso de qualquer dúvida, poderá entrar em contato
com sua médica pelos telefones abaixo.
-----------------------------------------------------------------------------------, vem declarar de
livre e espontânea vontade, após ler o relato acima, que quer participar deste estudo sobre as
li
fraturas vertebrais, em São Luís do Maranhão. Disponibilizando-se a responder ao
questionário, e a participar dos exames Rx de Coluna Lombar e Lombo-sacra.
_________________________________________________________________
ASSINATURA DA PACIENTE
São Luís, MA, _____/ _____ /_______
Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da
Universidade Federal do Maranhão (CEP)
Prof. Dr. Raimundo Antonio da Silva
Hospital Universitário Presidente Dutra
Rua Barão de Itapary, nº 227 4º andar Centro Telefone 3219-1223 São Luís MA
Pesquisador Responsável: Prof. Dr. Manuel dos Santos Faria
UMESTRANDAU: Fernanda Rachel Melo e Vidigal do Ó
(TELEFONES: 3248-1359 / 3217-4430)
Livros Grátis
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