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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU
KELLY FERNANDA GALVÃO CHIQUETO
Comparação das alterações cefalométricas produzidas pelos
aparelhos MARA e Bionator no tratamento da Classe II, 1ª divisão
BAURU
2008
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KELLY FERNANDA GALVÃO CHIQUETO
Comparação das alterações cefalométricas produzidas pelos
aparelhos MARA e Bionator no tratamento da Classe II, 1ª divisão
Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de
Bauru, da Universidade de São Paulo para
obtenção do título de doutor em Odontologia.
Área de concentração: Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. José Fernando Castanha
Henriques
BAURU
2008
CHIQUETO, Kelly Fernanda Galvão
C444c Comparação das alterações cefalométricas
produzidas pelos aparelhos MARA e Bionator no
tratamento da Classe II, 1ª divisão / Kelly Fernanda
Galvão Chiqueto. – Bauru, 2008.
210p. il.; 30cm
Tese. (Doutorado) – Faculdade de Odontologia de
Bauru. Universidade de São Paulo.
Orientador: Prof. Dr. José Fernando Castanha
Henriques
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos,
a reprodução total ou parcial desta tese, por processos
fotocopiadores e outros meios eletrônicos.
Assinatura do autor:
Data:
Comitê de Ética da FOB-USP
Protocolo nº: 103/2006
D
ata
: 2
9/
11
/06
FOLHA DE APROVAÇÃO
DADOS CURRICULARES
KELLY FERNANDA GALVÃO CHIQUETO
17 de dezembro de 1979
Santos – SP
Nascimento
Filiação Geraldo Fernandes Chiqueto
Maria José Galvão Chiqueto
1999 - 2002 Curso de graduação em Odontologia pela
Faculdade de Odontologia de Bauru da
Universidade de São Paulo.
2002 1º lugar no Provão do MEC
Prêmio – Bolsa CAPES para Mestrado.
2003 Curso de aperfeiçoamento em Ortodontia pela
ACOPEN.
2003 - 2005 Curso de Pós-graduação em Ortodontia, em
nível de Mestrado, na Faculdade de
Odontologia de Bauru da Universidade de São
Paulo.
2005 - 2008 Curso de Pós-graduação em Ortodontia, em
nível de Doutorado, na Faculdade de
Odontologia de Bauru da Universidade de São
Paulo.
ASSOCIAÇÕES SBPqO - Sociedade Brasileira de Pesquisas
Odontológicas.
DEDICO ESTE TRABALHO
Primeiramente, a DEUS,
que me deu a vida e sempre esteve ao meu lado, abençoando-me
com Seu imenso amor.
Senhor, eu só tenho a agradecer por tantas graças concedidas, que me
possibilitaram viver muitos momentos de verdadeira alegria. Agradeço
pelas pessoas que colocastes em minha vida, principalmente meus
maravilhosos pais, minha amada irmã e meu queridíssimo Sérgio, pois
certamente contribuíram para o meu crescimento espiritual. Obrigada
por iluminar o meu caminho e por me dar forças para superar minhas
incertezas e meus obstáculos.
Saber que posso confiar em Ti, me conforta profundamente e me traz
uma imensa paz.
Senhor, fazei de mim um instrumento de Vossa
paz!
Onde houver
ódio, que eu leve o amor,
Onde houver
ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver
discórdia, que eu leve a união.
Onde houver
dúvida, que eu leve a .
Onde houver
erro, que eu leve a verdade.
Onde houver
desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver
tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver
trevas, que eu leve a luz!
Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
É perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a
vida eterna!
(Oração pela Paz / Oração de São Francisco)
Aos meus queridos pais, Chiqueto e Maria José, pelo amor e dedicação sempre
presentes durante a minha vida, por nunca medirem esforços para a minha formação, e
pelo apoio e incentivo constantes na busca dos meus objetivos. Saibam que esta
conquista também é de vocês!
Ao querido Sérgio, pelo amor, carinho e atenção de sempre, pelo exemplo de
determinação e vontade, conduzindo as situações com objetividade e inteligência,
virtudes que me incentivaram a seguir em frente nesta caminhada.
Viver ao seu lado, faz tudo valer a pena!
À minha querida irmã, Karen, um anjo enviado por Deus na minha vida. Obrigada por
se lembrar de mim nas suas orações, pela torcida na realização deste trabalho e pelos
momentos de afeto e alegria que passei com você e com o Christiano, o Matheus e a
Gabriela.
A todos vocês, dedico este trabalho.
AGRADECIMENTO ESPECIAL
Ao meu orientador,
Prof. Dr. JOSÉ FERNANDO CASTANHA HENRIQUES,
que me confiou esta pesquisa clínica e me incentivou imensamente na execução deste
trabalho. Certamente sua maneira serena de ser favoreceu uma realização agradável e
tranquila deste estudo. Obrigada pelo carinho e respeito com que sempre me tratou, e
pelos estímulos constantes para participar de atividades acadêmicas que contribuíram
para a minha formação profissional. Foi uma honra tê-lo como meu orientador.
MINHA ETERNA GRATIDÃO!
Minha gratidão
Aos docentes da disciplina de Ortodontia da FOB-USP, responsáveis pela minha formação em
Ortodontia, pelos valiosos conhecimentos transmitidos, imprescindíveis para meu
aprimoramento profissional e científico.
Ao Prof. Dr. Marcos Roberto de Freitas, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em
Ortodontia, ao nível de Doutorado, minha eterna gratidão pelos votos de confiança e pela
oportunidade de prosseguir na minha formação acadêmica.
Ao Prof. Dr. Guilherme Janson, chefe do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e
Saúde Coletiva, pelo conhecimento transmitido, principalmente pelos ensinamentos sobre
estatística e cefalometria, passados ainda na época do Mestrado, e que muito contribuíram
para uma metodologia mais confiável, desta pesquisa.
Ao Prof. Dr. Arnaldo Pinzan, pelo carinho com que sempre me dirigiu a palavra, preocupando-
se com o meu desenvolvimento teórico e prático da Ortodontia.
Ao Prof. Dr. Renato Rodrigues de Almeida, pela simpatia e pelo entusiasmo que sempre
demonstrou ao ensinar, repassando seus conhecimentos com tanta satisfação, que incentivava
a busca pelo conhecimento.
Ao Prof. Dr. Décio Rodrigues Martins, pela atenção, paciência e carinho que sempre me
tratou e pelo exemplo de dedicação e amor à carreira docente.
Tenho muito orgulho de tê-los como meus MESTRES!
Meus sinceros agradecimentos.
Aos meus tios, tias, primos e primas que, mesmo distantes, estiveram de certa forma
envolvidos e torcendo pela realização dos meus objetivos.
Aos colegas do curso de Doutorado Alexandre, Carlos Cabrera, Carlos Henrique, Darwin,
Fernando Pedrin, Fernando Torres, Lívia, Marcus, Marise, Paula, Rafael e Renata, pelos
momentos de descontraída confraternização, pela agradável convivência e pelas experiências
trocadas. Foi uma honra em tê-los como meus colegas de curso.
Aos colegas do curso de Doutorado 2003, Analu Brandão, Célia Pinzan, Fabrício Valarelli,
Fernanda Angelieri, José Eduardo Prado, Karina Freitas, Karina Lima, Leniana Neves, Rejane
Beltrão, Rodrigo Cançado e Ricardo Navarro, pela amizade, carinho e consideração.
Aos colegas do curso de Doutorado 2007, em especial à Mayara, Janine, Rachelle,Tassiana,
Danilo, Luiz Philipe e Celso, pela harmoniosa convivência.
Aos colegas do curso de Mestrado 2007, Bruno, Camila, Fabiano, Francylle, Luiz Eduardo,
Juliana, Mariana, Michele, Nuria, Oscar, Renata, Rubem, Thaís, Vanessa, Wiliam, pelos
momentos descontraídos vivenciados na clínica, fazendo com que os períodos de atendimento
na clínica tornassem muito mais agradáveis.
Aos funcionários da Disciplina de Ortodontia da FOB-USP, Vera, Neide e “tia” Maria, pela
eficiência e por toda a amizade e atenção durante o nosso convívio. Ao Sérgio, pela dedicação
na realização da parte laboratorial desta pesquisa. À Cristina e Luciana, pelo imenso carinho
que sempre me trataram, pela disponibilidade e pela dedicação, mantendo a clínica sempre
abastecida com o material necessário. Agradeço ainda ao Daniel (Bonné) que, com muita
paciência e bom humor, “ressuscitou” o computador várias vezes, permitindo a digitalização
dos traçados cefalométricos deste estudo.
Aos meus pacientes, especialmente os da amostra do MARA, pela alegre convivência, pela
confiança em mim depositada, possibilitando-me a realização desta pesquisa.
Ao Prof. Dr. José Roberto Lauris, pela dedicação com que sempre trabalhou, transmitindo
seus conhecimentos estatísticos de maneira bastante acessível.
Aos funcionários da biblioteca, pela dedicação e prestimosidade com que sempre me
atenderam tão logo solicitados.
Aos funcionários da Seção Pós-Graduação, pela atenção e serviços prestados nas inúmeras
vezes que precisei.
Agradecimentos Administrativos
Ao Prof. Dr. Luiz Fernando Pegoraro, Diretor da Faculdade de Odontologia de
Bauru – USP.
À Prof.ª Dr.ª Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado,
Presidente da Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de
Bauru – USP.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
pela bolsa concedida durante a realização deste curso de Doutorado e pelo
auxílio PROAP que permitiram a Faculdade de Odontologia de Bauru comprar o
material utilizado nesta pesquisa.
RESUMO
Comparou-se os efeitos proporcionados pelos aparelhos MARA e
Bionator no tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão. Utilizou-se uma
amostra de 66 jovens, divididos igualmente em três grupos: Grupo MARA, com
idade inicial média de 11,99 anos e tratado por meio do aparelho MARA por um
período médio de 1,11 ano; Grupo Bionator, com idade inicial média de 11,27 anos e
tratado por meio aparelho Bionator por um período médio de 1,51 ano; e Grupo
Controle, com idade inicial média de 11,63 ano e observado por um período médio
de 1,18 ano, sem nenhum tratamento. Utilizou-se as telerradiografias em norma
lateral para comparar os três grupos quanto às variáveis cefalométricas das fases
inicial e final. Posteriormente, realizou-se a anualização das alterações das variáveis
no Grupo Bionator, para compará-lo aos outros dois grupos. Para estas
comparações, aplicou-se a ANOVA a um critério e o teste de Tukey. Os resultados
revelaram que ambos os aparelhos proporcionaram os seguintes efeitos: restrição
do crescimento maxilar, nenhuma alteração do desenvolvimento mandibular,
melhora da relação maxilomandibular, aumento da altura facial ântero-inferior e
inclinação anti-horária do plano oclusal funcional. No arco superior, os incisivos
foram lingualizados e retruídos e os molares foram distalizados nos dois grupos
tratados, porém com maior quantidade de distalização dos molares no Grupo MARA,
o qual também apresentou maior inclinação distal e intrusão dos molares superiores.
No arco inferior, ambos os aparelhos causaram uma vestibularização e protrusão
nos incisivos, e uma inclinação mesial dos molares, sendo que o MARA promoveu
uma vestibularização maior e uma restrição do desenvolvimento vertical dos
incisivos. Por fim, os aparelhos MARA e Bionator proporcionaram uma melhora
significante nos trespasses horizontal e vertical e na relação molar, sendo que a
correção do trespasse vertical e da relação molar foi maior no Grupo MARA.
Palavras-chave: Má Oclusão de Angle Classe II; Aparelhos Ativadores; Avanço
Mandibular
ABSTRACT
Comparison of cephalometric changes induced by MARA and Bionator
appliances on the treatment of Class II, division 1
The effects produced by MARA and Bionator appliances on the Class II,
division 1 treatment were compared. A sample of 66 young individuals was equally
divided into three groups: MARA Group, with an initial mean age of 11.99 years,
treated with MARA for a mean period of 1.11 year; Bionator Group, with initial mean
age of 11.27 years, treated with Bionator appliance for a mean period of 1.51 year;
and the Control Group, with initial mean age of 11.63 years, and followed for a mean
period of 1.18 year with no treatment. The lateral cephalograms was used to
compare the three groups, considering the cephalometric variables from the initial
and final phases. Then, the variable changes were annualized in the Bionator Group
to compare it with the others groups. For these comparisons, the analysis of
variance and Tukey test were applied. The results showed that both appliances
produced the following effects: maxillary growth restriction, no change on mandibular
development, improvement of maxilomandibular relationship, increase of lower
anterior facial height and counterclockwise rotation of the functional occlusal plane.
In the maxillary arch, the incisors were retruded and the molars were distalized in the
two treated groups, but with more quantity of molars distalization in the MARA Group,
which also showed a distal inclination of molars long axis and intrusion of these
teeth. In the mandibular arch, both appliances caused buccal tipping and protrusion
of the incisors, and mesial inclination of molars long axis, with more buccal tipping
and vertical development restriction of the incisors in the MARA Group. At last, the
MARA and Bionator allowed significant improvement of overjet, overbite and molar
relationship, with more correction of overjet and molar relationship in the MARA
Group.
Keywords: Malocclusion, Angle Class II; Activator Appliances; Mandibular
Advancement
LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Componentes do aparelho dispostos no kit MARA. Um kit foi
doado pela SDS Ormco (Orange/CA, EUA) e dois kits foram
comprados com auxílio financeiro da PROAP-CAPES/FOB...........
61
Figura 2
Coroas de aço para os primeiros molares superiores (A) e
inferiores (B)....................................................................................
62
Figura 3
Peças do MARA utilizadas para o avanço mandibular. A - Alças
verticais curtas (acima) e longas (abaixo). B - Anéis espaçadores
de 1 a 4mm. C - Componentes do MARA.......................................
62
Figura 4
A
lça vertical com tamanho original (à esquerda) e com tamanho
reduzido, após a remoção do excesso posterior (à direita).............
64
Figura 5
Inserção de anéis na alça vertical para o avanço gradual
progressivo da mandíbula...............................................................
64
Figura 6
Fotografias extra e intrabucais iniciais de uma paciente com 10,5
anos de idade que se encontrava no final do segundo período
transitório do desenvolvimento da dentição....................................
66
Figura 7
Fotografias extra e intrabucais da paciente durante o tratamento
com o aparelho de reposicionamento anterior da mandíbula
(MARA)............................................................................................
67
Figura 8
Fotografias extra e intrabucais da paciente ao final do tratamento
ortopédico, após um ano de utilização do aparelho MARA.............
68
Figura 9
Componentes do aparelho Bionator................................................ 69
Figura 10
Aplicação clínica do aparelho Bionator............................................ 69
Figura 11
Traçado cefalométrico e pontos utilizados...................................... 74
Figura 12
Planos e linhas de referência utilizados.......................................... 75
Figura 13
Grandezas cefalométricas esqueléticas.......................................... 78
Figura 14
Grandezas cefalométricas dentárias superiores e inferiores........... 80
Figura 15
Grandezas cefalométrica referentes às relações dentárias............ 81
Figura 16
Valores médios da idade inicial de cada grupo............................... 102
Figura 17
Valores médios do tempo de observação de cada grupo............... 103
Figura 18
Valores médios do trespasse horizontal inicial, medido nos
modelos de gesso............................................................................
105
Figura 19
Distribuição percentual e quantitativa da amostra quanto à
severidade da má oclusão avaliada pela relação molar..................
105
Figura 20
Distribuição percentual e quantitativa da amostra quanto à
severidade da má oclusão avaliada pela relação dos caninos........
106
Figura 21
Sobreposição dos traçados médios iniciais dos três grupos........... 108
Figura 22
Valores encontrados por McNamara para o comprimento maxila
r
e os valores correspondentes para o comprimento mandibular e a
AFAI, em pacientes com oclusão normal........................................
110
Figura 23
Sobreposição no plano palatino, centrado em ENA, dos traçados
médios iniciais dos três grupos........................................................
111
Figura 24
Sobreposição no plano mandibular, centrado na sínfise, dos
traçados médios iniciais dos três grupos.........................................
112
Figura 25
Sobreposição na linha SN, centrado em S, dos traçados médios
totais inicial e final do Grupo MARA...............................................
113
Figura 26
Sobreposição na linha SN, centrado em S, dos traçados médios
totais inicial e final do Grupo Bionator...........................................
114
Figura 27
Sobreposição na linha SN, centrado em S, dos traçados médios
totais inicial e final do Grupo Controle...........................................
114
Figura 28
Sobreposição no plano palatino, centrado em ENA, dos traçados
médios inicial e final da maxila do Grupo MARA............................
117
Figura 29
Sobreposição no plano palatino, centrado em ENA, dos traçados
médios inicial e final da maxila do Grupo Bionator........................
117
Figura 30
Sobreposição no plano palatino, centrado em ENA, dos traçados
médios inicial e final da maxila do Grupo Controle........................
118
Figura 31
Sobreposição no plano mandibular, centrado na sínfise, dos
traçados médios inicial e final da mandíbula do Grupo MARA......
119
Figura 32
Sobreposição no plano mandibular, centrado na sínfise, dos
traçados médios inicial e final da mandíbula do Grupo Bionator..
120
Figura 33
Sobreposição no plano mandibular, centrado na sínfise, dos
traçados médios inicial e final da mandíbula do Grupo Controle..
120
Figura 34
Sobreposição na linha SN, centrado em S, dos traçados médios
totais finais dos três grupos avaliados.............................................
122
Figura 35
Sobreposição no plano palatino, centrado em ENA, dos traçados
médios finais da maxila dos três grupos avaliados.........................
125
Figura 36
Sobreposição no plano mandibular, centrado na sínfise, dos
traçados médios finais da mandíbula dos três grupos....................
127
Figura 37
Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas do
Componente Maxilar nos três grupos avaliados..............................
128
Figura 38
Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas do
Componente Mandibular nos três grupos avaliados.......................
130
Figura 39
Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas do
Componente Relação Maxilomandibular nos três grupos
avaliados..........................................................................................
132
Figura 40
Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas do
Padrão de Crescimento nos três grupos avaliados.........................
133
Figura 41
Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas do
plano oclusal e das alturas faciais nos três grupos avaliados.........
134
Figura 42
Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas que
avaliam a inclinação e a posição sagital dos incisivos, nos três
grupos avaliados..............................................................................
136
Figura 43
Valores médios das alterações das variáveis 1-PP, 6-PP, 6-
ENAperp e 6.PP nos três grupos avaliados....................................
137
Figura 44
Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas que
avaliam a inclinação e o posicionamento sagital dos incisivos, nos
três grupos avaliados.......................................................................
138
Figura 45
Valores médios das alterações das variáveis 1-GoMe, 6-GoMe,
6-Pogperp e 6.GoMe, nos três grupos avaliados............................
139
Figura 46
Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas que
avaliam as relações dentárias, nos três grupos avaliados..............
140
Figura 47
Percentual das alterações dentoesqueléticas na correção de
Classe II...........................................................................................
141
Figura 48
Tratamento da Classe II com o aparelho MARA sem o aparelho
ortodôntico fixo associado, ao início do tratamento (superior), na
instalação do aparelho (meio) e ao final da ortopedia (inferior).....
144
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Médias, desvios-padrão, mínimos e máximos das idades iniciais,
finais, do tempo de observação e da severidade inicial dos jovens
nos três grupos................................................................................
60
Tabela 2
Relação entre a largura mésio-distal dos molares com o número
da coroa de aço (Ormco).................................................................
63
Tabela 3
Resultados do teste t pareado e da fórmula de Dahlberg,
utilizados para a avaliação dos erros sistemáticos e casuais,
respectivamente..............................................................................
85
Tabela 4
Resultados da Análise de Variância, do teste de Tukey e do Qui-
quadrado para verificar a compatibilidade entre os grupos..........
86
Tabela 5
Resultados da ANOVA e do teste de Tukey para avaliar a
compatibilidade cefalométrica dos Grupos MARA, Bionator e
Controle na fase inicial do tratamento (T1)......................................
87
Tabela 6
Resultados do teste t pareado na comparação intragrupo das
fases inicial e final do Grupo MARA................................................
89
Tabela 7
Resultados do teste t pareado na comparação intragrupo das
fases inicial e final no Grupo Bionator...........................................
91
Tabela 8
Resultados do teste t pareado na comparação intragrupo das
fases inicial e final no Grupo Controle...........................................
92
Tabela 9
Resultados da ANOVA e do teste de Tukey na comparação das
variáveis cefalométricas entre os três grupos estudados, na fase
final do tratamento (T2)...................................................................
94
Tabela 10
Resultados da comparação das alterações das variáveis
cefalométricas dos Grupos MARA e Controle e das alterações
anualizadas do Grupo Bionator, por meio da ANOVA e do teste
de Tukey..........................................................................................
96
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................
21
2 REVISÃO DA LITERATURA .........................................................................
24
2.1 A má oclusão de Classe II .................................................................... 24
2.1.1 Características cefalométricas da má oclusão de Classe II ..... 25
2.1.2 Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial na má oclusão
de Classe II ...............................................................................
29
2.2 Tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão com ortopedia
funcional ...............................................................................................
33
2.2.1 Tratamento da Classe II, divisão 1 com o aparelho Bionator .... 38
2.2.2 Tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão com o
MARA e outros aparelhos funcional fixos .................................
48
2.2.2.1 Descrição do aparelho MARA .............................. 53
3 PROPOSIÇÃO .................................................................................................
56
4 MATERIAL E MÉTODOS
.................................................................................
57
4.1 MATERIAL ............................................................................................. 57
4.1.1 Amostra ....................................................................................... 57
4.1.2 Descrição dos aparelhos utilizados pelos grupos experimentais 61
4.1.2.1 MARA ............................................................................ 61
4.1.2.2 Bionator ........................................................................ 69
4.2 MÉTODOS ............................................................................................. 70
4.2.1 Método Radiográfico ................................................................... 70
4.2.2 Traçado anatômico ..................................................................... 71
4.2.3 Demarcação dos pontos cefalométricos ..................................... 72
4.2.4 Planos e linhas de referência ...................................................... 74
4.2.5 Grandezas cefalométricas esqueléticas ..................................... 76
4.3.6. Grandezas cefalométricas dentárias .......................................... 78
4.3.7. Relações dentárias .................................................................... 81
4.4. Análise estatística ................................................................................. 82
4.4.1. Erro do método .......................................................................... 82
4.4.2. Compatibilidade da amostra ...................................................... 82
4.4.3 Comparações intra e intergrupos ................................................ 83
5 RESULTADOS ..................................................................................................
84
5.1 Erro do método .................................................................................... 84
5.2 Avaliação da compatibilidade entre os grupos .................................... 86
5.3 Comparações intra e intergrupos ........................................................ 88
6 DISCUSSÃO .....................................................................................................
97
6.1 Características da amostra .................................................................. 97
6.2 Considerações da metodologia ........................................................... 99
6.3 Erro do método .................................................................................... 100
6.4 Compatibilidade da amostra ................................................................ 101
6.4.1 Idade inicial ................................................................................. 102
6.4.2 Tempo de observação ................................................................ 102
6.4.3 Severidade inicial da má oclusão ................................................ 104
6.4.4 Compatibilidade da distribuição dos gêneros ............................. 106
6.4.5 Compatibilidade cefalométrica inicial .......................................... 107
6.5 Resultados das comparações intragrupos das fases inicial e final ..... 112
6.6 Comparação intergrupos da fase final ................................................. 122
6.6.1 Componente maxilar ................................................................... 122
6.6.2 Componente mandibular ............................................................. 123
6.6.3 Relação Maxilomandibular .......................................................... 123
6.6.4 Padrão de Crescimento .............................................................. 124
6.6.5 Componente dentoalveolar superior ........................................... 125
6.6.6 Componente dentoalveolar inferior ............................................. 126
6.6.7 Relações Dentárias ..................................................................... 127
6.7 Comparação das alterações cefalométricas ....................................... 128
6.7.1 Componente maxilar ................................................................... 128
6.7.2 Componente mandibular ............................................................. 129
6.7.3 Relação Maxilomandibular .......................................................... 131
6.7.4 Padrão de Crescimento .............................................................. 133
6.7.5 Componente dentoalveolar superior ........................................... 135
6.7.6 Componente dentoalveolar inferior ............................................. 137
6.7.7 Relações dentárias ..................................................................... 140
6.7.8 Percentual das alterações dentoesqueléticas produzidas pelo
aparelho MARA na correção da Classe II ............................................................
140
6.8 Considerações clínicas ........................................................................ 142
7 CONCLUSÕES ................................................................................................. 147
Referências Bibliográficas ................................................................................
148
Apêndice .............................................................................................................
163
Introdução
21
1 INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
O termo aparelho funcional refere-se a uma variedade de aparelhos
removíveis ou fixos destinados a mudar a posição da mandíbula, tanto no sentido
sagital quanto no vertical, resultando em alterações ortodônticas e ortopédicas.
(BISHARA; ZIAJA, 1989).
Apesar da longa história dos aparelhos funcionais, ainda existem
muitas controvérsias relacionadas ao seu uso, efetividade e modo de ação. A
escolha da técnica mais efetiva a ser utilizada no tratamento de pacientes
portadores da má oclusão de Classe II, durante a fase de crescimento, tem sido
tema de grandes debates na literatura ortodôntica. Os defensores de aparelhos
funcionais citam a estimulação do crescimento mandibular causado pelo
posicionamento anterior da mandíbula. (CHANG, et al., 1989; MCNAMARA, et al.,
1985; MEACH, 1966). Os estudos histológicos realizados em animais têm
consistentemente mostrado um aumento significante na atividade celular quando a
mandíbula é mantida avançada. (MCNAMARA; CARLSON, 1979; VOUDOURIS, et
al., 2003a; VOUDOURIS, et al., 2003b). Neste sentido, especula-se que um efeito
similar pode ser produzido em humanos durante o uso de aparelhos funcionais,
auxiliando deste modo na correção da má oclusão de Classe II. (MCNAMARA, et al.,
1985).
Outros autores discordam desta afirmação, acreditando que o maior
crescimento mandibular não ocorre em humanos como tem sido demonstrado em
animais. (JAKOBSSON, 1967). Acredita-se que as alterações ocorridas podem ser
apenas aquelas esperadas com o crescimento normal ou com o tratamento
ortodôntico convencional. (CREEKMORE; RADNEY, 1983; JAKOBSSON, 1967;
NELSON, et al., 1993). Muitas pesquisas têm proposto que a correção da Classe II
obtida com aparelhos funcionais foi decorrente do efeito de restrição do crescimento
maxilar (CREEKMORE; RADNEY, 1983) com uma combinação de alterações
22
Introdução
dentárias tais como a inclinação para lingual dos incisivos superiores e a inclinação
para vestibular dos incisivos inferiores. (BISHARA; ZIAJA, 1989).
Os efeitos esqueléticos e dentários induzidos pelos aparelhos
funcionais são intensamente discutidos na literatura e os estudos são unânimes em
afirmar que os aparelhos funcionais promovem a correção da má oclusão de Classe
II pelo aumento do comprimento mandibular, restrição do crescimento maxilar,
lingualização dos incisivos superiores e vestibularização dos incisivos inferiores.
(BISHARA; ZIAJA, 1989; HIRZEL; GREWE, 1974; WOODSIDE, et al., 1987).
A falta de sucesso dos aparelhos funcionais é atribuída, em algumas
circunstâncias, à falta de colaboração dos pacientes no uso do aparelho e o grau de
severidade da má oclusão. (CLEMMER; HAYES, 1979; CURETON, et al., 1991;
KLOEHN, 1953). Além disso, a falha em alcançar ótimos resultados é atribuída
também à dificuldade de controlar a quantidade e a direção do crescimento
mandibular. Portanto, o aparelho eficiente para correção da Classe II promoveria os
efeitos citados anteriormente e eliminaria a necessidade de colaboração dos
pacientes. Além disso, permitiria a instalação do aparelho fixo unindo numa só fase
as duas etapas (ortopédica e ortodôntica) e tornando o tratamento mais rápido.
Dessa forma, a correção da Classe II seria mais fácil, uma vez que se realiza o
alinhamento e nivelamento ao mesmo tempo em que se corrige a relação ântero-
posterior. Esta vantagem não se observa durante o tratamento da Classe II sem
extração com o uso de aparelho fixo associado ao AEB ou elástico, pois também
exige a cooperação do paciente, assim como os aparelhos funcionais removíveis.
A correção ortopédica da má oclusão de Classe II pode ser alcançada
por aparelhos funcionais removíveis, como o ativador, bionator, o regulador de
função de Fränkel e o Twin-block, ou por aparelhos funcionais fixos que dispensam
a colaboração do paciente, proporcionando resultados mais favoráveis e, portanto,
vêm sendo amplamente utilizados. Além disso, alguns aparelhos fixos funcionais
permitem o uso do aparelho fixo associado, conduzindo a um tratamento mais
eficiente. Exemplos de aparelhos funcionais fixos são: o Herbst, o APM (Aparelho de
Protração Mandibular), o Jasper Jumper, o Twin Force, o Universal Bite Jumper, o
Churro Jumper, o MARA (Mandibular Anterior Repositioning Appliance), entre outros.
Mediante tantas opções, é importante que o ortodontista compreenda o
modo de ação, as vantagens e desvantagens destes aparelhos para aplicá-los
Introdução
23
corretamente, aproveitando ao máximo os benefícios que cada um pode fornecer.
Sendo o MARA um aparelho funcional fixo que atua de maneira diferenciada, pois
permite maior liberdade de movimentação da mandíbula, sem uma conexão
permanente com a maxila, e considerando que existem apenas dois estudos
científicos abordando seus efeitos (GONNER, et al., 2007; PANGRAZIO-
KULBERSH, et al., 2003), torna-se necessário conhecer melhor os efeitos deste
aparelho, realizando-se, para tanto, mais estudos sistemáticos. Considerando esta
necessidade, este estudo tem o propósito de avaliar, por meio da avaliação
cefalométrica, as alterações dentárias e esqueléticas decorrentes do tratamento da
má oclusão de Classe II com o aparelho MARA; e comparar os efeitos do tratamento
da Classe II com os aparelhos MARA e Bionator, e comparar com um grupo controle
de pacientes com a má oclusão de Classe II, divisão 1, não tratados.
24
Revisão da Literatura
2 REVISÃO DA
LITERATURA
2 REVISÃO DA LITERATURA
A revisão da literatura foi desenvolvida de maneira a oferecer
informações quanto às principais características da má oclusão de Classe II, 1ª
divisão, e das duas formas de tratamento a serem avaliadas nesta pesquisa: o
tratamento da Classe II por meio do aparelho MARA e do aparelho Bionator.
2.1 - A má oclusão de Classe II
Um dos primeiros conceitos de oclusão na dentadura normal foi
proposto por Angle (1899), baseando-se nos primeiros molares superiores. As más
oclusões foram classificadas de acordo com a relação oclusal apresentada entre o
primeiro molar superior e o primeiro molar inferior em Classe I, II ou III. Como o
primeiro molar superior era sempre considerado como bem posicionado no
complexo craniofacial, Angle (1899) caracterizou a má oclusão de Classe II como
um relacionamento distal do arco dentário inferior em relação ao superior.
Com o advento da radiografia cefalométrica, observou-se que, além do
determinante dentário, havia ainda fatores esqueléticos envolvidos no
desenvolvimento da má oclusão de Classe II.
Assim, no decorrer do tempo, muitos autores procuraram estabelecer
as principais características cefalométricas encontradas na Classe II, principalmente
por essa má oclusão representar uma significativa porcentagem dos casos tratados
nos consultórios odontológicos (FREITAS, et al., 2002). De acordo com Massler;
Fränkel (1951), a proporção entre Classe I e Classe II, em um estudo da prevalência
Revisão da Literatura
25
das más oclusões em adolescentes americanos entre 14 e 18 anos de idade,
compreendeu 3:1, respectivamente, dado corroborado por Goldstein; Stanton
(1936). Em outro estudo, Ast; Carlos; Cons (1965) verificaram que 23,8% dos
estudantes do nível superior de Nova York possuíam a má oclusão de Classe II.
Mais recentemente, Keski-Nisula et al., (2003), observaram uma prevalência de
33,1% do degrau distal em crianças finlandesas na dentadura mista. Em brasileiros,
Silva Filho; Freitas; Cavassan (1989), observaram uma freqüência de 42% de
Classe II, nas crianças naturais da cidade de Bauru – SP, na faixa etária de 7 a 11
anos. Segundo investigação de Freitas et al. (2002), de 520 pacientes que
realizaram tratamento ortodôntico na Faculdade de Odontologia de Bauru, 50%
apresentavam a má oclusão de Classe II, divisão 1.
2.1.1 – Características cefalométricas da má oclusão de Classe II
As características cefalométricas da Classe II foram investigadas por
Oppenhein (1928), que constatou maior prevalência da falta de desenvolvimento
mandibular, apesar de a maxila ter-se apresentado em menor tamanho nos casos
por ele avaliados, fato corroborado por Balbridge (1941), e Drelich (1948).
Durante muito tempo, a distoclusão dos molares inferiores foi
considerada uma deficiência de crescimento e/ou retroposicionamento da
mandíbula. Um dos primeiros autores a discordar desse fato foi Anderson (1946),
que demonstrou, ao avaliar casos de Classe II, que em muitos deles a mandíbula
apresentava-se normal, com a maxila posicionada anteriormente, criando uma
aparente distoclusão dos molares inferiores.
A partir de então, a discordância de dados apresentou-se como uma
constante na literatura. Renfroe (1948), concluiu que a retrusão mandibular consistiu
na característica mais comumente encontrada na amostra de Classe II por ele
avaliada, porém a mandíbula encontrava-se em tamanho normal, dado este
confirmado por vários autores no decorrer do tempo (BRANDÃO, et al., 2001;
CARTER, 1987; URSI; MCNAMARA JR, 1997). Contudo, outros autores (CRAIG,
1951; NELSON; HIGLEY, 1948; VIGORITO, 1973) observaram um retrognatismo
mandibular acompanhado de um menor comprimento do corpo mandibular nos
pacientes com Classe II.
26
Revisão da Literatura
Com o objetivo de avaliar a freqüência com que ocorrem as principais
características da Classe II e a abordagem terapêutica mais adequada, McNamara
Jr. (1981), analisou telerradiografias em norma lateral de 277 crianças entre 8 e 10
anos. O autor observou que a má oclusão de Classe II pode resultar de várias
combinações entre os componentes esqueléticos e dentários. Porém, as
características mais prevalentes encontradas em sua amostra foram: posição
maxilar retruída ou neutra; dentes ântero-superiores protruídos; retrusão mandibular;
dentes ântero-inferiores bem posicionados e desenvolvimento vertical excessivo do
terço inferior da face.
As características cefalométricas de 50 jovens brasileiros possuindo
Classe II, divisão 1, com idades variando de 9 a 15 anos, foram analisadas por Vale;
Martins (1987). Observaram que a posição maxilar apresentou-se bastante variável,
com discreta tendência ao prognatismo; os incisivos superiores apresentaram-se
protruídos; a posição mandibular mostrou-se com grande variabilidade, com maior
prevalência do retrognatismo mandibular; os incisivos inferiores apresentaram-se
retruídos e houve um desenvolvimento vertical excessivo, representado pela altura
facial ântero-inferior aumentada.
Corroborando os resultados de McNamara Jr. (1981), Karlsen (1994),
verificou uma mandíbula retrognata e de comprimento diminuído, com acentuada
tendência de subdesenvolvimento vertical dos molares superiores e inferiores, em
pacientes possuindo Classe II, 1ª divisão, com ou sem sobremordida profunda.
Contudo, Rosemblum (1995), criticou severamente o estudo realizado
por McNamara Jr. (1981). O autor afirmou que as medidas mais confiáveis para o
correto diagnóstico da Classe II baseiam-se no Plano de Frankfurt e não na linha SN
(utilizada por McNamara Jr.), as quais demonstraram prevalência da protrusão
maxilar em 56,6% dos casos, contra 26,7% de retrusão mandibular, ao contrário dos
dados apresentados por McNamara Jr. (1981).
Henriques et al. (1998), avaliaram longitudinalmente 25 jovens
apresentando má oclusão de Classe II, divisão 1, dos 9 aos 12 anos, não tratados.
Verificaram que, em 75% dos casos, a mandíbula apresentou-se retruída, enquanto
a maxila variou entre retruída, bem posicionada e protruída. O padrão de
crescimento denotou variabilidade, com distribuição uniforme de indivíduos com
predominância de crescimento vertical, horizontal e equilíbrio dos vetores. Os
Revisão da Literatura
27
incisivos superiores apresentaram-se geralmente protruídos e tenderam a perpetuar
esta característica com o crescimento.
A maioria dos autores (CRAIG, 1951; HENRIQUES, et al., 1998;
KARLSEN, 1994; MCNAMARA, 1981; NELSON, 1953; OPPENHEIM, 1928; URSI;
MCNAMARA JR, 1997) afirma que há uma maior prevalência da retrusão mandibular
na má oclusão de Classe II, em detrimento de uma maior protrusão maxilar, como
comprovado mais recentemente por Bertoz et al. (2003) e Santos(2003). Bertoz et
al.(2003) analisaram 55 jovens com má oclusão de Classe II, com idades variando
entre 6 e 11 anos. Em 60% da amostra, a maxila encontrou-se bem posicionada ou
ainda retruída, e a mandíbula apresentou retrusão em relação à base do crânio.
Verificou-se ainda que 60 a 70% dos indivíduos analisados apresentaram
crescimento vertical. Os incisivos superiores demonstraram uma tendência
excessiva de vestibularização e protrusão, e os inferiores, em cerca de 50% da
amostra, estavam vestibularizados, sendo que na outra metade apresentavam-se
bem posicionados e protruídos. Já Santos (2003) observou em 55 jovens brasileiros,
com média de idade de 13,5 anos e má oclusão de Classe II, que: a maxila
encontrava-se bem posicionada e a mandíbula retruída em relação à base do crânio;
a mandíbula apresentava dimensão menor e a maxila normal; o padrão vertical
apresentou-se preponderante, e os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se
inclinados para vestibular.
Porém, Maj, Luzi, Lucchese (1960), Rothstein (1971) e Rothstein; Yoon-Tarlie
(2000) concluíram que a Classe II deveu-se mais a uma protrusão maxilar que ao
menor tamanho mandibular, que apresentava-se normal comparado à oclusão
normal.
Com o intuito de comparar as más oclusões de Classe II, divisão 1 e
Classe II, divisão 2, Pancherz; Zieber; Hoyer (1997) realizaram um estudo com
crianças nas idades de 8 a 10 anos e 11 a 13 anos. Os resultados revelaram que
ambas não são problemas clínicas simples e, com exceção da posição dos incisivos
superiores, não se constatou nenhuma outra diferença morfológica entre elas.
Independentemente da idade, ampla variação na morfologia dentoesquelética
prevaleceu em ambas as más oclusões.
Buscando um maior consenso na literatura, Hitchcock (1973) e Servoss
(1975) afirmaram que as características cefalométricas observadas na Classe II,
28
Revisão da Literatura
divisão 1, constituem-se numa combinação entre protrusão dos dentes ântero-
superiores/prognatismo maxilar associada à retrusão mandibular.
Observa-se na literatura que os resultados pertinentes às
características principais da Classe II divergem bastante. Já Fisk et al. (1953)
afirmaram que a má oclusão de Classe II poderia se apresentar em pelo menos seis
situações: maxila protruída, dentes superiores protruídos, mandíbula
subdesenvolvida, mandíbula com tamanho normal, mas retruída, dentes inferiores
retruídos ou qualquer combinação dos fatores anteriormente citados. Ackerman,
Proffit (1969) relataram que as más oclusões incluídas na mesma classificação de
Angle (1899) poderiam ser somente análogas (mesmo relacionamento oclusal) e
não necessariamente homólogas (com todas as características esqueléticas iguais).
Assim, a má oclusão de Classe II pode estar associada a uma ou à combinação das
seguintes condições:
- protrusão maxilar esquelética adicionada ou não a um tamanho maxilar
aumentado;
- protrusão dentária superior;
- retrusão mandibular esquelética associada ou não a uma mandíbula de tamanho
diminuído;
- retrusão dentária inferior;
- ângulo da base do crânio obtuso.
Giuntini, et al. (2008), para verificar a posição da fossa glenóide,
avaliaram um amostra de 30 pacientes apresentando uma idade média de 9 anos,
má oclusão de Classe II, com retrusão mandibular. As dimensões da mandíbula e
das alturas faciais encontravam-se normais. Os autores encontraram a fossa
glenóide deslocada para posterior, quando comparada a um grupo controle de
oclusão normal.
A falta de consenso sobre as características dentofaciais da Classe II é
um indicador da ampla variabilidade dentro da população (BISHARA, et al., 1997).
Sassouni (1970) analisando a maxila e a mandíbula nos sentidos horizontal e
vertical, apresentou 128 variações da Classe II, com diferentes tipos de tratamento
em consonância com tal variabilidade (BERTOZ, et al., 2003). Esse aspecto torna-se
Revisão da Literatura
29
compreensível à medida que diferentes interações entre os tecidos ósseos,
dentários e moles levam à discrepância dentária descrita como distoclusão
(BISHARA, et al., 1997).
2.1.2 – Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial na má oclusão de Classe II
Os diferentes componentes esqueléticos da má oclusão de Classe II,
descritos anteriormente, ensejam tratamentos individualizados. Porém, muitas
alterações dentárias e esqueléticas ocorridas durante o tratamento ortodôntico e/ou
ortopédico da Classe II decorrem do próprio crescimento e desenvolvimento do
paciente. Devido a isso, torna-se de suma importância o conhecimento do
crescimento e desenvolvimento craniofacial da má oclusão de Classe II para um
correto discernimento dos reais efeitos promovidos por uma mecanoterapia e
àqueles inerentes ao crescimento e desenvolvimento craniofacial do paciente.
Observa-se na literatura duas correntes científicas em relação ao
crescimento craniofacial na má oclusão de Classe II. Ambas baseiam-se em dados
diferentes provenientes do crescimento mandibular na má oclusão de Classe II.
Alguns autores afirmam que o comprimento mandibular na má oclusão
de Classe II apresenta-se diminuído em relação aos pacientes portadores da má
oclusão de Classe I (DORSEY; KORABIK, 1977; DRELICH, 1948) e oclusão normal
(BACCETTI, et al., 1997; KARLSEN; KROGSTAD, 1999). De acordo com alguns
autores (BACCETTI, et al., 1997; BUSCHANG, et al., 1988), esse menor
comprimento mandibular nos pacientes Classe II deve-se a menores incrementos de
crescimento na mandíbula comparados aos pacientes apresentando oclusão normal.
Buschang, et al. (1988) observaram que a taxa de crescimento da mandíbula na má
oclusão de Classe II, divisão 1 apresentou-se menor em 0.2mm/ano para o gênero
feminino e 0.4mm/ano para o gênero masculino em comparação à oclusão normal
dos 6 aos 10 anos. Todavia, a partir dos 10 anos de idade a velocidade de
crescimento para a oclusão normal e a má oclusão de Classe II, divisão 1, não
apresentou diferença estatisticamente significante. De acordo com Baccetti, et al.
(1997), os pacientes que possuem má oclusão de Classe II, além de apresentarem
menores incrementos no crescimento sagital mandibular, demonstram maiores
30
Revisão da Literatura
incrementos no crescimento sagital maxilar, quando comparados aos pacientes com
oclusão normal.
Segundo Buschang et al. (1986) o menor comprimento mandibular nos
pacientes apresentando a má oclusão de Classe II estabelece precocemente e se
mantém durante o crescimento mandibular. Assim, pacientes possuindo a má
oclusão de Classe II e oclusão normal demonstraram a mesma velocidade e
aceleração do crescimento dos 11 aos 14 anos de idade, apesar de os pacientes
Classe II apresentarem mandíbulas com menores comprimentos. Portanto, as
diferenças no tamanho mandibular são estabelecidas precocemente, antes dos 11
anos de idade, e mantidas durante a adolescência. Também Bishara (1998), ao
comparar pacientes apresentando a má oclusão de Classe II e oclusão normal, da
dentadura decídua à permanente, concluiu que as diferenças no comprimento e
posicionamento mandibular apresentaram-se mais evidentes nos estágios precoces
do desenvolvimento. A tendência de crescimento foi similar entre os grupos, e os
pacientes Classe II apresentaram uma mandíbula mais retruída nos períodos mais
precoces do desenvolvimento, que se manteve. Após o tratamento com a extração
de quatro pré-molares ou com o uso do aparelho extrabucal cervical e elástico de
Classe II, houve uma normalização da relação esquelética mandibular e
maxilomandibular quando os pacientes tratados foram comparados aos pacientes
com oclusão normal. As mudanças foram mais pronunciadas no grupo tratado por
meio das extrações dentárias.
Porém, de acordo com outros estudos (BISHARA, et al., 1997;
RIESMEIJER, et al., 2004), esse menor comprimento mandibular pode ser
recuperado por um crescimento mandibular tardio observado nos pacientes
apresentando má oclusão de Classe II. Em um estudo longitudinal realizado por
Bishara, et al. (1997), os autores verificaram que os jovens que apresentavam
Classe II, comparados à oclusão normal, demonstraram um menor comprimento e
posicionamento mandibular mais retruído nos estágios precoces de desenvolvimento
do que nos estágios mais tardios, ou seja, na dentadura permanente completa, as
diferenças no comprimento mandibular não foram mais estatisticamente
significantes. Os autores concluíram que o crescimento mandibular nos jovens com
Classe II pode ocorrer num período mais tardio de desenvolvimento (na total
irrupção dos primeiros molares permanentes ou na irrupção dos segundos molares
Revisão da Literatura
31
permanentes), alcançando o desenvolvimento normal da mandíbula observado em
jovens com oclusão normal. De forma semelhante, Riesmeijer et al. (2004)
verificaram um crescimento mandibular tardio nos pacientes Classe II. Após os 14
anos de idade, nenhuma diferença foi encontrada no comprimento mandibular entre
pacientes apresentando Classe II e Classe I, apesar de um menor comprimento
mandibular verificado aos 7 (meninas) ou 9 anos (meninos). Contudo, Pollard;
Mamandras (1995), ao examinarem as alterações do crescimento maxilar e
mandibular em pacientes Classe II, do gênero masculino, dos 16 anos aos 20 anos
de idade, não encontraram diferenças significantes entre o crescimento mandibular
dos pacientes Classe II e de outra amostra controle, composta por pacientes não
tratados, Classe I. A mandíbula, nesse período, cresceu aproximadamente três
vezes mais que a maxila, em torno de 4,3mm, em ambos os grupos.
Por outro lado, outra corrente científica afirma que os pacientes
apresentando a má oclusão de Classe II possuem o mesmo comprimento
mandibular comparados aos pacientes apresentando a má oclusão de Classe I
(ROTHSTEIN; YOON-TARLIE, 2000; SCHUDY, 1965), resultando em uma melhora
dos perfis faciais, que se tornam menos convexos durante o crescimento, com um
maior aumento do ângulo SNB em relação ao SNA, dos 9 aos 18 anos (CHUNG;
WONG, 2002).
Confirmando essa teoria, Mitani, em 2000, afirmou que não há
diferença estatisticamente significante na quantidade de crescimento total da
mandíbula entre a Classe I e II. Na verdade, na má oclusão de Classe II há uma
grande variação na direção de crescimento mandibular. Algumas mandíbulas
crescem para frente e para baixo, mas outras crescem para baixo e para trás,
enquanto que a mandíbula na Classe I não apresenta essa variação tão grande e,
normalmente, cresce para baixo e para frente. Além disso, a época do surto de
crescimento puberal (pico) não apresenta diferença estatisticamente significante
entre a Classe I e II, assim como a quantidade de incrementos de crescimento.
Compartilhando do mesmo raciocínio, vários autores (BERTOZ, et al.,
2003; BUSCHANG, et al., 1988; DRELICH, 1948; KARLSEN; KROGSTAD, 1999;
MCNAMARA, 1981; SANTOS, 2003; URSI; MCNAMARA JR, 1997) afirmam que o
perfil convexo verificado na má oclusão de Classe II, apesar do mesmo comprimento
mandibular observado nesses pacientes em relação àqueles apresentando oclusão
32
Revisão da Literatura
normal, deve-se a um padrão de crescimento mais vertical, que promove uma
rotação mandibular horária, levando a uma maior retrusão mandibular.
Corroborando esses dados, Klocke; Nanda; Kahl-Nieke (2002)
verificaram que os pacientes que cresceram de forma desfavorável, ou seja, o
ângulo ANB aumentou dos 5 aos 12 anos (10 dos 23 pacientes analisados),
possuíam um padrão de crescimento mais vertical. Provavelmente, diferenças no
crescimento na parte posterior da mandíbula foram responsáveis pelo futuro
crescimento favorável ou desfavorável da mandíbula no sentido sagital.
No mesmo ano, Kim; Nielsen (2002) procuraram correlacionar as
diferentes direções do crescimento condilar com a rotação mandibular. Trinta e dois
pacientes possuindo má oclusão de Classe II, não tratados, foram avaliados dos 8
aos 13 anos. Noventa por cento dos pacientes demonstraram rotação anti-horária no
crescimento condilar, mas não houve correlação entre a quantidade de crescimento
condilar e a rotação mandibular. Os autores concluem que a intensidade do
crescimento condilar varia consideravelmente entre os indivíduos, e anualmente em
cada paciente, sugerindo que os clínicos deveriam ser mais conservadores quando
da estimativa do crescimento mandibular nos pacientes Classe II.
Contudo, de acordo com outros autores, outras estruturas craniofaciais
podem determinar a má oclusão de Classe II. Kerr; Hirst (1987) observaram que o
ângulo da base craniana, aos 5 anos, pode ser um bom parâmetro para definir a
relação oclusal aos 15 anos de idade, uma vez que esse ângulo praticamente não
se altera com o crescimento craniofacial. Os resultados desse estudo evidenciaram
valores divergentes para esse ângulo entre os jovens com Classe II (132º) e com
oclusão normal (127º), com valores maiores para a Classe II. Assim, o ângulo da
base craniana, por ser relativamente constante, pareceu determinar a relação
intermaxilar entre os grupos. Todavia, Rothstein; Phan (2001) não encontraram
relação entre a flexão da base craniana e o desenvolvimento da Classe II.
Além disso, segundo Bernstein; Rosol; Gianelly (1976) e You, et al.
(2001), a manutenção da relação dentária de Classe II, apesar do avanço
mandibular para anterior em decorrência do maior crescimento da mandíbula em
relação ao da maxila (gradiente cefalocaudal de crescimento), deve-se à
intercuspidação dentária, que impede que o complexo dentoalveolar inferior
acompanhe o movimento para anterior realizado pela mandíbula permanecendo,
Revisão da Literatura
33
desta maneira, em sincronia (na relação dentária de Classe II) com o complexo
dentoalveolar superior.
Em 1990, Tulloch; Medland; Tuncay (1990) realizaram uma revisão dos
métodos de estudo do crescimento craniofacial na má oclusão de Classe II e sua
influência no tratamento ortodôntico. Realizou-se uma revisão sistemática dos quatro
maiores periódicos ortodônticos entre os anos de 1980 e 1987, identificando 50
estudos relacionados. Os estudos foram classificados de acordo com o tipo de
aparelho empregado, seleção dos pacientes, grupos comparados, coleta dos dados
e análise dos resultados. Os aparelhos mais investigados foram os reguladores
funcionais e o ativador, utilizados associados ou não ao aparelho extrabucal. Apenas
22% dos estudos foram prospectivos. Os autores observaram que devido a índices
múltiplos dos efeitos do tratamento, amostras de tamanho reduzido, metodologias
insatisfatórias e dados incompletos do tratamento, não se pode concluir se o
tratamento ortodôntico influencia o crescimento dos pacientes portadores da má
oclusão de Classe II.
2.2 Tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão com ortopedia funcional
A modificação do crescimento proporcionada pela utilização dos aparelhos
funcionais tem como finalidade corrigir a discrepância entre as bases ósseas,
proporcionando uma melhor condição estética a curto e longo prazo, e, portanto tem
constituído ao longo dos anos uma forma de tratamento de grande aceitação pelos
ortodontistas na correção da má oclusão de Classe II. (BASS, 1983; CHANG, et al.,
1989).
Existem evidências de que a fase ortopédica do tratamento proporciona
diferenciados benefícios à correção da Classe II (BASS, 1983; GRABER, et al.,
1999; LIEBERMAN; GAZIT, 1974; RONDEAU, 1994; YOKOTA, et al., 1993),
principalmente quando há discrepância esquelética advinda da deficiência
mandibular, o que pode ser encontrado na maioria dos pacientes com uma relação
oclusal de Classe II de moderada a severa (KARLSEN; KROGSTAD, 1999;
MCNAMARA, 1981; PROFFIT; TULLOCH, 2002).
Além disso, os estudos constantes na literatura (BASS, 1983; GRABER, et al.,
1999; LIEBERMAN; GAZIT, 1974; RONDEAU, 1994; YOKOTA, et al., 1993)
34
Revisão da Literatura
concordam que os principais benefícios provenientes da correção da má oclusão de
Classe II são alcançados na fase ortopédica do tratamento e compreendem:
1. Coordenação do crescimento maxilo-mandibular (BASS, 1983; GRABER, et al.,
1999; RONDEAU, 1994; YOKOTA, et al., 1993),
2. Melhor estética facial subseqüente ao tratamento, e na fase adulta (BASS, 1983),
3. Equilíbrio precoce da musculatura orofacial (BASS, 1983; LIEBERMAN; GAZIT,
1974; RONDEAU, 1994),
4. Garantia de melhor estabilidade da correção em casos mais severos (BASS,
1983; GRABER, et al., 1999),
5. Diminuição do percentual de pacientes que necessitam de correção ortodôntico-
cirúrgica (BASS, 1983; RONDEAU, B.H., 1994),
6. Redução no risco de fraturas e avulsões dos incisivos superiores (BASS, 1983;
GRABER, et al., 1999; LIEBERMAN; GAZIT, 1974),
7. Menor dependência do crescimento crânio-facial para o sucesso da terapia
corretiva, podendo ser iniciada na época mais oportuna para o paciente (BASS,
1983),
8. Alteração imediata da relação sagital pelo aparelho, motivando a cooperação do
paciente durante a fase ortopédica e mantendo esta motivação na fase de correção
com os aparelhos fixos (BASS, 1983),
9. Redução significativa da necessidade de extrações de dentes permanentes para
a correção da sobressaliência (BASS, 1983; GRABER, et al., 1999; RONDEAU,
1994; YOKOTA, et al., 1993),
10. Menor quantidade de movimentação dentária na fase corretiva (BASS, 1983),
11. Redução do tempo de tratamento com aparelhos fixos, diminuindo seus efeitos
indesejáveis (BASS, 1983; YOKOTA, et al., 1993),
12. Melhora na auto-estima do paciente (LIEBERMAN; GAZIT, 1974; LUEDTKE,
1973).
Os efeitos benéficos do tratamento precoce realizado com bionator ou AEB
sobre o padrão esquelético da má oclusão de Classe II foram, segundo Tulloch, et
al. (1997a), extremamente variáveis e algumas vezes indistinguíveis quando
Revisão da Literatura
35
comparados a um grupo controle sem qualquer tratamento. Para saber se os
benefícios, obtidos na primeira fase, se perpetuariam na fase seguinte do
tratamento, a mesma amostra foi acompanhada por Tulloch; Phillips; Proffit (1998),
que não observaram qualquer diferença na relação dentária ou maxilo-mandibular
entre o grupo de pacientes submetidos precocemente ao tratamento ortopédico com
bionator ou AEB e o grupo controle, que recebeu tratamento ortodôntico em uma
única fase. Em relação ao tempo de tratamento, o grupo tratado em duas fases
apresentou um menor período de permanência com o aparelho fixo, porém o tempo
total de tratamento foi maior para este grupo quando as duas fases foram
contabilizadas.
A utilização de aparelhos funcionais numa fase precoce do desenvolvimento,
buscando otimizar o crescimento esquelético da face foi também avaliado por
Livieratos; Johnston (1995), que compararam os resultados do tratamento realizado
em duas fases (Bionator/Edgewise) com aquele realizado em uma única fase
(Edgewise). Ao final do tratamento as mudanças esqueléticas e dentárias,
responsáveis pela correção da relação molar e trespasse horizontal, foram idênticas
entre os grupos. Contudo, a magnitude das mudanças, medidas durante o
tratamento, diferiu entre os grupos uma vez que o tratamento realizado em dois
estágios iniciou mais cedo e terminou mais tarde, contabilizando cerca de um ano e
meio de acréscimo.
Em 1989, Bishara; Ziaja compulsaram extensamente a literatura pertinente ao
tratamento das más oclusões de Classe II, divisão 1, com os ativadores, os
reguladores de função e os aparelhos fixos, segundo o mecanismo de ação, bem
como a efetividade destes aparelhos. Após a pesquisa bibliográfica, ressaltaram
que: 1- o aparelho funcional é apenas uma das modalidades efetivas no tratamento
da Classe II; 2- os casos de Classe II, divisão 1, ideais para a utilização de
aparelhos funcionais seriam aqueles em que os pacientes se encontrassem na fase
de crescimento, nos quais as extrações dentárias prejudicariam a estética facial,
com os incisivos superiores protruídos e inferiores retruídos, com trespasse vertical
acentuado, e com uma inclinação do plano mandibular de média a plana, e retrusão
mandibular esquelética; 3- o sucesso do tratamento ortopédico depende da
cooperação do paciente e da sua duração nos períodos de crescimento craniofacial;
4- os aparelhos ortopédicos devem ser utilizados por um período de tempo
36
Revisão da Literatura
prolongado, geralmente de um ano e meio a dois anos, para assegurar uma
completa adaptação condilar após o deslocamento inicial na cavidade glenóide; e 5-
a despeito do tipo de aparelho funcional utilizado, afirmaram que a correção da má
oclusão ocorreria de maneira semelhante, ou seja, estimulando o crescimento
mandibular, redirecionando o crescimento maxilar, inclinando os incisivos superiores
para lingual, vestibularizando os incisivos inferiores, bem como promovendo uma
erupção mesial e vertical dos molares inferiores e inibindo a erupção mesial dos
molares superiores. A combinação dos efeitos dentoalveolares (60 a 70%) e
ortopédicos (30 a 40%) permite a correção efetiva da má oclusão de Classe II. Além
disso, a associação da tração alta extrabucal com os ativadores propicia um maior
controle do crescimento vertical da maxila, melhorando conseqüentemente, o
crescimento mandibular no sentido horizontal.
O fato de que os aparelhos ortopédicos promovem alterações esqueléticas
nos maxilares que contribuem para a correção das más oclusões, sobretudo da má
oclusão de Classe II, encontra-se bastante estabelecido e fundamentado na
literatura vigente. (ALMEIDA-PEDRIN, 2003; ALMEIDA, 2000; BALTROMEJUS, et
al., 2002; BASS, 1983; BRANGELI, 2000; CANGIALOSI, et al., 1988; DE ALMEIDA,
et al., 2002; DEVINCENZO, J.P., 1991; FALTIN, et al., 2003; HARALABAKIS, et al.,
2003; PANCHERZ; FISCHER, 2003; RABIE, et al., 2003a; VOUDOURIS;
KUFTINEC, 2000; VOUDOURIS, et al., 2003a; VOUDOURIS, et al., 2003b;
WIESLANDER, 1993; WOODSIDE, 1998). Contudo, as modificações no complexo
côndilo-fossa, favoráveis à correção da má oclusão de Classe II e observadas por
Voudouris et al. (2003a; 2003b), Pancherz; Fischer (2003), Baltromejus; Pancherz
(2002), Rabie; Hägg (2003a) e Rabie et al.(2002; 2003b), são válidas apenas
enquanto o aparelho está sendo utilizado. Após o tratamento ortopédico, tanto as
alterações qualitativas quanto as quantitativas, induzidas no crescimento, tendem a
retornar aos parâmetros pré-tratamento. Pancherz, em 2003, relatou que o período
pós-tratamento foi acompanhado por uma menor quantidade de crescimento e por
um retorno à direção de crescimento condilar mais vertical, semelhante àquela
presente no período pré-tratamento. O remodelamento da fossa, que no período de
tratamento foi redirecionado para anterior, retornou à direção posterior no período
pós-tratamento.
Revisão da Literatura
37
A reversão dos efeitos do tratamento foi também observada por Voudouris;
Kuftinec, em 2000. Na analogia feita pelos autores, a remodelação do côndilo e da
fossa sob a ação dos aparelhos funcionais assemelha-se a uma lâmpada num
reostato. A transdução dos estímulos mecânicos gerados pelos aparelhos funcionais
ao côndilo e à fossa articular intensifica a remodelação óssea que ocorre nesta
região. Contudo, uma vez removido o estímulo mecânico ao final do tratamento, a
remodelação vai diminuindo em intensidade, até atingir um nível basal. Além disso,
os autores afirmaram que o retorno do côndilo à fossa e a restituição da função
muscular ao final do tratamento, sobretudo do digástrico anterior, gera um maior
nível de compressão nesta região, determinando um alto grau de recidiva das
mudanças. (VOUDOURIS, et al., 2003a). Sendo assim, o restrito tempo de
tratamento associado à recidiva pós-tratamento faz com que nenhuma quantidade
clinicamente significante de tecido ósseo adicional esteja presente a longo prazo.
As mudanças a longo prazo no comprimento mandibular foram também
questionadas por DeVincenzo (1991) que não observou qualquer impacto do
tratamento ortopédico com aparelhos funcionais sobre o comprimento mandibular
após 4 anos de observação. Embora o crescimento mandibular tivesse aumentado
substancialmente durante o tratamento, a fase pós-tratamento foi marcada por uma
proporção de crescimento mandibular inferior àquela observada no grupo controle.
Resultados semelhantes foram reportados por Wieslander (1993), quando avaliou os
efeitos a longo prazo do aparelho de Herbst sobre o crescimento mandibular em
pacientes portadores de má oclusão de Classe II severa. O autor observou que o
significativo efeito protrusivo de 3,9mm, ocorrido durante a fase ativa de tratamento,
reduziu para um valor não significante de 1,5mm no período pós-contenção,
igualando-se ao grupo controle composto por pacientes portadores de má oclusão
de Classe II, não tratados.
A literatura tem mostrado que o aumento do crescimento mandibular,
produzido pelos aparelhos funcionais tende a não se perpetuar com o evolver do
tempo, assemelhando-se aos efeitos produzidos por outras modalidades de
tratamento para a Classe II que não incluem estes aparelhos. (CREEKMORE;
RADNEY, 1983; DEVINCENZO, 1991; PANCHERZ; FISCHER, 2003; VOUDOURIS,
et al., 2003a; WIESLANDER, 1993).
38
Revisão da Literatura
Algum efeito restritivo no crescimento maxilar resultante, principalmente, da
utilização do AEB (aparelho extrabucal) associado ou não aos aparelhos funcionais
e fixos, tem se somado à correção da má oclusão de Classe II, compensando parte
da recidiva mandibular (WIESLANDER, 1993), muito embora Bernstein; Ulbrich;
Gianelly (1977) e Gianelly; Valentini (1976) demonstraram por meio de um estudo
cefalométrico, utilizando-se implantes metálicos, que a principal alteração maxilar
decorrente do uso do AEB foi de ordem dentoalveolar. A falta de evidências
científicas referentes à perpetuação dos efeitos ortopédicos gerados pelo aparelho
extrabucal, aparelho de Herbst e ativador foi a principal conclusão da extensa
revisão de literatura realizada por Aelbers; Dermaut, em 1996.
As controvérsias existentes quanto ao modo de ação, se restrito às alterações
dentoalveolares ou esqueléticas com estímulo do crescimento mandibular,
despertaram o interesse de Jakobsson; Paulin (1990) em avaliar a influência do
tratamento com o ativador sobre o crescimento esquelético-facial em jovens com
más oclusões de Classe II, 1ª divisão. Observaram uma diminuição significante do
ângulo ANB no grupo tratado com o ativador, destacando que os jovens do gênero
feminino experimentaram uma redução do crescimento para anterior da maxila,
enquanto que os jovens do gênero masculino apresentaram um maior crescimento
para anterior da mandíbula. Verificaram que o ativador proporcionou uma redução
do crescimento para anterior do ponto A em ambos os jovens, porém mais
pronunciado entre os jovens do gênero feminino. A altura facial anterior total,
visualizada pela distância linear N-Me aumentou significantemente no grupo tratado.
Salientaram ainda que o comprimento efetivo mandibular (Co-Gn) sofreu aumento
nos jovens de ambos os gêneros do grupo tratado com o ativador. A direção de
crescimento alterou-se com maior intensidade no sentido vertical nos jovens do
gênero feminino tratados com o ativador, enquanto que nos jovens do gênero
masculino houve um maior deslocamento para anterior. O plano mandibular não foi
alterado significantemente, não obstante tenha ocorrido um aumento da altura facial
anterior total.
2.2.1 Tratamento da Classe II, divisão 1 com o aparelho Bionator
Um dos primeiros estudos cefalométricos sobre a ação do Bionator foi
publicado por Meach (1966). O autor avaliou e comparou as alterações do perfil
Revisão da Literatura
39
esquelético em três grupos de jovens; dois que receberam o tratamento da Classe II,
divisão 1 por meio de forças extrabucais e aparelhos funcionais e um utilizado como
controle. Observou que o aparelho funcional influenciou favoravelmente a posição
do pogônio para anterior, promovendo uma diminuição do ângulo FMA e aumento do
ângulo facial. Deste modo, o autor verificou uma melhora no perfil esquelético,
devido à normalização do processo de crescimento da Classe II, por meio da
alteração dos componentes verticais e horizontais do complexo dentofacial,
principalmente na região do côndilo mandibular.
Com a finalidade de averiguar e comparar os efeitos dentoesqueléticos
do Bionator, quando utilizado nas fases pré-pubertária e pubertária, Janson (1977)
avaliou cefalometricamente 207 jovens com Classe II, sendo 134 tratados e 73 não
tratados. Obteve telerradiografias ao início e ao final do tratamento, que durou de 12
a 18 meses, após a obtenção de uma relação molar de Classe I e um trespasse
vertical de 2mm. Utilizou radiografias carpais para analisar em qual fase (pré-
pubertária e pubertária) o paciente se encontrava. Os resultados demonstraram que
as alterações dentoalveolares foram mais pronunciadas durante o estágio pré-
pubertário, enquanto que as alterações esqueléticas foram durante o estágio
pubertário. Os efeitos dentoalveolares incluíram protrusão dos incisivos inferiores e
retrusão dos superiores. Por outro lado, verificou efeitos esqueléticos significantes
durante o estágio pubertário, ocorrendo um aumento no comprimento mandibular.
Apresentando detalhes de construção, bem como de manipulação
clínica do Bionator, Eirew (1981) enfatizou os 4 principais objetivos desta terapia: (1)
eliminação da pressão do lábio e da relação anormal entre lábios e incisivos; (2)
eliminação de trauma à mucosa palatina em decorrência de sobremordida profunda;
(3) correção da retrusão mandibular e da má posição da língua e (4) correção da
curva de Spee, se necessário, pela ação do aparelho que impede a interposição da
língua e mucosa jugal entre os arcos dentários.
Janson; Hasund (1981) descreveram os resultados de um estudo com
jovens pré-adolescentes e adolescentes tratados com o Bionator, do tipo adaptado
por Ascher (1977), analisando o comportamento das mensurações esqueléticas e
dentoalveolares. O grupo controle constava de 73 jovens, divididos em dois
subgrupos de ortognatas e retrognatas, da mesma forma que o grupo experimental.
Além disso, os jovens foram divididos em pré-pubertários e pubertários. Os
40
Revisão da Literatura
resultados mostraram que não houve alterações esqueléticas significantes,
enquanto que as alterações dentoalveolares predominaram no grupo experimental.
Verificaram uma diminuição do ângulo interincisivos, decorrente da inclinação para
lingual dos incisivos superiores e inclinação para vestibular dos inferiores. As
alterações esqueléticas foram mais significantes na fase pubertária para ambos os
grupos tratados e grupo controle. O aparelho promoveu maior efeito dentoalveolar
durante o período pré-pubertário, possibilitando sua indicação precoce em casos
com má oclusão severa.
Em 1982, Schulhof; Engel propuseram reavaliar cefalometricamente os
resultados obtidos com os aparelhos funcionais e com o tratamento fixo Edgewise
no tratamento da Classe II, 1a divisão. Examinaram 4 tipos de aparelhos funcionais:
Bionator, Bimler, Ativador e Fränkel. Os resultados mostraram que o Bionator
proporcionou um estímulo para o crescimento mandibular e aumento do eixo
condilar e do corpo mandibular maior que o crescimento normal, enquanto que o
ângulo goníaco e o eixo facial não alteraram significativamente. Observaram ainda
uma inclinação significante dos incisivos superiores para lingual, uma
vestibularização dos incisivos inferiores, e uma mesialização dos molares inferiores,
diante da comparação com o grupo controle. Identificaram um crescimento
mandibular maior nos grupos que utilizaram aparelhos funcionais. O padrão das
alterações dentoesqueléticas mostraram-se independentes do tipo de aparelho
eleito, porém todos os aparelhos funcionais estudados promoveram um aumento no
padrão facial no sentido vertical e a correção da má oclusão de Classe II, divisão 1.
A utilização do Bionator em jovens durante a fase de dentadura mista
tardia propicia a correção da Classe II, por meio do estímulo do crescimento
mandibular e pelas alterações dentárias e no perfil facial, além de proteger os dentes
ânterosuperiores de possíveis fraturas. Neste contexto, Tsamtsouris; Vedrenne
(1983) descreveram o aparelho com suas diversas modificações e apresentaram os
efeitos que o Bionator proporciona sobre as estruturas dentoalveolares, esqueléticas
e tegumentares. Os autores destacaram algumas possibilidades do mecanismo de
ação do aparelho, sendo: (1) retração maxilar obtida por forças recíprocas diagonais
entre os arcos, advindas por meio do reposicionamento anterior da mandíbula; (2)
expansão transversal da maxila; (3) deslocamento distal dos dentes superiores; (4)
deslocamento mesial dos dentes inferiores e inclinação anterior dos incisivos
Revisão da Literatura
41
inferiores; (5) reposicionamento anterior mandibular; (6) irrupção passiva dos dentes
com aumento da altura dos processos alveolares que contribuem para abertura da
mordida e aumento da altura facial inferior; (7) rotação do plano oclusal e
nivelamento da curva de Spee; e (8) correção da relação molar de Classe II por meio
da prevenção da irrupção dos molares superiores, propiciada pela cobertura de
acrílico sobre estes dentes. A ausência de contato do acrílico com os molares
inferiores permite o deslocamento mesial destes, corrigindo a relação molar.
Em 1991, Hashim estudou cefalometricamente 36 jovens (25 do gênero
feminino e 11 do masculino), com média de idade de 12 anos e 2 meses, tratados
com ativadores, por um período médio de 10 meses. Utilizou um método de
sobreposição de telerradiografias para determinar o movimento dos molares, a
modificação intermaxilar e a influência individualizada sobre as bases ósseas
maxilar e mandibular. Os resultados apontaram que os principais efeitos
encontrados foram dentoalveolares, não obstante tenha observado um pequeno
efeito ortopédico na maxila. A mandíbula não experimentou um crescimento
significante em relação ao crescimento mandibular esperado naturalmente.
Objetivando a determinação dos efeitos do Bionator sobre a morfologia
dentoesquelético-facial, Lange et al. (1995) utilizaram uma amostra de 30 jovens
com Classe II, 1ª divisão, e idades variando entre 9 e 12 anos tratados por 18 meses
com o Bionator. O aparelho utilizado foi uma variação daquele preconizado por
Balters, uma vez que o acrílico recobria os incisivos inferiores. Confeccionou-se a
mordida construtiva numa relação de topo-a-topo dos incisivos e abertura de 4 a 5
mm na região dos molares. Utilizou-se um grupo controle compatível com a idade e
gênero da amostra tratada. Comparando-se os dois grupos, verificou-se no grupo
tratado uma diminuição significante do ângulo SNA, porém analisando a medida Co-
ENA não se verificou diferença entre os dois grupos. Concluíram que o Bionator
produz um suave efeito de restrição do crescimento anterior da maxila. Por outro
lado, notou-se um aumento significante no comprimento efetivo mandibular (Ar-Gn)
e no ângulo SNB. Deste modo, houve uma diminuição do ângulo ANB de 1,97º. As
alturas faciais anterior e posterior aumentaram significativamente, enquanto que o
ângulo FMA não apresentou diferença entre os grupos. A convexidade facial
diminuiu significantemente no grupo tratado. Não houve diferença significante entre
os grupos, na avaliação do ângulo nasolabial. Os resultados aludiram um aumento
42
Revisão da Literatura
no ângulo mentolabial de 17,4º. O lábio superior sofreu mínimo efeito com a terapia
do Bionator.
Com o intuito de comparar os efeitos esqueléticos e dentários de 3
tipos de aparelhos ortopédicos funcionais, Cura, et al. (1996) utilizaram o aparelho
ativador, o aparelho de Bass e o ativador combinado com a ancoragem extrabucal
para o tratamento da Classe II, 1a divisão em 64 pacientes. Os autores
evidenciaram uma melhora significante na relação maxilomandibular, observada
pela redução do ângulo ANB, nos 3 grupos estudados. Contudo, verificaram que o
aparelho de Bass proporcionou um maior controle da inclinação dos incisivos
superiores e inferiores, reduzindo deste modo, a verticalização e a vestibularização,
respectivamente. Da mesma forma, o aparelho ativador combinado com a
ancoragem extrabucal, favoreceu o controle da inclinação para vestibular dos
incisivos inferiores.
A interceptação precoce da má oclusão de Classe II, tem sido objeto de
intenso estudo por parte dos pesquisadores, pois a possibilidade de alteração do
crescimento craniofacial durante a fase de dentadura mista torna-se extremamente
importante. Defendendo a intervenção precoce nas más oclusões de Classe II,
Tulloch et al. (1997a) estudaram e compararam os efeitos do aparelho extrabucal e
do Bionator de Balters sobre o padrão esquelético desta má oclusão. Para tanto,
utilizaram um grupo controle de jovens apresentando má oclusão de Classe II que
não utilizaram nenhum aparelho e foram observados por 15 meses. Os 3 grupos
apresentaram idade inicial média de 9,4 anos, e não se verificou diferença
significante na medidas cefalométricas iniciais entre os grupos. Verificaram uma
melhora significativa da Classe II nos grupos tratados, com redução significante do
ângulo ANB. Entretanto, o mecanismo de redução do ANB não foi semelhante para
os dois grupos tratados, sendo que os jovens que utilizaram o aparelho extrabucal
apresentaram uma restrição do crescimento anterior da maxila. Por outro lado,
notaram um maior aumento no comprimento mandibular nos jovens que utilizaram o
Bionator. Concluíram que o tratamento precoce da Classe II, utilizando tanto o
aparelho extrabucal como o aparelho funcional, proporciona 75% de chance de
melhora no padrão maxilomandibular.
Ainda no ano de 1997, Henriques et al. demonstraram por meio de um
caso clínico, a aplicação da terapia com o Bionator para a correção das
Revisão da Literatura
43
discrepâncias esqueléticas em uma primeira fase, e posteriormente a instituição de
aparelhagem fixa para correção de problemas de origem dentários. Assim, com a
combinação do tratamento ortopédico-ortodôntico conseguiu-se a normalização da
relação das bases ósseas, promovendo uma melhora na estética facial. Analisando
as alterações cefalométricas, verificaram um aumento no ângulo SNB e no
comprimento mandibular efetivo (Co-Gn), o que propiciou uma melhora na relação
ântero-posterior das base apicais (ANB). Não observaram restrição do crescimento
maxilar (SNA) e (Co-A), mas a altura facial ântero-inferior experimentou um aumento
significante. Concluíram, ressaltando a importância da indicação do Bionator em
jovens com padrão de crescimento equilibrado, bem como aplicação desta terapia
em pacientes colaboradores.
A controvérsia existente na literatura quanto à época de intervenção
das más oclusões de Classe II ainda continua sendo assunto de grande interesse,
bem como a instituição de uma única fase tardia de tratamento ou duas fases, sendo
uma precoce e outra tardia. Deste modo, Tulloch; Phillips; Proffit (1998) propuseram
um estudo sobre os benefícios do tratamento precoce da Classe II, dividindo-o em
duas fases. A amostra constou de 166 jovens na primeira fase do estudo e de 147
que continuaram na segunda fase. Utilizaram 3 grupos para as devidas
comparações, sendo um controle de 61 jovens, 53 que foram tratados com o
Bionator e 52 tratados com o aparelho extrabucal durante um período de 15 meses.
Verificaram uma melhora no relacionamento esquelético das bases ósseas em 5%
dos jovens do grupo controle, enquanto que 15% destes mostraram uma piora
marcante. Analisando os efeitos do tratamento com o Bionator e com o aparelho
extrabucal, concluíram que ambas as estratégias reduziram a gravidade da
discrepância esquelética das bases ósseas, evidenciada por uma redução
significante do ângulo ANB. Entretanto, o mecanismo que propiciou esta melhora da
Classe II foi diferente em ambos os grupos, em função de uma restrição do
crescimento maxilar anterior, proporcionada pelo extrabucal e um maior aumento do
comprimento mandibular com deslocamento anterior do mento evidenciado no grupo
tratado com o Bionator. Finalizaram ressaltando que a severidade inicial da má
oclusão de Classe II, bem como o tempo de tratamento não são fatores importantes
nos resultados finais. A variabilidade no padrão de crescimento esquelético parece
44
Revisão da Literatura
ser o grande contribuinte para as grandes variações nas diferentes respostas do
tratamento.
Em 1998, Rudski-Janson; Noachtar asseveraram os diversos efeitos do
tratamento com o Bionator, ressaltando que as principais alterações enquadram-se
nas adaptações dentoalveolares. Mencionaram 3 fatores que devem ser levados em
consideração para indicação do Bionator: 1-o paciente deve apresentar um padrão
de crescimento favorável, com rotação mandibular anterior e moderada discrepância
esquelética; 2-a morfologia individual e os objetivos do tratamento funcional devem
ser obtidos por meio de guias individuais e não de valores médios propostos; e 3-
indicação do Bionator nos casos de hábitos parafuncionais, respiração bucal e
sobremordida. Concluindo, os autores ressaltam que os pré-requisitos para um
tratamento eficiente utilizando o Bionator incluem a seleção do paciente, baseada na
morfologia individual e padrão de crescimento, bem como a construção precisa do
aparelho.
Almeida et al. (1998) publicaram um estudo cefalométrico comparativo
dos efeitos dos aparelhos ativador combinado ao extrabucal e Fränkel no tratamento
da Classe II, 1a divisão. Utilizaram 47 jovens, 25 para o grupo tratado com o ativador
com extrabucal e 22 com o aparelho de Fränkel. Verificaram que o ativador
possibilitou uma restrição do crescimento anterior da maxila enquanto que o Fränkel
promoveu maiores alterações ao nível mandibular, com aumento do comprimento
efetivo e do corpo. Não notaram diferenças significantes nos pacientes tratados por
ambos os aparelhos no padrão de crescimento facial, não obstante verificou-se um
maior aumento da altura facial ântero-inferior com o ativador. Analisando a posição
dentária aludiram uma maior inclinação dos incisivos inferiores para vestibular com o
aparelho de Fränkel e uma resposta similar dos aparelhos quanto a lingualização
dos incisivos superiores.
Com o desiderato de comparar os resultados de três investigações
clínicas casuais as quais utilizaram tratamentos alternativos da má oclusão de
Classe II, 1ª divisão, Ghafari; King; Tulloch (1998) compilaram os achados dos
estudos das Universidades da Carolina do Norte, Flórida e da Universidade da
Pensilvânia. Para tanto, foram utilizados aparelhos funcionais (Bionator e Fränkel) e
aparelhos extrabucais. Os resultados da Universidade da Carolina do Norte (UNC)
demonstraram que os aparelhos Bionator e extrabucal promoveram uma redução
Revisão da Literatura
45
significante da discrepância esquelética em comparação com o grupo controle. O
aparelho extrabucal mostrou-se mais efetivo sobre o complexo maxilar, promovendo
um maior efeito restritivo do crescimento da maxila (SNA). O Bionator denotou efeito
semelhante ao grupo controle, ou seja, não atuou restringindo o crescimento
maxilar. Por outro lado, o Bionator promoveu um maior deslocamento anterior da
mandíbula (SNB) e um maior aumento no comprimento mandibular, em comparação
aos grupos controle e extrabucal. Os resultados encontrados pela Universidade da
Flórida, denotaram que tanto o aparelho extrabucal como o Bionator atuaram de
maneira semelhante sobre a maxila em comparação ao grupo controle; porém o
extrabucal promoveu maior distalização dos molares superiores. Analisando a
posição mandibular, tanto o extrabucal quanto o Bionator responderam de forma
semelhante deslocando-a anteriormente com maior intensidade que o grupo
controle. Os resultados divulgados pela Universidade da Pensilvânia demonstraram
que o extrabucal propiciou uma maior restrição do crescimento anterior da maxila
(SNA), em comparação com o aparelho de Fränkel. Os molares foram distalizados
com maior intensidade no grupo que utilizou o extrabucal. Notaram que o aparelho
de Fränkel possibilitou um maior deslocamento anterior da mandíbula. Entretanto, o
comprimento mandibular encontrado utilizando ambos os aparelhos foi semelhante.
Ainda no ano de 1998, Illing; Morris; Lee publicaram dois artigos
avaliando os efeitos de aparelhos ortopédicos (Bionator, Bass e Twin Block) sobre
as estruturas dentoesqueléticas e tegumentares. A amostra compreendeu 47
pacientes tratados com um dos três aparelhos referidos e foi comparada a um grupo
controle não tratado. O Bionator e o Twin Block produziram um aumento significante
no comprimento mandibular e uma diminuição na inclinação dos incisivos
superiores. A altura facial inferior aumentou em todos os grupos tratados. Quanto às
alterações do tecido mole observaram um aumento no comprimento e protrusão do
lábio inferior e aumento na altura facial total e inferior em todos os grupos tratados
com os aparelhos referenciados. Os autores asseguraram que o Bionator e o Twin
Block apresentaram maior efetividade, produzindo maiores alterações sagitais e
verticais.
Com o propósito de comparar as alterações dentoalveolares,
esqueléticas e faciais produzidas pelos aparelhos Fränkel e Bionator na correção da
Classe II, 1ª divisão, Almeida (2002) conduziu uma pesquisa em 66 pacientes. A
46
Revisão da Literatura
amostra foi dividida em três grupos de 22, sendo 11 do gênero masculino e 11 do
feminino. Os jovens do grupo 1 foram mantidos como controle e apresentaram uma
idade inicial média de oito anos e sete meses. O grupo 2, foi submetido ao
tratamento utilizando o aparelho de Fränkel, com idade inicial média de nove anos.
O grupo 3 foi tratado com o Bionator de Balters, com idade inicial média de dez anos
e oito meses. Para cada jovem corresponderam duas telerradiografias, obtidas ao
início e no final do período de acompanhamento. Os resultados demonstraram que
os aparelhos referidos não promoveram alterações no desenvolvimento maxilar. No
entanto, produziram um aumento na protrusão mandibular e nos comprimentos
efetivo e do corpo da mandíbula, com valores maiores para o grupo 3. A relação
maxilomandibular melhorou significantemente nos grupos tratados em comparação
ao grupo controle. A análise do padrão de crescimento craniofacial não revelou
alteração significante entre os grupos. A altura facial ântero-inferior não denotou
alteração significante, porém no grupo 3, a altura facial posterior aumentou
significantemente. As alterações dentoalveolares demonstraram que os incisivos
superiores e inferiores inclinaram-se, respectivamente, para lingual e para vestibular
nos grupos tratados. Os molares inferiores apresentaram um maior desenvolvimento
vertical nos grupos 2 e 3. Os aparelhos de Fränkel e Bionator promoveram uma
retrusão do lábio superior e uma protrusão do lábio inferior.
Em 2001, Ahn; Kim; Nahm objetivaram identificar as características
cefalométricas dos pacientes que apresentaram sucesso na correção da má oclusão
de Classe II, 1ª divisão com uso do Bionator na fase da dentadura mista. Como
objetivo adicional, os autores buscaram justificar o tratamento precoce desta má
oclusão. A amostra constou de 40 pacientes tratados com o Bionator por um período
médio de 20,8 meses, com média de idade de 10,4 anos, que foram divididos em
dois grupos. Um grupo que apresentou bons resultados após a terapia e outro que
obteve resultados não tão satisfatórios na fase pós-ortopédica. Os critérios para
divisão dos grupos incluíram relação molar, trespasse horizontal e vertical, perfil
tegumentar e a recidiva pós-tratamento. Os resultados demonstraram que em
ambos os grupos, a mandíbula movimentou-se para frente e para baixo, os incisivos
superiores retruíram e os inferiores protruíram. O padrão cefalométrico que
respondeu melhor ao tratamento com o Bionator foi identificado assim: crescimento
horizontal, relação sagital entre os maxilares próxima do normal, incisivos inferiores
Revisão da Literatura
47
verticalizados e retrusão do lábio inferior. Os autores afirmaram que a indicação do
Bionator e a eficiência do tratamento estão intimamente relacionadas às
características morfológicas faciais dos pacientes.
Em 2002, Chen; Will; Niederman realizaram uma pesquisa com o
intuito de verificar se os aparelhos ortopédicos (Bionator, Bass, Fränkel, Twin Block)
para o tratamento da Classe II realmente estimulam o crescimento mandibular. Os
autores avaliaram 17 artigos anteriormente publicados e selecionaram 6 pesquisas
que preencheram os requisitos desejados. Foram analisadas 12 medidas
cefalométricas, sendo 10 lineares e 2 angulares. Os resultados demonstraram que
apenas as medidas Ar-Pog e Ar-Gn apresentaram diferença estatisticamente
significante comparando os grupos tratados e controle. Os autores concluíram que
se deve reavaliar o uso destes aparelhos com a finalidade de estimular o
crescimento da mandíbula.
Faltin Jr et al. (2003) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar os
efeitos, a longo prazo, do tratamento ortopédico/ortodôntico com o Bionator, seguido
de aparelho fixo e determinar a época ideal para o início deste protocolo de
tratamento. A amostra constitui de 23 pacientes com Classe II, 1ª divisão tratados
com o Bionator, e 21 jovens não tratados, que apresentavam a mesma má oclusão.
O grupo experimental foi dividido em dois grupos de acordo com a idade esquelética
avaliada pela maturidade das vértebras cervicais. Os grupos foram comparados ao
grupo controle e entre si nos diferentes períodos de observação: inicial (T1), ao
término da fase ortopédica (T2) e ao final do tratamento com aparelho fixo (T3). Os
resultados indicaram que o tratamento com o Bionator seguido de terapia com
aparelho fixo, é mais efetivo e estável quando instituído durante o pico de
crescimento pubertal, comparado com um tratamento mais precoce (antes do pico).
Os autores concluíram que a época ideal para o início deste protocolo de tratamento
é determinada pela visualização da concavidade das bordas inferiores da segunda e
terceira vértebras.
Em 2004, Almeida et al. avaliaram cefalometricamente as alterações
esqueléticas e dentoalveolares propiciadas pelo Bionator no tratamento da má
oclusão de Classe II, 1a divisão. Utilizaram uma amostra com 44 pacientes, sendo
22 tratados e 22 jovens com má oclusão semelhante que não receberam tratamento
ortodôntico. Os resultados mostraram que o Bionator não promoveu alterações no
48
Revisão da Literatura
desenvolvimento maxilar. No entanto, produziu um aumento na protrusão
mandibular e nos comprimentos efetivo e do corpo da mandíbula. A análise do
padrão de crescimento craniofacial não revelou alteração significante entre os
grupos, porém, no grupo tratado a altura facial posterior (S-Go) aumentou
significantemente. Os incisivos superiores inclinaram para lingual e os inferiores para
vestibular com o tratamento instituído. Os autores concluíram que a correção da má
oclusão de Classe II, 1a divisão, com o Bionator, ocorre pela combinação de efeitos
esqueléticos na mandíbula e também, em grande parte, por alterações
dentoalveolares significantes.
Em 2006, Cozza et al. realizaram um revisão sistemática da literatura,
buscando as respostas de alguns questionamento: “a mandíbula cresce mais em
indivíduos Classe II tratados com aparelhos funcionais do que em indivíduos Classe
II não tratados?”; “os efeitos dos aparelhos funcionais no comprimento mandibular
são clinicamente significantes?” e “quais aparelhos funcionais são mais eficientes?”.
Para tanto, os autores avaliaram 22 artigos selecionados dentre 704 encontrados na
literatura. Os aparelhos investigados foram: Ativador, Bass, Bionator, FR-2 de
Fränkel, MARA, Twin-Block e Herbst. Os autores concluíram que 2/3 das amostras
nos 22 estudos considerados apresentaram aumento clinicamente significante no
comprimento total da mandíbula, como um resultado especialmente do tratamento
ativo com aparelhos funcionais; a curto prazo, a quantidade de crescimento
mandibular parece ser significantemente maior quando o tratamento funcional é
realizado no pico de crescimento pubescente, e o aparelho de Herbst mostrou o
maior coeficiente de eficiência(0,28mm por mês) seguido pelo Twin-block (0,23mm
por mês).
2.2.2 Tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão com o MARA e outros
aparelhos funcional fixos
Muitos aparelhos ortopédicos fixos como Herbst (HERBST, 1932),
Jasper Jumper (JASPER, 1987), Universal Bite Jumper (CALVEZ, 1998), Churro
Jumper (CASTANON, et al., 1998) e Superspring (KLAPPER, 1999) foram
idealizados na tentativa de buscar uma solução para as más oclusões de Classe II
com retrognatismo mandibular, uma vez que promovem uma alteração postural da
mandíbula, posicionando-a para frente, com o intuito de provocar alterações
Revisão da Literatura
49
dentoesqueléticas e tegumentares que conduzem à correção do problema. Com a
intenção de eliminar o fator de colaboração do paciente, no início do século
passado, Emil Herbst (HERBST, 1932; MORO, et al., 2000), em 1905, idealizou o
primeiro aparelho ortopédico fixo para a protrusão mandibular (Aparelho de Herbst),
que mantinha a mandíbula protruída 24 horas por dia, por meio de um sistema
telescópico bilateral, composto por tubos e pistões. Este aparelho caiu em
esquecimento por vários anos, em decorrência do grande desenvolvimento dos
aparelhos removíveis na Europa e dos elásticos intermaxilares nos EUA. Apenas no
final da década de 70, ele foi reintroduzido por Pancherz (1979) e aceito na
comunidade ortodôntica como um meio efetivo para a correção da Classe II, 1ª
divisão com retrognatismo mandibular. A partir desta data, ocorreu um grande
avanço literário com relação às alterações decorrentes deste mecanismo e também
com relação às modificações e as variações do aparelho original de protração
mandibular descrito por Herbst (1932).
Pancherz (1979) empenhou-se em verificar os efeitos
dentoesqueléticos da utilização do aparelho de Herbst, em jovens do gênero
masculino com más oclusões de Classe II, 1ª divisão. Os pacientes apresentavam-
se na fase de crescimento, sem terem alcançado o pico máximo de crescimento
puberal. Dez pacientes receberam o aparelho por seis meses, mantendo a
mandíbula em uma posição protruída 24 horas por dia, com os incisivos superiores e
inferiores numa posição de topo a topo e dez pacientes compuseram o grupo
controle, sem qualquer tipo de tratamento pelo mesmo período de tempo. Em seis
meses de tratamento, os resultados verificados na cefalometria e em análises de
modelos mostraram uma normalização da condição oclusal. O comprimento
mandibular aumentou em média 3,2 mm nos pacientes tratados, enquanto que nos
pacientes controle somente 1mm. Este resultado esclareceu a dúvida principal do
pesquisador quanto ao possível estímulo no crescimento condilar com a utilização
desse aparelho. Adicionalmente, verificou-se uma suave redução do ângulo SNA
(inibição do deslocamento anterior da maxila) e da convexidade facial, o aumento do
ângulo SNB e da altura facial ântero-inferior, enquanto que o plano mandibular
permaneceu inalterado. O autor concluiu que o sucesso do tratamento com o
aparelho de Herbst deveu-se aos vários fatores já citados anteriormente e que este
50
Revisão da Literatura
estaria mais indicado nos casos que apresentassem retrusão mandibular e
lingualização dos incisivos inferiores.
Após este estudo inicial de Pancherz (1979), inúmeros trabalhos foram
realizados no intuito de verificar as principais alterações dentárias, esqueléticas e
tegumentares decorrentes do tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão com
o aparelho de Herbst. Com relação ao crescimento maxilar, alguns autores como
Pancherz (1979, 1985, 1997) e Croft et al. (1999) concordaram que este mecanismo
restringe o seu deslocamento anterior. Já McNamara Jr; Howe; Dischinger (1990) e
Nahás (2004) não encontraram efeitos significantes do tratamento com o aparelho
de Herbst sobre a maxila.
Em relação ao componente mandibular, pode-se observar que a
maioria das publicações (CROFT, et al., 1999; MCNAMARA, et al., 1990;
PANCHERZ, 1979; PANCHERZ, et al., 1997; VALANT; SINCLAIR, 1989) relata um
aumento no comprimento da mandíbula logo após a remoção do aparelho, ou seja,
um aumento no crescimento sagital. Ruf; Pancherz (1998, 1999, 2000) concluíram
que a posição mais anterior da mandíbula após o tratamento parece ser um
resultado da remodelação conjunta do côndilo e da fossa mandibular e que esta
terapia não tem efeitos deletérios na ATM e não induz DTM a curto prazo. Popowich;
Nebbe; Major (2003) realizaram uma revisão dos efeitos esqueléticos do aparelho de
Herbst e concluíram que a maioria dos estudos com ressonância magnética ou
tomografia computadorizada não são conclusivos.
Segundo Pancherz (1979, 1985 1997), Valant; Sinclair (1989) e
CROFT et al. (1999), a restrição do crescimento maxilar e o estímulo do crescimento
mandibular resultam em uma melhora sensível do perfil facial e da relação
maxilomandibular. Para Franchi, Baccetti; McNamara Jr (1999) a correção da
relação de Classe II se dá pela associação de alterações dentárias (1/3) e alterações
esqueléticas (2/3).
Em relação ao componente vertical, Pancherz (1985) demonstrou que
o aparelho de Herbst promoveu um aumento temporário da altura facial ântero-
inferior. McNamara Jr; Howe; Dischinger (1990) observaram aumento tanto na altura
facial ântero-inferior como na posterior, o que não influenciou negativamente o
ângulo do plano mandibular. Nahás (2004) também concluiu que o padrão de
crescimento craniofacial não foi influenciado pelo tratamento com o Herbst.
Revisão da Literatura
51
Como o aparelho de Herbst é dentossuportado, promove grandes
alterações no componente dentoalveolar. De acordo com os trabalhos de Pancherz
(1979, 1985), os incisivos superiores não apresentaram alterações significantes em
sua posição, por outro lado, os incisivos inferiores apresentam uma tendência a
vestibularização (CROFT, et al., 1999; MCNAMARA, et al., 1990; NAHÁS, 2004;
PANCHERZ, 1979, 1985; PANCHERZ, et al., 1997). Pancherz; Hansen (1988)
compararam cinco tipos de ancoragem inferior do aparelho de Herbst e concluíram
que nenhum foi eficaz no controle da mesialização dos molares inferiores e
vestibularização dos incisivos inferiores, porém, Ruf; Hansen; Pancherz (1998), em
1998, relataram que apesar da grande vestibularização dos incisivos inferiores, não
se observa recessões gengivais ao término do tratamento. Pancherz; Hansen (1986)
verificaram a recidiva de 30% das alterações oclusais a longo prazo, sendo que 90%
foi nos primeiros seis meses após a remoção do Herbst.
A distalização dos primeiros molares superiores é defendida por alguns
autores (CROFT, et al., 1999; MCNAMARA, et al., 1990; NAHÁS, 2004;
PANCHERZ, 1979, 1985; PANCHERZ, et al., 1997). Pancherz (1985) também
observou a intrusão destes dentes e Mcnamara Jr; Howe; Dischinger (1990) e
Nahás (2004) relataram a sua restrição vertical. Valant; Sinclair (1989) verificaram
que a atuação do aparelho de Herbst sobre a maxila (restrição do deslocamento) e
sobre os dentes superiores (distalização dos molares) era semelhante à ancoragem
extrabucal. Os primeiros molares inferiores apresentavam uma mesialização, como
descrita nos trabalhos de Pancherz (1979, 1985), Valant; Sinclair (1989), McNamara
Jr; Howe; Dischinger (1990), Croft; et al. (1999) e Nahás (2004).
Pancherz; Anehus-Pancherz (1994) observaram que as principais
alterações no perfil mole decorrentes do tratamento com o Herbst são a retrusão do
lábio superior, a retrusão ou protrusão do lábio inferior, a diminuição da convexidade
facial e a melhora do perfil facial.
No intuito de aperfeiçoar a técnica de avanço mandibular com
utilização de dispositivo fixo, Jasper (1987) criou o aparelho Jasper Jumper,
composto por dois módulos de força flexíveis, que diminuem os problemas causados
pela rigidez do aparelho de Herbst. Sendo um aparelho ortopédico fixo, que promove
uma força leve e contínua 24 horas por dia, capaz de realizar mudanças
dentoalveolares, esqueléticas e no perfil facial do paciente. Além disso, não
52
Revisão da Literatura
necessitava da fase laboratorial existente tanto nos aparelhos removíveis como no
aparelho de Herbst, apresentando uma facilidade durante a instalação, ativação e
remoção do aparelho. Contudo, os efeitos do Jasper Jumper são muito semelhantes
aos efeitos produzidos pelo aparelho de Herbst que foram supracitados e não
necessitam das duas fases, ortopédica e corretiva, como em outros aparelhos
ortopédicos, porque pode ser instalado conjuntamente com a aparelhagem fixa.
Covell Jr et al. (1999) concordam que o aparelho Jasper Jumper e seus
vetores de força são parecidos com o aparelho de Herbst e que as alterações são na
sua maioria dentárias. Estas podem ser resumidas em: restrição do deslocamento
anterior da maxila, movimento distal dos incisivos e molares superiores, intrusão dos
molares superiores, ligeira tendência de rotação horária da mandíbula, significativa
vestibularização e intrusão dos incisivos inferiores e uma mesialização e extrusão
dos molares inferiores. Exceto pela intrusão dos molares superiores, todos os outros
efeitos também foram observados em dois estudos recentes que utilizaram uma
amostra tratada prospectivamente na Faculdade de Odontologia de Bauru. (LIMA,
2007; NEVES, 2007). Os pacientes apresentavam uma idade inicial de 12,72 anos e
foram tratados por um período médio de 2,15 anos.
