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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
“SISTEMAS AGROSILVIPASTORIS”
CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA E ESTIMATIVA
DA PRODUÇÃO DE Opuntia ficus-indica, Mill. SOB
DIFERENTES ARRANJOS POPULACIONAIS E DOSES
DE FÓSFORO NO SEMI-ÁRIDO DA PARAIBA, BRASIL
JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO
PATOS – PB
AGOSTO DE 2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
“SISTEMAS AGROSILVIPASTORIS”
CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA E ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO
DE Opuntia ficus-indica, Mill SOB DIFERENTES ARRANJOS
POPULACIONAIS E DOSES DE FÓSFORO NO SEMI-ÁRIDO DA PARAIBA,
BRASIL
Dissertação apresentada ao programa de Pós-
Graduação em Zootecnia da UFCG/CSTR, como
parte das exigências para obtenção do título de
Mestre em Zootecnia, com área de concentração
em Sistemas Agrosilvipastoris.
JOSÉ PEREIRA DO NASCIMENTO
Orientador: Prof. Dr. Jacob Silva Souto
PATOS – PB
AGOSTO DE 2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
“SISTEMAS AGROSILVIPASTORIS”
TITULO: CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA E ESTIMATIVA DA
PRODUÇÃO DE Opuntia ficus-indica, Mill., SOB DIFERENTES ARRANJOS
POPULACIONAIS E DOSES DE FÓSFORO NO SEMI-ÁRIDO DA PARAIBA,
BRASIL.
AUTOR: José Pereira do Nascimento
ORIENTADOR: Prof. Dr. Jacob Silva Souto
Dissertação de Mestrado apresentada e aprovada em 29 de agosto de 2008.
Membros da Banca Examinadora:
Prof. Dr. Jacob Silva Souto
CSTR/UFCG – Orientador
Prof. PhD. Djail Santos
CCA/UFPB – 1º Examinador
Prof. Dr. Rivaldo Vital dos Santos
CSTR/UFCG – 2º Examinador
Prof. Dr. Antonio Amador de Sousa
CSTR/UFCG – 3º Examinador
PATOS – PB
AGOSTO DE 2008
NASCIMENTO, José Pereira do.
N244c Caracterização morfométrica e estimativa da produção de
Opuntia fícus-indica Mill. sob diferentes arranjos populacionais e
doses de fósforo no semi-árido da Paraiba, Brasil / José Pereira do
Nascimento. – Patos - PB: CSTR/UFCG, 2008. 47p.
Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal de
Campina Grande / 2008.
Orientador: Profº. Drº. Jacob Silva Souto
1 Palma forrageira-manejo-Dissertação 2 Morfometria
vegetal 3 Estimativa da produção
I Título
CDU: 634.61
A Manoel Pereira do Nascimento e
Luzia Jovelina do Nascimento, meus
queridos pais a quem tudo devo, pela
dedicação e afeto.
A Janara, minha noiva, pelo carinho,
compreensão e estímulo, como também,
aos meus irmãos, cunhados e sobrinhos.
DEDICO!
AGRADECIMENTOS
A DEUS, maior razão de todas as realizações.
Aos Professores e Funcionários do Programa de Pós Graduação em Zootecnia da
CSTR/UFCG/Patos – PB, pela oportunidade e apoio concedido para o sucesso deste
curso.
Ao Professor Doutor Jacob Silva Souto, pela valiosa e brilhante orientação.
Aos meus Pais pela dedicação e perseverança na educação da família.
Aos colegas Mário Medeiros Damasceno, Sigismundo Souto Maior Junior,
Rênio Leite de Andrade e os demais, pela amizade compreensão e apoio.
Aos Dirigentes e colegas da EMEPA/PB, pela oportunidade e valiosa
colaboração.
Portanto, a todos aqueles que, de alguma forma, colaboraram para com o sucesso
desse trabalho.
MINHA ETERNA GRATIDÃO!
SUMÁRIO
Página
Lista de Tabelas
iv
Lista de Figuras
vi
RESUMO
vii
Abstract
viii
1 INTRODUÇÃO
1
2 REVISÃO DE LITERATURA
3
2.1 Origem e introdução da palma forrageira no Brasil
2.2 Características botânicas e morfológicas da palma forrageira
2.3 Características climáticas do semi-árido brasileiro
2.4 Adaptação ecológica da palma forrageira
2.5 Condições de cultivo da palma Forrageira
2.5.1 Condições edafoclimácas e espécies cultivadas
2.5.2 Plantio
2.5.3 Adubação
2.5.4 Espaçamento
3
3
4
5
6
6
8
9
11
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização e caracterização da área
3.2 Relevo e tipo de solo
3.3 Preparo convencional da área experimental
3.4 Delineamento Experimental
3.5 Instalação e condução do experimento
3.6 Determinação dos parâmetros de crescimento da palma forrageira
3.7 Parâmetros utilizados para estimativa da produção de palma forrageira, no
13
13
14
15
16
16
17
campo
3.8 Análises estatísticas
19
20
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Número de aréolas por cladódio
4.2 Número de cladódio por planta
4.3 Comprimento de cladódio por planta
4.4 Largura dos cladódios
4.5 Perímetro de cladódios
4.6 Espessura de cladódios
4.7 Estimativa da produção média de palma forrageira no campo
21
21
22
27
29
32
32
34
5 CONCLUSÕES
37
6 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
38
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1
Precipitação pluvial média mensal do município de Patos, PB,nos
anos 2006 e 2007.
14
Tabela 2
Atributos químicos e físicos do solo sob cultivo da palma forrageira. 14
Tabela 3
Análise de variância (quadrados médios e significância) do número de
aréolas por cladódio, dos 120 aos 330 D. A. P. da palma forrageira
21
Tabela 4
Valores médios do número de aréolas por cladódio aos 330 D. A. P.
de palma forrageira, em função da interação entre espaçamento e
adubação
22
Tabela 5
Análise de variância (quadrados médios e significância) do número
de cladódio por planta, dos 120 aos 330 D. A. P. da palma forrageira
23
Tabela 6
Médias do número de cladódios por planta aos 330 D. A. P. da palma
forrageira, segundo os fatores estudados
24
Tabela 7
Análise de variância (quadrados médios e significância) de
comprimento de cladódio, dos 120 aos 330 D. A. P. da palma
forrageira.
28
Tabela 8
Valores de comprimento do cladódio aos 330 D. A.P. da palma
forrageira, segundo os fatores estudados
29
Tabela 9
Análise de variância (quadrados médios e significância) da largura
dos cladódios, dos 120 aos 330 D. A. P. da palma forrageira.
30
Tabela 10
Valores de largura do cladódio dos 120 aos 330 D. A. P. da palma
forrageira, segundo os fatores estudados
30
Tabela 11
Médias da largura do cladódio aos 330 D. A. P. da palma forrageira,
em função da interação entre espaçamento e adubação
31
Tabela 12
Análise de variância (quadrados médios e significância) para
perímetro de cladódios, dos 120 aos 330 D. A. P. da palma
forrageira, segundo os fatores estudados
32
Tabela 13
Análise de variância (quadrados médios e significância) de espessura
de cladódios dos 120 aos 330 D. A. P. da palma forrageira 33
Tabela14
Médias da espessura do cladódio aos 330 D. A. P. da palma
forrageira, segundo os fatores estudados
33
Tabela 15
Valores estimados da produção média de palma forrageira, em
campo, aos 330 D. A. P.
35
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1.
Área do experimento (Nupeárido). (NASCIMENTO, 2007). 13
Figura 2. Área experimental após subsolagem e gradagem.
(NASCIMENTO, 2006). 15
Figura 3. Sulcos preparados para o plantio da palma forrageira.
(NASCIMENTO, 2006). 15
Figura 4. Croqui da área experimental,mostrando detalhes da parcela. 16
Figura 5.
Figura 6.
Figura 7.
Figura 8.
Figura 9.
Plantio da Opuntia fícus-indica Mill. (NASCIMENTO, 2007).
Determinação dos parâmetros de crescimento da palma na área
experimental: (a) perímetro; (b) espessura; (c) comprimento e (d)
largura. (NASCIMENTO, 2007).
Contagem de aréolas através da moldura de arame.
(NASCIMENTO, 2007).
Efeito do fósforo sobre cladódio por planta aos 150 D. A. P.
Efeito do fósforo sobre o número de cladódios por planta a partir
dos 180 D. A. P. : (a). aos 180 D. A. P.; (b). aos 210 D. A. P.; (c).
aos 240 D. A. P.; (d). aos 270 D. A. P.; (e). aos 300 D. A. P.; (f).
aos 330 D. A. P.
17
18
19
25
26
NASCIMENTO, José Pereira. CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA E
ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO DE Opuntia ficus-indica, Mill SOB
DIFERENTES ARRANJOS POPULACIONAIS E DOSES DE FÓSFORO NO
SEMI-ÁRIDO DA PARAIBA, BRASIL. Patos, PB: UFCG, 2008. 48 f. (Dissertação –
Mestrado em Zootecnia – Sistemas Agrosilvipastoris no Semi-Árido)
ResumoObjetivou-se avaliar as características morfométricas e a estimativa da
produção de Opuntia ficus-indica, Mill, sob diferentes arranjos populacionais e doses
de fósforo no semi-árido da Paraíba, Brasil. O estudo foi conduzido no Núcleo de
Pesquisa para o Semi-árido – NUPEÁRIDO do CSTR da Universidade Federal de
Campina grande – UFCG, em Patos, PB, no período 330 dias após o plantio (d.a.p.)
com leituras mensais. Os tratamentos consistiram da interação de quatro espaçamentos e
quatro doses de fósforo. O delineamento experimental utilizado foi um DBC em arranjo
fatorial com três repetições. Avaliaram-se os parâmetros de crescimento tais como:
números de aréolas por cladódio e de cladódio por planta, comprimento, largura,
perímetro e espessura do cladódio e a estimativa de produção. As médias observadas
para as variáveis estudadas foram: numero de aréolas oscilou de 4,0 a 4,8 unidades por
cladódio; número médio de cladódio por planta foi de 11,5; comprimento, largura,
perímetro e espessura foram de 24,99 cm, 15,63 cm, 60,29 cm e 0,53 cm,
respectivamente; a estimativa da produção apresentou maior resultado no espaçamento
1,7m x 0,10m atingindo valor de 92,79 t ha
-1
, sendo, portanto considerado um resultado
satisfatório em função das condições locais onde foi conduzido o experimento. Diante
dos resultados obtidos concluiu-se que: a adubação fosfatada influenciou o aumento do
número de cladódios por planta de palma forrageira, principalmente nos menores
espaçamentos; os maiores espaçamentos entre plantas, independente da dose de fósforo,
proporcionaram as menores estimativas de produtividade; o superfosfato simples
quando aplicado no menor espaçamento entre plantas, proporcionou maior
produtividade média de massa verde de palma forrageira; pela estima da produtividade
média da palma forrageira, é viável seu cultivo na região de Patos (PB), desde que
sejam adotadas as técnicas agronômicas compatíveis.
