Download PDF
ads:
Priscilla Ramos Costa
Distribuição de Linfócitos T Vδ
δδ
δ1 e Vδ
δδ
δ2 durante a doença ativa e
tratamento específico da tuberculose
Tese apresentada à Universidade Federal de
São Paulo Escola Paulista de Medicina para
obtenção do título de Mestre em Ciências.
São Paulo
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
i
Priscilla Ramos Costa
Distribuição de Linfócitos T Vδ
δδ
δ1 e Vδ
δδ
δ2 durante a doença ativa e
tratamento específico da tuberculose
Orientador: Esper Georges Kallás
Co-orientador: Denise S. S. Rodrigues
Coordenador da Pós Graduação: Prof. Dr. Ricardo Sobhie Diaz
São Paulo
2008
ads:
COSTA, Priscilla Ramos
Distribuição de Linfócitos T Vδ1 e Vδ2 durante a doença ativa e
tratamento específico da tuberculose. 2008
Tese (Mestrado) – Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de
Medicina. Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias,
São Paulo, 2008.
Distribuition of Vδ1 and Vδ2 T lymphocytes during the active disease and
specific therapy of tuberculosis.
1. Células T gama delta (γδ) 2. Tuberculose 3. Imunidade inata 3.Citometria de
fluxo
Disciplina de Infectologia
Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina
ii
DEDICATÓRIA
Ao meu Deus, criador de todo o Universo, pelo amor incondicional, força, coragem, por
colocar pessoas especiais na minha vida, por permanecer sempre ao meu lado. Sem Seu
apoio a minha vida não faria sentido e nada disso teria acontecido.
Aos meus pais Edvaldo Vieira Costa (in memoriam) e Floriza Ramos Costa, pelo amor,
amizade, companheirismo, incentivo na busca pelo conhecimento, pelo apoio em toda e
qualquer situação, por iluminar a minha vida e principalmente por serem exemplos de vida
pra mim.
Aos meus irmãos Aline Ramos Costa e Franklin Ramos Costa pelo carinho,
companheirismo, amizade e por dividir a vida comigo tornando-a mais completa.
iii
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador Dr. Esper G. Kallás, à minha gratidão pela confiança, diretrizes,
incentivo e competência, presença fundamental na minha formação profissional.
À minha co-orientadora Dra. Denise S. S. Rodrigues pelos ensinamentos e conselhos
preciosos, paciência e amizade, que juntos contribuíram para o meu crescimento
profissional. Agradeço também pelas amostras dos voluntários cedidas para o
desenvolvimento deste trabalho científico.
À Helena T. I. Tomiyama pelo acolhimento, pelos ensinamentos, amizade, paciência e
companheirismo ao longo desses anos.
Aos colegas e amigos do Centro Interdisciplinar de Terapia Gênica (CINTERGEN):
Débora Cristina Rocha, uma amiga pra qualquer hora, Fernanda R. Bruno, Karina
Carvalho, Dr. Hernán Bermudez, Ricardo Russo, Dr. Ricardo Palácios, Teresa
Maidana, Tânia Maria Silva, Dr. Fábio Leal, Raphaela Goulart, Claudia Tomiyama,
Vivian Motta, Leandro Tarosso, Dra. Mariana Sauer, Ângela Alencar, Karine Milani,
Zelinda Nakagawa, Dr. Hugo Marcelo, Maria Cândida Dantas, Danilo Mesquita,
Júlio Antônio Antunes, Ivonete dos Santos, Rosely do Carmo Souza, Eliézer, Nóe, à
minha gratidão pelo acolhimento, excelente convívio, apoio em todos os momentos e
valiosos conselhos.
Aos laboratórios de Imunologia I e Nefrologia da UNIFESP pelo apoio em toda e
qualquer situação.
iv
À ex-funcionária Cristiane Gomes pelo excelente convívio, amizade e principalmente
pelo apoio em meio a mudanças. Ao funcionário da DIPA Charlys Costa pela amizade,
paciência e consideração em todos os momentos.
Ao funcionário Issler Morais da Silva pela amizade, auxílio no preparo das
documentações, e por nos ajudar a resolver os problemas.
Ao amigo Wilson Cruvinel pela amizade e pela ajuda na elaboração da figura da tese.
A todos os meus familiares, tios, primos e avós pelo apoio e incentivo contínuo a
perseverar apesar das dificuldades.
À minha avó Alice Novais, pelo amor, incentivo em toda situação e apoio nos momentos
que mais precisei.
Ao amigo Carlos Roberto Ferreira pelo carinho, amizade, apoio desde o início, e
principalmente por fazer parte da família.
Aos amigos queridos Ana Paula, Railen, Inara, Débora, Renata, Grazielle, Tatiana,
Lívia, Thaís, Gislaine, Balbiane, Valeria, Edílson e Silas, a minha gratidão pela
amizade, companheirismo, principalmente por fazerem parte da minha vida sendo bênçãos
pra mim.
Aos amigos da Igreja Batista Esperança, ao qual faço parte, pela amizade e
companheirismo em todos os momentos e por vocês fazerem parte da minha vida.
v
À amiga Neuma Moreno, pela amizade, iniciativa e incentivo em vir para São Paulo, em
busca de oportunidade e mais conhecimento. Tenho certeza que foi iluminada por Deus
para me ajudar a chegar até aqui.
Às amigas e companheiras de casa Thais, Keli e Natália, pela oportunidade de
compartilhar a casa e o dia a dia com vocês.
À Universidade Estadual de Santa Cruz pela oportunidade e capacitação na minha
carreira profissional.
Aos mestres que passaram pela minha vida me incentivando e ensinando de que a busca
do conhecimento deve ser contínua.
Ao Instituto Clemente Ferreira por possibilitar esse estudo e persistir na luta contra a
tuberculose.
Ao diretor do Instituto Clemente Ferreira Fernando Fiúza de Mello por ter acreditado e
investido no projeto.
Aos profissionais do Instituto Clemente Ferreira pelo auxílio na coleta de sangue dos
pacientes, essencial para a realização deste trabalho.
Aos voluntários por terem aceitado participar do projeto principal, contribuindo para o
desenvolvimento científico do país no âmbito da imunologia da tuberculose.
vi
À Universidade Federal de São Paulo pelo apoio e participação no crescimento científico
do país.
À Disciplina de Infectologia por permitir o desenvolvimento deste projeto e me agraciado
com a bolsa e a matrícula na pós - graduação.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo
financiamento do projeto, incentivando o desenvolvimento científico no âmbito da
tuberculose.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e CNPq, pelo
suporte financeiro, essencial para a minha permanência em São Paulo.
A todos aqueles que contribuíram direta e indiretamente para a realização deste trabalho
científico.
vii
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS viii
ÍNDICE DE FIGURAS E TABELAS ix
RESUMO x
ABSTRACT xii
1. INTRODUÇÃO 1
1.1Tuberculose 1
1.1.1 Imunopatogênese da Tuberculose 4
1.2 Linfócitos T gama delta (γδ
γδγδ
γδ) 9
2. OBJETIVOS 15
3. CASUÍSTICA E MÉTODOS 16
3.1 Recrutamento de Voluntários 16
3.2 Citometria de Fluxo-Imunofenotipagem 17
3.3 Análise Estatística 18
4. MANUSCRITO 20
5. DISCUSSÃO 46
6. CONCLUSÕES 51
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 52
8. ANEXOS I 59
9. ANEXOS II 67
viii
LISTA DE ABREVIATURAS
Siglas Definições
APCs Células apresentadoras de antígenos
BCG Baccilus Calmette Guerin
CD Marcadores de diferenciação celular
CMSP Células mononucleares do sangue periférico
CTL Linfócito T citotóxico
EDTA Ácido etileno diaminotetracético
HIV Vírus da Imunodeficiência Humana
HLA Antígeno leucocitário humano
IFN-γ Interferon gama- γ
IL Interleucina
MHC Complexo de histocompatibilidade principal
M. tuberculosis Mycobacterium tuberculosis
NIH Instituto Nacional de Saúde
NK Matadora Natural
NKT Célula T Matadora Natural
NO Óxido Nítrico
PPD Derivado de Proteína Purificada
TCR γδ Receptor de células T γδ
Th Linfócitos T auxiliares
TNF-α Fator α de necrose tumoral
TLR Receptor do tipo Toll
ix
ÍNDICE DE FIGURAS E TABELAS
Figura 01. Rearranjo gênico da cadeia β, os segmentos desarranjados da cadeia α e a
localização dos genes da cadeia δ inseridos entre os segmentos V e J da cadeia α, figura A;
A cadeia β rearranjada, a cadeia α se recombinando e a cadeia δ sendo removida em forma
de círculo extra- cromossômico, figura B. (Adaptado de Janeway, CA et al., 2000).
Figura 02. O timócito CD3+ duplo negativo (CD4-CD8-) executa o rearranjo das cadeias
γ, δ e β produzindo proteínas funcionais e uma cadeia substituta pré-Tα, 2a; essa mesma
célula T, ao receber sinais via TCR γδ, promove a internalização da cadeia funcional β e da
cadeia substituta pré-Tα (Pré-TCR) e o desligamento da expressão gênica dessas cadeias,
originando células da linhagem γδ, 2b; quando o sinal é recebido via TCR αβ ocorre a
internalização das cadeias do TCR γδ, e a diferenciação da linhagem αβ, 2c; nas figuras 2d
e 2e os linfócitos T γδ e αβ iniciarão o processo de maturação e migrarão para outros sítios
(Adaptado de Janeway, CA, et al., 2000).
Tabela 01. Relação dos voluntários com tuberculose e os sintomas apresentados.
x
RESUMO
A tuberculose é considerada um problema de saúde pública mundial. Estima-se que um
terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. Trabalhos
avaliando a interação patógeno vs. hospedeiro tem incentivado o estudo dos mecanismos
envolvidos na resposta imunológica inicial nos indivíduos infectados e doentes. A
participação dos linfócitos T na resposta contra a micobactéria tem destacado a
importância dessas células na imunopatogênese. Uma subpopulação de linfócitos T, as
células T γδ têm sido investigada quanto à sua participação na resposta imunológica,
principalmente frente a processos infecciosos e inflamatórios. Essas células carregam
cadeia TCR γδ, atuam tanto na resposta inata como na adaptativa e são encontradas em
epitélios de alguns órgãos e no sangue periférico. Duas subpopulações são predominantes
no sangue periférico, aquelas expressando TCR Vγ2Vδ2 e outras expressando TCR
VγnVδ1. A subpopulação Vδ2 tem demonstrado reatividade a produtos micobacterianos,
enquanto que os mecanismos específicos das células T Vδ1 permanecem desconhecidos.
Este trabalho propôs investigar através da citometria de fluxo a distribuição dos linfócitos
T γδ, Vδ1 e Vδ2 na infecção pelo M. tuberculosis. Este trabalho foi realizado com
amostras de pacientes com tuberculose pulmonar na fase aguda e durante terapia
específica, indivíduos expostos ao M. tuberculosis e controles saudáveis. Nós encontramos
uma diminuição na freqüência de células T Vδ2 nos pacientes com tuberculose,
permanecendo estável durante terapia. Ao contrário as células T Vδ1 revelaram tanto uma
freqüência aumentada na fase aguda, como também aumento contínuo ao longo da terapia
específica. Com base no impacto da doença na freqüência desses linfócitos T γδ,
acreditamos que essas células estejam envolvidas na resposta imunológica inicial contra a
micobactéria, e que exista uma provável função complementar dessas células com as
xi
células T αβ. Nós recomendamos futuros estudos para explorar e avaliar a funcionalidade
das células T Vδ1 e Vδ2, esses dados serão de grande valia para melhor compreender a
contribuição dessas células na resposta imune durante a tuberculose.
xii
ABSTRACT
Tuberculosis is an enormous challenge to global health. One third of the world’s
population is estimated to be infected by the Mycobacterium tuberculosis. Previous
reports assessing the interaction between the pathogen and the host have promoted further
studies on the mechanisms involved during the innate immune response of infected
individuals. The participation of T lymphocytes in the response against the
mycobacterium has revealed the importance of these cells in immunopathogenesis of the
disease. The γδ T cells, a subset of T lymphocytes, have been investigated with regard to
their participation in the immune response, mainly against infectious and inflammatory
processes. These cells express TCR γδ chains, participating in innate as well as adaptive
responses, and are found in the epithelium of some organs and in the peripheral blood.
There are two predominant subsets of cells in the peripheral blood: those expressing TCR
Vγ2Vδ2 chains and those expressing TCR VγnVδ1 chains. The Vδ2 subset has
demonstrated reactivity to compounds produced by M. tuberculosis, while the specific
mechanisms of Vδ1 T cells remain unknown. Using flow cytometry, this study aims were
to investigate the frequency of both Vδ1 and Vδ2 subsets of γδ T cells in Mycobacterium
tuberculosis infection. This study was performed with samples that include acute
tuberculosis patients, those receiving specific therapy, exposed individuals, and healthy
controls. We found that the frequency of Vδ2 T cells was diminished in tuberculosis
patients, and remained steadily low during specific therapy. In contrast, the Vδ1 T cells
subset displayed not only increased frequency at acute phase, but also continued to rise
throughout the course of specific therapy. Based on the impact of the disease on the γδ T
cells frequency, we believe that these cells may be involved in an innate immune response
xiii
against the mycobacterium. Additionally, it is likely that they play a complementary role
to αβ T cells during infectious processes. We recommend future studies to explore and
evaluate the funcionality of Vδ1 and Vδ2 T cells in order to better understand the
contribution of these subsets in the immune response during tuberculosis infection.
1
1 INTRODUÇÃO
1.1. Tuberculose
A Tuberculose (TB) é uma doença milenar, porém na década de 90 voltou a ser
considerado pela OMS um problema de saúde pública mundial. Em 1882 Robert Koch
identificou o agente etiológico da tuberculose, o Mycobacterium tuberculosis, conhecido
como o bacilo de Koch. O M. tuberculosis faz parte de um complexo constituído por
espécies de micobactérias que apresentam similaridades moleculares acima de 99% como:
M. bovis, M. africanum, M. microti e M. canettii (Falkinham, 1996).
A TB é uma doença que compromete principalmente os pulmões, mas pode afetar
qualquer órgão (Haas, Lavelle et al., 2000). O bacilo da tuberculose é uma micobactéria
intracelular facultativa, aeróbica obrigatória com predileção pelo pulmão, por ser um
tecido rico em oxigênio (Raja, 2004). A transmissão ocorre geralmente em locais fechados
e aglomerados em que gotículas respiratórias, contendo bacilos, são aerolizadas pela tosse
ou fala de pacientes com doença ativa (Melo, 2006). A estratégia utilizada para prevenir a
forma agressiva da doença em crianças, ocorre através da vacinação com o BCG (Baccilus
Calmette Guerin), entretanto essa vacina é praticamente ineficaz na proteção do adulto
contra a tuberculose. Mesmo possuindo tratamento específico, a tuberculose tem sido
responsável por um número de óbitos cada vez maior, principalmente devido à dificuldade
de diagnóstico rápido e à interrupção precoce do tratamento por parte dos pacientes,
contribuindo para a evolução do quadro clínico dos pacientes.
Indivíduos que entraram em contato com o M. tuberculosis e se infectaram podem
ser identificados mediante a realização do teste tuberculínico cutâneo. O teste, conhecido
como PPD (purified protein derivative), é realizado através da técnica de Mantoux, que se
baseia numa reação de hipersensibilidade do tipo tardia, onde uma resposta celular é
2
desencadeada após a inoculação intradérmica do derivado protéico do M. tuberculosis
(Saúde, 2005).
O teste avalia a sensibilidade do indivíduo a micobactéria, mediante reação cutânea
ou pápula, área de induração e edema no local do inóculo, decorrente da resposta
imunológica aos antígenos micobacterianos. A reatividade do PPD é interpretada de acordo
com a dimensão da induração em milímetros, os valores são identificados e agrupados de
acordo com a sensibilidade do indivíduo da seguinte maneira: 0 a 4 mm - não reator -
abrange indivíduo não infectado pelo M. tuberculosis ou outras micobactérias, ou ainda
infectado pelo M. tuberculosis num intervalo de 2 semanas sem que tenha ocorrido
viragem tuberculínica e em infectados que estejam experimentando algum grau de
depressão imunológica; 5 a 9 mm - reator fraco - indivíduo vacinado com BCG ou
infectado com M. tuberculosis ou outras micobactérias; >10 mm - reator forte - indivíduo
infectado pelo M. tuberculosis podendo estar doente ou não e indivíduos recém vacinados
com BCG (Saúde, 2005).
Estudos mostraram que apenas 5% dos indivíduos que apresentaram reação positiva
ao PPD, após um período de 2 a 5 anos, evoluem para doença pulmonar ou outras formas
de TB, e cerca de 95% dos infectados desenvolvem uma infecção latente, permanecendo
assintomáticos (Schluger e Rom, 1998). O diagnóstico clínico e laboratorial tem
contribuído para a identificação precoce desses indivíduos infectados, auxiliando no
controle da doença, uma vez que a descoberta dos doentes bacilíferos entre os sintomáticos
respiratórios e a introdução do esquema I de tratamento com rifampicina, isoniazida e
pirazinamida, quando necessário, além de curar o indivíduo, reduz o tempo de transmissão,
e quebra a cadeia epidemiológica da doença (Pneumologia, 2004; Melo, 2006). Apesar das
várias ferramentas de diagnóstico existentes, as falhas na identificação dos indivíduos
infectados permanecem e tem contribuído para a emergência de novos casos de TB. É de
3
grande necessidade o desenvolvimento de um teste de diagnóstico rápido, simples, sensível
e específico que possa diferenciar a forma de infecção latente, da TB ativa e da TB latente
progressiva (Abebe, Holm-Hansen et al., 2007).
O período de incubação da doença é muito variável, pode ser ativada geralmente
devido a perturbações do sistema imunológico como uma reinfecção exógena, ou uma
reativação da infecção latente pela presença de fatores imunossupressores como tratamento
com corticóides, idade, abuso do uso de drogas, álcool, infecção pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV) e outros fatores (Farebee, 1970; Chan, Heifets et al.,
2000). A co-infecção pelo M. tuberculosis e HIV é responsável anualmente por mais de 5,6
milhões do total de casos de TB em todo o mundo (Cherian e Verghese, 2000; Sharma e
Ahluwalia, 2000).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a tuberculose permanece
como a maior causa de morbidade e mortalidade entre as doenças infecto-contagiosas no
mundo, infectando anualmente mais de 9 milhões de pessoas e causando a morte de mais
de 3 milhões todo ano (Who, 2007). No cenário internacional o Brasil figura no 15º lugar,
permanecendo no grupo dos 22 países com maior incidência da doença, juntos são
responsáveis por mais de 80% do total de casos no mundo (Who, 2006). No Brasil são
identificados mais de 100 mil novos casos de tuberculose anualmente, a Região Sudeste
detém quase que 50% desses casos, sendo o município de São Paulo responsável por cerca
de seis a sete mil casos.
Registros epidemiológicos da tuberculose têm sido bastante explorados. Entre eles,
os fatores sócio-econômicos de diferentes regiões do mundo têm mostrado uma forte
ligação com o surgimento e desenvolvimento da doença. Cerca de 21% dos infectados são
contabilizados nos países avançados, ao passo que 79% ocorrem nos países em
desenvolvimento e pobres. Outra diferença é quanto à faixa etária dos infectados, nos
4
países desenvolvidos, a maior parte encontra-se acima dos 50 anos e nos países em
desenvolvimento 80% dos infectados encontra-se entre 15 e 59 anos, faixa etária em que
mais contribuem para o desenvolvimento do país (Pneumologia, 2004). A luta contra a
tuberculose tem despertado a busca de fatores tanto epidemiológicos como imunológicos
na procura de novas armas que auxiliem no controle da doença.
1.1.1.
Imunopatogênese da Tuberculose
A resposta imunológica, montada para combater e conter a infecção pelo M.
tuberculosis, é na grande maioria das vezes bem sucedida (Pneumologia, 2004; Melo,
2006). De acordo com a resposta imunológica, a tuberculose pode se manifestar na forma
pulmonar, responsável por cerca de 85% dos casos, ou na forma extrapulmonar. A
tuberculose extrapulmonar geralmente acontece como conseqüência de falhas na contenção
da infecção no pulmão, que permite a disseminação do bacilo via vasos linfáticos e
sanguíneos. São então detectados casos de tuberculose pleural e ganglionar periférica,
seguida pela tuberculose geniturinária, óssea, ocular, miliar e a meningoencefalite
tuberculosa (Pneumologia, 2004).
Após a entrada da micobactéria, a interação do bacilo com as células do sistema
imunológico do hospedeiro pode desencadear quatro tipos de resposta: -eliminação do
bacilo,- as micobactérias podem começar a se multiplicar logo após a infecção e causar
doença clínica; -a infecção pode ser contida através da formação de granuloma, gerando
uma infecção latente, onde após alguns anos as micobactérias podem eventualmente
5
começar a crescer e resultar em doença clínica ou os indivíduos com infecção latente
podem se reinfectar e desenvolver a forma ativa da TB (Dannenberg, 1994).
A tuberculose é um exemplo de infecção no qual a imunidade protetora e a
hipersensibilidade patológica coexistem, e as lesões são causadas pela resposta do
hospedeiro ao M. tuberculosis (Flynn e Chan, 2001). A resposta inicial é capaz de conter o
crescimento bacteriano por algum tempo, mas usualmente falha em erradicar a infecção e
necessita do auxílio de uma imunidade celular mais específica (Iho, Yamamoto et al.,
1999). O sistema imunológico é acionado com a entrada da micobactéria, onde células
como os macrófagos alveolares exercem sua função fagocítica, citocinas e quimiocinas são
produzidas, promovendo a quimiotaxia de mais células fagocíticas e apresentadoras de
antígenos, como células dendríticas e macrófagos, na tentativa de eliminar completamente
a bactéria. O recrutamento celular para o sítio da infecção persiste com a chegada de
macrófagos, fibroblastos, células gigantes, células T e B que auxiliarão na formação do
granuloma, orquestrado pelo fator α de necrose tumoral (TNF-α), citocina produzida por
macrófagos e linfócitos T com papel essencial na resposta imunopatológica (Bermudez e
Goodman, 1996; Tan, Canaday et al., 1997; Behr-Perst, Munk et al., 1999)
No interior das células fagocíticas, algumas micobactérias patogênicas apresentam
mecanismos de escape, evidenciado pela resistência à degradação causada pelas enzimas
hidrolíticas, exercendo um efeito inibitório no processo de fusão dos lisossomos com os
fagossomos (Flynn e Chan, 2001; Casanova e Abel, 2002). Com o decorrer da infecção
algumas bactérias podem persistir nos tecidos por meses e até décadas sem se multiplicar,
porém permanecendo viáveis. Esse estado persiste até que uma alteração resulte na ruptura
do granuloma ou em uma reativação e replicação do bacilo, causando necrose caseosa e
injúria do tecido pulmonar, resultando na liberação de produtos macrofágicos, enzimas
lisossômicas e intermediários reativos de oxigênio (Shiloh e Nathan, 2000). O processo de
6
necrose tem sido útil na eliminação de macrófagos infectados e promoção de um ambiente
anóxico, inibindo o crescimento micobacteriano (Sturgill-Koszycki, Schlesinger et al.,
1994; Winau, Hegasy et al., 2005).
A participação da imunidade celular inata na resposta ao M. tuberculosis tem sido
de suma importância principalmente durante a infecção ou a reativação da infecção.
Estudos comprovaram que, além de neutrófilos e macrófagos, as células matadoras
naturais (NK) também auxiliam na resposta a micobactéria. Quando as células NK estão
ativadas, exercem função citotóxica contra as células infectadas e produzem IFN-γ,
citocina potencializadora da atividade macrofágica e indutora da produção de altas
concentrações de óxido nítrico (NO) no local da infecção, resultando na morte bacteriana
(Boehm, Klamp et al., 1997; Macmicking, North et al., 1997). Além da participação dos
linfócitos T CD4 e CD8 tem sido relatado um efeito negativo da patogênese sobre outros
linfócitos T como as células T matadoras naturais (NKT), estas apresentam freqüência
diminuída no sangue periférico de pacientes infectados pelo M. tuberculosis durante fase
aguda e após tratamento, comparado com controles expostos ao M. tuberculosis e
saudáveis, acredita-se que essa células também fazem parte da reposta imunológica contra
a micobactéria (Snyder-Cappione, Nixon et al., 2007). Células T que apresentam cadeias
de TCR γδ tem sido alvo de investigação por possuir a capacidade de reconhecer
fosfoantígenos micobacterianos e exercer uma resposta efetora mediante produção de
citocinas, sua participação apresenta-se relevante tanto durante a resposta inata como
adaptativa, principalmente em um ambiente infeccioso.
A imunidade adaptativa é iniciada com a apresentação de antígenos
micobacterianos, a expressão de sinais co-estimulatórios e produção de citocinas, eventos
que acontecem quase que concomitantemente com a imunidade inata (Van Crevel,
Ottenhoff et al., 2002). No início da infecção, as células T são ativadas com a apresentação
7
de antígenos microbianos e são induzidas a produzir citocinas Th1 de modo a potencializar
a resposta celular. Duas a três semanas após a infecção, linfócitos T CD4+ e CD8+ podem
participar da luta contra o bacilo.
A resposta antígeno- específica de células T CD4+ tem sido considerada por muitos
pesquisadores como a mais importante na defesa contra o M. tuberculosis (Lai, Ho et al.,
1997). A grande maioria dos antígenos produzidos pelas APCs são apresentados
especificamente aos linfócitos T CD4+ que exercem efeito protetor, principalmente pela
produção de citocinas como o IFN-γ (Powrie e Coffman, 1993; Stenger e Modlin, 1999;
Lazarevic, Nolt et al., 2005). Os linfócitos T CD8+ têm revelado um caráter polifuncional
variando com o estágio da infecção. Células T CD8+ específicas a micobactérias
conseguem reconhecer macrófagos infectados e gerar uma resposta que contribua na
contenção da doença. A importância das células T CD8 + consiste principalmente na sua
função citotóxica, quando ativadas, essas células são induzidas a produzir e liberar
grânulos citotóxicos (Schluger e Rom, 1998). Essa atividade citotóxica envolve em parte
dois mecanismos: a apoptose pela via de ligação das moléculas Fas/FasL e o mecanismo de
morte pela via de produção de perforina e granulisina (Stenger, Mazzaccaro et al., 1997).
A produção de granulisinas peptídicas antimicrobianas por parte das células T CD8+ tem
sido capazes de eliminar micobactérias intracelulares(Stenger, Hanson et al., 1998).
Estudos em animais deficientes de células T CD8+ mostraram que esses animais são mais
suscetíveis à infecção pelo M. tuberculosis. A produção de citocinas e a lise de células
infectadas por parte das células T CD8+ ressalta ainda mais a importância dessas células
no combate à infecção pelo M. tuberculosis.
Os vários tipos celulares do sistema imunológico podem atuar de forma conjunta de
é geralmente ordenada através da produção de fatores químicos, as citocinas. A produção
de diferentes citocinas tem levado à classificação das células produtoras em padrões Th1 e
8
Th2 (Mosmann e Coffman, 1989). Células padrão Th1 são produtoras de citocinas como
interleucina 2 (IL-2), IFN-γ e TNF-α que exercem papel inflamatório promovendo a
imunidade celular, ao contrário das citocinas padrão Th2 que atuam na regulação negativa
da resposta Th1, induzindo a imunidade humoral. As citocinas Th1 parecem exercer papel
central no controle da infecção micobacteriana, uma vez que citocinas Th2, IL-4 e IL-10
favorecem a infecção por patógenos intracelulares, por serem citocinas supressoras da
produção de IFN-γ (Lucey, Clerici et al., 1996).
Serbina, Lazarevic et al., 2001, revelou que a ativação macrofágica e a produção de
IFN-γ decorrentes da infecção micobacteriana induzem a apoptose de células padrão Th1,
sugerindo que a doença clínica vem acompanhada por uma redução de células padrão Th1
e da resposta de linfócitos T citotóxicos. Estudos envolvendo camundongos mostraram o
potencial citotóxico dos linfócitos T CD8+ sendo dependente de células T CD4+ (Serbina,
Lazarevic et al., 2001). A maioria dos pesquisadores concorda que para se obter uma
resposta protetora controladora da infecção micobacteriana necessita-se de uma melhora na
captura, no processamento de antígenos pelas APCs e na apresentação para as células T
CD4+ e CD8+ naïve (Peters e Ernst, 2003). Sud et al., 2006, sugeriu que quanto maior a
quantidade inicial de antígenos, mais forte será a resposta e melhor proteção contra a
doença (Sud, Bigbee et al., 2006).
