Download PDF
ads:
1
Universidade Católica de Pelotas
Escola de Psicologia e Escola de Saúde
Mestrado em Saúde e Comportamento
Estudos urodinâmicos sobre o uso da manobra de
Valsalva na micção nos homens com hérnia
inguinal acima de 50 anos
Mestrando: Hsu Yuan Ting
Orientador: Ricardo Tavares Pinheiro
Pelotas, Brasil
2006
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
Agradeço aos meus pais,
minha mulher e meu filho,
pela compreensão e pelo apoio durante essa longa batalha.
ads:
3
ÍNDICE
I – ABREVIATURAS UTILIZADAS ..................................................05
II – INTRODUÇÃO ................................................................................06
1. Hérnia inguinal ......................................................................06
1.1 A manobra de Valsalva ..................................................07
2. Sintomas do trato urinário inferior (LUTS) ..............................08
2.1 Hiperplasia Benigna de Próstata (HBP) ..............................08
2.2 Disfunção detrussora ...................................................09
3. LUTS e hérnia inguinal .............................................................11
III – OBJETIVO .................................................................................13
IV – METODOLOGIA .......................................................................14
1. Definição da população alvo ...................................................14
2. Definição do instrumento ...................................................15
3. Definição dos parâmetros ...................................................16
4. Técnica de mensuração ...................................................18
5. Análise dos dados ...................................................19
6. Estratégia de busca de bibliografia .........................................21
6.1 Definição das terminologias do trabalho .....................21
6.2 Cruzamento das terminologias na bibliografia eletrônica ....21
6.3 Consulta por e-mails com especialistas no assunto ..............22
Tabela 1 Terminologias usadas para a pesquisa ...............................23
4
V – ASPECTO ÉTICO ......................................................................24
VI – CRONOGRAMA ......................................................................25
VII – ORÇAMENTO ......................................................................26
VIII – BIBLIOGRAFIA ......................................................................27
IX – ARTIGO PARA PUBLICAÇÃO ..................................................31
5
I - ABREVIATURAS UTILIZADAS
1. LUTS: sintomas do trato urinário inferior (em inglês: Lower Urinary
Tract Symptom)
2. HBP: Hiperplasia Benigna de Próstata
3. PSA: antígeno prostático específico (em inglês: Prostate Specific
Antigen).
4. FURG: Fundação Universidade Federal de Rio Grande
5. ABEP: Associação Brasileira de Estudos Populacionais
6. IPSS: Pontuação internacional de sintomas prostáticos (em inglês:
International Prostate Symptom Score)
7. URA: Resistência uretral média
8. Pw: Contratilidade isométrica detrussora
6
II - INTRODUÇÃO
1. Hérnia inguinal
A hérnia inguinal é uma entidade comum
(1)
, acomete todas as
idades e ambos os sexos, sendo mais freqüente no masculino. Esta
patologia consiste na migração do conteúdo abdominal (epiploon ou
alça intestinal) para região inguinal
(2,3,4)
, provocando a dor durante o
esforço, limitando a pessoa na sua atividade física. Algumas vezes o
conteúdo emigrado sofre o estrangulamento e isquemia, o que torna
uma emergência cirúrgica.
A sua fisiopatologia está relacionada principalmente à diminuição
das fibras colágenas da parede abdominal e ao aumento da pressão
intra-abdominal
(2,3,4)
. O aumento da pressão intra-abdominal está
presente em várias condições: gravidez, ascite, obesidade, uso crônico
da manobra de Valsalva e outras
(2,3,4)
.
O tratamento da hérnia é cirúrgico e o uso da tela sintética para a
sua correção tem sido rotineira, com alto índice de sucesso
(2,3,4)
.
7
1.1. A manobra de Valsalva
Esta manobra consiste na prensa abdominal para aumentar a
força física e várias pessoas estão sujeitas ao seu uso crônico, tais como
os trabalhadores braçais e pessoas que sofrem de tosse crônica
(2,3,4)
.
8
2. Sintomas do trato urinário inferior (LUTS)
O chamado de LUTS (Low Urinary Tract Symptoms) é uma série
de sintomas relacionados com distúrbios miccionais
(5)
, que incluem
sintomas obstrutivos: jato fraco, esforço miccional (manobra de
Valsalva), jato intermitente, hesitação, gotejamento miccional,
incontinência paradoxal e sensação incompleta do esvaziamento vesical;
e sintomas irritativos: urgência, polaciúria, dor supra-púbica e nictúria
(5)
. Várias causas estão relacionadas ao LUTS, mas geralmente os
sintomas descritos aparecem após 50 anos de idade, quando começa a
aumentar a prevalência da hiperplasia benigna de próstata (HBP)
(6)
e a
disfunção detrussora
(7)
.
2.1 HBP
A HBP é o crescimento da glândula prostática e é a doença
urológica de maior prevalência em homens com idade superior a 50
anos
(6)
. Devido à sua alta freqüência e aos gastos decorrentes de seu
tratamento, é considerado um problema de saúde pública em vários
países
(6)
.
