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depoimentos que seguem abaixo:
“Eu acho que deveria ter mais trabalhos com arte. Mais atividades
artísticas durante a rodinha, tivesse mais pintura com cavalete, trabalhos
manuais e não ficasse só no desenho, no desenho, no desenho”. ( Entrevista /
Diretora, 27/19/2007)
“O professor deve utilizar de toda a criatividade que a criança tem
para as artes, para a música, para jogar. Entender o mecanismo de um jogo, de
convivência dentro de um jogo, de respeitar um colega. Trabalhar os conceitos
matemáticos da mesma forma, enfim, todo o trabalho que você vai desenvolver na
sua vida começa na educação infantil e esse professor precisa ter consciência
disso. Ele não está ali apenas para receber beijinho e só para ficar brincando.
Ele está ali para brincar, mas para brincar seriamente. Brincando com outros
objetivos. Porque a criança não percebe, para ela você só está brincando. Mas
você tem um objetivo que é a aprendizagem do aluno. E a escola é para isso,
para você proporcionar estes momentos de aprendizagem. E você não pode
negar isso para a criança. E ela aprende o tempo todo e em todos os lugares. Não só
na escola. Mas, a escola é o lugar que sistematiza isso. Ela pega um programa que
você viu na televisão. Ela pega uma coisa que ela viu na rua, uma coisa que o pai e a
mãe falaram e ela vai juntando tudo e, na escola, às vezes, vem essa informação que ela
já tem esse conhecimento, na escola é sistematizado”.
(Entrevista / Coordenadora, 28/09/2007)
“Eu procuro incentivar a imaginação, a recortar, a pintar, as cores, a
estética, o bom gosto, o gosto pela leitura, a expressão, a linguagem. Eu acho
que naturalmente, daqui para frente, eles vão se encaminhar para aquilo que eles
gostam. Eles estão despertando para esse lado, que você pode ajudar, que você pode ser
feliz, que você pode ter amigos, que você pode, que você é capaz, que você faz... Se você
errar, você também pode acertar. Se brigou com o colega, pode pedir desculpas,
entendeu? Se expressar, dar o seu pitaco. (...) E, muitas vezes, eu estou aprendendo
com eles também. Muitas das vezes, eles sentam aqui, contam história pro outro.
Um se mete na vida do outro. Brincam de pai, dão bronca no outro. Eles brigam
e, ao mesmo tempo, que eu separo: “Um na China, um na Palestina e outro na
Argentina” Quando eu viro as costas, está tudo agarradinho de novo.”
( Entrevista / Prof ª Maria, 09/10/2007)
Na fala da diretora é explicitado o desejo de ver maior variedade nos
trabalhos de artes plásticas das turmas de educação infantil, mostrando-se
insatisfeita com o monopólio do desenho, o que é um fato, tanto na turma A
quanto na turma B. A coordenadora pedagógica e a professora Ana colocam
ênfase no trabalho com as múltiplas linguagens da arte. A primeira enfatiza que o
professor deve aproveitar, deve trabalhar com a criatividade da criança e com sua
facilidade em vivenciar a arte; já a professora Ana, apresenta o trabalho com artes
como um trabalho mais de reprodução, não valorizando as potencialidades de
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