A resposta celular é principalmente antígeno específica e a identificação de
antígenos imunodominantes tem sido alvo de estudos, com o intuito de se desenvolver
vacinas efetivas (Andersen, 1997). Alguns mecanismos imunológicos podem estar
relacionados com a susceptibilidade ou resistência de alguns indivíduos em desenvolver ou
não a forma grave da doença (Behr-Perst, Munk et al., 1999; Fenhalls, Wong et al., 2000).
Os próximos passos no estudo da tuberculose exige que se esclareçam os complexos
9
mecanismos envolvidos na indução e manutenção da imunidade inata e especifica, além da
identificação dos fatores que marcam a proteção ou a exacerbação da doença clínica.
1.2 Linfócitos T gama delta (
γδ
γδγδ
γδ
)
O sistema imunológico é constituído de células leucocitárias, que se originam na
medula óssea, algumas células se maturam na própria medula, outras migram para órgãos
primários para se maturarem. Entre os leucócitos existem células envolvidas somente na
imunidade inata, algumas executando funções intermediárias entre a imunidade inata e
adaptativa e outras exercendo papel central na imunidade adaptativa. Os linfócitos são
células muito importantes na imunidade, caracterizadas pela expressão de moléculas de
reconhecimento de antígenos na superfície, conhecidas como receptores. Os receptores são
gerados através de rearranjos gênicos que definem o tipo de linfócito e permite a geração
de uma variedade infinita de receptores, cada um expresso individualmente, por uma célula
B (BCR) ou célula T (TCR) (Gowans, 1996).
algumas subpopulações de linfócitos que expressam uma diversidade de
receptores muito limitada, sendo codificada por poucos rearranjos gênicos. Uma dessas
populações é constituída pelas células T gama delta (γδ), descobertas em 1986 por
Tonegawa e colaboradores. Atualmente o comportamento dessas células num ambiente
fisiológico ou num ambiente patológico permanece pouco compreendido.
Os linfócitos T γδ expressam receptores distintos dos linfócitos T αβ, envolvidos na
imunidade adaptativa. Os TCRs são compostos por duas cadeias heterodímeras similares às
imunoglobulinas tanto na sua estrutura protéica, possuindo também regiões variável e
constante, quanto nos mecanismos genéticos responsáveis pela sua grande variabilidade,
apresentando segmentos de variabilidade (V), diversidade (D) e junção (J). O TCR γδ é
10
formado por duas cadeias polipeptídicas diferentes, as cadeias γ e δ (Havran e Boismenu,
1994; Dunon, Courtois et al., 1997). A localização do complexo gênico que codifica a
cadeia TCR δ é visualizada na Figura 1A. Os segmentos gênicos das cadeias β, γ e δ
sofrem rearranjos quase que simultaneamente nos timócitos duplo negativos (CD4-CD8-),
sendo inicialmente expressos dentro da célula e, então em baixos níveis na superfície
celular. O rearranjo gênico da cadeia α inativa os genes codificadores da cadeia δ, por isso
uma cadeia protéica precursora da cadeia α é formada (Havran e Boismenu, 1994; Dunon,
Courtois et al., 1997) (Figura 1B).
Figura 1. A figura A mostra o rearranjo gênico da cadeia β, os segmentos desarranjados da cadeia α e a
localização dos genes da cadeia δ inseridos entre os segmentos V e J da cadeia α; A figura B mostra a cadeia
β rearranjada, a cadeia α se recombinando e a cadeia δ sendo removida em forma de círculo extra-
cromossômico. (Adaptado de Janeway, CA et al., 2000).
As células T γδ compreendem de 5 a 10% dos linfócitos T circulantes no sangue
periférico de indivíduos saudáveis, essas células expressam o complexo CD3, porém a
maioria não expressa as moléculas CD4 e CD8 (Behr-Perst, Munk et al., 1999). Essas
células apresentam uma diversidade limitada nas cadeias γ e δ. Os precursores das células
T saem da medula óssea via vasos sanguíneos e vai para o timo. Na maioria dos timócitos,
entretanto, ocorre um rearranjo bem-sucedido dos genes da cadeia β e conseqüente
produção da proteína β funcional, essa cadeia pareia com uma cadeia α substituta, pTα,
criando um pré-TCR (β: pTα). Apenas 1% desses timócitos apresentam rearranjo e
β
ββ
β
J
A
V
J C
V
α
αα
α
δ
δδ
δ
V J C
α
αα
α
J
C V
δ
δδ
δ
B
D
β
ββ
β
V
J C
J
11
expressão das cadeias γ e δ (Figura 2). O mecanismo pelo qual os progenitores das células
T tornam-se comprometidos com a expressão do TCR αβ ou TCR γδ ainda não é
totalmente conhecido, embora isso possa depender de uma sinalização que desencadeará
um rearranjo produtivo na mesma célula. Os sinais via receptor da célula pré-T pTα:β
direcionam a célula para a linhagem αβ, e as células que receberem o sinal via TCR γδ
internaliza e destrói as cadeias pré-TCR, originando as células γδ (Kang, Coles et al.,
1998; Fehling, Gilfillan et al., 1999; Hayday, Barber et al., 1999) (Figura 2).
Figura 2. O timócito CD3+ duplo negativo (CD4-CD8-) executa o rearranjo das cadeias γ, δ e β produzindo
proteínas funcionais e uma cadeia substituta pré-Tα, 2a; essa mesma célula T ao receber sinais via TCR γδ
promove a internalização da cadeia funcional β e da cadeia substituta pré-Tα (Pré-TCR) e o desligamento da
c
d
b
e
a
12
expressão gênica dessas cadeias, originando células da linhagem γδ, 2b; quando o sinal é recebido via TCR
αβ ocorre a internalização das cadeias do TCR γδ, e a diferenciação da linhagem αβ, 2c; nas figuras 2d e 2e
os linfócitos T γδ e αβ iniciarão o processo de maturação e migrarão para outros sítios (Adaptado de
Janeway, CA, et al., 2000).
Os rearranjos gênicos encontrados nas células T γδ e αβ maduras sugerem que elas
divergem de um progenitor comum nos estágios mais tardios do desenvolvimento, quando
já ocorreram rearranjos gênicos. A diversidade do repertório de células T γδ é teoricamente
ainda maior do que o repertório de células T αβ, em parte por causa do reconhecimento de
seqüências adjacentes do segmento D que permite a junção de D a D. Certas células T γδ
possuem capacidade de se desenvolver na ausência de um timo funcional esse fenômeno é
encontrado por exemplo, em camundongos nude (Dunon, Courtois et al., 1997; Kang,
Coles et al., 1998; Fehling, Gilfillan et al., 1999; Hayday, Barber et al., 1999).
As células T γδ têm sido encontradas em grande quantidade no epitélio de alguns
órgãos expressando diferentes cadeias TCR Vγ/Vδ. A grande maioria das células T γδ
localizadas na epiderme expressam cadeias Vγ5Vδ1, as células T γδ intra-epiteliais
intestinais são praticamente Vγ7, as células uterinas apresentam cadeias Vγ6Vδ1 e no
sangue periférico encontramos duas variedades de cadeias δ predominantes, Vδ1 e Vδ2, a
freqüência destas células são alteradas com o tempo, uma vez que na fase inicial da vida
um predomínio de células T Vδ1 e com o passar dos anos uma expansão das células T
Vδ2 permanecendo durante a vida, aumento conseqüente do contato com patógenos
microbianos durante a infância (Goodman e Lefrancois, 1989; Havran, Grell et al., 1989;
Itohara, Farr et al., 1990; Pereira, Gerber et al., 1995). Outros rearranjos nas cadeias do
TCR γδ ocorrem em baixa freqüência nesta população de linfócitos T.
Algumas subpopulações de linfócitos T γδ não precisam sofrer expansão clonal
antes de responder efetivamente a um antígeno, apresentam propriedades diferentes no
reconhecimento de antígenos em relação aos receptores αβ, por não depender de
13
apresentação de antígenos pelas APCs via MHC (Davis, Boniface et al., 1998; Hayday,
2000). A especificidade de células T γδ envolve o reconhecimento de peptídeos virais,
antígenos livres, moléculas fosforiladas, alquilaminas, proteínas ligadas ao estresse como
as de choque térmico e lipídeos antigênicos, encontrados em micobactérias e outros
micróbios presentes nas barreiras epiteliais, esses antígenos podem ser apresentados
através de moléculas do tipo MHC de classe I não clássicas, ou via TCR, iniciando uma
resposta imunológica a pequenos números de micróbios comuns, antes do recrutamento de
células T αβ. A diversidade das cadeias do TCRγδ, geram células com diferentes funções,
acredita-se que o tipo da cadeia γ é que define o sítio para qual a célula irá residir (Davis,
Boniface et al., 1998; Hayday, 2000).
Um dos papéis chave dessas células T γδ é patrulhar e inspecionar o organismo,
destruindo as células que expressam um fenótipo anormal como resultado de estresse ou
infecção (Kang, Coles et al., 1998). Vários estudos realizados em camundongos com
deficiência de células T γδ, revelaram respostas exageradas a vários patógenos e mesmo
aos tecidos próprios, ao contrário de deficiências no controle e rejeição dos patógenos. Isso
levou a sugestão de que pelo menos algumas células T γδ exercem papel regulatório
mediante circunstâncias específicas, essa função seria consistente com sua capacidade
demonstrada em secretar citocinas regulatórias quando ativadas (Havran e Boismenu,
1994).
Dentre as células T γδ do sangue periférico de indivíduos saudáveis estão a
subpopulação de linfócitos T Vγ2Vδ2, a mais predominante, seguida pela subpopulação de
linfócitos T VγVδ1. Esses linfócitos circulantes têm demonstrado diferentes perfis durante
processos infecciosos ou estresse, porém os mecanismos específicos de cada subpopulação
ainda não estão totalmente entendidos. Essas células podem exercer atividade citolítica,
produzir citocinas padrão Th1 como Th2, além da subpopulação de células TVδ2 exercer
14
função de apresentadora de antígeno. As subpopulações Vδ1 e Vδ2 têm revelado diferentes
padrões de distribuição em tecidos humanos normais (Chervenak, Lederman et al., 1997;
Brandes, Willimann et al., 2005).
As células T γδ modulam a resposta inflamatória in situ, e podem reconhecer
diretamente moléculas induzidas sobre células epiteliais estressadas e entretanto podem
responder muito rapidamente ao ataque exógeno, essas funções caracterizam essas células
como sentinelas, as primeiras a chegar no local da infecção. A respeito da função
regulatória que essas células exercem no tecido epitelial, foi sugerido como principal
função à prevenção de uma resposta imunológica excessiva, de modo a evitar o
desenvolvimento de imunopatologias.
A participação dessas células durante o processo infeccioso causado pelo
M.tuberculosis, foi relatado em alguns estudos, porém o grau de importância e
envolvimento dessas células na imunopatogênese ainda precisa ser elucidado. Muito do
que se conhece hoje sobre as células T γδ tem reforçado a necessidade de entender como
estas células contribuem na resposta inicial. As células T Vδ2 são facilmente ativadas com
a entrada de agentes infecciosos no corpo, reativas a produtos liberados por bactérias vivas
intracelulares e extracelulares e participando da fase inicial da resposta imune (De Libero,
1997). evidências de que as células T Vδ2, assim como as células T αβ, contribuem na
resposta imunológica adaptativa contra as infecções micobacterianas (Shen, Zhou et al.,
2002). Em relação ao comportamento das células T Vδ1 durante a infecção pelo M.
tuberculosis e em outras infecções relatos de uma possível contribuição na imunidade
inicial.
15
2. OBJETIVOS
1. Avaliar a freqüência das células T Vδ1 e Vδ2 nos pacientes com tuberculose
pulmonar ativa e na infecção latente.
2. Avaliar a distribuição dessas células durante o tratamento específico nos pacientes
com tuberculose pulmonar em atividade.
16
3. CASUÍSTICA E MÉTODOS
3.1 Recrutamento dos Voluntári
os
Este trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Imunologia II da Disciplina de
Infectologia da Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina-
UNIFESP. Os voluntários selecionados para a participação foram arrolados no Projeto de
pesquisa “Avaliação da Resposta Imunológica à Tuberculose” CEP 0925/04,
disponibilizados pela Dra. Denise Rodrigues.
Foram utilizadas amostras de 50 voluntários, recrutados do Instituto Clemente
Ferreira, com idade entre 18 e 60 anos, divididos em três grupos: 1) 20 pacientes com
diagnóstico clínico e bacteriológico de tuberculose pulmonar positiva, indivíduos que
apresentaram duas baciloscopias positivas e/ou uma cultura positiva para o M.tuberculosis;
ou uma baciloscopia positiva e imagem radiológica sugestiva.. Os pacientes desse grupo
foram seguidos após 30, 90 e 180 dias, quando o paciente recebeu alta por cura. 2) 20
voluntários saudáveis, contatos de pacientes com tuberculose, com reação cutânea positiva
ao PPD > 10 mm, e sem sinais clínicos ou laboratoriais de tuberculose em atividade. 3)10
voluntários sadios, sem história prévia de exposição ao Mycobacterium tuberculosis, sem
reação cutânea ao teste tuberculínico, forma utilizados como controles. Esses indivíduos
foram recrutados do Laboratório de Imunologia II, pertencente à Disciplina de Infectologia
da UNIFESP. Todos os voluntários assinaram consentimento informado para participação
no estudo.
O quadro clínico apresentado pelos pacientes no momento do diagnóstico da
tuberculose é relacionado na Tabela 1 (Anexo I).