Na literatura ortodôntica, existiam relatos do aparelho de Herbst, porém
a falta de dados sobre a instalação, o alto custo e a inexistência de laboratórios
especializados, levou Coelho Filho (1995) a idealizar um aparelho que pudesse ser
confeccionado pelo profissional, sem a necessidade de trabalhos laboratoriais. A
concepção inicial foi o APM I, que era extremamente simples, apesar de apresentar
resultados clínicos muito bons, mas que limitava a abertura da boca do paciente,
além de ser instável durante os movimentos de abertura e fechamento. Por isso
mesmo apresentava freqüentes episódios de quebra. Esses problemas foram
gradativamente corrigidos nas versões II, III e IV. Esta última versão se caracteriza
pela eficiência clínica, similar aos modelos anteriores, sem ocorrência de quebras
rotineiras e demonstrando ótima estabilidade. A instalação, que era um dos itens
mais trabalhosos, também passou a ser extremamente simples. Este aparelho é
muito versátil, sendo indicado para vários tipos de problemas: 1) Classe II
esquelética com retrusão mandibular; 2) Classe II dentária - distalização de molares
superiores; 3) emprego unilateral ou com ativação diferenciada para a correção de
Revisão da Literatura
53
desvios de linhas médias; 4) preservação de ancoragem póstero-superior; 5)
preservação de ancoragem ântero-inferior.
Recentemente, Siqueira (2004) e Brandão (2006) avaliaram os efeitos
dentoesqueléticos e tegumentares do APM no tratamento da Classe II, divisão 1 e
observou um posicionamento mandibular mais para anterior, redução da
convexidade facial, melhora da relação maxilomandibular, lingualização e retrusão
dos incisivos superiores, grande vestibularização e protrusão dos incisivos inferiores,
retração do lábio superior e protrusão do lábio inferior.
Além destes mecanismos relatados anteriormente, muitos outros
aparelhos para a mesma finalidade estão descritos na literatura. Um sistema de
protrusão mandibular fixo chamado Eureka Spring foi detalhado por DeVincenzo
(1997). No ano de 1998, Calvez e Castañon; Valdes; White descreveram
respectivamente, os aparelhos Universal Bite Jumper e Churro Jumper, que são
aparelhos ortopédicos funcionais fixos instalados conjuntamente com a aparelhagem
ortodôntica, para a correção da Classe II, 1ª divisão. Todas as aplicações clínicas e
as principais características da Superspring foram relatadas por Klapper (1999) no
ano seguinte.
2.2.2.1 Descrição do aparelho MARA
O aparelho funcional fixo MARA é composto basicamente de coroas de
aço cimentadas nos molares, as quais apresentam alças que se conectam apenas
quando o paciente oclui. (ALLEN-NOBLE, 2002; ECKHART; WHITE, 2003). Por não
apresentar sistemas de tubos telescópicos ou molas que conectam
permanentemente a maxila e a mandíbula, o MARA permite maior liberdade de
movimentação mandibular. (ECKHART; WHITE, 2003). O arco lingual e a barra
transpalatina são incorporados ao aparelho para estabilizar os molares inferiores e
superiores, respectivamente.
Depois de instalado, o aparelho impede o fechamento da mandíbula
numa posição mais retruída ou de Classe II, e o paciente aprende rapidamente a
posicionar a mandíbula anteriormente tanto durante a função como em repouso. O
avanço mandibular pode ser realizado por meio da inserção de anéis de aço na alça
da coroa superior. Existem 4 tamanhos de anéis que variam de 1 a 4mm de
54
Revisão da Literatura
comprimento. Dessa forma, o avanço pode ser gradual, enquanto o paciente ajusta-
se com o aparelho.
O MARA permite o uso concomitante com o aparelho de expansão
rápida da maxila e o aparelho ortodôntico total ou parcial. Os estudiosos deste
aparelho recomendam um tempo de tratamento de 12 meses para alcançar efeitos
ortopédicos. (PANGRAZIO-KULBERSH, 2008). Apesar de não apresentar mais
potencial de crescimento, o MARA também pode ser aplicado em pacientes adultos.
(ECKHART; WHITE, 2003).
Alguns trabalhos descrevem os efeitos esqueléticos e dentários do
MARA (ECKHART; WHITE, 2003; GONNER, et al., 2007; KINZINGER, et al., 2002;
PANGRAZIO-KULBERSH, et al., 2003; RONDEAU, 2002), porém, apenas dois
estudos científicos publicaram as alterações dentárias e esqueléticas observadas na
correção da Classe II, divisão 1. Pangrazio-Kulbersh et al.(PANGRAZIO-
KULBERSH, V., et al., 2003), em 2003, avaliaram os efeitos cefalométricos
produzidos pelo MARA em 30 pacientes (12 do gênero masculino e 18 do gênero
feminino) com idade inicial entre 9,5 a 15,8 anos, após um tempo de tratamento de
10,7 meses (de 8 a 17 meses) e compararam com pacientes tratados com os
aparelhos Fränkel e Herbst e com pacientes com a má oclusão de Classe II não
tratados. Os resultados mostraram que o aparelho MARA foi eficaz na correção da
má oclusão de Classe II por meio de alterações dentárias e esqueléticas. A correção
anualizada de 5,8mm da relação molar foi obtida por 47% de alterações esqueléticas
(2,7mm) e 53% de alterações dentárias (3,1mm). Os 2,7mm de alterações
esqueléticas foram totalmente devido ao crescimento mandibular. As alterações
esqueléticas indicaram que o MARA produz aumento no comprimento mandibular e
nas alturas faciais anterior e posterior, mas nenhum efeito de redirecionamento da
maxila. Por outro lado, as alterações dentárias foram principalmente devido à
distalização dos molares superiores (2,4mm) que contribuiu para 77% da correção
dentária total. Os molares inferiores mesializaram cerca de 0,7 mm contribuindo para
apenas 23% da correção dentária total. Sendo assim, os efeitos dentários incluíram
distalização dos molares superiores, mesialização dos molares e incisivos inferiores
e uma suave vestibularização dos incisivos inferiores. A comparação do MARA com
o Fränkel e o Herbst mostrou que o MARA teve maiores efeitos dentoalveolares que
Revisão da Literatura
55
o Fränkel e menos redirecionamento maxilar e menos inclinação dos incisivos
inferiores que o Herbst.
Mais recentemente, outro estudo (GONNER, et al., 2007) avaliou
apenas os efeitos do aparelho MARA sobre os incisivos inferiores em crianças (10,6
anos), adolescentes (14,9 anos) e adultos (33,7 anos). O aparelho funcional foi
utilizado concomitantemente com o aparelho ortodôntico fixo durante um período de
1,7 ano nas crianças, 1,3 ano, nos adolescentes, e 1,5 ano, nos adultos. Nas
crianças, os autores observaram que os incisivos protruíram 0,4mm e inclinaram
para vestibular 1,7°; nos adolescentes, a protrusão foi de 1,0mm e a vestibularização
foi de 3,6°; enquanto que nos adultos, observou-se uma protrusão de 1,7mm e uma
vestibularização de 4,5°. Concluíram que o aparelho MARA foi efetivo no tratamento
da Classe II nos pacientes de todos os grupos, sendo que as alterações nos
incisivos inferiores foram maiores nos pacientes adultos que nos adolescentes e
crianças. Consideraram que estas alterações foram mínimas quando comparadas a
outros aparelhos funcionais fixos, e que o uso do MARA associado ao aparelho
ortodôntico fixo permite um bom controle da inclinação dos incisivos inferiores.
Mais estudos conclusivos sobre as principais alterações
dentoesqueléticas decorrentes da utilização do aparelho MARA são necessários,
uma vez que as avaliações para a comprovação das reais mudanças oriundas do
aparelho usado são extremamente importantes, principalmente por serem aparelhos
intrabucais fixos para a correção da Classe II, independentes da colaboração do
paciente e são extremamente eficazes e rápidos para a solução deste tipo de má
oclusão (VON BREMEN; PANCHERZ, 2002). Portanto, no intuito de avaliar os
efeitos produzidos pelo aparelho MARA durante a correção da Classe II, este
trabalho propõe-se a comparar, por meio da cefalometria, as alterações
destoesqueléticas e tegumentares observadas após o uso dos aparelhos MARA e
Bionator para correção da Classe II, divisão 1 e ainda comparar com um grupo
controle de pacientes com a má oclusão de Classe II, divisão 1, não tratados.
56
Revisão da Literatura
3 PROPOSIÇÃO
3 PROPOSIÇÃO
A proposta desta investigação consiste em comparar
cefalometricamente, por meio de telerradiografias em norma lateral, as alterações
esqueléticas e dentoalveolares observadas em três grupos de pacientes com a má
oclusão de Classe II, divisão 1, sendo que dois grupos foram tratados com os
aparelhos funcionais MARA e Bionator (Grupos Experimentais) e o outro grupo não
foi submetido ao tratamento ortodôntico (Grupo Controle).
Os tópicos a serem comparados entre os grupos com relação às
alterações esqueléticas e dentoalveolares foram divididos em:
3.1 Componente maxilar;
3.2 Componente mandibular;
3.3 Relação maxilomandibular;
3.4 Componente vertical;
3.5 Componente dentoalveolar superior;
3.6 Componente dentoalveolar inferior;
3.7 Relações dentárias.
Material e Métodos
57
4 MATERIAL E
MÉTODOS
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 MATERIAL
4.1.1 Amostra
A amostra deste estudo constituiu de 66 jovens portadores da má
oclusão de Classe II, 1ª divisão, divididos em 3 grupos:
Grupo MARA:
Composto por 22 pacientes, sendo 15 do gênero masculino e 7 do
gênero feminino, com idade inicial média de 11,99 anos ±1,20 ano (mínimo: 10,30;
máximo: 15 anos), tratados ortopedicamente com o aparelho MARA por um período
médio de 1,00 ano (mínimo: 0,77; máximo: 1,25 ano).
Os jovens foram selecionados prospectivamente entre os jovens que
procuraram tratamento ortodôntico na clínica de Ortodontia da Faculdade de
Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo, durante o ano de 2006. De um
total de aproximadamente 300 pacientes examinados, 22 constituíram a amostra
deste grupo experimental, atendendo aos seguintes critérios:
presença da má oclusão de Classe II, 1ª divisão bilateral, avaliada clinicamente;
retrusão mandibular;
ausência de agenesias ou perda de dentes permanentes;
ausência de supranumerários;
58
Material e Métodos
ausência de apinhamento nos arcos superior e inferior ou presença de
apinhamento mínimo;
presença de incisivos inferiores verticalizados ou suavemente vestibularizados;
presença de trespasse horizontal moderada ou severa;
ausência de tratamento ortodôntico prévio.
A severidade inicial foi avaliada nos modelos de estudo iniciais por
meio da relação molar e de caninos e do trespasse horizontal. Quando houve
diferença na relação molar e de caninos entre os lados direito e esquerdo, foi
considerado o lado mais severo. A média do trespasse horizontal nesse grupo foi de
8,3 mm ±1,9 mm (mínimo: 4,8 mm; máximo: 13 mm).
Os jovens selecionados iniciaram o tratamento ortopédico com o
aparelho MARA e foram tratados pela mesma aluna (KFGC) do Curso de Doutorado
em Odontologia, área de Ortodontia, da FOB-USP. Preocupou-se em instalar o
aparelho dentro do prazo de até um mês após a tomada da telerradiografia inicial. O
MARA foi instalado com uma barra transpalatina e um arco lingual em todos os
pacientes. Apenas um paciente apresentou-se inicialmente com mordida cruzada
posterior que envolvia apenas os primeiros molares e foi, então, submetido à
expansão rápida da maxila com o aparelho Hyrax. Após 2 meses, removeu-se o
expansor, tomou-se uma nova telerradiografia e instalou-se o MARA com uma barra
transpalatina para manter a distância intra-molares obtida com a expansão. Os
pacientes deste grupo não foram submetidos ao alinhamento e nivelamento prévios
dos dentes, nem desgastes interproximais. Todos foram tratados até obterem, em
média, 2 mm além da relação molar de Classe I. A má oclusão foi considerada
corrigida quando se obteve uma oclusão em relação cêntrica, ou seja, posição
mandibular de Relação Cêntrica (RC) igual à posição de Máxima Intercuspidação
Habitual (MIH). Após obter-se esta relação, o aparelho ainda foi mantido por mais 6
meses como contenção. Posteriormente, removeu-se o aparelho MARA e tomou-se
a telerradiografia final de cada paciente.
Material e Métodos
59
Grupo Bionator:
Composto por 22 pacientes, sendo 15 do gênero masculino e 7 do
gênero feminino, com idade inicial média de 11,27 anos ±1,03 ano (mínimo: 9,27;
máximo: 13,60 anos), tratados ortopedicamente com o aparelho Bionator por um
período médio de 1,29 ano (mínimo: 0,72; máximo: 2,28 anos).
Os pacientes deste grupo foram selecionados retrospectivamente a
partir do acervo da Disciplina de Ortodontia da FOB-USP, obedecendo aos
seguintes critérios:
presença da má oclusão de Classe II, 1ª divisão bilateral;
uso exclusivo do aparelho Bionator durante o período avaliado;
presença de telerradiografias tomadas ao início e ao final da fase ortopédica do
tratamento;
idade inicial compatível com a idade do Grupo MARA;
ausência de tratamento ortodôntico prévio.
Os pacientes deste grupo foram tratados pelos alunos de Pós-
graduação na área de Ortodontia da FOB-USP. Houve um período médio de 3
meses entre a tomada da telerradiografia inicial e a instalação do Bionator. A
telerradiografia final foi obtida após a correção da relação molar e obtenção da RC =
MIH.
De forma semelhante ao Grupo MARA, a severidade inicial foi avaliada
por meio da relação molar e de caninos e do trespasse horizontal, nos modelos
iniciais. A média do trespasse horizontal foi de 8,6 mm ±1,9 mm (mínimo: 5,2 mm;
máximo: 10,8 mm).
Grupo Controle:
Composto por 22 jovens, sendo 15 do gênero masculino e 7 do gênero
feminino, não submetidos a nenhum tipo de tratamento ortodôntico ou ortopédico
funcional durante o período de observação avaliado neste estudo. A idade inicial
média foi de 11,63 anos ±1,03 ano (mínimo: 10,16; máximo: 13,88 anos), e foram
observados por um período médio de 1,18 ano (mínimo: 0,80; máximo: 2,01 anos).
60
Material e Métodos
Os jovens foram selecionados a partir da amostra do Centro de Estudo
do Crescimento da Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo,
onde um grupo de jovens foi anualmente radiografado e controlado pela Disciplina
de Ortodontia com a finalidade de obter uma amostra longitudinal de oclusões
jovens, desde a dentadura decídua até a permanente. Posteriormente, todos os
jovens foram encaminhados para tratamento ortodôntico, porém alguns optaram
pela intervenção mais tardia ou não se interessaram pelo tratamento, viabilizando a
constituição de um grupo controle.
Durante a seleção deste grupo, uma atenção especial foi dada para a
média de idade inicial e final, além do tempo médio de observação, na tentativa de
equiparar os três grupos estudados, dando mais confiabilidade ao estudo.
A severidade inicial foi avaliada por meio da relação molar e dos
caninos e do trespasse horizontal, nos modelos iniciais. A média do trespasse
horizontal foi de 7,4 mm ±1,9 mm (mínimo: 4 mm; máximo: 12,4 mm).
Tabela 1 – Médias, desvios-padrão, mínimos e máximos das idades iniciais, finais,
do tempo de observação e da severidade inicial dos jovens nos três
grupos.
Variáveis
Grupo MARA
(n=22)
Grupo Bionator
(n=22)
Grupo Controle
(n=22)
Idade Inicial (anos)
Média
DP
Mínimo
Máximo
11,99
1,20
10,30
15,00
11,27
1,03
9,27
13,60
11,63
1,03
10,16
13,88
Idade Final (anos)
Média
DP
Mínimo
Máximo
13,08
1,20
11,59
16,00
12,79
1,19
10,72
15,06
12,81
1,13
10,97
15,89
Tempo de observação
(anos)
Média
DP
Mínimo
Máximo
1,11
0,16
0,83
1,36
1,47
0,36
1,00
2,32
1,18
0,27
0,80
2,01
Trespasse Horizontal
(mm)
Média
DP
Mínimo
Máximo
8,32
1,93
4,80
13,00
8,69
1,98
5,20
10,80
7,35
1,93
4,00
12,40
Material e Métodos
61
4.1.2 Descrição dos aparelhos utilizados pelos grupos experimentais
4.1.2.1 MARA
O MARA é composto basicamente de coroas de aço cimentadas nos
primeiros molares, muito embora algumas bandas reforçadas também possam ser
empregadas. As bandas convencionais não suportam a pressão oclusal e o
movimento mandibular e, portanto não são recomendadas. (ALLEN-NOBLE, 2002;
ECKHART; WHITE, 2003). As coroas são adquiridas juntamente com outras peças
em um estojo, compondo o kit MARA (Figura 1). Encontram-se neste kit as coroas
superiores e inferiores, para os lados direito e esquerdo, suficientes para 13
pacientes, com tamanhos que variam do número 4 ao 8; os anéis espaçadores de 1
a 4mm que permitem os avanços mandibulares; as alças verticais curtas e longas e
uma chave de torque. Todas as peças são feitas de aço inoxidável.
Figura 1 – Componentes do aparelho dispostos no kit MARA. Um kit foi doado pela SDS Ormco
(Orange/CA, EUA) e dois kits foram comprados com auxílio financeiro da PROAP-CAPES/FOB.
As coroas superiores apresentam um tubo duplo na superfície
vestibular, sendo um tubo edgewise de 0.022 polegada e o outro um tubo quadrado,
com 0.062 polegada (Figura 2A). As coroas inferiores também apresentam um tubo
edgewise para introduzir o fio do tratamento ortodôntico fixo, e uma alça vestibular
feita em fio de aço com 0.059 polegada dobrado e que se projeta
perpendicularmente à sua face vestibular (Figura 2B).
62
Material e Métodos
B
Tubo edgewise 0.022 x 0.030”
Tubo
q
uadrado 0.062”
Tubo edgewise 0.022 x 0.030”
A
l
ç
a vestibular em fio
q
uadrado 0.059”
A
Figura 2 – Coroas de aço para os primeiros molares superiores (A) e inferiores (B).
As coroas superior e inferior relacionam-se por meio de uma alça
vertical confeccionada com um fio quadrado de 0.060 polegada (Figura 3A e 3C) que
é encaixada no tubo quadrado da coroa superior e que contata à alça vestibular do
molar inferior quando o paciente oclui, mantendo a mandíbula avançada e em
relação de Classe I (Figura 3C). Anéis espaçadores (Figura 3B e 3C) podem ser
incluídos na alça vertical durante as ativações para o avanço mandibular.
Alça vestibular
r inferior
longa encaixada no
tubo do molar superior
Gancho da
alça vertical
Anel espaçador
do mola
Alça vertical do tipo
A
B C
ura Ligad
Figura 3 – Peças do MARA utilizadas para o avanço mandibular. A - Alças verticais curtas (acima) e
longas (abaixo). B - Anéis espaçadores de 1 a 4mm. C - Componentes do MARA.
Material e Métodos
63
Para a montagem do aparelho, as coroas eram selecionadas de acordo
com a largura mésio-distal dos molares nos modelos de gesso, seguindo sugestão
do fabricante (Tabela 2).
Tabela 2 – Relação entre a largura mésio-distal dos molares com o número da coroa
de aço (Ormco).
Número da
coroa
Dentes
3 4 5 6 7 8
Largura mésio-distal
do 1º molar superior
9,5 mm 10,0 mm 10,5 mm 11,0 mm 11,5 mm 12,0+ mm
Largura mésio-distal
do 1º molar inferior
10,0 mm 10,5 mm 11,0 mm 11,5 mm 12,0 mm 12,5+ mm
A coroa selecionada era ajustada diretamente no paciente com os
molares devidamente separados. A altura da coroa de aço deveria respeitar as
distâncias biológicas do dente e, portanto eram geralmente recortadas na base, e
em seguida polidas para alisar as arestas. A base da coroa foram contornadas ao
redor da margem gengival para proporcionar a retenção do aparelho. (PANGRAZIO-
KULBERSH, 2008). Após os ajustes, as quatro coroas eram posicionadas e
realizava-se a moldagem de transferências para confecção laboratorial da barra
transpalatina e do arco lingual de Nance. Estes foram confeccionados em fio de aço
de 1.0 polegada, sendo que a BTP foi construída distante da mucosa palatina cerca
de 2mm. O arco lingual e a barra transpalatina são incorporados ao aparelho para
estabilizar os molares inferiores e superiores, respectivamente.
Após a etapa laboratorial, realizava-se a profilaxia dos molares com
pasta profilática e pedra pomes utilizando-se escovas de Robson. Em seguida, as
coroas eram cimentadas com o cimento ionomérico Vidrion C (SS White, São Paulo,
Brasil). Posteriormente, as alças verticais eram ajustadas com torques corretos para
prevenir contato com o tubo retangular das coroas inferiores, evitando fraturas.
(PANGRAZIO-KULBERSH, 2008). Além disso, as extremidades foram cortadas para
evitar danos aos tecidos moles do paciente (Figura 4). Porém, os cortes eram
realizados até um limite posterior que eliminasse o risco do paciente ocluir atrás da
alça, ou seja, se a extremidade inferior da alça vertical fosse encurtada demais,
64
Material e Métodos
haveria a possibilidade de, durante a oclusão, a alça vestibular do molar inferior
passar atrás da alça vertical do molar superior.
Figura 4 – Alça vertical com tamanho original (à esquerda) e com tamanho reduzido, após a remoção
do excesso posterior (à direita).
Depois de instalado, o aparelho impede o fechamento da mandíbula
numa posição mais retruída ou de Classe II, uma vez que as duas partes, superior e
inferior, se contatam e impedem o fechamento em oclusão habitual. Entretanto, o
design do aparelho permite movimentos para anterior da mandíbula, sendo que a
alça vestibular da coroa inferior fica livre para se mover em frente à alça vertical da
coroa superior, possibilitando a oclusão.
Mesmo sem nenhuma união física permanente entre as partes superior
e inferior do aparelho, o paciente aprende rapidamente a posicionar a mandíbula
anteriormente, tanto em função como em repouso.
Pode-se selecionar a quantidade do avanço mandibular inserindo anéis
de aço na alça vertical antes de inseri-la na coroa superior. Existem 4 tamanhos de
anéis que variam de 1 a 4mm de comprimento. Dessa forma, o avanço pode ser
gradual, enquanto o paciente ajusta-se com o aparelho (Figura 5). A alça vertical
pode ser fixada na coroa superior com ligadura e/ou fio de amarrilho 0.10 polegada.
Figura 5 – Inserção de anéis na alça vertical para o avanço gradual progressivo da mandíbula.
Material e Métodos
65
As quebras do aparelho ocorreram em diferentes situações: o
desencaixe da alça vertical seja por perda da ligadura ou quebra do gancho; a
quebra do arco lingual; e a quebra da alça vestibular do molar inferior. A primeira
situação, o desencaixe da alça vertical, permitia o reparo clínico, que era realizado
assim que o paciente informava a quebra. Quando o paciente trazia a alça vertical
para ser fixada na coroa superior, o atendimento clínico compreendia apenas em
amarrar a alça vertical. Este reparo ocorreu em 13 pacientes (59% do grupo), sendo
que em 7 deles este fato ocorreu apenas uma vez. Porém, quando havia a
necessidade de se adaptar uma nova alça vertical (6 ocorrências), um tempo clínico
maior era exigido e isto ocorria em duas situações: quando o gancho da alça
quebrava ou quando o paciente perdia a alça. As outras duas situações, a quebra do
arco lingual e a quebra da alça vestibular, não permitiam reparo clínico,
necessitando de uma fase laboratorial, e foram observadas em 4 pacientes (18% do
grupo).
O aparelho MARA permite o uso concomitante com o aparelho de
expansão rápida da maxila e com o aparelho fixo. Porém, neste estudo, instalou-se
apenas o aparelho MARA, sem outros aparelhos associados. A seguir, as figuras 6,
7 e 8 apresentam as fotografias extrabucais e intrabucais de um caso clínico ao
início do tratamento, após a instalação do MARA e após a remoção do MARA.
66
Material e Métodos
Figura 6 – Fotografias extra e intrabucais iniciais de uma paciente com 10,5 anos de idade que se
encontrava no final do segundo período transitório do desenvolvimento da dentição.
Material e Métodos
67
Figura 7 – Fotografias extra e intrabucais da paciente durante o tratamento com o aparelho de
reposicionamento anterior da mandíbula (MARA).
68
Material e Métodos
Figura 8 – Fotografias extra e intrabucais da paciente ao final do tratamento ortopédico, após um ano
de utilização do aparelho MARA.
Material e Métodos
69
Após a remoção do aparelho MARA, todos os pacientes receberam
tratamento com aparelho ortodôntico fixo para um adequado alinhamento e
nivelamento dentário e fechamento dos espaços.
4.1.2.2 Bionator
O aparelho Bionator consiste num aparelho funcional removível
confeccionado em laboratório com resina acrílica quimicamente ativada e fio de aço
inoxidável. Esse aparelho constitui-se de quatro componentes básicos: a base de
acrílico, a alça palatina, o arco vestibular e as dobras do bucinador (Figura 9).
Utilizou-se na clínica de Pós-graduação em Ortodontia da FOB-USP o Bionator de
Balters modificado por Ascher (ASCHER, 1977). Algumas características deste
aparelho diferiram da forma original proposta por Balters, como o recobrimento
acrílico dos incisivos inferiores, com o intuito de minimizar a protrusão e extrusão
dos mesmos. (JANSON; NOACHTAR, 1998). Além disso, a alça palatina manteve-
se passiva, não agindo como um posicionador postural da língua, e o arco
vestibular, construído originalmente afastado dos incisivos superiores com o objetivo
de guiar ou facilitar o selamento labial, passou a tocar os incisivos superiores,
exercendo uma pressão suave nos mesmos, agindo assim como um elemento ativo
do tratamento (Figura 10).
Figura 9 – Componentes do aparelho Bionator.
Figura 10 – Aplicação clínica do aparelho Bionator.
70
Material e Métodos
A mordida construtiva para a confecção do Bionator buscou a relação
de topo-a-topo entre os incisivos, desde que o avanço mandibular não ultrapassasse
7mm, observando concomitantemente as relações de normalidade dos caninos e
primeiros molares permanentes. Para os casos que apresentaram uma
sobressaliência maior que 7mm, realizou-se um avanço mandibular gradual, ou seja,
a cada 3 meses respeitando o limite de 2 a 3 mm a cada avanço. (ALMEIDA, 2000).
No sentido vertical, realizou-se uma abertura entre os dentes posteriores de
aproximadamente 5mm ou até que se corrigisse a sobremordida (BRANGELI, 2000).
No sentido transversal, manteve-se a coincidência das linhas medianas esqueléticas
superior e inferior. Nos casos de desvio da linha média dentária, manteve-se o
desvio durante a confecção da mordida construtiva. (ALMEIDA, 2000)
Os pacientes foram recomendados a utilizar o Bionator por um período
mínimo diário de 18 a 20 horas, removendo-o apenas para as refeições,
higienização e prática de esportes. Os desgastes seletivos póstero-inferiores só
foram iniciados depois que os pacientes se acostumaram com o aparelho.
(BRANGELI, 2000).
Após a correção da relação molar e redução do trespasse horizontal,
obteve-se uma adequada relação maxilomandibular nos sentidos ântero-posterior,
vertical e transversal. Entretanto, alguns pacientes necessitaram de uma segunda
fase de tratamento com aparelho ortodôntico fixo para obtenção de um correto
alinhamento e nivelamento dentário.
4.2 MÉTODOS
4.2.1 Método Radiográfico
Para a realização deste estudo, foram utilizadas as radiografias em
norma lateral das fases T1 (inicial) e T2 (final), dos 66 jovens selecionados. Essas
radiografias foram tomadas com os pacientes em posição de máxima
intercuspidação habitual e lábios em repouso. Realizou-se o traçado cefalométrico e
demarcou-se os pontos manualmente em papel de acetato ultraphan, de 0,07mm de
espessura, e tamanho de 18 x 18 centímetros, sobre um negatoscópio, em uma sala
escurecida. Posteriormente, estes pontos foram digitalizados por meio de uma mesa
Material e Métodos
71
digitalizadora Numonics A-30TL.F (Numonics Corporation, Montgomeryville, PA,
EUA), conectado a um microcomputador com processador AMD K-6 II 500MHz, para
obtenção das grandezas cefalométricas.
Os traçados e a digitalização dos pontos foram realizados pelo mesmo
examinador, utilizando-se o programa Dentofacial Planner, versão 7.02 (Dentofacial
Planner Software Inc., Toronto, Ontário, Canadá), para a realização das medições.
Devido ao fato das radiografias terem sido tomadas em diferentes centros de
documentação, tomou-se o cuidado de indicar o fator da magnificação, permitindo a
sua correção pelo próprio programa. Os fatores de magnificação aplicados variaram
conforme o centro de documentação: 6% (para as radiografias tomadas na FOB-
USP até 1994 e no CDB), 7,94% (para as radiografias do Serdoc) e 9,8% (para as
radiografias tomadas na FOB-USP a partir de 1995, SDO, Ortodiagnosis e Cebeo).
4.2.2 Traçado anatômico
O traçado cefalométrico foi constituído pelo desenho das seguintes
estruturas (Figura 9):
Contorno da sela túrcica;
Perfil do osso frontal e dos ossos nasais;
Contorno da cavidade orbitária;
Meato acústico externo;
Fissura pterigomaxilar;
Maxila;
Mandíbula;
Incisivos centrais superiores e inferiores;
Primeiros molares permanentes superiores e inferiores;
Contorno do perfil tegumentar.
Durante o traçado cefalométrico, sempre que estruturas bilaterais da
face apresentassem imagens duplas, sua média era considerada. Nos incisivos,
demarcou-se o mais vestibularizado e nos molares, considerou-se a média.
72
Material e Métodos
4.2.3 Demarcação dos pontos cefalométricos
A demarcação dos pontos cefalométricos foi executada segundo as
definições de DOWNS, RIEDEL, STEINER e RICKETS (Figura 11):
1. S (Sela Túrcica) – ponto médio da concavidade óssea da sela túrcica;
2. N (Násio) – ponto mais anterior da sutura frontonasal;
3. Or (Orbitário) – ponto mais inferior do contorno da margem da órbita;
4. ENA (Espinha Nasa Anterior) – ponto mais anterior do assoalho da fossa nasal;
5. ENP (Espinha Nasal Posterior) – ponto mais posterior do assoalho da fossa
nasal;
6. Ponto A (Subespinhal) – ponto mais profundo da concavidade do contorno
anterior da maxila, determinada girando-se uma régua centrada no ponto N até a
superfície mais posterior da concavidade anterior da maxila;
7. Ponto B (Supramentoniano) – ponto mais profundo da concavidade da sínfise
mentoniana, determinada girando-se uma régua centrada no ponto N até a
superfície mais posterior da concavidade anterior da mandíbula;
8. P (Pogônio) – ponto mais anterior da eminência mentoniana, determinado com o
auxílio de uma régua centrada no ponto N até a superfície mais anterior do mento;
9. Go (Gônio) – representa o ponto mais póstero-inferior do contorno do ângulo
goníaco, determinado pela bissetriz do ângulo formado pelas tangentes às bordas
posterior e inferior da mandíbula;
10. Me (Mentoniano) – ponto mais inferior da sínfise mentoniana;
11. Gn (Gnatio) – representa o ponto mais ântero-inferior do contorno do mento,
determinado pela bissetriz do ângulo formado pelo plano mandibular (GoMe) e pela
linha NP;
12. Po (Pório anatômico) – ponto mais superior do contorno do conduto auditivo
externo;
13. Co (condílio) – ponto mais superior e posterior da côndilo mandibular;
14. BIS (Borda do Incisivo Superior) – ponto mais inferior da borda incisal do incisivo
central superior;
15. AIS (Ápice do Incisivo Superior) – ponto mais superior do ápice radicular do
incisivo central superior;
Material e Métodos
73
16. VIS (Vestibular do Incisivo Superior) – ponto mais anterior da face vestibular da
coroa do incisivo central superior;
17. BII (Borda do Incisivo Inferior) – ponto mais superior da borda incisal do incisivo
central inferior;
18. AII (Ápice do Incisivo Inferior) – ponto mais inferior do ápice radicular do incisivo
central inferior;
19. VII (Vestibular do Incisivo Inferior) – ponto mais anterior da face vestibular da
coroa do incisivo central inferior;
20. SMPMS (superfície mesial do primeiro molar superior) – ponto mais anterior da
coroa do primeiro molar permanente superior;
21. SDPMS (superfície distal do primeiro molar superior) – ponto mais posterior da
coroa do primeiro molar permanente superior;
22. CMPMS (cúspide mesial do primeiro molar superior) – ponto mais inferior da
cúspide mesial do primeiro molar permanente superior;
23. SMPMI (superfície mesial do primeiro molar inferior) – ponto mais anterior da
coroa do primeiro molar permanente inferior;
24. SDPMI (superfície distal do primeiro molar inferior) – ponto mais poterior da coroa
do primeiro molar permanente inferior;
25. CMPMI (cúspide mesial do primeiro molar inferior) – ponto mais superior da
cúspide mesial do primeiro molar permanente inferior;
26. COM (contato oclusal molar) – ponto médio da superfície de intercuspidação dos
primeiros molares permanentes;
27. COPM (contato oclusal pré-molar) – ponto médio da superfície de
intercuspidação dos primeiros pré-molares ou dos primeiros molares decíduos;
Foram construídos mais dois pontos durante a digitalização para auxiliar nas
medições:
28. Pogperp (pogônio perpendicular) – ponto localizado arbitrariamente ao nível dos
incisivos superiores, porém perpendicular ao plano Go-Me, passando pelo ponto P;
29. ENAperp (espinha nasal anterior perpendicular) – ponto localizado
arbitrariamente ao nível dos incisivos inferiores, porém perpendicular ao plano
palatino, a partir do ponto ENA.
74
Material e Métodos
Figura 11 – Traçado cefalométrico e pontos utilizados.
4.2.4 Planos e linhas de referência (Figura 12)
Horizontais:
A. Linha SN – passa pelos pontos S e N;
B. FH (Plano de Frankfurt) – passa pelos pontos Po e Or;
C. PP (Plano Palatino) – passa pelos pontos ENA e ENP;
D. POF (Plano Oclusal Funcional) – passa pelos pontos COM e COPM;
E. GoGn (Plano mandibular) – passa pelos pontos Go e Gn;
F. GoMe (Plano mandibular) – passa pelos pontos Go e Me;
Verticais:
G. Linha longo eixo do incisivo superior – passa pelos pontos BIS e AIS;
H. Linha longo eixo do incisivo inferior – passa pelos pontos BII e AII;
Material e Métodos
75
I. Linha longo eixo do molar superior – linha perpendicular à maior convergência
da coroa do molar superior, passando pela furca;
J. Linha longo eixo do molar inferior – linha perpendicular à maior convergência
da coroa do molar inferior, passando pela furca;
K. Linha NA – passa pelos pontos N e A;
L. Linha NB – passa pelos pontos N e B;
M. Linha Nperp – linha perpendicular ao plano de Frankfurt, passando pelo ponto
N;
N. Linha ENAPerp – linha perpendicular ao plano palatino, passando pelo ponto
ENA;
O. Linha PogPerp – linha perpendicular ao plano mandibular GoMe, passando pelo
ponto P.
Figura 12 – Planos e linhas de referência utilizados.
76
Material e Métodos
4.2.5 Grandezas cefalométricas esqueléticas: (Figura 13)
Maxilares
1. SNA(°): ângulo formado pelas linhas SN e NA. Indica a relação ântero-posterior
da maxila em relação à base do crânio, e seu aumento indica uma maior protrusão
maxilar;
2. A-Nperp (mm): distância entre o ponto A e a linha Nperp. Define a posição
ântero-posterior da maxila e seu aumento também indica um aumento da protrusão
maxilar.
3. Co-A (mm): distância entre os pontos Co e A. Representa o comprimento efetivo
da maxila;
Mandibulares
4. SNB (°): ângulo formado pelas linhas SN e NB. Indica a relação anteroposterior
da mandíbula em relação à base do crânio, e seu aumento indica um aumento da
protrusão mandibular;
5. P-Nperp (mm): distância entre o ponto pogônio e a linha Nperp. Representa a
posição ântero-posterior da mandíbula, e seu aumento indica um aumento da
protrusão mandibular.
6. Co-Gn (mm): distância entre os pontos condílio e gnátio. Define o comprimento
efetivo mandibular;
7. Go-Gn (mm): distância entre os pontos gônio e gnátio. Avalia o comprimento do
corpo mandibular;
8. Co-Go (mm): distância entre os pontos condílio e gônio. Representa a altura do
ramo mandibular;
Maxilomandibulares
9. ANB (°): ângulo entre as linhas NA e NB. Representa o grau de discrepância
ântero-posterior entre a maxila e mandíbula; sua diminuição indica um melhor
relacionamento maxilomandibular;
10. Wits (mm): distância entre as projeções perpendiculares dos pontos A e B sobre
o plano oclusal funcional. Define o relacionamento ântero-posterior entre a maxila e
mandíbula; sua diminuição indica um melhor relacionamento maxilomandibular;
Material e Métodos
77
11. NAP (°): ângulo entre as linhas NA e AP. Descreve o grau de convexidade do
perfil ósseo;
12. Co-A/Co-Gn (mm): proporção entre os comprimentos maxilar e mandibular.
Avalia o crescimento diferencial da mandíbula em relação à maxila.
Padrão de crescimento
13. FMA (°): ângulo formado pelos planos horizontal de Frankfurt e mandibular
(GoMe). Define a direção do crescimento facial;
14. SN.GoGn (°): ângulo formado pela linha SN e o plano mandibular GoGn.
Também define a direção do crescimento facial;
15. SNGn (°): eixo Y de crescimento formado pelas linhas SN e SGn. Define a
direção do crescimento facial;
16. SN.PP (°): ângulo formado pela linha SN e o plano palatino. Indica a inclinação
da porção basal maxilar;
17. SN.POF (°): ângulo formado entre a linha SN e o plano oclusal funcional.
Relaciona a inclinação do plano oclusal com a base do crânio;
18. PP.GoGn (°):ângulo formado pelo plano palatino e o plano mandibular GoGn.
Relaciona a inclinação do plano mandibular com o plano palatino;
19. AFAI (mm): distância entre os pontos espinha nasal anterior e mentoniano.
Indica a altura do terço inferior da face;
20. S-Go (mm): Distância entre os pontos sela e gônio. Indica a altura posterior da
face.
78
Material e Métodos
Figura 13 – Grandezas cefalométricas esqueléticas.
4.3.6. Grandezas cefalométricas dentárias (Figura 14)
Dentárias superiores
1. 1.PP (°): ângulo entre o longo eixo do incisivo central superior e o plano palatino.
Avalia a inclinação do incisivo superior em relação à maxila;
2. 1.NA (°): ângulo entre o longo eixo do incisivo central superior e a linha NA.
Define o grau de inclinação do incisivo central em relação à maxila e ao násio;
3. 1-NA (mm): distância entre o ponto mais anterior da coroa do incisivo central
superior e a linha NA. Avalia a posição ântero-posterior do incisivo superior em
relação à maxila e ao násio e seu aumento indica uma protrusão do incisivo;
4. 1-ENAperp (mm): distância entre o ponto mais anterior da coroa do incisivo
central superior e a linha espinha nasal anterior perpendicular. Determina a posição
Material e Métodos
79
ântero-posterior do incisivo superior em relação à maxila. Valores posteriores a essa
linha são negativos, e anteriores são positivos, seguindo o mesmo raciocínio de 1-
NA;
5. 1-PP (mm): distância entre a borda incisal do incisivo central superior e o plano
palatino. Determina a altura do processo alveolar superior em sua região anterior;
6. 6-ENAperp (mm): distância entre a face mesial do primeiro molar superior e a
linha espinha nasal anterior perpendicular. Determina a posição ântero-posterior do
primeiro molar superior em relação à maxila, sendo que seu aumento (ou diminuição
do valor absoluto) indica uma mesialização do molar;
7. 6-PP (mm): distância entre a cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior e
o plano palatino. Avalia a altura do processo alveolar em sua região posterior;
8. 6.PP (°): ângulo formado entre o longo eixo do primeiro molar superior e o plano
palatino.
Dentárias inferiores
9. IMPA (°): ângulo entre o longo eixo do incisivo central inferior e o plano
mandibular GoMe. Indica a inclinação desse dente em relação à mandíbula;
10. 1.NB (°): ângulo entre o longo eixo do incisivo inferior e a linha NB. Relaciona a
inclinação desse dente com a mandíbula e o násio;
11. 1-NB (mm): distância entre o ponto mais anterior da coroa do incisivo central
inferior e a linha NB. Avalia a posição ântero-posterior do incisivo inferior em relação
à mandíbula e ao násio;
12. 1-Pogperp (mm): distância entre o ponto mais anterior da coroa do incisivo
central inferior e a linha pogônio perpendicular. Determina a posição ântero-posterior
do incisivo central inferior em relação à mandíbula, sendo que seu aumento indica
uma protrusão do incisivo;
13. 1-GoMe (mm): distância entre a borda incisal do incisivo central inferior e o plano
mandibular GoMe. Determina a altura do processo alveolar inferior em sua região
anterior;
80
Material e Métodos
14. 6-Pogperp (mm): distância entre a face mesial do primeiro molar inferior e a
linha pogônio perpendicular. Determina a posição ântero-posterior do primeiro molar
inferior em relação à mandíbula, sendo que seu aumento (ou diminuição do valor
absoluto) indica uma mesialização do molar;
15. 6-GoMe (mm): distância entre a cúspide mesiovestibular do primeiro molar
inferior e o plano mandibular GoMe. Determina a altura do processo alveolar inferior
em sua região posterior.
16. 6.GoMe (°):ângulo formado entre o longo eixo do primeiro molar inferior e o
plano mandibular.
Figura 14 – Grandezas cefalométricas dentárias superiores e inferiores.
Material e Métodos
81
4.3.7. Relações dentárias (Figura 15)
1. TRESPASSE HORIZONTAL – TH (mm): distância da borda incisaI do incisivo
inferior à borda incisal do incisivo superior, medida paralelamente ao plano oclusal
funcional;
2. TRESPASSE VERTICAL – TV (mm): distância da borda incisal do incisivo inferior
à borda incisal do incisivo superior, medida perpendicularmente ao plano oclusal
funcional;
3. RELAÇÃO MOLAR - Rel. molar (mm): distância da superfície mesial do primeiro
molar superior à superfície mesial do primeiro molar inferior, medida paralelamente
ao plano oclusal funcional. Seu aumento indica uma maior mesialização do molar
inferior em relação ao superior.
Figura 15 – Grandezas cefalométrica referentes às relações dentárias.
82
Material e Métodos
4.4. Análise estatística
A análise estatística foi desenvolvida pelo software Statistica for
Windows 6.0, produzido por StatSoft Inc. Todos os resultados foram considerados
estatisticamente significantes quando p<0,05.
4.4.1. Erro do método
Para a avaliação do erro do método, foram traçadas e mensuradas
novamente 20 telerradiografias selecionadas ao acaso, após um intervalo de 4
semanas. Aplicou-se o teste t pareado com o objetivo de estimar o erro sistemático.
(HOUSTON, 1983). Para a avaliação do erro casual, empregou-se o teste de
DAHLBERG (1940), por meio da seguinte fórmula: S
e
2
= d
2
/2n, onde S
e
representa
o erro de Dahlberg;
d
2
corresponde ao somatório dos quadrados das diferenças
entre as primeiras e segundas medições e 2n representa o dobro do número de
casos em que as medidas foram repetidas.
4.4.2. Compatibilidade da amostra:
Antes de iniciar as comparações, aplicou-se o teste de Kolmogorov-
Smirnov para verificar se todas as variáveis estudadas apresentavam, em cada
grupo, uma distribuição normal, o que permitiria a aplicação dos testes estatísticos
paramétricos.
Para determinar o grau de similaridade entre os grupos, aplicou-se a
Análise de Variância a um critério (ANOVA) sobre as médias das idades iniciais e
finais, do tempo de observação e do trespasse horizontal dos três grupos avaliados.
Na obtenção de um resultado estatisticamente significante, realizou-se o teste de
Tukey para determinar, especificamente, entre quais grupos essa diferença ocorreu.
As variáveis categóricas como a severidade inicial da má oclusão de Classe II,
avaliada por meio da relação molar e dos caninos nos modelos de gesso, e a
distribuição dos gêneros dos pacientes foram comparadas por meio do teste não
paramétrico Qui-quadrado para verificar a compatibilidade entre os três grupos.
Material e Métodos
83
A compatibilidade cefalométrica inicial entre os grupos foi avaliada por
meio da ANOVA a um critério, seguida do teste de Tukey nas variáveis que
mostraram diferença estatisticamente significante entre os grupos.
4.4.3 Comparações intra e intergrupos
Nas avaliações intragrupos, utilizou-se o teste t pareado para comparar
os valores das grandezas cefalométricas entre as fases inicial e final com o objetivo
de verificar se ocorreram alterações estatisticamente significantes derivadas do
tratamento e/ou crescimento entre estas duas fases em cada grupo.
Nas avaliações intergrupos, aplicou-se a Análise de Variância a um
critério (ANOVA) para comparar os três grupos quanto aos valores cefalométricos
finais e às alterações ocorridas no período de observação (Alteração = Valor Final -
Valor Inicial). Como o tempo médio de tratamento do Grupo Bionator foi maior que o
do Grupo MARA e que o tempo médio de observação do Grupo Controle, torna-se
impraticável uma comparação direta entre esses grupos, uma vez que os resultados
inevitavelmente estariam influenciados pelo fator tempo de avaliação. De modo a
possibilitar a comparação direta entre os Grupos Experimentais e o Grupo Controle,
as alterações ocorridas em cada variável, para cada paciente do Grupo Bionator,
foram anualizadas, ou seja, divididas pelo tempo de tratamento do paciente e
multiplicadas pelo tempo médio de tratamento do Grupo MARA (1,11 anos),
conforme a seguinte fórmula:
Alteração anualizada = alteração variável x 1,11 (tempo médio do Grupo MARA)
tempo de tratamento do paciente
Dessa forma, as alterações anualizadas do Grupo Bionator foram então
comparadas com as alterações dos Grupos MARA e Controle (que já estavam
previamente compatibilizados quanto ao tempo de avaliação), por meio da Análise
de Variância a um critério. Quando confirmada a diferença significante pela Análise
de Variância, aplicou-se em seguida o teste de Tukey para determinar entre quais
grupos ocorreu essa diferença.
84
Resultados
5 RESULTADOS
5 RESULTADOS
Primeiramente, estão dispostos nas tabelas os resultados do erro do
método para as variáveis cefalométricas, na seqüência encontram-se as tabelas
com os resultados da avaliação da compatibilidade entre os grupos quanto à idade
inicial, idade final, tempo de observação, distribuição dos gêneros, severidade inicial
da má oclusão e quantidade da sobressaliência inicial medida nos modelos de
gesso. Além disso, seguem os resultados da compatibilidade cefalométrica inicial
entre os grupos. Em seguida, encontram-se as tabelas com os resultados das
comparações intra e intergrupos. No Apêndice, encontram-se as características
individuais de cada paciente, os valores individuais das variáveis cefalométricas
iniciais e finais e das alterações cefalométricas, dispostos em tabelas.
5.1 Erro do método
A Tabela 3 apresenta os resultados da avaliação do erro intra-
examinador nas telerradiografias em norma lateral. A comparação da primeira e da
segunda medição das grandezas cefalométricas, por meio do teste t pareado e da
fórmula de Dahlberg, permitiu avaliar os erros sistemáticos e casuais,
respectivamente.
Resultados
85
Tabela 3 - Resultados do teste t pareado e da fórmula de Dahlberg, utilizados para a
avaliação dos erros sistemáticos e casuais, respectivamente.
1ª medição
(n=20)
2ª medição
(n=20)
Variáveis
Média (D.P) Média (D.P)
p Dahlberg
Componente Maxilar
SNA (°) 80,83 (3,95) 81,12 (3,83) ,1359 0,6095
A-Nperp (mm) 84,20 (3,91) 84,56 (3,82) ,1513 0,4384
Co-A (mm) 1,48 (3,53) 1,73 (3,54) ,0640 0,7845
Componente Mandibular
SNB (°) 76,27 (3,26) 76,48 (3,11) ,2571 0,5735
P-Nperp (mm) -3,21 (5,62) -3,07 (5,49) ,3643 0,4916
Co-Gn (mm) 106,32 (6,34) 106,36 (5,92) ,8757 0,6806
Go-Gn (mm) 70,35 (4,66) 70,37 (4,74) ,8768 0,3924
Co-Go (mm) 51,88 (4,91) 51,71 (4,20) ,4805 0,7379
Relação Maxilomandibular
ANB (°) 4,56 (2,35) 4,64 (2,42) ,2628 0,3453
Wits (mm) 2,90 (2,83) 3,06 (2,78) ,3119 0,5032
NAP (°) 7,28 (5,49) 7,45 (5,48) ,4481 0,6870
Co-A/Co-Gn 79,29 (2,68) 79,58 (2,53) ,0613 0,4939
Padrão de Crescimento
FMA (°) 23,26 (5,69) 23,32 (5,51) ,7685 0,6208
SN.GoGn (°) 31,49 (5,49) 31,03 (5,38) ,0152 0,6363
SNGn (°) 68,60 (3,81) 68,50 (3,78) ,6448 0,6286
SN.PP (°) 8,43 (3,82) 8,67 (3,61) ,2043 0,5755
SN.POF (°) 19,23 (5,95) 18,71 (5,76) ,3450 1,6628
PP.GoGn (°) 23,06 (5,46) 22,36 (5,29) ,0025 0,7985
AFAI (mm) 60,99 (4,91) 60,94 (4,93) ,7161 0,4189
S-Go (mm) 69,94 (5,38) 70,09 (5,43) ,0651 0,2588
Componente dentoalveolar superior
1.PP (°) 115,77 (4,30) 116,36 (4,33) ,1613 1,3156
1.NA (°) 26,49 (5,58) 26,23 (5,26) ,4773 1,0992
1-NA (mm) 5,76 (2,16) 5,64 (1,88) ,3035 0,3598
1-ENAperp (mm) -1,42 (2,24) -0,97 (2,50) ,1535 0,9856
1-PP (mm) 29,95 (2,47) 26,86 (2,48) ,5636 0,4497
6-ENAperp (mm) -29,57 (2,43) -29,87 (2,32) ,1006 0,5858
6-PP (mm) 21,06 (2,92) 21,37 (2,90) ,0224 0,4497
6.PP (°) 73,78 (5,91) 73,94 (5,71) ,2573 0,4508
Componente dentoalveolar inferior
IMPA (°) 97,76 (5,25) 98,41 (5,57) ,1231 1,3240
1.NB (°) 28,11 (5,48) 28,77 (5,83) ,0888 1,2263
1-NB (mm) 5,71 (2,13) 5,94 (2,33) ,0244 0,3324
1-Pogperp (mm) -5,65 (1,29) -5,51 (1,35) ,1404 0,2867
1-GoMe (mm) 37,78 (2,25) 37,83 (2,44) ,5672 0,2936
6-Pogperp (mm) -29,65 (1,28) -29,57 (1,38) ,4699 0,3391
6-GoMe (mm) 27,83 (2,04) 27,76 (1,87) ,4456 0,2612
6.GoMe (°) 80,96 (3,18) 80,64 (3,07) ,0602 0,5345
Relações dentárias
TH (mm) 7,26 (3,36) 7,09 (3,24) ,2159 0,4266
TV (mm) 4,03 (2,15) 4,18 (2,31) ,1209 0,2936
Rel. molar (mm) 0,56 (3,25) 0,57 (3,19) ,8805 0,2025
86
Resultados
5.2 Avaliação da compatibilidade entre os grupos
Após a confirmação da distribuição normal em todas as variáveis,
realizaram-se as comparações por meio de testes paramétricos.
Verificou-se a compatibilidade entre os grupos quanto à idade inicial,
idade final, tempo de observação, trespasse horizontal, distribuição dos gêneros e
severidade inicial da relação molar e de caninos (Tabela 4). Os grupos foram
compatíveis em todas as variáveis avaliadas exceto no tempo de observação,
mostrando que o Grupo Bionator apresentou um tempo significantemente maior que
os outros grupos.
Tabela 4 – Resultados da Análise de Variância, do teste de Tukey e do Qui-
quadrado para verificar a compatibilidade entre os grupos.
Variáveis
Grupo
MARA
(n=22)
Grupo
Bionator
(n=22)
Grupo
Controle
(n=22)
p
Idade inicial (anos) 11,99 (1,20) 11,27 (1,03) 11,63 (1,03) ,0977
Idade final (anos) 13,10 (1,20) 12,79 (1,04) 12,81 (1,13) ,5913
Tempo de observação (anos) 1,11 (0,15)
A
1,51 (0,40)
B
1,18 (0,27)
A
,0000
Trespasse horizontal (mm) 8,32 (1,93) 8,63 (1,88) 7,35 (1,93) ,0776
Relação molar
¼ Classe II
½ Classe II
¾ Classe II
Classe II completa
0
4
7
11
0
1
5
16
3
5
3
11
p=0,0737
X
2
=11,52
Relação dos caninos
¼ Classe II
½ Classe II
¾ Classe II
Classe II completa
1
6
9
6
0
7
8
7
2
6
9
5
p=0,8667
X
2
=2,52
Gênero
Masculino
Feminino
15
7
15
7
15
7
p=1,00
X
2
=0,00
Letras diferentes representam diferenças estatisticamente significantes.
Verificou-se a compatibilidade cefalométrica inicial entre os três
grupos (Tabela 5) e os resultados mostraram que houve compatibilidade inicial em
todas as variáveis cefalométricas, exceto em três: 1.PP, 1-GoMe e 6-GoMe,
mostrando que os incisivos superiores estão mais inclinados para vestibular no
Grupo Bionator em relação ao Grupo Controle, e as alturas alveolares inferiores
(anterior e posterior) são maiores no Grupo MARA em relação ao Grupo Bionator.
Resultados
87
Tabela 5 – Resultados da ANOVA e do teste de Tukey para avaliar a
compatibilidade cefalométrica dos Grupos MARA, Bionator e
Controle na fase inicial do tratamento (T1).
Grupo MARA
(n=22)
Grupo Bionator
(n=22)
Grupo Controle
(n=22)
Variáveis
Média (D.P) Média (D.P) Média (D.P)
p
Componente Maxilar
SNA (°) 81,12 (3,03) 80,58 (3,47) 80,64 (3,74) ,8500
A-Nperp (mm) 1,20 (2,78)
-0,13 (3,23)
-0,74 (2,19)
,0663
Co-A (mm) 85,12 (3,89) 82,78 (3,30) 83,33 (5,23) ,1640
Componente Mandibular
SNB (°) 75,89 (2,83) 75,41 (3,09) 75,95 (3,93) ,8389
P-Nperp (mm) -5,14 (5,66)
-6,57 (5,53)
-7,50 (4,29)
,3231
Co-Gn (mm) 105,54 (5,36) 102,64 (3,01) 104,10 (6,33) ,1758
Go-Gn (mm) 70,27 (3,79) 68,16 (3,52) 68,61 (4,70) ,1977
Co-Go (mm) 50,90 (4,57) 49,07 (2,53) 49,79 (2,73) ,2081
Relação Maxilomandibular
ANB (°) 5,23 (1,20) 5,15 (2,02) 4,69 (1,88) ,5424
Wits (mm) 4,06 (2,09)
4,34 (1,83)
3,06 (1,46)
,0549
NAP (°) 8,75 (3,56) 7,85 (4,83) 7,42 (4,98) ,6105
Co-A/Co-Gn 80,68 (1,96) 80,65 (2,23) 80,19 (2,78) ,7411
Padrão de Crescimento
FMA (°) 24,00 (3,82) 24,69 (5,28) 25,66 (3,86) ,4506
SN.GoGn (°) 31,30 (4,53) 31,54 (5,60) 31,39 (5,34) ,9880
SNGn (°) 68,39 (2,82) 67,61 (3,87) 67,73 (4,25) ,7521
SN.PP (°) 7,33 (3,85) 7,94 (3,00) 7,10 (3,52) ,7104
SN.POF (°) 20,51 (4,33) 21,18 (4,82) 21,54 (5,48) ,7818
PP.GoGn (°) 23,96 (4,71) 23,60 (4,71) 24,29 (4,42) ,8827
AFAI (mm) 61,08 (3,82) 58,45 (4,38) 60,83 (3,50) ,0567
S-Go (mm) 69,34 (5,26) 66,34 (3,54) 68,19 (4,00) ,0763
Componente dentoalveolar superior
1.PP (°) 114,21 (4,54)
A,B
117,16 (4,45)
A
112,44 (5,46)
B
,0071
1.NA (°) 25,82 (5,03) 28,65 (5,26) 24,79 (6,03) ,0591
1-NA (mm) 5,71 (2,19)
5,91 (1,82)
4,90 (2,16)
,2340
1-ENAperp (mm) 1,52 (2,08)
1,54 (2,47)
0,34 (2,04)
,1273
1-PP (mm) 27,21 (2,49) 25,67 (2,25) 26,88 (1,89) ,0609
6-ENAperp (mm) -29,18 (2,14) -29,04 (2,42) -29,99 (2,40) ,3487
6-PP (mm) 20,96 (2,04) 20,11 (2,13) 20,41 (1,79) ,3601
6.PP (°) 74,45 (4,94) 74,74 (5,24) 73,41 (3,72) ,6149
Componente dentoalveolar inferior
IMPA (°) 94,91 (3,84) 96,29 (6,76) 93,95 (6,27) ,4040
1.NB (°) 24,63 (3,44) 25,70 (6,47) 24,14 (5,45) ,6039
1-NB (mm) 4,90 (1,68) 4,95 (2,16) 4,49 (1,82) ,6775
1-Pogperp (mm) -5,93 (1,52) -6,04 (2,06) -6,39 (2,68) ,7593
1-GoMe (mm) 38,20 (1,90)
A
36,58 (2,07)
B
37,29 (2,15)
A,B
,0371
6-Pogperp (mm) -29,67 (1,48) -29,74 (1,46) -30,55 (2,56) ,2466
6-GoMe (mm) 28,06 (2,05)
A
26,65 (1,50)
B
27,59 (2,00)
A,B
,0456
6.GoMe (°) 81,57 (3,99) 80,37 (4,32) 80,58 (3,55) ,5629
Relações dentárias
TH (mm) 9,12 (1,78)
8,96 (2,56)
7,99 (1,81)
,1566
TV (mm) 5,02 (2,12) 4,55 (2,63) 4,09 (2,41) ,4394
Rel. molar (mm) -1,21 (1,22) -1,14 (1,12) -0,55 (1,21) ,1372
Letras diferentes representam diferenças estatisticamente significantes.
88
Resultados
5.3 Comparações intra e intergrupos
Nas Tabelas 6, 7 e 8 encontram-se os resultados das comparações
intragrupos, entre as fases inicial e final, com o intuito de apresentar as mudanças
dentárias e esqueléticas ocorridas durante o tratamento com os aparelhos MARA e
Bionator, e durante o tempo de observação do Grupo Controle.
No Grupo MARA, os resultados dispostos na Tabela 6 mostraram que
a maxila apresentou uma suave retrusão em relação à base do crânio e um
pequeno aumento no seu comprimento. A mandíbula apresentou uma protrusão em
relação à base do crânio e um aumento no seu comprimento total, da base e do
ramo. As médias das variáveis que determinam a relação maxilomandibular
mostraram que houve uma melhora na discrepância sagital entre as bases ósseas.
Observou-se uma ligeira tendência de mudar o padrão crescimento, no sentido de
aumentar o vetor vertical de crescimento. Além disso, ocorreu um aumento nas
alturas faciais anterior e posterior, e uma rotação do plano oclusal funcional no
sentido anti-horário. No arco dentário superior, os incisivos apresentaram uma
inclinação lingual, retrusão e extrusão, e os molares apresentaram uma distalização
da coroa e conseqüente inclinação lingual do seu longo eixo. No arco dentário
inferior, os incisivos apresentaram uma inclinação vestibular e protrusão, e os
molares apresentam uma mesialização da coroa e extrusão. Nas relações
dentárias, observou-se uma melhora significante nos trespasses horizontal e
vertical e na relação molar.
Resultados
89
Tabela 6 – Resultados do teste t pareado na comparação intragrupo das fases inicial
e final do Grupo MARA:
Fase inicial
(n=22)
Fase final
(n=22)
Variáveis
Média (D.P) Média (D.P)
p
Componente Maxilar
SNA (°) 81,12 (3,03) 80,48 (3,18) ,0029
A-Nperp (mm) 1,20 (2,78)
0,72 (3,10) ,0436
Co-A (mm) 85,12 (3,89) 85,93 (4,28) ,0210
Componente Mandibular
SNB (°) 75,89 (2,83) 76,70 (3,00) ,0002
P-Nperp (mm) -5,14 (5,66)
-3,78 (6,28) ,0034
Co-Gn (mm) 105,54 (5,36) 109,77 (5,84) ,0000
Go-Gn (mm) 70,27 (3,79) 72,52 (3,96) ,0000
Co-Go (mm) 50,90 (4,57) 53,48 (4,95) ,0000
Relação Maxilomandibular
ANB (°) 5,23 (1,20) 3,75 (1,73) ,0000
Wits (mm) 4,06 (2,09)
0,94 (1,85)
,0000
NAP (°) 8,75 (3,56) 5,99 (4,18) ,0000
Co-A/Co-Gn 80,68 (1,96) 78,40 (2,08)
,0000
Padrão de Crescimento
FMA (°) 24,00 (3,82) 24,56 (4,04) ,0421
SN.GoGn (°) 31,30 (4,53) 31,75 (4,84) ,0791
SNGn (°) 68,39 (2,82) 68,71 (2,95) ,0365
SN.PP (°) 7,33 (3,85) 7,76 (3,92) ,1463
SN.POF (°) 20,51 (4,33) 16,00 (5,50)
,0000
PP.GoGn (°) 23,96 (4,71) 23,99 (4,64) ,9430
AFAI (mm) 61,08 (3,82) 63,64 (3,52) ,0000
S-Go (mm) 69,34 (5,26) 72,45 (5,58) ,0000
Componente dentoalveolar superior
1.PP (°) 114,21 (4,54)
110,76 (3,08) ,0005
1.NA (°) 25,82 (5,03) 22,53 (3,00) ,0004
1-NA (mm) 5,71 (2,19)
4,86 (1,64) ,0069
1-ENAperp (mm) 1,52 (2,08)
0,71 (2,14) ,0042
1-PP (mm) 27,21 (2,49) 28,25 (2,39) ,0001
6-ENAperp (mm) -29,18 (2,14) -30,97 (2,17) ,0000
6-PP (mm) 20,96 (2,04) 20,81 (2,19) ,3823
6.PP (°) 74,45 (4,94) 68,88 (5,90)
,0000
Componente dentoalveolar inferior
IMPA (°) 94,91 (3,84) 100,30 (4,88)
,0000
1.NB (°) 24,63 (3,44) 31,23 (5,31)
,0000
1-NB (mm) 4,90 (1,68) 6,73 (1,84)
,0000
1-Pogperp (mm) -5,93 (1,52) -4,72 (1,51)
,0000
1-GoMe (mm) 38,20 (1,90)
38,02 (1,78) ,4766
6-Pogperp (mm) -29,67 (1,48) -28,63 (1,81) ,0000
6-GoMe (mm) 28,06 (2,05) 28,55 (2,25) ,0271
6.GoMe (°) 81,57 (3,99) 82,57 (3,19)
,0879
Relações dentárias
TH (mm) 9,12 (1,78)
3,66 (1,16)
,0000
TV (mm) 5,02 (2,12) 2,15 (2,29)
,0000
Rel. molar (mm) -1,21 (1,22) 4,20 (0,94)
,0000
90
Resultados
No Grupo Bionator, os resultados da comparação das fases inicial e
final estão dispostos na Tabela 7, e mostraram a maxila apresentou um aumento no
seu comprimento. A mandíbula apresentou uma protrusão em relação à base do
crânio e um aumento nos comprimentos total, da base e do ramo. A relação
maxilomandibular melhorou. O padrão de crescimento manteve-se equilibrado,
com o aumento nas alturas faciais anterior e posterior. O plano oclusal funcional
girou no sentido anti-horário. No arco dentário superior, os incisivos apresentaram
uma inclinação lingual, retrusão e extrusão; e os molares tiveram uma distalização
da coroa e extrusão. No arco dentário inferior, os incisivos apresentaram uma
inclinação vestibular, protrusão e extrusão; e nos molares houve uma mesialização
da coroa e extrusão. Nas relações dentárias, observou-se uma melhora significante
nos trespasses horizontal e vertical e na relação molar.
No Grupo Controle, a comparação das fases inicial e final está disposta
na Tabela 7 e mostrou uma ligeira protrusão da maxila em relação à base do crânio
e um aumento no comprimento da maxila. A mandíbula apresentou uma protrusão
em relação à base do crânio e um aumento nos comprimentos total, da base e do
ramo. A relação maxilomandibular manteve-se deficiente, apesar da melhora na
relação do comprimento maxila/mandíbula. O padrão de crescimento manteve-se
equilibrado e houve um aumento nas alturas faciais anterior e posterior. Nos arcos
dentários superior e inferior, observou-se um aumento das alturas alveolares
anterior e posterior, em ambos os arcos, e uma inclinação mesial dos molares
superiores. Nas relações dentárias, não se observou alteração significante, ou seja,
os trespasses horizontal e vertical mantiveram-se acentuados e a relação molar
continuou em Classe II.
Resultados
91
Tabela 7 – Resultados do teste t pareado na comparação intragrupo das fases inicial
e final no Grupo Bionator.
Fase inicial
(n=22)
Fase final
(n=22)
Variáveis
Média (D.P) Média (D.P)
p
Componente Maxilar
SNA (°) 80,58 (3,47) 80,37 (3,19) ,3539
A-Nperp (mm) -0,13 (3,23)
-0,35 (2,98) ,5682
Co-A (mm) 82,78 (3,30) 84,00 (4,23) ,0054
Componente Mandibular
SNB (°) 75,41 (3,09) 76,68 (3,16) ,0000
P-Nperp (mm) -6,57 (5,53)
-5,19 (6,07) ,0497
Co-Gn (mm) 102,64 (3,01) 107,30 (4,44) ,0000
Go-Gn (mm) 68,16 (3,52) 71,00 (4,63) ,0000
Co-Go (mm) 49,07 (2,53) 51,21 (3,81) ,0001
Relação Maxilomandibular
ANB (°) 5,15 (2,02) 3,70 (2,03) ,0000
Wits (mm) 4,34 (1,83)
1,65 (1,44)
,0000
NAP (°) 7,85 (4,83) 5,23 (4,79) ,0000
Co-A/Co-Gn 80,65 (2,23) 78,28 (2,82)
,0000
Padrão de Crescimento
FMA (°) 24,69 (5,28) 25,31 (5,47) ,0952
SN.GoGn (°) 31,54 (5,60) 32,05 (5,21) ,1621
SNGn (°) 67,61 (3,87) 67,81 (3,72) ,4740
SN.PP (°) 7,94 (3,00) 8,46 (3,08) ,0732
SN.POF (°) 21,18 (4,82) 17,33 (5,99)
,0010
PP.GoGn (°) 23,60 (4,71) 23,59 (4,55) ,9813
AFAI (mm) 58,45 (4,38) 61,72 (4,63) ,0000
S-Go (mm) 66,34 (3,54) 69,82 (4,51) ,0000
Componente dentoalveolar superior
1.PP (°) 117,16 (4,45)
112,60 (5,49) ,0002
1.NA (°) 28,65 (5,26) 23,76 (6,56) ,0002
1-NA (mm) 5,91 (1,82)
4,73 (1,83) ,0002
1-ENAperp (mm) 1,54 (2,47)
0,26 (1,95) ,0001
1-PP (mm) 25,67 (2,25) 26,78 (2,34) ,0000
6-ENAperp (mm) -29,04 (2,42) -29,98 (2,10) ,0015
6-PP (mm) 20,11 (2,13) 21,46 (2,47) ,0000
6.PP (°) 74,74 (5,24) 75,10 (5,66)
,6779
Componente dentoalveolar inferior
IMPA (°) 96,29 (6,76) 98,96 (5,79)
,0189
1.NB (°) 25,70 (6,47) 30,20 (4,24)
,0007
1-NB (mm) 4,95 (2,16) 6,63 (1,97)
,0000
1-Pogperp (mm) -6,04 (2,06) -5,30 (2,05)
,0156
1-GoMe (mm) 36,58 (2,07)
37,34 (2,08) ,0001
6-Pogperp (mm) -29,74 (1,46) -28,76 (1,44) ,0000
6-GoMe (mm) 26,65 (1,50) 28,07 (1,76) ,0000
6.GoMe (°) 80,37 (4,32) 80,01 (3,43)
,5797
Relações dentárias
TH (mm) 8,96 (2,56)
3,83 (1,34)
,0000
TV (mm) 4,55 (2,63) 2,48 (1,59)
,0003
Rel. molar (mm) -1,14 (1,12) 2,97 (1,49)
,0000
92
Resultados
Tabela 8 – Resultados do teste t pareado na comparação intragrupo das fases inicial
e final no Grupo Controle.
Fase inicial
(n=22)
Fase final
(n=22)
Variáveis
Média (D.P) Média (D.P)
p
Componente Maxilar
SNA (°) 80,64 (3,74) 80,79 (3,64) ,3543
A-Nperp (mm) -0,74 (2,19)
0,08 (2,59) ,0024
Co-A (mm) 83,33 (5,23) 85,74 (5,52) ,0000
Componente Mandibular
SNB (°) 75,95 (3,93) 76,38 (3,93) ,0235
P-Nperp (mm) -7,50 (4,29)
-5,59 (5,41) ,0015
Co-Gn (mm) 104,10 (6,33) 107,87 (6,63) ,0000
Go-Gn (mm) 68,61 (4,70) 70,85 (4,84) ,0000
Co-Go (mm) 49,79 (2,73) 52,51 (3,82) ,0000
Relação Maxilomandibular
ANB (°) 4,69 (1,88) 4,40 (1,91) ,1103
Wits (mm) 3,06 (1,46)
3,14 (1,97)
,6330
NAP (°) 7,42 (4,98) 6,70 (5,16) ,0683
Co-A/Co-Gn 80,19 (2,78) 79,45 (2,58)
,0062
Padrão de Crescimento
FMA (°) 25,66 (3,86) 24,75 (4,56) ,0035
SN.GoGn (°) 31,39 (5,34) 31,20 (5,38) ,4228
SNGn (°) 67,73 (4,25) 67,77 (4,35) ,7887
SN.PP (°) 7,10 (3,52) 6,84 (3,83) ,3088
SN.POF (°) 21,54 (5,48) 20,73 (6,10)
,0889
PP.GoGn (°) 24,29 (4,42) 24,36 (4,58) ,8437
AFAI (mm) 60,83 (3,50) 62,37 (3,60) ,0000
S-Go (mm) 68,19 (4,00) 70,34 (4,14) ,0000
Componente dentoalveolar superior
1.PP (°) 112,44 (5,46)
112,35 (5,38) ,8850
1.NA (°) 24,79 (6,03) 24,84 (6,35) ,9416
1-NA (mm) 4,90 (2,16)
5,24 (2,26) ,2398
1-ENAperp (mm) 0,34 (2,04)
0,19 (2,21) ,5571
1-PP (mm) 26,88 (1,89) 27,74 (2,08) ,0000
6-ENAperp (mm) -29,99 (2,40) -29,94 (2,39) ,8295
6-PP (mm) 20,41 (1,79) 21,50 (1,83) ,0000
6.PP (°) 73,41 (3,72) 75,60 (4,84)
,0004
Componente dentoalveolar inferior
IMPA (°) 93,95 (6,27) 94,38 (5,82)
,4835
1.NB (°) 24,14 (5,45) 24,75 (5,41)
,2755
1-NB (mm) 4,49 (1,82) 4,59 (1,87)
,4868
1-Pogperp (mm) -6,39 (2,68) -6,62 (2,70)
,1684
1-GoMe (mm) 37,29 (2,15)
38,15 (2,34) ,0001
6-Pogperp (mm) -30,55 (2,56) -30,12 (2,70) ,0923
6-GoMe (mm) 27,59 (2,00) 28,20 (2,23) ,0019
6.GoMe (°) 80,58 (3,55) 80,16 (3,70)
,3217
Relações dentárias
TH (mm) 7,99 (1,81)
8,06 (1,80)
,7878
TV (mm) 4,09 (2,41) 4,39 (2,31)
,2206
Rel. molar (mm) -0,55 (1,21) -0,33 (1,28)
,1024
Resultados
93
A Tabela 9 apresenta os resultados da comparação intergrupos das
variáveis cefalométricas, na fase final do tratamento, permitindo a visualização dos
resultados finais obtidos após o tratamento ortopédico funcional com os aparelhos
MARA e Bionator, comparados a um grupo de pacientes com a má oclusão de
Classe II não tratada, em idades compatíveis.
Pôde-se observar que nos componentes maxilar e mandibular não
houve diferença entre os grupos. Na relação maxilomandibular, apenas o Wits
apresentou diferença estatisticamente significante entre os grupos, sendo que os
Grupos Experimentais (MARA e Bionator) mostraram uma relação maxilomandibular
mais satisfatória do que o Grupo Controle. O padrão de crescimento manteve-se
semelhante entre os grupos. O plano oclusal mostrou-se mais inclinado no sentido
anti-horário nos grupos experimentais em relação ao Grupo Controle. No arco
dentário superior, os molares encontraram-se mais inclinado para distal no Grupo
MARA em relação aos outros dois grupos. No arco dentário inferior, os incisivos
apresentaram-se mais inclinados para vestibular e protruídos nos Grupos
Experimentais em relação ao Grupo Controle; e os molares encontraram-se mais
inclinado para mesial no grupo MARA em relação aos Grupos Bionator e Controle.
As relações dentárias apresentaram diferenças estatisticamente significante, sendo
que os Grupos Experimentais mostraram trespasses horizontal e vertical menores
que o Grupo Controle e uma relação molar com valores maiores que o Grupo
Controle, indicando que o molar inferior está posicionado mais para mesial em
relação ao molar superior.
94
Resultados
Tabela 9 – Resultados da ANOVA e do teste de Tukey na comparação das variáveis
cefalométricas entre os três grupos estudados, na fase final do
tratamento (T2).
Grupo MARA
(n=22)
Grupo Bionator
(n=22)
Grupo Controle
(n=22)
Variáveis
Média (D.P) Média (D.P) Média (D.P)
p
Componente Maxilar
SNA (°) 80,48 (3,18) 80,37 (3,19) 80,79 (3,64) ,9123
A-Nperp (mm) 0,72 (3,10) -0,35 (2,98) 0,08 (2,59) ,4726
Co-A (mm) 85,93 (4,28) 84,00 (4,23) 85,74 (5,52) ,3333
Componente Mandibular
SNB (°) 76,70 (3,00) 76,68 (3,16) 76,38 (3,93) ,9389
P-Nperp (mm) -3,78 (6,28) -5,19 (6,07) -5,59 (5,41) ,5702
Co-Gn (mm) 109,77 (5,84) 107,30 (4,44) 107,87 (6,63) ,3287
Go-Gn (mm) 72,52 (3,96) 71,00 (4,63) 70,85 (4,84) ,4005
Co-Go (mm) 53,48 (4,95) 51,21 (3,81) 52,51 (3,82) ,2110
Relação Maxilomandibular
ANB (°) 3,75 (1,73) 3,70 (2,03) 4,40 (1,91) ,4006
Wits (mm) 0,94 (1,85)
A
1,65 (1,44)
A
3,14 (1,97)
B
,0004
NAP (°) 5,99 (4,18) 5,23 (4,79) 6,70 (5,16) ,5911
Co-A/Co-Gn 78,40 (2,08)
78,28 (2,82)
79,45 (2,58)
,2452
Padrão de Crescimento
FMA (°) 24,56 (4,04) 25,31 (5,47) 24,75 (4,56) ,8592
SN.GoGn (°) 31,75 (4,84) 32,05 (5,21) 31,20 (5,38) ,8589
SNGn (°) 68,71 (2,95) 67,81 (3,72) 67,77 (4,35) ,6378
SN.PP (°) 7,76 (3,92) 8,46 (3,08) 6,84 (3,83) ,3368
SN.POF (°) 16,00 (5,50)
A
17,33 (5,99)
A
20,73 (6,10)
B
,0274
PP.GoGn 23,99 (4,64) 23,59 (4,55) 24,36 (4,58) ,8543
AFAI (mm) 63,64 (3,52) 61,72 (4,63) 62,37 (3,60) ,2694
S-Go (mm) 72,45 (5,58) 69,82 (4,51) 70,34 (4,14) ,1624
Componente dentoalveolar superior
1.PP (°) 110,76 (3,08) 112,60 (5,49) 112,35 (5,38) ,3906
1.NA (°) 22,53 (3,00) 23,76 (6,56) 24,84 (6,35) ,3919
1-NA (mm) 4,86 (1,64) 4,73 (1,83) 5,24 (2,26) ,6635
1-ENAperp (mm) -0,71 (2,14) -0,26 (1,95) -0,19 (2,21) ,6755
1-PP (mm) 28,25 (2,39) 26,78 (2,34) 27,74 (2,08) ,0998
6-ENAperp (mm) -30,97 (2,17) -29,98 (2,10) -29,94 (2,39) ,2252
6-PP (mm) 20,81 (2,19) 21,46 (2,47) 21,50 (1,83) ,5043
6.PP (°) 68,88 (5,90)
A
75,10 (5,66)
B
75,60 (4,84)
B
,0001
Componente dentoalveolar inferior
IMPA (°) 100,30 (4,88)
A
98,96 (5,79)
A
94,38 (5,82)
B
,0018
1.NB (°) 31,23 (5,31)
A
30,20 (4,24)
A
24,75 (5,41)
B
,0001
1-NB (mm) 6,73 (1,84)
A
6,63 (1,97)
A
4,59 (1,87)
B
,0004
1-Pogperp (mm) -4,72 (1,51)
A
-5,30 (2,05)
A,B
-6,62 (2,70)
B
,0143
1-GoMe (mm) 38,02 (1,78) 37,34 (2,08) 38,15 (2,34) ,3821
6-Pogperp (mm) -28,63 (1,81)
A
-28,76 (1,44)
A
-30,12 (2,70)
B
,0389
6-GoMe (mm) 28,55 (2,25) 28,07 (1,76) 28,20 (2,23) ,7408
6.GoMe (°) 82,57 (3,19)
A
80,01 (3,43)
B
80,16 (3,70)
B
,0269
Relações dentárias
TH (mm) 3,66 (1,16)
A
3,83 (1,34)
A
8,06 (1,80)
B
,0000
TV (mm) 2,15 (2,29)
A
2,48 (1,59)
A
4,39 (2,31)
B
,0013
Rel. molar (mm) 4,20 (0,94)
A
2,97 (1,49)
A
-0,33 (1,28)
B
,0000
Letras diferentes representam diferenças estatisticamente significantes.
Resultados
95
Para diferenciar os efeitos promovidos pelos aparelhos funcionais do
crescimento normal ocorrido durante o tempo de avaliação, comparou-se as médias
das alterações das variáveis cefalométricas dos Grupos MARA, Bionator e Controle
(Tabela 7). Deve-se lembrar que as alterações do Grupo Bionator foram anualizadas
para compatibilizar os grupos quanto ao tempo de avaliação.
Os resultados mostraram que a maxila apresentou uma pequena
retrusão e um menor crescimento nos Grupos Experimentais em relação ao Grupo
Controle. A mandíbula não apresentou diferenças significantes entre os grupos
avaliados. Na relação maxilomandibular, observou-se uma melhora significante
nos Grupos Experimentais, sendo que na avaliação Wits, o Grupo MARA teve uma
melhora mais significante da relação entre as bases óssea que o Grupo Bionator.
Houve uma tendência de mudar o padrão de crescimento, prevalecendo mais o
vetor vertical de crescimento nos Grupos Experimentais que no Grupo Controle. Os
Grupos Experimentais também apresentaram um maior aumento da altura facial
anterior inferior e uma maior rotação anti-horária do plano oclusal. No arco dentário
superior, os Grupos Experimentais apresentaram maior inclinação lingual e retrusão
dos incisivos; além disso, no Grupo MARA observou-se que os molares
apresentaram maior distalização da coroa, maior inclinação distal do longo eixo e
maior intrusão. No arco dentário inferior, o Grupo MARA mostrou maior inclinação
vestibular e ligeira intrusão dos incisivos que foram estatisticamente significantes em
relação aos Grupos Bionator e Controle; houve maior protrusão dos incisivos nos
Grupos Experimentais que no Grupo Controle; os molares apresentaram maior
inclinação mesial nos Grupos Experimentais. Nas relações dentárias, observou-se
a redução dos trespasses horizontal e vertical e uma melhora na relação molar dos
Grupos Experimentais, sendo que o Grupo MARA mostrou maior redução do
trespasse vertical e maior correção da relação molar quando comparado ao Grupo
Bionator.
96
Resultados
Tabela 10 – Resultados da comparação das alterações das variáveis cefalométricas
dos Grupos MARA e Controle e das alterações anualizadas do Grupo
Bionator, por meio da ANOVA e do teste de Tukey.
Grupo MARA
(n=22)
Grupo Bionator
(n=22)
Grupo Controle
(n=22)
Variáveis
Média (D.P) Média (D.P) Média (D.P)
p
Componente Maxilar
SNA (°) -0,64 (0,89)
A
-0,18 (0,83)
A,B
0,15 (0,72)
B
,0087
A-Nperp (mm) -0,48 (1,05)
A
-0,24 (1,41)
A
0,81 (1,11)
B
,0015
Co-A (mm) 0,82 (1,51)
A
0,83 (1,35)
A
2,41 (1,33)
B
,0003
Componente Mandibular
SNB (°) 0,81 (0,85)
1,05 (1,00)
0,43 (0,82)
,0723
P-Nperp (mm) 1,36 (1,93) 1,15 (2,58) 1,91 (2,46) ,5426
Co-Gn (mm) 4,23 (1,80) 3,55 (1,77) 3,77 (1,81) ,4363
Go-Gn (mm) 2,25 (1,11) 2,11 (1,07) 2,24 (1,37) ,9148
Co-Go (mm) 2,58 (1,89) 1,60 (1,43) 2,72 (1,81) ,0780
Relação Maxilomandibular
ANB (°) -1,47 (0,91)
A
-1,21 (0,90)
A
-0,29 (0,82)
B
,0001
Wits (mm) -3,15 (1,46)
A
-2,14 (1,46)
B
0,08 (1,21)
C
,0000
NAP (°) -2,71 (1,27)
A
-2,27 (2,01)
A
-0,72 (1,75)
B
,0006
Co-A/Co-Gn -2,25 (0,93)
A
-1,89 (1,47)
A
-0,74 (1,14)
B
,0002
Padrão de Crescimento
FMA (°) 0,56 (1,22)
A
0,44 (1,31)
A
-0,92 (1,31)
B
,0003
SN.GoGn (°) 0,45 (1,16) 0,29 (1,30) -0,19 (1,07) ,1802
SNGn (°) 0,32 (0,68) 0,04 (0,99) 0,05 (0,79) ,4328
SN.PP (°) 0,43 (1,33) 0,35 (0,99) -0,26 (1,17) ,1119
SN.POF (°) -4,52 (3,85)
A
-3,39 (3,93)
A
-0,80 (2,12)
B
,0020
PP.GoGn (°) 0,03 (1,77) -0,05 (1,54) 0,07 (1,71) ,9681
AFAI (mm) 2,56 (1,41)
A
2,40 (1,33)
A
1,54 (1,21)
B
,0279
S-Go (mm) 3,11 (1,87) 2,65 (1,26) 2,09 (1,59) ,1112
Componente dentoalveolar superior
1.PP (°) -3,45 (3,92)
A
-3,26 (3,94)
A
-0,04 (2,76)
B
,0032
1.NA (°) -3,32 (3,66)
A
-3,44 (4,14)
A
0,05 (2,88)
B
,0024
1-NA (mm) -0,90 (1,33)
A
-0,83 (0,97)
A
0,34 (1,30)
B
,0015
1-ENAperp (mm) -0,81 (1,19)
-0,94 (1,04)
-0,15 (1,18)
,0547
1-PP (mm) 1,05 (1,00) 0,80 (0,57) 0,86 (0,66) ,5354
6-ENAperp (mm) -1,79 (0,96)
A
-0,64 (0,94)
B
0,05 (1,17)
C
,0000
6-PP (mm) -0,15 (0,79)
A
0,97 (0,79)
B
1,09 (0,84)
B
,0000
6.PP (°) -5,58 (4,14)
A
0,32 (3,31)
B
2,18 (2,45)
B
,0000
Componente dentoalveolar inferior
IMPA (°) 5,39 (3,81)
A
2,10 (3,96)
B
0,43 (2,84)
B
,0001
1.NB (°) 6,60 (4,07)
A
3,48 (4,25)
B
0,62 (2,59)
C
,0000
1-NB (mm) 1,83 (0,81)
A
1,32 (1,02)
A
0,10 (0,66)
B
,0000
1-Pogperp (mm) 1,21 (1,04)
A
0,59 (1,04)
A
-0,23 (0,75)
B
,0000
1-GoMe (mm) -0,17 (1,12)
A
0,57 (0,55)
B
0,86 (0,81)
B
,0005
6-Pogperp (mm) 1,04 (0,76)
A
0,72 (0,62)
A
-0,42 (1,12)
B
,0000
6-GoMe (mm) 0,48 (0,95)
1,01 (0,57)
0,61 (0,81)
,0735
6.GoMe (°) 1,00 (2,62)
-0,29 (2,40)
-0,42 (1,95)
,0912
Relações dentárias
TH (mm) -5,46 (2,01)
A
-4,08 (2,43)
A
0,07 (1,17)
B
,0000
TV (mm) -2,87 (1,76)
A
-1,55 (1,77)
B
0,30 (1,11)
C
,0000
Rel. molar (mm) 5,41 (1,38)
A
3,16 (1,29)
B
0,22 (0,66)
C
,0000
Letras diferentes representam diferenças estatisticamente significantes.
Discussão
97
6 DISCUSSÃO
6 DISCUSSÃO
Este capítulo foi dividido didaticamente em tópicos para facilitar o
entendimento das características metodológicas e dos resultados obtidos.
Inicialmente foram abordadas as características e a compatibilidade da amostra. Em
seguida, discutiu-se a precisão da metodologia (erro do método). Posteriormente,
foram discutidos os resultados das comparações intra e intergrupos, utilizando-se as
sobreposições cefalométricas totais e parciais dos traçados médios dos grupos
avaliados para visualizar mais facilmente a comparação das características
cefalométricas e as alterações decorrentes do crescimento craniofacial e do
tratamento ortopédico. Por fim, foram apresentadas as considerações clínicas.
6 .1 Características da amostra
A amostra avaliada foi composta por 66 jovens brasileiros de ambos os
gêneros que apresentavam a má oclusão de Classe II, 1ª divisão. A documentação
ortodôntica desses pacientes compôs o Material utilizado para a obtenção dos
dados. Os dados gerais, como o nome, a idade, o gênero e o tempo de observação
avaliado, foram obtidos por meio das fichas clínicas. A severidade inicial da má
oclusão foi quantificada nos modelos de gesso. As características cefalométricas
foram avaliadas nas telerradiografias em norma lateral das fases inicial e final.
Durante a seleção da amostra, alguns critérios foram seguidos com o
intuito de se obter uma amostra mais homogênea entre os grupos nos seguintes
aspectos: idade inicial, tempo de avaliação, severidade inicial da má oclusão e
distribuição dos gêneros.
A seleção dos pacientes do Grupo MARA foi de caráter prospectivo, a
partir dos jovens que procuraram tratamento ortodôntico na clínica de Ortodontia da
Faculdade de Odontologia de Bauru. A avaliação da má oclusão foi realizada por
98
Discussão
exame clínico, sendo selecionados os jovens entre 10 e 15 anos que apresentaram
um mínimo de ½ Classe II, com retrusão mandibular e que apresentassem pouco ou
nenhum apinhamento e acentuado trespasse horizontal.
Dos cerca de 300 jovens examinados na clínica, apenas 30
preencheram os requisitos para compor o Grupo MARA. Porém, oito jovens não
puderam receber o aparelho devido à falta de coroas com tamanho adequado.
Apesar de terem sido adquiridos 3 kits do aparelho MARA com quantidade de
coroas suficientes para atender a 39 pacientes, as coroas de tamanho 3, 4 e 5
(numeração da Ormco) foram as mais utilizadas, sobrando apenas os tamanhos 7 e
8 que não serviam para os molares dos pacientes, pois eram coroas grandes.
Problemas como a impossibilidade da troca das coroas por tamanhos menores e a
demora na importação de um novo kit culminou para a formação de uma amostra
com apenas 22 pacientes. Estes foram tratados durante a fase ortopédica por uma
única profissional (KFGC) utilizando o aparelho MARA por um período médio de um
ano. Dos oitos jovens que não receberam tratamento com o MARA, dois jovens
desistiram antes de iniciar o tratamento ortopédico-ortodôntico na FOB e seis foram
replanejados com outros tipos de aparelhos para tratar a má oclusão de Classe II
(AEB, APM, FLF e magneto).
A seleção do Grupo Bionator foi de caráter retrospectivo, a partir do
arquivo de documentações da Disciplina de Ortodontia da FOB-USP, seguindo os
critérios impostos previamente e descritos no capítulo de Material e Métodos.
Buscou-se uma compatibilidade com o Grupo MARA quanto à idade inicial,
severidade da má oclusão e distribuição dos gêneros. Foram excluídos os pacientes
com idade inicial menor que 9 anos, com tratamento inadequado da má oclusão ou
que tenham iniciado o tratamento com aparelho fixo, sem corrigir a relação ântero-
posterior, devido a falta de colaboração do paciente em não usar o aparelho
corretamente. Alguns pacientes tratados com o Bionator não apresentavam a
telerradiografia pós-tratamento ortopédico, apenas as telerradiografias tomadas ao
início e ao final das duas fases de tratamento, e por isso não foram selecionados
neste estudo, uma vez que a avaliação foi realizada considerando apenas a fase
ortopédica do tratamento. Selecionou-se então 22 pacientes com a má oclusão de
Classe II, 1ª divisão, tratados ortopedicamente com o aparelho Bionator durante um
Discussão
99
período médio de 1,29 ano por alunos dos cursos de Pós-Graduação da FOB, sob
orientação dos docentes responsáveis.
A seleção do Grupo Controle foi de caráter retrospectivo, a partir do
arquivo da amostra longitudinal para estudos de crescimento e desenvolvimento
craniofacial da Disciplina de Ortodontia da FOB-USP, onde os jovens foram
anualmente radiografados e controlados, desde a dentadura decídua até a
permanente. Deste arquivo, selecionou-se jovens com a má oclusão de Classe II, 1ª
divisão, que apresentassem a severidade da má oclusão, a idade e o tempo de
observação compatíveis com os Grupos Experimentais.
O uso de um Grupo Controle com má oclusão de Classe II, 1ª divisão,
não tratada é de extrema importância em estudos longitudinais comparativos, pois
permite diferenciar as alterações decorrentes do crescimento craniofacial normal das
alterações promovidas pelos aparelhos utilizados. (ALMEIDA, et al., 2004; CARTER,
1987; URSI; MCNAMARA JR, 1997). Porém, deve-se ressaltar que a formação de
um grupo controle é extremamente difícil devido à necessidade de tratamento dos
pacientes com problemas estéticos e funcionais. Além disso, não se pode
negligenciar ou adiar o tratamento de jovens, deixando de atender na fase
pubescente, que é a fase ideal de muitos protocolos de tratamento, onde seriam
obtidos melhores resultados. O fato de tomar radiografias longitudinais de jovens
sem beneficiá-los com tratamentos de suas má oclusões entra em conflito com as
razões éticas. (URSI; MCNAMARA JR, 1997). Justamente por estas razões, estudos
longitudinais não são mais realizados, restando apenas a utilização das
documentações de jovens não tratados, obtidas em décadas passadas em Centros
de Crescimento e Desenvolvimento Humano de instituições nacionais, como o de
Bauru, e internacionais, como os de Burlington, Bolton e Michigan.
6.2 Considerações da metodologia
O uso das radiografias cefalométricas padronizadas na Ortodontia
permite uma análise profunda das características dentárias e esqueléticas
encontradas nos pacientes avaliados. Além disso, possibilita a comparação das
diferentes fases do tratamento ortodôntico instituído, e assim, permite determinar as
alterações cefalométricas ocorridas durante a terapia.
100
Discussão
Embora os modelos de gesso sejam excelentes instrumentos de
estudos e permitam uma avaliação tridimensional da oclusão, fornecendo
informações nos sentidos sagital, vertical e transversal, (HAN, et al., 1991) eles se
limitam apenas às características dentárias e não possibilitam avaliar as
características esqueléticas. Por isso, neste estudo, a cefalometria constituiu o
principal meio metodológico para avaliar as características pré e pós-tratamento dos
pacientes com a má oclusão de Classe II, 1ª divisão e determinar as alterações
decorrentes do uso do aparelho MARA e Bionator, comparando-as com um grupo
controle de jovens com a má oclusão de Classe II não tratada.
As medidas cefalométricas utilizadas, em sua maioria, já são
conhecidas e consagradas pelo uso na literatura, tendo sido introduzidas por
diferentes ortodontistas como Tweed, Steiner, McNamara e Rickets. Duas linhas de
referência (ENAperp e Pogperp) foram adicionadas neste estudo para auxiliar na
mensuração do deslocamento ântero-posterior dos dentes. São linhas composta por
pontos da própria base óssea onde se encontram os dentes avaliados. Sendo
assim, a movimentação sagital dos incisivos e dos molares superiores foi definida
pela linha ENAperp que está vinculada ao plano palatino, enquanto que a
movimentação dos incisivos e molares inferiores foi definida pela linha Pogperp que
está vinculada ao plano mandibular e ao ponto pogônio. Essas linhas têm sido
utilizadas em outros estudos mostrando boa aceitação e bom desempenho de sua
função. (GONNER, et al., 2007; LIMA, 2007; NEVES, 2007).
As relações dentárias foram avaliadas em relação ao plano oclusal
funcional ao invés do plano de Frankfurt, pois se considerou que o plano oclusal é
melhor para avaliar a relação molar, trespasses horizontal e vertical por estar mais
próximo dos dentes e assim desviar menos os pontos projetados no plano. Mesmo
que ocorram mudanças no plano oclusal, as projeções dos pontos determinam
medidas são mais condizentes com as verdadeiras relações dentárias.
6.3 Erro do método
Os erros casuais e sistemáticos das grandezas cefalométricas foram
testados pela fórmula de Dahlberg e teste t pareado e os resultados encontram-se
dispostos na Tabela 3. Os erros casuais ocorrem principalmente pela dificuldade de
Discussão
101
identificar certos pontos cefalométricos ou pela falta de precisão na definição desses
pontos. (HOUSTON, 1983). Em geral, os erros casuais apresentaram-se reduzidos,
e dentro dos valores aceitáveis recomendados por Houston e Sandler, que se
estende até 1mm para as variáveis lineares e até 1,5° para as angulares. Apenas a
variável SN.POF apresentou um erro causal ligeiramente acima desse valor (1,66°).
Provavelmente, este resultado ocorreu devido à dificuldade na demarcação dos
pontos do plano oclusal. O maior significado dos erros casuais refere-se ao seu
poder de aumentar o desvio-padrão das médias obtidas. Contudo, os erros casuais
obtidos foram muito pequenos, não exercendo grande influência no maior valor do
desvio-padrão das médias, o que se deve, provavelmente, à variabilidade dos
grupos.
O erro sistemático surge quando um parâmetro é insistentemente sub
ou superestimado, como uma conseqüência da modificação da técnica de
mensuração pelo pesquisador, após certo tempo, ou da tendenciosidade em
direcionar os resultados de acordo com as próprias expectativas. (HOUSTON,
1983). Contudo, apenas 4 das 38 variáveis cefalométricas avaliadas apresentaram
diferença estatisticamente significante entre as duas medições: SN.GoGn
(p=0,0152), PP.GoGn (p=0,0025), 6-PP (0,0224) e 1-NB (p=0,0244) e as diferenças
entre a primeira e a segunda medições foram, respectivamente, 0,10°, 0,70°,
0,31mm e 0,23mm. Esses valores das diferenças entre as duas medições foram de
pequena magnitude e considerados clinicamente insignificantes.
Portanto, os resultados dos erros intra-examinador demonstraram que
houve precisão na marcação e digitalização dos pontos cefalométricos, garantindo a
reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados obtidos nessa pesquisa.
6.4 Compatibilidade da amostra
O grau de compatibilidade inicial das amostras estudadas influencia
diretamente a confiabilidade dos resultados de qualquer estudo cefalométrico.
(OZTURK; TANKUTER, 1994). As pesquisas que avaliam a correção da má oclusão
de Classe II deveriam se preocupar em não comparar grupos com idades iniciais
diferentes ou com graus distintos de severidade da má oclusão, pois certamente
essas diferenças afetam os resultados, uma vez que a efetividade da correção
102
Discussão
dessa má oclusão está diretamente relacionada com a severidade inicial da
discrepância ântero-posterior (KING, et al., 2003; WHEELER, et al., 2006) e o
crescimento craniofacial relaciona-se à idade dos pacientes.
6.4.1 Idade inicial
A influência da idade nos resultados do tratamento pode ser direta,
considerando a magnitude de crescimento presente ou a resposta biológica à
movimentação, ou indireta, em decorrência do nível de cooperação do paciente com
o tratamento. (TULLOCH, et al., 1997b). Sabe-se que os adolescentes apresentam
mais motivação para o tratamento que as crianças e assim necessitam de menor
apoio e envolvimento dos pais para cooperarem. (TRULSSON, et al., 2004).
A Tabela 4 mostra os resultados da comparação das idades iniciais
entre os grupos estudados. Apesar de o Grupo Bionator apresentar um menor valor
da média de idade inicial (Figura 16), esta diferença não foi estatisticamente
significante. A ausência de significância provavelmente se deve a uma seleção
criteriosa, buscando pacientes com idades iniciais semelhantes entre si. Dessa
forma, pode-se asseverar que os pacientes estavam em níveis da curva de
crescimento muito próximos.
11,99
11,27
11,63
0
3
6
9
12
Anos
MARA Bionator Controle
Figura 16 – Valores médios da idade inicial de cada grupo.
No Grupo Bionator, as idades são ligeiramente menores, pois, em
geral, o tratamento com este aparelho ocorre em jovens que idealmente deveriam
estar no início do surto de crescimento pubescente, que coincide, muitas vezes, com
o segundo período transitório da dentadura mista. (AHN, et al., 2001; CARELS, et
Discussão
103
al., 1997; TSAMTSOURIS; VEDRENNE, 1983; TULLOCH, et al., 1997a; TULLOCH,
et al., 1997b). Já o tratamento com o aparelho MARA pode ser realizado tanto na
fase da dentadura mista quanto na permanente. (GONNER, et al., 2007;
PANGRAZIO-KULBERSH, et al., 2003). Neste estudo, 63% dos pacientes do Grupo
Bionator estavam na fase da dentadura mista, enquanto que no Grupo MARA, esse
percentual foi de 32%, sendo que outros 18% apresentavam uma dentadura
permanente jovem, cujos dentes permanentes não estavam totalmente irrompidos.
Essa diferença do percentual de dentadura mista entre os grupos reflete a pequena
diferença das idades iniciais.
6.4.2 Tempo de observação
Embora as idades iniciais e finais tenham sido compatíveis, os grupos
apresentaram tempos médios de observação diferentes (Tabela 4), sendo que o
Grupo Bionator mostrou um tempo de avaliação maior que os outros dois grupos
(Figura 17). A idade inicial do Grupo Bionator apresentou-se menor que os outros
grupos e a idade final foi muito semelhante entre os grupos. Assim, observa-se que
o Grupo Bionator não manteve a mesma distância de meses que possui dos outros
grupos ao início do tratamento quando comparada ao final. Por isso, o tempo de
tratamento com o aparelho Bionator foi maior.
1,11
1,51
1,18
0
0,5
1
1,5
2
Anos
MARA Bionator Controle
Figura 17 – Valores médios do tempo de observação de cada grupo.
Era de se esperar que o Grupo Bionator apresentasse um tempo de
observação maior, uma vez que o tratamento com o Bionator depende da
colaboração do paciente e, portanto demora mais tempo para corrigir a discrepância
sagital do que um aparelho funcional fixo. Como o tempo do Grupo Bionator foi
104
Discussão
maior, as comparações das alterações entre os grupos provavelmente seriam
afetados pelo maior crescimento ocorrido neste grupo, conduzindo a uma falsa
impressão de que o aparelho Bionator apresentaria maior eficácia. Dessa forma, os
valores de cada paciente deste grupo foram anualizados para se tornarem
compatíveis com os outros dois grupos.
A anualização de dados tem sido utilizada em vários estudos e consiste
em um recurso cientificamente aceito e confiável, proporcionando situações
próximas da realidade.
6.4.3 Severidade inicial da má oclusão
A severidade inicial da má oclusão foi avaliada nos modelos de gesso
por meio da relação molar, relação dos caninos e trespasse horizontal. A associação
desses parâmetros permitiu uma melhor análise da severidade da má oclusão do
que apenas a avaliação da relação molar, que poderia induzir a erros. Como alguns
jovens encontravam-se na fase da dentadura mista ao início de tratamento, poder-
se-ia classificar, de forma equivocada, uma relação dos primeiros molares
permanentes de topo em uma má oclusão de ½ Classe II de Andrews (ANDREWS,
1975), sem considerar que esta relação molar é decorrente do plano terminal reto
dos segundo molares decíduos, em que é possível observar os caninos em chave
de oclusão e o trespasse horizontal normal, caracterizando uma oclusão normal para
a idade. Por isso, considerou-se como má oclusão de Classe II o caso que
apresentasse os molares e os caninos em Classe II e um trespasse horizontal
aumentado.
Os grupos foram compatíveis quanto à severidade da má oclusão
inicial (Tabela 4). Apesar da diferença do trespasse horizontal de 1,0 e 1,3mm do
Grupo Controle em relação aos Grupos MARA e Bionator (Figura 18),
respectivamente, esta diferença não foi estatisticamente significante.
Discussão
105
8,32
8,63
7,35
0
3
6
9
Milímetros
MARA Bionator Controle
Figura 18 – Valores médios do trespasse horizontal inicial, medido nos modelos de gesso.
O processo de seleção dos pacientes resultou em grupos
experimentais com um trespasse horizontal maior, que permitisse o avanço da
mandíbula até a total correção da discrepância ântero-posterior dos arcos, excluindo
os pacientes com significativo grau de apinhamento ântero-superior e, por
conseguinte, insuficiente quantidade de trespasse horizontal. Porém, como o Grupo
Controle não fora selecionado para receber este protocolo, algum apinhamento
ântero-superior poderia estar presente, contribuindo para o menor trespasse
horizontal encontrado.
Considerando a relação molar, houve uma tendência de maior
severidade da má oclusão no Grupo Bionator, pois dos 22 pacientes, 21
apresentavam Classe II completa ou ¾ de Classe II (Figura 19). Deve-se lembrar
que 63% deste grupo encontravam-se na fase de dentadura mista enquanto que nos
outros grupos este percentual era menor. Certamente, a numerosa presença dos
molares decíduos contribuiu para a maior severidade da relação molar do Grupo
Bionator.
11
7
4
16
5
1
11
3
5
3
0%
20%
40%
60%
80%
100%
MARA Bionator Controle
1/4 de Classe II
1/2 Classe II
3/4 de Classe II
Classe II completa
Figura 19 – Distribuição percentual e quantitativa da amostra quanto à severidade da má oclusão
avaliada pela relação molar.
106
Discussão
Porém, deve-se salientar que quando os grupos foram comparados
quanto à relação dos caninos, esta tendência desapareceu, mostrando uma
semelhança da severidade inicial entre os grupos (Tabela 4). A Figura 20 mostra
que a Classe II completa ou ¾ de Classe II estavam presentes inicialmente em 15
pacientes do Grupo MARA, 15 do Grupo Bionator e 14 do Grupo Controle, revelando
uma boa compatibilidade entre os grupos quanto à severidade inicial avaliada pela
relação dos caninos (p=0,8867).
6
9
6
1
7
8
7
5
9
6
2
0%
20%
40%
60%
80%
100%
MARA Bionator Controle
1/4 de Classe II
1/2 Classe II
3/4 de Classe II
Classe II completa
Figura 20 – Distribuição percentual e quantitativa da amostra quanto à severidade da má oclusão
avaliada pela relação dos caninos.
6.4.4 Compatibilidade da distribuição dos gêneros
Os gêneros feminino e masculino apresentam diferenças importantes
em relação à época de maturação esquelética e dentária e às respostas biológicas a
alguns protocolos de tratamento ortopédico. (BISHARA, et al., 1981; FOLEY;
MAMANDRAS, 1992; HAGG; TARANGER, 1982; MARTINS, et al., 1998; WEST;
MCNAMARA, 1999) Espera-se que as melhores respostas ao tratamento ortopédico-
ortodôntico ocorram em uma idade cronológica menor no gênero feminino do que no
masculino, uma vez que as meninas apresentam a maturação mais precoce e um
ritmo de crescimento mais acelerado. (BISHARA, et al., 1981; FOLEY;
MAMANDRAS, 1992; HAGG; TARANGER, 1982; MARTINS, et al., 1998; WEST;
MCNAMARA, 1999)
Uma vez que o potencial de crescimento presente é um fator valioso na
correção de Classe II, e que a época do potencial máximo varia de acordo com o
Discussão
107
gênero, foi de grande importância a semelhança dos grupos quanto à distribuição
dos gêneros, observada na Tabela 4.
A presença de mais pacientes do gênero masculino em cada um dos
grupos poderia influenciar os resultados, pois alguns estudos mostraram que existe
diferença no grau de colaboração entre os gêneros. Porém, neste estudo, os
pacientes do Grupo MARA foram selecionados prospectivamente, conforme os
critérios descritos no capítulo de Material e Métodos, sem se preocupar com o
gênero. Assim, foram tratados 22 pacientes, sendo 15 do gênero masculino e 7 do
feminino. Como a seleção dos Grupos Bionator e Controle foi realizada após a
seleção do Grupo MARA, preocupou-se em selecionar pacientes com características
semelhantes em relação à idade inicial, severidade da má oclusão e distribuição dos
gêneros. Porém, o Grupo Bionator poderia ser prejudicado na efetividade da
correção da Classe II pela diferença no grau de colaboração. Sendo assim,
selecionou-se apenas pacientes cuja discrepância ântero-posterior estivesse
corrigida.
6.4.5 Compatibilidade cefalométrica inicial
Na Tabela 5, os resultados da comparação das variáveis
cefalométricas iniciais mostraram que os grupos tiveram uma boa compatibilidade.
Das 39 variáveis, apenas três apresentaram diferença estatisticamente significante:
1.PP, 1-GoMe e 6-GoMe. Esta maior compatibilidade ocorreu provavelmente devido
à semelhança entre os grupos quanto à idade inicial e à severidade da má oclusão,
resultando em características morfológicas craniofaciais semelhantes (Figura 21).
108
Discussão
Figura 21 – Sobreposição dos traçados médios iniciais dos três grupos.
A diferença encontrada na variável 1.PP ocorreu entre o Grupo
Bionator e o Controle, mostrando que uma maior inclinação vestibular dos incisivos
superiores foi observada no Grupo Bionator. A variável 1.NA também demonstra
esta inclinação vestibular maior neste grupo, porém sem significância estatística.
Supõe-se que os dentes estivessem mais alinhados e sem apinhamento no Grupo
Bionator devido à necessidade de trespasse horizontal suficiente para permitir o
avanço mandibular promovido pelo aparelho. Portanto, a presença de um melhor
alinhamento superior contribuiria para esta maior inclinação vestibular dos incisivos
em relação ao Grupo Controle. Além disso, muitas vezes, a principal queixa dos
pacientes é a vestibularização dos dentes superiores, pois afeta desfavoravelmente
a estética, levando-os a buscar então o tratamento ortodôntico, o que os diferencia
do grupo controle. Assim, justifica-se também a tendência de maior severidade nos
grupos experimentais em relação ao controle.
Considerando as variáveis 1-GoMe e 6-GoMe, observou-se que a
diferença ocorreu entre os Grupos MARA e Bionator, devido a maior altura
dentoalveolar inferior no Grupo MARA. Apesar de a idade inicial ser compatível entre
os grupos, observa-se uma diferença de oito meses entre as idades médias dos
Discussão
109
Grupos MARA e Bionator. Este intervalo poderia ter proporcionado um crescimento
craniofacial ligeiramente maior no Grupo MARA, resultando em valores diferentes
das alturas dentofaciais entre os grupos. Além disso, ao considerar as alturas
verticais da face como a anterior inferior (AFAI) e a posterior total (S-Go), percebe-se
que o Grupo MARA apresentou maiores valores para essas alturas que o Grupo
Bionator, porém não houve significância estatística, representando apenas uma
tendência de maior crescimento no Grupo MARA.
Caracterização da amostra
As más oclusões podem resultar de várias combinações das
desarmonias dentárias e esqueléticas, envolvendo diversos componentes
craniofaciais. A Tabela 5 apresenta as características esqueléticas e dentárias da
má oclusão de Classe II da amostra avaliada. Assim, foi possível verificar que a
maxila apresentou uma posição sagital aceitável, dentro de uma normalidade em
relação à base do crânio, nos três grupos. Então, pôde-se considerar normal o
tamanho da maxila apresentado em cada grupo.
Por outro lado, a mandíbula apresentou uma posição retruída em
relação à base do crânio. Porém, em todos os grupos, o tamanho da mandíbula foi
proporcional ao tamanho da maxila, conforme o quadro de valores proposto por
McNamara. (MCNAMARA, 1984). O Grupo MARA apresentou um comprimento
maxilar médio de 85mm, enquanto que a mandíbula mostrou um comprimento de
105mm, obedecendo ao intervalo de 105 a 108mm correspondente àquele tamanho
de maxila para se obter uma proporção normal entre os tamanhos da
maxila/mandíbula (Figura 22). Nos Grupos Bionator e Controle, o comprimento
maxilar de 82 e 83mm, respectivamente, enquanto que a mandíbula apresentou um
comprimento efetivo de 102 e 103mm, respectivamente, mostrando um tamanho
proporcional ao da maxila, de acordo com a Figura 22. Dessa forma, a má oclusão
de Classe II, nesta amostra, resulta de um posicionamento mais posterior da
mandíbula e não de um tamanho reduzido desta base óssea.
110
Discussão
VALORES COMPOSTOS - PADRÕES
NORMAIS
Comprimento
maxilar
(mm)
Comprimento
mandibular
(mm)
Altura facial
ântero-inferior
(mm )
80
81
82
83
84
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
100
101
102
103
104
105
97 - 100
99 - 102
101 - 104
103 -106
104 - 107
105 - 108
107 - 110
109 - 112
111 - 114
112 - 115
113 - 116
115 - 118
117 - 120
119 - 122
121 - 124
122 - 125
124 - 127
126 - 129
128 - 131
129 - 132
130 - 133
132 - 135
134 - 137
136 - 139
137 - 140
138 – 141
57 - 58
57 - 58
58 - 59
58 - 59
59 - 60
60 - 62
60 - 62
61 - 63
61 -63
62 - 64
63 - 64
63 - 64
64 - 65
65 - 66
66 - 67
67 - 69
67 - 69
68 - 70
68 - 70
69 - 71
70 - 74
71 - 75
72 - 76
73 - 77
74 - 78
75 - 79
Figura 22 – Valores encontrados por McNamara para o comprimento
maxilar e os valores correspondentes para o comprimento mandibular e a
AFAI, em pacientes com oclusão normal.
No entanto, esta posição retruída da mandíbula poderia ser em função
de uma altura facial ântero-inferior aumentada, com rotação anti-horária da
mandíbula. Assim, buscou-se na Figura 22 os valores para a AFAI correspondente
ao comprimento maxilar e mandibular de cada grupo. Pôde-se observar que a altura
facial ântero-inferior apresentava-se satisfatória, reflexo de um padrão de
crescimento equilibrado nos três grupos, e que, portanto, não seria a responsável
pela retrusão mandibular da amostra.
Sendo assim, se o tamanho da mandíbula está proporcional ao
tamanho da maxila, e a AFAI está normal para estas medidas, qual seria a causa da
retrusão mandibular?
Giuntini et al. (2008) verificaram que na má oclusão de Classe II, com
retrusão mandibular e dimensões normais da mandíbula e das alturas faciais, a
fossa glenóide encontrava-se deslocada para posterior, quando comparada a um
grupo controle de oclusão normal. Esta característica poderia ser então, a
responsável pelo posicionamento mais posterior da mandíbula nesta amostra.
Discussão
111
Embora a maxila estivesse posicionada de forma satisfatória no sentido
sagital, a relação maxilomandibular encontrava-se deficiente nos três grupos, sendo,
portanto, um reflexo direto deste posicionamento mais posterior da mandíbula.
O padrão de crescimento facial da amostra foi considerado equilibrado,
de acordo com os valores médios das três variáveis utilizadas para estudar o padrão
esquelético craniofacial: FMA, SN.GoGn e SNGn. Estes valores correspondiam, em
média, aos valores de pacientes mesocefálicos, com equilíbrio entre os vetores
vertical e horizontal do crescimento craniofacial. Sabe-se que os padrões meso e
braquifaciais são mais favoráveis para o tratamento ortopédico, visto que a
predominância do vetor horizontal do crescimento favorece a correção da Classe II
e, além disso, o pequeno aumento da AFAI causado pelos aparelhos funcionais não
altera significantemente a estética facial.
As características dentárias da má oclusão de Classe II, 1ª divisão
desta amostra consistiu de incisivos superiores vestibularizados e protruídos,
incisivos inferiores com boa inclinação e bem posicionados em sua base óssea
(Figuras 23 e 24). Estas características dentárias, associadas à discrepância das
bases ósseas, foram responsáveis pela presença de um acentuado trespasse
horizontal, e este, por sua vez, refletiu no trespasse vertical aumentado da amostra.
Figura 23 – Sobreposição no plano palatino, centrado em ENA, dos
traçados médios iniciais dos três grupos.
112
Discussão
Figura 24 – Sobreposição no plano mandibular, centrado na sínfise, dos traçados médios iniciais dos
três grupos.
6.5 Resultados das comparações intragrupos das fases inicial e final
As variáveis cefalométricas nas fases inicial e final foram comparadas
em cada um dos grupos com o intuito de avaliar quais variáveis apresentariam
valores significantemente diferentes entre as fases comparadas, independente de
ser resultado do tratamento, do crescimento craniofacial, ou da combinação de
ambos. Os resultados da comparação intragrupo encontram-se nas Tabelas 6, 7 e 8,
para os Grupos MARA, Bionator e Controle, respectivamente.
Considerando o componente maxilar, o tratamento com o aparelho
MARA promoveu uma retrusão da maxila estatisticamente significante, demonstrada
pela redução dos valores das variáveis SNA e A-Nperp, na Tabela 6. No entanto,
apesar de o tratamento com o aparelho Bionator ter também diminuído os valores
destas variáveis, esta diminuição não foi suficiente para gerar uma diferença
estatisticamente significante entre as fases inicial e final. No Grupo Controle, as
variáveis SNA e A-Nperp apresentaram um ligeiro aumento, porém não foi
estatisticamente significante para SNA, enquanto que para A-Nperp houve
significância estatística neste aumento. Provavelmente, o aumento linear ocorrido
não foi suficiente para alterar significantemente a medida angular SNA. Por outro
lado, os três grupos apresentaram um aumento estatisticamente significante no
Discussão
113
comprimento efetivo da maxila (Co-A), sendo que no Grupo Controle, esse aumento
foi maior que o encontrado nos outros grupos. Este resultado indica que houve uma
restrição do crescimento maxilar nos Grupos MARA e Bionator, enquanto que no
Grupo Controle a maxila continuou seu crescimento, com um aumento significante
do seu comprimento efetivo (Figuras 25, 26 e 27).
Os aparelhos funcionais exercem, na maxila, uma força para cima e
para trás. Este “efeito AEB” é causado pela tensão da musculatura facial na tentativa
de reposicionar a mandíbula de volta à sua postura mais superior e
posterior.(CROFT, et al., 1999; GRABER, et al., 1999; PANCHERZ; ANEHUS-
PANCHERZ, 1993) Visto que o aparelho contata o arco superior, as forças dos
músculos e tecidos moles são transmitidas, pelo aparelho, aos dentes e à maxila.
Figura 25 – Sobreposição na linha SN, centrado em S, dos
traçados médios totais inicial e final do Grupo MARA.
114
Discussão
Figura 26 – Sobreposição na linha SN, centrado em S, dos
traçados médios totais inicial e final do Grupo Bionator.
Figura 27 – Sobreposição na linha SN, centrado em S, dos
traçados médios totais inicial e final do Grupo Controle.
Discussão
115
Com relação ao componente mandibular, houve diferença
estatisticamente significante entre as fases inicial e final em todas as variáveis
estudadas. Os resultados mostraram que, nos três grupos, houve um deslocamento
anterior da mandíbula, conforme SNB e P-Nperp. Além disso, houve um aumento do
comprimento total (Co-Gn), da base (Go-Gn) e do ramo da mandíbula (Co-Go).
Outros estudos sobre ortopedia funcional também mostram este comportamento das
grandezas cefalométricas, com protrusão mandibular e aumento do comprimento da
mandíbula, após o uso de aparelhos funcionais fixos ou removíveis (ALMEIDA-
PEDRIN, 2003; BASS, 1983; COZZA, et al., 2006; DE ALMEIDA, et al., 2002;
HENRIQUES, et al., 1997; HENRIQUES, et al., 2001; KARACAY, et al., 2006;
KUCUKKELES, et al., 2007; PANGRAZIO-KULBERSH, et al., 2003). Porém, deve-
se ressaltar que existe o crescimento craniofacial embutido nestas alterações e não
se pode afirmar, por enquanto, que estes resultados são exclusivos do tratamento,
mesmo porque o Grupo Controle também apresentou mudanças significantes. Mais
adiante, será discutida a comparação das alterações dos três grupos para separar o
que foi efeito do aparelho e o que foi crescimento craniofacial.
Verificou-se que as alterações sagitais ocorridas nas bases ósseas
contribuíram para a melhora da relação maxilomandibular nos grupos
experimentais, embora as mudanças encontradas na maxila do Grupo Bionator não
tenham sido significantes. No entanto, observa-se que, enquanto os valores de SNA
e A-Nperp não sofreram alterações significantes neste grupo, os valores de SNB e
P-Nperp aumentaram significantemente, favorecendo a alteração do ANB para
valores mais satisfatórios. Por outro lado, embora o crescimento tenha favorecido a
protrusão da mandíbula no Grupo Controle, a relação sagital das bases ósseas
permaneceu deficiente neste grupo. Isto ocorreu devido à protrusão simultânea da
maxila, porém em menor quantidade que a mandíbula, diminuindo assim, a
proporção entre os tamanhos das bases ósseas (Co-A/Co-Gn). Desta forma,
verificou-se que a má oclusão de Classe II não se corrigiu.
O tratamento com o aparelho MARA mostrou uma tendência de alterar
o padrão de crescimento, aumentando ligeiramente o vetor vertical de crescimento.
No entanto, este aumento não foi considerado clinicamente significante, uma vez
que, ao final do tratamento, os valores obtidos nas variáveis do padrão de
116
Discussão
crescimento mostraram um padrão classificado como equilibrado. Já o Bionator não
causou alterações estatisticamente significantes no padrão de crescimento. No
Grupo Controle, houve uma semelhança entre as fases avaliadas, mantendo o
equilíbrio nos vetores horizontal e vertical do crescimento. Porém, uma pequena
redução foi observada apenas no valor do ângulo FMA. Este valor foi menor que 1°
e, por isso, foi considerado sem significância clínica, pois não comprometeu a
interpretação de que o padrão de crescimento manteve-se equilibrado.
Nos Grupos Experimentais, o plano oclusal funcional mostrou uma
rotação anti-horária que, possivelmente, decorreu da planificação da curva de Spee
durante o tratamento ortopédico. Durante o uso do aparelho MARA, o avanço
mandibular normalmente é acompanhado de uma desoclusão posterior (RONDEAU,
2002) proporcional à severidade da curva de Spee, ou seja, quanto mais acentuada
for a curva de Spee inicial, maior será a desoclusão posterior. Durante o tratamento
ocorre uma melhora na oclusão pela erupção dos pré-molares. No tratamento com o
Bionator, realiza-se o desgaste do acrílico para permitir a erupção dos dentes
posteriores e assim planificar a curva de Spee.
Com relação às alturas faciais ântero-inferior e posterior total (AFAI e
S-Go), houve um aumento estatisticamente significante nos três grupos. Porém, os
Grupos Experimentais apresentaram um aumento maior que o Grupo Controle,
provavelmente devido à erupção dos dentes posteriores.
No arco dentário superior, os grupos experimentais apresentaram
uma lingualização e retrusão dos incisivos superiores mostradas pela diminuição nos
valores das variáveis 1.PP, 1.NA, 1-NA e 1-ENAperp, com diferenças
estatisticamente significante entre as fases inicial e final. Estes efeitos foram
causados por uma força lingual transmitida pelo arco vestibular (Bionator) ou pelas
fibras interdentais (MARA), quando a mandíbula tentava voltar à sua posição original
(Figuras 28 e 29).
Discussão
117
Figura 28 – Sobreposição no plano palatino, centrado em ENA, dos
traçados médios inicial e final da maxila do Grupo MARA.
Figura 29 – Sobreposição no plano palatino, centrado em ENA, dos
traçados médios inicial e final da maxila do Grupo Bionator.
Por outro lado, o Grupo Controle não apresentou mudanças
significantes na posição sagital dos incisivos superiores (Figura 30). Este grupo
apenas mostrou um aumento da altura dentoalveolar superior anterior (1-PP), sendo
que estas alterações também foram observadas nos Grupos Experimentais e
poderiam ser decorrentes do crescimento normal e/ou da inclinação dos incisivos
para lingual. Visto que a altura dentoalveolar superior anterior foi mensurada a partir
da borda incisal até o plano palatino, a verticalização dos incisivos poderia aumentar
esta distância, levando a uma falsa extrusão.
118
Discussão
Figura 30 – Sobreposição no plano palatino, centrado em ENA, dos
traçados médios inicial e final da maxila do Grupo Controle.
Com relação às mudanças encontradas nos molares superiores, houve
uma distalização dos molares nos Grupos Experimentais, uma vez que a distância
do molar até a linha ENAperp aumentou em valor absoluto, com significância
estatística nos dois grupos, enquanto que no Grupo Controle, esta distância não
mudou, ou seja, o molar permaneceu na mesma posição sagital em relação à
maxila. A distalização observada no Grupo MARA pode ser considerada como uma
distalização de coroa uma vez que neste grupo ocorreu uma inclinação para distal
do longo eixo do molar estatisticamente significante (Figura 28). Já no Grupo
Bionator, a distalização foi considerada uma movimentação de corpo, pois não
houve inclinação do longo eixo do molar superior durante o tratamento (Figura 29).
A altura dentoalveolar aumentou nos Grupos Bionator e Controle como
conseqüência do crescimento normal, porém, no Grupo MARA, não houve mudança
na altura dentoalveolar posterior (6-PP), provavelmente devido a uma restrição de
crescimento dentoalveolar causada pelo aparelho MARA. Ao início do tratamento,
em geral, apenas as coroas de aço se tocavam, concentrando a força oclusal nos
molares e por isso, pôde ter havido uma restrição do desenvolvimento vertical na
região alveolar posterior. No decorrer do tratamento, os pré-molares irromperam
normalmente, enquanto que os molares ficaram encobertos pelas coroas de aço.
Após a remoção do aparelho, observou-se a falta de oclusão dos molares devido ao
espaço referente às coroas de aço. Em duas semanas é possível perceber os
molares em oclusão novamente. Porém, como a telerradiografia final foi tomada no
mesmo dia da remoção do aparelho, isto explica a restrição do crescimento
dentoalveolar superior posterior encontrada.
Discussão
119
No arco dentário inferior, os Grupos Experimentais apresentaram um
aumento estatisticamente significante nos valores das variáveis IMPA, 1.NB, 1-NB e
1-Pogperp, revelando, portanto, uma vestibularização e uma protrusão dos incisivos
inferiores (Figuras 31 e 32). No tratamento ortopédico funcional, ao manter a
mandíbula numa posição avançada, os aparelhos dentossuportados transmitem uma
força reativa de mesialização aos dentes em que estão ancorados. Esta força é
transmitida, por meio dos pontos de contato, ao demais dentes, caracterizando uma
componente anterior de força, responsável pela vestibularização e protrusão dos
incisivos inferiores. Como o Grupo Controle não recebeu tratamento algum, os
incisivos permaneceram com a mesma posição ântero-posterior, sem nenhuma
alteração estatisticamente significante (Figura 33).
Figura 31 Sobreposição no plano mandibular, centrado na sínfise, dos
traçados médios inicial e final da mandíbula do Grupo MARA.
120
Discussão
Figura 32 Sobreposição no plano mandibular, centrado na sínfise, dos
traçados médios inicial e final da mandíbula do Grupo Bionator.
Figura 33 Sobreposição no plano mandibular, centrado na sínfise, dos
traçados médios inicial e final da mandíbula do Grupo Controle.
Discussão
121
A altura dentoalveolar inferior anterior (1-GoMe) foi mantida a mesma
entre a fase inicial e a final, no Grupo MARA, enquanto que nos outros grupos houve
um aumento desta altura, como conseqüência do crescimento craniofacial. Como
esta altura foi mensurada da borda dos incisivos superiores até o plano mandibular,
a grande inclinação vestibular dos incisivos inferiores ocorrida com o aparelho
MARA (5,3°) pode ter mascarado o desenvolvimento alveolar vertical e contribuído,
assim, para a manutenção desta altura.
Os molares inferiores apresentaram um deslocamento mesial
estatisticamente significante nos Grupos Experimentais, enquanto que no Grupo
Controle, os molares continuaram na mesma posição sagital em relação à
mandíbula. A mesialização dos molares inferiores ocorre em resposta à ação do
aparelho funcional, à medida que a mandíbula tenta retornar à sua posição inicial.
A altura dentoalveolar posterior inferior (6-GoMe) apresentou um
aumento em todos os grupos, porém no Grupo MARA esse aumento foi menor, pois
pode ter sido mascarado pelo efeito intrusivo da coroas de aço. No Grupo Bionator,
o desgaste realizado no acrílico permitiu a erupção dos molares inferiores durante o
tratamento. Com relação à inclinação do longo eixo dos molares, não houve
diferenças estatisticamente significantes entre as fases inicial e final, nos três
grupos, embora o Grupo MARA tenha apresentado uma tendência de inclinação
mesial destes dentes.
As mudanças nas relações dentárias mostraram que a severidade da
Classe II diminuiu significantemente nos Grupos Experimentais como conseqüência
das alterações promovidas pelos aparelhos MARA e Bionator. A correção do
trespasse horizontal ocorreu em conseqüência de fatores esqueléticos e dentários,
porém com maior participação de alterações dentárias como a lingualização dos
incisivos superiores e a vestibularização dos incisivos inferiores. A restrição do
crescimento maxilar, a protrusão da mandíbula e o crescimento mandibular
contribuíram para a correção do trespasse e também da relação molar dos grupos
experimentais. Além disso, deve-se ressaltar que a correção da relação molar teve
grande influência das alterações dentárias pela distalização dos molares superiores
e pela mesialização dos molares inferiores. Já a correção do trespasse vertical
ocorreu devido ao aumento da AFAI, favorecendo a erupção dos dentes posteriores.
122
Discussão
6.6 Comparação intergrupos da fase final
Ao final do período de avaliação, os grupos experimentais diferiram-se
do Grupo Controle, mais expressivamente, no componente dentoalveolar inferior e
nas relações dentárias, apresentando-se semelhantes nos outros componentes
cefalométricos avaliados (Figura 34).
6.6.1 Componente maxilar
Dentre as variáveis maxilares, nenhuma delas apresentou diferença
estatisticamente significante. Deve-se ressaltar, no entanto, que os valores do Grupo
MARA apresentavam-se ligeiramente maiores que do Grupo Controle, na fase
inicial, porém, sem significância estatística. Isso explica porque as alterações
ocorridas no Grupo MARA, apesar de terem sido significantes na comparação
intragrupo (Tabela 6), não foram suficientes para mostrar uma diferença
estatisticamente significante, ao final do tratamento, quando comparado ao Grupo
Controle (Tabela 9).
Figura 34 Sobreposição na linha SN, centrado em S, dos traçados médios
totais finais dos três grupos avaliados.
Discussão
123
6.6.2 Componente mandibular
Os grupos também não diferiram na comparação das variáveis do
componente mandibular, ao final do período de avaliação. Quando se estudo os
efeitos de aparelhos ortopédicos funcionais, este resultado representa um dos
pontos mais controversos. A habilidade destes aparelhos em modificar o
crescimento facial, especialmente o crescimento mandibular, de forma significante,
tem sido avaliada por vários estudos clínicos randomizados, entretanto, até o
momento, a questão não foi claramente definida. (MEIKLE, 2005). De acordo com
Meikle (2005), esta indefinição deve-se à variabilidade da época, magnitude e
duração do surto de crescimento facial pubescente, aos diferentes níveis de
motivação e colaboração dos pacientes, às limitações inerentes à cefalometria, bem
como à questionável validade e precisão das próprias variáveis utilizadas para
quantificar as variáveis ocorridas.
Neste estudo, o uso dos aparelhos funcionais avaliados não produziu
maiores efeitos esqueléticos na mandíbula do que aqueles esperados pelo
crescimento, observados no Grupo Controle. Assim, ao final do período de
avaliação, não é possível diferenciar, somente pelo crescimento mandibular, os
pacientes submetidos ao tratamento ortopédico e os jovens do Grupo Controle. É
importante lembrar que os três grupos eram compatíveis em relação às variáveis do
componente mandibular ao início, e permaneceram semelhantes mesmo após o
tratamento. Isto indica que as alterações de crescimento e posicionamento da
mandíbula observadas nas Tabelas 6, 7 e 8 foram semelhantes nos grupos tratados
e Controle.
6.6.3 Relação Maxilomandibular
Apenas a avaliação Wits apresentou diferença estatisticamente
significante entre os três grupos na fase final, mostrando que os grupos
experimentais terminaram o tratamento ortopédico com uma satisfatória relação
maxilomandibular. Porém, a avaliação Wits é diretamente influenciada pela rotação
do plano oclusal funcional e, como foi mostrado na Tabela 6 e 7, os grupos tratados
124
Discussão
apresentaram uma rotação anti-horária do plano oclusal, o que certamente
influenciou este resultado final obtido.
Os valores dos ângulos ANB e NAP mostraram-se menores nos grupos
experimentais, porém não houve significância estatística (Tabela 9). Apesar de a
redução ter sido significante entre as fases inicial e final dos grupos experimentais,
como mostrado nas Tabelas 6 e 7, ela não foi suficiente para gerar uma diferença
significante nestas variáveis, entre os três grupos, ao final do período de avaliação.
Possivelmente, a explicação deste resultado encontra-se na pequena diferença
observada ao início do tratamento, quando os grupos experimentais apresentavam
um ângulo ANB e NAP com valores maiores que o Grupo Controle, porém não havia
diferença estatisticamente significante entre os grupos. Estas pequenas diferenças
entre os grupos, ao início e ao final do período de observação, podem gerar
alterações significantes nos grupos experimentais em relação ao Controle, como
mostra a Tabela 10, que será discutida adiante.
6.6.4 Padrão de Crescimento
Ao final do tratamento, os grupos experimentais apresentaram valores
semelhantes do padrão de crescimento em relação ao Controle (Tabela 9). Como foi
mostrado pelas Tabelas 6 e 8, o FMA apresentou alterações significantes durante o
período de observação para o Grupo MARA e o Controle, porém não foram
suficientes para gerar uma grande diferença nos valores finais, entre os grupos. Ao
contrário, houve uma mudança no sentido de aproximar ainda mais os valores do
FMA entre os grupos.
Apenas a inclinação do plano oclusal funcional apresentou diferença
estatisticamente significante entre os grupos ao final. Os Grupos MARA e Bionator
apresentaram um plano oclusal funcional mais plano, possivelmente pela
planificação da curva de Spee alcançada durante o tratamento.
As alturas faciais mostraram-se com valores semelhantes entre os
grupos ao final. Como todos os grupos tiveram mudanças significantes entre a fase
inicial e a final, a semelhança observada ao início se manteve ao final.
Discussão
125
6.6.5 Componente dentoalveolar superior
A inclinação e o posicionamento ântero-posterior do incisivo superior
mostraram-se semelhantes estatisticamente entre os três grupos, ao final do período
de observação (Tabela 9 e Figura 35). Porém, visto que os grupos experimentais
apresentavam, ao início, uma tendência de maior vestibularização e protrusão dos
incisivos, cujas razões já foram aventadas anteriormente, as alterações de
lingualização e retrusão ocorridas durante o tratamento dos grupos experimentais
(Tabelas 6 e 7) tornaram os valores das variáveis mais próximos do Grupo Controle,
uma vez que este não apresentou mudanças significantes nestas variáveis (Tabela
8).
Figura 35 – Sobreposição no plano palatino, centrado em ENA, dos traçados
médios finais da maxila dos três grupos avaliados
.
As alturas dentoalveolares superiores anterior (1-PP) e posterior (6-PP)
foram semelhantes entre os grupos, ao final do período de avaliação, assim como o
posicionamento sagital dos molares (6-ENAperp), mostrando que as alterações
ocorridas entre as fases inicial e final dos grupos tratados não foram significantes o
suficiente para diferir estatisticamente estes grupos tratados do grupo não tratado.
Apesar de não ter influenciado na comparação final entre os grupos, a distalização
do molar ocorrida nos grupos tratados foi estatisticamente significante, como
demonstrado nas Tabelas 6 e 7. No entanto, deve-se notar que, ao início do
tratamento, estes grupos apresentavam os molares ligeiramente mais mesializados
que o Grupo Controle (Tabela 5), e após o tratamento, os molares do Grupo
Bionator foram ligeiramente distalizados, alcançando a mesma posição do Grupo
Controle, enquanto que o Grupo MARA apresentou os molares num posicionamento
126
Discussão
mais distal que os outros dois grupos (Tabela 9), porém estas pequenas alterações,
como já foi dito, não causaram diferenças significante entre os grupos, na fase final.
Por outro lado, a inclinação do longo eixo dos molares do Grupo MARA
mostrou-se significantemente diferente dos Grupos Bionator e Controle, sendo que o
molar encontrava-se mais inclinado para distal no grupo tratado pelo aparelho
MARA. Esta inclinação contribui para a correção da relação molar, porém pode
ocorrer uma recidiva devido à tendência do dente movimentado voltar à posição
original. Por isso, há uma necessidade da sobrecorreção da relação molar.
(BYLOFF; DARENDELILER, 1997; BYLOFF, et al., 1997; CHIU, et al., 2005).
6.6.6 Componente dentoalveolar inferior
A inclinação e o posicionamento sagital dos incisivos inferiores
apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos ao final do
período de observação (Tabela 9 e Figura 36). O tratamento com os aparelhos
MARA e Bionator levou os incisivos para uma inclinação mais vestibular e um
posicionamento mais protruído em relação ao grupo não tratado. Visto que os três
grupos apresentaram uma compatibilidade inicial em relação à posição e inclinação
dos incisivos (Tabela 5), os resultados, ao final, levam a crer que os incisivos foram
significantemente influenciados pelos tratamentos instituídos, fato que pode ser
observado em muitos estudos sobre os aparelhos ortopédicos funcionais. (AHN, et
al., 2001; ALMEIDA-PEDRIN, 2003; ALMEIDA, 2000; ALMEIDA, et al., 2004;
BISHARA; ZIAJA, 1989; DE ALMEIDA, et al., 2002; GONNER, et al., 2007;
HENRIQUES, et al., 1997; JANSON, 1977; JANSON; HASUND, 1981; JENA, et al.,
2006; KARACAY, et al., 2006; PANGRAZIO-KULBERSH, V., et al., 2003).
As alturas dentoalveolares inferiores anterior (1-GoMe) e posterior (6-
GoMe) foram semelhantes ao final da avaliação, mostrando que o aparelho MARA
restringiu o desenvolvimento vertical dos incisivos e dos molares, uma vez que ao
início eles apresentaram uma altura dentoalveolar significantemente maior que nos
outros grupos.
Em relação aos molares inferiores, houve uma diferença significante
entre os grupos, sendo que os grupos experimentais apresentaram os molares em
um posicionamento mais para mesial que os molares do Grupo Controle, enquanto
Discussão
127
que a inclinação foi mais mesial no Grupo MARA em relação aos outros dois grupos,
na fase final.
Figura 36 – Sobreposição no plano mandibular, centrado na sínfise, dos traçados médios finais da
mandíbula dos três grupos.
6.6.7 Relações Dentárias
As relações dentárias dos grupos experimentais apresentaram
diferenças estatisticamente significantes em relação ao Grupo Controle (Tabela 9).
Observou-se que os trespasses horizontal e vertical dos Grupos Experimentais
mostraram-se menores valores que o Grupo Controle, representando uma melhora
nestas relações dentárias após o tratamento ortopédico funcional. Por outro lado, os
valores da relação molar foram maiores nos grupos experimentais que no Grupo
Controle. Porém, deve-se lembrar que o sinal positivo nesta variável indica que o
molar inferior está mais para mesial em relação do molar superior, representando
uma relação molar corrigida nos grupos tratados, enquanto que no Grupo Controle,
esta relação de Classe II dos molares permaneceu.
128
Discussão
6.7 Comparação das alterações cefalométricas
As alterações cefalométricas do Grupo MARA foram comparadas às
alterações anualizadas do Grupo Bionator para verificar as diferenças entre o
tratamento ortopédico fixo e removível. Para eliminar os efeitos do crescimento,
comparou-se os dois grupos com um Grupo Controle, apresentando a má oclusão
de Classe II não tratada (Tabela 10).
6.7.1 Componente maxilar
Na comparação do posicionamento ântero-posterior da maxila (SNA e
A-Nperp) entre os grupos, observou-se uma significante retrusão nos Grupos
Experimentais em relação ao Grupo Controle (Tabela 10 e Figura 37). Apesar da
diminuição do SNA no Grupo Bionator, esta alteração não foi estatisticamente
significante. Porém, o A-Nperp mostrou que a maxila sofreu uma retrusão
estatisticamente significante após o tratamento com o Bionator.
Em relação ao comprimento efetivo da maxila, observou-se que
ocorreu um aumento da variável Co-A nos três grupos, porém, nos grupos tratados,
esse aumento foi estatisticamente menor em relação ao Grupo Controle, devido ao
efeito restritivo dos aparelhos funcionais sobre o crescimento da maxila.
-0,64
-0,18
0,15
-0,48
-0,24
0,81
0,82
0,83
2,41
-1
0
1
2
3
SNA A-Nperp Co-A
MARA
Bionator
Controle
Figura 37 – Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas do Componente Maxilar nos
três grupos avaliados.
Discussão
129
Esta diminuição do ângulo SNA e da variável A-Nperp e a posição
posterior do ponto A em relação ao Grupo Controle indicaram que os aparelhos
apresentam um efeito esquelético restritivo na maxila.
Pangrazio-Kulbersh et al. (2003) avaliaram os efeitos do MARA e
apesar de os valores de SNA e A-Nperp indicarem uma retrusão da maxila, esta
alteração não foi estatisticamente significante em relação ao controle, apesar da
diminuição de 0,4° e 0,2mm nos valores anualizados de SNA e A-Nperp. Almeida et
al. (2006) também não encontrou alterações significantes na posição sagital da
maxila após tratamento com o aparelho Herbst, não obstante se observou uma
maior diminuição no ângulo SNA (-0,9º) no grupo Herbst comparado ao controle (-
0,5º). Porém, em geral, os aparelhos funcionais fixos promovem uma pequena
restrição do crescimento sagital da maxila (CROFT, et al., 1999; KUCUKKELES, et
al., 2007; PANCHERZ, 1979, 1985), conforme o observado neste estudo.
No tratamento com o Bionator, o avanço da mandíbula proporcionado
pelo aparelho cria uma força intermaxilar. A força proveniente da musculatura
ativada (principalmente dos músculos retrusores) é transmitida aos dentes anteriores
da maxila, redirecionando o crescimento desta base óssea. (GRABER, 1987)
6.7.2 Componente mandibular
Não houve diferença estatisticamente significante entre os três grupos
quanto às alterações das cinco variáveis mandibulares avaliadas (Tabela 10 e
Figura 38). Embora uma maior protrusão da mandíbula fosse esperada nos grupos
experimentais devido ao tratamento, o que ocorreu foi uma semelhança nas
alterações com o Controle.
130
Discussão
0,81
1,05
0,43
1,36
1,15
1,91
4,23
3,55
3,77
2,25
2,11
2,24
2,58
1,6
2,72
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
SNB P-Nperp Co-Gn Go-Gn Co-Go
MARA
Bionator
Controle
Figura 38 – Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas do Componente Mandibular
nos três grupos avaliados.
O efeito do tratamento ortopédico funcional durante o crescimento
mandibular é o que apresenta maiores controvérsias e divergências entre os
autores. Pangrazio-Kulbersh et al. (2003) encontraram um aumento estatisticamente
significante no comprimento mandibular e uma protrusão após o tratamento com o
MARA e com o Herbst, em relação ao Controle.
Alguns estudos também relatam uma protrusão mandibular significante
após o tratamento com outros tipos de aparelhos funcionais fixos como Jasper
Jumper (KARACAY, et al., 2006; KUCUKKELES, et al., 2007), enquanto que
diferentes estudos não encontraram nenhuma alteração significante no crescimento
ou posicionamento sagital da mandíbula (COVELL, et al., 1999; LIMA, 2007;
NEVES, 2007; OLIVEIRA JR, 2002). Em relação ao Bionator, diversos autores
acreditam que há um aumento na protrusão mandibular, no comprimento efetivo e
no corpo mandibular (ALMEIDA, M R, 2000; BASS, 1983; DEVINCENZO, J.P., 1991;
TULLOCH, et al., 1998). Entretanto, outros autores não evidenciaram alterações na
protrusão e comprimento mandibulares. (HARVOLD; VARGERVIK, 1971; JENA, et
al., 2006; VARGERVIK; HARVOLD, 1985)
Pode-se observar que a maioria das publicações (CROFT, et al., 1999;
MCNAMARA, et al., 1990; PANCHERZ, 1979; PANCHERZ, et al., 1997; VALANT;
SINCLAIR, 1989) relata um aumento no comprimento da mandíbula logo após a
remoção do aparelho, ou seja, um aumento no crescimento sagital. Ruf; Pancherz
Discussão
131
(1998, 1999, 2000) concluíram que a posição mais anterior da mandíbula após o
tratamento parece ser um resultado da remodelação conjunta do côndilo e da fossa
mandibular. Popowich; Nebbe; Major (2003), realizaram uma revisão dos efeitos
esqueléticos do aparelho de Herbst e concluíram que a maioria dos estudos com
ressonância magnética ou tomografia computadorizada não são conclusivos.
Os aparelhos funcionais promovem um deslocamento mandibular
anterior rápido durante a primeira fase do tratamento, sendo de caráter temporário
(Johnston, 1996). Este reposicionamento anterior da mandíbula estende os tecidos
retrodiscais que, por sua vez, transmitem as forças para o côndilo e fossa articular,
estimulando o processo de remodelação óssea nesta região. (VOUDOURIS, et al.,
2003a) Removido o estímulo, o processo gradativamente perde a intensidade, até
alcançar os níveis basais. (VOUDOURIS; KUFTINEC, 2000)
DeVincenzo (1991) observou em seu estudo que a principal recidiva do
aumento do comprimento mandibular em decorrência do tratamento ortopédico
funcional ocorre durante o início da fase ortodôntica.
Especula-se que tratamento com o aparelho MARA possa ter
promovido este estímulo maior de crescimento nos primeiros seis meses ou até se
obter a relação de oclusão cêntrica (RC=MIH). Em seguida, enquanto o aparelho era
mantido como contenção, o crescimento pode ter diminuído, e o somatório total ao
final equiparou-se com o crescimento mandibular total do Grupo Controle, não
observando valores acima daqueles programados geneticamente.
6.7.3 Relação maxilomandibular
Houve uma melhora significante do relacionamento entre as bases
ósseas, bem como da convexidade do perfil ósseo nos grupos experimentais em
relação ao Grupo Controle (Figura 39). Estas alterações podem ocorrer em virtude
da combinação de vários efeitos nas estruturas dentoesqueléticas associada ao
crescimento normal craniofacial. Neste estudo, a melhora no relacionamento entre
as bases ósseas pode ter ocorrido como resultado da retrusão maxilar nos grupos
experimentais, associada ao crescimento e deslocamento anterior normais da
mandíbula. Além disso, alguns efeitos dentoalveolares podem ter influenciado esses
resultados.
132
Discussão
-1,47
-1,21
-0,29
-3,15
-2,14
0,08
-2,71
-2,27
-0,72
-2,25
-1,89
-0,74
-3,5
-3
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
ANB Wits NAP Co-A/Co-Gn
MARA
Bionator
Controle
Figura 39 – Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas do Componente Relação
Maxilomandibular nos três grupos avaliados.
Segundo Pancherz (1979, 1985, 1997), Valant; Sinclair (1989), CROFT
et al.(CROFT, et al., 1999) a restrição do crescimento maxilar e o estímulo do
crescimento mandibular resultam em uma melhora sensível da relação
maxilomandibular. Para Franchi, Baccetti; Mcnamara Jr (1999) a correção da relação
de Classe II se dá pela associação de alterações dentárias (1/3) e alterações
esqueléticas (2/3).
O ajuste ântero-posterior entre as bases ósseas ocorre pelo
crescimento diferencial entre a maxila e a mandíbula (Co-A/Co-Gn). Como o
crescimento maxilar foi restringido nos grupos experimentais e o mandibular ocorreu
normalmente, os incrementos do comprimento efetivo da mandíbula foram
consideravelmente maiores que os do comprimento efetivo da maxila. Por isso,
houve uma diminuição estatisticamente significante da proporção Co-A/Co-Gn nos
grupos experimentais em relação ao Controle, onde ocorreu também uma
diminuição na proporção do tamanho das bases ósseas, porém de forma menos
intensa.
Discussão
133
6.7.4 Padrão de crescimento
Torna-se importante conhecer as alterações verticais decorrentes dos
tratamentos realizados, pois o padrão de crescimento influencia diretamente a
relação ântero-posterior das bases ósseas, favorecendo ou não a correção da má
oclusão de Classe II.
Neste estudo, os grupos experimentais apresentaram uma tendência
de mudança do padrão de crescimento, prevalecendo mais o vetor vertical de
crescimento quando comparados ao Grupo Controle. Observou-se um aumento do
FMA dos grupos experimentais enquanto que no Controle houve uma diminuição,
resultando em uma diferença estatisticamente significante entre os grupos (figura
40).
0,56
0,44
-0,92
0,45
0,29
-0,19
0,32
0,04
0,05
0,43
0,35
-0,26
0,03
-0,05
0,07
-1
-0,5
0
0,5
1
FMA SN.GoGn SNGn SN.PP PP.GoGn
MARA
Bionator
Controle
Figura 40 – Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas do Padrão de Crescimento
nos três grupos avaliados.
No estudo de Pangrazio-Kulbresh (2003) não houve diferenças entre
os grupos MARA e Controle quanto às variáveis FMA e SN.GoGn. Outros estudos
também não encontraram alterações verticais significantes decorrentes do uso do
Bionator e aparelhos funcionais fixos. (ALMEIDA-PEDRIN, 2003; ALMEIDA, 2000;
ALMEIDA, et al., 2004; DE ALMEIDA, et al., 2002; HENRIQUES, et al., 2001)
Porém, outros trabalhos encontraram aumento do vetor de crescimento vertical após
o tratamento por meio do Bionator ou aparelhos funcionais fixos. (BOLMGREN;
MOSHIRI, 1986; COPE, et al., 1994; KARACAY, et al., 2006; SCHULHOF; ENGEL,
1982; WIESLANDER; LAGERSTROM, 1979).
134
Discussão
Com o crescimento normal, há uma tendência de rotação mandibular
no sentido anti-horário (MARTINS, et al., 1998), como observado nos jovens não
tratados deste estudo, uma vez que a altura facial posterior se desenvolve mais que
anterior. (HENRIQUES, et al., 1998). Os principais fatores que podem alterar o
posicionamento vertical mandibular são: a direção do crescimento condilar e o
desenvolvimento vertical maior na região dos molares, o que leva a uma rotação no
sentido horário, aumentado a AFAI. (SCHUDY, 1965).
As alterações da inclinação do plano palatino (SN.PP) foram
estatisticamente semelhantes entre os três grupos, concordando com os trabalhos
da literatura, que relatam que os tratamento ortopédicos não alteram
significantemente a inclinação do plano palatino em relação à base do crânio.
(COVELL, et al., 1999; KUCUKKELES, et al., 2007; MCNAMARA, et al., 1990)
As alterações da inclinação do plano oclusal funcional (POF) em relaão
à base do crânio (SN.POF) mostraram-se significantemente diferentes entre os
grupos (Figura 41). Houve uma rotação anti-horária no POF dos grupos
experimentais. Deve-se ressaltar que os pré-molares foram utilizados como
referência na construção do POF e ambos os aparelhos funcionais promovem a
extrusão deste dentes, auxiliando assim na correção da curva de Spee, e
influenciando na nova posição do POF.
-4,52
-3,39
-0,8
2,56
2,4
1,54
3,11
2,65
2,09
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
SN.Pocl AFAI S-Go
MARA
Bionator
Controle
Figura 41 – Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas do plano oclusal e das
alturas faciais nos três grupos avaliados.
Discussão
135
Neste estudo, observou-se um aumento na altura facial ântero-inferior
estatisticamente significante nos grupos experimentais em relação ao Controle
(Figura 41). Pancherz (1985) demonstrou que o aparelho de Herbst promoveu um
aumento temporário da altura facial ântero-inferior. McNamara Jr; Howe; Dischinger
(1990) observaram aumento tanto na altura facial ântero-inferior como na posterior,
o que não influenciou negativamente o ângulo do plano mandibular. Nahás (2004)
também concluiu que o padrão de crescimento craniofacial não foi influenciado pelo
tratamento com o Herbst. Alguns estudos encontraram um aumento da AFAI após o
uso do Bionator ou outros ortopédicos funcionais removíveis (BOLMGREN;
MOSHIRI, 1986; BRANGELI, 2000; CAVALCANTI, 2003; CRUZ, et al., 2000).
A altura facial posterior (S-Go) aumentou de maneira semelhante entre
os três grupos, sem diferença estatisticamente significante (Figura 41). De acordo
com Karacay et al. (2006), o aumento da altura facial posterior está relacionado ao
crescimento condilar, o que pode explicar a semelhança no aumento desta altura
posterior neste estudo, visto que os grupos não diferiram em relação ao aumento do
comprimento mandibular (Co-Gn).
6.7.5 Componente dentoalveolar superior
As diferenças entre os grupos são mais evidentes para as variáveis
dentoalveolares, como observaram Almeida et al. (2004) e Neves (2007).
Com relação às alterações de inclinação e posicionamento ântero-
posterior dos incisivos, observou-se que os grupos experimentais apresentaram uma
maior inclinação lingual e retrusão que o Controle (Figura 42). Embora a variável 1-
ENAperp não tenha apresentado diferença estatística, houve uma tendência de
maiores efeitos observados nos grupos experimentais, pois o valor de p foi de
0,0547.
136
Discussão
-3,45
-3,26
-0,04
-3,32
-3,44
0,05
-0,9
-0,83
0,34
-0,81
-0,94
-0,15
-3,5
-3
-2,5
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1.PP 1.NA 1-NA 1-ENAperp
MARA
Bionator
Controle
Figura 42 – Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas que avaliam a inclinação e a
posição sagital dos incisivos, nos três grupos avaliados.
Os molares apresentaram maior distalização da coroa no grupo tratado
com o uso de MARA. Além disso, este grupo apresentou maior inclinação lingual e
intrusão (Figura 43). A distalização dos primeiros molares superiores é defendida por
alguns autores (CROFT, et al., 1999; MCNAMARA, et al., 1990; NAHÁS, 2004;
PANCHERZ, 1979, 1985; PANCHERZ, et al., 1997). Pancherz(1985) também
observou a intrusão destes dentes e McNamara Jr; Howe; Dischinger (1990) e
Nahás (2004) relataram a sua restrição vertical. Valant; Sinclair(1989) verificaram
que a atuação do aparelho de Herbst sobre a maxila (restrição do deslocamento) e
sobre os dentes superiores (distalização dos molares) era semelhante à ancoragem
extrabucal.
Discussão
137
1,05
0,8
0,86
-0,15
0,97
1,09
-1,79
-0,64
0,05
-5,58
0,32
2,18
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
1-PP 6-PP 6-ENAperp 6.PP
MARA
Bionator
Controle
Figura 43 – Valores médios das alterações das variáveis 1-PP, 6-PP, 6-ENAperp e 6.PP nos três
grupos avaliados.
6.7.6 Componente dentoalveolar inferior
Os incisivos inferiores inclinaram significantemente para vestibular nos
pacientes tratados ortopedicamente, sendo que no Grupo MARA esta alteração foi
maior que no Grupo Bionator (Tabela 7 e Figura 44).
O aparelho MARA é utilizado com um arco lingual para estabilizar os
molares inferiores. Como a resultante da força aplicada é para anterior, os efeitos de
mesialização dos molares são refletidos em sua maioria nos incisivos. Desta forma,
ocorre a vestibularização destes dentes. Gönner, et al. (2007) observaram uma
inclinação vestibular de 3,6°, em adolescentes, e de 4,5°, em adultos, tratados com o
aparelho MARA.
Neves (2007) e Lima (2007), encontraram uma vestibularização de 2,6°
dos incisivos ao final do tratamento com o aparelho Jasper Jumper. Porém, como foi
salientado pelas autoras, uma maior vestibularização deve ter ocorrido no incisivos
inferiores durante a fase de uso do Jasper Jumper. Posteriormente, após removido o
Jasper Jumper e durante a fase de finalização, pode ter ocorrido uma lingualização
destes dentes, tanto pela tendência natural de recidiva, quanto pela aplicação de
torque lingual de coroa inserido na região ântero-inferior do arco retangular.
Avaliando os efeitos do aparelho Herbst na dentadura mista, Almeida et
al. (2006) encontraram um vestibularização significante dos incisivos inferiores,
mostrada pelo aumento de 5° no valor do IMPA. Pancherz; Hansen (1988)
138
Discussão
compararam cinco tipos de ancoragem inferior do aparelho de Herbst e concluíram
que nenhum foi eficaz no controle da vestibularização dos incisivos inferiores,
porém, Ruf; Hansen; Pancherz (1998), relataram que apesar da grande
vestibularização dos incisivos inferiores, não se observa recessões gengivais ao
término do tratamento, concordando com outros autores que afirmam que a maior
inclinação encontrada não foi demonstrada como prejudicial. (ALLAIS; MELSEN,
2003; ARTUN; GROBETY, 2001).
No uso do Bionator, a protrusão mandibular resulta em uma força
mesial nos incisivos inferiores. Assim, o recobrimento dos incisivos inferiores com
acrílico não preveniu a vestibularização destes dentes. (BOLMGREN; MOSHIRI,
1986). Porém, foi uma inclinação menor que a observada no Grupo MARA. Mesmo
assim, deve-se ter cautela em utilizar o Bionator em pacientes que apresentam
incisivos inferiores vestibularizados antes do início do tratamento.
5,39
2,1
0,43
6,6
3,48
0,62
1,83
1,32
0,1
1,21
0,59
-0,23
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
IMPA 1.NB 1-NB 1-Pogperp
MARA
Bionator
Controle
Figura 44 – Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas que avaliam a inclinação e o
posicionamento sagital dos incisivos, nos três grupos avaliados.
Como o aparelho de Herbst é dentossuportado, promove grandes
alterações no componente dentoalveolar. De acordo com os trabalhos de Pancherz
(1979, 1985), os incisivos superiores não apresentaram alterações significantes em
sua posição, por outro lado, os incisivos inferiores apresentam uma tendência a
vestibularização (CROFT, et al., 1999; MCNAMARA, et al., 1990; NAHÁS, 2004;
PANCHERZ, 1979, 1985; PANCHERZ, et al., 1997).
Discussão
139
Avaliando a alteração do posicionamento vertical dos incisivos
inferiores (Figura 45), observa-se que houve uma significante restrição do seu
desenvolvimento no Grupo MARA. Os Grupos Bionator e Controle apresentaram
semelhanças estatísticas nesta alteração. A presença do arco lingual no Grupo
MARA e conseqüente vestibularização dos incisivos podem ter mascarado o
desenvolvimento vertical destes dentes, uma vez que a variável 1-GoMe é avaliada
a partir da borda incisal até o plano mandibular. No Grupo Bionator, a presença do
recobrimento de acrílico parece ter sido eficiente em restringir o desenvolvimento
vertical dos incisivos inferiores, o que contribuiu para a correção do trespasse
vertical.
-0,17
0,57
0,86
0,48
1,01
0,61
1,04
0,72
-0,42
1,00
-0,29
-0,42
-0,6
-0,4
-0,2
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1-GoMe 6-GoMe 6-Pogperp 6.GoMe
MARA
Bionator
Controle
Figura 45 – Valores médios das alterações das variáveis 1-GoMe, 6-GoMe, 6-Pogperp e 6.GoMe,
nos três grupos avaliados.
Nos molares inferiores, o Grupo Bionator apresentou maior
desenvolvimento vertical que os outros grupos (Figura 45), porém não houve
significância estatística (Tabela 10). Além disso, observou-se uma mesialização
estatisticamente maior nos grupos experimentais que no Controle. Na correção da
má oclusão de Classe II é desejável que os molares movimentem-se para mesial.
Este efeito de mesialização dos molares é observado em vários estudos.
(MCNAMARA, et al., 1990; PANCHERZ, 1979, 1985; VALANT; SINCLAIR, 1989).
A inclinação mésio-distal dos molares também foi investigada para
saber se a mesialização dos molares foi um movimento de corpo ou se foi inclinação
do longo eixo, porém, apesar de o Grupo MARA apresentar uma maior inclinação
em relação aos outros grupos, não houve diferença estatisticamente significante.
140
Discussão
Provavelmente devido à grande variabilidade individual da amostra, evidenciada
pelo desvio-padrão aumentado.
6.7.7 Relações dentárias
Os trespasses horizontal e vertical foram significantemente reduzidos
pelo uso dos aparelhos avaliados quando comparados ao Grupo Controle (Figura
46). Além disso, a relação molar apresentou uma melhora significante nos grupos
experimentais. No entanto, o Grupo MARA mostrou uma maior correção do
trespasse vertical e da relação molar em relação ao Grupo Bionator. Provavelmente,
a acentuada vestibularização ocorrida nos incisivos inferiores do Grupo MARA foi
resultante da maior correção da relação molar e também contribuiu para diminuir de
forma mais intensa o trespasse vertical em relação ao Grupo Bionator.
-5,46
-4,08
0,07
-2,87
-1,55
0,3
5,41
3,16
0,22
-6
-4
-2
0
2
4
6
TH TV Rel. molar
MARA
Bionator
Controle
Figura 46 – Valores médios das alterações das variáveis cefalométricas que avaliam as relações
dentárias, nos três grupos avaliados.
6.7.8 Percentual das alterações dentoesqueléticas produzidas pelo aparelho
MARA na correção da Classe II
A correção da Classe II proporcionada pelo aparelho MARA foi
decorrente de alterações dentárias e esqueléticas. No organograma a seguir (Figura
47), encontra-se o percentual das alterações dentoesqueléticas relacionadas à
correção da relação molar, sem o efeito do crescimento (PANGRAZIO-KULBERSH,
V., et al., 2003). Como foi mostrado na Tabela 10 e na Figura 37, a maxila do Grupo
MARA cresceu apenas 0,82mm, em média, enquanto que o Grupo Controle
Discussão
141
apresentou um aumento de 2,41mm no comprimento maxilar. A diferença de
1,59mm entre os dois grupos representa a quantidade que a maxila deixou de
crescer pela ação do aparelho. Na mandíbula, ocorreu um aumento no comprimento
efetivo de 4,23mm no Grupo MARA (Figura 38), enquanto que no Grupo Controle, o
aumento foi de 3,77mm. Portanto, o MARA promoveu um crescimento mandibular
de 0,46mm além do Controle. Estes valores das alterações esqueléticas foram
expostos no organograma, considerando-se até a primeira casa decimal. Sendo
assim, a quantidade de 1,6mm e 0,5mm de alteração da maxila e mandíbula,
respectivamente, foram responsáveis por uma alteração esquelética de, em média,
2,1mm, representando 39% da correção da relação molar, que foi de 5,4mm no total.
Correção da relação
molar
5,4mm (100%)
Esquelética
2,1mm
39%
Dentária
3,3mm
61%
Maxila
1,6mm
76%
Mandíbula
0,5mm
24%
Maxila
1,8mm
55%
Mandíbula
1,5mm
45%
Figura 47 – Percentual das alterações dentoesqueléticas na correção de Classe II.
Com relação às alterações dentárias, observou-se na Tabela 10 e nas
Figuras 43 e 45 que o molar superior distalizou 1,79mm no Grupo MARA, enquanto
que no Controle, o molar superior mesializou 0,05m, refletindo em uma diferença de
1,84mm de deslocamento distal da coroa do molar superior (1,8mm). No arco
inferior, o molar mesializou 1,04mm com o aparelho MARA, enquanto que o Controle
apresentou 0,42mm de deslocamento distal do molar inferior. Sendo assim, o
tratamento com este aparelho totalizou uma movimentação do molar de 1,46mm
para mesial (1,5mm). O somatório das alterações dentárias maxilares (1,8mm) e
mandibulares (1,5mm) totalizou um valor de 3,3mm, que corresponde a 61% das
alterações.
Sendo assim, a má oclusão de Classe II foi corrigida por 39% de
alterações esqueléticas e 61% de alterações dentárias. O tratamento com o
142
Discussão
aparelho Herbst na dentadura mista proporcionou 27% de alterações esqueléticas e
73%, dentárias (ALMEIDA, et al., 2006), concordando também com vários estudos
de ortopedia funcional, que encontraram alterações predominantemente dentárias
na correção da Classe II. (BISHARA; ZIAJA, 1989; HIRZEL; GREWE, 1974;
WEILAND; BANTLEON, 1995; WOODSIDE, et al., 1987). Por outro lado, uma
equilibrada relação de alterações esqueléticas (47%) e dentárias (53%) foram
encontradas por Pangrazio-Kulbersh (2003) na correção de 5,8mm da relação molar
de Classe II, utilizando o aparelho MARA.
6.8 Considerações clínicas
O tratamento da má oclusão de Classe II tem sido intensamente
discutido na literatura. Diversas são as formas de correção propostas e a cada dia
surgem novos aparelhos para esta finalidade. Torna-se necessário conhecer as
características, o modo de ação e os efeitos desses aparelhos para aplicá-los de
forma mais apropriada nos diferentes casos de Classe II. (BARROS, 2004).
De acordo com os resultados apresentados neste estudo, ambos os
protocolos de tratamento avaliados foram efetivos na correção da má oclusão
Classe II, 1ª divisão, promovendo a melhora significante na relação
maxilomandibular e nas relações dentárias. Entretano, algumas diferenças nos
efeitos obtidos entre os dois tipos de aparelhos ortopédicos utilizados devem ser
consideradas.
Estas diferenças foram predominantemente dentárias. Dentre as
alterações esqueléticas, apenas a medida Wits foi diferente entre os dois protocolos
de tratamento, apresentando uma melhora na relação das bases ósseas mais
significante no tratamento com o aparelho MARA. Este aparelho também produziu
efeitos significantes nos molares superiores, em relação ao Bionator: distalização da
coroa dentária, restrição do desenvolvimento vertical e inclinação distal do longo
eixo dos molares. No arco inferior, o aparelho MARA promoveu uma vestibularização
significantemente maior nos incisivos que o Bionator, cujo recobrimento de acrílico
não impediu totalmente a inclinação do incisivo, porém permitiu um melhor controle
que o MARA. Provavelmente, esta acentuada vestibularização contribuiu para a
diminuição do valor de 1-GoMe, observada no tratamento com MARA. Visto que
Discussão
143
esta variável é medida a partir da borda incisal, se o dente inclina, esta medida é
consequentemente diminuída. Sendo assim, o desenvolvimento vertical dos incisivos
inferiores foi restringido pelo MARA, enquanto que o Bionator proporcionou um
desenvolvimento normal.
Quando o aparelho funcional é instalado, os incisivos superiores e
inferiores ficam de topo e assim impedem a erupção um do outro. Ao mesmo tempo
esta relação incisal abre a mordida posterior, favorecendo uma maior erupção dos
dentes posteriores. (GRABER, et al., 1999). Estes fatores somados proporcionam a
correção do trespasse vertical. No entanto, durante o tratamento com o aparelho
MARA, o que se observou em alguns casos, foi o aparecimento de um pequeno
trespasse horizontal positivo, eliminando a relação de topo dos incisivos. Especula-
se que a explicação para o surgimento deste pequeno trespasse seja a distalização
dos molares superiores. Esta distalização, por sua vez, é causada por uma força
reativa em direção distal conseqüente à protração mandibular. Como os molares
superiores não estavam conjugados ao resto do arco superior por um aparelho
ortodôntico fixo, e como a maioria dos pacientes não apresentava o segundo molar
irrompido, esta distalização era potencializada. Além disso, o movimento mesial do
molar inferior era ancorado por todos os dentes do arco inferior, favorecendo ainda
mais esta resultante de distalização do molar superior. Como conseqüência desta
distalização, a alça vertical, fixada à coroa de aço do molar superior e responsável
pelo avanço mandibular, era cada vez mais deslocada para distal, causando uma
redução deste avanço. Por isso, havia a necessidade de reativações com a inserção
de mais anéis espaçadores, sendo que o limite do avanço foi a sobrecorreção da
relação molar, ainda que persistisse um trespasse horizontal maior que o normal.
Esta persistência de um trespasse horizontal aumentado dificultava o controle do
desenvolvimento vertical dos incisivos. Desta forma, a utilização do aparelho MARA,
sem o aparelho ortodôntico fixo, pode dificultar a correção da sobremordida (Figura
48).
144
Discussão
Figura 48 – Tratamento da Classe II com o aparelho MARA sem o aparelho ortodôntico fixo
associado, ao início do tratamento (superior), na instalação do aparelho (meio) e ao final da
ortopedia (inferior).
Embora os aparelhos funcionais para Classe II sejam projetados para
estimular o crescimento mandibular, os efeitos esqueléticos decorrentes de seu uso
foram mais evidentes na maxila que na mandíbula, como observado neste. E,
apesar de apresentar estes efeitos esqueléticos, o tratamento ortopédico funcional
resulta predominantemente em efeitos dentários para a correção da Classe II.
(BISHARA; ZIAJA, 1989; HIRZEL; GREWE, 1974; WEILAND; BANTLEON, 1995;
WOODSIDE, et al., 1987). Por isso, a discrepância esquelética não deveria ser a
principal referência na escolha do aparelho e sim os efeitos causados pelos
aparelhos é que deveriam determinar esta escolha. (BARROS, 2004; JANSON, et
al., 2007). Daí a importância dos estudos que avaliam as alterações do tratamento
da Classe II por meio dos diversos aparelhos existentes.
Como visto, geralmente, os pequenos efeitos esqueléticos obtidos nem
sempre são condizentes com os propósitos de correção destes aparelhos, ou seja,
um aparelho funcional como o MARA, com o propósito de corrigir a Classe II por
meio do avanço mandibular, não produziu efeitos mandibulares significantes neste
estudo, corrigindo a má oclusão por meio de alterações predominantemente
dentárias. Além disso, já foi demonstrado que no período pós-tratamento ocorre uma
redução na taxa de crescimento (DEVINCENZO, 1991), fazendo com que, a longo
Discussão
145
prazo, os grupos experimental e controle se tornem semelhantes quanto às
alterações esqueléticas. Portanto, se os aparelhos ortopédicos não promovem a
normalização das discrepâncias esqueléticas, a indicação do protocolo de
tratamento da Classe II deveria recair sobre o tipo de movimentação dentária que
melhor fosse ao encontro das necessidades estéticas e do perfil do paciente,
independente da classificação do aparelho em ortopédico ou ortodôntico. (BARROS,
2004). Desta forma, os protocolos de tratamento para a correção da Classe II que
agem apenas na maxila, promovendo marcantes alterações dentárias no arco
superior, como o AEB, os distalizadores, e a extração de 2 pré-molares superiores,
deveriam ser evitados em pacientes cuja distalização acentuada do arco superior
comprometesse a estética e o perfil. Nestes casos, os aparelhos funcionais fixos ou
removíveis, ou os elásticos de Classe II, seriam mais indicados, pois as marcantes
alterações dentárias promovidas por estes dispositivos corrigem a má oclusão de
Classe II, distribuindo a quantidade de movimentação entre os arcos dentários
superior e inferior, o que leva a uma menor distalização do arco superior e,
consequentemente, menores alterações indesejáveis no perfil do paciente. Cabe
ainda ressaltar que dentre estes últimos protocolos para correção da Classe II, os
aparelhos funcionais fixos, como o MARA, trouxeram uma importante contribuição
clínica para a eficiência do tratamento da Classe II, pois assim como os elásticos
intermaxilares, podem ser utilizados em conjunto com os aparelhos fixos, porém
dispensam a colaboração do paciente.
Apesar de ser um dos aparelhos mais aceitos pelos pacientes, o
Bionator depende da motivação e cooperação do paciente em usar o aparelho.
(SERGL, KLAGES, ZENTNER, 2000). A dificuldade na fala e na mastigação são
fatores que podem levar o paciente a não usar o aparelho de acordo com a
recomendação. Desta maneira, torna-se clara a dependência da colaboração do
paciente para se obter sucesso do tratamento com o Bionator. (NEVES, 2007).
Diferentemente dos aparelhos removíveis, os dispositivos fixos minimizam a
necessidade de cooperação do paciente, e assim, encurta o tempo de tratamento.
(KÜÇÜKELLES, ILHAN, ORGUN, 2007).
Os tratamentos da Classe II com aparelhos funcionais não estão
totalmente livres de problemas, mas o aparelho MARA apresenta uma boa
proporção de sucesso, com poucos problemas clínicos de quebras do aparelho, de
146
Discussão
colaboração do paciente e de ajustes necessários. (ECKHART; WHITE, 2003).
Desta forma, as maiores vantagens deste aparelho são: a maior liberdade de
movimentos para a mandíbula, já que não está conectada permanentemente com a
maxila; o paciente tem uma grande amplitude dos movimentos; a confecção pode
ser feita totalmente em laboratório; e o aparelho é fixo, não podendo ser removido
pelo paciente. (ECKHART; WHITE, 2003; RONDEAU, 2002). Porém, como qualquer
outro aparelho, existem algumas desvantagens com o MARA, que são: o alto custo
e a intolerância ao aparelho por alguns pacientes, principalmente os mais novos,
que ainda apresentam uma área retromolar pequena, devido à fase do
desenvolvimento. (ECKHART; WHITE, 2003).
Conclusões
147
7 CONCLUSÕES
Com base na metodologia utilizada e nos resultados obtidos, pôde-se
concluir que:
7.1 Ambos os aparelhos promoveram a retrusão maxilar e restringiram o
crescimento da maxila;
7.2 O tratamento ortopédico por meio dos aparelhos MARA e Bionator não propiciou
alterações significantes no posicionamento e crescimento mandibular;
7.3 Houve melhora significante da relação maxilomandibular proporcionada pelos
dois aparelhos.
7.4 Houve uma tendência de alteração do padrão de crescimento nos grupos
experimentais, com aumento do vetor vertical de crescimento. Os aparelhos
funcionais promoveram um aumento significante da altura facial ântero-inferior e
uma inclinação anti-horária do plano oclusal funcional;
7.5 Os incisivos superiores foram inclinados para lingual e retruídos nos grupos
experimentais. Os molares superiores apresentaram uma distalização maior nos
grupos tratados, sendo que esta distalização foi maior no Grupo MARA, o qual
também apresentou maior restrição do desenvolvimento vertical e inclinação distal
dos molares em relação aos Grupos Bionator e Controle;
7.6 Os incisivos inferiores inclinaram para vestibular e protruíram nos grupos
tratados, sendo que o aparelho MARA promoveu maior inclinação com conseqüente
restrição do desenvolvimento vertical destes dentes. Os molares inferiores
apresentaram maior inclinação mesial nos grupos experimentais;
7.7 Ambos os aparelhos promoveram uma melhora significante nas relações
dentárias (trespasses horizontal e vertical e relação molar), sendo que a correção do
trespasse vertical e da relação molar foi maior no Grupo MARA.
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Apêndice
163
A
PÊNDICE
APÊNDICE A – Características individuais dos pacientes do Grupo MARA considerando
gênero, idades inicial e final, tempo de tratamento e a severidade da má oclusão inicial
avaliada nos modelos de gesso (trespasse horizontal, relação molar e relação dos caninos).
Pacientes Gênero
Idade
inicial
Idade
final
Tempo
de trat.
TH
Relação
molar*
Relação
canino*
1 B.E.G.S. F 10,94 11,92 0,98 8,3 1/2 Cl II 1/2 Cl II
2 B.M.C. F 11,63 12,72 1,09 8,0 Cl II Completa 3/4 Cl II
3 B.Z.G.V. F 10,33 11,61 1,28 7,5 1/2 Cl II 3/4 Cl II
4 B.V.C.C. M 10,77 11,77 1,00 11,7 Cl II Completa Cl II Completa
5 C.H.S.M. M 13,21 14,57 1,36 7,4 3/4 Cl II 1/2 Cl II
6 F.M.M.M. F 12,28 13,33 1,05 8,9 Cl II Completa 3/4 Cl II
7 G.C.S. F 13,84 14,99 1,16 7,4 3/4 Cl II 3/4 Cl II
8 G.A.B. M 11,29 12,28 0,99 8,2 Cl II Completa Cl II Completa
9 G.A.N. M 12,12 13,20 1,08 13,0 Cl II Completa Cl II Completa
10 H.Z.P. M 12,35 13,68 1,33 8,9 Cl II Completa 3/4 Cl II
11 I.S.V. M 13,07 14,25 1,18 4,8 1/2 Cl II 1/4 Cl II
12 J.C.D. M 15,00 16,00 1,00 6,4 3/4 Cl II 1/2 Cl II
13 L.H.S. M 12,84 13,67 0,83 6,2 Cl II Completa Cl II Completa
14 L.E.C. M 11,82 12,83 1,01 6,5 1/2 Cl II 1/2 Cl II
15 L.R.J. M 11,15 12,28 1,13 7,9 3/4 Cl II 1/2 Cl II
16 M.P.M. M 13,54 14,56 1,02 9,7 Cl II Completa 3/4 Cl II
17 M.G.R.M. M 11,38 12,58 1,20 8,7 Cl II Completa Cl II Completa
18 M.G.M. F 10,30 11,59 1,29 10,0 3/4 Cl II 3/4 Cl II
19 P.B.L. F 10,80 11,64 0,84 5,3 3/4 Cl II 3/4 Cl II
20 P.H.P.B. M 12,01 13,22 1,21 9,9 Cl II Completa Cl II Completa
21 R.O.M. M 11,32 12,40 1,08 9,2 3/4 Cl II 1/2 Cl II
22 V.H.Z.M. M 11,89 13,13 1,24 9,1 Cl II Completa 3/4 Cl II
* Considerou-se a avaliação do lado mais severo.
164
Apêndice
APÊNDICE B – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
SNA
1
SNA
2
SNA
2-1
A-Nperp
1
A-Nperp
2
A-Nperp
2-1
Co-A
1
Co-A
2
Co-A
2-1
1 B.E.G.S. 76,5 75,7 -0,8 -2,3 -2,6 -0,3 83 82,2 -0,8
2 B.M.C. 84,9 84,8 -0,1 4,1 4,5 0,4 80,6 80,8 0,2
3 B.Z.G.V. 78,1 77,1 -1 -0,5 -2,6 -2,1 80,3 78,8 -1,5
4 B.V.C.C. 82 79,8 -2,2 1,8 0 -1,8 84,8 82,8 -2
5 C.H.S.M. 82,4 81,9 -0,5 0,7 2 1,3 86,9 91 4,1
6 F.M.M.M. 82,8 83,6 0,8 1,8 1,6 -0,2 83,3 83,6 0,3
7 G.C.S. 82,9 82 -0,9 1,2 0,2 -1 86,4 85,6 -0,8
8 G.A.B. 80,7 79,1 -1,6 3,6 3,5 -0,1 87,8 87,4 -0,4
9 G.A.N. 82,5 82,4 -0,1 5,2 4,6 -0,6 85 86,3 1,3
10 H.Z.P. 79 78,7 -0,3 -4,1 -4,7 -0,6 86 86,3 0,3
11 I.S.V. 81,3 79,9 -1,4 1,8 0 -1,8 87,9 88,8 0,9
12 J.C.D. 84,5 83,6 -0,9 1,3 1,1 -0,2 95,6 96,8 1,2
13 L.H.S. 77,3 75,7 -1,6 -0,5 -1,7 -1,2 84,3 84,4 0,1
14 L.E.C. 76,9 77,8 0,9 -3,3 -2 1,3 85 87,4 2,4
15 L.R.J. 85,5 84,9 -0,6 4,3 4,4 0,1 86,7 88,6 1,9
16 M.P.M. 74,6 73,9 -0,7 -3,7 -6,3 -2,6 82,4 85,1 2,7
17 M.G.R.M. 81 79 -2 2,1 1 -1,1 87,7 88,4 1,1
18 M.G.M. 84,3 83,5 -0,8 1,9 2 0,1 76,2 77,6 1,4
19 P.B.L. 85 85,2 0,2 5,5 5,2 -0,3 82,4 83,7 1,3
20 P.H.P.B. 80,3 80,8 0,5 3,9 4,2 0,3 90,3 91,4 1,1
21 R.O.M. 80,1 80,7 0,6 -0,4 0,6 1 83,4 86,8 3,4
22 V.H.Z.M. 82 80,5 -1,5 2,1 0,9 -1,2 86,7 86,6 -0,1
Apêndice
165
APÊNDICE C – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
SNB
1
SNB
2
SNB
2-1
P-Nperp
1
P-Nperp
2
P-Nperp
2-1
Co-Gn
1
Co-Gn
2
Co-Gn
2-1
1 B.E.G.S. 71,5 71,8 0,3 -11,4 -10,6 0,8 104,8 107,1 2,3
2 B.M.C. 77,9 79,1 1,2 -3,1 0,6 3,7 102,4 107,1 4,7
3 B.Z.G.V. 72 73,3 1,3 -9,3 -9,1 0,2 99,3 101,5 2,2
4 B.V.C.C. 76 75,8 -0,2 -5,5 -6,4 -0,9 104,7 107,3 2,6
5 C.H.S.M. 77,1 77,8 0,7 -7,5 -3,3 4,2 110,5 118,3 7,8
6 F.M.M.M. 77,4 79,6 2,2 -3,6 -2,3 1,3 103,9 107,8 3,9
7 G.C.S. 76,8 76,5 -0,3 -8 -9 -1 107,3 109,4 2,1
8 G.A.B. 75,6 76,2 0,6 -1,1 1,4 2,5 108,3 111,9 3,6
9 G.A.N. 77,1 78,2 1,1 2,1 4 1,9 110,8 113,6 2,8
10 H.Z.P. 72,5 72,8 0,3 -18,2 -18,2 0 104,2 106,9 2,7
11 I.S.V. 75,9 76,2 0,3 -4 -4,4 -0,4 107,6 113,2 5,6
12 J.C.D. 81,3 82,4 1,1 0 2,9 2,9 120,4 124,5 4,1
13 L.H.S. 73,7 72,6 -1,1 -4,9 -7,9 -3 102,7 105,5 2,8
14 L.E.C. 70,6 71,8 1,2 -17,2 -13,6 3,6 100,3 104,7 4,4
15 L.R.J. 80,9 81,3 0,4 3,6 5,9 2,3 105,7 110,7 5
16 M.P.M. 72,5 73,7 1,2 -9,1 -9,1 0 104,4 111,3 6,9
17 M.G.R.M. 76,8 79 2,2 0,1 0,7 0,6 112,2 117,5 5,3
18 M.G.M. 77,6 77,9 0,3 -6,6 -5,1 1,5 93,1 97,3 4,2
19 P.B.L. 78,7 79,2 0,5 0,3 1,2 0,9 103,4 105,5 2,1
20 P.H.P.B. 75,6 78,1 2,5 -0,6 4,5 5,1 107 113,1 6,1
21 R.O.M. 75,1 76,4 1,3 -6,9 -4,1 2,8 101,6 109,6 8
22 V.H.Z.M. 77 77,8 0,8 -2,2 -1,2 1 107,3 111,3 4
166
Apêndice
APÊNDICE D – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
Go-Gn
1
Go-Gn
2
Go-Gn
2-1
Co-Go
1
Co-Go
2
Co-Go
2-1
ANB
1
ANB
2
ANB
2-1
1 B.E.G.S. 70,6 71,7 1,1 45,3 46,2 0,9 4,9 3,9 -1
2 B.M.C. 67,5 69,1 1,6 49,3 52,2 2,9 7 5,6 -1,4
3 B.Z.G.V. 64 67,5 3,5 46,6 47,1 0,5 6,1 3,7 -2,4
4 B.V.C.C. 66,3 68,1 1,8 54,5 55,5 1 6 4 -2
5 C.H.S.M. 73,7 77,1 3,4 50,5 58,3 7,8 5,4 4,1 -1,3
6 F.M.M.M. 66,5 67,8 1,3 52,8 55,2 2,4 5,4 4 -1,4
7 G.C.S. 71,7 76,5 4,8 52,6 52,6 0 6,1 5,5 -0,6
8 G.A.B. 72,9 74,1 1,2 49,7 52 2,3 5,1 2,9 -2,2
9 G.A.N. 70,5 71,3 0,8 57,3 59,5 2,2 5,4 4,2 -1,2
10 H.Z.P. 70,5 72,6 2,1 50 51,9 1,9 6,5 5,9 -0,6
11 I.S.V. 69,9 72,6 2,7 55,8 59,1 3,3 5,4 3,7 -1,7
12 J.C.D. 79,7 81,8 2,1 61,5 63,5 2 3,2 1,1 -2,1
13 L.H.S. 69,5 70,9 1,4 47,3 49,6 2,3 3,6 3,1 -0,5
14 L.E.C. 66,3 69,7 3,4 48,4 49,8 1,4 6,3 6 -0,3
15 L.R.J. 75,4 77,8 2,4 52,6 56,1 3,5 4,5 3,5 -1
16 M.P.M. 69,6 72 2,4 51 56,4 5,4 2,1 0,2 -1,9
17 M.G.R.M. 71,9 75,3 3,4 57,7 60,2 2,5 4,2 0 -4,2
18 M.G.M. 65,4 66,4 1 41,1 43,5 2,4 6,7 5,6 -1,1
19 P.B.L. 67,7 69,1 1,4 48,9 49,2 0,3 6,3 6 -0,3
20 P.H.P.B. 74 75,1 1,1 46,8 51,8 5 4,7 2,7 -2
21 R.O.M. 67,8 71,8 4 49,6 54,9 5,3 5,1 4,3 -0,8
22 V.H.Z.M. 74,5 77,1 2,6 50,4 51,9 1,5 5 2,6 -2,4
Apêndice
167
APÊNDICE E – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
Wits
1
Wits
2
Wits
2-1
NAP
1
NAP
2
NAP
2-1
CoA/CoGn
1
CoA/CoGn
2
CoA/CoGn
2-1
1 B.E.G.S. 2,3 -2,2 -4,5 7,9 5,8 -2,1 79,2 76,8 -2,4
2 B.M.C. 4,5 1,4 -3,1 13 9,9 -3,1 78,7 75,4 -3,3
3 B.Z.G.V. 5 0,7 -4,3 10,1 5,1 -5 80,8 77,6 -3,2
4 B.V.C.C. 6,4 1,3 -5,1 12 8,1 -3,9 80,9 77,2 -3,7
5 C.H.S.M. 1,7 -0,1 -1,8 9,7 7,5 -2,2 78,6 76,9 -1,7
6 F.M.M.M. 5,7 1,2 -4,5 8,7 6,3 -2,4 80,2 77,6 -2,6
7 G.C.S. 2,5 -0,7 -3,2 11,6 10,3 -1,3 80,6 78,2 -2,4
8 G.A.B. 6,3 1,2 -5,1 9,2 5,6 -3,6 81 78,1 -2,9
9 G.A.N. 8,6 4,2 -4,4 7,4 6,1 -1,3 76,7 76 -0,7
10 H.Z.P. 6,9 3 -3,9 10,6 10,3 -0,3 82,5 80,7 -1,8
11 I.S.V. 3,1 0,1 -3 9,2 5,2 -4 81,7 78,4 -3,3
12 J.C.D. 3 0,3 -2,7 3,1 -1 -4,1 79,4 77,7 -1,7
13 L.H.S. 3,3 2,9 -0,4 5,6 3,3 -2,3 82,1 80 -2,1
14 L.E.C. 4,5 4,3 -0,2 12,7 11,8 -0,9 84,8 83,5 -1,3
15 L.R.J. 3,9 1,8 -2,1 7,2 3,5 -3,7 82 80 -2
16 M.P.M. 2,5 -1,7 -4,2 -0,1 -3,5 -3,4 78,9 76,5 -2,4
17 M.G.R.M. 1,2 -1,8 -3,5 3,7 0 -2,8 78,2 75,2 -2,5
18 M.G.M. 3,1 -0,2 -3,3 14 11,5 -2,5 81,8 79,8 -2
19 P.B.L. -0,3 -0,7 -0,4 13,7 12,4 -1,3 79,7 79,3 -0,4
20 P.H.P.B. 4,4 0,2 -4,2 8,4 4,6 -3,8 84,4 80,9 -3,5
21 R.O.M. 4,7 2,3 -2,4 7,7 6,3 -1,4 82 81,3 -0,7
22 V.H.Z.M. 6,1 3,1 -3 7 2,7 -4,3 80,8 77,8 -3
168
Apêndice
APÊNDICE F – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
FMA
1
FMA
2
FMA
2-1
SN.GoGn
1
SN.GoGn
2
SN.GoGn
2-1
SNGn
1
SNGn
2
SNGn
2-1
1 B.E.G.S. 32,4 33,3 0,9 41,4 43 1,6 74,7 75,5 0,8
2 B.M.C. 27 26,8 -0,2 34,1 34,6 0,5 70,4 70,4 0
3 B.Z.G.V. 28,6 28,7 0,1 37,5 36,7 -0,8 70,2 69,5 -0,7
4 B.V.C.C. 23,4 24,5 1,1 30,7 33,3 2,6 70,1 71,2 1,1
5 C.H.S.M. 28,3 26,5 -1,8 34,5 32,6 -1,9 68,5 69,2 0,7
6 F.M.M.M. 22 23,8 1,8 29,1 29,6 0,5 67 66,9 -0,1
7 G.C.S. 25,6 28,2 2,6 31,4 33,9 2,5 69,9 70,9 1
8 G.A.B. 22,8 22,8 0 33,3 35,2 1,9 69,5 70,4 0,9
9 G.A.N. 21 20,3 -0,7 30,4 29,7 -0,7 68,7 67,8 -0,9
10 H.Z.P. 27,5 28,8 1,3 31,7 32,6 0,9 69,6 70,6 1
11 I.S.V. 19,7 20,9 1,2 27,7 28,5 0,8 66,2 67 0,8
12 J.C.D. 17,9 16,3 -1,6 21,5 21 -0,5 63,2 62,6 -0,6
13 L.H.S. 23,2 24,6 1,4 32,5 33,7 1,2 68,8 69,9 1,1
14 L.E.C. 27,5 27,8 0,3 34,6 35 0,4 71 70,2 -0,8
15 L.R.J. 24,1 23,9 -0,2 21,9 21,3 -0,6 61,3 61,8 0,5
16 M.P.M. 24,2 24,8 0,6 30,2 30 -0,2 69,3 70,2 0,9
17 M.G.R.M. 18 20 2 28,9 29,9 1 67,6 67,8 0,2
18 M.G.M. 27 29,6 2,6 33,8 35 1,2 68,4 69,1 0,7
19 P.B.L. 26,2 26,5 0,3 35,7 34,9 -0,8 70,8 70,6 -0,2
20 P.H.P.B. 20 21,5 1,5 31,2 31,8 0,6 66 66,5 0,5
21 R.O.M. 21,8 20,7 -1,1 28,7 27,9 -0,8 67,7 67,2 -0,5
22 V.H.Z.M. 19,7 20 0,3 27,7 28,3 0,6 65,7 66,4 0,7
Apêndice
169
APÊNDICE G – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
SN.POF
1
SN.POF
2
SN.POF
2-1
PP.GoGn
1
PP.GoGn
2
PP.GoGn
2-1
AFAI
1
AFAI
2
AFAI
2-1
1 B.E.G.S. 29,1 24 -5,1 32,7 33,9 1,2 62,7 64,6 1,9
2 B.M.C. 19,9 18,7 -1,2 29,3 31,4 2,1 63,1 67,4 4,3
3 B.Z.G.V. 19,1 19,8 0,7 29,4 27 -2,4 59,7 60,4 0,7
4 B.V.C.C. 18,2 20,1 1,9 22,2 23 0,8 61,1 64,2 3,1
5 C.H.S.M. 19,1 17,4 -1,7 25,6 21,8 -3,8 63,2 66,4 3,2
6 F.M.M.M. 14,8 8,6 -6,2 19,2 21,2 2 56,1 59,6 3,5
7 G.C.S. 21,3 20 -1,3 25 27,3 2,3 66,7 68,9 2,2
8 G.A.B. 16,6 13,3 -3,3 26,5 26,1 -0,4 60,1 60,4 0,3
9 G.A.N. 16,4 10,9 -5,5 31,6 28,4 -3,2 68,9 68,9 0
10 H.Z.P. 22,3 22,4 0,1 26,3 27 0,7 64,4 67,1 2,7
11 I.S.V. 19,9 19,2 -0,7 14,9 16,1 1,2 57,8 62,3 4,5
12 J.C.D. 16,4 8,8 -7,6 21,1 21,3 0,2 66,2 67,7 1,5
13 L.H.S. 17,3 11,8 -5,5 18,4 19,3 0,9 54,6 57,3 2,7
14 L.E.C. 31,1 18,9 -12,2 27,1 27,8 0,7 65,7 66,7 1
15 L.R.J. 16,6 8,8 -7,8 20 19,9 -0,1 58,4 60,8 2,4
16 M.P.M. 24,5 20,1 -4,4 16,3 16,8 0,5 61,6 64,1 2,5
17 M.G.R.M. 20,6 12,1 -8,5 20,8 20,7 -0,1 59,4 64,8 5,4
18 M.G.M. 27,7 24 -3,7 27,1 28,6 1,5 55,8 58,2 2,4
19 P.B.L. 21,8 20,7 -1,1 25,2 25,1 -0,1 58,5 60,7 2,2
20 P.H.P.B. 19,7 10,3 -9,4 23,4 21,2 -2,2 56,9 60,9 4
21 R.O.M. 22,1 15,8 -6,3 22,4 19,8 -2,6 60,7 62,3 1,6
22 V.H.Z.M. 16,8 6,2 -10,6 22,7 24,1 1,4 62,1 66,3 4,2
170
Apêndice
APÊNDICE H – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
S-Go
1
S-Go
2
S-Go
2-1
1.PP
1
1.PP
2
1.PP
2-1
1.NA
1
1.NA
2
1.NA
2-1
1 B.E.G.S. 62 63,1 1,1 113,9 110,3 -3,6 28,7 25,5 -3,2
2 B.M.C. 66,4 70,1 3,7 110,8 110,2 -0,6 21,1 22,2 1,1
3 B.Z.G.V. 61,7 64,1 2,4 114,3 112,7 -1,6 28,1 25,9 -2,2
4 B.V.C.C. 74 75,9 1,9 113,6 108 -5,6 23,2 17,9 -5,3
5 C.H.S.M. 68,2 75,6 7,4 112,8 111,8 -1 21,5 19 -2,5
6 F.M.M.M. 69,7 72,8 3,1 122,4 114,3 -8,1 29,6 22,3 -7,3
7 G.C.S. 73,5 73,9 0,4 108,5 106,8 -1,7 19,2 18,2 -1
8 G.A.B. 67,1 68,6 1,5 111,2 110,7 -0,5 23,7 22,6 -1,1
9 G.A.N. 73,3 74,8 1,5 117,9 109,4 -8,5 36,7 25,6 -11,1
10 H.Z.P. 70,6 72,4 1,8 110,5 105,7 -4,8 26,1 21,4 -4,7
11 I.S.V. 72 77,2 5,2 112,2 111,6 -0,6 18,1 19,4 1,3
12 J.C.D. 84,2 86,5 2,3 114 107 -7 29,2 23,6 -5,6
13 L.H.S. 66,3 67 0,7 117 111,4 -5,6 25,7 21,3 -4,4
14 L.E.C. 68,8 70,6 1,8 105,4 105,5 0,1 21 20,4 -0,6
15 L.R.J. 70,7 75,1 4,4 115,2 109,3 -5,9 27,9 23 -4,9
16 M.P.M. 71,2 77,1 5,9 124,2 116,2 -8 35,8 29,1 -6,7
17 M.G.R.M. 73,5 77,4 3,9 115,1 112,9 -2,2 27 25 -2,8
18 M.G.M. 60,3 62,7 2,4 122,9 110,1 -12,8 31,9 20,2 -11,7
19 P.B.L. 64,6 67,5 2,9 114,7 115 0,3 19,1 20 0,9
20 P.H.P.B. 64,6 70,9 6,3 111,3 112,8 1,5 23,2 21,4 -1,8
21 R.O.M. 70,4 74,3 3,9 112,5 115,9 3,4 26 27,1 1,1
22 V.H.Z.M. 72,3 76,3 4 112,2 109,2 -3 25,2 24,6 -0,6
Apêndice
171
APÊNDICE I – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
1-NA
1
1-NA
2
1-NA
2-1
1-ENAperp
1
1-ENAperp
2
1-ENAperp
2-1
1-PP
1
1-PP
2
1-PP
2-1
1 B.E.G.S. 6,7 6,2 -0,5 3 2 -1 30,1 31,1 1
2 B.M.C. 4 4,1 0,1 2 1,5 -0,5 27,1 27,6 0,5
3 B.Z.G.V. 5,4 5,3 -0,1 1,5 2 0,5 25,1 26,3 1,2
4 B.V.C.C. 3 1,8 -1,2 -0,5 -1,8 -1,3 27,1 29,4 2,3
5 C.H.S.M. 6 5 -1 5,1 4,1 -1 29,2 29 -0,2
6 F.M.M.M. 6 3,9 -2,1 1,8 0,8 -1 24 26,1 2,1
7 G.C.S. 3,4 3,2 -0,2 -1,5 -1,7 -0,2 31,4 31,9 0,5
8 G.A.B. 6,9 6,9 0 4,1 4,2 0,1 27,5 26,8 -0,7
9 G.A.N. 12,3 8,4 -3,9 1 -1 -2 31,2 32 0,8
10 H.Z.P. 6 3,7 -2,3 -0,3 -1,4 -1,1 28,1 30 1,9
11 I.S.V. 1,3 3 1,7 -1,4 -2,2 -0,8 24,1 25,5 1,4
12 J.C.D. 7 5,3 -1,7 1,2 -1 -2,2 29,5 31,5 2
13 L.H.S. 4,9 4,4 -0,5 0,4 -1,3 -1,7 22,9 24,2 1,3
14 L.E.C. 3,8 2,1 -1,7 -2,1 -2,6 -0,5 30,4 30,5 0,1
15 L.R.J. 5 4,3 -0,7 0,8 0,4 -0,4 26,5 28,2 1,7
16 M.P.M. 8,4 6,1 -2,3 4,2 1 -3,2 25,2 26,4 1,2
17 M.G.R.M. 7 7 -1 4 4,9 0,9 27,2 28,5 1,3
18 M.G.M. 7,4 4,5 -2,9 4,3 1,1 -3,2 24 26,5 2,5
19 P.B.L. 4,6 4,6 0 3,8 2,5 -1,3 24,4 25 0,6
20 P.H.P.B. 5,5 4,5 -1 1,4 1,5 0,1 27,1 25,6 -1,5
21 R.O.M. 5,7 5,8 0,1 0,3 1,5 1,2 28,5 29,4 0,9
22 V.H.Z.M. 5,4 6,8 1,4 0,4 1,1 0,7 28 30,1 2,1
172
Apêndice
APÊNDICE J – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
6-ENAperp
1
6-ENAperp
2
6-ENAperp
2-1
6-PP
1
6-PP
2
6-PP
2-1
6.PP
1
6.PP
2
6.PP
2-1
1 B.E.G.S. -27,7 -29,2 -1,5 21 19,9 -1,1 72,5 66 -6,5
2 B.M.C. -26,3 -28,6 -2,3 22,6 22,8 0,2 75 62,9 -12,1
3 B.Z.G.V. -29,1 -29,5 -0,4 19,4 20,3 0,9 70,5 66,5 -4
4 B.V.C.C. -31,3 -33,8 -2,5 22 21,7 -0,3 77,1 65,9 -11,2
5 C.H.S.M. -26 -27,9 -1,9 22 22,5 0,5 76,2 70 -6,2
6 F.M.M.M. -30,7 -32,8 -2,1 20,9 20 -0,9 80,8 72,5 -8,3
7 G.C.S. -30,8 -32,5 -1,7 22,5 22 -0,5 76,1 69,8 -6,3
8 G.A.B. -29,3 -30,9 -1,6 22 20,7 -1,3 65,1 60,9 -4,2
9 G.A.N. -29,9 -33 -3,1 23,7 24,4 0,7 73,7 63,6 -10,1
10 H.Z.P. -30,4 -32,4 -2 19,7 19,4 -0,3 68,8 62,9 -5,9
11 I.S.V. -31,3 -33,7 -2,4 19,4 19,4 0 80,6 78,1 -2,5
12 J.C.D. -29,8 -32,4 -2,6 24 24,8 0,8 75,2 67,9 -7,3
13 L.H.S. -28,1 -30,1 -2 18,8 19,1 0,3 80,5 77,1 -3,4
14 L.E.C. -31,9 -33,2 -1,3 22 21 -1 70 65,1 -4,9
15 L.R.J. -32,6 -34,3 -1,7 19,1 19,2 0,1 75,7 75,4 -0,3
16 M.P.M. -25,6 -29,1 -3,5 23,6 22 -1,6 81,1 73,8 -7,3
17 M.G.R.M. -25,4 -27,5 -2,1 21,1 21,2 0,1 74,1 67 -7,1
18 M.G.M. -28,6 -30,1 -1,5 16 14,9 -1,1 65 60,8 -4,2
19 P.B.L. -26,5 -28,5 -2 17,4 18,3 0,9 79 78,9 -0,1
20 P.H.P.B. -29,3 -28,3 1 20,4 19,7 -0,7 72,9 78,7 5,8
21 R.O.M. -30,6 -32,6 -2 21,1 21,1 0 79,8 68 -11,8
22 V.H.Z.M. -30,8 -31 -0,2 22,5 23,5 1 68,3 63,5 -4,8
Apêndice
173
APÊNDICE K – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
IMPA
1
IMPA
2
IMPA
2-1
1.NB
1
1.NB
2
1.NB
2-1
1-NB
1
1-NB
2
1-NB
2-1
1 B.E.G.S. 90,1 96,1 6 25,1 32,8 7,7 5,2 7,6 2,4
2 B.M.C. 94,6 98,9 4,3 29,5 35,6 6,1 5 6,7 1,7
3 B.Z.G.V. 91,1 96 4,9 23,1 28,2 5,1 5,3 5,9 0,6
4 B.V.C.C. 89,1 93,7 4,6 18,1 24,4 6,3 2 4,5 2,5
5 C.H.S.M. 92,5 95,8 3,3 26,2 28,5 2,3 6,5 7,4 0,9
6 F.M.M.M. 98,6 105,8 7,2 27,3 37,3 10 4,7 7 2,3
7 G.C.S. 93,7 107,8 14,1 24,5 40,8 16,3 5,8 8,9 3,1
8 G.A.B. 92,3 103,2 10,9 23,3 36,7 13,4 6,1 9 2,9
9 G.A.N. 94,9 109,5 14,6 25,5 40,3 14,8 7,7 10,5 2,8
10 H.Z.P. 101,2 105,4 4,2 27,6 33,3 5,7 6,9 8,3 1,4
11 I.S.V. 93,7 95,4 1,7 19,9 22,7 2,8 4,2 5 0,8
12 J.C.D. 96,5 101,9 5,4 22,2 28,2 6 2,2 4,3 2,1
13 L.H.S. 88,4 93,5 5,1 17,6 22,8 5,2 3,2 4,7 1,5
14 L.E.C. 101,9 104,6 2,7 29,8 33,5 3,7 6,1 8,1 2
15 L.R.J. 99,3 108 8,7 24,6 33,3 8,7 3,2 5,7 2,5
16 M.P.M. 94,9 98,3 3,4 21,6 26,1 4,5 2,5 3,3 0,8
17 M.G.R.M. 96,2 96,6 0,4 22,4 25,3 2,9 3,7 5,3 1,6
18 M.G.M. 92,9 99,4 6,5 27,3 35,6 8,3 5,8 8,5 2,7
19 P.B.L. 92,4 96 3,6 29,9 32,7 2,8 7,9 8,6 0,7
20 P.H.P.B. 94,9 98,6 3,7 24,2 31,6 7,4 4,2 6,6 2,4
21 R.O.M. 100,6 100,7 0,2 26,9 27,4 0,5 5,6 6,3 0,7
22 V.H.Z.M. 98,3 101,6 3,3 25,2 30 4,8 4 5,9 1,9
174
Apêndice
APÊNDICE L – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
1-Pogperp
1
1-Pogperp
2
1-Pogperp
2-1
1-GoMe
1
1-GoMe
2
1-GoMe
2-1
1 B.E.G.S. -8,9 -6,9 2 38,3 37 -1,3
2 B.M.C. -6,6 -6,1 0,5 37,1 36,7 -0,4
3 B.Z.G.V. -5,6 -5,3 0,3 33,9 32,9 -1
4 B.V.C.C. -7,7 -5,6 2,1 37,6 36,9 -0,7
5 C.H.S.M. -7,3 -5,4 1,9 41 42 1
6 F.M.M.M. -6,5 -4,9 1,6 35,9 35,6 -0,3
7 G.C.S. -5,3 -2,9 2,4 40,7 38,7 -2
8 G.A.B. -4,8 -2,1 2,7 38,9 37,8 -1,1
9 G.A.N. -6,1 -2,5 3,6 42,3 39,3 -3
10 H.Z.P. -3,8 -2,6 1,2 40,8 40 -0,8
11 I.S.V. -4,7 -4,5 0,2 38 38,9 0,9
12 J.C.D. -7,5 -5,6 1,9 38,7 38,1 -0,6
13 L.H.S. -5,9 -5,3 0,6 36,4 37 0,6
14 L.E.C. -2,7 -2,7 0 37,6 38,7 1,1
15 L.R.J. -5,2 -4,8 0,4 37,9 37,9 0
16 M.P.M. -7,7 -6,6 1,1 37,9 38,7 0,8
17 M.G.R.M. -7,4 -7,3 0,1 38,7 39,8 1,1
18 M.G.M. -5,5 -3,8 1,7 36,5 36,9 0,4
19 P.B.L. -3,7 -4,2 -0,5 38,5 38,6 0,1
20 P.H.P.B. -5,7 -5,7 0 36,5 38 1,5
21 R.O.M. -4,9 -3,4 1,5 37,6 38,1 0,5
22 V.H.Z.M. -7 -5,6 1,4 39,5 38,9 -0,6
Apêndice
175
APÊNDICE M – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
6-
Pogperp
1
6-
Pogperp
2
6-
Pogperp
2-1
6-GoMe
1
6-GoMe
2
6-GoMe
2-1
6.GoMe
1
6.GoMe
2
6.GoMe
2-1
1 B.E.G.S. -30,6 -29,6 1 27,8 28 0,2 74 79 5
2 B.M.C. -28,5 -26,5 2 27,6 29,4 1,8 80 82 2
3 B.Z.G.V. -28 -27,7 0,3 25,4 25,9 0,5 82 80,2 -1,8
4 B.V.C.C. -30,6 -29,9 0,7 27,2 27 -0,2 83,6 85,5 1,9
5 C.H.S.M. -30,7 -29,3 1,4 29,9 32,5 2,6 78,9 79,9 1
6 F.M.M.M. -30 -29,4 0,6 24,8 25,4 0,6 83 82,6 -0,4
7 G.C.S. -28,8 -27 1,8 31,3 31,4 0,1 81 84,1 3,1
8 G.A.B. -29 -27,5 1,5 25,8 25,8 0 84,7 82,9 -1,8
9 G.A.N. -28,3 -25,7 2,6 28,8 27,8 -1 84,9 87,2 2,3
10 H.Z.P. -28,2 -26,6 1,6 30,6 32 1,4 87 87 0
11 I.S.V. -30,6 -28,8 1,8 29,8 31,5 1,7 78 81,7 3,7
12 J.C.D. -31,5 -30,6 0,9 31 29,5 -1,5 80,4 79,8 -0,6
13 L.H.S. -28,3 -26,7 1,6 26 26 0 76 83,1 7,1
14 L.E.C. -27,3 -26,8 0,5 30,1 29,6 -0,5 79,2 78 -1,2
15 L.R.J. -32,6 -31,6 1 27,2 27,9 0,7 86,3 84,1 -2,2
16 M.P.M. -29 -28,9 0,1 30,1 31,3 1,2 77,2 81,3 4,1
17 M.G.R.M. -32,5 -32,1 0,4 28,8 29,3 0,5 80,5 80,5 0
18 M.G.M. -30,6 -29,8 0,8 25,7 25,6 -0,1 85,5 81,5 -4
19 P.B.L. -28,7 -28,2 0,5 28,6 29,4 0,8 75,9 76,5 0,6
20 P.H.P.B. -30,7 -30,1 0,6 24,6 25,9 1,3 88,8 89,4 0,6
21 R.O.M. -28,2 -28,1 0,1 27,9 28,6 0,7 85,6 85,6 0
22 V.H.Z.M. -30,1 -28,1 2 28,4 28,2 -0,2 82,1 84,7 2,6
176
Apêndice
APÊNDICE N – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo MARA.
Pacientes
TH
1
TH
2
TH
2-1
TV
1
TV
2
TV
2-1
Rel molar
1
Rel molar
2
Rel molar
2-1
1 B.E.G.S. 10,1 4,3 -5,8 5,3 1,3 -4 0,9 5,3 4,4
2 B.M.C. 8,1 4,1 -4 0,9 -4,0 -4,9 -2,9 3,7 6,6
3 B.Z.G.V. 7,6 4,3 -3,3 0,3 -2,1 -2,4 0,1 5 4,9
4 B.V.C.C. 10,3 4,6 -5,7 6,4 3,2 -3,2 -1,9 5,2 7,1
5 C.H.S.M. 8 4,2 -3,8 6,8 3,9 -2,9 -1,0 4,5 5,5
6 F.M.M.M. 9,1 2,4 -6,7 5,7 2 -3,7 -1,0 5,1 6,1
7 G.C.S. 7,9 2,1 -5,8 6,4 0,6 -5,8 -0,8 5,3 6,1
8 G.A.B. 9,1 1,8 -7,3 6,6 2,2 -4,4 -1,4 5,9 7,3
9 G.A.N. 13,2 3,7 -9,5 5,7 1,7 -4 -3,7 3,9 7,6
10 H.Z.P. 9,3 4,2 -5,1 4,9 2,2 -2,7 -1,9 4,1 6
11 I.S.V. 5,8 3,8 -2 5,7 3 -2,7 -0,6 4,4 5
12 J.C.D. 10,3 2,9 -7,4 2,8 2 -0,8 -1,4 3,7 5,1
13 L.H.S. 7,2 3,5 -3,7 6,4 5,4 -1 0,1 3,1 3
14 L.E.C. 8,3 2,7 -5,6 2,5 2,4 -0,1 -1,2 2,9 4,1
15 L.R.J. 10,4 3,5 -6,9 6,8 5,1 -1,7 -1,5 2,9 4,4
16 M.P.M. 9,4 3,4 -6 2,4 1 -1,4 -0,4 5,5 5,9
17 M.G.R.M. 9,7 2,9 -6,8 6,5 2,8 -3,7 -2,4 4,3 6,7
18 M.G.M. 12,4 5,8 -6,6 4,4 4 -0,4 -1,7 2,9 4,6
19 P.B.L. 5,8 4,4 -1,4 2,8 1,3 -1,5 0,9 3 2,1
20 P.H.P.B. 9,7 1,6 -8,1 7,6 1,9 -5,7 -3,2 3,5 6,7
21 R.O.M. 9,2 6,2 -3 6,3 5,5 -0,8 0,1 4,5 4,4
22 V.H.Z.M. 9,8 4,2 -5,6 7,3 2,7 -4,6 -1,7 3,7 5,4
Apêndice
177
APÊNDICE O – Características individuais dos pacientes do Grupo Bionator considerando
gênero, idades inicial e final, tempo de tratamento e a severidade da má oclusão inicial
avaliada nos modelos de gesso (trespasse horizontal, relação molar e relação dos caninos).
Pacientes Gênero
Idade
inicial
Idade
final
Tempo
de trat.
TH
Relação
molar*
Relação
canino*
1 B.L.T.G. F 10,82 11,82 1,00 5,2 Cl II Completa 1/2 Cl II
2 C.C.A.F. M 9,27 10,72 1,45 5,2 3/4 Cl II 1/2 Cl II
3 C.C.P. M 11,29 13,49 2,21 10,6 3/4 Cl II 3/4 Cl II
4 D.G.B.M. M 11,33 12,36 1,03 9,0 3/4 Cl II 3/4 Cl II
5 D.P.S. M 10,17 12,48 2,32 10,5 Cl II Completa Cl II Completa
7 F.V.F. M 11,21 12,84 1,63 5,5 1/2 Cl II 1/2 Cl II
9 F.N.A. F 12,55 13,92 1,36 10,7 Cl II Completa Cl II Completa
8 G.C.R. M 10,63 12,49 1,86 8,6 3/4 Cl II 3/4 Cl II
9 G.A.B. M 11,36 12,76 1,40 8,6 Cl II Completa
1/2 Cl II
10 G.A.T. M 10,16 11,15 1,00 6,5 Cl II Completa 1/2 Cl II
11 G.G.F. M 12,22 14,17 1,95 7,9 Cl II Completa Cl II Completa
12 H.S.M. M 12,33 13,69 1,36 6,5 Cl II Completa
3/4 Cl II
13 J.V.C. M 11,18 13,12 1,95 10,0 Cl II Completa
Cl II Completa
14 L.B.S. F 12,01 13,08 1,07 10,7 Cl II Completa
3/4 Cl II
15 M.A.D. M 11,38 12,69 1,32 9,4 Cl II Completa
Cl II Completa
16 N.A.R.N. F 10,91 12,42 1,51 8,3 Cl II Completa
3/4 Cl II
17 P.M.R. F 12,33 13,70 1,36 9,7 Cl II Completa
Cl II Completa
18 P.F. F 12,28 13,50 1,21 8,5 3/4 Cl II 1/2 Cl II
19 P.S.C.T. M 9,84 11,09 1,24 10,8 Cl II Completa 1/2 Cl II
20 T.F.P. F 13,60 15,06 1,46 9,4 Cl II Completa 3/4 Cl II
21 T.C.L. M 10,33 12,56 2,23 7,5 Cl II Completa
Cl II Completa
22 W.F.C.R. M 10,82 12,18 1,36 10,8 Cl II Completa
3/4 Cl II
* Considerou-se a avaliação do lado mais severo.
178
Apêndice
APÊNDICE P - Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo Bionator.
Pacientes
SNA
1
SNA
2
SNA
2-1
SNA
2-1
anualiz.
A-Nperp
1
A-Nperp
2
A-Nperp
2-1
A-Nperp
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 85,8 83,7 -2,1 -2,3 2,1 -0,9 -3 -3,3
2 C.C.A.F. 77,7 78,8 1,1 0,8 -3,5 -3,3 0,2 0,2
3 C.C.P. 80,1 80,6 0,5 0,3 0,4 0,9 0,5 0,3
4 D.G.B.M. 80,4 80,3 -0,1 -0,1 0,1 0,1 0 0,0
5 D.P.S. 83,7 83,5 -0,2 -0,1 -1,2 -1,3 -0,1 0,0
6 F.V.F. 83,5 83,4 -0,1 -0,1 6,8 5,8 -1 -0,7
7 F.N.A. 82,8 81,6 -1,2 -1,0 4,3 -1,5 -5,8 -4,7
8 G.C.R. 81,2 81,5 0,3 0,2 3,2 4,2 1 0,6
9 G.A.B. 75,4 75,3 -0,1 -0,1 -5,6 -4,6 1 0,8
10 G.A.T. 74,5 74,7 0,2 0,2 -4,5 -4 0,5 0,6
11 G.G.F. 88,1 85,6 -2,5 -1,4 5 5,8 0,8 0,5
12 H.S.M. 80 81 1 0,8 -0,2 0,2 0,4 0,3
13 J.V.C. 78,5 77,5 -1 -0,6 -0,2 -2 -1,8 -1,0
14 L.B.S. 80,8 81,1 0,3 0,3 1,1 1 -0,1 -0,1
15 M.A.D. 75,9 74,9 -1 -0,8 -1 -1,4 -0,4 -0,3
16 N.A.R.N. 83,2 82,4 -0,8 -0,6 2,2 1,6 -0,6 -0,4
17 P.M.R. 74,9 74,5 -0,4 -0,3 -2,9 -3,8 -0,9 -0,7
18 P.F. 81,3 80,8 -0,5 -0,5 -3,5 -1,6 1,9 1,7
19 P.S.C.T. 80,2 82 1,8 1,6 -3,5 -3,1 0,4 0,4
20 T.F.P. 80 79,4 -0,6 -0,5 -2,9 -2,7 0,2 0,2
21 T.C.L. 82 83,3 1,3 0,6 -0,3 2,5 2,8 1,4
22 W.F.C.R. 82,7 82,2 -0,5 -0,4 1,2 0,5 -0,7 -0,6
Apêndice
179
APÊNDICE Q - Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo Bionator.
Pacientes
Co-A
1
Co-A
2
Co-A
2-1
Co-A
2-1
anualiz.
SNB
1
SNB
2
SNB
2-1
SNB
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 83,1 84,3 1,2 1,3 81,2 81,2 0 0,0
2 C.C.A.F. 81,3 83,8 2,5 1,9 75,2 76 0,8 0,6
3 C.C.P. 81,7 84,1 2,4 1,2 76,1 76,9 0,8 0,4
4 D.G.B.M. 79,9 82,5 2,6 2,8 74 75,2 1,2 1,3
5 D.P.S. 85 86,4 1,4 0,7 77,3 79,6 2,3 1,1
6 F.V.F. 85,3 88,5 3,2 2,2 76,2 77,1 0,9 0,6
7 F.N.A. 79,20 79,8 0,6 0,5 75,2 77 1,8 1,5
8 G.C.R. 84,9 88,7 3,8 2,3 76,5 77,8 1,3 0,8
9 G.A.B. 85 86 1 0,8 73,1 75 1,9 1,5
10 G.A.T. 81,2 82,6 1,4 1,6 70,9 72,5 1,6 1,8
11 G.G.F. 91 95,5 4,5 2,6 81,2 81,2 0 0,0
12 H.S.M. 82 85,1 3,1 2,5 79 81,2 2,2 1,8
13 J.V.C. 82,6 84,3 1,7 1,0 69,9 69,2 -0,7 -0,4
14 L.B.S. 83,8 83 -0,8 -0,8 76 78,8 2,8 2,9
15 M.A.D. 80,1 80,7 0,6 0,5 72,5 73,3 0,8 0,7
16 N.A.R.N. 81,5 80,3 -1,2 -0,9 76,9 78,6 1,7 1,3
17 P.M.R. 81,2 79,3 -1,9 -1,5 70,7 71,7 1 0,8
18 P.F. 74,4 74,3 -0,1 -0,1 77,6 79 1,4 1,3
19 P.S.C.T. 82,7 82,6 -0,1 -0,1 71,6 75,8 4,2 3,7
20 T.F.P. 87,6 88,6 1 0,8 74,7 74,3 -0,4 -0,3
21 T.C.L. 82,3 85 2,7 1,3 77,2 77,3 0,1 0,0
22 W.F.C.R. 85,3 82,6 -2,7 -2,2 76 78,2 2,2 1,8
180
Apêndice
APÊNDICE R - Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo Bionator.
Pacientes
P-Nperp
1
P-Nperp
2
P-Nperp
2-1
P-Nperp
2-1
anualiz.
Co-Gn
1
Co-Gn
2
Co-Gn
2-1
Co-Gn
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 0,2 -2,5 -2,7 -3,0 103,7 106,7 3 3,3
2 C.C.A.F. -8,4 -8,8 -0,4 -0,3 99,4 101,9 2,5 1,9
3 C.C.P. -3,1 -3,1 0 0,0 102,4 105,1 2,7 1,4
4 D.G.B.M. -9,3 -6,2 3,1 3,3 101,9 108 6,1 6,6
5 D.P.S. -7,4 -6,6 0,8 0,4 101,4 108,8 7,4 3,5
6 F.V.F. 0,7 -0,6 -1,3 -0,9 107,6 110,7 3,1 2,1
7 F.N.A. -5,4 -11,1 -5,7 -4,6 102,1 104,5 2,4 2,0
8 G.C.R. 1,3 4 2,7 1,6 101 107,3 6,3 3,8
9 G.A.B. -11,1 -6,5 4,6 3,6 106,8 114,6 7,8 6,2
10 G.A.T. -11,3 -8,9 2,4 2,7 99,7 104,7 5 5,6
11 G.G.F. 0,4 5,9 5,5 3,1 109,3 120,1 10,8 6,2
12 H.S.M. 0,1 2,6 2,5 2,0 105,1 113,2 8,1 6,6
13 J.V.C. -13,1 -17,4 -4,3 -2,5 102,6 107,1 4,5 2,6
14 L.B.S. -3,5 0,4 3,9 4,0 101,7 106,3 4,6 4,8
15 M.A.D. -3,3 -2,3 1 0,8 98,4 101,8 3,4 2,9
16 N.A.R.N. -4,8 -2,1 2,7 2,0 102,1 108,2 6,1 4,5
17 P.M.R. -10,3 -11,1 -0,8 -0,7 103,6 106 2,4 2,0
18 P.F. -10,2 -3 7,2 6,6 98,6 103,4 4,8 4,4
19 P.S.C.T. -21 -16,8 4,2 3,7 99,7 101,1 1,4 1,2
20 T.F.P. -10,7 -10,4 0,3 0,2 107,3 109,7 2,4 1,8
21 T.C.L. -6,1 -3,1 3 1,5 100,3 104,9 4,6 2,3
22 W.F.C.R. -8,3 -6,5 1,8 1,5 103,3 106,6 3,3 2,7
Apêndice
181
APÊNDICE S - Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo Bionator.
Pacientes
Go-Gn
1
Go-Gn
2
Go-Gn
2-1
Go-Gn
2-1
anualiz.
Co-Go
1
Co-Go
2
Co-Go
2-1
Co-Go
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 70,3 73,5 3,2 3,6 50,9 51,1 0,2 0,2
2 C.C.A.F. 65,6 67,3 1,7 1,3 49 49,3 0,3 0,2
3 C.C.P. 70,1 72,5 2,4 1,2 44,7 44,8 0,1 0,1
4 D.G.B.M. 65,7 68,8 3,1 3,3 49 51,8 2,8 3,0
5 D.P.S. 71,5 77,3 5,8 2,8 43,9 45,7 1,8 0,9
6 F.V.F. 68,9 70,8 1,9 1,3 51,4 52,1 0,7 0,5
7 F.N.A. 66,6 67,5 0,9 0,7 47,6 48,4 0,8 0,7
8 G.C.R. 68 73,2 5,2 3,1 48,1 49,7 1,6 1,0
9 G.A.B. 70,7 76,3 5,6 4,4 52,1 57 4,9 3,9
10 G.A.T. 62,7 65 2,3 2,6 52,3 54,2 1,9 2,1
11 G.G.F. 77,9 83,3 5,4 3,1 54 61,4 7,4 4,2
12 H.S.M. 74,3 78,3 4 3,3 49,7 55,4 5,7 4,6
13 J.V.C. 65,8 68,2 2,4 1,4 50,2 53,5 3,3 1,9
14 L.B.S. 70,3 72,3 2 2,1 47,5 50,1 2,6 2,7
15 M.A.D. 68,6 69,9 1,3 1,1 48,1 49,3 1,2 1,0
16 N.A.R.N. 68,4 72,6 4,2 3,1 47,2 50,9 3,7 2,7
17 P.M.R. 64,4 65,7 1,3 1,1 50,5 51,3 0,8 0,7
18 P.F. 65 66,8 1,8 1,6 49,7 52,3 2,6 2,4
19 P.S.C.T. 64,3 66,2 1,9 1,7 47,5 47,6 0,1 0,1
20 T.F.P. 67,5 68 0,5 0,4 52,2 54,3 2,1 1,6
21 T.C.L. 65,8 69 3,2 1,6 47,3 49,3 2 1,0
22 W.F.C.R. 67,2 69,5 2,3 1,9 46,6 47,1 0,5 0,4
182
Apêndice
APÊNDICE T - Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo Bionator.
Pacientes
ANB
1
ANB
2
ANB
2-1
ANB
2-1
anualiz.
Wits
1
Wits
2
Wits
2-1
Wits
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 4,6 2,5 -2,1 -2,3 3,8 1,9 -1,9 -2,1
2 C.C.A.F. 2,5 2,8 0,3 0,2 0,9 1,5 0,6 0,5
3 C.C.P. 4 3,7 -0,3 -0,2 3,3 1,3 -2 -1,0
4 D.G.B.M. 6,4 5,1 -1,3 -1,4 5,8 2,6 -3,2 -3,4
5 D.P.S. 6,4 4 -2,4 -1,2 6,5 0,7 -5,8 -2,8
6 F.V.F. 7,3 6,3 -1 -0,7 3,3 3,1 -0,2 -0,1
7 F.N.A. 7,6 4,6 -3 -2,4 4,2 0,3 -3,9 -3,2
8 G.C.R. 4,7 3,7 -1 -0,6 3,7 1,6 -2,1 -1,3
9 G.A.B. 2,4 0,3 -2,1 -1,7 6,5 2,7 -3,8 -3,0
10 G.A.T. 3,6 2,2 -1,4 -1,6 4,1 2 -2,1 -2,3
11 G.G.F. 6,9 4,4 -2,5 -1,4 5,8 3,5 -2,3 -1,3
12 H.S.M. 1 -0,2 -1,2 -1,0 1,5 -0,2 -1,7 -1,4
13 J.V.C. 8,5 8,3 -0,2 -0,1 4,9 3,8 -1,1 -0,6
14 L.B.S. 4,8 2,4 -2,4 -2,5 5,1 1,5 -3,6 -3,7
15 M.A.D. 3,3 1,7 -1,6 -1,4 4,4 0,3 -4,1 -3,5
16 N.A.R.N. 6,3 3,8 -2,5 -1,8 2,9 -0,7 -3,6 -2,6
17 P.M.R. 4,2 2,8 -1,4 -1,1 7,1 2,8 -4,3 -3,5
18 P.F. 3,7 1,7 -2 -1,8 2 0,4 -1,6 -1,5
19 P.S.C.T. 8,5 6,2 -2,3 -2,1 8,3 3,6 -4,7 -4,2
20 T.F.P. 5,3 5,1 -0,2 -0,2 3,4 2,7 -0,7 -0,5
21 T.C.L. 4,7 6 1,3 0,6 3,3 2,3 -1 -0,5
22 W.F.C.R. 6,7 4 -2,7 -2,2 4,7 -1,4 -6,1 -5,0
Apêndice
183
APÊNDICE U - Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo Bionator.
Pacientes
NAP
1
NAP
2
NAP
2-1
NAP
2-1
anualiz.
CoA/CoGn
1
CoA/CoGn
2
CoA/CoGn
2-1
CoA/CoGn
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 5,1 1,1 -4 -4,5 80,1 79 -1,1 -1,2
2 C.C.A.F. 2,8 3,9 1,1 0,8 81,8 82,2 0,4 0,3
3 C.C.P. 5,2 6,2 1 0,5 79,8 80 0,2 0,1
4 D.G.B.M. 10,8 6,8 -4 -4,3 78,4 76,4 -2 -2,1
5 D.P.S. 6,9 4,6 -2,3 -1,1 83,8 79,4 -4,4 -2,1
6 F.V.F. 14,3 13,1 -1,2 -0,8 79,3 79,9 0,6 0,4
7 F.N.A. 15,3 8,9 -6,4 -5,2 77,6 76,4 -1,2 -1,0
8 G.C.R. 6,5 5 -1,5 -0,9 84,1 82,6 -1,5 -0,9
9 G.A.B. 1,1 -2,6 -3,7 -2,9 79,6 75 -4,6 -3,6
10 G.A.T. 4,5 2,1 -2,4 -2,7 81,5 78,9 -2,6 -2,9
11 G.G.F. 11,1 5,3 -5,8 -3,3 83,2 79,5 -3,7 -2,1
12 H.S.M. -0,6 -2,8 -2,2 -1,8 78 75,2 -2,8 -2,3
13 J.V.C. 14,5 14,7 0,2 0,1 80,5 78,7 -1,8 -1,0
14 L.B.S. 7,4 1,8 -5,6 -5,8 82,4 78,1 -4,3 -4,5
15 M.A.D. 2,3 -0,3 -2,6 -2,2 81,4 79,3 -2,1 -1,8
16 N.A.R.N. 11 5,9 -5,1 -3,8 79,8 74,2 -5,6 -4,1
17 P.M.R. 5,5 3,7 -1,8 -1,5 78,4 74,9 -3,5 -2,9
18 P.F. 4,1 -0,2 -4,3 -3,9 75,4 71,8 -3,6 -3,3
19 P.S.C.T. 16,5 12,1 -4,4 -3,9 82,9 81,6 -1,3 -1,2
20 T.F.P. 8 7,5 -0,5 -0,4 81,6 80,7 -0,9 -0,7
21 T.C.L. 7,7 9,9 2,2 1,1 82,1 81 -1,1 -0,5
22 W.F.C.R. 12,7 8,4 -4,3 -3,5 82,6 77,4 -5,2 -4,2
184
Apêndice
APÊNDICE V - Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo Bionator.
Pacientes
FMA
1
FMA
2
FMA
2-1
FMA
2-1
anualiz.
SN.GoGn
1
SN.GoGn
2
SN.GoGn
2-1
SN.GoGn
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 19,5 21,3 1,8 2,0 23,6 23,9 0,3 0,3
2 C.C.A.F. 20,4 22,1 1,7 1,3 26,8 27,4 0,6 0,5
3 C.C.P. 26,4 27,1 0,7 0,4 33,5 34,5 1 0,5
4 D.G.B.M. 29,4 28 -1,4 -1,5 37,3 36,4 -0,9 -1,0
5 D.P.S. 23,7 27,4 3,7 1,8 26,5 30,3 3,8 1,8
6 F.V.F. 25,8 26,8 1 0,7 37,6 37 -0,6 -0,4
7 F.N.A. 31,5 33,7 2,2 1,8 40,5 37,5 -3 -2,4
8 G.C.R. 15 15,6 0,6 0,4 25,4 26,3 0,9 0,5
9 G.A.B. 23,7 22,4 -1,3 -1,0 30,3 29,9 -0,4 -0,3
10 G.A.T. 23,9 25,3 1,4 1,6 31,3 33 1,7 1,9
11 G.G.F. 16,1 14,7 -1,4 -0,8 20,9 22,1 1,2 0,7
12 H.S.M. 19,7 20,1 0,4 0,3 26,5 26,1 -0,4 -0,3
13 J.V.C. 30 33 3 1,7 39,5 41 1,5 0,9
14 L.B.S. 19,9 20,4 0,5 0,5 28,4 28,2 -0,2 -0,2
15 M.A.D. 17,1 18,1 1 0,8 26,7 28,9 2,2 1,9
16 N.A.R.N. 27,9 27,9 0 0,0 34,9 35,2 0,3 0,2
17 P.M.R. 28,1 31,1 3 2,4 38,2 40,3 2,1 1,7
18 P.F. 27,9 26 -1,9 -1,7 30,4 30,8 0,4 0,4
19 P.S.C.T. 34,1 31,9 -2,2 -2,0 37,8 34,2 -3,6 -3,2
20 T.F.P. 29,3 28,4 -0,9 -0,7 32,3 33 0,7 0,5
21 T.C.L. 24,3 23,9 -0,4 -0,2 29,5 31 1,5 0,7
22 W.F.C.R. 29,4 31,7 2,3 1,9 35,9 38,1 2,2 1,8
Apêndice
185
APÊNDICE W -Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo Bionator.
Pacientes
SNGn
1
SNGn
2
SNGn
2-1
SNGn
2-1
anualiz.
SN.POF
1
SN.POF
2
SN.POF
2-1
SN.POF
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 61,2 61,8 0,6 0,7 15,1 11,7 -3,4 -3,8
2 C.C.A.F. 65,4 65,6 0,2 0,2 15,3 18 2,7 2,1
3 C.C.P. 66,1 66,7 0,6 0,3 19,2 18,6 -0,6 -0,3
4 D.G.B.M. 72,3 71,7 -0,6 -0,6 23,9 20,6 -3,3 -3,5
5 D.P.S. 65,7 67,6 1,9 0,9 17,7 8 -9,7 -4,7
6 F.V.F. 71,9 71,7 -0,2 -0,1 23,3 25,2 1,9 1,3
7 F.N.A. 71,7 70,1 -1,6 -1,3 26,5 19,5 -7 -5,7
8 G.C.R. 62,9 63,9 1 0,6 17,9 16 -1,9 -1,1
9 G.A.B. 69,2 68,5 -0,7 -0,6 18,9 13,7 -5,2 -4,1
10 G.A.T. 70,8 71 0,2 0,2 22,1 14,2 -7,9 -8,8
11 G.G.F. 61,4 62,7 1,3 0,7 13,2 14 0,8 0,5
12 H.S.M. 64,1 64,1 0 0,0 14 7 -7 -5,7
13 J.V.C. 74 76,4 2,4 1,4 30,7 30,1 -0,6 -0,3
14 L.B.S. 65,5 64,2 -1,3 -1,3 22,5 13,5 -9 -9,3
15 M.A.D. 64,8 66,1 1,3 1,1 21,3 20,2 -1,1 -0,9
16 N.A.R.N. 68,2 67,6 -0,6 -0,4 27,4 24,4 -3 -2,2
17 P.M.R. 73,7 74,8 1,1 0,9 20,1 9,8 -10,3 -8,4
18 P.F. 67,6 67,4 -0,2 -0,2 22 15,7 -6,3 -5,8
19 P.S.C.T. 71,2 67,8 -3,4 -3,0 27,6 16,7 -10,9 -9,7
20 T.F.P. 67,1 68 0,9 0,7 25 27,3 2,3 1,8
21 T.C.L. 63,8 65,2 1,4 0,7 16,7 21,2 4,5 2,2
22 W.F.C.R. 68,8 68,9 0,1 0,1 25,5 15,8 -9,7 -7,9
186
Apêndice
APÊNDICE X - Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo Bionator.
Pacientes
PP.GoGn
1
PP.GoGn
2
PP.GoGn
2-1
PP.GoGn
2-1
anualiz.
AFAI
1
AFAI
2
AFAI
2-1
AFAI
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 19,3 17,9 -1,4 -1,6 54,8 55,6 0,8 0,9
2 C.C.A.F. 19,7 21,7 2 1,5 55,5 57,4 1,9 1,4
3 C.C.P. 24,4 25,3 0,9 0,5 57,3 58,5 1,2 0,6
4 D.G.B.M. 28,6 26,8 -1,8 -1,9 62,9 64,5 1,6 1,7
5 D.P.S. 22,4 23,8 1,4 0,7 55,4 63,9 8,5 4,1
6 F.V.F. 25,8 23,3 -2,5 -1,7 62,6 64 1,4 1,0
7 F.N.A. 30 29 -1 -0,8 65,1 66,5 1,4 1,1
8 G.C.R. 16,3 16,6 0,3 0,2 49,6 54 4,4 2,6
9 G.A.B. 24,9 23 -1,9 -1,5 63,7 68,8 5,1 4,0
10 G.A.T. 20,2 22,6 2,4 2,7 58 61,2 3,2 3,6
11 G.G.F. 13,8 13,4 -0,4 -0,2 56,1 60,3 4,2 2,4
12 H.S.M. 18,1 17,9 -0,2 -0,2 56,4 61,2 4,8 3,9
13 J.V.C. 26,5 25,2 -1,3 -0,7 64,9 69,5 4,6 2,6
14 L.B.S. 24,3 23,8 -0,5 -0,5 55,3 57,6 2,3 2,4
15 M.A.D. 20,8 20,6 -0,2 -0,2 52,4 55 2,6 2,2
16 N.A.R.N. 22,9 23,6 0,7 0,5 56,3 60,7 4,4 3,2
17 P.M.R. 29 31,8 2,8 2,3 63,4 69,7 6,3 5,1
18 P.F. 28,8 29,9 1,1 1,0 61 65,1 4,1 3,7
19 P.S.C.T. 32 27,4 -4,6 -4,1 62 62,2 0,2 0,2
20 T.F.P. 21,2 22,5 1,3 1,0 59,1 60,3 1,2 0,9
21 T.C.L. 22,5 23,3 0,8 0,4 53,1 57,2 4,1 2,0
22 W.F.C.R. 27,6 29,5 1,9 1,5 61,1 64,7 3,6 2,9
Apêndice
187
APÊNDICE Y - Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo Bionator.
Pacientes
S-Go
1
S-Go
2
S-Go
2-1
S-Go
2-1
anualiz.
1.PP
1
1.PP
2
1.PP
2-1
1.PP
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 67,4 69,1 1,7 1,9 114,7 118,2 3,5 3,9
2 C.C.A.F. 67,8 68,5 0,7 0,5 117,9 119,5 1,6 1,2
3 C.C.P. 62,5 63,3 0,8 0,4 116,2 111,3 -4,9 -2,5
4 D.G.B.M. 66 70,4 4,4 4,7 122,7 113,6 -9,1 -9,8
5 D.P.S. 66,2 70,2 4 1,9 118,1 110,1 -8 -3,8
6 F.V.F. 66,5 70,2 3,7 2,5 122,3 121,3 -1 -0,7
7 F.N.A. 64,3 70,4 6,1 5,0 123,5 116,8 -6,7 -5,5
8 G.C.R. 63,4 67,3 3,9 2,3 120,5 106,6 -13,9 -8,3
9 G.A.B. 71,5 77,5 6 4,7 120,3 115,9 -4,4 -3,5
10 G.A.T. 67,6 69,7 2,1 2,3 112,5 115,5 3 3,3
11 G.G.F. 76,9 83,3 6,4 3,6 112,4 111,3 -1,1 -0,6
12 H.S.M. 69,2 74,4 5,2 4,2 122,4 122,7 0,3 0,2
13 J.V.C. 66,9 72,6 5,7 3,3 112,2 106,4 -5,8 -3,3
14 L.B.S. 66,3 68,8 2,5 2,6 116,5 108,9 -7,6 -7,9
15 M.A.D. 63,5 66,1 2,6 2,2 115 111,5 -3,5 -3,0
16 N.A.R.N. 62,4 66,1 3,7 2,7 119,5 112,2 -7,3 -5,4
17 P.M.R. 66 69,4 3,4 2,8 113,8 101,9 -11,9 -9,7
18 P.F. 69,4 73,1 3,7 3,4 108,9 110,8 1,9 1,7
19 P.S.C.T. 62,6 65,2 2,6 2,3 116,6 114,2 -2,4 -2,1
20 T.F.P. 68,1 69,8 1,7 1,3 112,1 104,6 -7,5 -5,7
21 T.C.L. 61 64 3 1,5 114,1 106,7 -7,4 -3,7
22 W.F.C.R. 64 66,6 2,6 2,1 125,4 117,2 -8,2 -6,7
188
Apêndice
APÊNDICE Z – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Bionator.
Pacientes
1.NA
1
1.NA
2
1.NA
2-1
1.NA
2-1
anualiz.
1-NA
1
1-NA
2
1-NA
2-1
1-NA
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 24,6 28,5 3,9 4,3 3 3,5 0,5 0,6
2 C.C.A.F. 33,1 35 1,9 1,4 5,5 5,9 0,4 0,3
3 C.C.P. 27 21,5 -5,5 -2,8 6,1 4,2 -1,9 -1,0
4 D.G.B.M. 33,7 23,7 -10 -10,7 7,7 5,7 -2 -2,1
5 D.P.S. 30,2 20,1 -10,1 -4,8 5,3 3,5 -1,8 -0,9
6 F.V.F. 27 24,2 -2,8 -1,9 5,6 4,8 -0,8 -0,5
7 F.N.A. 30,2 26,7 -3,5 -2,9 6 5,7 -0,3 -0,2
8 G.C.R. 30,1 15,4 -14,7 -8,8 6,6 3,5 -3,1 -1,8
9 G.A.B. 39,5 33,7 -5,8 -4,6 9,3 7,7 -1,6 -1,3
10 G.A.T. 26,9 30,4 3,5 3,9 5,3 5,9 0,6 0,7
11 G.G.F. 17,3 17 -0,3 -0,2 2,4 2,8 0,4 0,2
12 H.S.M. 34 33,5 -0,5 -0,4 7,8 6,9 -0,9 -0,7
13 J.V.C. 20,7 13,1 -7,6 -4,3 4,4 1,7 -2,7 -1,5
14 L.B.S. 31,6 23,4 -8,2 -8,5 7,9 6,5 -1,4 -1,5
15 M.A.D. 33,2 28,3 -4,9 -4,1 7,9 6,8 -1,1 -0,9
16 N.A.R.N. 24,3 18,2 -6,1 -4,5 5,1 4,3 -0,8 -0,6
17 P.M.R. 29,8 18,9 -10,9 -8,9 7 4,2 -2,8 -2,3
18 P.F. 26 29,2 3,2 2,9 5,4 6,8 1,4 1,3
19 P.S.C.T. 30,6 25,3 -5,3 -4,7 7,6 6 -1,6 -1,4
20 T.F.P. 21 14,7 -6,3 -4,8 2,6 1,2 -1,4 -1,1
21 T.C.L. 25,1 15,7 -9,4 -4,7 4,6 1,9 -2,7 -1,3
22 W.F.C.R. 34,5 26,3 -8,2 -6,7 7 4,5 -2,5 -2,0
Apêndice
189
APÊNDICE AA – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Bionator.
Pacientes
1-ENAperp
1
1-ENAperp
2
1-ENAperp
2-1
1-ENAperp
2-1
anualiz.
1-PP
1
1-PP
2
1-PP
2-1
1-PP
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 0,5 -0,6 -1,1 -1,2 21,8 22,6 0,8 0,9
2 C.C.A.F. -0,3 -0,4 -0,1 -0,1 24,4 24,3 -0,1 -0,1
3 C.C.P. 1,8 0,5 -1,3 -0,7 24,4 25,5 1,1 0,6
4 D.G.B.M. 3,5 2,5 -1 -1,1 27,4 28,5 1,1 1,2
5 D.P.S. 2 -0,4 -2,4 -1,2 24,3 26,3 2 1,0
6 F.V.F. 1,8 0,5 -1,3 -0,9 25,5 26,2 0,7 0,5
7 F.N.A. 5,3 2,2 -3,1 -2,5 27,1 28,8 1,7 1,4
8 G.C.R. 5,9 3,5 -2,4 -1,4 22,4 25 2,6 1,6
9 G.A.B. 0,3 -2,1 -2,4 -1,9 29,7 30,7 1 0,8
10 G.A.T. -2,1 -0,3 1,8 2,0 25,7 25,7 0 0,0
11 G.G.F. 1,7 1,1 -0,6 -0,3 25,9 27,6 1,7 1,0
12 H.S.M. 4,4 2,4 -2 -1,6 24,8 25,5 0,7 0,6
13 J.V.C. -2,5 -1,9 0,6 0,3 30 31,5 1,5 0,9
14 L.B.S. 2,6 1,7 -0,9 -0,9 25,4 26 0,6 0,6
15 M.A.D. 1 -0,5 -1,5 -1,3 24,4 25,5 1,1 0,9
16 N.A.R.N. 4,1 3,1 -1 -0,7 24,7 26,2 1,5 1,1
17 P.M.R. -1,7 -4,1 -2,4 -2,0 28,9 31 2,1 1,7
18 P.F. -1 -1,2 -0,2 -0,2 29,2 29,1 -0,1 -0,1
19 P.S.C.T. 3,5 2,2 -1,3 -1,2 25,4 25 -0,4 -0,4
20 T.F.P. -2,4 -2,1 0,3 0,2 24,2 25,9 1,7 1,3
21 T.C.L. 3,1 0,7 -2,4 -1,2 23,1 24,2 1,1 0,5
22 W.F.C.R. 2,4 -1,1 -3,5 -2,9 26 28 2 1,6
190
Apêndice
APÊNDICE AB – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Bionator.
Pacientes
6-ENAperp
1
6-ENAperp
2
6-ENAperp
2-1
6-ENAperp
2-1
anualiz.
6-PP
1
6-PP
2
6-PP
2-1
6-PP
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. -28,9 -30,3 -1,4 -1,6 19,1 20,2 1,1 1,2
2 C.C.A.F. -27,8 -29,1 -1,3 -1,0 17,7 18,1 0,4 0,3
3 C.C.P. -31,2 -32 -0,8 -0,4 19,2 19,2 0 0,0
4 D.G.B.M. -28,2 -27,5 0,7 0,8 21,8 23,2 1,4 1,5
5 D.P.S. -27,1 -29,9 -2,8 -1,3 18,1 21,2 3,1 1,5
6 F.V.F. -31 -32,1 -1,1 -0,7 21,1 23,4 2,3 1,6
7 F.N.A. -25,9 -27,7 -1,8 -1,5 23 22,4 -0,6 -0,5
8 G.C.R. -25,8 -27,4 -1,6 -1,0 17,9 20,1 2,2 1,3
9 G.A.B. -31,6 -34,3 -2,7 -2,1 24,8 27,8 3 2,4
10 G.A.T. -30,2 -29,5 0,7 0,8 20,5 20,4 -0,1 -0,1
11 G.G.F. -30,1 -30,8 -0,7 -0,4 21,9 24,5 2,6 1,5
12 H.S.M. -24,9 -27,5 -2,6 -2,1 22,3 24,4 2,1 1,7
13 J.V.C. -31,8 -32,4 -0,6 -0,3 20,8 23,7 2,9 1,7
14 L.B.S. -29,3 -28,6 0,7 0,7 17,5 19,4 1,9 2,0
15 M.A.D. -27,5 -29 -1,5 -1,3 17,4 18,2 0,8 0,7
16 N.A.R.N. -25,7 -26,3 -0,6 -0,4 19,9 22,1 2,2 1,6
17 P.M.R. -29,8 -30,9 -1,1 -0,9 22,7 23,3 0,6 0,5
18 P.F. -30,5 -31 -0,5 -0,5 20,9 21,8 0,9 0,8
19 P.S.C.T. -29,9 -29,9 0 0,0 18,9 18,7 -0,2 -0,2
20 T.F.P. -33,6 -31,7 1,9 1,4 19,3 20,8 1,5 1,1
21 T.C.L. -26,2 -28,5 -2,3 -1,1 16,7 18,4 1,7 0,8
22 W.F.C.R. -31,9 -33,2 -1,3 -1,1 20,9 20,8 -0,1 -0,1
Apêndice
191
APÊNDICE AC – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Bionator.
Pacientes
6.PP
1
6.PP
2
6.PP
2-1
6.PP
2-1
anualiz.
IMPA
1
IMPA
2
IMPA
2-1
IMPA
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 77,2 80,2 3 3,3 96,5 96 -0,5 -0,6
2 C.C.A.F. 78 74,1 -3,9 -3,0 102,1 106,9 4,8 3,7
3 C.C.P. 78,5 81,4 2,9 1,5 85,9 90,8 4,9 2,5
4 D.G.B.M. 74,6 75 0,4 0,4 95,6 98,3 2,7 2,9
5 D.P.S. 74,4 76,1 1,7 0,8 89,9 96,5 6,6 3,2
6 F.V.F. 76,7 74,4 -2,3 -1,6 104 100,6 -3,4 -2,3
7 F.N.A. 76,4 77,7 1,3 1,1 98,7 96,8 -1,9 -1,5
8 G.C.R. 81,8 84,2 2,4 1,4 105 103,4 -1,6 -1,0
9 G.A.B. 64 69,1 5,1 4,0 102 101,8 -0,2 -0,2
10 G.A.T. 77 72,8 -4,2 -4,7 98,7 104,7 6 6,7
11 G.G.F. 82,6 81,2 -1,4 -0,8 110 105,5 -4,5 -2,6
12 H.S.M. 75,2 82,8 7,6 6,2 95,5 95,1 -0,4 -0,3
13 J.V.C. 69 66,1 -2,9 -1,7 97,5 102,3 4,8 2,7
14 L.B.S. 70,2 74,5 4,3 4,5 96,7 96,6 -0,1 -0,1
15 M.A.D. 77,8 80,9 3,1 2,6 101,9 113,6 11,7 9,9
16 N.A.R.N. 80,2 75,1 -5,1 -3,8 89,5 92,9 3,4 2,5
17 P.M.R. 76 66,4 -9,6 -7,8 82,2 90,6 8,4 6,8
18 P.F. 70 69,7 -0,3 -0,3 98,9 96,2 -2,7 -2,5
19 P.S.C.T. 62 62,7 0,7 0,6 93,5 104 10,5 9,4
20 T.F.P. 77 76 -1 -0,8 86,1 97 10,9 8,3
21 T.C.L. 75,7 76,3 0,6 0,3 92,8 95,1 2,3 1,1
22 W.F.C.R. 70 75,5 5,5 4,5 95,4 92,4 -3 -2,4
192
Apêndice
APÊNDICE AD – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Bionator.
Pacientes
1.NB
1
1.NB
2
1.NB
2-1
1.NB
2-1
anualiz.
1-NB
1
1-NB
2
1-NB
2-1
1-NB
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 23,9 23,9 0 0,0 3,4 4 0,6 0,7
2 C.C.A.F. 26,1 32,6 6,5 5,0 5,3 7,3 2 1,5
3 C.C.P. 18,8 25,2 6,4 3,2 3,3 4,2 0,9 0,5
4 D.G.B.M. 28,8 31,3 2,5 2,7 7,5 9,3 1,8 1,9
5 D.P.S. 15,7 28,6 12,9 6,2 1,8 6,1 4,3 2,1
6 F.V.F. 39,7 36,7 -3 -2,0 10,4 9,4 -1 -0,7
7 F.N.A. 37,2 34,3 -2,9 -2,4 8,5 9,4 0,9 0,7
8 G.C.R. 29,1 29,9 0,8 0,5 5,3 6 0,7 0,4
9 G.A.B. 27,6 29,2 1,6 1,3 5,2 6,1 0,9 0,7
10 G.A.T. 24,2 33,8 9,6 10,7 4,3 6,9 2,6 2,9
11 G.G.F. 34,5 31,2 -3,3 -1,9 5,1 5,1 0 0,0
12 H.S.M. 24,1 25,5 1,4 1,1 3,3 3,8 0,5 0,4
13 J.V.C. 28,8 35,2 6,4 3,7 8,2 10,3 2,1 1,2
14 L.B.S. 23,1 25,7 2,6 2,7 3,6 4,4 0,8 0,8
15 M.A.D. 24,5 38,5 14 11,8 3,4 6,9 3,5 3,0
16 N.A.R.N. 23,4 28,8 5,4 4,0 4,4 6,5 2,1 1,5
17 P.M.R. 13 24,9 11,9 9,7 2,3 6 3,7 3,0
18 P.F. 29,1 28,7 -0,4 -0,4 5,2 6 0,8 0,7
19 P.S.C.T. 25,2 36,2 11 9,8 6,4 9,7 3,3 2,9
20 T.F.P. 17,3 27,7 10,4 7,9 2,5 4,3 1,8 1,4
21 T.C.L. 22 25,9 3,9 1,9 4,5 6,9 2,4 1,2
22 W.F.C.R. 29,4 30,6 1,2 1,0 4,9 7,3 2,4 2,0
Apêndice
193
APÊNDICE AE – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Bionator.
Pacientes
1-Pogperp
1
1-Pogperp
2
1-Pogperp
2-1
1-Pogperp
2-1
anualiz.
1-GoMe
1
1-GoMe
2
1-GoMe
2-1
1-GoMe
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. -6,9 -6,9 0 0,0 34,5 35,6 1,1 1,2
2 C.C.A.F. -2,1 -0,6 1,5 1,1 34,6 36,3 1,7 1,3
3 C.C.P. -8,8 -7,1 1,7 0,9 36,7 36,5 -0,2 -0,1
4 D.G.B.M. -7,6 -6,2 1,4 1,5 39,5 39,2 -0,3 -0,3
5 D.P.S. -9,5 -7,2 2,3 1,1 36,4 37,8 1,4 0,7
6 F.V.F. -3,2 -4,6 -1,4 -1,0 39,2 39,5 0,3 0,2
7 F.N.A. -6,1 -5,9 0,2 0,2 39,3 40,7 1,4 1,1
8 G.C.R. -2,9 -3,5 -0,6 -0,4 32,5 33,9 1,4 0,8
9 G.A.B. -4,6 -4,9 -0,3 -0,2 38,7 39 0,3 0,2
10 G.A.T. -4,9 -3,5 1,4 1,6 36,2 37,4 1,2 1,3
11 G.G.F. -4,1 -5,9 -1,8 -1,0 35,4 37,4 2 1,1
12 H.S.M. -6,2 -6,4 -0,2 -0,2 36 37,3 1,3 1,1
13 J.V.C. -5,5 -4,1 1,4 0,8 39,4 40,9 1,5 0,9
14 L.B.S. -6,1 -6,4 -0,3 -0,3 36,5 36,5 0 0,0
15 M.A.D. -4,6 -1,9 2,7 2,3 33,4 33 -0,4 -0,3
16 N.A.R.N. -7,9 -6,9 1 0,7 36,2 37 0,8 0,6
17 P.M.R. -9,3 -8 1,3 1,1 39,9 40,6 0,7 0,6
18 P.F. -6,7 -7,6 -0,9 -0,8 35,6 36,9 1,3 1,2
19 P.S.C.T. -5 -1,6 3,4 3,0 37,7 37,9 0,2 0,2
20 T.F.P. -8,7 -7,2 1,5 1,1 34,7 34,6 -0,1 -0,1
21 T.C.L. -5,5 -4,9 0,6 0,3 36,5 36,7 0,2 0,1
22 W.F.C.R. -6,7 -5,2 1,5 1,2 35,8 36,7 0,9 0,7
194
Apêndice
APÊNDICE AF – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Bionator.
Pacientes
6-Pogperp
1
6-Pogperp
2
6-Pogperp
2-1
6-Pogperp
2-1
anualiz.
6-GoMe
1
6-GoMe
2
6-GoMe
2-1
6-GoMe
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. -31,3 -31,1 0,2 0,2 26 27 1 1,1
2 C.C.A.F. -26,5 -24,9 1,6 1,2 27,9 28,8 0,9 0,7
3 C.C.P. -32 -30,6 1,4 0,7 24,4 25,2 0,8 0,4
4 D.G.B.M. -30,7 -30,4 0,3 0,3 27,6 28,9 1,3 1,4
5 D.P.S. -30,3 -29,2 1,1 0,5 26,9 30 3,1 1,5
6 F.V.F. -30,7 -29,6 1,1 0,7 28,8 29,3 0,5 0,3
7 F.N.A. -28,2 -26,9 1,3 1,1 28,8 30,3 1,5 1,2
8 G.C.R. -28,2 -27,7 0,5 0,3 24,2 25,8 1,6 1,0
9 G.A.B. -30,1 -29,4 0,7 0,6 26,8 29,6 2,8 2,2
10 G.A.T. -28,1 -27,5 0,6 0,7 27,1 27,5 0,4 0,4
11 G.G.F. -29,4 -29,9 -0,5 -0,3 27,1 28,7 1,6 0,9
12 H.S.M. -28,2 -28,7 -0,5 -0,4 25,6 27,6 2 1,6
13 J.V.C. -30,2 -27,8 2,4 1,4 29,9 32,8 2,9 1,7
14 L.B.S. -28,9 -29,3 -0,4 -0,4 26,1 26,4 0,3 0,3
15 M.A.D. -28,6 -27,7 0,9 0,8 24,1 25,3 1,2 1,0
16 N.A.R.N. -31,1 -29,8 1,3 1,0 26,3 28,1 1,8 1,3
17 P.M.R. -29,4 -28,2 1,2 1,0 26,6 28,5 1,9 1,5
18 P.F. -30,8 -29,6 1,2 1,1 26,2 27,3 1,1 1,0
19 P.S.C.T. -28,8 -27,5 1,3 1,2 28,2 27,9 -0,3 -0,3
20 T.F.P. -31,6 -29,8 1,8 1,4 26,5 27,6 1,1 0,8
21 T.C.L. -29,3 -27,9 1,4 0,7 25,5 28,4 2,9 1,4
22 W.F.C.R. -31,9 -29,2 2,7 2,2 25,8 26,6 0,8 0,7
Apêndice
195
APÊNDICE AG – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Bionator.
Pacientes
6.GoMe
1
6.GoMe
2
6.GoMe
2-1
6.GoMe
2-1
anualiz.
TH
1
TH
2
TH
2-1
TH
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 81 80 -1 -1,1 6 3,2 -2,8 -3,1
2 C.C.A.F. 88,2 82,5 -5,7 -4,3 3,4 2,9 -0,5 -0,4
3 C.C.P. 71,9 72,3 0,4 0,2 9,3 5,8 -3,5 -1,8
4 D.G.B.M. 76,8 74,8 -2 -2,1 10,1 4,1 -6 -6,4
5 D.P.S. 82,8 80,5 -2,3 -1,1 12,5 3,4 -9,1 -4,4
6 F.V.F. 74,9 74,3 -0,6 -0,4 5,4 5,7 0,3 0,2
7 F.N.A. 75,8 74 -1,8 -1,5 7,8 3,1 -4,7 -3,8
8 G.C.R. 83,2 82,8 -0,4 -0,2 8 3,4 -4,6 -2,7
9 G.A.B. 84,9 80 -4,9 -3,9 9,3 2,1 -7,2 -5,7
10 G.A.T. 81,8 82 0,2 0,2 6,9 1,9 -5 -5,6
11 G.G.F. 83,2 80 -3,2 -1,8 7,8 5,8 -2 -1,1
12 H.S.M. 78,2 78,8 0,6 0,5 7,1 2,8 -4,3 -3,5
13 J.V.C. 81,9 82,8 0,9 0,5 10,4 5,1 -5,3 -3,0
14 L.B.S. 86,7 83,5 -3,2 -3,3 13,2 5,9 -7,3 -7,6
15 M.A.D. 84,7 81,5 -3,2 -2,7 10,4 2,8 -7,6 -6,4
16 N.A.R.N. 76,5 82 5,5 4,0 11,5 5 -6,5 -4,8
17 P.M.R. 76,8 83 6,2 5,1 11,8 1,7 -10,1 -8,2
18 P.F. 77,1 81 3,9 3,6 7,2 3,7 -3,5 -3,2
19 P.S.C.T. 83,5 83,4 -0,1 -0,1 12,1 4,2 -7,9 -7,0
20 T.F.P. 81 82,5 1,5 1,1 8,3 5,2 -3,1 -2,4
21 T.C.L. 82,4 82,2 -0,2 -0,1 7,2 3,8 -3,4 -1,7
22 W.F.C.R. 74,8 76,3 1,5 1,2 11,5 2,7 -8,8 -7,2
196
Apêndice
APÊNDICE AH – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Bionator.
Pacientes
TV
1
TV
2
TV
2-1
TV
2-1
anualiz.
Rel. molar
1
Rel. molar
2
Rel. molar
2-1
Rel. molar
2-1
anualiz.
1 B.L.T.G. 2,3 3,3 1 1,1 -0,7 1,5 2,2 2,4
2 C.C.A.F. 3,1 2,4 -0,7 -0,5 0,7 2,9 2,2 1,7
3 C.C.P. 5,7 4,6 -1,1 -0,6 0,5 2,7 2,2 1,1
4 D.G.B.M. 4,2 2,5 -1,7 -1,8 -1,5 1,7 3,2 3,4
5 D.P.S. 7,5 0,3 -7,2 -3,5 -1,5 5,2 6,7 3,2
6 F.V.F. 1 1,5 0,5 0,3 -0,9 2,2 3,1 2,1
7 F.N.A. 0 1,5 1,5 1,2 -1 4,1 5,1 4,2
8 G.C.R. 5,1 4,6 -0,5 -0,3 -1,1 2,3 3,4 2,0
9 G.A.B. 5,5 1,1 -4,4 -3,5 -1,7 4,4 6,1 4,8
10 G.A.T. 5,1 1,1 -4 -4,5 -1,6 2,5 4,1 4,6
11 G.G.F. 6,3 5,4 -0,9 -0,5 -1,7 1,8 3,5 2,0
12 H.S.M. 5,2 2,1 -3,1 -2,5 0,7 4 3,3 2,7
13 J.V.C. 5,9 3,1 -2,8 -1,6 -2,9 2,3 5,2 3,0
14 L.B.S. 7,7 5,3 -2,4 -2,5 -1 1,7 2,7 2,8
15 M.A.D. 6,3 3 -3,3 -2,8 -3,8 0,5 4,3 3,6
16 N.A.R.N. 5,7 2,3 -3,4 -2,5 -2 4,2 6,2 4,6
17 P.M.R. 9,7 3,7 -6 -4,9 -1,7 3,5 5,2 4,2
18 P.F. 3,9 0,5 -3,4 -3,1 0,3 5,2 4,9 4,5
19 P.S.C.T. -0,5 0,8 1,3 1,2 -1,9 1,4 3,3 2,9
20 T.F.P. 2,5 1,9 -0,6 -0,5 0,1 2,2 2,1 1,6
21 T.C.L. 6,7 3,5 -3,2 -1,6 -1,3 2,5 3,8 1,9
22 W.F.C.R. 1,1 0 -1,1 -0,9 -1 6,5 7,5 6,1
Apêndice
197
APÊNDICE AI – Características individuais dos pacientes do Grupo Controle considerando
gênero, idades inicial e final, tempo de observação e a severidade da má oclusão inicial
avaliada nos modelos de gesso (trespasse horizontal, relação molar e relação dos caninos).
Pacientes Gênero
Idade
inicial
Idade
final
Tempo
de obs.
TH
Relação
molar*
Relação
canino*
1 A.M. M 11,44 12,57 1,13 8,5 1/2 Cl II 1/2 Cl II
2 A.F.G. M 10,62 11,64 1,01 7,0 1/2 Cl II 1/2 Cl II
3 B.M.L. M 12,27 13,29 1,01 5,0 Cl II Completa Cl II Completa
4 C.F.Z.S. F 12,17 13,21 1,04 5,9 1/4 Cl II 1/4 Cl II
5 D.C.F. M 11,64 13,05 1,42 6,8 Cl II Completa
Cl II Completa
6 D.B.F. M 13,35 14,79 1,44 10,2 Cl II Completa Cl II Completa
7 E.A. M 11,82 12,83 1,01 4,0 3/4 Cl II 1/2 Cl II
8 J.A.A.C. M 12,88 13,93 1,06 7,1 Cl II Completa 3/4 Cl II
9 L.G.B. M 11,17 12,61 1,44 5,0 1/2 Cl II 3/4 Cl II
10 L.P.R.C. M 10,60 12,02 1,42 8,0 Cl II Completa Cl II Completa
11 M.A.P.T. M 11,03 12,15 1,11 12,4 1/2 Cl II Cl II Completa
12 M.H.T. F 12,31 13,33 1,02 5,9 1/2 Cl II
3/4 Cl II
13 M.G. F 11,03 11,95 0,92 7,7 Cl II Completa 3/4 Cl II
14 N.R.M.T. F 10,99 12,12 1,12 7,5 Cl II Completa 3/4 Cl II
15 R.G.S. M 10,36 11,56 1,20 8,0 3/4 Cl II 1/2 Cl II
16 R.B.R. F 11,21 12,30 1,09 10,3 Cl II Completa
3/4 Cl II
17 R.P.F. M 13,88 15,89 2,01 6,7 Cl II Completa
1/2 Cl II
18 R.O.B.A. M 12,57 13,55 0,98 7,3 1/4 Cl II 1/4 Cl II
19 R.G.V. M 10,16 11,77 1,61 6,8 Cl II Completa 1/2 Cl II
20 T.S.N.Jr. M 11,53 12,66 1,13 9,0 3/4 Cl II 3/4 Cl II
21 T.C.D. F 10,17 10,97 0,80 7,1 Cl II Completa 3/4 Cl II
22 T.C.S.C. F 12,66 13,70 1,04 5,6 1/4 Cl II 3/4 Cl II
* Considerou-se a avaliação do lado mais severo.
198
Apêndice
APÊNDICE AJ – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
SNA
1
SNA
2
SNA
2-1
A-Nperp
1
A-Nperp
2
A-Nperp
2-1
Co-A
1
Co-A
2
Co-A
2-1
1 A.M. 80,6 79,7 -0,9 -0,9 -1,4 -0,5 84,3 86,5 2,2
2 A.F.G. 76,5 77,3 0,8 -3,8 -3 0,8 79,9 81,9 2
3 B.M.L. 87,3 87,2 -0,1 -1 1,2 2,2 86,5 89,5 3
4 C.F.Z.S. 86,2 85,7 -0,5 0,1 1,5 1,4 83,5 85 1,5
5 D.C.F. 83,6 83,9 0,3 -1,5 -1,3 0,2 81,1 85,6 4,5
6 D.B.F. 81,4 81,8 0,4 0,7 0,2 -0,5 87,5 90,5 3
7 E.A. 84 85,5 1,5 3,2 6,2 3 90,7 95,6 4,9
8 J.A.A.C. 80,6 80,4 -0,2 -0,3 2,5 2,8 93,5 95,3 1,8
9 L.G.B. 78 78,2 0,2 -0,1 0,6 0,7 73,2 76 2,8
10 L.P.R.C. 76,9 76 -0,9 -3,1 -4,2 -1,1 78,8 79,1 0,3
11 M.A.P.T. 80,8 81,4 0,6 -2 -0,3 1,7 84,6 87,5 2,9
12 M.H.T. 85,4 85,2 -0,2 0,9 1,7 0,8 82,6 86,9 4,3
13 M.G. 77,5 78 0,5 -4,1 -3,5 0,6 80,1 81,3 1,2
14 N.R.M.T. 88,6 87,9 -0,7 3,2 3,9 0,7 85,6 86,5 0,9
15 R.G.S. 77,8 78,9 1,1 1,8 2 0,2 83,4 86,2 2,8
16 R.B.R. 76 75,9 -0,1 -1,9 -1,9 0 84,5 87,9 3,4
17 R.P.F. 79,6 79,9 0,3 -1,5 -0,1 1,4 80,9 84,6 3,7
18 R.O.B.A. 80,4 80 -0,4 1,4 0,9 -0,5 91,1 91,4 0,3
19 R.G.V. 75,1 75,9 0,8 -3,4 -1 2,4 82,3 85,4 3,1
20 T.S.N.Jr. 79,3 79,9 0,6 -0,5 0,2 0,7 86,1 88,7 2,6
21 T.C.D. 78,7 79,9 1,2 0,9 1,8 0,9 71 72,4 1,4
22 T.C.S.C. 79,8 78,7 -1,1 -4,3 -4,3 0 82 82,5 0,5
Apêndice
199
APÊNDICE AK – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
SNB
1
SNB
2
SNB
2-1
P-Nperp
1
P-Nperp
2
P-Nperp
2-1
Co-Gn
1
Co-Gn
2
Co-Gn
2-1
1 A.M. 75,5 75,3 -0,2 -8 -7 1 109,9 112,7 2,8
2 A.F.G. 74,6 74,5 -0,1 -7,9 -8 -0,1 108 109,6 1,6
3 B.M.L. 86,8 87,1 0,3 0,5 5,2 4,7 110,3 110,4 0,1
4 C.F.Z.S. 80,7 82,1 1,4 -7,7 -2,2 5,5 103,7 109,8 6,1
5 D.C.F. 77,9 77,7 -0,2 -11,2 -11,6 -0,4 100,8 105,9 5,1
6 D.B.F. 78,7 79,5 0,8 -0,8 -0,5 0,3 109,5 113,7 4,2
7 E.A. 78,2 79,2 1 -2,8 1,2 4 108,8 115,3 6,5
8 J.A.A.C. 75,5 76,4 0,9 -6,1 1,6 7,7 114,3 120,8 6,5
9 L.G.B. 73,8 74,2 0,4 -6,3 -4,9 1,4 96,8 100,7 3,9
10 L.P.R.C. 73 74,3 1,3 -8,5 -7,3 1,2 97,7 100,9 3,2
11 M.A.P.T. 74,9 75 0,1 -12,5 -10,3 2,2 107,6 112 4,4
12 M.H.T. 79 78,8 -0,2 -9,2 -8,4 0,8 101,1 105,3 4,2
13 M.G. 71,9 72,3 0,4 -15,5 -14,7 0,8 100,5 102,1 1,6
14 N.R.M.T. 80,1 80,6 0,5 -8,9 -5 3,9 101,8 105,8 4
15 R.G.S. 72,5 73,4 0,9 -5 -4,7 0,3 103,3 105,4 2,1
16 R.B.R. 68,9 68,2 -0,7 -11,7 -14,4 -2,7 101,2 105,6 4,4
17 R.P.F. 77,6 77,6 0 -2,5 0,3 2,8 103,9 110,4 6,5
18 R.O.B.A. 75,7 75,9 0,2 -5,3 -5,3 0 109,8 111,1 1,3
19 R.G.V. 70,4 71,9 1,5 -13,2 -7,6 5,6 98,2 103,4 5,2
20 T.S.N.Jr. 76 76,5 0,5 -2,9 -1,7 1,2 113,4 117,3 3,9
21 T.C.D. 72,5 74,7 2,2 -6,2 -3,9 2,3 87,1 90 2,9
22 T.C.S.C. 76,7 75,1 -1,6 -13,3 -13,8 -0,5 102,6 105 2,4
200
Apêndice
APÊNDICE AL – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
Go-Gn
1
Go-Gn
2
Go-Gn
2-1
Co-Go
1
Co-Go
2
Co-Go
2-1
ANB
1
ANB
2
ANB
2-1
1 A.M. 70,8 73,1 2,3 50,2 50,6 0,4 5,1 4,5 -0,6
2 A.F.G. 72,8 73 0,2 48,1 51,1 3 1,8 2,8 1
3 B.M.L. 70,9 75 4,1 50,9 53,3 2,4 0,5 0,1 -0,4
4 C.F.Z.S. 69,9 71,7 1,8 53,5 58,4 4,9 5,5 3,5 -2
5 D.C.F. 64,9 69,2 4,3 48,3 50,5 2,2 5,7 6,2 0,5
6 D.B.F. 73,1 75 1,9 50,6 54,3 3,7 2,7 2,3 -0,4
7 E.A. 71,9 74,9 3 50,7 57,4 6,7 5,8 6,3 0,5
8 J.A.A.C. 75,6 78,8 3,2 54,3 60,3 6 5,1 4 -1,1
9 L.G.B. 64,2 67,1 2,9 46,9 49 2,1 4,2 4 -0,2
10 L.P.R.C. 63,5 65,7 2,2 46,8 47,4 0,6 3,9 1,8 -2,1
11 M.A.P.T. 72,3 75,2 2,9 47,4 49,4 2 5,9 6,3 0,4
12 M.H.T. 68,1 69,3 1,2 49,5 51,9 2,4 6,4 6,3 -0,1
13 M.G. 70,9 70,3 -0,6 50,1 51,9 1,8 5,7 5,7 0
14 N.R.M.T. 67,5 70,8 3,3 47 49,6 2,6 8,5 7,3 -1,2
15 R.G.S. 66,1 66,6 0,5 51 52,5 1,5 5,3 5,5 0,2
16 R.B.R. 61,7 66,2 4,5 49,5 50,7 1,2 7,1 7,7 0,6
17 R.P.F. 67 70,4 3,4 53,5 59 5,5 2 2,3 0,3
18 R.O.B.A. 72,4 73,7 1,3 49,8 49,8 0 4,7 4,1 -0,6
19 R.G.V. 64,6 66,6 2 47,6 52,1 4,5 4,7 3,9 -0,8
20 T.S.N.Jr. 76,5 78,7 2,2 55,8 58,2 2,4 3,3 3,4 0,1
21 T.C.D. 57,5 57,7 0,2 44,6 47,2 2,6 6,2 5,3 -0,9
22 T.C.S.C. 67,2 69,7 2,5 49,3 50,6 1,3 3,1 3,5 0,4
Apêndice
201
APÊNDICE AM – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
Wits
1
Wits
2
Wits
2-1
NAP
1
NAP
2
NAP
2-1
CoA/CoGn
1
CoA/CoGn
2
CoA/CoGn
2-1
1 A.M. 6,1 5,3 -0,8 6,6 4,8 -1,8 76,7 76,7 0
2 A.F.G. 2,3 2,9 0,6 0,7 3 2,3 74 74,8 0,8
3 B.M.L. 0 -0,9 -0,9 -3,4 -4,1 -0,7 81 79,9 -1,1
4 C.F.Z.S. 0,7 -1,2 -1,9 9,9 6 -3,9 80,5 77,4 -3,1
5 D.C.F. 2,6 5 2,4 10,2 11 0,8 80,4 80,9 0,5
6 D.B.F. 2,5 1,9 -0,6 2,6 1,1 -1,5 79,9 79,6 -0,3
7 E.A. 2,4 3,7 1,3 10,9 12,2 1,3 83,3 82,4 -0,9
8 J.A.A.C. 3,7 3,7 0 7 3,4 -3,6 81,8 78,9 -2,9
9 L.G.B. 2 3,5 1,5 7,2 7 -0,2 75,7 75,5 -0,2
10 L.P.R.C. 3,1 0,6 -2,5 3,8 -0,6 -4,4 80,6 78,4 -2,2
11 M.A.P.T. 3,9 2,6 -1,3 9,4 10,4 1 78,6 78,2 -0,4
12 M.H.T. 1,7 0,9 -0,8 14,6 15 0,4 81,7 82,5 0,8
13 M.G. 2,9 4 1,1 10,1 10,5 0,4 79,8 79,6 -0,2
14 N.R.M.T. 5,2 6,5 1,3 16,8 13,8 -3 84,1 81,8 -2,3
15 R.G.S. 4,6 4,8 0,2 10,4 10,8 0,4 80,7 81,8 1,1
16 R.B.R. 3,6 4 0,4 11 11,3 0,3 83,5 83,2 -0,3
17 R.P.F. 2,8 3,8 1 -0,5 -0,6 -0,1 77,8 76,6 -1,2
18 R.O.B.A. 1,2 1,4 0,2 9,5 8,4 -1,1 83 82,3 -0,7
19 R.G.V. 4,1 4,9 0,8 8,2 7,1 -1,1 83,8 82,6 -1,2
20 T.S.N.Jr. 3,6 4,1 0,5 2,2 2,3 0,1 75,9 75,7 -0,2
21 T.C.D. 4,7 3,5 -1,2 11,7 10,4 -1,3 81,5 80,5 -1
22 T.C.S.C. 3,6 4,1 0,5 4,3 4,2 -0,1 79,9 78,6 -1,3
202
Apêndice
APÊNDICE AN – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
FMA
1
FMA
2
FMA
2-1
SN.GoGn
1
SN.GoGn
2
SN.GoGn
2-1
SNGn
1
SNGn
2
SNGn
2-1
1 A.M. 31,2 31,7 0,5 37,3 38,3 1 70,3 70,4 0,1
2 A.F.G. 30,1 30,2 0,1 38,1 38 -0,1 69,4 70,9 1,5
3 B.M.L. 18,5 16,3 -2,2 16,4 17,2 0,8 55 55,2 0,2
4 C.F.Z.S. 24 22,5 -1,5 24,4 25 0,6 64,4 63,9 -0,5
5 D.C.F. 30,5 29,3 -1,2 32,5 31,5 -1 68,2 67,8 -0,4
6 D.B.F. 21,1 20,2 -0,9 27,6 26,1 -1,5 62,9 62,3 -0,6
7 E.A. 24,7 21,9 -2,8 30,6 29,1 -1,5 66,4 66,4 0
8 J.A.A.C. 23,6 20,2 -3,4 29,4 28,5 -0,9 65,1 64,3 -0,8
9 L.G.B. 28,8 27,5 -1,3 37,7 37,5 -0,2 74,1 74,5 0,4
10 L.P.R.C. 24,2 24,8 0,6 30,9 31,2 0,3 65,8 65,7 -0,1
11 M.A.P.T. 32,2 31,7 -0,5 37,1 37,8 0,7 69,2 69,9 0,7
12 M.H.T. 27 26,6 -0,4 30,4 30,7 0,3 67,5 68,3 0,8
13 M.G. 28 27,6 -0,4 32,9 32,6 -0,3 72,5 72,4 -0,1
14 N.R.M.T. 25,4 23,3 -2,1 29 28,4 -0,6 66,5 66,1 -0,4
15 R.G.S. 24,2 23,2 -1 36,2 34,3 -1,9 71,9 70,4 -1,5
16 R.B.R. 29,9 30,5 0,6 38,6 39,7 1,1 74 75,4 1,4
17 R.P.F. 18,1 17 -1,1 24 23,8 -0,2 63,4 64,4 1
18 R.O.B.A. 25,3 26,2 0,9 33,6 34 0,4 68,4 68,3 -0,1
19 R.G.V. 23,8 20,3 -3,5 32,9 30,8 -2,1 70,8 69,6 -1,2
20 T.S.N.Jr. 22,8 22,7 -0,1 30,1 30,2 0,1 67,7 67,7 0
21 T.C.D. 23,6 22,2 -1,4 31,8 30,6 -1,2 70,2 69,8 -0,4
22 T.C.S.C. 27,6 28,5 0,9 29,1 31,2 2,1 66,3 67,3 1
Apêndice
203
APÊNDICE AO – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
SN.POF
1
SN.POF
2
SN.POF
2-1
PP.GoGn
1
PP.GoGn
2
PP.GoGn
2-1
AFAI
1
AFAI
2
AFAI
2-1
1 A.M. 23 24,1 1,1 30,2 30,6 0,4 66,8 66,9 0,1
2 A.F.G. 25,2 25,6 0,4 32,5 31,9 -0,6 67,3 69,5 2,2
3 B.M.L. 10,2 11,1 0,9 17,9 21,5 3,6 55,9 56,8 0,9
4 C.F.Z.S. 20,4 17,1 -3,3 16,7 18,1 1,4 59,4 61,5 2,1
5 D.C.F. 21,8 17,3 -4,5 29,5 27,6 -1,9 60,3 62,6 2,3
6 D.B.F. 12,5 13,5 1 23,7 21,5 -2,2 62,7 61,8 -0,9
7 E.A. 22,3 20,5 -1,8 21,7 18 -3,7 60,1 63,1 3
8 J.A.A.C. 21,1 19,2 -1,9 17,4 15,9 -1,5 59,2 61 1,8
9 L.G.B. 26,9 23,3 -3,6 31,1 30,6 -0,5 62,5 64,5 2
10 L.P.R.C. 24,1 22,1 -2 26 26,4 0,4 56,8 57,8 1
11 M.A.P.T. 27,8 28,4 0,6 29,1 31,9 2,8 65,3 67,3 2
12 M.H.T. 25,4 27,4 2 19,9 20,4 0,5 57,2 58,9 1,7
13 M.G. 27,7 31,6 3,9 23,3 24,6 1,3 63,3 63,9 0,6
14 N.R.M.T. 15,5 15 -0,5 23,2 23,8 0,6 63,2 64,5 1,3
15 R.G.S. 21,5 20,2 -1,3 23,4 22,4 -1 59,2 58,9 -0,3
16 R.B.R. 31,4 31,2 -0,2 24,4 25,6 1,2 58,4 61,2 2,8
17 R.P.F. 11 7,2 -3,8 19 18,5 -0,5 59,4 63 3,6
18 R.O.B.A. 22,8 20 -2,8 25,3 25,9 0,6 63,4 63,5 0,1
19 R.G.V. 22,7 23 0,3 24,9 24,1 -0,8 58,6 62,1 3,5
20 T.S.N.Jr. 21 20,4 -0,6 23,8 25,5 1,7 65 67,4 2,4
21 T.C.D. 22,9 20,6 -2,3 25,9 24,3 -1,6 54,3 55 0,7
22 T.C.S.C. 16,6 17,3 0,7 25,5 26,9 1,4 59,9 60,9 1
204
Apêndice
APÊNDICE AP – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
S-Go
1
S-Go
2
S-Go
2-1
1.PP
1
1.PP
2
1.PP
2-1
1.NA
1
1.NA
2
1.NA
2-1
1 A.M. 71,2 71,4 0,2 123,4 120,2 -3,2 35,7 32,8 -2,9
2 A.F.G. 67,2 70,5 3,3 115,8 116,9 1,1 33,7 33,5 -0,2
3 B.M.L. 69 69,8 0,8 111 108,6 -2,4 25,2 25,7 0,5
4 C.F.Z.S. 75 77,4 2,4 115,6 116,1 0,5 21,7 23,5 1,8
5 D.C.F. 66 70,3 4,3 114,2 115,8 1,6 27,6 28 0,4
6 D.B.F. 69,3 71,4 2,1 109,3 109,2 -0,1 24 22,8 -1,2
7 E.A. 70 75,2 5,2 107,2 108,9 1,7 14,3 12,3 -2
8 J.A.A.C. 72,1 75,4 3,3 102,3 101 -1,3 9,8 8 -1,8
9 L.G.B. 62,8 65,7 2,9 111,2 116,9 5,7 26,6 31,8 5,2
10 L.P.R.C. 63,7 65,5 1,8 110,1 109,7 -0,4 28,3 28,8 0,5
11 M.A.P.T. 67,1 67,8 0,7 115 110,8 -4,2 26,2 23,6 -2,6
12 M.H.T. 69,7 71 1,3 120,8 120,5 -0,3 24,9 25 0,1
13 M.G. 68,8 70,2 1,4 107 107,4 0,4 19,9 21,4 1,5
14 N.R.M.T. 72 73,9 1,9 115,4 121,1 5,7 21 28,5 7,5
15 R.G.S. 65,4 67,5 2,1 121,7 115,4 -6,3 31,1 24,5 -6,6
16 R.B.R. 63,1 64,9 1,8 114 114,8 0,8 26 27,3 1,3
17 R.P.F. 72,2 76,8 4,6 110,7 108,9 -1,8 26,1 23,8 -2,3
18 R.O.B.A. 68,6 68 -0,6 110,8 109,5 -1,3 22,1 21,4 -0,7
19 R.G.V. 65,4 68,3 2,9 111,9 114,2 2,3 28,7 31,7 3
20 T.S.N.Jr. 73,4 75,1 1,7 112,1 111,5 -0,6 26,6 26,8 0,2
21 T.C.D. 58,2 61,3 3,1 101,3 102,5 1,2 16,6 16,3 -0,3
22 T.C.S.C. 69,9 70 0,1 112,8 111,8 -1 29,3 28,9 -0,4
Apêndice
205
APÊNDICE AQ – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
1-NA
1
1-NA
2
1-NA
2-1
1-ENAperp
1
1-ENAperp
2
1-ENAperp
2-1
1-PP
1
1-PP
2
1-PP
2-1
1 A.M. 6,7 6,7 0 0,2 1 0,8 25,7 25,2 -0,5
2 A.F.G. 8,2 6,6 -1,6 -2,2 -3,1 -0,9 29,6 30,7 1,1
3 B.M.L. 4,1 5,2 1,1 -1,5 -2,4 -0,9 25,5 25,8 0,3
4 C.F.Z.S. 2,9 5 2,1 1,7 2,2 0,5 26,1 26,1 0
5 D.C.F. 6,8 7 0,2 2,5 3,1 0,6 27,8 28,8 1
6 D.B.F. 5,5 5,6 0,1 0,4 1,6 1,2 28,9 29,4 0,5
7 E.A. 1,2 0,6 -0,6 1,1 1,1 0 25,6 26,2 0,6
8 J.A.A.C. -0,5 -0,2 0,3 -0,8 -0,9 -0,1 27,4 27,2 -0,2
9 L.G.B. 5 6,6 1,6 -0,6 -0,4 0,2 24,9 25,5 0,6
10 L.P.R.C. 4,9 7,2 2,3 0 0,7 0,7 26,2 27,7 1,5
11 M.A.P.T. 7 5,1 -1,9 -0,7 -1,6 -0,9 28,6 31 2,4
12 M.H.T. 4,4 4,3 -0,1 4,4 2,6 -1,8 25,5 26,1 0,6
13 M.G. 2,9 3,3 0,4 -2,9 -3 -0,1 29,9 30,3 0,4
14 N.R.M.T. 4,2 7,6 3,4 3,9 6,2 2,3 25,9 27,1 1,2
15 R.G.S. 5,7 3,9 -1,8 1,5 0,2 -1,3 24,4 26,3 1,9
16 R.B.R. 6,3 6,3 0 -0,3 -0,4 -0,1 25,7 26,9 1,2
17 R.P.F. 5,7 5,7 0 -0,9 -0,5 0,4 26 26,9 0,9
18 R.O.B.A. 3,9 3,7 -0,2 0,9 0,4 -0,5 29 29,9 0,9
19 R.G.V. 6,8 8,5 1,7 2,4 -0,8 -3,2 27 28,1 1,1
20 T.S.N.Jr. 7,6 8 0,4 2,2 0,7 -1,5 31,2 32,6 1,4
21 T.C.D. 2,3 2,3 0 -3,7 -2,9 0,8 24,6 25,6 1
22 T.C.S.C. 6,2 6,2 0 -0,1 0,4 0,5 25,8 26,8 1
206
Apêndice
APÊNDICE AR – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
6-ENAperp
1
6-ENAperp
2
6-ENAperp
2-1
6-PP
1
6-PP
2
6-PP
2-1
6.PP
1
6.PP
2
6.PP
2-1
1 A.M. -30,9 -31,1 -0,2 21,7 21,9 0,2 72,7 74 1,3
2 A.F.G. -34,2 -34,1 0,1 22,8 23,4 0,6 64 65,7 1,7
3 B.M.L. -30,5 -30,4 0,1 19,6 18,8 -0,8 71,3 74,8 3,5
4 C.F.Z.S. -27 -26,4 0,6 19,8 20,5 0,7 77,3 79,7 2,4
5 D.C.F. -27,6 -27,4 0,2 18,6 20,9 2,3 71 73,3 2,3
6 D.B.F. -29,3 -28,2 1,1 22,5 23,3 0,8 72,7 77,8 5,1
7 E.A. -27 -27,6 -0,6 19 21,6 2,6 78 81,1 3,1
8 J.A.A.C. -30,6 -29,9 0,7 20,9 22,5 1,6 80,3 85,5 5,2
9 L.G.B. -28 -29 -1 19,5 21,4 1,9 71 74 3
10 L.P.R.C. -27,8 -27,1 0,7 19,2 19,9 0,7 73,2 71,4 -1,8
11 M.A.P.T. -34,6 -34,5 0,1 22,1 22,8 0,7 75,3 73,6 -1,7
12 M.H.T. -27,3 -28,5 -1,2 19,6 19,6 0 76,3 83,1 6,8
13 M.G. -32,3 -32,5 -0,2 20,7 21,3 0,6 70,3 72 1,7
14 N.R.M.T. -28,4 -26,7 1,7 22,7 24,5 1,8 79 83,2 4,2
15 R.G.S. -32 -32,3 -0,3 20 19,9 -0,1 71,8 72,3 0,5
16 R.B.R. -32,9 -32,2 0,7 18,5 20,3 1,8 75,2 73,9 -1,3
17 R.P.F. -29,4 -28,9 0,5 21 22,7 1,7 75,9 76,2 0,3
18 R.O.B.A. -32,4 -32,3 0,1 20,9 22 1,1 74,9 79,8 4,9
19 R.G.V. -26,7 -30,8 -4,1 19,2 21 1,8 73,5 76,1 2,6
20 T.S.N.Jr. -31,2 -31,4 -0,2 24,7 26 1,3 72,7 72 -0,7
21 T.C.D. -29 -27,9 1,1 16,9 18,5 1,6 69,7 69,6 -0,1
22 T.C.S.C. -30,7 -29,4 1,3 19,2 20,3 1,1 69 74 5
Apêndice
207
APÊNDICE AS – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
IMPA
1
IMPA
2
IMPA
2-1
1.NB
1
1.NB
2
1.NB
2-1
1-NB
1
1-NB
2
1-NB
2-1
1 A.M. 86,5 87,5 1 21,7 23,4 1,7 6,1 6,3 0,2
2 A.F.G. 83,1 86,1 3 18,6 21 2,4 3,5 3,3 -0,2
3 B.M.L. 89,3 88,2 -1,1 16 16 0 1,1 1 -0,1
4 C.F.Z.S. 102,9 100 -2,9 31,5 30,4 -1,1 5,1 5,7 0,6
5 D.C.F. 98 98,4 0,4 31,2 30,1 -1,1 7,1 7,5 0,4
6 D.B.F. 91,1 93 1,9 20,2 21,1 0,9 1,8 2,5 0,7
7 E.A. 93,2 96,9 3,7 25,3 28,6 3,3 4,8 5,3 0,5
8 J.A.A.C. 87,2 81,8 -5,4 15,4 10,4 -5 2,1 0,7 -1,4
9 L.G.B. 88,5 95,1 6,6 23 29,3 6,3 4,5 5,1 0,6
10 L.P.R.C. 95,4 96,1 0,7 22,2 24,5 2,3 2,7 3,8 1,1
11 M.A.P.T. 82,4 84,5 2,1 16,6 19,6 3 2,8 3,1 0,3
12 M.H.T. 97,2 95,3 -1,9 28,7 27,3 -1,4 8 6,9 -1,1
13 M.G. 97,2 94,7 -2,5 25,3 23 -2,3 5,1 5 -0,1
14 N.R.M.T. 103,9 103,7 -0,2 34,5 34,1 -0,4 6,8 7,4 0,6
15 R.G.S. 92,2 95 2,8 22,9 24,6 1,7 4,9 5,5 0,6
16 R.B.R. 95,1 98,3 3,2 26,4 29 2,6 5,2 5,7 0,5
17 R.P.F. 97,5 100,5 3 21,9 25,1 3,2 3,1 3 -0,1
18 R.O.B.A. 99,8 96,7 -3,1 31,8 29,6 -2,2 5,6 4,5 -1,1
19 R.G.V. 105,5 102,8 -2,7 30,9 28,1 -2,8 6,7 6,2 -0,5
20 T.S.N.Jr. 92,6 93,4 0,8 21,6 22,9 1,3 4,2 4,9 0,7
21 T.C.D. 96 97,5 1,5 24,4 26,6 2,2 4 4,4 0,4
22 T.C.S.C. 92,2 90,8 -1,4 20,9 19,9 -1 3,5 3,1 -0,4
208
Apêndice
APÊNDICE AT – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
1-Pogperp
1
1-Pogperp
2
1-Pogperp
2-1
1-GoMe
1
1-GoMe
2
1-GoMe
2-1
1 A.M. -11 -10,9 0,1 41,2 41,9 0,7
2 A.F.G. -11 -11,2 -0,2 39,2 39,9 0,7
3 B.M.L. -7,5 -6,9 0,6 34,3 34,9 0,6
4 C.F.Z.S. -4,1 -4,5 -0,4 38 39,5 1,5
5 D.C.F. -5,4 -5,1 0,3 38,9 40,2 1,3
6 D.B.F. -7,8 -7,7 0,1 37,7 38,1 0,4
7 E.A. -6,2 -5,9 0,3 40 42,7 2,7
8 J.A.A.C. -8,8 -11 -2,2 39,5 40,3 0,8
9 L.G.B. -6,9 -7 -0,1 37,2 38,5 1,3
10 L.P.R.C. -6,9 -7,1 -0,2 32 33,6 1,6
11 M.A.P.T. -11 -10,4 0,6 35,7 35,1 -0,6
12 M.H.T. -1,4 -2,1 -0,7 36,3 37 0,7
13 M.G. -4,9 -4,7 0,2 38,1 38,7 0,6
14 N.R.M.T. -2,7 -3,4 -0,7 37,1 38,9 1,8
15 R.G.S. -5,7 -5,6 0,1 36,6 37,5 0,9
16 R.B.R. -6,5 -6,5 0 36,8 36,7 -0,1
17 R.P.F. -6,8 -8,2 -1,4 36,6 38,7 2,1
18 R.O.B.A. -4,4 -5,7 -1,3 38,7 38,3 -0,4
19 R.G.V. -2,4 -2 0,4 37,6 38,7 1,1
20 T.S.N.Jr. -8,7 -8,3 0,4 38,2 39,1 0,9
21 T.C.D. -4,3 -3,9 0,4 33,1 33,9 0,8
22 T.C.S.C. -6,2 -7,5 -1,3 37,5 37,1 -0,4
Apêndice
209
APÊNDICE AU – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
6-
Pogperp
1
6-
Pogperp
2
6-
Pogperp
2-1
6-GoMe
1
6-GoMe
2
6-GoMe
2-1
6.GoMe
1
6.GoMe
2
6.GoMe
2-1
1 A.M. -34 -35 1 29,1 29,6 0,5 73 72 -1
2 A.F.G. -34,9 -34,6 -0,3 26,1 27,6 1,5 78,2 81,6 3,4
3 B.M.L. -34 -30,4 -3,6 25,4 25,8 0,4 86,8 84,9 -1,9
4 C.F.Z.S. -28,4 -28,8 0,4 31,6 32,7 1,1 84,2 81,6 -2,6
5 D.C.F. -29,6 -29,6 0 27,9 28,3 0,4 77,9 78,7 0,8
6 D.B.F. -30,1 -29,6 -0,5 27,4 27,7 0,3 82,1 82 -0,1
7 E.A. -30 -29,8 -0,2 30,7 32,9 2,2 79,3 79 -0,3
8 J.A.A.C. -32,5 -33,5 1 28,5 28,9 0,4 81,6 78,8 -2,8
9 L.G.B. -28,8 -28,3 -0,5 28,1 28,8 0,7 73,8 74 0,2
10 L.P.R.C. -31,1 -32,6 1,5 23,9 24,2 0,3 77,8 78,2 0,4
11 M.A.P.T. -32,4 -31,6 -0,8 26,4 26,9 0,5 77 77,4 0,4
12 M.H.T. -27,9 -26,9 -1 28,4 30 1,6 82,1 80 -2,1
13 M.G. -29,8 -28,7 -1,1 29,4 29,3 -0,1 85,1 89 3,9
14 N.R.M.T. -28 -26,5 -1,5 29,6 30,2 0,6 83 82 -1
15 R.G.S. -30,8 -31,3 0,5 25,9 25,6 -0,3 81 78 -3
16 R.B.R. -31,6 -30,4 -1,2 25,8 26,9 1,1 81,7 80 -1,7
17 R.P.F. -29,3 -30 0,7 27,4 29,4 2 82,5 81,2 -1,3
18 R.O.B.A. -31,3 -31 -0,3 29,2 27,6 -1,6 80,7 78 -2,7
19 R.G.V. -27 -25,4 -1,6 28,8 29 0,2 81 82 1
20 T.S.N.Jr. -34,8 -33,3 -1,5 26,3 27,2 0,9 77 78,9 1,9
21 T.C.D. -25,1 -25,3 0,2 24 24,4 0,4 85,1 86,4 1,3
22 T.C.S.C. -30,6 -30,1 -0,5 27 27,3 0,3 81,9 79,8 -2,1
210
Apêndice
APÊNDICE AV – Características cefalométricas individuais dos pacientes do Grupo
Controle.
Pacientes
TH
1
TH
2
TH
2-1
TV
1
TV
2
TV
2-1
Rel molar
1
Rel molar
2
Rel molar
2-1
1 A.M. 9,1 8,3 -0,8 1,6 1,9 0,3 0,3 0 -0,3
2 A.F.G. 10 9,8 -0,2 3,8 3,6 -0,2 1 1,2 0,2
3 B.M.L. 5,9 7,1 1,2 5 5,4 0,4 -0,7 0,8 1,5
4 C.F.Z.S. 6,6 4,8 -1,8 4,6 3,4 -1,2 -0,2 0,2 0,4
5 D.C.F. 8,8 9,2 0,4 5,3 6 0,7 -1,1 -2,6 -1,5
6 D.B.F. 7,7 7,6 -0,1 5,6 7 1,4 -0,1 0,5 0,6
7 E.A. 6,9 6,8 -0,1 6,2 6,3 0,1 -0,6 -0,1 0,5
8 J.A.A.C. 8,1 8,3 0,2 10 9,9 -0,1 -0,9 -0,7 0,2
9 L.G.B. 6,3 6,8 0,5 -0,1 -0,1 0 -0,4 0 0,4
10 L.P.R.C. 8,1 6,9 -1,2 2,3 3,7 1,4 -3,4 -3,5 -0,1
11 M.A.P.T. 13,3 11,7 -1,6 1,4 0,7 -0,7 1,3 1,3 0
12 M.H.T. 7,3 8,2 0,9 3,3 3,7 0,4 0,7 1 0,3
13 M.G. 8 10,5 2,5 6,1 6,1 0 -1,9 -0,6 1,3
14 N.R.M.T. 7,8 9,8 2 -1,3 0,7 2 -0,5 -0,1 0,4
15 R.G.S. 8,2 7,2 -1 2,4 5,6 3,2 -0,3 -0,3 0
16 R.B.R. 10,2 9,3 -0,9 5,4 3,1 -2,3 -0,3 -0,4 -0,1
17 R.P.F. 5,5 5,3 -0,2 4,6 4,1 -0,5 0,4 -0,1 -0,5
18 R.O.B.A. 5,9 6 0,1 3,6 4,6 1 1,2 1,4 0,2
19 R.G.V. 7 9,2 2,2 5 5,3 0,3 -2,3 -0,8 1,5
20 T.S.N.Jr. 10,4 10,2 -0,2 5,5 5,7 0,2 -1,6 -1,7 -0,1
21 T.C.D. 6,9 5,9 -1 5,4 5,9 0,5 -2,4 -2,4 0
22 T.C.S.C. 7,8 8,4 0,6 4,3 4 -0,3 -0,3 -0,4 -0,1
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