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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOGICAS
DEPARTAMENTO DE FITOPATOLOGIA
BIOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DO MÍLDIO
(Bremia lactucae) DA ALFACE (Lactuca sativa) EM
VIVEIRO.
PAULO GÓES MESQUITA
BRASÍLIA DF
2008
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Milhares de livros grátis para download.
Trabalho realizado junto ao Departamento de Fitopatologia,
Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília, sob
orientação do Professor Adalberto Corrêa Café Filho, com apoio
financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES).
Banca examinadora:
___________________________________________
Adalberto Corrêa Café Filho, Ph. D.
Professor do Departamento de Fitopatologia
Universidade de Brasília-DF
___________________________________________
Carlos Hidemi Uesugi, Ph. D.
Professor do Departamento de Fitopatologia
Universidade de Brasília-DF
___________________________________________
Ailton Reis, D. Sc.
EMBRAPA Hortaliças, Brasília, DF
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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOGICAS
DEPARTAMENTO DE FITOPATOLOGIA
BIOLOGIA, EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE DO MÍLDIO
(Bremia lactucae) DA ALFACE (Lactuca sativa) EM
VIVEIRO.
PAULO GÓES MESQUITA
Dissertação apresentada ao Departamento de
Fitopatologia, dia 31 de outubro de 2008, no
Instituto de Ciências Biológicas da
Universidade de Brasília, como parte das
exigências para obtenção do grau de
“Magister Scientiae” em Fitopatologia.
BRASÍLIA DF
2008
A toda sociedade brasileira pela oportunidade
Aos meus pais Ana Maria e Alcione
Aos meus irmãos Pedro e Luís
À minha noiva Roberta
DEDICO
iii
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Alcione Lira de Mesquita e Ana Maria Medeiros Góes
Mesquita, pessoas maravilhosas que passaram por muitas dificuldades, mas
sempre foram exemplos de amor, coragem, determinação e luta pelos seus
ideais de vida.
Ao professor Adalberto C. Café Filho, pela orientação, pela amizade e
companheirismo nos momentos difíceis que passei durante o curso.
A todos os professores do Departamento de Fitopatologia da UnB,
especialmente agradeço a
Ailton Reis, Alice Nagata, Carlos Uesugi, Carlos Inácio, Carlos Lopes,
Cláudio Costa, Juvenil Cares, Luiz Blum, Marcos Freitas, Marisa Ferreira,
Marisa Sanchez, Paulo de Tarso, Renato Resende e Zuleide Chaves pelos
ensinamentos.
Aos meus irmãos, Pedro Góes Mesquita e Luís Góes Mesquita, pessoas
que poderei contar a qualquer momento.
À minha noiva, Roberta Gomes Pacheco, pela compreensão e incentivo.
Ao amigo Ciro Courbassier Mancilha, amigo pra toda a vida.
Aos amigos de mestrado e doutorado, em especial: Jaqueline, Leonardo
Lopes, Uéllen, Cristiane, Magno, Silvia, Leonardo Albuquerque, Bruno,
Leandro, Keize, Marcelo, Rafael e Reinaldo.
Aos funcionários do Departamento de Fitopatologia. Especialmente
agradeço a Ribamar, Silene, Camila, Leila, Fábio e Arlindo.
Ao produtor Sr. Mário Ito pela ajuda.
iv
Minha família pelo apoio em mais uma etapa acadêmica.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), pela concessão da bolsa de estudo.
À Universidade de Brasília e toda sociedade Brasileira pela a
oportunidade do mestrado.
v
ÍNDICE GERAL
AGRADECIMENTOS _________________________________________
ÍNDICE GERAL CAPÍTULO I ___________________________________
ÍNDICE DE TABELAS CAPÍTULO I ______________________________
ÍNDICE DE FIGURAS CAPÍTULO I ______________________________
ÍNDICE GERAL CAPÍTULO II __________________________________
ÍNDICE DE TABELAS CAPÍTULO II _____________________________
ÍNDICE DE FIGURAS CAPÍTULO II _____________________________
ANEXOS (CAPÍTULOS I E II) __________________________________
ÍNDICE DE TABELAS ANEXO __________________________________
ÍNDICE DE FIGURAS ANEXO __________________________________
CAPÍTULO I
RESUMO __________________________________________________
ABSTRACT ________________________________________________
INTRODUÇÃO ______________________________________________
Hospedeira _________________________________________________
Patógeno___________________________________________________
O Gênero Bremia_______________________________________
Bremia graminicola Naoumov ________________________
Bremia lactucae Regel _____________________________
Gama de hospedeiros e especificidade _________________________
Morfologia e morfometria de Bremia lactucae Regel _______________
Germinação dos esporângios _____________________________ _____
Dinâmica temporal da doença _________________________________
Sintomatologia ______________________________________________
Período de latência ___________________________________________
MATERIAL E MÉTODOS
Obtenção dos isolados, preparação do inóculo e inoculação_________
Morfologia e morfometria de Bremia lactucae Regel ________________
Período de latência ___________________________________________
Inoculação ____________________________________________
iii
v
vii
viii
ix
x
xii
xv
xv
xvii
2
2
4
4
10
11
11
12
12
13
15
16
17
18
20
21
22
22
vi
Estádio I ______________________________________________
Estádios II, III e IV ______________________________________
Índice de latência _______________________________________
Determinação do Círculo de Hospedeiras Cultivadas do patótipo de B.
lactucae do Núcleo Rural da Vargem Bonita DF ___________________
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Morfologia e morfometria de Bremia lactucae Regel ________________
Período de latência ___________________________________________
Determinação do Círculo de Hospedeiras Cultivadas do patótipo de B.
lactucae do Núcleo Rural da Vargem Bonita DF ___________________
LITERATURA CITADA _______________________________________
23
24
24
25
27
27
29
31
vii
ÍNDICE DE TABELAS CAPÍTULO I
Tabela 1 - Comparação morfológica de Bremia lactucae Regel _______
Tabela 2 - Índice de latência médio das diferentes cultivares da alface em
diferentes estádios de desenvolvimento ______________________
39
40
viii
ÍNDICE DE FIGURAS CAPÍTULO I
Figura 1 - Umidade relativa do ar máxima e mínima (%). Brasília, UnB,
2008 ______________________________________________________
Figura 2 - Temperatura máxima e mínima (
o
C). Brasília, UnB, 2008____
Figura 3 -
Viveiro de mudas de alface, no Núcleo Rural da Vargem
Bonita DF_________________________________________________
Figura 4 - Sintomas e sinais do míldio nas folhas da alface __________
Figura 5 -
Bandeja de 128 células semeada com o cultivar de alface
Tainá para obtenção de inóculo inicial em uma propriedade no Núcleo
Rural da Vargem Bonita DF___________________________________
Figura 6 Estruturas do fungo Bremia lactucae a- Esporangióforo com
ramificação dicotômica; b- Esporangióforo com ramificação tricotômica; c-
esporângios ________________________________________________
Figura 7 Esterigmas e apófises de Bremia lactucae, agente causal do
míldio da alface _____________________________________________
Figura 8 -
Índice de latência dos diferentes cultivares da alface em
diferentes estádios de desenvolvimento _________________________
41
42
43
44
45
46
47
48
ix
CAPÍTULO II
RESUMO __________________________________________________
ABSTRACT ________________________________________________
INTRODUÇÃO______________________________________________
Irrigação ___________________________________________________
Irrigação por aspersão ________________________________________
Sistema float ________________________________________________
Análise espacial e temporal de epidemias ________________________
MATERIAL E TODOS
Sistema de irrigação por aspersão _______________________________
Sistema de irrigação tipo float (floating) ___________________________
Análise espacial e temporal de epidemias _________________________
Curvas de progresso da doença ________________________________
Influência da distância do foco inicial em relação ao foco final na
susceptibilidade da hospedeira _________________________________
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise espacial e temporal de epidemias _________________________
Curvas de progresso da doença ________________________________
Efeito da resistência genética no progresso do míldio da alface _______
Efeito da prática de irrigação no progresso do míldio da alface _______
Influência da distância do foco inicial em relaçã
o ao foco final na
susceptibilidade da hospedeira _________________________________
LITERATURA CITADA _______________________________________
50
50
52
52
52
53
53
56
57
57
59
60
61
62
62
63
64
67
x
ÍNDICE DE TABELAS CAPÍTULO II
Tabela 1 - Variedades utilizadas no experimento____________________
Tabela 2 - Valores obtidos de Z para análise espacial do míldio da alface
no teste Ordinary Runs em sistema de irrigação diurna, noturna e float
___________________________________________________________
Tabela 3 - Valores obtidos de Z para análise espacial do míldio da alface
no teste Doublet em sistema de irrigação diurna, noturna e float.
___________________________________________________________
Tabela 4 -
Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em
oito cultivares no sistema de
irrigação diurna (repetição 1) pelo
coeficiente de determinação ajustado (R*2), obtido da regressão linear
entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável
independente)._______________________________________________
Tabela 5 - Aju
ste de três modelos de progresso ao míldio da alface em
quatro cultivares no sistema de irrigação diurna (repetição 2) pelo
coeficiente de determinação ajustado (R*2), obtido da regressão linear
entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável
independente)._______________________________________________
Tabela 6 -
Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em
quatro cultivares no sistema de irrigação diurna (repetição 3) pelo
coeficiente de determinação ajustado (R*2), obtido da regressão linear
entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável
independente) _______________________________________________
Tabela 7 -
Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em
oito cultivares no sistema de irrigação noturna (repetição 1) pelo
coeficiente de determinação ajustado (R*2
), obtido da regressão linear
entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável
independente) _______________________________________________
Tabela 8 -
Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em
seis cultivares no sistema de irrigação noturna (repetição 2) pelo
coeficiente de determinação ajustado (R*2), obtido da regressão linear
entre os valores previstos (variável dependente) e observados (varvel
independente) _______________________________________________
Tabela 9 -
Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em
quatro cultivares no sistema de irrigação noturna (repetição 3) pelo
coeficiente de determinação ajustado
(R*2), obtido da regressão linear
entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável
independente) _______________________________________________
70
71
72
73
74
75
76
77
78
xi
Tabela 10 - Resumo dos resultados obtidos de três modelos do
progresso do míldio da alface em oito cultivares ___________________
Tabela 11 -
Comparação da resposta dos diferentes tipos de irrigação
quando observado o alcance máximo (cms) de disseminação do
patógeno ___________________________________________________
Tabela 12 -
Comparação da resposta média das cultivares em diferentes
tipos de irrigação quando observada a AACPD ___________________
Tabela 13 -
Comparação da resposta dos diferentes tipos de irrigação
quando observados o total de plantas infectadas __________________
Tabela 14 -
Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em
diferentes cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com
turno de rega diurno (Repetição 1) _______________________________
Tabela 15 -
Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em
diferentes cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com
turno de rega diurno (Repetição 2) _______________________________
Tabela 16 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em
diferentes cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com
turno de rega diurno (Repetição 3) _______________________________
Tabela 17 -
Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em
diferentes cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com
turno de rega noturno (Repetição 1) _____________________________
Tabela 18 -
Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em
diferentes cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com
turno de rega noturno (Repetição 2) _____________________________
Tabela 19 -
Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em
diferentes cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com
turno de rega noturno (Repetição 3) _____________________________
Tabela 20 -
Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em
diferentes cultivares de alface no sistema de irrigação tipo float
(Repetição 1) _______________________________________________
Tabela 21 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em
diferentes cultivares de alface no sistema de irrigação tipo float
(Repetição 2) _______________________________________________
Tabela 22 -
Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em
diferentes cultivares de alface no sistema de irrigação t
ipo float
(Repetição 3) _______________________________________________
79
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
xii
ÍNDICE DE FIGURAS CAPÍTULO II
Figura 1 - bandejas apoiadas em vaso de plástico sobre bancadas de 80
cms de largura, a uma altura de 1,20m em relação à superfície do solo
___________________________________________________________
Figura 2 Sistema de irrigação por aspersão _____________________
Figura 3 - Sistema de irrigação tipo Float _________________________
Figura 4 - Umidade relativa do ar máxima e mínima (%). Brasília, UnB,
2008 ______________________________________________________
Figura 5 - Temperatura máxima e mínima (
o
C). Brasília, UnB, 2008 ___
Figura 6 -
Mapas de distribuição espacial e temporal do míldio da alface
a partir de um foco de inóculo inicial, com inoculação aos 21 DAP em
Brasília, DF, 2007. Cada quadrante representa uma célula da bandeja
com uma planta. Os números
em cada quadrante representam o dia em
que a planta apresentou sinais do patógeno após a inoculação na
irrigação diurna - Repetição 1 __________________________________
Figura 7 -
Mapas de distribuição espacial e temporal do míldio da alface
a partir de u
m foco de inóculo inicial, com inoculação aos 21 DAP em
Brasília, DF, 2007. Cada quadrante representa uma célula da bandeja
com uma planta. Os números em cada quadrante representam o dia em
que a planta apresentou sinais do patógeno após a inoculação na
irrigação noturna - Repetição 1 _________________________________
Figura 8 -
Mapas de distribuição espacial e temporal do míldio da alface
a partir de um foco de inóculo inicial, com inoculação aos 21 DAP em
Brasília, DF, 2007. Cada quadrante representa uma célula da bandeja
com uma planta. Os números em cada quadrante representam o dia em
que a planta apresentou sinais do patógeno após a inoculação nas
irrigações diurna e noturna na Repetição 2 ________________________
Figura 9 - Mapas de distribuição espacial e temporal do míldio da alface
a partir de um foco de inóculo inicial, com inoculação aos 21 DAP em
Brasília, DF, 2007. Cada quadrante representa uma célula da bandeja
com uma planta. Os números em cada quadrante representam o dia em
que a planta apre
sentou sinais do patógeno após a inoculação nas
irrigações diurna e noturna na repetição 3 _________________________
