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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
COMPACTAÇÃO DO SOLO SOB TRÁFEGO AGRÍCOLA
GRACIELA APARECIDA PELEGRINI
Cascavel - PR
2008
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GRACIELA APARECIDA PELEGRINI
COMPACTAÇÃO DO SOLO SOB TRÁFEGO AGRÍCOLA
Dissertação apresentada como requisito
parcial para a obtenção do grau de Mestre
em Engenharia Agrícola, Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Agrícola com
área de concentração em Engenharia
Sistemas Agroindustriais, Centro de
Ciências Exatas e Tecnológicas,
Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
Orientador: Profº. Dr. Miguel Angel Uribe
Opazo
Co-orientador: Profº. Dr. Joaquim Odilon
Pereira
Cascavel - PR
2008
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ii
GRACIELA APARECIDA PELEGRINI
COMPACTAÇÃO DO SOLO SOB TRÁFEGO AGRÍCOLA
Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre no Curso de pós-graduação, em Engenharia Agrícola da Universidade
Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, pela comissão formada pelos
professores:
Orientador: Prof. Dr. Miguel Angel Uribe Opazo
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas - Unioeste
Prof. Dr. Raimundo Pinheiro Neto
Centro de Ciências Agrárias - Uem
Prof. Dra. Lúcia Helena Pereira Nóbrega
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas - Unioeste
Prof. Dr. Eduardo Godoy
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas - Unioeste
Cascavel, 18 de junho de 2008.
iii
iv
Dedico à
minha mãe e meu pai,
Lourdes e Orivaldo!
v
AGRADECIMENTOS
A Deus, em quem tantas vezes busquei ajuda, e sempre fui atendida.
À Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, pela
oportunidade oferecida e aos funcionários que contribuiriam direta ou
indiretamente;
Ao professor Dr. Joaquim Odilon Pereira, por acreditar em mim para a
realização deste trabalho;
Ao professor Dr. Suêdemio de Lima Silva, pelo imenso auxílio na
realização deste trabalho, especialmente no desenvolvimento dos
experimentos, meu reconhecimento e muito obrigada;
Ao professor Dr. Miguel Angel Uribe Opazo, por todo o auxílio,
paciência e dedicação ofertada a mim para este trabalho, muito obrigada;
Ao colega Juliano Rodrigo Lamb, por todas as vezes que sem hora
marcada esteve pronto para me ajudar.
À colega Veruschka Andreolla, por me auxiliar em tantas dificuldades e
inexperiência de minha parte;
Aos meus professores da graduação Aprígio e Fernandes por me
incentivarem a realizar este mestrado, meu muito obrigada;
Ao Rafael pela imensa ajuda em campo;
Ao CEFET – SC – Chapecó, pelo apoio e incentivo para a realização
deste trabalho.
Agradeço a Cheila, a Helena e a todas as pessoas que de uma
maneira ou de outra estiveram comigo, sempre prontos para me ajudar no que
fosse preciso, sempre me incentivando a buscar cada vez mais.
vi
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS........................................................................................ viii
LISTA DE FIGURAS........................................................................................ xiii
LISTA DE ABREVIATURAS............................................................................. xiv
RESUMO .....................................................................................................xv
ABSTRACT .................................................................................................... xvi
1 INTRODUÇÃO...............................................................................1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................3
2.1 Preparação do Solo por Meio do Plantio Direto.............................3
2.2 Compactação do Solo....................................................................4
2.3 Resistência Mecânica do Solo à Penetração.................................6
2.4 Resistência do Solo à Pressão da Placa .......................................8
2.4.1
Pressão de Pré-Consolidação
...................................................10
2.5 Densidade do Solo.......................................................................12
2.6 Teor de Água no Solo..................................................................12
3 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................14
3.1 Área Experimental .......................................................................14
3.2 Delineamento do Experimento.....................................................15
3.3 Desenvolvimento e Coleta dos Dados.........................................17
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................22
4.1 Antes das Passadas com o Rodado do Trator Agrícola - RSP,
RSPP, DS e UMID.......................................................................22
4.2 Depois das Passadas com o Rodado do Trator Agrícola - RSP,
RSPP, DS e UMID.......................................................................24
4.2.1 Resistência do Solo à Penetração (RSP) Depois das Passadas
com o Trator Agrícola...................................................................24
4.2.2 Resistência do Solo à Pressão da Placa (RSPP) - Depois das
Passadas com o Trator Agrícola..................................................33
4.2.3 Densidade do Solo (DS) - Depois das Passadas com o Trator
Agrícola........................................................................................34
vii
4.2.4 Teor de água no solo (UMID) - Depois das Passadas com o Trator
Agrícola........................................................................................36
4.3 Depois da Colheita - RSP, RSPP, DS e UMID ............................37
4.3.1 Resistência do Solo à Penetração (RSP) – Depois da Colheita ..37
4.3.2 Resistência do Solo à Pressão da Placa (RSPP) – Depois da
Colheita........................................................................................47
4.3.3 Densidade do Solo (DS) Depois da Colheita – Penetrômetro
Eletrônico.....................................................................................49
4.3.4 Densidade do Solo (DS) Depois da Colheita – Penetrômetro de
Placa............................................................................................50
4.3.5 Teor de Água no Solo (UMID) Depois da Colheita – Penetrômetro
Eletrônico.....................................................................................53
4.3.6 Teor de Água no Solo (UMID) Depois da Colheita – Penetrômetro
de Placa.......................................................................................54
5 CONCLUSÕES............................................................................57
REFERÊNCIAS.................................................................................................59
ANEXOS .....................................................................................................66
ANEXO A - RESISTÊNCIA DO SOLO À PENETRAÇÃO – RSP (MPa),
RESISTÊNCIA DO SOLO À PRESSÃO DA PLACA – RSPP
(kPa), DENSIDADE DO SOLO – DS (Mg.m
-3
) E TEOR DE ÁGUA
NO SOLO – UMID (%) - ANTES DAS PASSADAS COM O
RODADO DO TRATOR...............................................................67
ANEXO B - CURVAS DE COMPRESSAO DO SOLO PARA DETERMINAR A
RESISTÊNCIA DO SOLO À PRESSÃO DA PLACA – RSPP -
PENETRÔMETRO DE PLACA....................................................72
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Teste de homogeneidade das variâncias dentro do Bloco 1, antes
das passadas com o rodado do trator agrícola............................23
Tabela 2 - Teste de homogeneidade das variâncias dentro do Bloco 2, antes
das passadas com o rodado do trator agrícola............................23
Tabela 3 - Teste de homogeneidade das variâncias dentro do Bloco 3, antes
das passadas com o rodado do trator agrícola............................24
Tabela 4 - Análise de variância para RSP (MPa) na camada de 0 a 0,05 m
de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola......25
Tabela 5 - Comparação de médias da RSP na camada de 0 a 0,05 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada............................................................25
Tabela 6 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,05 a 0,10
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola..26
Tabela 7 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,05 a 0,10 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada............................................................26
Tabela 8 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,10 a 0,15
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola..27
Tabela 9 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,10 a 0,15 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada............................................................28
Tabela 10 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,15 a 0,20
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola..28
Tabela 11 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,15 a 0,20 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada............................................................29
Tabela 12 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,20 a 0,25
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola..29
ix
Tabela 13 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,20 a 0,25 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada............................................................30
Tabela 14 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,25 a 0,30
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola..30
Tabela 15 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,25 a 0,30 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada............................................................31
Tabela 16 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,30 a 0,35
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola..31
Tabela 17 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,30 a 0,35 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada............................................................31
Tabela 18 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,35 a 0,40
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola..32
Tabela 19 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,35 a 0,40 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada............................................................32
Tabela 20 - Análise de variância para a RSPP (kPa) – Ponto de pré-
consolidação do solo, depois das passadas com o rodado do
trator agrícola...............................................................................33
Tabela 21 - Comparação de médias da RSPP (kPa) – Ponto de
pré-consolidação, depois das passadas com o trator agrícola ....34
Tabela 22 - Análise de variância para a densidade do solo (Mg.m
-3
), depois
das passadas com o trator agrícola.............................................34
Tabela 23 - Comparação de médias para densidade do solo (Mg.m
-3
), depois
das passadas com o trator agrícola.............................................35
Tabela 24 - Análise de variância para o teor de água no solo (%), depois das
passadas com trator agrícola.......................................................36
Tabela 25 - Comparação de médias para o teor de água no solo (%), depois
das passadas com o trator agrícola.............................................37
x
Tabela 26 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura, num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,0 a 0,05 m de profundidade ................37
Tabela 27 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0 a 0,05 m
de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e passada38
Tabela 28 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,5 a 0,10 m de profundidade ................38
Tabela 29 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,05 a
0,10 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada .......................................................................................39
Tabela 30 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,10 a 0,15m de profundidade ...............40
Tabela 31 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,10 a
0,15 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada .......................................................................................40
Tabela 32 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,15 a 0,20 m de profundidade ..............42
Tabela 33 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,15 a
0,20 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada .......................................................................................43
Tabela 34 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,20 a 0,25 m de profundidade ..............43
Tabela 35 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,20 a
0,25 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada .......................................................................................44
Tabela 36 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,25 a 0,30m de profundidade ...............44
xi
Tabela 37 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,25 a
0,30 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada .......................................................................................45
Tabela 38 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,30 a 0,35 m de profundidade ..............45
Tabela 39 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,30 a
0,35 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada .......................................................................................46
Tabela 40 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,35 a 0,40 m de profundidade ..............46
Tabela 41 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,35 a
0,40 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada .......................................................................................47
Tabela 42 - Análise de variância para a RSPP (kPa) – Ponto de pré-
consolidação do solo, tendo como fatores: passada e cultura num
delineamento em faixas, depois da colheita ................................48
Tabela 43 - Comparação de médias da RSPP (kPa) – Ponto de
pré-consolidação, depois da colheita, segundo cultura e passada49
Tabela 44 - Análise de variância para a densidade do solo (Mg.m
-3
), tendo
como fatores: passada e cultura num delineamento em faixas,
depois da colheita – haste ...........................................................50
Tabela 45 - Comparação de médias para densidade do solo (Mg.m
-3
), depois
da colheita – haste, segundo cultura e passada..........................50
Tabela 46 - Análise de variância para a densidade (Mg.m
-3
), tendo como
fatores: passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita – placa............................................................................51
Tabela 47 - Comparação de médias para densidade do solo (Mg.m
-3
), depois
da colheita, segundo cultura e passada - placa...........................52
Tabela 48 - Análise de variância para o teor de água (%), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita – haste............................................................................53
xii
Tabela 49 - Comparação de médias para teor de água do solo (%), depois da
colheita – haste, segundo cultura e passada...............................54
Tabela 50 - Análise de variância para o teor de água (%), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita – placa............................................................................54
Tabela 51 - Comparação de médias para teor de água do solo (%), depois da
colheita – placa, segundo cultura e passada...............................55
xiii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Penetrômetro de placa...................................................................9
Figura 2 - Croqui da área experimental........................................................15
Figura 3 - Penetrômetro eletrônico de haste................................................18
Figura 4 - Penetrômetro de placa acoplado a um trator agrícola. ................19
Figura 5 - Média da resistência do solo à penetração (RSP) entre os blocos
1, 2 e 3, após uma, cinco e dez passadas do rodado do trator
agrícola........................................................................................33
xiv
LISTA DE ABREVIATURAS
DS - Densidade do solo
Kg - Quilograma
KN
- Kilonewton
kPa - Kilopascal
kW - Kilowatts
Mg.m
-3
- Miligramas por metros cúbicos
Mpa - Megapascal
RSP - Resistência mecânica do solo à penetração
RSPP - Resistência do solo à pressão da placa
UMID Teor de água no solo
xv
RESUMO
A compactação do solo tem sido apontada como um dos grandes problemas da
agricultura moderna. No Brasil e no mundo existe grande preocupação com o
aumento das áreas agrícolas mecanizadas que apresentam problemas de
compactação. Este estudo foi realizado no Núcleo Experimental de Engenharia
Agrícola da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. A área
avaliada foi dividida em três faixas com três tratamentos cada, totalizando nove
parcelas de 35 m
2
. Foram coletados os dados de resistência do solo à
penetração (RSP), por meio de um penetrômetro eletrônico de haste,
resistência do solo à placa ou índice de compressão do solo (RSPP), com o
auxílio do penetrômetro de placa, densidade do solo (Ds) e teor de água no
solo (UMID). Esses dados foram coletados em condições iniciais,
caracterizando-se como os dados antes das passadas do rodado do trator
agrícola. Na seqüência, com a finalidade de compactar o solo, foram realizadas
as passadas com o rodado de trator agrícola, com o auxílio de um trator Ford,
Série 7630, com tração dianteira auxiliar. Em uma das faixas foi realizada uma
passada, em outra, cinco passadas e em outra com dez passadas, após,
coletaram-se novamente os dados de RSP, RSPP, Ds e UMID, seguindo os
mesmos parâmetros iniciais. Depois da coleta desses dados, foi realizada em
faixas perpendiculares à faixa das passadas a semeadura das culturas de
milho, soja e feijão, com o auxílio de uma semeadora-adubadora de precisão.
Com término do ciclo e a colheita manual das culturas, coletaram-se
novamente os dados de RSP, RSPP, DS e UMID. O trabalho teve como
objetivos determinar a resistência mecânica do solo à penetração, o índice de
compressão do solo e a densidade do solo, em função do aumento do número
de passadas com um trator agrícola, antes da semeadura e após a colheita de
soja, feijão e milho, e analisar o efeito dessas culturas na redução da
compactação do solo. Os resultados obtidos permitiram concluir que as
passadas do rodado do trator agrícola afetam diretamente no estado de
compactação do solo, aumentando com isso a resistência mecânica do solo à
penetração, resistência do solo à placa ou índice de compressão do solo e
densidade do solo. O efeito das culturas na redução da resistência do solo à
penetração não foi significativo, no entanto, na redução da pressão de
pré-consolidação foi mais acentuado para a cultura do milho.
Palavras-chave: resistência mecânica do solo à penetração, índice de
compressão, densidade do solo.
xvi
ABSTRACT
COMPACTING OF THE GROUND UNDER AGRICULTURAL TRAFFIC
The compactation of the soil has been pointed as one of the great problems of
modern agriculture. In Brazil and the world great concern with the increase of
the mechanized agricultural areas exists that present compactation problems.
The study State University of the West of the Paraná was carried through in the
Experimental Nucleus of Agricultural Engineering of the Unioeste -. The area
was divided in three bands with three treatments each having totalized nine
parcels of to 35 m2 each, had been collected the data of resistance of the soil to
the penetration (RSP) through penetrômetro electronic of connecting rod,
resistance of the soil to the plate or index of compression of the soil (RSPP) I
assist with it of penetrômetro of plate, density of the soil (Ds) and water text in
the soil (UMID), these data had been collected in conditions you initiate
characterizing itself as the data before the passed ones of twirled of the tractor
the agriculturist. In the sequence, with the objective to compact the soil, the
passed ones with the twirled one of agricultural tractor had been carried
through, assist with it of a Ford tractor, Series 7630 with front traction to assist,
in one of the bands had been carried through passing, in another one, five
passed and in another one with ten passing, after, again collected the data of
RSP, RSPP, Ds and UMID following the same initial parameters. After the
collection of these data, was carried through in perpendicular bands the band of
passed the sowing of the maize cultures, soy and beans, with the aid of a
semeadora-adubadora of precision. With ending of the cycle and manual
harvest of the cultures, the data of RSP, RSPP had been collected again, DS
and UMID. The objective of this work was to determine the resistance
mechanics of the soil to the penetration, index of compression of the soil and
density of the soil in function of the passed increase of the number of with an
agricultural tractor, before the sowing and after the harvest soy, beans and
maize and to analyze the effect of these cultures in the reduction of the
compactation of the soil. The gotten results had allowed to conclude that the
passed ones of the twirled one of the agricultural tractor affect directly in the
state of compactation of the same, increasing with this the resistance
mechanics of the soil to the penetration, resistance of the soil to the plate or
index of compression of the soil and density of the soil. The effect of the
cultures in the reduction of the resistance of the soil to the penetration was not
significant, however in the reduction of the daily pay-consolidation pressure
more it was accented for the culture of the maize.
Key-works: resistance mechanics of the soil the penetration, index of
compression, density of the soil.
1 INTRODUÇÃO
A tendência do desenvolvimento agrícola das últimas décadas trouxe
máquinas e implementos de grandes dimensões e potência, o que fez
aumentar os problemas em relação ao uso adequado de pneus e pressão de
insuflagem. O rodado dos veículos que trafegam sobre uma área cultivada
tornou-se um dos principais agentes de compactação dos solos agrícolas. O
tipo de rodado, área de contato, dimensões, velocidade de deslocamento,
número de vezes que trafega sobre o mesmo local e carga suportada pelo solo,
são todos fatores que provocam maior ou menor compactação.
O uso intensivo de maquinário e implementos, principalmente em
condições inadequadas de umidade, somados ao seu mau dimensionamento,
juntamente com a ocorrência de fenômenos naturais como chuvas e ventos
fortes, são responsáveis por cerca de 68 milhões de hectares de terras
agrícolas do planeta em processo de degradação, ocasionada, principalmente,
pela compactação.
Os efeitos da compactação do solo têm causado expressivas perdas
econômicas. A aplicação de cargas dinâmicas por rodados e implementos
agrícolas no solo produz tensões na interface solo/pneu e solo/implemento em
superfície e profundidade. Os tratores agrícolas constituem-se, por sua
mobilidade, em cargas de natureza temporária. Esta mobilidade se traduz pela
transmissão ao solo de dois tipos de esforços: cargas de compressão vertical
que são, em efeito, causadas pelo peso próprio das máquinas distribuído nos
eixos, enquanto que os esforços de cisalhamento se originam dos esforços
tangenciais desenvolvidos no deslocamento da máquina. O uso de
implementos e máquinas agrícolas em condições de umidade pode agravar
ainda mais a compactação do solo, por isso o teor de água no solo é um fator
de grande influência no seu estado de compactação.
A excessiva compactação do solo é um fator relevante no processo
produtivo agrícola, que pode apresentar prejuízos acentuados com a
modernização dos implementos agrícolas, principalmente pela compactação
2
superficial causada pela pressão de insuflagem dos pneus e a subsuperficial
ocasionada pela pressão, devido ao peso dos eixos.
A compactação do solo constitui um tema de crescente importância
face ao aumento da mecanização nas atividades agrícolas. Sendo assim, é
necessário que sejam desenvolvidas pesquisas sobre o efeito de maquinários
agrícolas na compactação do solo e para quantificar o poder descompactante
de determinadas culturas, comumente cultivadas no estado do Paraná. Há uma
carência de estudos que possam determinar a compactação do solo em
campo, que apresentem uma confiabilidade maior do que em laboratório, pela
aproximação com a realidade.
A compactação induzida por uma placa durante um ensaio de campo
não é um procedimento plenamente não–confinado, pois ela ocorre em
condições parcialmente confinadas. O solo e suas paredes laterais na
compactação feita no campo resistem à determinada pressão, subentende-se
que a camada de solo sob a placa esteja confinada até o limite da resistência
lateral dessa camada. Após esse limite, o solo cederá continuamente e não
terá mais resistência lateral. Isso não ocorre em ensaio de laboratório, porque o
solo ensaiado está confinado dentro de um recipiente metálico que cria uma
determinada resistência lateral superior a resistência natural do solo no campo.
Embora o uso do penetrômetro de placa apresente resultados que se
aproximam da realidade do campo com maior confiabilidade, frente ao
processo de compactação do solo, poucos trabalhos foram desenvolvidos.
A densidade do solo pode ser considerada com um indicador do estado
de compactação do solo, pois quanto maior a densidade do solo, mais
compactado ele está.
O objetivo deste trabalho é avaliar a compactação do solo sob tráfego
do trator agrícola, com penetrômetro de placa e penetrômetro eletrônico de
haste, e a densidade do solo, antes e após a semeadura das culturas de soja
feijão e milho.
3
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Preparação do Solo por Meio do Plantio Direto
A prática da semeadura ou cultivo de plantas sem o preparo físico do
solo, mantendo-se a palha da cultura anterior na superfície é denominada
plantio direto (DERPSCH et al., 1991). O plantio direto constitui o manejo de
solo com maior potencial, pois atende ao objetivo da conservação do solo.
Esse sistema está diretamente associado à manutenção da palhada, pela
ausência do revolvimento do solo e a conseqüente deposição e manutenção de
resíduos vegetais a cada safra (TORMENA & ROLOFF, 1996, GOEDERT,
SCHERMACK & FREITAS, 2002). Desse modo, o solo consegue reter mais
água favorecendo a germinação, desenvolvimento e maturação das plantas.
No Brasil, esse sistema desenvolveu-se a partir da década de 70,
proporcionando uma inovação na conservação do solo, que tinha por base
práticas mecânicas de controle da erosão, como cultivo em nível e
terraceamento. Na década de 80, o uso dessa técnica intensificou-se no estado
do Paraná, porém, foi na década de 90 que o sistema plantio direto aumentou
significativamente (ELTZ, 1997, SILVA, REINERT & REICHERT, 2000).
Com aumento no consumo de alimentos e o decorrente aumento da
produção, os solos sofreram esgotamento e empobrecimento por serem
explorados de maneira inadequada, surgindo então o sistema plantio direto que
promove a recuperação das áreas degradadas do solo e mantém a cultura
economicamente integrada no sistema agrícola de produção (FURLANI,
LOPES & SILVA, 2005). MASCHIO (2005) afirmou que 22 milhões de hectares,
dos 42,5 milhões de hectares destinados à produção de grãos no Brasil,
utilizam o sistema de plantio direto. Conforme dados da Federação Brasileira
4
do Plantio Direto o mesmo sistema, ocupava, na safra 2003/2004, no estado do
Paraná uma área cultivada de 135,7 mil hectares.
2.2 Compactação do Solo
Para se alcançar uma agricultura sustentável é cada vez mais
importante que sejam desenvolvidos estudos sobre a produtividade agrícola,
incluindo a conservação dos solos, assim como o impacto causado pelo uso
intensivo do maquinário agrícola no seu manejo.
As causas da compactação do solo estão relacionadas a diversos
fatores, desde a ocorrência de fenômenos naturais, como chuvas e/ou
ventos fortes até o mau dimensionamento de máquinas e implementos
agrícolas e ao tráfego excessivo do maquinário durante as atividades de
desenvolvimento das plantas. Essa ocupação desordenada do solo pode
gerar uma rápida e contínua degradação (SOANE
&
VAN OUWERKERK,
1994,
DAWIDOWSKI,
MORRISON JUNIOR & SNIEG
,
2001,
PRADO,
ROQUE & SOUZA
,
2002).
Quando o manejo do solo é realizado em condições inadequadas, com
operações agrícolas fora da faixa de friabilidade e, ainda, o uso excessivo de
máquinas e/ou implementos mais pesados, podem ocasionar mudanças na
estrutura do solo e causar problemas sérios de compactação, levando à perda
da sustentabilidade e à redução do rendimento agrícola (BONINI, 2006).
Segundo
HORN & LEBERT (1991), CARPENEDO (1994) e SILVA,
REINERT & REICHERT (2000), a estimativa é de que as pressões médias
aplicadas aos solos pelas máquinas agrícolas situam-se entre 50 e 300 kPa.
Os reboques e caminhões podem exercer pressões entre 300 e 600 kPa
segundo OLIVEIRA et al. (2002).
Dentre as limitações que ocasionam um crescimento deficiente do
sistema radicular das plantas cultivadas, está a compactação do solo que
causa restrição ao crescimento e desenvolvimento radicular, acarretando uma
5
série de problemas que afetam direta ou indiretamente a produção das plantas
(ALVARENGA et al., 1996, PEDROTTI, VAHL & PAULETTO, 1998).
Em relação à influência da compactação do solo no rendimento dos
grãos são encontrados, na literatura, resultados conflitantes. SOANE (1985)
sumarizou essa situação afirmando que, para cada cultura, solo e estação
climática há um nível de compactação ótimo, para uma maior produtividade.
OHU e FOLORUNSO (1989) corroboram esta afirmação por meio de um
experimento com níveis de compactação (obtido por passadas de trator) e
rendimento de grãos de sorgo, em que, com poucas passadas de trator,
portanto com compactação leve, obtiveram melhores “rendimentos” do que no
solo sem compactação. Os mesmos autores, porém, encontraram rendimentos
decrescentes com o aumento do número de passadas do trator. SCHAFER et
al. (1990) ressaltaram que o grau de compactação ótimo é, muitas vezes, uma
solução que deve ser bem avaliada para cada situação, uma vez que os
requerimentos de solo para tração e mobilidade são muito diferentes daqueles
para infiltração de água e propagação de raízes.
SECCO et al. (2004), estudando o rendimento da soja em Latossolo
Vermelho distroférrico, verificaram menores valores de densidade do solo,
porosidade e resistência do solo à penetração na profundidade de 0,0 - 0,10 m,
o rendimento de grãos dos cultivares de soja não sofreu decréscimo com o
aumento da compactação e o tratamento de escarificação também não
influenciou o rendimento de grãos.
BEUTLER & CENTURION (2004), avaliando o rendimento da soja em
Latossolo Vermelho textura média na safra 2002/2003, encontraram que,
quando ocorreu decréscimo de 18% na densidade radicular e 0,85 MPa na
resistência do solo na camada de 0,05 - 0,15 m, ocorreu também a redução da
produção de grãos de soja.
BONINI (2006) concluiu que os valores mais elevados de resistência à
penetração do solo (2,50 a 3,00 MPa) ocorreram na camada de 0,07 a 0,12 m,
porém esses valores não foram suficientes para alterar a população inicial da
soja, mas a do milho foi reduzida.
A resistência do solo à penetração é diretamente alterada quando há
um incremento na densidade do solo e uma redução do volume de
6
macroporos, influenciando a penetração do sistema radicular pelo perfil do
solo. Além disso, essa propriedade está diretamente relacionada com a textura
do solo e inversamente com a umidade do solo.
As camadas superficialmente compactadas podem ser fatores
limitantes ao desenvolvimento radicular, pois comprometem a capacidade do
solo de absorver água. Dessa forma, podem influenciar o desenvolvimento
vegetativo das plantas, com conseqüente redução da área foliar, emergência
de plantas, desenvolvimento e rendimento de grãos (BONINI, 2006).
A compactação do solo é determinada pela pressão de
pré-compactação, por meio das curvas de compressão do solo (HOLTZ &
KOVACS, 1981, KONDO & DIAS JUNIOR, 1999), obtidas em ensaios de
compressão uniaxial que, para serem determinadas, necessitam equipamentos
sofisticados, como: o penetrômetro, o perfilômetro, o oedômetro e o
penetrógrafo. A agricultura intensiva e o intenso tráfego de máquinas visam
alcançar benefícios econômicos em curto prazo, sem preocupação com a
conservação do solo. O problema da compactação vem aparecendo em
extensas áreas do país, com efeitos comprometedores à produtividade agrícola
(CAMARGO & ALLEONI, 1997).
O entendimento da compactação do solo é importante, pois ela pode
causar uma redução da absorção de nutrientes pelo solo, e/ou redução de sua
absorção pelas plantas, dificultando a infiltração e redistribuição de água e as
trocas gasosas e, ainda, aumentar a resistência mecânica dos solos e restringir
o crescimento radicular (LAFOND, ANGERS & LAVERDIERE, 1992), com
conseqüente redução na produtividade das culturas e aumento da erosão
hídrica (UNGER, 1996, VAN DEN AKKER, 1997).
2.3 Resistência Mecânica do Solo à Penetração
A resistência do solo à inserção de um penetrômetro é considerada
como um método secundário na avaliação da compactação. O uso do
7
penetrômetro é uma maneira rápida e fácil de medir a resistência à penetração
a várias profundidades, e o aparelho é muito utilizado para relacionar fatores de
resistência do solo à elongação radicular (BLACK, 1965, WHITELEY, UTOMO,
& DEXTER, 1981).
O princípio do penetrômetro é baseado na resistência do solo à
penetração de uma haste, após recebimento de um impacto provocado pelo
deslocamento vertical de um bloco de ferro colocado na parte superior da
haste, por uma distância conhecida, geralmente 40 cm. Quando o aparelho
atinge zonas compactadas, maior é o número de impactos necessário para que
a haste desça um comprimento conhecido. Isto acontece em resposta imediata
à maior resistência do solo à penetração.
A resistência mecânica do solo
à
penetração ou resistência à
penetração do solo – RSP é
uma propriedade física relativamente fácil de ser
obtida e, de certa forma, de ser correlacionada
à
densidade e à
macroporosidade. Para um mesmo solo, quanto maior for à densidade, maior
será a resistência à penetração e menor será a sua macroporosidade, que é o
principal espaço para o crescimento das raízes. Deve ser considerado, no
entanto, que a resistência do solo
é
mais afetada pela variação dos teores de
água no solo, no momento das amostragens, do que pela densidade. Por essa
razão, muitos trabalhos que objetivam caracterizar o efeito da compactação
sobre o desenvolvimento radicular e produtividade das culturas, utilizam a
densidade do solo como parâmetro de referência, tendo em vista que, quanto
maior for a densidade do solo maior será seu estado de compactação
(TORRES & SARAIVA, 1999).
Segundo SHAFIQ, HASSAN & ARMAD (1994), a compactação do solo
altera a sua capacidade de retenção de água, diminuindo a taxa de infiltração e
a condutividade hidráulica, aumentando a resistência à penetração. TORMENA
& ROLOFF (1996) verificaram que a resistência mecânica à penetração é uma
das características do solo que melhor representa as condições de
desenvolvimento das raízes das plantas.
Segundo KONCHHANN, DENARDIN & BERTON (2000), para
determinar a camada compactada utiliza-se o penetrógrafo, que é um
8
instrumento destinado à quantificação da resistência mecânica do solo à
penetração, ao longo do perfil do solo.
A compactação do solo pode ser caracterizada pela resistência do solo
à penetração, que pode ser diretamente relacionada ao crescimento radicular
das culturas (BEUTLER et al., 2002). Essa compactação diminui o número de
poros grandes e, dessa maneira, para que as raízes consigam penetrar,
tendem a exercer uma força para deslocar as partículas do solo. O aumento do
estado de compactação do solo resulta em aumento da resistência à
penetração das raízes.
2.4 Resistência do Solo à Pressão da Placa
O penetrômetro de placa permite ao usuário determinar, em campo, a
pré-compactação do solo, permitindo ao produtor selecionar com segurança as
características de pneus agrícolas em diferentes condições de solo, cargas
dinâmicas e pressão de insuflagem (BREDA, 2003).
Segundo ALEXANDROU & EARL (1995), um ensaio de compressão
com placa consiste de uma placa em contato com o solo, sobre o qual uma
força conhecida é aplicada e de um mecanismo para monitorar os resultados
da deformação apresentada.
Para DAWIDOWSKI, MORRISON JUNIOR & SNIEG (2001), a
resistência do solo à placa é medida em termos de pressão máxima que pode
ser aplicada antes da ocorrência de um substancial aumento na compressão
do solo. Essa resistência na camada do solo é chamada, de acordo com estes
pesquisadores, de valor de pressão de pré-consolidação. Quando as forças
externas excedem à resistência interna do solo, a sua textura é deformada para
atingir novo equilíbrio. Quando o solo é trabalhado com cargas menores que a
carga de pré-consolidação, a deformação é pequena, elástica e reversível, mas
se a pressão excede à carga de pré-consolidação, ocorre uma deformação
plástica e irreversível, logo, é necessário determinar a resistência interna do
9
solo para prever danos à sua estrutura que podem ser provocados pelo tráfego
de máquinas (HORN & LEBERT, 1991).
O penetrômetro desenvolvido por BREDA (2003), visualizado na
Figura 1, conta com um sensor de deslocamento responsável pela leitura
da deformação do solo e, de uma célula de carga, capaz de informar a
carga aplicada no solo. Ambos os sensores estão ligados a um sistema de
aquisição de dados:
Datalogger,
programado para efetuar leituras a taxa de
quatro leituras por segundo. Os dados obtidos são transferidos a um
microcomputador por meio de uma interface serial e com o auxílio do
software
apropriado.
Figura 1 - Penetrômetro de placa.
O software spress (LAMB et al., 2006) permite ao usuário verificar a
eficiência do penetrômetro de placa na determinação da compactação do solo
pela interpretação dos dados coletados por ele,
por meio da pressão de
pré-consolidação. O software faz cada ponto corresponder a um ciclo, para
isso ele utiliza a diferença entre a máxima e a mínima pressão, que fica
acumulada para o próximo ciclo. As curvas de compressão virgem e
secundária são constituídas a partir da análise usando o método de
mínimos quadrados
(
LAMB et al., 2006).
Célula de
carga
Sensor a laser de
deslocamento
10
2.4.1 Pressão de Pré-Consolidação
A pressão de pré-consolidação é obtida da curva de compressão do
solo, utilizando-se o método proposto por CASAGRANDE (1936), que é
basicamente gráfico ou utilizando o método proposto por DIAS JUNIOR &
PIERCE (1995) que faz uso de uma planilha eletrônica elaborada a partir de
planilhas eletrônicas.
O termo compressibilidade indica a resistência do solo ao decréscimo
de volume quando submetido a uma carga mecânica e é definido como a
facilidade com que o solo diminui o volume quando uma determinada pressão é
aplicada (HORN & LEBERT, 1991). Esta propriedade é uma das maneiras
utilizadas para avaliar a compactação do solo.
Pesquisas sobre a compressibilidade têm surgido com o intuito de
avaliar de forma detalhada o processo de compressão do solo (IMHOFF,
2002), desta forma, a compressibilidade é a expressão quantitativa da resposta
do solo à compactação.
O índice de compressão refere-se ao processo que descreve o
decréscimo de volume do solo quando alguma pressão externa é aplicada, e a
pressão de pré-consolidação é uma estimativa da capacidade de suporte de
carga do solo (HORN & LEBERT, 1991, DIAS JUNIOR & PIERCE, 1996).
OLIVEIRA et al. (2002), estudando o comportamento compressivo de
um Latossolo Vermelho argiloso da região do cerrado, submetido a diferentes
sistemas de uso ou manejo e diferentes tensões de água no solo, verificaram
que na camada de 0,00 a 0,05 m de profundidade, os índices de compressão
não diferiram, independentemente da tensão de água no solo (faixa de tensão
de 6 e 1.500 kPa). Na reta de compressão do solo virgem, a variação da
densidade do solo foi a mesma para qualquer tensão de água no solo. No
entanto, os valores da densidade do solo final foram maiores à medida que
aumentou o conteúdo de água no solo. Estes resultados revelam uma
tendência à maior deformação do solo sob cerrado para conteúdo de água
11
mais elevado, o que está relacionado com sua menor densidade e com o maior
espaço poroso disponível à deformação.
DIAS JUNIOR & MIRANDA (2000) observaram que,
independentemente da classe de solo, à medida que a umidade gravimétrica
aumenta a densidade do solo também aumenta até atingir um valor máximo e,
a seguir, diminui, devido à baixa compressibilidade da água. No ponto de
máximo, ou seja, no vértice da parábola, obtiveram, em sua pesquisa, o valor
da densidade máxima do solo e da umidade ótima de compactação.
Segundo LARSON & GUPTA (1980), com a aplicação de pressões
maiores do que a pressão de pré-consolidação observa-se que alterações
significativas ocorreram na estrutura do solo, evidenciadas pelas mudanças
significativas dos valores de densidade do solo. Este fato pode ser explicado
pelo aumento do número de contatos entre cada agregado com o aumento da
pressão aplicada, até que os agregados se rompam e o solo adquira uma
estrutura maciça.
A modelagem tem apresentado grande potencialidade para o
entendimento do processo de compressão dos solos. DIAS JUNIOR & PIERCE
(1995) desenvolveram um modelo não linear que permite determinar a pressão
máxima que o solo pode suportar sem sofrer compactação adicional,
baseando-se nos teores de umidade de solos de regiões temperadas. No
Brasil, KONDO (1998), utilizando o modelo desenvolvido por DIAS JUNIOR e
PIERCE (1995), em Latossolos da região de Lavras - MG, demonstrou que a
compressibilidade do solo é influenciada pelo sistema de manejo.
Em estudos da capacidade de suporte ou compressibilidade do solo,
DIAS JUNIOR (1994) sugerem a utilização de modelos de compressibilidade
com base na pressão de pré-consolidação, que predizem a máxima pressão
que um solo pode suportar a diferentes umidades, sem causar compactação
adicional, fornecendo, portanto, informações para a prevenção da
compactação. Os estudos demonstram que, quando ensaios de compressão
uniaxial são realizados em solos que não sofreram pressão prévia ou secagem
e umedecimento, a relação entre a pressão aplicada e a densidade do solo é
linear, e qualquer pressão aplicada provocará deformações ou não (DIAS
JUNIOR & PIERCE, 1996).
12
Entretanto, quando os ensaios são realizados em solos que já tenham
uma história de manejo, as deformações resultantes poderão ser recuperáveis
ou não recuperáveis (HORN & LEBERT, 1991; DIAS JUNIOR & PIERCE,
1996). É na região da curva de compressão secundária que o solo deve ser
cultivado ou trafegado, para que não ocorra compactação adicional, pois é este
o componente da curva de compressão que reflete a história do manejo do solo
(DIAS JUNIOR & PIERCE, 1996).
2.5 Densidade do Solo
A densidade do solo – DS corresponde à massa de solo por unidade
de volume aparente, ou seja, o volume do solo ao natural, incluindo os espaços
ocupados pelo ar e água (PREVEDELLO, 1996). É uma relação entre a massa
de sólidos e o volume e pode ser usada como medida direta do estado de
compactação de um solo (SECCO, 2003). Quanto maior for a densidade do
solo, tanto mais compactado ele é, restringindo o crescimento e
desenvolvimento das plantas (PRIMAVESI, 1990). De acordo com LOWERY &
SCHULER (1994), ALAKUKU & ELOMEN (1995) e BALL et al. (1997), a
densidade do solo é significativamente elevada após o tráfego de máquinas
agrícolas.
2.6 Teor de Água no Solo
Um fator influente na determinação da compactação do solo é a
umidade ou teor de água no solo - UMID que ele apresenta. O teor de água do
solo, no momento em que ocorre a pressão, é um fator determinante da
intensidade de compactação. Para ASHBURNER & SIMS (1984), se um solo
13
estiver com baixo teor de água, apresentará elevada resistência
proporcionando pouca deformação antes que ocorram modificações na sua
estrutura. No estado friável, a deformação é proporcional à carga aplicada e
revertida rapidamente quando o carregamento é removido, porém quando o
solo apresenta elevado teor de água, estado plástico, ele se deforma
lentamente em função da carga aplicada não havendo reversão quando esta é
removida. Quando os solos estão mais secos a capacidade de suporte de
carga pode ser suficiente para agüentar as pressões aplicadas, tornado a
compactação do solo não significativa. Entretanto, em condições de alta
umidade, o solo se deforma mais facilmente, ocorrendo a formação de
camadas compactadas (SWAN; MONCRIEF & VOOHEES, 1987).
O conteúdo de água presente no solo pode ser determinado pela
diferença de peso da amostra do solo úmido e do peso da amostra seca em
estufa a 105
o
C por 24 horas, conforme proposto por EMBRAPA (1997).
14
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Área Experimental
O experimento foi realizado no segundo semestre de 2006 e primeiro
semestre de 2007, no Núcleo Experimental de Engenharia Agrícola - NEEA, da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste, localizado na BR 467,
km 45, Cascavel - PR, geograficamente situado nas coordenadas 24°48' de
latitude sul e 53°26' de longitude oeste com altitude média de 760 metros. O
solo local é classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico (EMBRAPA,
1999). A área de estudo estava sendo cultivada com o sistema de plantio
direto, principalmente com as culturas de aveia ou trigo no inverno e milho ou
soja no verão.
A área foi dividida ao acaso em nove parcelas, cada uma com 10 m de
comprimento por 3,5 m de largura, totalizando 35 m
2
de área útil para cada
parcela. O espaçamento entre elas foi de 5 m. Na Figura 2 é apresentado o
croqui da área experimental, mostrando a distribuição das parcelas, de acordo
com o número de passadas do rodado do trator, e as culturas analisadas,
sendo que a distribuição dos níveis foi realizada de forma aleatória por fatores
na horizontal e vertical.
15
Figura 2 - Croqui da área experimental.
O esquema utilizado é conveniente para facilitar as operações físicas
no experimento de campo, em que é necessário testar ambos os fatores em
área relativamente ampla. Não há uma prioridade de um fator sobre outro, na
casualização.
3.2 Delineamento do Experimento
A análise estatística foi realizada em três fases:
- Primeira fase: antes das passadas e plantio utilizou-se a estatística
descritiva e teste de homogeneidade das áreas;
- Segunda fase: durante o plantio realizou-se um delineamento em
blocos inteiramente casualizado com repetições (DBC) para verificar os efeitos
das passadas;
- Terceira Fase: após o delineamento em faixas, estudaram-se as
passadas e as culturas.
16
Considerando dois fatores com três níveis por fator, num total de nove
tratamentos, em que o primeiro fator a ser analisado foi em relação ao número
de passadas com o rodado do trator, totalizando três níveis, uma, cinco e dez
passadas, por caracterizarem níveis semelhantes ao da prática agrícola. O
segundo fator analisado foi a cultura, com três espécies: milho, soja e feijão,
todas de grande importância para a região. A combinação dos níveis dos
fatores originou nove tratamentos.
Os nove tratamentos são:
- T1: uma passada do rodado do trator para a cultura de milho;
- T2: uma passada do rodado do trator para a cultura de soja;
- T3: uma passada do rodado do trator para a cultura de feijão;
- T4: cinco passadas do rodado do trator para a cultura de milho;
- T5: cinco passadas do rodado do trator para a cultura de soja;
- T6: cinco passadas do rodado do trator para a cultura de feijão;
- T7: dez passadas do rodado do trator para a cultura de milho;
- T8: dez passadas do rodado do trator para a cultura de soja;
- T9: dez passadas do rodado do trator para a cultura de feijão.
No estudo da compactação do solo medida pela resistência mecânica
do solo à penetração, por meio do penetrômetro de haste foram realizadas
cinco repetições por tratamento (r = 5), totalizando 45 ensaios.
No estudo da compactação do solo determinada por meio do
penetrômetro de placa foram realizadas quatro repetições por tratamento
(r = 4), totalizando 36 ensaios.
Para a determinação da densidade e teor de água do solo foram
coletadas quatro amostras de cada tratamento (r = 4), totalizando 36 ensaios.
O modelo estatístico para cada variável resposta em estudo é definido
na equação 1.
Y
ijk
= M + A
i
+ E
1i
+ B
j
+ E
2j
+ AB
ij
+ E
3ijk
(1)
Em que:
Y
ijk
: valor da variável resposta de interesse;
17
A
i
: efeito do nível i, (i = 1, 2, 3) do Fator A (numero de passadas com o
rodado do trator);
B
j
: efeito do nível j
,
(j = 1, 2, 3) do Fator B (espécies);
AB
ij
: interação dos níveis i, j do número de passadas e espécie;
E
1i
: erro de sorteio de níveis
i do Fator A;
E
2j
: erro de sorteio de níveis j do Fator B.
E
3ijk
: erro aleatório do experimento, i j k, para i = 1, 2, 3, j = 1, 2, 3, k =
1, 2, 3.
Supondo que os erros aleatórios E
1
, E
2
e E
3
são independentes entre
si, tendo distribuição normal de probabilidades com médias zeros e variâncias
constantes
2
1
σ
,
2
2
σ
e
2
3
σ
, respectivamente.
A análise estatística foi baseada na Análise de Variância e posterior
comparação de médias, utilizando-se o teste de Tukey, a 5% de significância.
As análises foram realizadas com o auxílio do programa computacional
SISVAR.
3.3 Desenvolvimento e Coleta dos Dados
O experimento foi instalado em 29 de novembro de 2006 e teve inicio
com a demarcação ao acaso das parcelas experimentais. Nos dias 4, 5 e 6 de
dezembro teve início a coleta dos dados, determinando-se a RSP (MPa) com o
uso do penetrômetro eletrônico de haste desenvolvido por TIEPPO (2004). Os
dados foram armazenados e registrados por um sistema de aquisição de dados
tipo Datalogger. O índice de cone foi obtido, de acordo com a norma S313.3
(ASAE, 1999), utilizando-se cone de diâmetro de 12,83 mm e ângulo de 30º.
Foram realizadas cinco repetições por tratamento, sendo as amostragens
realizadas até 0,40 m de profundidade, e que foram analisadas posteriormente
em oito camadas de: 0 - 0,05 m, 0,05 - 0,10 m, 0,10 - 0,15 m, 0,15 - 0,20 m,
0,20 - 0,25 m, 0,25 - 0,30 m, 0,30 - 0,35 m e 0,35 a 0,40 m de profundidade,
conforme TIEPPO (2004), em testes realizados para validação do
18
equipamento. Na Figura 3 é apresentada a utilização do penetrômetro
eletrônico de haste.
Figura 3 - Penetrômetro eletrônico de haste.
A resistência mecânica do solo à pressão da placa – RSPP (kPa) foi
medida por meio do penetrômetro de placa desenvolvido por BREDA (2003) e
a placa utilizada foi de 135 cm
2
, foram coletadas quatro amostras por
tratamento (r = 4) totalizando assim 36 ensaios. D
urante os ensaios de
compactação, uma carga inicial foi exercida por, aproximadamente, trinta
segundos sobre o solo. Após esse período tem-se o recolhimento do pistão
e o solo permaneceu, por sessenta segundos, relaxando, em seguida,
aumentou-se a carga aplicada, até a capacidade máxima de força do
cilindro de 400 KN. As pressões exercidas variaram em média de 0 a 400
kPa, por representarem pressões exercidas por máquinas em operações
agrícolas.
De acordo com a pressão aplicada no solo, a placa penetrará à
determinada profundidade e, quanto maior a compactação do solo, maior será
a resistência que o solo apresentará à placa e menor será a profundidade de
penetração.
Na Figura 4 é apresentado o penetrômetro de placa acoplado ao trator
agrícola. Os dados do penetrômetro de placa, armazenados em campo pelo
Datalogger, foram interpretados com o auxílio do software spress desenvolvido
19
por LAMB et al. (2006), que utiliza elementos finitos para filtragem dos dados
(DAWIDOWSKI & KOOLEN, 1994), e foi possível atingir os pontos críticos
segundo a metodologia gráfica de CASAGRANDE (1936).
Figura 4 - Penetrômetro de placa acoplado a um trator agrícola.
A unidade de medida da resistência do solo à penetração é
determinada em MPa e tem como objetivo avaliar a resistência que as raízes
têm para penetrar no solo em uma profundidade de até 0,40 mm (física do
solo), e resistência do solo à placa em kPa, para avaliar a capacidade de
suporte do solo (mecânica do solo). Sendo assim, as unidades de medidas da
pressão de ambas serão em Pa, porém com grandezas diferentes: a
resistência à penetração em MPa e a resistência à placa em kPa, pois como
para cada equipamento há um instrumento de medição com uma área de
contato diferente, ou seja, a haste tem um cone com diâmetro de 12,83 mm e a
placa tem uma área de 135 cm
2
,
sendo assim a pressão necessária para
determinar a capacidade de suporte do solo por meio da placa será maior do
que a pressão necessária para determinar a resistência do solo à penetração.
A densidade do solo – DS (Mg.m
-3
) foi avaliada pela coleta de amostras
de solo indeformadas, pelo método do anel volumétrico (EMBRAPA, 1997). As
amostras foram coletadas na camada de 0 a 0,10 m, com quatro repetições por
20
tratamento, totalizando 36 ensaios. Essas amostras possibilitaram ainda a
determinação do teor de água no solo - UMID (%), de acordo com o proposto
por EMBRAPA (1997).
No dia 8 de dezembro foram realizadas as passadas com o rodado do
trator agrícola no solo. O trator utilizado para o processo de compactação do
solo foi da marca
1
Ford, Série 7630 com tração dianteira auxiliar, potência
75,8 kW (103 cv) no motor a 2100 rpm e massa de 6196 kg com lastragem
máxima. O rodado do trator passou em linhas lado a lado atingindo toda a área
da parcela. Posterior a isso, nos dias 9, 10 e 11 de dezembro coletaram-se
novamente os dados de resistência do solo à penetração, resistência do solo à
placa, densidade e teor de água no solo.
As semeaduras ocorreram nos dias 11 e 12 de dezembro de 2006, por
meio de uma semeadora-adubadora de precisão, marca Vence Tudo, modelo
SMT 6414, com quatro linhas para deposição de fertilizantes, com sistema de
abertura de sulco do tipo haste sulcador e discos duplos com mecanismo de
distribuição de sementes. As quatro linhas da semeadora foram espaçadas de
0,70 m uma da outra, para a cultura de milho, 0,35 m para as semeaduras de
feijão e soja. Utilizou-se o milho híbrido CSM/PR, a soja a cultivar COODETEC
202 e a variedade do feijão Carioca IAPAR-81.
O controle das plantas invasoras foi realizado quinzenalmente, usando
apenas enxada e foice. No dia 7 de fevereiro de 2007 foi aplicado herbicida nas
culturas de soja e feijão.
A colheita do feijão foi realizada no dia 7 de março de 2007, 58 dias
após a semeadura, a colheita foi manual, arrancando as plantas e
transportando-as até um terreiro para a secagem. Depois de três dias, foi
realizada a trilhagem do feijão, separando-se as sementes das vagens.
A colheita do milho ocorreu no dia 9 de abril de 2007, e as espigas
foram arrancadas manualmente. Em seguida, foi realizada a trilhagem
separando-se as sementes das espigas. A soja também foi colhida
manualmente em 9 de abril.
1
As marcas e modelos de equipamentos e produtos citados neste trabalho não constituem
recomendação comercial por parte da pesquisadora, somente a descrição necessária do
material utilizado neste trabalho.
21
Após a colheita das culturas, os dados de resistência do solo à
penetração, resistência do solo à placa, densidade e teor de água no solo,
foram novamente coletados, o que ocorreu nos dias 10 e 11 de março de 2007
para a cultura de feijão, e nos dias 11, 12 e 13 de abril de 2007 para as culturas
de soja e milho. Essa coleta de dados obedeceu aos mesmos parâmetros
seguidos anteriormente.
22
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Antes das Passadas com o Rodado do Trator Agrícola - RSP,
RSPP, DS e UMID
Antes das passadas com o rodado do trator agrícola a análise
estatística foi feita em blocos inteiramente casualizados. As nove parcelas
foram divididas em três blocos, sendo os blocos dispostos da seguinte maneira:
Bloco 1 (B1) parcelas: A1, A6 e A7; Bloco 2 (B2) parcelas: A2, A5 e A8; e Bloco
3 (B3) parcelas: A3, A4 e A9. Posteriormente, as parcelas A1, A2 e A3
receberam uma passada com o rodado do trator agrícola; as parcelas A4, A5 e
A6 receberam cinco passadas com o rodado do trator agrícola e as parcelas
A7, A8 e A9 receberam dez passadas com o rodado do trator agrícola.
Nas tabelas 1, 2 e 3, nas quais são apresentados os resultados dos
testes de homogeneidade das variáveis em estudo, com base nos dados
apresentados no anexo A, com análise estatística descritiva completa, antes
das passadas do rodado do trator agrícola nos três blocos (B1, B2 e B3), pode-
se verificar que há homogeneidade entre as parcelas nas variáveis: resistência
do solo à penetração - RSP em todas as camadas; resistência do solo à placa -
RSPP, densidade - DS e teor de água - UMID.
23
Tabela 1 - Teste de homogeneidade das variâncias dentro do Bloco 1, antes
das passadas com o rodado do trator agrícola
Parcela
A1
Parcela
A6
Parcela
A7
Variância Variância
VARIÁVEIS variância variância variância máxima mínima
Estatística
H
C
Ponto
crítico
H Decisão
RSP 0 - 0,05 0,137 0,086 0,239 0,239 0,086 2,792 41,1 Ns
RSP 0,05 - 0,10 0,098 0,059 0,345 0,345 0,059 5,797 41,1 Ns
RSP 0,10 - 0,15 0,094 0,225 0,407 0,407 0,094 4,333 41,1 Ns
RSP 0,15 - 0,20 0,171 0,026 0,247 0,247 0,026 9,328 41,1 Ns
RSP 0,20 - 0,25 0,053 0,031 0,287 0,287 0,031 9,211 41,1 Ns
RSP 0,25 - 0,30 0,061 0,143 0,543 0,543 0,061 8,911 41,1 Ns
RSP 0,30 - 0,35 0,015 0,067 0,305 0,305 0,015 20,294 41,1 Ns
RSP 0,35 - 0,40 0,035 0,017 0,138 0,138 0,017 7,892 41,1 Ns
RSPP 2764,667 2182,250 2114,917 2764,667 2114,917 1,307 93,9 Ns
DS 0,001 0,002 0,000 0,002 0,000 9,684 93,9 Ns
UMID 1,139 29,603 3,024 29,603 1,139 26,000 93,9 Ns
Nota: HC: Variância máxima/ variância mínima; H: Ponto crítico a 5% de significância. Ns: Não
existem diferenças significativas entre as variâncias, a 5% de probabilidades.
Tabela 2 - Teste de homogeneidade das variâncias dentro do Bloco 2, antes
das passadas com o rodado do trator agrícola
Parcela
A2
Parcela
A5
Parcela
A8
Variância Variância
Ponto
crítico
VARIÁVEIS variância variância variância máxima mínima
Estatística
H
C
H
Decisão
RSP 0 - 0,05 0,067 0,011 0,284 0,284 0,011 26,244 41,1 Ns
RSP 0,05 - 0,10 0,101 0,079 0,163 0,163 0,079 2,072 41,1 Ns
RSP 0,10 - 0,15 0,199 0,126 0,113 0,199 0,113 1,762 41,1 Ns
RSP 0,15 - 0,20 0,348 0,357 0,092 0,357 0,092 3,874 41,1 Ns
RSP 0,20 - 0,25 0,482 0,333 0,037 0,482 0,037 12,987 41,1 Ns
RSP 0,25 - 0,30 0,276 0,275 0,036 0,276 0,036 7,674 41,1 Ns
RSP 0,30 - 0,35 0,141 0,241 0,166 0,241 0,141 1,707 41,1 Ns
RSP 0,35 - 0,40 0,145 0,013 0,028 0,145 0,013 11,397 41,1 Ns
RSPP 3700,333 195,667 2835,000 3700,333 195,667 18,911 93,9 Ns
DES 0,001 0,002 0,001 0,002 0,001 2,417 93,9 Ns
UMID 4,188 0,206 1,776 4,188 0,206 20,300 93,9 Ns
Nota: HC: Variância máxima/ variância mínima; H: Ponto crítico a 5% de significância. Ns: Não
existem diferenças significativas entre as variâncias, a 5% de probabilidades.
24
Tabela 3 - Teste de homogeneidade das variâncias dentro do Bloco 3, antes
das passadas com o rodado do trator agrícola
Parcela
A3
Parcela
A4
Parcela
A9
Variância Variância
Ponto
crítico
Decisão
VARIÁVEIS variância variância variância máxima mínima
Estatística
H
C
H
RSP 0 - 0,05 0,099 0,071 0,342 0,342 0,071 4,818 41,1 Ns
RSP 0,05 - 0,10 0,017 0,301 0,095 0,301 0,017 18,135 41,1 Ns
RSP 0,10 - 0,15 0,180 0,143 0,146 0,180 0,143 1,262 41,1 Ns
RSP 0,15 - 0,20 0,081 0,128 0,181 0,181 0,081 2,236 41,1 Ns
RSP 0,20 - 0,25 0,058 0,027 0,122 0,122 0,027 4,469 41,1 Ns
RSP 0,25 - 0,30 0,034 0,018 0,086 0,086 0,018 4,863 41,1 Ns
RSP 0,30 - 0,35 0,042 0,125 0,155 0,155 0,042 3,706 41,1 Ns
RSP 0,35 - 0,40 0,201 0,303 0,380 0,380 0,201 1,895 41,1 Ns
RSPP 1976,917 2322,917 340,917 2322,917 340,917 6,814 93,9 Ns
DS 0,000 0,002 0,001 0,002 0,000 9,333 93,9 Ns
UMID 5,685 0,277 2,307 5,685 0,277 20,489 93,9 Ns
Nota: HC: Variância máxima/ variância mínima; H: Ponto crítico a 5% de significância. Ns: Não
existem diferenças significativas entre as variâncias, a 5% de probabilidades.
4.2 Depois das Passadas com o Rodado do Trator Agrícola - RSP,
RSPP, DS e UMID
4.2.1 Resistência do Solo à Penetração (RSP) Depois das Passadas com
o Trator Agrícola
A Tabela 4 apresenta os resultados da análise da variância para a
variável da resistência do solo à penetração na camada de 0 a 0,05 m de
profundidade para os tratamentos (passadas) analisados, depois das passadas
com o trator agrícola. A ANOVA indica que o número de passadas apresentou
efeito significativo, a 5% de probabilidade.
25
Tabela 4 - Análise de variância para RSP (MPa) na camada de 0 a 0,05 m
de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM F
0
P[F>Fc]
Passada 02 1,807 0,903 6,866 0,0030*
Bloco 02 0,928 0,464 3,527
Passada*Bloco 04 0,611 0,153 1,161 0,3440 ns
Erro 36 4,736 0,132
Total corrigido 44 8,082
CV (%) = 27,31
Média geral: 1,328 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Sendo a resistência do solo à penetração um indicativo do estado de
compactação do solo, pode-se observar na Tabela 5 que apresenta as
comparações médias, submetidas ao teste de Tukey, que as compactações de
médias com uma passada (P1) e com cinco passadas (P5) são
estatisticamente iguais, a 5% de probabilidades.
Tabela 5 - Comparação de médias da RSP na camada de 0 a 0,05 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada
BLOCO/PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 1,1469 1,4320 2,0068 1,5286
B2 1,0849 1,1015 1,4139 1,2001
B3 1,1976 1,1697 1,3985 1,2553
Média 1,1432 a 1,2344 a 1,6064 b
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade.
Na Tabela 6 apresenta-se o resultado da análise da variância para a
variável da resistência do solo à penetração na camada de 0,05 a 010 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola. A ANOVA indica que
o número de passadas apresentou efeito significativo, a 5% de probabilidade.
26
Tabela 6 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,05 a 0,10
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM F
0
P[F>Fc]
Passada 02 2,371 1,185 8,055 0,0013*
Bloco 02 0,560 0,280 1,902
Passada*Bloco 04 1,345 0,336 2,285 0,0791ns
Erro 36 5,298 0,147
Total corrigido 44 9,575
CV (%) = 22,81
Média geral: 1,6822 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Na Tabela 7 são apresentadas as médias da resistência do solo à
penetração na camada de 0,05 a 0,10 m de profundidade, submetidas ao teste
de Tukey. Verifica-se que a compactação do solo com cinco passadas (P5) é
estatisticamente igual à compactação do solo com uma e com dez passadas do
rodado do trator agrícola (P1 e P10), a 5% de significância.
No teste de comparação de médias de Tukey, apresentado na
Tabela 7, observa-se que na camada de 0,05 a 0,10 m de profundidade a RSP
média aumentou conforme se aumentou o número de passadas do rodado do
trator agrícola, corroborando MACHADO et al. (2005) que concluiu que o efeito
do carregamento que o solo sofre pela passagem do pneu do trator é mais
acentuado a partir das camadas de 0,05 a 0,10 m de profundidade, pois neste
local começam a ocorrer as maiores alterações de resistência do solo,
causadas pelo tráfego agrícola.
Tabela 7 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,05 a 0,10 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada
BLOCO/PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 1,2681 2,0342 2,2160 1,8395
B2 1,5523 1,3561 1,9357 1,6147
B3 1,4486 1,5373 1,7916 1,5925
Médias 1,4230 a 1,6425 ab 1,9811 b
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
27
A Tabela 8 apresenta o resultado da análise da variância para os
parâmetros da resistência do solo à penetração na camada de 0,10 a 0,15 m
de profundidade depois das passadas com o trator agrícola. A ANOVA indica
que o número de passadas apresentou efeito significativo, a 5% de
probabilidade.
Tabela 8 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,10 a 0,15
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P[F>Fc]
Passada 02 3,438 1,719 19,137 0,0000*
Bloco 02 0,435 0,218 2,424
Passada*Bloco 04 0,448 0,112 1,247 0,3088ns
Erro 36 3,234 0,090
Total corrigido 44 7,555
CV (%) = 16,89
Média geral: 1,775 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Conforme apresentado na Tabela 9, o fator número de passadas
submetido ao teste de comparação de médias de Tukey, indicou que as
passadas P5 e P10 apresentam RSP médias iguais, a 5% de probabilidade.
Verifica-se, também, que foi na camada de 0,10 a 0,15 m de profundidade com
cinco e dez passadas do rodado do trator agrícola (P5 e P10) que se encontrou
a maior média da resistência mecânica do solo à penetração. Resultado
semelhante foi encontrado por SILVA, REINERT & REICHERT (2000) que
afirmam, em seu trabalho, que nas camadas de 0,075 a 0,175 m de
profundidade, ocorreram os maiores valores de resistência à penetração.
Verifica-se que, nesta camada, com dez passadas do rodado do trator o solo
pode ser considerado compactado, pois, segundo REINERT, REICHERT &
SILVA (2001), CENTURION, CARDOSO & NATALE (2001), ANDREOLLA
(2005) para valores médios inferiores a 2 MPa o solo não é considerado
compactado, pois não apresenta fatores limitantes ao crescimento radicular, no
entanto quando o solo apresenta valores de resistência à penetração superior a
28
2 MPa ele está sujeito a limitações radicular das culturas, e, portanto é
considerado compactado.
Tabela 9 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,10 a 0,15 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada
BLOCO/PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 1,3503 2,0515 2,3194 1,9070
B2 1,4859 1,8227 1,9298 1,7461
B3 1,3800 1,6724 1,9614 1,6713
Médias 1,4054 a 1,8488 b 2,0702 b
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
Na Tabela 10 observa-se que na análise de variância da variável em
estudo da RSP, na camada de 0,15 a 0,20 m de profundidade o fator número
de passadas apresentou efeito significativo, a 5% de probabilidade.
Tabela 10 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,15 a 0,20
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P[F>Fc]
Passada 02 2,231 1,115 7,195 0,0024*
Bloco 02 0,292 0,146 0,942
Passada*Bloco 04 0,611 0,153 0,985 0,4281ns
Erro 36 5,580 0,155
Total corrigido 44 8,714
CV (%) = 23,76
Média geral: 1,657 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Na Tabela 11 apresenta-se o teste de comparação de médias de
Tukey, para o número de passadas, o qual indica que com uma passada (P1)
apresentou médias diferentes a com dez passadas (P10), a 5% de
probabilidade.
29
Tabela 11 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,15 a 0,20 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada
BLOCO/PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 1,2759 1,8555 2,0460 1,7258
B2 1,5849 1,6742 1,8469 1,7020
B3 1,3130 1,4042 1,9156 1,5443
Médias 1,3913 a 1,6446 ab 1,9362 b
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
A Tabela 12 apresenta o resultado da análise de variância para a
variável resistência do solo à penetração na camada de 0,20 a 0,25 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola. A ANOVA indica que
o número de passadas apresentou efeito significativo, a 5% de probabilidade,
na RSP na camada de 0,20 a 0,25 m de profundidade.
Tabela 12 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,20 a 0,25
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P[F>Fc]
Passada 02 2,085 1,042 7,552 0,0018*
Bloco 02 0,551 0,276 1,996
Passada*Bloco 04 0,649 0,162 1,176 0,3377ns
Erro 36 4,969 0,138
Total corrigido 44 8,254
CV (%) = 22,67
Média geral: 1,639 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Pelo teste de Tukey de comparações de médias, apresentado na
Tabela 13, observa-se que a resistência do solo à penetração na camada de
0,20 a 0,25 m de profundidade, depois de uma passada do trator agrícola (P1),
é estatisticamente diferente a dez passadas (P10).
Segundo STOLF (1983), TORMENA & ROLOFF (1996), BEUTLER et
al. (2002), MERCANTE (2003), a resistência mecânica do solo à penetração é
uma medida direta do nível de compactação do solo. Verifica-se que o fator
número de passadas influenciou diretamente o estado de compactação do
30
solo, na profundidade de 0,05 a 0,25 m, corroborando BARBOSA, TAVARES
FILHO & FONSECA (2002) que afirma que a principal causa da compactação
dos solos agrícolas é o trafego de tratores e máquinas, em sua maioria
montados sobre rodados pneumáticos.
Tabela 13 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,20 a 0,25 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada
BLOCO/PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 1,4644 2,0476 1,8584 1,7902
B2 1,3618 1,4869 1,9413 1,5966
B3 1,2554 1,4769 1,8549 1,5291
1,3605 a 1,6705 ab 1,8849 b
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de significância.
No estudo da RSP depois das passadas do trator agrícola nas
camadas de 0,25 a 0,30 m, 0,30 a 0,35 m e 0,35 a 0,40 m de profundidade,
segundo a ANOVA apresentada nas tabelas 14, 16 e 18, o número de
passadas não apresenta efeito significativo, a 5% de probabilidade, isso ocorre,
pois com o aumento da profundidade do solo a RSP diminuiu tendendo a
manter-se uniforme (SILVA, 2000; MACHADO et al., 2005; BONINI, 2006).
Tabela 14 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,25 a 0,30
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P[F>Fc]
Passada 02 0,597 0,299 1,488 0,2393ns
Bloco 02 0,050 0,025 0,124
Passada*Bloco 04 0,687 0,172 0,855 0,4999ns
Erro 36 7,227 0,201
Total corrigido 44 8.562
CV (%) = 30,01
Média geral: 1,493 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
31
Tabela 15 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,25 a 0,30 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada
BLOCO/PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 1,5027 1,6720 1,4397 1,5382
B2 1,3072 1,4761 1,6661 1,4831
B3 1,2304 1,3657 1,7792 1,4584
Médias 1,3468 a 1,5046 a 1,6283 a
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, a 5% de significância.
Tabela 16 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,30 a 0,35
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P[F>Fc]
Passada 02 0,305 0,153 1,732 0,1913ns
Bloco 02 0,188 0,094 1,067
Passada*Bloco 04 0,364 0,091 1,032 0,4039ns
Erro 36 3,174 0,088
Total corrigido 44 4,031
CV (%) = 23,03
Média geral: 1,289 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Tabela 17 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,30 a 0,35 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada
BLOCO/PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 1,2077 1,5986 1,2821 1,3628
B2 1,1095 1,2643 1,2422 1,2053
B3 1,2086 1,2404 1,4476 1,2989
Médias 1,1753 a 1,3678 a 1,3240 a
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, a 5% de significância.
32
Tabela 18 - Análise de variância para a RSP (MPa) na camada de 0,35 a 0,40
m de profundidade, depois das passadas com o trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P[F>Fc]
Passada 02 0,196 0,098 1,155 0,3264ns
Bloco 02 0,044 0,022 0,261
Passada*Bloco 04 0,021 0,005 0,063 0,9924ns
Erro 36 3,051 0,085
Total corrigido 44 3,312
CV (%) = 22,50
Média geral: 1,294 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Tabela 19 - Comparação de médias da RSP na camada de 0,35 a 0,40 m de
profundidade, depois das passadas com o trator agrícola,
segundo bloco e passada
BLOCO/PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 1,2315 1,3564 1,4043 1,3307
B2 1,2186 1,2862 1,3836 1,2961
B3 1,1595 1,3146 1,2881 1,2541
Médias 1,2032 a 1,3191 a 1,3587 a
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, a 5% de significância.
Na Figura 5 apresenta-se o gráfico da resistência média do solo à
penetração após uma, cinco e dez passadas com o rodado do trator agrícola.
Observa-se que, com uma passada (P1) a RSP foi homogênea na
profundidade de 0,05 a 0,30 m, apresentando valores inferiores a P5 e P10,
com cinco e dez passadas (P5 e P10) a RSP foi maior nas camadas de 0,05 a
0,25 m de profundidade, tendendo a diminuir depois destas camadas.
33
1
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9
2
2,1
0
,
0
-
0
,
0
5
0
,
0
5
-
0
,
1
0
0
,
1
0
-
0
,
1
5
0
,
1
5
-
0
,
2
0
0
,
2
0
-
0
,
2
5
0
,
2
5
-
0
,
3
0
0
,
3
0
-
0
,
3
5
0
,
3
5
-
0
,
4
0
P1
P5
P10
Figura 5 - Média da resistência do solo à penetração (RSP) entre os blocos
1, 2 e 3, após uma, cinco e dez passadas do rodado do trator
agrícola.
4.2.2 Resistência do Solo à Pressão da Placa (RSPP) - Depois das
Passadas com o Trator Agrícola
Observam-se, na Tabela 20, os resultados da análise da variância para
as variáveis da resistência do solo à pressão da placa (RSPP), obtidos por
meio de curvas de pré-consolidação, apresentadas no anexo B, para os
tratamentos (passadas) analisados, depois das passadas com o trator agrícola.
A ANOVA indica que o número de passadas apresentou efeito significativo, a
5% de probabilidade, na resistência do solo à pressão da placa.
Tabela 20 - Análise de variância para a RSPP (kPa) – Ponto de pré-
consolidação do solo, depois das passadas com o rodado do
trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P[F>Fc]
Passada 02 44721,555 22360,777 4,296 0,024*
Bloco 02 1562,055 781,027 0,150
Passada*Bloco 04 1365,111 341,277 0,066 0,991ns
Erro 27 140521,500 5204,500
Total corrigido 35 188170,222
CV (%) = 31,40
Média geral: 229,777 Número de observações: 36
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
34
Os testes de comparação de médias de Tukey, apresentado na Tabela
21, indicam que a média da resistência do solo à pressão da placa com uma
passada (P1) é estatisticamente diferente da média da resistência do solo à
pressão da placa com dez passadas (P10), a 5 % de probabilidade.
Tabela 21 - Comparação de médias da RSPP (kPa) – Ponto de
pré-consolidação, depois das passadas com o trator agrícola
BLOCO/PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 190,25 237,75 287,50 238,50
B2 185,25 214,25 268,25 222,58
B3 184,00 238,00 262,75 228,25
Médias 186,50 a 230,00 ab 272,83 b
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
4.2.3 Densidade do Solo (DS) - Depois das Passadas com o Trator
Agrícola
A Tabela 22 apresenta os resultados da análise da variância para a
variável densidade do solo, para os tratamentos (passadas) analisados depois
das passadas com o trator agrícola. A ANOVA indica, no estudo da densidade
do solo, que existe interação significativa entre o número de passadas e os
blocos, a 5% de significância.
Tabela 22 - Análise de variância para a densidade do solo (Mg.m
-3
), depois
das passadas com o trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM F
0
P[F>Fc]
Passada 02 0,068 0,034 35,054 0,0000
Bloco 02 0,009 0,004 4,713
Passada*Bloco 04 0,011 0,002 2,949 0,0383*
Erro 27 0,026 0,000
Total 35 0,116
CV (%) = 2,80
Média geral: 1,118 Número de observações: 36
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
35
Os testes de comparação de médias de Tukey, apresentado na Tabela
23, indicam na linha, para o Bloco 1 (B1) que a densidade do solo média com
uma (P1) e com cinco passadas do rodado do trator agrícola (P5) são
estatisticamente iguais a 5 % de probabilidade. Para o Bloco 2 (B2) e Bloco 3
(B3) a densidade do solo entre cinco passadas (P1) e dez passadas (P10) são
estatisticamente iguais, a 5% de probabilidade.
Tabela 23 - Comparação de médias para densidade do solo (Mg.m
-3
), depois
das passadas com o trator agrícola
BLOCO\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 1,0575 a 1,0825 a 1,1550 b 1,0983
B2 1,0700 a 1,1800 b 1,1625 b 1,1375
B3 1,0475 a 1,1450 b 1,1650 b 1,1192
Médias 1,0583 1,1358 1,1608
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade.
Com relação à densidade do solo, depois das passadas com rodado do
trator agrícola, observa-se que o fator analisado: número de passadas, teve
influência significativa na densidade do solo em cada bloco. Analisando os
valores médios de densidade não se encontra em nenhuma das parcelas para
os diferentes números de passadas, densidade média do solo superior a
1,45 Mg.m
-3
,
o que, segundo CINTRA, MIELNICZUK & SCOPEL (1983) e
SECCO et al. (2004), seria limitante ao desenvolvimento radicular.
GUIMARÃES, STONE & MOREIRA (2002) encontraram para a cultura do feijão
valores de densidade de 1,2 Mg.m
-3
,
que começam a afetar o desenvolvimento
radicular e a parte aérea do feijão.
Observa-se que, conforme foi aumentando o número de passadas,
aumentou também o valor médio da densidade do solo, demonstrando que o
efeito das passadas do rodado do trator agrícola provocou um aumento da
densidade do solo, semelhante ao apresentado pela resistência do solo à
penetração, corroborando SPERA et al. (2004) que afirmam que à medida que
o solo vai sendo submetido ao uso agrícola, as propriedades físicas sofrem
alterações. As propriedades mais usadas para avaliar a compactação são: a
densidade do solo e a resistência mecânica do solo à penetração. Verifica-se,
36
então, que a densidade do solo sofreu variações induzidas pelo tráfego
agrícola e que não sofreu mudanças significativas por ocasião da colheita.
Resultado semelhante ao encontrado por PEREIRA (1996).
4.2.4 Teor de água no solo (UMID) - Depois das Passadas com o Trator
Agrícola
Na Tabela 24 apresentam-se os resultados da análise da variância
para a variável do teor de água no solo, depois das passadas com o trator
agrícola. A ANOVA indica no estudo do teor de água no solo que existe
interação significativa entre o número de passadas e os blocos, a 5% de
significância.