17
3.2 Citometria de Fluxo
Imunofenotipagem
As amostras de sangue foram coletadas em tubos contendo o anticoagulante Ácido
etileno-diamino-tetra-acético (EDTA) (BD Diagnostics, Plymouth, United Kingdon). Com
essa amostra foi realizada a separação das células mononucleares do sangue periférico
(CMSP) através da cnica de diferença de gradiente de densidade com a solução Ficoll
Hypaque
TM
Plus (Amersham Biosciences Upsala, Suécia). Após a separação as células
mononucleares foram lavadas em solução PBS 1x (GIBCO- Invitrogen, Grand Island, NY,
USA), foram centrifugadas a 600g por 10 minutos em Temperatura ambiente. Após a
lavagem foram resuspensas em meio de cultura e preparadas com solução azul de Tripan
0,1% (Sigma-Aldrich chemie, Steinheim, Germany) para a contagem celular na câmara de
Neubauer. Em seguida, as células foram centrifugadas e congeladas em tubos de
criopreservação com meio de congelamento, esse processo foi realizado com auxílio de um
cooler refrigerado onde os criotubos foram manuseados e armazenados no freezer -80
o
C
durante 24 hrs e transferidas para o nitrogênio líquido.
Com o objetivo de caracterizar fenotipicamente o receptor de células T γδ, as
CMSPs foram descongeladas rapidamente em Banho Maria a 37º C e resuspensas em meio
de cultura, foram centrifugadas a 600g por 10 minutos em temperatura ambiente, em
seguida desprezado o sobrenadante as células foram resuspensas em meio de cultura para a
contagem celular. As células foram distribuídas na placa de fundo “V” 96 poços e
marcadas na superfície com anticorpos monoclonais, o anti- CD3, anti-Vδ1, anti-Vδ2, anti-
CD4 e anti- CD8, a placa foi incubada por 30 minutos a C ao abrigo da luz, em seguida
foi centrifugada a 600g por 10 minutos, lavada 2x com tampão MACS -solução preparada
com PBS 1x, 250mM EDTA, e 10% de Albumina (Sigma-Aldrich chemie, Steinheim,
18
Germany) e centrifugada novamente, por fim as células foram fixadas em solução de
paraformaldeído 1% (Sigma-Aldrich chemie, Steinheim, Germany) e mantidas a C ao
abrigo de luz até a aquisição no citômetro de fluxo FACS CANTO (Becton Dickinson, San
Jose, CA, EUA). A população de células T γδ foi definida pelas combinações de anticorpos
ligados à moléculas fluorescentes. Anti-Vδ2-PE (clone B6) e anti-Vδ1-FITC (clone T58.2)
(BD Biosciences Pharmingen, San Diego, CA), e anti –CD3- Alexa 750 ou PerCP (clone
SK7), anti-CD8- PerCP (clone SK1) e anti-CD4- APC (SK3) (BD Biosciences, San Diego,
CA). Todos os dados foram analisados utilizando software Flowjo (Tree Star Inc, Ashland,
OR).
3.3 Análise estatística
Os dados foram compilados e analisados no software Prism, versão 4.0 (GraphPad
Software, San Diego, CA). As comparações de grupos foram realizadas utilizando teste
não-paramétrico Kruskal Wallis, ANOVA, pós-teste; associações entre as variáveis foram
avaliadas pelo teste de Spearman na disposição de correlações. O valor p crítico foi
considerado estatisticamente significante quando < 0,05.
Um modelo de regressão logística múltiplo foi criado incluindo todos os 40
indivíduos expostos, e apresentavam as duas variáveis: indivíduos com tuberculose
pulmonar ou sem tuberculose pulmonar. O objetivo principal da análise multivariada foi
obter uma estimativa válida do relacionamento das células T Vδ1 e Vδ2 com o
desenvolvimento da tuberculose pulmonar ativa, confirmada por cultura de escarro
positiva, depois da exposição pelo M. tuberculosis. As variáveis explicativas avaliadas
incluíram: idade, sexo, quantidade total de células T γδ, a freqüência de células T Vδ1, a
19
freqüência de células T Vδ2, a freqüência de linfócitos, e a freqüência de células CD3 γδ+,
todos obtidos de sangue periférico.
A orientação geral, proposta por (Kleinbaum e Klein, 2002) foi utilizada para tentar
promover um relato mais consistente do modelo de estratégia empregado, e tornar isso
mais fácil para avaliar a validade dos resultados fornecidos. Depois de uma forma de
checagem da função, todas as variáveis contínuas foram transformadas em categóricas.
Três variáveis indicadoras foram criadas para idade (<30, 30 <50, e 50 anos) e o
percentual de 50 foi utilizado como cutoff para transformar as variáveis permanentes
dentro das duas condições. Todas as variáveis explicativas foram incluídas no modelo
final, mas nenhum termo de interação foi testado ou incluído no modelo final. A análise
multivariada foi realizada utilizando STATA 10.0 (Stata Corporation, Texas).
20
4. MANUSCRITO
Elevated Vδ
δδ
δ1 T cell frequency is independently associated with active tuberculosis
and proliferation during specific therapy
Priscilla Costa
1
, Denise Silva Rodrigues
1,2
, João Luiz Miraglia
1
, Jorge Barros Afiune
2
,
Fernando Fiuza de Melo
2
, Esper G. Kallas
1,3
1
Infectious Diseases Division, Federal University of São Paulo, São Paulo, Brazil
2
Clemente Ferreira Institute, São Paulo, Brazil
3
Clinical Immunology and Allergy Division, University of São Paulo, São Paulo, Brazil
Word count: 3477 words (excluding abstract, references, and legends)
Running title: Vδ1 and Vδ2 T cells in tuberculosis (35 characters).
Keywords: γδ T cells, Vδ1, Vδ2, tuberculosis, Mycobacterium tuberculosis
21
Footnote page:
This work was supported by the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), grant #474092/2006-2. Ms. Costa was supported by the CNPq,
Brazilian Ministry of Science and Technology, and the Fundação de Amparo a Pesquisa do
Estado de São Paulo (FAPESP, scholarship #06/52989-2).
Conflicts of interest: The authors do not have any competing conflict of interest to declare.
Corresponding author: Esper Georges Kallas, M.D., Ph.D.
Laboratório de Imunologia II
Disciplina de Infectologia
Escola Paulista de Medicina / UNIFESP
Rua Mirassol 207
04044-010 - São Paulo - SP
Brazil
22
Abstract (1212 words)
Vδ1 T cells are capable of reponses to both tumors and foreign infections, but their
mechanisms are not fully understood. Other subsets critical to the γδ Τ cells group are the
Vδ2 T cells, known for their role in protection, antigen presentation, effector mechanisms,
and their critical part in the homeostasis of the immune system. We investigated the
frequency of both subsets of γδ T cells in an environment infected by Mycobacterium
tuberculosis, in samples that included tuberculosis patients, exposed individuals and
healthy controls. We demonstrated that frequency of Vδ2 T cells diminished in
tuberculosis patients, and remained steady during frequency. In contrast, the Vδ1 T cells
subset displayed not only increased frequency but also continued proliferation throughout
the course of specific therapy. This expansion of Vδ1 T cells may be caused by
chemokines, lymphokines or interactions with other cells of the immune system..
Unfortunately, these mechanisms remain unknown. The reduced frequency of Vδ2 T cells
reactive to M. tuberculosis suggest that a probable activation of these cells can promote
their proliferation, and Vδ1 T cells can present a secondary function as a response to this
infection, expanding and exerting effectors and cytotoxics mechanisms. We suggest that
Vδ1 T cells may play an important role in infectious diseases, and recommend future
studies exploring this hypothesis..
23
Introduction
Infection with Mycobacterium tuberculosis remains a public health crisis as it kills over
two million people every year and has infected more than two billion across the globe
(Koch-Weser, 1993; Kochi, 2001; Organization, 2006; Who, 2006) Tuberculosis may
develop anywhere in the body, but usually affects the lungs. Of all infection cases, only
5%-10% of the patients develop disease, and the activation of tuberculosis requires, in the
vast majority of cases, specific therapy.
In this disease, the immune response is primarily cellular and involves CD4+ and
CD8+ T cells as well as macrophages that together aim to control bacterial replication at
the infection site (Tan, Canaday et al., 1997; Behr-Perst, Munk et al., 1999). Others cells
of the immune system, like γδ T cells have been well described, mainly in infections
disease. γδ T cells comprise 5%-10% of all T lymphocytes in the peripheral blood. Their
main subsets express Vδ1 or Vδ2 gene segments and are differently distributed across the
tissues where they likely possess different functions (Chervenak, Lederman et al., 1997;
Brandes, Willimann et al., 2005). There are many functional attributes to γδ T cells, such
as their ability to recognize antigens without the need for processing and presentation by
classical MHC molecules, and the regulation of inflammatory response. When these cells
are absent, inflammation infiltrates and persists causing more severe tissue lesions (Fu,
Roark et al., 1994).Despite the evidence of their important role, knowledge of their
functions and contributions in anti-mycobacterial activity is not yet clearly understood
(Hayday, 2000).
Vδ2 T cells are known for their effector functions, and mainly secrete a variety of
cytokines and act as antigen presenting cells broadly reactive to phosphoantigens and
alkilamines (Constant, Davodeau et al., 1994; Tanaka, 1995; Belmant, 1999; Bukowski,
24
Morita et al., 1999; Tanaka, 2006). Some studies suggest the participation of these cells in
the early stage of the immune response to M. tuberculosis, therefore linking the innate and
adaptive immunity branches to a wide range of immunogens (De Libero, 1997).
Expansions of Vδ2 T cells are associated with the decline of bacterial burdens and
resolution of active BCG infection in monkeys (Lai, Shen et al., 2003). However, studies
have reported a decreased percentage of Vδ2 T cells in both the blood and BAL fluid of
patients with pulmonary tuberculosis when compared with control subjects (Li, Rossman et
al., 1996). However, this hypothesis is weakened due to its conflict with the concept of the
compartmentalization of Vδ2 T cells.
Studies have shown that in the gut, spleen, and thymus the Vδ1 T cells are the most
predominant of all γδ T cells. Vδ1 T cells express a set of chemokine receptors, (Falini,
Flenghi et al., 1989; Glatzel, Wesch et al., 2002), and can respond to APCs (Antigen
Presenting Cells) expressing CD1c specific molecules. This allows for an immune
response with the capacity to respond rapidly to nonpolymorphic molecules in the absence
of foreign antigens, which may activate or eliminate APCs (Spada, Grant et al., 2000). Vδ1
T cells can also respond to Epstein Barr virus- infected lymphocytes (Fujishima, Hirokawa
et al., 2007), and to infectious pathogens, but the nature of the antigens recognized by TCR
remains unknown. However, many characteristics about this subset, such as antigenic
specificity and functions, are not completely understood.
It is possible these cells are also nonspecifically activated via inflammatory
cytokines (Das, Sugita et al., 2004). Most Vδ1 T cells have also been reported to recognize
MICA and MICB, molecules that are induced by stress on intestinal epithelial cells and are
sometimes expressed by tumor cells (Groh, Steinle et al., 1998; Groh, Rhinehart et al.,
1999). Vδ1 can also express the molecule NKG2D, whose ligands are molecules
MICA/MICB, which appear to be dependent on biological stress caused by cellular
25
transformations and microbial infections. The interaction of NKG2D with its ligands
results in cytolysis of target cells in vitro (Wu, Groh et al., 2002; Wu, Wu et al., 2007)
It was reported that lung γδ T cells were activated after five days of infection, while
γδ TCR and NK cells seem to remain unchanged up to two weeks after the infection by
BCG (Bacillus Calmette-Guéran). The γδ T cells can be involved in the maintenance of the
balance between the host and the M. tuberculosis during the chronic infection.
In this study we compared tuberculosis patients with subjects exposed to M.
tuberculosis as well as healthy control subjects and concluded that immune mediators may
stimulate Vδ1 T cells, causing an exhaustion of the Vδ2 T cells in TB infected patients.
We also analyzed the frequency of Vδ1 and Vδ2 T cells after three and six months of
specific therapy to tuberculosis. We found an inversion of the Vδ1:Vδ2 T cells ratio in
peripheral blood of tuberculosis patients, suggesting that these cells may have different
roles and take distinct pathways in immunity to M. tuberculosis.
26
Materials and Methods
Study subjects
This study was performed using frozen peripheral blood mononuclear cells (PBMC) from
volunteers who had signed an Institutional Review Board (IRB)-approved informed
consent, in accordance with the guidelines of the Brazilian Ministry of Health. Fifty
individuals were enrolled at the Federal University of Sao Paulo and the Clemente Ferreira
Institute, and subsequently divided into three groups: 20 pulmonary tuberculosis patients,
20 subjects exposed to M. tuberculosis, and 10 healthy controls subjects. Pulmonary
tuberculosis (16 males, 4 females, average age of 38 years-old) was defined by clinical
history and a thorax chest roentgenogram suggestive of pulmonary tuberculosis. Infection
was confirmed by the presence of acid-fast bacilli in the smear and/or M. tuberculosis
positive sputum culture for resistant alcohol-acid bacillus Mycobacterium tuberculosis
(TBC). Exposure to M. tuberculosis (6 males, 14 females, average age of 41 years-old) was
defined by a positive tuberculin skin test (TST) in a subject reporting close contact with an
individual with active, sputum positive, symptomatic tuberculosis and lack of clinical
history or chest roentgenogram suggestive of active tuberculosis. Control subjects (1 male,
9 females, average age of 29 years-old) were defined by a negative TST and a history
lacking identified exposure to M. tuberculosis.
All the available TST results from 18 patients with pulmonary tuberculosis yielded
a positive response (10 mm induration). Tuberculosis patients were treated with six-
month tuberculosis combination therapy (rifampin, isoniazid, and pyrazinamide)
immediately after the diagnosis.
Flow cytometry
27
PBMC were obtained from the EDTA blood from the 50 volunteers by Ficoll Hypaque
(SIGMA) gradient centrifugation, and then frozen. Thawed PBMCs were analyzed for
staining T lymphocytes for the V of chain gamma-delta (γδ) receptor using surface staining
for CD3, Vδ1, Vδ2, CD4 e CD8. Cells were incubated for 30 minutes, washed twice, fixed
with 1% paraphormaldehyde and kept at 4ºC until acquisition in a FACSCanto flow
cytometer
(Becton Dickinson, San Jose, CA, EUA). γδ T cell populations were defined
using combinations of the following antibodies: PE labeled anti-Vδ2 (clone B6) and FITC
labeled anti-Vδ1 (clone T58.2) (BD Biosciences Pharmingen, San Diego, CA), and Alexa
750 or PerCP labeled anti-CD3 (clone SK7), PerCP-labeled anti-CD8 (SK1) and APC-
labeled anti-CD4 (SK3) (BD Biosciences, San Diego, CA) (Figure 1). All the data were
analyzed using FlowJo software (Tree Star Inc, Ashland, OR).