Figura 10 - Mapas de distribuição espacial e temporal do míldio da alface
a partir de um foco de inóculo inicial, com inoculação aos 21 DAP em
92
93
94
95
96
97
98
99
100
xiii
Brasília, DF, 2007. Cada quadrante representa uma célula da bandeja
com uma planta. Os números em cada quadrante representam o dia em
que a planta apresentou sinais do patógeno após a inoculação no
sistema float nas repetições 1, 2 e 3 _____________________________
Figura 11 -
Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz,
na cultivar Tainá infectada pelo míldio em três repetições com irrigação
diurna, Brasília, UnB, 2007/2008 ________________________________
Figura 12 -
Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz,
nas cultivares Vera, Red Frizzly No 2 e Green Frizzly infectadas pelo
míldio. Irrigação diurna, repetição 1
, Brasília, UnB, 2007/2008
___________________________________________________________
Figura 13 -
Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz,
n
as cultivares Grand Rapids TBR, Verônica e Laurel infectadas pelo
míldio. Irrigação diurna, repetição 1
, Brasília, UnB, 2007/2008
___________________________________________________________
Figura 14 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz
na cultivar Elisa infectada pelo míldio em três
repetições com irrigação
diurna, Brasília, UnB, 2007/2008 ________________________________
Figura 15 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz
na cultivar Elisa infectada pelo míldio em três
repetições com irrigação
diurna, Brasília, UnB, 2007/2008 ________________________________
Figura 16 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz,
na cultivar Tainá infectada pelo míldio em três repetições com irrigação
noturna, Brasília, UnB, 2007/2008 _______________________________
Figura 17 -
Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz,
na cultivar Red Frizzly Nº2 infectada pelo míldio em três repetições com
irrigação noturna, Brasília, UnB, 2007/2008 ________________________
Figura 18 -
Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz,
na cultivar Grand Rapids TBR infectada pelo míldio em três repetições
com irrigação noturna, Brasília, UnB, 2007/2008 ____________________
101
102
103
104
105
106
107
108
109
xiv
Figura 19 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz,
na cultivar Elisa infectada pelo míldio em três repetições com irrigação
noturna, Brasília, UnB, 2007/2008 _______________________________
Figura 20 -
Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz
na cultivar Green Frizzly infectada pelo míldio em duas repetições com
irrigação noturna, Brasília, UnB, 2007/2008 _______________________
Figura 21 -
Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz
na cultivar Verônica infectada pelo míldio em três
repetições com
irrigação diurna, Brasília, UnB, 2007/2008 ________________________
Figura 22 -
Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz
na cultivar Laurel infectada pelo míldio em duas repetições com irrigação
noturna, Brasília, UnB, 2007/2008 ______________________________
Figura 23 -
Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio
(DAP) dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz
na cultivar Vera infectada pelo míldio com irrigação noturna, Brasília,
UnB, 2007/2008 _____________________________________________
Figura 24 -
Curvas de progresso do míldio da alface nas diferentes
cultivares quando utilizado o sistema de irrigação por aspersão, no turno
de rega diurno nas repetições 1,2 e 3 ____________________________
Figura 25 -
Curvas de progresso do míldio da alface nas diferentes
cultivares quando utilizado o sistema de irrigação por aspersão, no turno
de rega noturno nas repetições 1,2 e 3 ___________________________
Figura 26 -
Curvas de progresso do míldio da alface nas diferentes
cultivares quando utilizado sistema de irrigação tipo float nas repetições
1,2 e 3 _____________________________________________________
110
111
112
113
114
115
116
117
xv
ANEXOS (CAPÍTULO I E II)
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Comparação do comportamento das diferentes cultivares no
estágio 1, quando observado o período de latência ________________
Tabela 2 - Comparação do comportamento das diferentes cultivares no
estágio 2, quando observado o período de latência ________________
Tabela 3 - Comparação do comportamento das diferentes cultivares no
estágio 3, quando observado o período de latência ________________
Tabela 4 - Comparação do comportamento das diferentes cultivares no
estágio 4, quando observado o período de latência ________________
Tabela 5 -
Comparação do comportamento da cultivar Tainá em
diferentes estágios de desenvolvimento, quando observado o período
de latência ________________________________________________
Tabela 6 -
Comparação do comportamento da cultivar Elisa em
diferentes estágios de desenvolvimento da planta, quando observado o
período de latência _________________________________________
Tabela 7 -
Comparação do comportamento da cultivar Red Frizzly Nº2
em diferentes estágios de desenvolvimento da planta, quando
observado o período de latência _______________________________
Tabela 8 - C
omparação do comportamento da cultivar Grand Rapids
TBR em diferentes estágios de desenvolvimento da planta, quando
observado o período de latência ______________________________
Tabela 9 -
Comparação do comportamento da cultivar Tainá em
diferentes tipos de irrigação quando observadas as AACPD _________
Tabela 10-
Comparação do comportamento da cultivar Red Frizzly Nº2
em diferentes tipos de irrigação quando observadas as AACPD ______
Tabela 11- Comparação do comportamento da cultivar Grand Rapids
TBR em diferentes tipos de irrigação quando observadas as AACPD___
Tabela 12 -
Comparação do comportamento da cultivar Elisa em
diferentes tipos de irrigação quando observadas as AACPD _________
Tabela 13 - Comparação do comportamento da cultivar
Elisa em
diferentes tipos de irrigação quando observadas as AACPD _________
Tabela 14 -
Comparação do comportamento do cultivar Tainá em
diferentes tipos de irrigação quando observados o total de plantas
infectadas ________________________________________________
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
xvi
Tabela 15 - Comparação do comportamento do cultivar Red Frizzly Nº2
em diferentes tipos de irrigação quando observados o total de plantas
infectadas ________________________________________________
Tabela 16 - Comparação do comportamento do cultivar Grand Rapids
TBR em diferentes tipos de irrigação quando observados o total de
plantas infectadas __________________________________________
Tabela 17 -
Comparação do comportamento do cultivar Elisa em
diferentes tipos de irrigação quando observa
dos o total de plantas
infectadas ________________________________________________
Tabela 18 -
Comparação do comportamento dos diferentes tipos de
irrigação quando observados o total de plantas infectadas ___________
Tabela 19 - Comparação do
comportamento do cultivar Tainá em
diferentes tipos de irrigação quando observado o alcance máximo (cms)
de disseminação do patógeno _________________________________
Tabela 20 - Comparação do comportamento do cultivar Red Frizzly Nº2
em diferentes tipos
de irrigação quando observado o alcance máximo
(cms) de disseminação do patógeno ____________________________
Tabela 21 -
Comparação do comportamento do cultivar Grand Rapids
TBR em diferentes tipos de irrigação quando observado o alcance
ximo (cms) de disseminação do patógeno _____________________
Tabela 22 -
Comparação do comportamento do cultivar Elisa em
diferentes tipos de irrigação quando observado o alcance máximo (cms)
de disseminação do patógeno _________________________________
Tabela 23 - Co
mparação do comportamento dos diferentes tipos de
irrigação quando observado o alcance máximo (cms) de disseminação
do patógeno _______________________________________________
133
134
135
136
137
138
139
140
141
xvii
ANEXOS (CAPÍTULO I E II)
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Alface - Green Frizzly_______________________________
Figura 2 - Alface - Red Frizzly Nº2 _____________________________
Figura 3 - Alface - Oak Leaf Green Pixie ________________________
Figura 4 - Alface - Oak Leaf Red Pixie __________________________
Figura 5 - Alface Elisa ______________________________________
Figura 6 - Alface Vera ______________________________________
Figura 7 - Alface Tainá _____________________________________
Figura 8 - Alface Laurel ____________________________________
Figura 9 - Grand Rapids TBR _________________________________
Figura 10 - Verônica ________________________________________
Figura 11 - Chicória - Mariana Gigante __________________________
Figura 12 - Chicória - Radicchio Chioggia Carmem ________________
Figura 13 - Chicória - De Ruffec _______________________________
Figura 14 - Almeirão - Spadona Folhas Verdes ___________________
142
142
143
143
144
144
145
145
146
146
147
147
148
148
1
CAPÍTULO I
Caracterização morfológica, morfométrica e
patogênica e determinação do período de latência do
míldio (Bremia lactucae) em alface (Lactuca sativa)
2
RESUMO
Sintomas e sinais do míldio foram observados e coletados em plantas de
alface (Lactuca sativa) no Distrito Federal. Foi observado o estágio assexual do
patógeno (Bremia lactucae). Descrições detalhadas, com observações
morfológicas e medidas morfométricas de microscopia óptica do estágio
assexual foram realizadas. A patogenicidade do míldio proveniente do Núcleo
Rural da Vargem Bonita e seu período de latência, em quatro diferentes
estádios de desenvolvimento de cultivares comerciais de alface foram
estudados por inoculação artificial em ensaios realizados na Estação Biológica
da Universidade de Brasília.
Quando observado o “ranking” de suscetibilidade das cultivares nos
quatro diferentes estádios de desenvolvimento para o período de latência,
observou-se diferentes níveis de resistência entre as cultivares. Além disso,
observou-se que a resistência parece aumentar com o desenvolvimento
fenológico do hospedeiro. O “ranking” relativo das cultivares não foi afetado
pelo estádio de desenvolvimento.
ABSTRACT
Symptoms and signs of downy mildew were observed and collected in
lettuce plants (Lactuca sativa) in Distrito Federal, Brazil. Only the asexual stage
of the pathogen (Bremia lactucae) was observed. Detailed descriptions,
including fungal morphology and morphometrics were performed with light
microscopy. The pathogenicity of downy mildew, collected in Núcleo Rural da
Vargem Bonita, as well as it latent period in four phenological stages of lettuce
3
commercial cultivars were studied by artificial inoculation in experiments
conducted at Biological Station of University of Brasilia - UnB.
Latent period was useful to separate cultivars by resistance level. In
addition, results indicated that genetic resistance to downy mildew in lettuce
seems to increase with plant development. The relative ranking of susceptibility
among cultivars remained constant in all four phenological stages.
4
INTRODUÇÃO
Hospedeira
Lactuca é um abundante gênero da família Asteraceae com mais de cem
espécies (Ryder e Whitaker, 1976). A alface (Lactuca sativa L.) é uma das mais
importantes hortaliças cultivadas no mundo. Também está classificada entre as
mais importantes hortaliças no Brasil, tanto em volume como valor
comercializado, apresentando ótima aceitação pelo consumidor (Silva et al.,
1995). Com uma produção nacional de aproximadamente 321.000 toneladas /
ano (IBGE, 1996), e uma aquisição alimentar domiciliar per capita anual de
1,006 kg (IBGE, 2003), sendo que a produção comercializada somente na
CEAGESP SP em 2007 correspondeu a 21.587 toneladas com preço médio
de 1,71 R$/kg (AGRIANUAL 2008).
Gerando emprego para mais de 150.000 pessoas e representa um valor
no agronegócio estimado em US$ 2,1 bilhões (IBGE, 2003), o custo médio na
produção da alface (R$/ha) em 2007 emo Paulo foi de R$ 8.847 com uma
receita de R$ 9.878 (AGRIANUAL 2008).
Largamente difundida no Brasil, sendo produzida em todo o território
nacional, a alface é considerada a hortaliça folhosa mais consumida no país.
Apresenta grande aceitação na alimentação humana e constitui-se em uma
boa fonte de vitaminas (A1, B1, B2, B5 e C) e sais minerais (Ca, Fe, Mg, P, K e
Na) (Menezes et al., 2001; Maroto-Borrego, 1986; e Camargo,1992).
A planta é originária da Ásia e ao redor do ano 4.500 a.C. já era
conhecida no antigo Egito, chegando ao Brasil no século XVI, por meio dos
5
portugueses. Pertence à família Asteraceae, subfamília Cichorioideae, da tribo
Lactuceae e espécie Lactuca sativa L. (Ryder, 1999).
A alface é uma espécie de hortaliça tamm muito atrativa aos
horticultores, porque possui ciclo curto e alta produtividade, além de ser
cultivada durante todo o ano, graças à adaptabilidade de suas variedades a
diferentes condições climáticas.
Proveniente de clima temperado, o cultivo em locais de temperatura e
luminosidade elevada gera obstáculos ao seu desenvolvimento, assim
impedindo que expresse todo o seu potencial genético. Entre 21,1 e 26,6 ºC, a
planta floresce e produz sementes, podendo tolerar alguns dias com
temperaturas de 26,6 a 29,4 ºC, desde que as temperaturas noturnas sejam
baixas. Nestas condições, ocorre redução do ciclo da cultura comprometendo a
produção, devido à antecipação da fase produtiva (Setúbal e Silva, 1992).
As variedades de alface foram originadas a partir de formas selvagens
que ainda são encontrados na natureza na Europa e na Ásia Ocidental.
Seleção de cultivares produziu variedades que agora podem ser cultivadas
durante todo o ano em países tropicais e subtropicais, como no Brasil
(Filgueira, 2008).
A alface é uma planta herbácea de caule carnoso e esverdeado; folhas
simples, flores amareladas, em capítulo, presa em um pequeno caule. Possui
propriedades medicinais como: calamante, sonífero, refrigerante, emoliente e
laxante. As cultivares comercialmente mais utilizadas estão assim divididas,
segundo Filgueira (2008):
6
a) Tipo Repolhuda-Crespa (Americana)
As folhas são caracteristicamente crespas, bem consistentes com
nervuras destacadas, formando uma cabeça compacta. A cultivar típica é a
tradicional Great Lakes, da qual há várias seleções. No Distrito Federal a duas
cultivares mais utilizadas pelos produtores locais, ´Tai` e ´Lucy Brown`.
b) Tipo Repolhuda-Manteiga:
Nesta categoria, as folhas são bem lisas, muito delicadas, de coloração
verde-amarelada e aspecto amanteigado, formando uma típica cabeça
compacta. A cultivar típica é a tradicional White Boston, porém foi substituída
por outras cultivares, como ´Brasil 303` e ´Carolina AG-576`.
c) Tipo Solta Lisa
As folhas são macias, lisas e soltas, não havendo formação de cabeça.
A cultivar tradicional é a Babá de Verão. Atualmente, há diversas cultivares,
como ´Elisa`, ´Monalisa`, ´Luisa` e ´Regina`.
d) Tipo Solta Crespa
As folhas são bem consistentes, crespas e soltas, não formando cabeça.
A cultivar típica é a ´Grand Rapids TBR`, porém há cultivares exemplificando-
se com: ´Red Frizzly Nº2`, ´Green Frizzly`, ´Laurel` (crespa repolhuda),
´Verônica`, ´Vera`, ´Vanessa`, ´Marisa` e ´Solaris`.
7
e) Tipo Mimosa
As folhas são delicadas e com aspecto “arrepiado”. Exemplos são as
cultivares ´Oak Leaf Green Pixie`, ´Oak Leaf Red Pixie`, ´Salad Brown` e
´Greenbowl`.
f) Tipo Romana
Grupo de reduzida importância econômica, por sua pequena aceitação
no mercado brasileiro. As folhas são alongadas e consistentes, com nervuras
protuberantes, formando cabeças fofas. Sua cultivar tradicional é a ´Romana`
´Branca de Paris` e ´Romana Balão`.
Nos anos 80, o padrão da alface consumida no Brasil era do tipo lisa,
porém a alface lisa vem sendo gradativamente substituída por outras e
atualmente, o cultivo de alface lisa corresponde a menos de 20% do mercado.
A alface crespa tem maior adaptabilidade para o cultivo de verão, em contraste
com o tipo lisa, devido principalmente ao pendoamento lento (Costa & Sala,
2005).
A alface está sujeita à ocorrência de diversas doenças.
Aproximadamente 75 doenças de origem biótica já foram registradas incidindo
sobre a cultura em todo mundo (Lopes & Quezado-Duval, 1998). Entre as
principais doenças de ocorrência no Brasil estão assim definidas, segundo
Pavan et al., (2005):
Viroses
Mosaico (Lettuce mosaic vírus LMV) causadores de amarelecimento
foliar, clareamento das nervuras, má formação e distorção da cabeça, podendo
8
até levar à morte da planta dependendo da agressividade do isolado e da
cultivares de alface;
Vira-cabeça (Tospovirus) doença que pode causar manchas necróticas e
bronzeamento de folhas internas e das nervuras, presença de anéis necróticos
e cloróticos e paralisação generalizada do crescimento da planta.
Bacterioses
Mancha bacteriana (Pseudomonas cichorii), doença limitante para o
plantio da alface, causa manchas necróticas isoladas no centro ou no bordos
do limbo foliar, podendo também atingir extensas áreas da nervura central. No
início as lesões apresentam encharcamento e coloração escura, passando,
depois, à cor parda a preta, com a seca dos tecidos.
Pectobacterium carotovorum (syn.: Erwinia carotovora), doença que
geralmente ocorre em condições de excesso de irrigação e de nutrição
desequilibrada das plantas, principalmente com o excesso de nitrogênio que
favorece o ferimento dos tecidos e a colonização da bactéria. Em condições de
alta umidade e alta temperatura a bactéria causa rápida decomposição aquosa
dos tecidos, devido a ação de enzimas pectolíticas que agem na lamela média
das células.
Nematoses
Meloidogyne spp. Os nematóides do gênero Meloidogyne podem afetar
as plantas de alface provocando a formação de galhas nas raízes. Em geral,
não constitui um fator limitante na cultura. Entretanto, em função do local, pode
se constituir problema.
9
Doenças fúngicas
Mancha de Alternária (Alternaria cichorii) recentemente descrita no Brasil
(Paz Lima et al., 2003), Oídio (Oidium sp.) (Freitas, V. et al. (2003), septoriose
(Septoria lactucae), mancha de cercospora além de damping off e podridão de
raízes (Pythium spp. e Rhizoctonia solani) são doenças de grande importância
no cultiva da alface.
Dentre as doenças fúngicas mais importantes encontra-se o mílidio
(Bremia lactucae). A doença é importante em condições de alta umidade e
temperatura amena a baixa, principalmente quando há cerração e orvalho. O
fungo é muito sensível ao calor e à baixa umidade do ar, uma vez que essas
condições influenciam diretamente na esporulação, germinação e penetração
do mesmo nos tecidos da hospedeira, via abertura estomatal. Os sintomas se
manifestam inicialmente nas folhas mais velhas com áreas cloróticas de
tamanho variável, que mais tarde tornam-se necróticas, de cor parda. Na face
inferior das áreas afetadas, formam-se frutificações do fungo de aspecto
branco, constituídas de esporangióforos e esporângios.
O míldio é uma doença da alface de distribuição mundial e é tido como
um dos piores problemas dessa cultura em casa de vegetação e em campo
(Zambolim et al., 2000; Crute, 1991). A doença é particularmente importante
em condições ambientais de alta umidade e temperatura amena a baixa,
provocando graves prejuízos econômicos aos produtores (Lebeda et al., 2001).
10
Patógeno
O fungo é muito sensível ao calor e à baixa umidade do ar, uma vez que
essas condições influenciam diretamente na esporulação, germinação e
penetração do fungo nos tecidos do hospedeiro, via abertura estomatal (Pavan
et al., 2005).
O Gênero Bremia
O gênero Bremia compreende oomicetos da família Peronosporaceae. A
espécie B. lactucae é um parasita biotrófico que vive nas células vivas do
hospedeiro e que só pode ser cultivado em plantas vivas de alface. A
existência de dois ciclos reprodutivos, sexual e assexual, permitiram vários
estudos genéticos com B. lactucae, que na maioria da sua vida útil é diplóide e
predominantemente heterotálica (Michelmore & Ingram, 1982).
Embora estes organismos exibam um crescimento filamentoso, análises
bioquímicas e filogenéticas o demonstraram que os oomicetos são distintos dos
principais grupos fúngicos e estão mais relacionados com algas marrons
heterocontas no reino Straminipila (Kamoun, 2002; Sogin & Silberman, 1998).
Os oomicetos e fungos patógenos de plantas apresentam semelhantes modos
de parasitismo que sugerem uma evolução convergente (Tyler, 2001). Algumas
características que compreendem a classificação destes organismos no Reino
Straminipila são a produção de esporos assexuais com flagelos heterocontos
(tipo tinsel e chicote), denominados zoósporos, produção de esporos sexuais
chamados oósporos, constituído de parede celular de glucano-celulose, fase
vegetativa diplóide e crista mitocôndrial tubular (Alexopoulos et al., 1996).
11
Os gêneros da família Peronosporaceae são diferenciados de acordo
com o formato dos esporangióforos. O gênero Bremia apresenta
esporangióforos com estrutura delgada, ramificado dicotomicamente com
extremidade em forma de disco contendo esterigmas que suportam os
esporângios.
O gênero inclui duas espécies fitopatogênicas de grande importância
econômica, relatadas em vários paises. Bremia, primariamente, só foi
encontrada parasitando membros da família Asteraceae, no entanto, uma
espécie do mesmo gênero (B. graminicola) é encontrada em gramínea
(Poaceae) Arthraxon spp. Beauv (Crute & Dixon, 1981).
Bremia graminicola Naoumov: Todos os míldios graminícolas têm uma
distribuição principalmente tropical, com o centro de origem localizado na África
Central (Spencer & Dick 2002).
Bremia graminicola (Naoumov, 1913) é a única espécie do gênero que
não é encontrada em plantas da família Asteraceae. Foi colocada no gênero
Bremia, principalmente, devido ao fato dos conidióforos serem ramificados
dicotomicamente e possuírem extremidades infladas que suportam múltiplos
esterigmas onde se encontram os esporângios quase globulares anexados.
Estas características foram consideradas exclusivas para o gênero Bremia.
Recentemente Thines et al. (2006), com o estudo de características
morfológicas baseadas na morfologia dos esporangióforos e de ultra-estrutura,
morfologia dos haustórios, e usando sequenciamento e análise dos nu-LSU
(26s) rDNA de B. graminicola propuseram a remoção desta espécie do gênero
Bremia e a criação de um novo gênero Graminivora para abrigá-la.
12
De acordo com Thines et al. (2006), os esporangióforos de B.
graminicola se diferenciam dos de B. lactucae por apresentarem curvas
proeminentes logo após as ramificações, enquanto que B. lactucae tais curvas
só podem ser observadas no final das ramificações quando estas estão
dilatadas e possuem os esterigmas.
Bremia lactucae Regel: O míldio da alface é causado por um oomiceto
(incertae sedis) muito especializado, patógeno obrigatório, pertencente ao
Reino Straminipila; Filo: Oomicota; Classe: Oomicetes; Ordem:
Peronosporales; F
Como Shaw (1949) indicou, a espécie Bremia lactucae foi usado pela
primeira vez por Regel (1843) para nomear o estádio assexual, enquanto que
oósporo (estádio sexual) foi descrito por Caspary (1855) sob o nome de
Peronospora ganglioniformis. Peronospora ganglioniformis portanto é sinônimo
junior de Bremia lactucae.
amília: Peronosporaceae; Gênero: Bremia; Espécie: B.
lactucae.
Gama de hospedeiros e especificidade
De acordo com Crute e Dixon (1981) mais de duzentas espécies de
Asteraceae de 36 gêneros foram registradas como hospedeiras de Bremia. Os
seguintes gêneros foram relatados como hospedeiros de Bremia: Agoseris
Rafin., Andryala L., Arctium L., (syn. Lappa Scop.), Carduss L. Carlina L.,
Carthamus L., Cichorium L., Cirsium Mill. (syn. Barkhausia Moench.), Creis L.,
(syn. Lagoseris Hoff. & Link), Cynara L., Dendroseris D. don., Dimorphotheca
Moench., Erechtites Rafin., Gaillardia Fougeroux, Helichrysum Mill., Hemistepla
13
Bunge (syn. Saussurea D.C.), Hieraceum L., Inula L., Krigia Schreb., Lactuca
L., Lapsana L. (syn. Lampsana Mill), Launaea Cass., Leontodon L., Mycelis
Cass. (syn. Lactuca L.), Onopordum L., Parthenium L., Prenanthes L. (syn.
Nabalus Cass.), Picris L. (syn. Helminthia Juss.), Senecio L. (syn. Jacobaea
Mill & Cinerária L.), Solidago L., Sonchus L., Taraxacum Weber, Tragopogon
L., Venedium Less.
No Brasil, além da alface, o fungo B. lactucae foi relatado infectando a
alcachofra (Cynara scolymus L.) e duas espécies de plantas daninhas, serralha
lisa (Sonchus oleraceus L.) e serralha de espinho (Sonchus asper L.) (Vieira e
Barreto, 2006). Espécies de Sonchus spp. são as hospedeiras alternativas
mais comuns encontradas no Brasil.
Bremia de alface apresenta tipos patogênicos que variam na sua
capacidade de parasitar diferentes genótipos de L. sativa. Esta variação tem
sido descrita para categorizar patótipos como raças fisiológicas (Crute & Davis,
1977).
Morfologia e morfometria de Bremia lactucae Regel
Esta espécie foi descrita por Regel, 1843, em amostras provenientes da
Europa.
Bremia lactucae produz esporângios em esporangióforos que possuem
de 4 a 6 ramificações dicotômicas, os esporangióforos geralmente medem em
torno de 430-990 x 7-16 μm, terminando em extremidades dilatadas (apófise)
em forma de taça, cada uma contendo 4-5 esterigmas onde os esporângios
14
são formados (Alexopoulos et al., 1996; Vieira & Barreto, 2006). Os
esporangióforos são geralmente longos, brancos, podendo ser de cinza a
marrom quando mais velhos, emergindo no tecido das plantas através dos
estômatos. Bremia lactucae forma um visível emaranhado de esporangióforos
geralmente na parte abaxial da folha, mas também pode aparecer em ambas
superfícies foliares. Os esporangióforos crescem até a maturidade e então os
esporângios são produzidos, todos por volta do mesmo tempo (Agrios, 2005).
A penetração dá-se, após enquistamento e germinação do zoósporo,
através dos estômatos. No parênquima, o fungo desenvolve um micélio
intercelular, que emite haustório globoso e piriforme para o interior das células
do hospedeiro. Através da reprodução assexuada, esporangióforos são
emitidos para fora do hospedeiro através dos estômatos, produzindo
esporângios que serão disseminados pelo vento ou pela água. Estes,
novamente na superfície suscetível do hospedeiro e na presença de água,
liberam zoósporos, que vão dar origem a infecções secundárias. No final da
estação de crescimento, o fungo produz oósporos a partir da fertilização do
oogônio pelo anterídio, os quais serão responsáveis pela sobrevivência do
fungo durante o inverno (Bergamim Filho, 1995). No entanto, de acordo com
Vieira e Barreto (2006), os oósporos de B. lactucae ainda não foram
encontrados no Brasil, o que sugere que hospedeiros “naturais”, como S.
oleraceaus e S. asper (Serralha) são de grande importância para a
sobrevivência e infecção primária de míldio em cultivos de alface.
15
Germinação dos esporângios
Os fatores climáticos são os mais importantes entre os fatores do
ambiente que influenciam as doenças de plantas e seu desenvolvimento
epidêmico. Dentre os fatores microclimáticos, o mais importante deles é o
molhamento foliar, produzido pelo orvalho, nevoeiro, pela chuva e pela
irrigação, necessário tanto para infecção quanto para esporulação (Vale et al.,
2004). Outro fator importante é a temperatura, que influencia a duração do
período de incubação e latência.
Temperatura é um importante fator em todos os processos fisiológicos
afetando o crescimento e o desenvolvimento dos patógenos. Por exemplo,
taxas de crescimento de fungos, quando plotados contra a temperatura,
geralmente seguem uma curva geralmente em forma de sino (Cohen e
Yarwood, 1952).
A germinação dos esporos de B. lactucae requer água livre e ocorre em
temperaturas amenas. Grogan et al. (1955) relataram que a temperatura ótima
está entre 10 e 15 ºC ou, de acordo com Powlesland (1954), de 6 a 11 ºC. Já
Scherm e Van Bruggen (1993) estudaram a influência da temperatura e do
molhamento foliar sobre a infecção em condições controladas e relataram que
a infecção ocorre em temperaturas entre 5 e 20°C, com um mínimo de 4 a 8 h
de molhamento foliar, respectivamente. Su et al. (2004) demonstraram que a
temperatura teve um efeito muito significativo na esporulação de B. lactucae
tendo como máxima esporulação a 15 ºC.
16
Há uma interação significativa entre temperatura e tempo para a
germinação dos esporângios, que é favorecido por longos períodos em
temperatura ótima (Su et al., 2004).
Dinâmica temporal da doença
Bremia lactucae, agente causal doldio da alface tem diversos ciclos
de infecção do patógeno durante um único ciclo de cultivo do hospedeiro.
Doenças que exibem esta característica foram chamadas por Vanderplank
(1963) de doenças de juros compostos. Neste caso, considerando que plantas
doentes (ou lesões) dão origem a novas plantas doentes (ou novas lesões) no
mesmo ciclo da cultura, a velocidade de aumento da doença é proporcional à
própria quantidade de doença a cada instante. Assim, se uma lesão der origem
a 10 lesões, 10 lesões darão origem a 100 e assim por diante (Bergamin Filho,
1995).
Por ser policíclica, a redução do inóculo inicial tem efeito limitado no
desenvolvimento máximo da doença, uma vez que a progressão geométrica de
multiplicação de novas infecções resulta em um rápido aumento da doença em
sua fase crítica (Vale et al., 2004). Neste caso, a adoção de medidas que
reduzem a sua taxa de desenvolvimento é muito mais efetiva.
Teoricamente, a taxa de progresso de epidemias pode ser reduzida pelo
manejo do turno de rega, de forma a não prolongar a duração do molhamento
foliar; pela freqüência de aplicação de fungicidas; e pelo uso de variedades
com resistência horizontal, com maiores períodos de latência, menores taxas
de crescimento de lesões e menor produção de esporos por lesão.
17
Sintomatologia
Plantas em todos os estádios de desenvolvimento são susceptíveis a B.
lactucae. Freqüentemente a observação dos sintomas e sinais ocorrem
concomitantemente. A emersão dos esporangióforos dos estômatos pode ser o
primeiro sinal do patógeno. Geralmente as frutificações estão localizadas na
parte abaxial das folhas maduras, mas tamm podem ocorrer na parte adaxial
e comumente cobrindo completamente os cotilédones e as folhas primárias
(Crute & Dixon, 1981).
A doença pode ser observada desde a fase de mudinhas em bandejas,
em plantas adultas no campo e até na pós-colheita.
Os primeiros sintomas do míldio nas folhas mostram-se em forma de
manchas angulares, amarelo pálido que são delimitadas pelas nervuras
foliares. O tamanho das lesões varia de 0,25 x 0,5 cm a 2 x 4 cm. As primeiras
folhas da planta de alface ou as folhas mais velhas próximo ao solo
normalmente são as primeiras a mostrarem sintomas. Sob condições
favoráveis, a esporulão assexual ocorre de 5 a 14 dias após a infecção,
dependendo da condição do ambiente e da concentração do inóculo (Dickinson
& Crute, 1974). Na parte abaxial da folha, poderá ser observado sinais do
fungo de aspecto cotonoso (branco), uma massa branca de esporangióforos e
esporângios. À medida que a doença se desenvolve, a parte adaxial das folhas
tamm pode apresentar sinais do patógeno. Vlasova e Komarovara (1997)
categorizaram a localização dos sintomas do míldio da alface da seguinte
forma: (1) lesões típicas com esporulações na parte abaxial da folha, (2) lesões
18
difusas em ambos os lados, (3) lesões grandes, (4) lesões necróticas pequenas
e angulares e (5) esporulações abundantes em ambos os lados da folha.
O fungo não só afeta plantas no campo, mas tamm reduz a qualidade
das alfaces, durante o armazenamento e transporte (Koike & Henderson 1997;
Powlesland & Brown 1954; Raid & Datnoff 1990; e Yuen & Lorbeer 1983).
Período de latência
Como a variabilidade genética dos míldios é bastante ampla com vários
relatos de raças e de adaptações de insensibilidade a fungicidas (Bonnier et al.
1994), melhores resultados de controle são alcançados com a combinação de
várias práticas de manejo que reduzam a probabilidade de estabelecimento do
patógeno nas culturas e na redução das taxas de progresso da doença (Yuen
& Lorbeer, 1983).
O período de latência é uma das variáveis epidemiológicas mais
importantes, especialmente em doenças monocíclicas. Voehoeff (1960) fez
uma série de experimentos em incubação de mudas de alface (cv. Proeftuins
Blackpool) com temperatura constante ou com uma pequena variação. Ele
observou os períodos latentes mais curtos (4-7 dias) quando as plantas
inoculadas foram incubadas a 20-22 ºC. O período de latência mais longo (24-
34 dias) foi observado quando as plantas foram mantidas a 6 ºC.
Embora temperaturas variáveis sejam típicas dos ambientes da maioria
dos patógenos de plantas, mesmo assim experimentos com temperaturas
constantes são rotineiramente utilizados para determinar parâmetros
19
epidemiológicos. Vários autores têm questionado a utilidade dos dados que
utilizam temperaturas constantes para prever a evolução e flutuação de pragas
no campo (Hagstrum, & Hagstrum, 1970 e Woner, 1992). Não foram
encontrados na literatura relatos de período de latência de B. lactucae em
condições normais de cultivo no Brasil.
O objetivo do capítulo I foi descrever as características morfológicas,
morfométricas e patogênicas de um isolado de B. lactucae do Distrito Federal,
determinar o período de latência em cultlivares comerciais e determinar o
círculo de hospedeiras cultivadas do patótipo de B. lactucae do Núcleo Rural
da Vargem Bonita em condições de telado.
20
MATERIAL E MÉTODOS
O presente estudo foi desenvolvido no Laboratório de Fitopatologia da
UnB, em propriedade no Núcleo Rural da Vargem Bonita, Distrito Federal
(Chácara 19 Sr. Mário Ito), e em telado na Estação Experimental de Ciências
Biológicas da Universidade de Brasília. A Estação Biológica da UnB situa-se na
área urbana do Plano Piloto, às margens do Lago Paranoá na Asa Norte, a
uma latitude de 15°44'5.49" S, longitude de 47°53'0.64" O e altitude de 1004m.
Os ensaios foram conduzidos durante o período de 17 de Julho de 2007 a 10
de Julho de 2008.
O sistema de irrigação foi composto por uma bomba de 3/4 c.v. e uma
linha central com 8 microaspersores por bancada com sistema antigotejo,
distanciados uns dos outros em 0,90 m, raio de ação regulável e, a uma altura
de 50 centímetros das bandejas. Procederam-se irrigações diárias das
plântulas e mudas, durante o período de 2 minutos duas vezes ao dia quando
para determinação do período de latência nos diferentes estágios de
desenvolvimento da hospedeira.
A temperatura e a umidade relativa foram medidas em termohigrógrafo
portátil da marca Qualitäts - Erzeugnis by TFA / Germany, com registro diário.
Obtenção dos isolados, preparação do inóculo e inoculação
Os isolados foram obtidos a partir da lavagem de esporos de mudas
infectadas coletadas em plantio comercial no intervalo de 30 a 54 DAP na
Chácara 19 no Núcleo Rural da Vargem Bonita DF a uma latitude de
15°55'59.54"S, longitude de 47°56'11.30"O.
21
O iculo de B. lactucae, para o teste de período de latência foi
preparado de acordo com o método descrito por Alfenas et al. (2007). Após a
obtenção das mudas infectadas no Núcleo Rural da Vargem Bonita DF, uma
suspensão de esporângios foi obtida através da lavagem das mudas com água
destilada e esterilizada e sua concentração foi ajustada com emprego de
hemacitômetro (câmara de Neubauer) para 1 x 10
5
esporângios/ml. Usando
pulverizador manual, no final do dia e a uma temperatura amena, as plantas
foram inoculadas com a suspensão de esporângios até o ponto de
escorrimento.
Micrografia, morfologia e morfometria de Bremia lactucae
Em Julho de 2008, na Vargem Bonita, DF (Figura 3), plantas de alface
do cv. Tainá mostrando sintomas do míldio foram coletadas para análise no
Laboratório de Fitopatologia da Universidade de Brasília. Foram coletados
observados e mesurados esporângios e esporangióforos de lesões velhas e
novas presentes em folhas doentes da alface (Figura 4). Micrografia,
morfologia e morfometria dos esporângios foram feitas com um microscópio de
luz com objetiva de 40x e ocular de 10x ligado ao computador com o software
Leica QWin.
Período de latência
O período de latência do míldio foi estudado em quatro diferentes
estádios de desenvolvimento vegetativo, em cultivares comerciais de alface, no
22
período entre 06 de Junho de 2008 e 09 de Julho de 2008 em condições
naturais de telado.
A irrigação utilizada foi por aspersão com dois turnos de rega de 2
minutos com vazão regulada para 700ml/min, o primeiro ao meio dia e o
segundo no início da noite às 18h00min.
No experimento para observar o período de latência foram selecionadas
quatro cultivares com diferentes graus de resistência como uma amostra da
variedade de formas morfológicas e fisiológicas presentes nas alfaces
cultivadas. Os cultivares selecionados foram: Alface tipo Crespa: Grand Rapids
TBR e Red Frizzly nº2 que apresentam folhas recortadas, brilhantes e
coloração arroxeada nas bordas; Alface tipo lisa: ‘Elisa’, que é
Inoculação
cultivar líder e
padrão de mercado, com plantas de porte grande, cabeças compactas e folhas
de coloração verde claro e; Alface tipo Americana: ‘Tainá’, que é procurada
principalmente por empresas de “fast food”, devido ao excelente sabor e
textura, apresentando alta compacidade e tamanho das cabeças. Figuras das
cultivares utilizadas podem ser observadas no anexo (Figuras 2, 5, 7 e 9).
Onze dias após o plantio (DAP) uma bandeja de 128 células semeada
com o cultivar de alface Tainá foi levada a uma propriedade, no Núcleo Rural
da Vargem Bonita DF, onde há intenso plantio de alface e uma alta incidência
do patógeno em questão (vide Figura 5). Aos 18 DAP foi observada uma
completa infecção do patógeno em todas as mudas contidas na bandeja. Esta
bandeja serviu como fonte de mudas contaminadas para o Estádio I (mudas:
20 DAP - quatro folhas) e de coleta de esporângios para inoculação das
23
plantas de alface nos outros três diferentes estádios de desenvolvimento da
alface.
Depois da coleta dos esporângios, a concentração da suspensão de
esporângios foi ajustada para 1 x 10
5
As plantas foram inoculadas em três diferentes estádios de
desenvolvimento: Estádio II (transplante: 31 DAP seis a oito folhas), Estádio
III (vegetativo 1: 40 DAP oito a dez folhas), e Estádio IV (vegetativo 2: 54
DAP dez a doze folhas).
esporângios/ml com o emprego de
hemacitômetro (Câmara de Neubauer). Este foi feito de acordo com o método
descrito por Alfenas et al. (2007).
Após a inoculão, as plantas foram observadas diariamente e o período
de latência foi determinado com o aparecimento dos primeiros sinais do
patógeno, em dias.
Estádio I : a determinação do período de latência no estádio I foi observado
em bandejas de poliestireno expandido com 128 células de 40 mL cada, com
substrato Plantmax®. Aos 20 DAP foi feita a substituição, na célula central das
bandejas, de uma muda sadia por uma muda da mesma idade da cultivar
susceptível Tainá infectada. Esta apresentava abundante esporulação do
patógeno, que serviu como foco de inóculo inicial para obtenção do período de
latência. Pode-se observar que a infecção das plantas vizinhas à muda
transplantada ocorreu do 4
o
ao 14
o
dia após o transplantio da muda infectada.
24
Estádios II, III e IV: nestes estádios, as cultivares foram semeadas em
bandejas de poliestireno expandido com 128 células, com substrato Plantma
para hortaliças, e aos 20 DAP, as mudas foram transplantadas para vasos com
capacidade de 1L, com terra esterilizada. As plantas foram adubadas com 15g
do formulado NPK 04-14-08.
No estádio I a unidade experimental foi representada por nove plantas
com quatro repetições (36 plantas), já nos estádios II, III e IV a unidade
experimental foi representada por quatro plantas com quatro repetições (16
plantas).
As plantas foram inoculadas no final da tarde à temperaturas
aproximada de 23 ºC e umidade relativa de aproximadamente 62 %.
Índice de latência
Para quantificar a severidade da doença foi criado um índice de latência
onde foi arbitrada uma nota de acordo com o dia em que a planta apresentou
os primeiros sinais do patógeno, de modo que plantas que apresentaram os
sinais do fungo mais cedo receberam maiores notas. A primeira planta a
apresentar esporulação do patógeno (4
o
dia após a inoculação) representou 12
pontos enquanto que a última planta a apresentar esporulação (15
o
12- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 4
dia após a
inoculação) recebeu 1 ponto. As notas foram:
o
11- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 5
dia após a inoculação
o
dia após a inoculação
25
10- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 6
o
09- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 7
dia após a inoculação
o
08- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 8
dia após a inoculação
o
07- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 9
dia após a inoculação
o
06- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 10
dia após a inoculação
o
05- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 11
dia após a inoculação
o
04- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 12
dia após a inoculação
o
03- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 13
dia após a inoculação
o
02- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 14
dia após a inoculação
o
01- Plantas que apresentaram sinais do patógeno no 15
dia após a inoculação
o
O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com
quatro repetições. Cada parcela foi constituída de 9 plantas para o estádio I e
de 4 plantas para os estádios II, III e IV.
dia após a inoculação
Os resultados foram comparados por análise de variância e as médias
separadas pelo teste de Tukey (α= 0,05).
Determinação do Círculo de Hospedeiras Cultivadas do patótipo de B.
lactucae do Núcleo Rural da Vargem Bonita DF
A suscetibilidade da alface, chicória e almeirão foram observadas em
dez cultivares de alface dos grupos: americana, crespa, lisa e mimosa; três de
26
chicória dos grupos: crespa, lisa e repolhuda e; uma cultivar de almeirão. O
experimento foi conduzido em bandejas de poliestireno expandido de 128
células combinadas duas a duas de forma a se obter um conjunto de 256
células por cultivar, com duas repetições. Aos 21 dias após o plantio (DAP) foi
feita a substituição, na célula central do conjunto de bandejas, de uma muda
sadia por uma muda da mesma idade da cultivar susceptível Tainá infectada e
apresentando abundante esporulação do patógeno, que serviu como foco de
inóculo inicial. Dos 26 aos 34 DAP foram observados os sintomas do míldio nas
mudas. As plantas que apresentaram sintomas foram consideradas
hospedeiras do patótipo de B. lactucae da Vargem Bonita, enquanto que as
que não apresentaram sintomas foram consideradas não-hospedeiras.
27
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Morfologia e morfometria de Bremia lactucae
Usando o software Leica QWin para mensuração de Bremia lactucae
coletados foi observada a fase assexuada do fungo, única fase reprodutiva
encontrada no Brasil (Vieira & Barreto, 2006).
Pode-se observar uma boa conformidade do patótipo coletado no Núcleo
Rural da Vargem Bonita quando comparado com as descrições de Fisher
(1892), Ling & Tai (1945) e Savulescu (1962). Já quando comparado com uma
possível variante da espécie relatada por Vieira & Barreto (2006), o isolado da
Vargem Bonita tem esporangióforos com dimensões bem menores (Tabela 1).
O míldio encontrado no Distrito Federal produz esporângios cilíndricos em
esporangióforos que possuem de 6 a 10 ramificações dicotômicas ou
tricotômicas (Figuras 6a e 6b), esporangióforos com dimensões médias de 280-
485 x 8-12 μm, terminando em extremidades dilatadas em forma de taça
(apófises Figura 7). Cada apófise continha de 4 a 5 esterigmas (Figura 7),
onde os esporângios, que medem em torno de 15-17 μm de diâmetro, são
formados.
Períodos de latência
Os sintomas do míldio em cultivares da alface, no estádio I, foram
observados a partir do 24
o
dia após o plantio (DAP) e do 4
o
dia após o
transplantio da muda infectada (4 DAI) quando as plantas apresentavam 4
folhas. De acordo com o teste de Tukey a 5% de probabilidade, as diferentes
cultivares não apresentaram diferença significativa entre si no estádio I,
28
indicando que, todas as variedades são igualmente susceptíveis no estádio
inicial de desenvolvimento (mudinhas).
Já no estádio II (transplante), os sintomas foram observados a partir do
31
o
Os sintomas do míldio nas plantas da alface, no estádio III e IV, quando
as plantas apresentavam de 8 a 10 folhas (plantas com 40 dias) e 10 a 12
folhas (plantas com 54 dias) respectivamente, e aos 4 e 5 DAI
respectivamente. Estes resultados sugerem, de acordo com o teste de Tukey a
5%, que as diferentes cultivares não apresentaram diferenças entre si nos
estádios III e IV.
DAP, quando as plantas apresentavam de 6 a 8 folhas, e 4 DAI. De acordo
com o teste de Tukey a 5% as diferentes cultivares apresentaram diferença
significativa entre si no estádio II indicando diferenças de susceptibilidade ao
míldio neste estádio de desenvolvimento.
Quando observado o “ranking” de suscetibilidade das cultivares nos
quatro diferentes estádios de desenvolvimento, as cultivares comportaram-se
da mesma forma independente do estádio de desenvolvimento (Tukey, 5%,
Tabela 2). No entanto, ao observar as médias gerais na Tabela 2, as mudas de
alface parecem ser mais susceptíveis ao patógeno quando comparadas aos
estádios mais avançados de desenvolvimento das cultivares. Esta tendência
tamm é observada na Figura 8 para todas as cultivares testadas, o que
indica que: quanto mais avançado o estádio de desenvolvimento (até o estádio
IV) das cultivares de alface, maior a sua resistência em relação ao patógeno.
No interior do telado, foram registradas, ao longo do experimento,
médias de temperatura máxima de 28,8
o
C e mínima de 11,4
o
C com máximas
e mínimas de 34,6
o
C e 8,1
o
C respectivamente e médias de umidade relativa
29
máxima de 87% e mínima de 40% com máxima e mínima e 91% e 34%
respectivamente (Figuras 1 e 2). Embora as temperaturas máximas sejam
muito elevadas para o desenvolvimento da doença, as temperaturas mínimas
registradas no telado ficaram na faixa ótima para o patógeno (Scherm & Van
Bruggen,1993).
Determinação do Círculo de Hospedeiras Cultivadas do patótipo de B.
lactucae do Núcleo Rural da Vargem Bonita DF
Dos 26 aos 34 DAP foram observados os sintomas do míldio nas mudas
de forma agrupada no centro das bandejas (padrão espacial agregado),
próximas ao inóculo inicial, com quase nenhuma ocorrência nas bordas. Os
grupos de alface crespa (cvs. Red Frizzly Nº 2, Green Frizzly, Verônica, Vera,
repolhuda Laurel e Grand Rapids TBR), lisa (cv. Elisa) e americana (cv. Tainá)
mostraram serem susceptíveis ao míldio, todas apresentaram altos índices de
contaminação, com grande taxa de dispersão espacial do patógeno nas
bandejas.
As alfaces do grupo mimosa (cvs. Oak Leaf Green Pixie e Oak Leaf Red
Pixie), as chicórias De Ruffec, Mariana Gigante e Radicchio Chioggia
Carmem e o almeirão Spadona Folhas Verdes não apresentaram nenhum
sinal da presença do patógeno em nenhuma das repetições, mostrando-se
assim, serem imunes as raças do míldio presentes no Núcleo Rural da Vargem
Bonita - DF.
Os resultados obtidos demonstram que as cultivares de alface do grupo
mimosa (cvs. Oak Leaf Green Pixie e Oak Leaf Red Pixie) apresentaram
30
resistência vertical ao patógeno, e que provavelmente essa resistência é dada
à presença de genes resistência (Dm genes). Conforme a literatura, até o
momento, pelo menos 20 Dm genes ou fator-R foram introduzidos em
cultivares de alface, assim como, genes complementares de virulência foram
identificados no patógeno (Lebeda & Zinkernagel, 2003). Até o inicio da década
mais de 40 Dm genes já eram conhecidos (Farrara et al., 1987; Michelmore et
al., 2003). Isso indica que estudos para diagnosticar os genes que
proporcionam a resistência vertical dessas cultivares podem indicar uma forma
de controle ao patógeno em cultivares susceptíveis. Outra possível fonte de
resistência para cultivares comerciais de alface são os genes de resistência de
Chichorium (almeirão e chicória), ainda desconhecidos.
31
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39
Tabela 1 - Comparação morfológia de Bremia lactucae Regel
Esporangióforo
Esporângio
Esterigmas
Comprimento
(μm)
Largura (μm)
Ramificações
Diamétro
(μm)
Quantidade
Fischer (1892)
240 - 400
8 - 10
-
17
-
Ling & Tai (1945)
275 - 610
8 - 15
-
10 - 24
-
Savulescu (1962)
225 - 510
7 - 12
-
15 - 22
-
Vieira & Barreto
(2006)
430 - 990
7 - 16
-
14 - 25
4 - 5
TESE
280 - 485
8 - 12
6 - 10
15 - 17
4 - 5
40
Tabela 2 - Índice de latência médio das diferentes cultivares da alface em
diferentes estádios de desenvolvimento
Estádio I
Estádio II
Estádio III
Estádio IV
Tainá
3,83 a A
2,47 a A
2,52 a A
1,35 a A
Elisa
3,08 a A
3,31 b A
2,18 a A
2,25 a A
Red Frizzly Nº2
4,33 a A
2,70 ab A
2,17 a A
1,98 a A
Grand Rapids TBR
3,81 a A
2,21 a c A
1,46 a A
1,65 a A
Médias
3,76 A
2,67 B
2,08 B
1,81 B
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas colunas e maiúsculas nas linhas
não diferem entre si, de acordo com o teste de Tukey a 5% de probabilidade
41
Figura 1 - Umidade relativa do ar máxima e mínima (%). Brasília, UnB, 2008.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
19/6/2008
20/6/2008
21/6/2008
22/6/2008
23/6/2008
24/6/2008
25/6/2008
26/6/2008
27/6/2008
28/6/2008
29/6/2008
30/6/2008
1/7/2008
2/7/2008
3/7/2008
4/7/2008
5/7/2008
6/7/2008
7/7/2008
8/7/2008
Umidade Relativa (%)
Data da medição
UR Máx % UR Mín %
42
Figura 2 - Temperatura máxima e mínima (
o
C). Brasília, UnB, 2008.
0
5
10
15
20
25
30
35
19/6/2008
20/6/2008
21/6/2008
22/6/2008
23/6/2008
24/6/2008
25/6/2008
26/6/2008
27/6/2008
28/6/2008
29/6/2008
30/6/2008
1/7/2008
2/7/2008
3/7/2008
4/7/2008
5/7/2008
6/7/2008
7/7/2008
8/7/2008
Temperatura (
o
C)
Data da medição
T Máx oC T Mín oC
43
Figura 3 - Viveiro de mudas de alface, no Núcleo Rural da Vargem Bonita DF
44
Figura 4 - Sintomas e sinais do míldio nas folhas da alface
45
Figura 5 - Bandeja de 128 células semeada com a cultivar de alface Tainá para
obtenção de inóculo inicial em uma propriedade no Núcleo Rural da Vargem
Bonita - DF
46
Figura 6 – Estruturas do fungo Bremia lactucae – a- Esporangióforo com
ramificação dicotômica; b- Esporangióforo com ramificação tricotômica; c-
esporângios
47
Figura 7 – Esterigmas e apófises de Bremia lactucae, agente causal do míldio
da alface.
48
Figura 8 - Índice de latência médio das diferentes cultivares da alface em diferentes
estádios de desenvolvimento
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
18 DAP 31 DAP 40 DAP 54 DAP
Índice de latência
Esdios de dessenvolvimento
Tai
Elisa
Red Frizzly Nº2
Grand Rapids TBR
49
CAPÍTULO II
Influência do turno e do sistema de irrigação na
severidade do míldio da alface em viveiro
50
RESUMO
O progresso temporal e a distribuição espacial do míldio da alface foram
estudados em ensaios em telado com a inoculação de Bremia lactucae em foco
pontual. Para o estudo do progresso da doença e do padrão de distribuição
espacial foram utilizadas 10 cultivares de alface. Foram utilizadas bandejas de
poliestireno expandido de 128 células colocadas duas a duas de forma a se
obter um conjunto de 256 células para cada cultivar e nenhuma medida de
controle químico foi utilizada após a inoculão. Para obtenção das curvas de
progresso da doença, quantificou-se o número de plantas infectadas, dos 26
aos 34 dias após o plantio (DAP), o que correspondeu dos 4 aos 12 dias após
a inoculação (DAI).
Com base na melhor distribuição de resíduos e no maior coeficiente de
determinação ajustado (R*
2
), o modelo de Gompertz apresentou o melhor
ajuste às curvas observadas de progresso do míldio da alface, quando também
observados os modelos Monomolecular e Logístico. Com relação ao padrão de
distribuição espacial nas análises de Ordinary Runs e Doublet, foi encontrado
que o míldio da alface teve incidência com padrão agregado de disseminação
em sementeira.
ABSTRACT
The temporal progress and the spatial distribution of lettuce downy
mildew were studied in the screenhouse following point-source inoculations of
Bremia lactucae. Ten lettuce cultivars were used for the study of disease
progress and spatial distribution analysis. Combined expanded polystyrene
51
trays with 256 planting cells were used for each cultivar and no control
measures were employed after plot infestation. Disease progress curves were
obtained by counting the number of infected plants from 26 to 34 days after
planting (DAP), which corresponded to 4 to 12 days after inoculation.
Based on best fit analysis, including distribution of residues and the
determination of the adjusted coefficient of determination (R*2), the Gompertz
model was the most appropriate for describing lettuce downy mildew disease
progress in the seedling stage, compared to the Logistic or the Monomolecular
models. Ordinary Runs analysis and Doublet analysis indicated an aggregated
distribution pattern in the greenhouse.
52
INTRODUÇÃO
Irrigação
Existe um estreito relacionamento entre a ocorrência das doenças e a
forma de aplicação da água. Via de regra, as doenças da parte aérea são mais
favorecidas pelos sistemas de irrigação por aspersão, pois, especialmente em
regime de alta freqüência, a aspersão favorece condições de elevada umidade
na folhagem (Lopes et al., 2006; Marouelli, 2004).
Irrigação por aspersão
A aspersão é o método de irrigação em que a água é aplicada sob forma
de precipitação, resultante da fragmentação de um jato lançado sob pressão no
ar atmosférico (Scaloppi, 1986), ou seja, método em que a água é aspergida
sobre a superfície do terreno, assemelhando-se a uma chuva (Bernardo et. al.
2008).
Sementeiras e culturas mais tenras somente podem ser irrigadas por
aspersão, com pequena intensidade de aplicação, ou seja, abaixo de 5
mm/hora ou irrigação localizada.
Outro ponto que deve ser considerado é a incidência de doenças,
lembrando-se que a irrigação por aspersão, periodicamente, lava as folhas da
cultura e aumenta a umidade relativa do ar em volta dela, proporcionando, em
vários casos de doenças foliares, um ambiente favorável ao surgimento de
doenças (Lopes et al., 2006; Bernardo et. al. 2008).
53
Sistema float
O sistema de irrigação de bandejas flutuantes (sistema tipo Float) é feito
em bandejas de poliestireno expandido com substrato mantido sobre uma fina
lâmina de água. Esse método já vem sendo utilizado principalmente pela
fumicultura nacional abrangendo mais de 90% da área produtiva de mudas de
fumo no Rio Grande do Sul (Anuário Brasileiro do Fumo, 2003). Este sistema
permite a completa eliminação da etapa de fumigação, como com Brometo de
Metila, reduz a necessidade de defensivos agrícolas, elimina a necessidade de
controle de lesmas, dispensa a irrigação, resulta em lavouras mais uniformes e
produtivas e proporciona condições mais confortáveis para o trabalho do
agricultor (Souza Cruz, 1998).
Análise espacial e temporal de epidemias
A análise espacial e temporal de doenças de plantas já foi realizada em
diversos patossistemas (Bergamin Filho et al., 1995). Esses estudos permitem
um melhor entendimento dos processos epidêmicos e podem levar a um
melhor entendimento dos patossistemas e auxiliar no manejo das doenças,
como o míldio da alface (Su et al., 2004).
Os modelos de progresso temporal e seus respectivos parâmetros são
ferramentas úteis para se comparar epidemias e se distinguir variedades,
técnicas de manejo, bem como gerar modelos de previsão e auxiliar na
quantificação de danos e perdas (Bergamim Filho, 1995).
A dispersão espacial de patógenos e o resultante padrão espacial da
doença são determinados pelos mecanismos de dispersão do patógeno e da
54
doença, respectivamente (McCartney & Fitt, 1998). Tais padrões guardam
estreita relação com os mecanismos de dispersão. Assim, um padrão espacial
ao acaso de plantas doentes relaciona-se geralmente a patógenos dispersados
pelo vento, enquanto que patógenos veiculados por respingos de chuva ou de
irrigação costumam dar origem a padrões agregados de plantas doentes. A
natureza, no entanto, raramente é tão simples assim e a maioria das doenças
possui mais de um mecanismo de dispersão (Bergamin Filho et al., 2004). A
dispersão em condições particulares, como em sementeiras em casa de
vegetação e em escalas espaciais reduzidas é ainda mais raramente estudada.
Os padrões espaciais de doenças originam-se das interações de fatores
físicos, químicos e biológicos que influenciam os processos de dispersão e
infecção (Taylor, 1984).
Em uma linha de plantio ou numa parcela o padrão espacial pode ser ao
acaso ou agregado. Padrão ao acaso em doenças cujos patógenos são
veiculados pelo ar significa que a probabilidade de um esporo cair sobre uma
planta hospedeira é igual para todas as plantas hospedeiras, seja a fonte de
inóculo na mesma planta ou nas vizinhas próximas. Assim, a ocorrência da
doença não é influenciada pela distância até a fonte de inóculo. Padrão
espacial ao acaso está diretamente relacionado a iguais oportunidades de
infecção (Bergamin Filho et al., 2004), diferentemente do que ocorre no padrão
espacial agregado, onde a chance de infecção de plantas próximas é muito
maior.
Esses estudos ainda não foram desenvolvidos nas condições ambientais
e com cultivares de alface prevalentes no Brasil, no campo ou em sementeira.
Entretanto, níveis elevados de infecção são observados em sementeiras, como
55
por exemplo, no Núcleo Rural da Vargem Bonita em Brasília, DF durante a
maior parte do ano.
O objetivo do capítulo II foi descrever a Influência do turno e do
sistema de irrigação na severidade do míldio (Bremia lactucae) em cultivares
de alface com diferentes níveis de suscetibilidade ao míldio e descrever a
distribuição temporal e espacial do míldio em sementeira.
56
MATERIAL E MÉTODOS
O efeito das práticas de irrigação e da resistência genética do
hospedeiro na dinâmica temporal e espacial do míldio da alface foi estimado
utilizando 10 cultivares de alface, 2 turnos de rega e 2 sistemas de irrigação em
sementeiras em telado. As cultivares utilizadas encontram-se na Tabela 1.
Os experimentos foram conduzidos em condições de telado em
bandejas de poliestireno expandido de 128 células com 6,2 cm de altura e
capacidade de 34,6 cm
3
de volume de substrato, colocadas duas a duas de
forma a se obter um conjunto de 256 células para cada cultivar, sustentadas
por bancadas a uma altura de 80 cm em relação à superfície do solo, as quais
permitiram o perfeito nivelamento das bandejas, garantindo o uniforme
suprimento de água às plântulas. Decorridos 6 dias após a semeadura foi feito
o desbaste, deixando apenas uma planta por célula. Os experimentos seguiram
delineamento inteiramente casualizado, em 3 repetições no tempo, 10
tratamentos para cultivares e 3 tratamentos para práticas de irrigação
(aspersão diurna, aspersão noturna e sistema float).
Sistema de irrigação por aspersão
No sistema de irrigação por aspersão, as bandejas permaneceram
apoiadas em vasos plásticos de 40cm de altura (Figura 1) sobre bancadas de
80cm de largura, a uma altura de 1,20m em relação à superfície do solo, sendo
irrigadas por um sistema de microaspersores (Figura 2) com vazão regulada
para 700ml/min, em dois tratamentos distintos: (a) irrigação às 9:00h da
manhã (irrigação diurna) de forma a favorecer um menor tempo de molhamento
57
foliar, pois a irrigação é seguida por um período mais quente do dia, e o outro
(b) às 17:45h da tarde (irrigação noturna) para que pudesse obter um maior
tempo de molhamento foliar (temperaturas mais amenas após a irrigação). O
período de irrigação foi uniformizado para 2 minutos por turno de rega e os
turnos de rega foram diários.
Para análise estatística foi calculada a área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD) (Campbell & Madden, 1990; Jesus Jr. et al.
2004) e em seguida foi feita análise de variância, teste de média e correlão
dos dados.
Sistema de irrigação tipo float (floating)
O sistema de irrigação de bandejas flutuantes (float) foi montado, dentro
da estufa, sobre uma bancada de concreto revestidas por uma cobertura dupla
de filme preto de polietileno de baixa densidade (PEBD) de 200 micra de
espessura, formando piscinas individualizadas com 4 metros de comprimento e
0,60 cm de largura, com uma capacidade total de 5 bandejas de poliestireno
expandido com 128 células cada (Figura 3). As bandejas permaneceram em
lâmina de água de 8 cm durante todo o experimento até a ultima leitura (38
dias após o plantio).
Análise espacial e temporal de epidemias
A análise do padrão espacial do míldio da alface em sementeira foi
realizada empregando os testes Ordinary Runs e Doublet. Como as parcelas
58
possuíam muitas linhas de plantio, as linhas foram combinadas para formar
uma linha maior antes da análise, conforme Campbell & Madden (1990).
Ordinary Runs
O padrão espacial da doença foi determinado por meio da analise de
“Ordinary Runs”, em todas as linhas das áreas estudadas, com um total de 57
linhas, em um nível de 0,05 de probabilidade. Neste teste, o número de runs é
considerado como um critério de padrão aleatório. Um run é definido como uma
seqüência de um ou mais símbolos idênticos, os quais são seguidos ou
precedidos por ummbolo diferente ou por símbolo nenhum (no começo ou
fim da linha). Neste tipo de análise, a hipótese de nulidade (H
0
) é aceita
quando a seqüência ordenada de plantas doentes ou sadias é casualizada.
Aceite ou rejeição da hipótese nula é dada pelo valor de ZR= [R+0,5-
E(R)]/σ(R), onde R é igual ao número de corridas (“runs”, ou sucessão de uma
ou mais plantas sadias ou doentes), E(R)=1+2m(N-m)/N, comm’ e ‘N’
indicando o número de plantas doentes e o total, respectivamente, e σ(R) o
desvio padrão de R, dado por σ(R) = {2m (N -m) [2m (N-m) - N]/N
2
(N-1)}
1/2
.
Nessa análise rejeita-se H
0
Doublet
se o valor de ZR (Valor estandardizado) for menor
que E(R) (o valor esperado) de R, indicando que o padrão de distribuição
apresenta agregação (Bergamin Filho et al, 2004; Campbell & Madden, 1990).
A análise de Ordinary Runs foi realizada dos 32 aos 38 dias para os
experimentos com Irrigação Diurna, Irrigação Noturna e Irrigação tipo Float.
Assim como o teste Ordinary Runs o teste Doublet tem como
objetivo analisar o padrão espacial da doença em linhas de plantio. Porém com
59
certa diferença nos critérios de avaliação. Na análise de doublet, o número de
doublets, isto é, duas plantas doentes adjacentes, são utilizadas como critério
de decisão. Neste teste a hipótese de nulidade é aceita quando a seqüência
ordenada de plantas doentes ou sadias é causalizada. Aceite ou rejeição da
hipótese nula é dada pelo valor de ZD=[D+0,5-E(D)]/σ(D), onde D = número de
duplas de plantas doentes em uma linha, E(D)=m(m-1)/N, com ‘m’ e ‘N’
indicando o número de plantas doentes e o total, respectivamente, e σ(R) o
desvio padrão de D, dado por σ(D) = {m (m-1) [N (N-1)+2N (m-2)+N(m-2)(m-3)-
(N-1) m (m-1)]/[N
2
(N-1)]}
1/2
(Bergamin Filho et al, 2004). As análises de Doublet
foram realizadas dos 32 aos 38 dias para os experimentos com Irrigação
Diurna, Irrigação Noturna e Irrigação tipo Float.
Curvas de progresso da doença
Para obtenção das curvas de progresso da doença e dos ajustes dos
modelos, observou-se, diariamente, a quantidade de plantas infectadas em
cada uma das repetições estudadas do 4º ao 17º dia após a substituição de
uma muda sadia por uma infectada no centro de cada conjunto de 256 plantas.
As avaliões de ajuste dos modelos foram feitas de acordo com a
forma das curvas de progresso do míldio, com o coeficiente de determinação
ajustado (R*
2
), obtido da regressão linear entre os valores previstos (variável
dependente) e observados (variável independente), e da distribuição do
resíduo (x observado x previsto) em função da variável independente
(Bergamim Filho & Amorim, 1996) e dos valores previstos (Campbell &
Madden, 1990)
60
Influência da susceptibilidade da hospedeira no alcance máximo de
disseminação
A distância final de plantas sintomáticas em relação ao foco inicial da doença
foi medida diariamente dos 26 aos 34 DAP e ao final do experimento
computou-se as maiores distâncias em quatro direções (Norte, Sul, Leste e
Oeste) em relação ao foco inicial. Com a obtenção das distâncias pode-se
obter médias para cada cultivar em seus respectivos tratamentos e repetições,
essa média foi usada para avaliação estatística. A Influência da
susceptibilidade das hospedeiras no alcance máximo de disseminação do
patógeno foi observada nas cultivares Tainá, Grand Rapids TBR, Red Frizzly
N
o
Para análise estatística foi efetuada análise de variância, teste de média
e correlação dos dados com ensaios em sistemas de irrigação por aspersão
noturna e diurna e sistema de irrigação tipo float.
2 e Elisa.
61
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise espacial e temporal de epidemias
Após 4 dias da inoculação de B. lactucae e aos 23 DAP, observou-se os
primeiros sintomas do míldio nas folhas dos genótipos de alface. Mesmo sob
condições climáticas relativamente sub-ótimas, quando levado em conta a
baixa umidade relativa do ar com média mínima de 41% e máxima de 87%
(Figura 4) e uma alta temperatura, com máxima de 30,4
o
C e mínima de 8,1
o
A partir da análise de Ordinary Runs foram obtidos os valores de Z(R)
(vide Tabela 2) para as cultivares estudadas em seus respectivos tratamentos.
Dessa forma, quando Z(R) < -1,64 pode-se afirmar que o míldio da alface teve
incidência com padrão espacial agregado de disseminação, no caso contrário,
onde Z(R) > -1,64 observa-se que o padrão espacial é ao acaso. Já no teste
Doublet os valores obtidos de Z(D) estão descritos na Tabela 3. Quando Z(D) >
1,64 E(D) pode-se afirmar que o míldio da alface teve incidência com padrão
agregado de disseminação nas bandejas, no caso contrário, onde Z(D) < 1,64
se afirmar que o míldio da alface teve padrão espacial ao acaso.
C
(Figura 5), a doença evoluiu e se disseminou para as áreas mais distantes do
foco inicial, atingindo, em algumas cultivares ampla dispersão espacial (Figuras
6 a 10).
Tanto o teste Ordinary Runs quanto o teste de Doublet demonstraram,
na maioria dos casos, que o míldio da alface possui um padrão espacial
agregado nas diferentes cultivares e seus respectivos tratamentos. Tais
resultados demonstram que nos experimentos o patógeno é disseminado
principalmente pela água (proveniente de irrigação por aspersão). Nas Figuras
6 a 10, pode-se observar a distribuição espacial do míldio em bandejas.
62
Outros autores estudando a dispersão espacial em patossistemas
diferentes obtiveram resultados semelhantes aos encontrados neste trabalho
(Laranjeira et al.1998; Pinto et al. 2001; Santos et al. 2005).
Curvas de progresso da doença
Efeito da resistência genética no progresso do míldio da alface
Após 4 dias da inoculação, observaram-se os primeiros sintomas do
míldio nas cultivares de alface testadas. As cultivares mostraram diferentes
taxas de progresso da doença durante o seu ciclo de produção, sendo que, as
cultivares Tainá e Elisa geralmente apresentaram as maiores taxas de
progresso, indicando serem genótipos mais susceptíveis.
A maioria das curvas de progresso em diferentes cultivares apresentou
melhor ajuste ao modelo Gompertz (Figura 24 a 26). Isso indica que o
progresso do míldio da alface apresenta uma curva em forma de S com um
início acentuado e um ponto de inflexão em y<0,5, o que difere do S logístico
que apresenta um crescimento menos acentuado no início e um ponto de
inflexão em y=0,5. Tanto para o modelo Gompertz quanto para o modelo
Logístico a velocidade de progresso da doença é proporcional a própria
quantidade da doença (Bergamim Filho, 1995). Já no modelo monomolecular, o
segundo modelo que melhor foi representado pelas curvas de progresso da
doença, apresenta, diferentemente dos modelos Gompertz e Logistico, uma
curva menos acentuada no início e a quantidade de doença é proporcional a
quantidade de inóculo inicial. Os primeiros dois modelos estão associados às
doenças policíclicas e o ultimo às monocíclicas.
63
As distribuições dos resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso das curvas de progresso da doença podem ser
observadas nas Figuras 11 a 23.
Além da análise matemática das curvas é interessante notar o efeito de
resistência genética das cultivares nos valores das taxas de progresso (r). Das
tabelas 4, 5 e 6 (irrigação diurna) pouco se pode dizer, pois o níveis de
doenças foram muito baixos e portanto os materiais não se diferenciam. Todos
os valores de r ficaram entre 0,0759 e 0,2041. Entretanto, quando os níveis de
doenças foram mais altos (condições favoráveis de irrigação noturna), as
maiores taxas de progresso foram observadas na cv. Tainá e as menores taxas
de progresso nas cvs. Red Frizzly N
o
2 e Green Frizzly (Tabelas 7, 8 e 9).
Ainda com a irrigação noturna, nota-se que a cultivar Grand Rapids TBR
apresentou um nível intermediário da taxa de progresso, o que indica um nível
intermediário de resistência.
Efeito da prática de irrigação no progresso do míldio da alface
Os resultados dos experimentos demonstraram que dependendo da
forma de irrigação utilizada o progresso da doença se dá de forma mais severa
ou mais amena para as diversas cultivares utilizadas. Ao utilizarmos a irrigação
diurna, apesar de apresentar menor quantidade de doença no final de cada
repetição (podendo até não apresentar sinais do patógeno), o progresso da
doença inicia-se de forma proporcionalmente mais acentuada (modelo
Gompertz), enquanto que, mesmo em condições climáticas favoráveis ao
patógeno, quando é observado um maior número de plantas infectadas no final
64
do experimento, o progresso inicial da doença ocorreu de forma menos
acentuada (modelo Monomolecular) atingindo uma maior incidência no final do
experimento.
Com relação ao ajuste dos três modelos de progresso do míldio da
alface no sistema de irrigação por aspersão em dois turnos de rega diferentes
(diurno e noturno) pode-se observar, quando comparados os valores do
coeficiente de determinação ajustado (R*
2
Após a análise de 31 curvas de progresso, em oito cultivares de alface e
3 regimes de irrigação, observou-se que a maioria (22 curvas) tiveram melhor
ajuste aos modelos Gompertz ou Logístico, cujo progresso é proporcional a
quantidade de doença e é característico de doenças policíclicas. Apenas 9
curvas apresentaram melhor ajuste ao modelo Monomolecular.
) (Tabelas 4 a 9), que os valores
mais adequados foram encontrados para o modelo Gompertz seguido pelo
modelo monomolecular (Tabela 10).
Não foi possível obter curvas de progresso da doença no sistema float,
pois os níveis obtidos da doença foram muito baixos.
Influência da susceptibilidade da hospedeira no alcance máximo de
disseminação
As condições climáticas observadas em plantio em telado na Estação
Biológica da UnB foram favoráveis à doença durante todo o experimento
(temperatura e umidade relativa favorável). O alcance ximo de
disseminação da doença foram alcançados aos 34 DAP, quando, para a
65
cultivar moderadamente susceptível Grand Rapids TBR, utilizando a irrigação
por aspersão no turno de rega noturno, atingiu alcance médio ximo de 26
cm em relação ao foco inicial da doença, e alcance médio nimo de 1 cm
quando utilizada o sistema de irrigação tipo Float. Tendo, para todas as
cultivares testadas, diferentes taxas de progresso nos diferentes tipos de
irrigação (vide Tabelas 14 a 22 para taxas de progresso da doença e Figuras
24 a 26 para curvas de progresso da doença).
De acordo com o teste de Tukey a 5% de probabilidade, com exceção
da cultivar Elisa, todas as cultivares apresentaram diferença significativa, no
controle do míldio da alface, em pelo menos um dos diferentes tipos de
irrigação (irrigação noturna, irrigação diurna e sistema float), tendo a cultivar
altamente susceptível Tainá, apresentado diferença significativa nos três
tratamentos (Tabela 11). Tais resultados demonstram que: a) o progresso do
míldio da alface responde diferentemente para os variados tipos de irrigação; b)
o sistema de irrigação por aspersão, quando usado noturnamente é o que mais
favorece a propagação do míldio, pois, com o aumenta da umidade relativa do
ar e do tempo de água livre na superfície foliar, propicia melhores condições
para infecção do patógeno na hospedeira, separando assim dos demais tipos
de irrigação e; c) o sistema de irrigação float apresentou os melhores
resultados quanto à dispersão espacial do míldio da alface, sendo assim
indicado como a melhor forma alternativa de controle ao patógeno quando
observados os tipos de irrigação.
Também é possível concluir que, com a análise do alcance ximo de
disseminação da doença melhores diagnósticos sobre a epidemiologia da
doença foram alcançados quando comparados a AACPD e o total de plantas
66
infectadas (Tabela 12 e 13). A AACPD e o total de plantas infectadas não
foram eficientes para diferenciar os três tratamentos pelo teste de Tukey a 5%
de probabilidade.
67
LITERATURA CITADA
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70
Tabela 1 - Variedades utilizadas no experimento
Espécie
Cultivar
Grupo
Empresa
Tai
Americana
Agroflora
Vera
Crespa
Agroflora
Red Frizzly Nº2
Crespa
Sakama
Green Frizzly
Crespa
Sakama
Alface
Grand Rapids TBR
Crespa Solta
Feltrin
Verônica
Crespa
Agroflora
Laurel
Crespa Repolhuda
Sakama
Elisa
Lisa
Agroflora
Oak Leaf Green Pixie
Mimosa
Sakama
Oak Leaf Red Pixie
Mimosa
Sakama
Almeirão
Spadona Folhas Verdes
Feltrin
De Ruffec
Crespa
Feltrin
Chicória
Mariana Gigante
Lisa
Agroflora
Radicchio Chioggia Carmem
Repolhuda
Sakama
71
Tabela 2 - Valores obtidos de Z para análise espacial do míldio da alface no teste Ordinary Runs em
sistema de irrigação diurna, noturna e float
Valores de Z em Ordinary Runs
Irrigação
Cultivar
Diurna
Noturna
Float
R1
R2
R3
R1
R2
R3
R1
R2
R3
Tainá
-6,72
-5,40
-2,13
-6,78
-8,43
-9,16
-4,22
-0,81
x
Vera
-9,19
-8,01
Red Frizzly Nº2
-6,79
-2,18
-0,60
-6,66
-5,94
-8,80
5,77
-6,83
x
Green Frizzly
-9,52
-5,59
4,10
Grand Rapids TBR
-2,76
-2,18
1,36
-6,84
-8,18
-4,58
7,12
x
x
Verônica
-7,91
-4,50
-5,89
Laurel
-9,06
-8,33
-4,22
Elisa
-8,37
2,47
-5,52
-7,11
-12,61
-4,97
-2,98
-10,13
1,68
x - não houve sinal de infecção pelo patógeno
72
Tabela 3 - Valores obtidos de Z para análise espacial do míldio da alface no teste Doublet em sistema de
irrigação diurna, noturna e float
Valores de Z em Doublet
Irrigação
Cultivar
Diurna
Noturna
Float
R1
R2
R3
R1
R2
R3
R1
R2
R3
Tainá
9,00
6,57
2,82
6,94
8,42
9,68
-16,04
2,12
x
Vera
10,10
7,74
Red Frizzly Nº2
7,15
5,59
2,24
7,32
7,14
9,57
-28,31
16,95
x
Green Frizzly
10,34
5,57
3,52
Grand Rapids TBR
7,92
16,95
2,12
6,50
8,16
5,43
-20,79
x
x
Verônica
8,97
4,06
6,32
Laurel
9,71
13,27
4,84
Elisa
9,02
16,95
6,33
7,40
-6,26
4,91
-18,18
16,30
3,14
x - não houve sinal de infecção pelo patógeno
73
Tabela 4 -Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em oito cultivares no sistema de
irrigação diurna (repetição 1) pelo coeficiente de determinação ajustado (R*2), obtido da regressão
linear entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável independente).
Modelo
Monomolecular
Logístico
Gompertz
Equação
(y=1-[(1-yo)exp(-rt)])
(1/[1+exp(-{ln[yo/(1-yo)]+rt})]
(exp[ln(yo)exp(-rt)]
Equação linearizada
ln(1/(1-y)=ln[1/(1-yo)]+ rt
ln[y/(1-y)]=ln[yo/(1-yo)]+rt
-ln[-ln(y)]= -ln[-ln(yo)]+rt
Tai
(yo)
-0,1669
-13,484
-3,6882
(r)
0,0063
0,3103
0,0759
(R*2) 92 75 96
Vera
(yo)
-0,3354
-20,414
-5,4031
(r)
0,0119
0,5255
0,13
(R*2)
86
61
91
Red Frizzly
No 2
(yo) -1,1019 -23,954 -7,4347
(r)
0,0383
0,6661
0,2041
(R*2)
93
85
92
Green Frizzly
(yo)
-0,6739
-24,127
-6,8083
(r)
0,0235
0,653
0,1783
(R*2)
89
68
90
Grand Rapids
TBR
(yo)
-0,2274
-19,185
-4,9019
(r)
0,008
0,4713
0,1101
(R*2)
84
74
91
Verônica
(yo)
-0,2709
-19,339
-5,0441
(r)
0,0096
0,4883
0,1176
(R*2)
86
60
92
Laurel
(yo)
-0,4704
-20,577
-5,7327
(r)
0,0164
0,5389
0,1427
(R*2)
94
83
91
Elisa
(yo)
-0,441
-19,177
-5,3718
(r)
0,016
0,5048
0,1343
(R*2)
91
62
94
74
Tabela 5 -Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em quatro cultivares no sistema de
irrigação diurna (repetição 2) pelo coeficiente de determinação ajustado (R*2), obtido da regressão
linear entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável independente).
Modelo
Monomolecular
Logístico
Gompertz
Equação
(y=1-[(1-yo)exp(-rt)])
(1/[1+exp(-{ln[yo/(1-yo)]+rt})]
(exp[ln(yo)exp(-rt)]
Equação linearizada
ln(1/(1-y)=ln[1/(1-yo)]+ rt
ln[y/(1-y)]=ln[yo/(1-yo)]+rt
-ln[-ln(y)]= -ln[-ln(yo)]+rt
Tai
(yo)
-0,1324
-13,036
-3,5103
(r)
0,006
0,3452
0,0816
(R*2) 88 99,5 94
Elisa
(yo)
Baixa incidência da doença
(r)
(R*2)
Red Frizzly
No 2
(yo)
Baixa incidência da doença
(r)
(R*2)
Grand Rapids
TBR
(yo)
Baixa incidência da doença
(r)
(R*2)
75
Tabela 6 - Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em quatro cultivares no sistema de
irrigação diurna (repetição 3) pelo coeficiente de determinação ajustado (R*2), obtido da regressão
linear entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável independente).
Modelo
Monomolecular
Logístico
Gompertz
Equação
(y=1-[(1-yo)exp(-rt)])
(1/[1+exp(-{ln[yo/(1-yo)]+rt})]
(exp[ln(yo)exp(-rt)]
Equação linearizada
ln(1/(1-y)=ln[1/(1-yo)]+ rt
ln[y/(1-y)]=ln[yo/(1-yo)]+rt
-ln[-ln(y)]= -ln[-ln(yo)]+rt
Tai
(yo)
-0,1054
-14,055
-3,6093
(r)
0,0043
0,3379
0,0749
(R*2)
89
79
95
Elisa
(yo) -0,1054 -18,337 -6,0612
(r) 0,0413 0,5631 0,1859
(R*2)
89
63
96
Red Frizzly
No 2
(yo)
-0,1411
-13,998
-3,6947
(r)
0,0058
0,3492
0,0812
(R*2)
85
82
95
Grand Rapids
TBR
(yo)
Baixa incidência da doença
(r)
(R*2)
76
Tabela 7 -Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em oito cultivares no sistema de
irrigação noturna (repetição 1) pelo coeficiente de determinação ajustado (R*2), obtido da regressão
linear entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável independente).
Modelo
Monomolecular
Logístico
Gompertz
Equação
(y=1-[(1-yo)exp(-rt)])
(1/[1+exp(-{ln[yo/(1-yo)]+rt})]
(exp[ln(yo)exp(-rt)]
Equação linearizada
ln(1/(1-y)=ln[1/(1-yo)]+ rt
ln[y/(1-y)]=ln[yo/(1-yo)]+rt
-ln[-ln(y)]= -ln[-ln(yo)]+rt
Tai
(yo)
-2,3723
-32,665
-11,134
(r)
0,0829
0,9828
0,3361
(R*2)
88
86
92
Vera
(yo)
-2,4343
-28,856
-10,254
(r) 0,0872 0,8784 0,3152
(R*2) 95 70 96
Red Frizzly
No 2
(yo)
-0,5004
-21,212
-5,9451
(r) 0,0178 0,5801 0,1545
(R*2) 93 97 94
Green Frizzly
(yo)
-1,1781
-24,131
-1,9336
(r)
0,0424
0,7058
0,1403
(R*2)
99
81
96
Grand Rapids
TBR
(yo)
-1,8163
-29,507
-9,7446
(r)
0,0642
0,8816
0,2907
(R*2)
93
74
94
Verônica
(yo)
-2,0666
-27,427
-9,4876
(r)
0,0737
0,8258
0,2869
(R*2)
98
82
96
Laurel
(yo)
-1,1502
-31,42
-9,148
(r)
0,043
0,9187
0,2625
(R*2) 92 81 90
Elisa
(yo)
-2,8613
-31,703
-11,453
(r)
0,101
0,9668
0,3529
(R*2) 95,1 81 95
77
Tabela 8-Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em seis cultivares no sistema de
irrigação noturna (repetição 2) pelo coeficiente de determinação ajustado (R*2), obtido da regressão
linear entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável independente).
Modelo
Monomolecular
Logístico
Gompertz
Equação
(y=1-[(1-yo)exp(-rt)])
(1/[1+exp(-{ln[yo/(1-yo)]+rt})]
(exp[ln(yo)exp(-rt)]
Equação linearizada ln(1/(1-y)=ln[1/(1-yo)]+ rt ln[y/(1-y)]=ln[yo/(1-yo)]+rt -ln[-ln(y)]= -ln[-ln(yo)]+rt
Tai
(yo)
-0,7969
-20,372
-6,2055
(r)
0,0347
0,6736
0,201
(R*2)
93
90
90
Red Frizzly
No 2
(yo)
-0,3676
-17,417
-4,8781
(r) 0,0162 0,539 0,1419
(R*2)
94
95
91
Green Frizzly
(yo)
-0,2789
-16,647
-4,5394
(r)
0,0123
0,4994
0,1258
(R*2) 91 97 91
Grand Rapids
TBR
(yo)
-0,5497
-18,868
-5,5043
(r)
0,024
0,6051
0,1697
(R*2) 92 91 90
Verônica
(yo)
-1,5215
-21,166
-7,3684
(r)
0,0661
0,7274
0,2554
(R*2) 90 89 92
Laurel
(yo)
-0,3401
-18,438
-5,0085
(r)
0,0147
0,5607
0,1425
(R*2)
81
95
89
Elisa
(yo)
-0,3163
-17,297
-4,7521
(r) 0,0138 0,5262 0,1347
(R*2)
90
90
91
78
Tabela 9 - Ajuste de três modelos de progresso ao míldio da alface em quatro cultivares no sistema de
irrigação noturna (repetição 3) pelo coeficiente de determinação ajustado (R*2), obtido da regressão
linear entre os valores previstos (variável dependente) e observados (variável independente).
Modelo
Monomolecular
Logístico
Gompertz
Equação
(y=1-[(1-yo)exp(-rt)])
(1/[1+exp(-{ln[yo/(1-yo)]+rt})]
(exp[ln(yo)exp(-rt)]
Equação linearizada ln(1/(1-y)=ln[1/(1-yo)]+ rt ln[y/(1-y)]=ln[yo/(1-yo)]+rt -ln[-ln(y)]= -ln[-ln(yo)]+rt
Tai
(yo)
-1,6649
-17,86
-6,6321
(r)
0,0724
0,5853
0,2245
(R*2)
94
77
95
Elisa
(yo)
-0,2693
-15,327
-4,2428
(r) 0,0114 0,4178 0,1072
(R*2)
85
91
88
Red Frizzly
No 2
(yo)
-0,8809
-15,899
-5,3265
(r)
0,0381
0,492
0,1651
(R*2) 95 82 93
Grand Rapids
TBR
(yo)
-1,1481
-19,776
-6,4595
(r)
0,0485
0,622
0,2048
(R*2)
88
80
90
79
Tabela 10 - Resumo dos resultados obtidos de três modelos do progresso do míldio da alface
em oito cultivares
Irrigação
Cultivar
Diurna
Noturna
R1
R2
R3
R1
R2
R3
Tainá
G L G G M G
Vera
G
G
X
Red Frizzly Nº2
M BID G L L M
Green Frizzly
G
M
L
Grand Rapids TBR
G BID BID G M G
Verônica
G
M
G
Laurel
M
M L
Elisa
G
BID
G
M
G
L
Resumo
9 G / 2 M / 1 L 7 G / 7 M / 5 L
M - Modelo Mononuclear
L - Modelo Logístico
G - Modelo Gompertz
BID - Baixa incidência da doença, não foi possível obter a curva de progresso da doença
x - não foram observados ciclos secundários de infecção pelo
patógeno
80
Tabela 11 - Comparação da resposta dos diferentes tipos de irrigação quando observado o
alcance máximo (cms) de disseminão do patógeno.