9
A etiologia deste crescimento está relacionada à idade avançada,
desequilíbrio hormonal e à hereditariedade
(6)
. Devido à sua posição
anatômica, o aumento da glândula prostática acarreta constrição da luz
uretral, causando a obstrução mecânica à passagem da urina. Além
disso, as fibras musculares presentes no interior da glândula, da uretra e
do colo vesical, quando hipertrofiadas, elevam seu tônus, contribuindo
assim também para a obstrução urinária
(6)
.
O diagnóstico de HBP é feito pelos sintomas clínicos, exame
físico, dosagem sérica de PSA (Prostate Specific Antigen) e exame
histopatológico. A ultrassonografia e o exame urodinâmico também
auxiliam na avaliação
(6)
.
O tratamento de HBP pode ser medicamentoso ou cirúrgico. As
medicações mais usadas são os alfa-bloqueadores (doxazosina,
tamsulosina, etc.) e a finasterida
(5,6)
. A cirurgia é reservada para casos
mais avançados: retenção urinária, insuficiência renal, hematúria e
sintomas severos sem melhora com tratamento clínico
(5,6)
.
2.2 Disfunção detrussora
A disfunção detrussora pode ser hiperativa ou hipocontratil
(5)
. No
detrussor hiperativo, a pressão vesical se eleva durante a fase de
10
enchimento. Ocasionalmente pode provocar incontinência urinária de
urgência, e geralmente um espessamento das fibras detrussoras
(5)
.
Muitas vezes a hiperatividade detrussora está relacionada à obstrução
prostática.
A hipocontratilidade detrussora pode causar retenção urinária ou
incontinência urinária por transbordamento
(5)
. A degeneração das fibras
musculares tem sido cogitada para explicar o fato, e pode estar
relacionada ao envelhecimento fisiológico ou à obstrução prostática na
fase avançada
(5)
.
11
3. LUTS e hérnia inguinal
As duas patologias são comuns após 50 anos de idade
(1,5)
. Muitos
autores acreditam que exista relação entre a hérnia e LUTS, provocada
pela obstrução prostática
(8,9)
, pois o esforço miccional é um dos
sintomas citados e que o uso crônico dessa prensa abdominal (a
manobra de Valsalva) para melhorar o jato urinário provocaria a rnia
inguinal
(2,3,4,8,9)
. relato que demonstra maior prevalência da hérnia
nas pessoas que apresentam a HBP
(9)
.
Seguindo este raciocínio, uma das condutas popularizadas no
meio médico é encaminhar todos os pacientes portadores de hérnia
inguinal acima de 50 anos para uma avaliação prostática antes da
correção cirúrgica da hérnia
(2,3,4)
. Isso ocorre mesmo que os pacientes
não relatem nenhum sintoma urinário, prolongando assim, o sofrimento
do paciente que tem a urgência de ser tratado.
O surgimento do exame urodinâmico trouxe melhor
conhecimento sobre os padrões miccionais e o uso da manobra de
Valsalva nos pacientes com obstrução prostática tem sido questionado
por vários urodinamicistas
(10,11,12)
. Abrams e seus pesquisadores
investigaram a utilização da prensa abdominal nos indivíduos com
12
obstrução prostática, usando o estudo urodinâmico como instrumento
da mensuração. O resultado apontou que não houve diferença em quem
usa Valsalva tanto nos obstruídos quanto nos o obstruídos e que a
Valsalva também não contribuiu para melhora do jato urinário
(11)
.
Jensen et al observaram que os indivíduos com obstrução prostática e
usavam manobra de Valsalva, continuaram fazendo a mesma manobra
depois da cirurgia de desobstrução. Concluíram que talvez o uso da
prensa abdominal seja do hábito pessoal, sem relação com a obstrução
urinária
(12)
.
Estes dados sugerem que a manobra de Valsalva, na população
geral, não está associada à obstrução prostática. poucos trabalhos
que investigaram esta relação na população com hérnia inguinal e
questionam-se: seriam estes pacientes mais suscetíveis ao uso desta
manobra durante a micção? A presença da manobra nesta população
estaria relacionada à obstrução prostática ou a outros fatores, tais como
disfunção detrussora?
13
III - OBJETIVO
Este trabalho tem por objetivo verificar a associação entre os
achados urodinâmicos dos portadores de hérnia inguinal acima dos 50
anos de idade e o uso da manobra de Valsalva durante a micção.
14
IV - METODOLOGIA
1. Definição da população alvo
Os pacientes são encaminhados para realizar os estudos
urodinâmicos pelos ambulatórios de cirurgia geral do Hospital Santa
Casa de Rio Grande e pelo Hospital Fundação Universidade Federal de
Rio Grande (FURG), seguindo os critérios de inclusão:
- Portador de hérnia a qual tenha surgido após 50 anos de idade;
- Ausência de cirurgia prostática ou uretral previa;
- Ausência de doença neurológica que comprometesse a função
miccional.
15
2. Definição do instrumento
O instrumento utilizado para mensuração é o estudo urodinâmico.
A razão desta escolha é que este exame é o padrão ouro dos estudos
miccionais. Nenhum outro exame fornece simultaneamente dado como
a pressão abdominal e intravesical, essenciais para a análise da presença
de manobra de Valsalva durante o ato miccional.
