revela um cenário de ricas formulações teóricas e, ao mesmo tempo, muitas idéias
inconciliáveis.
A princípio, podem ser listadas diversas obras que versam sobre variados temas
relacionados ao desenvolvimento psicológico e suas vicissitudes, e que interessam a quem
pretende trabalhar preventivamente, tais como: desenvolvimento emocional primitivo (Hoffer,
1983; Jerusalinsky, 1989; Klein, 1952a, 1952b, 1958; Lebovici, 1980; Simon, 1999; Stern,
1985; Winnicott, 1945); a evolução do comportamento infantil no primeiro ano de vida
(Pinto, 1997); o desenvolvimento emocional infantil (Klein, 1928, 1932a, 1946, 1952a; Perez-
Sanchez, 1983; Spitz, 1960; Winnicott, 1990a, 1990b) e as reações esperadas e patológicas
neste período (Freud, 1937; Spitz, 1979); o processo de aquisição da independência (Mahler,
1982); a formação dos laços afetivos e as conseqüências do seu rompimento (Bowlby, 1977,
1988, 1990; Rutter, 1971, 1972; Yarrow, 1961); os mecanismos de defesa comuns na criança
(Freud, A. 1936; Klein, 1946; Winnicott, 1990a); a influência da paternidade (Aberastury,
1984a; Dor, 1991); a formação da identidade sexual (Freud, 1905, entre outros); as
repercussões das “situações de risco” (desmame, separação dos pais, morte de ente querido, o
nascimento de um irmão (ã), etc.) no desenvolvimento psicológico (Aberastury, 1984b;
Dessen, 1992; Dolto, 1989b; Klein, 1936; Kovacs, 1992; Lefort, 1988); o complexo de Édipo
(Klein, 1928; Steiner, 1992;); e o desenvolvimento psicossocial da criança (Elkin, 1968;
Erikson, 1971; Vygotsky, 1992, 1994; Youniss, 1980).
Como se pode notar o leque de assuntos relacionados aos aspectos emocionais e
psicossociais do desenvolvimento é muito grande. A complexidade verificada e a amplitude
encontrada reservam uma das mais árduas tarefas aos que objetivam intervir
psicoprofilaticamente.
Assim sendo, a eleição de um único modelo teórico que reúna fecundas contribuições
para o entendimento do universo mental infantil pode tornar mais viável a empreitada