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Eu uso um pouco o lúdico, desenhos, esquemas, oral, a gente
conversa como é que você entendeu isso. [...] não faço todos os dias, cada
dia eu faço com um pouco, não fico assim na avaliação só escrita, só escrita,
não. Mas a gente faz essa avaliação escrita. Então seria avaliação escrita,
oral – mais um diálogo, né? E nessa avaliação escrita entra tudo aquilo que a
gente trabalhou, é óbvio. (P3)
[...] para eu avaliar, primeiro é o conhecimento que ele já traz de
casa, e o que ele pode estar colocando em relação aquele conteúdo, né? E a
outra avaliação eu procuro não trabalhar assim a questão, por exemplo,
decoreba da tabela periódica, isso eu não trabalho [...], então eu não preciso
fazer com que ele decore a tabela, mas eu preciso fazer com que ele olhe
uma tabela, entenda os números que estão na tabela, nas letras, o que
significa, como que chegaram aquela conclusão, né? Isso eu faço na
avaliação [...]. Eu não trabalho com esse método de decorar na Química de
oitava série. (P4)
[...] prova [...], seminário (leitura, explicação, a escrita e os
cartazes), [...] as atividades no caderno, [...] a pesquisa, [...] sua presença na
sala de aula [...]. (P5)
[...] questionamentos [...], avalio o interesse dos alunos [...]
exercícios que eu proponho em sala, [...] prova escrita, [...]. (P6)
[...] provas escritas, trabalhos, apresentação de seminários, tudo
isso é avaliado. (P7)
Provas, participação, apresentação de trabalhos, exercícios. (P8)
Olha, a minha avaliação ela é cotidiana, todos os dias eu avalio, tá?
Trabalhos produtivos, exercícios produtivos, aula prática, participação dos
alunos, que é muito importante, né? E uma correção no final do semestre. E
seminários também. (P9)
Avaliação eu faço no dia-a-dia, né? A participação do aluno, o
interesse do aluno, não faço prova oral, faço mais assim trabalhos em grupo,
observo o aluno se ele está fazendo atividade ou não, e também faço prova
escrita, né? Faço seminários, apresentação de trabalho, apresentação em
grupo. Tudo é avaliado. (P10)
Estes dados levam-nos a inferir que os professores, ao utilizarem avaliações
escritas, orais, seminários, participação, presença, trabalhos em grupo, testes e
exercícios, mesmo sem muita consciência, exercitam uma prática de avaliação numa
perspectiva mais crítica, ética e transformadora.
No que se refere à capacidade dos alunos, e se estão preparados cognitivamente
para aprender Química na oitava série, quatro professoras (P1, P2, P3, P10) afirmam
que não consideram seus alunos aptos à aprendizagem de Química na 8ª série. Os
demais professores (P4, P5, P6, P7, P8, P9), ao contrário, acreditam que seus alunos
estão preparados cognitivamente para aprender Química no ensino fundamental.
Aqueles professores que disseram que os alunos não possuem preparo cognitivo
para aprender a Química nesse nível de ensino, justificaram suas respostas mediante a