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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU
LÍVIA MARIA ANDRADE DE FREITAS
Estudo cefalométrico das estruturas esqueléticas, dentárias e
tegumentares, em jovens brasileiros, leucodermas, feodermas e
melanodermas, com "oclusão normal"
BAURU
2008
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LÍVIA MARIA ANDRADE DE FREITAS
Estudo cefalométrico das estruturas esqueléticas, dentárias e
tegumentares, em jovens brasileiros, leucodermas, feodermas e
melanodermas, com "oclusão normal"
Tese apresentada à Faculdade de
Odontologia de Bauru, Universidade de São
Paulo, como parte dos requisitos para
obtenção do título de Doutor em
Odontologia.
Área de concentração: Ortodontia
Orientadora: Prof. Dr. Arnaldo Pinzan
BAURU
2008
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a
reprodução total ou parcial desta tese, por processos
fotocopiadores e outros meios eletrônicos.
Assinatura:
Data:
Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de
Bauru /USP:
Data de aprovação: 29/08/2007
Protocolo Nº: 105/2007
Freitas, Lívia Maria Andrade de
F884e Estudo cefalométrico das estruturas esqueléticas,
dentárias e tegumentares, em jovens brasileiros,
leucodermas, feodermas e melanodermas, com
"oclusão normal" / Lívia Maria Andrade de Freitas. --
Bauru, 2008.
174 p.: il. ; 30 cm.
Tese (Doutorado) -- Faculdade de Odontologia de
Bauru. Universidade de São Paulo.
Orientador: Prof. Dr. Arnaldo Pinzan
LIVIA MARIA ANDRADE DE FREITAS UCHIYAMA
Dados Curriculares
24 de agosto de 1975
Nascimento – Salvador – BA
Filiação
Álvaro Marques de Freitas
Maria José Andrade de Freitas
1994-1998
Curso de Graduação em Odontologia
Universidade do Sagrado Coração – Bauru-SP
2001-2004
Curso de Aperfeiçoamento em Ortodontia na
ACOPEN – Bauru
2003-2005
Curso de Pós-graduação em Ortodontia, em
nível de Mestrado, pela Faculdade de
Odontologia de Bauru Universidade de São
Paulo
2005-2008
Curso de Pós-graduação em Ortodontia, em
nível de Doutorado, pela Faculdade de
Odontologia de Bauru Universidade de São
Paulo
Associações
Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas
Dedicatória
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
Wxw|vtà™Ü|t
Wxw|vtà™Ü|tWxw|vtà™Ü|t
Wxw|vtà™Ü|t
A Wxâá
WxâáWxâá
Wxâá pela força inexplicável, pela calma e discernimento a mim concedidos nos
momentos mais difíceis, e pelo imenso amor! Agradeço por me carregar no colo
quando achei que não fosse conseguir!
Aos meus pais, ˙ÄätÜÉ x `tÜ|t
˙ÄätÜÉ x `tÜ|t˙ÄätÜÉ x `tÜ|t
˙ÄätÜÉ x `tÜ|t
]Éá°
]Éá°]Éá°
]Éá°, pela confiança, apoio, educação e carinho
ao longo de toda a minha vida. Obrigada pelo esforço e dedicação em me fazer
uma vencedora! Vocês foram fundamentais para que eu chegasse até aqui!
Dedicatória
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
C
erta vez falaram que foi um fato incorreto ou talvez que não era o momento
correto para acontecer o que aconteceu, exatamente, no ano de 1997. Hoje esse
fato faz pensar que a conseqüência em minha vida deste episódio, foi a maior
alegria, não, o maior presente e dádiva Dele, DEUS. Ele guiou e traçou ali, naquele
momento a minha mudança e minha vida tornou-se algo inexplicável. A partir
daquele momento nunca iria imaginar que a vida iria se destrinchar numa só palavra:
AMOR. “Amo a vida”. E se fosse para retorná-la daquele fato histórico, eu digo que
queria tudo igual e com todas as pessoas que Deus colocou em minha vida. TUDO
EXATAMENT IGUAL. As coisas começaram a fazer sentido. A minha fé Nele e em sua
clara existência intensificou de forma incomensurável. Encontrei respostas para
tantas dúvidas. O valor da minha família, o amor inexplicável por eles, a gratidão por
existirem em minha vida, pessoas tão magníficas que perdoam sempre minhas
insanidades, que me amam como sou, com defeitos e com minha ausência por 15
anos.
P
essoas não, anjos que Deus enviou e conheci em 1975. Anjos perfeitos: meus pais
maravilhosos e admiráveis: Álvaro e Maria José. Meus companheiros eternos, meus
irmãos: Z|Çt
Z|ÇtZ|Çt
Z|Çt, aÉ|
aÉ|aÉ|
aÉ|, Ç
VÉÇVÉÇ
VÉdžt
†t†t
†t e \Ç{É
\Ç{É\Ç{É
\Ç{É (minha paixão!). Tudo ficou claro a partir
daquele momento. Iniciei um processo de conhecimento. Conhecimento da vida, de
sua preciosidade e da palavra “AMOR”. E Deus me presenteou quando decidi que
iria ser Mãe. Palavra tão forte, intensa e imprescindível na vida de uma mulher.
Obrigada Deus.
E
ntão tudo se encaixou e iniciei a querer sempre e traçar um objetivo em minha
vida, pensando sempre neste fato que tanto abordo aqui. Tracei meus objetivos a
partir daquele momento, fiz a residência em radiologia, estudei com garra para
seguir minha carreira docente, iniciando meu mestrado e agora concluo meu
doutorado. Uma etapa inicial cumprida. E com a graça de Deus, com pessoas
maravilhosas, que me proporcionaram tudo que sou hoje. Minha família Glauber e
sua família e amigos eternos, professores, meu orientador, funcionários, todos que
passaram esses anos ao meu lado. Realizei meu grande sonho até aqui. Meus
valores mudaram tanto! Encontro significado para tudo em minha vida. Deus
sempre tem uma razão para tudo. Mesmo em pequenas coisas que ocorrem em
nossas vidas. Enfim, não poderia finalizar sem dizer-lhes qual foi esse “fato” tão
citado e tão importante na minha vida. O que na verdade não é simplesmente um
fato e sim uma pessoa, um único ser que mudou tudo em minha caminhada, em
minha existência e é a razão da minha vida: `tÜ|t XwâtÜwt
`tÜ|t XwâtÜwt`tÜ|t XwâtÜwt
`tÜ|t XwâtÜwt minha adorada
FILHA!
Dedicatória
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
À grande razão de minha vida`tÜ|t XwâtÜwt
`tÜ|t XwâtÜwt`tÜ|t XwâtÜwt
`tÜ|t XwâtÜwt”:
Velha Infância
Tribalistas
Você é assim
Um sonho prá mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...
Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só...
Você é assim
Um sonho prá mim
Quero te encher de beijos
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...
Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só...
Você é assim
Um sonho prá mim
Você é assim...
Você é assim...
Você é assim...
-"Você é assim
Um sonho prá mim
E quando eu não te vejo
Penso em você
Desde o amanhecer
Até quando me deito
Eu gosto de você
Eu gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor"
Dedicatória
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
À minha base, alicerce, “Família”:
Minhas irmãs maravilhosas: Z|z|
Z|z|Z|z|
Z|z|, aÉ|
aÉ|aÉ|
aÉ|, e minha grande e admirável incentivadora de
profissão: džt
VÉdžtVÉdžt
VÉdžt;
Meu irmão, minha paixão, \Ç{É
\Ç{É\Ç{É
\Ç{É;
Todos os meus lindos e amados sobrinhos(a);
Meus Cunhados(a): `tÜvÉ
`tÜvÉ`tÜvÉ
`tÜvÉ, at|ÄàÉÇ
at|ÄàÉÇat|ÄàÉÇ
at|ÄàÉÇ, c|ÅxÇàt
c|ÅxÇàtc|ÅxÇàt
c|ÅxÇàt, ZtuÜ|xÄt
ZtuÜ|xÄtZtuÜ|xÄt
ZtuÜ|xÄt e atàtá{t
atàtá{tatàtá{t
atàtá{t.
Amo vocês.
“Procuremos viver em união,
em espírito de caridade,
perdoando uns aos outros as nossas pequenas faltas e defeitos.
É necessário saber desculpar para viver em paz e união.”
Irmã Dulce
Dedicatória
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
Minha eterna família “hv{|çtÅt
hv{|çtÅthv{|çtÅt
hv{|çtÅt”:
Dr. }|
\â}|\â}|
\â}|, WÉÇt
WÉÇtWÉÇt
WÉÇt \étâÜt
\étâÜt\étâÜt
\étâÜt, ZÄtâuxÜ
ZÄtâuxÜZÄtâuxÜ
ZÄtâuxÜ, ZÄtâvx
ZÄtâvxZÄtâvx
ZÄtâvx, [xÄwxÜ
[xÄwxÜ[xÄwxÜ
[xÄwxÜ, WÉÇ|éxà|
WÉÇ|éxà|WÉÇ|éxà|
WÉÇ|éxà|, WtÇw|Ç{t
WtÇw|Ç{tWtÇw|Ç{t
WtÇw|Ç{t,
ctâÄt
ctâÄtctâÄt
ctâÄt e Utà|tÇ
Utà|tÇUtà|tÇ
Utà|tÇ.
“Às vezes há uma dor invisível no coração.
Uma dor profunda, indescritível.
É a solidão, e a ela não podemos nos render.
DEUS criou gestos simples para curar essa dor...”
Irmã Dulce
Vocês sempre curaram minha dor, com muito carinho. Serei eternamente grata.
Dedicatória
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
Em especial, com minha eterna gratidão e amor para minha grande amiga ^tÜ|Çt
^tÜ|Çt^tÜ|Çt
^tÜ|Çt
Freitas e seu filho g{|tzÉ
g{|tzÉg{|tzÉ
g{|tzÉ,
AMIGOS
Vinícius de Moraes
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessita que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o
amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus
amores, mais enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
E o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta – me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto
deles.
Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação dos meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os
procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem
Noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu
equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente,
construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morressem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonha, pois essa minha prece é, em
síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai – me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele
prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida
não permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos,
e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus
amigos!
Agente não faz amigos, reconhecem – os.
Agradecimentos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
TzÜtwxv|ÅxÇàÉá
TzÜtwxv|ÅxÇàÉáTzÜtwxv|ÅxÇàÉá
TzÜtwxv|ÅxÇàÉá
Meu Agradecimento Especial ao meu estimável “mentor”, educador e orientador
TÉ cÜÉyxááÉÜ WÉâàÉÜ TÜÇtÄwÉ c|ÇétÇ x ytÅ•Ä|t
TÉ cÜÉyxááÉÜ WÉâàÉÜ TÜÇtÄwÉ c|ÇétÇ x ytÅ•Ä|tTÉ cÜÉyxááÉÜ WÉâàÉÜ TÜÇtÄwÉ c|ÇétÇ x ytÅ•Ä|t
TÉ cÜÉyxááÉÜ WÉâàÉÜ TÜÇtÄwÉ c|ÇétÇ x ytÅ•Ä|t
Por sua dedicação ao conduzir seus orientados, sem interferir nas suas vidas
pessoais, mostrando quão importante é transmitir com presteza, educação e
segurança. Na verdade seu ideal é a proeza da exploração científica, buscando
detalhes mínimos da investigação para geração de respostas clínicas, que nos
levarão a rever conceitos ou solidificar os que regem a prática odontológica.
Meu muito obrigado pelos ensinamentos e pelo convívio amistoso.
Agradecimentos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
Meu Agradecimento Especial com admiração e ternura
TÉ cÜÉyA WÜA `tÜvÉá eÉuxÜàÉ wx YÜx|àtá x ytÅ•Ä|t
TÉ cÜÉyA WÜA `tÜvÉá eÉuxÜàÉ wx YÜx|àtá x ytÅ•Ä|tTÉ cÜÉyA WÜA `tÜvÉá eÉuxÜàÉ wx YÜx|àtá x ytÅ•Ä|t
TÉ cÜÉyA WÜA `tÜvÉá eÉuxÜàÉ wx YÜx|àtá x ytÅ•Ä|t
Um exemplo de dedicação à docência,
que trabalhando sempre com entusiasmo e satisfação,
procura ajudar a todos que o solicitam.
Ser-lhe-ei eternamente grata por acreditar em mim
e permitir que eu fizesse minhas escolhas
galgando o caminho mais correto para
conclusão deste curso de Mestrado.
Agradecimentos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
Meu Agradecimento Especial
TÉ cÜÉyA WÜA ]Éá° YxÜÇtÇwÉ VtáàtÇ{t [xÇÜ|Öâxá?
TÉ cÜÉyA WÜA ]Éá° YxÜÇtÇwÉ VtáàtÇ{t [xÇÜ|Öâxá? TÉ cÜÉyA WÜA ]Éá° YxÜÇtÇwÉ VtáàtÇ{t [xÇÜ|Öâxá?
TÉ cÜÉyA WÜA ]Éá° YxÜÇtÇwÉ VtáàtÇ{t [xÇÜ|Öâxá?
pela oportunidade concedida e pelos ensinamentos que contribuíram para minha
formação ortodôntica.
TÉ cÜÉyA WÜA Zâ|Ä{xÜÅx wÉá ex|á cxÜx|Üt ]tÇáÉÇ?
TÉ cÜÉyA WÜA Zâ|Ä{xÜÅx wÉá ex|á cxÜx|Üt ]tÇáÉÇ?TÉ cÜÉyA WÜA Zâ|Ä{xÜÅx wÉá ex|á cxÜx|Üt ]tÇáÉÇ?
TÉ cÜÉyA WÜA Zâ|Ä{xÜÅx wÉá ex|á cxÜx|Üt ]tÇáÉÇ?
com a sua arte da sabedoria, pela oportunidade do conhecimento do mundo
científico.
TÉ cÜÉyA WÜA exÇt
TÉ cÜÉyA WÜA exÇtTÉ cÜÉyA WÜA exÇt
TÉ cÜÉyA WÜA exÇtàÉ eÉwÜ|zâxá wx TÄÅx|wt?
àÉ eÉwÜ|zâxá wx TÄÅx|wt? àÉ eÉwÜ|zâxá wx TÄÅx|wt?
àÉ eÉwÜ|zâxá wx TÄÅx|wt?
por honrar-me com seus ensinamentos, engrandecendo a Ortodontia e a minha
formação profissional.
TÉ cÜÉyA WÜA W°v|É eÉwÜ|zâxá `tÜà|Çá x áât Çxàt `tÜ|t YxÜÇtÇwt?
TÉ cÜÉyA WÜA W°v|É eÉwÜ|zâxá `tÜà|Çá x áât Çxàt `tÜ|t YxÜÇtÇwt? TÉ cÜÉyA WÜA W°v|É eÉwÜ|zâxá `tÜà|Çá x áât Çxàt `tÜ|t YxÜÇtÇwt?
TÉ cÜÉyA WÜA W°v|É eÉwÜ|zâxá `tÜà|Çá x áât Çxàt `tÜ|t YxÜÇtÇwt?
pelos sábios ensinamentos transmitidos durante o curso.
Agradecimentos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
Meu Agradecimento àqueles que serão inesquecíveis
À tia XÄt|Çx
XÄt|ÇxXÄt|Çx
XÄt|Çx, seu esposo, ctâÄ|Ç{t
ctâÄ|Ç{tctâÄ|Ç{t
ctâÄ|Ç{t, exÇtàt
exÇtàtexÇtàt
exÇtàt, cxwÜÉ
cxwÜÉcxwÜÉ
cxwÜÉ, g{ÉÅ
g{ÉÅtág{ÉÅtá
g{ÉÅtá, eÉwÜ|zÉ
eÉwÜ|zÉeÉwÜ|zÉ
eÉwÜ|zÉ.
Minhas amigas que contribuíram neste trabalho e merecem minha eterna gratidão,
_xÇÉvt
_xÇÉvt_xÇÉvt
_xÇÉvt, `ö
,
e _tÜ|
_tÜ|_tÜ|
_tÜ|.
Minhas amigas _xà•v|t
_xà•v|t_xà•v|t
_xà•v|t e `tÜ|tÇt
`tÜ|tÇt`tÜ|tÇt
`tÜ|tÇt e família, com muito amor, minha gratidão.
E aqueles que participaram da minha vida, de uma maneira extremamente intensa:
Uxà|Ç{É
Uxà|Ç{ÉUxà|Ç{É
Uxà|Ç{É, Z{|áÉvt? Wâwt? Yöu|É? x XÜ|v~? Ç|ÉÜ? gtà| `tàÉá|Ç{É?
Z{|áÉvt? Wâwt? Yöu|É? x XÜ|v~? ]ØÇ|ÉÜ? gtà| `tàÉá|Ç{É? Z{|áÉvt? Wâwt? Yöu|É? x XÜ|v~? ]ØÇ|ÉÜ? gtà| `tàÉá|Ç{É?
Z{|áÉvt? Wâwt? Yöu|É? x XÜ|v~? ]ØÇ|ÉÜ? gtà| `tàÉá|Ç{É?
W£ `x|Üt? `tÜ|t VÄtÜt? _Ø fztä|ÉÄ|? ZØ `ÉÄ|Çt? m|ét? `tâÜ•v|É?
W£ `x|Üt? `tÜ|t VÄtÜt? _Ø fztä|ÉÄ|? ZØ `ÉÄ|Çt? m|ét? `tâÜ•v|É? W£ `x|Üt? `tÜ|t VÄtÜt? _Ø fztä|ÉÄ|? ZØ `ÉÄ|Çt? m|ét? `tâÜ•v|É?
W£ `x|Üt? `tÜ|t VÄtÜt? _Ø fztä|ÉÄ|? ZØ `ÉÄ|Çt? m|ét? `tâÜ•v|É?
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ff
xÄ|Ç{t? `|ÄÉvt? bÄ•ä|t
àxÄ|Ç{t? `|ÄÉvt? bÄ•ä|tàxÄ|Ç{t? `|ÄÉvt? bÄ•ä|t
àxÄ|Ç{t? `|ÄÉvt? bÄ•ä|t.
Meu Agradecimento
Ao cÜÉyA WÜA _â|é YxÜÇtÇwÉ cxzÉÜtÜÉ
cÜÉyA WÜA _â|é YxÜÇtÇwÉ cxzÉÜtÜÉcÜÉyA WÜA _â|é YxÜÇtÇwÉ cxzÉÜtÜÉ
cÜÉyA WÜA _â|é YxÜÇtÇwÉ cxzÉÜtÜÉ, Digníssimo Diretor da Faculdade de
Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo.
Ao Prefeito do Campus Administrativo de Bauru-USP, cÜÉyA WÜA ]Éá° eÉuxÜàÉ
cÜÉyA WÜA ]Éá° eÉuxÜàÉ cÜÉyA WÜA ]Éá° eÉuxÜàÉ
cÜÉyA WÜA ]Éá° eÉuxÜàÉ
wx
wxwx
wx
`tztÄ{ûxá UtáàÉáA
`tztÄ{ûxá UtáàÉáA`tztÄ{ûxá UtáàÉáA
`tztÄ{ûxá UtáàÉáA
À cÜÉyŒ WÜŒ `tÜ|t TÑtÜxv|wt wx TÇwÜtwx `ÉÜx|Üt `tv{twÉ
cÜÉyŒ WÜŒ `tÜ|t TÑtÜxv|wt wx TÇwÜtwx `ÉÜx|Üt `tv{twÉcÜÉyŒ WÜŒ `tÜ|t TÑtÜxv|wt wx TÇwÜtwx `ÉÜx|Üt `tv{twÉ
cÜÉyŒ WÜŒ `tÜ|t TÑtÜxv|wt wx TÇwÜtwx `ÉÜx|Üt `tv{twÉ,
Presidente da Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Odontologia de Bauru,
da Universidade de São Paulo.
Ao Prof. Dr. José Roberto Lauris pela orientação, paciência e auxílio na realização
dos testes estatísticos.
As cÜÉytáA WÜtáA TÇt VÄtØw|t VÉÇà|
cÜÉytáA WÜtáA TÇt VÄtØw|t VÉÇà|cÜÉytáA WÜtáA TÇt VÄtØw|t VÉÇà|
cÜÉytáA WÜtáA TÇt VÄtØw|t VÉÇà| e WtÇ|xÄt ZtÜ|u
WtÇ|xÄt ZtÜ|uWtÇ|xÄt ZtÜ|u
WtÇ|xÄt ZtÜ|u, pelos
ensinamentos transmitidos e amizade.
Aos meus amigos do Curso de Doutorado, TÄxåtÇwÜx? WtÜã|Ç? YxÜ bééç?
TÄxåtÇwÜx? WtÜã|Ç? YxÜ bééç? TÄxåtÇwÜx? WtÜã|Ç? YxÜ bééç?
TÄxåtÇwÜx? WtÜã|Ç? YxÜ bééç?
YxÜ cxwÜ|Ç? ^xÄ|Ç{t? ctâÄt? VtvÉ? etyt? e£? f°Üz|
YxÜ cxwÜ|Ç? ^xÄ|Ç{t? ctâÄt? VtvÉ? etyt? e£? f°Üz|YxÜ cxwÜ|Ç? ^xÄ|Ç{t? ctâÄt? VtvÉ? etyt? e£? f°Üz|
YxÜ cxwÜ|Ç? ^xÄ|Ç{t? ctâÄt? VtvÉ? etyt? e£? f°Üz|É? VtÜÄÉá
É? VtÜÄÉá É? VtÜÄÉá
É? VtÜÄÉá
[xÇÜ|Öâx? `tÜ|áx x VtÜÄÉá VtuÜxÜt
[xÇÜ|Öâx? `tÜ|áx x VtÜÄÉá VtuÜxÜt[xÇÜ|Öâx? `tÜ|áx x VtÜÄÉá VtuÜxÜt
[xÇÜ|Öâx? `tÜ|áx x VtÜÄÉá VtuÜxÜt pela amizade, pelos momentos vividos e
por tudo que aprendemos e compartilhamos.
Aos funcionários da disciplina de Ortodontia, ixÜt
ixÜtixÜt
ixÜt ;ixÜ|Ç{t<? VÜ|áà|Çt
;ixÜ|Ç{t<? VÜ|áà|Çt ;ixÜ|Ç{t<? VÜ|áà|Çt
;ixÜ|Ç{t<? VÜ|áà|Çt
;VÜ|á<? ax|wx ;ax|w|Ç{t<? f°Üz|É?
;VÜ|á<? ax|wx ;ax|w|Ç{t<? f°Üz|É?;VÜ|á<? ax|wx ;ax|w|Ç{t<? f°Üz|É?
;VÜ|á<? ax|wx ;ax|w|Ç{t<? f°Üz|É? por toda a atenção e amizade durante
todo o nosso convívio.
Obrigada, ixÜ|Ç{t
ixÜ|Ç{tixÜ|Ç{t
ixÜ|Ç{t, pelos sábios ensinamentos de vida.
Agradecimentos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
Aos eternos amigos, f¨Ç|t? _âv|tÇt? V°átÜ? WtÇ| ;UÉÇ°<? x WtÇ|ÄÉ
f¨Ç|t? _âv|tÇt? V°átÜ? WtÇ| ;UÉÇ°<? x WtÇ|ÄÉf¨Ç|t? _âv|tÇt? V°átÜ? WtÇ| ;UÉÇ°<? x WtÇ|ÄÉ
f¨Ç|t? _âv|tÇt? V°átÜ? WtÇ| ;UÉÇ°<? x WtÇ|ÄÉ,
por todo carinho, amizade e respeito com que sempre me trataram.
Aos funcionários da Pós-Graduação pela atenção e simpatia, `xz? _£? gxvt?
`xz? _£? gxvt? `xz? _£? gxvt?
`xz? _£? gxvt?
Z|tÇx x ZâáàtäÉ
Z|tÇx x ZâáàtäÉZ|tÇx x ZâáàtäÉ
Z|tÇx x ZâáàtäÉ.
Em especial à `tÜ|áàxÄt
`tÜ|áàxÄt`tÜ|áàxÄt
`tÜ|áàxÄt, pelo carinho, amizade, ensinamentos, facilidades e
atenção que sempre recebi, imprescindível para a conclusão de todo meu processo
acadêmico.
Ao YtuÜ•v|É
YtuÜ•v|ÉYtuÜ•v|É
YtuÜ•v|É, pela ajuda na finalização da parte gráfica deste estudo.
Aos Ñtv|xÇàxá
Ñtv|xÇàxáÑtv|xÇàxá
Ñtv|xÇàxá, que contribuíram para o meu enriquecimento profissional, com
carinho.
À VTcXf
VTcXfVTcXf
VTcXf pelo auxílio à minha pesquisa, por meio de concessão de bolsa de
estudo.
Enfim, agradeço a todos aqueles que contribuíram, direta ou indiretamente, por
proporcionar inúmeros momentos de felicidade e sonhos realizados.
Epígrafe
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
XÑ•zÜtyx
XÑ•zÜtyxXÑ•zÜtyx
XÑ•zÜtyx
“O sábio não se exibe, e por isso brilha.
Ele não se faz notar, e por isso é notado.
Ele não se elogia, e por isso tem mérito.
E porque não está competindo ninguém no
mundo pode competir com ele.”
Lao Tsu
Resumo
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
RESUMO
Atualmente, as áreas metropolitanas apresentam uma população
diversificada, estabelecendo a necessidade de reconhecer que um único padrão de
estética facial não é apropriado para as decisões de diagnóstico e plano de
tratamento ortodôntico, para indivíduos de várias origens étnicas, que migraram para
distintas regiões geográficas. Com o propósito de apresentar a importância de um
padrão cefalométrico específico para os jovens brasileiros leucodermas,
melanodermas e feodermas, este estudo propôs obter os valores médios de
normalidade para as grandezas cefalométricas esqueléticas, dentárias e
tegumentares, comparar os valores obtidos entre os grupos étnicos e verificar a
presença de dimorfismo entre os gêneros. A amostra constituiu-se de 146
telerradiografias em norma lateral de indivíduos jovens brasileiros não tratados,
apresentando “oclusão normal”, divididos em três grupos: Grupo 1- 50 indivíduos
leucodermas (25 de cada gênero) com idade média de 13,17 anos; Grupo 2- 40
indivíduos feodermas (20 de cada gênero) com idade média de 13,12 anos; e Grupo
3- 56 indivíduos melanodermas (28 de cada gênero) com idade média de 13,24
anos. Para a avaliação da compatibilidade intergrupos quanto à idade e comparação
dos valores das grandezas cefalométricas, utilizou-se a análise de variância
(ANOVA) seguida pelo teste de Tukey. Para avaliação do dimorfismo entre os
gêneros, realizou-se o teste t independente. Os melanodermas apresentaram a
maior protrusão maxilar, os incisivos inferiores mais vestibularizados e os lábios
superior e inferior mais proeminentes; os feodermas apresentaram valores
intermediários, e os leucodermas os menores valores, com diferenças significantes
entre os três grupos avaliados. Além disso, os melanodermas e feodermas,
comparados aos leucodermas, apresentaram maior protrusão mandibular, um
padrão de crescimento mais horizontal e os incisivos superiores mais
vestibularizados e protruídos. No entanto, os melanodermas, quando comparados
aos feodermas e leucodermas, demonstraram maior discrepância maxilomandibular,
maior convexidade facial óssea, maior protrusão dos incisivos inferiores e o ângulo
nasolabial mais agudo. Encontrou-se também, dimorfismo entre gêneros para
algumas variáveis cefalométricas nos três grupos étnicos.
Palavras-chave: Grupos étnicos. Cefalometria. Valores normais.
Abstract
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
ABSTRACT
Cephalometric study of skeletal, dental and soft tissue structures in white,
black and afrocaucasian young Brazilian descents with “normal occlusion”
Actually, metropolitan areas have diverse populations, with a need to
recognize that a standard of facial esthetics might not be appropriate when making
orthodontics diagnostic and treatment plans for patients from various racial and
ethnic backgrounds that migrated to distinct geographic bounds. With the purpose of
using a specific cephalometric standard for white, black and afrocaucasian young
Brazilian descents, this study aimed to obtain mean normal values to skeletal, dental
and soft tissue cephalometric variables and to compare the values obtained among
the ethnic groups and to verify the presence of sexual dimorphism. The sample
comprised 146 lateral cephalograms of untreated young Brazilian subjects,
presenting “normal occlusion”, divided into three groups: Group 1- 50 White subjects
(25 of each sex), at a mean age of 13.17 years; Group 2- 40 afrocaucasian descents
(20 of each sex), at a mean age of 13.12 years; Group 3- 56 Black subjects (28 of
each sex), at a mean age of 13.24 years. Evaluation of intergroup compatibility
regarding age and comparison of values of cephalometric measurements were
performed by one-way ANOVA followed by Tukey test. Independent t tests were
used to determine sexual dimorphism. Blacks presented the greatest maxillary
protrusion, greatest labial tipping of mandibular incisors, and the most prominent
upper and lower lips; afrocaucasian descents presented intermediate values, and
whites presented the lowest values, with significant differences among the three
groups evaluated. Besides, blacks and afrocaucasians, when related to whites,
presented a greater mandibular protrusion, more horizontal growth pattern and more
protruded and proclinated maxillary incisors. However, blacks, when compared to
afrocaucasian and whites, presented a greater maxillomandibular discrepancy, a
greater facial convexity, a greater protrusion of mandibular incisors and a more acute
nasolabial angle. There was sexual dimorphism in some cephalometric variables in
the three ethnic groups.
Key-words: Ethnic groups. Cephalometrics. Normal values.
Lista de Ilustrações
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURAS
Figura 4.1 - Cefalograma e pontos cefalométricos ............................................................................ 85
Figura 4.2 - Linhas e planos: Variáveis cefalométricas esqueléticas, de acordo com Wylie (1947);
Downs (1948); Tweed (1945); Riedel (1952); Ricketts (1960); Steiner e Riedel (1962);
McNamara Jr (1984). ...................................................................................................... 87
Figura 4.3 - Linhas e planos: Variáveis cefalométricas dentárias, de acordo com Downs (1948);
Steiner (1953); Steiner e Riedel (1962) .......................................................................... 89
Figura 4.4 - Linhas e planos: Variáveis cefalométricas tegumentares, de acordo com Burstone
(1958); Ricketts (1960); Merrifield (1966); Legan e Burstone (1980); McNamara Jr
(1984) ............................................................................................................................. 91
GRÁFICOS
Gráfico 6.1A - Valores das variáveis SNA; Co-A; A-Nperp ................................................................. 112
Gráfico 6.1B - Valores das variáveis SNB; Co-Gn; P-Nperp; P-NB .................................................... 114
Gráfico 6.2 – Valores das variáveis ANB; WITS; NAP ...................................................................... 117
Gráfico 6.3 - Valores das variáveis FMA; SN.GoGn; SN.Ocl; AFAI.................................................. 121
Gráfico 6.4 - Valores das variáveis 1.NA; 1-NA; 1.NB; 1-NB ............................................................ 124
Gráfico 6.5 - Valores das variáveis Stmi-Li-Pog’; Cm.Sn.Ls; Gl.Sn.Pog’; Sn-Stms; Ls-Sn-Pog’; Li-
SnPog’; Stms-IS; Stms-Stmi; Li-E; Ls-E ....................................................................... 126
Lista de Tabelas
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.1 - Variáveis cefalométricas esqueléticas ........................................................................... 86
Tabela 4.2 - Variáveis cefalométricas dentárias ................................................................................. 88
Tabela 4.3 - Variáveis cefalométricas tegumentares ......................................................................... 90
Tabela 5.1 - Apresentação para os dois tempos de medições realizadas, das médias e desvios
padrão, do teste “t” e do erro casual .............................................................................. 96
Tabela 5.2 - Estatística descritiva (média, desvio padrão, mínima e máxima) da idade dos três
grupos étnicos completos e divididos de acordo com o gênero .................................... 97
Tabela 5.3 - Médias e desvios padrão das variáveis cefalométricas, nos três grupos étnicos, os
resultados do ANOVA e teste de Tukey (obs: letras diferentes indicam diferença
estatisticamente significante) ......................................................................................... 98
Tabela 5.4 - Análise estatística do teste “t” independente para o dimorfismo entre gêneros, em
jovens brasileiros leucodermas ...................................................................................... 99
Tabela 5.5 - Análise estatística do teste “t” independente para o dimorfismo entre gêneros, em
jovens brasileiros feodermas ........................................................................................ 100
Tabela 5.6 - Análise estatística do teste “t” independente para o dimorfismo entre gêneros, em
jovens brasileiros melanodermas ................................................................................. 101
Sumário
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 47
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................ 49
2.1 ABORDAGEM CONCEITUAL DAS NOÇÕES DE RAÇA E ETNIAS ................................... 51
2.1.1 Considerações históricas das diversas etnias no Brasil ............................................... 52
2.2 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL ............................................... 53
2.2.1 Complexo maxilomandibular ............................................................................................. 54
2.2.2 Mecanismo de compensação dentoalveolar .................................................................... 55
2.2.3 Papel dos tecidos moles e da matriz funcional ............................................................... 56
2.3 CEFALOMETRIA .................................................................................................................. 57
2.3.1 As análises cefalométricas: estruturas esqueléticas e dentárias ................................. 58
2.3.2 As análises cefalométricas: estruturas tegumentares ................................................... 61
2.4 AVALIAÇÃO DAS GRANDEZAS CEFALOMÉTRICAS EM DIFERENTES GRUPOS
ÉTNICOS .............................................................................................................................. 64
2.4.1 Relação das estruturas esqueléticas ................................................................................ 64
2.4.2 Relação das estruturas dentárias ..................................................................................... 69
2.4.3 Relação das estruturas tegumentares .............................................................................. 71
3 PROPOSIÇÃO ...................................................................................................................... 75
4 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................... 79
4.1 MATERIAL ............................................................................................................................ 81
4.2 MÉTODOS ............................................................................................................................ 82
4.2.1 Elaboração do Cefalograma .............................................................................................. 82
4.2.2 Delimitação das estruturas anatômicas ........................................................................... 83
4.2.3 Demarcação dos pontos e traçados de orientação (Figura 4.1) .................................... 83
4.2.4 Variáveis cefalométricas esqueléticas. De acordo com Wylie (1947); Downs (1948);
Tweed (1945); Riedel (1952); Ricketts (1960); Steiner e Riedel (1962); McNamara Jr.
(1984). (Figura 4.2) .............................................................................................................. 86
4.2.5 Variáveis cefalométricas dentárias. De acordo com Downs (1948); Steiner (1953);
Steiner e Riedel (1962). (Figura 4.3) .................................................................................. 88
4.2.6 Variáveis cefalométricas tegumentares. De acordo com Burstone (1958); Ricketts
(1960); Merrifield (1966); Legan e Burstone (1980); McNamara Jr. (1984). (Figura 4.4) 90
4.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA ....................................................................................................... 92
4.3.1 Erro do método (Tabela 5.1) .............................................................................................. 92
4.3.2 Análise descritiva e comparativa ...................................................................................... 92
5 RESULTADOS ..................................................................................................................... 93
Sumário
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
6 DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 105
6.1 CONSIDERAÇÕES DA METODOLOGIA ........................................................................... 105
6.1.1 Características da amostra .............................................................................................. 105
6.1.2 Compatibilidade entre os grupos .................................................................................... 106
6.1.3 Precisão da Metodologia .................................................................................................. 107
6.2 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ..................................................................................... 110
6.3 COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS ESQUELÉTICAS, DENTÁRIAS E TEGUMENTARES
INTERGRUPOS: JOVENS BRASILEIROS LEUCODERMAS, FEODERMAS E
MELANODERMAS .............................................................................................................. 111
6.3.1 Componentes Maxilar e Mandibular (SNA; Co-A; A-Nperp, Gráfico 6.1A) (SNB; Co-Gn;
P-Nperp; P-NB, Gráfico 6.1B) ........................................................................................... 111
6.3.2 Relação Maxilomandibular (ANB; WITS; NAP, Gráfico 6.2).......................................... 116
6.3.3 Componentes Verticais (FMA; SN.GoGn; SN.Ocl; AFAI, Gráfico 6.3) ......................... 119
6.3.4 Componentes Dentoalveolares (1.NA; 1-NA; 1.NB; 1-NB, Gráfico 6.4) ....................... 121
6.3.5 Componentes Tegumentares (Stmi-Li-Pog’; Cm.Sn.Ls; Gl.Sn.Pog’; Sn-Stms; Ls-Sn-
Pog’; Li-SnPog’; Stms-IS; Stms-Stmi; Li-E; Ls-E, Gráfico 6.5)..................................... 124
6.4 DIMORFISMO ENTRE OS GÊNEROS DAS VARIÁVEIS ESQUELÉTICAS, DENTÁRIAS E
TEGUMENTARES NOS BRASILEIROS LEUCODERMAS, FEODERMAS E
MELANODERMAS .............................................................................................................. 128
6.4.1 Componentes Maxilar e Mandibular ............................................................................... 129
6.4.2 Relação Maxilomandibular ............................................................................................... 130
6.4.3 Componentes Verticais .................................................................................................... 130
6.4.4 Componentes Dentoalveolares ....................................................................................... 131
6.4.5 Componentes Tegumentares .......................................................................................... 131
6.5 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS ........................................................................................... 132
6.6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS.................................................................. 134
7 CONCLUSÕES ................................................................................................................... 137
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 139
APÊNDICES ........................................................................................................................................ 149
1 Introdução
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
47
1 INTRODUÇÃO
A harmonia do complexo craniofacial nos sentidos horizontal, transversal
e vertical é responsável por despertar o senso individual de beleza e admiração da
face humana. A importância em estudar esses componentes e relacioná-los com as
características normais, com diferentes influências culturais e sociais, fundamenta-se
no questionamento das limitações do tratamento ortodôntico e suas implicações
clínicas, que comprometam a estética facial e as metas terapêuticas.
Os valores normativos das grandezas cefalométricas, para diferentes
grupos étnicos, devem ser interpretados como complementos para o diagnóstico e o
plano de tratamento, de acordo com as necessidades e as expectativas individuais
do paciente. A literatura ressalta ainda a carência de estudos cefalométricos,
referente às diferenças e comparações da morfologia facial entre os indivíduos.
(BAILEY; TAYLOR, 1998; BARTER et al., 1995; DANDAJENA; NANDA, 2003;
KALHA; LATIF; GOVARDHAN, 2008).
O continente africano apresenta distintos grupos étnicos que se diferem
pelos aspectos culturais e sociais. Por conseqüência, o padrão de beleza torna-se
altamente subjetivo. Por esta razão, justificaria estabelecer normas para os negros
africanos provenientes destes grupos. Estudos demonstraram que diferença
significante entre os valores normativos cefalométricos nos afroamericanos, sul-
africanos e norte-americanos. (BRIEDENHANN; ROSS, 1988; DANDAJENA;
CHUNG; NANDA, 2006).
Constata-se que o indivíduo afroamericano tem maiores dimensões
dentofaciais comparado a outras raças. É importante reconhecer isto, quando
medidas lineares são utilizadas no diagnóstico ortodôntico. A maxila é posicionada
mais anteriormente à mandíbula, com relação à base do crânio, desta forma uma
displasia maior pode ser considerada normal. (LINDER-ARONSON; WOODSIDE,
2000). Porém, outros estudos relataram que a biprotrusão acentuada da maxila, da
mandíbula e dentoalveolar, resulta na projeção labial e na convexidade facial nos
afroamericanos, africanos “Bantus” e sul-africanos. (BACON; GIRARDIN; TURLOT,
1983; CARTER; SLATTERY, 1988; NAIDOO; MILES, 1997; DANDAJENA; NANDA,
2003). Um mecanismo de compensação dentária pode “camuflar” uma discrepância
1 Introdução
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
48
ântero-posterior entre as bases ósseas, proporcionando um bom equilíbrio facial.
(BRIEDENHANN; ROOS, 1988).
Não obstante, afirma-se que os padrões se diferenciam entre
melanodermas e leucodermas, nos casos de Classe I. Nos negros, a mandíbula
desloca-se para baixo, em maior proporção, e isto, seria atribuído à fossa craniana
média, com maior rotação para trás do ramo mandibular. (ENLOW et al., 1982).
Alguns autores contestam que estas diferenças cefalométricas
significativas, entre sul-africanos e afroamericanos, seriam decorrentes das
variações nas características morfológicas existentes inter e intra-raciais. (BACON;
GIRARDIN; TURLOT, 1983; BRIEDENHANN; ROOS, 1988; BARTER et al., 1995).
No entanto, Richardson (1980) questionou se realmente existem
diferenças étnicas nas características faciais. A dúvida seria quanto à sua
magnitude. Estas se relacionaram, com maior intensidade, aos fatores geográficos.
Logo, torna-se aparente a importância nas variações das características
morfológicas e raciais, como determinantes de um padrão cefalométrico específico.
(FARKAS et al., 2005). Portanto, buscando maior conhecimento neste assunto, este
trabalho propôs obter os valores dios de normalidade para as grandezas
cefalométricas esqueléticas, dentárias e tegumentares, para os jovens brasileiros
leucodermas, feodermas e melanodermas, com “oclusão normal”.
1
1
2 Revisão de Literatura
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
51
2 REVISÃO DE LITERATURA
Almejando um melhor entendimento deste trabalho, a pesquisa literária
apresentada a seguir incluiu os estudos pertinentes à raça ou etnia, ao crescimento
e desenvolvimento craniofacial, as análises cefalométricas e as avaliações das
grandezas cefalométricas esqueléticas, dentárias e tegumentares em diferentes
grupos étnicos.
2.1 ABORDAGEM CONCEITUAL DAS NOÇÕES DE RAÇA E ETNIAS
A variabilidade do fenótipo humano é um fato incontestável, motivando o
surgimento do conceito de raça, para facilitar a classificação desta diversidade
humana. E para classificá-la, se estabeleceram alguns critérios com base nas
diferenças e semelhanças entre os indivíduos.
Desde o século XVIII, considerou-se a cor da pele como critério
fundamental e divisor entre as denominadas “Raças”. Por esta razão, a espécie
humana dividiu-se em três, que resistem atualmente, com a mesma terminologia
científica: Raças; branca, negra e amarela.
No século XX, com os progressos realizados pela própria ciência biológica
(genética humana, biologia molecular e bioquímica), os estudiosos deste campo
concluíram que raça não é uma realidade biológica, mas sim, um conceito
cientificamente inoperante para explicar a diversidade humana. (MUNANGA, 1988).
Designa-se como raça, o conceito de descendência, ou seja, um grupo de
indivíduos que tem um ancestral em comum. Um conjunto populacional denominado
raça branca, negra ou amarela, pode conter diversas etnias. Etnia é o conjunto de
indivíduos que, historicamente, tem um ancestral em comum, uma língua em
comum, uma mesma cultura, religião e habitam geograficamente no mesmo
território. Então, distingue-se a palavra raça por seu conteúdo morfobiológico e a
palavra etnia pelas condições sócio-cultural, histórica e psicológica. Cabe ressaltar
2 Revisão de Literatura
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
52
que a diversidade genética é absolutamente indispensável à sobrevivência da
espécie humana. Cada indivíduo era único e diferenciava-se de todos os indivíduos
do passado, presente e futuro, segundo Munanga (1988), mas hoje, com os estudos
de engenharia genética, pode ser uma verdade parcial.
De fato, o padrão classificatório no Brasil, onde a diversidade do sistema
decorre da combinação de aspectos fenotípicos torna-se freqüentemente
caracterizado pela indeterminação, subjetividade e dependência contextual, em sua
aplicação. (MAIO, et al., 2005). Logo, como os termos “Racial” e “Étnico” sugerem
complexidade, utilizou-se a classificação de Cuvier, citada por Ávila (1958), que
evidenciou os três grupos raciais principais de acordo com os critérios de
diferenciação relacionados à coloração da pele humana, ou seja:
A raça branca apresenta uma denominação em relação à cor da pele,
como Leucoderma.
A raça amarela está designada em relação à cor da pele, como
Xantoderma.
A raça negra apresenta-se em relação à cor da pele, como
Melanoderma.
2.1.1 Considerações históricas das diversas etnias no Brasil
No Brasil, muito particularmente devido à experiência colonial lusitana,
não houve segregação de grupos. A miscigenação entre o colonizador português, o
indígena e o negro resultou na formação, desde os primeiros tempos da história, em
uma população diversificada, sendo o produto de mestiçagem entre branco-negro,
branco-índio, negro-índio, parcela ponderável da população brasileira. Cada um dos
três grupos sicos está longe de representar uma etnia pura. Torna-se importante
estudar as características da população brasileira, analisando os aspectos somáticos
respectivos.
Em particular, o negro introduzido como escravo também é
morfologicamente heterogêneo, pela sua procedência geográfica. O Brasil destacou-
2 Revisão de Literatura
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
53
se como um dos poucos países da América que recebeu povos africanos de todas
as origens. Três regiões da África, da costa oeste, centro-oeste e sudeste,
contribuíram com mão-de-obra escrava para o Brasil até 1850. (ZORZETTO, 2007).
Com o crescimento desta população no território brasileiro tornou-se
evidente o início da miscigenação pela união dos negros com os brancos,
determinando-se o surgimento dos subgrupos como os mulatos ou pardos.
Entretanto, a classificação da cor da pele para os indivíduos mulatos foi designada
como feoderma, devido à miscigenação entre os leucodermas e os melanodermas.
A origem do termo mulato, na língua portuguesa e espanhola, deriva da palavra
“Mule”, caracterizada por uma genérica designação a algo híbrido. Entretanto, na
língua inglesa o termo “Biracial” define a denominação para os mesmos.
(MONTAGU, 1969; FRANCO, 2006).
Atualmente, o Brasil com 76 milhões de afrodescendentes é a segunda
maior nação negra do mundo, atrás da Nigéria. É importante ressaltar que a
classificação dos indivíduos afrodescendentes abrange homens e mulheres cuja
pele é identificada como melanodermas (negros) e feodermas (mulatos ou pardos).
Desta maneira, no ano de 1999 o IBGE divulgou dados relacionados à população
brasileira negra, demonstrando apenas um valor de 5,4%. Entretanto, com o
acréscimo de 39,9% do contingente de mulatos, o Brasil passou a ser definido como
um país majoritariamente negro, como é, atualmente, considerado por muitos
americanos e europeus. (FRANCO, 2006).
Portanto, seguindo os critérios citados, convém diferenciar as variações
das estruturas craniofaciais, quanto à miscigenação e às distintas áreas geográficas
entre os grupos étnicos brasileiros.
2.2 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL
O grande regente no processo do tratamento ortodôntico chama-se
crescimento craniofacial. Estabelece os limites, as possibilidades e condiciona o
prognóstico em médio e longo prazo. A palavra crescimento define-se como o
2 Revisão de Literatura
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
54
aumento de tamanho, a mudança de proporção e a complexidade progressiva,
determinado pela genética e inibido por fatores ambientais. (MOYERS, 1991).
A morfologia da face está diretamente relacionada à hereditariedade e ao
estágio de crescimento e desenvolvimento do complexo craniofacial. O ortodontista
necessita do conhecimento dos mecanismos de crescimento e das características de
oclusão normal, para identificar um desvio morfológico, a época oportuna para tratá-
lo e alcançar as metas do tratamento ortodôntico.
O padrão de crescimento é determinado por fatores genéticos e
ambientais, dependendo da época e intensidade. O genótipo determina-se pela
soma das características genéticas do indivíduo, e o fenótipo, de uma associação do
genótipo com o ambiente. (MAIO et al., 2005). O padrão de um indivíduo apresenta-
se pela expressão física do genótipo, modificado pela interação com o ambiente,
dependendo da idade e das características étnicas. Por isso, para restabelecer a
oclusão e a função deve-se preservar as características individuais e raciais.
O resultado final do desenvolvimento da face depende de estruturas
básicas, como a base do crânio, a maxila, a mandíbula e seus componentes, que se
relacionam nos três planos faciais: ântero-posterior, transversal e vertical. Por isso,
torna-se fundamental o conhecimento da normalidade de crescimento e
desenvolvimento destas estruturas craniofaciais.
2.2.1 Complexo maxilomandibular
Com o objetivo de identificar as áreas de aposição e reabsorção nos
maxilares, examinando as variações individuais na direção e intensidade, Björk
(1969) estudou o crescimento craniofacial. Neste estudo, dois tipos diferentes de
crescimento rotacional condilar foram descritos: o crescimento anterior, que resulta
no tipo facial com mordida anterior profunda, e o posterior, que resulta no tipo facial
com mordida anterior aberta. Além disso, observou que os indivíduos portadores de
mordida aberta apresentaram um aumento na altura facial posterior. O potencial de
crescimento mandibular em comprimento localizou-se essencialmente nos côndilos,
raramente ocorrendo na direção do ramo, sendo observado mais freqüentemente em
uma direção suavemente anterior. Ao mesmo tempo, uma reabsorção na região
2 Revisão de Literatura
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
55
inferior do ângulo goníaco e uma aposição maior na região inferior da sínfise
puderam ser observadas, contribuindo para o aumento na altura da mesma. Como
conclusão desse estudo, listou sete características cefalométricas alteradas em
pacientes com rotação anormal da mandíbula durante o crescimento, as quais
influenciam decisivamente no padrão de erupção dentária, a saber: (1) inclinação do
côndilo; (2) curvatura do canal mandibular; (3) forma da borda inferior da mandíbula;
(4) inclinação da sínfise; (5) ângulo interincisivos; (6) ângulo inter pré-molar e
intermolar e, (7) altura facial anterior inferior.
De acordo com Björk (1969), o somatório dessas características pode
constituir ferramentas importantes na previsão de crescimento. A mandíbula cresce
proporcionalmente para frente e para baixo, embora possa também seguir mais um
vetor em detrimento do outro. Para que haja maior rotação anterior da mandíbula,
por exemplo, ocorre o abaixamento das fossas articulares e a aposição óssea
superiormente localizada na cabeça do côndilo. Com isto, a altura facial posterior
passa a ser maior que a anterior, caracterizando uma tendência de crescimento mais
horizontal.
A mandíbula cresce para cima e para trás e se desloca para frente e para
baixo, por tração de tecido mole, determinada pela genética, por fatores
epigenéticos. A musculatura acompanha o crescimento normal da espécie humana,
ocasionando a tração nos ossos e estes, deslocados, deslizam para se recolocar.
Então, os três movimentos primordiais de crescimento da espécie humana são:
deslizamento, deslocamento primário e deslocamento secundário. (MOYERS, 1991).
2.2.2 Mecanismo de compensação dentoalveolar
O desenvolvimento dentário também desempenha um importante papel
no crescimento facial. Dentro do enfoque das variações dos padrões faciais, Björk e
Skieller (1972) descreveram um mecanismo dentoalveolar de compensação às
diversas inter-relações espaciais das bases apicais, incluindo as direções de rotação
da mandíbula. Estas compensações foram definidas como um conjunto de
alterações dentoalveolares no afã de manter relações inter-arcos normais, mesmo
na presença de discrepâncias entre as bases apicais. Este mecanismo utiliza-se da
2 Revisão de Literatura
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
56
irrupção dentária, para as compensações no sentido vertical e das inclinações dos
incisivos e caninos, para as compensações no sentido ântero-posterior. Como por
exemplo, basta citar-se que diante de uma maxila retroposta, os incisivos superiores
sofrem vestibularização, diminuindo o ângulo interincisivos. No entanto, frente a
enormes discrepâncias ântero-posteriores entre as bases apicais, o mecanismo de
compensação dentoalveolar torna-se insuficiente.
Esta complexidade engloba a influência direta dos dentes e da região
dentoalveolar com outros mecanismos de compensação do crescimento craniofacial.
Um fator relevante destaca-se da correlação entre a altura do processo alveolar, o
grau de irrupção dentária, o nível de rizogênese e o grau de exposição da coroa na
cavidade bucal. (VAN DER LINDEN, 1990).
A compensação dentoalveolar, também, manifesta-se sob a forma de
migração dentária no arco inferior como resposta da rotação mandibular, devido a
uma abertura do ângulo goníaco, durante o crescimento, ou pela influência da base
do crânio. (BJÖRK, 1950; ENLOW; HANS, 1996). Este mecanismo é
fisiologicamente determinado para manter o equilíbrio das estruturas craniofaciais.
As alterações na posição e inclinação dentária, se relacionadas aos
fatores esqueléticos, funcionais ou ambos, parecem resultar de um mecanismo de
compensação. Este mecanismo serve para manter o equilíbrio entre as relações
faciais, esqueléticas e dentárias. O desequilíbrio dessas estruturas pode causar uma
má oclusão. (SINCLAIR; LITTLE, 1985).
2.2.3 Papel dos tecidos moles e da matriz funcional
Quando o assunto é crescimento, o esqueleto craniofacial assume um
papel secundário em relação às estruturas de tecido mole nele inseridas, tais como
os músculos faciais e mastigatórios e em relação aos espaços funcionais, tal como o
espaço aéreo superior.
A partir do princípio que o crescimento do esqueleto craniofacial depende,
principalmente, da demanda imposta pelos tecidos moles pode-se afirmar que o
equilíbrio ou o desequilíbrio entre as matrizes funcionais interna e externa determina
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os tipos de rotação mandibular e, portanto, o padrão facial dos indivíduos em
crescimento. Sendo assim, ainda que estes mecanismos atuem sobre um padrão
morfogeneticamente pré-determinado, uma série de adaptações morfológicas ocorre
sob o domínio da competição existente entre ambas as matrizes funcionais. (VAN
DER LINDEN, 1999).
Linder-Aronson e Woodside (2000) sustentaram a opinião que muitas más
oclusões podem ser parcialmente revertidas pela remoção do impacto
neuromuscular. Um exemplo seria a alteração da respiração bucal crônica, para a
respiração nasal. A suposição destes estudos é que grandes alterações nos padrões
esqueléticos e dentários da oclusão, anteriormente atribuídas à genética,
possam ser obtidas quando a correção biológica acompanha a terapia ortodôntica,
nas más oclusões verticais.
Resumidamente, a suspensão neuromuscular da mandíbula é um
mecanismo altamente sensível que responde com postura mandibular alterada, em
alguns casos de obstrução nasofaríngea crônica. Quando esta alteração ocorre,
distúrbios associados como aumento na altura facial inferior, retrognatismo
mandibular, arcos estreitos e apinhamento dos incisivos inferiores acompanham a
alteração primária em vários graus nos pacientes, individualmente. O tratamento das
más oclusões com excesso de altura facial é uma das áreas mais desafiadoras do
tratamento ortodôntico. A grande variabilidade na resposta de um indivíduo aos
estímulos ambientais adversos, dificulta a terapêutica. (LINDER-ARONSON;
WOODSIDE, 2000).
2.3 CEFALOMETRIA
Com a evolução da ortodontia, surgiram novos conceitos, divergentes
filosofias e distintas práticas ortodônticas. Contudo, os meios auxiliares de
diagnóstico não acompanharam esta inovação, e assim, surgiu a necessidade dos
pesquisadores aprimorarem os recursos que possibilitassem a busca destes meios e
que auxiliassem para definir a estrutura craniofacial do indivíduo.
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Nos primórdios, o modelo de gesso, meio de documentação científica,
originou a primeira classificação morfológica e oclusionista das más oclusões.
Utilizou-se como parâmetro morfológico científico, para guiar o ortodontista e
diagnosticar a relação dos primeiros molares, determinando as s oclusões em
Classe I, II e III. Esta foi a classificação preconizada por Edward Hartley Angle
(1899).
Neste mesmo período, iniciou-se a utilização da fotografia de frente e
perfil, como um meio auxiliar no diagnóstico ortodôntico. Porém, a grande dificuldade
de relacionar o componente dentoalveolar e suas estruturas craniofaciais
permaneceu no campo ortodôntico. Então, de forma relevante, surgiram as
pesquisas nas áreas de Antropologia e Anatomia para suprir esta deficiência.
Diante das descobertas dos planos craniométricos iniciaram-se novos
estudos na literatura, para finalmente instituir a cefalometria no diagnóstico
ortodôntico. Estudos estes que se destacaram com o surgimento do cefalostato e da
padronização da técnica de obtenção de telerradiografias, com o propósito de avaliar
o crescimento e desenvolvimento craniofacial. (BROADBENT, 1931).
Inúmeros pesquisadores contribuíram de maneira expressiva para que a
cefalometria se incorporasse como um instrumento de diagnóstico e planejamento
ortodôntico. Consagrou-se como um exame complementar e de suma importância
para a avaliação das condições dentoesqueléticas do indivíduo. Desde então, se
bem interpretada, tornou-se fundamental no diagnóstico e no monitoramento do
crescimento e desenvolvimento craniofacial. (GRABER, 1956).
Para identificar as características de normalidade esqueléticas e
dentárias, a cefalometria é útil para a interpretação das características morfológicas
da oclusão e posicionamento ideal dos dentes nas bases ósseas. Destaca-se como
base inicial e primordial para o manejo com a ortodontia.
2.3.1 As análises cefalométricas: estruturas esqueléticas e dentárias
As análises cefalométricas foram desenvolvidas para a população
caucasiana e representadas pelas medidas lineares e angulares para quantificar o
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tamanho, a posição e a forma das estruturas do complexo craniofacial. Cada grupo
étnico diferencia-se por características raciais e individuais entre as grandezas
cefalométricas esqueléticas, dentárias e tegumentares.
Baseado no posicionamento ideal dos incisivos inferiores, Tweed (1945)
descreveu a filosofia do tratamento ortodôntico para a correção da Classe I, II e da
protrusão dos maxilares. Incorporou os ângulos FMA, FMIA e IMPA no seu
cefalograma ortodôntico para a classificação dos tipos faciais e, especialmente, para
as decisões de tratamento. Para o autor, uma avaliação cuidadosa dos referidos
ângulos era fundamental para decidir se o caso seria tratado com ou sem extrações
dos pré-molares.
Considerando que as anomalias dentárias e esqueléticas, na sua grande
maioria, resultariam em uma combinação desfavorável, Wylie (1947), apresentou
uma análise ântero-posterior da face. Este cefalograma promovia uma correção dos
elementos craniofaciais, verificando a harmonia entre as estruturas avaliadas.
A análise cefalométrica, largamente difundida até hoje, foi introduzida por
Downs (1948) que determinou a média das variações estruturais esqueléticas e
dentárias, e, estabeleceu um padrão de normalidade. Destacou que os valores
resultantes da sua análise não deveriam ser aplicados em pacientes com
características raciais diferentes.
Em outra pesquisa, o autor mencionou que o perfil facial refletia as
características individuais e deveria ser considerado ao realizar uma terapia
ortodôntica. Descreveu três tipos faciais denominados: retrognático, mesognático,
prognático. Realizou um estudo que correlacionava o padrão cefalométrico normal e
os diferentes tipos faciais, relatando que existiam variações entre os portadores de
oclusão normal e os que apresentavam má oclusão. (DOWNS, 1952).
Na mesma década, as medidas dos ângulos SNA e SNB utilizadas na
avaliação do padrão esquelético, preconizadas por Riedel (1952) indicavam a
posição da maxila e da mandíbula no sentido ântero-posterior, em relação à base
anterior do crânio. A medida do ângulo ANB indicava a relação maxilomandibular no
sentido ântero-posterior.
O autor estabeleceu a medida do ângulo SN.GoGn determinada pela
interseção do plano mandibular (Go-Gn) com a linha SN, expressando o grau de
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abertura da mandíbula e de altura vertical da sua porção anterior. A morfologia
mandibular se mantém ligada ao padrão morfológico da face. (RIEDEL, 1952).
Uma análise de utilização eminentemente prática foi desenvolvida por
Steiner (1953) para o diagnóstico e o planejamento do tratamento ortodôntico,
selecionando o que considerou das medidas mais úteis nas análises cefalométricas
disponíveis na época. As medidas utilizadas na avaliação do padrão dentário
expressavam a inclinação axial e a relação ântero-posterior dos incisivos centrais
superiores e inferiores com as linhas NA e NB, respectivamente.
Os elementos clínicos chave da Análise de Steiner foram: a discrepância
ântero-posterior das bases apicais maxilar e mandibular, avaliada pelo ângulo ANB;
a inclinação e localização dos incisivos superiores e inferiores, em relação às linhas
NA e NB; o relacionamento e a proporção do incisivo inferior com o pogônio, em
relação à linha NB; e a significância clínica dos termos determinados como, “ideal” e
“compensação aceitável” das posições dos incisivos superiores e inferiores.
(ANDERSON et al., 2000).
Downs (1956) descreveu as interpretações adicionais de sua análise, para
a utilização na clínica ortodôntica. Mencionou que as estruturas craniofaciais sofriam
variações quanto aos diferentes padrões raciais, gênero e idade. Relatou que os
indivíduos possuíam padrões faciais inerentes, e que, os problemas ortodônticos
eram complexos devido à grande variação no padrão dentoesquelético, durante o
crescimento e desenvolvimento craniofacial.
No decorrer deste processo evolutivo, várias análises cefalométricas
foram difundidas e aplicadas na prática ortodôntica. Porém, na década de 80,
destacou-se um método de avaliação cefalométrica, proposto por McNamara Jr.
(1984) que utilizava medidas lineares, e relacionava os dentes com as bases
ósseas, a maxila com a mandíbula e estas com a base do crânio.
Harvold precedeu McNamara Jr. na utilização das medidas do
comprimento maxilar, mandibular e da altura facial ântero-inferior, assim como
Ricketts preconizava, em sua análise, a utilização das medidas do ângulo do eixo
facial e da linha AP em relação ao incisivo inferior. Contudo, importantes medidas
derivadas das linhas Nperp e Aperp, propostas por McNamara Jr. proporcionaram a
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esta análise a propriedade de relacionar mais precisamente a maxila e a mandíbula
com a base do crânio e o incisivo superior com sua base óssea.
Atualmente, a cefalometria continua exercendo uma importante função no
diagnóstico complementar para o tratamento ortodôntico, avaliação do crescimento e
desenvolvimento craniofacial e na elaboração de trabalhos científicos. Entretanto,
mudanças ocorreram quanto aos objetivos do diagnóstico, principalmente, quando
se compara os planejamentos e as análises cefalométricas realizadas nas décadas
passadas.
Por conseguinte, torna-se importante ressaltar que o todo de análise
cefalométrica não serve como um “parâmetro fixo” para o exame de um indivíduo em
particular, e sim, para monitorar as estruturas craniofaciais no decorrer do processo
de crescimento e desenvolvimento. Assim, ao utilizar valores médios no diagnóstico
clínico, negligencia-se a possibilidade de grande variação em relação ao que se
considera normal. (PINZAN et al., 2006).
2.3.2 As análises cefalométricas: estruturas tegumentares
A perspectiva do conceito de beleza altera-se por preferências individuais,
tendências culturais e sofre mudanças com o passar do tempo.
Nos primórdios da ortodontia, o padrão de beleza concentrava-se em
torno de um perfil abandejado. A posição do incisivo inferior ditava os limites para
alcançar uma face equilibrada. Prioritariamente, estes dentes se posicionavam
verticalizados no osso basal. Tweed (1944) manteve o ideal de Angle, do perfil
abandejado da escultura de Apolo Belvedere, e preconizou seus novos padrões
cefalométricos de modo que se adaptassem a este restrito modelo estético.
Posteriormente, Downs (1956) referiu-se ao tecido mole como um
importante fator no perfil, por interferir na estética e no complexo dentoalveolar. A
seguir, descreveu um método para a obtenção eficiente de imagens dos tecidos
esqueléticos e tegumentares, simultaneamente, em radiografias cefalométricas.
De modo similar, Ricketts (1957) considerou a harmonia da estética facial,
como um dos principais objetivos do tratamento ortodôntico. Traçou uma linha reta
entre a ponta do nariz e o mento tegumentar, denominada linha “E” ou “plano
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estético”, para posteriormente medir a distância linear entre a linha “E” e os lábios
superior e inferior.
Burstone (1958) investigou sobre o contorno dos tecidos moles e concluiu
que o tratamento ortodôntico relacionou-se, fundamentalmente, com as
manipulações do tecido duro. E o tecido mole recobriu, automaticamente, de
maneira bastante harmoniosa, os dentes de acordo com o padrão determinado.
Julgou que a avaliação isolada do padrão dentoesquelético,
negligenciando a análise dos tecidos moles, pode conduzir a resultados enganosos,
visto que o mesmo variou em espessura, comprimento e tônus postural em
diferentes indivíduos, tornando necessário o estudo direto do contorno do perfil mole
na beleza e harmonia facial. (BURSTONE, 1959).
Steiner (1962) sugeriu uma rápida avaliação visual do tecido mole facial.
Traçou uma linha tangente ao mento e direcionou ao centro do “S” no nariz. O autor
constatou que em faces jovens e equilibradas, os lábios se localizaram sobre esta
linha.
Merrifield (1966) estabeleceu um método auxiliar de avaliação do perfil
facial. Para tanto, realizou um estudo com medidas de espessura do lábio superior,
do lábio inferior e do mento. Durante a análise facial avaliou o mento, em seu
componente esquelético, e quanto à espessura dos tecidos moles, pois ambos
apresentaram grande variabilidade.
As análises cefalométricas entre os anos de 1940 e 1970 não admitiam
grandes alterações craniofaciais, por meio do tratamento ortodôntico. A maior parte
delas direcionou-se ao estudo do crescimento e das alterações dentoalveolares das
más oclusões. Na análise da evolução ortodôntica, a posição rígida dos incisivos
sobre o osso basal cedeu lugar ao perfil tegumentar como plano de tratamento. Os
incisivos inferiores não seguiam mais uma discrepância cefalométrica rígida, e se
permitiam ao movimento de vestibularização. Com maiores recursos de tratamento,
o ortodontista inverteu o sentido terapêutico, iniciando estudar o perfil antes de
posicionar os dentes.
A avaliação cefalométrica é somente um passo no diagnóstico e plano do
tratamento. Ela fornece ao clínico discernimento da natureza quantitativa da
displasia dentoesquelética. Se a cirurgia ortognática é planejada para produzir
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63
mudanças cefalométricas que fazem a face se aproximar dos valores normativos,
usualmente uma face mais típica e desejável é produzida. Os tecidos moles podem
e “mascaram” o posicionamento dos ossos e dentes adjacentes, desse modo, o
clínico deve alertar-se para essa variação. (BURSTONE, et al., 1978).
Legan e Burstone (1980) indicaram que, em relação ao terço inferior da
face, a altura do lábio superior deveria representar 1/3 da altura facial ântero-inferior.
Enfatizaram a utilização das proporções faciais tegumentares, adicionalmente, às
esqueléticas, onde a espessura do mento apresentou-se muito variável. Salientaram
que o posicionamento posterior do ponto pogônio tegumentar poderia estar
relacionado a um mento pequeno; mandíbula pequena, ou até de tamanho normal,
mas com rotação no sentido horário; a um mento delgado ou mesmo a combinação
entre esses eventos.
Holdaway (1983) propôs uma avaliação do perfil facial tegumentar,
utilizando várias medidas relacionadas à “linha H”; linha traçada tangente ao mento
mole e ao ponto mais proeminente do bio superior, preconizada pelo autor, e, que
formava um ângulo com a linha NB.
Bergman (1999) realizou uma análise de tecido mole, a partir de 18
características faciais, independente das medidas esqueléticas. Afirmou que uma
oclusão ótima não apresentava, necessariamente, uma harmonia facial. Enfatizou
que vários fatores podem influenciar nas características faciais, tais como, padrão
dentário, espessura do tecido mole, etnia, origem cultural, gênero e idade.
Recomendou a necessidade de normas individuais, considerando as características
familiares ou étnicas, de modo a harmonizar o perfil facial do paciente com a
correção da má oclusão.
Arnett et al. (1999) apresentaram uma nova ferramenta para a análise
facial tegumentar. Os valores obtidos foram similares para ambos os gêneros, no
quesito dentoesquelético, porém mostrou maior relevância para os valores de tecido
mole. Os resultados demonstraram que o gênero masculino apresentou maior
espessura no perfil e valores aumentados no terço médio da face. As mulheres
apresentaram uma face mais curta, maior protrusão labial superior e mais exposição
dos incisivos. Com base neste estudo, observou-se a grande necessidade de
avanço no campo da análise tegumentar.
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Na ortodontia contemporânea, referente ao diagnóstico ortodôntico, além
das bases ósseas e dentes, a avaliação do tecido mole é o critério mais importante,
em função de sua importância no aspecto estético e harmonia facial no final do
tratamento. Esta avaliação deve ser soberana, em função da grande variabilidade
existente na inter-relação do perfil tegumentar, esquelético e dentário.
Sendo assim, justifica-se estabelecer os valores normativos das
grandezas cefalométricas esqueléticas, dentárias e tegumentares para a população
brasileira leucoderma, feoderma e melanoderma.
2.4 AVALIAÇÃO DAS GRANDEZAS CEFALOMÉTRICAS EM DIFERENTES
GRUPOS ÉTNICOS
2.4.1 Relação das estruturas esqueléticas
Realizando uma breve retrospectiva das análises cefalométricas mais
difundidas, observa-se que as mesmas foram desenvolvidas a partir de amostras de
indivíduos norte-americanos, de origem essencialmente anglo-saxônica. Por este
motivo, as pesquisas foram realizadas com o propósito fundamental de verificar
dentre as referidas análises, quais as que poderiam ser aplicadas em amostras de
distintos grupos étnicos.
A primeira tentativa de aplicar a análise cefalométrica a grupos étnicos
além daqueles de etnia européia foi publicada por Cotton; Takano e Wong (1951)
que aplicaram a análise de Downs a afroamericanos, nipo-americanos, e sino-
americanos. A partir de então, vários pesquisadores analisaram afroamericanos,
africanos, chineses, índios e outros grupos étnicos.
No intuito de abordar os estudos realizados em indivíduos brasileiros,
foram brevemente citados pela importância que representam na literatura, pela
grande diversidade geográfica, variação de raças e miscigenação ente elas.
2 Revisão de Literatura
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65
Martins (1979) ao comparar as análises de Downs, Tweed, Steiner e de
Alabama às medidas de jovens brasileiros, leucodermas, dos gêneros masculino e
feminino, comprovou que da análise de Steiner, os únicos valores aplicados foram
referentes ao padrão esquelético, e de Alabama, os valores pertencentes ao padrão
dentário.
Janson e Martins (1992) realizaram um estudo longitudinal em
leucodermas, com oclusão normal, na faixa etária dos 13 aos 18 anos. Compararam
as medidas cefalométricas de indivíduos brasileiros com as da amostra do padrão
Bolton e do “Centro de Pesquisas Ortodônticas” de Burlington e concluíram que o
padrão esquelético dos brasileiros não apresentou diferença significante em relação
ao norte-americano. No entanto, o padrão dentário mostrou-se ligeiramente mais
protruído para os brasileiros.
Dias, Pinzan e Henriques (1993) verificaram se os valores das medidas
Co-A, Co-Gn, AFAI e Dif. Mand./Max. propostos pela análise de McNamara Jr.
poderiam ser utilizados em crianças leucodermas brasileiras, durante a fase da
dentadura mista, bem como avaliar as características do crescimento facial em
ambos os gêneros. Os resultados obtidos apontaram que, entre as amostras
brasileira e de Bolton, não houve diferenças significantes, mas quando as amostras
de Burlington e a brasileira foram comparadas, algumas distinções foram
encontradas, no entanto, não impossibilitando a aplicação da análise para as
crianças brasileiras. Apenas deve ser utilizada com considerações para o gênero
masculino, que apresentou valores maiores para Co-A e Co-Gn.
Neste mesmo ano, Pinzan et al. (1993) realizaram um estudo
correlacionando os valores obtidos nos trabalhos supracitados, com os resultados
obtidos na amostra de Bolton da análise de McNamara Jr., utilizando as medidas
Co-A, Co-Gn, Diferença mand./max. e AFAI. Com a junção dos dados das duas
amostras de brasileiros, a idade dos jovens variou dos 5 aos 18 anos. Concluíram
que os valores de Co-A para os brasileiros se mostraram semelhantes ao dos
americanos, exibindo valores menores para o gênero feminino em todas as fases
estudadas. A medida Co-Gn também se revelou menor em todas as fases para o
gênero feminino, o que demonstrou uma semelhança com os valores dos jovens
americanos. Estes resultados evidenciaram que o crescimento no gênero feminino
ocorre antes do masculino, cessando seu pico de crescimento por volta dos 13 anos.
2 Revisão de Literatura
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Baseados em estudos longitudinais, Martins et al. (1998) apresentaram o
resultado de uma pesquisa que resultou no Atlas de crescimento e desenvolvimento
craniofacial. Utilizaram uma amostra composta por indivíduos brasileiros
leucodermas, descendentes de mediterrâneos, o submetidos ao tratamento
ortodôntico e que foram acompanhados dos 6 aos 18 anos de idade. Obtiveram os
dados relacionados a diversas medidas de diferentes análises cefalométricas, nos
sentidos vertical e ântero-posterior, representando um trabalho valioso para a
execução do diagnóstico e plano de tratamento, em pacientes da mesma origem
pesquisada.
Não obstante, as diferenças entre os grupos afroamericanos, caucasianos
norte-americanos e caucasianos europeus foram notáveis para algumas medidas
cefalométricas comumente utilizadas na análise ortodôntica das más oclusões. Para
algumas dessas medidas, os afroamericanos apresentaram maiores dimensões
esqueléticas e dentárias. Isto se definiu como um padrão de normalidade para este
grupo étnico. A importância surgiu ao avaliar o grau de displasia entre a maxila e a
mandíbula no diagnóstico ortodôntico. Desta forma, considerou-se normal uma maior
displasia em afroamericanos. (LINDER-ARONSON; WOODSIDE, 2000).
Com a finalidade de avaliar seis grupos étnicos diferentes (caucasianos,
negros, chineses, japoneses, indianos e australianos), Altemus (1968) relatou que as
bases ósseas nos indivíduos melanodermas foram as mais protrusivas e o
comprimento mandibular efetivo foi o maior entre os grupos.
Corroborando com outros autores, também verificaram prognatismo
maxilar e mandibular nos melanodermas, provenientes de diferentes grupos étnicos,
tais como sul-africanos, afroamericanos, afro-caribenhos, “bantus” africanos e
afrodescendentes brasileiros comparados aos leucodermas: FONSECA; KLEIN,
1978; BACON; GIRARDIN; TURLOT, 1983; MORAES, 1986; CARTER; SLATTERY,
1988; NAIDOO; MILES, 1997; DANDAJENA; NANDA, 2003.
Porém, outros estudos não encontraram prognatismo mandibular. Os
melanodermas apresentaram maior prognatismo na maxila. Logo, a relação entre as
bases esqueléticas apresentou um valor aumentado, devido ao maior prognatismo
maxilar, em relação ao mandibular. (CONNOR; MOSHIRI, 1985; BRIEDENHANN;
ROOS, 1988; FLYNN; AMBROGIO; ZEICHNER, 1989).
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67
Na mandíbula, enquanto o comprimento do corpo e a medida referente ao
ângulo gôniaco não mostraram diferenças entre si, nas duas populações, houve uma
diferença significante na altura do ramo. A altura do ramo nos sul-africanos foi
geralmente mais curta comparada aos caucasianos. (JACOBSON, 1978).
Enlow et al. (1982) relataram que nos caucasianos e negros, Classe I e II,
ocorreu a orientação da fossa craniana média para frente e do ramo para trás. Um
ramo notadamente largo, relativo a uma fossa craniana média, característico da
mandíbula nos negros foi uma diferença chave nos padrões de Classe I e II, entre
estes indivíduos. Duas das principais características morfológicas estabeleceram a
orientação do ramo para trás: o complexo nasomaxilar longo verticalmente e/ou uma
orientação para frente da fossa craniana média.
Logo, cabe ressaltar que além da relação das estruturas esqueléticas, no
desenvolvimento horizontal do complexo craniofacial, também é de suma
importância avaliar as possíveis variações, em decorrência do crescimento vertical
anterior e posterior da face.
No entanto, as pesquisas pertinentes em comparar diferentes grupos
étnicos relataram que, os indivíduos melanodermas, apresentam maior altura facial
anterior inferior esquelética e maior altura facial posterior superior, quando
comparados aos leucodermas. (FONSECA; KLEIN, 1978; BACON; GIRARDIN;
TURLOT, 1983; CARTER; SLATTERY, 1988; NAIDOO; MILES, 1997; FLYNN;
AMBROGIO; ZEICHNER, 1989).
Esses achados corroboram com o estudo clássico de Björk (1950),
realizado numa amostra de indivíduos suecos e bantos. Ressaltou a presença de
biprotrusão alveolar, relacionada aos incisivos acentuadamente protruídos, como
também, o retroposicionamento do mento nos melanodermas bantos. Seus
resultados revelaram a altura facial ântero-inferior maior que a altura facial ântero-
superior, em relação aos da amostra de leucodermas.
Bacon, Girardin e Turlot (1983) compararam africanos “Bantus” e
caucasianos. Concluíram um aumento significante da altura facial ântero-inferior, em
contraste com um desenvolvimento menor no terço médio da face nos africanos.
Briedenhann e Roos (1988) encontraram as proporções de 41% (altura
facial anterior superior); 59% (altura facial anterior inferior) nos africanos “Herero”.
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Barter et al. (1995) descreveram seu grupo melanodermas “Sotho-
Tswana”, caracterizando-os por uma base do crânio diminuída e conseqüentemente
uma redução da altura facial anterior.
Linder-Aronson e Woodside (2000) apresentaram uma comparação entre
as informações do Centro de Crescimento de Burlington, amostra do King’s College,
amostra do Centro de Crescimento de Ann Arbor, e estudos de populações asiáticas
e afroamericanas. Todas estas informações foram corrigidas para os diferentes
graus de ampliação radiográfica utilizados em cada centro. Compararam os valores
de quatro medidas para a dimensão facial vertical e tamanho das vias reas. As
medidas da altura facial total foram bastante semelhantes entre caucasianos
(amostras de Burlington e King’s College) e japoneses. Por exemplo, o grupo de
Burlington apresentou apenas 2,0 a 3,0 mm menor que as amostras do King’s
College, Ann Arbor e japonesa. Os afroamericanos foram um grupo distintamente
separado, com uma altura facial total aproximadamente 15,0 mm maior que os
outros grupos. Também houve uma diferença de apenas 1-2 mm entre as medidas
das alturas superior e inferior da face para todos os grupos, com exceção dos
afroamericanos. Estes apresentaram uma altura superior da face 3 mm maior, em
média e uma altura inferior da face 12 mm maior. A proporção das alturas superior e
inferior da face foi semelhante para caucasianos norte-americanos, caucasianos
europeus e japoneses. A proporção de afroamericanos indicou uma altura inferior da
face mais longa neste grupo racial. Corroboram os resultados de Rosa e Arvystas
(1978), em afroamericanos com idade dia de 17 anos 7 meses, que
apresentaram valores aumentados da altura facial ântero-inferior e total.
Ao considerar que os jovens xantodermas brasileiros apresentavam um
desenvolvimento vertical relevante, Takahashi (2002) obteve um padrão
cefalométrico específico, no sentido vertical da face, para os brasileiros
descendentes de xantodermas e leucodermas. Encontrou dimorfismo entre gêneros
e diferenças estatísticas entre os diferentes grupos, utilizando as medidas: altura
facial anterior total; altura facial ântero-superior; altura facial ântero-inferior; altura
facial posterior total, altura facial posterior superior e inferior; e as proporções entre
as mesmas.
Com a metodologia similar ao estudo supracitado, Uchiyama (2005)
observou a presença de dimorfismo, com os valores das grandezas AFAT, AFAS,
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AFPT, AFPS, além das proporções AFPS/AFPT e AFPI/AFPT significantemente
alteradas, em jovens brasileiros melanodermas, com “oclusão normal”, 28 do gênero
masculino, com idade média de 13,93 anos e 28 do gênero feminino, com idade
média de 13,79 anos. Posteriormente, Freitas et al. (2007) publicaram esses valores
normativos cefalométricos, no sentido vertical da face, em jovens brasileiros
melanodermas, com “oclusão normal”. Destacaram, ainda, que existem variações
entre os diversos grupos de indivíduos melanodermas com origens variadas, pois os
africanos e afroamericanos apresentam um desenvolvimento vertical mais
acentuado da face.
Portanto, torna-se fundamental uma observação analítica das informações
nos diferentes grupos étnicos sob vários aspectos, além da necessidade de
reconhecer que um único padrão de estética facial pode não ser apropriado para as
decisões de diagnóstico e plano de tratamento para pacientes de vários passados
étnicos. (MIYAJIMA et al., 1996).
2.4.2 Relação das estruturas dentárias
Os parâmetros da face mais próximos das áreas alveolares e dentárias se
relacionaram com as maiores diferenças entre os grupos étnicos e raciais. Kowalski,
Nasjleti e Walker (1974) encontraram a maior discrepância na variável 1–NB, nos
melanodermas e leucodermas, dentre as medidas da análise de Steiner. Sendo que,
os melanodermas apresentaram maior protrusão do incisivo inferior com relação à
linha NB.
Jacobson (1978) apresentou um diagrama traçado sobre cada
telerradiografia lateral para visualizar a inclinação axial dos incisivos e para expor a
quantidade de espaço ocupado. Através desses diagramas, relatou que em
comparação aos caucasianos, os incisivos superiores nos indivíduos melanodermas
são um pouco mais inclinados para vestibular, os incisivos inferiores são
consideravelmente mais vestibularizados. O estudo de Fonseca e Klein (1978)
relataram uma maior vestibularização dos incisivos superiores e inferiores nas
melanodermas.
2 Revisão de Literatura
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
70
Com relação à constituição dentofacial, em africanos e afroamericanos,
inúmeros estudos apresentaram acentuada protrusão e vestibularização dos
incisivos superiores e inferiores. Todos os valores das medidas angulares e lineares,
características da posição dos incisivos superiores e inferiores foram
acentuadamente elevados quando comparados aos caucasianos. (DRUMMOND,
1968; BACON; GIRARDIN; TURLOT, 1983; CARTER; SLATTERY, 1988; NAIDOO;
MILES, 1997).
Em alguns estudos, os valores não apresentaram acentuada
vestibularização dos dentes superiores, mas houve uma maior vestibularização dos
incisivos inferiores nos afroamericanos. (FLYNN; AMBROGIO; ZEICHNER, 1989).
Bertoz
(1981) evidenciou um posicionamento mais anterior dos incisivos
inferiores nos melanodermas brasileiros. Salientou que a aparente inclinação
vestibular e excessiva protrusão dos incisivos inferiores não implicava em
discrepância cefalométrica, uma vez que esta característica foi inerente à etnia,
corroborando as observações de outros estudos realizados em jovens brasileiros
melanodermas e afroamericanos. (MEDEIROS, 1988; ALTEMUS, 1960).
Pinzan et al. (2004) concluíram a necessidade em rever as estimativas de
P-NB para pacientes com padrões de crescimento horizontal e equilibrado. Quanto à
medida 1-NB, confirmaram que os valores da tabela de compromissos preconizada
por Steiner subestimam o posicionamento final dos incisivos inferiores, tornando-se
necessário estabelecer tabelas de compromissos aceitáveis para jovens brasileiros
leucodermas com ascendência mediterrânea, de acordo com os padrões distintos de
crescimento.
Entretanto, a miscigenação entre os grupos étnicos despertou a
necessidade de individualização do padrão cefalométrico brasileiro do pardo ou
mulato. Nesse intuito, Franco (2006) obteve os valores médios de normalidade para
algumas das variáveis cefalométricas dentárias, em jovens mulatos (feodermas)
brasileiros, e concluiu que os incisivos superiores e inferiores apresentaram-se
protruídos e inclinados para vestibular, em ambos os gêneros.
Sendo assim, as principais diferenças faciais entre os diversos grupos
étnicos parecem residir na protrusão dentária bimaxilar. Para os indivíduos
melanodermas, a posição do mento se estabelece mais retrusiva, com uma maior
2 Revisão de Literatura
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
71
tendência de crescimento no sentido vertical e maior inclinação e protrusão dos
incisivos. O prognatismo atribuído a estes indivíduos é eminentemente dentário. A
inclinação do plano mandibular seria o responsável pela retroposição. O aumento no
tamanho da língua e lábios hipertônicos permitem que os dentes se mantenham em
equilíbrio e harmonia numa posição protruída. (BACON; GIRARDIN; TURLOT, 1983;
BARTER et al., 1995; DANDAJENA; NANDA, 2003).
2.4.3 Relação das estruturas tegumentares
São inúmeras as diferenças étnicas referentes aos componentes do
tecido mole. Drummond (1968) fez um estudo comparativo em melanodermas e
leucodermas americanos, no qual afirmou que a posição protruída dos dentes e a
espessura dos lábios proporcionam o aspecto mais volumoso do terço inferior da
face nos melanodermas. Justifica que o pogônio aparece pouco no contexto facial
desses indivíduos, devido à inclinação excessiva do plano mandibular.
Interessado em propor medidas cefalométricas para indivíduos
melanodermas e compará-las com as padronizadas para leucodermas, Sushner
(1977) estudou 100 fotografias de perfil de americanos melanodermas divididos
igualmente entre gêneros, selecionados por ortodontistas, como tendo os perfis mais
agradáveis dentre 1000 fotos. Verificou que os melanodermas apresentam um perfil
tegumentar mais protrusivo que os leucodermas, e quanto ao dimorfismo, essa
protrusão é maior nos homens que nas mulheres. Concluiu que a avaliação de perfis
em melanodermas deve ser feita sem a imposição dos padrões para leucodermas.
Visando estabelecer a preferência estética de ortodontistas, artistas
plásticos e leigos quanto ao contorno do perfil facial mole, Okuyama (1995)
selecionou 180 fotografias pertencentes a 60 jovens de diferentes etnias. Realizou
as medições de tecido mole dos 21 perfis classificados como aceitáveis, para cada
grupo, e constatou que os avaliadores dos indivíduos melanodermas selecionaram
os perfis destes, que mais se aproximaram dos perfis dos leucodermas. Além disso,
verificou que os perfis preferidos pelos 27 avaliadores apresentaram uma suave
convexidade facial para todas as etnias e maior convexidade e maior protrusão labial
para os brasileiros melanodermas.
2 Revisão de Literatura
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
72
Naidoo e Miles (1997) concluíram que os valores médios cefalométricos
para as medidas de tecido mole nos sul-africanos se diferem dos caucasianos norte-
americanos e afroamericanos.
Hwang et al. (2002) compararam os perfis de tecido mole de indivíduos
coreanos e europeu-americanos com oclusão normal e faces equilibradas. Uma
menor inclinação do ângulo nasal inferior e um maior grau da protrusão dos lábios
foram relatados na amostra de coreanos. A protrusão do mento foi menos
proeminente que aquela dos europeu-americanos.
Lopes (2005) avaliou a relação entre lábios, pogônio mole, maxila,
mandíbula e incisivos em adultos brasileiros leucodermas, não submetidos a
tratamento ortodôntico e com perfil facial equilibrado. Concluiu que houve correlação
entre: o comprimento mandibular e a projeção do lábio inferior; a projeção do
pogônio duro e a projeção do pogônio mole; a relação maxilomandibular e a relação
labial no sentido ântero-posterior; a projeção dos lábios e a projeção do pogônio
mole. Observou, ainda, que não ocorreu correlação entre: a inclinação do incisivo
inferior e a projeção do lábio inferior, e a inclinação do incisivo inferior e a projeção
pogônio mole.
No intuito de aferir e comparar as medidas do perfil facial, em adultos
brasileiros feodermas aos valores preconizados por Arnett et al. (1999), em norte-
americanos, Valle (2006) verificou que os brasileiros, em ambos os gêneros,
apresentaram os incisivos superiores e inferiores mais vestibularizados, maior
espessura do lábio superior e mento, ângulo nasolabial mais fechado, menor
comprimento do lábio inferior, maior projeção da maxila, maior retrusão do queixo e
perfil mais convexo. Concluiu que o perfil facial, em adultos brasileiros feodermas se
difere dos leucodermas norte-americanos e necessitam de parâmetro para
planejamentos diferentes.
Para Flynn, Ambrogio e Zeichner (1989), os afroamericanos apresentaram
o ângulo nasolabial mais agudo, o comprimento do bio superior e o ângulo do
contorno facial de tecido mole maiores comparados aos caucasianos. A protrusão
acentuada do lábio superior e inferior indicou uma maior espessura de tecido mole
nesta região, nos afroamericanos.
2 Revisão de Literatura
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
73
Porém, Fonseca e Klein (1978) acreditam que não diferença na
espessura do lábio entre os grupos étnicos, mas uma projeção significativa dos
lábios superior e inferior, além do plano facial nos negros, que refletem o padrão
protrusivo das estruturas esqueléticas e dentárias subjacentes.
Por outro lado, Yehezkel e Turley (2004) avaliaram indivíduos
afroamericanos com padrão protrusivo, mas relataram a preferência por um perfil
mais retilíneo das mulheres afroamericanas, do século XX.
Logo, o conceito de estética facial é extremamente subjetivo e está
condicionado a influências étnicas e socioculturais. Essas diferenças devem ser
consideradas no diagnóstico e plano de tratamento para os indivíduos com esta
variabilidade de grupos étnicos.
1
1
3 Proposição
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
77
3 PROPOSIÇÃO
Com o propósito de apresentar um padrão cefalométrico específico para
os jovens brasileiros leucodermas, feodermas e melanodermas, este estudo propôs:
Obter os valores dios de normalidade para as grandezas
cefalométricas dentárias, esqueléticas e tegumentares;
Avaliar e comparar as diferentes características morfológicas faciais, e
Identificar a presença ou ausência de dimorfismo entre os gêneros.
1
1
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
81
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 MATERIAL
O material constituiu-se de 146 telerradiografias cefalométricas, em norma
lateral, referentes a amostras de jovens brasileiros leucodermas, melanodermas e
feodermas, com “oclusão normal”, pertencentes ao arquivo da Disciplina de
Ortodontia - Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo, e
gentilmente cedidas para esta pesquisa. (MARTINS, 1979; BERTOZ, 1981;
MEDEIROS, 1988; MORAES, 1986; UCHIYAMA, 2005; FRANCO, 2006).
Os critérios utilizados para a seleção da amostra foram: a presença dos
dentes permanentes em oclusão, exceto os terceiros molares, as relações normais
de molares, pequeno ou nenhum grau de apinhamento, ausência de mordida
cruzada, trespasses vertical e horizontal normais, perfil agradável (um conceito
inevitavelmente subjetivo) e nunca submetidos ao tratamento ortodôntico.
A amostra foi dividida em três grupos distintos:
Grupo 1 (MARTINS, 1979) - composto por 50 telerradiografias
cefalométricas, em norma lateral (25 gênero masculino; 25 gênero feminino) com
idade média de 13,17 anos (idade mínima de 11,40; máxima de 14,90) obtidas de
amostras de jovens brasileiros leucodermas;
Grupo 2 (FRANCO, 2006) - composto por 40 telerradiografias
cefalométricas, em norma lateral (20 gênero masculino; 20 gênero feminino) com
idade média de 13,12 anos (idade mínima de 12; máxima de 14,20) obtidas de
amostras de jovens brasileiros feodermas;
Grupo 3 (BERTOZ, 1981; MEDEIROS, 1988; MORAES, 1986;
UCHIYAMA, 2005) - composto por 56 telerradiografias cefalométricas, em norma
lateral (28 gênero masculino; 28 gênero feminino) com idade média de 13,24 anos
(idade mínima de 12,08; máxima de 14,33) obtidas de amostras de jovens brasileiros
melanodermas.
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
82
Os indivíduos leucodermas, feodermas e melanodermas da amostra
foram selecionados, oriundos da mesma região geográfica. (MARTINS, 1979;
BERTOZ, 1981; MEDEIROS, 1988; MORAES, 1986; UCHIYAMA, 2005; FRANCO,
2006). Dentre os critérios estabelecidos para a seleção foram observados a
descendência:
Indivíduos leucodermas, filhos de brasileiros leucodermas,
descendentes de mediterrâneos (espanhóis, italianos ou portugueses);
Indivíduos feodermas, com características étnicas e raciais
precisamente avaliadas por meio de um questionário, que forneceu informações
para classificar a cor da pele dos pais. Desta forma, considerou-se somente jovens
afrodescendentes (união entre leucodermas e melanodermas brasileiros), e
Indivíduos melanodermas, filhos de brasileiros melanodermas, com
descendentes de procedência geográfica e racial dos representantes do grupo
negróide, das regiões da costa da África, onde predominam os povos bantos.
4.2 MÉTODOS
4.2.1 Elaboração do Cefalograma
Após a execução do desenho anatômico, os pontos foram identificados e,
posteriormente, digitalizados por intermédio de uma mesa digitalizadora Numonics
AccuGrid XNT A30TL.F
a
, para obtenção das grandezas cefalométricas. Os traçados
e a digitalização dos pontos foram realizados pelo próprio examinador, utilizando o
padrão Ortho Lateral do programa Dentofacial Planner 7.02
b
para a realização das
medições. O fator de magnificação da imagem radiográfica do aparelho utilizado foi
calculado e posteriormente efetuou-se a correção deste fator para que, durante a
a
Numonics Corporation, Montgomeryville, PA, EUA.
b
Dentofacial Planner Software Inc., Toronto, Ontário, Canadá.
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
83
comparação entre as amostras, se obtivesse maior precisão. Foi efetuada a
correção do fator de magnificação (6%), para as radiografias dos grupos 1 e 3; e do
grupo 2 (9,8%), realizada pelo próprio programa.
4.2.2 Delimitação das estruturas anatômicas
O desenho anatômico foi o preconizado por Krogman e Sassouni (1957);
Interlandi (1968); McNamara Jr. (1984); Vion (1994); com as seguintes estruturas
anatômicas:
Sela Túrcica; Clívus; Cortical externa do osso frontal e ossos nasais;
Médias das fissuras pterigomaxilares; Média das bordas inferiores das órbitas; Média
dos meatos acústicos externos; Maxila; Mandíbula; Dentes (Incisivos centrais e
primeiros molares superiores e inferiores); Perfil tegumentar.
4.2.3 Demarcação dos pontos e traçados de orientação (Figura 4.1)
Os pontos anatômicos foram demarcados, em seguida, traçadas as linhas
e planos de referência, assim como a obtenção das grandezas cefalométricas
angulares e lineares de interesse, seguindo as especificações de Wylie (1947);
Downs (1948); Tweed (1945); Riedel (1952); Burstone (1958); Steiner e Riedel
(1962); Ricketts (1960); Merrifield (1966); Legan e Burstone (1980); McNamara Jr.
(1984).
1. G (Glabela tegumentar): ponto anterior localizado no perfil mole, acima da órbita;
2. N’ (Násio tegumentar): ponto posterior localizado no tecido mole acima da órbita;
3. Pr (Pronasal): ponto anterior da ponta do nariz;
4. Sn (Subnasal): ponto na junção da columela do nariz com o filtro do lábio
superior;
5. Ls (Lábio superior): ponto localizado na junção pele-mucosa entre o lábio
superior e o filtro;
6. Stms (Estômio superior): ponto inferior do lábio superior;
7. Stmi (Estômio inferior): ponto superior do lábio inferior;
8. Li (Lábio inferior): ponto localizado na junção pele-mucosa entre o lábio inferior e
o ponto mais posterior na concavidade do mento mole;
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
84
9. Lmf: ponto posterior na concavidade do mento mole;
10. Pog’ (Pogônio tegumentar): ponto anterior do contorno do mento mole;
11. Gn’ (Gnátio tegumentar): projeção do ponto Gn no tecido mole;
12. Me’(Mentoniano tegumentar): projeção do ponto Me no tecido mole;
13. S (sela túrcica): ponto central da sela túrcica;
14. N (násio): ponto anterior da sutura frontonasal;
15. Or (orbitário): média dos pontos inferiores das órbitas;
16. ENA (espinha nasal anterior): ponto anterior da espinha nasal anterior;
17. ENP (espinha nasal posterior): ponto posterior do soalho da fossa nasal;
18. Ponto A (subespinhal): ponto profundo da concavidade da pré-maxila, entre a
espinha nasal anterior e o próstio;
19. Ponto B (supramental): ponto profundo da concavidade da sínfise mentoniana;
20. Pog (pogônio): ponto anterior do mento ósseo;
21. Gn (gnatio): ponto ínfero-anterior do contorno do mento ósseo, delimitado pela
bissetriz das linhas NPog e o plano mandibular (GoMe);
22. Me (mentoniano): ponto inferior da sínfise mentoniana;
23. Go (gônio): ponto póstero-inferior da curva entre o corpo e o ramo da mandíbula;
24. Po (pório): ponto superior do meato acústico externo;
25. Co (condílio): ponto póstero-superior do côndilo mandibular;
26. BIS (borda incisal superior): ponto inferior da incisal do incisivo central superior;
27. AIS (ápice incisal superior): ponto superior do ápice do incisivo central superior;
28. BII (borda incisal inferior): ponto superior da incisal do incisivo central inferior;
29. AII (ápice incisal inferior): ponto inferior do ápice do incisivo central inferior;
30. SMPMS (superfície mesial do primeiro molar superior): ponto anterior da coroa
do primeiro molar permanente superior;
31. CMPMS (cúspide mesial do primeiro molar superior): ponto inferior da cúspide
mesial do primeiro molar permanente superior;
32. SMPMI (superfície mesial do primeiro molar inferior): ponto anterior da coroa do
primeiro molar permanente inferior;
33. CMPMI (cúspide mesial do primeiro molar inferior): ponto inferior da cúspide
mesial do primeiro molar permanente inferior;
34. COM (contato oclusal molar): ponto médio da superfície de intercuspidação das
cúspides distais dos primeiros molares.
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
85
Figura 4.1 - Cefalograma e pontos cefalométricos
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
86
4.2.4 Variáveis cefalométricas esqueléticas. De acordo com Wylie (1947);
Downs (1948); Tweed (1945); Riedel (1952); Ricketts (1960); Steiner e
Riedel (1962); McNamara Jr. (1984). (Figura 4.2)
Tabela 4.1 - Variáveis cefalométricas esqueléticas
COMPONENTE MAXILAR
SNA (º): ângulo formado pelas linhas SN e NA. Indica a relação sagital da maxila
em relação à base do crânio;
Co-A (mm): distância linear entre os pontos Co e A. Representa o comprimento da
maxila;
A-Nperp (mm): distância linear entre o ponto A e a linha Násio perpendicular. Define
a posição sagital da maxila.
COMPONENTE MANDIBULAR
SNB (º): ângulo formado pelas linhas SN e NB. Indica a relação sagital da
mandíbula, em relação à base do crânio;
Co-Gn (mm): distância linear entre os pontos Co e Gn. Define o comprimento da
mandibula;
P-
Nperp (mm): distância linear entre o ponto pogônio e a linha násio perpendicular.
Representa a posição sagital da mandíbula;
P-NB (mm): distância linear entre o ponto pogônio e a linha NB.
COMPONENTE MAXILOMANDIBULAR
ANB (º): ângulo formado pelas linhas NA e NB. Representa o grau de discrepância
sagital entre a maxila e mandíbula;
NAP (º): ângulo entre as linhas NA e APog. Descreve a convexidade do perfil ósseo;
Wits (mm): distância linear entre as projeções perpendiculares dos pontos A e B
sobre o plano oclusal funcional. Define o relacionamento sagital entre a maxila e
mandíbula.
COMPONENTE VERTICAL
FMA
(º): ângulo formado pelos planos horizontal de Francfort e mandibular (GoMe).
Define basicamente a orientação do padrão de crescimento facial;
SN.GoGn (º): ângulo formado pela linha SN e o plano mandibular GoGn. Utilizando-
se de pontos cefalométricos diferentes, também define a orientação do padrão de
crescimento facial;
SN.Ocl (º): ângulo formado pela linha SN e o plano oclusal funcional. Relaciona a
inclinação do plano oclusal com a base do crânio;
AFAI (ENA-Me) (mm): distância linear entre os pontos espinha nasal anterior e
mentoniano. Indica a altura do terço inferior da face.
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
87
Figura 4.2 - Linhas e planos: Variáveis cefalométricas esqueléticas, de acordo com Wylie (1947);
Downs (1948); Tweed (1945); Riedel (1952); Ricketts (1960); Steiner e Riedel (1962);
McNamara Jr (1984).
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
88
4.2.5 Variáveis cefalométricas dentárias. De acordo com Downs (1948);
Steiner (1953); Steiner e Riedel (1962). (Figura 4.3)
Tabela 4.2 - Variáveis cefalométricas dentárias
COMPONENTE DENTOALVEOLAR
1.NA (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo central superior e a linha NA. Define o
grau de inclinação do incisivo central em relação à maxila e ao násio;
1-NA (mm): distância entre o ponto anterior da coroa do incisivo central superior e a
linha NA. Relaciona a posição sagital do incisivo superior em relação à maxila e ao
násio
1.NB (º): ângulo entre o longo eixo do incisivo inferior e a linha NB. Relaciona a
inclinação deste dente com a mandíbula e o násio;
1-NB (mm): distância entre o ponto anterior da coroa do incisivo central inferior e a
linha NB. Relaciona a posição sagital do incisivo inferior em relação à mandíbula e
ao násio.
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
89
Figura 4.3 - Linhas e planos: Variáveis cefalométricas dentárias, de acordo com Downs (1948);
Steiner (1953); Steiner e Riedel (1962)
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
90
4.2.6 Variáveis cefalométricas tegumentares. De acordo com Burstone
(1958); Ricketts (1960); Merrifield (1966); Legan e Burstone (1980);
McNamara Jr. (1984). (Figura 4.4)
Tabela 4.3 - Variáveis cefalométricas tegumentares
COMPONENTE TECIDO MOLE
Sulco mentolabial (Stmi-Li-Pog’) (mm): distância linear entre o sulco mentolabial e a
linha formada pelo ponto anterior do lábio inferior e pogônio mole;
Ângulo nasolabial (Cm.Sn.Ls) (º): ângulo formado entre a linha inferior da base do
nariz e o lábio superior;
Ângulo de convexidade facial do tecido mole (Gl.Sn.Pog’) (º): ângulo formado entre a
linha da glabela e subnasal - pogônio mole;
Comprimento do lábio superior (Sn-Stms) (mm): distância linear entre o ponto
subnasal e o ponto inferior do lábio superior;
Protrusão lábio superior (Ls-Sn-Pog’) (mm): distância linear entre o ponto Ls; ponto
localizado na junção pele-mucosa entre o lábio superior e o ponto posterior da
concavidade do queixo e a linha SnPog’;
Protrusão lábio inferior (Li-Sn-Pog’) (mm): distância linear entre o ponto Li; ponto
localizado na junção pele-mucosa entre o lábio inferior e o ponto posterior da
concavidade do queixo e a linha SnPog’;
Exposição do incisivo superior (Stms-IS) (mm): distância linear entre o ponto inferior
do lábio superior - estômio superior e a incisal do incisivo central superior;
Interlabial Gap (Stms-Stmi) (mm): distância interlabial entre os pontos estômio
superior e estômio inferior;
Lábio inferior - E (mm): distância linear entre o ponto anterior do lábio inferior e a
linha “E” preconizada por Ricketts;
Lábio superior - E (mm): distância linear entre o ponto anterior do lábio superior e a
linha “E” preconizada por Ricketts.
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
91
Figura 4.4 - Linhas e planos: Variáveis cefalométricas tegumentares, de acordo com Burstone
(1958); Ricketts (1960); Merrifield (1966); Legan e Burstone (1980); McNamara Jr
(1984)
1. Cm.Sn.Ls; 2. Gl.Sn.Pog’; 3. Sn-Stms; 4. Ls-Sn-Pog’; 5. Li-Sn-Pog’; 6. Stms-Stmi; 9. Ls-
E Upper lip-E; 8. Li-E; Line E (esthetic plane by Ricketts)
4 Material e Métodos
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
92
4.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA
4.3.1 Erro do método (Tabela 5.1)
Para a determinação da confiabilidade dos resultados, trinta radiografias
selecionadas ao acaso foram traçadas e digitalizadas, pelo mesmo pesquisador,
com um intervalo de 30 dias.
Para cada uma das grandezas cefalométricas estudadas, foram avaliados
os erros sistemáticos e casuais, independentemente. O erro sistemático foi calculado
pelo teste “t” pareado, conforme preconizado por Houston (1983). A aplicação da
fórmula proposta por Dahlberg (1940) (Se
2
= somatória d
2
/2n) possibilitou estimar a
resultante dos erros casuais. Foram considerados significantes os erros acima de 1
mm para as medidas lineares e 1,5º para as angulares.
4.3.2 Análise descritiva e comparativa
Para verificar a presença de distribuição normal das variáveis estudadas,
efetuou-se o Teste Kolmogorov-Smirnov.
Para a análise estatística dos dados, a compatibilidade dos grupos quanto
à idade e a comparação dos valores das médias e desvios padrão das grandezas
cefalométricas foram investigadas pela análise de variância (ANOVA) seguida pelo
teste de Tukey. Para verificar a presença de dimorfismo entre os gêneros aplicou-se
o teste “t” independente. Estes testes foram realizados no programa de computador
Statistica for Windows 6.0
*
. Os resultados foram considerados estatisticamente
significantes com valor de p<0,05.
*
Statistica for Windows - release 6.0. – Copyright Stat soft, Inc.1984- 2001.
1
1
5 Resultados
95
5 RESULTADOS
Os resultados estão apresentados sob a forma de tabelas. Na tabela 5.1
estão dispostos os valores dos erros casuais (DAHLBERG, 1940) e sistemáticos
(HOUSTON, 1983), da avaliação intra-examinador. A estatística descritiva (média,
desvio padrão, mínima e máxima) da idade dos três grupos étnicos completos e
divididos de acordo com o gênero encontra-se dispostos na tabela 5.2. A
comparação entre os valores das médias e desvios padrão das grandezas
cefalométricas seguem na tabela 5.3, investigadas pela análise de variância
(ANOVA - obs: letras diferentes indicam diferença estatisticamente significante),
seguida pelo teste de Tukey. Os resultados do teste “t” independente apresentados
nas tabelas 5.4, 5.5 e 5.6, demonstram se existe dimorfismo entre gêneros, nos
distintos grupos raciais.
Os resultados se apresentam mediante as análises estatísticas, indicadas
de acordo com as características da pesquisa realizada. As tabelas exibem as
médias, os desvios padrão e a significância estatística dos resultados observados.
5 Resultados
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
96
Tabela 5.1 - Apresentação para os dois tempos de medições realizadas, das médias e desvios
padrão, do teste “t” e do erro casual
* Estatisticamente significante para p<0,05
VARIÁVEIS
1ª MEDIÇÃO 2ª MEDIÇÃO
N DAHLBERG
P
MÉDIA DP MÉDIA DP
COMPONENTE MAXILAR
SNA (º)
84,91 4,29 84,80 4,43 30 0,83 0,218
Co
-
A (mm)
84,28 4,19 84,23 4,11 30 0,76 0,589
A
-
Nperp (mm)
1,75 3,88 1,84 3,82 30 0,42 0,308
COMPONENTE MANDIBULAR
SNB (º)
81,39 3,62 81,37 3,68 30 0,71 0,883
Co-Gn (mm)
110,02 6,28 109,97 6,11 30 0,46 0,614
P-Nperp (mm)
-2,33 6,60 -2,16 6,73 30 0,53 0,085
P-NB (mm)
0,49 1,61 0,54 1,65 30 0,41 0,580
RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR
ANB (º)
3,51 2,38 3,39 2,46 30 0,60 0,345
Wits (mm)
-0,67 2,91 -0,56 3,02 30 0,40 0,231
NAP (º)
6,87 5,63 6,99 5,61 30 0,89 0,257
COMPONENTE VERTICAL
FMA (º)
24,58 4,32 24,60 4,32 30 0,75 0,837
SN.GoGn (º)
31,23 3,99 31,25 3,92 30 0,50 0,820
SN.Ocl (º)
14,03 3,55 14,24 3,50 30 0,93
0,020*
AFAI (mm)
63,03 5,11 64,06 8,68 30 0,88 0,410
COMPONENTE DENTOALVEOLAR
1.NA (º)
23,54 6,72 23,50 6,84 30 0,83 0,667
1-NA (mm)
5,11 3,28 5,24 3,79 30 0,74 0,475
1.NB (º)
31,07 7,55 31,08 7,72 30 0,61 0,928
1-NB (mm)
6,66 2,52 6,87 2,64 30 0,46
0,032*
COMPONENTE TECIDO MOLE
Stmi-Li-Pog’ (mm)
3,85 0,97 3,76 1,07 30 0,44 0,362
Cm.Sn.Ls (°)
96,89 14,39 96,74 14,28 30 0,86 0,123
Gl.Sn.Pog’ (°)
14,12 6,40 14,11 6,44 30 0,97 0,922
Sn-Stms (mm)
24,95 3,15 24,85 3,36 30 0,42 0,261
Ls-Sn-Pog’ (mm)
4,91 2,64 5,10 2,65 30 0,50 0,060
Li-Sn-Pog’ (mm)
4,64 3,37 4,65 3,49 30 0,43 0,888
Stms-IS (mm)
2,69 2,04 2,74 2,15 30 0,76 0,579
Stms-Stmi (mm)
1,30 1,51 1,47 1,65 30 0,49 0,063
Li-E (mm)
1,45 3,76 1,52 3,80 30 0,57 0,344
Ls-E (mm) -1,97 3,23 -1,56 3,45 30 0,92 0,083
5 Resultados
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
97
Tabela 5.2 - Estatística descritiva (média, desvio padrão, mínima e máxima) da idade dos três
grupos étnicos completos e divididos de acordo com o gênero
GRUPOS N MÉDIA DP MÍNIMA MÁXIMA
Leucoderma total 50 13,17 1,07 11,40 14,90
Feoderma total 40 13,12 0,72 12,00 14,20
Melanoderma total 56 13,24 0,56 12,08 14,33
Leucoderma masculino 25 13,25 1,13 11,40 14,90
Leucoderma feminino 25 13,08 1,02 11,70 14,90
Feoderma masculino 20 13,26 0,63 12,10 14,30
Feoderma feminino 20 12,98 0,79 12,00 14,20
Melanoderma masculino 28 13,15 0,62 12,08 14,42
Melanoderma feminino 28 13,34 0,47j 12,58 14,33
5 Resultados
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
98
Tabela 5.3 - Médias e desvios padrão das variáveis cefalométricas, nos três grupos étnicos, os
resultados do ANOVA e teste de Tukey (obs: letras diferentes indicam diferença
estatisticamente significante)
* Estatisticamente significante para p<0,05
VARIÁVEIS
LEUCO (N=50)
FEO (N=40)
MELANO (N=56)
P
MÉDIA (DP)
MÉDIA (DP)
MÉDIA (DP)
Idade
13,17 (1,07)
A
13,12 (0,72)
A
13,24 (0,56)
A
0,735
COMPONENTE MAXILAR
SNA (°)
81,68 (2,89)
A
84,33 (4,56)
B
86,95 (3,89)
C
0,000*
Co-A (mm)
84,16 (4,30)
AB
86,37 (4,48)
A
83,33 (3,83)
B
0,002*
A-Nperp (mm)
-0,15 (2,73)
A
-1,04 (3,35)
A
4,07 (3,47)
B
0,000*
COMPONENTE MANDIBULAR
SNB (°)
78,83 (2,73)
A
81,48 (3,91)
B
82,95 (3,52)
B
0,000*
Co-Gn (mm)
110,97 (5,41)
A
110,51 (4,99)
A
108,61 (5,97)
A
0,070
P-Nperp (mm)
-4,22 (5,46)
A
-6,10 (5,28)
A
0,80 (6,06)
B
0,000*
P-NB (mm)
1,41 (1,46)
A
1,10 (1,27)
A
-0,22 (0,96)
B
0,000*
RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR
ANB (°)
2,82 (2,27)
A
2,85 (2,02)
A
3,99 (2,17)
B
0,008*
WITS (mm)
-0,62 (2,76)
A
-0,31 (2,33)
A
-1,02 (2,23)
A
0,366
NAP (°)
4,60 (4,89)
A
4,55 (4,49)
A
8,47 (4,88)
B
0,000*
COMPONENTE VERTICAL
FMA (°)
25,32 (4,40)
AB
26,14 (3,78)
A
23,48 (4,53)
B
0,008*
SN.GoGn (°)
33,01 (3,98)
A
29,86 (4,84)
B
30,54 (4,42)
B
0,001*
SN.Ocl (°)
15,97 (3,81)
A
12,82 (4,39)
B
13,44 (3,43)
B
0,000*
AFAI (mm)
62,82 (4,28)
A
62,64 (4,06)
A
63,18 (4,69)
A
0,820
COMPONENTE DENTOALVEOLAR
1.NA (°)
21,59 (5,75)
A
24,61 (4,19)
B
24,92 (5,43)
B
0,002*
1-NA (mm)
3,62 (2,37)
A
5,37 (2,35)
B
6,06 (2,76)
B
0,000*
1.NB (°)
24,64 (4,78)
A
28,18 (5,45)
B
35,99 (5,92)
C
0,000*
1-NB (mm)
4,37 (1,99)
A
5,21 (1,84)
A
8,14 (2,23)
B
0,000*
COMPONENTE TECIDO MOLE
Stmi-Li-Pog’ (mm)
3,65 (0,99)
A
5,37 (1,15)
B
4,02 (0,96)
A
0,000*
Cm.Sn.Ls (°)
104,68 (10,20)
A
95,83 (11,17)
B
89,31 (12,44)
C
0,000*
Gl.Sn.Pog’ (°)
14,88 (5,91)
AB
16,19 (4,46)
A
12,98 (4,89)
B
0,010*
Sn-Stms (mm)
24,10 (2,37)
A
24,45 (2,60)
A
25,95 (2,84)
B
0,000*
Ls-Sn-Pog’ (mm)
3,06 (1,53)
A
5,70 (1,74)
B
6,59 (2,06)
B
0,000*
Li-Sn-Pog’ (mm)
1,58 (2,04)
A
4,52 (1,72)
B
6,25 (2,12)
C
0,000*
Stms-IS (mm)
2,88 (1,49)
A
3,06 (2,02)
A
2,58 (1,65)
A
0,385
Stms-Stmi (mm)
0,90 (0,84)
A
1,61 (2,07)
A
1,30 (1,43)
A
0,076
Li-E (mm)
-1,96 (2,32)
A
1,13 (2,13)
B
3,51 (2,32)
C
0,000*
Ls
-
E (mm)
-4,23 (2,08)
A
-1,30 (2,26)
B
0,16 (2,59)
C
0,000*
5 Resultados
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
99
Tabela 5.4 - Análise estatística do teste “t” independente para o dimorfismo entre gêneros, em
jovens brasileiros leucodermas
VARIÁVEIS
MASCULINO (N=25)
FEMININO (N=25)
P
MÉDIA
DP
MÉDIA
DP
Idade
13,25 1,13 13,08 1,02 0,577
COMPONENTE MAXILAR
SNA
(°)
82,57 2,45 80,80 3,07
0,029*
Co
-
A
(mm)
86,29 4,10 82,02 3,40
0,000*
A
-
Nperp
(mm)
0,23 2,06 -0,53 3,27 0,323
COMPONENTE MANDIBULAR
SNB
(°)
78,99 2,96 78,68 2,52 0,686
Co
-
Gn
(mm)
111,94 5,59 110,00 5,15 0,207
P
-
Nperp
(mm)
-5,12 3,42 -3,31 6,85 0,242
P
-
NB
(mm)
1,32 1,74 1,50 1,14 0,660
RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR
ANB
(°)
3,54 2,39 2,10 1,94
0,023*
WIT
S
(mm)
-0,54 2,59 -0,71 2,97 0,832
NAP
(°)
6,02 5,22 3,18 4,16
0,038*
COMPONENTE VERTICAL
FMA
(°)
26,25 2,92 24,39 5,41 0,137
SN.GoGn
(°)
33,13 3,54 32,89 4,45 0,833
SN.Ocl
(°)
16,70 3,85 15,24 3,70 0,175
AFAI
(mm)
63,95 4,25 61,69 4,08 0,061
COMPON
ENTE DENTOALVEOLAR
1.NA
(°)
20,18 5,87 23,01 5,37 0,082
1
-
NA
(mm)
2,81 2,62 4,43 1,81
0,014*
1.NB
(°)
24,61 3,88 24,66 5,62 0,967
1
-
NB
(mm)
4,56 1,77 4,18 2,21 0,506
COMPONENTE TECIDO MOLE
S
tm
i
-
Li
-
Pog’ (mm)
3,44 1,17 3,86 0,76 0,139
Cm.Sn.Ls (°)
107,35 10,98 102,02 8,76 0,063
Gl.Sn.Pog’ (°)
16,74 6,25 13,02 5,00
0,024*
Sn
-
Stms (mm)
24,71 2,34 23,50 2,29 0,071
Ls
-
Sn
-
Pog’
(mm)
3,03 1,72 3,08 1,35 0,913
Li
-
Sn
-
Pog’
(mm)
1,45 2,41 1,72 1,63 0,652
Stms
-
IS (mm)
2,74 1,62 3,02 1,36 0,500
Stms
-
Stmi (mm)
0,85 0,45 0,95 1,11 0,679
Li
-
E (mm)
-1,98 2,59 -1,93 2,07 0,933
Ls
-
E (mm)
-3,96 2,05 -4,49 2,12 0,376
* Estatisticamente significante para p<0,05
5 Resultados
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
100
Tabela 5.5 - Análise estatística do teste “t” independente para o dimorfismo entre gêneros, em
jovens brasileiros feodermas
VARIÁVEIS
MASCULINO (N=20)
FEMININO (N=20)
P
MÉDIA
DP
MÉDIA
DP
Idade
13,26 0,63 12,98 0,79 0,225
COMPONENTE MAXILAR
SNA
(°)
85,07 5,04 83,60 4,01 0,312
Co
-
A
(mm)
88,13 4,32 84,62 4,00
0,011*
A
-
Nperp
(mm)
-1,69 3,79 -0,40 2,78 0,226
COMPONENTE MANDIBULAR
SNB
(°)
82,31 4,13 80,66 3,60 0,186
Co
-
Gn
(mm)
112,75 4,71 108,27 4,28
0,003*
P
-
Nperp
(mm)
-6,94 5,81 -5,26 4,69 0,322
P
-
NB
(mm)
1,52 1,27 0,69 1,15
0,037*
RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR
ANB
(°)
2,76 2,04 2,94 2,05 0,788
WITS
(m
m)
-0,07 2,34 -0,54 2,36 0,531
NAP
(°)
3,93 4,85 5,18 4,14 0,386
COMPONENTE VERTICAL
FMA
(°)
26,35 3,53 25,93 4,09 0,727
SN.GoGn
(°)
28,60 3,98 31,12 5,38 0,101
SN.Ocl
(°)
11,53 3,91 14,12 4,56 0,061
AFAI
(mm)
63,52 4,28 61,76 3,72 0,173
COMPONENTE
DENTOALVEOLAR
1.NA
(°)
24,87 4,03 24,36 4,44 0,708
1
-
NA
(mm)
5,47 2,52 5,28 2,23 0,802
1.NB
(°)
27,80 6,16 28,55 4,77 0,669
1
-
NB
(mm)
5,25 2,01 5,18 1,70 0,912
COMPONENTE TECIDO MOLE
S
tm
i
-
Li
-
Pog’ (mm)
5,63 1,34 5,12 0,90 0,167
Cm.Sn.Ls (°)
98,08 12,01 93,58 10,07 0,206
Gl.Sn.Pog’ (°)
17,72 4,63 14,66 3,81
0,028*
Sn
-
Stms (mm)
25,71 2,76 23,19 1,71
0,001*
Ls
-
Sn
-
Pog’
(mm)
6,02 1,80 5,38 1,65 0,250
Li
-
Sn
-
Pog’
(mm)
4,62 1,75 4,42 1,74 0,719
Stms
-
IS (mm)
2,14 1,78 3,99 1,85
0,002*
Stms
-
Stmi (mm)
0,91 1,37 2,31 2,42
0,030*
Li
-
E (mm)
1,37 2,24 0,88 2,05 0,476
Ls
-
E (mm)
-0,71 2,60 -1,89 1,72 0,099
* Estatisticamente significante para p<0,05
5 Resultados
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
101
Tabela 5.6 - Análise estatística do teste “t” independente para o dimorfismo entre gêneros, em
jovens brasileiros melanodermas
VARIÁVEIS
MASCULINO (N=28)
FEMININO (N=28)
P
MÉDIA
DP
MÉDIA
DP
Idade
13,15 0,62 13,34 0,47 0,193
COMPONENTE MAXILAR
SNA
(°)
85,81 3,49 88,09 3,99
0,026*
Co
-
A
(mm)
83,73 3,84 82,94 3,84 0,448
A
-
Nperp
(mm)
3,33 3,10 4,80 3,72 0,114
C
OMPONENTE MANDIBULAR
SNB
(°)
82,59 3,37 83,31 3,69 0,451
Co
-
Gn
(mm)
109,35 6,62 107,87 5,27 0,359
P
-
Nperp
(mm)
0,69 5,66 0,91 6,54 0,896
P
-
NB
(mm)
-0,09 1,06 -0,35 0,86 0,311
RELAÇÃO MAXILOMANDIBULAR
ANB
(°)
3,22 2,16 4,76 1,93
0,007*
WITS
(mm)
-1,06 2,61 -0,98 1,81 0,891
NAP
(°)
6,90 4,63 10,03 4,69
0,015*
COMPONENTE VERTICAL
FMA
(°)
23,00 4,58 23,96 4,50 0,430
SN.GoGn
(°)
30,34 4,60 30,75 4,31 0,734
SN.Ocl
(°)
13,07 3,19 13,81 3,68 0,423
AFAI
(mm)
63,53 5,39 62,83 3,95 0,580
COMPONENTE DENTO
ALVEOLAR
1.NA
(°)
26,69 5,76 23,15 4,53
0,013*
1
-
NA
(mm)
7,11 3,07 5,02 1,96
0,003*
1.NB
(°)
36,22 4,20 35,76 7,32 0,777
1
-
NB
(mm)
8,21 1,89 8,07 2,56 0,813
COMPONENTE TECIDO MOLE
S
tm
i
-
Li
-
Pog’ (mm)
4,19 0,95 3,84 0,95 0,175
Cm.Sn.Ls (°)
89,93 12,41 88,68 12,68 0,710
Gl.Sn.Pog’ (°)
13,14 4,61 12,82 5,24 0,810
Sn
-
Stms (mm)
27,24 2,92 24,66 2,11
0,000*
Ls
-
Sn
-
Pog’
(mm)
7,21 2,06 5,97 1,91
0,024*
Li
-
Sn
-
Pog’
(mm)
6,55 2,10 5,95 2,14 0,295
Stms
-
IS (mm)
1,88 1,39 3,28 1,61
0,000*
Stms
-
Stmi (mm)
0,79 0,56 1,81 1,82
0,006*
Li
-
E (mm)
3,78 2,28 3,24 2,36 0,386
Ls
-
E (mm)
0,84 2,58 -0,52 2,45
0,046*
* Estatisticamente significante para p<0,05
1
1
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
105
6 DISCUSSÃO
No intuito de abordar as dificuldades desta pesquisa e favorecer a
interpretação dos resultados, serão discutidas as considerações da metodologia, os
resultados, e finalmente, algumas considerações clínicas.
6.1 CONSIDERAÇÕES DA METODOLOGIA
Alguns conceitos relacionados com os cálculos estatísticos são
fundamentais para a leitura e o pensamento crítico de um trabalho científico. Torna-
se relevante a tarefa de avaliar a adequação das informações e buscar as
evidências contrárias aos possíveis erros que podem implicar na validade das
conclusões. Portanto, muita cautela ao analisar e interpretar o valor atribuído,
geralmente, ao teste e dados estatísticos. (CONCEIÇÃO, 2008).
Neste contexto, os aspectos mais importantes são os obstáculos
encontrados na comparação de vários estudos cefalométricos, em indivíduos de
diferentes grupos étnicos. Tais como: a idade da amostra, o tamanho da amostra, os
critérios de seleção, o tipo de análise utilizada, os métodos estatísticos e as
definições da variação étnica por distribuição geográfica. (FLYNN; AMBROGIO;
ZEICHNER, 1989).
6.1.1 Características da amostra
A amostra desta pesquisa constituiu-se de jovens brasileiros
leucodermas, feodermas e melanodermas com características faciais agradáveis,
dentro de um conceito inevitavelmente subjetivo. Foi requisito da presente pesquisa,
uma oclusão dentária com relações normais de molares, sem a presença de mordida
profunda, mordida aberta, rotações ou apinhamentos dentários significativos.
Estabeleceu-se como critério, a presença de todos os dentes permanentes em
oclusão, exceto os terceiros molares.
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
106
Alguns trabalhos realizaram a seleção da amostra, de acordo com o
alinhamento ideal e a presença de todos os dentes permanentes, enquanto outros
exigiram apenas Classe I de Angle e não especificaram quanto à ausência de
mordida aberta, mordida profunda, ou outras condições anormais. (HARRIS et al.,
1977; KOWASKI; NASJLETI; WALKER, 1974; CONNOR; MOSHIRI, 1985;
ALTEMUS, 1968; FLYNN; AMBROGIO; ZEICHNER, 1989). Entretanto, a maior parte
dos relatos excluiu indivíduos que sofreram trauma facial e foram submetidos à
cirurgia ou tratamento ortodôntico.
Os problemas metodológicos encontrados na literatura dificultam o estudo
comparativo. Como por exemplo, o tamanho da amostra de modelos cefalométricos
de indivíduos de diversas origens étnicas. O estudo de Cotton; Takano e Wong
(1951) baseou-se em apenas 20 indivíduos. Altemus (1968) selecionou 80
indivíduos, de um grupo de 3.289, com as melhores relações oclusais. Kowaski;
Nasjleti e Walker (1974) estudaram uma amostra considerável de 244 indivíduos
negros e 341 brancos, porém, somente do gênero masculino.
No presente trabalho, o material constituiu-se de 146 telerradiografias
cefalométricas, em norma lateral, referentes a amostras de jovens brasileiros, 50
leucodermas, 40 feodermas e 56 melanodermas, com “oclusão normal”,
pertencentes ao arquivo da Disciplina de Ortodontia - Faculdade de Odontologia de
Bauru da Universidade de São Paulo, e gentilmente cedidas para esta pesquisa.
(MARTINS, 1979; BERTOZ, 1981; MEDEIROS, 1988; MORAES, 1986; UCHIYAMA,
2005; FRANCO, 2006).
6.1.2 Compatibilidade entre os grupos
A compatibilidade dos grupos quanto à idade é de suma importância, pois
esse fator pode influenciar nos resultados com relação às alterações cefalométricas
e sua intensidade, devido a um maior ou menor potencial de crescimento.
Quanto à distribuição dos gêneros, torna-se fundamental que esteja
compatível, a fim de evitar influências nos resultados, uma vez que existem
diferenças importantes entre os gêneros masculino e feminino, no que diz respeito à
época de maturação esquelética e dentária. O gênero feminino apresenta como
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
107
característica de desenvolvimento uma maturação mais precoce, e, um ritmo de
crescimento mais acelerado. (BISHARA; TREDER; JAKOBSEN, 1994).
Logo, com relação à compatibilidade entre os grupos, este estudo
consistiu de amostras homogêneas com relação à idade e a distribuição dos gêneros
nos três grupos étnicos (Tabela 5.2). Grupo 1 50 jovens brasileiros leucodermas
(25 do gênero masculino e 25 do gênero feminino) com idade média de 13,17 anos;
Grupo 2 - 40 feodermas (20 do gênero masculino e 20 do gênero feminino) com
idade média de 13,12 anos e Grupo 3 - 56 melanodermas (28 do gênero masculino
e 28 do gênero feminino) com idade média de 13,24 anos.
6.1.3 Precisão da Metodologia
Durante a realização de uma pesquisa, todo o esforço deve ser
despendido para minimizar ou pelo menos controlar os erros provenientes dos
procedimentos envolvidos na realização dos traçados cefalométricos, na
demarcação dos pontos e na mensuração das medidas utilizadas. O conhecimento
destes erros permite que os dados obtidos sejam interpretados com base nestas
limitações, tornando os resultados mais confiáveis.
Entretanto, a mensuração das medidas na telerradiografia também pode
apresentar erros e, conseqüentemente, resultados equivocados. Por esse motivo,
foram realizados os testes para verificar o erro intra-examinador.
O erro casual refere-se à dificuldade encontrada pelo examinador em
identificar e definir certos pontos radiográficos utilizados nas medições
cefalométricas. (DAHLBERG, 1940). O erro sistemático ocorre quando um
examinador, com o passar do tempo, altera sua técnica de mensuração, de modo
inconsciente, apresentando a falta de padronização do método. (HOUSTON, 1983).
Dentre as 28 medidas estudadas, apenas duas apresentaram erros
sistemáticos: SN.Ocl e 1-NB (Tabela 5.1). Este resultado demonstrou que 92,85%
das medidas estudadas apresentaram precisão e coerência. Esse resultado foi
compreensível porque, além da diferença ter sido pequena, o trabalho de Baumrind
e Frantz (1971) auxilia na explicação deste erro. Os autores analisaram os erros de
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
108
identificação dos pontos cefalométricos e concluíram que a determinação do ápice
do incisivo inferior apresentava o maior grau de variação, tanto no sentido horizontal,
quanto no vertical. Avaliaram que o erro médio, de identificação dos pontos de
reparo, pode ser de 0,37 a 3,75mm, dependendo do ponto de reparo em particular, e
que o erro pode ser de 0,43 a 0,86mm e de 0,62º a 3,54º para as medidas lineares e
angulares, respectivamente, dependendo da medida.
Outro aspecto importante é o fator de magnificação da imagem
radiográfica. Neste estudo, constatou os seguintes valores do fator de magnificação:
6% para os leucodermas e melanodermas (Grupo 1, 3); 9,8% para os feodermas
(Grupo 2). Inúmeros estudos não especificaram a realização da correção do fator de
magnificação (BACON; GIRARDIN; TURLOT, 1983; ENLOW et al., 1982;
BRIEDENHANN; ROOS, 1988; BARTER et al., 1995; FLYNN; AMBROGIO;
ZEICHNER, 1989), dificultando assim, uma comparação entre as amostras e os
valores obtidos, que a diferença é significativa entre os resultados que não foram
devidamente corrigidos.
Para um melhor esclarecimento, o fator de magnificação corresponde à
porcentagem de ampliação da imagem radiográfica em relação ao tamanho real das
estruturas do complexo craniofacial. Para seu cálculo é preciso, primeiramente,
medir a distância de uma oliva metálica à outra (A). Em seguida, mantendo-se a
mesma medida A, entre as olivas, obtém-se uma radiografia PA (póstero-anterior) na
qual apareça a imagem radiográfica apenas das olivas metálicas (B). Assim, o fator
de magnificação (X) é obtido por meio da seguinte fórmula matemática:
X= B-A/A x 100
Em que:
X= Fator de magnificação
A= Distância de uma oliva metálica a outra
B= Distância de uma oliva metálica a outra na imagem radiográfica
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
109
6.1.4 Definições das variações das origens étnicas
Torna-se importante estudar as características da população e a origem
dos grupos étnicos brasileiros, analisando os aspectos somáticos respectivos. Outro
fator relevante é a mistura histórica de inúmeras populações e raças na América,
que impossibilita e dificulta a definição biológica de cada grupo. (FLYNN;
AMBROGIO; ZEICHNER, 1989). A miscigenação no Brasil entre o português, o
indígena e o negro resultou na formação, desde os primeiros tempos da história, em
uma população diversificada. Cada um dos três grupos básicos está longe de
representar uma etnia pura.
Pela sua procedência geográfica, pode-se fazer uma idéia da filiação
racial dos representantes importados do grupo negróide. Nas regiões da costa e
contracosta da África predominam os povos bantos, selecionados para esta
pesquisa, formados pela mistura de nigricianos e de paleonegróides, com sua
divisão em ocidentais, orientais e meridionais, exibindo cada qual maior ou menor
influência. O Brasil destacou-se como um dos poucos países da América que
recebeu povos africanos de todas as origens. Três regiões da África, a costa oeste,
centro-oeste e sudeste, contribuíram com mão-de-obra escrava para o Brasil até
1850. (ZORZETTO, 2007).
Com relação ao índice cefálico e a estatura, distinguiram-se as seguintes
etnias, no grupo negróide:
1. A nigriciana, com grande percentagem de indivíduos altos e
dolicocéfalos; concentrando-se no Sudão e na Guiné;
2. A paleonegróide, com alta percentagem de indivíduos baixos e
mesocéfalos, e concentração na região de florestas do Congo, Senegal, da Angola.
3. A nilótica, com indivíduos muito altos e dolicocéfalos, com dispersão
nas regiões do Alto Nilo e dos grandes lagos;
4. A coisan (Khoisan) com alta percentagem de indivíduos baixos,
mesocéfalos; está dispersa no Sul da África, bem como em regiões da floresta e do
deserto.
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
110
Os indivíduos leucodermas, feodermas e melanodermas da amostra
foram selecionados, oriundos da mesma região geográfica. (MARTINS, 1979;
BERTOZ, 1981; MEDEIROS, 1988; MORAES, 1986; UCHIYAMA, 2005; FRANCO,
2006). Os critérios estabelecidos para a seleção foram:
Indivíduos leucodermas, filhos de brasileiros leucodermas,
descendentes de mediterrâneos (espanhóis, italianos ou portugueses);
Indivíduos feodermas (união entre leucodermas e melanodermas
brasileiros), com características étnicas e raciais avaliadas por meio de um
questionário, que forneceu informações para classificar a cor da pele dos pais. Desta
forma, selecionaram-se somente jovens afrodescendentes; e
Indivíduos melanodermas, filhos de brasileiros melanodermas, com
descendentes de procedência geográfica e racial dos representantes do grupo
negróide, das regiões da costa da África, onde predominam os povos bantos.
Portanto, satisfazendo os critérios citados, convém mencionar a
necessidade da interpretação minuciosa dos resultados quanto à miscigenação e as
distintas áreas geográficas dos grupos comparados entre si, e com outros estudos
na literatura.
6.2 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A face dos jovens brasileiros leucodermas, feodermas e melanodermas,
com características próprias e peculiares, é escassamente explorada pela literatura,
principalmente em relação às dimensões esqueléticas, dentárias e tegumentares.
Isto estimula o estudo destes padrões cefalométricos específicos, a fim de auxiliar no
diagnóstico, no plano de tratamento e na avaliação dos resultados do tratamento
ortodôntico.
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
111
Para um melhor desenvolvimento na interpretação dos resultados, será
apresentado em cada pico, um gráfico comparativo com os valores dios das
medidas obtidas para cada grupo estudado.
Todavia, cabe salientar que os demais trabalhos citados neste estudo
avaliaram indivíduos caucasianos americanos, europeus, sul-africanos,
afroamericanos, africanos “Bantus”, centro-africanos, afro-caribenhos, africanos
“Herero” e sul-africanos “Sotho-Tswana”.
6.3 COMPARAÇÃO DAS VARIÁVEIS ESQUELÉTICAS, DENTÁRIAS E
TEGUMENTARES INTERGRUPOS: JOVENS BRASILEIROS
LEUCODERMAS, FEODERMAS E MELANODERMAS
As comparações intergrupos serão tratadas separadamente por
componentes, facilitando o entendimento e a discussão dos resultados deste estudo.
6.3.1 Componentes Maxilar e Mandibular (SNA; Co-A; A-Nperp, Gráfico 6.1A)
(SNB; Co-Gn; P-Nperp; P-NB, Gráfico 6.1B)
Dentre os valores dos componentes maxilares, todas as variáveis
cefalométricas apresentaram diferenças significantes entre os grupos (SNA; Co-A;
A-Nperp, Gráfico 6.1A).
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
112
-10
10
30
50
70
90
Leucoderma
81,68 84,16 -0,15
Feoderma
84,33 86,37 -1,04
Melanoderma
86,95 83,33 4,07
SNA Co-A A-Nperp
A
B
C
AB
A
B
C
B
B
Gráfico 6.1A - Valores das variáveis SNA; Co-A; A-Nperp
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
113
Quanto à posição ântero-posterior da maxila (SNA), os melanodermas
apresentaram maior protrusão, seguidos pelos feodermas e por último os
leucodermas, que apresentaram a maxila bem posicionada, se comparado ao
padrão normativo da medida SNA, preconizado por Reidel (1952). E essas
diferenças entre os três grupos étnicos foram estatisticamente significantes.
Entretanto, os jovens melanodermas mostraram o menor valor do
comprimento efetivo da maxila, estatisticamente significante, apenas quando
comparados aos feodermas. Em relação aos leucodermas, não ocorreu diferença
estatisticamente significante.
As medidas da variável A-Nperp, nos grupos de mulato e branco,
apresentaram valores negativos e estatisticamente significantes quando comparados
aos negros desta amostra.
Cabe ressaltar o conflito dos resultados das variáveis SNA, A-Nperp com
relação a Co-A. Pois, segundo os resultados, os negros apresentam a maior
protrusão maxilar de todos os grupos avaliados e o menor comprimento efetivo da
maxila. Porém, isso pode ser justificado, em parte, devido aos negros apresentarem
um menor comprimento da base do crânio. Essa base craniana curta justifica uma
maxila com um menor comprimento efetivo e mesmo assim uma posição mais
protruída. (BARTER et al., 1995).
Estudos na literatura observaram que a base craniana mais curta em
afroamericanos, africanos “Bantus” e sul-africanos pode influenciar a posição ântero-
posterior do ponto násio e, desta forma, resultar em valores acentuadamente
aumentados de SNA e SNB, ou seja, uma biprotrusão esquelética maxilar e
mandibular. (BACON; GIRARDIN; TURLOT, 1983; CARTER; SLATTERY, 1988;
NAIDOO; MILES, 1997; DANDAJENA; NANDA, 2003).
Com relação às alterações do componente mandibular, apenas a variável
Co-Gn, que representa o comprimento efetivo da mandíbula, o apresentou
diferença significante entre os grupos.
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
114
-10
10
30
50
70
90
110
Leucoderma
78,83 81,48 82,95 1,41
Feoderma
110,97 110,51 108,61 1,1
Melanoderma
-4,22 -6,1 0,8 -0,22
SNB Co-Gn P-Nperp P-NB
A
B
B
A
A
A
A
A
B
A
A
B
Gráfico 6.1B - Valores das variáveis SNB; Co-Gn; P-Nperp; P-NB
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
115
No entanto, os jovens melanodermas e feodermas demonstraram um
valor significantemente aumentado da medida SNB, devido ao maior prognatismo
esquelético mandibular, em relação aos leucodermas.
Esta tendência retrusiva mandibular, em caucasianos, devido à
contribuição compensatória menor da largura do ramo mandibular foi relatada por
Enlow et al. (1982), e que também salientaram o envolvimento dos fatores
anatômicos, nos negros, com uma tendência de biprotrusão maxilar, na qual a
vestibularização acentuada dos incisivos relacionou-se com a retrusão maxilar e/ou
protrusão mandibular.
A protrusão esquelética maxilar e mandibular, nos melanodermas,
encontrada nesta pesquisa foi previamente relatada na literatura. (FONSECA;
KLEIN, 1978; BACON; GIRARDIN; TURLOT, 1983; CARTER; SLATTERY, 1988;
NAIDOO; MILES, 1997; DANDAJENA; NANDA, 2003). Porém, outros estudos não
encontraram prognatismo mandibular estatisticamente significante, nos
afroamericanos e sul-africanos “Herero”, que apresentaram maior prognatismo
esquelético, estatisticamente significante, apenas na maxila. (CONNOR; MOSHIRI,
1985; BRIEDENHANN; ROOS, 1988; FLYNN; AMBROGIO; ZEICHNER, 1989).
Os valores aumentados de SNA encontrados por estes autores podem ser
atribuídos às idades dias das amostras pesquisadas. Os indivíduos,
principalmente do gênero masculino, não expressaram ainda a plenitude de
crescimento mandibular. O final do crescimento mandibular está relacionado à época
de maturação esquelética e dentária. (BISHARA; TREDER; JAKOBSEN, 1994).
Outro fator relevante foi descrito por Richardson (1980), que observou as
diferenças entre os resultados do mesmo grupo étnico de diferentes regiões. A
autora relatou que diferenças médias nas características de quantificar a face em
alguns grupos étnicos.
A medida da variável P-Nperp indicou valores negativos, nos leucodermas
e feodermas, estatisticamente significante, quando comparados aos melanodermas.
Logo, cabe ressaltar que os valores aumentados das medidas A-Nperp e
P-Nperp, nos negros desta amostra, mostraram-se significantemente diferentes dos
mulatos e brancos, justificando assim, maior protrusão esquelética maxilar e
mandibular nesses indivíduos. Resultados similares foram encontrados por
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
116
Dandajena e Nanda (2003), nos africanos “Zimbabwean - Shona”, com a faixa etária
de 18 a 38 anos, em relação aos afroamericanos e caucasianos norte-americanos.
Os resultados do presente estudo demonstraram valores menores para P-
NB, nos melanodermas, representado por um maior retroposicionamento do mento.
Corroborando outros estudos, que enfatizaram a presença de uma linha curta,
interpretada pela medida P-NB, e descrita por uma menor proeminência do mento,
apesar da maior biprotrusão maxilar e mandibular. (NAIDOO; MILES, 1997;
DANDAJENA; NANDA, 2003).
Ngan (1998) comentou sobre o artigo publicado por Huang, Taylor e
Dasanayake (1998) que compararam afroamericanos e caucasianos de
“Birmingham”, questionando a efetividade dos métodos de medição das variáveis
cefalométricas. Ressaltou a forte influência exercida pelo ponto Násio e suas
possíveis alterações, nos sentidos vertical e horizontal, nos planos palatino e
mandibular, como também, no plano oclusal em relação ao posicionamento dos
pontos A e B. Sugeriu a utilização do posicionamento natural da cabeça nas
tomadas radiográficas, para maior confiabilidade dos resultados.
6.3.2 Relação Maxilomandibular (ANB; WITS; NAP, Gráfico 6.2)
Com relação à posição ântero-posterior da maxila e da mandíbula,
apenas a variável ANB apresentou diferença significante, nos melanodermas,
quando comparados aos feodermas e leucodermas (ANB; WITS; NAP, Gráfico 6.2).
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
117
-2
0
2
4
6
8
10
Leucoderma
2,82 -0,62 4,6
Feoderma
2,85 -0,31 4,55
Melanoderma
3,99 -1,02 8,47
ANB WITS NAP
A
A
B
A
A
B
A
A
B
Gráfico 6.2 - Valores das variáveis ANB; WITS; NAP
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
118
A medida aumentada da variável ANB, nos negros brasileiros, corroborou
outros estudos, que relataram valores maiores estatisticamente significantes para
SNA e SNB, porém com o prognatismo muito mais acentuado na maxila, em relação
à mandíbula, justificando um maior ângulo ANB, nos afro-caribenhos, sul-africanos,
africanos “Zimbabwean” e afroamericanos. (CARTER; SLATTERY, 1988; NAIDOO;
MILES, 1997; DANDAJENA; NANDA, 2003; BAILEY; TAYLOR, 1998).
Achados semelhantes foram relatados por Jacobson (1978), que
observou a diferença na relação ântero-posterior da maxila com a mandíbula, em
diversos grupos étnicos. Retratou que o ângulo ANB aumentado na população dos
sul-africanos seria inerente a raça, entretanto, nos caucasianos, implicaria em uma
displasia ântero-posterior esquelética mandibular ou em uma relação de Classe II de
Angle. (JACOBSON, 1978).
Acompanhando a mesma tendência de ANB, os jovens melanodermas
mostraram o maior valor do ângulo de convexidade facial (NAP) estatisticamente
significante, quando comparados aos leucodermas e feodermas.
Todavia, a medida “Wits”, descrita pela relação sagital intermaxilares
relacionada ao plano oclusal, não apresentou diferença significante entre os grupos.
Inúmeros estudos na literatura observaram que a base craniana mais curta, em
indivíduos negros pode influenciar na posição do ponto násio (N), e
conseqüentemente, em todas as medidas feitas a partir deste ponto de referência,
como, por exemplo, SNA, SNB, ANB e outras. Deste modo, a medida de Wits”
torna-se mais confiável por relacionar a posição sagital intermaxilares, com o plano
oclusal. (HUANG; TAYLOR; DASANAYAKE, 1998).
É de suma importância abordar as explanações de Pinzan et al. (2006),
que enfatizaram a influência da base do crânio nas estruturas do complexo
craniofacial. Sugeriram cautela na utilização e interpretação das medidas
cefalométricas, visto que, as mesmas não refletem a quantificação real de seus
valores, devido às alterações nos pontos referenciais da linha Sela-Násio.
A deflexão da base do crânio pode, também, inferir em interpretações
equivocadas durante o diagnóstico complementar. Entretanto, muitas destas
variações podem ser analisadas como características típicas de um determinado
grupo étnico. (NGAN, 1998).
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
119
6.3.3 Componentes Verticais (FMA; SN.GoGn; SN.Ocl; AFAI, Gráfico 6.3)
Todas as variáveis cefalométricas, referentes ao padrão de crescimento,
foram confirmadas pelos valores diminuídos estatisticamente significantes entre os
grupos (FMA; SN.GoGn; SN.Ocl, Gráfico 6.3).
Quanto ao ângulo do plano mandibular (FMA), os jovens melanodermas
mostraram o menor valor estatisticamente significante, apenas quando comparados
aos feodermas. Entretanto, nos leucodermas, não ocorreu diferença estatisticamente
significante. Logo, os melanodermas apresentaram maior tendência de crescimento
horizontal.
Os indivíduos afroamericanos (ALEXANDER; HITCHCOCK, 1978;
ALTEMUS, 1960; DRUMMOND, 1968; CARTER; SLATTERY, 1988; COTTON;
TAKANO; WONG, 1951) e alguns grupos étnicos africanos (JACOBSON, 1978;
BACON; GIRARDIN; TURLOT, 1983; BARTER et al., 1995) têm reportados um FMA
alto. A amostra “Zimbabwean” mostrou valores de FMA mais baixo (19,6° ± 5,5°)
comparado aos afroamericanos (24,7° ± 7,2°) e caucasianos (25°). Ricketts (1957)
enfatizou que indivíduos com um plano mandibular baixo tendem a apresentar
queixos mais largos e crescimento horizontal. (AKI et al., 1994; DANDAJENA;
NANDA, 2003).
Entretanto, os jovens melanodermas e feodermas apresentaram os
valores diminuídos da angulação do plano mandibular com relação à base do crânio
(SN.GoGn), estatisticamente significantes, demonstrando o padrão de crescimento
craniofacial mais horizontal que os leucodermas. Contrário a esses achados, os
afroamericanos e africanos apresentaram uma tendência de crescimento vertical,
como também um valor aumentado para a medida FMA. (BACON; GIRARDIN;
TURLOT, 1983; CARTER; SLATTERY, 1988).
Por conseguinte, na presente pesquisa não houve diferença
estatisticamente significante na altura facial anterior inferior. Mas, o valor da AFAI
nos brasileiros melanodermas foi maior, entre os grupos. No entanto, foram menores
quando comparados aos negros de diferentes regiões geográficas. (BACON;
GIRARDIN; TURLOT, 1983; BARTER et al., 1995; BEANE et al., 2003;
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
120
BRIEDENHANN; ROOS, 1988; FLYNN; AMBROGIO; ZEICHNER, 1989). Todavia, a
AFAI nos centro-africanos foi menor que afroamericanos e caucasianos. Dandajena
e Nanda (2003) mostraram, previamente, que os centro-africanos têm mentos
retruídos com ângulos SNA e SNB aumentados. Apesar de que, o ângulo SNB não
esteve aumentado o suficiente para compensar o ângulo SNA. O mento
retroposicionado com uma maxila deslocada anteriormente pode resultar em valores
aumentados para AFAI, medida da espinha nasal superior ao ponto mentoniano.
(DANDAJENA; CHUNG; NANDA, 2006).
Estas diferenças devem estar relacionadas à diversidade das faixas
etárias das amostras, como também ao grupo étnico e sua origem. Diferencia-se o
valor da medida entre indivíduos braquifacial, mesofacial e dolicofacial.
6 Discussão
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121
0
10
20
30
40
50
60
70
Leucoderma
25,32 33,01 15,97 62,82
Feoderma
26,14 29,86 12,82 62,64
Melanoderma
23,48 30,54 13,44 63,18
FMA SN.GoGn SN.Ocl AFAI
AB
A
B
A
B
B
A
B
B
A
A
A
Gráfico 6.3 - Valores das variáveis FMA; SN.GoGn; SN.Ocl; AFAI
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
122
6.3.4 Componentes Dentoalveolares (1.NA; 1-NA; 1.NB; 1-NB, Gráfico 6.4)
Nos valores dos componentes dentoalveolares, todas as variáveis
cefalométricas apresentaram diferenças significantes entre os três grupos (1.NA; 1-
NA; 1.NB; 1-NB, Gráfico 6.4).
Quanto à constituição dentofacial, os indivíduos melanodermas
apresentaram maior protrusão e vestibularização dos incisivos superiores, com
valores estatisticamente significantes, apenas quando comparados aos
leucodermas. Em relação aos feodermas não ocorreu diferença estatisticamente
significante.
Entretanto, os melanodermas apresentaram o maior valor da inclinação
vestibular dos incisivos inferiores, seguidos pelos feodermas e por último os
leucodermas, que apresentaram os incisivos bem posicionados, se comparado ao
padrão normativo das medidas 1.NB; 1-NB, preconizado por Steiner (1953). Estas
diferenças entre os três grupos étnicos foram estatisticamente significantes. A
medida da variável 1-NB, nos negros brasileiros, apresentou valores maiores da
protrusão dos incisivos inferiores, estatisticamente significantes, em relação aos
mulatos e brancos brasileiros.
Corroborando, outros estudos enfatizaram a biprotrusão dentoalveolar
nos africanos “Bantus”, sul-africanos “Herero”, sul-africanos “Sotho-Tswana”.
(DRUMMOND, 1968; BACON; GIRARDIN; TURLOT, 1983; BRIEDENHANN; ROOS,
1988; BARTER et al., 1995; CARTER; SLATTERY, 1988).
Contrário a esses achados, os afroamericanos não apresentaram
vestibularização dos incisivos superiores, estatisticamente significantes. Apenas nos
incisivos inferiores, observaram-se valores estatisticamente significantes, quando
comparados aos caucasianos. (FLYNN; AMBROGIO; ZEICHNER, 1989).
Nesse aspecto, pode-se destacar que a principal diferença entre os
negros da África e os da América é a inclinação vestibular dos incisivos superiores,
atribuindo-se maior protrusão nos negros africanos. Entretanto, para as medidas
SNA, SNB, ANB, inclinação axial dos incisivos inferiores e ângulo do plano
mandibular houve mínima diferença entre os grupos. Possivelmente, atribuiu-se ao
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
123
fato da miscigenação entre africanos, caucasianos do oeste da Europa e índios
americanos. (HARRIS; KOWALSKI; WALKER, 1975).
Portanto, esses dados indicam que os melanodermas e feodermas
brasileiros possuem maior tendência à protrusão dentária, em relação aos
leucodermas, provavelmente à maior miscigenação africana, no Brasil, nestes
indivíduos afrodescendentes.
Diante do exposto, torna-se fundamental relatar que, um prognatismo
esquelético maxilar maior, em relação ao mandibular, uma inclinação vestibular e
excessiva protrusão dos incisivos inferiores, associados a um retroposicionamento
do mento seriam efeitos compensatórios para manter o contato incisal, nos
melanodermas. (SINCLAIR; LITTLE, 1985; DANDAJENA; NANDA, 2003).
Richardson (1980) afirmou ser surpreendente a semelhança das variáveis
entre os diferentes grupos étnicos, na mesma região geográfica. Questionou a
existência de fronteiras culturais e geográficas que causaram alterações sutis na
morfologia facial. Concluiu assim, a dificuldade em definir raça e, como
conseqüência, a necessidade de correlacionar os grupos étnicos, com mais
precisão, como leucodermas suecos, americanos, e outros.
Segundo Richardson (1980), os autores que especificaram diferenças
morfológicas extremas nos vários grupos étnicos poderiam, possivelmente, ter obtido
amostras de um segmento em um extremo da escala do perfil do grupo, ao invés de
obter uma amostra que poderia ser considerada a média. As diferenças também
representaram a comparação de dois ou mais grupos de diferentes regiões, onde
estas diferenças foram, principalmente, relacionadas a fatores geográficos e não
étnicos.
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
124
0
10
20
30
40
Leucoderma
21,59 3,62 24,64 4,37
Feoderma
24,61 5,37 28,18 5,21
Melanoderma
24,92 6,06 35,99 8,14
1.NA 1-NA 1.NB 1-NB
A
B
B
A
B
B
A
B
C
A
A
B
Gráfico 6.4 - Valores das variáveis 1.NA; 1-NA; 1.NB; 1-NB
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
125
6.3.5 Componentes Tegumentares (Stmi-Li-Pog’; Cm.Sn.Ls; Gl.Sn.Pog’; Sn-
Stms; Ls-Sn-Pog’; Li-SnPog’; Stms-IS; Stms-Stmi; Li-E; Ls-E, Gráfico
6.5)
Os valores dos componentes do tecido mole, com exceção da exposição
do incisivo superior e do espaço interlabial, apresentaram diferenças significantes
entre os grupos (Stmi-Li-Pog’; Cm.Sn.Ls; Gl.Sn.Pog’; Sn-Stms; Ls-Sn-Pog’; Li-
SnPog’; Li-E; Ls-E, Gráfico 6.5).
-10
10
30
50
70
90
110
Leucoderma
3,65 104,68 14,88 24,1 3,06 1,58 2,88 0,9 -1,96 -4,23
Feoderma
5,37 95,83 16,19 24,45 5,7 4,52 3,06 1,61 1,13 -1,3
Melanoderma
4,02 89,31 12,98 25,95 6,59 6,25 2,58 1,3 3,51 0,16
Stmi-Li-Pog' Cm.Sn.Ls Gl.Sn.Pog' Sn-Stms Ls-Sn-Pog' Li-Sn-Pog' Stms-IS Stms-Stmi Li-E Ls-E
A
B
A
A
B
C
AB
A
B
A
A
B
A
B
B
A
B
C
A
A
A
A
A
A
A
B
C
A
B
C
Gráfico 6.5 - Valores das variáveis Stmi-Li-Pog’; Cm.Sn.Ls; Gl.Sn.Pog’; Sn-Stms; Ls-Sn-Pog’; Li-SnPog’; Stms-IS; Stms-Stmi; Li-E; Ls-E
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
127
Os indivíduos desta amostra apresentaram faces equilibradas, com
selamento labial passivo, justificando os valores não significantes, supracitados, para
as variáveis Stms-IS; Stms-Stmi.
Os jovens leucodermas exibiram o menor valor do sulco mentolabial,
estatisticamente significante, em relação aos feodermas. Entretanto, quando
comparados aos melanodermas, não ocorreu diferença estatisticamente significante.
Quanto à variável do ângulo nasolabial (Cm.Sn.Ls), os melanodermas
apresentaram menor valor, seguidos pelos feodermas e por último pelos
leucodermas, que apresentaram o valor aceitável, se comparado ao padrão
normativo da medida Cm.Sn.Ls, proposta pela análise de McNamara Jr (1984).
Essas diferenças entre os três grupos étnicos foram estatisticamente significantes.
No estudo de Connor e Moshiri (1985), os negros demonstraram um
ângulo nasolabial diminuído devido ao contorno nasal destes indivíduos. De fato,
esta medida mostrou as maiores diferenças entre as raças, e isto indicou uma maxila
protruída, o que coincidiu com os resultados aumentados de SNA, nesta amostra,
uma vez que 1.NA e 1-NA estiveram com valores próximos dos leucodermas.
Os resultados mostraram mudanças significantes na região dos lábios. A
medida do comprimento do lábio superior demonstrou significância entre as raças,
concordando com estudos anteriores. (CONNOR; MOSHIRI, 1985). No geral, as
medidas nos negros foram maiores que as dos mulatos e brancos brasileiros.
As mensurações das variáveis Ls-Sn-Pog’; Li-SnPog’; Li-E; Ls-E, em
melanodermas, confirmaram os maiores valores estatisticamente significantes da
protrusão do lábio superior e inferior. Nosso estudo concorda com outros, que
evidenciaram uma maior projeção do tecido mole, devido à protrusão do lábio
superior e inferior em afroamericanos e sul-africanos “Sotho-Tswana”. (JACOBSON,
1978; FLYNN; AMBROGIO; ZEICHNER, 1989; BARTER et al., 1995).
As correlações entre as variáveis do tecido mole e duro foram descritas
na literatura, porém, com interpretações divergentes. O estudo de Fonseca e Klein
(1978) demonstrou que não houve diferença na espessura labial entre os grupos.
Entretanto, o perfil de tecido mole diferiu principalmente na posição avançada do
lábio superior e inferior em relação ao plano facial. A medida de tecido mole mais
significativa foi a projeção do lábio, quando comparado com a amostra caucasiana, a
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
128
qual refletiu o padrão protrusivo do perfil esquelético de suporte e da estrutura
dentária. O que, clinicamente, pareceu ser um aumento na espessura labial,
provavelmente, foi uma eversão dos lábios, revelando mais tecido labial entre as
bordas do vermelhão superior e inferior nos negros. (FONSECA; KLEIN, 1978).
Por outro lado, Bacon, Girardin e Turlot (1983) relataram que o padrão
dentário proporcionou a protrusão do lábio em africanos “Bantus”, e
consequentemente, o ângulo nasolabial mais agudo.
Além disso, Drummond (1968) descreveu que, a biprotrusão em
coexistência com a musculatura, proporcionou a acomodação dos dentes
acentuadamente vestibularizados e protruídos, resultando no equilíbrio e harmonia
facial, nos melanodermas. O aumento no tamanho da língua e lábios hipertônicos
permitem que os dentes se mantenham em equilíbrio, na posição protruída. Justifica
que o pogônio aparece pouco no contexto facial desses indivíduos, devido à
inclinação excessiva do plano mandibular.
Como sugerido por Brock et al. (2005), as diferenças étnicas
caracterizam-se pela resposta dos tecidos moles por meio das características do
tecido duro, principalmente, quando relacionados à espessura labial e às inclinações
dos incisivos. Além disso, muitos fatores influenciam as características faciais, tais
como o padrão esquelético, o padrão dentário, a espessura do tecido mole, a etnia e
as diferenças de gênero e idade. (BERGMAN, 1999).
6.4 DIMORFISMO ENTRE OS GÊNEROS DAS VARIÁVEIS ESQUELÉTICAS,
DENTÁRIAS E TEGUMENTARES NOS BRASILEIROS LEUCODERMAS,
FEODERMAS E MELANODERMAS
Uma visão geral dos resultados mostra que, a maioria das diferenças
significantes entre as variáveis, nos gêneros masculino e feminino, são aquelas que
utilizam medidas lineares. Quando ângulos ou proporções são utilizados, muitas
variáveis não diferem significantemente entre as amostras feminina e masculina.
Isso indica, que em indivíduos com relacionamento oclusal e facial ideais, as
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
129
variáveis dentoesqueléticas entre homens e mulheres são similares, com exceção
do tamanho, onde o gênero masculino tende a ser maior. (McNamara Jr, 1984). A
diferença importante entre os gêneros masculino e feminino diz respeito à época de
maturação esquelética e dentária. O gênero feminino possui como característica de
desenvolvimento uma época de maturação mais precoce e um ritmo de crescimento
mais acelerado. (BISHARA; TREDER; JAKOBSEN, 1994).
6.4.1 Componentes Maxilar e Mandibular
Na presente pesquisa, a protrusão da maxila (SNA) apresentou diferença
entre os gêneros, nos leucodermas e melanodermas, sendo maior, respectivamente,
no gênero masculino e feminino.
No gênero masculino houve diferença dos valores de Co-A, demonstrado
por um maior comprimento efetivo da maxila, nos leucodermas e feodermas.
Com relação às medidas do componente mandibular (SNB, Co-Gn, P-
Nperp, P-NB), os leucodermas e melanodermas não apresentaram diferenças
significantes de dimorfismo entre os gêneros.
No entanto, as medidas das variáveis Co-Gn, P-NB nos feodermas, do
gênero masculino, apresentaram valores maiores estatisticamente significantes.
Os resultados de Connor e Moshiri (1985) não demonstraram diferenças
significativas entre os gêneros. Entretanto, os adultos afroamericanos mostraram um
ângulo SNB maior, em relação aos caucasianos. Contudo, apresentaram diferenças
significativas no comprimento mandibular (Co-Gn). O valor foi significativamente
maior, nos caucasianos, do gênero masculino comparado ao feminino. O
comprimento maxilar não mostrou diferença significativa.
Os valores dos componentes esqueléticos encontrados por Dandajena e
Nanda (2003), para uma amostra de indivíduos negros “Zimbabwean”, adultos com
idade de 18 a 38 anos, não apresentaram dimorfismo entre gêneros, e evidenciaram
valores aumentados de SNA e SNB para ambos os gêneros. Apesar da mandíbula
não estar propriamente retrusiva, encontrava-se retraída em relação à maxila,
resultando na acentuada diferença de ANB.
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
130
Divergindo dos resultados supracitados, os achados deste estudo podem
ser possivelmente explicados pelas idades dos jovens brasileiros da amostra, na
qual variou de 11 a 15 anos. Como os indivíduos não haviam completado o seu
crescimento, as medições esqueléticas maxilares e mandibulares poderiam
apresentar-se diferentes quando comparadas. A diferença importante entre os
gêneros masculino e feminino diz respeito à época de maturação esquelética, mais
precoce no gênero feminino.
6.4.2 Relação Maxilomandibular
No relacionamento maxilomandibular (ANB), apenas os feodermas não
apresentaram diferença estatística significante para o dimorfismo entre os gêneros.
Entretanto, demonstrou os maiores valores (ANB), estatisticamente significantes, os
leucodermas, no gênero masculino, e os melanodermas, no gênero feminino.
Estes resultados confirmam a maior protrusão da maxila (SNA) nos
leucodermas masculino e melanodermas feminino, resultando na maior discrepância
maxilomandibular (ANB) nestes grupos.
Acompanhando a mesma tendência de ANB, o melanoderma feminino e o
leucoderma masculino apresentaram o maior valor do ângulo de convexidade facial
(NAP), estatisticamente significantes.
A medida Wits” descrita pela relação sagital intermaxilares, com relação
ao plano oclusal (WITS), não apresentou diferença significante entre os gêneros dos
grupos.
6.4.3 Componentes Verticais
Todas as variáveis cefalométricas, referentes ao padrão de crescimento e
ao componente vertical da face, não apresentaram diferenças estatisticamente
significantes para o dimorfismo entre os gêneros dos grupos (FMA, SN.GoGn,
SN.Ocl).
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
131
Os resultados encontrados neste trabalho para os valores de AFAI o
indicaram dimorfismo entre os gêneros, confirmando os resultados de Barter et al.
(1995), com uma amostra na faixa etária de 11-16 anos divergindo, entretanto, de
Flynn, Ambrogio e Zeichner (1989) que encontraram dimorfismo entre os gêneros,
em adultos.
6.4.4 Componentes Dentoalveolares
Com relação aos valores dos componentes dentoalveolares, as variáveis
cefalométricas não apresentaram dimorfismo entre os gêneros nos feodermas (1.NA,
1-NA, 1.NB, 1-NB).
Quanto à constituição dentofacial, os jovens leucodermas do gênero
feminino mostraram maior protrusão dos incisivos superiores (1-NA),
estatisticamente significante. Nos melanodermas, houve maior vestibularização e
protrusão dos incisivos superiores, estatisticamente significantes, no gênero
masculino (1.NA, 1-NA).
Divergindo dos resultados encontrados por Dandajena e Nanda (2003),
para uma amostra de indivíduos negros “Zimbabwean”, adultos com idade de 18 a
38 anos não apresentaram dimorfismo entre gêneros, com incisivos superiores
verticalizados, mas os incisivos inferiores acentuadamente vestibularizados, para
ambos os gêneros.
Estas diferenças devem estar relacionadas à diversidade das faixas
etárias das amostras, como também ao grupo étnico e sua origem.
6.4.5 Componentes Tegumentares
Os jovens leucodermas evidenciaram o maior valor do ângulo de
convexidade facial, estatisticamente significante, no gênero masculino (Gl.Sn.Pog’).
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
132
Quanto às variáveis Stms-IS; Stms-Stmi, os feodermas e melanodermas
apresentaram maior exposição do incisivo e espaço interlabial estatisticamente
significantes, no gênero feminino, para ambos os grupos.
As medidas das variáveis Gl.Sn.Pog’; Sn-Stms, nos feodermas masculino,
evidenciaram valores maiores do comprimento do bio superior e do ângulo de
convexidade facial, estatisticamente significantes.
Entretanto, os jovens melanodermas, do gênero masculino, apresentaram
maior comprimento e protrusão do lábio superior, estatisticamente significantes (Sn-
Stms; Ls-Sn-Pog’; Ls-E). No geral, as medidas no gênero feminino foram menores.
Em adição, um comprimento menor do lábio superior, usualmente, resulta em uma
grande quantidade de exposição dentária em repouso. O estudo demonstra isto,
porque o gênero feminino mostrou a maior quantidade dentária.
Burstone (1959) verificou a existência de grande variação na constituição
do tecido mole que reveste a face, com a presença de diferenças entre os gêneros,
e entre as faixas etárias estudadas, nos adolescentes e adultos jovens.
6.5 CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
As normas cefalométricas não se aplicam para todos os indivíduos com
diferentes características raciais e miscigenação, buscando a necessidade de
normas cefalométricas específicas para os diversos grupos étnicos. (BEANE et al.,
2003).
Inúmeros estudos na literatura, (MARTINS, 1979; BERTOZ, 1981;
MEDEIROS, 1988; MORAES, 1986; TAKAHASHI, 2002; UCHIYAMA, 2005;
FRANCO, 2006; VALLE, 2006; FREITAS et al., 2007) constataram diferentes
parâmetros das análises cefalométricas entre grupos étnicos brasileiros.
O mais interessante no estudo destas variáveis é notar que, o indivíduo,
portador de uma face equilibrada e harmônica, possui dimensões faciais
proporcionais, com diversos mecanismos compensatórios. As diferenças das
dimensões faciais, evidentes em grupos distintos, seja este, diferenciado pela idade,
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
133
raça ou gênero, e com faces equilibradas, engloba uma variação fundamental da
estrutura craniofacial destes indivíduos.
A maxila e a mandíbula compõem o arcabouço facial. Na maioria das
vezes, a relação sagital entre os arcos dentários reflete o posicionamento entre as
bases apicais. Os dentes e a face não necessitam ser obrigatoriamente compatíveis,
podendo ter comportamento sagitais diferentes. A oclusão pode compensar as
discrepâncias esqueléticas, resultando assim, em faces equilibradas.
No entanto, a perspectiva do conceito de beleza relaciona-se com
preferências pessoais, tendências culturais e mudanças com o decorrer do tempo.
(ARNETT; McLAUGHLIN, 2004). Os afroamericanos preferem perfis mais retos,
porém os lábios mais cheios que o perfil norte-americano. Os pacientes
potencialmente ortodônticos têm preferências de perfis variados, e o ortodontista
deve elucidar as preferências pessoais, quando o tratamento provavelmente alterar
o perfil mole, especialmente nos casos limítrofes de não extração. Isto indica uma
distinção em várias características faciais dentro de cada raça, tornando o conceito
contemporâneo de estética agradável do perfil facial ainda mais subjetivo. (POLK et
al., 1995; KALHA; LATIF; GOVARDHAN, 2008).
Em essência, as mudanças de tecido mole associadas com o tratamento
ortodôntico não são totalmente previsíveis. A maioria dos clínicos concorda que, a
extração de quatro primeiros pré-molares, com o ximo de ancoragem reduz a
convexidade da face. Mesmo considerando isto, deve-se ter cautela em prometer ao
paciente uma mudança completa no perfil. São inúmeras as dificuldades para
alcançar a retificação do perfil. Se houver uma musculatura hipertônica ou um
excesso na espessura do tecido, o lábio pode não retrair adequadamente.
(FARROW; ZARRINNIA; AZIZI, 1993).
Desta forma, Carter e Slattery (1988) indicaram as extrações dentárias
apenas para a dissolução de apinhamento, pois considera o prognóstico duvidoso
para os protocolos de extrações que objetivam a exclusiva retroposição dos lábios.
Estes autores evidenciaram uma redução da estabilidade pós-tratamento com a
abertura dos espaços na região das extrações. Logo, estas diferenças devem ser
consideradas na formulação de um plano de tratamento ortodôntico para os
pacientes de diversas etnias.
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
134
Portanto, um diferencial positivo para a presente amostra é a questão
funcional, evidenciada pela presença de selamento labial passivo e conseqüente
rotina fisiológica, o que torna as circunstâncias mais favoráveis. Porém, cabe ao
ortodontista, ao se deparar com este tipo de paciente na clínica avaliar a oclusão, de
maneira estática e dinâmica, a face, a telerradiografia, investigar as expectativas do
paciente e seu conceito em relação à auto-imagem, preservando suas
características raciais próprias. Diante destas informações, pode-se definir a melhor
opção de tratamento, a fim de favorecer o prognóstico, sem perder de vista, a
incontestável variabilidade individual.
6.6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Obter os valores dios de normalidade para as grandezas
cefalométricas dentárias, esqueléticas e tegumentares dos diferentes grupos étnicos
brasileiros;
Estabelecer o padrão cefalométrico específico de cada grupo étnico
brasileiro; leucodermas (brancos), feodermas (mulatos), melanodermas (negros),
descendentes de japonês (nipo-brasileiros), mestiços nipo-brasileiros; e
Estudos comparativos das diferentes características raciais/étnicas,
além de diferenças prováveis nas medidas em modelos de gesso.
1
1
7 Conclusões
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
137
7 CONCLUSÕES
Com base na metodologia empregada e nos resultados apresentados
torna-se lícito afirmar que:
O presente trabalho quantificou valores médios de normalidade para as
grandezas cefalométricas dentárias, esqueléticas e tegumentares de jovens
brasileiros leucodermas, feodermas e melanodermas;
Os jovens brasileiros melanodermas apresentaram a maior protrusão
maxilar, os incisivos inferiores mais vestibularizados, e os lábios superior e inferior
mais proeminentes, sendo que os feodermas apresentaram valores intermediários, e
os leucodermas apresentaram os menores valores, com diferenças significantes
entre os três grupos avaliados;
Os feodermas e melanodermas brasileiros, quando comparados aos
leucodermas, apresentaram maior protrusão mandibular, um padrão de crescimento
mais horizontal e os incisivos superiores mais vestibularizados e protruídos;
Os melanodermas, comparados aos feodermas e leucodermas,
apresentaram maior discrepância maxilomandibular, maior convexidade facial óssea,
maior protrusão dos incisivos inferiores e o ângulo nasolabial mais agudo;
Identificou-se a presença de dimorfismo entre os gêneros, nas
seguintes variáveis cefalométricas nos três grupos étnicos:
Jovens brasileiros leucodermas: SNA; Co-A; ANB; NAP; 1-NA;
Gl.Sn.Pog’.
Jovens brasileiros feodermas: Co-A; Co-Gn; P-NB; Gl.Sn.Pog’; Sn-
Stms; Stms-IS; Stms-Stmi.
Jovens brasileiros melanodermas: SNA; ANB; NAP; 1.NA; 1-NA; Sn-
Stms; Ls-Sn-Pog’; Stms-IS; Stms-Stmi; Ls-E.
1
1
1
Referências
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
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1
1
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
151
APÊNDICE A – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
leucodermas (N=50)
Grupo
Sexo
Idade
SNA
Co
-
A
A
-
Nperp
SNB
Co
-
Gn
P
-
Nperp
P
-
NB
L M 14,9
78,1
86,3
-0,2
73,9
105,6
-10,1
-2
L M 13,7
81,4
86,6
0,7
77,1
114,5
-6
1,1
L M 12,9
82,2
86,6
3
75,1
112,5
-5,3
2,8
L M 13,9
79,6
78
-2,5
76,6
103,3
-9,1
1,2
L M 11,5
87,1
90,1
3,6
78,7
112,9
-7,9
1,3
L M 14,5
81,5
84,2
-1
81,4
114,8
-2,3
-0,3
L M 14,1
87,2
92,2
3,9
81,6
117,6
-2,6
0,2
L M 11,9
81,7
89
1,7
77,5
116,3
-1,7
3
L M 12,6
83,6
91,5
0
81,2
121,3
0,8
5,4
L M 13,8
83,2
86,3
-1,3
84,5
117,9
-0,8
-0,7
L M 11,4
82,4
84,1
-2,3
80
112,4
-7,4
1,4
L M 12,8
80,2
81,4
0,6
75,3
106,6
-7,1
0,6
L M 11,5
79,4
81,9
-2,4
77,9
108,8
-6,4
1
L M 14,5
80,1
77,8
0,7
74,4
100,3
-8,5
0,4
L M 13,6
80,7
83,6
-3,3
78,6
107,1
-7,4
2,4
L M 14,9
86,2
81,6
1,2
83,1
106,3
-3,1
0,1
L M 13,7
81,8
88,4
-1,1
78,8
116,7
-5,2
2,8
L M 12,9
83,4
86,8
-2,8
80
108,4
-9,9
1,3
L M 13,9
81,7
88,4
-0,8
75,8
105,5
-11
0,4
L M 11,5
84,7
85,6
2,8
78,6
108,5
-4,5
1,3
L M 14,5
87,2
90,1
2,9
81,6
116,7
-2,6
0,2
L M 14,1
81,7
84,2
1,9
77,5
114,8
-2,3
3
L M 11,9
83,6
92,2
0,6
81,2
120,6
0
5,4
L M 12,6
83,2
89
0
84,5
116,7
-0,7
-0,7
L M 13,8
82,4
91,5
0
80
112,5
-7,1
1,4
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
152
APÊNDICE B Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
leucodermas (N=50)
Grupo
Sexo
Idade
SNA
Co
-
A
A
-
Nperp
SNB
Co
-
Gn
P
-
Nperp
P
-
NB
L F 11,7
86,2
87,8
6,5
81,7
113
5,6
0,9
L F 12,6
78,8
74,8
-5,1
76
99,1
-11,3
3
L F 13,9
80,1
87,3
0
80,5
117,3
5
4,2
L F 14,1
85,6
85,7
4,1
81,8
108,3
1,5
0,2
L F 12,1
82
79,8
-2
80,6
105
-5,7
0,5
L F 14,9
74,6
77,9
-4,3
76,9
113,3
-2,4
1,8
L F 13,7
80,7
83,1
-1,7
77
104,4
-7,7
1,7
L F 12,9
81,1
81,8
3,6
80,7
115
7,3
1,6
L F 11,9
80,5
85,1
3,6
78
112,2
3,3
1,3
L F 12,7
83,7
83,7
0,2
81,6
114
-2,9
0,5
L F 11,7
76,9
78
-1,8
74,6
104,4
-6,8
0,8
L F 12,6
80,5
78,4
-4,9
75,3
102,1
-15,4
2,6
L F 13,9
82,7
85
-0,2
80,8
112,1
-2,2
1,5
L F 14,1
77,2
84,3
-1,4
76,3
116
-0,7
3,5
L F 12,1
83,8
81,4
-3
81,4
111,4
-11,3
-0,5
L F 14,9
80
84,2
2,1
78,6
111,7
4,3
2,7
L F 13,7
83,9
82,2
-1
79,7
113,7
-8,4
1,6
L F 12,9
74,6
77,6
-4,6
76,9
113
-2,4
1,8
L F 11,9
80,7
83,7
-1,2
77
104,1
-7
1,7
L F 12,7
81,1
81,7
3,6
80,7
115,1
7,4
1,6
L F 14,9
80,5
85,3
3,6
78
112,9
3,3
1,3
L F 13,7
83,7
83,8
0,2
81,6
114,1
-2,9
0,5
L F 12,9
76,9
78,1
-1,8
74,6
104,5
-6,8
0,8
L F 11,9
80,5
78,1
-4,9
75,3
102,1
-15,4
2,5
L F 12,7
83,8
81,9
-3
81,4
111,2
-11,3
-0,5
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
153
APÊNDICE C Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
leucodermas (N=50)
Grupo
Sexo
ANB
Wits
NAP
FMA
SN GoGn
SN Ocl
AFAI
1.NA
1
-
NA
1.NB
1
-
NB
L M 4,2
-
0,1
11,4
32
41
22
65,1
25,1
5,7
33,3
8,3
L M 4,3
-
2,2
7,7
32,1
39,2
21,6
68,9
15,1
0,5
23
4,1
L M 7,1
3,7
11,5
22,9
34,7
19,2
69,2
15,2
-2,1
29,1
6,2
L M 2,9
-
2,7
4,9
25,1
33,4
21
60,3
14
2,2
20,4
3,3
L M 8,4
-
0,5
16,5
31
36,1
23,7
69,1
11
0,2
31,7
7,9
L M 0
-
3,8
0,4
27,6
33,7
14,6
66
23,9
5,7
23,2
2,8
L M 5,6
-
0,7
11
25
30,5
16,4
70,2
13,7
2
27,7
6,8
L M 4,1
2,4
5,3
21,7
31,6
14,9
65,6
14,7
1
21,7
3,4
L M 2,4
1,2
-0,9
22,1
29,1
10,5
63,5
26,4
2,6
21,6
3,1
L M -1,3
-5
-1,9
27,5
32,6
10,5
61,7
30,6
8,9
22,3
4,3
L M 2,3
-
1,9
3,3
26,8
31,2
15,8
63,4
25,3
4
23,5
4,3
L M 4,8
1,7
9,1
26,7
37,1
18,4
63,8
21,5
2,8
26,4
5,3
L M 1,4
-
4,2
1,7
27,1
35,3
19,6
62,4
24,4
4,5
22,5
3,8
L M 5,7
0,6
11,8
30,4
41,3
22,8
60
20,9
2
32,6
7,2
L M 2,1
-
0,7
1,6
24,9
31
15,6
56,5
19,7
1,8
19,6
1,2
L M 3,1
-
2,4
6,9
26
30,4
15,5
55,6
20
3,3
20,9
3,2
L M 3,1
-
2,6
3,5
21,6
28,9
19,2
63,7
18,2
1,4
21,5
2,8
L M 3,4
-
1,2
5,9
25,4
29,8
17,1
58,3
23,5
5,1
26,7
5,4
L M 5,9
3,7
12,8
25,9
31,8
17,1
57,5
20
0,5
26
4,9
L M 6,1
4
11,4
27,2
34,6
14,3
63,6
10,7
-0,3
24,8
3,9
L M 5,6
-
0,2
11
27
30,5
16,4
69,1
13,7
2
27,7
6,8
L M 4,1
1,6
5,3
22,6
31,6
14,9
66
14,7
1
21,7
3,4
L M 2,4
1,7
-0,9
25
29,1
10,5
70,2
26,4
2,6
21,6
3,1
L M -1,3
-
4,4
-1,9
26,7
32,6
10,5
65,6
30,6
8,9
22,3
4,3
L M 2,3
-
1,6
3,3
26,1
31,2
15,6
63,5
25,3
4
23,5
4,3
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
154
APÊNDICE D Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
leucodermas (N=50)
Grupo
Sexo
ANB
Wits
NAP
FMA
SN GoGn
SN Ocl
AFAI
1.NA
1
-
NA
1.NB
1
-
NB
L F 4,4
3,4
8,2
16,9
28,3
9,3
59,5
34
5,8
26,8
6
L F 2,8
2,1
2,3
28
33,7
14,8
59
18
2,2
28,5
3,6
L F -
0,5
-
0,5
-6
9,1
22,5
9,5
58
28,3
4,8
18,7
0,5
L F 3,8
-2
7,8
23,2
31
16,1
57,7
23,5
5,7
39,2
7,4
L F 1,4
-
0,5
2,3
26,6
30,9
12,3
58,2
24,6
5
24,2
3,3
L F -
2,3
-
4,4
-
6,6
26,6
37,1
16,5
65,5
25,1
5,8
18,1
0,4
L F 3,7
1,9
5,8
24,8
31,7
15,1
55,4
19,4
3,9
33,6
5,7
L F 0,4
-
8,2
-1
25,7
38,5
22,6
61,3
30,7
6,1
23,4
4,3
L F 2,5
0,6
3,9
23,5
35,3
14,9
62,8
13,5
0,6
16,4
1,3
L F 2,1
-
0,2
3,7
21,4
29
11,3
62,6
29,2
5,5
26,5
5,8
L F 2,2
-1
3,6
32,1
41,7
19,6
65,7
21,9
6
25,1
5,8
L F 5,1
2,2
8
26,1
32,1
18,9
60,7
17
1,3
24,5
5,4
L F 1,9
0
2,2
22,5
30,1
11,7
62,9
20,7
4,2
19,8
3,4
L F 0,8
0
-
2,2
18,7
29,7
14,9
66,6
27
5,1
22,7
2,7
L F 2,5
0,3
5,3
30,7
31,3
11,3
72,7
21,5
5,2
24,3
4,7
L F 1,3
-
2,1
-
0,5
15,5
29,1
16,9
57
21
3,5
20,8
2,3
L F 4,2
0,7
6,9
33,3
38,6
14,7
67,2
21,5
5,7
32,2
8,6
L F -
2,3
-
8,2
6,7
23,8
37,1
16,5
61,3
25,1
5,8
18,1
0,4
L F 3,7
0
2,8
26,6
31,6
15,1
62,4
19,4
3,9
33,6
5,7
L F 0,4
2,1
8,1
26,8
33,5
22,6
59,6
30,7
6,1
23,4
4,3
L F 2,5
-2
-1
24,8
35,3
14,9
54,4
13,5
0,6
16,4
1,3
L F 2,1
-
0,5
3,9
23,5
29
11,3
63,8
29,2
5,5
26,5
5,8
L F 2,2
-
4,4
3,7
21,5
41,7
19,6
62,6
21,9
6
25,1
5,8
L F 5,1
2,9
3,6
32,1
32,1
18,9
64,7
17
1,3
24,5
5,4
L F 2,5
0
8
26,1
31,4
11,7
60,7
21,6
5,2
24,3
4,7
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
155
APÊNDICE E – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
leucodermas (N=50)
Grupo
Sexo
Si
-
Li
-
Pog’
Cm.Sn.Ls
Gl.Sn.Pog’
Sn
-
Stms
Ls
-
Sn
-
Pog’
Li
-
Sn
-
Pog’
Stms
-
IS
L M 2,7
111,9
21,1
23,6
3,3
7,1
5,6
L M 6,3
121,9
19,8
26,6
2
0,3
2,4
L M 5,2
120
23,5
29,1
1,8
1,6
1,7
L M 3,7
105,3
10,1
23,7
3
0
4,6
L M 4,1
97
27,2
30,2
6,7
4,7
2,7
L M 3
114
6,5
25,9
2,5
2,5
2,6
L M 4
94,9
21,2
27,1
5,6
4,6
3,1
L M 3,1
100,7
18,3
26,1
2,4
-0,1
1,8
L M 2,3
117,5
10,6
24,4
0,2
-1,5
1,7
L M 3,6
98,3
7,9
23,7
4
1,2
2,6
L M 2,3
117,3
22,2
25,8
1,5
-1,7
0
L M 1,8
108,9
16,5
24,5
3,3
1
2,2
L M 4,1
96,1
12,9
24
2,6
2,8
4
L M 3,5
103,9
20,8
23,1
5,3
3,9
1,8
L M 3,2
100,7
8,6
22,9
3,4
-1,3
3,6
L M 2,3
100,8
14,4
21,1
4,3
0,6
3
L M 6
106,2
18,5
23,1
2,9
3,5
4,5
L M 3,7
102,2
14,3
24,2
4
2,7
2,4
L M 1,8
139,6
29,2
22
-0,1
-1,1
1,5
L M 4,1
98
14,9
19,6
3,5
3,1
7,5
L M 4
94,9
21,2
27,1
5,6
4,6
3,1
L M 3,1
100,7
18,3
26,1
2,4
-0,1
1,8
L M 2,3
117,5
10,6
24,4
0,2
-1,5
1,7
L M 3,6
98,3
7,9
23,7
4
1,2
2,6
L M 2,3
117,3
22,2
25,8
1,5
-1,7
0
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
156
APÊNDICE F – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
leucodermas (N=50)
Grupo
Sexo
Si
-
Li
-
Pog’
Cm.Sn.Ls
Gl.Sn.Pog’
Sn
-
Stms
Ls
-
Sn
-
Pog’
Li
-
Sn
-
Pog’
Stms
-
IS
L F 2,6
109,3
13,7
22,7
3,2
0,9
2
L F 4,4
115,8
15
24,2
3,1
-0,5
0,9
L F 3,8
107,1
8,3
21,5
0,5
-1,9
1,5
L F 3,8
102,9
16
20,5
4,9
3,3
5
L F 4,6
108,5
21
22,9
3,2
2,6
2,4
L F 4,3
84,7
0,7
25,2
3,4
0,8
3,5
L F 4,1
110
16,7
18,2
4,5
3
4,9
L F 4,8
97,8
12,2
22,8
3,4
3,2
3
L F 2,9
105,3
11,4
22,6
0,9
-0,7
4,7
L F 4,5
92
13,8
22
2,6
2,5
3,2
L F 3,7
87,8
6,8
25,6
4,7
2,9
4,1
L F 4
110,9
18,3
24,5
3
1,8
1
L F 3,9
98
9,7
26
3,1
1,9
2,9
L F 5,1
95,8
8,9
22,9
2,7
0,3
4,6
L F 4,2
92,3
10,6
29,6
3,1
1,9
1,8
L F 2,5
104
6,9
24,3
-0,1
-0,9
2,5
L F 2,2
111,3
16,9
26,4
5,1
4,4
2,2
L F 3,3
104,9
16,3
20,7
4,6
3,1
5,3
L F 4,2
108,7
21,3
22,6
3,4
2,8
2,7
L F 3,8
109,6
18,5
24,8
3,2
1,9
1,5
L F 4,8
97,8
12,2
22,8
3,4
3,2
3
L F 2,9
105,3
11,4
22,6
0,9
-0,7
4,7
L F 4,5
92
13,8
22
2,6
2,5
3,2
L F 3,7
87,8
6,8
25,6
4,7
2,9
4,1
L F 4
110,9
18,3
24,5
3
1,8
1
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
157
APÊNDICE G – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
leucodermas (N=50)
Grupo
Sexo
Stms
-
Stmi
Li
-
E
Ls
-
E
L M 0,6
4,6
-1,8
L M 0,8
-2,5
-3,9
L M 0,6
-1,2
-4,6
L M 0,7
-3,4
-3,8
L M 1
2
0,5
L M 0,6
-0,7
-4,1
L M 1,2
0,8
-2,2
L M 1,1
-4,3
-5,9
L M -0,2
-5,8
-8,4
L M 1,1
-3,3
-4,5
L M 1,7
-4,9
-5,5
L M 0,9
-1,9
-2,6
L M 0,7
-0,9
-5,1
L M 1,2
0,7
-1,3
L M 1,2
-4,5
-3,3
L M 0,8
-2
-1,4
L M 0,7
-0,2
-4,2
L M 0,4
-1
-3
L M 0,8
-3,1
-4
L M 0,5
-0,6
-3,6
L M 1,2
0,8
-2,2
L M 1,1
-4,3
-5,9
L M -0,2
-5,8
-8,4
L M 1,1
-3,3
-4,5
L M 1,7
-4,9
-5,5
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
158
APÊNDICE H Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
leucodermas (N=50)
Grupo
Sexo
Stms
-
Stmi
Li
-
E
Ls
-
E
L F 0,1
-1,9
-3,2
L F 0,3
-4
-3,1
L F -0,2
-6,2
-8,4
L F 3,2
0
-2,2
L F 0,3
-0,7
-3,4
L F 0,1
-3,5
-5,3
L F 3
0,4
-1
L F 0,6
-0,9
-4,4
L F 0,8
-5,4
-7,6
L F 2,6
-1,6
-6,4
L F 0,8
-0,8
-3,7
L F 0
-1,4
-3,8
L F 0,2
-2,2
-4,8
L F 1,5
-4,3
-6,1
L F 0,7
-1,3
-4,8
L F -0,7
-5
-8,5
L F 1,6
1,8
-0,6
L F 3,1
0,2
-2,2
L F 0,7
0
-3,8
L F 0,3
-1,4
-3,2
L F 0,6
-0,9
-4,4
L F 0,8
-5,4
-7,6
L F 2,6
-1,6
-6,4
L F 0,8
-0,8
-3,7
L F 0
-1,4
-3,8
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
159
APÊNDICE I – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
feodermas (N=40)
Grupo
Sexo
Idade
SNA
Co
-
A
A
-
Nperp
SNB
Co
-
Gn
P
-
Nperp
P
-
NB
F M 14,3
83,2
85,4
-0,3
81,1
109
-2,4
1,7
F M 13,5
83,1
90,9
-2,4
78,2
116,7
-10,6
3,9
F M 13,3
87,9
83,8
-3,4
86,6
110,2
-6,9
2,1
F M 12,5
79,2
82,5
-5
79,5
109,6
-7
2,2
F M 13,1
88,4
87,9
4
83,8
114,9
0,7
1,7
F M 13,5
82
89,4
-1,3
78,6
111,7
-8,5
0,6
F M 12,1
91,2
98,6
5,4
87,8
124
5,6
1,4
F M 13,3
74,9
86,3
-7,5
74,2
118,7
-13,1
3,6
F M 13,2
86,8
85,8
-2,1
81,7
106,4
-12
1,3
F M 12,3
90,2
92,4
-1,1
85,6
116,3
-10,5
-0,1
F M 14,1
84,1
91,7
-5,3
81,7
113,7
-13,4
1,1
F M 13,3
78
82,9
-8,9
76,8
110,9
-18,6
3
F M 14,2
87,7
84,8
-0,1
81,5
105,5
-11,6
-0,7
F M 13,4
82,4
85,7
0,5
80,2
109,8
-1,4
1,4
F M 13,1
82,6
86
-4,8
83,5
114,3
-6,9
1,2
F M 13
92,8
89,2
2,7
86,6
114,5
-5,8
0,2
F M 12,2
86,6
93
-1,3
84,1
114,4
-4,8
1,9
F M 13,3
86,6
93,5
-2,1
85,5
115,9
-4,5
1,3
F M 14,1
94
90,4
3,8
90,8
114,1
1,4
-0,6
F M 13,4
79,8
82,5
-4,7
78,4
104,4
-8,5
3,2
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
160
APÊNDICE J Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
feodermas (N=40)
Grupo
Sexo
Idade
SNA
Co
-
A
A
-
Nperp
SNB
Co
-
Gn
P
-
Nperp
P
-
NB
F F 12
88
87,6
1,7
84,2
110,9
-2,6
0,6
F F 13,2
82,9
88,4
-1
81,6
112,6
-3,2
1
F F 14,2
82,7
88,4
-4,1
80
114,6
-10,9
2,4
F F 12,2
78,8
82
-0,8
78,9
108
-0,5
1
F F 12,1
85,9
84,7
0
87,5
112,5
3,6
0,8
F F 13,5
77
76,6
-5,4
73,8
100,4
-15
1,5
F F 13,2
81,4
83,6
1,8
77,1
107,8
-5
-0,7
F F 13,7
83,7
84,5
4,4
78,9
108,8
-1,1
-0,8
F F 12,1
89,4
92,5
2,4
85,1
112,6
-1,5
1
F F 12,7
86,5
83,3
0,8
83,5
109,6
-3,9
-0,1
F F 12,3
79,1
77,9
-3,4
77,6
99,5
-8,4
0,7
F F 13,4
76,4
87,1
-4
74,1
108,9
-9,8
1,8
F F 12,8
86,3
80,1
-2,8
81,7
101,5
-11,1
1,9
F F 13,9
82,4
81,7
-2,9
78,2
104,1
-10,6
2,3
F F 12,6
86,1
82,4
1
82,9
104,5
-4,1
-0,3
F F 12
86,1
88,1
2,7
83,4
108,9
-0,4
-1,1
F F 13,2
89,7
84,9
3,9
82,5
108,9
-2,2
2,4
F F 14,2
78,4
83,2
-1,3
78,5
112,2
-3,4
-0,9
F F 12,1
84,7
90,3
0,4
79,7
111,6
-9
-0,6
F F 14,2
86,5
85,1
-1,4
84
107,5
-6,2
0,9
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
161
APÊNDICE K Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
feodermas (N=40)
Grupo
Sexo
ANB
Wits
NAP
FMA
SN GoGn
SN Ocl
AFAI
1.NA
1
-
NA
1.NB
1
-
NB
F M 2,1
-1
2,3
21,4
27,5
13,3
61,6
24,9
3,7
26,9
2,7
F M 4,9
3
5,4
26,4
31,2
13,6
70,3
20,9
4,3
30,7
7,5
F M 1,3
-
1,8
0,3
30
27,5
7,9
60,8
29,6
6,2
26,1
4,9
F M -
0,4
-3
-3,3
26,6
30,4
14,3
62,5
28,5
8,8
28,9
5,4
F M 4,6
-
0,8
7,7
26
30,4
14
62,3
23,5
4,6
31,6
6,9
F M 3,5
-
0,3
6,5
28,5
35,4
16,6
65,8
23,2
6,9
29,4
6,7
F M 3,4
1,1
5,5
16,7
21,2
5,4
65,8
23,5
6,1
34,5
6
F M 0,7
-
3,9
-2,1
30,9
37,5
21,8
69,7
25,1
6,2
26,6
4,7
F M 5,1
3,2
8,5
27,2
27,4
10,1
61,4
20,9
2
26,3
4,3
F M 4,6
0,6
9,2
27,6
23,7
9,5
68,8
22,3
5,2
33,1
6,4
F M 2,4
-
0,7
3,8
27,8
26,1
12,9
63,7
33,4
8,7
33,6
6,7
F M 1,2
0,9
-0,7
30,8
31,4
13,5
70,1
26,6
6,6
23,8
4,4
F M 6,2
2,7
13,4
26,8
28,2
12,6
63,8
20,3
3,3
28,1
7,2
F M 2,2
0,5
2,9
24,8
32,2
12,2
60
24,3
5,8
24,9
4,5
F M -
0,9
-
4,6
-3
26,7
28,8
11,5
65,3
33
12,2
36,8
7,9
F M 6,2
3,5
11,8
29,4
29,3
6,6
67,3
21
2,2
32,1
7
F M 2,5
1,8
3,1
21
22,2
6,8
57,7
20,8
2,7
12,8
1,4
F M 1,1
-
0,6
0,9
25,1
25,4
7,4
56,8
25
3,2
14,6
1,7
F M 3,2
-
2,8
7,4
29,4
29
8,4
57,2
29,4
6,7
33
6,7
F M 1,4
0,7
-1
24
27,3
12,2
59,5
21,2
4
22,3
2
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
162
APÊNDICE L – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
feodermas (N=40)
Grupo
Sexo
ANB
Wits
NAP
FMA
SN GoGn
SN Ocl
AFAI
1.NA
1
-
NA
1.NB
1
-
NB
F F 3,8
0,7
6,9
20,3
23,7
9,8
61,3
26,4
6,5
33,4
5,7
F F 1,3
-
1,6
1,4
27,2
32,5
12,6
61,7
26,1
5,4
26,1
3,8
F F 2,6
2,4
2,8
24,3
28
10,2
68,7
32,3
8,3
30,5
7
F F -
0,1
-
4,7
-1,3
24,1
33,1
17,7
63,7
25,6
7,3
24,4
3,6
F F -
1,7
-
5,5
-4,3
18,3
20,1
8,6
59,1
31,7
11,1
29,9
5
F F 3,2
-
0,4
4,8
29,7
37,3
21,3
64
26,6
6,8
29,4
6,8
F F 4,3
-
0,9
9,6
29,3
38,9
19,9
61,9
27,2
5,1
34,3
7,4
F F 4,8
-
1,3
10,7
27,2
37,1
19,6
64,6
17,6
3,2
33,4
6
F F 4,2
1,9
8
20,7
23,3
8,1
57,9
21,4
3,1
33,2
4,8
F F 3
-2
5,9
27,3
30,5
13,1
63,7
25
6,2
26,7
5,8
F F 1,5
-
2,3
2,2
28,5
33,1
18
58,7
25
4,9
25,5
3,4
F F 2,4
-3
3
25,5
33,8
24,2
60
14,8
1,7
19,9
1,2
F F 4,7
0,7
7,2
32,3
30,9
13,4
57,6
22,1
3,2
23,8
5,4
F F 4,2
2,6
5,6
28,6
32,8
13
60,2
24,9
4,4
24,1
4,8
F F 3,3
-
0,1
7,3
25,3
31
12,2
56,7
21
2,8
23
3,5
F F 2,6
-
1,1
6,8
17,7
24,9
12,4
56,8
22,5
5,7
35,7
5,3
F F 7,2
3,4
11,2
26,8
30,7
11,2
66,9
17,4
2,4
36
7,9
F F -
0,1
-
1,9
0,8
29,9
38,4
14
68
28,5
6
22,9
3,7
F F 5
1,6
10,8
30,9
36,5
14,5
65,4
26,5
5,4
29,2
7,8
F F 2,6
0,6
4,2
24,7
25,8
8,6
58,3
24,7
6,1
29,7
4,8
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
163
APÊNDICE M Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
feodermas (N=40)
Grupo
Sexo
Si
-
Li
-
Pog’
Cm.Sn.Ls
Gl.Sn.Pog’
Sn
-
Stms
Ls
-
Sn
-
Pog’
Li
-
Sn
-
Pog’
Stms
-
IS
F M 4,2
98,2
10,1
27
6,2
5,2
1,1
F M 7,7
93,8
16,9
29,9
6,6
3,9
-0,5
F M 4,1
76,5
8,7
24,5
6,1
4,6
1,7
F M 5,2
119,8
22,8
27,7
3,3
4,6
1,7
F M 7,8
85,3
15,5
27
7,4
5,3
1,1
F M 7
104,9
20
24,7
7,5
5,7
5,6
F M 6,2
83,3
17,9
27,4
8
5,3
1
F M 6
86,8
12,3
28,4
6,1
2,8
0,5
F M 5,7
98,2
24,1
18,9
6,4
4,6
7
F M 7,8
119,1
16,4
28,5
6,2
4,9
1,4
F M 5,9
100,2
21,7
28,5
9,1
6,3
1,4
F M 4,9
101,5
15,5
26,1
4,5
2,9
3,9
F M 4,6
100,6
26,9
25,2
7,6
6,9
1,6
F M 6,2
102,8
16,9
25,1
6,6
6,9
2,7
F M 6,5
89,6
20,5
28,9
8,3
6,9
3,4
F M 6,2
109,4
20,8
24,4
6
6,2
3,5
F M 3,5
86,1
20,7
23,2
3,9
1
0,9
F M 3,5
87,4
12,6
21,5
3,2
1,8
0,9
F M 4,6
113,7
17,8
24,3
4,9
4,7
1,8
F M 5
104,5
16,4
23
2,5
1,9
2,1
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
164
APÊNDICE N Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
feodermas (N=40)
Grupo
Sexo
Si
-
Li
-
Pog’
Cm.Sn.Ls
Gl.Sn.Pog’
Sn
-
Stms
Ls
-
Sn
-
Pog’
Li
-
Sn
-
Pog’
Stms
-
IS
F F 6,6
104,6
18,2
24,2
5,1
5,9
3,7
F F 3,2
102,4
11,1
25
4,7
3,8
1,3
F F 5,1
96,2
16
25
4,8
4,8
5,5
F F 3,9
83,3
11,6
23,8
6,9
5,6
6,9
F F 5,8
95,4
14,5
25,1
5,3
5,9
3,4
F F 5,7
98,3
18,7
23,9
5,6
5,7
3,2
F F 4,8
70,9
16,8
23,1
10,1
8,6
5,7
F F 4,5
100
23,3
23,2
3,8
4,5
4,7
F F 4,6
70,8
8,9
23,2
6,5
2,9
2,3
F F 6,9
83,2
8,6
21,6
8
5,9
6,4
F F 4,4
92,1
16,1
20,8
4,3
4,3
5,2
F F 6
91,7
17,7
22,1
5,4
2,4
5,9
F F 3,9
91,1
10,2
19,8
3,4
2,4
3
F F 5,4
91,7
14,6
22,8
4,9
2,4
1,7
F F 5,5
104,9
12,8
21,8
2,8
1,2
1,6
F F 5,2
108,1
14,9
22,3
6,4
5,7
3
F F 5,4
95,9
19,3
23,3
4,4
2,7
4,1
F F 4,8
94
11,2
24,6
4
4,7
6,2
F F 5
98,9
16,1
27
5,8
4,9
0,8
F F 5,7
98,1
12,6
21,3
5,4
4,1
5,2
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
165
APÊNDICE O – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
feodermas (N=40
)
Grupo
Sexo
Stms
-
Stmi
Li
-
E
Ls
-
E
F M 0,2
2
-0,2
F M 2,3
0,5
-0,6
F M 0,4
0,7
-2,3
F M 0,5
2,1
-2,1
F M 0
0,9
-1,1
F M 4
3,3
1,7
F M 0,2
1,4
0,2
F M 0,2
-1,7
-4
F M 5,3
2,7
2,1
F M 0,6
2,8
1,5
F M 0,4
3,9
4,3
F M 0,7
-1,5
-4,2
F M 0,7
4,6
2,1
F M 0,4
3,4
0,3
F M 0,9
3,1
0,6
F M 0,2
3,7
1
F M 0,2
-2,4
-3,9
F M 0,3
-2,5
-5,1
F M 0,5
2,1
-0,1
F M 0,3
-1,6
-4,4
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
166
APÊNDICE P – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
feodermas (N=40)
Grupo
Sexo
Stms
-
Stmi
Li
-
E
Ls
-
E
F F 1
2,2
-1,8
F F 0,4
0,1
-2,5
F F 7,9
2,2
-2,7
F F 4,4
1,9
-0,9
F F 1,2
2,8
-1,6
F F 2,6
2
-1,3
F F 5,3
5,8
2,3
F F 2,9
0,1
-3,6
F F 0,7
-1,5
-1,8
F F 8,4
3,5
0,4
F F 2,1
0,8
-3
F F 0,9
-0,7
-1,3
F F 0,5
-1,3
-3,4
F F 1,8
-1,1
-2,3
F F 0,2
-2,6
-4,3
F F 1,4
3
1,1
F F 1,7
-1,3
-3,1
F F 0,2
0,5
-4,7
F F 0,1
1,1
-1,3
F F 2,6
0,2
-2
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
167
APÊNDICE Q – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
melanodermas (N=56)
Grupo
Sexo
Idade
S
NA
Co
-
A
A
-
Nperp
SNB
Co
-
Gn
P
-
Nperp
P
-
NB
M M 13,33
90,7
90,5
7,9
85,2
113,9
5,2
-0,3
M M 12,67
84,3
85,7
-1,9
85,1
120
-2,8
-0,3
M M 13,5
86,7
88,1
2,3
82,9
111,5
-2,7
-0,3
M M 13,5
78,4
83,8
3,5
74,7
107,3
0,8
0,9
M M 13,33
83,5
82,8
4
78,6
104,7
-0,9
-0,5
M M 12,42
84,7
83
1,6
83,1
108
-1
-1,3
M M 13,5
83,5
85,2
0,2
79,8
111,4
-5,6
1
M M 12,08
89,7
78,4
1,9
82
92,4
-9,6
-1,4
M M 13,75
80,3
81,7
0,2
79,4
116,7
1,4
2,8
M M 12,08
86,3
80,5
3,9
84,7
107,6
4,7
-0,4
M M 13,5
87,1
72,3
5,5
87,3
99,7
10,2
-1,6
M M 13,33
88,2
86,1
1,1
87,8
118,8
1
-0,4
M M 13,5
79,6
83,5
-2,2
80,4
117,1
-2,7
0,3
M M 12,33
87,7
82,3
2,8
84,8
103,9
-0,1
-1
M M 13,83
79,8
84,7
-1,5
76,9
104,1
-9,8
-1,5
M M 12,5
89,7
83,4
5,7
83,5
108,8
0,7
0
M M 13,08
89,6
89,3
8,1
86,4
118,1
10,8
0,7
M M 13,5
84,6
87,1
6,2
81,6
116,3
8,5
2,3
M M 14,42
83,1
89,8
6,4
77,8
116,1
2,4
0,4
M M 13,75
87,1
86,6
7
81,8
114,1
3,6
-0,1
M M 12,67
90,3
87,1
8,1
88,3
111,3
11,9
0
M M 12,33
83,9
83,8
1,4
81,3
108,9
-2,3
-0,3
M M 13,33
85,9
80,5
2,7
81,2
105,6
-4,5
-0,6
M M 12,58
84,8
81,7
0,5
80,2
100,6
-7,1
-0,4
M M 13,25
87,6
83,8
2,9
82,4
102,5
-2,4
0,6
M M 12,75
91,6
82,4
8,4
85,9
110,9
5,2
-1,7
M M 13,08
87,7
78,6
2,8
84,8
103,9
-0,1
0,8
M M 14,33
86,3
81,8
3,9
84,7
107,6
4,7
-0,3
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
168
APÊNDICE R Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
melanodermas (N=56)
Grupo
Sexo
Idade
SNA
Co
-
A
A
-
Nperp
SNB
Co
-
Gn
P
-
Nperp
P
-
NB
M F 13,08
83,6
83,3
-4,3
80,7
105
-13,4
0,2
M F 12,58
88,2
84,1
5,4
82,9
108,2
1,4
-0,1
M F 13,67
84,5
88,2
3,6
78,9
115,7
-3,6
-0,1
M F 13,08
85,2
80,7
0,9
84,2
108,3
1,3
1,1
M F 14,33
92,3
86,3
13,9
84,8
112,3
12,6
-1,4
M F 12,92
87,7
90,6
7,9
81
109,9
2,5
-0,4
M F 13,08
94,4
83,7
7,6
87,5
107,4
2,5
-1,1
M F 13,67
94,2
85,6
-0,6
88,8
107,2
-10,8
-0,9
M F 14,25
88
83,3
9,6
81,7
108,8
6
-1,6
M F 12,92
87
72,6
3,5
82,1
96,7
-0,6
0,3
M F 13,25
90,7
80,8
4,2
84,3
105,2
-3,9
-1,1
M F 12,67
84,7
83,4
4,6
81,7
111,4
3,7
-0,1
M F 12,75
84,4
86,9
-1,8
81,7
111,8
-7,4
1
M F 13,5
89,6
79,7
4,2
81,2
99,8
-7,8
-1,2
M F 14,2
87,2
82,4
7,1
83,5
111,4
9,7
1,7
M F 13,08
89,3
85
5
84,1
111,8
0,7
0
M F 12,92
93,1
81,7
8,5
88,1
108,7
9,2
-0,1
M F 13,67
93
83
9,1
87,7
105,9
7,6
-1,1
M F 14
84,7
78,2
5,6
80,9
106,3
4,5
-0,3
M F 13,5
84,1
77,1
4,1
78,7
96,9
-2,5
-1,7
M F 13,42
95,8
84,8
7,1
88,7
104,1
0,6
-1,8
M F 13,33
90,7
86,3
5,1
91,4
118
11,8
0,1
M F 12,92
89,5
81,9
8,6
85,4
112,4
9,1
-0,3
M F 13,5
85,1
84,3
3,7
80,2
109,5
-1,4
-0,2
M F 13,42
79,9
84,6
3,6
75,7
109,6
-0,7
0,2
M F 13,5
86,6
78,5
2,1
81,9
100,5
-2,8
0,5
M F 12,83
90,4
87,6
4,3
86,4
115
1,3
-1
M F 13,67
82,8
77,9
2
78,5
102,6
-4,1
-0,6
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
169
APÊNDICE S – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
melanodermas do gênero masculino (N=56)
Gr
upo
Sexo
ANB
Wits
NAP
FMA
SN GoGn
SN Ocl
AFAI
1.NA
1
-
NA
1.NB
1
-
NB
M M 5,5 0,2 11,8 14,4 22,8 12,7 61,6 16,5 2,8 41,5 7,6
M M -0,8 -4,5 -1,2 21,2 24 9,2 72,9 34 15,2 36,4 11,6
M M 3,8 -2,9 8,2 20,9 26,7 15,3 65,8 21,8 6,9 33,5 7,6
M M 3,7 1,4 6,7 22,7 36,2 18,3 63,1 11,7 2,1 32,8 4,6
M M 4,9 1,3 10 21,6 33,6 15,1 62,4 20,4 5,7 28,9 7,8
M M 1,6 -5,3 4,8 22,6 29,6 16,7 59,6 25,3 7,5 32,4 5,6
M M 3,7 -0,5 6,3 23,8 30,8 15,6 66,3 18,6 3,2 35,7 5,2
M M 7,7 2,8 17,9 29,1 30,5 14,1 52,2 23,4 4,3 39,3 8,6
M M 1 1,7 -0,9 23,1 33,4 9,7 72,7 28,4 9,8 36,9 8,7
M M 1,7 -0,2 3,7 20,3 28,8 7,4 61,3 32,6 8,3 39,1 8,3
M M -0,2 -5,8 1,5 17,1 26,7 11,2 56,9 36,7 9,8 36,8 6,4
M M 0,5 -7 1,3 27,4 30,4 11,1 68,2 30,4 7,5 29,8 6,6
M M -0,9 -2,5 -1,9 26 34,9 11,4 73,9 32,3 14,2 29,9 9,7
M M 2,9 -2,1 7 18,1 25,2 11,9 58,3 29,2 8,7 44,3 9,2
M M 2,9 -2,5 7,2 31,6 38,2 19,5 64,3 30,3 9,8 39,4 10,3
M M 6,2 1,4 11,6 23,7 31,5 11,4 68,6 23,5 7,3 41,8 11,9
M M 3,2 -0,8 5,9 20,5 29,3 8,8 66,1 31,4 7,9 35 7,7
M M 3 -0,2 3,7 28,6 39,4 12,8 65,8 29,3 6,6 35,1 8,2
M M 5,3 1,7 10,7 22,7 36,6 16,9 64,9 24 3,8 34,2 8,6
M M 5,3 2,7 10,8 17,9 29,9 11,2 67,6 22,4 6,7 34,4 9,8
M M 2 -3,4 4,3 14,7 23,1 9,7 54,3 32,7 7,4 39,6 7,9
M M 2,6 -2,7 5,8 19,8 27,6 15,6 65 25,7 5,9 38,5 6,5
M M 4,8 -2,4 10,5 27,4 33,1 17,8 67,2 28 5,8 35,7 9
M M 4,6 1 10,3 29,9 32,8 14,3 60,8 27,5 3,8 29,4 6,4
M M 5,1 1,6 10,4 19,4 24,9 12,2 56,5 21,8 3,4 36,9 6,6
M M 5,7 -0,5 13 28,3 35,6 10,8 63,2 27,8 7,7 33,5 12,1
M M 2,9 -2,1 6,9 28,2 25,2 9,5 58,3 29,2 8,7 44,3 9,2
M M 1,7 -0,2 7,1 23,1 28,8 15,8 61,3 32,6 8,3 39,1 8,3
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
170
APÊNDICE T Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
melanodermas do gênero feminino (N=56)
Grupo
Sexo
ANB
Wits
NAP
FMA
SN GoGn
SN Ocl
AFAI
1
.NA
1
-
NA
1.NB
1
-
NB
M F 2,8 -1,6 5,4 32,7 32,4 14,7 60,3 23,9 5,7 24,5 6,3
M F 5,2 1 11,3 22,9 30,1 12,4 59,4 19,8 4,3 37,6 7,6
M F 5,6 0 11 25,8 34,2 17,7 71,6 21,5 6,1 45,4 12,4
M F 1 -5,1 0,6 21,2 27,5 14,7 61,5 23,9 5,1 34,2 5,4
M F 7,5 0,9 16,9 18,5 31,7 13,3 62,5 26 4,8 40,3 11,5
M F 6,7 2 15 15,2 25,8 15,3 59,6 13 1,6 29,6 7
M F 6,9 -1,9 14,8 22,6 25,9 12,6 62,8 22,1 3,4 38,5 8,7
M F 5,3 0,6 11,7 30,2 24,5 6,4 65,5 28,5 5,8 37,6 7
M F 6,3 -1,9 14,2 29 39,6 18 68 19,3 3 30,9 9,2
M F 4,8 -1,5 9,3 23,4 30,3 15,7 58,9 19,4 3,8 31,7 6,3
M F 6,3 -2,2 13,9 29,7 32,3 15,5 66,7 25,3 6,9 42,5 12,9
M F 3 -2,2 6,2 22,9 32,3 15,1 62,7 23,1 5,8 32,6 6,8
M F 2,7 -0,4 4,3 27,2 28,7 12,1 66,3 33,1 8,9 37,4 8,3
M F 8,5 2 18,6 30,8 35 16,2 66,8 22,1 3,8 42,4 10,9
M F 3,7 0,9 5,4 20,5 30,9 9,9 62,5 18,5 3,4 26,8 4,5
M F 5,2 0,3 10,5 28,3 33,7 11,9 61,3 22,5 5,7 35,5 8
M F 5 -1,9 10 16,6 25,3 11 60,5 20,4 2,2 30,3 4,6
M F 5,3 -1,3 12,7 21,3 27,4 11,1 58,1 18,1 4 44,9 8,2
M F 3,8 -1,6 7,9 23,6 34,4 15,9 61,1 22,2 2,6 29,5 5,2
M F 5,4 -0,5 12,9 25,6 35 18,7 56,3 27,9 6,8 29 8,4
M F 7,1 1,4 16,8 17,6 21,1 8,3 58,3 20,9 4,4 44,8 9,8
M F -0,7 -5,5 -1,5 18,9 24 5,8 60,1 26,5 7,1 29,9 5
M F 4,1 -3 8,6 25 34,2 13,4 64,3 21,7 4,9 29,2 7,1
M F 4,9 -1,5 9,8 23 32,7 17,3 62,7 21,9 5,9 29,6 8,1
M F 4,2 -0,9 8,4 22,8 37,6 20,7 70,1 24,5 4,9 35 7,3
M F 4,7 -1,2 8,7 26,3 31 15,7 58 19,5 2,9 29 4,8
M F 4 -1,5 8,4 28,2 31,6 9,6 68,9 28,3 10,1 51,4 13,2
M F 4,2 -0,9 9,2 21,3 31,8 17,8 64,6 34,3 6,9 51,4 11,5
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
171
APÊNDICE U Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
melanodermas do gênero masculino (N=56)
Grupo
Sexo
Si
-
Li
-
Pog’
Cm.Sn.Ls
Gl.Sn.Pog’
Sn
-
Stms
Ls
-
Sn
-
Pog’
Li
-
Sn
-
Pog’
Stms
-
IS
M M 4,8
65,4
17,2
26,7
9,6
6,3
1,4
M M 5,3
88,7
15,3
33,1
9,8
11,4
0
M M 5,6
92,6
15,1
31,7
10,3
7,9
1,3
M M 4,7
103,6
13,9
28,3
5,3
3,5
1,7
M M 3,2
75,8
7,9
25,4
7
6
4,6
M M 3
92,4
12,5
28,1
8,5
4,4
2,4
M M 4,6
90,1
14,7
27,6
5,5
2
1,5
M M 3,9
110,1
26,4
23,8
4,3
5,8
0,7
M M 5,3
79,3
10,5
31,4
10
7,8
1
M M 4,6
70,6
10,7
28,8
8,2
9,9
-1,2
M M 4,3
88,6
4,3
22,9
5,2
6,6
2,8
M M 2,8
92,1
11
27,1
3,3
6,3
1,3
M M 4,5
98,8
10
33,6
8,2
10,6
-0,1
M M 3,9
94,3
8,4
24,8
7
5,9
2,3
M M 4,8
79,1
9,9
27,1
9,8
9
3,1
M M 5,1
100,7
14
30
9,3
8,4
4,1
M M 2,9
96,4
12,8
25,2
5,9
5,7
3,2
M M 4,6
98,1
8,8
27,2
5,6
4,1
1
M M 3,6
105,6
17,7
23,9
5,8
6,8
3,8
M M 5,4
57
16,7
28,8
7,8
7,5
2
M M 2,3
108,3
14,3
22,9
5,8
5,2
1,6
M M 2,5
95,6
15,2
28,4
5,5
6,7
2,7
M M 4,8
88,3
14,9
29,2
10
7,3
2,5
M M 3,7
92,7
18,7
26
6,5
5
0
M M 5,6
88,1
18,8
24,7
5,5
5,2
1,3
M M 3,6
80,6
5,8
24
10,3
7,8
4,3
M M 4,4
92,1
14,4
27,4
5,5
5
1,6
M M 3,7
93,2
8,2
24,8
6,4
5,4
1,9
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
172
APÊNDICE V – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
melanodermas do gênero feminino (N=56)
Grupo
Sexo
Si
-
Li
-
Pog’
Cm.Sn.Ls
Gl.Sn.Pog’
Sn
-
Stms
Ls
-
Sn
-
Pog’
Li
-
Sn
-
Pog’
Stms
-
IS
M F 4,1
86,6
11,2
26,8
5
6,3
2,1
M F 4,6
115,4
17,6
21,9
5,3
5,8
4,4
M F 1,7
83,6
10,9
26,2
6
6,9
5,6
M F 4,8
85,4
-1,8
24,4
7
6,8
2,8
M F 5,2
92,7
15,7
26,4
8,8
7,8
-0,3
M F 2,7
95
19,1
23,5
5,5
7,7
3,3
M F 4,3
83,1
17,2
25,9
7,4
6,8
3,9
M F 4,8
83,3
11,5
22
4,5
6
7
M F 3,8
85
13,8
26,4
9,9
10,2
4,3
M F 4,1
100,5
12
25,1
6,2
5,5
1,4
M F 3,5
62,4
12,9
27
9,6
8
3,6
M F 2,2
80,6
6,6
26
5,8
4,1
2,7
M F 5,3
117,4
18,8
23,5
2,9
5,4
4
M F 3,8
101,4
16
26,3
8,5
8
4,5
M F 3,2
91,1
8,8
27
6
0,5
-0,3
M F 2,6
99,2
20,2
21,9
3,2
2,6
5,6
M F 3,8
88,1
7
23,9
4,8
3
2,4
M F 5,6
75,9
17
22,8
5,6
7,9
4,3
M F 3,1
107,6
8,9
22,9
3,5
4
1,9
M F 4,4
70,4
14,1
23,2
7,2
8
2,9
M F 4,5
80,7
18,6
23,7
7,9
8,5
2,1
M F 3,3
79,9
1,8
22
3,7
2,4
4,2
M F 4,5
78,7
12,8
24,2
4,1
5,2
4
M F 3,8
93,7
19,2
25,2
4,8
6,1
3,3
M F 2,7
101,5
11,4
29,3
6,8
6,1
1,8
M F 4,4
80,8
15,1
20,8
4,2
4,1
3,7
M F 3,2
79,1
10,9
28
8,1
6,3
2,9
M F 3,7
84,1
11,9
24,4
5,1
6,7
4
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
173
APÊNDICE X – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
melanodermas do gênero masculino (N=56)
Grupo
Sexo
Stms
-
Stmi
Li
-
E
Ls
-
E
M M 0,9
4,2
3,8
M M 1,3
9,1
3,9
M M 0,6
5,8
4,9
M M 0
0,9
-0,7
M M 0,8
3,4
0
M M 0,4
1,9
3,3
M M 0,6
-0,4
-0,8
M M 0,8
4,8
1,8
M M 0,5
4,5
2,7
M M 0,3
6,9
1,2
M M 0,5
4,5
-0,3
M M 0,7
2
-5,2
M M 0,8
7,5
1,4
M M 0,8
3,4
0,7
M M 0,6
5,7
2,6
M M 2,2
6,2
5,2
M M 0,3
2,1
-0,8
M M 0,5
-0,8
-4,1
M M 0,5
4,4
0,9
M M 0,4
3,5
-2,1
M M 0,7
3,2
1,3
M M 0,6
3,6
-1,2
M M 2,6
5
3,4
M M 0,6
1
-1,6
M M 0,8
2,4
-0,7
M M 1,9
5,4
4,2
M M 0,7
2,3
-0,8
M M 0,8
3,5
0,7
Apêndices
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
174
APÊNDICE Z – Tabela de apresentação dos valores das variáveis cefalométricas dos indivíduos
melanodermas do gênero feminino (N=56)
Grupo
Sexo
Stms
-
Stmi
Li
-
E
Ls
-
E
M F 0,3
2,6
-2,8
M F 2,2
5
3
M F 0,6
3,6
-2
M F 1,7
3,1
-1
M F 1,6
5,7
3
M F 2,1
3,9
-1,5
M F 3,1
4,6
1,4
M F 8
3,5
-2,5
M F 6,1
7,5
2,7
M F -0,1
3,2
1
M F 2,2
5,4
1,7
M F 0
0,9
-2,4
M F 2,7
3,5
-1,8
M F 2,7
6,1
3,9
M F 0,8
-2,3
-0,7
M F 0,5
0,1
-2,7
M F 0,7
0,7
-2,7
M F 3
5,2
-2,3
M F 0,6
0,7
-3,1
M F 0,5
5,8
2
M F 0,2
6,3
3,1
M F 1,3
-1,5
-3,9
M F 0,8
1,7
-4,9
M F 1,1
3,8
-0,9
M F 2,7
2,7
0,6
M F 0,4
1,4
-2
M F 3,6
3,7
1,8
M F 1,3
3,9
-1,7
6 Discussão
L í v i a M a r i a A n d r a d e d e F r e i t a s
126
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