101
o VRE(colonização) e posterior infecção. As doenças neoplásicas já foram relatadas como
fator de risco para VRE ( SHAY,1995).
Não houve diferença significativa na mortalidade( p= 0,34) e na mortalidade associada à
bacteremia(p= 0,32) entre os dois grupos. A mortalidade associada à bacteremia foi de
41,2% no grupo VRE e de 30,9% no grupo VSE , portanto com uma mortalidade associada
atribuída à resistência a vancomicina de 10,3%. A mortalidade atribuída à bacteremia por
VRE variou em vários estudos de 1% a 35%( MAINOUS et al, 1997, PESET et al, 2000,
GARBUTT et al, 2000, LINDEN et al,1996, STOSOR et al,1998, LUCAS et al, 1998,
BHAVNANI et al, 2000, VERGIS et al, 2001, LODISE et al, 2002) .
Treze estudos compararam mortalidade em bacteremia por VRE e VSE. Sete destes
mostraram mortalidade significativamente maior no grupo VRE, com taxas de mortalidade
que variaram de 18% a 35%(STOSOR et al,1998, LINDEN et al, 1996, BHAVNANI et
al,2000, LUCAS et al,1998, LODISE et al, 2002, VERGIS et al, 2001, CDC,1993).
Seis estudos entretanto não encontraram diferença significativa entre os dois
grupos(GARBUTT et al,2000, PESET et al, 2000, TORNIEPORTH et al ,1996,WELLS et
al, 1995, KRCMERY et al,2001, MAINOUS et al, 1997)
Estes dados acima demonstram que ainda não há definição quanto se resistência a
vancomicina piora o prognóstico em pacientes com bacteremia. Nosso estudo não
demonstrou também diferenças na mortalidade entre os dois grupos.(p= 0.34)
Na análise de regressão logística, duas variáveis apresentaram significância entre os dois
grupos no modelo 1 : uso de droga vasoativa( OR 3,61; IC
95%
1,02-12,72) e número de
antibióticos( OR 1,57; IC
95%
1,15-2,15)
.
No modelo 2 também duas variáveis tiveram
significância: uso de droga vasoativa( OR 5,68; IC
95
1,25- 25,89) e uso de vancomicina(
OR 17,58; IC
95
5,24- 58,96) .