Introdução
Atualmente, há uma grande diversidade de materiais restauradores para
dentes posteriores. Dentre esses, a evolução mais consistente foi em relação aos
materiais diretos que vêm apresentando aumento do volume de carga inorgânica e
diminuição do volume da matriz orgânica, melhorando-se as propriedades
mecânicas21.
A realização de restaurações indiretas empregando resinas compostas de uso
direto, tem sido proposta com o objetivo de minimizar o estresse gerado sobre a linha
de união quando da fotoativação do compósito13
e minimizar custos para o paciente1.
As propriedades da resina composta dependem fundamentalmente da
quantidade de carga presente e do grau de conversão da matriz resinosa8. A simples
aplicação de luz visível para a polimerização de resinas compostas diretas,
obedecendo o tempo e a intensidade de luz recomendados pelo fabricante, não resulta
em uma polimerização completa de toda a matriz resinosa12. Entretanto, a adição de
calor posteriormente à fotopolimerização, pode produzir uma ativação complementar
da cadeia polimérica, convertendo e reduzindo as ligações duplas de carbono
remanescentes9.
Geralmente, o tratamento térmico laboratorial é feito em fornos especiais,
associando luz e calor para a polimerização de resinas compostas para a técnica
indireta7. Segundo Weiner30 não há necessidade de equipamentos de alto custo para
a polimerização complementar pelo calor. Tratamentos térmicos como calor a seco em
forno, água em ebulição e autoclave são alternativas simples, baratas e que estão
baseadas na utilização de equipamentos obrigatórios em consultórios odontológicos.
Entretanto estas técnicas ainda necessitam de maior comprovação científica.
Diversos trabalhos vêm utilizando tratamentos térmicos adicionais em
forno3,7,9,11,20, autoclave5,8,11,12,16,18 ou água em ebulição17,23,24, sendo
importante as investigações dos efeitos desses tratamentos sobre as propriedades
físicas das resinas compostas.
Devido ao grande número de lançamentos de novos materiais estéticos no
mercado, as pesquisas in vitro tornam-se importantes meios de avaliação das
propriedades desses materiais em um curto espaço de tempo2. Nesse contexto, o
teste de resistência flexural pode ser empregado para a avaliação coletiva de tensões
de tração, compressão e cisalhamento de um mesmo material simultaneamente21.