Statistical analyses
Data sets were compiled and analyzed using Prism software, release 4.0 (GraphPad
Software, San Diego, CA). Group comparisons were performed using non-parametric
Kruskal Wallis test, ANOVA by ranks test to evaluate associations between variables
inside the group and Dunn’s Multiple comparison test to find between which groups that
could be the significant results. Critical p values were considered statistically significant
when <0.05.
A multiple logistic regression model was created including all the 40 exposed individuals,
and had as the dichotomous outcome pulmonary tuberculosis or no pulmonary
tuberculosis. The primary objective of this multivariate analysis, performed through a
logistic regression model, was to obtain a valid estimate of the relationship of Vδ1 and
Vδ2 cells, and the development of active pulmonary tuberculosis, confirmed by a positive
28
sputum culture, after exposure to M. tuberculosis. The explanatory variables measured
included: age, sex, total count of γδ T cells, frequency of Vδ1 cells, frequency of Vδ2 T
cells, frequency of lymphocytes, and frequency of γδ T cells stained using CD3, all
obtained from peripheral blood.
A general guideline, proposed by Kleinbaun and Klein,(Kleinbaum e Klein, 2002) was
used to try to provide a more consistent report of the modeling strategy employed, and to
make it easier to assess the validity of the results provided. After a function form check, all
continuous variables were transformed into categorical ones. Three indicators variables
were created for age (<30 years old, 30 <50 years old, and 50 years old), and the 50
th
percentile was used as the cut-off to transform the remaining variables into dichotomous
ones. All explanatory variables were included in the final model, but no interaction terms
were tested or included in the final model. The multivariate analyses were performed
using STATA 10.0 (Stata Corporation, Texas).
29
Results
Vδ1 and Vδ2 T cells distribution is changed in active tuberculosis
Initially, we observed that the overall γδ T cell frequency in peripheral blood in active
tuberculosis was decreased compared to the controls subjects. When analyzing the
phenotypic distribution of the Vδ1 and Vδ2 T cells, we found a reduced number of Vδ2 T
cells in tuberculosis patients (median 1.2 [IQR 0.6-3.0]), compared to exposed and controls
subjects, with 2.3 [IQR 1.1-4.2] and 4.3 [IQR 1.3-6.7], respectively, (Figure 2A, Kruskal
Wallis test shown p>0.05). We also observed an increase of Vδ1 T cell numbers in
tuberculosis patients (median 2.1 [IQR 2.5-0.7]), almost three fold higher when compared
with exposed and controls subjects (median 1.0 [IQR 0.6-1.6] and 0.7 [IQR 0.5-3.2],
respectively, Figure 2B). This, however, was not statistically significant, (Kruskal-Wallis
p>0.05). To investigate the phenotype of the subsets of γδ T cells, we verified whether in
some samples of patients the γδ T cells were stained by CD4 and/or CD8. It was observed
that more than 50% of Vδ1 T cells expressed CD4 molecules, and only 10% were CD8+,
while Vδ2 T cells were almost entirely CD8- CD4- with only 10% CD4+ and 5% CD8+
(Figure 1).
The increase in Vδ1 frequency was independently associated with active tuberculosis after
multivariate analyses
The results from the multiple logistic regression models support the finding that
individuals with active pulmonary tuberculosis had a higher frequency of Vδ1 T cells in
the peripheral blood when compared to the exposed individuals that did not develop active
disease (OR
Vδ1
=18.28; 95% CI 1.27-261.31; p=0.032). Although the frequency of Vδ2 T
cells and the total count of γδ T cells in the peripheral blood was lower in the individuals
with active pulmonary tuberculosis when compared to exposed individuals who did not
30
develop active disease, the results were not statistically significant (OR
Vδ2
=0.63; 95% CI
0.08-4.83; p=0.6; OR
γδ
=0.62; 95% CI 0.09-4.27; p=0.6, respectively).
Vδ1 T cell frequency increases during specific therapy for tuberculosis
After detecting a higher frequency of Vδ1 T cells during active pulmonary tuberculosis, we
decided to monitor these active pulmonary tuberculosis patients receiving specific therapy
over time. We detected that Vδ1 cells continued to increase after three and six months of
specific therapy, the Kruskal-Wallis test shown p<0.01 (Fig. 3A), while Vδ2 T cells
remained stable (Fig. 3B, p>0.05). The observed increase of γδ T cell frequency after
therapy (data not shown), was therefore, caused by the continued increase of Vδ1 T cells.
We observed that the imbalance between Vδ1 and Vδ2 T cell frequency elevated the
Vδ1:Vδ2 ratio between 5 to 8 fold more in pulmonary tuberculosis (median value for TBC
of 1.5, IQR 0.5-3.0), compared to PPD+ group (0.3, IQR 0.2-0.8) and CTL group (0.2, IQR
0.1-2.1), which was a statistically significant statistic (Figure 4, p=0.01), and was done
Dunn’s Multiple comparison test and was found the significant difference primarily
between patients vs. control subjects (p<0.05).
Vδ1:Vδ2 ratio and tuberculin skin test reactivity
We further explored whether the skin test reactivity to PPD could correlate with the
frequency of Vδ1 or Vδ2 T cell frequency or Vδ1:Vδ2 ratio. Although no statistically
significant correlation was found, a trend between Vδ1:Vδ2 ratio and the PPD test results
was observed (Spearman r=0.24, p>0.05, graphic not shown).
31
Discussion
In this study we demonstrated that Vδ2 T cells are diminished in tuberculosis patients, in
contrast with Vδ1 cells, which not only increased in percentage, but also continued to
proliferate throughout the course of tuberculosis treatment. As a result, Vδ1:Vδ2 ratio is
increased in tuberculosis patients, and continues to increase during the specific therapy.
These observations enable those studying the pathogenesis of M. tuberculosis infection to
raise several hypotheses, but clearly points to a bona fide engagement of Vδ1 T
lymphocytes in the immune response against this pathogen.
In contrast with the well-described functionality of Vδ2 cells, Vδ1 T cell function
remains poorly understood. Some studies have noted an increase in Vδ2 T cells during
active TB, while others revealed contrasting results, similar to our own. Belles et al.
reported that clinically advanced pulmonary tuberculosis patients can present chronic
activation of these Vδ2 cells, with a consequent increase in production of IL-2, and cellular
death promoted by higher expression of Fas:FasL signaling to initiate the cascade of
apoptosis (Belles, Kuhl et al., 1996; Duarte, Ramirez et al., 1997). This reduction can be
also related to an exhaustion of Vδ2 T cells (Ueta, Tsuyuguchi et al., 1994) or to a possible
migration to the site of infection or secondary lymphoid organs. These studies suggest that
conditions such as the control of bacterial growth and/or restriction at the site would result
in reduced activation and would promote the survival and expansion of Vδ2 T cell subsets
in a majority of the M. tuberculosis exposed individuals.
Various properties of Vδ1 T cells and their behavior in TB disease and other
infections suggest their role in early immunity. These cells can recognize and lyse
expressed CD1c+ cells through a specific interaction involving γδ TCR, CD1c and lipidic
components (Spada, Grant et al., 2000). A recent study showed that human γδ T cells are
32
partially activated through NKG2D alone. NKG2D ligand MIC A can induce an increase
of cellular activation and stimulate the production of TNF-α and the release of cytolytic
granules (Rincon-Orozco, Kunzmann et al., 2005). Its mechanisms shows that Vδ1 T cells
may help bridge the gap between innate and adaptive immunity.
Recently, a new interleukine, called IL-17, has been of increasing interest. New
results about the role of this IL-17 showed that it is produced by CD4 T cells and also
suggest that this cytokine is rather important in the induction of optimal Th1 response and
protective immunity against mycobacterial infection (Wu, Groh et al., 2002; Umemura,
Yahagi et al., 2007). Umemura, Yahagi et al., 2007, showed in mice that the major IL-17
producers were the γδ T cells, specifically Vδ1 (Umemura, Yahagi et al., 2007). However,
this it still was not demonstrated in human cells. We found an expansion of Vδ1 T cells in
tuberculosis patients, and it would be very interesting if the functional properties of Vδ1 T
cells were identified in tuberculosis patients. The IL-17 producers may be related to
progression of disease, and it is possible that compromising the IL-17 producing capacity
by such cells can promote a decrease of Th1 response during active tuberculosis. Future
experiments are needed to confirm this hypothesis. Studies regarding other immune
stimulating factors have shown the contribution of Vδ1 T cells in host defense against
tumors and microbial infection through perforin-dependent cytolytic pathway (Hayday,
2000). Vδ1 T cells can participate in several ways, but the fundamental cause of their
increased frequency in the patients remains unclear.
Our results have shown that Vδ2 T cells are diminished before and after therapy.
To help explain this finding, we suggest a possible compartmentalization of these cells in
the lung. Cytotoxic activity has been reported for these cells against a variety of target
cells, including M. tuberculosis-infected macrophages (Dieli, Troye-Blomberg et al., 2000;
Caccamo, Barera et al., 2003). The cytotoxic activity of γδ T cells in the lung must be
33
important to containing the amount of bacilli, promoting the development of the protective
immune response in the early stage of M. tuberculosis infection (Caccamo, Sireci et al.,
2006), and may influence the immune response in anergic patients.
It was demonstrated that Vδ1 T cells markedly respond to total lipid extracts of
Gram-negative bacteria, whereas Vδ2 T cells did not respond similarly (Das, Sugita et al.,
2004). The presence of co-stimulatory molecules, lymphokines, and chemokines
contributes to the activation of leucocytes in the immune response to infectious pathogens.
Nevertheless, the influence of interleukin IL-12 produced by dendritic cells in the
proliferation and activation of Vδ1 T cells has been reported, and it does not occur with
Vδ2 T cells. The interaction between Vδ1 T cells and dendritic cells are of critical
importance in the activation of T cells (Das, Sugita et al., 2004).
Studies have shown that γδ T cells significantly influence the development of
cytotoxic specific-antigen CD8+ T cells and the maturation of dendritic cells. These
interactions suggest that γδ T cells must help in the control of the mycobacterial infection
in the transition period between innate immunity and the adaptive CD8 T cell mediated
response (Caccamo, Sireci et al., 2006). Andersen, 1997, concluded that improvement in
the cellular immune response against M. tuberculosis is necessary to most effectively
present and recognize these key antigens and promote a successful immune response
(Andersen, 1997).
We conclude that Vδ1 and Vδ2 T cells participate in distinct mechanisms in the
immune response against M. tuberculosis infection as suggested by their different behavior
and inversion of frequencies. Additional studies about Vδ1 and Vδ2 T cells are needed to
explore the integration of signals, their intercellular interactions in immune response,
infection outcomes and, finally, to identify the stimulating factor for δ1 T cells in infection.
34
Future development of efficient Tuberculosis vaccines may target γδ T cells, priming the
immune system’s innate response to M. tuberculosis.
35
Acknowledgments
We would like to thank Colyn Watkins in the preparation of the manuscript, to Debora
Rocha for the assistance in blood collection, and Dr. Lishomwa Ndhlovu for the helpful
scientific discussions. We are also grateful to Helena Tomiyama for the continuous
laboratory support.
36
References
Andersen, P. Host responses and antigens involved in protective immunity to
Mycobacterium tuberculosis. Scand J Immunol, v.45, n.2, Feb, p.115-31. 1997.
Behr-Perst, S. I., M. E. Munk, et al. Phenotypically activated gammadelta T lymphocytes
in the peripheral blood of patients with tuberculosis. J Infect Dis, v.180, n.1, Jul, p.141-9.
1999.
Belles, C., A. K. Kuhl, et al. Bias in the gamma delta T cell response to Listeria
monocytogenes. V delta 6.3+ cells are a major component of the gamma delta T cell
response to Listeria monocytogenes. J Immunol, v.156, n.11, Jun 1, p.4280-9. 1996.
Belmant, C., Espinosa, E., Poupot, R., Peyrat, M. A., Guiraud, M., Poquet, Y., Bonneville,
M., Fournie, J. J. 3-Formyl-1-butyl-pyrophosphate A novel mycobacterial metabolite-
activating human gamma delta T cells. J. Biol Chem., v.274, p.32079-89. 1999.
Brandes, M., K. Willimann, et al. Professional antigen-presentation function by human
gammadelta T Cells. Science, v.309, n.5732, Jul 8, p.264-8. 2005.
Bukowski, J. F., C. T. Morita, et al. Human gamma delta T cells recognize alkylamines
derived from microbes, edible plants, and tea: implications for innate immunity. Immunity,
v.11, n.1, Jul, p.57-65. 1999.
Caccamo, N., A. Barera, et al. Cytokine profile, HLA restriction and TCR sequence
analysis of human CD4+ T clones specific for an immunodominant epitope of
Mycobacterium tuberculosis 16-kDa protein. Clin Exp Immunol, v.133, n.2, Aug, p.260-6.
2003.
Caccamo, N., G. Sireci, et al. gammadelta T cells condition dendritic cells in vivo for
priming pulmonary CD8 T cell responses against Mycobacterium tuberculosis. Eur J
Immunol, v.36, n.10, Oct, p.2681-90. 2006.
Chervenak, K. A., M. M. Lederman, et al. Bacterial antigen activation of Vdelta1 and
Vdelta2 gammadelta T cells of persons infected with human immunodeficiency virus type
1. J Infect Dis, v.175, n.2, Feb, p.429-33. 1997.
Constant, P., F. Davodeau, et al. Stimulation of human gamma delta T cells by nonpeptidic
mycobacterial ligands. Science, v.264, n.5156, Apr 8, p.267-70. 1994.
Das, H., M. Sugita, et al. Mechanisms of Vdelta1 gammadelta T cell activation by
microbial components. J Immunol, v.172, n.11, Jun 1, p.6578-86. 2004.
De Libero, G. Sentinel function of broadly reactive human gamma delta T cells. Immunol
Today, v.18, n.1, Jan, p.22-6. 1997.
Dieli, F., M. Troye-Blomberg, et al. Vgamma9/Vdelta2 T lymphocytes reduce the viability
of intracellular Mycobacterium tuberculosis. Eur J Immunol
, v.30, n.5, May, p.1512-9.
2000.
37
Duarte, R., R. Ramirez, et al. A role for gamma delta T lymphocytes in the development of
advanced clinical forms of tuberculosis in HIV-infected patients. Aids, v.11, n.1, Jan,
p.130-2. 1997.
Falini, B., L. Flenghi, et al. Distribution of T cells bearing different forms of the T cell
receptor gamma/delta in normal and pathological human tissues. J Immunol, v.143, n.8,
Oct 15, p.2480-8. 1989.
Fu, Y. X., C. E. Roark, et al. Immune protection and control of inflammatory tissue
necrosis by gamma delta T cells. J Immunol, v.153, n.7, Oct 1, p.3101-15. 1994.
Fujishima, N., M. Hirokawa, et al. Skewed T cell receptor repertoire of Vdelta1(+)
gammadelta T lymphocytes after human allogeneic haematopoietic stem cell
transplantation and the potential role for Epstein-Barr virus-infected B cells in clonal
restriction. Clin Exp Immunol, v.149, n.1, Jul, p.70-9. 2007.
Glatzel, A., D. Wesch, et al. Patterns of chemokine receptor expression on peripheral
blood gamma delta T lymphocytes: strong expression of CCR5 is a selective feature of V
delta 2/V gamma 9 gamma delta T cells. J Immunol, v.168, n.10, May 15, p.4920-9. 2002.
Groh, V., R. Rhinehart, et al. Broad tumor-associated expression and recognition by
tumor-derived gamma delta T cells of MICA and MICB. Proc Natl Acad Sci U S A, v.96,
n.12, Jun 8, p.6879-84. 1999.
Groh, V., A. Steinle, et al. Recognition of stress-induced MHC molecules by intestinal
epithelial gammadelta T cells. Science, v.279, n.5357, Mar 13, p.1737-40. 1998.
Hayday, A. C. [gamma][delta] cells: a right time and a right place for a conserved third
way of protection. Annu Rev Immunol, v.18, p.975-1026. 2000.
Koch-Weser, D. BCG vaccination. Can it contribute to tuberculosis control? Chest, v.103,
n.6, Jun, p.1641-2. 1993.
Kochi, A. The global tuberculosis situation and the new control strategy of the World
Health Organization. 1991. Bull World Health Organ, v.79, n.1, p.71-5. 2001.
Lai, X., Y. Shen, et al. Immune biology of macaque lymphocyte populations during
mycobacterial infection. Clin Exp Immunol, v.133, n.2, Aug, p.182-92. 2003.
Li, B., M. D. Rossman, et al. Disease-specific changes in gammadelta T cell repertoire and
function in patients with pulmonary tuberculosis. J Immunol, v.157, n.9, Nov 1, p.4222-9.
1996.
Spada, F. M., E. P. Grant, et al. Self-recognition of CD1 by gamma/delta T cells:
implications for innate immunity. J Exp Med, v.191, n.6, Mar 20, p.937-48. 2000.
Tan, J. S., D. H. Canaday, et al. Human alveolar T lymphocyte responses to
Mycobacterium tuberculosis antigens: role for CD4+ and CD8+ cytotoxic T cells and
38
relative resistance of alveolar macrophages to lysis. J Immunol, v.159, n.1, Jul 1, p.290-7.
1997.
Tanaka, Y. Human gamma delta T cells and tumor immunotherapy. J Clin Exp Hematop,
v.46, n.1, Mar, p.11-23. 2006.
Tanaka, Y., Morita, C.T., Tanaka, Y., Nieves, E., Brenner, M.B., Bloom, B. R. Natural and
synthetic non-peptide antigens recognized by human gamma delta T cells. Nature, v.375,
p.155-8. 1995.
Ueta, C., I. Tsuyuguchi, et al. Increase of gamma/delta T cells in hospital workers who are
in close contact with tuberculosis patients. Infect Immun, v.62, n.12, Dec, p.5434-41. 1994.
Umemura, M., A. Yahagi, et al. IL-17-mediated regulation of innate and acquired immune
response against pulmonary Mycobacterium bovis bacille Calmette-Guerin infection. J
Immunol, v.178, n.6, Mar 15, p.3786-96. 2007.
Who. Global Tuberculosis Control: Surveillance, Planing Financing. WHO report. 2006.
Wu, H. P., C. L. Wu, et al. Efficiency of interleukin-4 expression in patients with
tuberculosis and nontubercular pneumonia. Hum Immunol, v.68, n.10, Oct, p.832-8. 2007.
Wu, J., V. Groh, et al. T cell antigen receptor engagement and specificity in the
recognition of stress-inducible MHC class I-related chains by human epithelial gamma
delta T cells. J Immunol, v.169, n.3, Aug 1, p.1236-40. 2002.
39
Table 1. Demographics, TST response, and cell counts of the study subjects.
Subject number Age Gender TST** CD3 count CD4 count CD8 count
TBC group (years) (mm)
(cells/
µ
µµ
µ
l) (cells/
µ
µµ
µ
l) (cells/
µ
µµ
µ
l)
102*
57 M 15 ND*** ND ND
103*
56 M 15 1164 767 368
106
43 M 15 1095 742 241
110
29 M 13 1453 1029 408
111
16 M 18 1232 684 465
114
29 M 10 ND ND ND
118
50 M 17 ND ND ND
122*
19 M 14 ND ND ND
123
23 F 18 ND ND ND
124
45 M 20 1293 808 470
126
47 M 19 1086 609 448
127
43 M 17 863 664 187
128
43 M 16 984 601 348
129*
53 M 17 1801 1094 723
131*
51 M 17 1065 777 277
132
30 M 0 1114 698 396
133
20 F 11 1142 717 371
134
21 F ND 1093 677 300
138*
32 F 21 723 511 192
140*
58 M 14 1016 420 577
PPD group
302
45 F 20 3734 1556 2017
304
50 M 19 1561 824 724
305
20 M 8 1518 787 687
308
41 F 16 1931 1408 456
309
44 F 21 1911 1236 615
310
45 F 14 2004 1227 695
311
52 F 11 ND ND ND
314
43 M 17 ND ND ND
315
47 F 18 ND ND ND
318
56 F 22 1917 1131 760
319
27 M 10 1531 1010 478
320
43 F 16 1714 1195 480
321
51 F 0 935 592 246
322
53 F 18 1159 884 234
323
38 M 22 1587 798 677
324
56 F 15 1969 1280 641
325
25 F 13 1691 929 710
326
41 M 14 1462 812 589
336
22 F 0 1835 1184 581
337
18 F 0 2174 981 1012
CTL group
401
24 F 0 ND ND ND
403
40 F 0 993 670 296
406
21 F 0 1854 1128 505
407
27 F 0 1816 860 685
408
21 F 0 1315 836 365
409
31 F 0 1879 1202 622
410
31 F 0 1806 1018 646
411
31 F 0 1077 600 434
412
30 F 0 1468 956 398
413
38 M 0 909 632 283
424
31 M 0 1525 1090 380
*Patientes that were follwing after three and six months after therapy.
**TST: Tuberculin skin test reactivity, reaction measured in milimeters (mm).
***ND: not done
40
Figure Legends
Figure 1. Identification of Vδ1 and Vδ2 cells using flow cytometry. (A) The lymphocytes
were gated on a forward and side scatter dot plot, followed by identification of T cells in a
CD3 staining histogram. A dot plot depicting Vδ1 and Vδ2 staining was made with T cell
events. The dot plots in the lower row show examples of a healthy control volunteer
(CTL), PPD reactive subject (PPD+), and a tuberculosis patient (TBC). (B) Frequency of
Vδ1 cells among CD4+ and CD8+ T cells.
Figure 2. Frequency of (A) Vδ2 and (B) Vδ1 T cells and (C) Vδ1:Vδ2 ratio in the groups
of participantes. CTL: healthy subjects; PPD+: subjects exposed to M. tuberculosis; TBC:
pulmonary tuberculosis patients; The datas were analysed by Kruskal Wallis test, only
p<0.05 value was considered significant result and was performed Dunn’s Multiple
comparison test. Figure (C) the analysis obtained Kruskal-Wallis p=0.01 and was
performed the Dunn’s Multiple comparison test to find where was the diference, and the
result shown significant difference between healthy controls (CTL) and tuberculosis
patients (TBC) groups, p<0.05.
Figure 3. Frequency of (A) Vδ1 or (B) Vδ2 T cells in the pulmonary tuberculosis group
before (Day 0) and after specific therapy (Day 90 and Day 180). The data were analysed
by ANOVA two -way test, only the analysis of figure (A) was significant statisticaly,
shown p<0.01.
41
Figure 1A
PPD
TBC
CTL
0
10
2
10
3
10
4
10
5
0.81
1.76
0 10
2
10
3
10
4
10
5
<PE-A>: delta 2
0
10
2
10
3
10
4
10
5
0.91
4.24
0
10
2
10
3
10
4
10
5
2.29
0.64
FSC
0
50K
100K
150K
200K
250K
0
50K
100K
150K
200K
250K
48.4
0
10
2
10
3
10
4
10
5
0
1000
2000
3000
4000
# Cells
56.7
0
10
2
10
3
10
4
10
5
0
10
2
10
3
10
4
10
5
0.64
2.54
V
δ
δ
δ
δ
1-FITC
V
δ
δδ
δ
2-PE
CD3-APC-
CY7
V
δ
δδ
δ
2-PE
SSC
V
δ
δ
δ
δ
1-FITC
42
Figure 1B.
V
δ
δ
δ
δ
1-FITC
0 10
2
10
3
10
4
10
5
<PE-Cy7-A>
0
10
2
10
3
10
4
10
5
<FITC-A>
3.041.13
CD4-PE CY7
V
δ
δ
δ
δ
1-FITC
0
10
2
10
3
10
4
10
5
<PerCP-A>
0
10
2
10
3
10
4
10
5
0.56
2.42
CD8-PerCP
43
Figure 2A
Figure 2B
CTL
PPD+
TBC+
0.1
1
10
100
p>0.05
%V
δ
δ
δ
δ
1
CTL
PPD+
TBC
CTL
PPD+
TBC+
0.01
0.1
1
10
100
p>0.05
%V
δ
δ
δ
δ
2
%V
δ
δδ
δ
2 among T cells
TBC
CTL
PPD+
%V
δ
δδ
δ
1 among T cells
44
Figure 2C
CTL
PPD+
TBC+
0.01
0.1
1
10
100
p<0.05
p=0.01
% V
δ
δδ
δ
1: V
δ
δδ
δ
2 ratio
TBC
CTL
PPD
% V
δ
δ
δ
δ
1:V
δ
δ
δ
δ
2 ratio
45
Figure 3A
Figure 3B
%V
δ
δδ
δ
2 T cells after therapy
0.01
0.1
1
10
100
p >0.05
Day 0
Day 90
Day 180
0.1
1
10
100
p <0.01
%V
δ
δ
δ
δ
1
%V
δ
δδ
δ
1 T cells after therapy
TBC Pa
t
ients
Day 0
Day 90 Day 180
%V
δ
δ
δ
δ
2
Day 0
Day 90
Day 180
TBC Pa
t
ients
46
5
.
DISCUSSÃO
A descrição das funções e mecanismos pela qual as células T γδ participam da
resposta imunológica permanece superficial. Num quadro de infecção pelo Mycobacterium
tuberculosis, a interação das células T γδ com a micobactéria varia de acordo com o
estágio da infecção. A ocorrência de tuberculose pulmonar em adultos usualmente ocorre
como resultado de infecção pelo M. tuberculosis ou diminuição da imunidade, resultando
em reativação da infecção latente, que é conseqüência de supressão imunológica ou de
defeito celular dos pacientes que desenvolvem a doença.
Neste trabalho, observamos que as subpopulações de células T γδ, células TVδ1 e
Vδ2 comportaram-se de forma diferente no sangue periférico de pacientes ao ser
comparadas com indivíduos controles. A freqüência das células T Vδ2 mostrou-se
diminuída, ao contrário das células T Vδ1, com freqüência aumentada. Ao monitorar a
freqüência dessas células nos pacientes com tuberculose pulmonar após três e seis meses
de terapia específica, as células T Vδ2 não apresentaram alterações percentuais
significativas, enquanto que as células T Vδ1 tiveram aumento contínuo de sua freqüência.
Os resultados mostram que as células T Vδ2 permaneceram diminuídas antes e depois da
terapia. Correlacionamos a proporção de células T Vδ1:Vδ2 com a reatividade ao teste
tuberculínico, porém não encontramos significância estatística. Esta correlação foi baseada
num achado em que as células T γδ representaram cerca de 20 a 40% do total de linfócitos
T presentes nas lesões de pele resultantes da reação de hipersensibilidade do tipo tardia ao
Mitsuda, teste de sensibilidade ao Mycobacterium leprae (Porcelli, Brenner et al., 1991).
Alguns estudos revelaram um aumento na freqüência das células T Vδ2 no sangue
periférico de pacientes com tuberculose ativa, enquanto outros estudos relataram resultados
semelhantes ao nosso, apresentando freqüência reduzida dessas células. Belles, C. et al,
47
1996, mostrou que pacientes com tuberculose clinicamente avançada apresentaram células
TVδ2 ativadas cronicamente, um aumento crescente na produção de interleucina- 2 (IL-2)
e um aumento no percentual de morte celular desencadeada pela alta interação entre as
moléculas Fas e FasLigante (Fas: FasL), expressas na superfície das células alvo, dão
início ao processo apoptótico (Belles, Kuhl et al., 1996). A redução dessas células na
periferia de alguns processos infecciosos pode estar relacionada com sua possível migração
para o local da infecção ou para órgãos linfóides secundários (Ueta, Tsuyuguchi et al.,
1994). Acredita-se que um provável defeito na função efetora das células T Vδ2 em
pacientes tuberculosos pode resultar em ativação crônica e exaustão dessas células. Essa
possibilidade é baseada no achado de que pacientes com tuberculose ativa possuem uma
diminuição nos números de células T efetoras Vδ2 e uma diminuição na função efetora in
vitro, em resposta a fosfoantígenos (Ueta, Tsuyuguchi et al., 1994). Essa redução na
população de Vδ2 na tuberculose ativa é consistente com o papel sugerido a essas células,
na manutenção do equilíbrio entre o hospedeiro e o M. tuberculosis durante a infecção
crônica (Carvalho, Matteelli et al., 2002).
