Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Renato Zanotta Rebelo
Avaliação longitudinal dos efeitos clínicos,
microbiológicos e salivares de um anti-séptico bucal
contendo óleos essenciais utilizado no protocolo
terapêutico “desinfecção de boca-total em estágio único”
Taubaté – SP
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
1
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Renato Zanotta Rebelo
Avaliação longitudinal dos efeitos clínicos,
microbiológicos e salivares de um anti-séptico bucal
contendo óleos essenciais utilizado no protocolo
terapêutico “desinfecção de boca-total em estágio único”
Dissertação apresentada para obtenção do Título
de Mestre pelo Programa de Pós-graduação do
Departamento de Odontologia da Universidade de
Taubaté.
Área de Concentração: Periodontia.
Orientador: Prof
a.
Dr
a.
Sheila Cavalca Cortelli
Co-orientador: Prof. Dr. Fernando de Oliveira Costa
Taubaté – SP
2008
ads:
2
RENATO ZANOTTA REBELO
Data: __________
Resultado: _______________
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr.______________________ Universidade de Taubaté
Assinatura____________________
Prof. Dr.______________________ Universidade _________
Assinatura____________________
Prof. Dr.______________________ Universidade _________
Assinatura____________________
3
Dedico este trabalho a minha família que esteve
em todos os momentos ao meu lado...
... em especial para Juliana minha querida
noiva.
4
AGRADECIMENTOS
A Profa. Dra. Sheila Cavalca Cortelli pela dedicação com que me orientou durante
todas as fases do nosso trabalho.
Ao Prof. Dr. Fernando de Oliveira Costa pela co-orientação.
Aos colegas e professores que me ajudaram durante a fase clínica do nosso
trabalho.
- Prof. Dr. José Roberto Cortelli
- Profa. Dra. Marinella Holzhausen
- Alan Salinas Sonagere
- Aline Mantovane
- Juliana Silva Drumond da Costa
- Karina Machado
- Vanessa Barbosa de Medeiros
Aos colegas e professores que me ajudaram durante a fase laboratorial do nosso
trabalho.
- Prof. Dr. Celso da Silva Queiroz
- Prof. Dr. Gilson César Nobre Franco
- Jonas de Carvalho Filho
- Juliana Guimarães do Santos
Ao colega M. Davi Romeiro Aquino pela ajuda com a análise estatística dos dados.
A todas as pessoas que forneceram direta ou indiretamente ajuda para que esse
trabalho pudesse ser realizado.
A todos os pacientes que participaram do estudo.
5
Agradeço a Capes que me forneceu a bolsa de estudo, tornando assim possível a
realização desse trabalho.
Agradeço a empresa Johnson & Johnson Consumer & Personal Products Worldwide
a Division of Johnson & Johnson Consumer Companies Inc., Morris Plains, NJ
USA pela concessão do Independent investigator research Grant.
6
Rebelo RZ. Avaliação longitudinal dos efeitos clínicos, microbiológicos e salivares de
um anti-séptico bucal contendo óleos essenciais utilizado no protocolo terapêutico
“desinfecção de boca total em estágio único” [Dissertação de mestrado]. Taubaté:
Universidade de Taubaté, Departamento de Odontologia, 2008. 71p.
Resumo
Hipótese do estudo: Hipotetizou-se que a incorporação dos óleos essenciais no
protocolo “desinfecção de boca total em estágio único” acarretaria benefícios
adicionais comparativamente a solução placebo. Objetivos: Avaliar
longitudinalmente através de parâmetros clínicos, microbiológicos e salivares os
efeitos de um anti-séptico bucal contendo óleos essenciais como o agente químico
usado no protocolo “desinfecção de boca total em estágio único”. Metodologia:
Profundidade de sondagem, índice de placa e índice gengival modificado foram
mensurados pelo mesmo examinador calibrado, em todos os dentes presentes, de
cinquenta indivíduos com periodontite leve que procuraram atendimento no
Departamento de Odontologia da Unitau. A presença de Porphyromonas gingivalis,
Tannerella forsythia, Campylobacter rectus e Streptococcus sanguinis foi
determinada por PCR em amostras de saliva não estimulada, dorso da língua e de
biofilme subgengival. Fluxo de saliva estimulada e não estimulada, pH salivar,
dosagem de proteína total e de fosfatase alcalina foram mensurados nos três
tempos do experimento. Os indivíduos foram distribuídos aleatoriamente em um dos
seguintes grupos: “desinfecção de boca total em estágio único” associada aos óleos
essenciais (n = 25) ou “desinfecção de boca-total em estágio único” associada a
placebo (n = 25). Após a realização dos procedimentos mecânicos os participantes
realizaram bochechos duas vezes ao dia por sessenta dias consecutivos. Todos os
parâmetros foram monitorados inicialmente (T0), aos sessenta (T1) e aos 180 (T2)
dias. Resultados: Completaram o estudo 23 participantes no grupo placebo e 22 no
grupo teste. Inicialmente os grupos foram estatisticamente iguais em relação aos
parâmetros clínicos. A análise inter-grupos demonstrou maiores reduções de IPI e
IGM no grupo teste em relação ao placebo (ANOVA e teste t Student, p<0,05).
Apenas as análises intra-grupos revelaram diferenças estatisticamente significativas
para as prevalências bacterianas (Qui-quadrado, p <0.05). Em ambos os grupos, P.
gingivalis não reduziu em nenhum sítio em ambos os grupos. Aos 6 meses C. rectus
aumentou para ambos os grupos enquanto T. forsythensis reduziu para o grupo
teste nas amostras subgengivais. S. sanguinis aumentou entre T0 e T1, exceto
subgengivalmente no grupo controle. Apenas o grupo teste apresentou redução do
nível total de proteína na saliva enquanto a dosagem de fosfatase alcalina não foi
alterada por esse tipo de terapia periodontal (Kruskal-Wallis, p<0,05). Conclusões:
Os óleos essenciais no protocolo “desinfecção de boca-total em estágio único”
acarretaram benefícios clínicos adicionais, principalmente na redução de placa e
inflamação gengival sem alterar parâmetros salivares básicos. O protocolo
terapêutico possibilitou aumento da espécie bacteriana benéfica pesquisada.
Palavras-chave: Óleos essenciais; Estudos clínicos; Terapia; Bactérias; Saliva.
7
Rebelo RZ. Long-term clinical, microbiological and salivary effects of an essential-oils
containing mouthrinse used in the “one-stage full-mouth disinfection” therapeutic
protocol. [Dissertação de mestrado]. Taubaté: Universidade de Taubaté,
Departamento de Odontologia, 2008. 71p.
Abstract
Hypothesis: The hypothesis of this study was that introducing essential oils into the
“one-stage, full-mouth disinfection” protocol would result in additional benefits
compared to placebo. Objectives: To evaluate through clinical, microbiological and
salivary parameters, the long-term effects of an essential-oils containing mouth-rinse
as the active chemical agent applied in the of “one-stage full-mouth disinfection”
protocol. Methods: The same calibrated examiner measured probing depth, plaque
and modified gingival indices of all teeth in fifty subjects with mild periodontitis
consulting the Department of Dentistry of Unitau. The presence of Porphyromonas
gingivalis, Tannerella forsythia, Campylobacter rectus and Streptococcus sanguinis
was determined by PCR in non-stimulated saliva, tongue dorsum and subgingival
biofilm samples. In addition, stimulated and non-stimulated salivary flow, salivary pH
and total level of protein and alkaline phosphatases were ensured. The subjects were
randomly allocated into the two following groups: “one-stage full-mouth disinfection”
plus essential oils (n= 25) or “one-stage full-mouth disinfection” plus placebo (n= 25).
After finishing the mechanical procedures the subjects performed mouth rinsing twice
a day for sixty consecutive days. All parameters were monitored at baseline (T0),
sixty (T1) and 180 days (T2). Results: 23 subjects in the placebo group and 22 in
the test-group completed the study. At baseline, both groups were statistically alike
referring to clinical parameters. The inter-group analysis showed higher reductions of
PII and MGI in the test-group compared to the placebo group (ANOVA and Student-t
test, p <0.05). Only the intra-group analyses revealed statistically significant
differences for the bacterial prevalence (Chi-square, p<0,05). For both groups,
P.gingivalis did not reduce in any sampled site. At 6-months C.rectus increased for
both groups while T.forsythensis reduced subgingivally for test group. S.sanguinis
increased from baseline to 2-months, except subgingivally in placebo group. Only the
test group revealed a reduction of the total protein level in the saliva, while this type
of periodontal therapy did not alter the level of alkaline phosphatases (Kruskal-Wallis,
p<0,05). Conclusions: Essential oils provided additional clinical benefits especially
in reducing plaque and gingival inflammation without alter basic characteristics of
saliva when used in the OSFMD. The therapeutic protocol allowed increasing in the
prevalence of the tested beneficial bacterial species.
Key words: Essential; Oils; Clinical trials; Therapy; Bacteria; Saliva.
8
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
09
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Óleos essenciais
2.2 Desinfecção de boca-total em estágio único
2.3 Parâmetros periodontais
11
11
16
21
3. PROPOSIÇÃO
25
4. METODO
4.1 Delineamento experimental
4.2 Considerações éticas
4.3 Cálculo amostral
4.4 População estudada
4.5 Análise clínica
4.6 Análise microbiológica
4.7 Análise salivar
4.8 Terapia periodontal
4.8.1 Aderência dos participantes
4.8.2 Tempos experimentais
4.8.3 Análise estatística
26
26
26
27
27
29
30
34
36
39
40
41
5. RESULTADOS
5.1 Resultados clínicos
5.2 Resultados microbiológicos
5.3 Resultados salivares
42
42
45
48
6. DISCUSSÃO
49
7. CONCLUSÕES
56
REFERÊNCIAS
57
ANEXOS
71
9
1 INTRODUÇÃO
A importância do controle do biofilme para a saúde bucal já é conhecida
desde os anos 60 quando Löe et al. (1965) verificaram que através do acúmulo do
biofilme inicia-se o processo de gengivite, o qual pode em alguns indivíduos
susceptíveis evoluir para periodontite. Assim, agentes químicos podem oferecer
benefícios adicionais aos procedimentos mecânicos uma vez que eles alteram ou
inibem o desenvolvimento do biofilme sem romper o equilíbrio biológico da cavidade
bucal (Baehni & Takeuchi, 2003).
Embora muitos componentes possam ser utilizados como anti-sépticos
bucais, como agentes anti-placa e anti-gengivite a clorexidina e os óleos essenciais
possuem o selo de aprovação da American Dental Association – ADA
(http://www.ada.org/ada/seal/category.asp).
A clorexidina é um agente antimicrobiano de alta substantividade e eficaz no
controle das infecções bucais, todavia, apresenta efeitos colaterais decorrentes do
uso contínuo. Alteração de paladar, pigmentação extrínseca de dentes e
restaurações, aumento da deposição de cálculo supragengival são alguns dos
inconvenientes que podem surgir após 15 ou mais dias de enxágüe bucal com
soluções de clorexidina 0,12% (Fishman, 1994).
Deste modo, inúmeras pesquisas têm sido conduzidas a fim de identificar
outros agentes químicos, inclusive produtos naturais, com adequada atividade
antimicrobiana, mas, com menos efeitos colaterais. Os óleos essenciais possuem
efeitos benéficos para o controle da gengivite por diminuírem a síntese de
prostaglandinas e a quimiotaxia para neutrófilos, reduzindo os sinais clínicos de
10
Introdução _______________________________________________________
inflamação (Mendes et al. 1995). Comercialmente, o Listerine® é composto por uma
combinação padronizada de óleos essenciais da qual decorre sua comprovada
atividade antimicrobiana. Ao contrário dos colutórios a base de clorexidina, essa
combinação de óleos essenciais pode ser utilizada em protocolos terapêuticos
curativos e preventivos.
Devido aos conhecimentos sobre os padrões de recolonização microbiana
bem como dos efeitos dos procedimentos periodontais sobre a microbiota supra e
subgengivais, foi proposto por Quirynen et al. (1995) o protocolo terapêutico -
periodontal designado “desinfecção de boca-total em estágio único” no qual os
procedimentos mecânicos são efetuados em intervalo de tempo reduzido em
associação ao agente químico clorexidina. Os resultados reportados na literatura
parecem demonstrar que os benefícios alcançados decorrem parcialmente da
concentração da terapia mecânica e parcialmente pelos agentes químicos. Devido à
carência de dados sobre os óleos essenciais nesse protocolo específico, Cortelli et
al. (2008) realizaram um estudo preliminar e obtiveram resultados clínicos
promissores em indivíduos com periodontite crônica moderada. Assim, o presente
estudo teve por objetivo verificar longitudinalmente os efeitos clínicos,
microbiológicos e salivares desse protocolo terapêutico modificado pela utilização
prolongada de uma anti-séptico bucal contendo óleos essenciais no tratamento da
periodontite crônica leve.
11
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Óleos essenciais
Para que um produto seja comercialmente aceito como quimioterápico no
controle do biofilme e da gengivite ele deve possuir algumas características
preconizadas pela American Dental Association (1997) recebendo esses um selo de
aprovação. Devido o biofilme ser o agente etiológico primário para a gengivite e
outras doenças bucais, os produtos quimioterápicos utilizados em periodontia devem
possuir eficácia na diminuição do biofilme, e também redução clinicamente
comprovada da gengivite. Assim, os quimioterápicos além de inibir ou modificar o
biofilme, reduzem ou previnem a gengivite. E por isso, a avaliação da eficácia do
produto incluía a mensuração através da redução da quantidade ou da
patogenicidade do biofilme.
Uma combinação específica de óleos essenciais (timol 0,064%; mentol
0,042%; eucaliptol 0,092% e salicilato de metila 0,06%) e a clorexidina são aceitos
pela ADA (http://www.ada.org/ada/seal/category.asp) como produtos quimioterápicos
para o controle da placa e gengivite. E, vinculado ao programa regulatório, a própria
Associação oferece algumas informações importantes
(http://www.ada.org/ada/seal/mouthrinses.asp), as quais se encontram abaixo
resumidas.
A população e os profissionais da área da saúde em geral utilizam soluções
para bochechar por alguma das seguintes razões: refrescar o hálito, prevenir ou
12
Revisão da Literatura________________________________________________
controlar o aparecimento de lesões cariosas, reduzir a placa ou biofilme, prevenir ou
reduzir a gengivite, diminuir a velocidade na qual o cálculo se forma sobre os dentes
ou ainda oferecer uma combinação desses mesmos efeitos. Tais produtos são
compostos por ingredientes básicos como água, álcool, agentes de limpeza,
flavorizantes e corantes em adição aos ingredientes ativos que podem ser
agrupados em quatro categorias básicas:
a) agentes antimicrobianos: atuam diretamente sobre as bactérias auxiliando na
redução da placa, diminuindo a gravidade da gengivite ou controlando a
halitose;
b) fluoretos: auxiliam na redução de lesões de cárie no esmalte e aumentam a
resistência desse tecido à cárie;
c) sais adstringentes: atuam como desodorizantes de ação temporária que
mascaram o mau hálito;
d) neutralizadores de odores: promovem a inativação química dos componentes
que causam o mau hálito.
Como pode ser observado, os ingredientes ativos é que conferem as
propriedades almejadas pelos usuários. Assim, de acordo com os ingredientes ativos
os enxaguatórios são divididos em cosméticos e terapêuticos. Os primeiros
controlam ou reduzem o mau hálito deixando a cavidade bucal com sabor agradável,
todavia, eles não são eficazes contra os agentes que causam a halitose. Tais
ingredientes não têm ação bactericida nem tampouco inativam quimicamente os
compostos que provocam o mau hálito. Finalmente os produtos cosméticos não
reduzem placa, gengivite ou cárie. Ao contrário essas reduções são oferecidas pelos
enxaguatórios terapêuticos. Nesta categoria, deve-se salientar que a destruição de
bactérias ou suas toxinas ocorre na placa dentária não removida mecanicamente e
13
Revisão da Literatura________________________________________________
por extensão alcança bactérias presentes em sítios não dentários. Assim, os
quimioterápicos com reconhecida ação anti-placa e anti-gengivite na verdade
reduzem as contagens e inibem a atividade bacteriana em magnitude suficiente para
interferir na doença gengivite.
Em uma revisão de literatura Moshrefi (2002) apontou a clorexidina como o
padrão-ouro dentre os anti-sépticos bucais, entretanto, o uso contínuo de solução a
0,12% por períodos iguais ou superiores a 15 dias, acarreta efeitos colaterais
indesejáveis como pigmentação extrínseca de dentes e restaurações, pigmentação
lingual, alterações de paladar, acúmulo de cálculo supragengival eventualmente e
dermatite alérgica de contato.
Solhein et al. (1980) avaliando a pigmentação extrínseca dos dentes em
pacientes que fizeram uso durante dez dias de clorexidina, constatou que esse efeito
adverso estava diretamente relacionado ao poder de retenção do produto nos
dentes. Outro estudo conduzido por McCoy et al. (2008) avaliou os efeitos adversos
durante o uso de solução contendo clorexidina. Esse estudo foi realizado em 140
pacientes diabéticos que apresentavam doença peridontal. Os pacientes foram
submetidos ao tratamento periodontal convencional e utilizaram a clorexidina
durante os procedimentos de raspagem e em casa. Dos 140 pacientes, quarenta e
quatro (31%) apresentaram desconforto pelo uso da clorexidina. Perda de paladar,
pigmentação dos dentes, irritação da língua foram relatados pelos pacientes. Outro
fator que restringe o uso da clorexidina em situações específicas é a necessidade de
se usar a clorexidina trinta minutos após as escovações pois os íons livres,
monofosfato de sódio e detergentes dos dentifrícios, diminuem sua adesão, podendo
assim comprometer sua efetividade (Fishman 1994).
14
Revisão da Literatura________________________________________________
Ross et al. (1989) avaliaram os estudos clínicos controlados de seis ou mais
meses de duração disponíveis na época sobre os óleos essenciais e reportaram
ações anti-placa e anti-gengivite comprovadas por quatro estudos. Adicionalmente,
dois estudos que incluíram análise microbiológica indicaram que o uso prolongado
de óleos essenciais não selecionou microrganismos resistentes nem possibilitou o
aparecimento de espécies oportunistas ou aumento de patógenos. Posteriormente,
Kato et al. (1990) testaram in vitro a ação dos óleos essenciais contra 54 amostras
bacterianas isoladas de saliva e biofilme dentário. Os óleos essenciais exibiram
potente ação bactericida sendo que a maioria das espécies foi destruída após trinta
segundos de exposição.
Os óleos essenciais possuem atividade antimicrobiana contra bactérias
plantônicas e o mais importante, sobre bactérias presentes no biofilme. Fine et al.
(2001) compararam os efeitos in vitro de três formulações diferentes para controle de
placa. Os autores observaram uma grande diminuição do biofilme para todos os
produtos. Interessantemente, Ouhayoun (2003) também evidenciou o poder de
penetração no biofilme de solução contendo óleos essenciais.
Além de bons resultados laboratoriais, segundo Ciancio et al. (1995) os óleos
essenciais têm demonstrado efeitos anti-placa e anti-gengivite em diferentes
condições clínicas. Gautier et al. (2000) comparam a ação sobre várias espécies
bacterianas de seis anti-sépticos bucais. A avaliação das populações bacterianas
dos voluntários foi realizada antes e após o tratamento. Observou-se uma maior
redução bacteriana para o anti-séptico contendo óleos essenciais. Bauroth et al.
(2003) analisaram a eficácia no uso de fita dental e bochecho contendo óleos
essenciais no controle da gengivite. Os pacientes foram alocados em três grupos
experimentais: escovação dos dentes e bochecho com óleos essenciais (BEO),
15
Revisão da Literatura________________________________________________
escovação dos dentes e uso de fita para limpeza interdental (FB) e escovação dos
dentes e bochecho com produto controle (B). Os grupos BEO e FB apresentaram
menor índice gengival modificado em relação ao grupo B. O grupo BEO apresentou
índice de placa menor do que os outros dois grupos em três e seis meses de
acompanhamento, sugerindo assim a importância do uso de bochechos contendo
óleos essenciais para o controle de placa e gengivite. Nesse mesmo ano Santos
(2003), analisando a efetividade dos óleos essenciais e da clorexidina pode
constatar que ambos os produtos possuíam efetividade na redução da inflamação
gengival.
Fine et al. (2005) conduziram dois estudos cruzados para determinar a ação
antimicrobiana, de solução contendo óleos essenciais, observada 12 horas após a
realização de um único bochecho e 12 horas após duas semanas de uso contínuo
duas vezes ao dia. Amostras bacterianas foram coletadas da placa supragengival e
do dorso da língua e analisadas por cultura. As contagens bacterianas foram
menores para os indivíduos que utilizaram óleos essenciais nos dois sítios coletados
e nos diferentes tempos experimentais, quando comparadas ao placebo. O uso de
óleos essenciais demonstrou efeitos prolongados sobre a contagem total de
bactérias anaeróbias, sobre as anaeróbias Gram-negativas bem como sobre as
bactérias produtoras de compostos sulfurados voláteis. Esses achados podem
explicar parcialmente a ação do produto sobre a redução da placa supragengival e
gengivite e ainda controle da halitose.
Sharma et al. (2008) testaram a ação de anti-sépticos bucais sobre o índice
de placa, o índice gengival modificado além dos níveis de interleucina 2 e interferon
gama em oitenta adolescentes com gengivite crônica. Os resultados demonstraram
que após duas semanas de uso os óleos essenciais além de reduzirem o índice de
16
Revisão da Literatura_______________________________________________
placa e o índice gengival modificado também acarretaram redução significativa nas
citocinas pró-inflamatórias.
Tufekci et al. (2008) testaram em estudo de seis meses o efeito da
incorporação de bochechos contendo óleos essenciais na higiene bucal diária de
cinqüenta pacientes com aparelho ortodôntico. Os pacientes foram divididos em dois
grupos: escovação e uso de fio dental, ou, escovação, uso do fio dental e bochechos
com óleos essenciais. Inicialmente todos os pacientes foram instruídos da correta
higienização dos dentes. Índice gengival modificado e índice de placa foram
mensurados no início e no fim do estudo. Para todos os índices mensurados, o
grupo que utilizou bochecho contendo óleos essenciais apresentou as maiores
reduções.
2.2 Desinfecção de boca-total em estágio único
Van der Velden et al. (1986) relataram que bactérias encontradas em
diferentes locais intra-bucais poderiam recolonizar sítios já tratados
periodontalmente atentando assim para a necessidade de se controlar amplamente
os patógenos e não apenas nos sítios periodontais ou mais especificamente no
biofilme subgengival.
Tradicionalmente, os procedimentos de raspagem e alisamento radicular são
executados em quadrantes ou sextantes com intervalos regulares de uma ou duas
semanas. Sabe-se atualmente que o sucesso clínico desse modelo tradicional
decorre sobre tudo da redução de patógenos periodontais em geral acompanhada
17
Revisão da Literatura_______________________________________________
de aumento das bactérias chamadas benéficas (Ali et al., 1992). Entretanto, a
microbiota estabelecida após o término da terapia periodontal parece rapidamente
retornar aos padrões anteriores. Sbordone et al. (1990) avaliaram a recolonização
dos sítios subgengivais após uma única sessão de raspagem e aplainamento
radicular em pacientes com periodontite. Oito pacientes participaram desse estudo
em que três sítios com doença periodontal foram monitorados clinica e
microbiologicamente inicialmente aos sete, 21, e sessenta dias após o tratamento.
No dia sete do estudo a avaliação da microbiota foi igual à de uma região sem
doença periodontal, no entanto no 21
o
dia esse padrão já estava alterado, e no 60
o
dia já havia retornado a condição anterior ao tratamento aos sessenta dias.
Nesse contexto, a periodontia tem buscado novas opções terapêuticas que
ofereçam alterações microbiológicas mais duradouras e capazes de sustentar a
saúde periodontal restabelecida. E, algumas dessas opções combinam
procedimentos mecânicos ao uso de agentes químicos como antibióticos locais e
sistêmicos ou anti-sépticos.
Apoiado pela concepção de que um quadrante periodontalmente tratado
poderia ser reinfectado por periodontopatógenos originários de outros sítios
intrabucais ainda não tratados, Quirynen et al. (1995) introduziram um protocolo de
terapia periodontal não cirúrgica designado “one-stage full-mouth disinfection”
traduzido como “desinfecção de boca-total em estágio único”. Este protocolo
mecânico-químico inovou basicamente por dois aspectos, a raspagem supra e
subgengivais executadas no prazo de 24 horas e a ampla e extensa aplicação de
clorexidina.
Bollen et al. (1996) compararam pelo período de oito meses os benefícios
clínicos da terapia de desinfecção de boca total em 24 horas associada ao uso da
18
Revisão da Literatura_______________________________________________
clorexidina e encontraram melhores resultados para o grupo teste (desinfecção total)
em relação ao grupo controle (terapia clássica: quatro sessões de raspagem e
aplainamento radicular com intervalos semanais) para todos os parâmetros
avaliados (índice gengival, índice de placa, profundidade de sondagem e recessão
gengival). Mongardini et al. (1999), ao compararem as duas modalidades de
tratamento periodontal, encontraram melhores resultados também no grupo de
desinfecção de boca total, tanto para periodontite crônica como para periodontite
agressiva.
Apesar dos bons resultados obtidos em estudos prévios (Bollen et al., 1996;
Bollen et al., 1998; Mongardini et al., 1999) Quirynen et al. (2000) avaliaram o papel
da clorexidina no protocolo “desinfecção de boca-total em estágio único” e
concluíram que os maiores benefícios provavelmente decorriam da terapia mecânica
em 24 horas e não propriamente da ação química da clorexidina. Entretanto, um
pouco mais tarde esse mesmo grupo (Quirynen et al., 2006) observaram resultados
contraditórios. Ao compararem a utilização da clorexidina com fluoreto amino
estanhoso ou ausência de solução química concluíram que os efeitos benéficos
eram parcialmente associados ao curto espaço de tempo e parcialmente aos
agentes químicos. Koshy et al. (2004) já haviam sugerido que outros anti-sépticos
poderiam vir a substituir a clorexidina no protocolo original, a fim de potencializar os
resultados clínicos até então alcançados. Contudo, especificamente em relação aos
óleos essenciais nesse protocolo Quirynen et al. (1999) não examinaram seus
efeitos clínicos e/ou microbiológicos. Ao contrário, o parâmetro avaliado foi o nível de
halitose, o qual foi reduzido em aproximadamente 90%.
Com base no trabalho inicial de Quirynen et al. (1995), Cortelli et al. (2008)
propuseram uma modificação no protocolo pela incorporação dos óleos essenciais
19
Revisão da Literatura _______________________________________________
(Figura 1). Nesse estudo preliminar foram avaliados parâmetros clínicos e
microbiológicos de vinte indivíduos portadores de periodontite crônica moderada.
Profundidade de sondagem, índices de placa e gengival foram monitorados por seis
meses. A presença de A. actinomycetemcomitans, P. gingivalis e T. forsythia foi
determinada por PCR tanto na saliva não-estimulada como no dorso da língua e em
amostras subgengivais. Os autores constataram efeitos benéficos na utilização dos
óleos essenciais nesse protocolo em relação aos parâmetros clínicos, já com relação
as análises microbiológicas os resultados foram menos consistentes, sugerindo
assim a necessidade de pesquisas adicionais.
20
Revisão da Literatura_______________________________________________
Protocolo Original
Protocolo Modificado
Raspagem e aplainamento radicular
(dentição completa em duas
consultas consecutivas em período
de 24horas, isto é, duas manhãs
consecutivas) sob anestesia local.
Raspagem e aplainamento radicular (dentição
completa em duas consultas consecutivas em
período de 24horas, isto é, duas manhãs
consecutivas) sob anestesia local.
Polimento dos quadrantes tratados
com pasta abrasiva.
Polimento dos quadrantes tratados com pasta
abrasiva.
Aplicação do dorso da língua por um
minuto com gel de clorexidina a 1%
Fricção do dorso da língua com swab de
algodão estéril embebido em 0,2mL de
óleos essenciais por um minuto.
Bochechos duas vezes ao dia
durante um minuto e borrifar a
faringe com spray, solução de
clorexidina a 0,12%
Bochechos duas vezes ao dia com 20mL de
óleos essenciais por trinta segundos
(durante os últimos dez segundos, o
indivíduo gargarejou).
Irrigação subgengival de todas as
bolsas periodontais por três vezes
consecutivas, com gel de clorexidina
a 1% após ambas sessões de
raspagem e aplainamento radicular e
no oitavo dia.
Irrigação subgengival de todas as bolsas
periodontais (PS4mm), por três vezes
consecutivas, com óleos essenciais
(5mL/irrigação/bolsa) após ambas sessões
de raspagem e aplainamento radicular e no
oitavo dia.
Instruções de higiene bucal incluindo
escovação dos dentes, limpeza
interdental e escovação da língua.
PROFISSIONAL
Instruções de higiene bucal incluindo
escovação dos dentes, limpeza interdental e
escovação da língua e doação mensal de kits
padronizados.
Bochecho com 10ml de clorexidina a
0,2% duas vezes ao dia por um
minuto durante duas semanas
consecutivas.
No período de 15 dias: bochechos caseiros
duas vezes ao dia com 20mL de óleos
essenciais durante trinta segundos; fricção
do dorso da língua com swab de algodão
estéril embebido em óleos essenciais ou
placebo por um minuto.
Escovação dos dentes, limpeza
interdental e escovação da língua.
PESSOAL
Escovação dos dentes e da língua, limpeza
interproximal com fio e/ou escova interdental.
Figura 1 – Quadro comparativo entre o protocolo original proposto por Quirynem et al. (1995) e o
protocolo modificado utilizado por Cortelli et al. (2008)
Baseado nesses resultados promissores, o presente estudo também se
propôs a avaliar os efeitos dos óleos essenciais em “desinfecção de boca-total em
estágio único”, todavia foram selecionados indivíduos com menor gravidade da
doença periodontal e o tempo de uso caseiro do produto foi aumentado para dois
meses.
21
Revisão da Literatura_______________________________________________
2.3 Parâmetros periodontais
Dentre os parâmetros clínicos empregados para mensuração das mudanças
decorrentes do tratamento periodontal, o grau de inflamação tecidual é bastante
utilizado. Entretanto alguns índices, como o de Löe & Silness (1963) utilizam pressão
o que pode acarretar superestimação dos valores obtidos. O índice gengival
modificado proposto por Lobene et al. (1986) não utiliza pressão para provocar
sangramento e redefine as categorias de inflamação leve e moderada (Figura 2).
Löe & Silness (1963)
Lobene et al. (1986)
0
Ausência de inflamação
0
Ausência de inflamação
1
Inflamação Leve: Leve alteração na
cor, pequena mudança de textura
1
Inflamação leve: Ligeira mudança de
cor, pequena mudança na textura
sem comprometimento da papila
gengival marginal
2
Inflamação moderada: brilho
moderado; vermelhidão; edema;
hipertrofia; sangramento sob pressão
(sondagem)
2
Inflamação leve: Maior envolvimento
da papila gengival na porção marginal
3
Inflamação moderada: Aspecto
brilhante, vermelhidão, edema, e ou
hipertrofia da papila gengival marginal
3
Inflamação avançada: Aumento da
vermelhidão e hipertrofia; tendência
ao sangramento espontâneo
4
Inflamação avançada: Rubor, edema
e ou hipertrofia da papila gengival
marginal com espontâneo
sangramento, congestão ou
ulceração.
Figura 2 – Quadro comparativo entre índice gengival de Löe & Silness (1963) e índice gengival
modificado de Lobene et al. (1986)
A saliva é um fluido que banha os tecidos moles e duros encontrados na
cavidade bucal, produzida por três glândulas maiores, parótidas, submandibulares e
sublinguais juntamente com inúmeras glândulas menores. Esse fluido contribui de
22
Revisão da Literatura_______________________________________________
forma significativa para a homeostasia bucal exibindo diversas funções específicas
as quais segundo Sahingur & Cohen (2004) incluem:
a) capacidade tampão;
b) remoção e aderência da microbiota bucal;
c) preparo dos alimentos e digestão;
d) formação das biopelículas intra-bucais;
e) lubrificação e proteção das interfaces entre tecidos moles e calcificados;
f) remineralização dentária;
g) gustação.
Nakamura & Slots (1983) analisaram as atividades enzimáticas na saliva de
dez indivíduos com saúde periodontal, dez adultos com doença periodontal e quatro
indivíduos com periodontite juvenil localizada. Saliva total foi coletada de todos os
indivíduos e aqueles com saúde periodontal apresentaram baixa atividade
enzimática enquanto ambos os grupos doentes (adulto e juvenil) apresentaram
atividade enzimática alta sem diferenças estatísticas entre eles. Dentre as enzimas
encontradas no grupo adulto pode-se citar fosfatase alcalina, esterase, β-
glucuronidase e outras aminopeptidases.
A saliva pode ser analisada de forma total (mista) ou como fluido proveniente
de uma glândula específica. A saliva total não estimulada é composta por secreções
das glândulas maiores e menores, fluido gengival, células epiteliais descamadas,
microrganismos, leucócitos, sangue e resíduos alimentares. Pelo fato de representar
um método não invasivo e ser de fácil obtenção atualmente a saliva tem sido
utilizada na pesquisa periodontal. Todavia deve-se lembrar que a composição salivar
23
Revisão da Literatura_______________________________________________
é susceptível a ação de muitos fatores como dieta, uso de agentes farmacológicos e
condições bucal e sistêmica (Mandel, 1987).
Em periodontia a análise salivar tem incluído determinações qualitativas e/ou
quantitativas não apenas de imunoglobulinas, enzimas e constituintes do fluido
gengival, como também bactérias (Cortelli et al., 2005). Enzimas salivares podem
ser produzidas pelas próprias glândulas, mas também podem ser o produto advindo
de microrganismos, leucócitos ou células epiteliais. A fosfatase alcalina salivar
parece estar aumentada em indivíduos com doença periodontal comparativamente a
indivíduos saudáveis o que pode estar relacionado com a reabsorção óssea alveolar
característica dessa doença (Totan et al., 2006). Por isso, Yoshie et al. (2007)
sugeriram a fosfatase alcalina como um importante marcador para monitorar a
resposta à terapia periodontal.
Niemienen et al. (1993) mensuraram a atividade enzimática na saliva de 24
adultos com doença periodontal e 25 adultos com saúde periodontal. Os pacientes
receberam tratamento periodontal e receberam um acompanhamento de vinte
meses. Após o tratamento os níveis de proteínas na saliva diminuíram. Com esse
trabalho os autores puderam concluir que a atividade de enzimas na saliva está
diretamente relacionada com saúde e doença periodontal.
O início e a progressão da doença periodontal têm sido atribuídos ao aumento
nos níveis de espécies patogênicas no sulco gengival. A transição entre estágios de
saúde para doença é acompanhada por alterações na composição microbiana do
biofilme. Na saúde gengival o biofilme é composto basicamente por espécies Gram-
positivas enquanto em sítios afetados por doença periodontal predominam os
microrganismos anaeróbios Gram-negativos (Tanner et al., 1996).
24
Revisão da Literatura_______________________________________________
Campylobacter rectus é uma espécie que tem sido associada principalmente
com lesões periodontais iniciais (Maiden et al., 1998) e gengivite (Gmür et al., 2004).
Por outro lado, Porphyromonas gingivalis e Tannerella forsythia tem sido implicados
como patógenos periodontais verdadeiros (Ximines-Fyvie et al., 2000; Cortelli et al.,
2005; Morikawa et al., 2008). Entretanto, deve-se mencionar que tais espécies
bacterianas também tem sido observadas em populações com menor
comprometimento periodontal e em diferentes sítios intra-bucais (Mager et al., 2003;
Cortelli et al., 2008).
Streptococcus sanguinis é uma espécie considerada como benéfica aos
tecidos periodontais (Kawashima et al., 2003) podendo atuar como espécie
antagônica à colonização por patógenos periodontais (Van Hoogmoed et al., 2008).
Essa espécie bacteriana parece sofrer aumento após a terapia periodontal (Carvalho
et al., 2005). Kamma et al. (2000) também observaram aumento de S. sanguinis em
sítios periodontais que sofreram ou não debridamento mecânico, todavia no estudo
deles todos os participantes receberam a administração sistêmica de. ornidazol.
25
3 PROPOSIÇÃO
O objetivo deste estudo foi monitorar longitudinalmente os efeitos clínicos,
microbiológicos e salivares decorrentes da aplicação do protocolo terapêutico
periodontal designado “desinfecção de boca-total em estágio único”, tendo como
agente químico um anti-séptico bucal contendo óleos essenciais.
26
4 MÉTODO
4.1 Delineamento experimental
O presente estudo clínico longitudinal apresentou as características
metodológicas abaixo citadas:
a) tipo de mascaramento: duplo-cego;
b) grupos experimentais: teste (Listerine® cool mint ) e placebo;
c) período total de acompanhamento dos participantes: seis meses;
d) randomização: de acordo com Consolidated Standards of Reporting Trials
(CONSORT) o processo de randomização adotado no presente estudo é
designado aleatorização estratificada por bloco. Assim, para contribuir para a
homogeneidade entre os grupos, para cada bloco de dez indivíduos
selecionados foi feita uma estratificação com base na gravidade da doença.
Em seguida a seqüência de alocação em relação aos grupos experimentais
obedeceu a ordem estabelecida por uma tabela seqüencial gerada em
computador.
4.2 Considerações éticas
O presente projeto de pesquisa atendeu a Resolução n
o
196, de 16 de outubro
de 1996, do Conselho Nacional de Saúde, e ao Código de Ética Profissional
27
Método__________________________________________________________
Odontológico (Resolução CFO n
o
042/2003). A todos os indivíduos recrutados foram
oferecidas explicações verbais e escritas sobre os objetivos, método, benefícios e
eventuais riscos relacionados à participação na pesquisa. Assim, os indivíduos que
aceitaram participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido,
previamente avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo
seres humanos da UNITAU sob o número 328/2006 (ANEXO A).
4.3 Cálculo amostral
O tamanho da amostra foi calculado com base em um estudo piloto (Cortelli et
al., 2008), conduzido com vinte indivíduos entre os anos 2005 e 2006. De acordo
com os parâmetros clínicos analisados, adotando-se poder do teste = 0,90 e nível
alfa = 0,05 o teste t de Student para amostras independentes sugeriu como valor
mínimo 39 participantes. Assim, adicionando-se 10% para margem de erro e uma
perda esperada para estudos de longa duração de mais 10%, estimou-se como
necessária a inclusão inicial de 48 indivíduos (n grupo = 24).
4.4 População estudada
A amostra de conveniência incluída no presente estudo foi composta por
cinqüenta indivíduos que se apresentaram para tratamento na Clínica de Periodontia
28
Método__________________________________________________________
do Departamento de Odontologia da Universidade de Taubaté, entre setembro de
2006 e fevereiro de 2007 e que atenderam aos critérios abaixo descritos.
Critérios de inclusão:
a) gênero: feminino ou masculino;
b) idade: entre trinta e cinqüenta anos;
c) número mínimo de 15 dentes e máximo de 28 dentes.
d) gravidade da doença: periodontite crônica leve (Armitage, 1999);
e) distribuição da doença: generalizada (mais que 30% dos sítios
periodontais comprometidos pela doença).
Critérios de exclusão:
a) tabagismo, etilismo;
b) diabete melito, imunossupressão, gestação e lactação;
c) envolvimento de bifurcação: classes I, II ou III;
d) dispositivos ortodônticos ou protéticos extensos, móveis ou fixos;
e) tratamento periodontal prévio: período de 12 meses;
f) antibióticoterapia local ou sistêmica: nos seis meses prévios ao início
do estudo;
g) uso esporádico ou freqüente de anti-sépticos bucais: nos seis meses
que antecederam o início do estudo.
Todas as informações pessoais, assim como a história médico-odontológica,
foram obtidas por questionário e anotadas no prontuário modelo padrão da
Disciplina de Periodontia do Departamento de Odontologia da UNITAU.
29
Método__________________________________________________________
4.5 Análise clínica
Calibração dos examinadores:
Cada parâmetro clínico foi obtido por um único examinador cegado em
relação ao grupo e previamente calibrado conforme metodologia descrita por Araujo
et al. (2003). Para a variável contínua profundidade de sondagem foi utilizado o EPM
(erro padrão da medida) e para a variável categórica índice gengival modificado foi
utilizado o teste Kappa. Os examinadores foram considerados calibrados mediante
EPM 0,8 e K > 0,8 e < 0,95.
O erro intra-examinador foi repetido antes da avaliação de seis meses.
Parâmetros avaliados:
Os participantes foram submetidos a exame periodontal completo, sendo as
mensurações obtidas em seis pontos por dente (mesio-vestibular; medio-vestibular;
disto-vestibular; mesio-palatino; médio-palatino e disto-palatino), em todos os dentes
presentes excetuando-se os terceiros molares, com auxílio de uma sonda
periodontal manual
:
a) profundidade de sondagem (PS) – distância em mm entre a margem
gengival e o fundo do sulco/bolsa periodontal;
b) índice de placa (Silness & Löe,1964):
0 – ausência de placa na área gengival;
1 – presença de uma fina camada de placa na margem gengival;
PCPUNC 15 Hu-friedy Mfg Co Inc. Chigago IL
30
Método__________________________________________________________
2 – moderado acúmulo de depósitos moles na margem/sulco
gengival;
3 – abundante acúmulo de depósitos moles na margem/sulco
gengival.
c) Índice gengival - (Lobene et al., 1986):
0 – ausência de inflamação;
1 – inflamação leve: ligeira mudança de cor, pequena mudança
na textura sem comprometimento total da papila ou gengival marginal;
2 – inflamação leve: ligeira mudança de cor com envolvimento
de toda a unidade da papila ou gengiva marginal;
3 – inflamação moderada: brilho, vermelhidão, edema, e ou
hipertrofia da papila gengival marginal;
4 – inflamação avançada: vermelhidão marcante, edema e ou
hipertrofia da unidade gengival marginal ou papilar com espontâneo
sangramento, congestão ou ulceração.
4.6 Análise microbiológica
Obtenção das amostras
As amostras bacterianas subgengivais foram coletadas de oito sítios
periodontais (Cortelli et al. 2005) selecionados antes da terapia, equivalentes aos
dois maiores valores de PS por quadrante (associados a sangramento a sondagem
e perda de inserção clínica), em dentes isolados e faces dentais não contíguas.
Cada dente previamente selecionado foi isolado com roletes de gaze esterilizada e o
31
Método__________________________________________________________
biofilme supragengival também foi removido com gaze estéril. Um cone de papel
absorvente autoclavado, número trinta (Tanari) foi cuidadosamente inserido na
porção mais apical da bolsa periodontal e mantido em posição por um minuto (Figura
3).
Amostras da língua foram coletadas com swab de algodão esterilizado, sendo
cada swab rotacionado seis vezes em seu próprio eixo numa área central do dorso
da língua com aproximadamente 1cm² (Figura 4). Adicionalmente, amostras de
saliva total não estimulada foram coletadas em tubos plásticos tipo Falcon estéril, e
imediatamente 0,1mL diluído em 1mL de solução de Ringer reduzida. As demais
amostras clínicas também foram colocadas em microtubo tipo eppendorf contendo
1,0mL de solução de Ringer reduzida, transportadas até o laboratório de Biologia
Molecular da Universidade de Taubaté e congeladas (-20C) até o processamento.
Figura 3 – Cone de papel absorvente número trinta inserido em bolsa periodontal na face
distal do dente 11 para coleta do primeiro sítio periodontal do quadrante superior direito
32
Método__________________________________________________________
Figura 4 – Coleta de amostras da língua. Rotação do swab de algodão esterilizado seis vezes em
uma área central do dorso da língua em uma área aproximada de 1cm
2
Espécies bacterianas pesquisadas:
a) Campylobacter rectus;
b) Porphyromonas gingivalis;
c) Streptococcus sanguinis;
d) Tannerella forsythia.
Processamento das amostras:
a) Extração de DNA genômico
Para o procedimento de extração do DNA genômico, os microtubos (contendo
swab, saliva ou cone de papel) foram homogeneizados em agitador mecânico por 15
segundos (Vortex
®
, Phoenix, AP56). Após esta etapa, 500μL de cada amostra foram
transferidos para um novo microtubo previamente identificado, e esse submetido à
centrifugação por dez minutos (12000rpm). Ao término do processo de
33
Método__________________________________________________________
centrifugação, o sobrenadante foi removido e 200μL de Matriz comercial de extração
e purificação de DNA (Instagene, Bio-Rad
®
) foram adicionados ao pellet formado.
Após homogeneização por 15 segundos, o microtubo foi mantido em banho-
maria por trinta minutos a 56
o
C. Em seguida, o microtubo foi novamente
homogeneizado por trinta segundos e então mantido por oito minutos em banho-
maria a 100ºC. Ao término desse período, a conclusão do processo de extração e
purificação deu-se pela homogeneização por trinta segundos e centrifugação por
três minutos (12000rpm).
b) Detecção dos Periodontopatógenos
As amostras foram amplificadas para a realização da reação em cadeia da
polimerase (PCR) utilizando-se primers específicos para identificação das cepas de
P.gingivalis, sense: 5’AGGCAGCTTGCCATACTGCGG3’, e antisense: 5’-
ACTGTTAGCAACTACCGATGT-3’ (404bp); T.forsythia, sense: 5-
GCGTATGTAACCTGCCCGCA-3’, e antisense:
5’-TGCTTCAGTGTCAGTTATACCT-3’ (641bp); C.rectus, sense:
5’-TTTCGGAGCGTAAACTCCTTTTC-3’, e antisense:
5’-TTTCTGCAAGCAGACACTCTT-3’ (598bp) e S.sanguinis, sense:
5’-GAAGCCATTTTGCCTAGATTGATGG-3’ e antisense:
5’-CCATACCGATTCCTTACTCTAAATTT-3’(475bp)
A PCR foi realizada em um termociclador tipo Mastercycler Gradient
(Eppendorf
®
) com as seguintes especificações: Um ciclo inicial a 94ºC/5min, 35
ciclos 94ºC/30seg, 55ºC/30seg, 72ºC/1min, e um ciclo final de 72ºC/5min. Para a
análise dos produtos amplificados pela PCR foi empregada eletroforese em gel de
agarose a 1,5% corados com SYBR Safe
TM
(Invitrogen
®
). A eletroforese foi
34
Método__________________________________________________________
conduzido a 5V/cm
2
em solução tamponada (TAE) por 120min. A visualização dos
produtos gerados pela amplificação pela PCR foi realizada em câmara de irradiação
ultravioleta (UV). Marcador de peso molecular (Ladder 100 – Invitrogen
®
), bem
como, controles positivos e negativos foram empregados em todos os géis, para a
confirmação dos resultados obtidos pela PCR. Os géis foram fotografados e
comparados com os produtos amplificados a partir de cepas padrão.
4.7 Análise salivar
Coleta de saliva
Amostras de saliva (estimulada e não estimulada) foram coletadas entre 9h e
11h da manhã para evitar efeitos do ciclo circadianos. A ingestão de alimentos
líquidos ou sólidos foi suprimida nas duas horas que antecederam as coletas.
Durante a coleta de saliva, realizada em ambiente calmo, ventilado e
privativo, os voluntários permaneceram sentados com a cabeça ligeiramente
inclinada (cerca de 45°). Inicialmente, o pesquisador instruiu cada participante a
coletar a saliva não estimulada produzida no período de um minuto em um copo
descartável. Essa primeira amostra foi desprezada e em seguida uma segunda
amostra foi coletada em tubo de plástico tipo Falcon por um período de cinco
minutos (Navazesh et al., 1992).
Após intervalo de cinco minutos, os voluntários foram re-instruídos a mascar
um bloco de parafilm
®
por mais cinco minutos. O pesquisador solicitou então que os
indivíduos expelissem a saliva produzida a cada minuto. O fluido acumulado nos
35
Método__________________________________________________________
dois primeiros minutos foi desprezado e análise então realizada com o volume
adicional produzido nos três minutos subseqüentes (Navazesh et al., 1992).
Fluxo e pH salivares
Imediatamente à coleta o pH salivar foi mensurado com pHmetro portátil
calibrado (Marconi P200) com pH 7.0 e 4.0. Adicionalmente, o fluxo salivar, definido
como o volume total produzido por unidade de tempo (ml/min.), foi determindao
considerando-se o volume de saliva (ml) como a diferença entre o peso (g) do tubo
de plástico anterior e posterior à coleta. Assim, a densidade da coleta foi
considerada 1,0 (Navazesh, 1993).
A taxa de fluxo salivar estimulado foi considerada normal mediante valores
entre 1,0 e 3,0 ml/min enquanto o fluxo salivar não estimulado foi considerado
normal entre 0,3 e 0,5 ml/min.
Níveis de proteína total e fosfatase alcalina
Anteriormente à análise as amostras de saliva foram centrifugadas a
12.000rpm por 5min e o sobrenadante coletado e utilizado nas análises
subseqüentes.
A quantificação de proteína total foi realizada pelo método do biureto com
auxílio de kit específico (Gold Analisa Diagnóstica, MG - Brazil). O método se baseia
na reação entre as pontes peptídicas da proteína e Cu
2+
para produzir um complexo
azul violáceo. A absorbância foi lida em espectofotomêtro em comprimento de onda
de 540nm. A quantificação salivar de fosfatase alcalina também foi realizada usando
kit comercial colorimétrico (Gold Analisa Diagnóstica, MG - Brazil) e mensurada em
590nm.
36
Método__________________________________________________________
4.8 Terapia periodontal
A terapia periodontal foi conduzida de acordo com os grupos experimentais
como descrito na Figura 5 e ilustrado pela Figura 6. Os participantes previamente
selecionados foram divididos em três blocos, cujas datas de início do tratamento
periodontal foram respectivamente: fevereiro, março e abril de 2007.
Raspagem e aplainamento radicular (dentição completa em duas consultas
consecutivas em período de 24horas, isto é, duas manhãs consecutivas) sob
anestesia local.
Polimento dos quadrantes tratados com pasta abrasiva.
Fricção do dorso da língua com swab de algodão estéril embebido em 0,2mL de
óleos essenciais ou placebo por um minuto.
Bochechos duas vezes ao dia com 20mL de óleos essenciais ou placebo por
trinta segundos (durante os últimos dez segundos, o indivíduo gargarejou).
Irrigação subgengival de todas as bolsas periodontais (PS4mm), por três
vezes consecutivas (sem interrupção), com óleos essenciais ou placebo
(5mL/irrigação/bolsa) após ambas sessões de raspagem e aplainamento
radicular e no oitavo dia.
Instruções de higiene bucal e doação mensal de kits padronizados
No período de sessenta dias: bochechos caseiros duas vezes ao dia com 20mL
de óleos essenciais ou placebo durante trinta segundos;
Escovação dos dentes e da língua, limpeza interproximal com fio e/ou escova
interdental.
PROFISSIONAL
PESSOAL
Figura 5 – Modificações propostas a partir do protocolo original “one stage full-mouth disinfection
introduzido por Quirynen et al. (1995)
37
Método__________________________________________________________
A
C
B
D
F E
Figura 6 – Procedimentos terapêuticos realizados: A – Participante realizando bochecho no início da
consulta; B – Participante realizando o gargarejo como conclusão do bochecho no início da consulta;
C – Umedificação do swab com o volume padronizado de 0,2mL para fricção do dorso da língua; D –
Raspagem e aplainamento radicular realizada em 24 horas; E – Seringa descartável contendo 5mL
de solução utilizada para irrigação subgengival das bolsas periodontais com mais de 4mm de
profundidade; F – Procedimentos supervisionados de higiene bucal
Os procedimentos de raspagem foram realizados com curetas Gracey e
McCall por seis periodontistas previamente treinados. A cada nove participantes, os
instrumentos periodontais usados foram substituídos por outros novos (Millenium).
Mensalmente cada participante recebeu re-instrução de higiene bucal e um kit para
38
Método__________________________________________________________
controle mecânico do biofilme supragengival contendo um tubo de dentifrício
fluoretado (Colgate tripla ação), uma escova de dentes multitufos com cabeça
pequena e cerdas macias (Johnson & Johson – Reach – profesional extreme 30),
quatro escovas interdentais (cônica, Oral B) para substituição semanal e um rolo
pequeno de fio dental (Johnson & Johnson – Reach – expansion plus).
Com a finalidade de garantir o cegamento dos participantes, tanto os óleos
essenciais/Listerine® cool mint como a solução placebo, foram dispensados em
frascos plásticos idênticos com o volume suficiente para uma semana (Figura 7).
Após esse período, cada participante recebeu um novo frasco contendo o mesmo
volume anterior.
Figura 7 – Frascos idênticos sem rótulos contendo solução de mesma cor para ambos os
grupo
Além disso, todos os participantes receberam copos plásticos com uma marca
indicando o volume de 20mL. O primeiro
bochecho foi realizado no próprio local do
estudo de forma supervisionada.
39
Método__________________________________________________________
A solução placebo (solução de sorbitol 15%; álcool 21,6%; sacarina sódica
0,05%; ácido benzóico 0,1%; essência de menta QS; corante verde QS e água QSP
para um litro) foi manipulada (Byofórmula, São José dos Campos, Brasil) de acordo
com a fórmula do Listerine® excluindo-se os ingredientes ativos (timol 0,064%;
mentol 0,042%; eucaliptol 0,092% e salicilato de metila 0,06%).
Anteriormente ao armazenamento da solução placebo, os frascos foram
lavados com água destilada cinco vezes ao dia (dez minutos cada lavagem) por
cinco dias, eliminando possíveis resíduos.
4.8.1 Aderência dos participantes
A aderência dos participantes foi incentivada e avaliada pelas estratégias abaixo
descritas:
a) questionário: efeitos favoráveis e adversos percebidos por cada paciente
foram avaliados mensalmente;
b) similaridade entre Listerine® e Placebo: incluindo frascos, cor e sabor;
c) conteúdo do frasco: 240ml suficientes para seis dias exigindo o retorno
periódico do paciente, permitindo controle do volume de cada bochecho;
d) copos com marcação de 20ml: para auxiliar no controle do volume de cada
bochecho;
e) kit de higiene bucal: distribuído mensalmente;
40
Método___________________________________________________________
f) ligações telefônicas: realizadas diariamente, pela manhã e a noite durante
a fase ativa da terapia (entre T0 e T1) e quinzenalmente até o final do
estudo (entre T1 e T2);
g) tratamento em blocos: os participantes foram divididos em três grupos
seguindo a data de início do tratamento periodontal a saber; fevereiro,
março e abril de 2007.
4.8.2 Tempos experimentais
Os parâmetros clínicos, microbiológicos e salivares foram mensurados em
três tempos experimentais. Anteriormente aos procedimentos terapêuticos ocorreu a
primeira avaliação (T0). A segunda mensuração (T1) coincidiu com o término da fase
ativa da terapia periodontal, isto é, após os procedimentos realizados nas primeiras
24 horas do estudo bem como os sessenta dias consecutivos de auto-controle
químico do biofilme supragengival (óleos essenciais ou placebo). Finalmente a
terceira avaliação ocorreu seis meses após o término da fase ativa da terapia
periodontal. Assim:
a) (T0) – inicial;
b) (T1) – dois meses pós-terapia;
c) (T2) – seis meses pós-terapia.
A Figura 8 representa sucintamente as diferentes fases do estudo.
41
Método__________________________________________________________
Pacientes Triados 296
Selecionados = 56
Divisão aleatória dos
pacientes = (GT e GC)
Pacientes Excl
uidos
=
6
Acompanhamento e
Análise dos dados
Grupo Controle n = 25
Grupo Teste n = 25
Atendidos = 25
Perdas = 2
Final = 23
Atendidos = 25
Perdas = 3
Final = 22
Figura 8 – Fluxograma de recrutamento até o final do acompanhamento dos participantes
4.8.3 Análise estatística
Primeiramente foi aplicado um teste para verificar a homogeneidade dos
grupos. Como os valores médios iniciais não apresentaram diferenças entre os
grupos e apresentaram distribuição normal os dados clínicos foram analisados
utilizando-se os testes ANOVA e t-Student, os dados microbiológicos aplicando-se o
teste Qui-quadrado enquanto os dados salivares foram analisados pelo teste
Kruskal
Wallis
. As diferenças entre os grupos teste e controle e entre os tempos
experimentais foram consideradas estatisticamente significativas quando p<0.05. A
análise estatística foi conduzida com auxílio dos softwares Biostat 5.0 e SPSS ®
11.5.
42
5 RESULTADOS
Os participantes foram alocados nos grupos de maneira equiparada tanto com
relação a idade (teste - 40,68 ± 7,04 anos; placebo - 41,22 ± 6,71 anos) como
gênero (teste - 11 homens: 11 mulheres; placebo – 13 homens: dez mulheres). Três
(12%) participantes do grupo teste e dois (8%) do grupo controle não completaram o
estudo. O número de participantes que completou a avaliação de seis meses (22
teste/23 placebo) foi superior ao mínimo estabelecido pelo cálculo amostral. Efeitos
adversos que pudessem ser relacionados a terapia periodontal ou especificamente
aos agentes químicos não foram relatados. Apenas dois participantes, um do grupo
teste e um do grupo placebo, relataram sensação de ardência nos primeiros três
dias de uso.
5.1 Resultados clínicos
Para avaliar o impacto clínico do modelo terapêutico testado, três parâmetros
periodontais foram selecionados, PS, IPl e IGM. Antes da terapia ambos os grupos
apresentaram o mesmo padrão e gravidade de doença periodontal revelados pela
ausência de diferenças estatisticamente significativas entre-grupos para os três
parâmetros considerados.
A análise intra-grupo demonstrou que apenas o grupo teste exibiu redução
nos valores médios de PS (Figura 9). Já a análise inter-grupos, que comparou teste
43
Resultados ______________________________________________________
e controle em cada tempo experimental, não revelou diferenças estatisticamente
significativas (Figura 9).
0
0. 5
1
1. 5
2
2. 5
3
3. 5
4
T0 T1 T2 T0 T1 T2
CONTROLE TESTE
*
Figura 9 – Análise comparativa dos valores médios de PS entre os grupos teste e controle
considerando-se os diferentes tempos experimentais
T0 = inicial; T1 = dois meses; T2 = seis meses
Análise intra-grupo revelou diferença estatisticamente significativa (*) (ANOVA e teste t Student p <
0,05)
Análise inter-grupo não revelou diferença estatisticamente significativa (ANOVA e teste t Student p >
0,05)
Em relação ao índice de placa, a análise intra-grupo revelou redução para os
grupos teste e controle (T0 > T1 = T2). Entretanto, a análise inter-grupos demonstrou
que o grupo teste apresentou maiores reduções nos dois tempos de avaliação após
o término da terapia periodontal (T1 e T2). Esses dados estão apresentados na
Figura 10 enquanto a Figura 11 exibe os achados referentes ao índice gengival
modificado. Deve-se salientar que os resultados de IG foram iguais aos de IPl
considerando-se tanto o comportamento intra-grupo como o inter-grupos.
44
Resultados _______________________________________________________
0
0. 5
1
1. 5
2
2. 5
T0 T1 T2 T0 T1 T2
CONTROLE TES TE
Figura 10 – Análise comparativa dos valores médios de índice de placa (IPl) entre os grupos teste e
controle considerando-se os diferentes tempos experimentais
T0 = inicial; T 1 = dois meses; T2 = seis meses
Análise intra-grupo revelou diferenças estatisticamentes significativas (*) (ANOVA e teste t Student, p
< 0,05)
Análise inter-grupos revelou diferenças estatisticamente significativas (†) (ANOVA e teste t Student, p
> 0,05)
0
0. 5
1
1. 5
2
2. 5
3
T0 T1 T2 T0 T1 T2
CONTROLE TES TE
Figura 11 – Análise comparativa dos valores médios do índice gengival modificado (IGM) entre os
grupos teste e controle considerando-se os diferentes tempos experimentais
T0 = inicial; T 1 = dois meses; T2 = seis meses
Análise intra-grupo revelou diferenças estatisticamentes significativas (*) (ANOVA e teste t Student, p
< 0,05)
Análise inter-grupo revelou diferenças estatisticamente significativas (†) (ANOVA e teste t Student, p
>0,05)
*
*
*
*
45
Os dados numéricos relativos às mensurações clínicas da população
estudada antes da terapia e durante o seu monitoramente estão dispostos na Tabela
1.
Tabela 1 – Comparação dos parâmetros clínicos entre os grupos teste e controle considerando-se os
tempos experimentais
Tempo
Parâmetro
Clínico
Pré-tratamento
(T0)
Dois meses
(T1)
Seis meses
(T2)
Resultados _______________________________________________________
Teste
3,51 ± 1,34 2,55 ± 0,71 2,5 ± 0,75
PS
Média ± DP
Controle
3,52 ± 1,43 3,02 ± 1,22 2,97 ± 1,22
Teste 2,11 ± 0,61 0,48 ± 0,41 0,52 ± 0,43
IPl
Média ± DP
Controle 2,12 ± 0,63 1,23 ± 0,68 1,3 ± 0,66
Teste 2,74 ± 0,23 0,47 ± 0,36 0,56 ± 0,39
IGM
Média ± DP
Controle 2,52 ± 0,55 1,39 ± 0,62 1,48 ± 0,66
PS – profundidade de sondagem; IPl – índice de placa; IGM – índice gengival modificado; DP –
desvio padrão
Teste – desinfecção de boca-total em estágio único (Listerine® cool mint)
Controle - desinfecção de boca-total em estágio único (Placebo)
5.2 Resultados microbiológicos
Foram avaliadas as prevalências de quatro espécies bacterianas nos
diferentes períodos experimentais em amostras subgengivais, do dorso da língua e
saliva total não estimulada. Apenas as análises intra-grupos revelaram diferenças
estatisticamente significativas ao longo do tempo (Tabela 2).
Para P. gingivalis não foi observada redução em nenhum sítio teste. Essa
bactéria sofreu aumento em T2 nas amostras de saliva do grupo controle. Houve
46
Resultado_________________________________________________________
tendência numérica de aumento nos dois grupos entre T0 e T1. Já C. rectus, em T2,
sofreu aumento em todos os sítios intra-bucais pesquisados para ambos os grupos
(Tabela 2). A prevalência subgengival de T. forsythia reduziu para o grupo teste em
T2, e, aumentou em T1 no dorso lingual e saliva não estimulada do grupo controle.
Finalmente, as alterações para S. sanguinis foram similares entre os grupos.
Excetuando-se a ocorrência nas bolsas periodontais do grupo controle, de T0 para
T1 observou-se aumento nos três sítios intra-bucais.
47
Resultados _______________________________________________________
Tabela 2 – Prevalência de P. gingivalis, C. rectus, T. forsythia e S. sanguinis nos grupos teste e
controle, de acordo como sítio de coleta microbiológica e o tempo experimental
Tempos
P. gingivalis
(T0) (T1) (T2)
Teste 23,53 47,37 33,33 Bolsa
periodontal
Controle 21,05 38,10 42,11
Teste 17,65 31,58 27,78 Língua
Controle 27,78 45,45 21,05
Teste 42,86 47,37 33,33 Saliva
Controle 53,33(A/B) 37,78 (A) 70,00 (B)
Tempos
C. rectus
(T0) (T1) (T2)
Teste 29,41(B) 63,16(A) 83,33(A) Bolsa
periodontal
Controle 47,37(B) 66,67(A/B) 84,21(A)
Teste 64,71(B) 73,68(A/B) 100,00(A) Língua
Controle 66,67 (B) 72,09 (A/B) 89,47 (A)
Teste 64,29(B) 57,09(B) 100,00(A) Saliva
Controle 60,00(B) 70,00(A/B) 94,44(A)
Tempos
T. forsythia
(T0) (T1) (T2)
Teste 68,42(A) 61,90(A) 31,58(B) Bolsa
periodontal
Controle 41,18 57,89 33,33
Teste 41,18 68,42 44,44 Língua
Controle 33,33(B) 72,73(A) 36,84(B)
Teste 50,00 63,16 44,44 Saliva
Controle 38,89 (B) 70,00 (A) 50,00 (B)
Tempos
S. sanguinis
(T0) (T1) (T2)
Teste 16,67(B) 52,94(A) 57,89(A) Bolsa
periodontal
Controle 21,05(B) 21,05(B) 52,38(A)
Teste 38,89(B) 70,59(A) 73,68(A) Língua
Controle 42,11(B) 77,78(A) 54,55(A/B)
Teste 55,56(B) 92,86(A) 78,55(A/B) Saliva
Controle 27,78(B) 86,67(A) 55,00(A/B)
T0 = inicial; T 1 = dois meses; T2 = seis meses
Análise intra-grupo revelou diferenças estatisticamente significativas entre os tempos experimentais
(letras maiúsculas diferentes em uma na mesma linha) (Qui-quadrado p < 0,05)
Análise inter-grupos, em cada tempo experimental, não revelou diferença estatisticamente
significativa (Qui-quadrado p > 0,05)
48
Resultados _______________________________________________________
5.3 Resultados salivares
A Tabela 3 mostra os resultados provenientes das análises salivares. O anti-
séptico testado no protocolo desinfecção de boca-total em estágio único não alterou
o fluxo e o pH salivares. Apenas o grupo teste apresentou redução do nível total de
proteína na saliva. A dosagem de fosfatase alcalina não foi alterada por esse tipo de
terapia periodontal.
Tabela 3 – Análise comparativa dos parâmetros salivares para ambos os grupos considerando-se os
diferentes períodos experimentais
Tempos
(T0)
Média ± DP
(T1)
Média ± DP
(T2)
Média ± DP
Teste 0,38 ± 0,15 0,30 ± 0,14 0,31 ± 0,16 Fluxo de
saliva não
estimulada
Controle 0,38 ± 0,16 0,33 ± 0,12 0,45 ± 0,21
Teste 7,16 ± 0,36 7,31 ±0,23 7,15 ± 0,33 pH
Controle 7,25 ± 0,55 7,19 ± 0,21 7,17 ± 0,33
Teste
697,07±142,36
A
758,22 ± 241,22
A
629,95 ±132,17
B
Proteína
Total
Controle 679,77 ± 130,34 981,86 ± 241,06 654,31 ± 116,80
Teste 62,30 ± 8,63 66,42 ± 6,32 63,10 ± 8,82 Fosfatase
alcalina
Controle 62,29 ± 10,20 69,51 ± 6,07 63,62 ± 7,35
T0 = inicial; T 1 = dois meses; T2 = seis meses
Análise intra-grupo revelou diferenças estatisticamente significativas entre os tempos experimentais
(letras maiúsculas diferentes em uma mesma linha) (Kruskal Wallis < 0,05)
Análise inter-grupos, em cada tempo experimental, não revelou diferença estatisticamente
significativa (Kruskal Wallis)
49
6 DISCUSSÃO
Tradicionalmente, a terapia periodontal não cirúrgica de raspagem e
alisamento radicular é executada por sessões, onde se trabalha semanalmente ou
quinzenalmente quadrantes ou sextantes. Embora seja reconhecido que o sucesso
desse protocolo está diretamente relacionado com a redução de patógenos
periodontais (Ali et al., 1992) alguns estudos (Sbordone et al., 1990; Van der Velden
et al., 1986) evidenciaram uma rápida recolonização do sulco/bolsa periodontal
pelas espécies bacterianas periodontopatogênicas pouco tempo após os
procedimentos de raspagem a aplainamento radicular.
Dessa maneira, protocolos terapêuticos que possam obter resultados
sustentáveis ao longo do tempo têm sido pesquisados. Assim, o objetivo do presente
estudo foi monitorar os efeitos clínicos, microbiológicos e salivares decorrentes da
aplicação do protocolo “desinfecção de boca-total em estágio único”, tendo como
agente químico um anti-séptico bucal contendo óleos essenciais.
O protocolo “desinfecção de boca-total em estágio único” tem sido comparado
ao protocolo terapêutico tradicional a fim de testar sua efetividade ao longo do
tempo. Bollen et al. (1996) comparam os dois protocolos citados, e após o
acompanhamento longitudinal por oito meses, concluíram que para todos os
parâmetros clínicos periodontais avaliados (Índice Gengival, Índice de Placa,
Profundidade de Sondagem e Recessão Gengival) os indivíduos incluídos no grupo
teste (“desinfecção de boca total em estágio único”) apresentaram os melhores
resultados. Esses achados estão de acordo com os obtidos por Mongardini et al.
(1999) que observaram também melhores resultados para indivíduos tratados com
50
Discussão________________________________________________________
“desinfecção de boca-total em estágio único” quando incluídos indivíduos portadores
de periodontite crônica e agressiva.
No presente estudo, o grupo teste apresentou redução de PS comparando T0
com T1. E, tal redução foi mantida até o final do período experimental. Todavia,
provavelmente pelo fato do grupo controle também ter apresentado uma tendência
numérica de melhora (embora não suficiente para alcançar significância estatística)
a análise inter-grupos não revelou diferenças. É interessante ressaltar que em
estudo preliminar (Cortelli et al., 2008) nosso grupo observou diferenças
significativas entre os grupos teste e controle. Entretanto, naquele trabalho foram
incluídos pacientes com maior gravidade da doença periodontal, i.e, periodontite
crônica moderada. E, segundo Müller (2007) já poderia se esperar uma redução
mais evidente pelos próprios valores iniciais de PS terem sido maiores (teste: 4,90 ±
0,47mm; controle: 5,02 ± 0,51mm) que aqueles encontrados nesse estudo (teste:
3,51 ± 1,34mm; controle: 3,52 ± 1,43).
Sobre IPl e IGM, ambos os grupos apresentaram melhora mas, os óleos
essenciais acarretaram maiores reduções quando comparados ao grupo controle
(Tabela 1). As ações anti-placa e anti-gengivite dos óleos essenciais têm sido
evidenciadas por estudos clínicos (Mendes et al., 1995; Charles et al., 2001; Charles
et al., 2004; Witt et al., 2005). Em relação à redução da gengivite deve-se ressaltar
que apesar da maior parte dos estudos clínicos incluírem populações com gengivite
nossos resultados com periodontite leve foram bastante evidentes. A manutenção
das reduções até os seis meses pode ter sido favorecida pelo controle mecânico.
Sharma et al. (2004) já haviam reportado benefícios adicionais decorrentes do uso
de óleos essenciais por pacientes com gengivite os quais utilizaram fio dental e
escova multitufos regularmente.
51
Discussão________________________________________________________
Embora em determinadas populações tenha sido sugerido que os benefícios
do protocolo “Desinfecção de boca-total em estágio único” possam decorrer mais da
redução do prazo para realização dos procedimentos do que propriamente dos
agentes químicos (Quirynem et al., 2000), nossos resultados parecem corroborar
com os achados posteriores desse mesmo grupo (Quirynen et al., 2006b) uma vez
que o grupo tratado com óleos essenciais apresentou benefícios adicionais em
relação a redução de PS. Na publicação de 2006 esses autores atribuíram as
melhoras clínicas decorrentes do protocolo em parte ao tempo reduzido e em parte a
ação do anti-séptico.
Alguns pesquisadores têm observado resultados contraditórios em relação a
“Desinfecção de boca-total em estágio único”, entretanto segundo Quirynen et al.
(2006a) muitos deles não reproduziram adequadamente o protocolo original. Nesse
sentido, no presente estudo tentou-se uma reprodução adequada. Como os óleos
essenciais no Brasil são veiculados apenas na forma líquida para a desinfecção do
dorso da língua usamos como artifício um swab de algodão embebido na solução
em substituição ao gel de clorexidina (Quirynen et al., 1995). Adicionalmente, foi
padronizado em 5mL o volume utilizado para cada irrigação subgengival.
Embora alguns estudos que testaram a “desinfecção de boca-total em estágio
único” (Bollen et al., 1998; Quirynen et al., 1999) assim como aqueles que avaliaram
o uso de óleos essenciais em diferentes situações clínicas (Witti et al., 2005; Charles
et al., 2000; Fine et al., 2007) tenham observado efeitos antibacterianos e/ou
reduções bacterianas, no presente estudo, T. forsythensis reduziu para o grupo teste
subgengivalmente enquanto P. gingivalis não sofreu redução em nenhum sítio teste.
Na verdade, tanto grupo teste como placebo exibiram tendência numérica de
aumentar entre T0 e T1. Fine et al. (2007) ao utilizar a cultura para determinar a
52
Discussão________________________________________________________
contagem de P. gingivalis, F. nucleatum e Veillonella sp. relataram reduções da
ordem de 66,3% a 79,2% para o grupo que utilizou óleos essenciais.
C. rectus, em T2, sofreu aumento em todos os sítios intra-bucais
pesquisados para ambos os grupos (Tabela 2). O papel de C. rectus como patógeno
periodontal ainda não está completamente elucidado (Renvert et al., 1996). Mas, se
considerarmos essa bactéria um membro do complexo laranja esse resultado
observado aos seis meses pode não ser favorável uma vez que esse complexo
precede a colonização por espécies mais patogênicas (Socransky et al., 1998). Van
der Weijden et al. (1998) ao testarem a ação de extratos herbais sobre espécies
bacterianas não observaram nenhum efeito dos mesmos sobre C. rectus.
As alterações para S. sanguinis foram similares entre os grupos. Excetuando-
se a ocorrência nas bolsas periodontais do grupo controle, de T0 para T1 observou-
se aumento nos três sítios intra-bucais. Esse aumento já foi encontrado após o
tratamento com outro protocolo terapêutico (Carvalho et al., 2005) e parece ser
favorável uma vez que essa espécie é considerada benéfica ao periodonto por
competir com patógenos periodontais interferindo com sua colonização (Kawashima
et al., 2003).
Deve-se mencionar que algumas diferenças entre os nossos resultados e
aqueles reportados por outros estudos podem decorrer da aplicação de técnicas
menos sensíveis (Quirynen et al. 1999; Fine et al. 2007) que a PCR. Mas,
principalmente os resultados microbiológicos devem ser considerados em conjunto
com os achados clínicos cuja melhora perdurou até os seis meses. Em estudos
futuros pode-se testar o retorno ao uso dos anti-sépticos entre três e seis meses
associado ou não a novas intervenções mecânicas.
53
Discussão________________________________________________________
Por se tratar de técnica simples e não invasiva de coleta, aliada a uma rica
constituição do fluido corpóreo as análises salivares tem crescido em periodontia. A
fim de se testar possíveis efeitos indesejáveis decorrentes do uso relativamente
longo (dois meses) do anti-séptico contendo óleos essenciais investigou-se o fluxo e
pH salivares. Por outro lado alterações nos níveis totais de proteína e de fosfatase
alcalina na saliva foram respectivamente avaliados como possíveis indicadores de
inflamação e reabsorção óssea nos diferentes tempos experimentais.
Muitos anti-sépticos bucais contêm álcool denaturado, e especificamente o
produto aqui testado contém 21.6% de etanol USP. Além da preocupação entre uma
possível relação entre álcool com ressecamento bucal, descamação epitelial e,
sobretudo desenvolvimento de câncer bucal, o baixo pH de determinados anti-
sépticos também tem sido questionado. Claffey (2003) publicou uma revisão de
literatura na qual relatou baseado em estudos prévios a não alteração do pH salivar
decorrente do uso de óleos essenciais. Kerr et al. (2007) não observaram diferenças
nas medidas objetivas e subjetivas de secura bucal, utilizadas para determinar se
anti-sépticos contento álcool teriam influência negativa sobre o fluxo salivar de
indivíduos sem xerostomia.
Os óleos essenciais no protocolo “desinfecção de boca-total em estágio
único” não alteraram os parâmetros salivares básicos, i.e., fluxo e pH. De acordo
com Sahingur & Cohen (2004) o fluxo salivar é de fundamental importância para a
homeostasia bucal assim, nossos achados vêm sustentar a possibilidade de uso
prolongado de anti-sépticos bucais contendo óleos essenciais sem efeitos colaterais
significativos.
Interessantemente, apenas o grupo teste apresentou redução do nível total de
proteína na saliva que segundo Nieminem et al. (1993) pode refletir o grau de
54
Discussão________________________________________________________
inflamação na cavidade bucal. Nesse contexto, a redução encontrada no grupo teste
parece ser compatível com a maior redução do índice gengival modificado. Ação
antiinflamatória de enxaguatório contendo óleos essenciais foi previamente sugerida
por Sekino & Ramberg (2005) e comprovadas por Sharma et al. (2008) em seu
trabalho realizado com pacientes portadores de gengivite crônica que fizeram uso de
enxaguatório, reduzindo os níveis das citocinas pró-inflamatórias IL 2 e IFN-gamma.
A fosfatase alcalina salivar parece estar aumentada em indivíduos com
doença periodontal comparativamente a indivíduos saudáveis fato esse que parece
estar relacionado com a reabsorção óssea alveolar característica dessa doença
(Totan et al., 2006). Por isso, Yoshie et al. (2007) sugeriram a fosfatase alcalina
como um importante marcador para monitorar a resposta a terapia periodontal.
Todavia, para o tratamento de indivíduos com periodontite leve o protocolo testado
não alterou as dosagens salivares de fosfatase alcalina.
Independente do tipo sabe-se que um dos fatores decisivos para o sucesso
da terapia periodontal bem como a manutenção dos resultados obtidos é o nível de
comprometimento dos pacientes. No presente estudo a aderência dos participantes
foi alta, tendo completado o período experimental 23 pacientes no grupo placebo e
22 no grupo teste. Mongardini et al. (1999) já haviam citado a maior aderência dos
pacientes periodontais a “desinfecção de boca-total em estágio único”
comparativamente ao esquema terapêutico tradicional. O fato dos participantes
terem recebido ligações telefônicas diárias durante toda fase ativa do estudo com
certeza contribuiu para os resultados alcançados. Adicionalmente ambos os
tratamentos parecem ter sido bem tolerados já que efeitos indesejáveis não foram
relatados.
55
Discussão________________________________________________________
Em síntese o protocolo “desinfecção de boca-total em estágio único” parecer
ser uma boa alternativa para o tratamento de indivíduos com periodontite leve. E,
conjuntamente os resultados desse estudo de seis meses sugerem que o anti-
séptico contendo óleos essenciais pode ser empregado como coadjuvante da
terapia periodontal.
56
7 CONCLUSÕES
1. Quando utilizado no protocolo “desinfecção de boca-total em estágio único”
para tratar indivíduos com periodontite leve o anti-séptico bucal contendo
óleos essenciais ofereceu benefícios clínicos adicionais principalmente na
redução de placa e gengivite.
2. Os maiores benefícios microbiológicos foram a redução subgengival do
periodontopatógeno T. forsythia e o aumento da espécie benéfica S.
sanguinis.
3. Os resultados salivares parecem confirmar a ação antiinflamatória e a
possibilidade de uso prolongado dos óleos essenciais com segurança.
4. Em conjunto os resultados sugerem que pacientes com periodontite leve
podem se beneficiar desse tratamento periodontal de rápida execução e
sugerem também que os óleos essenciais podem ser um agente
antimicrobiano alternativo para ser utilizado na desinfecção de boca-total em
estágio único.
57
REFERÊNCIAS
1
1. Löe H, Theilade E, Jensen SB. Experimental gingivitis in man. J Periodontol.
1965; 36: 177-187.
2. Baehni PC, Takeuchi Y. Anti-plaque agents in the prevention of biofilm-
associated oral diseases. Oral Dis. 2003; 9: 23-29.
3. Fischman SL. A clinician's perspective on antimicrobial mouthrinses. J Am
Dent Assoc. 1994; 2: 20-22.
4. Mendes MMSG, Zenóbio EG, Pereira OL. Agentes químicos para controle de
placa bacteriana. Revista Periodontia. 1995; 5: 253-256.
5. Quirynen M, Bollen CM, Vandekerckhove BN, Dekeyser C, Papaioannou W,
Eyssen H. Full-versus partial-mouth disinfection in the treatment of periodontal
infections. Short-term clinical and microbiological observations. J Dent Res.
1995; 74: 1459-1467.
6. Cortelli JR, Aquino DR, Cortelli SC, Fernandes CB, Carvalho-Filho J, Franco
GCN, et al. Etiological analysis of initial colonization of periodontal pathogens
in oral cavity. J Clin Microbiology. 2008; 46: 1322-1329.
7. American Dental Association. Adjunctive Dental Therapies for the Reduction
of Plaque and Gingivitis. Council on Scientific Affair. 1997; September.
1
Referências elaboradas de acordo com o modelo Vancouver
58
8. Moshrefi A. Chlorhexidine. J West Soc Periodontol. 2002; 50: 5-9.
9. Solheim H, Eriksen HM, Nordbø H. Chemical plaque control and extrinsic
discoloration of teeth. Acta Odontol Scand. 1980; 38: 303-309.
10. McCoy LC, Wehler CJ, Rich SE, Garcia RI, Miller DR, Jones JA. Adverse
events associated with chlorhexidine use: results from the Department of
Veterans Affairs Dental Diabetes Study. J Am Dent Assoc. 2008; 139: 178-
183.
11. Ross NM, Charles CH, Dills SS. Long-term effects of Listerine antiseptic on
dental plaque and gingivitis. J Clin Dent. 1989; 1: 92-95.
12. Kato T. et al. Antibacterial effects of Listerine on oral bacteria. Bull Tokyo
Dent Coll. 1990; 4: 301-307.
13. Fine DH, Furgang D, Barnett ML. Comparative antimicrobial activities of
antiseptic mouthrinses against isogenic planktonic and biofilm forms of
Actinobacillus actinomycetemcomitans. J Clin Periodontol. 2001; 28: 697-700.
14. Ouhayoun JP. Penetrating the plaque biofilm: impact of essential oil
mouthwash. J Clin Periodontol. 2003; 5: 10-12.
59
Referências_______________________________________________________
15. Ciancio SG, Lauciello F, Shibly O, Vitello M, Mather M. The effect of an
antiseptic mouthrinse on implant maintenance: plaque and peri-implant
gingival tissues. J Periodontol. 1995; 66: 962-965.
16. Gautier G, Noguer M, Costa N, Canela J, Viñas M. Mouthrinses: a
comparative microbiological study. Bull Group Int Rech Sci Stomatol Odontol.
2000; 42: 23-29.
17. Bauroth K, Charles CH, Mankodi SM, Simmons K, Zhao Q, Kumar LD. The
efficacy of an essential oil antiseptic mouthrinse vs. dental floss in controlling
interproximal gingivitis: a comparative study. J Am Dent Assoc. 2003; 134:
558.
18. Santos A. Evidence-based control of plaque and gingivitis. J Clin Periodontol.
2003; 30: 13-16.
19. Fine DH, Furgang D, Sinatra K, Charles C, McGuire A, Kumar LD. In vivo
antimicrobial effectiveness of an essential oil-containing mouth rinse 12 h after
a single use and 14 days' use. J Clin Periodontol. 2005; 32: 335-340.
20. Sharma S, Saimbi CS, Koirala B, Shukla R. Effect of various mouthwashes on
the levels of interleukin-2 and interferon-gamma in chronic gingivitis. J Clin
Pediatr Dent. 2008; 32: 111-114.
60
Referências_______________________________________________________
21. Tufekci E, Casagrande ZA, Lindauer SJ, Fowler CE, Williams KT.
Effectiveness of an essential oil mouthrinse in improving oral health in
orthodontic patients. Angle Orthod. 2008; 78: 294-298.
22. Van der Velden U, Van Winkelhoff AJ, Abbas F, De Graaff J. The habitat of
periodontopathic micro-organisms. J Clin Periodontol. 1986; 13: 243-248.
23. Ali RW, Lie T, Skaug N. Early effects of periodontal therapy on the detection
frequency of four putative periodontal pathogens in adults. J Periodontol.
1992; 63: 540–547.
24. Sbordone L, Ramaglia L, Gulletta E, Iacono V. Recolonization of the
subgingival microflora after scaling and root planing in human periodontitis. J
Periodontol. 1990; 61: 579-584.
25. Bollen CM, Vandekerckhove BN, Papaioannou W, Van Eldere J, Quirynen M.
Full- versus partial-mouth disinfection in the treatment of periodontal
infections. A pilot study: long term microbiological observations. J Clin
Periodontol. 1996; 23: 960 – 970.
26. Mongardini C, Van Steenberghe D, Dekeyser C, Quirynen M. One stage full-
versus partial-mouth disinfection in the treatment of chronic adult or
generalized early-onset periodontitis. I. Long-term clinical observations. J
Periodontol
. 1999; 70: 632-645.
61
Referências_______________________________________________________
27. Bollen CM, Mongardini C, Papaioannou W, Van Steenberghe D, Quirynen M.
The effect of a one stage full-mouth disinfection on different intra-oral niches-
Clinical and microbiological observations. J Clin Periodontol. 1998; 25: 56-66.
28. Quirynen M, Mongardini C, De Soete M, Pauwels M, Coucke W, Van Eldere
J, et al. The rôle of chlorhexidine in the one-stage full-mouth disinfection
treatment of patients with advanced adult periodontitis. Long-term clinical and
microbiological observations. J Clin Periodontol. 2000; 27: 578-589.
29. Quirynen M, De Soete M, Boschmans G, Pauwels M, Coucke W, Teughels
W, et al. Benefit of "one-stage full-mouth disinfection" is explained by
disinfection and root planing within 24 hours: a randomized controlled trial. J
Clin Periodontol. 2006; 33: 639-647.(a)
30. Koshy G, Corbet EF, Ishikawa I. A full-mouth disinfection approach to
nonsurgical periodontal therapy--prevention of reinfection from bacterial
reservoirs. Periodontol 2000. 2004; 36:166-178.
31. Quirynen M, Mongardini C, Pauwels M, Bollen CM, Van Eldere J, Van
Steenberghe D. One stage full- versus partial-mouth disinfection in the
treatment of chronic adult or generalized early-onset periodontitis. II. Long-
term impact on microbial load. J Periodontol. 1999; 70: 646-656.
62
Referências_______________________________________________________
32. Cortelli JR, Aquino DR, Cortelli SC, Fernandes CB, Carvalho-Filho J, Franco
GCN, et al. Etiological analysis of initial colonization of periodontal pathogens
in oral cavity. J Clin Microbiology. 2008; 46: 1322-1329.
33. Löe H, Silness J. Periodontal disease in pregnancy. I. Prevalence and
severity. Acta Odontol Scand. 1963; 21: 533-551.
34. Lobene RR, Weatherford T, Ross NM, Lamm RA, Menaker L. A modified
gingival for index use in clinical trials. Clinical preventive dentisty. 1986; 8: 3-
6.
35. Sahingur SE, Cohen RE. Analysis of host responses and risk for disease
progression. Periodontol 2000. 2004; 34: 57–83.
36. Nakamura M, Slots J. Salivary enzymes. Origin and relationship to
periodontal disease. J Periodontal Res. 1983; 18: 559-569.
37. Mandel ID. The functions of saliva. J Dent Res. 1987;
66: 623-627.
38. Cortelli JR, Cortelli SC, Jordan SF, Haraszthy VI, Zambon JJ. Prevalence of
periodontal pathogens in Brazilians with aggressive or chronic periodontitis. J
Clin Periodontol. 2005; 32: 860–866.
63
Referências_______________________________________________________
39. Totan A, Greabu M, Totan C, Spinu T. Salivary aspartate aminotransferase,
alanine aminotransferase and alkaline phosphatase: possible markers in
periodontal diseases? Clin Chem Lab Med. 2006; 44: 612-615.
40. Yoshie H, Tai H, Kobayashi T, Oda-Gou E, Nomura Y, Numabe Y, et al.
Salivary enzyme levels after scaling and interleukin-1 genotypes in Japanese
patients with chronic periodontitis. J Periodontol. 2007; 78: 498-503.
41. Nieminen A, Nordlund L, Uitto VJ. The effect of treatment on the activity of
salivary proteases and glycosidases in adults with advanced periodontitis. J
Periodontol. 1993; 64: 297-301.
42. Tanner A, Kent R, Maiden MF, Taubman MA. Clinical, microbiological and
immunological profile of healthy, gingivitis and putative active periodontal
subjects. Periodont Res. 1996; 31: 195–204.
43. Maiden MF, Tanner AC, Macuch PJ, Murray L, Kent RL. Jr Subgingival
temperature and microbiota in initial periodontitis.
J Clin Periodontol. 1998; 25:
786-793.
44.
Gmür R, Wyss C, Xue Y, Thurnheer T, Guggenheim B. Gingival crevice
microbiota from Chinese patients with gingivitis or necrotizing ulcerative
gingivitis. Eur J Oral Sci. 2004. 112: 33-41.
64
Referências_______________________________________________________
45. Ximénez-Fyvie LA, Haffajee AD, Socransky SS. Microbial composition of
supra- and subgingival plaque in subjects with adult periodontitis. J Clin
Periodontol. 2000; 27: 722-732.
46. Morikawa M, Chiba T, Tomii N, Sato S, Takahashi Y, Konishi K, et al.
Comparative analysis of putative periodontopathic bacteria by multiplex
polymerase chain reaction. J Periodontal Res. 2008; 43: 268-274.
47. Mager DL, Ximenez-Fyvie LA, Haffajee AD, Socransky SS. Distribution of
selected bacterial species on intraoral surfaces. J Clin Periodontol. 2003; 30:
644-654.
48. Kawashima M, Hanada N, Hamada T, Tagami J, Senpuku H. Real-time
interaction of oral streptococci with human salivary components. Oral Microbiol
Immunol. 2003; 18: 220-225.
49. Van Hoogmoed CG, Geertsema-Doornbusch GI, Teughels W, Quirynen M,
Busscher HJ, Van der Mei HC. Reduction of periodontal pathogens adhesion
by antagonistic strains.
Oral Microbiol Immunol. 2008; 23: 43-48.
50. Carvalho LH, D'Avila GB, Leao A, Goncalves C, Haffajee AD, Socransky SS,
et al. Scaling and root planing, systemic metronidazole and professional
plaque removal in the treatment of chronic periodontitis in a Brazilian
population II--microbiological results. J Clin Periodontol. 2005; 32: 406-411.
65
Referências_______________________________________________________
51. Kamma JJ, Nakou M, Mitsis FJ. The clinical and microbiological effects of
systemic ornidazole in sites with and without subgingival debridement in early-
onset periodontitis patients. J Periodontol. 2000; 71:1862-1873.
52. Armitage GC. Development of a Classification System for Periodontal
Diseases and Conditions. Annals of Periodontology December. 1999; 74:
1237-1247.
53. Araujo MW, Hovey KM, Benedek JR, Grossi SG, Dorn J, Wactawski-Wende
J, et al. Reproducibility of Probing Depth Measurements using a constant force
electronic probe: analysis of inter- and intra-examiner variability. J Periodontol.
2003; 74: 1736–1740.
54. Silness J, Löe H. Periodontal disease in pregnancy II. Correlation between
oral higiene and periodontal condition. Acta Odontol Scand. 1964; 22: 121–
135.
55. Navazesh M, Christensen C, Brightman V. Clinical criteria for the diagnosis of
salivary gland hypofunction. J Dent Res. 1992; 71: 1363-1369.
56. Navazesh M. Methods for collecting saliva. Annals of the New York Academy
of Sciences. 1993; 11: 307-310.
66
Referências_______________________________________________________
57. Müller HP. A bivariate multi-level model, which avoids mathematical coupling
in the study of change and initial periodontal attachment. Clin Oral Investig.
2007; 11: 307–310.
58. Charles CH, Sharma NC, Galustians HJ, Qaqish J, McGuire JA, Vincent JW.
Comparative efficacy of an antiseptic mouthrinse and antiplaque/antigingivitis
dentifrice. A six-month clinical trial. J Am Dent Assoc. 2001; 132: 670-675.
59. Charles CH, Mostler KM, Bartels LL, Mankodi SM. Comparative antiplaque
and antigingivitis effectiveness of a chlorhexidine and an essential oil
mouthrinse: 6-month clinical trial. J Clin Periodontol. 2004; 31: 878-884.
60. Witt JJ, Walters P, Bsoul S, Gibb R, Dunavent J, Putt M. Comparative clinical
trial of two antigingivitis mouthrinses. Am J Dent. 2005; 18: 15A-17A.
61. Sharma N, Charles CH, Lynch MC, Qaqish J, McGuire JA, Galustians JG, et
al. Adjunctive benefit of an essential oil-containing mouthrinse in reducing
plaque and gingivitis in patients who brush and floss regularly: a six-month
study. J Am Dent Assoc. 2004; 135: 496-504.
62. Quirynen M, Teughels W, van Steenberghe D. Impact of antiseptics on one-
stage, full-mouth disinfection. J Clin Periodontol. 2006; 33: 49-52.(b)
67
Referências_______________________________________________________
63. Charles CH, Pan PC, Sturdivant L, Vincent JW. In vivo antimicrobial activity of
an essential oil-containing mouthrinse on interproximal plaque bacteria. J Clin
Dent. 2000; 11: 94-97.
64. Fine DH, Markowitz K, Furgang D, Goldsmith D, Ricci-Nittel D, Charles CH, et
al. Effect of rinsing with an essential oil-containing mouthrinse on subgingival
periodontopathogens. J Periodontol. 2007; 78: 1935-1942.
65. Renvert S, Dahlén G, Wikström M. Treatment of periodontal disease based
on microbiological diagnosis. Relation between microbiological and clinical
parameters during 5 years. J Periodontol. 1996; 67: 562-571.
66. Socransky SS, Haffajee AD, Cugini MA, Smith C, Kent RL Jr. Microbial
complexes in subgingival plaque. J Clin Periodontol. 1998; 25: 134-144.
67. Van der Weijden GA, Timmer CJ, Timmerman MF, Reijerse E, Mantel MS,
Van der Velden U. The effect of herbal extracts in an experimental mouthrinse
on established plaque and gingivitis.
J Clin Periodontol. 1998; 25: 399-403.
68. Carvalho LH, D'Avila GB, Leao A, Goncalves C, Haffajee AD, Socransky SS,
et al. Scaling and root planing, systemic metronidazole and professional
plaque removal in the treatment of chronic periodontitis in a Brazilian
population II--microbiological results. J Clin Periodontol. 2005; 32: 406-411.
68
Referências_______________________________________________________
69. Claffey N. Essential oil mouthwashes: a key component in oral health
management. J Clin Periodontol. 2003; 30: 22-24.
70. Kerr AR, Katz RW, Ship JA. A comparison of the effects of 2 commercially
available nonprescription mouthrinses on salivary flow rates and xerostomia.
Quintessence Int. 2007; 38: 440-447.
71. Sekino S, Ramberg P. The effect of a mouth rinse containing phenolic
compounds on plaque formation and developing gingivitis. J Clin Periodontol.
2005; 32: 1083-1088.
69
ANEXOS
A – Cópia da declaração do Comitê de Ética em Pesquisa
70
B – Cópia do artigo resumido publicado IADR/2008
71
C – Cópia do artigo em fase final de elaboração para ser
submetido para publicação no J Clin Periodontol
72
Taubaté, agosto de 2008
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial desta
obra, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para
fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
Renato Zanotta Rebelo
Ficha catalográfica elaborada pelo
SIBi – Sistema Integrado de Bibliotecas / UNITAU
R291a Rebelo, Renato Zanotta
Avaliação longitudinal dos efeitos clínicos, microbiológicos e salivares
de um anti-séptico bucal contendo óleos essenciais utilizado no protoclo
terapêutico “desinfecção de boca total em estágio único” / Renato Zanotta
Rebelo. - 2008.
71f.: il.
Dissertação (mestrado) - Universidade de Taubaté, Programa de Pós-
graduação em Odontologia, 2008.
Orientação: Profa. Dra. Sheila Cavalca Cortelli, Departamento de
Odontologia.
Co-orientação: Prof. Dr. Fernando de Oliveira Costa, Departamento de
Odontologia.
1. Óleos essenciais. 2. Estudos clínicos. 3. Terapia. 4. Bactérias.
5. Saliva. I. Título.
For Peer Review
Essential oils in one stage full-mouth disinfection: double blind,
randomized clinical trial of long-term clinical, microbial and salivary
effects
Journal: Journal of Clinical Periodontology
Manuscript ID: draft
Manuscript Type: Original Article Clinical Periodontology
Date Submitted by the
Author:
n/a
Complete List of Authors: Cortelli, Sheila; University of Taubaté, Dentistry, Periodontics
Research Division
Rebelo, Renato; University of Taubate, Periodontology
Sonagere, Alan; University of Taubate, Periodontology
Cortelli, José; University of Taubaté, Dentistry, Periodontics
Research Division
Holzhausen, Marinella; University of Taubaté, Dentistry,
Periodontics Research Division
Franco, Gilson; University of Taubate, Oral Biology
Queiroz, Celso; University of Taubate, Dentistry
Costa, Fernando; Faculdade de Odontologia da Universidade
Federal de Minas Gerais, Clínica, Patologia e Cirurgia
Topic: Treatment
Keywords: Periodontal disease, full-mouth disinfection, essential oils
Main Methodology: Clinical Trial
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
For Peer Review
Essential oils in one stage full-mouth disinfection: double blind, randomized
clinical trial of long-term clinical, microbial and salivary effects
Sheila Cavalca Cortelli*, Renato Zanotta Rebelo
, Alan Salinas Sonagere
, José
Roberto Cortelli*, Marinella Holzhausen*, Gilson Cesar Nobre Franco**, Celso da
Silva Queiroz**, Fernando Oliveira Costa
§
.
* DDS, MS, PhD. Department of periodontology, University of Taubaté, SP - Brazil
** DDS, MS, PhD. Department of oral biology, University of Taubaté, SP – Brazil
Research Assistant, University of Taubaté, SP – Brazil
§
DDS, MS, PhD. Department of periodontology, Federal University of Minas
Gerais, MG - Brazil
Running title: Essential oils in full-mouth disinfection
Key – words: Oils, essential, clinical trials, periodontitis, therapy, full-mouth
disinfection
Corresponding author address:
Sheila Cavalca Cortelli
Rua Professor Nelson Freire Campelo, 343 – Jardim Eulália
Taubaté, São Paulo, Brazil
Zip code 12010-700e-mail
cavalcacortelli@uol.com.br
Phone +55 12 36312373
Mobile + 55 12 91776115
Page 1 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
2
Conflict of Interest and Sources of Funding Statement: This study was
supported by an independent investigator Grant from Johnson & Johnson
Consumer & Personal Products Worldwide a Division of Johnson & Johnson
Consumer Companies Inc., Morris Plains, NJ, USA. The authors declare that they
have no conflict of interests. This study was designed and conducted and had the
found data analyzed by the University of Taubaté and Federal University of Minas
Gerais staffs, and was completely under their supervision and control.
Clinical relevance
Scientific rationale for study: Full-mouth disinfection seems to be beneficial for
improving oral health. We investigated whether mild periodontitis patients would
benefit from using essential-oils as antiseptic for full-mouth disinfection.
Principal findings: Our results corroborate those of reports stating that essential-
oils have anti-plaque and anti-gingivitis effects. The anti-inflammatory properties of
these oils were reinforced by the observation of a reduction in total protein level.
Essential-oils didn’t alter basic salivary characteristics. Full-mouth disinfection
didn’t reduce periodontopathogens, but it was accompanied by an increase in the
prevalence of S.sanguinis.
Practical implications: These results indicate that periodontal patients can be
treated using a less time consuming approach and suggest that these mouthrinse
can be used for the full-mouth disinfection.
Page 2 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
3
Abstract
Aim: This randomized, double-blind, placebo-controlled trial evaluated the long-
term effects of treatment with an essential oils-containing mouthrinse for full-mouth
disinfection. Material and Methods: Fifty patients (mild generalized chronic
periodontitis) were randomly assigned to groups receiving full-mouth disinfection
with either essential oils or placebo. At baseline, 2- and 6-months a calibrated
examiner monitored periodontal pocket depth, plaque index, modified gingival
index and presence (PCR) of P.gingivalis, T.forsythensis, C.rectus, S.sanguinis in
subgingival, saliva and tongue samples. Additional monitoring included flows, pH,
total protein and alkaline phosphatase salivary levels. The following statistics
employed: ANOVA, Student’s t-test (clinical); Chi-Square (microbial); Kruskal-
Wallis (salivary) (p<0.05). Results: PPD reduced only in test-group. PlI and MGI
showed greater reductions in test-group at 2 and 6-months compared to placebo-
group. P.gingivalis wasn’t reduced in any site. At 6-months, C.rectus increased in
both groups, while T.forsythensis decreased subgingivally in test-group.
S.sanguinis increased, except subgingivally, in placebo-group. Salivary pH and
flows weren’t altered. Total protein reduced only in test-group. Alkaline
phosphatase didn’t change in either group. Conclusions: Essential oils for full-
mouth disinfection showed clinical benefits, namely reducing plaque and gingival
inflammation without altering basic salivary parameters. The therapeutic protocol
resulted in an increase in the prevalence of the tested beneficial bacterial species.
Introduction
Page 3 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
4
Many oral diseases are plaque-related. Dental plaque is a microbial biofilm
that is formed by organisms tightly bound to a solid substrate and to each other by
means of an exopolymer matrix. Physical, metabolic and physiological interactions
can contribute to the changes in the microbial composition of the biofilm that are
observed in the progression from a healthy oral environment to periodontal
disease. As such, periodontal therapy aims to reduce periodontal pathogens and
increase the presence of beneficial bacterial species.
Traditionally, in conservative periodontal treatment, scaling and root planing
is often performed over the course of two-three months (one quadrant or sextant at
a time with a one to two week interval between treatments). However, though this
method has a well-documented success rate (Badersten et al, 1981; Hämmerle et
al., 1991), this standard strategy seems to allow for rapid recolonization and intra-
oral bacterial translocation from untreated sites to recently disinfected sites (Van
der Velden et al. 1986, Sbordone et al. 1990).
To avoid this rapid colonization, Quirynen et al. (1995) proposed a one-
stage full-mouth disinfection protocol in which mechanical therapy is performed
within 24 hours in conjunction with the full-mouth application of chlorhexidine.
Although few reports failed to find greater improvements with this method
(Apatzidou & Kinane, 2004; Apatzidou et al., 2004) when compared to the standard
quadrant-by-quadrant treatment, one-stage full-mouth disinfection seems to
provide satisfactory clinical (Quirynen et al, 1995b, Vandekerckhove et al., 1996,
Bollen et al., 1998, Quirynen et al., 2000) and microbiological results (Bollen et al.,
Page 4 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
5
1996, Bollen et al., 1998, Quirynen et al, 1995b, Quirynen et al., 1999, Quirynen et
al., 2000, De Soete et al, 2001).
Quirynen et al. (2006b) reported that these additional benefits could be
partially explained by the mechanical procedures being conducted over a short
time period and partially explained by the selected chemical agent. More recent
studies have focused on modifications of the original protocol such as full-mouth
scaling and root planing in conjunction with azithromycin treatment (Gomi et al.
2007) or one-stage periodontal debridement with an ultrasonic instrument in
combination with 0.5% povidone (pvp)-iodine (Zanatta et al. 2006). It is interesting
to note that Kinane & Papageorgakopoulos (2008) reviewed manuscripts related to
comparisons between the two protocols in an attempt to elucidate the clinician’s
choice.
Essential oils possess anti-plaque and anti-gingivitis properties (Charles et
al. 2001, Charles et al. 2004, Witt et al. 2005, Patel et al. 2007) as demonstrated
by their action against oral microorganisms (Fine et al. 2007a and b) with only
minimal side effects. Therefore, it seems reasonable to evaluate whether essential
oils work for one-stage full-mouth disinfection. Cortelli et al. (2008) conducted a
preliminary study and found promising clinical results in patients with generalized
moderate chronic periodontitis who received scaling and root planing in 24 hours in
combination with treatment with essential oils and rinsing twice a day for 15 days
with the same essential oils
In the present study, we report the results from a randomized, double blind
placebo-controlled clinical trial conducted to evaluate whether a mouthrinse
Page 5 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
6
containing essential oils would result in additional benefits for mild periodontitis
patients treated with “one-stage full-mouth disinfection” and who rinsed with this
same product for two months.
Materials and methods
Study design
It was hypothesized that one-stage full-mouth disinfection performed in
conjunction with the long-term use of a mouth rinse containing essentials oils
would provide additional oral benefits without altering the pH and salivary flow in
the mouths of mild periodontitis patients. Therefore, we investigated, in a
randomized, double blind, placebo-controlled clinical trial, the long-term clinical,
microbial and salivary effects of a mouthrinse containing essential oils used for a
one-stage full-mouth disinfection.
All patients of both genders requesting periodontal treatment at the Dental
clinic, University of Taubaté, SP, Brazil who were between 30 and 50 years of age
with at least 15 teeth were candidates for inclusion (from September/2006 to
February/2007) in the study. They were not enrolled in the study if any of the
following criteria were present: (1) no diagnosis of mild generalized chronic
periodontitis or diagnosis any type of gingival overgrowth, (2) any furcation lesions,
(3) current or former smoking, (4) diabetes and/or immunological disease, (5)
pregnancy or breast-feeding, (6) subjects wearing orthodontic devices, extended
prosthetic devices or having iatrogenic restorations, (7) periodontal treatment 12
months before the beginning of the study, (8) use of local/systemic antibiotics
within the past six months, (9) a need for antibiotics prophylaxis, (10) routine use of
Page 6 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
7
mouthrinse in the previous six months, (11) alcohol abuse and (12) unwillingness
to return for follow-up.
The desired sample size of 20 subjects per group was based on results of a
preliminary study (Cortelli et al., 2008) and was calculated to provide 90% power (T
= 0.05) to detect any possible between-group differences. We included 5 additional
subjects per group to account for the estimated drop out generally observed in
longitudinal studies.
Data and personal information related to the medical and dental histories
were obtained by questionnaire. All subjects signed an informed consent form,
which was previously approved by the Institutional Committee on Research
Involving Human Subjects (protocol number 328/06).
Cinical examinations
A complete periodontal examination was carried out. Measurements of
periodontal pocket depth
, plaque index
(Silness & Löe.1964) and modified
gingival index (Lobene et al. 1986) were obtained by one blinded, trained and
calibrated examiner as previously described (Araujo et al. 2003) in six sites per
tooth (mesio-buccal, buccal, disto-buccal, mesio-lingual, lingual and disto-lingual).
The examiner was considered calibrated if standard error of measurement - SEM >
0.8 (for continuous variable) and Kappa - K > 0.80 and < 0.95 (for categorical
variable). Intra-examiner error was recalculated one week prior to the six month
evaluation.
Microbiological examinations
Page 7 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
8
Microbial samples were obtained as previously reported [8]. Briefly, 8
periodontal sites, two in each quadrant (PPD [ 4 mm associated with bleeding on
probing and clinical attachment loss), were selected for each subject. Each
selected tooth was isolated with sterile cotton rolls and the supragingival plaque
was removed with sterile cotton pellets. A sterilized paper point (number thirty) was
carefully inserted to the depth of the periodontal pocket, and kept in position for 60
seconds. The pooled subgingival samples were stored at -80
o
C in microtubes
containing 1 mL of reduced Ringer’s solution.
Microbial samples from the dorsum of the tongue were obtained from areas
of approximately 1 cm
2
, using a swab with reduced Ringer’s solution, which was
rotated 6 times. Each swab was placed in a microtube containing 1 ml of reduced
Ringer’s solution. Samples of non-stimulated saliva were also collected in sterile
tubes. Immediately after collection, 0.1 ml of whole saliva was diluted in 1 ml of
reduced Ringer’s solution.
The presence of Campylobacter rectus, Porphyromonas gingivalis,
Tannerella forsythia and Streptococcus sanguinis were established by polymerase
chain reaction (PCR) using specific primers [P.gingivalis, sense:
5’AGGCAGCTTGCCATACTGCGG3’, and antisense: 5’-
ACTGTTAGCAACTACCGATGT-3’ (product size: 404 bp); T.forsythia, sense:
5’-GCGTATGTAACCTGCCCGCA-
3’, and antisense:
5’-TGCTTCAGTGTCAGTTATACCT-3’ (product size: 641
bp); C.rectus, sense:
5’-TTTCGGAGCGTAAACTCCTTTTC-3’, and a
ntisense:
PCPUNC 15 Hu-friedy Mfg Co Inc. Chicago IL
Page 8 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
9
5’-TTTCTGCAAGCAGACACTCTT-3’ (product size: 598 bp) and S.sanguinis,
sense: 5’-GAAGCCATTTTGCCTAGATTGATGG-3’ and
antisense: 5’-
CCATACCGATTCCTTACTCTAAATTT-3(product size: 475 bp)] under standard
conditions. The DNA was extracted using InstaGene Matrix
||
and the PCR was
performed in a Mastercycler Gradient (Eppendorf
) thermocycler as follows: one
cycle 94ºC for 5 min., 35 cycles 94ºC for 30 sec., 55ºC for 30 sec., 72ºC for 1 min.,
and a final extension of 72ºC for 5 min.
After electrophoresis in 1.5% agarose gel the DNA fragments were stained
with SYBR Safe
TM
(Invitrogen
®
) and visualized by UV illumination. The PCR
amplificates were compared with both positive and negative controls. Molecular
weight marker (Ladder 100) was added in each set.
Salivary examinations
Saliva samples (unstimulated and stimulated) were collected from the
volunteers between 9:00 and 11:00 am to avoid circadian rhythms effects. No food
or drink was permitted for two hours prior to collection. During the sample
collection, the volunteers remained in a seated position, with their head tilted
forward (approximately 45°). The procedure was accomplished in a quiet and well-
ventilated room. Initially, the examiner instructed each individual to collect
unstimulated whole saliva produced during a 1-minute period. This first sample
PCPUNC 15 Hu-friedy Mfg Co Inc. Chicago IL
||
BioRad Laboratories, Hercules, CA.
Page 9 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
10
was discarded and afterward, a second sample was collected over a 5 minute-
period into a preweighed plastic tube (Navazesh et al. 1992).
After an interval of 5 minutes, the volunteers were instructed to chew a
parafilm
block for 5 minutes. The examiner asked the individuals to spit out saliva
each minute. The first two minutes of collection were discarded, so the analyses
were performed using the last three collections (Navazesh et al. 1992).
Immediately after collection, the salivary pH was measured using a portable
pH meter (Marconi P200). Its glass electrode was washed with deionized water
and calibrated with buffer solutions pH 7.0 and 4.0.
Additionally, the salivary flow rate, which is defined as the total volume of
saliva produced per unit time (ml/min), was determined considering the volume of
saliva (ml) as the difference between the weight (g) of the plastic tube before and
after collection. The density of saliva was considered to be 1.0 (Navazesh. 1993).
A stimulated salivary flow rate between 1.0 and 3.0 ml/min was considered normal,
while values <0.7 ml/min indicated a reduced flow rate. For unstimulated saliva,
values between 0.3 and 0.5 ml/min were considered a normal flow.
Prior to biochemical analyses, the saliva samples were centrifuged at
12,000 rpm for 5 min and the resulting supernatant was collected and used for the
following analyses. Total protein quantification was performed using the biuret
method using a specific analytical kit (Gold Analisa Diagnóstica, MG, Brazil). This
method is based on the reaction between peptide bonds of the protein and Cu
2+
,
which produces a blue-violet colored complex. The absorbance at a wavelength of
540 nm was read using a spectrophotometer. Salivary phosphatase alkaline
Page 10 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
11
quantification was also performed using a colorimetric commercial kit (Gold Analisa
Diagnóstica, MG, Brazil) with absorbance measured at 590 nm.
Periodontal therapy
Participants with mild periodontitis were randomly allocated to receive either
one-stage full-mouth disinfection plus essential oils/Listerine® cool mint (test
group) or one-stage full-mouth disinfection plus placebo (control group) as detailed
in Table 1. The pharmacy Byofórmula (São José dos Campos, SP, Brazil)
produced the placebo solution (Sorbitol solution 15%; ethanol USP 21.6%; Sodium
saccharin 0.05%; Benzoic acid 0.1%; mint flavoring QS; Sodium benzoate; Dye
green QS and water QSF 1 liter) according to the Listerine® cool mint formula
except for active agents (thymol 0.064%; menthol 0.042%; eucalyptol 0.092% and
methyl salicylate 0.06%).
One independent specialist in pharmacology dispensed 240 ml of either
essential oils or placebo in identical bottles numbered with the randomization code
on the label, but no other identifying information, according to a computer-
generated randomization list provided by the statistician. A researcher responsible
for seeing the periodontal patients allocated the next available number upon the
patient’s entry into the trial. Participants and researchers that had any contact with
those participants were blinded to treatment assignment for the duration of the
study.
Before packaging the placebo in Listerine® bottles, these containers were
washed with distilled water five times a day (10 minutes each) for three
consecutive days. After six days, each participant received a new bottle with the
Page 11 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
12
same volume as before. All participants also received cups with a mark to indicate
a 20 ml volume. The initial rinse was performed under supervision at the study
center, and the remaining rinses were performed unsupervised at home.
Active periodontal treatment was provided between March 2007 and July
2007.Scaling and root planing was performed with Gracey and McCall curettes and
Hirschfield periodontal files by the same trained periodontist. Periodontal scalers
were discarded after six uses, The time required for each quadrant was
approximately one hour and quadrants I-IV were treated clockwise. Every month,
each subject received a standard kit for mechanical supragingival plaque control
containing fluoride dentifrice (Colgate tripla ação, Colgate), a toothbrush (Reach
profissional extreme 3, Johnson & Johson), interdental toothbrushes (Cônica, Oral
B) and dental floss (Reach – expansion plus, Johnson & Johson).
Patients were encouraged to comply with the study protocol. Compliance,
desirable and undesirable side-effects were evaluated by questionnaire.
Participants were reminded daily to rinse twice a day (morning and evening) via
telephone call for the first 60 days. Additional phone calls were made every 15
days up to 6-months.
At baseline (T0), 2 (T1) and 6 (T2) months the examiners collected the
clinical, microbial and salivary data.
Statistical analysis
The primary endpoint with respect to benefits in one-stage full-mouth
disinfection was the reduction in mean values of pocket depth, the amount of
plaque present and gingival inflammation from baseline to 6 months and any
Page 12 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
13
difference between the essential oils and placebo groups. Additional analyses were
performed to evaluate changes in bacterial prevalence. Finally, the lack of changes
in pH and salivary flow was considered a positive outcome as was a reduction in
both total protein and alkaline phosphatase levels.
All statistical analyses were carried out using SPSS ® 11.5 and Biostat 5.0.
Initially, between group homogeneity was tested. Baseline data presented a normal
distribution and did not show between-group differences. Due to the lack of
differences, clinical data were analyzed using ANOVA and Student’s t-tests.
Microbial data were analyzed by applying a Chi-Square test while salivary data
was analyzed using a Kruskal-Wallis test. Differences were considered statistically
significant when p<0.05.
Results
Figure 1 shows the flow of participants throughout the study while table 2
shows the distribution of study population according to their initial demographic
characteristics. Eligible participants were recruited from December 2006 to
February 2007. Participants attended monitoring clinic visits at baseline and at 2
months and at 6 months after the initial therapy in addition to visits related to
periodontal treatment. Three patients (12%) from test group and 2 (8%) from the
placebo group did not complete the 6-month of follow-up. Patients did not report
adverse events that could be either therapy or drug-related. In the present study,
we performed the primary analysis as intention-to-treat involving all participants.
Clinical results
Page 13 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
14
Aiming to evaluate the clinical effects of the tested therapeutic protocol, we
chose to examine three periodontal parameters, PPD, PlI and MGI. The mean
values for these parameters are shown in table 3. At baseline, both groups showed
the same pattern and severity of periodontal disease revealed by the lack of
statistically significant differences between groups in any of the clinical parameters.
Intra-group analysis demonstrated that only the test group showed mean PPD
reductions over the course of the study (Figure 2). However, comparisons between
the test and placebo group at each time point did not reveal significant differences
between groups (Figure 2).
Regarding the plaque index (PlI), intra-group analysis showed a reduction in
both groups (T0 > T1 = T2). Furthermore, inter-group comparisons demonstrated
greater reductions for the test group at the two- and six-month evaluations. These
data are shown in Figure 3, while Figure 4 describes MGI findings. Interestingly,
MGI showed intra- and inter-groups profiles of reduction similar to PlI.
Microbial results
We evaluated the frequency of three periodontal pathogens and one
beneficial bacterial species in samples collected from patients’ subgingival biofilm,
unstimulated whole saliva and the dorsum of the tongue. Only intra-group analyses
demonstrated significant differences (Table 4).
P. gingivalis was not reduced in any sampled site. This bacterium increased
at 6 months in saliva samples from the placebo group. Furthermore, a tendency to
increase for both groups was observed from baseline to 2 months. C. rectus at 6
months, increased in all sampled sites for both groups (Table 4). T. forsythensis
Page 14 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
15
reduced for test groups at 6 months, and increased at 2 months in saliva and
tongue samples for the placebo group. Changes in the prevalence of S. sanguinis
were similar for both groups, except for the periodontal pockets in the placebo
group, which showed increases from baseline to 2 months that were not observed
in the test group.
Salivary results
Table 5 shows the results of the salivary analyses. The tested mouthrinse
containing essential oils, when used in the one-stage full-mouth disinfection, did
not alter the pH or flow of saliva. Moreover, only the test group showed a reduction
in total protein levels. Levels of alkaline phosphatase were not influenced by this
kind of periodontal therapy.
Discussion
Although scaling and root planing result in periodontal improvements, the
field of periodontics still seeks a well-tolerated therapeutic protocol that also
produces sustained clinical and microbial changes. One-stage full-mouth
disinfection shows good acceptance by periodontal patients if it is conducted for a
short time, which an important aspect for busy people.
Essential oils have a 125-year history of usage, well-documented anti-
plaque and anti-gingivitis properties and are easily incorporated into a daily oral
care routine. Because these two treatment paradigms seem to both have positive
effects, it seems appropriate to combine one-stage full-mouth disinfection with
essential oils to treat chronic periodontitis patients, especially considering the
worldwide prevalence of this type of disease. This paper focused on clinical,
Page 15 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
16
microbial and salivary long-term effects associated with mechanical procedures
performed in a short time period and in conjunction with a mouthrinse containing
essential oils.
Quadrant-by-quadrant periodontal treatment reduces periodontal pathogens
(Ali et al. 1992), however the process is time-consuming and seems to be followed
by a rapid pathogenic recolonization (Sbordone et al. 1990, Van der Velden et al.
1986). One-stage full-mouth disinfection has shown promising results in preventing
this recolonization when compared to the standard protocol. Bollen et al. (1996), in
a eight month study, reported better improvements for gingival index, plaque index,
periodontal pocket depth and gingival recession among subjects from one-stage
full-mouth disinfection. Later, Mongardini et al. (1999) presented similar findings
after treating chronic and aggressive periodontitis patients.
In the present study, the test group showed a PPD reduction from baseline
to 2-months in comparison to the placebo group. This reduction obtained at 2-
months remained unchanged until the end of the experimental period. However,
between-group comparisons did not reveal any significant difference, most likely
due to the tendency toward improvement observed in the placebo group. In
contrast, in a preliminary study conducted by our group (Cortelli et al. 2008), we
observed significant differences between test and placebo groups. According to
Müller (2007), the deeper a periodontal pocket is, the better the expected
therapeutic result should be in terms of pocket depth reduction. Then, as in the
preliminary study, we included patients with more severe periodontitis (moderate
chronic periodontitis), they showed higher baseline PPD values (test: 4.90 ± 0.47
Page 16 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
17
mm; placebo: 5.02 ± 0.51 mm) compared to the baseline values found in the
current study (test: 3.51 ± 1.34 mm; placebo: 3.52 ± 1.43 mm). These differences
could contribute to the more evident PPD changes observed in the preliminary
research.
The most important clinical improvements occurred from baseline to 2-
months. Despite both groups showing improvements in PlI and MGI, treatment with
essential oils resulted in greater reductions than placebo treatment (Table 1).
Therefore, our results corroborate studies that showed the anti-plaque and anti-
gingivitis effects of essential oils (Mendes et al. 1995, Charles et al. 2001, Charles
et al. 2004, Witt et al. 2005, Gunsolley 2006, Patel et al. 2008). Furthermore, it is
important to emphasize that even with cessation of mouthrinse usethe PlI and MGI
mean values observed at 6-months were close to those observed at 2-months,
suggesting the residual effect of the essential oils in the test group. As previously
reported for gingivitis patients (Sharma et al. 2004), the residual effects observed
at 6-months in our periodontitis patients were probably facilitated by mechanical
plaque self-control.
Our clinical findings are in agreement with the paper published by Quirynen
et al. (2006b), which attributes the benefits of one-stage full-mouth disinfection o
both reductions in short-term conduction of bacteria and the antimicrobial actions
of the chemical agent. A few authors, such as Apatzidou & Kinane (2004), did not
observe clinical improvements after full-mouth disinfection. However, according to
Quirynen (2006a), we need to keep in mind that some discrepant results reported
in the literature pertaining to one-stage full-mouth disinfection can be explained by
Page 17 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
18
major differences in the evaluated treatment protocol. In fact, some researchers
failed to properly reproduce the original treatment protocol (Quirynen et al. 1995).
Although studies that tested either one-stage full-mouth disinfection with
chlorhexidine (Bollen et al. 1998, Quirynen et al. 1999) or essential oils in different
clinical conditions (Witti et al. 2005, Charles et al. 2000, Fine et al. 2007) did find
good antimicrobial effects, in the present study, T. forsythensis was only reduced
subgingivally at 6-months in the test group whereas P. gingivalis did not show any
reduction in these samples. The amount of this last bacterium increased at 6-
months in saliva samples from the placebo group. Actually, a tendency toward an
increase in P. gingivalis was observed for both groups. Our results differ from De
Soete et al. (2001), who reported an additional benefit from one-stage full-mouth
disinfection regarding P. gingivalis reduction, and from Fine et al. (2007), who
found a 66.3% reduction in P. gingivalis counts using a culture methodology.
At 6-months, C. rectus increased at all sampled sites for both groups.
Despite its uncertain definition as a periodontal pathogen (Renvert et al. 1996) and
its presence in periodontally healthy patients (Cortelli et al. 2008), and considering
that C. rectus is a member of the orange complex, which precedes colonization by
more pathogenic species (Socransky et al. 1998), this is not considered a
favorable result. Van der Weijden et al. (1998) conducted an in vitro study to
establish the inhibitory effect of an herbal extract mixture on a select number of
micro-organisms and to test, in vivo, the effect of a mouthwash containing 6.3
mg/ml herbal extract mixture on plaque formation and gingivitis development. The
Page 18 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
19
authors used a mouthrinse lacking active ingredients as a control and they did not
observe any effect of the herbal extracts against C. rectus.
The S. sanguinis increases were similar between groups, except for the
subgingival sample in the placebo group (from baseline to 2-months). This shift
was also observed with the implementation of another therapeutic protocol
(Carvalho et al. 2005), and seems to be a favorable result since S. sanguinis is
considered to be a beneficial bacterial species that, through competition, limits
periodontopathogens colonization (Kawashima et al. 2003, Van Hoogmoed et al.
2008).
Because the limit of detection of any laboratory technique influences results,
the microbial findings of the present study need to be considered in conjunction
with clinical improvements. Further studies should be conducted to test whether
the additional use of mouthrinse containing essential oils between the third and
sixth months post-treatment can result in different microbial data.
Many salivary components appeared to be useful biochemical markers that
could offer a cost-effective non-invasive approach for monitoring the health-
disease process in the mouth. Many oral antiseptics contain alcohol in their
composition, and the tested mouthrinse containing essential oils specifically
contains 21.6% ethanol USP. The possible relationship between the alcohol, as
well as the low pH of oral products, and oral dryness, epithelial desquamation and
oral cancer are of concern. Therefore, to screen for undesirable side effects related
to the extensive and 60 day continuous use of the tested product, salivary pH and
stimulated and unstimulated salivary flow were monitored from baseline to until 6-
Page 19 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
20
months. In the present study, the mouthrinse containing essential oils did not alter
pH or salivary flows. According to Sahingur & Cohen (2004), appropriate salivary
flow is a key factor in the maintenance of oral homeostasis. Kerr et al. (2007) did
not observe differences in subjective and objective measurements of oral dryness
applied to determine the influence of alcohol-containing mouthrinses in the salivary
flow of non-xerostomic subjects. In 2003, after revising the literature, Claffey noted
that the previous studies did not observe pH changes resulting from the use of
essential oils.
Moreover, total protein and alkaline phosphatase levels were measured as
indicators of oral inflammation (Nieminem et al.1993) and alveolar bone resorption
(Totan et al. 2006), respectively. Interestingly, only the test group showed a
reduction in total protein level that seem to be compatible with the gingival index
and periodontal pocket depth reductions, also confirming the findings of Nieminem
et al. (1993). The anti-inflammatory property of essential oils was suggested by
Sekino & Ramberg, (2005) and confirmed by Sharma et al. (2008), who observed
IL-2 and IFN-gamma reductions after treatment with essential oils. Using a different
protocol, a 45-minute full-mouth debridement with an ultrasonic instrument,
associated with 0.5% pvp-iodine irrigation, in patients with chronic periodontitis,
Zanatta et al. (2006) observed a reduction in trypsin activity as evaluated by the
chair-side BANA test 3 months after treatment.
Alkaline phosphatase levels are higher in subjects with periodontal disease
than in periodontally healthy patients (Totan et al. 2006). Based on this concept,
Yoshie et al. (2007) identified alkaline phosphatase as an important marker to be
Page 20 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
21
utilized when monitoring responses to periodontal therapy. However, in our study
population, the provided treatment did not change the salivary levels of this
enzyme. Although our baseline values were higher (test: 62.30 ± 8.63; placebo 62.29
± 10.20) than periodontal disease salivary values (34.38+/-1.5 UI/L) reported by
Totan et al. (2006), they did not meet the 75 UI/L cut-off value suggested by
Kugahara et al. (2008) to distinguish between pregnant women with periodontitis
and the others without periodontitis. Additional studies should be conducted with
more severe periodontitis patients who present more alveolar bone resorption.
A key point for successful periodontal therapy is the patients’ compliance. In
the present study, 23 patients from the placebo group and 22 from the test group
completed the follow-up period. Mongardini et al. (1999) cited a better compliance
by periodontal patients undergoing one-stage full-mouth disinfection than those
receiving quadrant-by-quadrant therapy. We believe that daily phone calls to
remind patients about their appropriate self-chemical plaque control may have
contributed to our good results. In addition, therapy was well-tolerated as no
inconvenient or undesirable side effects were reported.
In summary, the mouthrinse containing essential oils with the one-stage full-
mouth disinfection provided additional clinical benefits, especially in reducing
plaque and gingivitis. The inflammatory properties of essential oils anti- as well as
the safety in long term use were also reinforced by our salivary findings. The main
microbial benefit was related to the protocol and not to the chemical agent as
increases in S. sanguinis prevalence was observed in both groups. Together, the
results of the present investigation help to confirm that mild periodontitis patients
Page 21 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
22
can be treated using a less time-consuming approach and suggests that essential
oils could be an alternative mouthrinse for the full-mouth disinfection.
Acknowledgments: The authors are grateful to Coordination for the Improvement
of Higher Education Personnel (Capes) and to The National Council for Scientific
and Technological Development (CNPq) for their scholarships, and to Davi R.
Aquino, Aline Mantovane and Karina Machado for their valuable assistance.
References
1. Ali, R.W., Lie, T. & Skaug, N. (1992) Early effects of periodontal therapy on
the detection frequency of four putative periodontal pathogens in adults.
Journal of Periodontology 63, 540–547.
2. Apatzidou, D.A. & Kinane, D. F. (2004) Quadrant root planing versus same-
day full-mouth root planing. I. Clinical findings. Journal of Clinical
Periodontololy 31, 132-140.
3. Apatzidou, D.A., Riggio, M.P. & Kinane, D. F. (2004) Quadrant root planing
versus same-day full-mouth root planing. II. Microbiological findings. Journal
of Clinical Periodontololy 31, 141-148.
4. Araujo, M.W., Hovey, K.M., Benedek, J.R., Grossi, S.G., Dorn, J. &
Wactawski-Wende, J. (2003) Reproducibility of Probing Depth
Measurements using a constant force electronic probe: analysis of inter-
and intra-examiner variability. Journal of Periodontology 74, 1736–1740.
Page 22 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
23
5. Badersten, A., Nilvéus, R. & Egelberg, J. (1981) Effect of nonsurgical
periodontal therapy. I. Moderately advanced periodontitis. Journal of Clinical
Periodontology 8, 57-72.
6. Bollen, C.M., Mongardini, C., Papaioannou, W., Van Steenberghe, D. &
Quirynen M. (1998) The effect of a one stage full-mouth disinfection on
different intra-oral niches-Clinical and microbiological observations. Journal
of Clinical Periodontology 25, 56-66.
7. Bollen, C.M., Vandekerckhove, B.N., Papaioannou, W., Van Eldere, J. &
Quirynen M. (1996) Full- versus partial-mouth disinfection in the treatment of
periodontal infections. A pilot study: long term microbiological observations.
Journal of Clinical Periodontoogy 23, 960-970.
8. Carvalho, L.H., D'Avila, G.B., Leao, A., Goncalves, C., Haffajee, A.D.,
Socransky S.S. & Feres, M. (2005) Scaling and root planing, systemic
metronidazole and professional plaque removal in the treatment of chronic
periodontitis in a Brazilian population II--microbiological results. Journal of
Clinical Periodontology 32, 406-411.
9. Charles, C.H., Mostler, K.M., Bartels, L.L. & Mankodi, S. M. (2004)
Comparative antiplaque and antigingivitis effectiveness of a chlorhexidine
and an essential oil mouthrinse: 6-month clinical trial. Journal of Clinical
Periodontology 31, 878-884.
Page 23 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
24
10. Charles, C.H., Pan, P.C., Sturdivant, L. & Vincent, J.W. (2000) In vivo
antimicrobial activity of an essential oil-containing mouthrinse on
interproximal plaque bacteria. The Journal of Clinical Dentistry 11, 94-97.
11. Charles, C.H., Sharma, N.C., Galustians, H.J., Qaqish, J., McGuire, J.A. &
Vincent, J.W. (2001) Comparative efficacy of an antiseptic mouthrinse and
an antiplaque/antigingivitis dentifrice. A six-month clinical trial. Journal of the
American Dental Association 132, 670-675.
12. Claffey, N. (2003) Essential oil mouthwashes: a key component in oral
health management. Journal of Clinical Periodontology 30, 22-24.
13. Cortelli, S.C., Feres, M., Rodrigues, A.A., Aquino, D.R., Shibli, J.A., Cortelli,
J.R. (2005), Detection of Actinobacillus actinomycetemcomitans in
unstimulated saliva of patients with chronic periodontitis. Journal of
Periodontol, 76, 204 - 209.
14. Cortelli, J.R., Aquino, D.R., Cortelli, S.C., Fernandes, C.B., Carvalho-Filho,
J., Franco, G.C.N., Costa, F.O. & Kawai, T. (2008) Etiological analysis of
initial colonization of periodontal pathogens in oral cavity. Journal of Clinical
Microbiology 46, 1322-1329.
15. Cortelli, S.C. (2008) Clinical and microbiological effects of an essential oils-
containing mouth rinse applied in the “one-stage full-mouth disinfection
protocol - A randomized doubled-blinded preliminary study. Clinical Oral
Investigations (DOI 10.1007s00784-008-0219-3).
Page 24 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
25
16. De Soete, M., Mongardini, C., Peuwels, M., Haffajee, A., Socransky, S., van
Steenberghe, D. & Quirynen, M. (2001) One-stage full-mouth disinfection.
Long-term microbiological results analyzed by checkerboard DNA-DNA
hybridization. Journal of Periodontology 72, 374-382
17. Fine, D.H., Markowitz, K., Furgang, D., Goldsmith, D., Charles, C.H.,
Lisante, T.A. & Lynch, M.C. (2007) Effect of an essential oil-containing
antimicrobial mouthrinse on specific plaque bacteria in vivo. Journal of
Clinical Periodontology 34, 652-657.
18. Fine, D.H., Markowitz, K., Furgang, D., Goldsmith, D., Ricci-Nittel, D.,
Charles, C.H., Peng, P. & Lynch, M.C. (2007) Effect of rinsing with an
essential oil-containing mouthrinse on subgingival periodontopathogens.
Journal of Periodontology 78, 1935-1942.
19. Gomi, K., Yashima, A., Nagano, T., Kanazashi, M., Maeda, N. & Arai, T.
(2007) Effects of full-mouth scaling and root planing in conjunction with
systemically administered azithromycin. Journal of periodontology 78, 422-
429.
20. Gunsolley, J.C. (2006) A meta-analysis of six-month studies of antiplaque
and antigingivitis agents. Journal of the American Dental Association 137,
1649-1657.
Page 25 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
26
21. Hämmerle, C.H., Joss, A. & Lang, N.P. (1991) Short-term effects of initial
periodontal therapy (hygienic phase). Journal of Clinical Periodontology 18,
233-239.
22. Kawashima, M., Hanada, N., Hamada, T., Tagami, J. & Senpuku, H. (2003)
Real-time interaction of oral streptococci with human salivary components.
Oral Microbiology and Immunology 18, 220-225.
23. Kerr, A.R., Katz, R.W. & Ship, J.A. (2007) A comparison of the effects of 2
commercially available nonprescription mouthrinses on salivary flow rates
and xerostomia. Quintessence International 38, 440-447.
24. Kinane, D.F. & Papageorgakopoulos, G. (2008) Full mouth disinfection
versus quadrant debridement: the clinician's choice. 6-9.
25. Kugahara, T., Shosenji, Y. & Ohashi, K. (2008) Screening for periodontitis in
pregnant women with salivary enzymes. The Journal of Obstetrics and
Gynaecology Research 34, 40-46.
26. Lobene, R.R., Weatherford, T., Ross, N.M., Lamm, R.A. & Menaker, L.
(1986) A modified gingival index for use in clinical trials. Clinical Preventive
Dentistry 8, 3-6.
27. Mendes, M.M.S.G., Zenóbio, E.G. & Pereira, O.L. (1995) Agentes químicos
para controle de placa bacteriana. Revista Periodontia 5, 253-256.
28. Mongardini, C., Van Steenberghe, D., Dekeyser, C. & Quirynen, M. (1999)
One stage full- versus partial-mouth disinfection in the treatment of chronic
Page 26 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
27
adult or generalized early-onset periodontitis. I. Long-term clinical
observations. Journal of Periodontology 70, 632-645.
29. Müller, H.P. (2007) A bivariate multi-level model, which avoids mathematical
coupling in the study of change and initial periodontal attachment. Clinical
Oral Investigations 11, 307–310.
30. Navazesh, M. (1993) Methods for collecting saliva. Annals of the New York
Academy of Sciences 20, 72-77.
31. Navazesh, M., Christensen, C. & Brightman, V. (1992) Clinical criteria for
the diagnosis of salivary gland hypofunction. Journal of Dental Research 71,
1363-1369.
32. Nieminen, A., Nordlund, L. & Uitto, V.J. (1993) The effect of treatment on the
activity of salivary proteases and glycosidases in adults with advanced
periodontitis. Journal of Periodontology 64, 297-301.
33. Patel, R.M., Malaki, Z. (2007) The effect of a mouthrinse containing
essential oils on dental plaque and gingivitis. Journal of Periodontology 78,
1218-1228.
34. Quirynen, M., Bollen, C.M., Vandekerckhove, B.N., Dekeyser, C.,
Papaioannou, W. & Eyssen, H. (1995) Full-versus partial-mouth disinfection
in the treatment of periodontal infections. Short-term clinical and
microbiological observations. Journal of Dent Research 74, 1459-1467.
Page 27 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
28
35. Quirynen, M., Bollen, C.M., Vandekerckhove, B.N., Dekeyser, C.,
Papaioannou, W. & Eyssen, H. (1995) Full- vs. partial-mouth disinfection in
the treatment of periodontal infections: short-term clinical and
microbiological observations. Journal of Dental Research 74, 1459-1467.
36. Quirynen, M., Mongardini, C., de Soete, M., Pauwels, M., Coucke, W., Van
Eldere, J & van Steenberghe, D. (2000) The role of chlorhexidine in the
one-stage full-mouth disinfection treatment of patients with advanced adult
periodontitis. Long-term clinical and microbiological observations. Journal of
Clinical Periodontoogy 27, 578-589.
37. Quirynen, M., Mongardini, C., Pauwels, M., Bollen, C.M., Van Eldere, J. &
van Steenberghe, D. (1999) One stage full- versus partial-mouth disinfection
in the treatment of chronic adult or generalized early-onset periodontitis. II.
Long-term impact on microbial load. Journal of Periodontology 70, 646-656.
38. Quirynen, M., Teughels, W. & van Steenberghe, D. (2006) Impact of
antiseptics on one-stage, full-mouth disinfection. Journal of Clinical
Periodontology 33, 49-52. (a)
39. Quirynen, M., De Soete, M., Boschmans, G., Pauwels, M., Coucke, W.,
Teughels, W. & van Steenberghe, D. (2006) Benefit of "one-stage full-
mouth disinfection" is explained by disinfection and root planing within 24
hours: a randomized controlled trial. Journal of Clinical Periodontololy 33,
639-647. (b)
Page 28 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
29
40. Renvert, S., Dahlén, G. & Wikström, M. (1996) Treatment of periodontal
disease based on microbiological diagnosis. Relation between
microbiological and clinical parameters during 5 years. Journal of
Periodontology 67, 562-571.
41. Sahingur, S.E. & Cohen, R.E. (2004) Analysis of host responses and risk for
disease progression. Periodontology 2000 34, 57–83.
42. Sbordone, L., Ramaglia, L., Gulletta, E. & Iacono V. (1990) Recolonization
of the subgingival microflora after scaling and root planing in human
periodontitis. Journal of Periodontology 61, 579-584.
43. Sekino, S. & Ramberg, P. (2005) The effect of a mouth rinse containing
phenolic compounds on plaque formation and developing gingivitis. Journal
of Clinical Periodontology 32, 1083-1088.
44. Sharma, N., Charles, C.H., Lynch, M.C., Qaqish, J., McGuire, J.A.,
Galustians, J.G & Kumar, L.D. (2004) Adjunctive benefit of an essential oil-
containing mouthrinse in reducing plaque and gingivitis in patients who
brush and floss regularly: a six-month study. Journal of the American Dental
Association 135, 496-504.
45. Sharma, S., Saimbi, C.S., Koirala, B. & Shukla, R. (2008) Effect of various
mouthwashes on the levels of interleukin-2 and interferon-gamma in chronic
gingivitis. The Journal of clinical pediatric dentistry 32, 111-114.
Page 29 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
30
46. Silness, J. & Löe, H. (1964) Periodontal disease in pregnancy II. Correlation
between oral higiene and periodontal condition. Acta odontologica
Scandinavica 22, 121–135.
47. Socransky, S.S., Haffajee, A.D., Cugini, M.A., Smith, C. & Kent, R.L. (1998)
Microbial complexes in subgingival plaque. Journal of Clinical
Periodontology 25, 134-144.
48. Totan, A., Greabu, M., Totan, C. & Spinu, T. (2006) Salivary aspartate
aminotransferase, alanine aminotransferase and alkaline phosphatase:
possible markers in periodontal diseases? Clinical chemistry and laboratory
medicine 44, 612-615.
49. Van der Velden, U., Van Winkelhoff, A.J., Abbas, F. & De Graaff, J. (1986)
The habitat of periodontopathic micro-organisms. Journal of Clinical
Periodontology 13, 243-248.
50. Van der Weijden, G.A., Timmer, C.J., Timmerman, M.F., Reijerse, E.,
Mantel, M.S. & Van der Velden, U. (1998) The effect of herbal extracts in an
experimental mouthrinse on established plaque and gingivitis. Journal of
Clinical Periodontology 25, 399-403.
51. Van Hoogmoed, C.G., Geertsema-Doornbusch, G.I., Teughels, W.,
Quirynen, M., Busscher, H.J. & Van der Mei, H.C. (2008) Reduction of
periodontal pathogens adhesion by antagonistic strains. Oral microbiology
and immunology 23, 43-48.
Page 30 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
31
52. Vandekerckhove, B.N., Bollen, C.M., Dekeyser, C., Darius, P. & Quirynen
M. (1996) Full- versus partial-mouth disinfection in the treatment of
periodontal infections. Long-term clinical observations of a pilot study.
Journal of Periodontololy 67, 1251-1259.
53. Witt, J.J., Walters, P., Bsoul, S., Gibb, R., Dunavent, J. & Putt, M. (2005)
Comparative clinical trial of two antigingivitis mouthrinses. American Journal
of Dentistry 18, 15-17.
54. Yoshie, H., Tai, H., Kobayashi, T., Oda-Gou, E., Nomura, Y., Numabe Y, Ito,
K., Kurihara, H. & Kamoi, K. (2007) Salivary enzyme levels after scaling and
interleukin-1 genotypes in Japanese patients with chronic periodontitis.
Journal of Periodontology 78, 498-503.
55. Zanatta, G.M., Bittencourt, S., Nociti, F.H. Jr., Sallum, E.A., Sallum, A.W. &
Casati, M.Z. (2006) Periodontal debridement with povidone-iodine in
periodontal treatment: short-term clinical and biochemical observations.
Journal of Periodontology 77, 498-505.
Page 31 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
32
Table 1 – One-stage full-mouth disinfection plus a mouthrinse containing essential
oils or placebo as conducted in the present study.
Full-mouth scaling and root planing (the entire dentition in 2 visits within 24 hours,
i.e., 2 consecutives mornings) under local anesthesia.
Polishing of the treated quadrants with abrasive paste.
Friction twice (at the beginning and at the end of each visit) of the dorsum of the
tongue by rubbing with a sterilized cotton swab soaked with 0.2 mL of essential oils
or placebo for 1 minute.
Mouth rinsing twice (at the beginning and at the end of each visit) with 20 mL of
essential oils or placebo mouthrinses for 30 seconds (during the last 10 seconds,
the subject had to gargle).
Subgingival irrigation of all pockets (PPD [ 4 mm) three times within 10 minutes
with essential oils or placebo mouthrinses (5 mL/irrigation/pocket) after both
sessions of scaling and root planing. This was repeated on day 8.
Mouth rinsing at home with 20 mL of essential oils or placebo mouthrinses twice
daily for 30 seconds for the following 2 months.
Oral hygiene instructions including tooth brushing, flossing or interdental cleaning
with interdental brushes and tongue brushing.
Page 32 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
33
Table 2 – Baseline demographic characteristics of participants who completed the
study.
Characteristic Test group
(n = 25)
Placebo group
(n = 25)
Mean age ± SD, years 40.68 ± 7.04 41.22 ± 6.71
Sex, male/female 12/13 14/11
Periodontal pocket depth, mm 3.51 ± 1.34 3.52 ± 1.43
Plaque index, 0-3 2.11 ± 0.61 2.12 ± 0.63
Modified gingival index, 0-4 2.74 ± 0.23 2.52 ± 0.55
Table 3 – Clinical parameters comparisons between test and placebo groups
considering the examination time-points
Evaluation
Clinical
parameter
(T0)
Baseline
Test (n = 25)
Placebo (n = 25)
(T1)
2 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
(T2)
6 months
Test (n = 22)
Placebo (n = 23)
Test 3.51 ± 1.34 2.55 ± 0.71 2.5 ± 0.75 PPD
Mean ± SD Placebo 3.52 ± 1.43 3.02 ± 1.22 2.97 ± 1.22
Test 2.11 ± 0.61 0.48 ± 0.41 0.52 ± 0.43 PlI
Mean ± SD Placebo 2.12 ± 0.63 1.23 ± 0.68 1.3 ± 0.66
Test 2.74 ± 0.23 0.47 ± 0.36 0.56 ± 0.39 MGI
Mean ± SD Placebo 2.52 ± 0.55 1.39 ± 0.62 1.48 ± 0.66
PPD – periodontal pocket depth; PlI – Plaque index; MGI – Modified Gingival Index; SD – standard
deviation
Intra-group ((Different capital letters within the same line) and inter-groups (Different lower-case
letters within the same column) analysis revealed significant differences (ANOVA and Student t test,
p < 0.05)
Page 33 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
34
Table 4 – Prevalence changes of P. gingivalis, C. rectus, T. forsythensis and S. sanguinis
for test and placebo groups considering the sampled sites and examination time-points
Time-points
P. gingivalis
Baseline
Test (n = 25)
Placebo (n = 25)
2 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
6 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
Test 23.53 47.37 33.33
Periodontal
pocket
Placebo 21.05 38.10 42.11
Test 17.65 31.58 27.78 Tongue
dorsum
Placebo 27.78 45.45 21.05
Test 42.86 47.37 33.33 Saliva
Placebo 53.33(A/B) 37.78 (A) 70.00 (B)
Time-points
C. rectus
Baseline
Test (n = 25)
Placebo (n = 25)
2 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
6 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
Test 29.41(B) 63.16(A) 83.33(A)
Periodontal
pocket
Placebo 47.37(B) 66.67(A/B) 84.21(A)
Test 64.71(B) 73.68(A/B) 100.00(A) Tongue
dorsum
Placebo 66.67 (B) 72.09 (A/B) 89.47 (A)
Test 64.29(B) 57.09(B) 100.00(A) Saliva
Placebo 60.00(B) 70.00(A/B) 94.44(A)
Time-points
T. forsythensis
Baseline
Test (n = 25)
Placebo (n = 25)
2 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
6 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
Test 68.42(A) 61.90(A) 31.58(B)
Periodontal
pocket
Placebo 41.18 57.89 33.33
Test 41.18 68.42 44.44 Tongue
dorsum
Placebo 33.33(B) 72.73(A) 36.84(B)
Test 50.00 63.16 44.44 Saliva
Placebo 38.89 (B) 70.00 (A) 50.00 (B)
Time-points
S. sanguinis
Baseline
Test (n = 25)
Placebo (n = 25)
2 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
6 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
Test 16.67(B) 52.94(A) 57.89(A)
Periodontal
pocket
Placebo 21.05(B) 21.05(B) 52.38(A)
Test 38.89(B) 70.59(A) 73.68(A) Tongue
dorsum
Placebo 42.11(B) 77.78(A) 54.55(A/B)
Test 55.56(B) 92.86(A) 78.55(A/B) Saliva
Placebo 27.78(B) 86.67(A) 55.00(A/B)
Intra-group analysis revealed significant differences among time-points (Different Capital letters
within the same line; Chi-Square test, p < 0.05) while inter-group analysis did not (Chi-Square test,
p > 0.05)
Page 34 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
35
Table 5 – Salivary parameters comparisons between test and placebo groups
considering the examination time-points
Examination time-points
Baseline
Test (n = 25)
Placebo (n = 25)
2 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
6 months
Test (n = 23)
Placebo (n = 24)
Mean ± SD Mean ± SD Mean ± SD
Test 0.38 ± 0.15 0.30 ± 0.14 0.31 ± 0.16
Unstimulated
salivary flow,
ml/min.
Placebo
0.38 ± 0.16 0.33 ± 0.12 0.45 ± 0.21
Test 2.1 ± 0.72 2.0 ± 0.53 2.1 ± 0.42 Stimulated
salivary flow,
ml/min.
Placebo
2.3 ± 0.62 2.05 ± 0.59 2.2 ± 0.55
Test 7.16 ± 0.36 7.31 ±0.23 7.15 ± 0.33 pH
Placebo 7.25 ± 0.55 7.19 ± 0.21 7.17 ± 0.33
Test
697.07±142.36 A/B 758.22 ± 241.22 A 629.95 ±132.17 B
Total protein
(mg/ml) Placebo 679.77 ± 130.34 981.86 ± 241.06 654.31 ± 116.80
Test 62.30 ± 8.63 66.42 ± 6.32 63.10 ± 8.82 Alkaline
Phosphatase
(UI/L)
Placebo
62.29 ± 10.20 69.51 ± 6.07 63.62 ± 7.35
Intra-group analysis revealed significant differences among time-points (Different capital letters
within the same line; Kruskal Wallis test, p < 0.05) while inter-group analysis did not (Kruskal Wallis
test, p > 0.05)
Page 35 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
36
Figure 1 –
Page 36 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
37
Figure 2 –
*
Page 37 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
38
Figure 3 –
*
*
Page 38 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
39
Figure 4 –
*
*
Page 39 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
For Peer Review
40
Figure legends
Figure 1 – Study design since screening phase until completion the trial
Figure 2 – Mean Periodontal Pocket Depth (PPD) comparisons between test (n =
22) and placebo (n = 23) groups considering the experimental times.
T0 = baseline; T 1 = 2 months; T2 = 6 months
Intra-group analysis revealed significant differences (*) while inter-group analysis did not (ANOVA
and Student t test, p < 0.05)
Figure 3 – Mean Plaque Index (PlI) comparisons between test (n = 22) and
placebo (n = 23) groups considering the experimental times.
T0 = baseline; T 1 = 2 months; T2 = 6 months
Intra-group (*) and inter-groups (†) analysis revealed significant differences (ANOVA and Student t
test, p < 0.05)
Figure 4 – Mean Modified Gingival Index (MGI) comparisons between test (n = 22)
and placebo (n = 23) groups considering the experimental times.
T0 = baseline; T 1 = 2 months; T2 = 6 months
Intra-group (*) and inter-groups (†) analysis revealed significant differences (ANOVA and Student t
test, p < 0.05)
Page 40 of 40
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
Journal of Clinical Periodontology - PROOF
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo