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promovam a integralidade das ações e sejam sustentáveis do ponto de vista
econômico e da rede de serviços de saúde; e
c) a coordenação da ação de saúde de forma integrada, sem a qual a eficiência
e a eficácia da ação social estarão comprometidas, assim como o
desenvolvimento do setor (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1993).
Estas diretrizes demonstram a importância da excelência na gestão das organizações e
da integração entre as ações das diferentes instituições que prestam atenção à saúde. Refletem
também a ênfase no tecnicismo, uma vez que enfatizam a importância da eficiência e eficácia,
e a urgência, quando enfatizam a prioridade na diminuição das desigualdades regionais.
A mudança da orientação do Estado serviu como impulso para o desenvolvimento e
implantação das TIC nas instituições financiadas pelo setor público, uma vez que estas
tecnologias são essenciais no planejamento, execução, justificativa e avaliação dos projetos
em saúde. O Ministério da Saúde (MS), consciente da relevância da tecnologia da informação
na melhoria da atenção à saúde, criou em 2003 uma política nacional de informação e
informática em saúde (PNIIS). Neste documento, fica clara a importância dada à informação
na criação do novo modelo de gestão do SUS:
"Há um consenso sobre a importância central da informação para avaliar o
sucesso das políticas de saúde. Este consenso se manifesta não apenas na
literatura especializada (...), mas também em relatórios e recomendações de
Conferências de Saúde, oficinas de trabalho do SUS e eventos de sociedades
científicas. Informações epidemiológicas, financeiras, orçamentárias, legais,
normativas, sócio-econômicas, demográficas e sobre recursos físicos e
humanos, oriundas de dados de qualidade são capazes de revelar a realidade
de serviços e ações de saúde e a situação de saúde da população,
evidenciando vantagens e problemas de prioridades e investimentos
definidos." (FACCHINI et al., 2004, pg.21)
Em sua declaração de propósito, o MS afirma que seu propósito é:
"Promover o uso inovador, criativo e transformador da tecnologia da
informação, para melhorar os processos de trabalho em saúde, resultando em
um Sistema Nacional de Informação em Saúde articulado, que produza
informações para os cidadãos, a gestão, a prática profissional, a geração de
conhecimento e o controle social, garantindo ganhos de eficiência e qualidade
mensuráveis através da ampliação de acesso, eqüidade, integralidade e
humanização dos serviços e, assim, contribuindo para a melhoria da situação
de saúde da população."(FACCHINI et al., 2004, pg.15)
O MS admite neste documento que a informação e a informática em saúde devem ser
elevadas ao nível estratégico das organizações. Além dos benefícios citados acima, um
sistema de informação nacional permite a integração das informações de diferentes fontes e
permite a coordenação das ações inter-setoriais. Pois, "combinadas de modo criativo e
inovador, a tecnologia da informação e a integração do sistema de informações em saúde