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1.7-Mandibular
Os tecidos adiposos mandibulares estão dispostos em duas concentrações
localizadas ao longo da porção ventral da mandíbula, aderidos nas extremidades dos
músculos intermandibulares anterior e posterior Apresentam formato plano e achatado,
com coloração amarelada intensa, hialina ou relativamente opaca (Figura 8).
São irrigados por ramos da artéria mandibular externa, esta artéria é um vaso
calibroso, que se junta com o ramo maxilar superior, e acompanha o nervo mandibular
proveniente do nervo trigemeo no músculo masseter, ou entre este músculo e o músculo
temporalis indo em direção à mandíbula e continua até a sínse da mandíbula. Essa artéria
dá origem a diversos capilares que suprem as estruturas vizinhas, inclusive os tecidos
adiposos.
os tecidos adiposos madibulares são drenados por ramos da veia mandibular, que
percorre a mandíbula até a inserção com a veia lingual sob o músculo submandibula, e
desaguando na veia jugular externa.
A inervação é derivada do nervo mandibular interior, que tem origem no nervo
trigêmeo, que é o nervo cranial mais calibroso encontrado em anfíbios, dele surgem
ramicações que passam seguindo pela superfície do crânio, O ramo maxilar entra pelo
canto do osso da mandíbula e segue ate a síse na porção frontal da mandíbula.
A presença dos tecidos adiposos mandibulares foi registrada nas famílias
Microhylidae (Chiasmocleis albopunctata, Dermatonotus muelleri, Elachistocleis ovalis);
Hylidae (Bokermannohyla alvarengai, B. circumdata, B. nanuzae, B. pseudopseudis, B.
saxicola, Dendropsophus bipunctatus, D. cruzi, D. elegans, D. melanargyreus, D. nanus, D.
rubicundulus, D. sanborni, D. werneri, D. minutus, D. goiana, Hypsiboas albopunctatus,
H. lundii, H. raniceps, Lysapsus caraya, Phyllomedusa azurea, Pseudis bolbodactyla,
Trachycephalus venulosus, Scinax fuscovarius, Scinax sp.); Leptodactylidae (Leptodactylus
fuscus, L. mystacinus); Leiuperidae (Eupemphix nattereri, Physalaemus cuvieri, Physalaemus
sp.) e Ranidae (Lithobates catesbeianus).