As células T Vδ2, por possuir a capacidade de secretar moléculas bactericidas e
citotóxicas como perforina e granulisina, têm contribuído para a morte de microorganismos
residentes em compartimentos intracelulares (Dieli, Troye-Blomberg et al., 2001). Alguns
estudiosos acreditam que o controle do crescimento bacteriano e/ou a restrição da
micobactéria no local da infecção resultaria em uma menor ativação e promoveria a
sobrevivência das células T Vδ2 na maioria dos indivíduos infectados pelo M.
tuberculosis.
As células T Vδ1 e Vδ2 exercem função citotóxica mediante expressão de
moléculas natural killer NKG2D, cujos ligantes são as moléculas MICA e MICB,
produzidas mediante estresse biológico desencadeado por transformações celulares e
48
infecções microbianas. A interação de NKG2D com seus ligantes resultam na lise das
células alvo in vitro (Wu, Groh et al., 2002). As células alteradas podem ser reconhecidas e
mortas por essas células Tγδ, reparando o tecido injuriado (Havran e Boismenu, 1994).
O comportamento das células T Vδ1 tem apresentado relevantes contribuições na
defesa do hospedeiro contra tumores e infecções através de vias citotóxicas (Hayday,
2000). Essas células podem reconhecer e lisar células que expressam moléculas CD1c,
através da interação específica dessa molécula com antígenos lipídicos e o TCR γδ (Spada,
Grant et al., 2000). Essas células foram descritas pela primeira vez apresentando uma
resposta marcante a extratos lipídicos totais de bactérias Gram-negativas, enquanto as
células T Vδ2 não exerceram essa resposta (Das, Sugita et al., 2004). As células T Vδ1
exercem sua função citotóxica contra uma variedade de células alvos, incluindo
macrófagos infectados pelo M. tuberculosis (Dieli, Troye-Blomberg et al., 2000; Caccamo,
Barera et al., 2003). A atividade citotóxica das células T γδ no pulmão dos pacientes com
tuberculose deve ser importante nos termos de limitar a quantidade dos bacilos (Caccamo,
Sireci et al., 2006). A indução da apoptose nos macrófagos infectados levam a erradicação
dos patógenos microbianos, essa ação iniciada pelas células T γδ, é fisiologicamente
importante, que a morte celular por necrose não consegue eliminar os patógenos
intracelulares influenciando, assim, a resposta imune dos pacientes anérgicos e
promovendo o desenvolvimento de uma imunidade protetora no estágio inicial da infecção
pelo M. tuberculosis.
A ativação de células T γδ durante os estágios iniciais e progressivos da infecção,
pode auxiliar na sinalização de citocinas e quimiocinas locais necessárias para promover
uma resposta protetora (D'souza, Cooper et al., 1997). Aparentemente, citocinas como a
IL-12 exercem propriedades regulatórias, conectando a imunidade inata e a adaptativa na
resposta do hospedeiro contra a micobactéria (Sieling, Wang et al., 1994; O'neill e Greene,
49
1998). A IL-12 tem sido detectada na tuberculose em infiltrados pulmonares (Casarini,
Ameglio et al., 1999), na pleura (Zhang, Gately et al., 1994) e em granulomas (Bergeron,
Bonay et al., 1997). Experimentos com camundongos knockout para a IL-12, mostraram
que a ausência dessa interleucina enfraquece a resposta imunológica, tornando o
camundongo mais susceptível a infecções micobacterianas (Cooper, Magram et al., 1997).
A participação das células T γδ na imunidade tem sido ampliada, uma vez que elas
participam do desenvolvimento e maturação de outras células. As células dendríticas foram
caracterizadas como de importância crucial na proliferação e ativação das células T Vδ1
através da produção de IL-12, mas esta influência não foi observada nas células T Vδ2
(Das, Sugita et al., 2004). A proliferação das células T Vδ1 em pacientes com tuberculose
encontrada neste trabalho pode estar relacionada a essa interação. Estudos posteriores
poderão confirmar o papel das células T Vδ1 na imunidade contra o M. tuberculosis,
identificando a via pela qual estas células são ativadas. A interação das células T γδ no
desenvolvimento e maturação das células T CD8+ citotóxicas específicas a antígenos
sugere função de auxílio no controle da infecção micobacteriana, no período de transição
entre a imunidade inata e adaptativa da resposta mediada por células T CD8+(Caccamo,
Sireci et al., 2006).
Recentes trabalhos têm descrito importantes funções da interleucina IL-17, como
uma ótima indução da resposta Th1 e uma imunidade protetora contra a infecção
micobacteriana. Células T Vδ1 têm sido descritas como grandes produtoras de IL-17
(Umemura, Yahagi et al., 2007). A interleucina IL-17 possui um papel chave na indução
de neutrófilos durante infecção micobacteriana pulmonar. Cerca de 45 % das células TCR
γδ produziam IL-17 em células do baço de camundongos infectados pelo M. bovis BCG.
Essa interleucina mostrou ser extremamente útil, podendo ser usada como adjuvante num
modelo vacinal para potencializar a resposta Th1 (Umemura, Yahagi et al., 2007).
50
Estudos adicionais sobre células T Vδ1 e Vδ2 são necessários para uma melhor
descrição dos sinais de integração e interações intercelulares na resposta imune e
resoluções de infecções. O desenvolvimento de vacinas tuberculosas podem alvejar as
células Tγδ, iniciando uma resposta imune inata contra o M. tuberculosis, potencializar a
resposta imunológica contra o Mtb e a ativação das propriedades imunoregulatórias dessas
células e por interagir com outras células imunes, auxiliando-as no processo de maturação.
Esses dados estão embasados na hipótese de papel essencial na elaboração da resposta
imunológica a micobactéria. Células T γδ executam funções únicas e eficientes, logo têm
papel necessário na manutenção da competência imunológica, (Porcelli, Brenner et al.,
1991).
Andersen, P. et al, 1997, afirmou que na luta contra o Mycobacterium tuberculosis
para se obter uma resposta celular mais efetiva seria necessário uma melhora na
apresentação e no reconhecimento de antígenos chaves, para então se ter uma resposta bem
sucedida (Andersen, 1997). As células T γδ ajudam a orquestrar a resposta imunológica a
infecções por participar da maioria dos eventos ocorridos na imunidade.
Nossos resultados contribuem para esclarecer como a frequência de subpopulações
de linfócitos T γδ, especificamente as subpopulações Vδ1 e Vδ2, se comportam na
infecção aguda e no curso do tratamento. É fundamental utilizar esses dados para planejar
novos experimentos que esclareçam o papel funcional de tais subpopulações na patogênese
da infecção pelo M. tuberculosis e no desenvolvimento da tuberculose.
51
7.CONCLUSÕES
1. Foi encontrada uma inversão nas taxas de linfócitos T Vδ1 e Vδ2 do sangue
periférico dos pacientes com tuberculose ativa quando comparados com indivíduos
expostos ao M. tuberculosis e controles saudáveis;
2. A freqüência dos linfócitos T Vδ1 revelou-se maior do que a freqüência dos
linfócitos T Vδ2 na tuberculose ativa;
3. O aumento na freqüência dos linfócitos T Vδ1 apresentou-se contínuo nos
pacientes com tuberculose até o termino do tratamento;
4. A subpopulação de linfócitos T Vδ2 mostrou-se reduzida nos pacientes com
tuberculose ativa, perdurando até o fim do tratamento;
52
6. BIBLIOGRAFIA
Abebe, F., C. Holm-Hansen, et al. Progress in serodiagnosis of Mycobacterium
tuberculosis infection. Scand J Immunol, v.66, n.2-3, Aug-Sep, p.176-91. 2007.
Andersen, P. Host responses and antigens involved in protective immunity to
Mycobacterium tuberculosis. Scand J Immunol, v.45, n.2, Feb, p.115-31. 1997.
Behr-Perst, S. I., M. E. Munk, et al. Phenotypically activated gammadelta T lymphocytes
in the peripheral blood of patients with tuberculosis. J Infect Dis, v.180, n.1, Jul, p.141-9.
1999.
Belles, C., A. K. Kuhl, et al. Bias in the gamma delta T cell response to Listeria
monocytogenes. V delta 6.3+ cells are a major component of the gamma delta T cell
response to Listeria monocytogenes. J Immunol, v.156, n.11, Jun 1, p.4280-9. 1996.
Belmant, C., Espinosa, E., Poupot, R., Peyrat, M. A., Guiraud, M., Poquet, Y., Bonneville,
M., Fournie, J. J. 3-Formyl-1-butyl-pyrophosphate A novel mycobacterial metabolite-
activating human gamma delta T cells. J. Biol Chem., v.274, p.32079-89. 1999.
Bergeron, A., M. Bonay, et al. Cytokine patterns in tuberculous and sarcoid granulomas:
correlations with histopathologic features of the granulomatous response. J Immunol,
v.159, n.6, Sep 15, p.3034-43. 1997.
Bermudez, L. E. e J. Goodman. Mycobacterium tuberculosis invades and replicates within
type II alveolar cells. Infect Immun, v.64, n.4, Apr, p.1400-6. 1996.
Boehm, U., T. Klamp, et al. Cellular responses to interferon-gamma. Annu Rev Immunol,
v.15, p.749-95. 1997.
Brandes, M., K. Willimann, et al. Professional antigen-presentation function by human
gammadelta T Cells. Science, v.309, n.5732, Jul 8, p.264-8. 2005.
Bukowski, J. F., C. T. Morita, et al. Human gamma delta T cells recognize alkylamines
derived from microbes, edible plants, and tea: implications for innate immunity. Immunity,
v.11, n.1, Jul, p.57-65. 1999.
Caccamo, N., A. Barera, et al. Cytokine profile, HLA restriction and TCR sequence
analysis of human CD4+ T clones specific for an immunodominant epitope of
Mycobacterium tuberculosis 16-kDa protein. Clin Exp Immunol, v.133, n.2, Aug, p.260-6.
2003.
Caccamo, N., G. Sireci, et al. gammadelta T cells condition dendritic cells in vivo for
priming pulmonary CD8 T cell responses against Mycobacterium tuberculosis. Eur J
Immunol, v.36, n.10, Oct, p.2681-90. 2006.
53
Carvalho, A. C., A. Matteelli, et al. gammadelta T lymphocytes in the peripheral blood of
patients with tuberculosis with and without HIV co-infection. Thorax, v.57, n.4, Apr,
p.357-60. 2002.
Casanova, J. L. e L. Abel. Genetic dissection of immunity to mycobacteria: the human
model. Annu Rev Immunol, v.20, p.581-620. 2002.
Casarini, M., F. Ameglio, et al. Cytokine levels correlate with a radiologic score in active
pulmonary tuberculosis. Am J Respir Crit Care Med, v.159, n.1, Jan, p.143-8. 1999.
Chan, E. D., L. Heifets, et al. Immunologic diagnosis of tuberculosis: a review. Tuber
Lung Dis, v.80, n.3, p.131-40. 2000.
Cherian, T. e V. P. Verghese. Tuberculosis with human immunodeficiency virus infection.
Indian J Pediatr, v.67, n.2 Suppl, Feb, p.S47-52. 2000.
Chervenak, K. A., M. M. Lederman, et al. Bacterial antigen activation of Vdelta1 and
Vdelta2 gammadelta T cells of persons infected with human immunodeficiency virus type
1. J Infect Dis, v.175, n.2, Feb, p.429-33. 1997.
Constant, P., F. Davodeau, et al. Stimulation of human gamma delta T cells by nonpeptidic
mycobacterial ligands. Science, v.264, n.5156, Apr 8, p.267-70. 1994.
Cooper, A. M., J. Magram, et al. Interleukin 12 (IL-12) is crucial to the development of
protective immunity in mice intravenously infected with mycobacterium tuberculosis. J
Exp Med, v.186, n.1, Jul 7, p.39-45. 1997.
D'souza, C. D., A. M. Cooper, et al. An anti-inflammatory role for gamma delta T
lymphocytes in acquired immunity to Mycobacterium tuberculosis. J Immunol, v.158, n.3,
Feb 1, p.1217-21. 1997.
Dannenberg, A. M., Jr. Roles of cytotoxic delayed-type hypersensitivity and macrophage-
activating cell-mediated immunity in the pathogenesis of tuberculosis. Immunobiology,
v.191, n.4-5, Oct, p.461-73. 1994.
Das, H., M. Sugita, et al. Mechanisms of Vdelta1 gammadelta T cell activation by
microbial components. J Immunol, v.172, n.11, Jun 1, p.6578-86. 2004.
Davis, M. M., J. J. Boniface, et al. Ligand recognition by alpha beta T cell receptors. Annu
Rev Immunol, v.16, p.523-44. 1998.
De Libero, G. Sentinel function of broadly reactive human gamma delta T cells. Immunol
Today, v.18, n.1, Jan, p.22-6. 1997.
Dieli, F., M. Troye-Blomberg, et al. Vgamma9/Vdelta2 T lymphocytes reduce the viability
of intracellular Mycobacterium tuberculosis. Eur J Immunol, v.30, n.5, May, p.1512-9.
2000.
54
______. Granulysin-dependent killing of intracellular and extracellular Mycobacterium
tuberculosis by Vgamma9/Vdelta2 T lymphocytes. J Infect Dis, v.184, n.8, Oct 15, p.1082-
5. 2001.
Duarte, R., R. Ramirez, et al. A role for gamma delta T lymphocytes in the development of
advanced clinical forms of tuberculosis in HIV-infected patients. Aids, v.11, n.1, Jan,
p.130-2. 1997.
Dunon, D., D. Courtois, et al. Ontogeny of the immune system: gamma/delta and
alpha/beta T cells migrate from thymus to the periphery in alternating waves. J Exp Med,
v.186, n.7, Oct 6, p.977-88. 1997.
Falini, B., L. Flenghi, et al. Distribution of T cells bearing different forms of the T cell
receptor gamma/delta in normal and pathological human tissues. J Immunol, v.143, n.8,
Oct 15, p.2480-8. 1989.
Falkinham, J. O., 3rd. Epidemiology of infection by nontuberculous mycobacteria. Clin
Microbiol Rev, v.9, n.2, Apr, p.177-215. 1996.
