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CULTIVO DE BATATA cv. ÁGATA SOB
DIFERENTES FONTES E CONCENTRAÇÕES
DE ADUBAÇÃO POTÁSSICA
JOÃO CARLOS SEIXAS REIS
2008
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JOÃO CARLOS SEIXAS REIS
CULTIVO DE BATATA cv. ÁGATA SOB DIFERENTES FONTES E
CONCENTRAÇÕES DE ADUBAÇÃO POTÁSSICA
Dissertação apresentada à Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia, como parte das exigências do
Programa de Pós-Graduação em Agronomia, área
de concentração em Fitotecnia, para a obtenção do
título de Mestre.
Orientadora
Prof
a
. Dra. Tiyoko Nair Hojo Rebouças
Co-Orientador
Prof. Dr. Abel Rebouças São José
VITÓRIA DA CONQUISTA
BAHIA-BRASIL
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R31c
Reis, João Carlos Seixas
Cultivo de batata cv. Ágata sob diferentes fontes e concentrações de
adubação potássica / João Carlos Seixas Reis, 2008.
61 f.
Orientadora: Tiyoko Nair Hojo Rebouças.
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Vitória da Conquista,
2008.
Referências: f. 52-57.
1. Solanum tuberosum L. 2. Batata Adubação potássica. 3.
Fitotecnia. I. Rebouças, Tiyoko Nair Hojo. II. Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia, Programa de Pós-Graduação em Agronomia. III. T.
CDD: 633.491
Confecção da Ficha Catalográfica: Elinei Carvalho Santana – CRB 5/1026
DEDICO
Aos meus pais, João Carlos Reis e
Terezinha Seixas Reis, minha irmã,
Roberta e a minha noiva, Priscilla.
OFEREÇO
A todos da minha família e aos
meus amigos que sempre estiveram
juntos, confiantes e torcendo pelo
meu sucesso.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me mostrar a direção nos momentos difíceis da minha vida e pelos
momentos de alegria;
À minha querida e amada mãe, Terezinha, ao meu pai e melhor amigo, João
Carlos Reis e a minha querida irmã, Roberta;
À minha noiva, Priscilla, pela compreensão, apoio e paciência durante esta árdua
caminhada;
À Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), ao Curso de Pós-
Graduação em Agronomia, área de concentração Fitotecnia pela oportunidade de
está conquistando o título de mestre;
À minha orientadora, Dra. Tiyoko Nair Hojo Rebouças, pelo carinho, paciência,
profissionalismo e dedicação durante o curso;
Ao meu co-orientador, Dr. Abel Rebouças São José, pelo apoio e atenção
durante esta etapa;
À Fazenda Progresso II, pela doação das batatas-semente;
A CAPES, pela concessão da bolsa de estudos;
Ao amigo Miguel, pela grande amizade e importante incentivo durante todo este
tempo;
Aos amigos, Miguel, Ivan, Ricardo e Wedisson pela amizade, grande
contribuição nos trabalhos;
A toda família Biofábrica, pela contribuição em meu intelecto e os momentos
alegres e inesquecíveis que passamos juntos;
A todos os colegas da Pós-Graduação, em especial ao Miguel, Ana Paula e
Leandro pelo apoio e companheirismo;
A todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a realização e
finalização deste trabalho.
Meus agradecimentos
RESUMO
REIS, J. C. S. Cultivo de batata cv. Ágata sob diferentes fontes e
concentrações de adubação potássica. Vitória da Conquista - BA: UESB,
2008. 61p. (Dissertação Mestrado em Agronomia, Área de Concentração em
Fitotecnia)
.
A batata (Solanum tuberosum L.) é o quarto alimento mais consumido no
mundo, depois do arroz, do trigo e do milho. O potássio exerce influência
positiva sobre a porcentagem de tubérculos graúdos e de maior peso. Com o
objetivo de avaliar o efeito de fontes e concentrações de adubos potássicos sobre
a produção de batata, foi conduzido o experimento no campo experimental da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Campus de Vitória da
Conquista - BA, com tubérculos da cultivar Ágata, uniformemente brotados do
tipo II (40-50 mm de diâmetro), plantados em espaçamento 0,8 x 0,3m de acordo
com o recomendado para a cultura. Foram utilizadas duas fontes de potássio
(cloreto de potássio e sulfato de potássio) e quatro concentrações de K
2
O (0,
200, 400 e 600 kg ha
-1
). O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao
acaso, em esquema fatorial 4x2, com quatro repetições. Foram avaliadas as
seguintes características: produtividade de tubérculos, massa fresca de
tubérculos, número de tubérculos, classificação dos tubérculos, produtividade de
tubérculos graúdos, massa fresca de tubérculos graúdos, número de tubérculos
graúdos e matéria seca. Os resultados foram submetidos à análise de variância e
teste de Tukey a 5% de probabilidade. A fonte sulfato de potássio foi a que
apresentou melhor resultado para a variável matéria seca. As concentrações da
adubação potássica promoveram variações significativas no número médio de
tubérculos, número médio de tubérculos graúdos e produtividade de tubérculos
graúdos para a cultivar Ágata. A produção de tubérculos de batata classificados
como graúdos da cultivar Ágata está relacionado com a adubação potássica.
Palavras-chave: Solanum tuberosum L. Sulfato. Tubérculos. Fertilizantes.
Produção.
*
Orientadora: Tiyoko Nair Hojo Rebouças, D.Sc., UESB / DFZ e Co-orientador: Abel
Rebouças São José, D.Sc., UESB / DFZ
ABSTRACT
REIS, J. C. S. Crop of potato cv. Agata on different sources and
concentrations of potassium. Vitória da Conquista - BA: UESB, 2008. 61p.
(Dissertation – Masters degree in Agronomy, Concentration area in Fitotecnia)
.
The potato (Solanum tuberosum L.) is the fourth mostly consumed nourishing
product worldwide, followed by rice, wheat and corn. Potassium has a positive
influence over bigger sized and heavier tubercles percentage. With the purpose
of assessing the effects of sources and concentration of K fertilizers over
tubercle potato (Solanum tuberosum L.), this experiment was carried out at the
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), in Vitória da Conquista
Bahia, with tubercles from “Agata Cultivar” type II (40-50 mm diameter) were
used equally sprouted in 0,8 x 0,3m spaces, according to recommended patterns
for this kind. Two sources of potassium (Chloride and sulphate potassium) and
four K
2
O concentrations (0, 200, 400 and 600 kg ha
-1
) were used. The
experimental outline was the factorial 4 x 2, with plots arranged in randomized
blocks with four repetitions. Tubercle productivity was assessed, as well as fresh
mass, tubercle number and classification, great tubercles productivity, great
tubercles fresh mass, great tubercles number and dry material. Data were
submitted to variability analysis and Tukey test at a 5% probability rate. The
sulphate potassium source was the one which promoted best results over the dry
material item. The concentrations of potassium fertilization promoved
significant variations on the average number of tubercles, average number of
great tubercles and great tubercle productivity for the “Agata Cultivar”. The
production of tubercle potato classified as “great” is directly related to the
application of potassium fertilizer.
Keywords: Solanum tuberosum L. Sulphate. Tubercles. Fertilizer. Yield.
Adviser: Tiyoko Nair Hojo Rebouças, D.Sc., UESB / DFZ e Co-adviser: Abel
Rebouças São José, D.Sc., UESB / DFZ.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Resultados da análise granulométrica do solo da área
experimental. UESB, Vitória da Conquista - BA, 2007. ............... 28
Tabela 2 - Resultados da análise química do solo da área experimental.
UESB, Vitória da Conquista - BA, 2007. ...................................... 29
Tabela 3 - Tabela de classificação dos tubérculos de acordo com o
diâmetro transversal. Vitória da Conquista - BA, 2008. ............... 34
Tabela 4 - Número médio de tubérculos (n planta
-1
), em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB,
Vitória da Conquista - BA, 2008. .................................................. 37
Tabela 5 - Massa fresca média de tubérculos (g), em função da fonte e das
concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória
da Conquista - BA, 2008. .............................................................. 38
Tabela 6 - Médias de produtividade de tubérculos (kg ha
-1
), em função da
fonte e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata.
UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008. ...................................... 39
Tabela 7 - Percentual médio de tubérculos do tipo I, em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB,
Vitória da Conquista - BA, 2008. .................................................. 42
Tabela 8 - Percentual médio de tubérculos do tipo II, em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB,
Vitória da Conquista - BA, 2008. .................................................. 42
Tabela 9 - Percentual médio de tubérculos do tipo III, em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB,
Vitória da Conquista - BA, 2008. .................................................. 43
Tabela 10 - Percentual médio de tubérculos do tipo IV, em função da fonte
e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB,
Vitória da Conquista - BA, 2008. .................................................. 43
Tabela 11 - Número médio de tubérculos graúdos (n.planta
-1
), em função
da fonte e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata.
UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008. ...................................... 44
Tabela 12 - Massa fresca média de tubérculos graúdos (g), em função da
fonte e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata.
UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008. ...................................... 46
Tabela 13 - Médias de produtividade de tubérculos graúdos (kg ha
-1
), em
função da fonte e das concentrações de potássio em batata cv.
Ágata. UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008. .......................... 46
Tabela 14 - Médias de matéria seca (%), em função da fonte e das
concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória
da Conquista - BA, 2008. .............................................................. 49
Tabela 1A - Número de pulverizações, produto aplicado e doses utilizadas
na área experimental. UESB, Vitória da Conquista - BA,
2008. .............................................................................................. 59
Tabela 2A - Resumo da análise de variância para número de tubérculos
(NT), massa fresca de tubérculos (MFT) e produtividade de
tubérculos (PT) em função da fonte e das concentrações de
potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da Conquista -
BA, 2008. ...................................................................................... 60
Tabela 3A - Resumo da análise de variância para classificação de
tubérculos de acordo com o diâmetro transversal (Tipo I, Tipo
II, Tipo III e Tipo IV) em função da fonte e das concentrações
de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da Conquista
- BA, 2008. .................................................................................... 60
Tabela 4A - Resumo da análise de variância para número de tubérculos
graúdos (NTG), massa fresca de tubérculos graúdos (MFTG),
produtividade de tubérculos graúdos (PTG) e matéria seca de
tubérculos (MST) em função da fonte e das concentrações de
potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da Conquista -
BA, 2008. ...................................................................................... 61
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Temperaturas médias mensais (
o
C), durante o período de
setembro de 2007 a janeiro de 2008. UESB, Vitória da
Conquista - BA, 2007. ............................................................. 27
Figura 2 - Índice pluviométrico (mm) durante o período de setembro de
2007 a janeiro de 2008. UESB, Vitória da Conquista - BA,
2007. ...................................................................................... 28
Figura 3 - Tubérculos-semente utilizados Tipo II (40-50 mm de diâmetro).
UESB, Vitória da Conquista - BA, 2007. .................................. 31
Figura 4 - Vista geral do plantio da área experimental. UESB, Vitória da
Conquista, BA, 2007. .............................................................. 31
Figura 5 - Vista da amontoa feita de forma manual, aos 25 dias após o
plantio. UESB, Vitória da Conquista - BA, 2007. ...................... 32
Figura 6 - Vista geral da área experimental. UESB, Vitória da Conquista -
BA, 2007. ............................................................................... 33
Figura 7 - Número médio de tubérculos (n planta
-1
), em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB,
Vitória da Conquista - BA, 2008. ............................................. 37
Figura 8 – Produtividade média de tubérculos (kg ha
-1
), em função da fonte
e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB,
Vitória da Conquista - BA, 2008 .............................................. 40
Figura 9 Número médio de tubérculos graúdos, em função da fonte e das
concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória
da Conquista - BA, 2008. ......................................................... 45
Figura 10 - Produtividade média de tubérculos graúdos (kg ha
-1
), em
função da fonte e das concentrações de potássio em batata cv.
Ágata. UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008 ........................ 48
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................. 16
2.1 Importância econômica da batateira .................................................. 16
2.2 Aspectos gerais da batateira .............................................................. 17
2.3 Cultivar Ágata ................................................................................... 18
2.4 Fatores que afetam o desenvolvimento da planta .............................. 19
2.5 Nutrição mineral da batata ................................................................ 21
2.5.1 Potássio .......................................................................................... 23
3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................. 27
3.1 Localização do experimento .............................................................. 27
3.2 Delineamento experimental ............................................................... 29
3.3 Instalação e condução do experimento .............................................. 29
3.4 Características avaliadas .................................................................... 33
3.4.1 Número médio de tubérculos por planta ........................................ 33
3.4.2 Massa fresca média dos tubérculos ............................................... 33
3.4.3 Produtividade de tubérculos .......................................................... 34
3.4.4 Classificação dos tubérculos .......................................................... 34
3.4.4.1 Número médio de tubérculos graúdos ......................................... 34
3.4.4.2 Massa fresca média de tubérculos graúdos ................................. 34
3.4.4.3 Produtividade de tubérculos graúdos .......................................... 35
3.4.5 Matéria seca de tubérculos ............................................................ 35
3.5 Análise estatística .............................................................................. 35
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................... 36
4.1 Número médio de tubérculos ............................................................ 36
4.2 Massa fresca média de tubérculos ..................................................... 38
4.3 Produtividade de tubérculos .............................................................. 39
4.4 Classificação de tubérculos ............................................................... 41
4.5 Número médio de tubérculos graúdos ............................................... 43
4.6 Massa fresca de tubérculos graúdos .................................................. 45
4.7 Produtividade de tubérculos graúdos ................................................ 46
4.8 Matéria seca de tubérculos ................................................................ 48
5 CONCLUSÕES .................................................................................... 51
REFERÊNCIAS ...................................................................................... 52
APÊNDICE ............................................................................................. 58
14
1 INTRODUÇÃO
A batata (Solanum tuberosum L.) é o quarto alimento mais consumido
no mundo, depois do arroz, do trigo e do milho. Seu centro de origem está
localizado na região dos Andes no Peru e Bolívia, onde é cultivada mais de
sete mil anos. A batata foi introduzida na Europa, aproximadamente em 1570
pelos colonizadores espanhóis, tornando-se um alimento importante,
principalmente na Inglaterra. Por volta de 1620 foi levada da Europa para a
América do Norte, onde se tornou um importante alimento (LOPES, 1997). A
cultura foi disseminada para a maioria das regiões tropicais e subtropicais do
planeta, tornando-se a base da alimentação de muitos povos (FILGUEIRA,
2003). A batata é um dos alimentos mais consumidos no mundo, devido a sua
composição, versatilidade gastronômica e tecnológica, assim como pelo baixo
preço de comercialização dos tubérculos (COELHO e outros, 1999).
Atualmente são plantados no Brasil cerca de 142 mil hectares de batata
por ano, com produção ao redor de 3.375.054 toneladas de tubérculos (IBGE,
2007). O Estado da Bahia vem se destacando nesse cenário da cadeia de
produção da batata, tendo hoje uma produção de aproximadamente 178.500
toneladas por ano, onde a região da Chapada Diamantina é responsável por 98 %
deste total (IBGE, 2006).
Dentre as hortaliças, a batata é considerada uma das espécies mais
exigentes com relação à adubação, com destaque para os potássicos
(FILGUEIRA, 2003). Entretanto, a utilização indiscriminada de fertilizantes
ainda está presente nas áreas de produção de batata e, em conseqüência desse
uso excessivo, ocorre o aumento do custo de produção, inconstância de
resultados obtidos pelos produtores, impactos ambientais, além da qualidade
dos tubérculos produzidos.
15
Outro fator importante a ser considerado está relacionado com a fonte do
nutriente a ser fornecido às plantas, devido a uma possível ocorrência de efeitos
secundários negativos sobre o solo e a planta, além de implicações de ordem
econômica.
Dentro dessa busca pelo aumento da eficiência no cultivo da batata,
grandes avanços têm sido observados no que diz respeito ao melhoramento
genético, com o surgimento de plantas mais produtivas, resistentes a doenças e
maior durabilidade pós-colheita. Apesar do grande número de informações sobre
a nutrição mineral e adubação na cultura da batata, existem poucas pesquisas
feitas nas regiões brasileiras aptas ao cultivo desta hortaliça.
Diante do exposto, conhecer as exigências nutricionais, os principais
sintomas de deficiências e o modo de corrigi-las são fundamentais para o êxito
da cultura da batata. Isso porque a prática da adubação é um dos principais
fatores que influenciam na produtividade da batateira, tornando-se assim
necessário estabelecer aplicações racionais e equilibradas dos nutrientes, de
forma a obter um aumento na produtividade.
Assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o cultivo de batata
cv. Ágata sob diferentes fontes e concentrações de adubação potássio.
16
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Importância econômica da batateira
A produção mundial está estimada em 321.974.152 toneladas de batata,
sendo plantados, anualmente, cerca de 18 milhões de hectares cultivados, com
uma produtividade de 16,7 toneladas por hectare. Os principais produtores são
os países do hemisfério norte, principalmente a China, Rússia, Índia e Estados
Unidos, sendo que os países asiáticos são responsáveis por 41% do total
produzidos dos tubérculos (NAKANO e outros, 2006).
No Brasil, existem dois mercados que absorvem a produção de batata. O
primeiro deles, e que representa a maior parte, é o de tubérculos destinados para
o mercado fresco, conhecido como “batata de mesa”, que consome cerca de 90%
do volume produzido. O segundo mercado é representado pela batata utilizada
pela indústria, que é processada em diversos segmentos, como chips (rodelas,
“batata palha”), “batata palito”, amido e fécula.
O Brasil está na 18ª posição no ranking mundial em produção de batata
(NAKANO e outros, 2006; FAO, 2006), com área cultivada em torno de
142.000 hectares e com produção de aproximadamente 3.375.054 toneladas de
tubérculos (IBGE, 2007) distribuídos em três safras: das águas, com colheita de
dezembro a março; da seca, com oferta de abril a agosto; e a safra de inverno, de
setembro a novembro. Em termo de participação por safra na oferta global, a das
águas é a de maior concentração, correspondendo a 52 % do total, seguido da
safra da seca com 30% e a safra de menor expressividade, a de inverno, com
18% (GODOY, 2003). A área plantada e a produção de batata apresentaram
variações entre os anos de 2002 e 2006. Nesse período foram plantados 161,1;
151,9; 142,7; 142,1 e 141,2 mil hectares, sendo produzidos 3,12; 3,08; 3,04;
3,12 e 3,14 milhões de toneladas, respectivamente.
17
Os estados brasileiros responsáveis pelas maiores produções de batata
em 2006 foram Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás,
Bahia e Santa Catarina, com produções de aproximadamente 994, 726, 579, 335,
214, 178 e 105 mil toneladas, respectivamente (IBGE, 2006). No entanto,
algumas regiões antes consideradas inviáveis para o cultivo da batata, como por
exemplo, o Triângulo Mineiro e do Alto Paranaíba em Minas Gerais e os
Estados de Goiás e Bahia m se destacando na cadeia agroindustrial, onde os
grandes produtores se firmaram e influenciam tanto a oferta nacional como o
comportamento dos preços. Isso ocorre devido aos grandes avanços no que diz
respeito ao melhoramento genético, com o surgimento de plantas mais
produtivas, cultivares mais adaptadas, maior durabilidade pós-colheita e
resistência a doenças, aumentando a eficiência no cultivo da batateira.
Na região Nordeste, a Bahia é o maior produtor de batata, com produção
média de 178.500 toneladas por ano, em uma área correspondente a 4.950
hectares (IBGE, 2006). Dentro deste estado, merece destaque a região da
Chapada Diamantina, especialmente os municípios de Ibicoara e Mucugê, com
produção de cerca de 175.000 toneladas por ano em 2006, com uma área
plantada de aproximadamente 4.770 hectares, com produtividade média de 40
toneladas por hectare (IBGE, 2006).
2.2 Aspectos gerais da batateira
A batateira é uma planta dicotiledônea e tem como centro de origem a
vizinhança do lago Titicaca, próximo a atual fronteira entre o Peru e a Bolívia.
Nos Andes, a bataticultura vem sendo praticada pelos indígenas nos últimos oito
milênios, havendo oito espécies botânicas cultivadas e mais de 200 espécies
tuberíferas silvestres. A batata andina foi levada para a Espanha em 1570, após a
18
conquista do Império Inca pelos espanhóis. No entanto, somente duzentos anos
depois se tornou um alimento básico para os europeus (FILGUEIRA, 2003).
A planta de batata produz frutos verdadeiros que podem conter, em
média, 200 sementes cada um. Quando a semente germina e se estabelece, pode
tornar-se uma futura cultivar devido a alta heterozigose dessa espécie. Esta nova
cultivar poderá ser superior ou inferior em relação aos seus genitores. As
características superiores em relação aos pais, em geral, estão relacionadas à
resistência às doenças, aumento da produtividade, da capacidade de
armazenamento e melhoria da qualidade de fritura (ACCATINO, 1980;
BURTON, 1989).
A planta da batata é uma solanácea anual, que apresenta caules aéreos,
herbáceos e suas raízes originam-se na base destes caules ou hastes. O sistema
radicular é delicado e superficial, com raízes concentrando-se até 30 cm de
profundidade. Suas folhas são compostas por folíolos arredondados e as flores
hermafroditas apresentam-se reunidas em inflorescência no topo da planta.
Predomina a autopolinização, que origina um pequeno fruto verde que contém
numerosas sementes minúsculas e viáveis (FILGUEIRA, 2003).
Segundo Filgueira (2003), a batateira é dividida em quatro estádios de
desenvolvimento. A fase I tem início no plantio da batata-semente e vai até a
emergência; a fase II compreende o intervalo entre a emergência e o início da
tuberização; a fase III vai do início da tuberização até o enchimento dos
tubérculos e a fase IV compreende o período da maturação ou senescência.
2.3 Cultivar Ágata
A Ágata’ (Böhm52/72 x Sirco) é originária da Holanda. As plantas
apresentam hastes finas e moderadamente finas, que se espalham muito com
coloração verde muito pronunciada; folhas moderadamente grande, de silhueta
19
bastante fechada e de cor verde bastante clara; folículos grandes a muito grandes
e largos com nervuras superficiais; floração pobre de inflorescências pequenas e
flores brancas; ciclo precoce a muito precoce; tubérculos graúdos, ovais, com
película amarela e predominantemente lisa, polpa de cor amarelo-clara, olhos
superficiais e baixo teor de matéria seca. Os resultados encontrados por Melo e
outros (2003) mostraram que a ‘Ágata’ apresenta tuberização precoce, iniciando-
se aos 35 dias após o plantio (DAP), continuando a diferenciação dos estolhos
em tubérculos até os 55 DAP, quando se estabiliza o número de tubérculos por
planta. Este pequeno período de definição do número de tubérculos, em torno de
20 dias, é característica marcante da cultivar ‘Ágata’, com produção de
tubérculos normalmente uniformes em tamanho. O enchimento dos tubérculos se
processa de maneira rápida, alcançando a expressiva produção de 60 Meg ha
-1
aos 85 DAP. Desde o início da tuberização, aos 35 DAP, até a colheita, aos 85
DAP, observou-se ganho de peso diário de 1,2 Meg ha
-1
, em apenas 50 dias de
tuberização. É suscetível a requeima nas folhas (Phytophothora infestans) e
resistente a algumas viroses; é imune ao cancro bacteriano e resistente a
nematóide dourado (Globodera rostechiensis). Utilizada para purês e saladas
(ABBA, 2006; FILGUEIRA, 2003; MELO e outros, 2003).
2.4 Fatores que afetam o desenvolvimento da planta
O pH do solo é um dos fatores que pode influenciar decisivamente na
produção da batata. A batata é uma das culturas oleráceas que melhor tolera a
acidez moderada, produzindo bem na faixa de pH 5,0 a 6,5 (FILGUEIRA,
2003). Em solos com pH acima dessa faixa pode ocorrer susceptibilidade dos
tubérculos a certos patógenos, como agentes da sarna comum (Streptomyces
scabies) e da murcha-bacteriana (Pseudomonas solanacearum). Solos que
apresentam textura média, leves, arejados e bem drenados, com altos teores de
20
matéria orgânica e com saturação por alumínio abaixo de 20% são os mais
favoráveis ao desenvolvimento dos tubérculos (KIMATI e outros, 2005). A
cultura da batata é moderadamente tolerante a salinidade do solo, fator este que
provoca uma diminuição da produtividade quando atinge valores acima de 1,7
dS m
-1
(MAAS; HOFFMAN, 1977).
A batata é classificada como uma cultura de clima temperado, no
entanto, apresenta um bom crescimento em regiões tropicais com altitude
elevada. As maiores produtividades são alcançadas em países onde os dias
duram de 13 a 17 horas na época de tuberização, com temperaturas médias de 15
a 18ºC, e com irrigação (HAEDER; BERINGER, 1986).
As exigências climáticas da cultura são particulares e precisas,
ressaltando que a temperatura elevada é o fator limitante, principalmente a
temperatura noturna, pois quando esta se mantém acima de 20ºC por 60 noites
ou mais, haverá prejuízos na tuberização (EWING, 1997; FILGUEIRA, 2003).
Temperaturas frias durante a noite colaboram para que a planta reduza a
respiração, fazendo com que acumule mais reservas no tubérculo assimiladas
durante o dia. Portanto, fatores como temperaturas baixas, alta luminosidade e
dias curtos, aceleram o processo de tuberização, o crescimento das hastes é
interrompido precocemente e a duração do ciclo reduzida (LOVATO, 1993).
A época de plantio, a altitude e a latitude determinam as condições
agroclimáticas que prevalecerão ao longo do ciclo da cultura, para uma
determinada região. No Brasil, levando-se em conta as diferentes regiões
produtoras, planta-se e colhe-se batata ao longo do ano, diferentemente do que
ocorre em países de clima temperado (FILGUEIRA, 2003).
A batata é uma cultura que tem desenvolvimento e produtividade
intensamente influenciados pelas condições de umidade do solo. Tanto a
ocorrência de déficits hídricos moderados quanto o excesso de água no solo
podem limitar o desenvolvimento das plantas. Assim, a manutenção de
21
condições hídricas favoráveis durante todo o ciclo da cultura é decisiva para a
obtenção de alta produtividade e boa qualidade do produto, principalmente
durante o início da tuberização e o desenvolvimento inicial dos tubérculos.
As condições favoráveis de umidade contribuem para uma maior
produtividade, maior teor de amido, melhora a qualidade culinária e de
conservação dos tubérculos. No entanto, quantidades excessivas de água no solo
favorecem as podridões de tubérculos e a lenticelose (ROSA, 2003). Além disso,
o fornecimento de água em excesso promove um crescimento vegetativo
exagerado, dificulta os tratos culturais e contribui para a formação de um
microclima favorável ao desenvolvimento de doenças, fazendo com que seja
necessário um maior número de pulverizações com defensivos agrícolas,
onerando ainda mais o custo de produção da lavoura. Contudo, não há um
incremento nas atividades fotossintéticas, devido ao sombreamento das folhas, o
que pode levar à redução de massa seca dos tubérculos, influenciando
negativamente a produtividade.
2.5 Nutrição mineral da batata
A batata é, entre as olerícolas, a cultura mais importante no Brasil e no
mundo, devido ao seu cultivo complexo, ciclo curto, produtividade elevada e
altamente exigente em nutrientes, sendo adubação prática essencial na
determinação da qualidade e quantidade dos tubérculos (FILGUEIRA, 2000).
A extração de nutrientes do solo é variável de acordo com o estádio de
desenvolvimento da planta, diferentes cultivares, tubérculos-semente, produção
esperada, temperatura, umidade, luminosidade, época de plantio, tratos culturais
aplicados, adubos utilizados, forma de aplicação, quantidade de nutrientes
absorvidos e exportados pelos tubérculos (FONTES, 1997). Estes fatores são de
suma importância para que seja realizado um programa correto de adubação.
22
Macros e micronutrientes, especialmente P e K, influem decisivamente
na produção das culturas. Para a batateira, a análise de solo desses elementos
não serve como única orientação, haja vista inúmeros resultados contraditórios e
de pouca relação com o nível de fertilidade de solo (CONSORTE, 2001). Na
maior parte dos trabalhos realizados com nutrição e adubação, a cultura da
batata mostra elevada capacidade de resposta a esta prática em comparação com
outras culturas. No entanto, para que se possa quantificar a necessidade de
determinado nutriente em qualquer cultura, é fundamental possuirmos
informações sobre a quantidade de nutrientes absorvidos pela planta para que ela
possa expressar seu máximo desempenho produtivo.
Para a obtenção de alta produtividade de tubérculos, é necessário o uso
de doses adequadas de fertilizantes no plantio. Atualmente, a batata é a cultura
que apresenta a maior taxa de aplicação de fertilizantes (1940 kg ha
-1
), valor este
5,7 vezes superior ao utilizado na cultura da soja (338 kg ha
-1
) (ANDA, 2000).
De modo geral, nas diversas regiões de cultivo de batata, aplicam-se de 60 a 250
kg ha
-1
de N, de 100 a 850 kg ha
-1
P
2
O
5
, e de 50 a 400 kg ha
-1
de K
2
O (FONTES,
1999). No entanto, em áreas com fertilidade baixa a mediana ou sem dados
experimentais, pode-se aplicar de 120 a 200 kg ha
-1
de N, de 300 a 500 kg ha
-1
de
P
2
O
5
e de 80 a 200 kg ha
-1
de K
2
O (FILGUEIRA, 2003).
Filgueira (2003) observou que para uma produção de 30 Meg ha
-1
de
tubérculos, a extração de nutrientes do solo e a exportação desses pelos
tubérculos, são as seguintes: 146,6 kg de potássio; 95,4 kg de nitrogênio; 28,8 kg
de fósforo; 12,7 kg de enxofre; 4,5 kg de cálcio e 4,5 kg de magnésio.
A resposta da cultura da batata à aplicação de fertilizantes varia de
acordo com a cultivar, densidade de plantio, cultura antecessora, quantidade de
nutrientes no solo, umidade do mesmo e manejo da cultura (FONTES, 1987).
Portanto, conhecer as exigências nutricionais de cada cultura é de suma
importância para estabelecer a quantidade correta de fertilizantes a serem
23
disponibilizados às plantas a fim de que se mantenha a fertilidade do solo e o
aumento da produção.
2.5.1 Potássio
O potássio é requerido em grande quantidade pelas culturas, sendo o
cátion mais abundante nos vegetais (MALAVOLTA; CROCOMO, 1982;
MENGEL; KIRKBY, 1987; MARSCHNER, 1995). Segundo Faquin (1994), o
requerimento de potássio para o ótimo desenvolvimento das plantas é de
aproximadamente 20 a 50 g kg
-1
de massa seca, variando conforme a espécie, a
época e o órgão analisado.
Na cultura da batata são fornecidas altas doses de fertilizantes,
merecendo destaque os adubos potássicos. O potássio é removido do solo pelos
tubérculos mais que outros nutrientes e sua exportação é de normalmente 1,5
vezes maior que a de nitrogênio e quatro a cinco vezes superior a de fósforo
(PERRENOUD, 1993; YORINORI, 2003).
O potássio atua em várias funções metabólicas das plantas, como
ativador de enzimas, respiração e síntese de proteínas; abertura estomática,
transporte no floema, osmorregulação e balanço cátion/ânion (REIS JÚNIOR,
1995). É requerido pelas plantas para a translocação de açúcares e síntese de
amido e, como os tubérculos de batata o ricos em amido, demandam alto
requerimento de potássio, levando este nutriente a assumir um papel de suma
importância na nutrição da batateira (CHAVES; PEREIRA, 1985). O potássio
também é importante para o crescimento do sistema radicular, resistência das
plantas à seca, à geada e para a redução do acamamento (USHERWOOD, 1982;
ZAAG, 1981).
O potássio exerce influência positiva sobre a porcentagem de tubérculos
graúdos e de maior peso (GRUNER, 1963). No entanto, doses acima daquelas
24
necessárias para o satisfatório crescimento e desenvolvimento das plantas,
elevam os custos de produção, além de causar impactos ambientais, alterar a
relação K
+
/(Ca
2+
+ Mg
2+
)
1/2
reduzindo desta maneira a produção de tubérculos.
Essas interações ocorrem tanto nas plantas como no solo, visto que esses íons
têm propriedades químicas específicas similares e podem competir na absorção,
adsorção e transporte nas superfícies das raízes (REIS JÚNIOR e outros, 1999;
FAGERIA e outros, 1991).
A deficiência de potássio nas plantas faz com que diminua seu
crescimento, encurtando os entrenós. As folhas apresentam-se com tom verde-
escuro e descoloração para um bronzeado, que aos poucos acabam ficando
escuras. Os folíolos das plantas deficientes não chegam a expandir-se
normalmente, são pequenos, muito próximos e apresentam-se arqueados para
baixo. Nos folíolos ocorrem também profusas e pequenas manchas escuras entre
as nervuras e em suas margens que coalescem em áreas maiores, até atingirem
sua queima e colapso (MALLMANN, 2001). As folhas de plantas com
deficiência em potássio têm seu tamanho reduzido, seus caules ou talos são mais
finos, e quando a deficiência é aguda o ponto de crescimento é afetado,
resultando na morte regressiva e total da planta.
Em locais onde predominam argilas de baixa atividade e relativamente
pobres em minerais primários, as reservas de potássio disponíveis a médio e
longo prazo são baixas, assim necessidade de adubação de manutenção para
se obter produções adequadas nestes solos (FASSBENDER, 1987). Deste modo,
a forma, fonte e quantidade de potássio aplicado, associado às condições
climáticas, tornam-se de suma importância para a manutenção do teor desse
nutriente no solo. Normalmente a quantidade de potássio aplicada excede as
necessidades, havendo desta maneira o consumo de luxo, não refletindo no
incremento da produção e crescimento da batateira (MURPHY e outros, 1963;
REIS JÚNIOR, 1995).
25
2.5.1.1 Fertilizantes potássicos na produtividade e qualidade da batata
Além de outros, dois são os principais fertilizantes potássicos mais
utilizados: o na forma de cloreto de potássio, e o na forma de sulfato de potássio.
Os efeitos que eles proporcionam no crescimento e na produção podem ser
distintos, devido ao íon acompanhante (ZEHLER e outros, 1981). A escolha da
fonte mais apropriada para a obtenção de altas produtividades e de tubérculos de
melhor qualidade, será determinada de acordo com as exigências das plantas, os
fatores edafoclimáticos e no preço e na disponibilidade para aquisição no
mercado (MALLMANN, 2001).
O cloreto de potássio tem sido a fonte de potássio mais utilizada na
produção de hortaliças, principalmente por seu baixo custo. Em algumas
oleráceas, têm sido verificados problemas com excesso de cloro, promovendo a
redução no seu teor de clorofila, consequentemente havendo uma redução de sua
atividade fotossintética, afetando, na maioria das vezes, a qualidade do produto
colhido (MALLMANN, 2001).
Neste sentido, Panique e outros (1997), num estudo comparativo de
fontes de potássio, verificaram que o cloreto de potássio diminuiu o conteúdo de
amido e o peso específico de tubérculos de batata, aumentou o teor de água dos
mesmos, fato este que acarreta em certos problemas durante a armazenagem,
pois gera mais perdas de peso devido à desidratação, aparecimento de tubérculos
podres em maior número do que aqueles produzidos com o uso de sulfato de
potássio, além de propiciar teores mais baixos de amido e de matéria seca. Isto
ocorre em parte devido ao cloreto de potássio promover alterações na
distribuição dos assimilados entre a parte aérea e os tubérculos, que não chegam
aos órgãos de armazenamento promovendo assim um maior desenvolvimento da
parte aérea em comparação ao crescimento dos tubérculos (ZEHLER e outros,
1981).
26
Muitos produtores já têm adotado o sulfato de potássio como fonte de K,
pois há o conceito de que a utilização de K
2
SO
4
melhora a qualidade dos
tubérculos (CAMPORA, 1994), pois favorece o acúmulo de carboidratos
altamente polimerizados a exemplo do amido e de outros componentes
nitrogenados como as proteínas. Assim, o sulfato de potássio pode ser também
mais eficiente na promoção do acúmulo de maiores teores de matéria seca e de
amido nos tubérculos da batata que o cloreto de potássio.
Assim, para decidir qual fonte de potássio a ser utilizada durante o
processo de produção, é necessário considerar o valor econômico do fertilizante,
em especial para a produção de tubérculos. Desta forma, o custo do cloreto de
potássio é geralmente inferior. No entanto, ao optar por esta alternativa, deve-se
buscar práticas de manejo que reduzam ou amenizem os efeitos indesejáveis do
cloro com relação ao teor de matéria seca e de amido, efetuando a adubação com
o cloreto bem antes do plantio (BEUKEMA; ZAAG, 1990), o que poderia
induzir uma lixiviação do excesso do cloro aplicado.
27
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização do experimento
O trabalho foi realizado no período de setembro de 2007 a janeiro de
2008, na área experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
(UESB), localizada no município de Vitória da Conquista - Estado da Bahia, a
14°53’ Latitude Sul e 40°48’ Longitude Oeste de Greenwich, com altitude
média de 870 m, em solo classificado como CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Distrófico (VIEIRA e outros, 1998).
Os dados climáticos da região, durante o período do experimento, foram
coletados na Estação Meteorológica da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia - UESB, sendo a coleta feita diariamente, conforme as Figuras 1 e 2.
Figura 1 - Temperaturas médias mensais (
o
C), durante o período de
setembro de 2007 a janeiro de 2008. UESB, Vitória da Conquista - BA,
2008.
28
Figura 2 - Índice pluviométrico (mm) durante o período de setembro de
2007 a janeiro de 2008. UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008.
Foram coletadas amostras do solo da área experimental à profundidade
de 0 a 20 cm e posteriormente analisadas no Laboratório de Solos da
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, como mostram as Tabelas 1 e 2.
Tabela 1 - Resultados da análise granulométrica do solo da área
experimental. UESB, Vitória da Conquista - BA, 2007.
Areia Silte Argila Classe Textural
66,0 4,0 30,0 Franco Argila Arenosa
29
Tabela 2 - Resultados da análise química do solo da área experimental.
UESB, Vitória da Conquista - BA, 2007.
Macronutrientes
P resina
mg.dm
3
pH
H
0
K
+
Ca
2+
Mg
2+
H
+
+Al
3+
Al
3+
SB CTC V%
mmol
c
.dm
3
2 5,3 0,3 1,2 0,9 2,9 0,2 2,4 5,3 45,0
Micronutrientes
Cu
++
Fe
++
Mn
++
Zn
++
mg.dm
3
0,25 28,0 9,5 0,8
3.2 Delineamento experimental
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, em
esquema fatorial 4x2, com 4 repetições. Cada parcela experimental foi composta
por quatro linhas de 3,6 metros de comprimento, espaçadas em 0,80 m,
totalizando 11,52 m
2
. Em cada linha, foram plantadas 12 batatas-semente. As
duas linhas centrais de cada parcela foram consideradas como área útil da
parcela experimental, e as duas linhas laterais como bordadura. Os tratamentos
foram constituídos por duas fontes de potássio (cloreto de potássio e sulfato de
potássio) e quatro concentrações (0, 200, 400 e 600 kg ha
-1
) de K
2
O.
3.3 Instalação e condução do experimento
O preparo do solo foi realizado de acordo com o recomendado para a
cultura da batata, por meio de uma aração seguida de uma gradagem
destorroadora/niveladora e, posteriormente, abertura dos sulcos. Aos 60 dias
30
antes do plantio foi realizada a calagem e posteriormente iniciou-se a irrigação
da área.
De acordo com os tratamentos, as adubações dos sulcos foram realizadas
de forma manual. A adubação nitrogenada e fosfatada utilizada foi a mesma para
todos os tratamentos. Para o suprimento de nitrogênio utilizou-se uréia, na
concentração de 150 kg.ha
-1
de N
2
, sendo que 30% aplicado no plantio, e o
restante em cobertura no momento da amontoa. Para o fornecimento de fósforo
foi utilizado o superfosfato simples equivalente a 420 kg.ha
-1
de P
2
O
5
,
aplicando-se toda a dose no momento do plantio. A adubação potássica, com
seus respectivos tratamentos, foi feita com 20% dos totais das concentrações no
plantio e o restante no momento da amontoa.
O plantio foi realizado de maneira manual, em 20 de setembro de 2007.
Os tubérculos-semente utilizados foram do Tipo II (40-50 mm de diâmetro)
(Figura 3), fornecidos pela Fazenda Progresso II localizada no município de
Mucugê - BA, na região da Chapada Diamantina. O espaçamento adotado foi de
0,8 m entre linhas de plantio e 0,3 m entre plantas (Figura 4), resultando em uma
população de 41.667 plantas ha
-1
.
31
Figura 3 - Tubérculos-semente utilizados Tipo II (40-50 mm de diâmetro).
UESB, Vitória da Conquista - BA, 2007.
Figura 4 - Vista geral do plantio da área experimental. UESB, Vitória da
Conquista - BA, 2007.
A amontoa (Figura 5) foi realizada de forma manual, com auxílio de
enxadas, aos 25 dias após o plantio, objetivando estimular a tuberização,
controlar o esverdeamento dos tubérculos e a infestação de plantas daninhas,
32
proteger a planta dos fitopatógenos e insetos, além de melhorar a eficiência da
fertilização em cobertura. A Figura 6 mostra a vista geral da área experimental
aos 55 dias após o plantio.
Figura 5 – Vista da amontoa feita de forma manual, aos 25 dias após o
plantio. UESB, Vitória da Conquista - BA, 2007.
O tratamento fitossanitário foi o mesmo utilizado em lavoura comercial,
realizado de maneira preventiva, sendo aplicados os produtos registrados para a
cultura da batata e nas doses recomendadas, de acordo com a Tabela 1A.
A irrigação foi realizada por meio de um sistema de aspersão, no intuito
de atender às necessidades hídricas do sistema solo-planta.
A dessecação das plantas foi realizada aos 85 dias após a emergência,
utilizando-se o herbicida de contato Paraquat. A colheita foi feita manualmente
com auxílio de enxadas no dia 4 de janeiro. Os tubérculos colhidos foram
encaminhados ao Laboratório de Biotecnologia da Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia para as avaliações.
33
Figura 6 – Vista geral da área experimental. UESB, Vitória da Conquista - BA,
2007.
3.4 Características avaliadas
3.4.1 Número médio de tubérculos por planta
O número médio de tubérculos foi obtido pela relação do número total
de tubérculos pelo número de plantas da área útil da parcela.
3.4.2 Massa fresca média dos tubérculos
A massa fresca média foi determinada pela relação da produção total dos
tubérculos pelo número de tubérculos da área útil da parcela, com os resultados
expressos em gramas.
34
3.4.3 Produtividade de tubérculos
A produtividade dos tubérculos foi obtida pela pesagem dos tubérculos
de todas as plantas contidas nas linhas centrais da área útil de cada parcela. Os
resultados foram convertidos em kg ha
-1
.
3.4.4 Classificação dos tubérculos
A classificação foi realizada em função dos diâmetros dos tubérculos de
batata, segundo a Tabela 3.
Tabela 3 - Tabela de classificação dos tubérculos de acordo com o diâmetro
transversal. Vitória da Conquista - BA, 2008.
Tipo Diâmetro (mm) Classe
I > 70 mm Florão
II > 42 até 70 mm Especial
III > 33 até 42 mm Especialzinha
IV > 28 até 33 mm Primeirinha
V Até 28 mm Segundinha
Fonte: FAEP, 2007.
3.4.4.1 Número médio de tubérculos graúdos
O número médio de tubérculos graúdos, com diâmetro transversal maior
que 42 mm, foram obtidos pela relação do número total de tubérculos graúdos
pelo número de plantas da área útil da parcela.
3.4.4.2 Massa fresca média de tubérculos graúdos
A massa fresca média foi determinada pela relação da produção de
tubérculos graúdos pelo número de tubérculos graúdos da parcela, com
resultados expressos em gramas.
35
3.4.4.3 Produtividade de tubérculos graúdos
A produtividade de tubérculos graúdos foi obtida pela pesagem dos
tubérculos graúdos de todas as plantas contidas nas linhas centrais da área útil de
cada parcela, com os resultados expressos em kg ha
-1
.
3.4.5 Matéria seca de tubérculos
Os tubérculos foram lavados e secados à sombra e, em seguida, pesados
200g dos mesmos. Após a pesagem, este material foi levado à estufa de ar
forçado, a 65°C, por 72 horas para obtenção da matéria seca ao ar. A
percentagem de matéria seca foi calculada a partir da fórmula descrita pelo CIP
(2007):
% MS =
Matéria seca
x 100
Matéria fresca
3.5 Análise estatística
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância para verificar
a existência de diferenças entre os tratamentos. Para a comparação das médias,
foi aplicado o teste de Tukey a 5% e submetidas à análise de regressão
polinomial. Para as análises, foi utilizado o programa estatístico ESTAT, versão
2.0 (1992).
36
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Número médio de tubérculos
Pelos dados da Tabela 4, pode-se observar que houve um efeito
significativo com relação ao número médio de tubérculos por planta,
influenciado pela concentração do potássio. O efeito quadrático das diferentes
concentrações dos adubos potássicos é evidenciado na Figura 7, onde os
melhores resultados foram obtidos nas concentrações de 200, 400 e 600 kg ha
-1
,
não diferenciando estatisticamente entre si. No entanto, apenas a concentração
de 400 kg ha
-1
foi superior à testemunha, com média de 12 tubérculos por planta.
Nota-se também que, com o aumento na concentração a partir de 400 kg ha
-1
, o
número de tubérculos tendeu a decrescer, fato atribuído possivelmente ao efeito
tóxico do excesso de potássio no solo. Fato semelhante também foi observado
para a cv. Monalisa por Mallmann (2001).
com relação às fontes de potássio utilizadas neste experimento, não
houve diferença significativa. O Resumo da análise de variância para número de
tubérculos se encontra na Tabela 2A.
Cardoso (2007), por sua vez, ao analisar o número médio de tubérculos
por planta na cultivar Ágata com variados parcelamentos e doses de nitrogênio e
potássio não obteve resultados significativos estatisticamente.
Macedo e outros (1997), estudando o efeito de concentrações de fósforo
e fontes de potássio (cloreto e sulfato), não verificaram influência da forma de
K
2
O na quantidade de tubérculos produzidos.
O número médio de 12 tubérculos por planta encontrado neste trabalho
foi superior ao obtido por Cardoso (2007) e Silva (2004), que obtiveram média
de 10 tubérculos por planta. Em outro trabalho, realizado por Pauletti e Menarim
37
(2004), onde foram analisados o número médio de tubérculos por planta em
função da época de aplicação, fontes e doses (0, 200, 400 e 600 kg ha
-1
) de
potássio, não houve influência significativa do aumento das doses sobre o
número médio de tubérculos para a cultivar Binjte, tendo sido encontrada uma
média de 13 tubérculos por planta, quantidade superior à encontrada neste
experimento.
Tabela 4 - Número médio de tubérculos (n planta
-1
), em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da
Conquista - BA, 2008.
Fontes
Concentrações (kg ha
-
1
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto de Potássio
10,06 11,51 12,38 10,76
11,18A
Sulfato de Potássio
10,73 12,07 12,83 11,62
11,81A
Média 10,40b 11,79ab 12,61a 11,19ab
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
y = -2E-05x
2
+ 0,0121x + 10,317
R
2
= 0,9468
0
2
4
6
8
10
12
14
0 200 400 600
(Concentração)
(Número)
Figura 7 - Número médio de tubérculos (n.planta
-1
), em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da
Conquista - BA, 2008.
38
4.2 Massa fresca média de tubérculos
A utilização das diferentes fontes e das concentrações da adubação
potássica não influenciaram a massa fresca dos tubérculos para a cultivar Ágata,
conforme demonstrado na Tabela 5. O resumo da análise de variância para
massa fresca de tubérculos se encontra na Tabela 2A. A análise de regressão
demonstrou efeito quadrático das concentrações de potássio sobre esta variável.
Pereira e outros (2004), estudando o comportamento de cultivares de batata no
Rio Grande do Sul, encontraram valor inferior em termos de peso médio de
tubérculos para a cultivar Monalisa, de aproximadamente 56 g, quando utilizado
200 kg ha
-1
de potássio no plantio.
Já Cardoso (2007), estudando o peso médio de tubérculos por planta
com variados parcelamentos e doses de nitrogênio e potássio, não obteve
resultados significativos estatisticamente. No entanto, o valor médio de peso de
tubérculos encontrado por este autor foi superior (105,69 g) ao encontrado neste
trabalho para a cultivar Ágata.
Tabela 5 - Massa fresca média de tubérculos (g), em função da fonte e das
concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da Conquista
- BA, 2008.
Fontes
Concentrações (kg ha
-
1
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto de Potássio
64,80 72,30 66,49 70,29
70,40A
Sulfato de Potássio
67,48 62,52 81,14 72,34
70,87A
Média 66,14a 67,41a 73,81a 71,31a
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
39
4.3 Produtividade de tubérculos
A produtividade de tubérculos não foi influenciada pelas diferentes
concentrações de potássio, como mostra a Tabela 6. No entanto, a análise de
regressão demonstrou efeito quadrático das concentrações de potássio sobre a
produtividade de tubérculos, como é observado na Figura 8. A melhor resposta
foi encontrada com o uso de 400 kg ha
-1
de K
2
O. Com relação as diferentes
fontes utilizadas, também não foi observada diferença significativa. O resumo da
análise de variância para produtividade de tubérculos se encontra na Tabela 2A.
A maior produtividade média de tubérculos sob diferentes concentrações
de potássio encontrada neste trabalho (50.478,64 kg ha
-1
) foi superior à
produtividade média da cultivar Ágata encontrada por Feltran (2002) e Cardoso
(2007), sendo estas 28.000 kg ha
-1
e 48.256 kg ha
-1
, respectivamente. Neste
mesmo trabalho, Cardoso (2007) não obteve resultado significativo na
produtividade média de tubérculos com o aumento das doses utilizadas.
Tabela 6 - Médias de produtividade de tubérculos (kg ha
-1
), em função da
fonte e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória
da Conquista - BA, 2008.
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Fontes
Concentrações (kg ha
-
1
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto
de
Potássio
39.839 48.988 46.601 42.293
44.430A
Sulfato de
Potássio
42.752 42.159 54.356 45.784
46.263A
Média 41.295a 45.573a 50.478a 44.038a
40
Figura 8 – Produtividade média de tubérculos (kg ha
-1
), em função da fonte
e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da
Conquista - BA, 2008
Feltran (2005) encontrou a máxima produtividade de tubérculos na
cultivar Ágata de aproximadamente 40.351 kg ha
-1
, obtida com a aplicação de
262 kg ha
-1
de potássio, valor inferior ao obtido no presente experimento,
mesmo quando comparado à média encontrada quando se utilizou a dosagem de
200 kg ha
-1
, fato que se deve possivelmente às condições físico-químicas do solo
que, inicialmente, apresentava baixos teores do nutriente potássio, fazendo com
que a batateira respondesse de forma mais eficiente ao incremento da adubação
potássica, indiferente da fonte utilizada.
Carvalho e outros (2003) avaliando a produtividade e a qualidade dos
tubérculos de cultivares de batata adubadas com 480 kg ha
-1
de potássio
(adubação de fundação), verificaram produtividade total de 40.890 kg ha
-1
, na
cultivar Achat.
41
Mallmann (2001), ao utilizar em seu trabalho concentrações crescentes e
diferentes fontes de potássio (KCl e K
2
SO
4
), encontrou resultados semelhante
aos deste experimento para a fonte KCl, onde a produtividade máxima obtida foi
quando se utilizou a dosagem de 480 kg ha
-1
, vindo a apresentar um decréscimo
na produtividade com o incremento da concentração. No caso da fonte K
2
SO
4
, a
produtividade máxima observada foi ao se utilizar a dosagem de 960 kg ha
-1
.
4.4 Classificação de tubérculos
A classificação dos tubérculos de batata é a separação do produto em
lotes homogêneos. Utilizar a classificação da batata é unificar a linguagem do
mercado e de toda a cadeia de produção.
Quanto a classificação dos tubérculos, não se observou efeito
significativo para a porcentagem de tubérculos do tipo I, com diâmetro
transversal maior que 70 mm, com a utilização das diferentes fontes e
concentrações da adubação potássica (Tabela 7).
Já para a classificação dos tubérculos tipo II, com diâmetro transversal
maior que 42 mm até 70 mm, não se verificou efeito significativo com relação
ao percentual, tanto para as fontes utilizadas como também para as diferentes
concentrações de potássio (Tabela 8).
Para a porcentagem de tubérculos do tipo III, com diâmetro transversal
maior que 33 mm até 42 mm e tipo IV, com diâmetro transversal maior que 28
mm a 33 mm, observou-se que não houve efeito significativo ao utilizar
diversas fontes e concentrações de potássio para estas características avaliadas,
como apresentado nas Tabelas 9 e 10, respectivamente. O resumo da análise de
variância para classificação de tubérculos se encontra na Tabela 3A.
De modo geral, pode-se observar que houve uma maior produção de
tubérculos com diâmetro transversal superior a 42 mm, fato este desejado visto
42
que estes são comercializados com maior valor, significando mais renda ao
produtor.
Feltran e outros (2004), avaliando o desempenho agronômico de batata
em função de concentrações do formulado 8-28-16 nas concentrações de 1000,
2000, 3000 e 4000 kg ha
-1
, não observaram aumento da produção de tubérculos
com diâmetro transversal menor que 33mm com o aumento das concentrações
do formulado.
Cardoso (2007) não obteve diferença significativa para a cultivar Ágata
quanto aos quatro tipos de classificação ao estudar diferentes parcelamentos e
concentrações de nitrogênio e potássio.
Tabela 7 - Percentual médio de tubérculos do tipo I, em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da
Conquista - BA, 2008.
Fontes
Concentrações (kg ha
-
1
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto de Potássio
0,57 1,38 0,29 0,78
0,75A
Sulfato de Potássio
0 0,23 0,29 0,11
0,24A
Média
0,28a 0,80a 0,45a 0,44a
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Tabela 8 - Percentual médio de tubérculos do tipo II, em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da
Conquista - BA, 2008.
Fontes
Concentrações (kg ha
-
1
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto de Potássio
61,70 63,52 59,45 61,86
61,63A
Sulfato de Potássio
62,74 58,75 67,88 67,79
64,29A
Média 62,22a 61,13a 63,67a 64,83a
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
43
Tabela 9 - Percentual médio de tubérculos do tipo III, em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da
Conquista - BA, 2008.
Fontes
Concentrações (kg ha
-
1
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto de Potássio
27,37 24,58 29,80 27,52
27,32A
Sulfato de Potássio
25,83 29,15 24,02 23,38
25,60A
Média 26,60a 26,86a 26,91a 25,45a
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Tabela 10 - Percentual médio de tubérculos do tipo IV, em função da fonte e
das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da
Conquista - BA, 2008.
Fontes
Concentrações (kg ha
-
1
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto de Potássio
10,33 10,50 10,45 9,83
10,28A
Sulfato de Potássio
11,42 11,86 7,46 8,71
9,86A
Média 10,87a 11,18a 8,96a 9,27a
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
4.5 Número médio de tubérculos graúdos
Observando a Tabela 11, nota-se a influência das concentrações de
potássio no aumento do número de tubérculos graúdos por planta (tubérculos
com diâmetro transversal igual ou superior a 42mm). A Figura 9 mostra o efeito
quadrático das concentrações de potássio sobre esta variável, onde os melhores
resultados foram obtidos nas concentrações de 200, 400 e 600 kg ha
-1
, não
diferenciando estatisticamente entre si, porém, apenas a concentração de 400 kg
ha
-1
foi superior à testemunha, alcançando o número de 8 tubérculos graúdos por
planta, vindo a decrescer com o aumento da dose para 600 kg ha
-1
. Com relação
44
as fontes de potássio utilizadas, não houve diferença significativa para o número
de tubérculos graúdos. O resumo da análise de variância para número de
tubérculos graúdos se encontra na Tabela 4A.
Pauletti e Menarim (2004) avaliando época de aplicação, fontes e doses
de potássio na cultura da batata verificaram que a dose da adubação potássica
não influenciou o número de tubérculos graúdos para a cultivar Binjte, obtendo
uma média de 6 tubérculos graúdos por planta.
Cardoso (2007), avaliando o parcelamento e doses de N e K verificou
efeitos significativos das concentrações de potássio sobre o número de
tubérculos graúdos por planta para as cultivares Ágata e Vivaldi, sendo que para
a Ágata a melhor dosagem foi a de 280 kg ha
-1
de K
2
O, com uma média de 7
tubérculos graúdos por planta. Para a cultivar Vivaldi, a maior média
encontrada, 8 tubérculos graúdos por planta, foi obtida utilizando-se 350 kg ha
-1
de K
2
O.
Tabela 11 - Número médio de tubérculos graúdos (n.planta
-1
), em função da
fonte e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória
da Conquista - BA, 2008.
Fontes
Concentrações (kg ha
-
1
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto de Potássio
5,90
1
6,25 7,38 6,67
6,99A
Sulfato de Potássio
6,73 7,06 8,77 7,87
7,61A
Média 6,31b 7,27ab 8,08a 7,53ab
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
45
Figura 9 – Número médio de tubérculos graúdos, em função da fonte e das
concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da Conquista
- BA, 2008.
4.6 Massa fresca de tubérculos graúdos
A utilização de diferentes fontes e concentrações de adubos potássicos
não influenciou a massa fresca média de tubérculos graúdos para a cultivar
Ágata, conforme mostra a Tabela 12. O resumo da análise de variância para
massa fresca de tubérculos graúdos se encontra na Tabela 4A.
Cardoso (2007), ao estudar o efeito de diferentes parcelamentos e
concentrações de nitrogênio e potássio, também não obteve diferença
significativa para média de massa fresca de tubérculos graúdos na cultivar
Ágata, porém, a maior média de massa fresca de tubérculos graúdos encontrada
foi de 145 g na dose de 350 kg ha
-1
de K
2
O. Feltran e outros (2004), avaliando o
desempenho agronômico de batata em função de concentrações do formulado 8-
28-16 nas concentrações de 1000, 2000, 3000 e 4000 kg ha
-1
, obtiveram 160g e
46
170g para a maior e menor dosagem na cultivar Ágata. Os valores encontrados
por estes autores foram superiores aos obtidos neste trabalho.
Tabela 12 - Massa fresca média de tubérculos graúdos (g), em função da
fonte e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória
da Conquista - BA, 2008.
Fontes
Concentrações (kg ha
-
1
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto de Potássio
101,05 106,12 103,75 110,06
105,24A
Sulfato de Potássio
102,77 99,77 113,61 104,87
105,30A
Média 101,91a 102,94a 108,68a 107,47a
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
4.7 Produtividade de tubérculos graúdos
Pelos dados da Tabela 13, pode-se verificar um efeito significativo na
produtividade de tubérculos graúdos com relação às concentrações utilizadas de
potássio. Com relação as fontes de potássio utilizadas, não foi verificada
diferença significativa entre elas para a característica produtividade de
tubérculos graúdos. O resumo da análise de variância para produtividade de
tubérculos graúdos se encontra na Tabela 4A.
Tabela 13 - Médias de produtividade de tubérculos graúdos (kg ha
-1
), em
função da fonte e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB,
Vitória da Conquista - BA, 2008.
Fontes
Concentrações (kg ha
-
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto de Potássio
25.791 33.309 32.014 30.672
30.446A
Sulfato de Potássio
29.065 28.438 41.329 34.847
33.420A
Média 27.428b 30.873ab 36.672a 32.759ab
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas, não
diferem entre si, a 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey.
47
A Figura 10 mostra o efeito quadrático das concentrações dos
fertilizantes potássicos sobre esta variável, onde os melhores resultados foram
obtidos nas concentrações de 200, 400 e 600 kg ha
-1
, não diferenciando
estatisticamente entre si, porém, apenas a concentração de 400 kg ha
-1
foi
superior à testemunha, com produtividade média de 36.672 kg ha
-1
, vindo a
decrescer com o incremento da concentração, fato que se deve possivelmente a
toxicidade causada à planta pela quantidade excessiva de potássio, como foi
verificado por Mallmann, (2001) em sua pesquisa, onde encontrou maior
produção de tubérculos graúdos da cultivar Monalisa com o uso de 480 kg ha
-1
e
decréscimo com a dose de 960 kg ha
-1
utilizando como fonte o KCl
-
. Já Cardoso
(2007) alcançou a maior produtividade de tubérculos graúdos para a cultivar
Ágata ao utilizar a dose de 280 kg ha
-1
de potássio e a menor produtividade foi
obtida com o fornecimento de 350 kg ha
-1
deste nutriente.
A produtividade de tubérculos graúdos obtida neste trabalho foi superior
a encontrada por Feltran (2005), que obteve 33.203 kg ha
-1
com a cultivar Ágata
utilizando 252 kg ha
-1
de potássio. Os valores de produtividade comercial
obtidos ainda são considerados relativamente baixos para esta cultivar, visto que
na região Sudoeste do Estado de São Paulo, a produtividade comercial atingiu
60.000 kg ha
-1
(MELO e outros, 2003).
A classificação do tamanho dos tubérculos de batata não é apenas
importante sob o ponto de vista técnico e científico, mas principalmente sob o
ponto de vista comercial, visto que é evidente a preferência dos consumidores de
batata in natura pelos tubérculos maiores de 42 mm de diâmetro, isso devido a
maior facilidade no seu processamento, elevando assim seu valor comercial. O
potássio é um nutriente muito importante no desenvolvimento dos tubérculos,
pois exerce efeito positivo sobre a porcentagem de tubérculos graúdos e de
maior peso (GRUNER, 1963). Todavia, o excesso pode reduzir a produção de
tubérculos, elevando os custos de produção e causando impactos ambientais,
48
além de ocasionar aumento significativo da condutividade elétrica e da relação
K
+
/(Ca
2+
+Mg
2+
)
1/2
do solo o que prejudica a produção de tubérculos (REIS
JÚNIOR, 1995).
Figura 10 - Produtividade média de tubérculos graúdos (kg ha
-1
), em função
da fonte e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB,
Vitória da Conquista - BA, 2008
4.8 Matéria seca de tubérculos
As médias de matéria seca encontradas neste trabalho não sofreram
influência significativa estatisticamente com relação as diferentes concentrações
de adubo potássico (Tabela 14). No entanto, ao compararmos as fontes de
potássio, nota-se que houve uma diferença significativa no aumento do teor de
matéria seca quando se utilizou o sulfato de potássio em relação ao cloreto,
atingindo valores de 14,48 e 13,53%, respectivamente. Este resultado vem
comprovar a afirmação de Beukema e Zaag (1990) ao dizer que as plantas de
49
batata adubadas com o sulfato de potássio apresentam maiores teores de matéria
seca quando comparadas às plantas adubadas com o cloreto de potássio. O
resumo da análise de variância para esta variável se encontra na Tabela 4A.
Tabela 14 - Médias de matéria seca (%), em função da fonte e das
concentrações de potássio em batata cv. Ágata. UESB, Vitória da Conquista
- BA, 2008.
1
Médias seguidas de mesma letra minúscula nas linhas e maiúscula nas colunas não
diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Verifica-se na Tabela 14 que não houve efeito significativo para as
concentrações de cloreto de potássio. No entanto, o maior teor de matéria seca
foi encontrado na ausência da fertilização potássica (14,17%), vindo a decrescer
até 13,31% com a dose de 600 kg ha
-1
, o que se deve possivelmente ao fato de
que o elemento cloro, em altas concentrações na planta, promove a redução no
seu teor de clorofila, consequentemente havendo uma diminuição de sua
atividade fotossintética, reduzindo assim sua matéria seca. Pauletti e Menarim
(2004) encontraram comportamento semelhante com o cloreto de potássio para a
cultivar Binjte.
Observando os resultados encontrados para o sulfato de potássio,
verificou-se um comportamento divergente ao do cloreto, onde as médias de
matéria seca foram crescentes com o incremento da dose, sendo o melhor
resultado obtido com a dose de 600 kg ha
-1
(15,16%), porém, não houve
diferença significativa entre as concentrações de sulfato para esta variável
estudada. em trabalho realizado por Reis Júnior e Monnerat (2001), a
Fontes
Concentrações (kg ha
-
1
)
Média
1
0 200 400 600
Cloreto de Potássio
14,17 13,15 13,50 13,31
13,53B
Sulfato de Potássio
14,17 14,30 14,30 15,16
14,48A
Média 14,17a 13,72a 13,90a 14,23a
50
adubação com sulfato de potássio não influenciou a produção de matéria seca de
tubérculos de batata.
Mallmann (2001), ao avaliar o efeito crescente das fontes e
concentrações de potássio sobre a produtividade e qualidade de tubérculos de
batata da cv. Monalisa, observou que os maiores teores de matéria seca
encontrados para o cloreto foram com as concentrações de 0 e 120 kg ha
-1
e para
o sulfato a melhor concentração foi 240 kg ha
-1
.
Cardoso (2007) encontrou valores médios de matéria seca para a cv
Ágata de 14,48%. Feltran e outros (2004) ao analisarem o teor de matéria seca
em tubérculos de batata cv. Ágata utilizando o formulado 04-14-08 no plantio e
20-00-20 em cobertura obtiveram valor médio de 16,4%, valor superior ao
encontrado neste trabalho.
Reis Júnior e Fontes (1996), estudando a qualidade de tubérculos de
batata em função da adubação potássica (0, 60, 120, 240, 480 e 960 kg ha
-1
),
constataram que o teor médio de massa seca de tubérculos da cv. Baraka
decresceu com o aumento da adubação potássica, sendo o teor de massa seca
estimada em 15,10%, quando utilizada a concentração 0 de K
2
O, decrescendo
até 13,73% com a concentração de 960 kg ha
-1
de K
2
O. Pauletti e Menarim
(2004) também observaram a redução do teor de matéria seca com o aumento
dos teores de potássio para a cultivar Binjte, diferentemente do observado nesta
pesquisa.
Segundo Cacace e outros (1994), os teores de matéria seca podem ser
classificados em: alto (teores >20,0%), teor intermediário (teores entre 18,0% a
19,9%) e baixo (teores < 17,9%). Diante disto, os valores encontrados neste
trabalho se encontram classificados no grupo de baixo teor de massa seca.
51
5 CONCLUSÕES
Nas condições em que o trabalho foi conduzido, pode-se obter as
seguintes conclusões:
As fontes de potássio não afetam a produtividade de batata, porém, o uso do
sulfato de potássio promove um maior teor de matéria seca em tubérculos de
cv. Ágata;
As concentrações da adubação potássica promovem maior número médio de
tubérculos, principalmente no número médio de tubérculos graúdos, com
diâmetro transversal maior que 42 mm;
A concentração da adubação potássica de 400 kg ha
-1
proporciona uma maior
produtividade de tubérculos graúdos.
52
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57
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58
APÊNDICE
59
Tabela 1A - Número de pulverizações, produto aplicado e doses utilizadas
na área experimental. UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008.
Número Nome comercial Categoria Princípio ativo Dose
1
Moncerem
Astro
Fungicida
Inseticida
Pencycuron
Chlorpyrifós
5,0 Kg.ha-1
3,0 L.ha-1
2 Sencor Herbicida Metribuzin 1,0 L ha-1
3 Dithane
Metafós
Fungicida
Inseticida
Mancozeb
Methamidaphos
3,0 Kg.ha-1
1,0 L.ha-1
4 Curzate
Karate
Fungicida
Inseticida
Cymoxanil
Lambdacyhalothrin
2,5 Kg.ha-1
0,4 L.ha-1
5 Actara
Dithane
Cobre
Inseticida
Fungicida
Fungicida
Tiametoxam
Mancozeb
Oxicloreto de cobre
0,2 Kg.ha-1
3,0 Kg.ha-1
2,0 Kg.ha-1
6 Dithane
Cobre
Karate
Fungicida
Fungicida
Inseticida
Mancozeb
Oxicloreto de cobre
Lambdacyhalothrin
3,0 Kg.ha-1
2,0 Kg.ha-1
0,4 L.ha-1
7 Bravonil
Metafós
Fungicida
Inseticida
Chlorothalonil
Methamidophos
2,5 L.ha-1
1,0 L.ha-1
8 Dithane
Actara
Fungicida
Inseticida
Mancozeb
Tiametoxam
3,0 Kg.ha-1
0,15 Kg.ha
-
9 Ridomil
Vertimec
Fungicida
Inseticida
Metalaxyl
Abamectina
2,5 Kg.ha-1
0,6 L.ha-1
10 Curzate
Karate
Fungicida
Inseticida
Cymoxanil
Lamvdacyhalothrin
2,5 Kg.ha-1
0,4 L.ha-1
11 Dithane
Amistar
Fungicida
Inseticida
Mancozeb
Azoxystrobin
3,0 Kg.ha-1
2,0 Kg.ha-1
12 Bravonil
Folisuper
Fungicida
Inseticida
Chlorothalonil
Parathion Methyl
2,5 L.ha-1
1,0 L.ha-1
13 Dithane
Cobre
Metafós
Fungicida
Fungicida
Inseticida
Mancozeb
Oxicloreto de cobre
Methamidophos
3,0 Kg.ha-1
2,0 Kg.ha-1
1,0 L.ha-1
14 Amistar
Karate
Fungicida
Inseticida
Azoxystrobin
Lambdacyhalothrin
0,2 Kg.ha-1
0,4 L.ha-1
15 Dithane
Folisuper
Fungicida
Inseticida
Mancozeb
Parathion Methyl
3,0 Kg.ha-1
1,0 L.ha-1
16 Cobre
Metafós
Fungicida
Inseticida
Oxicloreto de cobre
Mathamidophos
2,0 Kg.ha-1
1,0 L.ha-1
17 Karate Inseticida Lambdacyhalothrin 0,4 L.ha-1
18 Folisuper Inseticida Parathion Methyl 1,0 L.ha-1
60
Tabela 2A - Resumo da análise de variância para número de tubérculos
(NT), massa fresca de tubérculos (MFT) e produtividade de tubérculos (PT)
em função da fonte e das concentrações de potássio em batata cv. Ágata.
UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008.
C.V G.L.
Quadrados Médios
NT MFT (g) PT (kg ha
-
1
)
Fonte
1 3,2512
ns
28,9561
ns
26.862.104,4512
ns
Concentração
3
7,0073
131,3540
ns
118.689.727,7299
ns
Fonte x
Concentração
3 0,0619
ns
248,0238
ns
76.013.625,0189
ns
Tratamentos
7 3,4941 166,7271 87.281.737,5282
Blocos
3
15,8644
849,1621
107.537.410,5921
ns
Resíduo
21 2,0466 108,2416 44.136.922,4745
Total
31
CV (%)
12,43 14,66 14,65
Média Geral
11,5000 70,9238 45346,8094
(NS) Não Significativo, (
) Significativo a 5% de probabilidade pelo Teste F e (
∗∗
)
Significativo a 1% de probabilidade pelo Teste F.
Tabela 3A - Resumo da análise de variância para classificação de
tubérculos de acordo com o diâmetro transversal (Tipo I, Tipo II, Tipo III e
Tipo IV) em função da fonte e das concentrações de potássio em batata cv.
Ágata. UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008.
C.V G.L.
Quadrados Médios
Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV
Fonte
1 2,1218
ns
56,2595
ns
23,7188
ns
1,3778
ns
Concentração
3 0,3871
ns
20,9372
ns
3,7467
ns
10,0356
ns
Fonte x
Concentração
3 0,7625
ns
67,8495
ns
41,2375
ns
8,3112
ns
Tratamentos
7 0,7958 46,0885 22,6673 8,0597
Blocos
3
1,8345
30,5133
ns
14,6047
ns
63,0185
Resíduo
21 0,5387 46,8128 25,2730 12,9323
Total
31
CV (%)
147,16 10,86 18,99 35,69
Média Geral
0,4987 62,9653 26,4603 10,0744
(NS) Não Significativo e (
)Significativo a 5% de probabilidade pelo Teste F.
61
Tabela 4A - Resumo da análise de variância para número de tubérculos
graúdos (NTG), massa fresca de tubérculos graúdos (MFTG),
produtividade de tubérculos graúdos (PTG) e matéria seca de tubérculos
(MST) em função da fonte e das concentrações de potássio em batata cv.
Ágata. UESB, Vitória da Conquista - BA, 2008.
C.V G.L.
Quadrados Médios
NTG MFTG
(g)
PTG (kg ha
-
1
) MST
(%)
Fonte
1 4,5000
ns
12,3132
ns
70724430,1834
ns
7,2200
Concentração
3
4,1569
87,7206
ns
118822991,7522
ns
0,4595
ns
Fonte x
Concentração
3 1,3315
ns
137,0789
ns
68855587,7696
ns
1,1833
ns
Tratamentos
7 2,9950 98,1016 90537166,9641 1,7355
Blocos
3 3,6913
ns
572,0207
78620463,1099
ns
9,2043
Resíduo
21 1,2532 85,8856 43537863,2686 0,7229
Total
31
CV (%)
15,46 8,79 20,66 6,06
Média Geral
7,2375 105,3797 31933,5284 14,0094
(NS) Não Significativo e (
∗∗
) Significativo a 1% de probabilidade pelo Teste F.
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