45
Baumgarten, 2006; Gong et al, 2004). Nos outros, há correntes de entrada
ativadas pelo aumento de volume celular mesmo em potenciais negativos.
Essas correntes podem ser muito grandes como as vistas em neurônios
corticais (Kubo & Okada, 1992), astrócitos (Kimelberg et al, 2006), células CHO
(Li et al, 2000) e colangiócitos (Chen et al, 2004), ou pequenas como as vistas
em células de músculo liso (Yamazaki et al, 1998; Guan et al, 2006).
Para a caracterização dos canais das células GH3 foram realizados
experimentos para determinar a sua seqüência de permeabilidade.
Observamos neste estudo, que ela difere da descrita para esta família de
canais para cloreto ativados pelo aumento do volume celular (Nilius et al,1996;
Roman et al, 1999; Yamazaki et al, 1998; Guan et al, 2006; Feranchak et al,
2000), mas assemelha-se à seqüência encontrada para a família de canais
ativados por voltagem. Vários estudos sugerem os canais ClC-3 da família de
canais ativados por voltagem como possível identidade molecular dos canais
VRACs, baseados na expressão funcional da proteína clonada (Baumgarten &
Clemo, 2003; Duan et al, 1997; Gong et al, 2004; Greenwood, 2004; Zhou et
al, 2005). A expressão heteróloga causou a ativação de correntes com
características biofísicas semelhantes as correntes ativadas por volume,
incluindo a retificação para fora, a seletividade aniônica I
-
> Cl
-
> aspartato,
inativação em potenciais positivos, inibição pela hipertonicidade, por
nucleotídeos extracelulares e por tamoxifeno, além de também apresentarem
regulação pela PKC e pelas fostatases serina/treonina (Zhou et al, 2005, Duan
et al, 1997). Porém, Li et al (2000), verificaram que as correntes dos canais
ClC-3 apresentam tanto a seqüência de permeabilidade como a farmacologia,
distintas das correntes dos canais VRACs. Além disso, Jentsch et al (2002),
argumentam, que o ClC-3 é normalmente localizado em membranas
intracelulares e que a expressão do ClC-3 não necessariamente leva a
observação das correntes ativadas pelo aumento do volume na célula. Por
isso, a base molecular dos canais VRACs continua desconhecida (Baumgarten
& Clemo, 2003). Entretanto, os autores de alguns estudos não excluem a
possibilidade desse canal ser um heterodímero composto pelo ClC-3 e mais
uma outra subunidade (Sardini et al, 2003 Duan et al, 1997). Os dados
encontrados no nosso trabalho, portanto, aproximam-se desta hipótese.