Irrigação Noturna
Irrigação Diurna
Sistema Float
Tainá
25,67 A
11,00 B
1,67 C
Elisa
17,33 A
14,33 A
2,67 A
Red Frizzly Nº2
25,33 A
15,67 AB
0,33 B
Grand Rapids TBR
26,33 A
6,67 B
0,67 B
Médias
23,67 A
11,92 B
1,33 B
Médias seguidas de mesma letra maiúsculas nas linhas não diferem entre si, de acordo com o
teste de Tukey a 5% de probabilidade
81
Tabela 12 - Comparação da resposta média das cultivares em diferentes tipos de irrigação
quando observada a AACPD
Irrigação Noturna
Irrigação Diurna
Sistema Float
Tainá
272 A
42,83 A
6,5 A
Elisa
123,67 A
150,67 A
8,17 A
Red Frizzly Nº2
134,67 A
106 A
0,5 A
Grand Rapids TBR
199,17 A
23,5 A
0,17 B
Médias
182,38 A
80,75 AB
3,83 B
Médias seguidas de mesma letra maiúsculas nas linhas não diferem entre si, de acordo com o
teste de Tukey a 5% de probabilidade
82
Tabela 13 - Comparação da resposta dos diferentes tipos de irrigação quando observados o
total de plantas infectadas
Irrigação Noturna
Irrigação Diurna
Sistema Float
Tainá
82,67 A
10,33 B
1,67 B
Elisa
47,67 A
31,33 A
2,33 A
Red Frizzly Nº2
41,67 A
23,00 A
0,33 A
Grand Rapids TBR
62,33 A
5,67 B
0,33 B
Médias
58,58 A
17,58 B
1,17 B
Médias seguidas de mesma letra maiúsculas nas linhas não diferem entre si, de acordo com o
teste de Tukey a 5% de probabilidade
83
Tabela 14 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em diferentes
cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com turno de rega
diurno (Repetição 1).
Irrigação Diurna - Repetição 1
Cultivares
Dias após o transplantio
Total de
plantas
infectadas
9 10 11 12 13 14 17
Tainá
3
3
3
0
0
3
0
12
3 6 9 9 9 12 12
Vera
0
0
7
9
0
1
0
17
0
0
7
16
16
17
17
Red Frizzly Nº2
1
7
12
0
20
13
2
55
1
8
20
20
40
53
55
Green Frizzly
0
0
7
16
6
3
0
32
0
0
7
23
29
32
32
Grand Rapids TBR
0
0
0
9
1
2
0
12
0
0
0
9
10
12
12
Verônica
0
0
7
6
1
0
0
14
0
0
7
13
14
14
14
Laurel
0
4
2
9
2
8
0
25
0
4
6
15
17
25
25
Elisa
0
10
7
4
0
4
0
25
0
10
17
21
21
25
25
Oak Leaf Green Pixie
0
0
0
0
0
0
0
0
Oak Leaf Red Pixie 0 0 0 0 0 0 0 0
84
Tabela 15 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em diferentes
cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com turno de rega
diurno (Repetição 2).
Irrigação Diurna - Repetição 2
Cultivares
Dias após o transplantio
Total de
plantas
infectadas
7 8 9 10 11 12 13
Tainá
1
0
1
2
2
3
3
12
1 1 2 4 6 9 12
Elisa
0
0
0
2
0
0
0
2
0
0
0
2
2
2
2
Red Frizzly Nº2
0
0
0
0
1
0
0
1
0
0
0
0
1
1
1
Grand Rapids TBR
0
0
0
1
0
0
1
2
0
0
0
1
1
1
2
85
Tabela 16 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em diferentes
cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com turno de rega
diurno (Repetição 3).
Irrigação Diurna - Repetição 3
Cultivares
Dias após o transplantio
Total de
plantas
infectadas
7 8 9 10 11 12 13
Tainá
0
0
1
4
2
0
0
7
0 0 1 5 7 7 7
Elisa 4 29 10 10 9 0 5 67
4
33
43
53
62
62
67
Red Frizzly Nº2
0
5
1
1
0
0
6
13
0 5 6 7 7 7 13
Grand Rapids TBR 0 0 0 0 2 0 1 3
0
0
0
0
2
2
3
Oak Leaf Green Pixie 0 0 0 0 0 0 0 0
86
Tabela 17 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em diferentes
cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com turno de rega
noturno (Repetição 1).
Irrigação Noturna - Repetição 1
Cultivares
Dias após o transplantio
Total de
plantas
infectadas
7 8 9 10 11
Tainá
4
10
19
42
4
79
4 14 33 75 79
Vera
15
27
30
9
2
83
15
42
72
81
83
Red Frizzly Nº2
5
3
1
8
7
24
5
8
9
17
24
Green Frizzly
14
10
7
14
4
49
14
24
31
45
49
Grand Rapids TBR
6
11
30
14
1
62
6
17
47
61
62
Verônica
17
15
14
27
3
76
17
32
46
73
76
Laurel
0
7
15
16
4
42
0
7
22
38
42
Elisa
9
18
41
15
11
94
9
27
68
83
94
Oak Leaf Green Pixie
0
0
0
0
0
0
Oak Leaf Red Pixie 0 0 0 0 0
0
87
Tabela 18 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em diferentes
cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com turno de rega
noturno (Repetição 2).
Irrigação Noturna - Repetição 2
Cultivares
Dias após o transplantio
Total de
plantas
infectadas
7 8 9 10 11 12 13
Tainá
0
4
7
10
13
9
10
53
0 4 11 21 34 43 53
Red Frizzly Nº2
0
3
4
5
3
6
7
28
0
3
7
12
15
21
28
Green Frizzly
0
2
4
2
2
7
5
22
0
2
6
8
10
17
22
Grand Rapids TBR
0
4
3
10
4
12
5
38
0
4
7
17
21
33
38
Verônica
3
3
9
19
30
14
10
88
3
6
15
34
64
78
88
Laurel
0
0
2
3
6
10
4
25
0
0
2
5
11
21
25
Elisa
0
1
4
2
7
7
1
22
0
1
5
7
14
21
22
Oak Leaf Green Pixie
0
0
0
0
0
0
0
0
Oak Leaf Red Pixie
0
0
0
0
0
0
0
0
88
Tabela 19 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em diferentes
cultivares de alface no sistema de irrigação por aspersão, com turno de rega
noturno (Repetição 3).
Irrigação Noturna - Repetição 3
Cultivares
Dias após o transplantio
Total de
plantas
infectadas
4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Tainá
2
0
12
28
28
15
10
16
0
5
116
2 2 14 42 70 85 95 111 111 116
Elisa
0
0
0
1
2
6
6
6
0
6
27
0
0
0
1
3
9
15
21
21
27
Red Frizzly Nº2
2
0
10
5
13
14
14
7
0
8
73
2
2
12
17
30
44
58
65
65
73
Grand Rapids TBR
0
0
0
7
20
19
17
16
0
8
87
0
0
0
7
27
46
63
79
79
87
Oak Leaf Green Pixie
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
89
Tabela 20 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em diferentes
cultivares de alface no sistema de irrigação tipo float (Repetição 1).
Sistema Float - Repetição 1
Cultivares
Dias após o transplantio
Total de
plantas
infectadas
7 8 9 10 11 12 13
Tainá
0
0
1
1
0
0
0
2
0 0 1 2 2 2 2
Elisa
0
1
0
0
0
1
1
3
0
1
1
1
1
2
3
Red Frizzly Nº2
0
0
0
0
0
0
0
0
0 0 0 0 0 0 0
Grand Rapids TBR
0
0
0
0
0
0
1
1
0 0 0 0 0 0 1
90
Tabela 21 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em diferentes
cultivares de alface no sistema de irrigação tipo float (Repetição 2).
Sistema Float - Repetição 2
Cultivares
Dias após o transplantio
Total de
plantas
infectadas
7 8 9 10 11 12 13
Tainá
0
0
2
0
1
0
0
3
0 0 2 2 3 3 3
Elisa 0 0 0 0 2 0 0 2
0
0
0
0
2
2
2
Red Frizzly Nº2
0
0
0
0
0
1
0
1
0 0 0 0 0 1 1
Grand Rapids TBR
0
0
0
0
0
0
0
0
Oak Leaf Green Pixie
0
0
0
0
0
0
0
0
91
Tabela 22 - Número de plantas infectadas (diário e acumulado) em diferentes
cultivares de alface no sistema de irrigação tipo float (Repetição 3).
Sistema Float - Repetição 3
Cultivares
Dias após o transplantio
Total de
plantas
infectadas
7
8
9
10
11
12
13
Tainá
0
0
0
0
0
0
0
0
Elisa
2
0
0
0
0
0
0
2
2
2
2
2
2
2
2
Red Frizzly Nº2
0
0
0
0
0
0
0
0
Grand Rapids TBR
0
0
0
0
0
0
0
0
Oak Leaf Green Pixie
0
0
0
0
0
0
0
0
92
Figura 1 - bandejas apoiadas em vaso de plástico sobre bancadas de 80 cms
de largura, a uma altura de 1,20m em relação à superfície do solo.
93
Figura 2 Sistema de irrigação por aspersão
94
Figura 3 - Sistema de irrigação tipo Float
95
Figura 4 - Umidade relativa do ar máxima e mínima (%). Brasília, UnB, 2008.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
19/6/2008
20/6/2008
21/6/2008
22/6/2008
23/6/2008
24/6/2008
25/6/2008
26/6/2008
27/6/2008
28/6/2008
29/6/2008
30/6/2008
1/7/2008
2/7/2008
3/7/2008
4/7/2008
5/7/2008
6/7/2008
7/7/2008
8/7/2008
Umidade Relativa (%)
Data da medição
UR Máx % UR Mín %
96
Figura 5 - Temperatura máxima e mínima (
o
C). Brasília, UnB, 2008.
0
5
10
15
20
25
30
35
19/6/2008
20/6/2008
21/6/2008
22/6/2008
23/6/2008
24/6/2008
25/6/2008
26/6/2008
27/6/2008
28/6/2008
29/6/2008
30/6/2008
1/7/2008
2/7/2008
3/7/2008
4/7/2008
5/7/2008
6/7/2008
7/7/2008
8/7/2008
Temperatura (
o
C)
Data da medição
T Máx oC T Mín oC
97
Figura 6 - Mapas de distribuição espacial e temporal do míldio da alface a
partir de um foco de inóculo inicial, com inoculação aos 21 DAP em Brasília,
DF, 2007. Cada quadrante representa uma célula da bandeja com uma planta.
Os números em cada quadrante representam o dia em que a planta apresentou
sinais do patógeno após a inoculação na irrigação diurna -Repetição 1.
98
Figura 7 - Mapas de distribuição espacial e temporal do míldio da alface a
partir de um foco de inóculo inicial, com inoculação aos 21 DAP em Brasília,
DF, 2007. Cada quadrante representa uma célula da bandeja com uma planta.
Os números em cada quadrante representam o dia em que a planta apresentou
sinais do patógeno após a inoculação na irrigação noturna -Repetição 1.
99
Figura 8 - Mapas de distribuição espacial e temporal do míldio da alface a
partir de um foco de inóculo inicial, com inoculação aos 21 DAP em Brasília,
DF, 2007. Cada quadrante representa uma célula da bandeja com uma planta.
Os números em cada quadrante representam o dia em que a planta apresentou
sinais do patógeno após a inoculação nas irrigações diurna e noturna na
repetição 2.
100
Figura 9 - Mapas de distribuição espacial e temporal do míldio da alface a
partir de um foco de inóculo inicial, com inoculação aos 21 DAP em Brasília,
DF, 2007. Cada quadrante representa uma célula da bandeja com uma planta.
Os números em cada quadrante representam o dia em que a planta apresentou
sinais do patógeno após a inoculação nas irrigações diurna e noturna na
repetição 3.
101
Figura 10 - Mapas de distribuição espacial e temporal do míldio da alface a
partir de um foco de inóculo inicial, com inoculação aos 21 DAP em Brasília,
DF, 2007. Cada quadrante representa uma célula da bandeja com uma planta.
Os números em cada quadrante representam o dia em que a planta apresentou
sinais do patógeno após a inoculação no sistema float nas repetições 1, 2 e 3.
102
Figura 11 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz, na cultivar
Tainá infectada pelo míldio em três repetições com irrigação diurna , Brasília,
UnB, 2007/2008.
103
Figura 12 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz, nas
cultivares Vera, Red Frizzly No 2 e Green Frizzly infectadas pelo míldio.
Irrigação diurna, repetição 1 , Brasília, UnB, 2007/2008.
104
Figura 13 - Distribuiçõa de resíduos em funçõa de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz, nas
cultivares Grand Rapids TBR, Verônica e Laurel infectadas pelo míldio.
Irrigação diurna, repetição 1 , Brasília, UnB, 2007/2008.
105
* - Não foi possível obter os modelos de progresso da doença para a repetição
2 pois houve baixa incidência da doença.
Figura 14 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz na cultivar
Elisa infectada pelo míldio em três repetições com irrigação diurna, Brasília,
UnB, 2007/2008.
106
* - Não foi possível obter os modelos de progresso da doença para a repetição
2 pois houve baixa incidência da doença.
Figura 15 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz na cultivar
Elisa infectada pelo míldio em três repetições com irrigação diurna , Brasília,
UnB, 2007/2008.
107
Figura 16 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz, na cultivar
Tainá infectada pelo míldio em três repetições com irrigação noturna, Brasília,
UnB, 2007/2008.
108
Figura 17 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz, na cultivar
Red Frizzly Nº2 infectada pelo míldio em três repetições com irrigação noturna,
Brasília, UnB, 2007/2008.
109
Figura 18 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz, na cultivar
Grand Rapids TBR infectada pelo míldio em três repetições com irrigação
noturna, Brasília, UnB, 2007/2008.
110
Figura 19 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz, na cultivar
Elisa infectada pelo míldio em três repetições com irrigação noturna, Brasília,
UnB, 2007/2008.
111
Figura 20 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz na cultivar
Green Frizzly infectada pelo míldio em duas repetições com irrigação noturna,
Brasília, UnB, 2007/2008.
112
Figura 21 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz na cultivar
Verônica infectada pelo míldio em três repetições com irrigação diurna, Brasília,
UnB, 2007/2008.
113
Figura 22 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz na cultivar
Laurel infectada pelo míldio em duas repetições com irrigação noturna, Brasília,
UnB, 2007/2008.
114
Figura 23 - Distribuição de resíduos em função de dias após o plantio (DAP)
dos modelos de progresso Monomolecular, Logístico e Gompertz na cultivar
Vera infectada pelo míldio com irrigação noturna, Brasília, UnB, 2007/2008.
115
ANEXOS
(CAPÍTULOS I E II)
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
CULTIVARES UTILIZADAS NOS EXPERIMENTOS
Figura 1 - Alface - Green Frizzly
Figura 2 - Alface - Red Frizzly Nº2
140
Figura 3 - Alface - Oak Leaf Green Pixie
Figura 4 - Alface - Oak Leaf Red Pixie
141
Figura 5 - Alface - Elisa
Figura 6 - Alface - Vera
142
Figura 7 - Alface - Tai
Figura 8 - Alface - Laurel
143
Figura 9 - Alface - Grand Rapids TBR
Figura 10 - Alface - Verônica
144
Figura 11 - Chicória - Mariana Gigante
Figura 12 - Chicória - Radicchio Chioggia Carmem
145
Figura 13 - Chicória - De Ruffec
Figura 14 - Almeirão - Spadona Folhas Verdes
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