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Há vários padrões clínicos de FFD: 1.
Dermatitis bullosa striata
pratensis
(DBSP), 2. Dermatitite em berloque. 3. Fitofotodermatite
clássica
1
.
DBSP resulta da exposição a psoralenos, encontrados
naturalmente em plantas. Os pacientes afetados têm contato
fortuito com plantas ao ar livre, com exposição concomitante ao sol.
A erupção começa 24hs depois da exposição, como um eritema que
se torna bolhoso. Como as plantas deslizam sobre a pele, quando o
indivíduo tem contato com as mesmas, as lesões são lineares. A
cura resulta em intensa hiperpigmentação durando semanas a
meses e é freqüentemente útil como pista diagnóstica.
A Dermatite em berloque ocorre pela aplicação de perfumes
ou colônias contendo psoralenos, os quais classicamente contêm
óleo de bergamota (ingrediente ativo 5-metóxi-psoraleno). A
hiperpigmentação pode durar meses e ocorre, frequentemente, ao
redor do pescoço, onde os perfumes são aplicados.
Fitofotodermatite clássica consiste numa erupção cutânea
inflamatória fototóxica, por lesão celular dos psoralenos e da luz
solar. Em Pelotas - RS estima-se uma incidência de 16 casos por
100.000 hab/verão; ao redor de 50 casos são vistos, por verão
nesta cidade. Mais comumente, os pacientes manipulam limões taiti
em caipirinhas ou como guarnição (Figura 1); por isso, a localização
mais freqüente é o dorso das mãos (Figura 2). Inclusive, casos
graves com bolhas intensas, afetando ambas as mãos, são
freqüentes. Também ocorre, de os pacientes passarem a mão no
tronco e produzirem queimaduras à distância. Já vimos também