Palavras-chave: palma forrageira, espaçamento, fósforo, cladódios
MORPHOLOGICAL TRAITS AND PRODUCTION ESTIMATIVE OF
Opuntia ficus-indica Mill. UNDER DIFFERENT POPULATION
ARRANGEMENTS IN THE SEMI-ARID REGION OF PARAÍBA,
BRAZIL
Summary - The present study was aimed at the evaluation of the morphological traits
and production estimaties of Opuntia ficus-indica Mill., under different population
arrangements in the semi-arid region of Paraíba, Brazil. The study was conducted in
NUPEÁRIDO Farm of the Federal University of Campina Grande, Patos, PB, Brazil,
under field conditions during 2006. The treatments were a factorial arrangement
between P (100, 150, 200 and 250 kg P
2
O
5
ha
-1
) and spacing (0.10 m; 0.15 m ; 0.20 m
and 0.25 m). The experiment was set up in a randomized block design, in a factorial
arrangement, with three replications. The growth parameters evaluated were: number of
areoles per cladode, number of cladodes per plant, length, width, perimeter and
thickness of the cladodes, and the production estimate. The number of areoles oscillated
from 4.0 to 4.8 units for cladodes; cladode number for plant was of 11.5; length, width,
perimeter and thickness were of 24.99 cm, 15.63 cm, 60.29 cm and 0.53cm,
respectively; the production estimated presented better result in the spacing 1.7 m x 0.10
m reaching maximum values of 92.79 t ha
-1
; therefore considered a satisfactory result
considering the local conditions. The results obtained it was study, allow to conclude
that: soil phosphorus fertilization significant increase the cladode number per plant; the
spacing higher between lines provided, independently of simples superphosphate doses,
lower yield prediction; the single superphosphate were applied in the spacing lower
between plants, provided green mass production higher of the cactus pear; the growing
of the cactus pear is a viable cultivation alternative for the region of Patos-PB.
Keywords: cactus pear, spacing, phosphorus, cladodes
1 INTRODUÇÃO
O semi-árido brasileiro é um dos maiores, mais populosos e mais úmidos do
mundo, estando situado na porção central da região Nordeste abrangendo, no todo, ou
em parte, 1.133 municípios, nove estados, em uma área de aproximadamente 969.589,4
km² e 21 milhões de habitantes. Suas condições ecológicas típicas estão representadas
nas ecorregiões, onde a vegetação predominante é a Caatinga. No Estado da Paraíba,
170 municípios, correspondendo a 85% da sua área, estão inseridos nesta região
(MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2005).
A reduzida disponibilidade hídrica, assim como, a estacionalidade da produção
forrageira, são fatores que limitam a capacidade de produção de forragem e das
pastagens nativas nos agroecossistemas da região semi-árida, onde a pecuária apresenta-
se como a atividade principal da população rural, associada à produção de alimentos em
sistema familiar, porém, os rebanhos mostram-se mais resistentes que os cultivos
agrícolas às condições desfavoráveis desse ambiente.
No período seco, a escassez de forragem, associada ao baixo valor nutritivo das
forrageiras, compromete o crescimento e o desenvolvimento dos animais, acarretando
queda de produtividade e comprometendo a produção de leite e carne, passando assim,
os produtores a depender da disponibilidade de volumosos conservados (fenos e
silagens) de plantas forrageiras e restos de culturas, para a alimentação do rebanho
(LIMA et al.,2004).
As plantas do gênero Opuntia, constituem importante recurso forrageiro,
contribuindo para suprir a oferta de alimento aos animais no período de estiagem,
devido sua rusticidade e elevado potencial de produção de forragem de alto valor
nutritivo, com baixa disponibilidade de água, quando comparada com a vegetação
nativa (SALES, 2006). Assim, elas se converteram em uma fonte de produtos e funções,
inicialmente como uma planta selvagem e, posteriormente, como uma planta cultivada
(BARBERA e INGLESE, 1993).
Os agropecuaristas do semi-árido paraibano apresentam, em geral, baixo nível
de conhecimento em relação às estratégias de convivência com a escassez hídrica, tendo
como conseqüência a redução da produção de alimento e do rebanho. O uso intensivo
do solo devido à redução das áreas cultivadas e a necessidade da produção de alimentos
têm como conseqüências a redução da fertilidade do solo, quer seja, pela exportação de
nutrientes ou perdas por erosão e a redução da produtividade, tornando necessária às
práticas da adubação (orgânica ou mineral) e o adensamento dos cultivos agrícolas,
principalmente, nas pequenas propriedades, visando à melhor utilização do recurso solo.
Devido às limitações de fertilidade natural, a adubação se torna indispensável
para aumentar o fornecimento de nutrientes e promover o estabelecimento ou
manutenção de espécies introduzidas. Porém, para o cultivo dessa espécie em algumas
regiões do semi-árido paraibano, a exemplo da Depressão Sertaneja, ainda se faz
necessário o conhecimento e emprego de técnicas adequadas, tais como espaçamento e
adubação adequados, que favoreçam o crescimento e a produção, possivelmente, em
função das características da região, a exemplo do clima, altitude e tipo de solo.
Neste contexto, este estudo objetivou realizar a caracterização morfométrica e
estimativa da produção de Opuntia ficus-indica Mill., sob diferentes arranjos
populacionais e doses de fósforo em área representativa do semi-árido da Paraíba.
2 REVISÃO DE LITERARURA
2.1 Origem e introdução da palma forrageira no Brasil
A origem da palma dos gêneros Opuntia e Nopalea é o continente americano. O
gênero Opuntia tem o México como seu centro de origem, devido o grande número de
espécies presentes em seu território (FLORES, 1994). Apesar das controvérsias entre
pesquisadores acerca da introdução da palma forrageira no Brasil (Araújo Filho, 2000),
acredita-se que a esta se deu através dos portugueses, na época da colonização, e que
inicialmente foi utilizada para produção de corantes naturais “carmim”, vindo a ser
explorada como forragem por volta de 1915 (PESSOA, 1967).
O mais remoto registro sobre cactáceas como forrageira, na literatura
especializada do Brasil, data de 1893, em publicação de J. Barbosa Rodrigues intitulada
Hortus Fluminensis ou Breves Notícias sobre as Plantas Cultivadas no Jardim Botânico
do Rio de Janeiro. O autor comenta, ainda, que a disseminação da palma forrageira em
Pernambuco teve como fator decisivo um decreto do interventor pernambucano,
mandando conferir prêmios aos plantadores de palma que obedecessem a certos
requisitos estabelecidos, tais como: espaçamento, alinhamento, ausência de falhas, bom
desenvolvimento e tratos culturais (DOMINGUES, 1963).
A introdução da palma forrageira no Nordeste brasileiro, segundo Chagas (1976)
deve-se ao sueco Herman Lundgren, por volta de 1877, opinião compartilhada por
vários pesquisadores (VIANA, 1969; ANDRADE, 1990; SANTOS, 1992). Já para
Duque (1980), os primeiros esforços para disseminação da palma no semi-árido
nordestino, se deram por volta de 1930. Durante a seca de 1932, por iniciativa do
Ministério da Viação e Obras Públicas, foi o cultivo disseminado do Piauí à Bahia,
tratando-se do primeiro trabalho de difusão da cultura.
2.2 Características botânicas e morfológicas da palma forrageira
As cactáceas geralmente possuem espinhos como mecanismo de defesa e
diversas espécies de Opuntia, a exemplo, apresentam aréolas que são botões
meristemáticos de onde emergem estruturas como espinhos de diversos tamanhos e
formas, flores, frutos, novos artículos (segmentos do sistema caulinar articulado) e
gloquídios (minúsculos espinhos decíduos) comentário de (SCHEINVAR, 1985).
A palma forrageira pertence ao reino vegetal; subreino Embriophyta; divisão
Spermatophyta; subdivisão Angiospermae; classe Liliateae; família Cactaceae;
subfamília Opuntioideae; tribo Opuntiae; gênero Opuntia; subgêneros Opuntia e
Nopalea o que é citado pelos pesquisadores (BRAVO, 1978; SILVA e SANTOS, 2006).
Essa forrageira apresenta caule suculento, com casca verde e falta de folhas
copadas. O órgão tipo caule, conhecido como cladódio é tipicamente oblonga a
espatulada-oblonga, com 30 a 40 cm de comprimento e, algumas vezes, maiores de 70 a
80 cm e 18 a 25 cm de largura (HILLS, 2001).
2.3 Características climáticas do semi-árido brasileiro
O clima da região semi-árida é seco, com temperaturas que variam de 23 a 37 ºC
apresentando forte insolação (2.800h luz ano) apresentando evaporação média de 2.800
mm anuais e umidade relativa do ar em torno de 50%, resultando num balanço hídrico
negativo (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2005).
A cobertura vegetal predominante é a de caatinga, constituída por plantas
efêmeras, suculentas ou carnosas e lenhosas, geralmente, tolerantes a longos períodos de
estiagem (CHIACCHIO et al., 2006). È um ambiente próprio a estas plantas como a
palma forrageira, espécie de alto valor energético, rica em água e sais minerais com
participação de 40% de matéria seca na dieta de bovinos (SANTOS et al., 1997).
As precipitações médias anuais variam de 300 e 800 mm, podendo atingir 1.000
mm, além disso, as chuvas são concentradas em um período de 2 a 4 meses do ano, o
que provoca estresse hídrico de 6 a 9 meses do ano (MENEZES e SAMPAIO, 2000).
Neste contexto, a água é um elemento limitante do semi-árido (SAMPAIO e
MENEZES, 2002) o que vem justificar o cultivo da palma forrageira, na região.
De acordo com Alves et al. (2007), qualquer espécie vegetal que possa ser
utilizada como forragem e que apresente elevada capacidade de produzir biomassa, nas
condições de baixa disponibilidade hídrica e de fertilidade dos solos do semi-árido,
pode ser de grande valia para a pecuária da região.
2.4 Adaptação ecológica da palma forrageira
Uma característica fundamental das plantas pertencentes ao grupo denominado
de Metabolismo Ácido das Crassuláceas (MAC), representando 6% das espécies
existentes, é a sua suculência, e que na palma se manifesta de diversas formas: em nível
morfológico, por suas “raquetes” grossas e em nível anatômico, por seus grandes
vacúolos cheios de água, nas células fotossintéticas e as diversas células armazenadoras
de água. A suculência é uma característica diretamente relacionada com a capacidade de
conservar água. A chave para conservação da água na palma está no número reduzido
de estômatos e na abertura noturna dos mesmos, resultando que a maior parte desta água
se perca durante a noite quando as temperaturas são mais amenas e a umidade relativa
do ar é mais alta. Desse modo, as plantas MAC trocam CO2 com a atmosfera num
horário em que as plantas C3 e C4 estão com os estômatos fechados. Essas
características são importantes do ponto de vista ambiental, podendo ser usadas para
reduzir os danos causados ao ambiente pelo efeito estufa, resultante do aumento da
concentração de CO2 e outros gases na atmosfera (NOBEL, 2001).
Em secas prolongadas, não é as cactáceas e as bromeliáceas que morrem, mas
sim os arbustos, em grande escala, e as árvores, em menor escala (ALBUQUERQUE,
2001). Em razão das incertezas climáticas e do fenômeno das secas periódicas no
Nordeste do Brasil, Oliveira (1996) relatou que as cactáceas, graças às suas
características fisiológicas de economia no uso da água, representam uma fonte de
suprimento de água e uma alternativa de alimento para os rebanhos do semi-árido.
A palma constitui o exemplo mais perfeito de máxima eficiência de adaptação e
aproveitamento de água e energia em ambientes de seca, além de servir como
reservatório de água por seu metabolismo durante os períodos de escassez hídrica
(HILLS, 1982).
A palma tem se destacado pela eficiência de uso da água, uma vez que estudos
têm constatado que a proporção de utilização deste líquido é de aproximadamente 50:1,
ou seja, 50 kg de água para cada quilograma MS produzida, enquanto as plantas C
3
e C
4
apresentam eficiências por volta de 1000:1 e 500:1, respectivamente. Estas relações são
valores médios e as eficiências no uso da água podem ser muito variáveis, dependendo
das condições locais (SAMPAIO, 2005).
A eficiência do uso de água é a relação entre a captação atmosférica de CO2 e a
perda diária de água, que é uma medida da quantidade de água para produzir produtos
fotossintéticos e, portanto, biomassa vegetal ( NOBEL, 2001). Em condições irrigadas,
essa eficiência é quase três vezes maior na O. fícus-indica ( Cactáceas) do que nas
plantas representativas C4 (Gramíneas) e cerca de cinco vezes maior do que nas plantas
C3 (Leguminosas), o que se deve à quantidade relativa de transpiração diária e cujos
valores são
;
100 – 150; 250 – 359 e 700 – 800 kg H
2
O kg
-1
MS, respectivamente,
(LARCHER, 1986).
As plantas de metabolismo fotossintético MAC, segundo Fisher e Tuner (1978),
têm uma eficiência de uso de água até 11vezes maior do que as plantas de metabolismo
C3 (leguminosas e gramíneas de clima temperado). Estes autores afirmam que a
eficiência de uso de água é de 617, 300 e 50 kg H
2
O kg
-1
MS para as plantas que têm
metabolismo fisiológico C3, C4 e MAC, respectivamente.
A palma forrageira, ao lado dos atributos de resistência a estiagens prolongadas,
pode fornecer energia, água e vitamina A, garantindo o suprimento de alimentos de
extrema importância para a manutenção dos rebanhos e contribuindo para minimizar a
necessidade de água dos animais nos períodos de seca, devido seu alto teor de umidade
(FELKER, 2001).
A variação no teor de água da palma segundo Santos et al. (2005) está de acordo
com a época do ano, entre 76%, em plena estiagem, e 95%, no período das chuvas.
Sendo assim, é comum observar-se no campo a aparência dos cladódios da palma,
murchos no período de plena estiagem e bastantes suculentos no período chuvoso.
As palmas não toleram umidade excessiva e em solos profundos apresentam boa
capacidade de extração de água do solo, sendo constituídas por cerca de 90 a 93% de
umidade (PUPO, 1979).
2.5 Condições de cultivo da palma forrageira
2.5.1 Condições edafoclimáticas e espécies cultivadas
As Opuntias são nativas de diversos ambientes, indo desde abaixo do nível do
mar nos desertos da Califórnia até 4.700 m de altitude em regiões montanhosas do Peru;
de regiões tropicais do México com temperaturas acima de 5 ºC, até regiões do Canadá
onde as temperaturas no inverno atingem -40 ºC. Essa diversidade ecológica sugere que
há uma grande variabilidade do gênero, que tem mais de 170 espécies sendo o segundo
em quantidade dentro da família (NOBEL, 2001).
No mundo, já foram descritas cerca de 300 espécies de cactáceas pertencentes ao
gênero Opuntia, distribuídas desde o Canadá até a Argentina. Entre as espécies
selvagens e cultivadas mais utilizadas, 12 espécies pertencem a Opuntia e uma a
Nopalea (SCHEINVAR, 2001; REINOLDS e ARIAS, 2007).
No Nordeste brasileiro predominam três cultivares de palma forrageira, das
quais dois pertencem à Opuntia fícus-indica Mill, vulgarmente conhecidas como
redonda ou orelha-de-onça e gigante, graúda ou azeda e uma pertencente à Nopalea
cochenillifera, denominada de miúda, língua-de-vaca ou doce (MAIA NETO, 2000).
Experimentos de campo têm evidenciado maior exigência em precipitação
pluvial na N. cochenillifera quando comparada com a O. ficus-indica, sendo o cultivo
da primeira geralmente recomendado para regiões com precipitações maiores de 600
mm ano
-1
, enquanto a segunda se desenvolve bem em regiões com precipitações em
torno de 400 mm ano
-1
. Assim, regiões com baixas precipitações associadas à baixa
altitude e elevadas temperaturas noturnas, são limitantes para o desenvolvimento desta
cultura, como é o caso de algumas áreas do Rio Grande do Norte e Ceará (FARIAS et
al., 2005).
Para os cultivares plantados no Nordeste, Viana (1969) afirma que o bom
rendimento para a cultura está climaticamente relacionado a áreas com índices
pluviométricos de 400 a 800 mm anuais, umidade relativa acima de 40% e temperaturas
entre 18 e 38
o
C.
Estudando 49 entradas de clones de palma, oriundas de vários países, Russel e
Felker (1987), verificaram que as cultivares brasileiras “Gigante”, “Redonda” e
“Miúda” não toleram baixas temperaturas, porém outras culltivares da Àfrica do Sul,
como Fisicaules, Chico, Monterey e Robusta, foram tolerantes à temperatura mínima de
9 ºC negativos. A captação atmosférica diária de CO
2
ocorre quando a temperatura do ar
dia/noite é de 25 ºC / 15 ºC e para as temperaturas 44 ºC / 34 ºC, esta se torna zero.
Tendo em vista que as temperaturas médias noturnas nos locais onde a palma forrageira
se desenvolve geralmente se situam acima de 5 ºC e abaixo de 20 ºC, com água do solo
disponível, a temperatura não é um fator limitante para a captação atmosférica de CO
2
(NOBEL, 2001).
No Agreste e Sertão de Pernambuco a palma forrageira é cultivada em diferentes
associações de classes de solos, com maior ocorrência das classes dos Podzólicos,
Litólicos, Planossolos e Solonetz Solodizados, onde a principal limitação é a presença
do horizonte superficial bastante duro, o que impede a penetração das raízes e da água,
podendo no período chuvoso, tornar as camadas superficiais excessivamente úmidas
(DATAMÉTRICA, 2004).
A palma é uma cultura de elevado potencial de produção e, para expressar esse
potencial necessita de adubação, controle de plantas invasoras e densidade adequada
de plantio, podendo a produção de MS, variar de 12 a 47 t a cada dois anos
(NASCIMENTO et al., 2002).
2.5.2 Plantio
Em um levantamento realizado no Agreste de Pernambuco, Chagas (1992)
observou que em propriedades de 5 a 50 hectares, a palma é cultivada em 32% da área,
afirmando existir no Nordeste do Brasil, aproximadamente 500 mil hectares, sendo 100
mil neste Estado.
Atualmente, a região Nordeste do Brasil possui uma área de 550.000 ha
ocupada com plantação de palma forrageira, principalmente nos Estados de Alagoas e
Pernambuco com maior área cultivada (ARAÚJO et al., 2005).
A palma forrageira é propagada por sementes, mudas, enxertia e estaquia
(KRULIK, 1980). A reprodução por sementes resulta em segregação genética, longa
fase juvenil, diminuição na velocidade de crescimento das plantas e baixo potencial de
germinação (MONDRAGON-JACOBO e PIMIENTA-BARRIOS, 1995; LLAMOCA-
ZARATE et al., 1999).
O tamanho do cladódio na seleção do material de plantio é um dos pontos mais
importantes, pois afeta o número e o tamanho das brotações no primeiro ano de
crescimento da palma (FARIAS et al., 2005).
A palma pode ser propagada por cladódio inteiro ou metade deste, em corte
transversal ou longitudinal; contudo, a aquisição e o transporte de mudas, mesmo
fracionadas, se tornam um problema, principalmente quando o plantio é realizado em
locais distantes da produção da palma semente. A fonte de material vegetativo para
implantação da palma constitui as plantações comerciais, apesar de apresentar
desvantagens de disseminação de doenças e falta de certificação genética
(VASCONCELOS et al., 2007).
Os cladódios com dois a três anos de idade, segundo Tápia (1983) e Farias et al.
(2005), são os mais recomendados por emitirem brotações mais vigorosas. Por ocasião
do plantio, faz-se necessário deixá-los à sombra por pelo menos sete dias para que
ocorra a cicatrização dos ferimentos decorridos no corte. Mondragon-Jacobo e
Pimienta-Barrios (1995) recomendam um período de quatro a seis semanas de repouso
ou imegir o material de plantio em calda bordaleza ou em solução de thiabendazol a
60%, reduzindo, assim, a proliferação de patógenos.
A posição do cladódio não exerce efeito sobre a produção, seja ela plantada de
forma inclinada ou vertical, segundo Mafra et al. (1974), e afirmam que a escolha da
posição do cladódio para plantio dependerá das facilidades e dos custos envolvidos.
Concluíram, ainda, que o plantio de um cladódio por cova seria o mais indicado. Já
Bezerra et al. (2007) comentam que a posição dos cladódios é influenciada pelo sentido
de plantio, sendo determinada pelo sentido do sol, ocorrendo também uma relação com
a qualidade do solo e o adensamento do plantio.
Nas condições de semi-árido de Pernambuco devem-se obedecer as curvas de
nível para efeito do controle da erosão, sendo as faces dos cladódios voltados para a
maior inclinação do solo, resultando que durante o crescimento, as novas brotações irão
ocupar diferentes posições na planta, minimizando o efeito da posição na interceptação
da luz. O plantio dos cladódios deve ser realizado no terço final do período seco, pois
com o inicio das chuvas, a cultura já estará implantada, evitando, assim, o
apodrecimento dos artículos, raquetes ou cladódios. Se plantados no período das
chuvas, a ocorrência da alta umidade e temperatura favorece a formação de ambiente
propício para o desenvolvimento de fungos e bactérias, havendo o apodrecimento do
material do plantio (INGLESE, 1995).
Segundo recomendações de Mendes et al. (1986) para áreas secas, deve-se
realizar o plantio nos meses de outubro a dezembro. Em Alagoas, é comum o plantio
nos meses de janeiro e fevereiro, após as trovoadas, aproveitando-se a umidade do solo
após as chuvas de verão e ao final do período chuvoso, notadamente nos meses de
setembro e outubro.
2.5.3 Adubação
O nível de adubação é fator determinante na produção de matéria verde,
principalmente, quando se trata de plantio adensado de palma. Considerando que os
teores de elementos minerais encontrados na MS de palma forrageira obtidos por Santos
et al. (1990) foram de 0,90; 0,16; 2,58 e 2,35% para nitrogênio, fósforo, potássio e
cálcio e supondo-se uma produção de 10 t de MS ha ano
-1
, estima-se que as
quantidades exportadas desses nutrientes, seriam de 90, 16, 258 e 235 kg ha
-1
ano
-1
,
respectivamente.
A adubação orgânica tem sido a mais utilizada, com esterco de aves e caprinos,
sendo usual a quantidade de 10 a 20 t ha¹ de esterco bovino por ter maior
disponibilidade, na época do plantio e após cada colheita, dependendo do espaçamento,
próximo ao início da estação chuvosa (SANTOS et al., 1997).
De maneira geral, os solos do semi-árido não apresentam deficiências
generalizadas de N, P, K e Ca. Dentre esses nutrientes, estudos demonstraram que o P
foi o único elemento, que não apresentou déficit no solo em relação às entradas e saídas
do sistema adubação/exportação. Tal fato é explicado pelo baixo teor de P na matéria
seca da palma (DOUBEUX e SANTOS, 2005). Entretanto, com a sucessão de várias
colheitas, é possível que a deficiência desses nutrientes venha a tornar-se cada vez mais
freqüente nas áreas de cultivo desta planta.
Induzindo deficiências de nutrientes na palma forrageira cultivada em solução
nutritiva, Baca Castillo (1988) concluiu que os nutrientes P, N, K, B, Fe e Mn, em
ordem decrescente de importância, foram os elementos que provocaram maior redução
na velocidade de crescimento da palma, quando se encontravam em níveis baixos.
A palma forrageira Opuntia ficus-indica segundo Nobel (2001) é pouco exigente
em fósforo. Lima et al. (1974) e Dubeux Jr. et al. (2006) encontraram baixas respostas
ao fósforo na produção da palma forrageira cv. Gigante e respostas positivas apenas
quando os teores de P disponível no solo eram inferiores a 10 mg dm
-3
.
Estudando os efeitos do fósforo e potássio sobre o desempenho da palma
forrageira clone IPA-20, cultivada em solo de Caruaru, PE, Teles et al. (2000)
constataram efeito quadrático de fósforo e potássio para a variável número total de
cladódios e apenas de fósforo para espessura dos cladódios. Os efeitos desses mesmos
nutrientes sobre o crescimento desta variedade foram estudados em solo de Arcoverde,
PE, porém, não se encontraram efeitos significativos para as variáveis perímetro médio
e número total de cladódios; Já a produção de matéria verde total e o teor de matéria
seca foram influenciados apenas pela adubação potássica (ARAÚJO FILHO, 2000).
Também Cavalcanti Filho et al. (2000), trabalhando com solo oriundo de São Bento do
Una, PE, verificaram os mesmos resultados obtidos por Araújo Filho (2000), quanto ao
número total de cladódios/planta em suas dimensões de perímetro, largura e
comprimento.
Os efeito das adubações, nitrogenada e fosfatada associadas a dois espaçamentos
de plantio, sobre o rendimento da palma forrageira clones IPA-20 e Miúda foram
avaliados por Dubeux Jr. et al. (2000) e concluíram que o número de brotações por
planta foi superior no espaçamento 2,0 x 1,0 m, quando comparados ao espaçamento de
1,00 x 0,25 m, para as duas espécies de palma avaliadas. Houve efeito linear positivo do
fósforo apenas no espaçamento 2,0 x 1,0 m sobre o número de brotações por planta do
clone IPA-20.
No Agreste e Sertão pernambucanos, em experimento com diferentes
espaçamentos e níveis de adubação foi constatada a influência da população de plantas
na produtividade em várias localidades. A produção de matéria seca variou de 6 a 17 kg
ha
-1
na densidade de 5.000 plantas e de 17,8 para 33,7 kg ha
-1
em 40.000 plantas ha
-1
.
Ocorreu interação entre fertilizações nitrogenada e fosfatada e população de plantas. Foi
observada uma maior produtividade no plantio adensado, pois, segundo Dubeux Jr. et
al. (2006), para se alcançar alta produtividade é preciso grande população de plantas.
2.5.4 Espaçamento
O espaçamento está diretamente associado à interceptação da luz, com maior
eficiência em densidades de plantio mais alta. Atualmente a tendência entre os
agricultores mais receptíveis à tecnologia é a adoção do espaçamento mais adensado,
como o de 1,20 m x 0,20 m. Com esse arranjo espacial há uma maior demanda em
termo de adubação e capinas (FARIAS et al., 2005).
A palma apresenta um baixo índice de área de cladódio, o que pode limitar o
crescimento e favorecer a incidência do mato. Esse baixo índice pode ser atenuado por
uma maior densidade de plantas ou por colheitas menos freqüentes, com a conservação
de maior número de cladódios (FARIAS et al., 2000). Sampaio (2005) considerou os
dois lados dos cladódios para o cálculo da sua área.
Com a utilização de espaçamentos mais adensados pode-se alcançar maiores
produções, porém, os custos de estabelecimento do palmal são maiores e os tratos
culturais ficam mais difíceis e não permitem consorciação com outras culturas. O
emprego de espaçamentos em filas duplas pode permitir a utilização de consórcio
durante toda a vida útil do palmal, favorecendo a produção de grãos e restolhos de
culturas para o produtor que optar por esse sistema, além de possibilitar um melhor
emprego de mecanização no controle de ervas daninhas facilita a colheita e transporte;
contribuir para reduzir os riscos de incêndio no palmal e controlar a erosão (FARIAS et
al., 2000).
No caso do plantio em espaçamento adensado (1,0 m x 0,25 m) são necessários
40.000 cladódios para se implantar um hectare com a cultura. Este número elevado de
cladódios inviabiliza ou atrasa a operação, muitas vezes, em virtude da dificuldade em
disponibilizar material de plantio suficiente para os produtores interessados. No entanto,
o sistema convencional de propagação da palma é lento, dificultando também o
lançamento de novos cultivares (VASCONCELOS et al., 2007).
Essas plantas têm uma tendência de reduzir o tamanho dos cladódios devido ao
incremento na densidade, como uma resposta na diminuição de sua taxa de assimilação
(VERHAGEN et al., 1963). Barrientos e Flores (1969) confirmam que, à medida que
aumenta a densidade de plantação de palma, o tamanho e o peso dos cladódios
diminuem, e em geral, essa diminuição no peso dos cladódios é maior em altos níveis de
população.
Em trabalho realizado na região do Cariri Ocidental paraibano, Medeiros et al.
(1997) observaram os efeitos do espaçamento e da forma de plantio sobre a brotação da
palma forrageira e concluíram que o menor espaçamento (0,5 m x 0,5 m) tendeu a uma
maior brotação por hectare plantado, do que os outros espaçamentos (1,0 m x 1,0 m e
1,0 m x 0,5 m). Maia Neto (2000) cita que, no Sertão pernambucano, foi alcançado
rendimento médio da palma de 400 t ha
-1
ano
-1
, quando se adotou tecnologia mexicana
de produção, com adensamento de plantas e de 110 t ha
-1
ano
-1
com uma tecnologia
preconizada pela Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária (IPA).
O espaçamento de plantio da palma forrageira varia de acordo com a fertilidade
do solo, a quantidade de chuvas, finalidade de exploração e com o consórcio a ser
utilizado. Além desses aspectos, considerando que em espaçamento 2,0 m x 1,0 m tem-
se 5.000 plantas ha
-1
, enquanto no espaçamento 1,0 m x 0,25 m a quantidade de plantas
é oito vezes maior, ou seja, 40.000 plantas ha
-1
, sendo necessária, uma maior atenção
com as adubações (TELES et al., 2002).O cultivo de palma em espaçamento adensado
tem sido o mais utilizado recentemente, porém, os tratos culturais e a colheita são
dificultados, aumentando os custos com a mão-de-obra (TELES et al., 2004).
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização e caracterização da área
O experimento foi instalado numa área de 0,2 ha e conduzido em condições de
campo, no Núcleo de Pesquisa para o Semi-árido – NUPEÁRIDO, pertencente ao
Centro de Saúde e Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande -
UFCG, Campus de Patos, PB, com coordenadas geográficas de 07º05’10”LS de e
37º15’43” W, com altitude de 242 metros (Figura 1), no período, entre dezembro de
2006 e novembro de 2007.
Figura 1 Área do experimento (Nupeárido).
(NASCIMENTO, 2007).
De acordo com a classificação climática de Köppen, o clima da região é do tipo
semi-árido Bsh, com uma estação quente e seca de junho a dezembro e outra com
chuvas escassas no inverno de janeiro a maio, com precipitação anual média de 600
mm, distribuída irregularmente, com registro de temperatura média de 28 °C (MILLER,
1971; BRASIL, 1978).
As médias mensais de precipitação pluvial dos anos 2006 e 2007, obtidas no
posto de coleta de dados climatológicos da Estação Experimental da EMBRAPA
algodão, em Patos, PB, encontram-se na Tabela 2.
Tabela 2 Precipitação pluviométrica média mensal do município de Patos, PB, nos
anos de 2006 e 2007.
Indices Pluviométricos (mm)
ANO J F M A M J J A S O N D Total
2006
16,6 246,7 50,1 112,5 43,1 8,3 2,9 1,2 _ _ _ 94,8 594,2
2007
_ 168,8 244,1 202,4 128,8 23,4 0,2 _ _ 15,.3 1,3 83,2 867,5
Fonte: EMBRAPA algodão, Patos, PB (2007)
3.2 Relevo e tipo de solo
O local onde o estudo foi conduzido apresenta relevo plano e o solo coletado na
camada de 0-20 cm, em amostra composta, encaminhada para análises físicas e
químicas, no Laboratório de Solos da Escola Agrotécnica Federal de Souza (PB),
corresponde, segundo classificação da EMBRAPA (1999), a um LUVISSOLO
Planossólico, distrófico de textura arenosa.
Os dados referentes aos atributos químicos e físicos do solo estão descritos de
acordo com EMBRAPA (1997) e encontram-se relacionados na Tabela 3.
Tabela 3. Atributos químicos e físicos do solo sob cultivo de palma forrageira.
Análise química
Características Valor
pH (H
2
O)
P (mg dm
-3
)
K
+
(cmol
c
dm
-3
)
Ca
++
(cmol
c
dm
-3
)
Mg
++
(cmol
c
dm
-3
)
Na
+
(cmol
c
dm
-3
)
Al
+++
(cmol
c
dm
-3
)
CTC (cmol
c
dm
-3
)
MO (g kg
-1
)
V (%)
5,00
9,00
0,26
0,90
0,60
0,13
0,20
5,97
4,10
46,00
Análise granulométrica
Areia (g kg
-1
) 872
Silte (g kg
-1
) 27
Argila (g kg
-1
) 101
Classe textural arenosa
3.3 Preparo convencional da área experimental
Em dezembro de 2006, iniciaram-se os procedimentos de preparo convencional
da área, por meio de destoca e limpeza manual. Em seguida, com uso de trator de pneu,
foram efetuadas as operações de subsolagem com subsolador de três hastes a uma
profundidade de 0,50 m devido a presença de camada cimentada, seguida de gradagem
e sulcamento com sulcador de aiveca de duas linhas, com regulagem para 1,70 m entre
os sulcos e profundidade média de 0,30 m (Figuras 2 e 3 ).
Figura 2. Área experimental após subsolagem e gradagem
(NASCIMENTO, 2006).
Figura 3. Sulcos preparados para o plantio de palma forrageira
(NASCIMENTO, 2006).
3.4 Delineamento experimental
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com arranjo
fatorial 4 x 4, correspondendo a quatro espaçamentos (1,7 x 0,10; 1,7 x 0,15; 1,7 x 0,20
e 1,7 x 0,25 m) e quatro níveis de fósforo (100; 150
;
200 e 250 kg de P
2
O
5
ha
-1
), os
quais foram dispostos no campo, com três repetições.
O experimento foi instalado e distribuído em três blocos, cada um com 80 m de
comprimento, em cinco linhas espaçadas em 1,7 m. Os blocos foram divididos em 16
parcelas, num total de 48 parcelas, com área útil de 15,30 m
2
(5,10 m x 3,0 m), tendo
como bordaduras, a primeira e última linha, como também, 1,0 m no início e ao final de
cada parcela. O croqui da área experimental pode ser visualizado na Figura 4.
Área útil da parcela = 15,30 m
2
( 5,10 x 3,00 m) 5m
Figura 4. Croqui da área experimental, mostrando detalhes da parcela.
AP = Área da parcela
AT= Área total do experimento
3.5 Instalação e condução do experimento
O material vegetal utilizado no estudo foi a palma forrageira (Opuntia fícus-
indica Mill), obtido em plantio convencional, em condições satisfatórias de cultivo, tais
como: bom tamanho e livre de pragas e doenças. Após o corte no campo, o material foi
colocado em repouso, à sombra, por um período de quinze dias, para cicatrização, por
efeito do corte e estresse do transporte.
PARCELA
Logo após o preparo da área, foi efetuada adubação orgânica, com 30 t ha
-1
de
esterco bovino, de acordo com Dubeux Jr. et al. (2000) e Santos et al. (2005) e em
seguida, a fertilização fosfatada, aplicada de acordo com os tratamentos pré-
estabelecidos, utilizando-se superfosfato simples.
O plantio foi efetuado com os cladódios colocados seguidos dentro dos sulcos,
enterrados dois terços na base, para garantir a firmeza, na posição vertical (Figura 5),
com as faces no sentido leste/oeste, espaçados de acordo com os tratamentos testados.
Figura 5. Plantio de Opuntia fícus-indica Mill.
(NASCIMENTO, 2007).
Com o surgimento dos primeiros brotos, foi efetuada para todos os tratamentos,
uma adubação nitrogenada na dose de 220 kg ha
-1
de uréia, no período das chuvas,
parceladas em três aplicações, com intervalos de 20 dias, de acordo com Santos et al.
(1998).
Depois de estabelecido o palmal, foram realizados tratos culturais de capinas e
fitossanitários, com pulverização de herbicida, para manter a cultura sempre livre de
plantas invasoras, bem como de pragas e doenças.
3.6 Determinação dos parâmetros de crescimento da palma forrageira
Foram realizadas observações dos parâmetros de crescimento da palma, sendo
verificados os aspectos morfométricos (número de aréolas por cladódio, número de
cladódios por planta, comprimento, largura, perímetro e espessura dos cladódios). Estas
avaliações ocorreram a cada 30 dias, iniciando aos 90 dias após o plantio, a partir da
identificação ao acaso, com etiqueta, de seis plantas de cada parcela útil, num total de
288 plantas avaliadas, terminando aos 330 dias após o plantio (D. A. P.).
Para as medições das dimensões dos cladódios (Figura 6) utilizou-se fita
milimetrada, de acordo com Santos et al. (1998) e, para a espessura, utilizou-se um
paquímetro.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 6. Determinação dos parâmetros de crescimento da palma forrageira na área experimental:
(a) perímetro; (b) espessura; (c) comprimento e (d) largura de cladódios
(NASCIMENTO, 2007).
Para a contagem de aréolas do cladódio utilizou-se uma moldura de arame com
25 cm², colocada em uma das faces do cladódio (Figura 7).
Figura 7. Contagem de aréolas através da moldura de arame
(NASCIMENTO, 2007).
3.7 Parâmetros utilizados para estimativa da produção de palma forrageira, no campo
A estimativa de produção de biomassa da palma, no campo, foi determinada
segundo Menezes et al. (2005) e o peso médio dos cladódios foi estimado segundo Pinto
et al., (2002).
Peso Verde do Cladódio (g) = C (cm) x L (cm) x E (cm) x 0,535 (g cm
-3
), onde:
PMVC= Peso de matéria verde do cladódio em g;
C = Comprimento médio dos cladódios em cm;
L = Largura média dos cladódios em cm;
E = Espessura média dos cladódios em cm;
0,535 = fator resultante da multiplicação do fator de correção da área (0,883) pelo peso
específico corrigido (0,772 g cm
-3
), pelo valor de 3,14 e por ¼, provenientes do cálculo
da área da elipse, em g cm
-3
.
Finalmente, multiplicou-se o peso médio dos cladódios pelo número médio de
cladódios por planta e pela densidade de plantas por hectare, para obtenção da massa
verde de palma em gramas por hectare, a qual foi dividida por 1.000.000 para ser
expressa em toneladas por hectare.
3.8 Análises estatísticas
Inicialmente, foi realizada uma análise de variância para verificar a significância
dos fatores (espaçamento, dose de fósforo e a interação entre estes), sendo avaliados
pelo teste F, ao nível de 5% de probabilidade. As variáveis, número de aréolas e de
brotos por cladódios, foram previamente transformadas em
)1( +x
. A comparação
entre médias de espaçamento foi realizada pelo teste de Tukey a 1% e 5% de
probabilidade. Quando se verificou efeito significativo para níveis de adubação,
utilizou-se regressão polinomial, evidenciando-se os efeitos linear, quadrático e cúbico.
As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do Programa SAS (SAS
INSTITUTE, 2002).
O modelo matemático utilizado para análise estatística foi:
Y
ijk
= variável dependente;
Y
ijke
= µ+ Bi + Ej + A
ijk
+ (E . A)jk
+ eijk, em que:
µ = média geral;
Bi = efeito do bloco i; i(i = 1, 2, 3);
Ej = efeito do espaçamento j, j(j = 1= 0,10; 2 = 0,15; 3 = 0,20; 4 = 0,25);
A
ijk
= efeito das doses de adubos k, k(k = 1 = 100; 2 = 150; 3 = 200; 4 = 250);
(E . A)jk = efeito da interação entre espaçamento e níveis de adubação;
eijk = erro aleatório associado a cada observação, pressuposto NID (0, δ
2
);
Quando se verificou efeito significativo de doses de adubação, o modelo
matemático usado foi o seguinte:
Y
ijk
= µ + Bi + Ej + b
1
( A
ijk
A
) + b
2
(A
ijk
A
)
2
+ b
3
(A
ijk
A
)
3
+ eijk, em que:
A
= média das doses de adubação;
b
1
, b
2
, b
3
= coeficientes de regressão linear, quadrático e cúbico, de Y
ijk,
em
função das doses de adubos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Número de aréolas por cladódio
Os resultados obtidos referentes à análise de variância, em relação ao número de
aréolas por cladódios são apresentados na Tabela 3, cuja significância verificada pelo
teste F, indica que não houve efeitos significativos do espaçamento e da adubação
fosfatada sobre o número de aréolas por cladódio. Houve efeito significativo para
interação (espaçamento x adubação fosfatada) nas fases de crescimento correspondentes
a 120, 180, 270 e 330 D.A.P.
Tabela 3. Análise de variância (quadrados médios e significância) do número de aréolas
por cladódio, dos 120 aos 330 D. A. P. da palma forrageira.
Fontes de variação GL Quadrados Médios
120 150 180 210 240 270 300 330
Blocos 2 0,0427 0,0105 0,0154 0,0036 0,0046 0,0253* 0,0133* 0,0049
Espaçamento (E) 3 0,0465 0,0063 0,0239 0,0026 0,0039 0,0032 0,0003 0,0014
Adubação (A) 3 0,0236 0,0004 0,0059 0,0006 0,0009 0,0015 0,0026 0,0028
E x A 9 0,0548* 0,0133 0,0225* 0,0016 0,0094 0,0189* 0,0045 0,0066*
Resíduo 30 0,0182 0,0063 0,0088 0,0029 0,0051 0,0077 0,0033 0,0029
CV(%) - 5,38 3,46 4,13 2,42 3,10 3,77 2,54 2,33
(*) Significativo a 5% de probabilidade, pelo teste F.
Os dados relacionados na Tabela 4 referem-se às médias obtidas para número de
aréolas por cladódio em função da interação, onde se verificou que aos 330 D.A.P. da
planta estes valores permaneceram estáveis, com uma variação de 4,00 a 4,75 aréolas
por cladódio.
Tabela 4. Valores médios de número de aréolas por cladódio aos 330 D.A.P. de palma
forrageira, em função da interação entre espaçamento e adubação
* Adubação; ** Espaçamento
Em trabalho desenvolvido no México, em 17 localidades, Reyes-Aguero et al.
(2005), observaram que, nos 180 D. A. P., em cladódios de Opuntia fícus-indica o
número de aréolas variou de 8 a 14, para cada 100 cm
2
, o que correspondeu ao valor
de 2 a 3,5 aréolas numa área de 25 cm
2
,
ou seja
, quatro vezes menor. Constatou-se que
estes valores são similares aos encontrados no presente estudo e que, a variação entre
um número maior e menor de aréolas nas sucessivas épocas (D. A. P.), dentro da área
estimada, teve influência do murchamento dos cladódios no período seco, por isso,
número maior de aréolas em fase mais avançada, ou seja, relacionado ao efeito
murcha/turgidez na planta.
4.2 Número de cladódios por planta
Pelos resultados da análise de variância apresentados na Tabela 5, observa-se
que não houve influência do espaçamento sobre o número de cladódio por planta.
Provavelmente, a não influência do espaçamento sobre o número de cladódios esteja
relacionada à pequena amplitude dos espaçamentos estudados. Verificou-se efeito
Fatores D. A. P.
A* (kg ha
-1
) E**(m) 120 150 180 210 240 270 300 330
100 1,7 x 0,10 4,83 4,22 3,72 3,83 4,16 4,59 4,10 4,20
1,7 x 0,15 4,67 4,05 3,87 3,94 4,17 4,10 4,17 4,10
1,7 x 0,20 5,27 4,50 4,83 3,94 4,50 4,49 4,38 4,75
1,7 x 0,25 5,05 4,27 4,28 3,94 4,49 4,32 4,00 4,33
150 1,7 x 0,10 6,66 4,72 4,07 3,94 4,54 4,49 4,40 4,37
1,7 x 0,15 4,44 3,89 3,83 3,77 4,05 4,20 4,10 4,10
1,7 x 0,20 4,50 3,94 3,94 3,89 4,00 4,05 4,00 4,10
1,7 x 0,25 5,89 4,78 4,33 4,00 4,44 4,10 4,50 4,30
200 1,7 x 0,10 5,55 4,44 3,89 3,83 4,05 4,11 4,05 4,37
1,7 x 0,15 5,66 4,27 4,44 4,05 4,61 4,65 4,20 4,30
1,7 x 0,20 5,94 4,50 4,44 4,11 4,33 4,67 4,10 4,15
1,7 x 0,25 4,66 3,94 3,72 3,89 4,10 3,99 4,00 4,00
250 1,7 x 0,10 5,61 4,16 3,89 3,78 4,04 4,17 4,05 4,10
1,7 x 0,15 4,94 4,33 4,22 3,94 4,48 4,43 4,10 4,33
1,7 x 0,20 5,05 4,27 4,07 3,94 4,27 4,77 4,10 4,45
1,7 x 0,25 6,00 4,33 5,00 4,11 4,55 4,43 4,28 4,48
significativo para adubação fosfatada aos níveis de 1% e 5% de probabilidade, pelo
teste f.
Tabela 5. Análise de variância (quadrados médios e significância) do número de
cladódio por planta, dos 120 aos 330 D. A. P. da palma forrageira
F V GL Quadrados Médios
120 150 180 210 240 270 300 330
Blocos 2 0,1320* 0,0278 1,0934* 0,2022 0,3261 0,2082* 0,7393** 0,0769
E 3 0,0127 0,0427 0,0888 0,0703 0,1252 0,1352 0,2291 0,1728
A 3 0,0165 0,0955* 0,2744** 0,5531** 0,2707** 0,5697** 0,3326* 0,9518**
Linear 1 0,0494 0,1493 0,7130** 1,5031** 0,7101* 1,5488** 0,9589** 2,5803**
Quadrático 1 0,0000 0,0003 0,0040 0,0188 0,0231 0,0076 0,0007 0,0375
Cúbico 1 0,0000 0,1367* 0,1059 0,1374 0,0786 0,1525 0,0380 0,2374
E x A 9 0,0330 0,0477 0,1446* 0,2295 0,1484 0,2102** 0,2229 0,2704
Resíduo 30 0,0339 0,0282 0,0682 0,0832 0,1096 0,0531 0,1068 0,1489
CV(%) - 9,30 7,98 10,26 10,25 11,40 7,83 10,25 11,01
(*) e (**) Significativo a 1% e 5% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F.
Estes resultados divergem dos obtidos por Medeiros et al. (1997), e Dubeux Jr.
et al. (2000), que verificaram influência do espaçamento, com redução no número de
cladódios por planta, no plantio mais adensado de palma forrageira. Logo, está de
acordo com Teles et al. (2000), que trabalhando com solo da Estação Experimental de
Caruaru – PE, para número total de cladódios por planta, aos 270 D. A. P., obteve efeito
significativo de P entre os tratamentos estudados.
Na Tabela 6 encontram-se as médias do número de cladódios por planta, não se
evidenciando efeito significativo, atingindo aos 330 D. A. P. uma média de 11,50
cladódios por planta. Portanto, no espaçamento 1,7 m x 0,15 m obteve-se os melhores
resultados.
.
Tabela 6. Médias do número de cladódios por planta aos 330 D. A. P. da palma
forrageira, segundo os fatores estudados
Fatores D.A.P.
120 150 180 210 240 270 300 330
Eepaçamento (m)
1,7 x 0,10 2,77 A 3,32 A 5,16 A 7,18 A 7,73 A 7,80 A 9,12 A 11,92 A
1,7 x 0,15 3,06 A 3,86 A 6,13 A 7,37 A 8,29 A 8,58 A 10,65 A 12,41 A
1,7 x 0,20 2,94 A 3,36 A 5,35 A 6,45 A 6,90 A 7,10 A 8,60 A 10,46 A
1,7 x 0,25 3,04 A 3,37 A 5,81 A 7,22 A 7,35 A 7,68 A 9,02 A 11,23 A
Adubação (kg ha
-1
)
100 2,79 3,05 4,60 5,68 6,63 6,18 8,01 8,94
150 2,89 3,69 5,74 6,87 7,41 7,81 9,19 11,54
200 3,00 2,28 5,59 6,91 7,43 7,80 9,47 11,65
250 3,14 3,89 6,51 8,76 8,81 9,37 10,70 13,90
Média 2,29 3,48 5,61 7,06 4,57 7,79 9,34 11,50
DMS (espaçamentos) 0,81 0,78 1,50 1,79 2,12 1,43 2,19 2,91
Para o fator espaçamento, médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente
entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Influência de espaçamento na produção de cladódio por planta, na palma
forrageira também foi verificada por Farias et al. (2000) e Teles et al. (2002), em São
Bento do Una e Caruaru (PE) , respectivamente.
Já com referência ao fator adubação, verificou-se diferença significativa, com
efeito cúbico aos 150 D. A. P. Nesta fase, constatou-se uma tendência de acréscimo do
número de cladódios, a partir da dose de 200 kg ha
-1
de P
2
O
5
(Figura 8).
Figura 8. Efeito do fósforo sobre cladódio por planta aos 150 D. A. P.
Possivelmente, pode ter ocorrido alguma influência do meio, pois, após 180
D.A.P., evidenciou-se efeito linear significativo e positivo da adubação sobre o número
de cladódio (Figura 9), ou seja, à medida que se aumentou as doses de fósforo,
aumentou também proporcionalmente o número de cladódios, nas distintas fases de
crescimento da planta, entre 180 e 330 D.A.P .
Y = - 9,66 + 0,2447X - 0,001452X
2
+ 0,00000276X
3
R
2
= 0,9963
0,0
2,0
4,0
6,0
100 150 200 250
Doses de fósforo (kg ha
-1
)
N
úmero de cladódios
(a) (b)
(c) (d)
(e) (f)
Figura 9. Efeito do fósforo sobre o número de cladódios por planta a partir dos 180 D. A. P.:
(a). aos 180 D. A. P.; (b). aos 210 D. A. P.; (c). aos 240 D. A. P.; (d). aos 270 D. A. P.; (e). aos
300 D. A. P.; (f). aos 330 D. A. P.
Lima et al. (1974 ) verificaram aumentos lineares até a dose de 50 kg de P
2
O
5
ha
-1
, sendo que a partir deste, a produção tendeu a se estabilizar.
De modo geral, no período de 180 a 330 D. A. P., ocorreu um incremento médio
do número de cladódio de 0,0181 para cada incremento unitário (kg) de fósforo ao solo.
Y = 6,2610 + 0,02998X
R
2
= 0,9106
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
100 150 200
250
Doses de fósforo (kg ha
-1
)
N
úmero de cladódios
Y = 6,4200 + 0,0167X
R
2
= 0,9530
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
100 150 200 250
Doses de fósforo (kg ha
-1
)
N
úmero de cladódios
Y = 4,4440 + 0,019120
X
R
2
= 0,8980
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
100 150 200
250
Doses de fósforo (kg ha
-1
)
N
úmero de cladódios
Y = 5,2740 + 0,01312X
R
2
= 0,8724
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
100 150 200 250
Doses de fósforo (kg ha
-1
)
N
úmero de cladódios
Y = 3,8070 + 0,01856X
R
2
= 0,8873
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
100 150 200
250
Doses de fósforo (kg ha
-1
)
N
úmero de cladódios
Y= 3,6570 + 0,01116X
R
2
= 0,8427
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
100 150 200 250
Doses de fósforo (kg ha
-1
)
N
úmero de cladódios
Estes resultados indicam que os níveis de fósforo estudados foram insuficientes para se
analisar a sua eficiência sobre o número máximo de cladódios por planta.
O efeito do fósforo sobre o número total de cladódios também foi observado por
Teles et al.. et al. (2000), com o clone IPA-20 no espaçamento 2,0 m x 1,0 m, cultivada
após 360 D. A. P. em solo de Caruaru, PE. Porém, Araújo Filho e Cavalcanti Filho et al.
(2000) avaliando este mesmo clone em solo de Arco Verde e São Bento do Una, PE,
respectivamente, não constataram efeitos da adubação com fósforo sobre o número de
brotação. No entanto, Teles et al. (2002), trabalhando em solo proveniente de Caruaru
(PE), aos 270 D. A. P., observaram que quando o fósforo foi retirado de uma solução
de macronutrientes completa, houve redução do número total de cladódios, encontrando
valores médios de 4,0 cladódios por planta. Silva et al. (1998), encontraram 6,0 aos
240 D. A. P. Já Santos et al. (1992) encontraram em média 7,3 cladódios por planta,
também aos 270 D. A. P. e concluíram que o fósforo é fator limitante na produção da
palma forrageira.
Segundo Nobel (2001), a palma forrageira é pouco exigente em fósforo, mas
Dubeux et al. (2006) observaram efeito positivo da adubação fosfatada apenas nos
teores de P disponível no solo inferiores a 10 mg dm
-3
, o que está de acordo com os
resultados das análises de solo obtidas neste estudo.
Infere-se que a adubação é fator determinante de produção de matéria verde,
principalmente nos plantios adensados de palma, o que está de acordo com diversos
pesquisadores (SAMPAIO et al., 1995; DUBEUX Jr. et al., 2006).
Na discussão dos dados das seguintes tabelas, dar-se-á ênfase a época de 330
D.A.P. da palma, por ser esta a época na qual se poderia efetuar o primeiro corte, seja
para a produção de cladódios para plantio ou para a alimentação animal.
4.3 Comprimento de cladódio
Pelos resultados de comprimento de cladódios (Tabela 7) constataram-se
diferenças significativas para espaçamento nas épocas 210, 240, 300 e 330 D. A. P.
Tabela7. Análise de variância (quadrados médios e significância) de comprimento de
cladódios, dos 120 aos 330 D. A. P. de palma forrageira.
Fontes de variação GL Quadrados Médios
120 150 180 210 240 270 300 330
Blocos 2 6,0477 4,7014 1,3169 2,0262 1,7641 7,1537 6,8037 5,8946
E
3 2,4093 7,1195 6,5834 18,7565* 19,5249*
19,296
17,6986* 21,3140*
A 3 2,2112 3,5016 4,0650 3,1817 5,8693 4,5778 3,9056 13,5303
E x A 9 4,1032 5,8363 5,1549 5,5858 4,4523 5,9508 4,9470 9,1998
Resíduo 30 4,1483 3,4493 7,7825 6,1791 5,8743 8,8663 4,8553 7,2954
CV(%) - 10,10 7,90 11,28 10,07 10,23 11,90 9,05 10,81
( *) Significativo a 5% de probabilidade, pelo teste F.
Os efeitos da aplicação do fósforo e a interação espaçamento adubação foram
não significativos pelo teste F, concordando com os resultados obtidos por Araújo Filho
e Cavalcanti Filho et al. (2000), em estudos no Recife e São Bento do Una (PE),
respectivamente. Pessoa et al. ( 1999) e Teles et al. (2000), também obtiveram
resultados semelhantes .
Na Tabela 8 são visualizados os dados médios de comprimento de cladódios aos
330 D. A. P. da palma forrageira. Verificou-se que houve diferença significativa entre
as médias de espaçamento, pelo teste de Tukey, somente nas épocas referentes a 210,
240, 300 e 330 D. A. P. Nota-se que, embora não tenha havido diferença significativa,
verifica-se uma tendência de maior comprimento do cladódio no menor espaçamento
(1,7m x 0,10m) aos 120, 150, 180 e 270 D. A. P. e que aos 330 D. A. P. o valor médio
para esta variável foi de 24,99 cm.
Este resultado diverge do encontrado por García-
Hernandez et al. (2008), em experimento no México, no qual verificaram que com o
incremento da densidade de plantas houve uma redução do comprimento de cladódio.
Tabela 8. Valores de comprimento de cladódios aos 330 D. A. P. da palma forrageira,
segundo os fatores estudados.
Fatores D. A. P.
120 150 180 210 240 270 300 330
Espaçamento
(m)
* * * * * * * *
1,7 x 0,10 20,65 A 24,54 A 25,73 A 26,56 A 25,42 A 26,69 A 26,09 A 27,00 A
1,7 x 0,15 20,26 A 23,12 A 24,17 A 23,80 B 23,50AB 24,08 A 23,48 B 24,51AB
1,7 x 0,20 19,57 A 22,77 A 24,17 A 23,94AB 22,34 B 23,99 A 23,56 B 24,32AB
1,7 x 0,25 20,16 A 23,62 A 24,86 A 24,36AB 23,54AB 25,34 A 24,24AB 24,00 B
Adubação
(kg ha
-1
)
100 20,36 22,91 24,07 24,03 23,66 24,55 23,70 23,68
150 19,96 23,99 24,73 24,62 23,64 25,18 24,20 25,56
200 20,65 23,95 25,48 25,28 24,61 25,84 25,08 26,10
250 19,68 23,21 24,65 24,77 22,90 24,55 24,40 24,63
Média 20,16 23,51 24,73 24,68 23,70 25,02 24,34 24,99
DMS (Esp.) 2,26 2,06 3,10 2,76 2,69 3,30 2,45 3,00
Para o fator espaçamento, médias seguidas da mesma letra na coluna, não diferem significativamente
entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; * comprimento (cm).
E
xperimento realizado por Teles et al. (2002) em Caruarú (PE), a média geral
obtida foi de 29,11 cm aos 270 D. A. P., superior à obtida no presente trabalho, o que
pode estar associado à realização do estudo, em casa de vegetação, com um melhor
controle local na condução do experimento.
Em estudos realizados no campo nos município de São João do Carirí e Teixeira
(PB), Sales et al. (2006) e Silva Neto et al. (2008) alcançaram valores de 30,0cm aos e
29,81cm, aos 730 e 365 D. A. P., respectivamente, similares a média apresentada no
presente trabalho.
4.4 Largura de cladódios
De acordo com os resultados da análise de variância em relação à largura de
cladódios (Tabela 9), não houve diferença estatística significativa para espaçamento e
adubação fosfatada. Houve diferença estatística significativa para espaçamento e
interação entre os fatores, apenas aos 120 D. A. P., não se constatando nas demais
épocas avaliadas.
Tabela 9. Análise de variância (quadrados médios e significância) da largura dos
cladódios dos 120 aos 330 D. A. P. da palma forrageira.
F V GL Quadrados Médios
120 150 180 210 240 270 300 330
Blocos 2 0,7308 0,0871 1,8380 0,0757 0,4747 0,1351 0,6720 4,2265*
Espaçamento(E) 3 2,1974* 1,1002 1,3162 0,6486 0,6829 1,3569 1,8810 0,4940
Adubação(A) 3 0,09443 0,5740 1,6714 0,9796 2,5054 1,3477 0,4789 0,6386
E x A 9 1,7529* 0,7163 1,9120 1,6487 1,5736 1,4728 1,5559 1,7262
Resíduo 30 0,7220 1,1925 2,3390 1,3682 1,1907 1,9084 1,2913 1,2634
CV(%) - 6,87 7,63 10,12 7,7670 7,48 8,83 7,72 7,19
(*) Significativo a 5% de probabilidade, pelo teste F.
Os dados referentes à largura de cladódios são mostrados na Tabela 10.
Verificou-se que as médias não apresentaram diferença estatística significativa no
período de condução do experimento. Observa-se que aos 330 D. A. P. da palma
forrageira, esta variável atingiu o maior valor (15,85 cm) no espaçamento mais
adensado e cujo valor médio foi de 15,63 cm.
Tabela 10. Valores de largura do cladódio dos 120 aos 330 d.a.p. da palma forrageira,
segundo os fatores estudados.
Fatores D. A. P.
120 150 180 210 240 270 300 330
Espaçamento
(cm)
* * * * * * * *
1,7 x 10 12,20 AB 14,64 A 15,31 A 15,10 A 14,53 A 15,74 A 15,10 A 15,85 A
1,7 x 15 13,00 A 14,50 A 15,35 A 15,28 A 14,87 A 15,50 A 15,03 A 15,76 A
1,7 x 20 12,04 B 14,00 A 15,63 A 14,73 A 14,30 A 15,28 A 14,40 A 15,44 A
1,7 x 25 12,26 AB 14,11 A 15,14 A 15,13 A 14,66 A 16,07 A 14,37 A 15,48 A
Adubação
(kg ha
-1
)
100 12,68 14,28 15,17 14,91 14,56 15,88 14,70 15,45
150 12,02 14,02 14,66 14,75 14,42 15,16 14,49 15,43
200 12,30 14,50 15,56 15,40 15,23 15,70 14,98 15,90
250 12,50 14,45 14,04 15,18 14,15 15,85 14,72 15,75
Média 12,37 14,31 15,10 20,08 14,59 15,65 14,73 15,63
DMS (Esp.) 0,94 1,21 1,70 1,30 1,21 1,53 1,26 1,25
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente entre si, pelo teste de Tukey a
5% de probabilidade; * largura (cm).
Este resultado diverge do encontrado por García-Hernandez et al. (2008), em
experimento realizado no México, cujos valores maiores (5,70 cm) se apresentaram na
menor densidade de plantio (30.000 plantas ha
-1
), aos 180 D. A. P. Por outro lado, Silva
Neto et al. (2008), em experimento realizado em Teixeira (PB), encontraram resultados
com valores médios de 16,03 cm aos 360 D. A. P., semelhantes ao obtido neste estudo.
Os dados médios mostrados na Tabela 11, obtidos apartir das médias originais
de largura de cladódios em função da interação adubação fosfatada x espaçamento.
Verificou-se que aos 330 D. A. P. esses valores oscilaram entre 14,58 cm e 17,20 cm.
Tabela 11. Médias de largura de cladódios aos 330 D. A. P. da palma forrageira, em
função da interação entre espaçamento e adubação.
Fatores D. A. P.
A* (kg ha
-1
) E ** (m) 120 150 180 210 240 270 300 330
100 1,7 x 0,10 12,71 14,53 15,08 14,55 14,39 15,25 14,61 15,03
1,7 x 0,15 13,94 14,83 16,11 16,11 15,80 16,52 15,63 16,28
1,7 x 0,20 12,44 14,11 15,11 14,88 14,36 15,33 14,47 15,86
1,7 x 0,25 11,63 13,66 14,39 14,11 13,69 16,41 14,09 14,63
150 1,7 x 0,10 11,19 13,75 13,80 14,49 14,11 14,92 14,35 15,55
1,7 x 0,15 12,71 14,45 15,52 15,19 14,52 14,81 14,83 15,55
1,7 x 0,20 12,25 14,07 14,64 14,58 14,11 15,86 14,58 15,26
1,7 x 0,25 11,94 13,80 14,66 14,75 14,94 15,05 14,22 15,35
200 1,7 x 0,10 12,17 15,00 16,26 15,36 16,14 15,99 15,14 15,61
1,7 x0, 15 12,44 14,33 15,19 14,94 14,50 15,14 14,77 15,58
1,7 x 0,20 11,08 13,69 14,83 14,69 14,67 15,06 14,40 16,05
1,7 x 0,25 13,50 15,00 15,97 16,60 15,60 16,61 15,61 16,36
250 1,7 x 0,10 12,72 15,27 16,08 15,99 13,50 16,81 16,30 17,20
1,7 x 0,15 12,90 14,39 14,59 14,89 14,64 15,52 14,89 15,64
1,7 x 0,20 12,39 14,14 13,94 14,78 14,05 14,89 14,13 14,58
1,7 x 0,25 11,97 14,00 15,55 15,05 14,41 16,19 13,55 15,58
(*) Adubação, (**) Espaçamento
Em experimento realizado no município de Recife (PE), Araújo Filho (2000)
obteve um valor médio de 14,79 cm para este parâmetro, semelhante ao obtido neste
trabalho.
4.5 Perímetro de cladódios
Os resultados obtidos para perímetro de cladódio são apresentados na tabela 13.
Não houve diferença significativa para espaçamento, adubação fosfatada e interação nas
distintas épocas de crescimento da planta.
.
Tabela 13. Análise de variância (quadrados médios e significância) para perímetro de
cladódios, dos 120 aos 330 D. A. P. da palma forrageira.
F V G L Quadrados Médios
120 150 180 210 240 270 300 330
Blocos 2 32,5752 19,1756 33,2654 3,2561 21,3943 15,5409 10,1568 31,6143
E 3 22,5760 58,2618 53,7203 61,9033 50,5948 42,2925 24,6435 86,3363
A 3 3,3373 21,2492 14,0635 19,2020 11,0410 21,2755 22,9777 5,8117
E x A 9 23,7658 18,5261 26,6546 15,8264 18,5507 14,2333 28,2406 26,7884
Resíduo 30 14,9455 23,1992 26,6441 24,6754 25,4799 23,4853 28,9133 31,8106
CV(%) - 7,70 8,46 8,49 8,17 8,65 8,03 9,02 9,35
Não significativa, pelo teste F.
Estes resultados estão de acordo com os obtidos por Cavalcanti Filho e Araújo
Filho (2000), em solos de São Bento do Una e Arcoverde (PE), respectivamente, que
também não encontraram diferença significativa entre estes fatores.
4.6 Espessura de cladódios
Os resultados obtidos para espessura de cladódios são apresentados na Tabela
13. Para esta variável, constatou-se que os efeitos de espaçamento, adubação e interação
não foram significativos. Apenas aos 180 D. A. P., verificou-se efeito significativo para
espaçamento e somente aos 210 D. A. P., verificou-se efeito quadrático da adubação
fosfatada sobre esta variável.
Tabela 13. Análise de variância (quadrados médios e significância) de espessura de
cladódios, dos 120 aos 330 D. A. P. da palma forrageira.
Fontes de
variação
GL Quadrados Médios
120 150 180 210 240 270 300 330
Blocos 2 0,0116 0,0266 0,0873 0,0089 0,0044 0,0798 0,1528* 0,0022
E
3 0,0104 0,0254 0,2714* 0,0299 0,0008 0,0426 0,0806 0,0062
A
3 0,0147 0,0432 0,0434 0,6664** 0,0149 0,0489 0,0345 0,0049
Linear 1 0,0112 0,0886 0,0602 0,9907 0,0232 0,0111 0,0487 0,0065
Quadrático 1 0,0065 0,0029 0,0300 0,6960* 0,0033 0,0099 0,0547 0,0026
Cúbico 1 0,0265 0,0383 0,0400 0,3125 0,0180 0,1256 0,0000 0,0055
E x A 9 0,0113 0,0255 0,0624 0,0645 0,0102 0,0461 0,0500 0,0030
Resíduo 30 0,0151 0,0232 0,0780 0,1274 0,0125 0,0465 0,0325 0,0036
CV(%) - 12,49 11,57 16,66 36,07 16,76 39,51 13,82 11,18
(*) e (**) Significativo a 5 e 1% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F
Resultados semelhantes também foram obtidos por Teles et al. (2000) e Araújo
Filho (2000), para fósforo em palma clone IPA-20, em Caruaru e Recife (PE),
respectivamente.
Os dados médios para espessura de cladódios são mostrados na Tabela 14, com
valor médio de 0,53 cm, aos 330 D. A. P. da palma forrageira.
Tabela 14. Médias de espessura (cm) de cladódio aos 330 D. A. P. da palma
forrageira, segundo os fatores estudados
Fatores D. A. P.
120 150 180 210 240 270 300 330
E (m)
1,7 x 0,10 0,97 A 1,28 A 1,54 B 0,99 A 0,67 A 0,53 A 1,27 A 0,55 A
1,7 x 0,15 1,03 A 1,38 A 1,89 A 0,94 A 0,66 A 0,63 A 1,38 A 0,56 A
1,7 x 0,20 0,96 A 1,29 A 1,60 AB 0,97 A 0,67 A 0,49 A 1,21 A 0,51 A
1,7 x 0,25 0,98 A 1,32 A 1,68 AB 1,06 A 0,68 A 0,54 A 1,26 A 0,52 A
A (Kg/ha)
100 1,01 1,37 1,74 1,27 0,70 0,53 1,31 0,51
150 1,01 1,37 1,71 1,04 0,70 0,64 1,35 0,55
200 0,93 1,25 1,60 0,70 0,62 0,49 1,33 0,53
250 0,99 1,28 1,67 0,95 0,66 0,53 1,23 0,55
Média 0,98 1,31 1,67 0,99 0,67 0,54 1,28 0,53
DMS (espaçamentos) 0,14 0,17 0,31 0,40 0,12 0,24 0,20 0,07
Médias seguidas de letras iguais, não diferem significativamente entre si, pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade
.
Avaliando o parâmetro espessura de cladódios da palma forrageira, Sales et al.
(2006) e Silva Neto et al. (2008), em experimentos desenvolvidos nos municípios
de,Teixeira e São João do Carirí (PB), em campo, aos 180, 360 e 730 D. A. P.,
obtiveram valores médios 1,85 cm e 2 ,4 cm e, respectivamente, superiores a média
obtida no presente estudo.
4.7 Estimativa da produção média de palma forrageira, no campo
Na tabela 16 são observados os valores estimativos da produção média de palma
forrageira, aos 330 D. A. P. em função dos parâmetros avaliados no experimento,
conseguindo-se obter os valores médios de peso do cladódio (MPC) e matéria verde
(MV). Porém, para consideração desses itens, levaram-se em conta, somente, os valores
médios obtidos durante a pesquisa.
Tabela 15. Valores estimados da produção média de palma forrageira, em campo, aos
330 D. A. P.
E/P
( g )
D
(pl ha
-1
)
N
(cl pl
-1
)
C
(cm)
L
(cm)
E
(cm)
MPC
(g)
MV
(t ha
-1
)
E
1
P
1
E
1
P
2
E
1
P
3
E
1
P
4
E
2
P
1
E
2
P
2
E
2
P
3
E
2
P
4
E
3
P
1
E
3
P
2
E
3
P
3
E
3
P
4
E
4
P
1
E
4
P
2
E
4
P
3
E
4
P
4
58.835
-
-
-
39.200
-
-
-
29.400
-
-
-
23.820
-
-
6,6
10,16
12,0
21,6
11,5
12,66
6,0
16,16
8,16
8,0
12,66
5,8
10,6
8,66
12,83
9,83
25,5
29,83
26,0
28,9
23,6
31,66
25,75
23,25
24,5
22,16
23,69
23,5
20,4
26,75
29,0
24,0
14
15,75
14,83
15,6
16,0
17,5
15,5
16,41
15,16
14,33
14,83
13,6
14,4
15,25
17,91
14,16
0,49
0,6
0,6
0,63
0,54
0,63
0,48
0,6
0,5
0,45
0,47
0,49
0,51
0,42
0,53
0,46
93,58
150,81
123,77
151,95
109,08
186,74
102,49
122,47
99,35
73,05
88,34
83,78
80,15
91,66
147,62
83,63
36,36
90,14
87,38
157,29
73,80
92,67
24,10
77,58
23,83
17,18
20,77
14,28
20,23
18,90
53,36
19,58
E/P=Tratamentos: E
1
=0,10 m; E
2
=0,15 m; E
3
=0,20 m; E
4
=0,25 m; P
1
=10 g SS; P
2
=15 g SS; P
3
=20 g SS; P
4
=25 g SS;
D=Densidade de plantas por hectare; N= Número médio de cladódios por planta; C, L, E = Comprimento, Largura e
Espessura de cladódios; MPC= Média de peso dos cladódios; MV= Massa Verde dos cladódios.
Observa-se que, para a estimativa da produção, de acordo com os dados obtidos
na referida tabela, a densidade de plantas teve influência marcante na produção da M V
de palma forrageira. As plantas que estiveram submetidas ao menor espaçamento (0,10
m x 1,7 m), apresentaram a maior produção estimada de 92,79t ha
-1
MV, superando em
27,75 %, 79,36 % e 69,75 % as plantas submetidas aos espaçamentos 0,15 m x 1,7m;
0,20 m x 1,7 m e 0,25 m x 1,7 m, respectivamente. A maior média de peso de cladódios
(186,74 g) ocorreu até o espaçamento 0,15 m x 1,7 m. Mesmo assim, este resultado
concorda em parte com Flores (1992) e Tobar (1995) que também determinaram que
nas altas densidades de plantação, existe um maior rendimento de cladódios, porém o
tamanho e o peso individuais diminuem.
Em experimento realizado no município de Arcoverde (PE), Santos et al. (2000),
utilizando espaçamento de 1,0 m x 0,5 m para as variedades de palma forrageira
Gigante e Redonda observaram produtividades de 105,35 e 103,75 t ha
-1
ano
-1
,
respectivamente, valores superiores aos estimados no presente estudo.
Resultados semelhantes também foram obtidos por Doubeux et al. (2006), que
verificaram maior produtividade em plantios mais adensados. Assim como, Barrientos
e Flores (1969) observaram redução no tamanho e no peso dos cladódio com o aumento
da densidade do plantio.
É de se notar que, raras são as plantas cultivadas no semi-árido brasileiro que
alcançam esta produção. Apesar da diferença acentuada, observada na produção de MV,
constata-se ainda que praticamente não exista diferença para comprimento, largura
perímetro e espessura de cladódios, nos quatro espaçamentos testados.
5 CONCLUSÕES
A análise dos dados permitiu concluir que:
A adubação fosfatada influenciou o aumento do número de cladódios por
planta de palma forrageira, principalmente nos menores espaçamentos;
Os maiores espaçamentos entre plantas, independente da dose de fósforo,
proporcionaram as menores estimativas de produtividade;
O superfosfato simples quando aplicado no menor espaçamento entre
plantas, proporcionou maior produtividade média de massa verde de
palma forrageira;
Pela estima da produtividade média da palma forrageira, é viável seu
cultivo na região de Patos (PB), desde que sejam adotadas técnicas
agronômicas compatíveis.
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