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da arena pelo animal), freqüência de rearings, tempo de autolimpeza (grooming),
defecação, tempo gasto para deixar a área central. Os roedores parecem preferir a periferia
ao centro do aparelho, normalmente ambulando em contato com as paredes, ou seja,
apresentam tigmotaxia (RAMOS et al., 1998, LISTER, 1990, PRUT et al., 2003, CAROLA
et al., 2002). Portanto, assim como no Labirinto em Cruz Elevado, a tigmotaxia estaria
relacionada com a ansiedade no Campo Aberto (CHOLERIS et al., 2001).
Inicialmente, Hall propôs que quando expostos a um ambiente novo, os roedores
apresentariam um grau alto de defecação causado por ativação do sistema nervoso
autônomo (RODGERS et al., 1997, LISTER, 1990, PRUT et al., 2003, RAMOS et al.,
1998), sendo que inicialmente se propunha que um baixo grau de ambulação também
parecia uma resposta de medo dos animais expostos a um ambiente novo. O termo
emocionalidade foi utilizado por Hall para expressar o fato do animal ficar, por exemplo,
imóvel quando exposto a um ambiente novo (LISTER, 1990). Nesta linha, vários estudos
mostraram uma correlação inversa (negativa) entre ambulação e defecação (CAROLA et
al., 2002). Outros autores, entretanto, discordam, já que vários estudos mostraram
decréscimo tanto na ambulação quanto na defecação e não uma correlação inversa
(RAMOS et al., 1998). Se por outro lado, atividade motora fosse um índice de ansiedade,
alta ambulação deveria refletir um baixo grau . Certos benzodiazepínicos, em baixas doses,
aumentam a ambulação de animais não familiares com a arena, contudo, da mesma forma
como fazem estimulantes motores, que não são ansiolíticos (LISTER, 1990).
Tem sido proposto o emprego deste modelo na avaliação da ansiedade,
considerando-se que um aumento na ambulação do animal e maior permanência do mesmo
na região central seriam indicativos de uma redução da ansiedade (LISTER, 1990,
CHOLERIS et al., 2001). Entretanto, esta proposta tem sido criticada por alguns autores,