Farebee, S. H. Controlled chemoprophylaxis trials in tuberculosis: A Review. Adv. Tuberc.
Res, v.7, p.29-106. 1970.
Fehling, H. J., S. Gilfillan, et al. Alpha beta/gamma delta lineage commitment in the
thymus of normal and genetically manipulated mice. Adv Immunol, v.71, p.1-76. 1999.
Fenhalls, G., A. Wong, et al. In situ production of gamma interferon, interleukin-4, and
tumor necrosis factor alpha mRNA in human lung tuberculous granulomas. Infect Immun,
v.68, n.5, May, p.2827-36. 2000.
Flynn, J. L. e J. Chan. Immunology of tuberculosis. Annu Rev Immunol, v.19, p.93-129.
2001.
Fu, Y. X., C. E. Roark, et al. Immune protection and control of inflammatory tissue
necrosis by gamma delta T cells. J Immunol, v.153, n.7, Oct 1, p.3101-15. 1994.
Fujishima, N., M. Hirokawa, et al. Skewed T cell receptor repertoire of Vdelta1(+)
gammadelta T lymphocytes after human allogeneic haematopoietic stem cell
transplantation and the potential role for Epstein-Barr virus-infected B cells in clonal
restriction. Clin Exp Immunol, v.149, n.1, Jul, p.70-9. 2007.
Glatzel, A., D. Wesch, et al. Patterns of chemokine receptor expression on peripheral
blood gamma delta T lymphocytes: strong expression of CCR5 is a selective feature of V
delta 2/V gamma 9 gamma delta T cells. J Immunol, v.168, n.10, May 15, p.4920-9. 2002.
Goodman, T. e L. Lefrancois. Intraepithelial lymphocytes. Anatomical site, not T cell
receptor form, dictates phenotype and function. J Exp Med, v.170, n.5, Nov 1, p.1569-81.
1989.
Gowans, J. L. The lymphocyte--a disgraceful gap in medical knowledge. Immunol Today
,
v.17, n.6, Jun, p.288-91. 1996.
55
Groh, V., R. Rhinehart, et al. Broad tumor-associated expression and recognition by
tumor-derived gamma delta T cells of MICA and MICB. Proc Natl Acad Sci U S A, v.96,
n.12, Jun 8, p.6879-84. 1999.
Groh, V., A. Steinle, et al. Recognition of stress-induced MHC molecules by intestinal
epithelial gammadelta T cells. Science, v.279, n.5357, Mar 13, p.1737-40. 1998.
Haas, D. W., J. Lavelle, et al. A randomized trial of interferon alpha therapy for HIV type
1 infection. AIDS Res Hum Retroviruses, v.16, n.3, Feb 10, p.183-90. 2000.
Havran, W. L. e R. Boismenu. Activation and function of gamma delta T cells. Curr Opin
Immunol, v.6, n.3, Jun, p.442-6. 1994.
Havran, W. L., S. Grell, et al. Limited diversity of T-cell receptor gamma-chain expression
of murine Thy-1+ dendritic epidermal cells revealed by V gamma 3-specific monoclonal
antibody. Proc Natl Acad Sci U S A, v.86, n.11, Jun, p.4185-9. 1989.
Hayday, A. C. [gamma][delta] cells: a right time and a right place for a conserved third
way of protection. Annu Rev Immunol, v.18, p.975-1026. 2000.
Hayday, A. C., D. F. Barber, et al. Signals involved in gamma/delta T cell versus
alpha/beta T cell lineage commitment. Semin Immunol, v.11, n.4, Aug, p.239-49. 1999.
Iho, S., T. Yamamoto, et al. Oligodeoxynucleotides containing palindrome sequences with
internal 5'-CpG-3' act directly on human NK and activated T cells to induce IFN-gamma
production in vitro. J Immunol, v.163, n.7, Oct 1, p.3642-52. 1999.
Itohara, S., A. G. Farr, et al. Homing of a gamma delta thymocyte subset with
homogeneous T-cell receptors to mucosal epithelia. Nature, v.343, n.6260, Feb 22, p.754-
7. 1990.
Kang, J., M. Coles, et al. The developmental fate of T cells is critically influenced by
TCRgammadelta expression. Immunity, v.8, n.4, Apr, p.427-38. 1998.
Kleinbaum, D. G. e M. Klein. Logistic Regression. A Self-Learning Text: Springer. 2002
(Statistics for Biology and Health)
Koch-Weser, D. BCG vaccination. Can it contribute to tuberculosis control? Chest, v.103,
n.6, Jun, p.1641-2. 1993.
Kochi, A. The global tuberculosis situation and the new control strategy of the World
Health Organization. 1991. Bull World Health Organ, v.79, n.1, p.71-5. 2001.
Lai, C. K., S. Ho, et al. Cytokine gene expression profile of circulating CD4+ T cells in
active pulmonary tuberculosis. Chest, v.111, n.3, Mar, p.606-11. 1997.
Lai, X., Y. Shen, et al. Immune biology of macaque lymphocyte populations during
mycobacterial infection. Clin Exp Immunol
, v.133, n.2, Aug, p.182-92. 2003.
56
Lazarevic, V., D. Nolt, et al. Long-term control of Mycobacterium tuberculosis infection is
mediated by dynamic immune responses. J Immunol, v.175, n.2, Jul 15, p.1107-17. 2005.
Li, B., M. D. Rossman, et al. Disease-specific changes in gammadelta T cell repertoire and
function in patients with pulmonary tuberculosis. J Immunol, v.157, n.9, Nov 1, p.4222-9.
1996.
Lucey, D. R., M. Clerici, et al. Type 1 and type 2 cytokine dysregulation in human
infectious, neoplastic, and inflammatory diseases. Clin Microbiol Rev, v.9, n.4, Oct, p.532-
62. 1996.
Macmicking, J. D., R. J. North, et al. Identification of nitric oxide synthase as a protective
locus against tuberculosis. Proc Natl Acad Sci U S A, v.94, n.10, May 13, p.5243-8. 1997.
Melo, F. F., Afiúne, J. B., Hijjar, A. M., Rodrigues, D. S. S., Klautau, B. G. Tratado de
Infectologia. São Paulo: Atheneu. 2006
Mosmann, T. R. e R. L. Coffman. TH1 and TH2 cells: different patterns of lymphokine
secretion lead to different functional properties. Annu Rev Immunol, v.7, p.145-73. 1989.
O'neill, L. A. e C. Greene. Signal transduction pathways activated by the IL-1 receptor
family: ancient signaling machinery in mammals, insects, and plants. J Leukoc Biol, v.63,
n.6, Jun, p.650-7. 1998.
Organization, W. H. Global Tuberculosis Control: Surveillance, Planing Financing. 2006.
WHO report. 2006.
Pereira, P., D. Gerber, et al. Ontogenic development and tissue distribution of V gamma 1-
expressing gamma/delta T lymphocytes in normal mice. J Exp Med, v.182, n.6, Dec 1,
p.1921-30. 1995.
Peters, W. e J. D. Ernst. Mechanisms of cell recruitment in the immune response to
Mycobacterium tuberculosis. Microbes Infect, v.5, n.2, Feb, p.151-8. 2003.
Pneumologia, S. B. D. II Diretrizes Brasileiras para Tuberculose. Jornal Brasileiro de
Pneumologia, v.30, p.S1-88. 2004.
Porcelli, S., M. B. Brenner, et al. Biology of the human gamma delta T-cell receptor.
Immunol Rev, v.120, Apr, p.137-83. 1991.
Powrie, F. e R. L. Coffman. Inhibition of cell-mediated immunity by IL4 and IL10. Res
Immunol, v.144, n.8, Oct, p.639-43. 1993.
Raja, A. Immunology of tuberculosis. Indian J Med Res, v.120, n.4, Oct, p.213-32. 2004.
Rincon-Orozco, B., V. Kunzmann, et al. Activation of V gamma 9V delta 2 T cells by
NKG2D. J Immunol, v.175, n.4, Aug 15, p.2144-51. 2005.
Saúde, M. D. Guia de Vigilância Epidemiológica
. Brasília. 2005. 816 p. (Série A: Normas
e Manuais Técnicos)
57
Schluger, N. W. e W. N. Rom. The host immune response to tuberculosis. Am J Respir
Crit Care Med, v.157, n.3 Pt 1, Mar, p.679-91. 1998.
Serbina, N. V., V. Lazarevic, et al. CD4(+) T cells are required for the development of
cytotoxic CD8(+) T cells during Mycobacterium tuberculosis infection. J Immunol, v.167,
n.12, Dec 15, p.6991-7000. 2001.
Sharma, S. K. e G. Ahluwalia. HIV and tuberculosis. Indian J Chest Dis Allied Sci, v.42,
n.2, Apr-Jun, p.77-81. 2000.
Shen, Y., D. Zhou, et al. Adaptive immune response of Vgamma2Vdelta2+ T cells during
mycobacterial infections. Science, v.295, n.5563, Mar 22, p.2255-8. 2002.
Shiloh, M. U. e C. F. Nathan. Reactive nitrogen intermediates and the pathogenesis of
Salmonella and mycobacteria. Curr Opin Microbiol, v.3, n.1, Feb, p.35-42. 2000.
Sieling, P. A., X. H. Wang, et al. IL-12 regulates T helper type 1 cytokine responses in
human infectious disease. J Immunol, v.153, n.8, Oct 15, p.3639-47. 1994.
Snyder-Cappione, J. E., D. F. Nixon, et al. Individuals with pulmonary tuberculosis have
lower levels of circulating CD1d-restricted NKT cells. J Infect Dis, v.195, n.9, May 1,
p.1361-4. 2007.
Spada, F. M., E. P. Grant, et al. Self-recognition of CD1 by gamma/delta T cells:
implications for innate immunity. J Exp Med, v.191, n.6, Mar 20, p.937-48. 2000.
Stenger, S., D. A. Hanson, et al. An antimicrobial activity of cytolytic T cells mediated by
granulysin. Science, v.282, n.5386, Oct 2, p.121-5. 1998.
Stenger, S., R. J. Mazzaccaro, et al. Differential effects of cytolytic T cell subsets on
intracellular infection. Science, v.276, n.5319, Jun 13, p.1684-7. 1997.
Stenger, S. e R. L. Modlin. T cell mediated immunity to Mycobacterium tuberculosis. Curr
Opin Microbiol, v.2, n.1, Feb, p.89-93. 1999.
Sturgill-Koszycki, S., P. H. Schlesinger, et al. Lack of acidification in Mycobacterium
phagosomes produced by exclusion of the vesicular proton-ATPase. Science, v.263,
n.5147, Feb 4, p.678-81. 1994.
Sud, D., C. Bigbee, et al. Contribution of CD8+ T cells to control of Mycobacterium
tuberculosis infection. J Immunol, v.176, n.7, Apr 1, p.4296-314. 2006.
Tan, J. S., D. H. Canaday, et al. Human alveolar T lymphocyte responses to
Mycobacterium tuberculosis antigens: role for CD4+ and CD8+ cytotoxic T cells and
relative resistance of alveolar macrophages to lysis. J Immunol, v.159, n.1, Jul 1, p.290-7.
1997.
Tanaka, Y. Human gamma delta T cells and tumor immunotherapy. J Clin Exp Hematop
,
v.46, n.1, Mar, p.11-23. 2006.
58
Tanaka, Y., Morita, C.T., Tanaka, Y., Nieves, E., Brenner, M.B., Bloom, B. R. Natural and
synthetic non-peptide antigens recognized by human gamma delta T cells. Nature, v.375,
p.155-8. 1995.
Ueta, C., I. Tsuyuguchi, et al. Increase of gamma/delta T cells in hospital workers who are
in close contact with tuberculosis patients. Infect Immun, v.62, n.12, Dec, p.5434-41. 1994.
Umemura, M., A. Yahagi, et al. IL-17-mediated regulation of innate and acquired immune
response against pulmonary Mycobacterium bovis bacille Calmette-Guerin infection. J
Immunol, v.178, n.6, Mar 15, p.3786-96. 2007.
Van Crevel, R., T. H. Ottenhoff, et al. Innate immunity to Mycobacterium tuberculosis.
Clin Microbiol Rev, v.15, n.2, Apr, p.294-309. 2002.
Who. Global Tuberculosis Control: Surveillance, Planing Financing. WHO report. 2006.
______. World Health Organization Report 2007. Geneva: Global tuberculosis Control,
Surveillance, Planning, Financing 2007.
Winau, F., G. Hegasy, et al. No life without death--apoptosis as prerequisite for T cell
activation. Apoptosis, v.10, n.4, Aug, p.707-15. 2005.
Wu, H. P., C. L. Wu, et al. Efficiency of interleukin-4 expression in patients with
tuberculosis and nontubercular pneumonia. Hum Immunol, v.68, n.10, Oct, p.832-8. 2007.
Wu, J., V. Groh, et al. T cell antigen receptor engagement and specificity in the
recognition of stress-inducible MHC class I-related chains by human epithelial gamma
delta T cells. J Immunol, v.169, n.3, Aug 1, p.1236-40. 2002.
Zhang, M., M. K. Gately, et al. Interleukin 12 at the site of disease in tuberculosis. J Clin
Invest, v.93, n.4, Apr, p.1733-9. 1994.
59
ANEXOS I
60
Tabela 1.0. Relação dos voluntários com tuberculose e os sintomas apresentados no período de diagnóstico.
Grupo Sexo PPD
Tempo de
doença
Febre Perda
ponderal
Sudorese
noturna
Mucopu
rulenta
Mucosa Hemoptoi
cos
Dispnéia Dor
torácica
Melhora
radiológica
102 M 15mm
103 M 15mm 2 meses 15kg
106 M 15mm 3 semanas
110 M 13mm 2 meses 3Kg
111 M 18mm 45 dias 21Kg
114 M 10mm 3 meses
118 M 17mm 7 meses
122 F 18mm 4Kg
123 F 18 mm 4Kg
124 M 20 mm 8Kg
126 M 19 mm 4Kg
127 M 17mm 5Kg
128 M 16 mm 15Kg
129 M 17 mm
131 M 17 mm 6Kg
132 M 0
133 F 11mm
134 F ND
138 F 21 mm
140 M 14 mm
61
62
63
64
65
66
67
ANEXOS II
68
69
70
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo