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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
AVALIAÇÃO DA USABILIDADE DE WEBSITES DE HOTÉIS SEGUNDO AS
HEURÍSTICAS DE NIELSEN: PESQUISA EXPLORATÓRIA EM HOTÉIS DA
REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
por
ANA PAULA DOS SANTOS OLIVEIRA
BEL. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, FARN, 2002
TESE SUBMETIDA AO PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE COMO PARTE DOS
REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
JUNHO, 2008
© 2008 ANA PAULA DOS SANTOS OLIVEIRA
TODOS DIREITOS RESERVADOS.
O autor aqui designado concede ao Programa de Engenharia de Produção da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte permissão para reproduzir, distribuir,
comunicar ao público, em papel ou meio eletrônico, esta obra, no todo ou em parte, nos
termos da Lei.
Assinatura do Autor:
______________________________________________
APROVADO POR:
_____________________________________________________________
Profª. Anatália Saraiva Martins Ramos, D.Sc – Orientadora, Presidente
_____________________________________________________________
Prof. Rubens Eugênio Barreto Ramos, D.Sc. - Membro Examinador
_____________________________________________________________
Profª. Aurélia Altemira Acuña Idrogo, Drª. - Membro Examinador externo
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ii
Catalogação da Publicação na Fonte
Oliveira, Ana Paula dos Santos. Avaliação da Usabilidade de Websites de
Hotéis segundo as heurísticas de Nielsen: pesquisa exploratória em hotéis
da região nordeste do Brasil /Ana Paula dos Santos Oliveira – Natal (RN),
2008.
Orientador: Anatália Saraiva Martins Ramos
Tese ( Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro
de Tecnologia, Programa de Engenharia de Produção.
1. Internet. Tese 2. Usabilidade. Tese 3. Turismo. Tese 4. Hotelaria. Tese
I. Ramos, Anatália Saraiva Martins Ramos. Título II
RN/UF/BCZM CDU xxxx.x
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iii
CURRICULUM VITAE RESUMIDO
Ana Paula dos Santos Oliveira é bacharel em Sistemas
de Informação pela Faculdade Natalense para o
Desenvolvimento do Rio Grande do Norte FARN,
tendo concluído o curso no segundo semestre letivo de
2002. Professora titular na área Informática e Negócios
da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte - UERN, onde coordena
projetos de pesquisa e extensão, leciona na Universidade Federal do Rio Grande
do Norte UFRN, atuando no DIMAP (Departamento de Informática e
Matemática Aplicada) e também na Faculdade Católica Nossa Senhora das
Neves, ministrando disciplinas nas áreas de Programação e Sistemas de
Informação, respectivamente. Ingressou no Programa de Pós Graduação em
Engenharia de Produção no ano de 2003 na qualidade de mestranda, tendo
publicado, durante esse período, os artigos a seguir relacionados.
ARTIGOS PUBLICADOS DURANTE A PÓS-GRADUAÇÃO
OLIVEIRA, A. P., RAMOS, A. S. M., GUARDIA, M. S., Avaliação da Usabilidade em
Sites de Hotéis. Conferência Ibero-Americana WWW/Internet. Madrid, Espanha.
Universidade de Alcala, 7 e 8 de outubro de 2004.
OLIVEIRA, A. P., RAMOS, A. S. M., GUARDIA, M. S., Avaliação da Usabilidade em
Sites de Hotéis considerados de Grande Porte, na cidade de Natal RN. CONTECSI
Congresso Internacional de Gestão de Tecnologia e Gestão da Informação, USP/São
Paulo/SP, 2005.
iv
OLIVEIRA, A. P., RAMOS, A. S. M., GUARDIA, M. S., A Importância do Marketing
Eletrônico nos sites das Agências de Viagens. XI SIMPEP 2004, Bauru, São Paulo, 08 a
10 de Novembro de 2004.
OLIVEIRA, A. P., GUARDIA, M. S., GUARDIA, S. R. R., Benchmarking nos sites
das agências de viagens, XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 08 a 10 de novembro de 2004.
OLIVEIRA, A. P. S., AMARAL, Y. R., TAESE Técnica de Avaliação Ergonômica
em Sites Educacionais, II Congresso de Iniciação Cientifica da FARN, Natal, 2002.
OLIVEIRA, A. P. S., PIRES, R. S., Educação a Distância para Deficientes Visuais, I
Congresso de Iniciação Cientifica da FARN Meio Ambiente: um novo desafio para o
profissional no terceiro milênio, Natal, 2001.
v
Aos meus pais, Edson e Geny;
Ao meu esposo João Neto e ao meu filho Felipe.
vi
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por ter permitido tantas coisas boas em minha vida.
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e ao Programa de
Engenharia de Produção (PEP), por viabilizarem a realização deste mestrado.
À minha orientadora Profa. Anatália Saraiva Martins Ramos pelo apoio e
incentivo durante todo esse período.
À minha irmã Ana Catarina, por ter compartilhado comigo os desafios que
surgiram ao longo desses anos.
Aos meus amigos, alunos, familiares e todos aqueles que me ajudaram na
realização da avaliação dos sites.
E a todos que contribuíram de forma direta e indireta para a realização desta
dissertação, meu muito obrigado!
vii
Resumo da Tese apresentada à UFRN/PEP como parte dos requisitos necessários para a
obtenção do grau de Mestre em Ciências em Engenharia de Produção.
AVALIAÇÃO DA USABILIDADE DE WEBSITES DE HOTÉIS SEGUNDO AS
HEURÍSTICAS DE NIELSEN: PESQUISA EXPLORATÓRIA EM HOTÉIS DA
REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
ANA PAULA DOS SANTOS OLIVEIRA
Junho/2008
Orientadora : Anatália Saraiva Martins Ramos
Curso : Mestrado em Ciências em Engenharia de Produção
RESUMO: A pesquisa teve como objetivo avaliar a usabilidade de websites de hotéis de
cidades turísticas da região nordeste do Brasil. Um questionário foi usado como
ferramenta para avaliar, a partir da perspectiva do usuário comum, a navegabilidade, a
simulação de reservas on line, a compreensão dos conteúdos disponíveis e a facilidade
de interação do site com os usuários. Ao final do trabalho, constatou-se que, quanto às
heurísticas, a maioria dos websites apresentou várias carências no que diz respeito à
consistência, ao controle do usuário e à prevenção de erros. As características gerais e
de percepção do usuário foram também, em grande parte dos sites analisados,
conceituadas como regulares pelos avaliadores. Constatando, através da análise das
características gerais, que a grande maioria dos websites carece de mecanismos que
façam o usuário encontrar rapidamente seus objetivos. Verificou-se também que o grau
de segurança e sigilo das informações ainda não é facilmente percebido pelos usuários,
acabando por deixá-los cautelosos em transmitir dados e informações durante a
navegação.
viii
Abstract of Master Thesis presented to UFRN/PEP as fullfilment of requirements to the
degree of Master of Science in Production Engineering
ASSESSMENT OF THE USABILITY IN HOTELS ACCORDING TO
NIELSEN´S HEURISTICS: EXPLORATORY RESEARCH IN THE HOTELS
OF THE NORTHEST REGION FROM BRAZIL.
ANA PAULA DOS SANTOS OLIVEIRA
June/2008
Thesis Supervisor : Anatália Saraiva Martins Ramos
Program : Master of Science in Production Engineering
This Thesis deals with the usability in some sites of hotels placed in a specific region of
Brazil. Usability is the property of a site that shows how it allows the user get all
information available without a large effort and in a clear and objective way. A
questionnaire was used as a tool to value, by the common user perspective, navigation,
on line reservation simulation, appreciation of the available content and, by this way, an
easiness in the interaction site-users. As a result, it is possible to say that, considering all
material analyzed, those sites that present usability criterion are more interactive and
dynamic, demonstrating an easy navigation in a users view.
By other side, it was possible to note that, about heuristics used in the search, the most
of the websites demonstrated a deficiency in questions as firmness, user control and
how to avoid mistakes. There was still valued as deficiency by the most of users in
websites the general characters and the view of user. It was presented, seeing general
characters, that a big part of the websites needs tools that can make user rapidly find
what looks for. It was yet possible to see that users don't believe in secret when
websites ask them some information. This is a point that needs to be appreciated
because it causes some insecurity during navigation.
ix
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................... 7
1.1
O
BJETIVO
............................................................................................................................................ 8
1.2
R
ELEVÂNCIA
...................................................................................................................................... 9
1.3
E
STRUTURA DA
D
ISSERTAÇÃO
........................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................ 10
2.1
E
RGONOMIA
..................................................................................................................................... 10
2.2
U
SABILIDADE
................................................................................................................................... 12
2.2.1 Heurísticas para Avaliação de Usabilidade ............................................................................ 12
2.2.2 Outras técnicas de avaliação de usabilidade ........................................................................... 17
2.3
I
NTERNET E O
C
OMÉRCIO ELETRÔNICO
............................................................................................. 19
2.4
U
SABILIDADE EM
W
EBSITES
............................................................................................................. 23
2.5
A
I
NTERNET NO
T
URISMO E NA
H
OTELARIA
..................................................................................... 24
2.5.1 Internet nos Hotéis ................................................................................................................... 26
CAPÍTULO 3 - METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................. 29
3.1
T
IPOLOGIA DA
P
ESQUISA
.................................................................................................................. 29
3.2
D
ELIMITAÇÃO DO ESTUDO
............................................................................................................... 29
3.3
I
NSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
.............................................................................................. 30
3.4
P
ROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DA PESQUISA
......................................................... 33
3.5
T
ABULAÇÃO
,
A
NÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
..................................................................... 34
CAPÍTULO 4 - RESULTADOS DA PESQUISA ...................................................... 35
4.1
P
ERFIL DOS
A
VALIADORES
............................................................................................................... 35
4.2
A
VALIAÇÃO DA USABILIDADE DOS SITES DOS HOTÉIS SEGUNDO AS
H
EURÍSTICAS
............................ 37
4.3
A
VALIAÇÃO DA
S
IMULAÇÃO DE RESERVAS DE QUARTO
................................................................... 44
4.3.1 Simulações de reservas comparadas ....................................................................................... 46
4.4
C
ARACTERÍSTICAS GERAIS DOS WEBSITES
......................................................................................... 49
4.5
P
ERCEPÇÃO
G
ERAL DO USUÁRIO
..................................................................................................... 50
4.6
C
ONCEITUAÇÕES GERAIS DOS WEBSITES
...................................... E
RRO
!
I
NDICADOR NÃO DEFINIDO
.
CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES ................................................................................ 63
5.1.
P
RINCIPAIS RESULTADOS
................................................................................................................. 63
5.2.
L
IMITAÇÕES DO
E
STUDO
................................................................................................................. 65
5.3.
E
STUDOS
F
UTUROS
.......................................................................................................................... 65
5.4
I
MPLICAÇÕES GERENCIAIS
................................................................................................................ 65
2
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 67
ANEXOS ....................................................................................................................... 72
3
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Heurística 1 - Visibilidade e reconhecimento e condução do usuário .......... 37
Gráfico 2: Heurística 2 - Projeto Estético e Minimalista................................................ 38
Gráfico 3: Heurística 3 - Controle do usuário ................................................................ 39
Gráfico 4: Heurística 4- Flexibilidade e Eficiência de Uso.............................................40
Gráfico 5: Heurística 5 - Prevenção de Erros ................................................................. 41
Gráfico 6: Heurística 6 - Consistência ............................................................................ 42
Gráfico 7: Heurística 7 – Compatibilidade com o Contexto .......................................... 43
Gráfico 8: Avaliação da Simulação de Reserva nos websites Erro! Indicador não
definido.
Gráfico 9: Características Gerais dos Sites..................................................................... 50
4
LISTA DE QUADROS E FIGURAS
Quadro 1: Principais técnicas de avaliação de usabilidade ............................................ 19
Quadro 2: Lista dos hotéis pesquisados .......................................................................... 30
Quadro 3: Protocolo de avaliação de usabilidade, segundo as heurísticas de Nielsen ... 32
Figura 1: Uso comercial da Internet por uma empresa....................................................22
Quadro 4: Tempo médio de Reserva dos sites/hotéis da Rede Hoteleira Tropical
Hotel................................................................................................................................45
Quadro 5: Tempo médio de Reserva dos sites/hotéis da Rede Hoteleira
Choice..............................................................................................................................46
Quadro 6: Tempo médio de Reserva dos sites/hotéis da Rede Hoteleira Vila
Galé..................................................................................................................................46
Quadro 7: Simulação das Reservas comparadas.............................................................48
Quadro 8: Satisfação dos sites/hotéis do RN, com relação ao anexo V..........................52
Quadro 9: Satisfação dos sites/hotéis do PI, com relação ao anexo V............................52
Quadro 10: Satisfação dos sites/hotéis do BA, com relação ao anexo V........................53
Quadro 11: Satisfação dos sites/hotéis do AL, com relação ao anexo V........................54
Quadro 12: Satisfação dos sites/hotéis do SE, com relação ao anexo V.........................54
Quadro 13: Satisfação dos sites/hotéis do PB, com relação ao anexo V.........................55
Quadro 14: Satisfação dos sites/hotéis do PE, com relação ao anexo V.........................55
Quadro 15: Satisfação dos sites/hotéis do CE, com relação ao anexo V.........................57
5
6
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Tempo médio de reserva dos sites/hotéis da rede hoteleira Tropical
Hotel................................................................................................................................46
Tabela 2 Tempo médio de reserva dos sites/hotéis das redes hoteleiras Choice e Vila
Galé..................................................................................................................................47
Tabela 3 Satisfação dos sites/hotéis do RN, com relação aos itens do Anexo
05.....................................................................................................................................53
Tabela 4 Satisfação dos sites/hotéis do PI, com relação aos itens do Anexo
05.....................................................................................................................................53
Tabela 5 Satisfação dos sites/hotéis da BA, com relação aos itens do Anexo
05.....................................................................................................................................54
Tabela 6 Satisfação dos sites/hotéis de AL, com relação aos itens do Anexo
05.....................................................................................................................................55
Tabela 7 Satisfação dos sites/hotéis do SE, com relação aos itens do Anexo
05.....................................................................................................................................55
Tabela 8 Satisfação dos stes/hotéis da PB, com relação aos itens do Anexo
05.....................................................................................................................................56
Tabela 9 Satisfação dos sites/hotéis de PE, com relação aos itens do Anexo
05.....................................................................................................................................56
Tabela 10 Satisfação dos sites/hotéis do CE, com relação aos itens do Anexo
05.....................................................................................................................................58
Tabela 11 Classificação dos sites/hotéis Bons, de acordo com os
Estados.............................................................................................................................60
Tabela 12 Classificação dos sites/hotéis Medianos, de acordo com os
Estados.............................................................................................................................60
Tabela 13 Classificação dos sites/hotéis Piores, de acordo com os
Estados.............................................................................................................................61
7
Capítulo 1 - Introdução
A cada dia aumenta de forma substantiva a quantidade de informações
disponíveis na Internet, desde opiniões, fatos, interpretações, estatísticas, até listas de
produtos e publicidade. Qualquer um com acesso a um servidor Web e alguns
conhecimentos básicos de hipertexto e linguagens de marcação, como a Hypertext
Markup Language (HTML), é capaz de publicar informações na Web, sem passar por
qualquer tipo de revisão ou avaliação de usabilidade (DIAS, 2003). A usabilidade é uma
conformidade ergonômica aplicada para qualquer tipo de interface, em diferentes níveis.
Devido a esse contexto de crescimento do número de websites, os projetistas de
websites devem considerar as conformidades ergonômicas a fim de atender as
necessidades e perfis dos usuários, ou seja, utilizar os critérios da denominada Interação
Humano-Computador (IHC).
Hix e Hartson (1993) conceituam usabilidade como a combinação de
características orientadas ao usuário, como facilidade de aprender, alta velocidade na
execução das tarefas, baixa taxa de erros, subjetiva satisfação e retenção do usuário com
o tempo, ou seja, facilidade de lembrar como realizar uma tarefa após algum tempo.
Dias (2003) aponta usabilidade como o termo técnico usado para referenciar a qualidade
de uso de uma interface. A norma ISO 9241 define usabilidade como efetividade,
eficiência ou satisfação com que os usuários atingem os seus objetivos num
determinado sistema (ISO 9241).
Nielsen (2000) afirma que a Web é o produto no qual o poder do cliente se
manifesta no mais alto grau e alerta que a facilidade do cliente ir para outro lugar,
pois todos os concorrentes estão a um ‘simples clique do mouse’. A Internet, de fato,
nas funções básicas de comunicação, reunião de informações e marketing, pode auxiliar
as empresas a atingirem seus objetivos organizacionais de satisfação de cliente,
inteligência competitiva e redução de custos (RAMOS; VELDMAN, 2000).
8
No campo da hotelaria, identifica-se que, através da web, dentre outras
facilidades, o cliente pode verificar a localização do hotel, fotos dos quartos e
informações turísticas da região, assim como o cliente pode consultar on line as tarifas
do hotel, a disponibilidade de quartos, até confirmar a reserva do período em que ficará
hospedado. No entanto, alguns estudos têm mostrado que ainda não existe uma relação
IHC harmoniosa em várias empresas desse ramo, já que muitos websites possuem
grandes falhas de usabilidade, o que pode interferir diretamente no sucesso competitivo
desses hotéis.
Com o crescimento do número de turistas na região nordeste do Brasil, haverá
maior concorrência entre hotéis, levando a concluir que os hoteleiros devem invistar na
melhora na qualidade dos serviços oferecidos por seus websites. Visando esta
potencialidade que oferece a Internet. O trabalho teve como objetivo analisar a
usabilidade de websites da região, a partir da proposição de uma ferramenta de
avaliação voltada para sites de hotéis. Especificamente, o presente estudo utilizou-se da
avaliação heurística proposta por Nielsen(2000).
Dias (2003) define a avaliação heurística como um método de inspeção
sistemático da usabilidade de sistemas interativos, cujo objetivo é identificar problemas
de usabilidade que, posteriormente, serão analisados e corrigidos ao longo do processo
de desenvolvimento do sistema. Em 1994, a partir da análise de 249 problemas de
usabilidade detectados em estudos empíricos, Nielsen (1994) condensou esses
problemas em dez heurísticas de usabilidade, as quais foram utilizadas como
fundamento da avaliação realizada nos websites de hotéis.
1.1 Objetivo
Avaliar a percepção do usuário quanto ao critério de usabilidade proposto por
de páginas web voltadas para hotéis, a partir de um formulário proposto para avaliação
da usabilidade de interfaces web fundamentada nas heurísticas de usabilidade de
Nielsen (1994).
9
1.2 Justificativa
A usabilidade de interfaces na Web é um tema recente, passando a ser objeto de
estudo na década de noventa. No Brasil, segundo Moraes (1992), a usabilidade de
interação homem-computador é um assunto ainda relativamente pouco estudado. Em
particular, os estudos sobre fatores ergonômicos na usabilidade de interfaces aplicada ao
Turismo também ainda são escassos. Este estudo busca contribuir para aumentar os
conhecimentos acadêmicos sobre a avaliação de usabilidade, tendo como foco os
websites de hotéis.
O Turismo é um setor econômico importante para a região nordeste,
especialmente o caso da Hotelaria. Esta pesquisa poderá ser útil para o setor, visto que
os executivos dos hotéis poderão reorientar as interfaces dos seus websites, melhorando
a qualidade da informação e dos serviços e a satisfação dos potenciais hóspedes. A rede
hoteleira será favorecida com os resultados desse estudo, pois terá conhecimento dos
fatores ergonômicos determinantes e intervenientes do uso da Internet direcionada para
os websites de hotéis.
1.3 Estrutura da Dissertação
Esta dissertação está estruturada em cinco capítulos. O capítulo 1 apresenta uma
introdução, o objetivo e a justificativa do estudo. No capítulo 2, é apresentada um
referencial teórico sobre o tema da dissertação e os assuntos correlatos. No capítulo 3,
detalhar-se a metodologia utilizada na pesquisa, a justificativa da escolha do método, e
também as especificações no processo de avaliação dos sites.
O capítulo 4 apresenta os resultados da avaliação dos sites estudados. Apresenta-
se o estudo comparativo em cada site de hotel, onde são apontados aspectos de maior ou
menor usabilidade. No capítulo 5, são apresentadas as conclusões e recomendações,
bem como a análise crítica com relação às limitações da pesquisa e sugestões para
pesquisas futuras. Seguem as referências bibliográficas e os anexos referentes à
pesquisa.
10
Capítulo 2 - Referencial teórico
Este capítulo apresenta o referencial teórico que norteou a pesquisa e deu
embasamento para a realização das análises dos dados de campo e conclusão dos
resultados. Abrange os assuntos Ergonomia, Usabilidade, Usabilidade na Internet,
Normas sobre Usabilidade, Tecnologia da Informação, Internet, Turismo e Hotelaria,
Internet nos Hotéis, Comércio eletrônico e Marketing Eletrônico.
2.1 Ergonomia
A Ergonomia é uma ciência que busca a adaptação do ambiente técnico e
organizacional ao homem com o intuito de obter satisfação e produtividade do trabalho.
Segundo O´Brien (2001), a meta da Ergonomia é projetar ambientes de trabalho
saudáveis que sejam seguros, confortáveis e agradáveis, aumentando, assim, a moral e a
produtividade do funcionário. A Ergonomia enfatiza a concepção saudável do local,
estações de trabalho, computadores, outras máquinas e pacotes de software.
Gonçalves (2002) afirma que os objetivos da ergonomia são a segurança, a
satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas
produtivos. Agindo desse modo, a eficiência virá como resultado. A ergonomia trata o
homem como objeto mais importante do trabalho e não somente parte dele. Parte do
princípio de que é indispensável a existência de motivação para se conquistar satisfação
e maior produtividade.
A ergonomia estuda a proposta de transformação do ambiente de trabalho do
homem para que trabalhe com conforto, bem-estar, segurança e eficácia, ou seja, busca
maior adaptação e auto-satisfação do homem com o trabalho, conquistando, desse
modo, um maior índice de produtividade.
Existem várias áreas do conhecimento envolvidas na ergonomia, mas a área
abordada nesta pesquisa é da Ergonomia da informática ou Ergonomia de interfaces
homem-computador (IHC). A ergonomia de IHC tem como objetivo estudar a interação
11
do homem com os sistemas informatizados, considerando principalmente as atividades
mentais (LABUTIL, 2004).
De acordo com Zambalde (2004), a área de Interface homem-máquina, Interação
Humano-Computador(IHC) ou Engenharia de Sistemas é multidisciplinar, envolvendo
diversas áreas como Ciência da Computação; Administração de Sistemas; Psicologia
Cognitiva, Social e organizacional; Ergonomia e Fatores Humanos; Lingüística;
Inteligência Artificial; Filosofia; Sociologia e Antropologia; Engenharia e Design.
A interface de usuário é a parte do artefato de software com a qual o usuário
entra em contato - física, perceptiva e cognitivamente - na realização de tarefas no seu
domínio de atividades (Moran, 1981 apud LEITE, 1998). A interface de usuário é
composta por uma coleção de dispositivos através dos quais o usuário pode trocar
informações com o sistema. A troca de informações ocorre através de estruturas de
interações tais como menus, janelas, ícones, linguagens de comandos, formulários,
perguntas e respostas em linguagem natural.
Além da função de interação usuário-sistema, a interface pode desempenhar um
outro papel para a aquisição do modelo conceitual de usabilidade do usuário, que é ser
um meio de comunicação que veicula e ensina o modelo de usabilidade para o usuário.
O termo interface é aplicado normalmente àquilo que interliga dois sistemas.
Tradicionalmente, considera-se que uma interface homem-máquina é a parte de um
artefato que permite a um usuário controlar e avaliar o funcionamento do mesmo
através de dispositivos sensíveis às suas ações e capazes de estimular sua percepção. No
processo de interação usuário-sistema, a interface é a combinação de software e
hardware necessária para viabilizar e facilitar os processos de comunicação entre o
usuário e a aplicação. A interface entre usuários e sistemas computacionais diferencia-se
das interfaces de máquinas convencionais por exigir dos usuários um maior esforço
cognitivo em atividades de interpretação e expressão das informações que o sistema
processa (Norman, 1986 apud LEITE, 1998).
Heemann (1997) enfatiza que a interação homem-computador é o estudo do
indivíduo, da tecnologia computacional e dos modos como se influenciam mutuamente,
exigindo um entendimento de pelo menos três coisas: da tecnologia computacional, das
pessoas que interagem e do significado de mais “usável”.
12
2.2 Usabilidade
A usabilidade, segundo a International Standards Organization (ISO), pode ser
definida como a efetividade, eficiência e satisfação com que determinados usuários
conseguem atingir objetivos específicos em circunstâncias particulares (ISO 9241-11,
1998). Leite (1998) afirma que a usabilidade é um conceito que se refere à qualidade da
interação de sistemas com os usuários e depende de vários aspectos.
Outro conceito importante mostra que a usabilidade é a propriedade de uma
interface permitir que o usuário possa classificá-la quanto à sua qualidade, conceito
definido tradicionalmente como a conjunção de cinco atributos (SHNEIDERMAN,
1998):
Facilidade de aprendizado: o sistema deve permitir que o usuário aprenda a
executar suas tarefas no prazo mais curto possível;
Eficiência de uso/desempenho na execução de tarefas: o sistema, uma vez
dominado pelo usuário, permite um alto grau de produtividade;
Retenção com o tempo: o sistema deve ser relembrado facilmente, mesmo pelo
usuário menos experiente;
Minimização de erros: o sistema deve ter uma baixa taxa de erros de utilização.
Além disso, os erros cometidos pelo usuário devem ser facilmente recuperáveis
(existindo a possibilidade de voltar a um estado seguro). Erros catastróficos não
podem ocorrer;
Satisfação: o sistema deve ser agradável de usar, ou seja, seus usuário deveriam
ficar subjetivamente satisfeitos com ele.
2.2.1 Heurísticas para Avaliação de Usabilidade
O método escolhido por esta pesquisa para avaliar a usabilidade em websites foi
a avaliação heurística, que representa um julgamento de valor sobre as qualidades
ergonômicas das interfaces humano-computador. Essa avaliação é realizada por
especialistas em ergonomia, baseados em sua experiência e competência no assunto.
Eles examinam o sistema interativo e diagnosticam os problemas ou as barreiras que os
usuários provavelmente encontrarão durante interação (CYBIS, 2003).
Nielsen (2000) desenvolveu várias heurísticas que embasam muitos aspectos da
usabilidade do website, tais como a visibilidade do estado atual do sistema, a correlação
13
entre o sistema e o mundo real, o controle e a liberdade do usuário, a consistência e os
padrões, a prevenção de erros, o reconhecimento ao invés de memorização, a
flexibilidade e a eficiência de uso, o projeto estético e minimalista, o suporte ao usuário
no tocante ao reconhecimento, o diagnóstico e a recuperação de erros e informações de
ajuda e documentação.
Nesta abordagem de usabilidade, o sistema deve manter o usuário sempre
informado a respeito do que acontece, adotando um feedback em tempo razoável. O
sistema precisa falar a linguagem do usuário, a realidade ditada deve ser seguida. Os
usuários precisam sair de situações indesejáveis, desfazendo ou refazendo operações.
Aspectos como o fato de o usuário não ter de adivinhar que palavras, situações ou ações
diferentes significam a mesma coisa são colocadas pelo autor na forma da heurística
consistência e padrões. Projetos que previnam a ocorrência de erros são também
importantes na visão do autor. A visibilidade e o reconhecimento das informações são
pontos importantes da heurística, ao invés da memorização. O sistema também precisa
ser flexível o bastante para permitir ao usuário personalizar ou programar ações
freqüentes.
Em projetos de sistema, Nielsen (2000) aborda a necessidade de não se adotar
informações irrelevantes ou de baixa necessidade. As mensagens de erro precisam ser
de alta clareza a fim de que os problemas sejam solucionados. O uso da documentação
para auxiliar o usuário é importante, mesmo que as informações do sistema sejam
consideradas fáceis de usar.
Dias (2001), tendo como base as proposições heurísticas de Nielsen, sintetizou
sete heurísticas que são capazes de avaliar e orientar a usabilidade dos sites, as quais
são objeto do presente estudo.
Heurística 1 - Visibilidade e reconhecimento do atual e condução do usuário
Esta heurística refere-se aos meios disponíveis para informar, orientar e conduzir
o usuário durante a interação com o site. Em virtude da forma hipertextual, não-linear
de interação e da quantidade de páginas disponíveis na Internet, um dos maiores
problemas identificados em testes com usuários é sua desorientação. Para minimizar os
efeitos dessa desorientação, o site deve sempre manter o usuário informado quanto à
página em que ele se encontra, como chegou até essa página e quais são suas opções de
14
saída, isto é, onde ele se encontra numa seqüência de interações ou na execução de uma
tarefa.
Uma boa condução facilita o aprendizado e a utilização do site, possibilitando
um melhor desempenho e a diminuição do número de erros. Se os usuários puderem
reconhecer onde estão simplesmente olhando para a página em que se encontram, sem a
necessidade de relembrarem o caminho percorrido a partir da página principal, a
probabilidade de se perderem ou ficarem desorientados será menor.
Heurística 2 - Projeto estético e minimalista
Um site esteticamente bem construído refere-se às características que possam
dificultar ou facilitar a leitura e a compreensão do conteúdo disponível no site. Dentre
essas características, destacam-se a legibilidade, a estética e a densidade informacional.
Um site legível e esteticamente agradável facilita a leitura da informação nele
apresentada, melhorando inclusive o desempenho do usuário na realização da tarefa
proposta e influenciando seu nível de satisfação durante a interação com o site. Além
disso, quanto menos o usuário for distraído por informação desnecessária, maior a
probabilidade desse usuário desempenhar suas tarefas de forma eficiente, e menor a
probabilidade de erros.
O site não deve conter informações irrelevantes ou raramente necessárias, pois
cada unidade extra de informação compete com as unidades relevantes de informação,
diminuindo a visibilidade relativa das informações importantes. Na maioria das tarefas,
o desempenho dos usuários piora quando a densidade de informação é muito alta ou
muito baixa, acarretando a ocorrência mais freqüente de erros. É recomendável
estabelecer níveis de detalhamento, apresentando, em primeiro plano, os aspectos mais
importantes e gerais, deixando os detalhes para outras páginas suplementares que
poderão ser acessadas pelos usuários interessados em mais informações sobre o assunto.
Heurística 3 - Controle do usuário
Este processo refere-se ao controle que o usuário sempre deve ter sobre o
processamento de suas ações pelo site. Os usuários de qualquer sistema interativo
esperam deter controle sobre o sistema, fazendo com que este responda a suas
solicitações e expectativas. Ações inesperadas do sistema, infindáveis seqüências de
entrada de dados, incapacidade ou dificuldade em obter a informação necessária e
15
incapacidade em produzir os resultados desejados contribuem para o aumento da
ansiedade e da insatisfação do usuário.
As ações do site devem ser reversíveis, isto é, o usuário deve ser capaz de
desfazer pelo menos a última ação realizada. Essa capacidade diminui a ansiedade, pois
o usuário sabe, de antemão, que os erros cometidos podem ser corrigidos, encorajando-o
a explorar opções desconhecidas do site.
Heurística 4 - Flexibilidade e eficiência de uso
Esta heurística diz respeito à capacidade do site em se adaptar ao contexto e às
necessidades e preferências do usuário, tornando seu uso mais eficiente. Em função da
diversidade de tipos de usuários de um site, é necessário que sua interface seja flexível o
bastante para realizar a mesma tarefa de diferentes maneiras, de acordo com o contexto
e com as características de cada tipo de usuário. Deve-se fornecer ao usuário
procedimentos e opções diferentes para atingir o mesmo objetivo, da forma que mais lhe
convier.
Além da flexibilidade, outros procedimentos podem ser adotados para tornar o
uso do site mais eficiente, tais como a eliminação de páginas ou passos desnecessários
em uma seqüência para a realização de uma tarefa e o uso de valores padronizados, sem
a necessidade de digitação por parte do usuário.
Heurística 5 - Prevenção de erros
A prevenção de erros relaciona-se a todos os mecanismos que permitem evitar
ou reduzir a ocorrência de erros, assim como corrigir os erros que porventura ocorram.
As interrupções provocadas por erros de processamento têm conseqüências negativas
sobre a atividade do usuário com o site, prolongando e perturbando a realização de suas
tarefas. Quanto menor a probabilidade de erros, menos interrupções ocorrem e melhor o
desempenho do usuário.
Para possibilitar a correção de erros, é importante que as mensagens de erro
sejam pertinentes, legíveis, redigidas em linguagem natural (sem códigos), exatas
quanto à natureza do erro cometido, e sugiram possíveis ações para sua correção. Dessa
forma, as mensagens de erro favorecem o aprendizado do sistema, ao indicar ao usuário
a razão do erro e suas possíveis correções. Entretanto, melhor do que boas mensagens
de erro é, em primeiro lugar, prevenir a ocorrência de erros.
16
Heurística 6 – Consistência
Consistência refere-se à homogeneidade e coerência na escolha de opções
durante o projeto da interface do site (denominação, localização, formato, cor,
linguagem). Contextos ou situações similares devem ter tratamento e/ou apresentação
similares. Um projeto consistente facilita o reconhecimento, o aprendizado, a
localização e, por fim, a utilização de um site por seus usuários. A padronização de
formatos, localizações e sintaxe torna o site mais previsível, diminuindo a incidência de
erros e as dificuldades de aprendizado e compreensão.
É conveniente padronizar tanto quanto possível os elementos do site quanto a
seu formato, cor, localização e denominação, para que o usuário identifique mais
facilmente situações e elementos similares e realize suas tarefas com maior rapidez. A
falta de homogeneidade pode comprometer tanto o desempenho quanto a satisfação do
usuário com o site.
Heurística 7 - Compatibilidade com o contexto
Esta heurística refere-se à correlação direta entre o site e seu contexto de
aplicação. As características do site devem ser compatíveis com as características dos
usuários e das tarefas que estes pretendem realizar com o site.
O desempenho dos usuários de qualquer sistema interativo melhora quando os
procedimentos necessários ao cumprimento da tarefa são compatíveis com as
características psicológicas, culturais e técnicas dos usuários; e quando os
procedimentos e as tarefas são organizados de acordo com as expectativas e costumes
dos usuários. O site deve "falar" a ngua do usuário, com palavras, frases e conceitos
familiares, ao invés de termos técnicos relacionados ao site ou à tecnologia web. As
convenções do mundo real devem ser seguidas, apresentando informações em uma
ordem lógica e natural.
17
2.2.2 Outras técnicas de avaliação de usabilidade
Diante deste cenário embasado no poder do usuário, outras técnicas que se
mostram pertinentes ao entendimento do assunto ‘usabilidade’. As principais possuem
focos variados de avaliação, como os critérios ergonômicos.
Uma dessas abordagens técnicas pertinentes para avaliação de usabilidade é a de
Shneiderman (1998). Em sua Técnica de Satisfação, busca-se congregar oito pontos
chamados de regras de ouro: Consistência, Atalhos para Usuários freqüentes,
Feedback informativo, Diálogos que indiquem término da ação, Prevenção e
Tratamento de Erros, Reversão de Ações, Controle e Baixa Carga de Memorização.
De forma sucinta, uma boa interface deve atentar-se para a necessidade de
seqüências de ações similares, ou seja, a mesma terminologia em menus, telas, padrão
de cores, layout e fontes. É salientada a importância de sistemas mais adequados a
usuários freqüentes como teclas especiais, macros e navegação simplificada, os quais
facilitem a navegação de quem possui mais experiência, evitando, assim, passos
desnecessários.
Segundo Shneiderman (1998), toda ação do usuário precisa de respostas do
sistema. A organização do sistema também é importante para que o usuário seja capaz
de identificar quando cada grupo de ações foi completado. É colocada em evidência a
questão da prevenção dos erros, bem como de seu tratamento. O autor aborda ainda que,
tanto quanto possível, as ações no sistema precisam ser reversíveis. A sensação de
controle por parte do usuário precisa ser permitida pelo sistema. Devido à baixa carga
de memorização do usuário, o sistema precisa ser simples o suficiente e, ao mesmo
tempo, consistente em relação às outras telas do conjunto. Além disto, deve ter a
freqüência de movimentos reduzida.
A técnica de avaliação de usabilidade, segundo critérios ergonômicos,
desenvolvida por Bastien e Scapin (1997), coloca pontos de avaliação como: Condução,
Carga de trabalho, Controle Explícito, Adaptabilidade, Significado dos digos, Gestão
de erros, Homogeneidade/Consistência e Denominações e Compatibilidade. Os autores
consideram que a usabilidade está diretamente ligada ao diálogo na interface. Segundo
eles, é a capacidade do software em permitir que o usuário alcance suas metas de
interação com o sistema.
18
No âmbito da condução, Bastien e Scapin (1997) se referem aos meios
disponíveis para aconselhar, orientar, informar e conduzir o usuário em seu processo de
interpretação do sistema, levando em conta pontos como presteza, agrupamento entre
itens, feedback imediato e legibilidade. A carga de trabalho diz respeito a todos os
pontos do sistema que têm papel importante na redução da carga cognitiva e perceptiva
do mesmo, bem como na eficiência do seu diálogo. A questão do controle do usuário
também é colocada pelos autores, sendo dividido em ações explícitas do usuário e
controle propriamente dito do mesmo. A flexibilidade e a consideração da experiência
do usuário preenchem os requisitos do ponto de avaliação adaptabilidade ao sistema. O
fator ligado à correção de erros também é avaliado.
Para Bastien e Scapin (1997), a homogeneidade e a consistência colocada ligam-
se à capacidade de se manter idênticos os códigos, denominações e formatos em
contextos idênticos e diferentes em contextos diferentes. A adequação entre os objetos,
informação apresentada ou pedida e sua referência precisa também ser levada em conta
em um sistema. Por fim, o critério da compatibilidade refere-se à coerência entre as
características do usuário que são memória, percepção, hábitos, competências, idade e
expectativas, características das tarefas e a organização das entradas, saídas e do diálogo
de uma dada aplicação. Além disso, precisa haver coerência entre diferentes ambientes e
aplicações.
Além dessas duas técnicas, a avaliação heurística, desenvolvida por Nielsen
(1994), escolhida para a realização da análise das interfaces web nos sites dos hotéis
selecionados nesta pesquisa. A seguir, é apresentada uma caracterização dessa
abordagem.
As abordagens e técnicas de usabilidade revistas têm como pontos de interseção
a questão da prevenção dos erros e a flexibilidade, bem como a clareza, objetivados para
que o usuário tenha a sensação de controle do sistema. A usabilidade, em termos
ergonômicos, pode ser estudada tanto sob a ótica das heurísticas, quanto da análise de
satisfação, tendo em comum o esforço de medir a máxima facilidade de uso por parte do
usuário, vendo-o como sujeito da situação e como controlador de suas atividades no
sistema. O quadro 1 sintetiza as principais técnicas de avaliação da usabilidade
apresentadas neste referencial.
19
Quadro 1: Principais técnicas de avaliação de usabilidade
Principais Autores
Analisados
Técnicas de Avaliação
de Usabilidade
Principais itens de Avaliação
SHNEIDERMAN Técnica de Satisfação
Consistência;
Atalhos para usuários freqüentes;
Feedback informativo;
Diálogos que indiquem término da ação;
Prevenção e tratamento de erros;
Reversão de ações;
Controle;
Baixa carga de memorização.
BASTIEN & SCAPIN Técnicas Ergonômicas
Condução;
Carga de trabalho;
Controle Explícito;
Adaptabilidade;
Gestão de erros;
Homogeneidade/consistência;
Significado dos códigos e denominações;
Compatibilidade.
JACKOB NIESEN
Avaliação Heurística
(adaptada para este
estudo)
Visibilidade do estado atual do sistema;
Projeto estético e minimalista;
Controle do usuário;
Flexibilidade e eficiência de uso;
Prevenção de erros;
Consistência;
Compatibilidade com o contexto;
2.3 Internet e o Comércio eletrônico
A tecnologia de informação (TI) surge como suporte e meio para a consecução
das metas e maximização dos processos. A TI é insumo e suporte para dar longevidade
aos mesmos e desenvolvê-los diante da competição global. Segundo Porter (2001), a
Internet é a tecnologia de informação que provê melhores oportunidades para as
companhias estabelecerem posições estratégicas diferenciadas, se comparada a
tecnologias anteriores.
Nas empresas, esta TI maximiza processos, intercepta e relaciona informações,
tornando-as disponíveis em tempo real para a eficácia organizacional. Das tecnologias
atuantes no cenário global, esta é, sem dúvida, a mais promissora e viabilizadora de
informações das quais depende toda e qualquer organização competitiva. Nas funções
básicas de comunicação, reunião de informações e marketing, a Internet pode auxiliar as
empresas a atingirem seus objetivos organizacionais de satisfação do cliente, inteligência
competitiva e redução de custos além de se tornar uma impulsionadora de novos negócios
(Cusack apud Ramos e Veldman, 2000).
20
Dentro desta mesma visão, Ramos (1998) explica que a Internet é uma TI
integradora e colaboradora, que possibilita reduzir vastamente as restrições impostas em
termos de tempo e espaço e permite adquirir, interpretar e agir sobre a informação.
Afirma também que a Internet, como mídia de caráter bilateral, incrementa o caminho
estratégico das organizações de maneira a tornar o processo eficiente e bem gerenciado
em termos de informação.
Numa perspectiva história, a Internet foi desenvolvida em um ambiente militar
em seus primeiros anos, no final da década de sessenta, sendo mais uma ferramenta de
pesquisa voltada para a exploração do uso de computadores em ambiente distribuído. A
ARPA (Advanced Research Projects Agency), uma agência do Departamento de Defesa
dos Estados Unidos, começou a patrocinar pesquisas na área de redes de computadores
com a ARPANET, criada em 1969. As experiências foram feitas a partir de um conjunto
de protocolos de conexão que foram aperfeiçoados até chegar ao que hoje se conhece
como TCP/IP (O´BRIEN, 2001). Segundo Albertin (2000), a Internet foi criada
inicialmente para servir como um backbone2 de comunicação nos tempos de crises
nacionais e para apoiar a pesquisa acadêmica.
Esses conceitos apresentados denotam um sistema que foi concebido com a
finalidade inicial de comunicação entre os setores governamentais e acadêmicos
americanos. No entanto, o desafio da Internet foi vencido quando conectou usuários sem
a preocupação de saber quantas redes estavam envolvidas ou como as conexões eram
feitas. A Internet e o avanço proporcionado por ela mudaram os paradigmas de tempo e
espaço, tanto social como empresarialmente (ALBERTIN, 2000). A Internet se tornou
rapidamente a tecnologia escolhida para a realização de negócios eletrônicos, em
virtude de oferecer um modo muito mais fácil e com custo mais baixo para as empresas
se ligarem a outros negócios e indivíduos.
Para Ciria (2002), a Internet tem o potencial de, em alguns setores, ser
revolucionária. Todavia, em outros, que usam intensivamente da informação como
entretenimento, serviços de saúde, governo e educação, o potencial ainda se encontra no
futuro, mas em boa parte da economia o uso dessa plataforma eletrônica oferece
compensações graduais sem alterar substancialmente o núcleo dos negócios.
A Internet deixou de ser um canal de comunicação para se tornar um novo canal
para conduzir os negócios, o que está levando a valorização das ações das empresas
ligadas à Internet (GUROVITZ, 1999). Segundo Albertin (2000), comércio eletrônico
21
(CE) é a realização de toda cadeia de valor dos processos de negócio num ambiente
eletrônico, por meio da aplicação intensa das tecnologias de comunicação e de
informação, atendendo aos objetivos de negócio. Os processos podem ser realizados de
forma completa ou parcial, incluindo as transações negócio-a-negócio, negócio-a-
consumidor e intra-organizacional. Estendendo essa definição, Bloch, Pigneur e Segev
(apud ALBERTIN, 2000) incluem o CE como o suporte para qualquer tipo de
transações de negócio sobre uma infra-estrutura digital.
Na perspectiva de processo de negócio, o comércio eletrônico “é a aplicação de
tecnologia para automação de transações de negócio e fluxo de dados” (SILVA, 1997).
O ambiente de comercialização através da plataforma web consegue, de forma
integrada, unir os objetivos da organização com as necessidades de toda a cadeia de
valor que são vender e comprar em todos os setores da economia, como: bens, serviços,
informação, lazer, cultura, entre outros. Isso tudo acontecendo de forma muito rápida.
Segundo Albertin (2000), o CE é considerado um grande potencial para novas
estratégias e oportunidades de negócio, tanto dentro das organizações com redução de
custos e melhoria de processos, como também no relacionamento com os clientes em
novos canais de vendas e criação de novos bens e serviços. Uma das grandes
características da utilização dessa nova tecnologia está relacionada com a integração e
comunicação eletrônica das empresas com seus fornecedores e clientes.
O ambiente de negócios eletrônicos inclui estabelecer conexões eletrônicas com
clientes, fornecedores, distribuidores, grupos de indústria e mesmo concorrentes com o
intuito de aumentar a eficiência dos negócios, expandir a participação de mercado e
manter a viabilidade a longo prazo. A Figura 1 ilustra a forma como uma empresa pode
utilizar a Internet nos processos de negócios e para integrar sua cadeia e valor,
realizando suas atividades.
Para Laudon e Laudon (1999), a Internet juntamente com as intranets e extranets
trouxe vários benefícios para as organizações, pois, em virtude da tecnologia, estão se
tornando as principais plataformas para o comércio e negócios eletrônicos. Isso pode ser
verificado nas organizações que adotam esta plataforma, no que diz respeito à melhoria
da coordenação, à colaboração e ao aceleramento da distribuição do conhecimento.
22
Fonte: O’Brien (2001)
Figura 1: Uso comercial da Internet por uma empresa
Os benefícios obtidos pela adoção do Comércio eletrônico por parte das
organizações proporcionam uma maior conectividade e alcance global, visto que o valor
da Internet está em sua habilidade de conectar, de forma barata e fácil, muitas pessoas
em muitos lugares de todo o globo. Isso pode permitir às empresas o acesso a negócios
ou a pessoas que normalmente estariam fora do seu alcance. Esse acesso acontece com
fornecedores, parceiros comerciais ou clientes individuais por um custo baixo, mesmo
que eles estejam a meio mundo de distância.
Um outro benefício organizacional observado é a redução dos custos de
comunicação. Empregando a Internet, é possível reduzir em mais de 1000% o custo de
comunicação. A redução dos custos de transações eletrônicas em relação às transações
baseadas em papel também é um benefício que pode ser auferido. Ainda no campo da
eficiência, o comércio eletrônico pode ajudar a organização a reduzir seus custos
operacionais, visto que a rede fornece ferramentas de comunicação e colaboração mais
baratas que podem ser usadas em escalas globais.
23
No que diz respeito às ferramentas da Internet, é possível criar aplicativos
interativos capazes de ser personalizados para múltiplos propósitos e públicos. As
páginas da Web possuem recursos para interagir com visitantes que não podem ser
encontrados na mídia impressa tradicional. Tudo isso pode aumentar ou reduzir o
tamanho da audiência do site da empresa.
2.4 Usabilidade em Websites
A usabilidade assume uma importante crítica, principalmente quando se reporta
para o ambiente web. Para Nielsen (2000), a Web é o ambiente no qual o poder do
cliente se manifesta no mais alto grau. De acordo com Spool (1999), o estudo
ergonômico das páginas da Web depende de vários fatores, dentre eles:
- Disposição de seus Componentes: de acordo com a disposição dos ícones, botões,
figuras animadas, textos, campos de entradas de dados, etc., facilita-se ou dificulta-se a
navegação do usuário, levando-o se confundir ou não e auxiliando-o a localizar o que
realmente deseja.
- Cores: cores fortes podem tornar cansativa a navegação. Cores claras exigem maior
esforço do usuário em identificar o que está sendo mostrado. A utilização de muitas
cores afeta a visão do usuário, confundindo e rapidamente causando cansaço visual.
- Objetividade: quanto mais objetivo e claro for o conteúdo das páginas, mais
facilmente o usuário localizará o que deseja, atingindo seu objetivo rapidamente.
- Facilidade de Navegação: a existência de links para ginas anteriores, próxima
página ou página afins facilita a navegação do usuário.
- Textualização do Conteúdo: quanto mais informações existirem nas páginas, mais os
usuários se sentirão amparados em sua navegação. Não devem, porém, existir
informações em exagero, pois tornará a navegação cansativa, dificultando as ações do
usuário.
Todos esses elementos são importantes em páginas voltadas para comércio
eletrônico, e, em especial, as páginas de hotéis abordadas nesta pesquisa, pois podem
facilitar ou dificultar a navegação, atraindo ou afastando os clientes. Um gestor de hotel
pode estar deixando de efetuar uma reserva on line, ou de atrair um cliente por falta de
um estudo sobre a usabilidade das páginas do seu site.
24
Nielsen (2000) afirma que a usabilidade rege a Internet, e torna-se relevante
observar a forma como os usuários interagem com os websites. Mas, apesar disso, a
maioria dos web designers não estão preocupados em desenvolver sites que atendam as
necessidades dos usuários.
Santos e Nascimento (2002) ressaltam que, pela Internet, mais do que por
qualquer outro critério, a qualidade de um sistema de computador é julgada pelos
usuários, pois para estes o sistema é percebido por meio da Interface. É a partir dela que
o cliente toma a decisão sobre seu uso ou não. A interface abre o sistema para seus
usuários, proporcionando sua interação com este.
Atualmente muitas operações financeiras e comerciais em todo o mundo são
realizadas através da Internet. As empresas anunciam seus produtos e serviços e os
consumidores, sem sair de casa, adquirem os itens que lhes interessam. Os serviços
virtuais são um dos maiores responsáveis pelo crescimento das vendas realizadas
através da Internet. Segundo Nielsen (2001), os websites que obtêm grande sucesso na
Internet são aqueles “politicamente corretos”, ou seja, observam-se duas características
fundamentais: usabilidade e simplicidade.
2.5 A Internet no Turismo e na Hotelaria
Com a disseminação do comércio eletrônico, a importância da qualidade dos
serviços prestados pelos sites se torna cada vez mais evidente. No varejo virtual ou
online, o turismo tem crescido em altas taxas, tendo como base as transações
provenientes do turismo de negócios e a estabilização do dólar. de se considerar
também que este setor tem uma digitalização cada vez mais efetiva das operações de
empresas que atuam nele como as operadoras, agências, hotéis e locadoras de autos.
A compra de produtos e serviços pela Internet está causando uma grande
revolução no mundo dos negócios e na vida dos consumidores. Para alguns clientes, é
mais cômodo fazer uma reserva de passagem aérea pela homepage da companhia do
que pela própria agência de viagens (FRANCO, 2001). O mesmo também pode ser dito
com relação aos hotéis.
A facilidade com que a TI está ligando os clientes aos fornecedores está gerando
novas formas de fazer negócio, além de reestruturar a indústria do turismo e criar novos
tipos de intermediários. No que tange ao mercado turístico, que tem um potencial
25
representativo para a economia do país, o uso efetivo de mídias como a Internet em seus
processos pode tornar-se um diferencial e meio para a sobrevivência de muitas
organizações. A indústria turística tem a informação como fator chave para seus
negócios e precisa condizer com os anseios dos clientes devido à rapidez do mercado e
às exigências dos consumidores. Segundo Ramos e Mendes Filho (2002), estes estão
cada vez mais confiando nos serviços turísticos oferecidos através da Web.
Consoante Silva (1997), o setor turístico pode ser bastante beneficiado pelo uso
da Internet uma vez que diminui seus custos nas reservas com a utilização das reservas
automáticas, sem intervenção humana. Os pequenos empresários que o dispõem de
recursos suficientes para adotar tais sistemas podem utilizar a Internet competitivamente
também. Realizando suas transações com custos menores que o de uma ligação local,
estarão competindo com grandes organizações.
Buhalis (1998, apud RAMOS e MENDES Filho, 2002) cita que a TI está ligada
a todos os setores do turismo como produção, marketing, distribuição e funções
operacionais, tanto na área privada quanto na pública. A TI passa a alterar as estratégias
das organizações modificando sua posição perante o mercado, gerando diferencial,
eficiência, influenciando em seu custo operacional e no tempo de resposta. Para tanto, o
uso da TI precisa ser realmente estratégico a fim de alcançar seus mercados, melhorar
sua eficiência, maximizar lucros, aumentar seus serviços e manter a prosperidade em
longo prazo.
Reservas on line são mostradas como uma maneira eficiente de fazer negócios
turísticos bem como outros usos específicos da web, precisamente na Internet. As
melhorias relacionadas com a distribuição dos produtos/serviços turísticos também são
notáveis. Dois fatores contribuem para tal: a rapidez com que a Internet penetra em
novos mercados e a diminuição de custos relativos a toda estrutura necessária para a
sua operação.
Segundo Hamel e Prahalad (1995), uma das formas mais eficientes de se
permitir que o cliente possa se “auto-atender” em um serviço que está sendo lhe
oferecido é através da Internet. Para O´Connor (2001), a Internet também resolve
problemas relacionados com os meios tradicionais de distribuição ao se dirigir
diretamente ao cliente, podendo diminuir os custos e possibilitando a distribuição de
produtos com baixas margens de lucros. Outro ponto a favor da web é a ausência de
26
estrutura. Isto lhe a flexibilidade de distribuir produtos heterogêneos com
simplicidade e aceitação geral de sua interface padronizada com o usuário.
Turban (2004) aponta que o sucesso de um site depende principalmente do
design utilizado. Atentar para as características usuais do website passa a ser
predominante diante da realidade competitiva. A indústria turística torna-se integrante
importante deste cenário. O comércio eletrônico acompanhado de uma estratégia de uso
eficiente por parte do usuário, torna-se o balizador do funcionamento e manutenção dos
negócios virtuais.
2.5.1 Internet nos Hotéis
A Internet como veículo de ligação entre empresa e cliente tem surtido grandes
efeitos no tocante a indústria turística. De acordo com a empresa de pesquisa Peppers &
Rogers Group (2006), a Internet trouxe 20% de toda a receita dos hotéis, contra 15% em
2003. A Internet também influenciou outros 20% de reservas off line nos hotéis (por
exemplo, pelo call center e no próprio hotel). Entre 2005 e 2006, a Internet contribuiria
com mais de 27% de todas as reservas nos hotéis e 53% de todas as reservas por
Internet seriam feitas diretamente pelo cliente (através do Website do próprio hotel).
Muitos clientes corporativos de hotéis fazem de 30 a 40 por cento de suas reservas on
line.
Este fato demonstra a influência direta e efetiva da Internet no tocante aos
hotéis. A utilização do marketing eletrônico ou virtual passa a favorecer enormemente
este ramo, principalmente no que se refere ao relacionamento com os clientes.
Diante deste cenário, trabalhos ligados ao uso da Internet em hotéis evidenciam
resultados variados. Segundo Mendes (2002), no tópico que mede a eficiência da
Internet na hotelaria, 82,9% dos gerentes consideraram muito importante a Internet
como uma ferramenta de marketing e propaganda, 71,4% para se efetuar reservas,
45,7% para analisar a concorrência entre os hotéis e 31,4% para treinamento dos
funcionários. A respeito da importância do acesso à Internet, 88,6% responderam em
sua pesquisa ser muito importante o acesso deles à Internet, enquanto que apenas 5,8%
acharam muito importante o acesso dos funcionários. Por fim, 68,6% dos gerentes
concluíram ser muito importante disponibilizar o acesso à Internet aos hóspedes. No que
se refere à Internet como um meio de comunicação, 100% dos gerentes consideraram
27
muito importante e importante o uso da Internet para se comunicar com os hóspedes,
94,3% com o escritório central, 82,8% com fornecedores e apenas 28,6% com os
funcionários.
Com relação ao tópico “Importância da Internet no futuro”, 97,1% dos gerentes
disseram que a Internet será muito importante e importante no futuro para a indústria
hoteleira, 97,1% consideraram muito importante a Internet para o seu hotel no futuro e,
também, 97,1% disseram que a segurança e confiabilidade dos dados será muito
importante no futuro.
Os gerentes opinaram sobre quais eram os maiores benefícios que a Internet
poderia trazer para o hotel. As opções mais citadas foram as seguintes: aumenta a
propaganda e o marketing do hotel na mídia local e mundial (40,0%), aumenta as
vendas e reservas do hotel (20,0%), melhora o atendimento ao cliente fornecendo
informações do hotel pela homepage e e-mail (17,1%) e redução de custos do hotel (fax,
ligações interurbanas, papel, rapidez e eficiência operacional) com 14,3% do total dos
gerentes pesquisados.
Quanto às maiores dificuldades para o hotel utilizar a Internet em suas
operações, as opções mais citadas foram: custo e tempo envolvidos na implantação da
Internet no hotel (31,4%), clientes e funcionários não estão acostumados a usar a
Internet e/ou computador (31,4%) e segurança e confiabilidade de dados do hotel que
podem ficar expostos na Internet, com 11,4% dos gerentes pesquisados.
Segundo Silva (1997), dentre os impactos positivos, a ampliação dos
mecanismos de comunicação juntamente com a redução de tempo para as transações
foram os que tiveram maiores destaques, pois a internet proporcionou ganhos
significativos para a organização e na sua cadeia de valor, diminuindo o fluxo de papéis
e também redução de custos, além da diminuição do tempo de respostas às solicitações.
A redução de custos aparece em todos os outros itens em virtude de ser esta uma
das principais características desta nova ferramenta de negócio. Houve também um
aumento significativo dos canais de venda, comprovando-se isto em virtude da
ampliação e captação dos clientes que são, em sua maioria, individuais ou grupos de
empresas participantes de algum evento de negócio. Os primeiros representam 80% em
relação às vendas da empresa enquanto que o segundo grupo representa 20%. Eles estão
distribuídos em termos de nacionalidade como 90% de brasileiros e os 10% restantes de
28
outras nacionalidades. São em geral clientes de classe média, possuindo bom grau de
instrução.
Para a indústria hoteleira, o comércio eletrônico proporciona vantagens com
relação à efetivação de reservas, o que gera uma intervenção maior por parte dos
clientes no processo de compra do serviço, fato este que requer ênfase no que se refere à
usabilidade dos serviços on line.
Para o futuro, vê-se que a maior parte dos gestores tem a consciência de que este
veículo será de grande importância para seu negócio. Assim sendo, a Internet passa a ser
uma grande aliada no que tange à captação de clientes e transações efetivadas na
indústria hoteleira.
Os websites de hotéis são ferramentas expressivas para o desenvolvimento do
turismo. O desenvolvimento de um website que traga grandes facilidades de interação
ao seu usuário, bem como a boa navegabilidade e seguindo as heurísticas de Nilsen
(2000), são soluções que podem contribuir para o crescimento do setor turístico, em
especial.
29
Capítulo 3 - Metodologia da Pesquisa
Este capítulo descreve a metodologia de pesquisa utilizada nesta dissertação,
detalhando questões como: tipo de pesquisa, método de pesquisa, instrumento de coleta
de dados, população e amostra, coleta dos dados.
3.1 Tipologia da Pesquisa
Do ponto de vista dos objetivos, esta pesquisa é do tipo exploratória. Segundo
Cervo e Bervian (1996, p. 49), a pesquisa exploratória tem por objetivo a familiaridade
com o fenômeno ou obter nova percepção e descobrir novas idéias do mesmo.
3.2 Delimitação do estudo
A avaliação da usabilidade foi delimitada em sites de hotéis localizados na
região Nordeste do Brasil, por ser uma região considerada pólo turístico no país. Foram
escolhidos os sites de hotéis do Nordeste que estão cadastrados no www.expedia.com,
um site de referência turística mundial. Segundo O´Connor (2003), três grandes sites
que controlam 55% do mercado de viagens online. Um deles é o Expedia.com, número
um em vendas de viagens pela Internet, com mais de 14 milhões de visitantes por mês.
A pesquisa dos sites de hotéis do Nordeste foi realizada durante o ano de 2005.
Foram encontrados 73 sites de hotéis na região Nordeste, sendo que somente 56
sites foram considerados passíveis de avaliação, pois muitos sites existentes não
possuíam informações suficientes para serem avaliados, outros ainda estavam em
construção, tendo sido, portanto, excluídos do estudo. Foram 280 formulários
distribuídos para 100 avaliadores compondo 20 grupos com 5 componentes. Alguns
voluntários analisaram mais de um site, visto que não foi possível conseguir um número
suficiente para pesquisa. Os sites escolhidos eram de hotéis das seguintes capitais
nordestinas: Natal-RN, Teresina-PI, Salvador-BA, Maceió-AL, Aracaju-SE, João
Pessoa-PB, Recife-PE e Fortaleza-CE.
30
Nesta pesquisa, foram estudados 12 sites de hotéis de redes nacionais e 27 sites
de hotéis de redes internacionais(Quadro 2).
Quadro 2: Lista dos hotéis pesquisados
HOTEIS DE REDES NACIONAIS HOTEIS DE REDES INTERNACIONAIS
HOTÉIS OTHON
TROPICAL HOTEL
BLUE TREE
PONTA MAR
LUCSIM HOTÉIS
HOTÉIS ACCOR
HOTÉIS BEST WESTERN
SOL MELIÁ
MARRIOT
POSADAS
PESTANA
REDE PROVENCE
GOLDEN TULIP
VILA GA
CHOICE.
Para a realização da avaliação segundo a percepção de usuário, foram escolhidos
cinco respondentes para cada site. Este número de participantes do estudo foi baseado
em estudos de Nielsen (2000), que preconiza que, para conseguir resultados
satisfatórios, são necessários apenas cinco informantes.
Na presente pesquisa, foram utilizados 195 formulários, todos respondidos de
forma correta, pelos avaliadores que formaram um total de 100 voluntários, onde
formaram-se 20 grupos com cinco componentes cada. Alguns grupos avaliaram dois
sites diferentes, pela falta de voluntários na pesquisa. A escolha dos avaliadores se deu
de forma a contemplar uma variabilidade das áreas de interesse, em razão dos
respectivos cursos de graduação, isso para que houvesse um horizonte mais amplo e
diversificado de análise.
3.3 Instrumento de coleta de dados
O tipo de observação utilizada na pesquisa foi a observação sistemática, que é
básica para o pesquisador e reforça a necessidade de um projeto claro, pois o acadêmico
tem de saber o que quer para então observar.
31
Para Lakatos e Marconi (1991), a coleta de dados é a etapa da pesquisa em que
se inicia a utilização dos instrumentos definidos e das técnicas selecionadas, com o
objetivo de se obter os dados previstos. O instrumento de coleta de dados utilizado no
presente trabalho foi o formulário, na forma de um Protocolo de pesquisa, abrangendo
cinco Anexos. Este formulário foi organizado e adaptado, tendo como base uma
pesquisa realizada por Jackob Nielsen (2000). Este método foi escolhido por ter
demonstrado maior adaptabilidade aos conceitos ligados tanto com a ergonomia quanto
com a satisfação. Algumas questões foram alteradas para se adequar à realidade dos
sites de hotéis.
O formulário ou protocolo da pesquisa abrangeu 48 questões, distribuídas em
cinco partes. A primeira parte é referente ao perfil do avaliador do site (Anexo I). Foi
solicitado que o avaliador identificasse: Idade; Sexo; Grau de Instrução; Experiência
Profissional; Tempo na profissão; Experiência Computacional; Local em que utiliza o
computador; Média de horas por dia que utiliza o computador. Estas perguntas tinham
como objetivo identificar o perfil do avaliador dos sites.
A segunda parte do formulário foi composta de 23 perguntas, todas relacionadas
com as Heurísticas de Nielsen (Anexo II). Foi necessário que o avaliador respondesse as
questões a partir de uma escala que variava de 0 (zero) a 5 (cinco). Na análise de dados,
foi estabelecido que os valores ‘0’, ‘1e ‘2’ representariam uma tendência de NÃO
atendimento às atribuições de usabilidade, enquanto os valores ‘3’, ‘4’ ou ‘5’ indicariam
a tendência para o atendimento do critério de usabilidade (SIM). Portanto, foram criados
conceitos para essas respostas, onde '0 a 1 é ‘péssimo’, 1 a 2 é ‘ruim’, 2 a 3 é ‘bom’ e 4
a 5 é ‘ótimo’.
Os quesitos que compõem as heurísticas para avaliação de usabilidade foram
divididos em sete grandes itens, cada um com suas respectivas perguntas. No quadro 3
se especifica resumidamente cada uma dessas heurísticas.
32
Quadro 3: Protocolo de avaliação de usabilidade, segundo as heurísticas de Nielsen
HEURÍSTICAS DE
USABILIDADE
CONTEÚDO AVALIATIVO ABORDADO
1. Visibilidade e
reconhecimento do conceito
atual e condução do usuário
Capacidade da página principal responder a perguntas como: onde
estou e o que o site faz.
Análise da estrutura e da presença de mapa do site Identificação na
página atual onde o usuário se encontra
Presença ou não dos níveis anteriores da estrutura de navegação ata
chegar a página atual
Se há um diretório com as principais áreas do site
Resumo das novidades
Caixa de serviço de busca
2. Projeto estético e minimalista
Se o website possui cores berrantes, caracteres brilhando ou
piscando
Se há a presença de desenhos ou texturas no fundo da página
Se o fundo do website chama mais atenção do que a informação
Se as letras contrastam com o fundo da página ou não
3. Controle do usuário
Se o site possibilita interromper o processamento ou transação atual
Se o site não desvia para outras páginas, a não ser que o usuário
digite enter ou clique com o mouse
Se há abertura de janelas adicionais
Se o site fornece serviço de busca em todas as páginas
4. Flexibilidade e eficiência de
uso
Se através dos links utilizados ocorrem a elucidação do conteúdo
das páginas correspondentes
Se os elementos importantes no website são visíveis , sem a
necessidade de rolagens verticais ou horizontais
Analisar se o website oferece opção de impressão ou download de
arquivos para textos mais extensos
5. Prevenção de erros
Se o website possui alguma página sinalizando processo de
construção
Datas atualizadas
Se os títulos das páginas caracterizam de forma adequada o seu
conteúdo
6. Consistência
Se o website saiu do padrão web de cores
Se há preocupação em se observar a existência de alguma palavra
ou trecho sublinhado de azul que não seja link
Se o serviço de busca encontra-se logo no início da página, de
preferência no canto superior direito
7. Compatibilidade com o
contexto
Se o site possui algum erro de grafia
Quanto às datas e unidades de medidas, se estão dentro do padrão
Se o website oferece opção de outros idiomas
A terceira parte do protocolo de análise é uma simulação de reserva de quarto
de hotel através do site (Anexo II). Por se tratar de uma pesquisa em websites de hotéis,
torna-se pertinente a averiguação do estado atual de sua reserva online. Para tanto, foi
averiguado se a reserva foi efetuada de forma simples, se o comportamento do cursor é
consistente em todos os campos de entrada de dados, se o término da reserva passa
segurança ao usuário. Verificou-se, também, se as devidas informações são oferecidas
33
durante o processo de reserva, bem como se observou a ocorrência de retorno fácil ao
estágio anterior da reservam a fim de serem feitas modificações.
Tendo em vista a necessidade de se traçar o perfil das principais características
do website, a quarta parte do formulário - chamada Características Gerais do website -
procurar idetificar a percepção rápida dos objetivos, a percepção geral do website, a
facilidade de navegação entre as páginas, o grau de segurança e o sigilo fornecido. No
final, indagou-se sobre a avaliação geral da navegabilidade no website.
Por fim, a quinta parte contemplou a percepção geral do usuário, no que diz
respeito à percepção geral do usuário (Anexo V). Foi estabelecida uma escala de
diferencial semântico, contemplando pontos eqüidistantes como: ‘terrível’ e
‘maravilhoso’, ‘difícil’ e ‘fácil’, ‘frustrante’ e ‘satisfatório’, ‘inadequado’ e ‘adequado’,
‘desestimulante’ e ‘estimulante’, ‘rígido’ e ‘flexível’.
3.4 Procedimento de aplicação do protocolo da pesquisa
O procedimento de aplicação do protocolo se deu da seguinte forma. A escolha
dos usuários foi feita de acordo com a disponibilidade de cada um, e os sites por eles
avaliados foram distribuídos aleatoriamente sem critério pré-estabelecido. Os
participantes convidados eram encaminhados para o Laboratório de Informática da
Instituição no qual a maioria dos avaliadores estudavam e/ou trabalhavam, no qual
recebiam mais instruções de como aconteceria a avaliação. O tempo médio de cada
avaliação foi bastante variado. Algumas avaliações duraram, em média, 30 minutos,
enquanto outras chegaram a durar duas horas. Em alguns casos, principalmente com os
avaliadores mais ocupados, foi necessário agendar horários para data futura e a
avaliação, algumas vezes, aconteceu, por questões de disponibilidade, na própria casa
do avaliador.
Os testes tiveram início em meados do mês de setembro e encerraram-se no final
do mês de dezembro de 2005. A demora para a realização dos testes justifica-se pela
dificuldade em dispor de usuários voluntários, dispostos a participarem da avaliação.
Antes de cada avaliação, foram explicados os conceitos de usabilidade e
Interação Homem-Computador, para garantir a uniformidade de entendimento, e os
objetivos da avaliação. Explicou-se também que o foco do estudo e objeto de teste eram
34
os sites e não o usuário. Esta medida se fez necessária para que nenhum dos usuários se
sentisse pressionado durante a avaliação dos sites.
Foi pedido aos usuários que navegassem no site como forma de conhecerem e se
familiarizarem com as interfaces.
Durante a avaliação, não foi imposto nenhum limite de tempo para a navegação
no site e para as respostas do questionário
Como citado anteriormente, nesta fase o instrumento de coleta de dados
escolhido foi o formulário. A escolha da aplicação de questionário, como umas das
técnicas de avaliação de usabilidade adotadas neste trabalho, deve-se ao fato de possuir
alta média de confiabilidade já estabelecida (Dias, 2003);
3.5 Tabulação, Análise e interpretação dos dados
Foi adotada uma abordagem quantitativa, tendo em vista que os resultados da
avaliação da usabilidade foram contabilizados em tabelas e números, conforme próximo
capítulo.
Com a operacionalização das heurísticas, foram feitas as seguintes considerações
para as respostas dos usuários: Ótimo: resposta 5; Bom: resposta 4; Regular: resposta
3; Ruim: resposta 2; Péssimo: resposta 1. A cada resposta dos usuários na heurística
avaliada, calculou-se uma média aritmética, realizada em planinha eletrônica, e a partir
do resultado extraído dos avaliadores, obtivemos o conceito final do site seguindo as
mesma respostas citadas anteriormente: ótimo, bom, regular, ruim e péssimo.
Nessa análise, foi feita uma comparação desses resultados com os resultados dos
demais sites em estudo. Por fim, com a quantificação dos itens avaliados foi possível
identificar os sites que mais se aproximaram do conceito de boa usabilidade definido
por Nielsen (2000).
35
Capítulo 4 - Resultados da Pesquisa
Este capítulo apresenta o resultado da análise realizada nos sites de hotéis da
região nordeste do Brasil. Está dividido em seis partes. A primeira traça o perfil dos
avaliadores dos sites. A segunda traça mostra o resultado da avaliação aplicada às
heurísticas adaptadas para websites de hotéis. A terceira parte refere-se à simulação
4.1 Perfil dos Avaliadores
Quanto ao perfil dos avaliadores, foram analisados aspectos como idade, sexo,
grau de instrução, cursos (graduação, pós-graduação ou superior incompleto),
experiência profissional, tempo de profissão, experiência computacional, local de
utilização do computador, horas de utilização do computador e ferramentas
computacionais mais utilizadas.
Em termos de idade, os avaliadores se concentravam na faixa etária de 22 a 35
anos. Cerca de 90% destes eram do sexo feminino. Os avaliadores desta pesquisa, por
portarem grau de instrução superior completo ou incompleto, representaram oito
diferentes cursos de graduação: Administração, Ciências da Computação, Engenharia da
Computação, Direito, Engenharia Elétrica, Turismo, Engenharia de Produção e
Sistemas de Informação. Quanto ao nível de instrução, a maioria estava cursando ainda
sua graduação.
Dentre as principais origens dos respondentes, encontram-se alunos e graduados
da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e da UNB (Universidade de
Brasília).
No que se refere à experiência profissional, foram os mais variados perfis,
abrangendo desde estagiários, auxiliares administrativos, gestores administrativos até
analistas de sistemas. O tempo na profissão também foi variável, sendo o menor tempo
36
quem tinha menos de um ano de experiência até respondentes com mais de quatro anos
de profissão.
No tocante à experiência computacional, a maioria absoluta tinha mais de quatro
anos que utilizava ferramentas computacionais e todos utilizavam mais o computador
em casa. Quanto às horas de uso diárias, a maior parte utilizava o computador por cerca
de cinco a dez horas, geralmente ferramentas de automatização de escritório, como
processador de texto e planilhas eletrônicas.
Este resultado atendeu aos objetivos iniciais da pesquisa, o qual pretendia que a
avaliação da usabilidade dos websites fosse realizada sob a ótica dos mais variados
perfis.
37
4.2 Avaliação da usabilidade dos sites dos hotéis segundo as Heurísticas
Os principais resultados da pesquisa, tendo por base as heurísticas de
Nielsen(2000), estão representados nos gráficos de 1 a 7. Os dados buscam elucidar o
que se apreendeu a partir da análise realizada por cada usuário, durante a navegação no
site pesquisado.
GRÁFICO – HEURÍSTICA 1 - VISIBILIDADE E
RECONHECIMENTO DO ESTADO OU CONTEXTO ATUAL E
CONDUÇÃO DO USUÁRIO.
Vila Galé
Tropical Hotel
Sol Meliá
Provence
Posadas
Ponta Mar
Pestana
Othon
Marriot
Lucsin Hotéis
Golden Tulip
Choice
Blue Tree
Beste Western
Accor
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Na heurística 1 (ANEXO II), as redes de hotéis cujos sites analisados tiveram o
maior conceito foram Pestana, Lucsin Hotéis e Best Western. Sendo Pestana e Best
Western de redes internacionais e Lucsin Hotéis de rede nacional. Dos sites analisados,
75%, obtiveram conceito ótimo no que diz respeito à capacidade de resposta da página
principal às seguintes questões: “onde estou?” /”o que o site faz?”.
A rede hoteleira Vila Galé, no que tange aos sites de hotéis nela localizados,
obteve resultados menos expressivos, ou seja, em seus sites analisados, um deles teve
conceito péssimo
nos subtópicos 1.2 (ANEXO III) e 1.3 (ANEXO III) e conceito ruim
no subtópico 1.4 (ANEXO III). Isto evidencia que as páginas destes hotéis não
38
apresentam uma estrutura ou mapa de navegação do site e nem apresentam níveis
anteriores da estrutura de navegação até chegar à página atual.
GRÁFICO – HEURÍSTICA 2- PROJETO ESTÉTICO E MINIMALISTA
Vila Galé
Tropical Hotel
Sol Meliá
Provence
Posadas
Ponta Mar
Pestana
Othon
Marriot
lucsin Hotéis
Golden Tulip
Choice
blue Tree
Beste Western
Accor
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Na heurística 2, relacionada ao projeto estético e minimalista, foi perquirido o
caráter positivo no que se refere à estética dos websites.
Destarte, a rede cujos sites de hotéis que nela se localizavam tinham websites
com melhor pontuação foi a Tropical Hotel que pertence a uma rede nacional de hotéis.
A rede com pior pontuação nesta heurística foi a Ponta Mar de cadeia hoteleira
internacional.
Os websites dos hotéis da rede Tropical Hotel obtiveram uma alta pontuação em
virtude da unanimidade dos conceitos ótimo
dos usuários que responderam ao
39
questionário no que tange à indagação quanto à apresentação dos desenhos na página
visitada. O fundo da página dos mesmos não chamou mais atenção que a informação.
Quanto à presença de cores berrantes e caracteres brilhando ou piscando, não foi
constatado e as letras mantêm um constante contraste com o fundo das ginas,
tornando agradável e clara a apreensão das informações neles disponibilizadas.
Os websites de hotéis da rede Ponta Mar tiveram conceito regular. Um deles
teve conceito regular no primeiro subtópico e o segundo teve conceito regular no
terceiro subtópico (ANEXO III). Verifica-se, assim, que a presença de cores
berrantes, desenhos e texturas no fundo da página, fazendo com que este chame mais
atenção do que informação disponibilizada na página.
GRÁFICO – HEURÍSTICA 3- CONTROLE DO USUÁRIO
Vila Galé
Tropical Hotel
Sol Meliá
Provence
Posadas
Ponta Mar
Pestana
Othon
Marriot
Lucsin Hotéis
Golden Tulip
Choice
Blue Tree
Beste Western
Accor
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Na heurística 3, os melhores conceitos foram das redes internacionais Best
Western, Pestana e também nas redes nacionais Ponta Mar e Lucsim Hotéis. Um dos
websites de hotel pertencente a rede Ponta Mar obteve conceito ótimo nos subtópicos
3.1(ANEXO II) E 3.2(ANEXO II) e os demais receberam conceitos entre bom e
regular
. Isto demonstra que o site fornece serviço de busca em todas as páginas do
portal, não abre janelas adicionais e permite interrupção dos processos e transações
40
durante a navegação, o ocorrendo desvio para outras páginas sem que o usuário o
comando.
O pior conceito foi o dos sites dos hotéis localizados na rede Internacional Sol
Meliá , onde os subtópicos 3.3 e 3.4 (ANEXO III) obtiveram conceito péssimo. Isso
significa que o site abre janelas adicionais e não possui serviço de busca.
GRÁFICO – HEURÍSTICA 4- FLEXIBILIDADE E EFICIÊNCIA
DE USO
Accor
Best Western
Sol Meliá
Marriot
Posadas
Pestana
Provence
Golden Tulip
Vila Galé
Choice
Othon
Tropical Hotel
Blue Tree
Ponta Mar
Lucsin Hotéis
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Com relação à flexibilidade e eficiência de uso, o melhor conceito foi o dos sites
de hotéis localizados na da rede hoteleira Accor. Um destes hotéis obteve conceito
ótimo no subtópico 4.1 (ANEXO III). Isto demonstra que os links utilizados assim como
os termos apresentados exprimem de forma coerente o conteúdo veiculado. A rede
Posadas teve o conceito mais baixo, sendo todos os websites de hotéis nela localizados
detentores de conceito péssimo no subtópico 4.3 (ANEXO III). Este conceito expõe o
fato de que estes sites não possuem opção de impressão ou download de arquivo nos
textos extensos.
41
GRÁFICO – HEURÍSTICA 5- PREVENÇÃO DE ERROS
Accor
Beste Western
Sol Meliá
Marriot
Posadas
Pestana
Provence
Golden Tulip
Vila Galé
Choice
othon
Tropical Hotel
blue Tree
Ponta Mar
lucsin Hotéis
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Com relação à prevenção de erros, que corresponde a heurística 5, o melhor
desempenho foi o dos sites de hotéis localizados nas redes internacionais Pestana e
Marriot, dos sites analisados todos possuem conceito ótimo no subtópico 5.1 (ANEXO
III), sendo o pior desempenho nesta heurística o dos websites de hotéis localizados na
rede internacional Golden Tulip, onde o baixo desempenho dos seus websites tem
origem nos conceitos regular e péssimo obtidos no subtópico 5.2 (ANEXO III) que
concerne à atualização dos dados e das datas de eventos sociais.
42
GRÁFICO – HEURÍSTICA 6- CONSISTÊNCIA
Accor
Beste Western
Sol Mel
Marriot
Posadas
Pestana
Provence
Golden Tulip
Vila Galé
Choice
othon
Tropical Hotel
blue Tree
Ponta Mar
lucsin Hotéis
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Quanto a heurística 6 vinculada à consistência, o melhor desempenho foi o dos
websites de hotéis localizados na rede internacional Golden Tulip que apresentaram, por
ocasião da avaliação dos usuários, conceito bom quanto ao subtópico 6.3 (ANEXO III).
Isto demonstra que o serviço de busca do site se encontra logo no início de cada página,
preferencialmente no canto superior direito.
O pior desempenho foi o dos websites de hotéis das redes internacionais Vila
Galé, Choice e Provence, uma vez que os subtópicos 6.2 e 6.3 (ANEXO III), obtiveram
conceito péssimo na avaliação dos usuários. Este conceito indica que as páginas
analisadas possuem trechos sublinhados de azul que não indicam links, ou seja, não
estão obedecendo ao padrão de cores da web e demonstra, ainda, a inexistência do
serviço de busca nas principais páginas do site.
43
GRÁFICO – HEURÍSTICA 7 – COMPATIBILIDADE COM O
CONTEXTO
Accor
Best Western
Sol Mel
Marriot
Posadas
Pestana
Provence
Golden Tulip
Vila Galé
Choice
Othon
Tropical Hotel
Blue Tree
Ponta Mar
Lucsin Hotéis
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
No que tange à compatibilidade com o contexto, os sites de hotéis da rede
internacional Pestana obtiveram melhor desempenho. Eles alcançaram conceito ótimo
no que diz respeito à utilização de datas e unidades de medida correspondentes ao
padrão nacional, oferecendo ainda a opção para os usuários visitantes de mais de um
idioma de leitura das informações disponibilizadas.
O website do hotel da rede internacional Posadas foi o pior conceituado nesta
heurística. Nos formulários utilizados, os usuários atribuíram conceito péssimo ao
aspecto concernente à grafia, tendo como base a gramática local e ao fato de não
possuírem mais de uma opção de idioma.
Vê-se, portanto, que, em se tratando do item consistência, os websites analisados
carecem de fatores relacionados à padronização das cores e localização adequada dos
links de serviços como o de busca.
A heurística 3, ligada ao controle do usuário, aparece, em geral, com um
conceito regular nos diversos sites pesquisados. Isto leva a inferir que os websites de
hotéis localizados no Nordeste ainda não são desenvolvidos com a preocupação de
44
assegurar controle aos usuários. O fato de os usuários terem controle durante a
navegação demonstra, assim como as demais heurísticas, que o website possui alto grau
de usabilidade.
4.3 Avaliação da Simulação de reservas de quarto
A pesquisa teve também o intuito de avaliar a existência e qualidade da
simulação de reservas on line nos sites avaliados, de modo a verificar o grau de
facilidade e segurança na operacionalidade deste tipo de sistema.
Neste sentido, foram analisados aspectos como a simplicidade dos mecanismos
utilizados e a facilidade do usuário na realização da reserva o que também pode se
expressar através do comportamento consistente do cursor em todos os campos de
entrada de dados, ou seja, uma movimentação do cursor coerente com o comando do
usuário.
Outro ponto de relevância é a questão da segurança proporcionada pelo website.
O usuário transmite à página dados pessoais, esperando o mínimo de confiabilidade de
quem os recebe da mesma forma que aguarda veracidade das informações que lhe são
transmitidas durante e após a realização da reserva. Informações importantes como o
preço da diária e as modalidades de pagamento devem estar claramente disponíveis para
que se efetive a reserva on line. Também se considera um aspecto preponderante a
possibilidade de retorno do usuário ao nível anterior da reserva com o intuito de alterar
ou não efetivar a mesma.
Neste tópico, também foi avaliado o tempo gasto para realizar a reserva, uma
vez que, o tempo despendido nesta transação precisa ser o mínimo necessário para que
não aborreça ou desgaste a atenção do usuário, prejudicando, assim, a usabilidade do
mecanismo.
45
Vila Galé
Tropical Hotel
Sol Meliá
Provence
Posadas
Ponta Mar
Pestana
Othon
Marriot
Lucsin Hotéis
Golden Tulip
Choice
Blue Tree
Beste Western
Accor
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
Quanto à simulação das reservas, os websites da cadeia nacional Tropical Hotel
obtiveram a melhor conceituação. Em 83,3% dos subtópicos analisados (ANEXO III),
estes sites receberam conceito ótimo. Demonstrando que a reserva ocorreu de forma
simples, que ao final da reserva o site conseguiu transmitir total segurança da mesma
para o usuário e durante a realização da reserva o site forneceu todas as informações
necessárias sobre preço, estada e modalidades de pagamento.
Tabela 4.2 –
Tempo médio de reserva dos sites/hotéis da rede hoteleira Tropical Hotel
Sites/Hotéis Tempo médio/min.
PB 1 4,60
BA 18 3,20
Média 3,90
A média de tempo despendido para a realização das mesmas foi de 3,90 minutos.
Além disso, todos os dois sites analisados obtiveram conceito regular no item
3.2(ANEXO III) no que pertine à consistência do comportamento do cursor nos campos
de entrada de dados, onde o cursor deve saltar de um campo a outro sem a necessidade
do usuário clicar na tecla Enter ou Tab.
46
Tabela 4.4
Tempo médio de reserva dos sites/hotéis das redes hoteleiras Choice e Vila
Galé
CHOICE
Sites/Hotéis
Tempo médio/min.
CE 6 Não respondeu
Média
VILA GALÉ
Sites/Hotéis
Tempo médio/min.
CE 4 7,50
Média 7,50
Os
sites de hotéis pertencentes às redes internacionais Choice e Vila Galé,
apresentaram um desempenho baixo no aspecto relacionado a simulação de reservas on
line, obtendo conceito péssimo em todos os subtópicos do ANEXO III.
Isto se deve à conceituação regular alcançada nas heurísticas: 1. Visibilidade e
reconhecimento do contexto atual e condução do usuário; 4. Flexibilidade e Eficiência
de uso; 6. Consistência. O fato da realização da reserva ter sido feita apenas em um
único site e desta forma a média de tempo gasto pelo usuário durante a reserva ser alto
também demonstra a baixa usabilidade dos websites dos hotéis desta rede.
4.3.1 Simulações de reservas comparadas
Com o intuito de averiguar o desempenho dos websites, levando-se em
consideração a importância do turismo globalizado, este trabalho se dispôs a realizar
uma comparação entre o universo dos websites de cadeias de hotéis nacionais e
internacionais no que diz respeito à qualidade do serviço, disponibilizado ou não, de
reservas on line.
47
A cadeia hoteleira nacional PONTA MAR, da qual três sites de hotéis foram
analisados nesta pesquisa, obteve conceito ótimo dos usuários avaliadores nos seguintes
itens: A reserva foi efetuada de forma simples? e Durante a reserva são fornecidas
informações sobre preço e estada, assim como as modalidades de pagamento?
A cadeia hoteleira Internacional SOL MELIÁ, da qual três sites de hotéis foram
analisados, e as cadeias PESTANA e MARRIOT que tiveram, cada uma, dois sites de
hotéis sendo avaliados, alcançaram, todas, conceito ótimo no que se refere à heurística 7
compatibilidade com o contexto, dentro do seguinte questionamento: O site oferece a
opção de mais de um idioma?
O site do hotel TROPICAL TAMBAÚ PRAIA BRASIL da rede hoteleira
nacional TROPICAL HOTEL obteve conceito ótimo em todos os itens do Anexo III
que se refere à simulação de reservas on line, obtendo também a nota máxima na
heurística 7 compatibilidade com o contexto, dentro da pergunta: O site oferece a
opção de mais de um idioma?
A cadeia hoteleira nacional TROPICAL HOTEL obteve conceito ótimo em
todos os sites de hotéis avaliados no que pertine à heurística 3 Controle do Usuário,
dentro do item: Durante a reserva são fornecidas as informações sobre preço e estada,
assim como as modalidades de pagamento?
Observam-se, assim, resultados relativamente previsíveis em sites de hotéis que
pertencem a cadeias internacionais. O grau de adaptação com a realidade
(compatibilidade com o contexto) e a disponibilidade de mais de um idioma alcançaram
conceito ótimo dos usuários avaliadores, como seria esperado.
Os websites de hotéis de cadeia nacional, aqui analisados, apresentaram
características semelhantes aos de cadeia internacional. Em muitos pontos, os sites de
hotéis de cadeia nacional se destacaram ao apresentar melhores percentuais relativos ao
itens avaliados. Constatou-se uma paridade qualitativa entre eles, demonstrando, ambos,
um alto grau de usabilidade, principalmente em razão do controle do usuário nas
operações realizadas.
Esta pesquisa aponta um aperfeiçoamento dos serviços disponibilizados nos sites
dos hotéis de cadeia nacional. Isto se verifica através da preocupação dos projetistas
destes websites com a usabilidade do usuário, buscando esses hotéis atingir e, em alguns
casos chegam a superar, também por meio de seus serviços on line, um patamar de
qualidade internacional.
48
A seguir, apresentam-se alguns outros destaques dos serviços de reservas dos
sites de hotéis de cadeia nacional e também dos de cadeia internacional.
Quanto à simplicidade da reserva, os hotéis com melhor desempenho foram os
de cadeia nacional com a maioria de 62% das respostas afirmativas no que tange à
simplicidade da forma com que foi realizada a reserva (Gráfico 16). Foram dez hotéis
nacionais e seis internacionais.
Gráfico 1: Simplicidade na Reserva
Reserva - 3.1 A reserva foi efetuada de
forma simples?
62%
38%
Cadeia de Hotéis
Nacionais
Cadeia de Hotéis
Internacionais
No Gráfico 17, verifica-se que, quanto à existência de informações relacionadas
ao preço, à estada e às modalidades de pagamento, os sites de hotéis de cadeia nacional
também se destacaram, tendo 72% do total pesquisado apresentado essas informações.
Neste aspecto, os sites de hotéis de cadeia nacional adquirem vantagem quanto a sua
operacionalidade, propiciando um melhor relacionamento com o usuário.
49
Gráfico 2: Fornecimento de informações na Reserva
Reserva - 3.4 Durante a reserva é
fornecida as informações sobre preço,
estada...
78%
22%
Cadeia de Hotéis
Nacionais
Cadeia de Hotéis
Internacionais
No que se refere ao oferecimento de mais de uma opção de idioma, o Gráfico 18
mostra que os websites de hotéis de cadeia internacional superam os de cadeia nacional,
apresentando um percentual de 60% de respostas afirmativas ao questionamento da
presença ou não no site da opção de mais de um idioma para a leitura das informações.
Gráfico 3: Opções de idioma para a Reserva
Heurística 7.3 - O site possui mais de
um idioma?
40%
60%
Cadeia de Hotéis
Nacionais
Cadeia de Hotéis
Internacionais
4.4 Características gerais dos websites
Esta pesquisa também buscou averiguar aspectos relacionados às características
gerais dos websites analisados. Os principais questionamentos ao avaliador, neste
âmbito, foram os pertinentes à rápida percepção dos objetivos do site, às impressões
dele em relação ao website, à facilidade de navegação, ao grau de segurança e sigilo das
informações solicitadas e, por fim, uma avaliação final da navegabilidade na gina
visitada.
50
É de suma importância o conceito obtido pelo site nesta parte da pesquisa porque
reflete, de forma mais coerente, a impressão geral que o usuário teve da página visitada.
Eventualmente, um aspecto que ele tenha desaprovado pode ser compensado por outro
que tenha chegado a impressioná-lo. Uma boa conceituação nos subitens das
características gerais traduz um alto nível de satisfação do usuário e, conseqüentemente,
faz transparecer a usabilidade do website. Por outro lado, qualquer fato que tenha
desagradado o avaliador durante a navegação poderá contaminar a avaliação de outros
subitens, acabando por prejudicar a avaliação final do usuário, expressando um baixo
nível de satisfação do mesmo com o serviço ofertado no website.
Os principais resultados encontrados nesta parte da pesquisa encontram-se
detalhados a seguir como forma de apresentar, em um aspecto global, as características
gerais dos sites de alguns hotéis localizados em capitais nordestinas, sob a ótica dos
avaliadores.
1- Anexo 4
Vila Galé
Tropical Hotel
Sol Meliá
Provence
Posadas
Ponta Mar
Pestana
Othon
Marriot
Lucsin otéis
Golden Tulip
Choice
Blue Tree
Best Western
Accor
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Os websites de hotéis da rede nacional Tropical Hotel e da rede internacional
Best Western alcançaram os melhores desempenhos. Os sites da rede Tropical Hotel
foram detentores de 80% de conceito ótimo no ANEXO IV, ou seja, conceituação ótima
em quatro dos cinco subitens da pesquisa relativos às características gerais (ANEXO
IV). O site da rede internacional Best Western também apresentou um ótimo
51
desempenho quanto às características gerais dos usuários, constando este uma facilidade
de navegação pelo site, garantia de segurança e sigilo das informações solicitadas em
suas páginas e a rápida percepção dos objetivos buscados no site.
O website de hotel pertencente a rede internacional Vila Galé obteve conceitos
compreendidos entre bom e regular. Esta conceituação reflete a baixa avaliação
alcançada nas heurísticas anteriores. O website obteve conceito péssimo em todos os
subtópicos da pesquisa (ANEXO III), apresentando, dessa forma, uma difícil percepção
por parte dos usuários, uma difícil facilidade de navegação entre as páginas e uma baixa
navegação geral. O conceito regular que se referiu ao acesso rápido aos objetivos do
site traduz-se em baixa qualidade de usabilidade. O alto índice de websites que não
possuem uma adequada segurança quanto às informações solicitadas demonstra um
baixo nível de confiança por parte do usuário em utilizar os serviços oferecidos na
página, acabando por transparecer uma grande falha de usabilidade.
Pode-se constatar, através da análise das características gerais, que a grande
maioria dos websites carece de mecanismos que façam o usuário encontrar rapidamente
seus objetivos. Constata-se também que o grau de segurança e sigilo das informações
ainda não é facilmente percebido pelos usuários, acabando por deixá-los cautelosos em
transmitir dados e informações durante a navegação .
4.5 - Percepção Geral do usuário
Neste item foram colocadas as principais impressões do usuário com relação ao
website. Os mesmos colocaram suas reações com relação à percepção que tiveram
durante a avaliação, expressando-as em seis opiniões diferentes, apresentadas em
conceitos antagônicos, como se percebe a seguir: (VER ANEXO V).:
Terrível-Maravilhoso.
Difícil-Fácil.
Frustrante-Satisfatório.
Inadequado-Adequado.
Desestimulante-Estimulante.
Rígido-Flexível.
52
Esta conceituação resume as sensações do avaliador durante a navegação.
Expressa, de forma clara e coerente, as impressões que o usuário pode reter do website
visitado.
A seguir, apresenta-se o desempenho dos websites, selecionados pelas suas
capitais nordestinas em que se localizam os hotéis, tendo esta parte da pesquisa como
foco a percepção do usuário.
1-Natal-RN
Tabela 6.1 – Satisfação dos sites/hotéis do RN, com relação aos itens do Anexo 05
Sites / Hotéis
Anexo 5 - 1
Anexo 5 - 2
Anexo 5 - 3
Anexo 5 - 4
Anexo 5 - 5
Anexo 5 - 6
RN 1
Bom Bom Ruim Regular Regular Regular
RN 2
Bom Bom Bom Ótimo Regular Bom
RN 3
Bom Bom Regular Regular Regular Regular
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Os websites de hotéis da cidade de Natal-RN obtiveram conceito bom no que
concerne à percepção geral do avaliador. Na totalidade destes, os usuários tiveram
reações que se voltaram mais para o grau maravilhoso e para a facilidade no uso.
2-Teresina-PI
Tabela 6.2 – Satisfação dos sites/hotéis do PI, com relação aos itens do Anexo 05
Sites / Hotéis
Anexo 5 - 1
Anexo 5 - 2
Anexo 5 - 3
Anexo 5 - 4
Anexo 5 - 5
Anexo 5 - 6
PI 1
Bom Ótimo Regular Bom Ruim Regular
PI 2
Regular Bom Regular Regular Ruim Ruim
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Os websites de hotéis da cidade de Teresina-PI obtiveram conceituação que
variou entre ruim e bom.
Estes sites caracterizaram-se, de uma forma geral, como maravilhoso e
adequado. Todavia, as duas páginas analisadas foram diagnosticadas pelos usuários
como desestimulantes.
53
3- Salvador-BA
Tabela 6.3 – Satisfação dos sites/hotéis da BA, com relação aos itens do Anexo 05
Sites / Hotéis
Anexo 5 - 1
Anexo 5 - 2
Anexo 5 - 3
Anexo 5 - 4
Anexo 5 -5
Anexo 5 -6
BA 1
Ruim Bom Regular Regular Ruim Ruim
BA 2
Regular Bom Regular Regular Regular Regular
BA 3
Regular Bom Regular Regular Regular Regular
BA 4
Regular Ótimo Ruim Regular Ruim Ruim
BA 5
Regular Bom Regular Bom Regular Regular
BA 6
Regular Bom Regular Regular Regular Regular
BA 7
Regular Bom Regular Regular Regular Regular
BA 8
Regular Bom Regular Regular Regular Regular
BA 9
Regular Bom Regular Bom Regular Regular
BA 10
Regular Bom Regular Regular Regular Bom
BA 11
Bom Bom Bom Bom Bom Bom
BA 12
Regular Regular Regular Regular Regular Ruim
BA 13
Regular Regular Regular Regular Regular Regular
BA 14
Regular Regular Bom Bom Regular Regular
BA 15
Regular Regular Regular Regular Ruim Regular
BA 16
Bom Regular Bom Regular Regular Regular
BA 17
Bom Bom Bom Bom Bom Ótimo
BA 18
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Bom Ótimo
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
72% dos websites analisados foram caracterizados pelos usuários como fácil de
usar, alcançando conceitos compreendidos entre bom e ótimo.
54
Dos que foram avaliados, apenas um adquiriu características gerais boas e
ótimas, impressionando os usuários que o conceituaram próximo de maravilhoso, fácil,
satisfatório, adequado, estimulante e flexível.
4-Maceió-AL
Tabela 6.4 – Satisfação dos sites/hotéis de AL, com relação aos itens do Anexo 05
Sites / Hotéis
Anexo 5 - 1
Anexo 5 - 2
Anexo 5 - 3
Anexo 5 - 4
Anexo 5- 5
Anexo 5– 6
AL 1
Regular Bom Regular Ruim Regular Regular
AL 2
Ruim Regular Regular Regular Ruim Ruim
AL 3
Regular Ruim Ruim Ruim Ruim Ruim
AL 4
Bom Bom Bom Bom Bom Regular
AL 5
Bom Bom Regular Bom Regular Ruim
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Os sites de hotéis da cidade de Maceió apresentaram um desempenho variado
entre conceitos bom, ruim e regular.
Em um dos websites, verificou-se que 83% das características analisadas, quanto
às reações dos usuários, obtiveram conceito ruim, sendo este avaliado como próximo
de terrível, difícil, frustrante, inadequado, desestimulante e rígido.
Em website diverso do citado anteriormente, constata-se que 83% das
características avaliadas obteve conceituação compreendida entre bom e regular.
Destarte, este causou nos usuários avaliadores as seguintes impressões: próximo de
maravilhoso, próximo de fácil, de satisfatório, de adequado, de estimulante e distante de
flexível.
5-Aracaju-SE
Tabela 6.5 – Satisfação dos sites/hotéis do SE, com relação aos itens do Anexo 05
Sites /
Hotéis Anexo 5 - 1
Anexo 5 - 2
Anexo 5 - 3
Anexo 5 - 4
Anexo 5– 5
Anexo 5- 6
SE 1
Ruim Regular Regular Regular Ruim Ruim
SE 2
Regular Regular Regular Regular Regular Regular
55
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
No que pertine aos websites de hotéis localizados na cidade de Aracaju, as
impressões dos usuários variaram entre conceitos ruim e regular.
Em um deles, 100% das características analisadas obtiveram conceito regular,
causando nos usuários as seguintes impressões do site: próximo de terrível, de difícil,
frustrante, inadequado, desestimulante e rígido.
No outro website analisado, metade das características obteve conceito regular e
a outra metade obteve conceito ruim. Este site foi conceituado pelos usuários como
totalmente terrível, difícil, frustrante, inadequado, desestimulante e rígido.
Ambos os hotéis localizados em Aracaju, que tiveram seus websites analisados
nesta pesquisa, causaram frustração nos avaliadores, traduzindo-se esta em uma péssima
usabilidade da página.
6- João Pessoa-PB
Tabela 6.6 – Satisfação dos stes/hotéis da PB, com relação aos itens do Anexo 05
Sites / Hotéis
Anexo 5 - 1
Anexo 5 - 2
Anexo 5 - 3
Anexo 5 - 4
Anexo 5- 5
Anexo 5- 6
PB 1
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Bom
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Quanto ao website da cidade de João Pessoa, as características analisadas
alcançaram conceitos que variaram entre bom e ótimo, sendo a maioria delas (66%)
consideradas ótimas pelos usuários.
Desta forma, a percepção do usuário não poderia ser diferente, expressando
opiniões como próximo de maravilhoso, cil, satisfatório, adequado, estimulante e de
flexível.
7- Recife-PE
Tabela 6.7 – Satisfação dos sites/hotéis de PE, com relação aos itens do Anexo 05
Sites / Hotéis
Anexo 5 - 1
Anexo 5 - 2
Anexo 5 - 3
Anexo 5 - 4
Anexo 5- 5
Anexo 5- 6
PE 1
Regular Bom Regular Bom Ruim Ótimo
PE 2
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Bom
56
PE 3
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Bom
PE 4
Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo
PE 5
Bom Bom Bom Bom Bom Bom
PE 6
Bom Ótimo Bom Bom Bom Bom
PE 7
Bom Bom Bom Bom Bom Bom
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Quanto à análise dos sites de hotéis localizados na cidade de Recife, foi
constatado que 66% das características analisadas alcançaram conceito ótimo na
percepção dos usuários. Isto ocorreu em 28% dos websites da pesquisa em geral. Sendo
assim, estes causaram nos usuários as seguintes impressões: fácil, satisfatório, adequado
e estimulante.
Vale destacar três websites da cidade pesquisada. Os três alcançaram a mesma
conceituação em todas as características, sendo que em dois deles o conceito unânime
foi bom e no outro foi ótimo. Deste modo, estes sites causaram excelentes impressões
nos avaliadores que os caracterizaram como maravilhosos, fáceis, satisfatórios,
adequados, estimulantes e flexíveis. Ocorre apenas que, para os que obtiveram conceito
bom, estes pontos se localizaram próximos do ideal.
57
8- Fortaleza- CE
Tabela 6.8 – Satisfação dos sites/hotéis do CE, com relação aos itens do Anexo 05
Sites / Hotéis
Anexo 5 - 1
Anexo 5 - 2
Anexo 5 - 3
Anexo 5 - 4
Anexo 5- 5
Anexo 5- 6
CE 1
Regular Ótimo Ruim Regular Ruim Regular
CE 2
Bom Ótimo Bom Ótimo Bom Bom
CE 3
Regular Ótimo Bom Bom Regular Bom
CE 4
Ruim Bom Ruim Ruim Péssimo Ruim
CE 5
Ruim Ótimo Ruim Regular Ruim Bom
CE 6
Bom Ótimo Bom Regular Regular Bom
CE 7
Regular Bom Bom Bom Regular Regular
CE 8
Bom Ótimo Bom Ótimo Regular Bom
CE 9
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Bom Bom
CE 10
Regular Bom Bom Bom Regular Bom
CE 11
Bom Ótimo Ótimo Bom Bom Ótimo
CE 12
Bom Ótimo Bom Bom Bom Regular
CE 13
Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Regular
CE 14
Bom Ótimo Regular Regular Regular Regular
CE 15
Bom Ótimo Regular Regular Regular Bom
CE 16
Regular Ótimo Bom Bom Regular Regular
CE 17
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Bom
CE 18
Bom Bom Bom Bom Bom Regular
Fonte: Pesquisa realizada no 2º semestre de 2005
Quanto à análise dos sites de hotéis localizados em Fortaleza/CE, vale ressaltar a
característica FÁCIL, em virtude de 77% dos websites avaliados obterem conceito
ótimo e 33%, conceito bom. Deste modo, as páginas visitadas causaram excelentes
58
impressões nos usuários, sendo rotulados como próximos de maravilhoso, satisfatório,
adequado, estimulante e flexível.
Destaca-se o site CE4 que, apesar de possuir uma percepção caracterizada como
próxima de fácil, todas as demais características obtiveram conceitos extremos de
percepção negativa.
o website CE13, apesar de ser pouco flexível, possui todas as demais
características vistas com alto grau de positividade por parte dos usuários.
De modo geral, no que concerne à percepção do usuário, os websites analisados
alcançaram bons conceitos relacionados à facilidade de uso.
Excepcionam-se, apenas, os sites de hotéis das cidades de Aracaju e Maceió que
apresentaram baixos conceitos no que se refere às características gerais e às heurísticas
de usabilidade, seguidos, neste diapasão, dos websites da cidade de Teresina/PI.
4.6 - Conceituações Gerais dos websites
Para facilitar a compreensão quanto aos conceitos e características gerais dos
websites avaliados nesta pesquisa, apresenta-se, a seguir, a média global alcançada por
cada um deles quanto ao desempenho geral obtido, dividindo-se os websites nos
seguintes subgrupos: bons, medianos e piores.
59
CLASSIFICAÇÃO DOS SITES/HOTÉIS
Tabela 6.9 – Classificação dos sites/hotéis Bons, de acordo com os Estados
Site/Hotel
Média
final Situação
PE 3
3,46 Bom
BA 18
3,45 Bom
PB 1
3,42 Bom
CE 2
3,30 Bom
PE 4
3,26 Bom
BA 17
3,19 Bom
CE 9
3,18 Bom
RN 2
3,17 Bom
CE 17
3,15 Bom
BA 10
3,14 Bom
PE 6
3,14 Bom
PE 2
3,12 Bom
BA 11
3,08 Bom
RN 1
3,07 Bom
Tabela 7.0 – Classificação dos sites/hotéis Medianos, de acordo com os Estados
Site/Hotel
Média
final Situação
Site/Hotel
Média
final Situação
RN 3
2,99 Regular
AL 4
2,54 Regular
CE 13
2,98 Regular
PI 2
2,53 Regular
CE 16
2,91 Regular
PI 1
2,53 Regular
CE 18
2,86 Regular
BA 8
2,52 Regular
60
PE 5
2,83 Regular
BA 7
2,52 Regular
PE 7
2,82 Regular
BA 9
2,51 Regular
BA 14
2,77 Regular
CE 14
2,49 Regular
BA 2
2,75 Regular
BA 4
2,46 Regular
CE 11
2,74 Regular
BA 12
2,43 Regular
CE 7
2,69 Regular
BA 1
2,41 Regular
CE 12
2,69 Regular
SE 1
2,38 Regular
CE 10
2,68 Regular
CE 15
2,32 Regular
PE 1
2,67 Regular
CE 6
2,32 Regular
BA 16
2,67 Regular
BA 3
2,32 Regular
BA 15
2,66 Regular
AL 5
2,28 Regular
BA 13
2,66 Regular
AL 1
2,28 Regular
CE 3
2,64 Regular
SE 2
2,25 Regular
CE 8
2,61 Regular
CE 1
2,21 Regular
BA 6
2,60 Regular
AL 2
2,19 Regular
BA 5
2,58 Regular
CE 5
2,08 Regular
Tabela 7.1 – Classificação dos sites/hotéis Piores, de acordo com os Estados
Site/Hotel
Média
final Situação
AL 3
1,73 Ruim
CE 4
1,70 Ruim
A avaliação acima apresentada constata que 71% dos websites foram
conceituados como regulares quanto à usabilidade e aos aspectos gerais e de percepção.
61
Não ocorrem conceitos ótimos em nenhum dos websites analisados. Isto
demonstra a existência de carência de veículos e mecanismos mais voltados para a
usabilidade assim como de aspectos ligados à segurança proporcionada pelos sites.
A segurança aqui analisada denota a que é sentida pelo usuário durante a
navegação. Esta é passível de demonstrar um alto grau de usabilidade do website. Outra
carência verificada se refere à segurança dos dados e informações solicitadas. Estes dois
aspectos de análise da segurança requerem uma revisão por parte dos desenvolvedores
de websites.
No que pertine ao desempenho nas heurísticas, os baixos conceitos encontrados
dizem respeito, principalmente, às seguintes: heurística 6 referente à consistência;
heurística 3 – relacionada ao controle do usuário e heurística 5 – relativa à prevenção de
erros.
Nestas heurísticas ocorre uma limitação por parte dos websites. Estes não
oferecem serviços de busca eficientes, carecendo de elucidação precisa das formatações
existentes nas informações. Nielsen (2002) fala da importância de o usuário não ter
dificuldade em encontrar o que deseja e nem ter de adivinhar o que o website quer dizer
em suas informações. Já Shneiderman (2002) salienta que menus e telas devem ajudar o
usuário e não tornar o acesso confuso. Ambos clarificam os conceitos de consistência de
forma a trazer maior gama de usabilidade aos usuários que navegam no website.
Quanto à heurística de controle do usuário, os websites não oferecem
possibilidades de autonomia para resolver problemas quando os visitantes acessam por
engano alguma página ou função. Segundo Nielsen (2002), o usuário deve ter poder
para fazer ou desfazer atividades dentro do website, fato este que denota alta
usabilidade.
No tocante à prevenção de erros, o website deve oferecer projetos preventivos
ao invés de meras mensagens de erro aos usuários.
Sendo assim, o desempenho regular dos websites quanto à usabilidade
transparece a necessidade de maior dedicação no desenvolvimento dos mesmos para
angariar clientes satisfeitos e seguros quanto à qualidade dos serviços oferecidos.
A indústria turística, em particular as de cadeia hoteleira nacional, apesar de
estar adquirindo características advindas de cadeias internacionais no que se refere às
reservas, ainda é principiante quando se reporta a aspectos de usabilidade.
62
_____________________
Este capítulo apresentou, de forma detalhada, os resultados obtidos na pesquisa.
Inicialmente foi exposto um perfil dos avaliadores e, posteriormente, perfilhou-se o
resultado obtido de cada heurística e dos anexos do instrumento de pesquisa utilizado
pelos usuários para a avaliação dos websites. Por fim, foi apresentada uma conceituação
geral dos websites de hotéis da região Nordeste sob a ótica da usabilidade.
O capítulo seguinte apresentará os aspectos conclusivos da presente dissertação
63
Capítulo 5 – Conclusões
Neste capítulo são apresentados o retrospecto dos resultados, as limitações do
estudo e as recomendações para os trabalhos futuros.
5.1. Principais resultados
A pesquisa realizada teve o intuito de avaliar os websites de hotéis da região
Nordeste sob a ótica da usabilidade. Os sites pesquisados alcançaram dos usuários
avaliadores, em sua maioria, resultados regulares.
Por meio de pesquisa bibliográfica, procurou-se adaptar para a análise de sites
de hotéis as heurísticas de Jackob Nielsen (2002), com o intuito de aprimorar o
instrumento de pesquisa utilizado no presente trabalho.
Os websites selecionados para este estudo foram os que estavam cadastrados no
site www.expedia.com. Foram assim escolhidos por estarem disponibilizados em um
site de grande referência nacional e internacional na área do turismo.
A fim de serem fornecidos subsídios para a avaliação da usabilidade em sites de
hotéis, foram analisados neste trabalho 56 websites, distribuídos em 280 formulários,
distribuídos para 100 avaliadores voluntários, na maior parte alunos de disciplinas de
graduação da UFRN. Os avaliadores escolhidos para participar da pesquisa foram
oriundos de diversas formações acadêmicas, com idades entre 20 e 35 anos, sendo a
grande maioria do sexo feminino e de hábitos de uso da informática bem similares.
Os principais resultados da pesquisa esclarecem que, quanto às heurísticas, a
maioria dos websites apresentou várias carências no que diz respeito à consistência, ao
controle do usuário e à prevenção de erros. As características gerais e de percepção do
usuário foram também, em grande parte dos sites analisados, conceituadas como
regulares pelos avaliadores.
Pode-se constatar, através da análise das características gerais, que a grande
maioria dos websites carece de mecanismos que façam o usuário encontrar rapidamente
seus objetivos. Verificou-se também que o grau de segurança e sigilo das informações
64
ainda não é facilmente percebido pelos usuários, acabando por deixá-los cautelosos em
transmitir dados e informações durante a navegação.
Identifica-se, deste modo, um nível regular de usabilidade nos websites dos
hotéis pesquisados. Como visto, as cadeias hoteleiras nacionais estão, aos poucos,
incorporando características de websites de cadeias internacionais, chegando, em alguns
aspectos, a superá-las. Todavia, a visão de usabilidade dos mesmos ainda é limitada,
uma vez que uma das características mais pertinentes à usabilidade, o controle do
usuário, encontra-se em um nível ainda baixo se considerarmos, principalmente, os
serviços de busca disponibilizados.
O fato de o visitante não navegar com facilidade, não conseguir manusear as
ferramentas encontradas no website e não contar com a visualização de links que o
ajudem nesta tarefa limita a usabilidade, prejudicando a interação entre o usuário e a
página visitada.
A consistência ainda é falha na maioria dos websites pesquisados. Isto
inviabiliza muitas vezes a navegabilidade por refletir falta de padrões de cores da web e
ausência de clareza para o usuário, dificultando a navegação.
Os longos tempos despendidos para a realização da reserva, em grande parte dos
websites, demonstram falta de simplicidade na disponibilização desses serviços,
terminando por cansar o usuário, podendo levá-lo a desistir da transação.
Constata-se, através da análise das características gerais dos sites pesquisados,
que grande parte deles apresenta lacuna de mecanismos que façam com que o usuário
encontre rapidamente seus objetivos. Por outro lado, também é preocupante o fato de
que o grau de segurança e sigilo das informações transmitidas ainda não é facilmente
percebido pelos usuários.
A facilidade de uso do website é vista como a característica mais presente quanto
à percepção dos usuários. Neste ponto, os websites de hotéis da cidade de Aracaju,
Maceió e Teresina alcançaram os índices mais baixos no que se refere à usabilidade e à
percepção geral.
Com relação ao objetivo da pesquisa, pode-se concluir que foi alcançado. O
instrumento de pesquisa aplicado ampliou as percepções sobre os websites turísticos.
Constatou-se um incremento da literatura quando foram adaptadas as heurísticas de
Nielsen à indústria turística. E, por fim, foi possível realizar um reconhecimento do
65
nível atual dos websites de hotéis quanto às características de usabilidade, favorecendo a
possibilidade de um futuro aprimoramento destes com o objetivo de proporcionar
melhores serviços ao usuário.
5.2. Limitações do Estudo
Tem-se como principal limitação da presente pesquisa o fato da mesma ter se
restringido a região nordeste e de possuir um tempo limitado de aplicação. Todavia, a
pesquisa possui seus objetivos atendidos no sentido de traçar o perfil dos websites de
hotéis no que se refere a sua usabilidade e permitir um acompanhamento longitudinal,
sistemático, como forma de incentivo à pesquisa de benchmarking entre os hotéis..
5.3. Estudos Futuros
Para estudos futuros são colocadas as seguintes sugestões:
- Avaliar a aplicação do Questionário de Usabilidade durante o desenvolvimento de
protótipos de sites hotéis, ou de reformulações de sites existentes, procurando atestar
a sua aplicabilidade e facilidade de manuseio em todas as fases do website.
- Avaliar a percepção da usabilidade dos sites de comércio eletrônico na indústria
turística pelos usuários com idade acima e abaixo dos 40 anos, procurando aferir qual
grupo está mais preparado para utilizar o comércio eletrônico no que tange a hotéis;
- Identificar quais itens de usabilidade podem ser implementados para facilitar o uso das
páginas dos websites.
- Comparar o grau de fidelização dos clientes com relação aos sites que possuem
características de usabilidade em detrimento dos websites que não oferecem recursos de
usabilidade.
5.4 Implicações gerenciais
A Internet na hotelaria não tem sido extensivamente utilizada como ferramenta
de primeira ordem pelos empresários do setor, sinalizando indicativos de que as
potencialidades de que possui a Internet pode ser mais amplamente aproveitada neste
setor, especificamente para o turismo das capitais nordestinas. O estudo mostrou que é
66
preciso disponibilizar mais tempo, pessoal e recursos financeiros na utilização da
Internet como ferramenta estratégica para o comércio eletrônico na hotelaria na região
Nordeste.
O conceito regular das páginas analisadas, de modo geral, sinaliza a necessidade
de maior conhecimento das nuances de usabilidade por parte dos hotéis no âmbito de
seus websites. Estes são verdadeiros espelhos dos serviços oferecidos pelos hotéis
durante a estada de seus hóspedes.
Tratando-se de turismo, a Internet é uma ferramenta fundamental que permite ao
futuro hóspede conhecer o hotel onde pretende ficar e, em poucos minutos de
navegação, fazer a sua escolha. Quem pretende viajar pode, através da rede, iniciar uma
expedição virtual a fim de decidir qual o lugar que pretende de fato conhecer e estar
presente, seja sozinho, com amigos ou com a família. Uma página que proporcione uma
boa navegabilidade com um alto nível de usabilidade tem grandes chances de bem
apresentar os serviços disponibilizados e ser escolhida pelo usuário.
Por fim, novos sites poderão ser desenvolvidos a partir deste trabalho, uma vez
que ele apresenta as diretrizes a serem seguidas pelos desenvolvedores para se obter
uma interface que atenda aos critérios ergonômicos de usabilidade.
67
Referências
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sua aplicação. São Paulo: Atlas, 1999.
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Makron Books, 1996.
CIRIA, Fernando Barlem. O uso comercial da Internet por Micro, Pequenas e Médias
empresas de Porto Alegre: um estudo exploratório sobre as empresas do trade point
Porto Alegre. 2002. Dissertação (Mestrado em Administração) Programa de Pós-
Graduação em Administração, UFRGS, Rio Grande do Sul.
CUTRIM, Herberth. E- revista, Executivo Digital, Ano II, Edição 19, 2001.
CYBIS, W. A. ; SCAPIN, D. ; ANDRES, D..Elaboração de Listas de Verificação de
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68
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72
Anexos
Anexo I – Identificação do perfil do usuário
Anexo II - Avaliação do site através das heurísticas
Anexo III - Simulação da reserva
Anexo IV - Características gerais do site
Anexo V - Percepção geral do usuário
Anexo VI – Resultados Estatísticos
Anexo VII – Relação dos websites de hotéis pesquisados
73
Anexo VI – Resultados Estatísticas
Tabela 1: Tempo médio de reserva dos
sites/hotéis do Rio Grande do Norte
Sites / Hotéis
Tempo médio
(minutos)
RN 1
2,33
RN 2
5,00
RN 3
Não respondeu
MÉDIA
3,67
Tabela 2: Tempo médio de reserva dos
sites/hotéis do Pia
Sites / Hotéis
Tempo médio
(minutos)
PI 1
4,00
PI 2
5,25
MÉDIA
4,63
Tabela 3: Tempo médio de reserva dos
sites/hotéis de Alagoas
Sites / Hotéis
Tempo médio
(minutos)
AL 1
6,00
AL 2
12,00
AL 3
7,00
AL 4
8,33
AL 5
5,00
MÉDIA
7,67
Tabela 4: Tempo médio de reserva dos
sites/hotéis de Pernambuco
Sites / Hotéis
Tempo médio
(minutos)
PE 1
2,60
PE 2
3,67
PE 3
2,40
PE 4
9,00
PE 5
4,20
PE 6
3,00
PE 7
10,20
MÉDIA
5,01
Tabela 5: Tempo médio de reserva dos
sites/hotéis da Bahia
Sites / Hotéis
Tempo médio
(minutos)
BA 1
1,75
BA 2
3,00
BA 3
1,33
BA 4
2,00
BA 5
23,75
BA 6
1,33
BA 7
1,75
BA 8
9,50
BA 9
2,00
BA 10
1,50
BA 11
3,00
BA 12
2,00
BA 13
1,00
BA 14
3,67
BA 15
3,00
BA 16
3,00
BA 17
4,00
BA 18
3,20
MÉDIA
3,93
Tabela 6: Tempo médio de reserva dos
sites/hotéis de Sergipe
Sites / Hotéis
Tempo médio
(minutos)
SE 1
7,00
SE 2
5,33
MÉDIA
6,17
Tabela 7: Tempo médio de reserva dos
sites/hotéis do Cea
Sites / Hotéis
Tempo médio
(minutos)
CE 1
12,00
CE 2
2,75
CE 3
4,60
CE 4
7,50
CE 5
1,00
CE 6
Não respondeu
2
CE 7
6,20
CE 8
Não respondeu
CE 9
9,40
CE 10
6,75
CE 11
5,00
CE 12
7,50
CE 13
11,50
CE 14
11,25
CE 15
Não respondeu
CE 16
Não respondeu
CE 17
7,00
CE 18
2,00
MÉDIA
6,75
Tabela 8: Tempo médio de reserva dos
sites/hotéis da Paraíba
Sites / Hotéis
Tempo médio
(minutos)
PB 1
4,60
MÉDIA
4,60
Tabela 9: Satisfação dos sites/hotéis do RN quanto às características gerais do site
Sites / Hotéis Anexo 4 - 1 Anexo 4 - 2 Anexo 4 - 3 Anexo 4 - 4 Anexo 4 - 5
RN 1
Regular Bom Bom Bom Ótimo
RN 2
Regular Bom Bom Bom Bom
RN 3
Regular Ótimo Ótimo Bom Ótimo
Tabela 10: Satisfação dos sites/hotéis do PI quanto às características gerais do site
Sites / Hotéis Anexo 4 - 1 Anexo 4 - 2 Anexo 4 - 3 Anexo 4 - 4 Anexo 4 - 5
PI 1
Regular Bom Bom Regular Bom
PI 2
Regular Regular Regular Bom Bom
Tabela 11: Satisfação dos sites/hotéis da BA quanto às características gerais do site
Sites / Hotéis Anexo 4 – 1 Anexo 4 - 2 Anexo 4 - 3 Anexo 4 - 4 Anexo 4 - 5
BA 1
Ruim Regular Bom Ruim Bom
BA 2
Regular Regular Bom Bom Bom
BA 3
Regular Bom Bom Ruim Bom
BA 4
Ruim Regular Bom Regular Ótimo
BA 5
Regular Regular Bom Ruim Bom
BA 6
Ruim Regular Ótimo Regular Bom
BA 7
Ruim Regular Bom Regular Bom
BA 8
Bom Regular Bom Regular Bom
BA 9
Ruim Bom Bom Regular Bom
BA 10
Ruim Bom Ótimo Regular Ótimo
BA 11
Regular Bom Bom Regular Bom
BA 12
Regular Regular Regular Regular Regular
BA 13
Ruim Regular Regular Regular Regular
BA 14
Regular Regular Regular Regular Bom
BA 15
Regular Regular Bom Regular Bom
BA 16
Regular Bom Bom Bom Bom
BA 17
Regular Bom Ótimo Ótimo Ótimo
BA 18
Ruim Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo
3
Tabela 12: Satisfação dos sites/hotéis de AL quanto às características gerais do site
Sites / Hotéis Anexo 4 - 1 Anexo 4 - 2 Anexo 4 - 3 Anexo 4 - 4 Anexo 4 - 5
AL 1
Ruim Regular Regular Regular Bom
AL 2
Bom Regular Regular Regular Regular
AL 3
Bom Ruim Regular Ruim Regular
AL 4
Ruim Bom Bom Regular Bom
AL 5
Regular Bom Bom Regular Bom
Tabela 13: Satisfação dos sites/hotéis de SE quanto às características gerais do site
Sites / Hotéis Anexo 4 - 1 Anexo 4 - 2 Anexo 4 - 3 Anexo 4 - 4 Anexo 4 - 5
SE 1
Regular Regular Regular Regular Bom
SE 2
Ruim Regular Regular Regular Regular
Tabela 14: Satisfação dos sites/hotéis da PB quanto às características gerais do site
Sites / Hotéis Anexo 4 - 1 Anexo 4 - 2 Anexo 4 - 3 Anexo 4 - 4 Anexo 4 – 5
PB 1
Regular Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo
Tabela 15: Satisfação dos sites/hotéis de PE quanto às características gerais do site
Sites / Hotéis Anexo 4 - 1 Anexo 4 - 2 Anexo 4 - 3 Anexo 4 - 4 Anexo 4 – 5
PE 1
Regular Regular Bom Ruim Bom
PE 2
Regular Bom Ótimo Regular Ótimo
PE 3
Regular Ótimo Ótimo Bom Ótimo
PE 4
Ruim Ótimo Ótimo Bom Ótimo
PE 5
Bom Regular Ótimo Bom Bom
PE 6
Regular Bom Ótimo Ótimo Ótimo
PE 7
Ruim Bom Ótimo Regular Ótimo
Tabela 16: Satisfação dos sites/hotéis do CE quanto às características gerais do site
Sites / Hotéis Anexo 4 - 1 Anexo 4 - 2 Anexo 4 - 3 Anexo 4 - 4 Anexo 4 - 5
CE 1
Regular Ruim Bom Regular Ótimo
CE 2
Ruim Bom Bom Bom Ótimo
CE 3
Ruim Regular Ótimo Bom Ótimo
CE 4
Regular Ruim Regular Ruim Regular
CE 5
Regular Ruim Ótimo Ruim Bom
CE 6
Péssimo Bom Bom Regular Ótimo
CE 7
Regular Regular Bom Regular Bom
CE 8
Péssimo Bom Ótimo Ruim Ótimo
CE 9
Ruim Bom Bom Regular Ótimo
CE 10
Ruim Regular Bom Bom Bom
CE 11
Ruim Bom Ótimo Bom Ótimo
CE 12
Péssimo Bom Bom Bom Bom
CE 13
Péssimo Bom Ótimo Bom Ótimo
CE 14
Péssimo Regular Ótimo Regular Ótimo
4
CE 15
Regular Regular Bom Regular Bom
CE 16
Regular Regular Bom Regular Ótimo
CE 17
Ruim Bom Ótimo Bom Ótimo
CE 18
Péssimo Bom Bom Regular Bom
Tabela 17: Satisfação dos sites/hotéis do RN, com relação à percepção geral do usuário
Sites / Hotéis Anexo 5 - 1 Anexo 5 - 2 Anexo 5 - 3 Anexo 5 - 4 Anexo 5 - 5 Anexo 5 - 6
RN 1
Bom Bom Ruim Regular Regular Regular
RN 2
Bom Bom Bom Ótimo Regular Bom
RN 3
Bom Bom Regular Regular Regular Regular
Tabela 18: Satisfação dos sites/hotéis do PI, com relação à percepção geral do usuário
Sites / Hotéis Anexo 5 - 1 Anexo 5 - 2 Anexo 5 - 3 Anexo 5 - 4 Anexo 5 - 5 Anexo 5 - 6
PI 1
Bom Ótimo Regular Bom Ruim Regular
PI 2
Regular Bom Regular Regular Ruim Ruim
Tabela 19: Satisfação dos sites/hotéis da BA, com relação à percepção geral do usuário
Sites / Hotéis Anexo 5 - 1 Anexo 5 - 2 Anexo 5 - 3 Anexo 5 - 4 Anexo 5 -5 Anexo 5 -6
BA 1
Ruim Bom Regular Regular Ruim Ruim
BA 2
Regular Bom Regular Regular Regular Regular
BA 3
Regular Bom Regular Regular Regular Regular
BA 4
Regular Ótimo Ruim Regular Ruim Ruim
BA 5
Regular Bom Regular Bom Regular Regular
BA 6
Regular Bom Regular Regular Regular Regular
BA 7
Regular Bom Regular Regular Regular Regular
BA 8
Regular Bom Regular Regular Regular Regular
BA 9
Regular Bom Regular Bom Regular Regular
BA 10
Regular Bom Regular Regular Regular Bom
BA 11
Bom Bom Bom Bom Bom Bom
BA 12
Regular Regular Regular Regular Regular Ruim
BA 13
Regular Regular Regular Regular Regular Regular
BA 14
Regular Regular Bom Bom Regular Regular
BA 15
Regular Regular Regular Regular Ruim Regular
BA 16
Bom Regular Bom Regular Regular Regular
BA 17
Bom Bom Bom Bom Bom Ótimo
BA 18
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Bom Ótimo
Tabela 20: Satisfação dos sites/hotéis de AL, com relação à percepção geral do usuário
Sites / Hotéis Anexo 5 - 1 Anexo 5 - 2 Anexo 5 - 3 Anexo 5 - 4 Anexo 5- 5 Anexo 5– 6
AL 1
Regular Bom Regular Ruim Regular Regular
AL 2
Ruim Regular Regular Regular Ruim Ruim
AL 3
Regular Ruim Ruim Ruim Ruim Ruim
AL 4
Bom Bom Bom Bom Bom Regular
AL 5
Bom Bom Regular Bom Regular Ruim
5
Tabela 21: Satisfação dos sites/hotéis de SE, com relação à percepção geral do usuário
Sites / Hotéis Anexo 5 - 1 Anexo 5 - 2 Anexo 5 - 3 Anexo 5 - 4 Anexo 5– 5 Anexo 5- 6
SE 1
Ruim Regular Regular Regular Ruim Ruim
SE 2
Regular Regular Regular Regular Regular Regular
Tabela 22: Satisfação dos sites/hotéis da PB, com relação à percepção geral do usuário
Sites / Hotéis Anexo 5 - 1 Anexo 5 - 2 Anexo 5 - 3 Anexo 5 - 4 Anexo 5- 5 Anexo 5- 6
PB 1
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Bom
Tabela 23: Satisfação dos sites/hotéis de PE, com relação à percepção geral do usuário
Sites / Hotéis Anexo 5 - 1 Anexo 5 - 2 Anexo 5 - 3 Anexo 5 - 4 Anexo 5- 5 Anexo 5- 6
PE 1
Regular Bom Regular Bom Ruim Ótimo
PE 2
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Bom
PE 3
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Bom
PE 4
Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo
PE 5
Bom Bom Bom Bom Bom Bom
PE 6
Bom Ótimo Bom Bom Bom Bom
PE 7
Bom Bom Bom Bom Bom Bom
Tabela 24: Satisfação dos sites/hotéis do CE, com relação à percepção geral do usuário
Sites / Hotéis Anexo 5 - 1 Anexo 5 - 2 Anexo 5 - 3 Anexo 5 - 4 Anexo 5- 5 Anexo 5- 6
CE 1
Regular Ótimo Ruim Regular Ruim Regular
CE 2
Bom Ótimo Bom Ótimo Bom Bom
CE 3
Regular Ótimo Bom Bom Regular Bom
CE 4
Ruim Bom Ruim Ruim Péssimo Ruim
CE 5
Ruim Ótimo Ruim Regular Ruim Bom
CE 6
Bom Ótimo Bom Regular Regular Bom
CE 7
Regular Bom Bom Bom Regular Regular
CE 8
Bom Ótimo Bom Ótimo Regular Bom
CE 9
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Bom Bom
CE 10
Regular Bom Bom Bom Regular Bom
CE 11
Bom Ótimo Ótimo Bom Bom Ótimo
CE 12
Bom Ótimo Bom Bom Bom Regular
CE 13
Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Regular
CE 14
Bom Ótimo Regular Regular Regular Regular
CE 15
Bom Ótimo Regular Regular Regular Bom
CE 16
Regular Ótimo Bom Bom Regular Regular
CE 17
Bom Ótimo Ótimo Ótimo Ótimo Bom
CE 18
Bom Bom Bom Bom Bom Regular
6
Anexo VII – Relação dos websites de hotéis pesquisados
Sergipe(dois hotéis):
Celi Praia Hotel
Ibis Aracaju
Alagoas(cinco hotéis):
Pajucara Othon Travel
Ibis Maceio Pajucara
Tropical Costa Dos Corais
Matsubara Hotel
Melia Maceio
Piauí(dois hotéis)
LORD HOTEL
AGUALIMPA APART HOTEL
Ceará(dezoito hotéis)
Caesar Park Fortaleza
Othon Palace Fortaleza
Vila Gale Fortaleza
Quality Suites Fortaleza
Parthenon Saint Martin
Ocean Tower Flat
Ibis Fortaleza
Blue Tree Towers Fortaleza
PROVENCE IRACEMA FLAT
Tulip Inn Praia Mansa
PROVENCE VIA VENETTO FLAT
Parthenon Golden Fortaleza
Comfort Hotel Fortaleza
Imperial Othon Palace
Diogo Praia Hotel
Maredomus Hotel
Ponta Mar Hotel
Brasil Tropical Residence Hotel
Paraíba(um hotel)
Tropical Tambau Paraiba Brasil
RN(três hotéis)
Pestana Natal Beach Resort
Tulip Inn Potengi Flat
Novotel Natal Ladeira Do Sol
Pernambuco(sete hotéis)
Tulip Inn Recife Flat
Internacional Palace Lucsim Hotel
Best Western Manibu Recife
Atlante Plaza Hotel
Mar Hotel
Parthenon Metropolis
RECIFE MONTE HOTEL
Bahia(dezoito hotéis)
Pestana Bahia Hotel
Breezes Costa do Sauipe
VILA GALE SALVADOR
Costa do Sauipe Marriott Resort & Spa
Blue Tree Towers Salvador
TROPICAL DA BAHIA SALVADOR
BRASIL
Renaissance Costa do Sauipe Resort
Fiesta Bahia Hotel
Praiamar Hotel
Ibis Salvador Rio Vermelho
Ondina Apart Hotel
Hotel Lagoa E Mar
Golden Park
Sol Victoria Marina
Sol Bahia Atlantico
Best Western San Marino Hotel
Provence Pituba Apart Service
Bahia Othon Palace Hotel
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
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