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Universidade Federal de Minas Gerais
Instituto de Ciências Biológicas
Departamento de Fisiologia e Biofísica
Papel do Eixo Angiotensina-(1-7)-Mas na Resposta Vascular Induzida
pelo Desnudamento Arterial
Marco Túlio Villaça Castagna
Belo Horizonte
2008
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Marco Túlio Villaça Castagna
Papel do Eixo Angiotensina-(1-7)-Mas na Resposta Vascular Induzida
Pelo Desnudamento Arterial
Tese apresentado ao Departamento de Fisiologia e Biofísica do Instituto
de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais para
obtenção do título de Doutor em Ciências
Área de Concentração: Fisiologia e Farmacologia
Orientador: Prof. Dr. Robson Augusto Souza dos Santos
Belo Horizonte
2008
2
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Este trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Hipertensão do Departamento de
Fisiologia e Biofísica da Universidade Federal de Minas Gerais e teve o financiamento das
seguintes intituições: FAPEMIG, CAPES, CNPq e PRONEX.
3
Aos meus pais, Gianangelo Castagna e Maria de Lourdes Villaça Castagna, pelo amor,
carinho, amizade, dedicação, exemplo, determinação e pelos valores de vida e de família.
Por terem me ensinado a importância do estudo e do conhecimento e por terem me
propiciado a indescritível oportunidade da vida, dedico-lhes esta obra.
À minha mulher, Ilene Maria Guimarães de Siqueira Castagna, pelo amor, pelos dias
maravilhosos e pela mão sempre estendida nos dias tristes, pela companheira inigualável,
pela presença constante, mesmo que às vezes distante fisicamente e pelos filhos que
ajudaram a coroar nossa família.
Às minhas irmãs, Silvana e Daniela, que tornaram e tornam minha vida muito mais feliz na
presença delas; pelos exemplos e aprendizados que me proporcionam; pelo amor e carinho.
Aos meus filhos Mateus e Clara, que fazem tudo valer a pena.
4
Agradecimentos
5
Ao Professor Robson Augusto Souza dos Santos, pela oportunidade oferecida em seu
laboratório, pelo brilhantismo do conhecimento, pelas discussões que me fizeram crescer e
pela confiança depositada.
Aos Professores do Laboratório de Hipertensão do ICB-UFMG: Maria José Campagnole
Santos, Marco Antônio Peliky Fontes e Andréia Siqueira Haibara, pelo apoio logístico,
para que eu pudesse realizar meu trabalho, pelas discussões, pela convivência harmoniosa.
Aos Professores do Departamento de Fisiologia do ICB-UFMG: Cândido Celso Coimbra,
Adelina Martha dos Reis e Umeko Marubayashi, pela oportunidade de trabalhar em seus
laboratórios.
À Professora do Departamento de Patologia Geral do ICB, Rosa Maria Esteves Arantes,
colega de graduação, por ter despendido horas de seu precioso tempo em ajudar-me nas
análises das lâminas e pelo carinho e consideração para comigo.
Aos Professores Alvair Pinto de Almeida, Sílvia Passos Andrade e José Márcio
Ribeiro, pelos comentários, críticas e sugestões na minha qualificação.
Ao técnico do laboratório de Hipertensão do ICB-UFMG, José Roberto da Silva, pela
ajuda constante em todos os momentos.
Aos colegas da pós-graduação pelo apoio, discussões e amizade.
Aos funcionários do Departamento de Fisiologia, em especial à Celinha, que sempre me
orientou nas burocracias do processo com toda a paciência.
6
Lista de Abreviaturas
7
Lista de Abreviaturas
AA: amino-ácidos
AAS: ácido acetil salicílico
Ang I: angiotensina I
Ang II: angiotensina II
Ang III: angiotensina III
Ang IV: angiotensina IV
Ang-(1-7): angiotensina-(1-7)
Ang-(1-9): angiotensina-(1-9)
APA: aminopeptidades A
APN: aminopeptidade N
AVC: acidente vascular cerebral
AVE 0991: agonista não peptídico do receptor Mas da Ang-(1-7)
BRAT
1
da Ang II: Bloqueador do receptor AT
1
da Ang II
DA: desnudamento arterial
DAC: doença arterial coronariana
DCV: doença cardiovascular
ECA: enzima conversora da angiotensina
ECA 2: enzima conversora da angiotensina 2
HI: hiperplasia intimal
HPβCD: hidróxi-prolil-beta-ciclodextrina
IAM: infarto agudo do miocárdio
IP: intra-peritoneal
8
LEI: lâmina elástica interna
LEE: lâmina elástica externa
MBI: micro bomba de infusão
NEP: endopeptidase neutra
PEP: prolil endopeptidase
PLGA: (poly lactic-co-glycolic acid) ou ácido poli-lático co-glicólico
WHO: World Health Organization – Organização Mundial de Saúde
WHR: World Health Report – Relatório de Saúde Mundial da Organização Mundial de
Saúde.
9
Índice
10
Índice
Lista de Abreviaturas 7
Índice 10
Resumo 15
Abstract 18
I. Introdução 20
1.1
Epidemiologia 21
1.1.1 No Mundo 21
1.1.2 Nos Estados Unidos da América 24
1.1.3 No Brasil 25
1.2 Terapêutica da Doença Arterial Coronariana 26
1.3 O Sitema Renina-Angiotensina 31
1.3.1 Os peptídeos do Sistema Renina-Angiotensina 34
1.3.2 O heptapeptídeo Ang-(1-7) 35
II. Objetivos 40
III. Materiais e Métodos 42
3.1 Animais 43
3.2 Grupos de Estudo 43
3.2.1 Bloqueio do eixo Ang-(1-7)-Mas 43
3.2.2 Agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas 44
3.2.3 Bloqueio do receptor AT
1
da Ang II 44
3.2.4 Controles 44
3.3 Cirurgia 45
11
3.4 Preparação dos tecidos 47
3.5 Análise Histo-morfométrica 48
3.6 Análise Estatística 49
IV. Algorítimo do Protocolo 50
V. Resultados 52
5.1 Bloqueio do eixo Ang-(1-7)-Mas 53
5.1.1 A779 53
5.1.2 Mas
-/-
57
5.2 Agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas 61
5.2.1 AVE 0991 61
5.2.2 Ang-(1-7) 65
5.2.3 MBI-Ang-(1-7) 69
5.2.4 HPβCD-Ang-(1-7) 73
5.3 Bloqueio do Receptor AT
1
da Ang II 77
5.3.1 Losartan 77
5.3.2 Losartan + A779 81
5.4 Grupos Controles 85
5.4.1 PLGA 85
5.4.2 HPβCD 89
5.4.3 Cirurgia 93
5.4.4 Sham 97
Gráfico 25: Percentual de HI das Artérias Lesadas 101
Gráfico 26: Áreas de HI das Artérias Lesadas 102
Tabela 13: Comparação entre as Áreas de HI das Artérias Controles
e das Artérias Lesadas 103
12
Comparação entre as Áreas de HI das Artérias Controles e das
Artérias Lesadas dos diversos grupos – ANOVA 104
Gráfico 27: Áreas dos Vasos das Artérias Controles 105
Gráfico 28: Áreas dos Vasos das Artérias Lesadas 106
Tabela 14: Comparação entre as Áreas dos Vasos das Artérias
Controles e Lesadas 107
Comparação entre as Áreas dos Vasos das Artérias
Controles ANOVA 108
Comparação entre as Áreas dos Vasos das Artérias
Lesadas ANOVA 108
Gráfico 29: Áreas dos Lumens das Artérias Controles 109
Gráfico 30: Áreas dos Lumens das Artérias Lesadas 110
Tabela 15: Comparação entre as Áreas dos Lumens das Artérias
Controles e das Ártérias Lesadas 111
Comparação entre as Áreas dos Lumens das Artérias Controles
ANOVA 112
Comparação entre as Áreas dos Lumens das Artérias
Lesadas - ANOVA 112
Gráfico 31: Áreas das Camadas Médias das Artérias
Controles 113
Gráfico 32: Áreas das Camadas Médias das Artérias
Lesadas 114
5.21 Tabela 16: Comparação entre as das Áreas das Camadas
Médias das Artérias Controles e Lesadas 115
Comparação entre as Áreas das Camadas Médias das Artérias
Controles ANOVA 116
13
Comparação entre as Áreas das Camadas Médias das Artérias
Lesadas ANOVA 116
Gráfico 33: Relação HI/Média das artérias Lesadas 117
Comparação entre a relação HI/Média das artérias
Lesadas ANOVA 118
VI. Discussão 119
VII. Conclusão 130
VIII. Referências Bibliográficas 132
IX. Anexos - artigos publicados pelo autor relacionados à doença
arterial coronariana 150
14
Resumo
15
Resumo
A Ang-(1-7) tem um papel contra-regulatório aos efeitos vasoconstritores e proliferativos
provocados pela Ang II. Avaliamos o papel do eixo Ang-(1-7)-Mas no remodelamento
vascular induzido pelo desnudamento arterial (DA). Utilizamos N=60, camundongos da
raça C57Bl/6J além de camundongos com deleção genética para o receptor Mas (knock-out
ou Mas
-/-
), sendo cinco animais em cada grupo (N=5). Também avaliamos se, em sendo
eficaz biologicamente por via oral, a Ang-(1-7) seria também eficaz comparado com a sua
administração por micro-bomba de infusão (MBI) [MBI-Ang-(1-7)] via SC implantado no
dorso do animal, sua administração por via oral estando incluída no composto hidróxi-
prolil-beta-ciclodextrina [HPβCD-Ang(1-7)] e a administração do agonista não peptídico
do receptor Mas (AVE 0991). Feito o DA de femoral esquerda. Os animais foram tratados
por 28 dias e sacrificados. Comparadas as artérias lesadas com as artérias femorais contra-
laterais (direita) dos mesmos animais e entre os diversos grupos. O bloqueio do eixo Ang-
(1-7)-Mas pelo antagonista A779 e nos animais Mas
-/-
promoveu o remodelamento negativo
com redução da área do vaso de 32.029±4.749 µ
2
para 19.363±3066 µ
2
(p=0,04) e de
29.919± 5399 µ
2
para 13.951±4765 µ
2
(p=0,03), além de um comprometimento importante
da área do lúmen pelo percentual de hiperplasia intimal (%HI) de 89,7±10% e 97,6±1,8%
respectivamente. Os agonistas deste eixo, por outro lado, promoveram o remodelamento
positivo, com aumento da área do vaso: AVE 0991: de 46.862±4.099 µ
2
para 87.966
±4.133 µ
2
, p<0,01, Ang-(1-7): de 26.735±8.298 µ
2
para 52.541±8.180 µ
2
, p=0,05, MBI-
Ang-(1-7): de 29.401±2.124 µ
2
para 70.253±9.924 µ
2
p=0,002, HPβCD- (Ang-(1-7): de
43.345±18.781 µ
2
para 69.793±19.127 µ
2
, p=0,01, além da manutenção da área do lúmen
16
das artérias lesadas pelo baixo % de HI de 34,5±10,8%, 21±5%, 32,2±2,5% e 35,9±4%
respectivamente.
O bloqueio do receptor AT
1
da Ang II (losartan) promoveu remodelamento positivo com
aumento da área do vaso de 30.613±10.543 µ
2
para 50.366±24.873 µ
2
, p=0,045 porém com
comprometimento intermediário da área do lúmen pela % de HI: 62,2±13,5%. Losartan +
A779, levou a um remodelamento negativo, reduzindo a área do vaso de 34.342±2.158 µ
2
para 21.322±5.242 µ
2
, p=0,04, e com o % de HI de 99,17±0,8%. Os grupos controles
apresentaram resultados semelhantes entre si e intermediários aos demais grupos. A Ang-
(1-7) administrada isoladamente por VO mostrou-se tão eficaz quanto os demais grupos nos
quais foram utilizadas diferentes formas de se administrar agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas
em promover o remodelamento vascular positivo e um baixo % de HI no DA. Estes
resultados indicam que o eixo Ang-(1-7)-Mas tem um papel importante na resposta
vascular induzido pelo DA.
17
Abstract
18
Abstract
Angiotensin-(1-7) [Ang-(1-7)] counter-regulates the Angiotensin II effect in the vasculature
and Mas has been shown to be its cellular receptor. We aim to evaluate the role of Ang-(1-
7)-Mas axis on the arterial injure induced by arterial denudation (AD). C57BL/6 strain
(N=55) and knock-out Mas receptor (Mas
-/-
) mice (N=5), 12 ± 0,3 weeks old, 25 ± 2 g of
weight, underwent left femoral artery (LFA) AD by angioplasty guidewire passage.
Excepting Mas
-/-
, surgery group (AD without medication), and sham (surgery performed
without AD), N=5 each, treatment included: Mas antagonist [A779 included in PLGA (poly
lactic-co-glycolic acid) (N=5), AVE 0991 (Mas non-peptide agonist) (N=5); Ang-(1-7) PO
(N=5); Ang-(1-7) by subcutaneous osmotic minipump infusion (N=5); Ang-(1-7) included
in hidroxi-prolil β cycle dextrin [Ang-(1-7)-HPβCD] PO (N=5); AT
1
receptor blocker
(Losartan) (n=5); Losartan associated with A779 (N=5); PLGA (N=5) and HPβCD (N=5).
After 28 days, histological specimen of LFA and right femoral arteries (RFA) of each
group and of LFAs among the groups were compared.
LFA % stenosis were respectively: A779: 89,7±%; Mas
-/-
: 97%; AVE 0991: 34%;
Ang (1-7): 21%; Ang(1-7) by SC osmotic minipump: 32%; Ang-(1-7)-HPβCD: 35%;
Losartan: 62%; Losartan+ A779: 99%; PLGA: 66%; HPβCD: 71%; Surgery: 74% and
Sham: 0%. Ang-(1-7)-Mas axis agonists, administered in several formulations, including
Ang-(1-7) alone, promoted a positive vascular remodeling, with a low % stenosis and
maintained the luminal area (LA); Losartan promoted a positive remodeling but with a high
% stenosis meanwhile, the axis blockage by its antagonist, A779 and A779 + Losartan, and
by gene deletion of Mas receptor, induced a negative vascular remodeling, with a high %
stenosis and reduced the LA after arterial AD. These results indicate that the
Ang-(1-7)-Mas axis plays an important role in the vascular response induced by AD.
19
Introdução
20
I. Introdução
1.1 Epidemiologia
1.1.1 No Mundo
A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de mortalidade no Mundo, sendo
responsável por 16,7 milhões (29,2%) de mortes no ano de 2005. Destas, 7,2 milhões
(43%) são devido à doença isquêmica do coração (doença arterial coronariana - DAC), 5,5
milhões (33%) ao acidente vascular cerebral (AVC) e 3,9 milhões (24%) à doença
hipertensiva e a outras patologias cardíacas. Pelo menos 20 milhões de pessoas sobrevivem
a um infarto agudo do miocárdio (IAM) e a um AVC ao ano e, uma proporção significativa
delas vai requerer cuidados clínicos com custos altos, o que compromete de uma maneira
importante os recursos orçamentários da saúde a longo prazo
1
.
A DCV é muito prevalente e incidente em pessoas de meia-idade, alterando
significativamente o desenvolvimento sócio-econômico, afetando não só o indivíduo, mas
as famílias e as nações. Os grupos sócio-econômicos menos favorecidos têm uma maior
prevalência dos fatores de risco, doenças e mortalidade nos países desenvolvidos e um
padrão semelhante está surgindo com a evolução epidemiológica que se observa nos países
em desenvolvimento
1
.
Oitenta e cinco porcento das mortes e seqüelas advindas de DCV originam-se de países de
baixa ou média-renda. Em 2010, a DCV será a principal causa de mortalidade nos países
em desenvolvimento. Na Índia, por exemplo, aproximadamente 53% das mortes por DCV
21
ocorrem em pessoas com idade inferior a 70 anos; na China, este quadro corresponde a
35%.
A maioria dos estimados 32 milhões dos IAM e AVC ocorridos a cada ano, é causados por
um ou mais fatores de risco cardiovascular - hipertensão arterial, diabetes, tabagismo,
dislipidemia e inatividade física - e muitos destes eventos podem ser prevenidos por ações
tomadas contra estes fatores de risco. A DCV não tem limites geográficos, de gênero ou de
classificação sócio-econômicos.
A DAC é a principal causa de mortalidade isolada, sendo responsável por 13% de todas as
mortes no Mundo
2
.
Projetando-se as tendências do total de mortes por causas selecionadas no Mundo, de 2002
a 2030, demonstra-se que somente a mortalidade por DAC corresponde à mortalidade
causada por todos os tipos de câncer e só será ultrapassada por esta em 2010, mas ainda sim
permanecerá como a principal causa isolada de morte (Fig. 1)
3
.
22
Figura 1. Projeção das Tendências do Total de Mortes por Causas Selecionadas no Mundo
de 2002 a 2030.
3
23
1.1.2 Nos Estados Unidos da América
A taxa de mortalidade por DCV tem diminuído, porém o grande impacto da DCV ainda
permanece alto. Em 2004, a taxa de mortalidade geral por DCV foi de 288 por 100.000
habitantes, sendo da raça branca: 335,1 homens e 238 mulheres por 100.000 habitantes, e
da raça negra: 454 homens e 333,6 mulheres por 100.000 habitantes.
De 1994 para 2004, a taxa de mortalidade por DCV diminui em 24,7%.
Em 2005, a DCV foi responsável por 861.826 (35,2%) das 2.447.910 mortes ocorridas no
país, ou seja, uma em cada 2,8 mortes. Cerca de 2.400 americanos morrem a cada dia de
DCV, uma média de uma morte a cada 37 segundos. Mais de 148.000 americanos mortos
em 2004 por DCV tinham idade inferior a 65 anos. Em 2004, 32% das mortes por DCV
ocorreram em pessoas com menos de 75 anos, o que é abaixo da média de expectativa de
vida que é de 77,9 anos.
A DAC foi responsável por uma a cada cinco mortes nos EUA em 2004. A mortalidade por
DAC foi de 451.326 americanos em 2004. Em 2008, estima-se que 770.000 americanos
terão um novo IAM. Estima-se um número adicional de 175.000 novos IAM silenciosos a
cada ano. A cada 26 segundos um americano tem um evento coronariano e a cada minuto
um cidadão americano morre devido a este evento.
Em 2004, uma a cada oito mortes ocorreu por insuficiência cardíaca nos EUA
4
.
24
1.1.3 No Brasil
Uma transição epidemiológica importante no perfil proporcional de mortalidade tem sido
verificada no Brasil desde a década de 30. A mudança deste perfil serve como um indicador
sensível das mudanças das condições de vida e do modelo de desenvolvimento da
população, sendo resultado da interação de diversos fatores interdependentes, como os
modos de produção econômica e de reprodução humana. A interação destes determina a
estrutura econômica e demográfica (fertilidade, mortalidade e migração) de uma população.
Além disso, fatores ambientais e sócio-culturais devem ser considerados, não sendo
possível, portanto, separar o nível de mortalidade de sua estrutura e de sua relação com
fatores históricos, sócio-econômicos, demográficos e ambientais
5
.
Tal como ocorreu anteriormente na Europa, o declínio do coeficiente de mortalidade geral
não é o único aspecto notável no Brasil nos últimos 60 anos; também a redução da
mortalidade infantil, o aumento da expectativa de vida, atrelados ao processo de
urbanização, melhorias das condições sanitárias, redução da pobreza e alterações sócio-
culturais, contribuíram para a mudança deste perfil. Assim, as mudanças no modelo de
desenvolvimento, no estilo de vida e no comportamento, assumem importância para a
Saúde Pública, estando os pobres, em desvantagem em relação aos ricos quanto ao risco
concomitante do perfil de morbi-molidalidade do atraso (doenças infecciosas) e da
modernidade (doenças cardiovasculares e neoplasias). Isto pode ser observado
particularmente nas diferentes regiões geográficas do Brasil, onde se constata uma redução
significativa da mortalidade por doenças infecto-contagiosas em todas as regiões e uma
elevação progressiva e constante da mortalidade por DCV. Este fenômeno, porém, não é
linear entre as diferentes regiões país, pois onde as condições sócio-econômicas e sanitárias
ainda eram precárias em 1985, como nas regiões nordeste e norte, apesar de ter havido a
25
mudança do perfil epidemiológico, era relevante a prevalência da mortalidade por doenças
infecto-contagiosas. Este perfil vem mudando.
No Brasil, no ano de 2005, num total de 1.006.827 mortes, 283.927 (28,2%) mortes foram
causadas por DCV, sendo 148.966 (52,4%) homens e 134.922 mulheres (41,6%).
Em 2005, foram os seguintes os percentuais de morte por DCV nas distintas regiões do
Brasil: Norte 20%, Nordeste 25,7%, Sudeste 29,6%, Sul 30,3% e Centro-Oeste 28,6%
6
.
1.2 Terapêutica da Doença Arterial Coronariana
Na abordagem terapêutica da DAC é fundamental o controle dos fatores de riscos
cardiovasculares passíveis de mudanças já sabidamente conhecidos, como a hipertensão
arterial, a dislipidemia, a diabetes, o tabagismo, o sedentarismo e a obesidade.
Dependendo da gravidade das lesões, do número de vasos acometidos por lesões graves, da
localização das lesões, e das condições gerais do indivíduo, podem ser considerados:
1) tratamento clínico com um arsenal terapêutico que tem possibilitado um avanço
significativo no controle dos sintomas como os nitratos, e na redução da morbi-mortalidade,
com o uso do ácido acetil salicílico (AAS), beta-bloqueadores (propranolol, metoprolol e
atenolol) e estatinas (inibidores da Hidroximetil Glutaril Coenzima A redutase - HMG Coa
redutase)
7 e 8
;
2) tratamento cirúrgico de revascularização do miocárdio;
3) tratamento por angioplastia coronariana sem ou com implante de stent;
26
Angioplastia
A angioplastia coronariana é uma terapêutica introduzida por Andréas Gruentzig em 1977,
inicialmente realizada em Zurich
9
, tornando-se uma modalidade terapêutica que tem
reduzido a morbidade quando comparado ao tratamento cirúrgico, o tempo de internação e
os custos hospitalares
10 e 11
. Expandindo-se o lúmen do vaso e comprimindo-se a placa
aterosclerótica, o fluxo sanguíneo é re-estabelecido imediatamente e os sintomas anginosos
da insuficiência coronariana aliviados prontamente.
O fenômeno da re-estenose tornou-se o fator limitante crítico desta abordagem terapêutica.
Tendo com base fisiopatológica o recolhimento elástico, o remodelamento negativo e a
hiperplasia neointimal, a re-estenose chegou a atingir 40 a 50% das artérias coronarianas
tratadas, após um ano, por angioplastia
12 e 13
.
Nos meados da década de 90, o desenvolvimento de uma prótese endovascular denominada
stent, constituída por uma malha tubular de aço inoxidável que alcançaria a lesão ao ser
colocada envolta ao balão convencional de angioplastia, foi implantada nas artérias
coronarianas. Isto possibilitou a exclusão de dois dos mecanismos fisiopatológicos da re-
estenose: o recolhimento elástico e o remodelamento negativo. Uma vez que esta prótese
endovascular, quando expandida, possui uma força radial centrífuga maior que a força
radial centrípeta propiciada pelo tecido elástico biológico das artérias, o stent reduziu a
reestenose para cerca de 20 a 25%
12 e 13
.
Esta proporção restante de re-estenose (20-25%) deve-se à hiperplasia intimal que é de fato
também deflagrada pelo implante do stent. O mecanismo fisiopatológico deste processo
deve-se à reação inflamatória causada pelo trauma mecânico no local onde a angioplastia
com implante do stent foi realizada, induzindo a proliferação e a migração de células
27
musculares lisas da camada média para a camada íntima da artéria, reduzindo assim a área
do lúmen, levando à re-estenose
14, 15, 16 e 17
.
No final dos anos 90, a braquiterapia intravascular, utilizando a radiação β e γ e tendo como
fontes emissoras o Fósforo 32 (
32
P) e o Iridium 192 (
192
Ir), surgiu como uma abordagem
muito eficaz para tratar a re-estenose intra-stent, reduzindo a hiperplasia intimal nestas
lesões re-estenóticas
18-21
.
Algumas preocupações tornaram–se relevantes quanto à aplicação em longo prazo desta
modalidade terapêutica como a identificação de um tecido eco-lucente (“Black Hole”) visto
pela ultrassonografia intra-vascular (IVUS), no lúmen da artéria coronariana de um
paciente submetido à braquiterapia intravascular para reestenose intra-stent, após 9 meses
do procedimento, além da ocorrência de oclusão total tardia, resultante da trombose
tardia
23 e 24
.
Este fenômeno observacional levou a um prolongamento da terapêutica anti-plaquetária
coadjuvante com as tienopiridinas, especificamente o clopidogrel, que foi estendida por
tempo indefinido. Associado a isto, a braquiterapia intracoronária necessitava de um
complexo aparato logístico, requerendo uma variedade de profissionais além do
cardiologista intervencionista, como o físico e o oncologista radioterapêuta, além de um
sistema especial de segurança, por estar sendo manipulado fontes de emissões radioativas β
e γ. Tudo isto limitou a disseminação desta ferramenta terapêutica, além do custo financeiro
do procedimento que, por todos os itens supracitados, passou a ser muito alto.
A propensão a uma alternativa terapêutica mais prática e com custo inferior, resultou no
desenvolvimento de drogas anti-proliferativas (rapamicina e paclitaxel) associadas a
polímeros que recobrissem os stents. Esta tecnologia, apresentada como o “estado-da-arte”
28
na nova abordagem terapêutica da DAC permitiu que a re-estenose intra-stent fosse
reduzida de 25% para 4%
25, 26 e 27
.
A rapamicina liga-se à FK506-proteína ligante (FKBP, que é a mesma molécula que é
ligada pela FK506); este complexo que é formado entre a SRL e a FKBP, liga-se à
mammalian target of rapamycin (mTOR). O complexo SRL–FKBP–mTOR inibe
bioquimicamente as vias que são necessárias para a progressão celular atuando na etapa
tardia da fase G
1
ou na fase S do ciclo celular. Diferentemente da ciclosporina e da FK506
(que bloqueiam a produção de citocinas), a rapamicina bloqueia o sinal de tradução da
citocina. A rapamicina tem como alvo: (1) a proteina kinase de 70-kD S6, p70
S6K
; (2) o
fator de iniciação eucariótico eIF-4F; (3) as proteínas quinases dependentes da ciclina (cdk)
que controlam a G1, tais como a ciclina D2 (cdK2), a ciclina D2 cdk6 ou a ciclina E cdk2 e
(4) a proteína inibitória da quinase Hip1(p27
kip
), que bloqueia a progressão celular para a
fase S
28
.
O paclitaxel interfere com a função normal do crescimento dos microtúbulos. Ele hiper-
estabiliza as estruturas dos microtúlos, levando a uma destruição da capacidade da célula de
usar seu citoesqueleto de uma maneira flexível. Ele liga-se à subunidade
β da tubulina que
é o arcabouço dos microtúbulos e a ligação do paclitaxel bloqueia a formação deste
arcabouço no local. Os microtúbulos são componentes do citoesqueleto e do fuso mitótico
sendo necessários para a divisão celular e motilidade. A ativação da sinalização da MAP-
quinase por fatores de crescimento associado aos microtúbulos despolimerizados é inibido
pelo paclitaxel, estabilizando os microtúbulos citoplasmático e bloqueando a separação dos
microtúbulos, o paclitaxel bloqueia a síntese de DNA iniciada pelos fatores de crescimento.
As células permanecem então nas fases G0/G1 e G2/M do ciclo celular. As células expostas
ao paclitaxel vão à apoptose ou à morte
28
.
29
Apesar de reduzir de 25% para 4% a re-estenose intra-stent, os fármacos acima citados,
inibem de tal forma a hiperplasia intimal que podem deixar parte das hastes metálicas
destes stents descobertos, sem a re-endotelização. Este fenômeno pode propiciar o
aparecimento de trombose tardia ou oclusão total tardia, pois a exposição das hastes destes
stents pode levar a alteração do fluxo laminar arterial que passa agora a ter um fluxo
turbilhonado e a um stress de cisalhamento, levando à agregação plaquetária. A trombose
tardia tem uma apresentação clínica geralmente dramática, cursando como infarto agudo do
miocárdio ou morte súbita
29 e 30
.
Na tentativa de evitar a trombose tardia (1.2% nos stents recobertos com rapamicina
contra 0.6% nos stents convencionais e 1.3% nos stents recobertos com paclitaxel contra
0.8% nos stents convencionais)
31
, o Food and Drug Administration (FDA) tem
recomendado o uso do anti-agregante plaquetário das tienopiridinas, clopidogrel, por um
período mínimo de um ano, associado ao AAS por tempo indeterminado.
Novos fármacos estão sendo testados e alguns já sendo utilizados na prática clínica, como o
everolimus, o pimecrolimus, o tacrolimus, etc., na tentativa de manter o baixo índice de re-
estenoses dos iniciais stents farmacológicos com rapamicina e paclitaxel, com o intuito de
não apresentarem uma inibição tão intensa de hiperplasia intimal, permitindo que as hastes
dos stents não fiquem desnudadas, ou seja descobertas pelo novo endotélio, o que é descrito
como o mecanismo fisiopatológico da trombose tardia
32, 33 e 34
.
30
1.3 O Sistema Renina-Angiotensina
IGURA 2: A cascata do sistema renina angiotensina ao conhecimento atual
u ECA2:
pela
Angiotensin I
Angiotensinogen
Ang-(1-9)
Ang-(1-7)Ang II
Renin
ACE2
ACE,NEP
NEP
PEP
ACE
Chymase
Cathepsin A
ACE2,PEP,PCP
Ang-(1-5)
ACE
AT1 receptor AT2 receptor Mas receptor
Vasodilatation
Anti-proliferation
Anti-hypertrophy
Vasoconstriction
Cell Proliferation
Hypertrophy
Bradykinin
RPR
Ang IV
Ang III
AMP
D-Amp
IRAP
AMP
Tonin
Cathepsin G
Degradation
products
Angiotensin IAngiotensin I
AngiotensinogenAngiotensinogen
Ang-(1-9)
Ang-(1-9)
Ang-(1-7)Ang-(1-7)Ang II
Renin
ACE2ACE2
ACE,NEPACE,NEP
NEP
PEP
NEP
PEP
ACE
Chymase
Cathepsin A
ACE
Chymase
Cathepsin A
ACE2,PEP,PCPACE2,PEP,PCP
Ang-(1-5)Ang-(1-5)
ACEACE
AT1 receptor AT2 receptor Mas receptor
Vasodilatation
Anti-proliferation
Anti-hypertrophy
Vasoconstriction
Cell Proliferation
Hypertrophy
BradykininBradykinin
RPR
Ang IV
Ang III
AMPAMP
D-AmpD-Amp
IRAP
AMPAMP
Tonin
Cathepsin G
Tonin
Cathepsin G
Degradation
products
F
ACE ou ECA: enzima conversora da angiotensina; Ang: angiotensina; ACE2 o
enzima conversora da angiotensina 2; AMP: aminopeptidase; AT
1
: receptor tipo 1 da Ang
II; AT
2
: receptor tipo 2 da Ang II; Mas: receptor da Ang-(1-7); D-Amp: dipeptidil-
aminopeptidase; IRAP: insulin-regulated aminopeptidase (aminopeptidase regulada
insulina; PCP: prolil-carboxi-peptidase; PEP: prolil-endopeptidase; NEP: endopeptidase
neutra; (P)RR: receptor renina/pró-renina.
31
O sistema renina angiotensina (SRA), tem um papel fundamental na manutenção da
homeostasia de nosso organismo. Considerado um sistema endócrno, parácrino e autócrino,
atua como um importante regulador das funções renais e cardiovasculares, sendo crucial
para a manutenção da pressão arterial, do balanço hidro-eletrolítico e do volume
extracelular. Este sistema é composto por uma complexa cascata de enzimas e suas
resultantes metabólicas que atuam na regulação endógena e, mais recentemente, vários
novos “players” desta cascata têm sido identificados e alguns com atuações ainda a serem
definidas.
A hiperatividade do SRA leva a alterações devastadoras ao sistema cardiovascular como a
hipertensão arterial, doenças cardíacas, DAC, AVC, aterosclerose, doenças renais e
síndrome metabólica.
A renina foi o primeiro composto do sistema a ser descrito
35
, assim chamada por ter sido
isolada do rim. Seus precursores consistem de uma seqüência de 406 amino-ácidos (AA)
com um pré e um pró-segmento carregando 20 e 46 AA respectivamente. A renina
“madura” em si contém 340 AA e uma massa de 37 kD
36
.
Liberada a partir das células juxtaglomerulares do rim
37 e 38
entra na circulação plasmática e
converte o substrato angiotensinogênio, produzido pelo fígado, em angiotensina I (Ang I)
39
,
através da clivagem dos quatro últimos AA, Val-Ile-His-Ser, na porção N terminal. A Ang I
é então convertida pela enzima conversora de angiotensina (ECA) em angiotensina II (Ang
II)
40
, o principal componente ativo do SRA, através da clivagem dos dois últimos AA, His-
Leu, na porção N-terminal. A sucessão de reações enzimáticas continua atuando na
estrutura da angiotensina nas suas porções N-terminal, através da aminopeptidase A e a
aminopeptidase N (APA e APN) e C-terminal, através da prolil endopeptidase (PEP) e
32
endopeptidase neutra (NEP), da Ang II. A APA converte a Ang II em Ang III
41
. A APN
converte a Ang III em Ang IV
42
. A PEP e a NEP convertem a Ang II em Ang-(1-7)
43 e 44
.
Os vários passos da cascata metabólica podem ser inibidos seletivamente. Por exemplo, a
conversão do angiotensinogênio em Ang I pode ser inibida pela H-77, um peptídeo análogo
ao angiotensinogênio, com alta afinidade pela renina e grande resistência à metabolização
enzimática
45
. O captopril pode se ligar à ECA, com uma maior afinidade que a Ang I,
inibindo sua atividade e por seqüência, a síntese de Ang II. O mesmo pode acontecer com
outros inibidores da ECA (IECA) como o enalapril, o lisinopril, o fusinopril, o ramipril,
etc
46
.
A lise da Ang II em Ang III e Ang IV pode ser inibida pela amastatina que bloqueia
seletivamente a ação das APA e APN, mas sem diferenciar entre as isoformas
47
.
A lise da Ang II em Ang-(1-7) pode ser inibida pela Z-prolil-prolinol ou tiofan que inibem
respectivamente a PEP e a NEP
48
.
Recentemente, as combinações de técnicas fisio-farmacológicas clássicas, técnicas de
química das proteínas e dos gens (proteômica e genômica), têm levado à identificação de
novos componentes do SRA. A enzima conversora da angiotensina 2 (ECA2),
49 e 50
homóloga à ECA 1, foi identificada como uma carboxipeptidase insensível à ação do IECA
captopril. A ECA 2 tem atividades biológicas distintas da ECA, converte a Ang I em Ang-
(1-9), que é subseqüentemente hidrolisada pela ECA em Ang-(1-7). A ECA2 também
hidrolisa a Ang II, produzindo, a partir daí, a Ang-(1-7) como demonstrado na Fig 2. A
ECA 2 tem uma semelhança de 42% em sua estrutura química de seu domínio catalítico
com a ECA 1
51 e 52
. A ECA 2 media a conversão da Ang I em Ang-(1-9) que por sua vez
pode ser metabolizada a Ang-(1-7) pela ECA 1, que também media a conversão de Ang II
em Ang-(1-7) (Fig. 2). No entanto, a ECA 2 exibe uma afinidade cerca de 400 vezes maior
33
pelo substrato Ang II do que pela Ang I,
51
reforçando a idéia que esta enzima é criticamente
importante na regulação dos níveis das angiotensinas nos plasma e nos tecidos.
A ausência funcional de ECA 2 resultou em insuficiência cardíaca grave associada ao
acúmulo cardíaco de Ang II
53
. A ECA 2 tem um papel crucial no metabolismo da Ang II no
rim de ovelhas
54
e é responsável pela maior parte da formação da Ang-(1-7) partir da Ang
II acrescentada exogenamente em corações isolados de ratos hipertensos, sugerindo que a
ECA 2 pode servir como uma resposta compensatória para o remodelamento cardíaco
55
.
Além disto, a super-expressão da ECA 2 realizada através da manipulação genética com a
introdução de lentivírus no coração ratos hipertensos , resultou na reversão da hipertrofia e
fibrose cardíaca
56
.
Recentemente outros receptores foram acrescentados aos componentes do SRA: o receptor
da Ang IV, que é a enzima amino-peptidase regulada pela insulina ou Insulin-regulated
amino peptidase (IRAP)
57
, o receptor renina/pró-renina
ou renin-pro renin receptor (P)RR
58
e o receptor da Ang-(1-7) que é o Mas
59
(Fig. 2).
1.3.1 Os peptídeos do SRA.
O SRA tem dois tipos primordiais de atuação no sistema cardiovascular, um vasoconstritor
e proliferativo, no qual a Ang II é o principal efetor e outro vasodilatador e anti-
proliferativo, no qual a Ang-(1-7) e o principal efetor.
A Ang II interage com receptores transmembrana localizados na célula alvo. Estes
receptores pertencem à superfamília dos receptores acoplados à proteína G e se dividem
basicamente em dois subtipos: AT
1
e AT
2
. A maioria dos efeitos conhecidos da Ang II até
recentemente eram exclusivamente atribuídos à ativação dos receptores AT
1
. Entretanto,
estudos recentes têm demonstrado que a ativação dos receptores AT
2
também contribui
34
para a ação da Ang II em diferentes tecidos. Evidências recentes têm revelado que a
atuação dos receptores AT
1
e AT
2
é antagônica,
60 e 61
embora haja uma complexidade maior
neste conceito, visto que a ativação do receptor AT
2
da Ang II apresenta um efeito oposto à
ativação do receptor AT
1
da Ang II e que possivelmente envolve uma interação com o
receptor Mas da Ang-(1-7) [AT1-7]
62
. A ativação do AT
1
pela Ang II promove efeitos
conhecidos de vasoconstrição e podem ser bloqueados por drogas como o losartan,
valsatan, olmesartan, candesartan, ibesartan, etc e o receptor AT
2
pode ter seus efeitos
bloqueados seletivamente pelo antagonista não peptídico PD123319
63 e 64
.
Estruturas dos peptídeos do SRA:
Angiotensinogênio Asp-Arg-Val-Tyr-Ile-His-Pro-Phe-His-Leu-Val-Ile-His-Ser
Angiotensina I Asp-Arg-Val-Tyr-Ile-His-Pro-Phe-His-Leu
Angiotensina II Asp-Arg-Val-Tyr-Ile-His-Pro-Phe
Angiotensina III Arg-Val-Tyr-Ile-His-Pro-Phe
Angiotensina IV Val-Tyr-Ile-His-Pro-Phe
Angiotensina-(1-7) Asp-Arg-Val-Tyr-Ile-His-Pro
Angiotensina-(1-9) Asp-Arg-Val-Tyr-Ile-His-Pro-Phe-His
1.3.2 O heptapeptídeo Ang-(1-7)
Os estudos com o heptapeptídeo Ang-(1-7) começaram após a observação fortuita de que a
adição de Ang I ao homogenato de tronco cerebral de cães resultava no aparecimento de
um pico de alto desempenho da cromatografia líquida que correspondia a um peptídeo
truncado na porção terminal NH
2
65
. Posteriormente, sua aplicação no hipotálamo-
neurohipófise explantada de ratos estimulou a liberação de vasopressina em quantidades
35
equivalentes às obtidas com a aplicação de Ang II
66
, comprovando não só a sua atividade
biológica da Ang-(1-7) como também quebrando um paradigma de que os receptores
mediando as ações da Ang II requeriam a porção carboxi-terminal intacta, pois na
Ang-(1-7) faltava a fenilalanina na posição oito da Ang II
67
. Este pico alto de desempenho
estava presente em amostras incubadas na presença de inibidores da enzima conversora da
Angiotensina (IECA) que aboliram a formação do
125
I-Ang II, indicando uma rota
independente da ECA para a formação deste heptapeptídeo
65
. Experimentos posteriores
utilizando aorta bovina e de seres humanos e células endoteliais de veias umbilicais
confirmaram estes achados
68
.
Em 1994, foi caracterizado um novo antagonista para o SRA, a [7-D-ALA]-angiotensina-
(1-7) ou A779, agora seletivo para a Ang-(1-7), já demonstrando indícios de que as ações
da Ang-(1-7) eram mediadas por um receptor específico
69 e 70
.
A Ang-(1-7) passou a ser estudada intensamente a partir de então e com interesse cada vez
mais crescente. Seus efeitos têm sido demonstrados ser opostos ao da Ang II
70 e 71
.
Em 2003, Santos e colaboradores
59
identificaram o receptor Mas acoplado à proteína G
como o receptor endógeno específico para a Ang-(1-7), sendo esta descoberta ratificada
posteriormente por diversos trabalhos
73-78
.
Até o momento, são três as enzimas conhecidas que podem regular a formação da
Ang-(1-7) a partir da Ang I. Elas são a neprilisina 24,11 (NEP), oligopeptidase thimet 24,15
(TOP) e prolil oligopeptidase 21.26 POP 21.26 (POP). Além disto, são conhecidas duas
enzimas capazes de clivar a Ang II em Ang-(1-7): a POP e a ECA2, recentemente
descoberta
49,50
.
Particularmente no endotélio vascular humano a Ang-(1-7) mostrou-se presente, onde é
produzida e também metabolizada
79 e 80
. Recentemente, Sampaio e colaboradores
76
36
demonstraram que nas células endoteliais humanas a Ang-(1-7) contra-regula a sinalização
celular da Ang II/Ang II receptor tipo 1 ativado pela c-Src e seus alvos na cascata, a
ERK1/2 e NAD(P)H oxidase e que também a interação SHP-2-c-Src está aumentada pela
Ang-(1-7), mostrando que este fenômeno pode representar o mecanismo protetor pela Ang-
(1-7) que contra-regula os efeitos deletérios da Ang II. Sampaio e colaboradores
demonstraram em outro estudo
83
que 1) as células endoteliais humanas possuem um
receptor acoplado à proteína G, Mas, através do qual é mediado a ativação da óxido nítrico
sintase dependente do endotélio (eNOS), 2) a Ang-(1-7) regula diferencialmente a
fosforilação da Ser
177
e Thr
495
e 3) a via fosfato de inositol 3 K/Akt (PI3K/Akt) tem um
papel importante na ativação da eNOS mediada pela Ang-(1-7) e na liberação de óxido
nítrico, sugerindo que a Ang-(1-7) regula a função endotelial através do receptor Mas que
estimula a atividade da eNOS e a produção de óxido nítrico através das vias dependentes da
Akt. Estes dados enfatizam a importância do eixo Ang-(1-7)-Mas como um regulador da
função endotelial.
A Ang-(1-7) mostrou também reduzir o crescimento das células musculares dos vasos
quando submetida à lesão
84
, através da liberação de prostaciclina, sendo este mecanismo
devido à produção de monofosfato de adenosina cíclico (AMPc) mediado pela prostaciclina
e pela ativação do proteína quinase dependente do AMPc e pela atenuação da ativação da
proteína kinase ativada pelo mitógeno
85
.
Freeman e colaboradores
86
em 1996 já sugeriam que a Ang-(1-7) apresentava efeitos
opostos à Ang II na regulação do crescimento de células musculares lisas em cultura
isolada de aorta de ratos. A Ang-(1-7) atenuou a incorporação de timidina [
3
H] em
contraste com a Ang II que estimulou a sua incorporação. A Ang II também aumentou o
número total de células, sugerindo que o aumento da incorporação da timidina [
3
H] estava
37
associado com a proliferação de células musculares lisas. O antagonista AT
1
da Ang II,
losartan, reduziu a incorporação de timidina pela Ang II, o que não ocorreu quando o
antagonista AT
2
da Ang II foi administrado. Portanto, estes resultados sugeriam que a Ang-
(1-7) e a Ang II apresentavam efeitos opostos na regulação do crescimento de células
musculares lisas e suspeitou-se então, que a inibição da proliferação destas células pela
Ang-(1-7) parecia estar mediada por um novo receptor de angiotensina que não era inibido
pelos antagonistas dos receptores AT
1
e/ou AT
2
da Ang II. Sabe-se que a hiperplasia
intimal ocorre devido à proliferação e migração de células musculares lisas.
A Ang-(1-7) reduziu o crescimento de células musculares lisas após a lesão de carótida de
ratos por balão, devido à redução da síntese de DNA tanto da íntima quanto da média
destes vasos lesados
84
.
Mostrou ainda reduzir a hiperplasia intimal em stents implantados em aorta abdominal de
ratos quando infundida por via venosa contínua
87
.
A Ang-(1-7) também está presente no coração humano onde é dependente da Ang II como
substrato
82
.
Levando-se em consideração as propriedades enzimáticas das duas ECAs (ECA e ECA 2) e
sendo os principais efetores a Ang II e a Ang-(1-7) com efeitos opostos no sistema
cardiovascular, tem sido proposto uma nova visão do SRA onde este sistema tem uma
função dupla ocorrendo a ação vasoconstritora-proliferação e vasodilatadora-anti-
proliferativa basicamente desencadeadas pelo balanço entre ECA-ECA2. Sendo que com o
aumento da atividade da ECA/ECA2 levará ao aumento da Ang II e aumento do
catabolismo da Ang-(1-7), favorecendo a vasoconstrição. Por outro lado, a relação oposta
reduzirá a Ang II e aumentará a Ang-(1-7) o que facilitará a vasodilatação
88
.
38
Diante destas descobertas, que veio sedimentar ainda mais o papel contra-regulatório da
Ang-(1-7) aos efeitos deletérios provocados pela hiper-expressão da Ang II nas patologias
cardiovasculares, perguntamos qual seria o papel do eixo Ang-(1-7)-Mas nas artérias no
qual provocaríamos o estresse pelo desnudamento arterial, simulando uma agressão a esta
artéria como um intenso estresse de cisalhamento. Para tal, utilizamos o camundongo como
modelo experimental e induzimos este tipo de estresse, através da passagem de um fio guia
de angioplastia na sua luz por três vezes, conforme descrito anteriormente por técnica
validada por Roque M. e cols
89
. A seguir, tratamos então os animais (N=60) divididos em
12 grupos (N=5) nos quais foram administradas agonistas, em diversas formulações e
antagonistas dos receptores Mas e AT
1
e analisamos, após 28 dias, a resposta arterial a este
tipo de agressão comparando, por histomorfometria, as artérias lesadas com as artérias
controles (contra-laterais) e os diversos grupos entre si.
39
Objetivos
40
II. Objetivos
O primeiro objetivo deste trabalho é avaliar a atuação biológica do eixo Ang-(1-7)-receptor
Mas na resposta da lesão arterial induzida pelo desnudamento endotelial.
O segundo objetivo deste trabalho é avaliar se, em sendo biologicamente ativo na lesão
arterial induzida pelo desnudamento arterial, a Ang-(1-7) isoladamente seria eficaz por via
oral, comparado com:
1) a sua administração por micro-bomba de infusão via SC,
2) a sua administração por via oral estando associada com o composto hidróxi-prolil-beta-
ciclodextrina [HPβCD-Ang(1-7)]
90
e
3) a administração por via oral de AVE 0991, agonista não protéico do receptor Mas.
41
Materiais e Métodos
42
III. Materiais e Métodos
3.1 Animais
Camundongos da raça C57Bl/6J e Knock-Out para o receptor Mas da Ang-(1-7) [Mas
-/-
-/-
]
]
foram fornecidos pelo Centro de Bioterismo (CEBIO) do ICB, da UFMG. No total, foram
utilizados 60 animais (n=60), sendo 5 animais em cada grupo (n=5).
Os animais, todos do sexo masculino, tinham idade média de 12 ± 0,3 semanas e um peso
de 25 ± 2 gramas.
Foram mantidos em temperatura ambiente em regime de 12 horas de luz, alternado com 12
horas de escuridão. A alimentação foi à base de ração fornecida pelo CEBIO, sendo a
ingestão de ração e de água a vontade.
Os procedimentos cirúrgicos e os cuidados dos animais descritos foram realizados de
acordo com os critérios aprovados pelo Guide for the Care and Use of Laboratory
Animals
91
e pelo comitê de ética desta instituição.
3.2 Grupos de estudo
Os animais foram divididos nos seguintes grupos, de acordo com as respectivas drogas
administradas, nas seguintes doses e vias, por um período de 28 dias:
3.2.1 Bloqueio do eixo Ang-(1-7)-Mas:
3.2.1.1 A779: 100 mg em 2 g de PLGA implantado no dorso do animal - SC.
3.2.1.2 Mas
-/-
: 100 µl de água/dia em dose única diária, por gavagem.
43
3.2.2 Agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas:
3.2.2.1 AVE 0991: 1 mg/Kg/dia diluído em 100 µl de água, em dose única
diária, por gavagem. (Preparo da AVE 0991: 5 mg/ml em KOH a 10 mM. Sonicado por
um período de 20 minutos)
3.2.2.2 Ang-(1-7): 100 µg/Kg/dia diluído em 100 µl de água, em dose única
diária, por gavagem.
3.2.2.3 Ang-(1-7) em micro-bomba de infusão Alzet
®
[MBI-Ang-(1-7)]: 0,25
µl/h por 28 dias, implantado no dorso do animal - SC; dose de Ang-(1-7): 100
µg/Kg/dia.
3.2.2.4 Ang-(1-7) incluída em HPβCD [HPβCD-Ang(1-7)]: sendo que o volume
do composto administrado continha 100 µg de Ang-(1-7)/Kg/dia e 3,18 µg/Kg/dia de
HPβCD, em dose única diária, por gavagem.
3.2.3 Bloqueio do Receptor AT
1
da Ang II:
3.2.3.1 BRAT
1
da Ang II (Losartan): 5 mg/Kg/dia diluído em 100 µl de água,
em dose única diária, por gavagem.
3.2.3.2 Losartan +A779: Losartan na dose de 5 mg/Kg/dia diluído em 100 µl de
água, em dose única diária, por gavagem, +100 mg em 2 g de PLGA implantado no
dorso do animal – SC.
3.2.4 Controles:
3.2.4.1 PLGA (poly lactic-co-glycolic acid) ou ácido poli-lático co-glicólico:
pastilha de 2g implantado no dorso do animal. 100 µl de água/dia, em dose única diária,
por gavagem.
44
3.2.4.2 HPβCD: 3,18 µg/Kg/dia diluído em 100 µl de água/dia em dose única
diária, por gavagem.
3.2.4.3 Cirurgia: 100 µl de água/dia por gavagem em dose única diária;
3.2.4.4 Sham: 100 µl de água/dia em dose única diária, por gavagem.
3.3 Cirurgia
Todos os animais foram anestesiados com a solução de ketamina (100 mg/kg) e xilazina
(10 mg/kg), diluídos em salina 0,9%, aplicados via intra-peritoneal (IP), sendo utilizado de
0,18 a 0,20 ml de volume da solução.
A seguir os animais foram colocados em decúbito dorsal sobre uma pequena prancha de
madeira.
Realizada a tricotomia da região inguinal esquerda seguido de anti-sepsia com álcool
iodado.
Todos os procedimentos cirúrgicos foram realizados sob uma lupa, utilizando-se aumentos
de 10, 20 e 40x.
Feito incisão perpendicular ao ligamento inguinal, em região inguinal esquerda, seguido de
dissecção e isolamento de artérias ilíaca e femoral esquerda com fio de algodão.
Clampeamento de artéria femoral esquerda na altura do ligamento inguinal seguido de
arteriotomia em artéria femoral esquerda logo distal à artéria inominada (hipogástrica).
Introduzido fio guia de 0,010” (0,254 mm) de diâmetro, de angioplastia, na luz da artéria
femoral esquerda, seguido de soltura do clampe.
Passagem sucessiva do fio guia 0,010” por 3 vezes, até a bifurcação da Aorta, seguido de
sua retirada.
45
Ligamento da artéria femoral esquerda com fio de algodão, distal à origem da artéria
hipogástrica e imediatamente proximal ao local de onde foi feito a arteriotomia.
Sutura da pele com fio prolene 6.0.
Os procedimentos cirúrgicos duraram entre 15 a 20 minutos de média.
Os tempos de clampeamento das artérias femoral esquerda, antes que o fio guia 0,010”
fosse introduzido para evitar perda de sangue, foram inferiores a 1 minuto.
No grupo Sham, foi feito incisão em região inguinal esquerda, seguido de dissecção e
isolamento da artéria femoral esquerda com fio de algodão. Posteriormente, foi colocado o
clampe na artéria ilíaca esquerda, na altura do ligamento inguinal, seguido de arteriotomia
em artéria femoral esquerda logo distal à artéria hipogástrica. Não foi feita a passagem do
fio guia 0,010” na luz das artérias operadas neste grupo. Foi então ligada a artéria femoral
esquerda com fio de algodão, distal à origem da artéria hipogástrica e imediatamente
proximal ao local de onde foi feito a arteriotomia. Soltura do clampe. Feito sutura da pele
com fio prolene 6.0.
Assim como as artérias contra-laterais dos outros grupos, estas artérias do grupo Sham
também serviram de grupo controle.
Todos os animais submetidos ao procediemento cirúrgico foram aquecidos a 37
0
C até a
completa recuperação.
Posteriormente, foram mantidos em temperatura ambiente em regime de 12 horas de luz,
alternado com 12 horas de escuridão.
A alimentação foi à base de ração fornecida pelo CEBIO, sendo a ingestão de ração e de
água a vontade.
Este procedimento cirúrgico, como metodologia para avaliar a lesão arterial a partir do
desnudamento arterial, foi validado anteriormente
89
.
46
16 animais morreram: 5 do grupo A779, 3 do grupo A779 + Losartan, 2 do grupo Mas
-/-
,
2 do grupo Losartan, 2 do grupo Ang-(1-7) e 2 do grupo Cirurgia.
A autópsia dos animais não revelou a causa de morte. Os animais mortos foram
substituídos por outros, que foram submetidos ao mesmo procedimento cirúrgico e
incluídos nos respectivos grupos para completarem o número de 5 animais em cada grupo.
3.4 Preparação dos tecidos
No 28
o
dia após o procedimento cirúrgico, os animais foram anestesiados com a solução de
ketamina (100 mg/kg) e xilazina (10 mg/kg), diluídos em salina 0,9%, aplicados via IP,
sendo utilizado de 0,18 a 0,20 ml de volume da solução.
Foi feito toracotomia, seguido de punção de Ventrículo Esquerdo com agulha 30 x 15 mm e
de incisão no Átrio Direito.
Realizado perfusão com paraformaldeído a 4% em 0,1 M de tampão fosfato, PBS, com
pH=7,4, por um período de 15 minutos a 100 mm Hg de pressão.
Realizado a ressecção do trem posterior.
Os espécimes foram mantidos “overnight” imersas no paraformaldeído a 4% em 0,1 M de
tampão fosfato, PBS, com pH=7,4.
No dia seguinte foi realizado a dissecção das artérias lesada (femoral esquerda) e controle
(contra-lateral ou femoral direita).
As artérias com cerca de 3 a 4 mm de comprimento, retirados abaixo do ligamento inguinal,
foram mantidas em álcool a 70%.
Coloração de HE eVer Hoff.
47
As artérias foram processadas e emblocadas em parafina, para posterior cortes transversais
com 5 µm de espessura com intervalos de 100 µm entre cada 2 cortes. Foram preparadas 2
lâminas com cerca de 15 cortes.
3.5 Análise Histo-morfométrica
Nas artérias lesadas, os cortes selecionados para análise foram aqueles que apresentaram
um maior comprometimento da área do lúmen.
Nas artérias controles, as medidas foram realizadas nos cortes feitos a 2 mm do local de
incisão das artérias.
As medidas foram realizadas através de método duplo-cego.
As imagens foram capturadas por um microscópio com uma câmara digital acoplada a um
computador. As imagens foram digitalizadas. As medidas foram feitas utilizando-se o
software NIH Image v1.60.
As medidas realizadas foram as seguintes:
1) área do vaso: delimitada pela lâmina elástica externa (LEE). Ela também serviu para
avaliar o comportamento do tamanho do vaso nos grupos controles (artéria femoral direita)
e nos grupos lesados (artéria femoral esquerda), ou seja, determinar se houve
remodelamento positivo ou negativo ou se não houve alteração;
2) área da camada muscular média (área da média): foi calculada como a diferença entre
e área da medida das LEE e LEI;
3) área do lúmen: demarcada como a área cercada pela camada de células endoteliais;
4) área da hiperplasia intimal: definida como a área entre o lúmen e a lâmina elástica
interna. Nas artérias controles, esta área é virtual;
48
5) comprimento da Lâmina Elástica Externa;
6) comprimento da Lâmina Elástica Interna;
7) percentual de hiperplasia intimal (HI) das artérias: é igual à área da LEI ocupada
pela HI = (área da HI x 100 / área do lúmen + área da HI) = área da LEI ocupada pela HI =
carga de HI
92-94
;
8) área da íntima/área da média: feito o cálculo da razão entre as áreas da íntima e da
média, com finalidade de avaliar o efeito inibitório dos fármacos.
Os resultados de pelo menos três cortes transversais de cada artéria foram utilizados para o
cálculo da média, que foi assim considerado para a avaliação e análise estatística.
3.6 Análise estatística
Os dados são expressos em médias ± desvio padrão; as comparações entre as medidas das
áreas do vaso, da média, da íntima, do lúmen, do % de HI e do comprimento da LEI e LEE
nas artérias do mesmo grupo (variáveis contínuas), foram feitas através do teste t de student
pareados. A diferença entre os grupos foi testada com ANOVA de Friedman (pareada e
distribuição não normal). Os critérios para relevância estatística foram considerados quando
p<0,05.
49
Algorítimo do Protocolo
50
IV. Algorítimo do Protocolo
Desnudamento da artéria
femoral esquerda de
camundongos (N=60)
Administração de
fármacos por 28 dias
DIA 0
Grupos de Estudo
Bloqueio Ang-(1-7)-Mas
1) A779 (N=5)
2
)
Mas
-/-
(
N=5
)
Agonistas Ang-(1-7)-Mas
1) AVE 0991 (N=5)
2) Ang-(1-7) (N=5)
3) MBI-Ang-(1-7) (N=5)
4) HPβCD-Ang-(1-7) (N=5)
Bloqueio receptor AT
1
Ang II
1) Losartan (N=5)
2
)
Losartan + A779
(
N=5
)
Controles
1) PLGA (N=5)
2) HPβCD (N=5)
3) Cirurgia (N=5)
4) Sham (N=5)
DIA 28 Sacrifício dos animais
Comparação histomorfométrica das artérias femoral esquerda e
direita entre camundongos do mesmo grupo e entre os grupos
Áreas
1) lâmina elástica externa
2) lâmina elástica interna
3) média
4) lúmen
5
)
íntima
Percentual
de hiperplasia intimal
51
Resultados
52
V Resultados
5.1 Bloqueio do eixo Ang-(1-7)-Mas
5.1.1 A779
100 µ
AUMENTO: 200X
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femoral esquerda (Lesão)
Figura 3: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
submetido à cirurgia e tratado com A779.
Como mostrado na figura 3, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta completa oclusão de toda sua luz por HI, além de redução da sua
área total comparada com a artéria femoral direita (controle).
53
Tabela 1: Medidas médias das áreas do vaso, da muscular, do lúmen e da hiperplasia
intimal além do comprimento médio da LEE e LEI e do percentual de HI do grupo
submetido à cirurgia e tratado com A779.
Controle Lesão P
Área do Vaso (µ
2
)
32.029 ± 4.749 19.363 ± 3.066 p =0,049
Área da Muscular Média (µ
2
)
6.276 ± 1.305 6.619 ± 1.147 p=0,9
Área do Lúmen (µ
2
)
25.752 ± 3.495 2.073 ± 2.073 p=0,001
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
)
0 10.669 ± 2.078 p=0,003
Comprimento da LEE (µ)
1.058 ± 75 854 ± 58 p=0,9
Comprimento da LEI (µ)
929 ± 77 750 ± 72 p=0,15
% de Hiperplasia Intimal
0 89 ± 10 p=0,0003
Como mostrado na tabela 1, observa-se redução significativa das áreas do vaso e do lúmen
e aumento significativo da área de HI e do % de HI nas artérias lesadas comparadas com as
artérias controles.
54
representam diferenças significativas
Gráfico 1: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo submetido à cirurgia e tratado com A779.
*
µ
µ
2
2
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
Intima A779 C Intima A779 L
*
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
Vaso A779 C Vaso A779 L
*
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
Lúmen A779 C Lúmen A779 L
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
Média A779 C Média A779 L
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
*
55
Como mostrado no gráfico 1, nas artérias lesadas, as áreas do vaso e do lúmen apresentam
redução significativa e a área de íntima (ou HI) apresenta aumento significativo
comparadas com as artérias controles.
0
20
40
60
80
100
120
HI A779 C HI A779 L
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
%
1200
* representam diferenças significativas
Gráfico 2: Percentual de hiperplasia intimal (HI) e comprimento médio das lâminas
elásticas externa (LEE) e interna (LEI) das artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo
submetido à cirurgia e tratado com A779.
Como mostrado no gráfico 2, nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
houve aumento significativo do % de HI.
0
200
400
600
800
1000
Comprimento LEE
A779 C
Comprimento LEE
A779 L
1200
0
20
40
60
80
1000
Comprimento LEI
A779 C
Comprimento
LEI
A779 L
56
57
5.1.2 Mas
-/-
ita (Controle) Artéria fem querda (
Como mostrado na figura 4, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta completa oclusão de toda sua luz por HI, além de redução da sua
área total, comparada com a artéria femoral direita (controle).
100 µ
AUMENTO: 200X
Artéria femoral dire oral es Lesão)
Figura 4: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
Mas
-/-
submetido à cirurgia.
58
Tabela 2: Medidas médias das áreas do vaso, da muscular, do lúmen e da hiperplasia
intimal, comprimento médio da LEE e LEI e percentual de HI no grupo Mas
-/-
submetido à
cirurgia.
Controle Lesão P
Área do Vaso (µ
2
) 29.919 ± 5.329 13.951 ± 4.756 p =0,04
Área da Muscular Média (µ
2
) 8.809 ± 621 4.406 ± 810 p=0,05
Área do Lúmen (µ
2
) 21.109 ± 4.948 174 ± 101 p=0,002
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 0 9.370 ± 3.952 p=0,004
Comprimento da LEE (µ) 1.154 ± 64 595 ± 81 p=0,02
Comprimento da LEI (µ) 1.044 ± 52 671 ± 116 p=0,07
% de Hiperplasia Intimal 0 97 ± 2 P<0,0001
Como mostrado na tabela 2, observa-se redução significativa das áreas do vaso, da média e
do lúmen e do comprimento da LEE, além de aumento significativo da área de HI e do %
de HI nas artérias lesadas comparadas com as artérias controles.
59
* representam diferenças significativas
Gráfico 3: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo Mas
-/-
submetido à cirurgia.
Como mostrado no gráfico 3, nas artérias lesadas, as áreas do vaso, da média e do lúmen
apresentam redução significativa e a área de íntima (ou HI) apresenta aumento significativo
comparadas com as artérias controles.
4000
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
Vaso Mas
-
/
-
C Vaso Mas
-
/
-
L
*
*
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Média Mas
-
/
-
C Média Mas
-
/
-
L
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Íntima Mas
-
/
-
C
*
2250
*
0
250
500
750
1000
1250
1500
1750
2000
Lúmen Mas
-
/
-
C Lúmen Mas
-
/
-
L
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
Intima Mas
-
/
-
L
60
* represen
-/-
submetido à cirurgia.
primento da LEE.
tam diferenças significativas
Gráfico 4: Percentual de hiperplasia intimal (%HI) e comprimento médio das lâminas
elásticas externa (LEE) e interna (LEI) das artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo
Mas
Como mostrado no gráfico 4. nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
houve aumento significativo do % de HI e redução significativa do com
0
20
40
60
80
100
120
%
HI Mas
-
/
-
C HI Mas
-
/
-
L
Comprimento LEI
Mas
-/-
C
Comprimento LEI
Mas
-/-
L
0
200
400
600
800
1000
12001400
Comprimento LEE
Mas
-/-
C
Comprimento LEE
Mas
-/-
L
0
200
400
600
800
1000
1200
*
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
61
5.2 Agonistas do eixoAng-(1-7)-Mas
5.2.1 AVE 0991
Como mostrado na figura 5, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta discreta HI sem comprometimento do lúmen, além de aumento da
área total do vaso, comparada com a artéria femoral direita (controle).
AUMENTO: 100X
100 µ
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femoral esquerda (Lesão)
Figura 5: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
submetido à cirurgia e tratado com AVE 0991.
62
Tabela 3: Medidas médias das áreas do vaso, da muscular, do lúmen e da hiperplasia
intimal, comprimento médio da LEE e LEI e percentual de HI no grupo submetido à
cirurgia e tratado com AVE 0991.
Controle Lesão p
Área do Vaso (µ
2
) 46.862 ± 4.099 87.966 ± 10.936 0,001
Área da Muscular Média (µ
2
) 15.124 ± 1.232 16.336 ± 1.781 0,5
Área do Lúmen (µ
2
) 31.738 ± 5.170 47.121 ± 3.959 0,01
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 0 24.508 ± 2.626 <0,001
Comprimento da LEE (µ) 1.324 ± 44 1.335 ± 60 0,9
Comprimento da LEI (µ) 1.121 ± 27 998 ± 75 0,2
% de Hiperplasia Intimal 0 34,5 ± 10,8 0,0002
Como mostrado na tabela 3, observam-se aumento significativo das áreas de HI, do lúmen e
do vaso e do % de HI comparando as artérias lesadas com as artérias controles. Não houve
redução da área do lúmen nas artérias lesadas, pelo contrário, houve aumento deste
parâmetro nestas artérias, pois apesar do aumento significativo da HI, houve um aumento
compensatório e significativo da área do vaso.
63
m
Pelo contrário, houve até aumento significativo do lúmen devido ao aumento
compensatório e significativo da área do vaso.
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
Média AVE C Média AVE L
*
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
Vaso AVE C Vaso AVE L
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
Lúmen AVE C Lúmen AVE L
0
5000
10000
15000
20000
* representam diferenças significativas
Gráfico 5: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
artérias dos grupos controles (C) e lesadas (L) do grupo submetido à cirurgia e tratado co
AVE 0991.
Como mostrado no gráfico 5, nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles, a
área de HI apresenta-se significativamente aumentada, porém sem comprometimento do
lúmen.
25000
30000
Intima AVE C Intima AVE L
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
*
64
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Comprimento LEE
AVE C
Comprimento LEE
AVE L
0
200
ráfico 6: Percentual de hiperplasia intimal (HI) e comprimento médio das lâminas
o grupo
rtérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
houve aumento significativo do % de HI e não houve alterações nos comprimentos da LEE
e LEI.
400
600
800
100
120
Comprimento LEI
AVE C
Comprimento LEI
AVE L
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
AVE C AVE L
*
%
* representam diferenças significativas
G
elásticas externa (LEE) e interna (LEI) das artérias controles (C) e lesadas (L) d
submetido à cirurgia e tratado com AVE 0991.
Como mostrado no gráfico 6, nas a
65
5.2.2 Ang-(1-7)
100 µ
AUMENTO: 200X
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femoral esquerda (Lesão)
Figura 6: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
submetido à cirurgia e tratado com Ang-(1-7).
Como mostrado na figura 6, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta discreta HI sem comprometimento do lúmen, pelo contrário, houve
até aumento do lúmen, além de aumento da sua área total do vaso quando comparada com a
artéria femoral direita (controle).
66
Tabela 4: Medidas das médias das áreas do vaso, da muscular, do lúmen e da hiperplasia
intimal, comprimento médio da LEE e LEI e percentual de HI do grupo submetido à
cirurgia e tratado com Ang-(1-7), comparando as artérias controles com as artérias lesadas.
Controle Lesão p
Área do Vaso (µ
2
) 26.735 ± 8.298 52.541 ± 8.180 0,005
Área da Muscular Média (µ
2
) 15.645 ± 6.527 10.025 ± 1.908 0,03
Área do Lúmen (µ
2
) 11.090 ± 2.420 33.683 ± 6.551 0,03
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 0 8.833 ± 5.533 0,0004
Comprimento da LEE (µ) 1.223 ± 179 994 ± 67 0,2
Comprimento da LEI (µ) 1.076 ± 153 774 ± 86 0,06
% de Hiperplasia Intimal 0 21 ± 5 0,02
Com
do vaso e do % de HI e redução da área da m
com en nas artérias lesadas, pelo
contrário, houve aumento significativo deste parâmetro, pois apesar do aumento
significativo da área de HI nestas artérias,
da área do vaso.
o mostrado na tabela 4, observa-se aumento significativo das áreas da HI, do lúmen e
édia quando comparado as artérias lesadas
as artérias controles. Não houve redução da área do lúm
houve um aumento compensatório e significativo
67
m comprometimento do lúmen. Pelo contrário,
houve até aumento significativo do lúmen devido ao aumento compensatório e
significativo da área do vaso, além de redução significativa da área da média, quando
comparado com as artérias controles.
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
Vaso Ang-(1-7) C Vaso Ang-(1-7) L
*
*
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
Lúmen Ang-(1-7) C Lúmen Ang-(1-7) L
0
2500
5000
7500
10000
12500
15000
17500
20000
22500
25000
Média Ang-(1-7) C Média Ang-(1-7) L
*
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
* representam diferenças significativas
Gráfico 7: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
artérias controles(C) e lesadas (L) do grupo submetido à cirurgia e tratado com
Ang-(1-7).
Como mostrado no gráfico 7, nas artérias lesadas, a área de HI apresenta-se
significativamente aumentada, porém se
Intima Ang-(1-7) C Intima Ang-(1-7) L
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
*
68
0
5
10
15
20
25
30
HI Ang-(1-7) C HI Ang-(1-7) L
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
%
* representam diferenças significativas
comprimento médio das lâminas
lásticas externa (LEE) e interna (LEI) das artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo
nto significativo do % de HI.
Gráfico 8: Percentual de hiperplasia intimal (HI) e o
e
submetido à cirurgia e tratado com Ang-(1-7).
Como mostrado no gráfico 8, nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
houve aume
Comprimento LEI
Ang-(1-7) C
Comprimento L
Ang-(1-7) L
EI
1600
0
200
400
600
800
Comprimento LEE
Ang 1-7 C
Comprimento LEE
Ang 1-7 L
1000
1200
1400
69
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femoral esquerda (Lesão)
Figura 7: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
submetido à cirurgia e tratado com MBI-Ang-(1-7).
Como mostrado na figura 7, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta discreta HI sem comprometimento do lúmen, além de aumento da
sua área total e aumento da área do lúmen quando comparado com a artéria femoral direita
(controle).
5.2.3 MBI-Ang-(1-7)
100 µ
AUMENTO: 200X
70
Tabela 5: Medidas médias das áreas do vaso, da muscular, do lúmen e da hiperplasia
intimal, comprimento médio da LEE e LEI e percentual de HI do grupo submetido à
cirurgia e tratado com MBI-Ang-(1-7), comparando as artérias controles com as artérias
lesadas.
Controle Lesão p
Área do Vaso (µ
2
) 29.401 ± 5.620 70.253 ± 26.257 0,002
Área da Muscular Média (µ
2
) 9.111 ± 2.215 16.576 ± 8.767 0,05
Área do Lúmen (µ
2
) 20.289 ± 5.886 34.077 ± 18.266 0,04
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 0 19.598 ± 7.479 <0,0004
Comprimento da LEE (µ) 1.015 ± 223 1.138 ± 185 0,4
Comprimento da LEI (µ) 808 ± 339 932 ± 195 0,35
% de Hiperplasia Intimal 0 32,2 ± 2,5 0,0004
Como mostrado na tabela 5, observa-se aumento significativo das áreas da HI, do lúmen e
o vaso e do % de HI quando comparado as artérias lesadas com as artérias controles. Não
d
houve redução da área do lúmen nas artérias lesadas, pelo contrário, houve aumento deste
parâmetro, pois apesar do aumento significativo da área de HI nestas artérias, houve um
aumento compensatório e significativo da área do vaso, quando comparado com as artérias
controles.
71
*
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
Lúmen MBI-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) C
Lúmen MBI-
72
* representam diferenças significativas
Gráfico 9: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo submetido à cirurgia e tratado com
MBI-Ang-(1-7).
Como mostrado no gráfico 9, nas artérias lesadas houve aumento significativo das áreas de
HI, do lúmen e da média quando comparado com as artérias controles. Ao contrário do que
se esperava o aumento da área da íntima nestas artérias não reduziu a área luminal, houve
até um aumento da área do lúmen, pois houve um aumento compensatório e significativo
da área do vaso.
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
*
0
2500
5000
7500
10000
12500
15000
17500
20000
22500
Média MBI-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
)
C Média MBI-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
0
2500
5000
7500
10000
12500
15000
17500
20000
22500
25000
Intima MBI-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) C Intima MBI-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
*
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
*
V
V
a
a
s
s
o
o
M
M
B
B
I
I
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
)
C
C
V
V
a
a
s
s
o
o
M
M
B
B
I
I
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
)
L
L
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
73
40
* representam diferenças significativas
oles (C) e lesadas (L) do grupo
bmetido à cirurgia e tratado com MBI-Ang-(1-7).
Gráfico 10: Percentual de hiperplasia intimal (HI) e comprimento médio das lâminas
elásticas externa (LEE) e interna (LEI) das artérias contr
su
Como mostrado no gráfico 10, nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
houve aumento significativo do % de HI.
0
200
400
600
800
1000
1200
Comprimento LEI
MBI-Ang-(1-7) C
Comprime
MBI-Ang-(1-7) L
nto LEI
0
200
400
600
800
1000
1200
Comprimento LEE
MBI-Ang-(1-7) C
Comprimento LEE
MBI-Ang-(1-7) L
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
0
5
10
15
20
25
30
35
HI MBI-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) C
HI MBI-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
*
%
74
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femoral esquerda (Lesão)
Figura 8: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
submetido à cirurgia e tratado com HPβCD-Ang-(1-7).
Como mostrado na figura 8, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta discreta HI sem comprometimento do lúmen, além de um aumento
da área total comparada com a artéria femoral direita (controle).
5.2.4 HPβCD-Ang-(1-7)
100 µ
AUMENTO: 100X
75
Tabela 6: Medidas médias das áreas do vaso, da muscular, do lúmen e da hiperplasia
intimal, comprimento médio das LEE e LEI e percentual de HI do grupo submetido à
cirurgia e tratado com HPβCD-Ang-(1-7), comparando as artérias controles com as artérias
lesadas.
Controle Lesão p
Área do Vaso (µ
2
) 43.345 ± 9.390 69.793 ± 9.563 0,04
Área da Muscular Média (µ
2
) 11.133 ± 1.015 14.258 ± 1.905 0,1
Área do Lúmen (µ
2
) 32.212 ± 8.386 36.015 ± 6.779 0,7
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 0 19.519 ± 2.566 0,004
Comprimento da LEE (µ) 1.294 ± 5 1.187 ± 130 0,5
Comprimento da LEI (µ) 1.119 ± 13 1.048 ± 101 0,6
% de Hiperplasia Intimal 0 35,9 ± 4 0,0003
Como mostrado na tabela 6, observa-se aumento significativo das áreas da HI e do vaso e
do % de HI quando comparado as artérias lesadas com as artérias controles. Não houve
redução da área do lúmen nas artérias lesadas, pelo contrário, houve aumento deste
arâmetro, pois apesar do aumento significativo da área de HI nestas artérias, houve um p
aumento significativo e compensatório da área do vaso.
76
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
V
V
a
a
s
s
o
o
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
)
C
C
Vaso
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
*
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
Lúmen
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) C
Lúmen
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
Média
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) C
Média
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
0
2500
5000
7500
1000
1250
1500
1750
2000
2250
2500
Intima
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) C
Intima
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
* representam diferenças significativas
as
cirurgia e tratado com HPβCD-
ng-(1-7).
lesadas houve aumento significativo das áreas
de HI, quando comparado com as artérias controles. Ao contrário do que se esperava o
aumento da área da íntima nestas artérias não reduziu a área luminal, pois houve um
aumento significativo e compensatório da área do vaso.
Gráfico 11: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima d
artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo submetido à
A
Como mostrado no gráfico 11, nas artérias
77
78
45
diferenças significativas
omo mostrado no gráfico 12, nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
ouve aumento significativo do % de HI.
* representam
Gráfico 12: Percentual de hiperplasia intimal (HI) e comprimento médio das lâminas
elásticas externa (LEE) e interna (LEI) das artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo
submetido à cirurgia e tratado com HPβCD-Ang-(1-7).
C
h
Comprimento LEI
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
Comprime
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
)
) C
nto LEI
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
0
20
40
60
80
100
0
20
40
60
80
100
120
140
Comprimento LEE
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) C
Comprimento LEE
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
0
5
10
15
20
25
30
35
40
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) C
HI
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
-
-
A
A
n
n
g
g
-
-
(
(
1
1
-
-
7
7
)
) L
*
%
79
5.3 Bloqueio do Receptor AT
1
da Ang II:
5.3.1 Losartan
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femoral esquerda (Lesão)
bmetido à cirurgia e tratado com Losartan.
prometimento significativo de sua luz por HI, além de aumento
a sua área total comparada com a artéria femoral direita (controle).
100 µ
AUMENTO: 200X
Figura 9: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
su
Como mostrado na figura 9, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta com
d
80
81
Tabela 7: Medidas médias das áreas do vaso, da muscular, da hiperplasia intimal,
omprimento médio das LEE e LEI e percentual de HI do grupo submetido à cirurgia e
tratado com Losartan, comparando as artérias controles com as artérias lesadas.
Controle Lesão p
c
Área do Vaso (µ
2
) 30.613 ± 4.715 50.366 ± 10.523 0,04
Área da Muscular Média (µ
2
) 8.179 ± 868 20.727 ± 5.106 0,03
Área do Lúmen (µ
2
) 22.4434 ± 4.627 7.727 ± 3.256 0,01
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 0 28.385 ± 7.569 0,01
Comprimento da LEE (µ) 1.061 ± 80 1.056 ± 274 0,9
Comprimento da LEI (µ) 990 ± 88 921 ± 199 0,9
% de Hiperplasia Intimal 0 62,2 ± 13,5 0,009
Como mostrado na tabela 7, observam-se aumento significativo das áreas de HI e do % de
tivo da
roles.
HI, com redução significativa da área do lúmen, apesar de um aumento siginifica
área do vaso nas artérias lesadas comparadas com as artérias cont
82
* representam diferenças significativas
Como mostrado no gráfico 13, nas artérias lesadas houve aumento significativo das áreas
de HI, da média e do vaso, com redução significativa da área do lúmen quando comparado
com as artérias controles.
Gráfico 13: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo submetido à cirurgia e tratado com Losartan.
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
Vaso Losartan C Vaso Losartan L
*
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
Média Losartan C Média Losartan L
*
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
Intima Losartan C Intim a Losartan L
*
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
Lúmen Losartan C Lúmen Los n Larta
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
83
ráfico 14: Percentual de hiperplasia intimal (HI) e comprimento médio das lâminas
Como mostrado no gráfico 14, nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
houve aumento significativo do % de HI.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
HI Losartan C HI Losartan L
*
0
20
40
60
80
100
120
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
%
100
120
140
* representam diferenças significativas
G
elásticas externa (LEE) e interna (LEI) das artérias controles (C) e lesadas (L)
do grupo submetido à cirurgia e tratado com Losartan.
Comprimento LEI
Losartan C
Comprimento LEI
Losartan L
0
20
40
60
80
Comprimento LEE
Losartan C
Comprimento LEE
Losartan L
84
5.3.2 Losartan + A779
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femoral esquerda (Lesão)
e seu lúmen por HI.
100 µ
AUMENTO: 200X
Figura 10: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
submetido à cirurgia e tratado com Losartan + A779.
Como mostrado na figura 10, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta completa oclusão d
85
do vaso, da muscular, do lúmen e da hiperplasia
intimal, comprimento médio da LEE e LEI e o percentual de HI no grupo submetido à
cirurgia e tratado com A779 + Losartan, comparando as artérias controles com as artérias
lesadas.
Controle Lesão p
Tabela 8: Medidas médias das áreas
Área do Vaso (µ
2
) 34.342 ± 2.158 21.322 ± 5.242 0,01
Área da Muscular Média (µ
2
) 8.384 ± 262 4.998 ± 509 0,009
Área do Lúmen (µ
2
) 25.957 ± 1.909 73 ± 73 0,0008
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 0 16.324 ± 4.792 0,004
Comprimento da LEE (µ) 1.047 ± 140 728 ± 59 0,16
Comprimento da LEI (µ) 980 ± 137 756 ± 38 0,27
% de Hiperplasia Intimal 0 99 ± 1 <0,0001
Como mostrado na tabela 8, observa-se aumento significativo da área de HI, aumento
significativo do % de HI e redução significativa das áreas do lúmen, da muscular média e
do vaso das artérias lesadas comparadas com as artérias controles.
86
* representam diferenças significativasas
ráfico 15: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
rtérias controles (C) e lesadas (L) do grupo submetido à cirurgia e tratado com A779 +
trado no gráfico 15, nas artérias lesadas houve aumento significativo das áreas
de HI, com redução significativa das áreas do lúmen, da média e do vaso comparadas com
as artérias controles.
ráfico 15: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
rtérias controles (C) e lesadas (L) do grupo submetido à cirurgia e tratado com A779 +
trado no gráfico 15, nas artérias lesadas houve aumento significativo das áreas
de HI, com redução significativa das áreas do lúmen, da média e do vaso comparadas com
as artérias controles.
GG
aa
Losartan.
Como mos
Losartan.
Como mos
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
Vaso A779 + Los C Vaso A779 + Los L
3000
0
500
1000
1500
2000
2500
Lúmen A779 + Los C Lúmen A779 + Los L
*
0
2500
5000
7500
1000
1250
1500
1750
2000
2250
Intima A779 + Los C Intima A779 + Los L
*
900
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Média A779 + Los C Média A779 + Los L
*
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
87
0
20
40
60
80
100
120
HI A779 + Los C HI A779 + Los L
*
0
200
400
600
800
1000
1200
Comprimento LEE
A779 + Los C
Comprimento LEE
A779 + Los L
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Comprimento LEI
A779 + Los C
Comprimento LEI
A779 + Los L
* representam diferenças significativas
(LEI) das artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo
bmetido à cirurgia e tratado com A779 + Losartan.
Gráfico 16: Percentual de hiperplasia intimal (HI) e comprimento médio das lâminas
elásticas externa (LEE) e interna
su
Como mostrado no gráfico 16, nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
houve aumento significativo do % de HI.
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
%
88
5.4 Grupos Controles:
5.4.1 PLGA
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femoral esquerda (Lesão)
Figura 11: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
submetido à cirurgia e tratado com PLGA implantado no dorso do animal.
Como mostrado na figura 11, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta completa oclusão de seu lúmen por HI.
100 µ
AUMENTO: 200X
89
90
Tabela 9: Médias das áreas do vaso, da muscular do lúmen e da hiperplasia intimal,
comprimento médio da LEE e LEI e o percentual de HI no grupo submetido à cirurgia e
tratado com PLGA implantado no dorso do animal, comparando as artérias controles com
s artérias lesadas.
a
Controle Lesão p
Área do Vaso (µ
2
) 3 3.960 ± 8.504 43.600 ± 9.769 0,4
Área da Muscular Média (µ
2
) 12.493 ± 4.115 7.884 ± 2.201 0,47
Área do Lúmen (µ
2
) 21.467 ± 4.861 12.908 ± 7.463 0,046
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 22 3 0 .807 ± 6.58 0,02
Comprimento da LEE (µ) 1.237 ± 96 931 ± 152 0,2
Comprimento da LEI (µ) 1161 8 ± 113 87 ± 138 0,2
% de Hiperplasia Intimal 0 66,4 ± 12.8 0,0067
Como mostrado na tabela 9, observam-se aumento significativo da área de HI, do % de HI
e redução significativa da área do lúmen das artérias lesadas comparadas com as artérias
controles.
91
representam diferenças significativas
Gráfico 17: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo submetido à cirurgia e tratado com PLGA
implantado no dorso do animal.
Como mostrado no gráfico 17, nas artérias lesadas houve aumento significativo da área de
HI, com redução significativa das áreas do lúmen e da média comparadas com as artérias
controles.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Vaso PLGA C Vaso PLGA L
*
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
Média PLGA C Média PLGA L
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Intima PLGA C Intima PLGA L
*
*
0
250
500
750
1000
1250
1500
1750
2000
2250
Lúmen PLGA C Lúmen PLGA L
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
*
92
al.
0
20
40
60
80
100
120
140
Comprimento LEE
PLGA C
Comprimento LEE
PLGA L
0
20
40
60
80
100
120
140
Comprimento LEI
PLGA C
Comprimento
LEI
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
HI PLGA
HI PLGA L
*
%
* representam diferenças significativas
Gráfico 18: Percentual de hiperplasia intimal (HI) e comprimento médio das lâminas
elásticas externa (LEE) e interna (LEI) das artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo
submetido à cirurgia e tratado com PLGA implantado no dorso do anim
Como mostrado no gráfico 18, nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
houve aumento significativo do % de HI.
93
5.4.2 HPβCD
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femoral esquerda (Lesão)
Figura 12: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
submetido à cirurgia e tratado com HPβCD.
Como mostrado na figura 12, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta completa oclusão de seu lúmen por HI.
100 µ
AUMENTO: 100X
94
Tabela 10: Médias das áreas do vaso, da muscular do lúmen e da hiperplasia intimal,
comprimento médio da LEE e LEI e o percentual de HI no grupo submetido à cirurgia e
tratado com HPβCD, comparando as artérias controles com
as artérias lesadas.
Controle Lesão p
Área do Vaso (µ
2
) 26.680 ± 6.368 27.173 ± 6.555 0,9
Área da Muscular Média (µ
2
) 8.207 ± 530 7.849 ± 1.235 0,74
Área do Lúmen (µ
2
) 18.472 ± 6.295 8.552 ± 6.516 0,01
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 0 12.561 ± 3.653 0,001
Comprimento da LEE (µ) 1.052 ± 41 864 ± 96 0,2
Comprimento da LEI (µ) 951 ± 33 778 ± 37 0,03
% de Hiperplasia Intimal 0 71 ± 15 0,009
Como mostrado na tabela 10, observam-se aumento significativo da área de HI, do % de HI
e redução significativa da área do lúmen das artérias lesadas comparadas com as artérias
controles.
95
tratado com HPβCD.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
V
aso
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
V
aso
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
*
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Lúmen
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D Lúmen
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Média
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D Média
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
Intima
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
* representam diferenças significativas
Gráfico 19: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo submetido à cirurgia e
Como mostrado no gráfico 19, nas artérias lesadas houve aumento significativo da área de
HI, com redução significativa da área do lúmen comparado com as artérias controles.
Intima
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
96
representam diferenças significativas
Gráfico 20: Percentual de hiperplasia intimal (HI) e comprimento médio das lâminas
elásticas externa (LEE) e interna (LEI) das artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo
submetido à cirurgia e tratado com HPβCD.
Como mostrado no gráfico 20, nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
houve aumento significativo do % de HI.
0
200
400
600
800
1000
1200
Comprimento LEE
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D
C
Comprimento LEE
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D L
Comprimento LEI
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D C
Comprimento LEI
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D L
0
200
400
600
800
1000
1200
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
HI
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D C HI
H
H
P
P
β
β
C
C
D
D L
*
%
*
97
98
5.4.3 Cirurgia
AUMENTO: 200X
100 µ
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femor squerda (Lesão
igura 13: Cortes histológicos de artérias femoral direita e femoral esquerda de animal
Como mostrado na figura 13, a artéria femoral esquerda (lesada pelo fio guia de
angioplastia) apresenta comprometimento importante de seu lúmen por HI.
al e )
F
submetido à cirurgia.
99
Tabela 11: Médias das áreas do vaso, da muscular do lúmen e da hiperplasia intimal,
comprimento médio da LEE e LEI e o percentual de HI no grupo submetido à cirurgia,
comparando as artérias controles com as artérias lesadas.
Controle Lesão p
Área do Vaso (µ
2
)
29.192 ± 3.663 26.916 ± 5.424 0,67
Área da Muscular Média (µ
2
)
10.907 ± 653 15.025 ± 1.972 0,01
Área do Lúmen (µ
2
)
18.284 ± 3.308 4.407 ± 4.111 0,05
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 0
15.025 ± 1.972 0,0006
Comprimento da LEE (µ)
1.189 ± 93 766 ± 69
0,04
Comprimento da LEI (µ)
974 ± 77 793 ± 60
0,05
% de Hiperplasia Intimal 0 75 ± 11 0,001
Como mostrado na tabela 11, observam-se aumento significativo das áreas de HI, da média
e do % de HI e redução significativa da área do lúmen, do comprimento das LEE e LEI das
rtérias lesadas comparadas com as artérias controles.a
100
omo mostrado no gráfico 21, nas artérias lesadas houve aumento significativo da área da
do com as
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
Vaso Cirurgia C Vaso Cirurgia L
*
0
2500
5000
7500
10000
12500
15000
17500
20000
22500
Lúmen Cirurgia C Lúmen Cirurgia L
*
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
Média Cirurgia C Média Cirurgia L
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
Íntima Cirurgia C
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
Íntima Cirurgia L
* representam diferenças significativas
Gráfico 21: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo submetido à cirurgia.
C
íntima com redução significativa das áreas do lúmen e da média quando compara
artérias controles.
101
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
HI Cirurgia C HI Cirurgia L
*
0
* representam diferenças significativas
al (HI) e comprim inas
stica inte a (LE ) das a térias rol ) do rupo
met
Como mostrado no gráfico 22, nas artérias lesadas, comparadas com as artérias controles,
Gráfico 22: Percentual de hiperplasia intim ento médio das lâm
elá s externa (LEE) e rn I r cont es (C) e lesadas (L g
sub ido à cirurgia.
houve aumento significativo do % de HI.
200
400
600
800
1000
1200
Comprimento LEI
Cirurgia C
Comprimento LEI
Cirurgia L
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Comprimento LEE
Cirurgia C
Comprimento LEE
Cirurgia L
*
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
%
102
5.4.4 Sham
Artéria femoral direita (Controle) Artéria femoral esquerda (Operada)
ita e femoral esquerda de animal
Como mostrado na figura 14, tanto a artéria controle quanto a artéria operada (neste grupo
ngio não há
100 µ
AUMENTO: 100X
Figura 14: Cortes histológicos de artérias femoral dire
Sham.
não foi feito introdução do fio guia de a plastia na luz da artéria operada)
qualquer comprometimento do lúmen por HI.
103
Tabela 12: Médias das áreas do vaso, da muscular do lúmen e da hiperplasia intimal,
comprim dio da LEE e LEI e o percentual de HI no grupo Sham.
Controle Lesão p
ento mé
Área
32.578 ± 4. 13.865
do Vaso (µ
2
)
667 38.909 ± 0,6
Área da Muscular Média (µ
2
)
8.124 ± 865 7.856 ± 723 0,71
Área do Lúmen (µ
2
)
24.454 ± 4.115 31.053 ± 613.297
0,6
Área da Hiperplasia Intimal (µ
2
) 0 0 1
Comprimento da LEE (µ)
1.213 ± 123 1.092 ± 116
0,4
Comprimento da LEI (µ)
1.064 ± 10 ± 96
3
1 934
0,0
% de Hiperplasia Intimal 0 0 1
Como m diferenças quando
comparadas as artérias controles com as lesadas.
ostrado na tabela 12, observa-se que as medidas não apresentam
104
* representam diferenças significativas
Gráfico 23: Áreas médias do vaso, da camada muscular (Média), do lúmen e da íntima das
artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo Sham.
Como mostrado no gráfico 23, não há diferença entre as áreas do vaso, do lúmen, de HI e
da média das artérias controles e lesadas.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
V
aso Sham
V
aso Sham
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
Lúmen Sham Lúmen Sham
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
1000
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Média Sham Média Sham
10
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
8
6
Intima Sham C Intima Sham L
105
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
HI Sham C HI Sham L
0
200
400
600
800
1000
1200
Comprimento LEI
Sham C
Comprimento LEI
Sham L
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Comprimentp LEE
Sham C
Comprimento LEE
Sham L
µ
µ
2
2
µ
µ
2
2
%
* representam diferenças significativas
Gráfico 24: Percentual de hiperplasia intimal (HI) e comprimento médio das lâminas
am.
mo difere ça ent m
comprimentos da LEE e LEI das artérias controles e lesadas.
elásticas externa (LEE) e interna (LEI) das artérias controles (C) e lesadas (L) do grupo
Sh
Co mostrado no gráfico 24, não há n re as edididas do % de HI,
106
0
20
40
60
80
100
%
%
A 779 Mas
-
/
-
AVE Ang-(1-7) MBI- HPβCD- Losartan Losartan PLGA HβCD Cirurgia Sham
Ang-(1-7) Ang-(1-7) + A 779
Gráfico 25: Percentual de HI das Artérias Lesadas.
2 ± 13,5%
omo mostrado no gráfico 25, nos grupos que tiveram o eixo Ang-(1-7)-Mas foi bloqueado (A779, Mas
-/-
e
s
HI
, entre 60 e 75%.
1) A779: 89,7 ± 10 % 7) Losartan: 62,
2) Mas
-/-
: 97,6 ± 1.8 % 8) Losartan + A779: 99,17 ± 0,8 %
3) AVE 0991: 34,5 ± 10,8 % 9) PLGA: 66,4 ± 12.8%
4) Ang-(1-7): 21 ± 5% 10) HPβCD: 71 ± 15%
5) MBI-Ang-(1-7): 32,2 ± 2,5% 11) Cirurgia: 75 ± 11%
6) HPβCD-Ang(1-7): 35,9 ± 4% 12) Sham: 0%
C
Losartan+ A779) observamos o % de HI acima de 90%; nos grupos no qual foi administrado agonistas deste
eixo [AVE, Ang-(1-7, MBI-Ang-(1-7) e HPβCD-Ang-(1-7)], observamos o % de HI abaixo de 36% e no
grupos controles (PLGA, HβCD e Cirurgia)
, assim como no que recebeu Losartan isoladamente, o % de
i intermediário
fo
107
Gráfico e HI das s em
1) A779 10 .078 µ
2
7) Lo .565 µ
2
2) Mas
-/-
: 9.370 ± 3.952 µ
2
8) Losartan + A779 : 16.324 ± 4.792 µ
2
3) AVE 0991: 24.508 ± 2.626 µ
2
9) PLGA: 22.807 ± 6.583 µ
2
4) A
5) MBI-Ang-(1-7): 19.598 ±
2
11) Cirurgia: 15.025 ± 1.972
2
6) HP
Com
de HI
comparadas ao grupo Sham.
2
µ
0
50
4
26: Área d Artérias Lesada µ
2
.
.669 ±2
sartan: 28.385 ± 14
ng-(1-7): 8.833 ± 2.766 µ
2
10) HPβCD: 12.561 ± 3.653 µ
2
2.827 µ µ
βCD-Ang(1-7): 19.519 ± 2.566 µ
2
12) Sham: 0 µ
2
o mostrado no gráfico 26, t
odas as artérias lesadas apresentaram aumento da área
00
10000
15000
20000
25000
30000
35000
5000
40000
A 779 Mas
-
/
-
- HPβ βCD ia Sham
-7) An
AVE A -(1-7) MBI
Ang-(1
ng CD- Losarta sartan PLGA H
g-(1-7) + A 779
n Lo Cirurg
108
Tab
Les
2
Grupo Artéria Controle Artéria Lesada p
A779
0
10.669 ±2.078
0,0037
ela 13: Comparação das Médias das Áreas de HI das Artérias Controles e das Artérias
adas em µ .
Mas
-/-
0 9.370 ± 3.952 0,04
AVE 0991
0
24.508 ± 2.626;
<0,0001
Ang-(1-7)
0
8.833 ± 2.766;
0,04
MBI-Ang-(1-7):
0
19.598 ± 2.827
0,004
HPβCD-Ang(1-7):
0
19.519 ± 2.566
0,004
Losartan
0
28.385 ± 14.565
0,001
Losartan + A779
0
16.324 ± 4.792
0,03
PLGA
0
22.807 ± 6.583;
0,002
HPβCD
0
12.561 ± 3.653
0,01
Cirurgia
0
15.025 ± 1.972
0,006
Sham
0
0
1,0
Como mostrado na tabela 13, com exceção do grupo Sham, todas as a.rtérias lesadas
apresentaram HI comparadas com as artérias controles.
109
Comparação entre as áreas de HI das Artérias Lesadas (ANOVA)
AVE vs Ang-(1-7) p=0,03
Ang-(1-7) vs HPβCD-Ang-(1-7) p=0,01
110
Gráfico 27: Médias das Áreas dos Vasos das Artérias Controles em µ .
2 2
-/- 2 2
2 2
Ang-(1-7): 26.735 ± 16.597 µ
2
10) HPβCD: 26.680 ± 14.239 µ
2
5) MBI-Ang-(1-7): 29.401 ± 2.124 µ
2
11) Cirurgia: 29.192 ± 8.972 µ
2
b
2
1) A779: 32.029 ± 11.634 µ 7) Losartan: 30.613 ± 10.543 µ
2) Mas : 29.919 ± 5399 µ 8) A779 + Losartan: 34.342 ± 2.158 µ
3) AVE 0991: 46.862 ± 10.846 µ 9) PLGA: 33.960 ± 19.016 µ
4)
6) HPβCD-Ang(1-7): 43.345 ± 18.781 µ
2
12) Sham: 32.578 ± 9335 µ
2
Como mostrado no gráfico 27, não o servamos diferenças significativas entre as áreas das
artérias controles.
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
A 779 Mas
-
/
-
AVE Ang-(1-7) MBI- HPβCD- Losartan Losartan PLGA HβCD Cirurgia Sham
Ang-(1-7) Ang-(1-7) + A 779
µ
2
111
Gráf édias das das A em µ
2
.
1) .363 ± 7.5
2
artan: 50.36 73 µ
2
2) Mas
-/-
: 13.951 ± 4.765 µ
2
8) A779 + Losartan: 21.322 ± 5.242µ
2
3)
2
) Ang-(1-7): 52.541 ± 16.360 µ
2
10)
HPβCD: 27.173 ± 16.058 µ
2
MBI-Ang-(1-7): 70.253 ± 9.924 µ
2
11) Cirurgia: 26.916 ± 13.288 µ
2
,
enores do que as áreas dos grupos
ráf édias das das A em µ
2
.
1) .363 ± 7.5
2
artan: 50.36 73 µ
2
2) Mas
-/-
: 13.951 ± 4.765 µ
2
8) A779 + Losartan: 21.322 ± 5.242µ
2
3)
2
) Ang-(1-7): 52.541 ± 16.360 µ
2
10)
HPβCD: 27.173 ± 16.058 µ
2
MBI-Ang-(1-7): 70.253 ± 9.924 µ
2
11) Cirurgia: 26.916 ± 13.288 µ
2
,
enores do que as áreas dos grupos
ico 28: Mico 28: M áreas dos Vasos áreas dos Vasos rtérias Lesadas rtérias Lesadas
A779: 19A779: 19 10 µ 10 µ 7) Los7) Los 6 ± 24.86 ± 24.8
AVE 0991: 87.966 ± 10.936 µAVE 0991: 87.966 ± 10.936 µ
2
2
9) PLGA: 43.600 ± 21.844 µ9) PLGA: 43.600 ± 21.844 µ
44
5)5)
6) HPβCD-Ang(1-7): 69.793 ±19.127 µ
2
12) Sham: 38.909 ±13.865 µ
2
Como mostrado no gráfico 28, as áreas dos vasos das artérias lesadas e tratadas com
agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas [AVE, Ang-(1-7), MBI-Ang-(1-7) e HPβCD-Ang-(1-7)] e
Losartan são maiores do que as áreas dos vasos dos grupos controles (PLGA, HβCD
Cirurgia e Sham). Já as áreas dos vasos das artérias lesadas e tratadas com antagonistas
deste eixo (A779 e Mas
-/-
e Losartan + A779), são m
controles.
6) HPβCD-Ang(1-7): 69.793 ±19.127 µ
2
12) Sham: 38.909 ±13.865 µ
2
Como mostrado no gráfico 28, as áreas dos vasos das artérias lesadas e tratadas com
agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas [AVE, Ang-(1-7), MBI-Ang-(1-7) e HPβCD-Ang-(1-7)] e
Losartan são maiores do que as áreas dos vasos dos grupos controles (PLGA, HβCD
Cirurgia e Sham). Já as áreas dos vasos das artérias lesadas e tratadas com antagonistas
deste eixo (A779 e Mas
-/-
e Losartan + A779), são m
controles.
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
90000
100000
A 779 Mas
-
/
-
BI- HPβC sartan PLGA ia Sham
g-(1-7) Ang-(1-7) + A 779
µP
AVE Ang-(1-7) M
An
D- Losartan Lo HβCD Cirurg
2
112
Tabela 14: Comparação entre as Médias das Áreas dos Vasos das Artérias Controles e
Lesadas em µ
2
nos diversos grupos.
ria Controle Artéria Lesada p
9 ± 1.634
19.363 ± 7.510
0,05
Grupo Arté
A779 32.02
Mas
-/-
29.919 ± 5399
13.951 ± 4.765
0,02
AVE 0991
46.862 ± 10.846
87.966 ± 10.936
0,017
Ang-(1-7) 26.735 ± 16.597 52.541 ± 16.360 0,05
MBI-Ang-(1-7)
29.401 ± 2.124
70.253 ± 9.924
0,002
HPβCD-Ang(1-7) 43.345 ± 18.781 69.793 ±19.127
0,01
Losartan
30.613 ± 10.543
50.366 ± 24.873
0,045
Losartan + A779
34.342 ± 2.158
21.322 ± 5.242
0,04
PLGA
33.960 ± 19.016
43.600 ± 21.844
0,5
HPβCD
26.680 ± 14.239
27.173 ± 16.058
0,9
Cirurgia
29.192 ± 8.972
26.916 ± 13.288
0,6
Sham
32.578 ± 9335
38.909 ±13.865
0,5
Como mostraado na tabela 14, houve aumento significativo nas áreas dos vasos das
artérias lesadas que receberam agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas [AVE, Ang-(1-7),
MBI-Ang-(1-7) e HPβCD-Ang-(1-7)] e do grupo que recebeu Losartan e redução
significativa nas áreas dos vasos das artérias lesadas dos grupos que receberam
antagonistas deste eixo (A779, Mas
-/-
e Losartan + A779) , quando comparados com as
áreas dos vasos das artérias controles (contra-laterais) dos respectivos grupos.
113
Comparação entre as Médias das Áreas dos Vasos das Artérias
Controles - ANOVA:
AVE vs MBI-Ang-(1-7), p=0,01
Comparação entre as Médias das Áreas dos Vasos das Artérias
Lesadas - ANOVA:
HPβCD-Ang-(1-7) vs Mas
-/-
, p=0,02
114
Gráfico 29: Média das Áreas dos Lumens das Artérias Controles em µ
2
.
2
.909 µ
2
2 2
4) Ang-(1-7): 11.090 ± 2.420 µ
2
10) HPβCD: 18.472 ± 6.295 µ2
5) MBI-Ang-(1-7): 20.289 ± 2.224 µ
2
11) Cirurgia: 18.284 ± 3.308 µ
2
1) A779: 25.752 ± 8.562 µ
2
7) Losartan: 22.434 ± 4.627 µ
2) Mas
-/-
: 21.109 ± 4.948 µ
2
8) Losartan+A779: 25.957 ± 1
3) AVE 0991: 31.738 ± 5.170 µ 9) PLGA: 21.467 ± 4.861 µ
6) HPβCD-Ang-(1-7): 32.212 ± 8.386 µ
2
12) Sham: 24.454 ± 4.115 µ
2
Como mostrado no gráfico 29, não houve nenhum fenômeno homogêneo entre as artérias
controles nos diversos grupos que possa ser conclusivo na comparação deste parâmetro.
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
A 779 Mas
-
/
-
AVE Ang-(1-7) MBI- HPβCD- Losartan Losartan PLGA HβCD Cirurgia Sham
µ
2
Ang-(1-7) Ang-(1-7) + A 779
115
µ
2
60000
Gráfico 30: Médias das Áreas dos Lumens das Artérias Lesadas em µ
2
.
1) 73 ± 5.079
2
artan: 7.727 ± 2 µ
2
2) Mas
-/-
: 174 ±101 µ
2
8) Losartan + A779: 73 ± 73 µ
2
3) AVE 0991: 47.121 ± 3.959 µ 9) PLGA: 12.908 ± 7.463 µ
2
4) Ang-(1-7): 33.683 ± 6.551 µ
2
10) HPβCD: 8.552 ± 6.516 µ
2
rtérias lesadas e tratadas com agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas
[AVE, Ang-(1-7), MBI-Ang-(1-7) e HPβCD-Ang-(1-7)] apresentarm aumento significativo nas
áreas dos lúmens comparadas aos grupos controles (PLGA, HβCD, Cirurgia) e aos grupos tratados
com antagonista deste eixo (A779, Mas
-/-
e Losartan+A779). Houve manutenção destas áreas
quando comparadas ao grupo Sham.
A779: 2.0 µ 7) Los 7.56
2
5) MBI-Ang-(1-7): 34.077 ± 6.904 µ
2
11) Cirurgia: 4.407 ± 4.111 µ
2
6) HPβCD-Ang(1-7): 36.015 ±6.779 µ
2
12) Sham: 31.053 ± 13.297 µ
2
Como mostrado no gráfico 30, as a
0
10000
20000
30000
40000
50000
A 779 Mas
-
/
-
AVE Ang-(1-7) MBI- HPβCD- Losarta sartan PLGA HβCD C ia Sham
-(1-7) Ang-(1
n Lo irurg
Ang -7) + A 779
116
Houve redução das áreas dos lumens das artérias lesadas e tratadas com antagonistas do eixo Ang-
Tabela 15: Comparação entre as Médias das Áreas dos Lumens das Artérias Controles e
Grupo Artéria Controle Artéria Lesada p
.562
2.073 ± 5.079
0,001
(1-7)-Mas quando comparadas com as áreas dos lumens dos grupos controles.
das Artérias Lesadas em µ
2
.
A779
25.752 ± 8
Mas
-/-
174 ±101
0,002
21.109 ± 4.948
AVE 0991 31.738 ± 5.170 47.121 ± 3.959 0,001
Ang-(1-7) 11.090 ± 2.420 33.683 ± 6.551
0,004
MBI-Ang-(1-7) 20.289 ± 2.224
34.077 ± 6.904
0,04
HPβCD-Ang(1-7) 32.212 ± 8.386
36.015 ±6.779
0,05
Losartan 22.4
34 ± 4.627
7.727 ± 7.562
0,01
Losartan + A779
25.957 ± 1.909
73 ± 73
0,0008
PLGA
21.467 ± 4.861
12.908 ± 7.463
0,046
HPβCD
18.472 ± 6.295
8.552 ± 6.516
0,01
Cirurgia
18.284 ± 3.308
4.407 ± 4.111
0,05
Sham
24.454 ± 4.115
31.053 ± 13.297
0,6
Como mostrado na tabela 15, as áreas dos lumens das artérias lesadas nos grupos tratados com
agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas [AVE, Ang-(1-7), MBI-Ang-(1-7) e HPβCD-Ang-(1-7)] são
maiores, enquanto que as áreas dos lumens das artérias lesadas e tratadas com antagonista do eixo
Ang-(1-7)-Mas (A779, Mas
-/-
e Losartan+A779) e tratadas com controle (PLGA, HPβCD, cirugia e
sham) são menores que as áreas dos lumens das artérias controles. Com a administração do
117
Losartan, também houve redução das áreas dos lumens nas artérias lesadas comparadas com as
áreas dos lumens das artérias controles.
118
ng-(1-7) vs Losartan p=0,05
omparação entre as Médias das Áreas dos Lúmens das Artérias
Lesadas – ANOVA:
AVE vs Losartan p=0,0013
Comparação entre as Médias das Áreas dos Lumens das Artérias
Controles – ANOVA:
A
C
119
Gráfico 31: Médias das Áreas das Camadas Musculares das Artérias Controles em µ
2
.
1) A779: 6.276 ± 1.305 µ
2
7) Losartan: 8.179 ± 868 µ
2
2) Mas
-/-
: 8.809 ± 621 µ
2
8) Losartan + A779: 8.384 ± 262 µ
2
3) Ave 0991: 15.124 ± 1.232 µ
2
9) PLGA: 12.493 ± 4.115 µ
2
4) Ang-(1-7): 15.645 ± 6.527 µ
2
10) HPβCD: 8.207 ± 530 µ
2
5) MBI-Ang-(1-7): 9.111 ± 837 µ
2
11) Cirurgia: 10.907 ± 1.908 µ
2
6) HPβCD_Ang-(1-7): 11.133 ± 1.015 µ
2
12) Sham: 8.124 ± 865 µ
2
0
2500
5000
7500
10000
12500
15000
17500
20000
22500
25000
µ
2
A 779 Mas
-
/
-
AVE Ang-(1-7) MBI- HPβCD- Losartan Losartan PLGA HβCD Cirurgia Sham
Ang-(1-7) Ang-(1-7) + A 779
120
2
12) Sham: 7.856
2
-Mas
os
2
µ
35000
Gráfico 32: Médias das Áreas das Camadas Musculares das Artérias Lesadas em µ
2
.
1) A779: 6.619± 1.147 µ
2
7) Losartan: 20.727 ±10.333 µ
2
2) Mas
-/-
: 4.406 ± 810 µ
2
8) Losartan + A779: 4.998 ± 509 µ
2
3) Ave 0991: 16.336 ± 1.781µ
2
9) PLGA: 7.884 ± 2.201 µ
2
4) Ang-(1-7): 10.025 ± 1.908 µ
2
10) HPβCD: 7.849 ± 1.235 µ
2
5) MBI-Ang-(1-7): 16.576 ± 3.313 µ
2
11) Cirurgia: 7.482 ± 1.060 µ
2
6) HPβCD_Ang-(1-7): 14.258 ± 1.905 µ ± 723 µ
Como mostrado no gráfico32, nos grupos tratados com agonistas do eixo Ang-(1-7)
(AVE, Ang-(1-7), MBI-Ang-(1-7) e MBI-Ang-(1-7) e Losartan isoladamente, observam
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
A 779 Mas
-
/
-
AVE Ang-(1-7) MBI- HPβCD- Losartan Losartan PLGA HβCD Cirurgia Sham
Ang-(1-7) Ang-(1-7) + A 779
121
uma maior área da média nas artérias lesadas quando comparadas com os grupos controles
e com os grupos tratados com antagonistas deste eixo (A779, Mas
-/-
e Losartan+A779).
Tabela 16: Comparação entre as Médias das Áreas das Camadas Musculares das Artérias
Controles e das Artérias Lesadas em µ
2
.
Grupo Artéria Controle Artéria Lesada p
A779 6.276 ± 1.305 6.619 ± 1.147 1,0
Mas
-/-
8.809 ± 621 4.406 ± 810 0,05
AVE 0991 15.124 ± 1.232 16.336 ± 1.781 0,6
Ang-(1-7) 15.645 ± 6.527 10.025 ± 1.908 0,3
MBI-Ang-(1-7) 9.111 ± 837 16.576 ± 3.313 0,06
HPβCD-Ang(1-7) 11.133 ± 1.015 14.258 ± 1.905 0,1
Losartan 8.179 ± 868 20.727 ± 10.333 0,005
Losartan + A779 8.384 ± 262 4.998 ±
509 0,009
PLGA
12.493 ± 4.115
7.884 ± 2.201
0,46
HPβCD
8.207 ± 530
7.849 ± 1.235
0,7
Cirurgia
10.907 ± 653
7.482 ± 1.060
0,5
Sham
8.124 ± 865
7.856 ± 723
0,7
Como mostrado na tabela 16, não observamos nenhum fenômeno homogêneo entre as
artérias lesadas e seus controles nos diversos grupos, que possa ser conclusivo na
comparação destes parâmetros.
122
Comparação entre as Médias das Áreas das Camadas Muscular
das Artérias Controles – ANOVA:
AVE vs Losartan, p=0,01
AVE vs MBI- Ang(1-7), p=0,003
Losartan vs HPβCD-Ang(1-7), p=0,03
es
das Artérias Lesadas – ANOVA:
AVE vs Ang-(1-7) p=0,01
Comparação entre as Médias das Áreas das Camadas Musculares
123
1) A779: 2,1 ± 1,7 7) Losartan: 1,5 ± 0,4
2) Mas
Gráfico 33: Relação da HI / Média das Artérias Lesadas.
9) PLGA: 4,6 ± 5,4
5) MBI-Ang-(1-7): 1,2 ± 0,3 11) Cirurgia: 2,0 ±0,1
6) HPβCD-Ang-(1-7): 1,3 ± 0,05 12) Sham: 0
comparação destes parâmetros.
-/-
: 1,9 ± 0,9 8) Losartan + A779: 3,1 ± 1,4
3) AVE: 1,7 ± 1,1
4) Ang-(1-7): 1,0 ± 0,3 10) HPβCD: 1,8 ± 1,2
Como mostrado no gráfico 33, não observamos nenhum fenômeno homogêneo entre as
artérias lesadas e seus controles nos diversos grupos, que possa ser conclusivo na
0
2
4
6
8
10
12
A 779 Mas
-
/
-
Ang-(1-7) Ang-(1-7) + A 779
AVE Ang-(1-7) MBI- HPβCD- Losartan Losartan PLGA HβCD Cirurgia Sham
124
Comparação entre a Relação da HI / Média das Artérias Lesadas –
ANOVA:
AVE vs HPβCD-Ang-(1-7): p=0,03
Ang-(1-7) vs HPβCD
-Ang-(1-7): p=0,05
125
Discussão
126
VI. Discussão
89
O trauma induzido pela introdução e passagem sucessiva, por três vezes, do fio guia de
angioplastia 0,010” na luz da artéria femoral esquerda proporcionou uma formação
abundante de HI. As áreas e o percentual de HI foram significativamente maiores em todas
as artérias lesadas (femoral esquerda) quando comparadas às artérias controles contra-
laterais (femoral direita) em todos os grupos, exceto no grupo Sham, onde a artéria femoral
esquerda foi dissecada, isolada mas não foi feito o desnudamento endotelial (gráfico 25,
página 101 e tabela 13, página 103). Reproduzimos os resultados apresentados
anteriormente em estudo que validou este método .
Os achados do nosso estudo demonstram que o eixo Ang-(1-7)-Mas é relevante na
manutenção do lúmen da artéria femoral após a lesão arterial induzida pelo desnudamento
endotelial.
Nos grupos onde o eixo Ang-(1-7)-Mas foi bloqueado após o desnudamento arterial, A779
e Mas , as áreas de HI das artérias femorais lesadas foram 10.669 ± 2.078 µ e 9.370 ±
3.952 µ respectivamente (tabela 1, página 54 e tabela 2, página 58). No grupo tratado com
o agonista do receptor Mas, Ang-(1-7) isoladamente, a área de HI da artéria femoral lesada
foi de 8.833 ± 2.766 µ , (tabela 4, página 66) sem diferença entre este grupo e os dois
descritos acima quando o eixo Ang-(1-7)-Mas foi bloqueado. Já as áreas de HI das artérias
femorais lesadas nos demais grupos também tratados com agonistas do eixo
Ang-(1-7)-Mas, como o AVE 0991, a Ang-(1-7) veiculada por MBI e a Ang-(1-7)
associada ao polímero HPβCD [HPβCD-Ang(1-7)], foram respectivamente:
-/- 2
2
2
127
24.508 ± 2.626 µ
2
no AVE, 19.598 ± 2.827 µ
2
no MBI-Ang-(1-7) e 19.519 ± 2.566 µ
2
no
7
peito
do eixo
21 ±
s
e
HPβCD-Ang(1-7), ou seja significativamente maiores que as áreas de HI nos grupos onde o
eixo Ang-(1-7)-Mas foi bloqueado (tratados com A779 e Mas
-/-
), (gráfico 26, página 102).
Nos grupos controles, as áreas de HI nas artérias lesadas foram as seguintes: PLGA 22.80
± 6.583 µ
2
; HPβCD: 12.561 ± 3.653 µ
2
; Cirurgia 15.025 ± 1.972 µ
2
e Sham: 0 µ
2
.
Além deste achado, encontramos uma grande diferença entre os grupos, no que diz res
à área luminal das artérias lesadas, que fisiologicamente é o que importa, pois a
manutenção do fluxo sanguíneo tecidual para suprir a demanda metabólica se dá pelo
lúmen. A área luminal nas artérias lesadas dos grupos tratados com os antagonistas
Ang-(1-7)-Mas
-/-
, foi de 2.073 ± 5.079 µ
2
no grupo tratado com A779 e de 174 ±101 µ
2
no
Mas
-/-
, o que foi significativamente menor quando comparado às áreas dos lúmens das
artérias lesadas dos grupos tratados com agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas: AVE: 47.1
3.959 µ
2
, Ang-(1-7): 33.683 ± 6.551 µ
2
, MBI-Ang-(1-7): 34.077 ± 6.904 µ
2
e HPβCD-
Ang(1-7): 36.015 ±6.779 µ
2
. (Gráfico 30, página 110).
Como explicar este paradoxo existente entre uma área de HI significativamente maior nas
artérias lesadas dos grupos tratados com agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas e uma área
significativamente menor de HI nas artérias lesadas nos grupos tratados com antagonista
deste eixo, sendo que as áreas luminais das artérias lesadas deste último grupo d
antagonista do eixo Ang-(1-7)-Mas são significativamente menores?
128
Se analisarmos os dados obtidos nas áreas dos vasos tratados com agonistas do eixo Ang-
(1-7)-Mas e compará-los aos dados encontrados nos vasos controles contra-laterais
(femoral direita), encontraremos um dado interessante que pode explicar este achado.
Veremos que houve um aumento do tamanho da área dos vasos lesados comparado aos
vasos contra-laterais (vasos controles dos mesmos grupos) nos grupos tratados com
agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas, quando comparados com os grupos tratados com os
e
e
4.520 µ
2
, p=0,02.
na
antagonistas deste eixo e seus controles contra-laterais. Assim, temos as seguintes
diferenças das áreas dos vasos controles para os vasos lesados:
AVE: de 46.862 ± 10.846 µ
2
para 87.966 ± 10.936 µ
2
, aumento de 41.104 µ
2
, p=0,017;
Ang-(1-7): de 26.735 ± 16.597 µ
2
para 52.541 ± 16.360 µ
2
, aumento de 25.806 µ
2
, p=0,05;
MBI-Ang-(1-7): de 29.401 ± 2.124 µ
2
para 70.253 ± 9.924 µ
2
, aumento de 40.852 µ
2
,
p=0,002; HPßCD-Ang-(1-7): de 43.345 ± 18.781 µ
2
para 69.793 ±19.127 µ
2
, aumento d
26.448 µ
2
, p=0,01 (tabela 14, página 107).
Portanto houve um aumento significativo nas áreas dos vasos lesados comparado aos vasos
controles nestes grupos tratados com agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas.
Por outro lado, são as seguintes as alterações nos grupos no qual o eixo Ang-(1-7)-Mas é
bloqueado:
A779: de 32.029 ± 11.634 µ
2
para 19.363 ± 7.510 µ
2
, redução de 22.666 µ
2
, p=0,05
Mas
-/-
: de 29.919 ± 5399 µ
2
para 13.951 ± 4.765 µ
2
, redução de 2
Desta forma, houve uma redução na área do vaso lesado comparado ao vaso controle
(contra-lateral) nestes grupos onde o eixo Ang-(1-7)-Mas foi bloqueado (tabela 14, pági
107). Este fenômeno, alteração do tamanho do vaso, conhecido como remodelamento
vascular, foi descrito por Glagov em 1987
93
e expressa a alteração que a vasculatura pode
apresentar como resposta à agressão. Inicialmente este mecanismo foi identificado na
129
aterosclerose e representa uma resposta hemodinâmica ao processo bioquímico sofrido pela
artéria, no qual ela aumenta de tamanho - remodelamento positivo - para acomodar a placa
aterosclerótica que se instala, sem comprometer a área luminal, até que cerca de 40% d
área do vaso seja acometido pela placa aterosclerótica. A partir daí, por mecanismo não
muito bem esclarecido, há uma perda desta capacidade adaptativa de aumento de tamanho
do vaso ao crescente aumento da placa aterosclerótica e
a
o vaso passa então a sofrer uma
dução de sua área – remodelamento negativo – comprometendo a partir de então, a área
tem-se
ém é
l de HI das artérias lesadas nos grupos tratados com
ratados com agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas, como: 34,5 ±
10,8 % no AVE, 21 ± 5% na Ang-(1-7) isoladadmente, 32,2 ± 2,5% na MBI-Ang-(1-7) e
35,9 ± 4% no HPβCD-Ang(1-7) (Gráfico 25, página 101).
re
do lúmen
93
.
Embora a descrição deste fenômeno tenha ocorrido no processo de aterosclerose,
observado que o mesmo fenômeno de remodelamento vascular pode também ocorrer em
várias condições fisiopatológicas no qual o vaso é submetido a outros tipos de stresse. Por
exemplo, nas arteriopatias relacionadas aos transplantes, as artérias coronárias apresentam
um aumento compensatório no comprimento do raio do vaso que preserva o diâmetro da
luz do vaso a despeito de um significativo aumento da espessura da parede do vaso
94
.
Além disto, modelos experimentais de aterosclerose primária e angioplastia, em
camundongos, também mostraram aumento do raio do vaso mantendo desta forma o raio do
lúmen
95
. Portanto, o fenômeno descrito por Glagov de remodelamento vascular tamb
observado na lesão vascular e na re-estenose.
Se observarmos o percentua
antagonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas, ela foi de 89,7 ± 10 % no A779 e
97,6 ± 1.8 % no Mas
-/-
, o que é significativamente maior quando comparadas com o
percentual de HI dos grupos t
130
Embora no grupo tratado com Ang-(1-7)
quantitativamente, a área de HI tenha sido sem lhante aos grupos onde o eixo Ang-(1-7)-
Mas foi bloqueado, o percentual de HI do grupo tratado com a Ang-(1-7) foi
significativamente menor: 21 ± 5%, quando comparado com o A779, que foi de 89,7 ± 10
% no e com o Mas
-/-
, que foi de 97,6 ± 1.8 %. Mais uma vez, o percentual de HI representa
a área do vaso ocupado pela HI, portanto, definindo de uma forma mais precisa a relação
entre estes dois parâmetros: área de HI e vaso, que em última instância vai expressar uma
área luminal maior para atender o fluxo sanguíneo e, por conseguinte, a uma demanda
metabólica tecidual.
O nosso estudo foi desenhado para avaliar a resposta vascular às diversas formulações que
atuam como agonistas ou antagonistas no eixo Ang-(1-7)-Mas e receptor AT
1
após o
estresse induzido pelo desnudamento ndo-se o fenômeno encontrado em
nosso estudo com o descrito por Glagov, observamos que o remodelamento positivo foi
encontrado nos grupos onde o percentual de HI foi de 34,5 ± 10,8 % no AVE, 21 ± 5% na
Ang-(1-7) isoladadmente, 32,2 ± 2,5% na MBI-Ang-(1-7), 35,9 ± 4% na HPβCD-Ang(1-
7), o que é similar aos resultados demonstrados por Glagov na aterosclerose, onde o
remodelamento positivo ocorre até que cerca de 40% da área do vaso seja ocupado pela
placa aterosclerótica, a partir de então começa haver o remodelamento negativo.
Interessantemente no nosso estudo, no bloqueio do AT
1
com o Losartan, o percentual de HI
foi de 62,2 ± 13,5%, o que vai além do que foi achado por Glagov. Mas quando associamos
o antagonista do receptor Mas, A779, ao bloqueio do receptor AT
1
com o Losartan, estes
vasos passaram apresentar um remodelamento negativo com percentual de HI muito alto,
99,17 ± 0,8 %, sugerindo que de alguma forma haja uma interação entre o eixo Ang-(1-7)-
Mas e receptor AT
1
na resposta a este fenômeno. Estudos posteriores serão necessários para
e
arterial. Compara
131
esclarecer mais detalhadamente a interação entre estes dois receptores na resposta a este
tipo de estresse.
É interessante também observar que nos grupos controles, os percentuais de HI foram:
PLGA 66,4 ± 12.8%, HPβCD: 71 ± 15% e Cirurgia: 75 ± 11% e não apresentaram
remodelamento positivo ou negativo, quando comparado com as artérias contra-laterais do
mesmo grupo (tabela 14, página 107), diferentemente do que foi achado por Glagov. Talvez
a artéria do camundongo apresente uma susceptibilidade diferente da artéria humana a este
tipo de estresse no que se refere ao remodelamento vascular, tolerando uma maior ocupação
da área do vaso pela HI sem sofrer redução no seu tamanho, principalmente quando não é
administrado drogas que atuem no SRA, pois quando o bloqueio do eixo Ang-(1-7)-Mas foi
feito, encontramos uma redução do vaso de 40% de sua área no grupo tratado com A779 e
de 54% no grupo Mas
-/-
, com percentuais de HI de 89,7 ± 10 % e 97,6 ± 1.8 %
respectivamente.
Os resultados obtidos por Freeman e colaboradores
86
em 1996 já sugeriam que a Ang-(1-7)
apresentava efeitos opostos à Ang II na regulação do crescimento de células musculares
lisas em cultura isolada de aorta de ratos. A Ang-(1-7) atenuou a incorporação de timidina
[ H] em contraste com a Ang II que estimulou a sua incorporação. A Ang II também
aumentou o número total de células, sugerindo que o aumento da incorporação da timidina
[
3
H] estava associado com a proliferação de células musculares lisas. O antagonista AT
1
da
Ang II, losartan, reduziu a incorporação de timidina pela Ang II, o que não ocorreu quando
o antagonista AT
2
da Ang II foi administrado. Portanto, estes resultados sugeriam que a
Ang-(1-7) e a Ang II apresentavam efeitos opostos na regulação do crescimento de células
musculares lisas e suspeitou-se então, que a inibição da proliferação destas células pela
Ang-(1-7) parecia estar mediada por um novo receptor de angiotensina que não era inibido
3
132
pelos antagonistas dos receptores AT
1
e/ou AT
2
da Ang II. Sabe-se que a hiperplasia
timal ocorre devido à proliferação e migração de célus musculares lisas. Strawn e
colaboradores
84
também demonstraram em 1999 que a Ang-(1-7) reduzia o crecimento de
usculares lisas após a lesão de carótida de ratos por balão, devido à redução da
ntese de DNA tanto da íntima quanto da média destes vasos lesados. No nosso trabalho,
mbora a área de hiperplasia intimal, em valores absolutos, dos grupos no quais os
gonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas foram administrados tenha sido maior que dos grupos
onde este eixo foi bloqueado (gráfico 26, página 102), o percentual de hiperplasia intimal
enor com a administração dos agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas (gráfico 25, página
01), pois houve um remodelamento vascular positivo nas artérias em que foram feitos o
esnudamento arterial, demonstrando, portanto, um efeito benéfico dos agonistas do eixo
Ang-(1-7)-Mas na preservação funcional da luz arterial (gráfico 30, página 110); por sua
vez, nos trabalhos de Freeman e Strawn , não foram abordados o remodelamento
vascular das artérias, se positivo ou negativo ou mesmo se não houve.
Bas Langeveld e colaboradores
87
observaram uma redução da hiperplasia intimal em ratos
que tiveram stents implantados em aorta abdominal com a Ang-(1-7). Assim como no
nosso trabalho, foi observada uma diferença significativa do percentual de estenose
(% HI), do grupo controle comparado ao grupo que recebeu Ang-(1-7), de 14 ± 1,3 para
10,4 ± 1 (p=0,05). Porém, no trabalho de Bas Langeveld, o peptídeo foi administrado por
micro bomba osmótica na dose de 24 µg/Kg/h por 28 dias, portanto uma dose bem superior
a que nos administramos que foi de 100 µg/Kg/dia. Embora tenhamos obtido, no nosso
trabalho como no trabalho de Bas Langeveld e colaboradores
87
, esta redução de % de HI
com agonistas da Ang-(1-7) comparado ao grupo controle, e também no nosso trabalho,
comparado aos grupos onde o eixo Ang-(1-7)-Mas foi bloqueado: A779 e Mas
-/-
, é difícil
in
células m
e
a
foi m
1
d
86 84
133
uma comparação entre os dois estudos, pois o implante de stent impede uma análise do
remodelamento vascu
Sampaio e colaboradores
76
demonstraram que nas células endoteliais humanas a Ang-(1-7)
contra-regula a sinalização celular da Ang II/AngII receptor tipo 1 ativado pela c-Src e seus
alvos na P-2-c-Src
está aum
mecanismo
Sampaio e c s
endoteli
mediado a a
Ang-(1-7) r 95 e 3) a via fosfato de
inositol 3 K
Ang-(1-7) e na liberação de óxido nítrico, sugerindo que a Ang-(1-7) regula a função
endoteli
nítrico atrav
Ang-(1-7)-M
preservação
do eixo Ang
Um outro a
administraç
semelhante ivo,
traduzindo ptídeo
administrad HPβCD ou liberado
através da MBI ou através do agonista não peptídico AVE, os resultados foram
lar.
cascata, a ERK1/2 e NAD(P)H oxidase e que também a interação SH
entada pela Ang-(1-7), mostrando que este fenômeno pode representar o
protetor pela Ang-(1-7) que contra-regula os efeitos deletérios da Ang II.
olaboradores demonstraram também em outro estudo
83
que 1) as célula
ais humanas possuem um receptor acoplado à proteína G, Mas, através do qual é
tivação da óxido nítrico sintase dependente do endotélio (eNOS), 2) a
egula diferencialmente a fosforilação da Ser1177 e Thr4
/Akt (PI3K/Akt) tem um papel importante na ativação da eNOS mediada pela
al através do receptor Mas que estimula a atividade da eNOS e a produção de óxido
és das vias dependentes da Akt. Estes dados enfatizam a importância do eixo
as como um regulador da função endotelial e podem talvez explicar a
do lúmen com o baixo percentual de HI quando na administração dos agonistas
-(1-7)-Mas quando foi feito o desnudamento endotelial em nosso trabalho.
chado muito interessante neste trabalho foi que as várias formas de
ão dos agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas comportaram-se de maneira
, ou seja, preservando o lúmen através de um remodelamento vascular posit
num menor percentual de HI. Seja o eixo Ang-(1-7)-Mas ativado pelo pe
o por via oral isoladamente ou associado ao polímero
134
semelha iferentes
formas em q r
VO, 100 µg/Kg/dia, tenha sido alta o suficiente para mitigar a possível degradação que este
peptídeo a
em que o eixo Ang-(1-7)-Mas foi ativado, houve um padrão de resposta semelhante
(gráfico
Outra obser po onde o
receptor AT do pelo losartan. Neste grupo, também houve um
remode
este aument ,
aumento de ±
14.565 µ
2
, ( s
lesadas. E m ão
se traduziu
deste grupo e
22.434 ± 4. bela
15, pági ,
valor interm os grupos tratados com agonistas e antagonistas do eixo
Ang-(1-
Um outro a II
com o uso d
grupo houv 21.322 ± 5.242
µ
2
, p= 0,04 (tabela 14, página 107) diferentemente do grupo onde somente o receptor AT
1
da Ang II foi bloqueado com o losartan, portanto levando a um remodelamento negativo.
ntes, demonstrando a eficácia dos agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas nas d
ue foi veiculado. Talvez a dose do peptídeo quando administrado isolado po
possa sofrer pelo trato gastro-intestinal. O fato é que independentemente da form
28, página 106).
vação muito interessante foram os resultados que encontramos no gru
1
de Ang II foi bloquea
lamento positivo do vaso lesado comparado ao vaso controle contra-lateral, sendo
o da área do vaso significativo (de 30.613 ± 10.543 µ
2
para 50.366 ± 24.873 µ
2
19.573 µ
2
, p=0,045 (tabela 14, página 107). Porém a área de HI foi de 28.385
tabela 13, página 103) configurando a maior área de HI de todas as artéria
ais importante ainda, foi que o remodelamento positivo nas artérias lesadas n
em benefício concomitante na manutenção da área do lúmen nos vasos lesados
, visto que a área de HI foi tamanha que comprometeu a área do lúmen d
627 µ
2
para 7.727 ± 7.562 µ
2
, com uma redução de 14.707 µ
2
, p=0,01 (ta
na 111). O percentual de HI nas artérias lesadas deste grupo foi de 62,2 ± 13,5%
ediário entre
7)-Mas e dos grupos controles (gráfico 25, página 101).
chado importante foi quando associamos o bloqueio do receptor AT
1
da Ang
e losartan, ao bloqueio do eixo Ang-(1-7)-Mas com adição de A779. Neste
e uma redução no tamanho do vaso, de 34.342 ± 2.158 µ
2
para
135
Podemo
a um bloqu g
II, demonst ez, a presença do eixo Ang-(1-7)-Mas na resposta
vascula l,
que provave ular
através de u
A agressão
inicial que o
culminando portante
da luz arter nsão
arterial, seja pela injúria vascular no caso da angioplastia. Acreditamos, portanto, que este
estudo, o,
pode abrir p
proteção da
SRA, onde
também na
Ang-(1-7)-M os,
preservando
Seja por
mostraram- o
o remodelam
s, por conseguinte inferir, que o bloqueio do eixo Ang-(1-7)-Mas pelo A779 levou
eio do remodelamento positivo induzido pelo bloqueio do receptor AT
1
da An
rando assim, mais uma v
r ao desnudamento endotelial e demonstrando ainda, neste modelo experimenta
lmente o bloqueio do receptor AT
1
da Ang II atue no remodelamento vasc
m “cross-talk” com o eixo Ang-(1-7)-Mas.
ao endotélio vascular pelo estresse de cisalhamento é uma alteração anatômica
corre na artéria e que desencadeia todo um processo fisiopatológico
com uma resposta vascular, podendo levar a um comprometimento im
ial, seja pelo espessamento da camada média da artéria, no caso da hiperte
consubstanciado por diversos achados recentes da literatura e citados neste trabalh
erspectivas para aplicação terapêutica de agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas na
vasculatura. Em situações clínicas, principalmente quando no desbalanço do
há uma exarcebação deletéria da Ang II como no caso de hipertensão arterial e
agressão ao endotélio, como no caso de angioplastia, agonistas do eixo
as poderiam atuar de forma a manter as características funcionais dos vas
a luz arterial.
via oral ou outras formas de administração, os agonistas do eixo Ang-(1-7)-Mas
se eficaz em manter a luz arterial neste modelo de trauma vascular, promovend
ento positivo.
136
Conclusão
137
VII. Conclusão
O eixo Ang
induzida pe
remodelame
A Ang-(1-7 ntando
diferença qu
adminis
Mas.
O bloqueio m
sem preserv
Ang II com s pelo A779, não só impediu o
remode
bloqueio do ” com
o eixo Ang-
-(1-7)-Mas tem um papel importante na preservação da luz quando na lesão
lo desnudamento arterial, atenuando a carga de HI e promovendo o
nto positivo do vaso.
) demonstrou ser eficaz quando administrada por via oral, não aprese
anto à sua eficácia quando comparado à associação com HPβCD ou quando
trada por MBI ou quando comparado ao agonista não peptídico do eixo Ang-(1-7)-
do receptor AT
1
da Ang II promoveu o remodelamento positivo do vaso, poré
ar concomitantemente o lúmen. A associação do bloqueio do receptor AT
1
da
o bloqueio do eixo Ang-(1-7)-Ma
lamento positivo do vaso como manteve uma carga de HI elevada, sugerindo que o
receptor AT
1
atue no remodelamento vascular através de um “cross-talk
(1-7)-Mas.
138
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