Tabela 24 - Análise de variância para o teor de água no solo (%), depois das
passadas com trator agrícola
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM F
0
P[F>Fc]
Passada 02 77,111 38,555 4,116 0,0275
Bloco 02 91,514 45,756 4,884
Passada*Bloco 04 213,907 53,477 5,708 0,0018*
Erro 27 252,935 9,368
Total corrigido 35 635,467
CV (%) = 8,74
Média geral: 35,033 Número de observações: 36
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo a 5% de probabilidade;
GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio; Fo: Estatística F
do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Os testes de comparação de médias de Tukey, apresentados na
Tabela 25, indicam nas linhas para o Bloco 1 (B1) e Bloco 2 (B2) que o teor de
água no solo entre P1, P5 e P10, em média, são estatisticamente iguais, a 5 %
de probabilidade. Para o Bloco 3 (B3) observa-se que o teor de água no solo
médio com uma passada (P1) é estatisticamente igual ao teor de água médio
no solo com cinco (P5) e com dez (P10) passadas, a 5% de probabilidade.
37
Tabela 25 - Comparação de médias para o teor de água no solo (%), depois
das passadas com o trator agrícola
BLOCO\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
B1 35,3975 a 31,0650 a 32,9800 a 33,1475
B2 37,3600 a 32,9575 a 34,4000 a 34,9058
B3 37,0750 ab 42,1925 b 31,8725 a 37,0467
Médias 36,6108 35,4050 33,0842
Nota: Para os valores obtidos, letras minúsculas iguais na linha indicam que as médias não
diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade.
4.3 Depois da Colheita - RSP, RSPP, DS e UMID
4.3.1 Resistência do Solo à Penetração (RSP) – Depois da Colheita
Na Tabela 26 apresenta-se a análise de variância da RSP, em que os
fatores em estudo não apresentaram efeito significativo, a 5% de probabilidade.
Tabela 26 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura, num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,0 a 0,05 m de profundidade
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 0,087346 0,43673 0,214 0,8107ns
Erro 1 12 2,454334 0,204528
Cultura 02 0,844841 0,422421 1,560 0,2679ns
Erro 2 08 2,166171 0,270771
Passada*Cultura 04 0,507677 0,126919 0,924 0,4741ns
Erro 3 16 2,196857 0,137304
Total 44 8,257227
CV Passada (%) = 32,92
CV Cultura (%) = 37,88
CV Interação (%) = 26,98
Média geral: 1,3734 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo a 5% de probabilidade;
GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio; Fo: Estatística F
do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
38
Na Tabela 27 apresentam-se as comparações das médias da RSP,
depois da colheita na camada de 0,0 a 0,05 m de profundidade submetida ao
teste F da ANOVA, e verifica-se que não existem diferenças significativas.
Tabela 27 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0 a 0,05 m
de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 1,5338 1,4324 1,6968 1,5543 A
C2 1,4948 1,1599 1,3772 1,3440 A
C3 1,1334 1,3502 1,1844 1,2227 A
Médias 1,3873 a 1,3142 a 1,4195 a
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste F a 5% de significância.
Na Tabela 28 apresenta-se a análise de variância da RSP para a
camada de 0,5 a 0,10 m de profundidade, depois da colheita. Verifica-se que
existe interação significativa entre o tipo de cultura e o tipo de passada, a 5%
de probabilidade, assim, devido à dependência entre os níveis dos fatores em
estudo procedeu-se ao desdobramento desses fatores.
Tabela 28 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,5 a 0,10 m de profundidade
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 0,622997 0,311499 1,760 0,2136ns
Erro 1 12 2,123707 0,176976
Cultura 02 1,462401 0,731200 5,264 0,0348*
Erro 2 08 1,111283 0,138910
Passada*Cultura 04 1,441862 0,360466 3,183 0,0420*
Erro 3 16 1,812135 0,113258
Total 44 8,574385
CV Passada (%) = 23,15
CV Cultura (%) = 20,51
CV Interação (%) = 18,52
Média geral: 1,81702 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo a 5% de probabilidade;
GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio; Fo: Estatística F
do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
39
A Tabela 29 apresenta as comparações das médias da RSP depois da
colheita na camada de 0,05 a 0,10 m de profundidade, submetidas ao teste de
Tukey. Analisando a compactação do solo por meio da resistência à
penetração, fixando a cultura C1, observa-se que as passadas P1, P5 e P10
apresentam compactações médias estatisticamente iguais. Fixando a cultura
C2 têm-se médias estatísticas iguais, a 5% de significância, entre P1 e P5 e,
também, entre as passadas P1 e P10. Na cultura C3 têm-se compactações
médias iguais entre as passadas P1, P5 e P10.
Analisando-se a resistência do solo à penetração para uma passada
do trator agrícola (P1), observa-se que a compactação do solo é igual para as
culturas C1, C2 e C3. Com 5 passadas do rodado do trator (P5) tem-se médias
iguais entre as culturas C2 e C3. Com dez passadas do rodado do trator (P10)
têm-se médias de resistência do solo à penetração estatisticamente iguais para
as culturas C1, C2 e C3.
Tabela 29 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,05 a
0,10 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 1,8980 aA 2,2558 aB 2,0584 aA 2,0707
C2 1,6557 abA 1,2658 aA 2,084 bA 1,6685
C3 1,6733 aA 1,6550 aA 1,8070 aA 1,7118
Médias 1,7424 1,7255 1,9831
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
Para a RSP na camada de 0,10 a 0,15 m de profundidade, depois da
colheita, verifica-se pela ANOVA que existe efeito significativo no fator
passada, conforme dados da Tabela 30, que apresenta a análise de variância.
40
Tabela 30 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,10 a 0,15m de profundidade
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 1,216122 0,608061 7,819 0,0067*
Erro 1 12 0,933228 0,077769
Cultura 02 0,728466 0,364233 2,846 0,1166ns
Erro 2 08 1,023948 0,127994
Passada*Cultura 04 0,267084 0,066771 0,331 0,8528ns
Erro 3 16 3,224390 0,201524
Total 44 7,393238
CV Passada (%) = 14,99
CV Cultura (%) = 19,23
CV Interação (%) = 24,12
Média geral: 1,86088 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Conforme se verifica na Tabela 31, o fator passada foi submetido ao
teste de comparação de médias Tukey, que indicou que as passadas P1 e P5
apresentam RSP médias iguais e que as passadas P1 e P10, também,
apresentam RSP médias iguais, no entanto, as passadas P5 e P10 são, em
média, estatisticamente diferentes, a 5% de significância.
Tabela 31 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,10 a
0,15 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 1,98320 1,912 2,2272 2,0408 A
C2 1,85898 1,584 1,8644 1,7691 A
C3 1,72672 1,4896 2,1018 1,7727 A
Médias 1,85630 ab 1,66186 a 2,064467 b
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
A camada de 0,05 a 0,10 m de profundidade sofreu influência da
cultura e interação, ou seja, cultura e passada juntas, no entanto as camadas
mais afetadas, consideradas pela literatura como realmente compactadas e
que podem apresentar limitações ao crescimento radicular, pois demonstraram
resistência à penetração média superior a 2 MPa, foram as de 0,05 a 0,15 m de
41
profundidade. Esse resultado corrobora SILVA, REINERT & REICHERT (2000)
que afirmam que para um sistema de plantio direto os maiores valores de
resistência à penetração e, portanto, de maior estado de compactação ocorrem
na camada de 0,07 a 0,17 m de profundidade e, para essas profundidades,
verifica-se que o valor médio de resistência do solo à penetração que
determina o solo como compactado ocorreu para a cultura do milho, portanto,
como antes do plantio as camadas consideradas compactadas eram de 0,10 a
0,15 m de profundidade, pode-se determinar que a semeadora-adubadora,
usada na semeadura da cultura do milho, auxiliou na compactação do solo nas
camadas iniciais de 0,05 a 0,10 m de profundidade. Vários trabalhos indicam
aumento no estado de compactação dos solos submetidos ao sistema plantio
direto (HAKANSSON, VOORHEES & RILEY, 1988, SILVA & MIELNICZUK,
1997).
Segundo TORMENA, SILVA & LIBARDI (1998), no plantio direto a
movimentação do solo é restrita à linha de semeadura, mas a ocorrência
sistemática do tráfego causa compactação na camada superficial do solo.
Verifica-se ainda que a camada de 0,10 a 0,15 m de profundidade,
considerada como compactada com dez passadas do rodado do trator agrícola,
apresentou RSP superior a 2 MPa, demonstrando que as culturas não tiveram
influência na descompactação do solo, mantendo o estado de compactação
anterior às culturas.
Na Tabela 32 observa-se que na análise de variância dos fatores em
estudo da RSP, na camada de 0,15 a 0,20 m de profundidade o fator passada
apresentou efeito significativo, a 5% de probabilidade.
42
Tabela 32 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,15 a 0,20 m de profundidade
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 1,114150 0,557075 6,285 0,0136*
Erro 1 12 1,063709 0,088642
Cultura 02 0,421594 0,210797 1,912 0,2096ns
Erro 2 08 0,882207 0,110276
Passada*Cultura 04 0,841027 0,210257 1,185 0,3546ns
Erro 3 16 2,837797 0,177362
Total 44 7,160483
CV Passada (%) = 16,90
CV Cultura (%) = 18,85
CV Interação (%) = 23,91
Média geral: 1,76148 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
O fator passada, submetido ao teste de comparação de médias Tukey,
apresentado na Tabela 33, demonstrou que as passadas P1 e P5 apresentam
compactações médias estatisticamente iguais, assim como as passadas P5 e
P10, no entanto as passadas P1 e P10 apresentaram médias estatisticamente
diferentes, a 5% de significância. De acordo com ALVES & SUZUKI (2004),
como no sistema plantio direto não ocorre revolvimento do solo, ocorre a
formação de camadas compactadas na profundidade de 0,07 a 0,15 m. Desse
modo, ocorrem pontos de maior RSP. No sistema convencional, a maior
resistência ocorre na camada de 0,10 a 0,40 m de profundidade. BEUTLER et
al. (2001) relataram que o tráfego acentuado de máquinas e implementos
pesados sobre o solo pode provocar compactação superficial do solo na
profundidade de 0,15 a 0,20 m.
43
Tabela 33 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,15 a
0,20 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 1,55582 1,87180 2,0644 1,8307 A
C2 1,56780 1,68740 1,6186 1,6246 A
C3 1,66500 1,58604 2,2364 1,8292 A
Médias 1,5962 a 1,7150 ab 1,9731 b
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
Na Tabela 34 tem-se uma análise de variância da RSP na camada de
0,20 a 0,25 m de profundidade, depois da colheita, em que se observa que o
fator passada possui efeito significativo, a 5% de probabilidade.
Tabela 34 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,20 a 0,25 m de profundidade
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 2,429015 1,214508 10,762 0,0021*
Erro 1 12 1,354177 0,112848
Cultura 02 0,344061 0,172031 0,608 0,5676ns
Erro 2 08 2,262454 0,282807
Passada*Cultura 04 0,950016 0,237504 1,328 0,3021ns
Erro 3 16 2,860963 0,178810
Total 44 10,200686
CV Passada (%) = 20,52
CV Cultura (%) = 32,48
CV Interação (%) = 25,83
Média geral: 1,63712 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Quando o fator passada foi submetido ao teste de comparação de
médias de Tukey, (Tabela 35), demonstrou que, estatisticamente, as passadas
P1 e P5 apresentam compactações médias iguais e ambas apresentam médias
estatisticamente diferentes da passada P10.
44
Tabela 35 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,20 a
0,25 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 1,80088 1,5906 1,8563 1,7493 A
C2 1,5024 1,4670 1,9002 1,6232 A
C3 1,2702 1,2118 2,1257 1,5359 A
Médias 1,5245 a 1,4231 a 1,9607 b
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
Na camada de 0,25 a 0,30 m de profundidade, depois da colheita,
observa-se na ANOVA, apresentada na Tabela 36, que o fator passada
apresentou efeito significativo, na RSP.
Tabela 36 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,25 a 0,30m de profundidade
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 1,165583 0,582791 14,652 0,0006*
Erro 1 12 0,477300 0,039775
Cultura 02 0,462869 0,231434 1,956 0,2035ns
Erro 2 08 0,946652 0,118331
Passada*Cultura 04 0,653571 0,163393 2,011 0,1413ns
Erro 3 16 1,299817 0,081239
Total 44 5,005791
CV Passada (%) = 14,12
CV Cultura (%) = 24,36
CV Interação (%) = 20,18
Média geral: 1,41240 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Quando o fator passada é submetido ao teste de comparação de
médias de Tukey, observa-se que as passadas P1 e P5 apresentam
compactações médias estatisticamente iguais, no entanto, essas médias são
diferentes da passada P10, conforme se verifica na Tabela 37.
45
Tabela 37 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,25 a
0,30 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 1,3822 1,4032 1,4636 1,4163 A
C2 1,3570 1,5424 1,7044 1,5346 A
C3 1,0198 1,1086 1,7304 1,2863 A
Médias 1,2530 a 1,3514 a 1,6328 b
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
No estudo da RSP, depois da colheita, nas camadas de 0,30 a 0,35 e
0,35 a 0,40 m de profundidade, segundo a ANOVA apresentada nas Tabelas
38 a 41, nenhum dos fatores que determinam a RSP apresentaram efeito
significativo, a 5% de probabilidade.
Tabela 38 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,30 a 0,35 m de profundidade
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 0,322188 0,161094 1,227 0,3251ns
Erro 1 13 1,707153 0,131319
Cultura 02 0,434609 0,217304 1,496 0,2806ns
Erro 2 08 1,162246 0,145281
Passada*Cultura 04 1,610580 0,402645 3,024 0,0516ns
Erro 3 15 1,997384 0,133159
Total 44 7,234159
CV Passada (%) = 24,59
CV Cultura (%) = 25,87
CV Interação (%) = 24,77
Média geral: 1,47340 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
46
Tabela 39 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,30 a
0,35 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 Médias
C1 1,35336 1,4084 1,4974 1,4197 A
C2 1,706 1,7206 1,4072 1,6113 A
C3 1,04582 1,29966 1,8222 1,3892 A
Médias 1,3684 a 1,4762 a 1,5756 a
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste F, a 5% de significância.
Depois da colheita das culturas, pode-se afirmar que o principal fator
que influenciou na resistência mecânica à penetração foi o fator número de
passadas do trator agrícola nas camadas de 0,10 a 0,15 m, 0,15 a 0,20 m, 0,20
a 0,25 m e 0,25 a 0,30 m de profundidade. A resistência mecânica do solo à
penetração mostrou-se mais intensa na profundidade de 0,10 a 0,30 m,
corroborando MACHADO et al. (2005) que, em estudo avaliando a influência do
pneu do trator na resistência do solo à penetração, concluíram que a região do
solo que sofre maior adensamento, quando submetida ao rodado de um trator
agrícola, encontra-se na faixa de 0,10 m a 0,30 m de profundidade.
Tabela 40 - Análise de variância para a RSP (MPa), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita, na camada de 0,35 a 0,40 m de profundidade
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 0,108904 0,054452 1,095 0,3657ns
Erro 1 12 0,596583 0,049715
Cultura 02 0,181702 0,090851 0,948 0,4270ns
Erro 2 08 0,766357 0,095795
Passada*Cultura 04 0,901435 0,225359 2,508 0,0831ns
Erro 3 16 1,437551 0,089847
Total 44 3,992533
CV Passada (%) = 16,16
CV Cultura (%) = 22,44
CV Interação (%) = 21,73
Média geral: 1,37945 Número de observações: 45
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
47
Tabela 41 - Comparação de médias da RSP (MPa) na camada de 0,35 a
0,40 m de profundidade, depois da colheita, segundo cultura e
passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 1,17936 1,4994 1,5942 1,4243 A
C2 1,58574 1,4882 1,1994 1,4244 A
C3 1,17076 1,2958 1,4022 1,2896 A
Médias 1,3120 a 1,4278 a 1,3986 a
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste F, a 5% de significância.
Os apresentados acima evidenciam que as pressões no solo são
cumulativas ao longo do tempo (tensão de pré-adensamento), tanto por ação
natural quanto por ação do homem, isto é, pela passagem sobre o solo de
máquinas ou implementos agrícolas que acarretam alterações na estrutura do
solo. Verifica-se, também, que as culturas estudadas possuem comportamento
diferente frente à resistência mecânica à penetração, por apresentarem
sistema radicular diferenciado.
4.3.2 Resistência do Solo à Pressão da Placa (RSPP) – Depois da
Colheita
Na Tabela 42 é apresentada a análise de variância para a resistência
do solo à pressão aplicada pela placa - RSPP (kPa) – ponto de
pré-consolidação do solo, depois da colheita, e observa-se que o fator passada
apresentou efeito significativo, a 5 % de probabilidade, já os fatores cultura e
interação não apresentaram este efeito.
48
Tabela 42 - Análise de variância para a RSPP (kPa) – Ponto de pré-
consolidação do solo, tendo como fatores: passada e cultura num
delineamento em faixas, depois da colheita
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fc P[F>Fc]
Passada 02 33993.166667 16996.583333 21.728 0.0004*
Erro 1 09 7040.250000 782.250000
Cultura 02 10138.500000 5069.250000 2.229 0.1889ns
Erro 2 06 13645.944444 2274.324074
Passada*Cultura 04 6609.333333 1652.333333 1.149 0.3804ns
Erro 3 12 17259.555556 1438.296296
Total 35 88686.750000
CV Passada (%) = 15.55
CV Cultura (%) = 26.51
CV Interação (%) = 21.08
Média geral:
179.916
6667 Número de observações: 36
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Na Tabela 43 apresenta-se a comparação de médias feita pelo teste de
Tukey, que a resistência do solo à pressão da placa apresentada por P1 (uma
passada do trator agrícola) é estatisticamente igual à RSPP apresentada por
P5 (cinco passadas do trator agrícola), a 5% de significância, no entanto,
ambas diferem de P10 (dez passadas). Confirmando que a compactação do
solo pode ocorrer pela reação às pressões e cargas impostas pelas máquinas
agrícolas.
De acordo com SILVA (2000), a compactação do solo é resultante do
somatório de vários fatores relativos às máquinas agrícolas, como: tipo, largura
e pressão de inflação dos pneus, massa e carga por eixo. Corroborando ainda
DURUOHA (2000), que afirma que a movimentação constante de máquinas e
caminhões sobre as áreas cultivadas são os fatores mais importantes na
compactação do solo. A pressão exercida sobre a superfície do terreno pelo
peso da máquina dá origem a uma força externa que causa uma reorganização
das partículas do solo, que passam a ocupar menor volume, caracterizando o
fenômeno da compactação. O grau ou intensidade da compactação depende
de uma série de fatores, principalmente o tipo de solo, teor de água, peso do
veículo e número de vezes que este se desloca sobre o terreno.
49
Tabela 43 - Comparação de médias da RSPP (kPa) – Ponto de
pré-consolidação, depois da colheita, segundo cultura e passada
CULTURA/PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 157 180 225 187,33 A
C2 125 126 220 157,00 A
C3 162 206 219 195,67 A
Médias 148,00 a 170,67 a 221,33 b
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de significância.
De acordo com o exposto, pode-se afirmar que o número de passadas
com o rodado do trator agrícola influencia na resistência que o solo apresenta à
pressão aplicada pela placa e, conseqüentemente, no seu ponto de
pré-consolidação, sendo este uma medida direta do estado de compactação do
solo.
4.3.3 Densidade do Solo (DS) Depois da Colheita – Penetrômetro
Eletrônico
A Tabela 44 apresenta a análise de variância da densidade do solo
após a colheita das culturas, no dia em que foram coletados os dados da RSP.
Por meio da ANOVA indicou que o fator cultura teve efeito significativo a 5% de
probabilidade.
50
Tabela 44 - Análise de variância para a densidade do solo (Mg.m
-3
), tendo
como fatores: passada e cultura num delineamento em faixas,
depois da colheita – haste
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 0,179106 0,089553 3,513 0,0746ns
Erro 1 09 0,229458 0,025495
Cultura 02 0,467489 0,233744 6,680 0,0298*
Erro 2 06 0,209956 0,034993
Passada*Cultura 04 0,078594 0,019649 0,621 0,6565ns
Erro 3 12 0,379961 0,031663
Total 35 1,544564
CV Passada (%) = 12,96
CV Cultura (%) = 15,18
CV Interação (%) = 14,44
Média geral: 1,231944 Número de observações: 36
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Quando submetidos ao teste de comparação de médias de Tukey
(Tabela 45) observa-se que estatisticamente as densidades médias do solo em
C1 (milho) e C2 (soja) são iguais, mas diferentes de C3 (feijão), a 5% de
probabilidade.
Tabela 45 - Comparação de médias para densidade do solo (Mg.m
-3
), depois
da colheita – haste, segundo cultura e passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 1,3375 1,2550 1,3350 1,3091 B
C2 1,2475 1,2625 1,4375 1,3158 B
C3 0,9550 1,0350 1,2225 1,0708 A
Médias 1,1800 a 1,18416a 1,3316 a
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
4.3.4 Densidade do Solo (DS) Depois da Colheita – Penetrômetro de
Placa
A Tabela 46 apresenta a análise de variância para a densidade do solo,
depois da colheita, no mesmo dia em que foram coletados os dados de
51
resistência do solo à placa. A ANOVA indica que existe interação significativa
entre o número de passadas e os tipos de culturas, a 5% de probabilidade.
Tabela 46 - Análise de variância para a densidade (Mg.m
-3
), tendo como
fatores: passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita – placa
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 03 0,086709 0,028903 7,128 0,0094*
Erro 1 09 0,036496 0,004055
Cultura 02 1,278539 0,639269 33,766 0,0005*
Erro 2 06 0,113594 0,018932
Passada*Cultura 04 0,068732 0,017183 13,140 0,0004*
Erro 3 11 0,014384 0,001308
Total 35 1,598456
CV Passada (%) = 5,82
CV Cultura (%) = 12,58
CV Interação (%) = 3,31
Média geral: 1,09388 Número de observações: 36
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Na Tabela 47 verifica-se que, pelo teste de comparação de médias de
Tukey, a cultura C1 (milho), apresentou densidade média entre as passadas
P1, P5 e P10 estatisticamente iguais. Para a cultura C2 (soja) tem-se uma
densidade média igual entre as passadas P1 e P10, no entanto ambas
diferenciam-se em médias da passada P5.
Para a cultura C3 (feijão) observa-se que a densidade do solo
apresenta médias estatisticamente iguais para as passadas P1 e P5 e difere da
passada P10. Nas passadas P1 e P5 a densidade do solo, em média, é igual
nas culturas C1 e C2 e na passada P10 a densidade do solo é, em média,
diferente nas culturas C1, C2 e C3.
52
Tabela 47 - Comparação de médias para densidade do solo (Mg.m
-3
), depois
da colheita, segundo cultura e passada - placa
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 1,2325 aB 1,2100 aB 1,2175 aB 1,2200
C2 1,2475 cB 1,1125 bB 1,3425 cC 1,2340
C3 0,7900 aA 0,7850 aA 0,9075 bA 0,8280
Médias 1,0900 1,0360 1,1560
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
Em relação à densidade do solo, antes da compactação, depois da
compactação e depois da colheita (haste e placa), verifica-se que os fatores
analisados - número de passadas e tipos de cultura - tiveram influência
significativa na densidade do solo, porém, pela análise dos valores médios de
densidade, não se encontra em nenhuma das parcelas, tanto para os
diferentes números de passadas quanto para as diferentes culturas, densidade
média superior a 1,45 Mg.m
-3
,
o que, segundo CINTRA, MIELNICZUK &
SCOPEL (1983) e SECCO et al. (2004), seria limitante ao desenvolvimento
radicular. GUIMARÃES, STONE & MOREIRA (2002) encontraram para a
cultura do feijão valores de densidade de 1,2 Mg.m
-3
que afetam o
desenvolvimento radicular e a parte aérea do feijão.
No entanto, depois das passadas do rodado do trator agrícola,
observa-se que, conforme foi aumentando o número de passadas aumentou,
também, o valor médio da densidade do solo. Esse aumento manteve-se
depois da colheita, demonstrando que o efeito das passadas do rodado do
trator agrícola provocou um aumento da densidade do solo, semelhante ao
apresentado pela resistência do solo à penetração, corroborando SPERA et al.
(2004) que afirmam que à medida que o solo vai sendo submetido ao uso
agrícola as propriedades físicas sofrem alterações. As propriedades mais
usadas para avaliar a compactação são a densidade do solo e a resistência
mecânica do solo à penetração. Verifica-se, então, que a densidade do solo
sofreu variações induzidas pelo tráfego agrícola e que não sofreu mudanças
significativas por ocasião da colheita. Resultado semelhante ao encontrado por
PEREIRA (1996).
53
4.3.5 Teor de Água no Solo (UMID) Depois da Colheita – Penetrômetro
Eletrônico
Na Tabela 48 apresenta-se a análise de variância do teor de água,
depois da colheita, no dia em que foram coletados os dados da RSP. É
possível observar pela ANOVA que a interação apresenta efeito significativo, a
5% de probabilidade, entre o número de passadas e o tipo de cultura.
Tabela 48 - Análise de variância para o teor de água (%), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita – haste
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 11,987356 5,993678 4,289 0,0492*
Erro 1 09 12,578067 1,397563
Cultura 02 4715,206672 2357,603336 1740,339 0,0000*
Erro 2 06 8,128083 1,354681
Passada*Cultura 04 33,084278 8,271069 3,738 0,0337*
Erro 3 12 26,549700 2,212475
Total 35 4807,534156
CV Passada (%) = 4,79
CV Cultura (%) = 4,72
CV Interação (%) = 6,03
Média geral: 24,679 Número de observações: 36
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
Na Tabela 49 apresenta-se a comparação de médias pelo teste de
Tukey e verifica-se que, para a cultura do milho (C1), tem-se o mesmo teor de
água no solo médio com as passadas P1, P5 e P10. Para a cultura C2 (soja)
tem-se, estatisticamente, o mesmo teor de água no solo médio entre as
passadas P1 e P5, no entanto esse teor de água no solo médio diferencia-se
da passada P10. Para a cultura do feijão (C3), o teor de água no solo médio é
estatisticamente igual entre as passadas P1, P5 e P10.
Fixando as passadas P1 observa-se que o teor de água no solo médio
é diferente para as três culturas (C1, C2 e C3). O mesmo ocorre com
5 passadas (P5), que também apresenta teor de água no solo médio diferente
entre as três culturas. Para a cultura P10 tem-se um teor de água no solo
54
médio estatisticamente igual entre as culturas C1 e C2, no entanto ambos
diferenciam-se da cultura C3.
Tabela 49 - Comparação de médias para teor de água do solo (%), depois da
colheita – haste, segundo cultura e passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 29,54 aB 30,25 aB 30,66 aB 30,15
C2 37,02 bC 35,72 bC 32,65 aB 35,13
C3 9,34 aA 8,48 aA 8,41 aA 8,74
Médias 25,30 24,82 23,91
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância
.
4.3.6 Teor de Água no Solo (UMID) Depois da Colheita – Penetrômetro
de Placa
A análise de variância, apresentada na Tabela 50, indica o teor de
água depois da colheita no dia em que foram coletados os dados da resistência
do solo à placa. A ANOVA demonstra que há efeito significativo, a 5% de
probabilidade, na interação número de passadas e tipo de cultura.
Tabela 50 - Análise de variância para o teor de água (%), tendo como fatores:
passada e cultura num delineamento em faixas, depois da
colheita – placa
FONTE DE VARIAÇÃO GL SQ QM Fo P [F >Fc]
Passada 02 47,975150 23,987575 5,926 0,0228*
Erro 1 09 36,432883 4,048098
Cultura 02 164,466050 82,233025 22,852 0,0016*
Erro 2 06 21,591061 3,598510
Passada*cultura 04 63,257600 15,814400 4,060 0,0262*
Erro 3 12 46,746356 3,895530
Total 35 380,469100
CV Passada (%) = 6,67
CV Cultura (%) = 6,29
CV Interação (%) = 6,54
Média geral: 30,158 Número de observações: 36
Nota: Ns: Não significativo, a 5% de probabilidade; *: Efeito significativo, a 5% de
probabilidade; GL: Grau de liberdade; SQ: Soma ao quadrado; QM: Quadrado médio;
Fo: Estatística F do teste; P [F >Fc]: Nível descritivo; CV: coeficiente de variação.
55
Quando submetidos ao teste de comparação de médias Tukey,
apresentado na Tabela 51, os valores das médias da UMID demonstraram que,
para a cultura do milho (C1), tem-se as mesmas médias para os teores de
água no solo entre as passadas P1, P5 e P10. Na análise da cultura da soja
(C2), observa-se que o teor de água no solo médio na passada P1 é
estatisticamente igual ao teor de água no solo médio nas passadas P5 e P10,
entretanto, nas passadas P5 e P10 os teores de água do solo médio são
diferentes entre si. Na cultura do feijão (C3), observa-se que o teor de água no
solo médio na passada P10 é estatisticamente igual aos obtidos nas passadas
P1 e P5, porém entre as passadas P1 e P5 os teores de água do solo médio
diferem, estatisticamente, entre si.
Pela análise das passadas, verifica-se que na passada P1 tem-se um
teor de água no solo médio igual entre as culturas de soja (C2) e feijão (C3),
porém ambas são diferentes do teor de água no solo médio encontrado na
cultura do milho (C1). Para a passada P5 observa-se que o teor de água no
solo médio encontrado na cultura C1 é estatisticamente igual ao encontrado na
cultura C3. Para a passada P10 observa-se que as culturas C2 e C3
apresentam médias de teores de água no solo estatisticamente iguais.
Tabela 51 - Comparação de médias para teor de água do solo (%), depois da
colheita – placa, segundo cultura e passada
CULTURA\PASSADA P1 P5 P10 MÉDIAS
C1 29,01 aA 28,31 aA 25,87 aA 27,73
C2 33,19 abB 34,91 bB 30,70 aB 32,93
C3 32,48bAB 27,31 aA 29,63 abB 29,81
Médias 31,56 30,18 28,73
Nota: Para os valores obtidos, letras maiúsculas iguais na coluna e minúsculas iguais na linha
indicam que as médias não diferem entre si, pelo teste Tukey, a 5% de significância.
Verifica-se que, depois da colheita - haste, para a cultura C3 (feijão)
tem-se o menor teor de água no solo médio, ou seja, o solo no seu estado mais
seco. Analisando-se o teor de água, paralelamente à densidade do solo, para
determinar o nível de compactação do solo, observa-se que foi justamente
depois da colheita - haste, para a cultura C3 (feijão), que o solo apresentou
menor densidade. Conforme SECCO (2003), a densidade do solo é uma
56
medida direta do estado de compactação do solo e, segundo PRIMAVESI
(1990), quanto mais compactado é o solo maior será sua densidade. Os dados
obtidos neste estudo corroboram os trabalhos de SWAN, MONCRIEF &
VOOHEES (1987) e ASHBURNER & SIMS (1984), que afirmam que quanto
menor o teor de água presente no solo menor será sua deformação.
57
5 CONCLUSÕES
Os resultados obtidos nesta pesquisa permitem concluir que:
O estado de compactação do solo, determinado por meio da
resistência mecânica do solo à penetração e da densidade do solo, aumentou
com o aumento do número de passadas do rodado do trator agrícola;
A maior resistência do solo à penetração ocorreu nas camadas de
0,05 a 0,20 m de profundidade, depois das passadas com o rodado do trator
agrícola. Nas camadas de 0,0 a 0,10 m e 0,15 a 0,25 m de profundidade, a
resistência à penetração do solo provocada por uma passada com o rodado do
trator agrícola é estatisticamente igual à provocada por cinco passadas e a
resistência à penetração provocada por cinco passadas é estatisticamente
igual à provocada com dez passadas do rodado do trator agrícola;
Após a colheita das culturas, o fator passada continuou influenciando
na resistência do solo à penetração nas camadas de 0,05 a 0,30 m de
profundidade. O fator cultura influenciou na resistência do solo à penetração
somente na camada de 0,05 a 0,10 m de profundidade;
O solo foi considerado como compactado após dez passadas com o
rodado do trator agrícola na camada de 0,10 a 0,20 m de profundidade,
mantendo-se compactado depois da colheita das cultivares.
O fator passada influenciou no estado de compactação do solo, depois
das passadas com o rodado do trator agrícola, quando determinado por meio
da resistência que o solo apresentou à placa, medida pelo ponto de
pré-consolidação do solo.
Na resistência do solo à placa, o ponto de pré-consolidação aumentou
de acordo com o aumento do número de passadas do rodado do trator
agrícola. Esse ponto é mais acentuado para dez passadas do rodado do trator
agrícola, no entanto, o tempo entre a semeadura e a colheita das culturas
58
reduziu o ponto de pré-consolidação e, conseqüentemente, o nível de
compactação do solo.
Depois das passadas com o rodado do trator agrícola, a densidade do
solo é estatisticamente igual para as culturas da soja e do feijão. A densidade
do solo com cinco e dez passadas do rodado do trator agrícola também é igual.
Teores de água no solo acima de 35% deixam o solo mais suscetível à
compactação.
59
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ANEXOS
67
ANEXO A - RESISTÊNCIA DO SOLO À PENETRAÇÃO – RSP (MPa),
RESISTÊNCIA DO SOLO À PRESSÃO DA PLACA – RSPP
(kPa), DENSIDADE DO SOLO – DS (Mg.m
-3
) E TEOR DE ÁGUA
NO SOLO – UMID (%) - ANTES DAS PASSADAS COM O
RODADO DO TRATOR
Resistência do solo à penetração – RSP (MPa), Resistência do solo à pressão
da placa – RSPP (kPa), Densidade do solo – DS (Mg.m
-3
) e Teor de água no
solo – UMID (%) - Tratamento 1 – Antes das passadas com o rodado do trator
Variáveis n Média Desv. Pad. Variância Coef. Var
RSP 0 - 0,05 5 1,469 0,370 0,137 25,226
RSP 0,05 - 0,10 5 1,127 0,313 0,098 27,822
RSP 0,10 - 0,15 5 1,350 0,306 0,094 22,709
RSP 0,15 - 0,20 5 1,249 0,413 0,171 33,072
RSP 0,20 - 0,25 5 1,308 0,230 0,053 17,582
RSP 0,25 - 0,30 5 1,097 0,247 0,061 22,502
RSP 0,30 - 0,35 5 0,977 0,123 0,015 12,548
RSP 0,35 - 0,40 5 1,142 0,186 0,035 16,328
RSPP 4 152,000 52,580 2764,667 34,592
DENSIDADE 4 1,045 0,034 0,001 3,269
UMIDADE 4 27,550 1,067 1,139 3,873
Resistência do solo à penetração – RSP (MPa), Resistência do solo à pressão
da placa – RSPP (kPa), Densidade do solo – DS (Mg.m
-3
) e Teor de água no
solo – UMID (%) - Tratamento 2 – Antes das passadas com o rodado do trator
Variáveis n Média Desv. Pad. Variância Coef. Var
RSP 0 - 0,05 5 1,302 0,259 0,067 19,893
RSP 0,05 - 0,10 5 0,921 0,318 0,101 34,479
RSP 0,10 - 0,15 5 1,287 0,447 0,199 34,708
RSP 0,15 - 0,20 5 1,212 0,590 0,348 48,682
RSP 0,20 - 0,25 5 1,436 0,695 0,482 48,371
RSP 0,25 - 0,30 5 1,239 0,525 0,276 42,391
RSP 0,30 - 0,35 5 1,240 0,376 0,141 30,313
RSP 0,35 - 0,40 5 1,154 0,381 0,145 33,035
RSPP 4 164,500 60,830 3700,333 36,979
DENSIDADE 4 1,005 0,039 0,001 3,854
UMIDADE 4 27,710 2,046 4,188 7,385
68
Resistência do solo à penetração – RSP (MPa), Resistência do solo à pressão
da placa – RSPP (kPa), Densidade do solo – DS (Mg.m
-3
) e Teor de água no
solo – UMID (%) - Tratamento 3 – Antes das passadas com o rodado do trator
Variáveis n Média Desv. Pad. Variância Coef. Var
RSP 0 - 0,05 5 0,799 0,315 0,099 39,398
RSP 0,05 - 0,10 5 1,069 0,129 0,017 12,062
RSP 0,10 - 0,15 5 1,388 0,424 0,180 30,593
RSP 0,15 - 0,20 5 1,374 0,284 0,081 20,691
RSP 0,20 - 0,25 5 1,188 0,241 0,058 20,262
RSP 0,25 - 0,30 5 1,098 0,185 0,034 16,833
RSP 0,30 - 0,35 5 0,984 0,205 0,042 20,813
RSP 0,35 - 0,40 5 0,963 0,448 0,201 46,531
RSPP 4 160,250 44,463 1976,917 27,746
DENSIDADE 4 1,080 0,014 0,000 1,309
UMIDADE 4 25,433 2,384 5,685 9,376
Resistência do solo à penetração – RSP (MPa), Resistência do solo à pressão
da placa – RSPP (kPa), Densidade do solo – DS (Mg.m
-3
) e Teor de água no
solo – UMID (%) - Tratamento 4 – Antes das passadas com o rodado do trator
Variáveis n Média Desv. Pad. Variância Coef. Var
RSP 0 - 0,05 5 1,213 0,267 0,071 21,981
RSP 0,05 - 0,10 5 1,133 0,549 0,301 48,462
RSP 0,10 - 0,15 5 1,028 0,378 0,143 36,751
RSP 0,15 - 0,20 5 1,023 0,357 0,128 34,933
RSP 0,20 - 0,25 5 1,080 0,165 0,027 15,273
RSP 0,25 - 0,30 5 1,184 0,133 0,018 11,257
RSP 0,30 - 0,35 5 0,950 0,353 0,125 37,166
RSP 0,35 - 0,40 5 1,072 0,551 0,303 51,374
RSPP 4 167,250 48,197 2322,917 28,817
DENSIDADE 4 1,030 0,043 0,002 4,195
UMIDADE 4 23,978 0,527 0,277 2,197
69
Resistência do solo à penetração – RSP (MPa), Resistência do solo à pressão
da placa – RSPP (kPa), Densidade do solo – DS (Mg.m
-3
) e Teor de água no
solo – UMID (%) - Tratamento 5 – Antes das passadas com o rodado do trator
Variáveis n Média Desv. Pad. Variância Coef. Var
RSP 0 - 0,05 5 1,247 0,104 0,011 8,340
RSP 0,05 - 0,10 5 1,514 0,281 0,079 18,534
RSP 0,10 - 0,15 5 1,457 0,356 0,126 24,407
RSP 0,15 - 0,20 5 1,494 0,597 0,357 39,959
RSP 0,20 - 0,25 5 1,417 0,577 0,333 40,708
RSP 0,25 - 0,30 5 1,342 0,524 0,275 39,093
RSP 0,30 - 0,35 5 0,875 0,491 0,241 56,088
RSP 0,35 - 0,40 5 0,930 0,113 0,013 12,133
RSPP 4 169,500 13,988 195,667 8,253
DENSIDADE 4 0,948 0,041 0,002 4,341
UMIDADE 4 28,035 0,454 0,206 1,620
Resistência do solo à penetração – RSP (MPa), Resistência do solo à pressão
da placa – RSPP (kPa), Densidade do solo – DS (Mg.m
-3
) e Teor de água no
solo – UMID (%) - Tratamento 6 – Antes das passadas com o rodado do trator
Variáveis n Média Desv. Pad. Variância Coef. Var
RSP 0 - 0,05 5 1,478 0,293 0,086 19,812
RSP 0,05 - 0,10 5 1,456 0,244 0,059 16,745
RSP 0,10 - 0,15 5 1,715 0,474 0,225 27,656
RSP 0,15 - 0,20 5 1,383 0,163 0,026 11,754
RSP 0,20 - 0,25 5 1,482 0,176 0,031 11,903
RSP 0,25 - 0,30 5 1,117 0,378 0,143 33,795
RSP 0,30 - 0,35 5 1,403 0,259 0,067 18,485
RSP 0,35 - 0,40 5 1,617 0,132 0,017 8,175
RSPP 4 144,250 46,715 2182,250 32,384
DENSIDADE 4 1,050 0,039 0,002 3,729
UMIDADE 4 30,678 5,441 29,603 17,736
70
Resistência do solo à penetração – RSP (MPa), Resistência do solo à pressão
da placa – RSPP (kPa), Densidade do solo – DS (Mg.m
-3
) e Teor de água no
solo – UMID (%) - Tratamento 7 – Antes das passadas com o rodado do trator
Variáveis n Média Desv. Pad. Variância Coef. Var
RSP 0 - 0,05 5 1,739 0,489 0,239 28,135
RSP 0,05 - 0,10 5 1,575 0,587 0,345 37,290
RSP 0,10 - 0,15 5 1,628 0,638 0,407 39,177
RSP 0,15 - 0,20 5 1,777 0,497 0,247 27,942
RSP 0,20 - 0,25 5 1,611 0,535 0,287 33,224
RSP 0,25 - 0,30 5 1,745 0,737 0,543 42,233
RSP 0,30 - 0,35 5 1,255 0,552 0,305 44,002
RSP 0,35 - 0,40 5 1,223 0,371 0,138 30,351
RSPP 4 165,250 45,988 2114,917 27,829
DENSIDADE 4 1,123 0,013 0,000 1,121
UMIDADE 4 28,730 1,739 3,024 6,053
Resistência do solo à penetração – RSP (MPa), Resistência do solo à pressão
da placa – RSPP (kPa), Densidade do solo – DS (Mg.m
-3
) e Teor de água no
solo – UMID (%) - Tratamento 8 – Antes das passadas com o rodado do trator
Variáveis n Média Desv. Pad. Variância Coef. Var
RSP 0 - 0,05 5 1,208 0,533 0,284 44,116
RSP 0,05 - 0,10 5 1,530 0,404 0,163 26,411
RSP 0,10 - 0,15 5 1,673 0,336 0,113 20,103
RSP 0,15 - 0,20 5 1,542 0,303 0,092 19,677
RSP 0,20 - 0,25 5 1,490 0,193 0,037 12,938
RSP 0,25 - 0,30 5 1,564 0,190 0,036 12,128
RSP 0,30 - 0,35 5 1,309 0,408 0,166 31,147
RSP 0,35 - 0,40 5 1,542 0,168 0,028 10,861
RSPP 4 179,500 53,245 2835,000 29,663
DENSIDADE 4 1,025 0,026 0,001 2,581
UMIDADE 4 27,185 1,333 1,776 4,903
71
Resistência do solo à penetração – RSP (MPa), Resistência do solo à pressão
da placa – RSPP (kPa), Densidade do solo – DS (Mg.m
-3
) e Teor de água no
solo – UMID (%) - Tratamento 9 – Antes das passadas com o rodado do trator
Variáveis n Média Desv. Pad. Variância Coef. Var
RSP 0 - 0,05 5 1,068 0,585 0,342 54,778
RSP 0,05 - 0,10 5 1,693 0,308 0,095 18,177
RSP 0,10 - 0,15 5 1,652 0,383 0,146 23,169
RSP 0,15 - 0,20 5 1,298 0,425 0,181 32,752
RSP 0,20 - 0,25 5 1,975 0,349 0,122 17,656
RSP 0,25 - 0,30 5 1,524 0,294 0,086 19,286
RSP 0,30 - 0,35 5 1,876 0,394 0,155 21,016
RSP 0,35 - 0,40 5 1,520 0,617 0,380 40,561
RSPP 4 175,250 18,464 340,917 10,536
DENSIDADE 4 1,093 0,031 0,001 2,834
UMIDADE 4 27,550 1,519 2,307 5,513
72
ANEXO B - CURVAS DE COMPRESSAO DO SOLO PARA DETERMINAR A
RESISTÊNCIA DO SOLO À PRESSÃO DA PLACA – RSPP -
PENETRÔMETRO DE PLACA
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T1 –
Antes passadas.
73
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T2 –
Antes passadas.
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T3 –
Antes passadas.
74
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T4 –
Antes passadas.
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T5 -
Antes passadas.
75
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T6 –
Antes passadas.
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T7 –
Antes passadas.
76
77
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T8 –
Antes passadas.
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T9 –
Antes passadas.
78
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T1 –
Depois das passadas.
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T2–
Depois das passadas.
79
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T3 –
Depois das passadas.
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T4 –
Depois das passadas.
80
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T5–
Depois das passadas.
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T6 –
Depois das passadas.
81
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T7 –
Depois das passadas.
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T8 –
Depois das passadas.
82
Gráficos das curvas de compressão do solo nas quatro repetições para T9 –
Depois das passadas.
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