16
3. Definição dos parâmetros
Os parâmetros a serem pesquisados são: idade, nível sócio-
econômico - de acordo com a “Associação Brasileira de Estudos
Populacionais” (ABEP)-, lateralização da hérnia inguinal, as
pontuações de “International Prostate Symptom Score” (IPSS), o
período de tempo que compreende entre o surgimento da hérnia ao
momento da avaliação, a pressão abdominal máxima miccional - para
definir a manobra de Valsalva -, o resíduo miccional, a resistência
uretral média (URA) e a contratilidade isométrica detrussora (Pw). A
URA é o parâmetro obstrutivo, a Pw está relacionada com a
contratilidade detrussora. O resíduo miccional é um indicador da
disfunção vesical
(13)
.
A manobra de Valsalva é definida como pressão intra-abdominal
igual ou acima de 25cmH
2
O
(11,14)
, logo no início ou durante a micção.
Tomou-se o cuidado de excluir o aumento da pressão abdominal
provocado por tosse. Os parâmetros como a URA e a Pw são
calculados usando o programa de Mediur AV-2000
(15)
. Considera-se o
resíduo miccional aumentado quando for maior ou igual a 50ml (20%
do volume instilado). O valor da URA é considerado obstruído quando
17
for maior ou igual a 28. o valor de Pw é considerado normal quando
maior ou igual a 40cmH
2
O
(15)
.
Existem vários parâmetros para definir a obstrução prostática. Os
mais usados são nomogramas de Abrams-Griffiths e a URA
(16,17,18)
.
Estes programas geralmente apresentam concordância razoável quanto
ao
resultado da obstrução
(16,18,19)
. Entretanto o nomograma de Abrams-
Griffiths é menos confiável quando a contração detrussora for fraca
(13)
,
razão que justifica a escolha da URA como parâmetro obstrutivo.
18
4. Técnica de mensuração
Antes de iniciar o exame urodinâmico, os pacientes são
solicitados para esvaziar a bexiga e depois são colocados dois cateteres
uretrais. Um cateter tem diâmetro de 8ºF, o qual serve para instilação da
água destilada, e outro cateter tem diâmetro de 6ºF, o qual, por sua vez,
serve para a medição da pressão intravesical. Um outro cateter retal é
colocado na ampola retal para a medição da pressão abdominal. Após a
mensuração do volume urinário residual, a água destilada é instilada até
250ml e o cateter de 8ºF é retirado. O paciente inicia então a micção. O
cateter de 6ºF e a sonda retal são removidos logo após a micção.
19
5. Análise estatística
Os dados são digitados com dupla entrada no programa EPI-INFO
6.0
(20)
. As análises são executadas no programa SPSS (versão 10.0)
(21)
. É
realizada uma análise univariada para caracterização da amostra, a qual
consiste em descrever as freqüências, distribuições das variáveis, além de
verificar possíveis pontos de corte. Para a análise bivariada inicial é realizado
teste t-student não pareado na comparação de médias em relação ao desfecho
Valsalva. A partir disso, utiliza-se o teste do Qui-quadrado com correção de
Yates. Na análise multivariada, utiliza-se a regressão logística não
condicional. Nesta análise é utilizado o modelo hierárquico: no primeiro nível
entram as variáveis idade e nível sócio-econômico; no segundo, as medidas
que apresentam significância na comparação das médias e que são
dicotomizadas de acordo com o parâmetro definido anteriormente. O
objetivo deste ajuste é verificar se as variáveis do primeiro plano são
potenciais mediadores da associação com o desfecho Valsalva.
No modelo hierarquizado, cada bloco de variáveis de um determinado
nível é incluído e as variáveis com um valor do p<0,20 no teste de razões de
verossimilhança, permanecem no modelo. Nesse tipo de modelo, as variáveis
situadas em um nível hierárquico superior ao da variável em questão são
20
consideradas como potenciais fatores de confusão da relação entre essa
variável e o desfecho em estudo. as variáveis situadas em níveis inferiores
são consideradas como potenciais mediadores da associação. As variáveis
selecionadas em um determinado nível permanecem nos modelos
subseqüentes e são consideradas como fatores associados à presença de
Valsalva, ainda que, com a inclusão de variáveis hierarquicamente inferiores,
tenham perdido sua significância.
21
6. Estratégia de busca de bibliografia
6.1 Definição das terminologias do trabalho
A pesquisa do trabalho inicia com a busca de bibliografia. A fim
de facilitar a busca, é necessário definir as palavras chaves e
terminologias utilizadas nos artigos. Na presente pesquisa as palavras
importantes são: hérnia, manobra de Valsalva, hiperplasia benigna de
próstata, sintoma do trato urinário inferior, estudo urodinâmico,
preensão abdominal, fator de risco. A tabela 1 mostra as terminologias
em português e seus sinônimos em outros idiomas.
6.2 Cruzamento das terminologias na bibliografia eletrônica
Após determinar as palavras chaves, bem como seus sinônimos,
iniciaram-se as buscas na bibliografia eletrônica, cruzando os termos
encontrados. Três principais bases eletrônicas foram exaustivamente
pesquisadas para obter artigos relevantes: Medline, Lilacs e Google.
Foram encontrados 182 resumos relevantes, dos quais 35 foram
selecionados para artigos bibliográficos.
22
6.3 Consulta por e-mails com especialistas no assunto
Alguns especialistas no assunto também foram contatados para
esclarecer algumas dúvidas:
x Dra. Miriam Dambros:
x Dr. Marcio Prado: [email protected]
x Dr. Paulo Sogari: sogari@yahoo.com
x Sociedade Brasileira de Urologia: www.sbu.org.br
23
Tabela 1 Terminologias usadas para a pesquisa
Termologia em
português
Em inglês Em espanhol
Hérnia Hernia Hernia
Manobra de Valsalva Valsalva´s maneuver;
straining
Maniobra de Valsalva
Urodinâmica Urodynamic Urodinamica
Hiperplasia benigna de
próstata, adenoma
prostático, hipertrofia
benigna de próstata,
prostatismo.
Benign prostatic
hyperplasia, prostatic
hyperplasia, prostatic
adenoma, benign
prostatic hypertrophy,
prostatism
Hiperplasia benigna de
próstata, adenoma
prostático, hipertrofia
benigna de próstata,
prostatismo.
Fator de risco Risk factor Factor de riesgo
Preensão abdominal straining Aprehensión abdominal
Sintoma do trato urinário
inferior (STUI)
Lower urinary tract
symptom (LUTS)
Sintoma del tracto
urinário inferior
Hipocontratilidade
detrussora
Hypocontractility
detrusor
Detrusor hipoactivo
Mediur AV-2000 Mediur AV-2000 Mediur AV-2000
24
V - ASPECTO ÉTICO
O projeto da pesquisa foi entregue á Comissão de Pesquisa e
Ética do Hospital Santa Casa do Rio Grande em março de 2003.
Todos os pacientes encaminhados para a realização dos estudos
urodinâmicos assinaram termo de consentimento.
25
VI – CRONOGRAMA
O projeto será desenvolvido conforme o seguinte cronograma:
Atividade Início Término
Revisão bibliográfica Março 2003 Outubro 2005
Execução do trabalho Maio 2003 Novembro 2005
Análise dos dados Outubro 2005 Outubro 2005
Redação do artigo
científico
Novembro 2004 Novembro 2005
Revisão do artigo
científico
Novembro 2005 Fevereiro 2006
Envio do artigo
científico
Julho 2006
Defesa de tese Julho 2006
26
VII – ORÇAMENTO
O quadro abaixo mostra o orçamento para a realização do projeto.
Não houve financiamento para tal, por essa razão os recursos para sua
execução foram disponibilizados pelo mestrando.
Itens Unidades Custo/Unidade
R$
Custo total R$
Folhas impressas 5 pacotes de 500
folhas
9,00 45,00
Cateteres uretrais 200 0,45 90,00
Sondas retais 100 9,00 900,00
Estudo
urodinâmico
100 0,00 0,00
Materiais diversos
(gaze, PVPI, etc)
100 5,00 500,00
Locação da sala 25 vezes 20,00 500,00
Total
2.035,00
27
VIII – BIBLIOGRAFIA
1. Abramson JH, Gofin J, Hopp C, Makler A: The epidemiology of
inguinal hernia. Journal of Epidemiology and Community Health. 1978;
32: 59-67.
2. Speranzini M, Ramos M. Em: Manual do Residente de Cirurgia (3ª
edição), Hérnia da Parede Anterior do Abdome. Editora Guanabara
Koogan S.A. 1988; pp.265-269.
3. Schwartz S, Shires T, Spencer F. Em: Princípios de Cirurgia (5ª edição),
Hérnia da Parede Abdominal, Vol. 2. Editora Guanabara Koogan S.A.
1991; pp. 1274-90.
4. Shackelford. Em: Cirugía del Aparato Digestivo (3ª edición). Vol. 5.
Editorial medica Panamericana. 1991; pp. 103-163.
5. Walsh PC, Retik AB, Vaughan Jr. ED, Wein AJ: In: Campbell´s
Urology (7
th
ed.), Epidemiology, etiology, pathophysiology, and
diagnosis of Benign prostatic hyperplasia. Philadelphia, W.B. Saunders
Company. 1998; pp. 1429-1452.
28
6. Bendhack DA, Damião R: Prostatismo e HPB. Em: Guia Prático de
Urologia (1ª edição). BG Editora e Produções Culturais Ltda. 1999; pp.
79-83.
7. Holm NR, Horn T, Smedts F, Nordling J, de la Rossette J. The detrusor
muscle cell in bladder outlet obstruction--ultrastructural and
morphometric findings. Scand J Urol Nephrol. 2003; 37(4):309-15.
8. Bermudez AMT: Hernia inguinal y prostatismo. Arch. Esp. De
Urologia. 1994; 47 (1): 19-21.
9. Thompson IM, Wesen CA: Prostatism and inguinal hernia. Southern
Medical Journal. 1982; 75(11): 1342-1344.
10.Jülke M, Schmid R, Thalmann Ch, Enzler M, Knönagel H, Schwarz H:
Leistenhernie als folge gestörter Blasenentleerung? Helv. Chir. Acta.
1992; 59: 331-334.
11.Reynard JM, Peters TJ, Lamond E, Abrams P: The significance of
abdominal straining in men with lower urinary tract symptoms. British
Journal of Urology. 1995; 75: 148-153.
12.Jensen KME, Bruskewitz RC, Iversen P, Madsen PO: Abdominal
straining in benign prostatic hyperplasia. The Journal of Urology. 1983;
129(1): 44-47.
29
13. Abrams PH, Griffiths DJ: The assessment of prostatic obstruction from
urodynamic measurements and from residual urine. Br. J. Urol. 1979;
51: 129-134.
14.Cobb WS, Burns MJ, Kercher WK, Matthews BD, Norton HJ, Heniford
BT: Normal Intraabdominal Pressure in Healthy Adults. Journal of
Srugical Research. 2005; 129(2):231-5.
15.Salinas J, Virseda M: Mediur AV-2000 un nuevo programa informático
y gráfico en la valoración del prostatismo.Urodinamica Aplicada. 1995;
8 (1): 21-30.
16. Griffiths D, Hafner K, van Mastrigt R, Rollema HJ, Spangherg A,
Gleason D: Lower Urinary Tract Function: Pressure-Flow Studies of
Voiding, Urethral Resistance and Urethral Obstruction. Neurourol.
Urodyn. 1997; 16: 521-532.
17.Carlos A. L. D´Ancona, Nelson R. Netto Jr. Em: Aplicações clinicas da
urodinâmica (3ª edição), Avaliação urodinâmica. Editora Atheneu.
2001; pp. 53-64.
18.Chamorro MV, Casado JS, Agudelo JAA, Ajubita HF y Estévez LR:
Modelos urodinámicos en el análisis de los estudios presión-flujo del
varón adulto. Arch. Esp. de Urol. 1998; 51 (10): 1011-1020.
30
19. Eckhardt MD, van Venrooij GE, Boon TA: Urethral resistance factor
(URA) versus Schafer's obstruction grade and Abrams-Griffiths (AG)
number in the diagnosis of obstructive benign prostatic hyperplasia.
Neurourol Urodyn. 2001; 20(2):175-85.
20.Dean AH. Epi Info version 6: a word processing database and statistical
program for epidemiology on microcomputers. Atlanta: CDC; 1994.
21.Norussis M. SPSS PC +: Statistical Package for Social Sciences.
Chicagos: SPSS Inc; 1994.
31
IX – ARTIGO
Estudos urodinâmicos sobre o uso da manobra de
Valsalva na micção nos homens com hérnia
inguinal acima de 50 anos
Autores: Hsu Yuan Ting
Ricardo Tavares Pinheiro
Miriam Dambros
Instituições: Universidade Católica de Pelotas; Hospital Fundação
Universidade Federal de Rio Grande; Hospital Santa Casa de Rio Grande.
Endereço para correspondência:
Dr. Hsu Yuan Ting
Rua Benjamin Constant, 310, Centro, Rio Grande, RS. CEP 96200-090
Fax: 53 3231-6731
32
Resumo
Objetivo
: Verificar se a presença de manobra de Valsalva durante a micção
em pacientes portadores de hérnia inguinal está associada aos achados
urodinâmicos específicos.
Método
: homens portadores de hérnia inguinal, com idade igual ou superior a
50 anos, que compareceram ao ambulatório de cirurgia geral no período de
maio de 2003 a novembro de 2005, foram submetidos ao estudo urodinâmico,
sendo avaliados principalmente a resistência uretral média (URA), a
contratilidade isométrica detrussora (Pw) e o resíduo miccional. Os pacientes
foram divididos em um grupo sem uso da manobra de Valsalva durante a
micção (grupo I) e outro com presença da manobra (grupo II). Inicialmente, os
dados foram expressos através das médias dos parâmetros analisados; após
foram dicotomizados conforme os valores de referência; e, para análise
estatística, empregou-se o teste do qui quadrado e regressão logística não
condicional.
Resultado
: Participaram 100 pacientes, com média de idade de 64,2 anos (DP
de +-9,7 anos). O grupo I foi composto por 52 pacientes e o grupo II, por 48
pacientes. As médias dos parâmetros urodinâmicos foram comparadas entre os
dois grupos. Constatou-se que o grupo que realizava manobra de Valsalva
33
durante a micção apresentava uma contratilidade detrussora comprometida
(p<0,01) e um resíduo miccional aumentado (p<0,02). Ao utilizar-se a
regressão logística para expressar as razões de odds, foi encontrado OR de
2,57 (IC 95%: 1,09-6,06) no grupo de hipocontratilidade detrussora.
Conclusão
: a manobra de Valsalva durante a micção associa-se com a
presença de hipocontratilidade detrussora em portadores de hérnia inguinal.
Palavras chaves:
hérnia inguinal, manobra de Valsalva, obstrução infravesical,
hipocontratilidade detrussora.
34
Introdução
Na investigação da hérnia inguinal nos pacientes acima dos 50 anos de
idade, o sistema urinário geralmente recebe uma atenção especial, pois é a
idade em que também surge a hiperplasia benigna da próstata
(1,2)
. Acredita-se
que exista uma relação entre as duas doenças
(3,4,5)
, que a obstrução
infravesical prostática pode obrigar o indivíduo a usar a prensa abdominal a
fim de melhorar o jato urinário, conhecida como a manobra de Valsalva. Esta
manobra aumenta a pressão intra-abdominal que pode ser responsável pelo
surgimento da hérnia inguinal
(6,7)
. Sendo assim, uma das condutas
popularizadas no meio médico é encaminhar os portadores de hérnia inguinal
acima de 50 anos para uma avaliação prostática antes da herniorrafia
(3,4,5)
.
A literatura sobre a associação entre a manobra de Valsalva e a
obstrução prostática é confusa
(6,7,8,9,10)
, assim como há pouca investigação
sobre o uso desta manobra com outros distúrbios miccionais, principalmente
nos indivíduos com hérnia inguinal.
O objetivo da presente pesquisa clínica é associar a manobra de
Valsalva durante a micção e os achados urodinâmicos específicos: resistência
35
uretral, contratilidade detrussora e resíduo miccional, nos pacientes acima dos
50 anos de idade com hérnia inguinal.
36
Material e método
Foi delineado um estudo transversal, envolvendo pacientes portadores
de hérnia inguinal, encaminhados por dois ambulatórios de Cirurgia Geral
existentes da cidade de Rio Grande, no período de maio de 2003 a novembro
de 2005, para realização de estudo urodinâmico, e que preenchiam os critérios
de inclusão. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética dos dois hospitais e os
participantes assinaram os consentimentos informados.
Critérios de inclusão
- Portador de hérnia a qual tenha surgido após 50 anos de idade;
- Ausência de cirurgia prostática ou uretral previa;
- Ausência de doença neurológica que comprometesse a função
miccional.
Os participantes foram submetidos ao estudo urodinâmico, segundo a
padronização da Sociedade Internacional de Continência (2002). Emprega-se
dois cateteres uretrais, um de número 6 fr, para medir a pressão intravesical, e
outro de número 8 fr, para infusão da água destilada. A mensuração da pressão
intra-abdominal é realizada através de um cateter retal. Com a bexiga vazia a
37
água destilada é instilada até 250ml e em seguida o cateter de 8 fr é retirado, o
paciente então inicia a micção para o registro do estudo miccional, o resíduo
miccional é medido após o termino do estudo miccional.
Os dados coletados foram: idade, níveis socioeconômicos de acordo
com a “Associação Brasileira de Estudos Populacionais” (ABEP),
lateralização da hérnia inguinal, as pontuações de “International Prostate
Symptom Score” (IPSS), a duração entre o surgimento da hérnia até o
momento da avaliação, a pressão abdominal máxima miccional para definir a
manobra de Valsalva, o resíduo miccional, a resistência uretral média (URA) e
a contratilidade isométrica detrussora (Pw)
(11)
. A presença da manobra de
Valsalva foi definida como pressão abdominal igual ou acima de
25cmH
2
O
(10,12)
, logo antes ou durante a micção. Tomou-se o cuidado de
excluir o aumento da pressão abdominal provocado por tosse. Considera-se o
resíduo miccional aumentado quando for maior ou igual a 50ml (20% do
volume instilado). Os parâmetros URA e Pw foram calculados através do
programa Mediur AV-2000
(13)
. A URA é considerada obstruída quando for
maior ou igual a 28 o valor de Pw é considerado normal quando maior ou
igual a 40cmH
2
O
(11,13)
.
38
De acordo com os resultados do estudo urodinâmico, os pacientes foram
divididos em dois grupos. Grupo I, os que não usam Valsalva, e grupo II, os
que empregaram a manobra durante a micção.
Análise estatística
Os dados foram digitados com dupla entrada no programa EPI-INFO
6.0. As análises foram executadas no programa SPSS (versão 10.0). Foi
realizada uma análise univariada para caracterização da amostra, descrever as
freqüências, distribuições das variáveis, além de verificar possíveis pontos de
corte. Para a análise bivariada inicial foi realizado teste t-student não pareado
na comparação de médias em relação ao desfecho Valsalva. A partir disto,
utilizou-se o teste do Qui-quadrado. Na análise multivariada, utilizou-se a
regressão logística não condicional. Nesta análise foi utilizado o modelo
hierárquico: no primeiro nível entraram os variáveis níveis socioeconômicos e
idade; no segundo, as medidas que apresentaram significância na comparação
das médias e que foram dicotomizadas de acordo com o parâmetro definido
anteriormente. O objetivo deste ajuste é verificar se as variáveis do primeiro
plano são potenciais mediadores da associação com o desfecho Valsalva.
No modelo hierarquizado, cada bloco de variáveis de um determinado
nível foi incluído e as variáveis com um valor do p<0,20 no teste de razões de
39
verossimilhança permaneciam no modelo. Nesse tipo de modelo, as variáveis
situadas em um nível hierárquico superior ao da variável em questão são
consideradas como potenciais confundidores da relação entre essa variável e o
desfecho em estudo. as variáveis situadas em níveis inferiores são
consideradas como potenciais mediadores da associação. As variáveis
selecionadas em um determinado nível permaneceram nos modelos
subseqüentes e foram consideradas como fatores associados à presença de
Valsalva, mesmo que com a inclusão de variáveis hierarquicamente inferiores,
tenham perdido sua significância.
40
Resultados
Compareceram para estudo urodinâmico 129 portadores de hérnia
inguinal, no período de maio de 2003 a novembro de 2005. Vinte e nove
pacientes foram excluídos, pois não preencheram os critérios de inclusão. Cem
pacientes entraram na análise do trabalho, com idades entre 50 a 95 anos e
média de 64,2 anos (DP 9,7 anos). Quanto aos níveis socioeconômicos, 17%
eram da classe B, 52% da classe C e 31% da classe D. Não houve paciente da
classe A nem da classe E. A média de duração da hérnia até o momento da
avaliação foi de 17,3 meses (DP 15,2 meses). Vinte e cinco por cento eram
hérnia bilateral e 75% eram unilateral. Quanto aos sintomas prostáticos,
quarenta e cinco pacientes eram assintomáticos ou apresentavam
sintomatologia leve (IPSS 7); trinta pacientes tinham sintomatologia
moderada (IPSS = 8 a 19) e vinte e cinco homens apresentavam
sintomatologia severa (IPSS 20). Uma atenção especial foi dada ao item de
IPSS por estar relacionada com a obstrução infravesical prostática, pacientes
de cada grupo de sintomatologia foram divididos conforme o uso da manobra
de Valsalva durante a micção, numa simples análise não apresentou diferença
significativa entre os dois grupos (Gráfico 1).
41
Foram encontrados 48 pacientes (48%) no grupo I (sem uso da
Valsalva) e 52 (52%) no grupo II (com uso da manobra). As médias dos dados
coletados dos dois grupos estão na Tabela 1. Observa-se que na comparação
das médias de dois grupos, apenas a contratilidade detrussora (p<0,01) e
resíduo miccional (p<0,02) apresentam diferenças estatisticamente
significativa. Isso significa que, o grupo que usou a manobra teve a média de
contratilidade detrussora mais baixa e um resíduo miccional maior; enquanto
que o parâmetro URA teve as médias semelhantes entre os dois grupos,
indicando que a manobra de Valsalva, nesse trabalho, não está associada ao
fator obstrutivo.
Em uma segunda análise, depois de dicotomizar as medidas que
apresentaram diferença significativa (Pw e resíduo miccional), foi utilizada a
regressão logística para expressar as razões de odds (OR). Após o ajuste para
os variáveis níveis socioeconômicos e idade, a hipocontratilidade apresentou
cerca de 2,57 (IC 95% 1,09-6,06) vezes mais chance de estar presente
naqueles que executam a manobra de Valsalva. Entretanto, ao ajustarmos o
resíduo miccional, este perde força e não apresenta associação (Tabela 2).
42
Discussão
Várias doenças, tais como: a doença bronco-pulmonar oclusiva crônica
(DBPOC), a hiperplasia benigna de próstata (HBP) e a neoplasia colo-retal,
são citadas como favorecedoras da hérnia inguinal por estar associado ao uso
crônico da manobra de Valsalva
(3,4,5)
. O portador de HBP pode aumentar a
pressão intra-abdominal para melhorar o jato urinário acima de 120cmH
2
O
(6)
,
suficientemente grande para causar a hérnia. relatos de maior incidência de
hérnia nos pacientes que foram submetidos à prostatectomia por HBP
(7)
.
Por este motivo, quando os cirurgiões gerais recebem os pacientes com
hérnia inguinal acima de 50 anos, eles os encaminham para urologistas para
avaliação prostática. A persistência do uso da manobra de Valsalva reduziria o
sucesso da herniorrafia, e esses pacientes, muitos sem sintomas prostáticos, só
receberiam o tratamento após a espera da avaliação
(3,4,5)
.
Os urodinamicistas questionaram essa associação entre a manobra de
Valsalva e a obstrução infravesical causada pela próstata. Abrams e seus
pesquisadores investigaram a utilização da prensa abdominal nos indivíduos
com obstrução prostática, usando o estudo urodinâmico como instrumento da
mensuração. O resultado dessa pesquisa apontou que a freqüência do uso da
43
Valsalva é semelhante nos obstruídos e não obstruídos e que a manobra
também não contribuiu para melhora do jato urinário
(10)
. Jensen et al
observaram que os indivíduos com obstrução prostática continuaram fazendo
a mesma manobra depois da cirurgia de desobstrução. Eles concluíram que
talvez o uso da prensa abdominal seja do hábito pessoal, sem relação com a
obstrução urinária
(9)
.
Estes dados sugerem que a manobra de Valsalva, na população geral,
não esteja relacionada com a obstrução prostática. Apesar disso, poucos
trabalhos investigaram essa questão em portadores de hérnia inguinal: seriam
estes pacientes mais suscetíveis ao uso desta manobra durante a micção? Qual
distúrbio miccional a manobra de Valsalva estaria associada?
No presente estudo, a prevalência encontrada sobre o uso da manobra
de Valsalva durante a micção foi de 52%, dados similares aos encontrados na
literatura, que varia entre 30-80%
(9,10)
nos pacientes acima de 50 anos com
sintomas do trato urinário inferior (LUTS).
Ao buscar a informação sobre os possíveis fatores associados à manobra
de Valsalva, foram comparadas as médias dos parâmetros urodinâmicos do
grupo que não usou a manobra com o que usou. Foi encontrada nessa
comparação a diferença estatisticamente significativa nos dois parâmetros:
contratilidade detrussora (Pw) e resíduo miccional, demonstrando que o grupo
44
que usou a manobra de Valsalva apresentou uma contratilidade detrussora
mais fraca e maior resíduo miccional. O parâmetro obstrutivo utilizado neste
estudo (URA) não apresentou a significância estatística.
Em uma segunda análise, a contratilidade detrussora e o resíduo
miccional foram dicotomizados com a finalidade de utilizar o teste de
regressão logística para calcular a força de associação (odds ratio:OR), que
consiste em categorizar a pw em contratilidade normal ou hipocontratil e o
resíduo miccional em normal ou aumentado. Na análise com ajuste para os
variáveis idade e níveis socioeconômicos, a hipocontratilidade detrussora
apresentou OR de 2,57 (IC 95%: 1,09-6,06). Porém o resíduo miccional
perdeu a força de associação e OR foi de 1,65 (IC 95% 0,65-4,43), indicando
que apenas as pessoas com hipocontratilidade detrussora tiveram maior
chance de utilizar a manobra de Valsalva durante a micção.
45
Conclusão
Os pacientes com hérnia inguinal acima de 50 anos de idade que usam a
manobra de Valsalva durante a micção tem como o principal fator a
hipocontratilidade detrussora. A hipótese de que a obstrução prostática levaria
a uma micção com o emprego de Valsalva não foi comprovada por esta
amostragem; mesmo assim, a avaliação urológica através do estudo
urodinâmico previa à herniorrafia provavelmente é necessária para auxiliar a
detecção dos pacientes com maior risco de recidiva.
46
Bibliografia
1. Bendhack DA, Damião R: Prostatismo e HPB. Em: Guia Prático de
Urologia (1ª edição). BG Editora e Produções Culturais Ltda. 1999; pp.
79-83.
2. Walsh PC, Retik AB, Vaughan Jr. ED, Wein AJ: In: Campbell´s
Urology (7
th
ed.), Epidemiology, etiology, pathophysiology, and
diagnosis of Benign prostatic hyperplasia. Philadelphia, W.B. Saunders
Company. 1998; pp. 1429-1452.
3. Speranzini M, Ramos M. Em: Manual do Residente de Cirurgia (3ª
edição), Hérnia da Parede Anterior do Abdome. Editora Guanabara
Koogan S.A. 1988; pp.265-269.
4. Schwartz S, Shires T, Spencer F. Em: Princípios de Cirurgia (5ª edição),
Hérnia da Parede Abdominal, Vol. 2. Editora Guanabara Koogan S.A.
1991; pp. 1274-90.
5. Shackelford. Em: Cirugía del Aparato Digestivo (3ª edición). Vol. 5.
Editorial medica Panamericana. 1991; pp. 103-163.
6. Bermudez AMT: Hernia inguinal y prostatismo. Arch. Esp. De
Urologia. 1994; 47 (1): 19-21.
47
7. Thompson IM, Wesen CA: Prostatism and inguinal hernia. Southern
Medical Journal. 1982; 75(11): 1342-1344.
8. Jülke M, Schmid R, Thalmann Ch, Enzler M, Knönagel H, Schwarz H:
Leistenhernie als folge gestörter Blasenentleerung? Helv. Chir. Acta.
1992; 59: 331-334.
9. Jensen KME, Bruskewitz RC, Iversen P, Madsen PO: Abdominal
straining in benign prostatic hyperplasia. The Journal of Urology. 1983;
129(1): 44-47.
10.Reynard JM, Peters TJ, Lamond E, Abrams P: The significance of
abdominal straining in men with lower urinary tract symptoms. British
Journal of Urology. 1995; 75: 148-153.
11.Chamorro MV, Casado JS, Agudelo JAA, Ajubita HF, Estévez LR:
Modelos urodinámicos en el análisis de los estudios presión-flujo del
varón adulto. Arch. Esp. de Urol. 1998; 51 (10): 1011-1020.
12.Cobb WS, Burns MJ, Kercher WK, Matthews BD, Norton HJ, Heniford
BT: Normal Intraabdominal Pressure in Healthy Adults. Journal of
Srugical Research. 2005; 129(2):231-5.
13.Salinas J, Virseda M: Mediur AV-2000 un nuevo programa informático
y gráfico en la valoración del prostatismo.Urodinamica Aplicada. 1995;
8 (1): 21-30.
48
Gráfico 1 : Número de paciente conforme as pontuações de IPSS e a manobra
de Valsalva
12
13
23
13
17
22
0
5
10
15
20
25
IPSS 7 IPSS 8 a 19 IPSS 20
sem Valsalva
com Valsalva
49
Tabela 1 As médias dos dados segundo classificação do grupo
Grupo URA Pw Resíduo miccional
I
s/ Valsalva
Média
(DP)
42,61
(19,79)
53,55
(27,65)
29,17
(35,67)
II
c/ Valsalva
Média
(DP)
48,18
(23,7)
39,26*
(24,63)
53**
(58,54)
* p<0,01
**p<0,02
50
Tabela 2 A análise de regressão logística bruta e ajustada das medidas
urodinâmicas para presença de manobra de Valsalva
Parâmetros Odds ratio bruto
(IC95%)
Odds ratio ajustado*
(IC95%)
Resíduo
miccional
2,29 (0,91-5,77) 1,65 (0,65-4,43)
Pw 2,95 (1,30-6,68) 2,57 (1,09-6,06)
* ajustado para idade e nível socioeconômico e entre as medidas
urodinâmicas.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo