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1
UNIOESTE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CAMPUS DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
NÍVEL MESTRADO
LEANDRO RAMPIM
ATRIBUTOS QUÍMICOS DE UM LATOSSOLO VERMELHO
EUTROFÉRRICO SUBMETIDO A GESSAGEM E CULTIVADO COM
TRIGO E SOJA EM SEMEADURA DIRETA
MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PR
MARÇO/2008
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2
LEANDRO RAMPIM
ATRIBUTOS QUÍMICOS DE UM LATOSSOLO VERMELHO
EUTROFÉRRICO SUBMETIDO A GESSAGEM E CULTIVADO COM
TRIGO E SOJA EM SEMEADURA DIRETA
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, como parte
das exigências do Programa de Pós-
Graduação em Agronomia Nível
Mestrado, para obtenção do título de
mestre.
ORIENTADORA: PROFª. DRª. MARIA DO
CARMO LANA
MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PR
MARÇO/2008
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3
Dados Internacionais de Catalogão-na-Publicão (CIP)
(Biblioteca da UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon – PR., Brasil)
Rampim, Leandro
R177a Atributos químicos de um Latossolo Vermelho eutroférrico
submetido a gessagem e cultivado com trigo e soja em
semeadura direta / Leandro Rampim. -– Marechal Cândido
Rondon, 2008.
81 p.
Orientadora: Profª Drª Maria do Carmo Lana
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual do Oeste
do Paraná, Campus de Marechal Cândido Rondon, 2008.
1. Solo – Acidez trocável. 2. Solo – Lixiviação de íons.
3. Solo – Alumínio. 4.Soja – Gesso. 5. Soja – Nutrição
mineral. 6. Trigo – Gesso. 7. Trigo - Nutrição mineral.
I. Universidade Estadual do Oeste do Paraná. II. Título.
CDD 21.ed. 631.82
633.34
633.11
CIP-NBR 12899
Ficha catalográfica elaborada por Marcia Elisa Sbaraini Leitzke CRB-9/539
4
SURIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................12
2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................14
2.1 Gesso agrícola.................................................................................................14
2.2 Influência do gesso nas propriedades químicas do solo..................................16
2.3 Uso do gesso para diferentes culturas.............................................................21
3 OBJETIVOS...........................................................................................................25
3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................25
3.1 Objetivos Específicos.......................................................................................25
4 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................26
4.1 Descrição da área experimental.......................................................................26
4.2 Instalação do experimento ...............................................................................28
4.3 Coleta das amostras de solo e folhas...............................................................29
4.4 Variáveis Avaliadas....................................................................................
.......
29
4.5 Análise dos dados..........................................................................................300
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................31
5.1 Análise estatística.............................................................................................31
5.2 Modificações das características químicas do solo........................................328
5.3 Produtividade, massa de 1000 grãos e concentração de Al, K, Ca, Mg e S no
tecido foliar de trigo e soja......................................................................................46
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................52
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................53
8 ANEXOS................................................................................................................60
5
Pai, Mãe, Christiane e Lucas
Dedico
O amor supera barreiras em
busca das conquistas.
6
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, ontem, hoje e sempre, por apoiar nos momentos difíceis,
louvar pelas conquistas e por permitir a realização deste sonho.
Agradeço aos meus pais, Joaquim e Lurdes, pela confiança e por
proporcionar condições para que eu chegasse até aqui.
Agradeço a todos os familiares, em especial a meu irmão Alexandre e
minha irmã Daniela.
Agradeço a minha esposa Christiane, por todo amor, pelo incentivo e
compreensão durante todo o curso. Agradeço ainda pelos momentos solitários que
ofereceu seu amor dobrado para nosso filho Lucas, durante minha ausência.
Agradeço ao meu filho Lucas, pelo sorriso, pelo amor, por ter esperado dias
após dia a minha chegada.
Agradeço a professora e orientadora Maria do Carmo Lana, pela orientação,
compreensão, dedicação na realização deste trabalho e profissionalismo.
Agradeço a todos os professores, pela amizade e instrução e a
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), pelos novos
ensinamentos, em especial ao Programa de Pós-Graduação em Agronomia,
Campus de Marechal Cândido Rondon, pela oportunidade de realizão deste
curso.
Agradeço a CAPES - Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Ensino Superior, pela concessão de bolsa de auxílio aos estudos fundamental.
Agradeço à equipe do Laboratório de Química Agrícola e Ambiental da
UNIOESTE, Campus de Marechal Cândido Rondon PR, pela paciência e auxílio
na realização das análises químicas.
Agradeço a todos os amigos, colegas de curso, alunos de graduação e
funcionários, em nome da Noili, em especial a Jucenei Frandoloso, Silvano
Fontaniva, pelo auxílio indispensável na execução deste trabalho.
Enfim, a todos que contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho.
7
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Precipitação pluviométrica mensal para o Local 1 e Local 2, no período da
experimentação a campo.........................................................................27
FIGURA 2 Valores de pH CaCl2(a,b,c) e teor de Al (d,e,f) no solo nas camadas de 0-
10, 10-20 e 20-40cm de profundidade após seis e 12 meses da
aplicação de doses de gesso agrícola (pH CaCl2: média de dois locais e
teor de Al: apenas Local 1).......................................................................33
FIGURA 3 Saturação por alumínio (a,b,c) no solo nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-
40cm de profundidade após seis e 12 meses da aplicação de doses de
gesso agrícola para o Local 1..................................................................35
FIGURA 4 Acidez potencial (a,b,c) e CTCef (d,e,f) no solo nas camadas de 0-10, 10-
20 e 20-40cm de profundidade após seis e 12 meses da aplicação de
doses de gesso agrícola na média de dois locais....................................38
FIGURA 5 Teores de K (a,b,c) e S (d,e,f) no solo nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-
40cm de profundidade após seis e 12 meses da aplicação de doses de
gesso agrícola na média de dois locais....................................................39
FIGURA 6 Teores de Ca (a,b,c) e Mg (d,e,f) no solo nas camadas de 0-10, 10-20 e
20-40cm de profundidade após seis e 12 meses da aplicação de doses
de gesso agrícola na média de dois locais...............................................40
FIGURA 7 Soma de bases (a,b,c) e V% (d,e,f) no solo nas camadas de 0-10, 10-20
e 20-40cm de profundidade após seis e 12 meses da aplicação de doses
de gesso agrícola na média de dois locais...............................................44
FIGURA 8 Teores foliares de Ca (a), Mg (b), K (c), S (d), Al (e), massa de 100 grãos
(f) e produtividade (g) das culturas de trigo e soja em função das doses
de gesso agrícola.....................................................................................47
FIGURA 9A Teor de Ca (a,b), Mg (c,d), K (e,f) e S (g,h) no solo aos seis e 12 meses
após a aplicação das doses de gesso agrícola........................................79
FIGURA 10A Valores de pH (a,b), teor de Al Local 1 (c,d), SB (e,f) e V% (g,h) no
solo aos seis e 12 meses após a aplicação das doses de gesso
agrícola.....................................................................................................80
FIGURA 11A Acidez potencial (a,b), CTCef (c,d), m (e,f)) no solo aos seis e 12
meses após a aplicação das doses de gesso
agrícola.....................................................................................................81
8
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Recomendação de gesso com base na textura do solo...........................16
TABELA 2 Resultado da análise química e física do solo da área experimental nas
profundidades de 0-10, 10-20 e 20-40cm para os dois locais.................27
TABELA 3A Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na
camada de 0-10cm de profundidade na coleta após seis meses da
adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......61
TABELA 4A Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no solo
na camada de 0-10cm de profundidade na coleta após seis meses da
adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......62
TABELA 5A Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na
camada de 10-20cm de profundidade na coleta após seis meses da
adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......63
TABELA 6A Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no solo
na camada de 10-20cm de profundidade na coleta após seis meses da
adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......64
TABELA 7A Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na
camada de 20-40cm de profundidade na coleta após seis meses da
adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......65
TABELA 8A Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no solo
na camada de 20-40cm de profundidade na coleta após seis meses da
adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......66
TABELA 9A Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na
camada de 0-10cm de profundidade na coleta coleta após 12 meses da
adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......67
TABELA 10A Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no
solo na camada de 0-10cm de profundidade na coleta após 12 meses da
adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......68
TABELA 11A Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na
camada de 10-20cm de profundidade na coleta após 12 meses da
adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......69
TABELA 12A Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no
solo na camada de 10-20cm de profundidade na coleta após 12 meses
da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais.70
TABELA 13A Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na
camada de 20-40cm de profundidade na coleta após 12 meses da
adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......71
9
TABELA 14A Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no
solo na camada de 20-40cm de profundidade na coleta após 12 meses
da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais.72
TABELA 15A Resumo da análise de variância para saturação por alumínio no solo
na camada de 0-10, 10-20 e 20-40cm de profundidade na coleta após
seis e 12 meses da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço
apenas no local 1....................................................................................73
TABELA 16A Saturação de Ca, Mg e K em relação a CTC efetiva nas camadas de
0-10, 10-20 e 20-40 cm na média de dois locais aos seis e doze meses
após a aplicação do gesso agrícola........................................................74
TABELA 17A Resumo da análise de variância para produtividade, massa de 1000
grãos e Ca no tecido foliar na cultura do trigo em função das doses de
gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......................................75
TABELA 18A Resumo da análise de variância para os teores de Mg, K, Al e S no
tecido foliar na cultura do trigo em função das doses de gesso agrícola
aplicado à lanço em dois locais...............................................................76
TABELA 19A Resumo da análise de variância para produtividade, massa de 1000
grãos e Ca no tecido foliar na cultura da soja em função das doses de
gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais......................................77
TABELA 20A Resumo da análise de variância para os teores de Mg, K, Al e S no
tecido foliar na cultura da soja em função das doses de gesso agrícola
aplicado à lanço em dois locais...............................................................78
10
ATRIBUTOS QUÍMICOS DE UM LATOSSOLO VERMELHO EUTROFÉRRICO
SUBMETIDO A GESSAGEM E CULTIVADO COM TRIGO E SOJA EM
SEMEADURA DIRETA
A presença de alumínio no solo é um entre os diversos fatores existentes
que prejudicam o crescimento, desenvolvimento e produtividade de culturas
comerciais como soja e trigo principalmente quando ocorre déficit hídrico, uma vez
que há menor superfície de raízes para a absorção de água e nutrientes. Este
trabalho avaliou a influência do uso do gesso nas características químicas de um
Latossolo Vermelho eutroférrico de textura argilosa para as culturas de trigo e soja,
sob sistema de plantio direto. Realizou-se coletas de amostras de solo aos seis e 12
meses após aplicação superficial de 0, 1, 2, 3, 4 e t ha
-1
de gesso para avaliar os
teores de Ca, Mg, K, Al trocáveis, pH, SB, V%, m% e teor de S no solo. Para as
culturas de trigo e soja foram avaliados os teores de Ca, Mg, K, S, e Al no tecido
foliar, massa de 1000 grãos e produtividade. O uso de gesso aumentou os teores de
Ca e S e reduziu os teores de Al, além de lixiviar Mg e K no solo, aumentando a SB
e V% nas camadas mais profundas. No tecido foliar aumentou Ca e Mg para a soja
e reduziu no trigo, aumentou o teor de S em ambas culturas e o K aumentou de
forma quadrática para a cultura da soja. Os resultados encontrados mostram que o
uso do gesso proporcionou mobilidade de K
+
e Mg
2+
a40 cm de profundidade. O
uso de até 5000 kg ha
-1
de gesso resultaram em aumento dos teores de Ca
2+
e
SO
4
2-
em profundidade até um ano após a aplicação sendo que a dose de 3 t ha
-1
proporcionou maior redução do Al trocável e também da saturão por Al para o
Latossolo Vermelho eutroférrico de textura argilosa. Na presença de Al trocável o
uso do gesso implicou em aumento da produtividade de trigo mas não influenciou a
produtividade da soja.
Termos para indexação: gessagem, acidez trocável, lixiviação de íons, nutrição
mineral.
11
CHANGE CHEMICAL “LATOSSOLO VERMELHO EUTROFÉRRICO” SUBMITTED
GYPSUM WITH SOY AND WHEAT NO-TILLAGE
The presence of aluminum in the soil is one among the several existent problems
that harm the growth, development and productivity in commercial cultures as soy
and wheat principally when water deficit, once there is minor surface of roots for the
absorption of water. Like this the influence of the use of the plaster was analyzed in
the chemical characteristics of a “Latossolo vermelho eutroférrico” of loamy texture
for the wheat cultures and soy, under system of direct planting. It took place
collections of soil samples to the six and 12 months after application 0, 1, 2, 3, 4 e 5 t
ha
-1
of the gypsum to evaluate the tenors of Ca, Mg, K, exchangeable Al, pH, SB,
V%, m% and tenor of S in the soil. For the wheat cultures and soy they were
appraised the tenors of Ca, Mg, K, S, and Al in the tissue, mass of 1000 grains and
productivity. The use of gypsum increased the tenors of Ca and S and it reduced Al's
tenors, besides leaching Mg and K in the soil, increasing SB and V% in the deepest
layers. In the tissue increased Ca and Mg for the soy and it reduced in the wheat, it
increased the tenor of S in both cultures and K increased in a quadratic way for the
culture of the soy. The found results show that the use of the plaster provided
mobility of K
+
and Mg
2+
up to 40 cm of depth. The use of up to 5 t ha
-1
of gypsum
they resulted in increase of the tenors of Ca
2+
and SO
4
2 -
in depth until one year after
the application and the dose of 3 t ha
-1
it provided larger reduction of exchangeable
Al and also of the saturation for Al for Latossolo vermelho eutroférrico” of loamy
texture. In exchangeable Al's presence the use of the gypsum implicated in increase
of the wheat productivity but it didn't influence the productivity of the soy.
Terms of index: gypsum, exchangeable acidity, leaching of ions, mineral nutrition.
12
1 INTRODUÇÃO
A presença de alumínio no solo é um entre os diversos problemas existentes
que prejudicam o desenvolvimento de uma cultura, que pode resultar em quedas de
produtividade em culturas comerciais como soja e trigo. Não obstante, o alumínio
(Al) em altas concentrações no solo intensifica os danos às culturas na ocorrência
de déficit hídrico, uma vez que menor superfície de raízes para a absorção de
água.
Sendo assim, vários práticas agrícolas m sido utilizados com a finalidade
de eliminar o alumínio trocável do solo, como é o caso da calagem, a qual tem
grande eficiência na redução do alumínio em superfície. Por outro lado, com a
utilizão de gesso, é possível neutralizar a interferência do alumínio presente no
subsolo proporcionando condições mais adequadas ao desenvolvimento das raízes
das plantas. Com isto pode-se aumentar a absorção de nutrientes e água, e elevar a
produtividade de grãos.
O gesso, um mineral de ocorrência abundante, tem sido usado como
condicionador de solos ácidos e/ou argilosos, além de fonte de nutrientes (Ca e S)
para o crescimento de plantas.
O Al afeta o desenvolvimento das plantas, mas, com a utilização do gesso
poderá ocorrer neutralização deste elemento, reduzindo sua interferência no
crescimento das raízes no subsolo, possibilitando assim maior produtividade de
grãos.
Quando se considera os efeitos no solo a longo prazo, pode-se dizer que o
uso de gesso associado ao calcário na superfície, em plantio direto, pode ser
considerada uma alternativa de interesse para melhorar as características químicas
13
do perfil do solo. Este contribui, de certa forma, para evitar a interrupção do sistema
plantio direto (SPD) devido a problemas ocasionados pela acidificação, uma vez que
não há mais revolvimento do solo nesse sistema de cultivo, após sua implantação.
Desta forma, a aplicação de gesso pode aumentar a produtividade vegetal
devido ao suprimento de nutrientes e pela modificação das características químicas
do solo, principalmente relacionadas com o alumínio e com o deslocamento de
tions no perfil. Esses efeitos do gesso não se restringem a camada arável; eles
também se verificam abaixo dela, devido a solubilidade e a mobilidade dos
componentes químicos desse produto no perfil do solo.
14
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Gesso agrícola
O gesso agrícola é basicamente sulfato de lcio dihidratado (CaSO
4
.2H
2
O).
Na produção de ácido fosfórico as indústrias de fertilizantes utilizam como matéria
prima a rocha fosfática (apatita), que ao ser atacada por ácido sulfúrico + água,
produz, como subproduto da reação o sulfato de cálcio e ácido fluorídrico. A
composição química dia do gesso agrícola obtida é: S (17,7%), CaO (30,9%), F
(0,2%) e P
2
O
5
(0,7%) (DIAS, 1992). Segundo o autor, na agricultura o gesso agrícola
pode ser usado para a correção de camadas subsuperficiais contendo alto teor de
Al
3+
e/ou baixo teor de Ca
2+
, ou seja, para melhorar o ambiente radicular de plantas
e como fonte de Ca e de S. Não obstante, o gesso também pode ser utilizado para
correção de solos salinos, segundo Summer (1992), com a finalidade de reduzir a
salinidade destes solos pela ação do sulfato.
Gesso agrícola, por ser subproduto da indústria de fertilizantes fosfatados,
apresenta-se de baixo custo para o agricultor, se o transporte não encarecer
demasiadamente. É um sal de caráter praticamente neutro e, dessa maneira,
mostrou-se ineficiente na mudança da acidez do solo, apesar de ter sido
recomendado e aplicado com tal finalidade ao final dos anos 70 e início dos 80
(TANAKA et al., 2002).
O gesso é um sal pouco solúvel (2,0 a 2,5 g L
-1
) e também tem sido
empregado na agricultura devido à retirada gradual do enxofre das formulações
comerciais com concentrações mais elevadas de outros nutrientes (PITTA et al.,
2002).
15
Uma grande parte dos solos do Brasil apresentam problemas de acidez
subsuperficial, uma vez que a incorporação profunda do calcário nem sempre é
possível, nas lavouras comerciais. Assim, camadas mais profundas do solo, abaixo
de 20 cm, podem continuar com excesso de alumínio, mesmo quando tenha sido
efetuada uma calagem considerada adequada (EMBRAPA, 2006).
Aliado a este problema a ocorrência de verânicos pode limitar a
produtividade. A aplicação de gesso agrícola, diminui, em menor tempo, a saturação
por alumínio nessas camadas mais profundas. Desse modo, criam-se condições
para o sistema radicular das plantas se aprofundar no solo, e, conseqüentemente,
minimizar o efeito de verânicos, entretanto, o gesso não neutraliza a acidez do solo
diretamente, e sim, indisponibiliza o alumínio tóxico, resultando na redução da
acidez do solo (EMBRAPA, 2006).
A recomendação para a correção da acidez subsuperficial segundo Sousa &
Ritchey (1996) e (EMBRAPA, 2006) é a seguinte: o gesso deve ser utilizado em
áreas onde a análise de solo, na profundidade de 20 a 40 cm, indicar a saturação
por alumínio maior que 20% e/ou quando a saturação do cálcio for menor que 60%
(cálculo feito com base na capacidade de troca efetiva de cátions). A dose de gesso
agrícola (15% de S) a aplicar é de 700, 1200, 2200 e 3200 kg ha
-1
para solos de
textura arenosa, média, argilosa e muito argilosa, respectivamente. De forma que o
efeito residual destas dosagens é de no mínimo cinco anos.
Uma outra forma para realizar a recomendação de gesso para os solos foi
proposta pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas), onde considera basicamente
o teor de argila no solo multiplicando um fator de correção para transformar em dose
de gesso em kg ha
-1
(RAIJ et al., 1996), utilizando a seguinte fórmula: ARGILA (g
kg
-1
) x 6 = kg ha
-1
de gesso.
Ribeiro et al. (1999) propuseram a recomendação de gesso também com
base na textura do solo, considerando o teor de argila a partir da equação de
regressão: NG (kg ha
-1)
= 0,00034 0,002445X
0,5
+ 0,0338886X 0,00176366X
1,5
R
2
= 0,99995. Segundo a equação aplica-se 400, 800, 1200 e 1600 kg ha
-1
para os
solos de textura arenosa, média, argilosa e muito argilosa, respectivamente.
16
Tabela 01 - Recomendação de gesso com base na textura do solo
Teor de argila Ribeiro et al. (1999)
Souza & Ritchey (1996) Raij et al. (1996) Embrapa (2006)
-------- % -------- --------- t ha
-1
--------
--------- kg ha
-1
---------- ------ kg ha
-1
-------- ------- kg ha
-1
--------
0 -15 0,0 a 0,4 700 0 – 900 700
16 - 35 0,4 a 0,8 1200 960 – 2100 1200
36 - 60 0,8 a 1,2 2200 2160 – 3600 2200
61 - 100 1,2 a 1,6 3200 3660 – 6000 3200
2.2 Influência do gesso nas propriedades químicas do solo
A aplicação de gesso no sistema de cultivo com a finalidade de tornar o Al
indisponível para as plantas, assim como a suplementação de nutrientes ao solo,
pode proporcionar condições para a obtenção de elevada produtividade. Dentro
deste contexto, o enxofre por ser um elemento essencial às plantas, pode tornar-se,
sob certas condições, o nutriente limitante da produção, dando suporte a utilização
de gesso (MORAES et al., 1998).
Após a utilização de gesso em amostras superficiais de um Latossolo
Vermelho-Amarelo argiloso, Wadt & Wadt (1999, 2000) verificaram reduções do teor
de alumínio trocável, sem alterar a CTC-efetiva e a CTC a pH 7,0, sendo a principal
reação do gesso provavelmente sua precipitação com o alumínio. Já em amostras
subsuperficiais, a aplicão de sulfato de cálcio resultou em alterações na CTC
efetiva e na CTC a pH 7,0, sem diminuir os teores de alumínio trocável, sendo que a
principal reação do sulfato com o solo foi, provavelmente, de adsorção química. Isto
pode indicar que para que ocorra imobilização do Al é necessário primeiro que o
subsolo tenha alta CTC efetiva, e assim terá maiores resultados em redução no teor
de alumínio com a aplicação do gesso.
Ao realizar uma avaliação das cargas, quando há predomínio de superfícies
com potencial eletropositivo, o sulfato tende a ser preferencialmente adsorvido por
estas superfícies. Quando predomínio de superfícies com potencial
eletronegativo e elevados teores de alumínio trocável, a principal reação do sulfato
passa a ser de precipitação com o alumínio (Wadt & Wadt 2000). Sendo assim, o
efeito da aplicação de gesso nas propriedades químicas do solo depende
fundamentalmente das características eletroquímicas, ou seja, dependendo do solo,
pode ocorrer mais ou menos cargas negativas, influenciando diretamente a ação do
17
gesso, e além disto é importante a saturação das bases, pois um solo com baixa
saturação proporciona maiores condições de atuação do gesso nas cargas
presentes no solo.
O íon sulfato é muito mais solúvel do que o carbonato (calcário), permitindo
que o efeito da reação seja realizado em menor tempo. Em conseqüência, também
ocorre maior lixiviação do sulfato e dos seus cátions (Ca, Mg, K) acompanhantes,
complexando o Al trocável e da solução. Este fenômeno diminui a fitotoxicidade do
Al e disponibiliza os nutrientes catiônicos nas camadas mais profundas, favorecendo
o crescimento do sistema radicular em profundidade e a maior absorção de água e
nutrientes (TANAKA et al., 2002). Portanto, o gesso além de diminuir a saturação de
alumínio, pode aumentar da saturação de bases.
A atividade do alumínio na solução do solo tem sido a principal
característica associada, de modo negativo, ao crescimento radicular, conforme
trabalhos com algodão e café (ADAMS e LUND, 1986; BRACCINI et al., 2000),
havendo demonstrações de que o gesso pode reduzir a atividade do alumínio em
solução como no trabalho realizado por Alva et al. (1991). Também, em
conseqüência de seu uso, constataram-se, em análises do perfil do solo, aumentos
nos teores de Ca e nos valores do pH, assim como diminuição no H + Al (CHAVES
et al., 1988), com conseqüente proliferação de raízes no subsolo e maior
aproveitamento de água e de nutrientes pelas plantas (SOUSA , 1986). Por outro
lado, o gesso pode provocar lixiviação de magnésio e de potássio das camadas
mais superficiais do solo, expondo as plantas a eventuais deficiências (SHAINBERG
et al., 1989).
Ao entrar em contato com o solo, o gesso agrícola sofre dissolução (DIAS,
1992; PITTA et al., 2002) conforme a seguinte equação: 2 CaSO
4
.2H
2
O + H
2
O
Ca
2+
+ SO
4
2-
+ CaSO
4
0
+ 3 H
2
O.
Uma vez na solução do solo, o íon Ca
+2
pode reagir no complexo de troca
do solo, deslocando Al
3+
, K
+
, Mg
2+
, para a solução do solo, que podem, por sua vez,
reagir com o SO
4
2-
formando AlSO
4
+
(que é menos xico para as plantas) e os
pares iônicos neutros: K
2
SO
4
0
e MgSO
4
0
, além do CaSO
4
0
. Os pares iônicos
apresentam grande mobilidade ao longo do perfil, ocasionando uma descida de
tions para as camadas mais profundas do solo (DIAS, 1992). A neutralização do
alumínio trocável pela adição de gesso, pode ocorrer, de diversas formas:
precipitação na forma de Al(OH)
3
, em face da liberação de OH
-
para a solução
18
proporcionada pela adsorção de sulfato; formação do complexo de AlSO
4
+
que é
menos tóxico às plantas; formação de par iônico AlF
2+
decorrente da presença de F
-
no gesso agrícola; precipitação de minerais de sulfato de Al, como alunita e
basaluminita, por exemplo, decorrente do aumento da concentração de sulfato na
solução (DIAS, 1992; PITTA et al., 2002).
As reduções do teor de alumínio trocável com a adição de gesso,
observadas por inúmeros autores (CHAVES et al., 1988; PAVAN et al., 1984;
SUMNER et al., 1992), provavelmente estão relacionadas à precipitação do alumínio
com o sulfato.
Por outro lado, Saigussa & Toma (1997) propuseram o seguinte mecanismo
para explicar a redução do alumínio trocável: primeiramente, o Al
3+
trocável
adsorvido nos sítios de troca seria liberado na solução do solo em decorrência do
aumento da força iônica causada pela aplicação do gesso e, após, os monômeros
de Al
3+
presentes na solução seriam polimerizados. Finalmente, estes polímeros de
alumínio seriam seletivamente e irreversivelmente fixados nos sítios de troca
catiônica dos colóides do solo.
Portanto, as reações envolvendo tanto a adsorção do sulfato, quanto a
precipitação do alumínio no solo, poderiam levar a processos que diminuem a
lixiviação de sulfato, afetando assim a movimentação dos cátions acompanhantes
(Wadt & Wadt, 1999 e 2000).
Em trabalho realizado por Oliveira et al. (2002) em solo ácido, constatou-se
que a calagem aumentou o pH e os teores de Ca e Mg trocáveis e solúveis, diminuiu
o Al nas duas fases (sólida e solução do solo), e o K na fase líquida. A adição de
gesso não afetou o pH e aumentou o Ca trocável e a concentração de todos os
tions (Ca, Mg, K e Al) na fase líquida. A preferência dos cátions pelas cargas
negativas, no solo calcariado, seguiu a ordem: Al > Ca > Mg > K; nos tratamentos
com gesso, a preferência variou com a dose e, para alguns nutrientes, o
comportamento foi o oposto daquele verificado com a calagem. O gesso, mesmo
apresentando menor teor de Ca que o calcário, foi o produto que mais aumentou o
teor de Ca solúvel e, por isso, pode ser uma boa alternativa para suprir esse
nutriente em situações onde haja necessidade de alta concentração na solução e/ou
alta mobilização no perfil.
Em estudo efetuado por Vieira et al. (1997), para avaliar a lixiviação de Ca e
Mg em Cambissolos, Latossolos e Podzólicos em função de doses de gesso de 0,
19
2,5, 5,0 e 10 t ha
-1
, estes autores constataram que a quantidade de areia existente
no solo foi a propriedade individual do solo que mais se associou com as
quantidades de nutrientes lixiviados. A aplicação de gesso agrícola causou lixiviação
de Ca e de Mg em todos os solos, com magnitude variável de acordo com o tipo de
solo, e lixiviou K somente nos solos arenosos. Assim, situações onde haja
necessidade de aprofundamento de Ca ou de Mg no perfil, como ocorre em
subsolos ácidos, o gesso é uma boa alternativa para deslocar esses nutrientes no
perfil de qualquer tipo de solo, e para K, esse aprofundamento ocorre
significativamente em solos com altos teores de areia.
No trabalho de Crusciol et al. (2005b), a aplicação de calcário isoladamente,
ou combinado com gesso proporcionou alterações em atributos químicos do solo
como a elevão dos valores de pH, na camada superficial do solo, principalmente
nas amostragens de 6 e 18 meses após a aplicação. A maior solubilidade do gesso,
em relação ao calcário, e a presença de um aniôn estável (SO
4
2-
), pode ter
contribuído para que a aplicação de calcário em combinação com gesso,
promovesse a elevão dos valores de pH em subsuperfície, mais rapidamente do
que nas parcelas que receberam apenas calcário. Não obstante, houve efeito
significativo na redução da acidez potencial na camada de 20-40cm com adição de
gesso, independente da adição de calcário; além do aumento do teor de cálcio em
superfície pela adição do gesso e calcário isolados ou combinados. Por outro lado, a
adição de gesso isolado evidenciou a redução de Mg nas camadas de 0-10, 10-20 e
20-40cm.
Ramos et al. (2006) com a aplicação de 2500 e 5000 kg ha
-1
de gesso em
um Neossolo Quartzarênico colocado em colunas e incubados durante quarenta dias
e com o fornecimento de 2.000 mm de água destilada neste período, constataram
que o gesso aumentou a disponibilidade de Ca trocável em todas as profundidades
das colunas de lixiviação.
A avaliação de um solo aluvial cultivado com arroz com o uso de gesso,
estudado por Mesquita et al. (1997), foi possível observar redução no teor de Al no
perfil do solo, o qual é explicado pela complexação do Al pelo SO
4
2-
e formando o
par iônico AlSO
4
+
, reduzindo assim a presença da forma tóxica de Al
3+
. Também
verificaram uma diminuição dos teores de K no solo com o aumento das doses de
gesso, na profundidade de 0 a 20 cm. Admite-se a relação entre o ânion SO
4
2-
do
gesso, com K no solo, formando K
2
SO
4
0
que se movimenta para camadas
20
subsuperficiais, aumentando o teor de K na profundidade de 20 a 40 cm e
evidenciando sua movimentação no perfil do solo pela ligação com o sulfato. Por
outro lado, a lixiviação de K foi menor quando na presença de maiores teores de Ca
e Mg, ou seja, a calagem com o gesso contribuem para menores perdas de K.
Segundo Pavan (1986), as influências na disponibilidade de Al para as
plantas, quer sejam pela formão de complexos solúveis (AlSO
4
+
), insolúveis
(AlSO
4
. 5H
2
O) e hidróxido de alumínio induzido pelas reações de troca do OH
-
pelo
SO
4
2-
, constituem-se em uma das principais vantagens do gesso em solos ácidos,
principalmente em condições de acidez subsuperficial. Desta forma, a gessagem
pode ser utilizada em solo ácidos para melhorar as características químicas, fonte
de Ca e SO
4
e aumentos nos teores de Ca e diminuições nos teores de Al,
principalmente na subsuperfície do solo (Roth et al., 1986). Com isto, segundo
Pavan (1986), proporciona uma maior penetração das raízes em profundidade e,
consequentemente, melhorar a utilizão de água e nutrientes.
Segundo Malavolta (1992), teores de cálcio podem aumentar em
profundidade em conseqüência de dissolução do gesso na superfície, com formão
do par iônico, que permanece neutro na solução que esdescendo no perfil até
encontrar valores mais baixos de pH, quando então inicia-se a troca ou adsorção do
S-SO
4
2-
e do Ca
2+
por íons OH
-
e Al
3+
da superfície das partículas do solo. Esse
autor afirma também que a lixiviação de cálcio setanto mais rápida quanto menor
for a adsorção de S-SO
4
2-
na argila.
A presença de Al trocável no solo prejudica o crescimento das
culturas/cultivares sensíveis, reduzindo a exploração do solo pela queda de
produtividade. Silva et al. (1984) constataram que genótipos de sorgo mais
tolerantes ao Al trocável conseguem se desenvolver em ambiente com Al, no
entanto outros genótipos sensíveis se desenvolvem apenas até a profundidade em
que não há Al trocável. Não obstante, as plantas tolerantes possuem mecanismos
de tolerância ao Al enquanto que nas plantas sensíveis o Al prejudica a divisão
celular.
O efeito negativo da acidez do solo e da toxidez por Al na produção agrícola
não tem sido observado na maior parte dos solos cultivados no SPD, e a ausência
de resposta das culturas à calagem, nesse caso, tem sido comum (CAIRES et al.,
1998, 1999, 2006; ALLEONI et al., 2003, 2005). A menor toxicidade do Al
encontrada no SPD está associada com a complexação do elemento pela MO,
21
formando complexos com o carbono orgânico dissolvido, segundo Zambrosi et al.
(2007a).
2.3 Uso do gesso para diferentes culturas
A ocorrência de deficiência de S em diferentes culturas se deve a diversos
fatores, entre eles: uso de formulações concentradas; baixo consumo de fertilizantes
simples contendo S (sulfato de amônio e de potássio); cultivos sucessivos sem a
reposição do exportado pela cultura; manejo inadequado do solo possibilitando a
diminuição de seu teor de matéria orgânica (DIAS, 1992). o obstante, solos
com deficiência natural de enxofre em regiões tropicais e a redução no uso de
enxofre elementar como fungicida, além de outras práticas agrícolas acarretaram
redução nos níveis de enxofre no solo e significativo aumento de demanda desse
elemento por decorrência do aumento da produtividade agrícola, reforça Vitti (1988).
Isto reforça as vantagens da utilização do gesso.
Segundo Summer (1992), o gesso agrícola tem sido utilizado como
fertilizante e para correção de solos salinos. Nesse sentido, inúmeros trabalhosm
sido observado a qualidade do gesso agrícola como fonte de cálcio em macieira em
regiões onde o pH é alto e o teor de Ca trocável é baixo (SUZUKI et al., 1992), na
neutralizão do efeito tóxico do alumínio em culturas anuais e pastagens
(GUIMARÃES, 1985) ou, ainda, como fonte de enxofre em arroz, feijão, soja, trigo,
sorgo sacarino, café e pastagens (VITTI et al., 1985) e aumento de rendimento na
cultura de algodão em função da aplicação de gesso, segundo Silva et al. (1997).
Silva et al. (1997), verificaram que a aplicação de gesso também
proporcionou gradativa percolação de enxofre e de bases e, simultaneamente,
aumentos significativos nos teores foliares de S, Ca e Mg, bem como nos dados de
produtividade. Em conseqüência da melhoria subsuperficial do solo ocorreu maior
aprofundamento do sistema radicular na cultura do algodoeiro. Silva et al. (1997)
também verificaram que nos cultivos seguintes, o gesso proporcionou uma gradativa
diminuição dos teores foliares de Mg e, em especial, de K. Não se detectou, no
entanto, sintoma algum de deficiência de K, Mg e S no tecido foliar.
Segundo Tanaka et al. (2002) houve acréscimos significativos nos teores
foliares de enxofre na cultura da soja com a aplicação de gesso. De acordo com
estes autores espera-se que ocorra resposta da soja ao gesso quando aplicado em
22
solo que apresenta na camada subsuperficial, deficiência de cálcio e enxofre e
toxidez de alumínio.
Por outro lado, a aplicação de gesso em superfície, na implantação do
sistema de plantio direto, implicou em aumento no teor de S na folha bandeira da
aveia-preta. Entretanto, não influenciou a produtividade de grãos da aveia-preta,
avaliado por Cruciol et al. (2005a).
Segundo Moraes et al. (1998), o fornecimento de gesso ocasionou a
lixiviação do K trocável da camada superficial para a camada 20-40 cm do solo.
Entretanto, neste trabalho a gessagem não influenciou nos componentes de
rendimento e na produção de grãos, provocando apenas aumento no tempo de
cozimento dos grãos de feijão.
Bissani et al. (1997), com o objetivo de reduzir a acidez em solo sob sistema
de plantio direto, constataram que no lixiviado o pH foi mais elevado com a aplicão
de calcário, também aumentou o pH e neutralizou o Al
3+
trocável na camada
superficial e em profundidade, comprovando a movimentação do corretivo. Já com
uso do gesso foram identificados os menores valores de pH, isto pode ser devido ao
deslocamento de H
+
e Al
+3
trocáveis pelo Ca. O gesso promoveu o movimento do Al
no perfil, provavelmente em função da grande adição de Ca
2+
e SO
4
2-
. O gesso
também alterou o teor de Mg em todas as profundidades além de grande aumento
do teor de Mg no lixiviado, provavelmente pelo fato do Ca assumir os pontos de
troca e a presença do íon SO
4
-2
que facilitou o deslocamento do Mg. Não obstante, a
presença do íon SO
4
-2
promoveu grande e rápido deslocamento dos cátions no perfil
do solo analisado.
Em experimento realizado por Caires et al. (2003), o uso do gesso
proporcionou alterações nas reações químicas do subsolo, aumentando o pH (CaCl
2
0,01 mol L
-1
), os teores de Ca e S-SO
4
2-
, bem como a concentração de P na camada
superficial do solo (0-5 cm). No tecido foliar da soja, aumentou o teor de Ca e
reduziu o de Mg no solo e nas folhas, comprovando que o Mg trocável foi lixiviado
pela aplicação de gesso, prejudicando a absorção deste pelas plantas, e não afetou
as concentrações de K na folha. Isto demonstra a eficiência da aplicação de gesso
na melhoria do ambiente radicular no subsolo com atuação direta no tecido foliar. No
entanto, os teores de nutrientes no tecido foliar mantiveram-se em níveis
considerados suficientes para a soja, independente das alterações ocorridas com as
23
doses de gesso aplicadas, concluindo que não houve resposta significativa na
produção de soja, com a aplicação gesso.
Em trabalho realizado com a cultura da seringueira, para testar o efeito do
gesso na nutrição das plantas, foi possível reforçar que apesar do gesso o ter
causado aprofundamento do sistema radicular e efeitos sobre o tecido foliar,
constatou-se elevação nos teores de Ca, Mg e K até a camada de 20 a 40 cm de
profundidade (CASCARDO et al., 1993).
Rodrigues et al. (2002) constataram que o Andropogon gayanus Kunth var.
bisquamulatus cv. Planaltina respondeu positivamente em produção de matéria seca
da parte aérea às doses de gesso associado a calcário independentemente de ser
calcário calcítico ou dolomítico. A produção de matéria seca do sistema radicular na
profundidade de 15-30 cm foi bastante dependente da aplicão de gesso, o que
confirma a sua importância na correção da camada subsuperficial. Da mesma forma,
a aplicação de gesso também promoveu o aumento da produção de matéria verde,
matéria seca e altura de plantas em capim-tanzânia (CUSTÓDIO et al., 2005).
Caires et al. (2006) acompanhou o efeito da calagem superficial nas doses
de 0, 2,5, 5,0, 7,5 t ha
-1
de calcário dolomítico nos cultivos de milho e soja em
sistema de plantio direto, onde foi caracterizado que o calcário aplicado na superfície
aumentou o pH, Ca
2+
e Mg
2+
e reduziu o Al
3+
do solo até a profundidade de 10 cm.
No entanto, o uso de gesso o interferiu no rendimento das culturas neste
experimento.
Em trabalho com citros, para avaliar a associação calcário e gesso, Rego et
al. (1997) observaram elevão de pH e dos teores de cálcio e magnésio trocáveis,
saturação por bases, e menores teores de alumínio trocável no solo. a aplicação
isolada de gesso agrícola possibilitou valores superiores de cálcio trocável. Tal
relação sugere que a aplicação conjunta de calcário e gesso em áreas com culturas
comerciais proporciona melhores condições às plantas do que quando aplicados
isoladamente, pois cada produto tem uma área de atuação no perfil do solo.
Na avaliação do capim-braquiária em experimento realizado com a adição
de doses crescentes de gesso (0; 500; 1000; 2000; 3000; 4000 kg ha
-1
) em
Latossolo Amarelo, por Santos et al. (2005), foi possível concluir que o rendimento
de massa seca da parte aérea foi influenciado pelas doses de gesso ao terceiro
corte (realizado a cada 30 dias), no qual se obteve as maiores respostas.
24
Segundo Sousa & Ritchey (1986), a resposta ao gesso agrícola no cerrado
como melhorador do ambiente radicular em profundidade tem sido observada para
culturas anuais importantes, como é o caso do soja, milho e trigo submetidos à
verânicos na época de floração com incrementos de produtividade de 14%, 72% e
59%, respectivamente, em função do uso do gesso. Tais resultados são atribuídos à
melhor distribuição das raízes em profundidades nas camadas do solo, o que
propícia às plantas o aproveitamento de maior volume de água quando ocorre
verânico.
25
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Avaliar a influência do uso do gesso nas características químicas do
Latossolo Vermelho eutroférrico de textura argilosa na produtividade das culturas de
trigo e soja, sob sistema de plantio direto.
3.2 Objetivos Específicos
Avaliar a produtividade das culturas de trigo e soja em função de doses
crescentes de gesso aplicado em superfície.
Influência do gesso nos teores de Al, Ca, Mg, K e S no perfil do solo e no
tecido foliar das culturas de trigo e soja.
Avaliar o uso do gesso na correção da acidez subsuperficial do solo.
26
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Descrição da área experimental
O experimento foi realizado em duas pequenas propriedades do município
de Guaíra-PR, com as seguintes coordenadas geográficas: Local 1: Longitude
54º 14` 23`` O e Latitude 24º 09` 36`` S; Local 2: Longitude 54º 12` 12`` O e
Latitude – 24º 18` 38`` S.
As áreas vêm sendo utilizadas em sistema de plantio direto 15 anos em
suceso de culturas, utilizando soja no verão e trigo/milho no inverno, em solo
classificado como Latossolo Vermelho eutroférrico com textura muito argilosa e de
média fertilidade para o Local 1 e como Latossolo Vermelho eutroférrico com textura
muito argilosa e de alta fertilidade para o Local 2 (Tabela 2).
Nas duas áreas, seis meses antes da instalação do experimento (outubro de
2005), foi realizado calagem superficial do solo com aplicão de 1.650 kg ha
-1
de
calcário calcítico com PRNT de 70%, seguida de subsolagem profunda, em função
da presença de adensamento na camada entre 15-30cm no solo, e posterior cultivo
da soja.
Na figura 1 encontram-se os dados de precipitação pluviométrica
monitorada para os dois locais durante o período de acompanhamento do
experimento.
27
Tabela 2 - Resultado da análise química e física do solo da área experimental nas
profundidades de 0-10, 10-20 e 20-40cm para os dois locais
Local 1 Local 2
Característica
Unidade
0-10cm 10-20cm 20-40cm
0-10cm 10-20cm
20-40cm
pH
(1)
4,8 4,1 4,1 5,8 5,4 4,8
Al
(2)
cmol
c
dm
-3
0,20 0,35 0,45 0,00 0,00 0,00
H+Al
(3)
cmol
c
dm
-3
4,61 4,28 4,96 3,40 3,60 3,90
Ca
(2)
cmol
c
dm
-3
4,77 4,04 3,77 6,20 6,03 5,89
Mg
(2)
cmol
c
dm
-3
1,98 1,85 1,60 1,64 1,50 1,40
K
(4)
cmol
c
dm
-3
0,59 0,35 0,26 0,40 0,35 0,28
SB
cmol
c
dm
-3
7,34 6,24 5,63 8,24 7,88 7,57
CTC pH7,0
cmol
c
dm
-3
11,95 10,52 10,59 11,64 11,48 11,47
V % 61,42 59,32 53,16 70,79 68,64 66,00
m % 2,65 5,31 7,40 0,00 0,00 0,00
MO g kg
-1
20 15 11 26 22 19
P
(4)
mg dm
-3
12,32 7,19 3,11 15 12 8
S
(5)
mg dm
-3
11,43 18,5 21,49 9,27 9,5 12,15
Cu
(4)
mg dm
-3
3,3 4,1 4,6 4 4,3 4,4
Mn
(4)
mg dm
-3
75 69 46 77 60 57
Zn
(4)
mg dm
-3
2,7 2,3 1,4 3,3 2,9 2,5
Fe
(4)
mg dm
-3
19,1 25,4 24,5 21 26 29
Areia
(6)
g kg
-1
66 74 55 63 64 64
Silte
(6)
g kg
-1
204 129 145 190 132 133
Argila
(6)
g kg
-1
730 797 800 747 804 803
(1)
pH em CaCl
2
, relação 1:2,5.
(2)
Extrator KCl 1mol L
-1
.
(3)
Extrator acetato de cálcio 0,5 mol L
-1
pH 7,0.
(4)
Extrator
Mehlich
-1
.
(5)
Extrator Ca (H
2
PO
4
)
2
500 mg L
-1
de P em HOAc 2 mol L
-1
(Embrapa, 1999).
(6)
Método do densímetro
(Embrapa, 1997).
Figura 1 – Precipitação pluviométrica mensal para o Local 1 e Local 2, no período de
abril de 2006 e março de 2007 durante a experimentação a campo.
0
40
80
120
160
200
240
280
320
Precipitação (mm)
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar
Meses
Local 1
Local 2
28
4.2 Instalação do experimento
O experimento foi instalado em delineamento de blocos casualizados, com
seis repetições. Foram avaliadas seis doses de gesso agrícola (17% de Ca, 15% de
SO
4
2-
) compreendendo 0, 1000, 2000, 3000, 4000, 5000 kg ha
-1
de gesso agrícola
totalizando 36 parcelas experimentais. As parcelas avaliadas tinham área total de
12,00 m
2
, e área útil de 5,40 m
2
para a cultura da soja e 1,92 m
2
de área útil para a
cultura de trigo.
A aplicação do gesso em superfície em dose única foi realizada em abril de
2006, portanto, seis meses após a aplicação de calcário. Durante o período de
realização do experimento efetuou-se o cultivo sucessivo de trigo-soja na área
experimental.
Na semeadura de trigo utilizou-se a variedade CD-104, por ser a variedade
mais cultivada na região e a mais produtiva, no entanto é classificada como
moderadamente sensível quanto a tolerância ao Al.
Para a cultura do trigo, em ambos locais, foi utilizado o espaçamento de 16
cm. Durante a semeadura, utilizou-se 65 sementes por metro linerar, com 270 kg ha
-
1
do fertilizante NPK 17-17-17 com o intuito de fornecer toda a adubação na base, e
seguindo a recomendação à cultura de trigo, baseado na análise do solo
(EMBRAPA, 2005). Durante o cultivo do trigo, houve necessidade de controle de
lagarta Spodoptera sp. com aplicação de cipermetrina, lufenuron para lagarta do
trigo, pyraclostobim + epoxiconazole para as doenças foliares como ferrugem e
manchas foliares. Por outro lado, a lavoura foi prejudicada por verânicos que
ocorreram nos meses de julho e agosto (mesma estiagem para ambos os locais),
interferindo na produtividade da cultura, e também reduzindo os possíveis efeitos da
gessagem. Durante a colheita, houve problemas com excesso de chuvas, reduzindo
ainda mais a produtividade da área experimental (Figura 1).
Na semeadura da soja, em ambos locais, utilizou-se a variedade
transgênica CD-214RR, a qual é tolerante a alumínio e rústica. A opção por esta
variedade foi devido a alta infestação de leiteiro na área experimental. O
espaçamento utilizado na área experimental para a cultura da soja foi de 45 cm.
Durante a instalação da cultura, colocou-se 18 sementes por metro linear, com 250
kg ha
-1
do fertilizante NPK 0-20-20 realizando a adubação na base, e seguindo a
recomendação da EMBRAPA (2006) para a semeadura de soja, baseado na análise
29
do solo. Durante o cultivo da soja, foi necessário a aplicação de fludioxonil +
metalaxyl-m no tratamento de semente para controlar fungos das sementes e
protege-las contra fungos do solo, duas aplicações de glyfosate para eliminar ervas
da área, duas aplicões de cipermetrina para controlar lagartas iniciais, 2
aplicações de metamidofós para controlar lagartas e percevejos, além de 2
aplicações com pyraclostobim + epoxiconazole para proteger contra ferrugem e
doenças de final de ciclo. No período de cultivo da soja, houve maior estiagem no
local 2 em relação ao local 1 (Figura 1).
4.3 Coleta das amostras de solo e folhas
Após cada cultivo foram retiradas três amostras simples para compor uma
amostra composta de solo nas profundidades de 0-10, 10-20 e 20-40 cm em cada
parcela para avaliar os teores de Ca, Mg, K, S, Al, H+Al e pH do solo. As coletas das
amostras de solos ocorreram em outubro de 2006 e abril de 2007. Para as culturas
de trigo e soja foram coletadas amostras de tecido foliar em pleno florescimento
conforme os procedimentos recomendados quanto à época e folha amostrada, de
acordo com Malavolta et al. (1997), para avaliação dos teores de Ca, Mg, K, S e Al
no tecido foliar. Para a cultura do trigo foram coletadas as folhas bandeira de 30
plantas no início do florescimento, em cada parcela experimental. Na cultura da soja
foi coletada a 3ª ou 4ª folha do ápice para a base de 30 plantas da parcela útil.
4.4 Variáveis avaliadas
A determinação do pH do solo foi realizada em solução de CaCl
2
0,01 mol L
-
1
. Quanto ao teor de potássio no solo, foi extraído por Mehlisch-1 e os teores de
alumínio, cálcio e magnésio no solo foram obtidos por extração prévia com KCl 1
mol L
-1
. A determinação dos teores de Ca, Mg e K foi realizada em
espectrofotômetro de absorção atômica e o teor de Al por titulação com hidróxido de
dio 0,015 mol L
-1
. Na determinão de H+Al utilizou o extrator acetato de cálcio
0,5 mol L
-1
pH 7,0 e em seguida por titulação com hidróxido de sódio 0,1 mol L
-1
obteve-se o valor de H+Al (TEDESCO et al., 1995). Em seguida foram calculados os
valores de saturação por Al (m), saturação por bases (V%), soma de bases (SB),
capacidade de troca catiônica efetiva (CTCef)
30
Para a avaliação dos teores de cálcio, magnésio, potássio, alumínio e
enxofre no tecido foliar, primeiramente realizou-se a digestão das amostras em meio
ácido utilizando a mistura nítrico-perclórica na proporção 3:1. Em seguida
determinou-se os teores de K, Ca e Mg por espectrofotometria de absorção atômica.
O teor de Al foi determinado pelo complexo colorido formado entre o Al e o reagente
orgânico eriocromo cianina R (ECR), que absorve luz na região de 535 nm, sendo
este complexo estável entre 10 e 30 minutos (EMBRAPA, 1999).
O teor de S no solo, foi extraído com Ca (H
2
PO
4
)
2
500 mg L
-1
de P em
HOAc 2 mol L
-1
e dosado por turbidimetria em espectrofotometria UV-vis. Enquanto
que para o teor de S foliar, as amostras de tecido vegetal foram digeridas
previamente em solução ácida (HNO
3
e HClO
4
), e dosadas por turbidimetria
(EMBRAPA, 1999).
Após a colheita de cada parcela foi avaliada a massa de 1000 grãos e
produtividade das culturas de trigo e soja. A massa de 1000 grãos foi obtida a partir
de valores médios de quatro subamostras de 100 sementes de cada parcela
experimental. A produção de cada parcela teve a umidade corrigida para 13% em
base úmida e os resultados expressos em kg ha
-1
.
4.5 Análise dos dados
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e de regressão
utilizando o programa SAEG 8.0 (1999). Os modelos que melhor se ajustaram aos
dados foram escolhidos com base na significância pelo teste F, considerando os
níveis de 5 e 1% de probabilidade e no maior valor do coeficiente de determinação
(R
2
).
31
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Análise estatística
Inicialmente submeteu-se os dados à análise de variância para cada local
em separado e avaliou-se a razão entre os valores dos quadrados médios dos
resíduos dos locais. Como em nenhum dos casos a razão foi superior a 7, de acordo
com a recomendação de Pimentel Gomes (1987), optou-se pela análise conjunta
dos experimentos.
Entre as características químicas do solo não houve efeito significativo para
a interação entre local x dose de gesso. Desta forma, realizou-se a análise de
regressão em função das doses de gesso. Por outro lado, no tecido foliar houve
interação significativa entre doses de gesso e local para as seguintes variáveis:
concentração de Ca e Mg no tecido foliar de trigo e soja e para concentração de S
no tecido foliar de soja. Nestes casos foi realizado o desdobramento da análise de
variância e de regressão para cada local.
A aplicação de gesso agrícola influenciou significativamente a maioria das
características químicas do solo nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-40 cm de
profundidade, como os teores de Ca, Mg e S e o teor de Al do local 1,
cosequentemente, influenciou os teores de soma de bases, CTCefetiva e saturação
por Al nas três camadas avaliadas e saturação por bases na camada de 20-40 cm.
No caso do tecido foliar o uso do gesso influenciou os teores de Ca, Mg e S no
tecido foliar do trigo e nos teores de Ca, Mg, Al e S para a cultura da soja de acordo
com os resultados apresentados nas tabelas 3A – 20A, em anexo.
32
As produtividades e massa de 1000 grãos de trigo e soja em diferentes
doses não foram significativamente influenciadas pela aplicação de gesso na
avaliação geral, com exceção para a cultura do trigo no local 1 (Tabela 17A e 19A).
5.2 Modificações das características químicas do solo
Em ambos os locais onde foram realizados os experimentos, primeiramente
realizou-se a calagem seis meses antes aplicação do gesso, para corrigir a acidez
superficial. A aplicação de calcário antes de gesso proporciona condições ideais
para que o calcário possa reagir na solução do solo e aumentar o pH, e em seguida
o gesso te possibilidade de arrastar Ca e Mg adicionado na calagem pela
formão de par iônico com o íon sulfato (MARKET et al., 1987).
A adição de gesso ao solo aa dose de 5000 kg ha
-1
não influenciou os
valores de pH do solo nas três profundidades avaliadas (Figura 2), com exceção aos
doze meses após aplicação, no qual houve efeito significativo na camada de 10-20
cm. O valor máximo de pH encontrado na camada de 10-20 cm é de 4,88 com a
aplicação de 2250 kg ha
-1
de gesso (Figura 2-b). Na camada de 0-10 cm houve
redução de pH em relação ao valor médio do pH inicial enquanto que nas camadas
de 10-20 cm houve aumento de pH.
O pH do solo reduz com o aprofundamento nas camadas. A camada de 0-
10 cm apresenta pH maior enquanto que as camadas de 10-20 e 20-40 cm possuem
pH mais baixo. Na média geral o pH após seis meses da aplicação de gesso foi
maior que o pH avaliado após um ano, sendo que a primeira coleta do solo foi
realizada em outubro de 2006 e a segunda em abril de 2007 (Figura 2 e 10A). Não
obstante, apenas na camada de 10-20 cm observou redução do pH em função da
adição de doses maiores que 2250 kg ha
-1
de gesso. A redução do pH pode estar
relacionado ao fato de que com o deslocamento de H
+
e Al
3+
pelo Ca
2+
, após
dissociação do sulfato de cálcio, ocorre liberação de acidez potencial para acidez
ativa de acordo com Bissani et al. (1997). Em comparação com o valor inicial apenas
na camada de 20-40 cm houve um aumento do pH. O aumento do pH com o uso do
gesso pode ser explicado pela substituição de OH
-
por SO
4
2-
em solos com
predomínio de cargas variáveis, como os latossolos (PAVAN, 1986).
33
= 5,05
= 5,16
4,90
4,95
5,00
5,05
5,10
5,15
5,20
5,25
5,30
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
= 5,01
4,78 + 9x10
-5
X - 2x10
-8
X
2
R
2
= 0,72*
4,7
4,8
4,9
5,0
5,1
5,2
5,3
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y Y
ˆ
pH CaCl
2
= 4,83
= 4,99
4,70
4,75
4,80
4,85
4,90
4,95
5,00
5,05
5,10
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
Figura 2. pH CaCl
2
(a,b,c) e teor de Al (d,e,f) no solo nas camadas de 0-10, 10-20 e
20-40cm de profundidade após seis e 12 meses da aplicação de doses de gesso
agrícola (pH CaCl
2
: média de dois locais e teor de Al: apenas Local 1).
0,74 - 2x10
-4
X + 3x10
-8
X
2
R
2
= 0,95**
1,00 - 2x10
-4
X + 3x10
-8
X
2
R
2
= 0,92*
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses - Local 1
12 meses - Local 1
Y
ˆ
Y
ˆ
0,93 - 2x10
-4
X + 3x10
-8
X
2
R
2
= 0,81*
1,07 - 2x10
-4
X + 4x10
-8
X
2
R
2
= 0,93**
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
1,10
1,20
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses - Local 1
12 meses - Local 1
Y
ˆ
Y
ˆ
0,64 - 2x10
-4
X + 4x10
-8
X
2
R
2
= 0,93**
0,86 - 2x10
-4
X+ 3x10
-8
X
2
R
2
= 0,82*
0,18
0,27
0,36
0,45
0,54
0,63
0,72
0,81
0,90
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses - Local 1
12 meses - Local 1
Y
ˆ
Y
ˆ
20-40cm
10
-
20cm
20
-
40cm
Al, cmol
c
dm
-
3
(a)
(d)
(c)
(f)
0
-
10cm
0
-
10cm
(b)
pH
-
Local 1
início
: 4,80
pH-Local 2
início
: 5,80
Al
-
Local1
início
: 0,20
Al
-
Loca
l 1
início
: 0,45
pH
-
Local 1
início
: 4,10
pH-Local 2
início
: 5,40
pH
-
Local 1
início
: 4,10
pH-Local 2
início
: 4,80
10
-
20cm
(e)
Al
-
Local 1
início
: 0,35
34
Em estudos realizados para avaliar o efeito do gesso na acidez do solo,
Ramos et al. (2006), Alcarde (1992), Caíres et al. (2003), Veloso et al. (1992)
também constataram que o gesso não corrige acidez do solo. Pavan et al. (1984) em
experimentos realizados com solos argilosos do Paraná também obtiveram os
mesmos resultados. No presente trabalho, constatou-se efeito quadrático de pH na
camada de 10-20 cm de profundidade com o uso do gesso, concordando com os
resultados encontrados por Raij et al. (1994), Caíres et al. (2003), em que a
utilizão de gesso em Latossolo roxo ácido proporcionou redução da acidez,
aumentando o pH. Segundo Raij et al. (1994), a adsorção de sulfato implica em
dessorção de OH
-,
se for admitida a troca de ligantes, ou adsorção de H
+
para a
formão de carga positiva e portanto redução da acidez.
No local 2 não havia Al trocável no solo e com a adição de gesso esta
condição permaneceu em todas as camadas. Desta forma, apenas os teores de Al
do local 1 foram submetidos à análise estatística. No local 2, as doses de gesso
utilizadas não influenciaram o comportamento do Al nas camadas analisadas até um
ano após a aplicação do gesso neste local.
Em comparação ao valor inicial ocorreu aumento do teor de Al trocável no
solo nas três profundidades para o local 1. O teor de Al trocável no local 1 apresenta
teores menores nas camadas de 0-10, depois 10-20 e em seguida a camada de 20-
40 cm com os teores mais altos, e com a adição de gesso agrícola tal condição não
foi alterada (Figura 2). No entanto, com a adição de gesso houve redução quadrática
do teor de Al no solo no local 1, com redução tanto no teor de Al no solo quanto na
saturação por Al (m) (Figura 3). Não obstante, os menores teores de Al obtido nas
três camadas avaliadas foi ao redor da dose de 3.000 kg ha
-1
de gesso agrícola. Tal
resultado condiz com os experimentos realizados por Blum et al., (2007) e Jesus et
al. (2007), nos quais também encontraram redução do teor de Al com a aplicação de
gesso em solos ácidos, concordando com Roth et al. (1986), Borges et al. (1997),
Chaves et al. (1988), Wadt & Wadt (1999), os quais afirmam que tal redução do Al,
proporciona maior crescimento e aprofundamento radicular principalmente na
camada subsuperficial. Tal fato melhora a exploração de volume de solo, que implica
em maior disponibilidade de água e nutrientes.
35
14,73 - 3,2x10
-3
+ 5x10
-7
X
2
R
2
= 0,77*
10,08 - 3,1x10
-3
+ 5x10
-7
X
2
R
2
= 0,90**
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses - Local 1
12 meses - Local 1
Y
ˆ
Y
ˆ
16,57 - 3,4x10
-3
+ 5x10
-7
X
2
R
2
= 0,90*
20,98 - 4,9x10
-3
+ 9x10
-7
X
2
R
2
= 0,90**
6,00
9,00
12,00
15,00
18,00
21,00
24,00
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses - Local 1
12 meses - Local 1
Y
ˆ
Y
ˆ
11,63 - 4,2x10
-3
+ 6x10
-7
X
2
R
2
= 0,90*
19,42 - 4,3x10
-3
+ 7x10
-7
X
2
R
2
= 0,94*
0,0
3,0
6,0
9,0
12,0
15,0
18,0
21,0
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses - Local 1
12 meses - Local 1
Y
ˆ
Y
ˆ
Figura 3. Saturação por alumínio no solo nas camadas de 0-10 (a), 10-20 (b) e 20-
40cm (c) de profundidade após seis e 12 meses da aplicação de doses de gesso
agrícola para o Local 1.
(a)
(b)
(c)
0
-
10cm
20
-
40cm
10
-
20cm
m
início
: 2
,65
m
início
: 5,31
m
início
: 7,40
36
O valor de Al encontrado nas três profundidades avaliadas sofreu
interferência significativa da adição das doses de gesso (Figura 2). Nas camadas
avaliadas provavelmente deve ter ocorrido adsorção química do sulfato. Wadt &
Wadt (1999, 2000), também constataram aumento de Al com doses elevadas de
gesso, Isto demonstra a necessidade de alta CTC efetiva nas camadas profundas
para que ocorra redução de alumínio trocável. E mais ainda, o efeito significativo do
gesso no acréscimo do valor de Al após a dose de 3.000 kg ha
-1
, pode ser devido a
adsorção do sulfato pelas cargas positivas da argila em condições que favorecem o
aparecimento destas cargas. Não obstante, quando há mais cargas negativas, reduz
adsorção e proporciona condições mais adequadas a precipitação do sulfato com
alumínio.
No presente trabalho observou-se redução de Al trovel e incremento de
Ca, que permitiu alteração na saturação por Al. Observa-se que ambos estão
interferindo na redução da saturação por Al, resultados também comprovados por
Pavan et al (1984) e Summer (1992), os quais verificaram aumento de Ca e redução
de Al em solos com alta saturação por Al e baixo teor de Ca. Entretanto, Caíres et
al. (2007), encontrou redução na saturação por Al
3+
tanto nas camadas superficiais
quanto nas camadas subsuperficiais, ocasionada basicamente pelo aumento de
Ca
2+
trocável, em vista do teor de Al
3+
trocável não ter sido influenciado pela
aplicação de gesso.
A análise da saturação por Al nas camadas 0-10, 10-20 e 20-40 cm no solo
aos seis e 12 meses permite constatar que a saturação por Al aumenta em
profundidade. Nas camadas superiores a saturação por Al é menor enquanto que na
camada 20-40 cm a saturação por Al é maior. Ao comparar as análises aos seis
meses e 12 meses é possível notar que aos 6 meses havia menor teor de Al que
aos 12 meses (Figura 3 e 11A).
A redução da saturação por alumínio ocorreu em todas as camadas (Figura
3), tanto aos seis quanto aos 12 meses até a dose de 3.000 kg ha
-1
, a partir da qual
houve acréscimo da saturação por alumínio. A dose de 3.000 kg ha
-1
é a mais
indicada para solos com teores entre 70 80% de argila, de acordo com a
recomendação de Souza et al. (1996). No entanto, o aumento do teor de Al e
saturação por Al (Figura 02 e 03) a partir da dose de 3.000 kg ha
-1
, reforça o fato da
ocorrência de trocas iônicas de Al
3+
por Ca
2+
, deslocando Al para a solução,
aumentando a atividade de Al. Ou seja, com doses mais altas de gesso, pode ter
37
formão de pares iônicos com K, Ca e Mg promovendo a lixiviação dessas bases
para fora do alcance das raízes e desta forma aumenta a atividade de Al e o valor de
m(%).
O uso de gesso em solos sem problemas de acidez subsuperficial, como é o
caso do local 2, pode aumentar a lixiviação de bases pela formação de pares iônicos
CaSO
4
0
, MgSO
4
0
e K
2
SO
4
0
e diminuir o seu vel de fertilidade como observado por
Pavan (1986) e Matos et al. (2007). Realmente no local 2 ocorreu lixiviação de Ca,
Mg nas três camadas e K em 10-20cm, principalmente devido a maior proporção
destes cátions na CTC efetiva. Assim sendo, segundo Pavan (1986), os efeitos do
gesso são mais pronunciados em solos com baixos teores de Ca e presença de Al
em profundidade, como ocorre com o solo do local 1.
A adição de gesso ao solo proporcionou redução do teor de H+Al nas três
profundidades em relação aos valores iniciais, entretanto, não houve efeito
significativo da adição das doses de gesso no teor de H+Al.
A avaliação do H+Al em profundidade permite constatar que há maior
concentração de acidez potencial na camada de 10-20cm tanto na avaliação aos
seis meses quanto com um ano após aplicação do gesso (Figura 4).
A adição de doses crescentes de gesso reduziu linearmente a concentração
de K do solo na profundidade de 0-10cm após um ano da aplicação e reduziu
também a concentração na profundidade de 10-20cm, após seis meses da aplicação
do gesso. Isto demonstra que o gesso agrícola arrastou K para as camadas mais
profundas do solo (Figura 5). Por outro lado, o K ficou inalterado nos experimentos
com gesso efetuados por Jesus et al. (2007).
O Mg assim como o K sofre interferência pela adição de gesso, a qual
proporcionou mobilidade do Mg para as camadas mais profundas do solo. Em
comparação aos valores de concentração de Mg antes da aplicação do gesso
(Tabela 2), observa-se uma redução acentuada do teor de Mg em todas as camadas
avaliadas (Figura 6). Resultados de decréscimo de Mg também foram encontrados
por Jesus et al. (2007) em solo distrófico. Este decréscimo da concentração de Mg
ocorreu tanto aos seis quanto aos 12 meses e nas três profundidade, com exceção
apenas da camada de 20-40cm que após seis meses da adição das doses
crescentes de gesso não influenciaram significativamente o teor de Mg. Mas, um
ano após aplicação houve redução acentuada no teor de Mg.
38
= 3,23
= 4,00
2,9
3,1
3,3
3,5
3,7
3,9
4,1
4,3
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
= 3,45
= 4,22
3,2
3,4
3,6
3,8
4,0
4,2
4,4
4,6
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
= 3,20
= 3,95
2,9
3,1
3,3
3,5
3,7
3,9
4,1
4,3
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
H+Al, cmol
c
dm
-
3
=7,14
7,53 + 2X10
-4
X R
2
= 0,76**
6,5
6,9
7,3
7,7
8,1
8,5
8,9
9,3
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y Y
ˆ
7,22 + 2x10
-4
X R
2
= 0,81**
6,13 + 3x10
-4
X - 5x10
-8
X
2
R
2
= 0,66*
5,8
6,2
6,6
7,0
7,4
7,8
8,2
8,6
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
6,54 + 2x10-4X R
2
= 0,98**
5,82 + 1x10
-4
X R
2
= 0,89**
5,7
6,0
6,3
6,6
6,9
7,2
7,5
7,8
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
CTCef, cmol
c
dm
-
3
Figura 4. H+Al (a,b,c) e CTCef (d,e,f) no solo nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-
40cm de profundidade após seis e 12 meses da aplicação de doses de gesso
agrícola na média de dois locais.
(a)
(d)
(b)
(c)
(f)
0-10cm
0-10cm
20
-
40cm
10
-
20cm
10
-
20cm
(e)
20-40cm
H+Al
início
: 4,43
H+Al
início
: 3,94
H+Al
início
: 4,01
CTCef
início
: 7,90
CTCef
início:
7,25
CTCef
início
: 6,83
39
= 0,61
0,45 -3x10
-5
X R
2
= 0,95*
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y Y
ˆ
= 0,40
= 0,28
0,25
0,28
0,31
0,34
0,37
0,40
0,43
0,46
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
8,00 + 2,37x10
-2
X R
2
= 0,93**
5,48 + 7,2x10
-3
X R
2
= 0,90**
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
= 0,33
0,56 - 2x10
-5
X R
2
= 0,56*
0,25
0,30
0,35
0,40
0,45
0,50
0,55
0,60
0,65
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y Y
ˆ
16,51 + 2,7x10
-2
X R
2
= 0,97**
12,87 + 9x10
-3
X R
2
= 0,96**
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
26,14 + 2,4x10
-2
X R
2
= 0,98**
19,45 + 1,2x10
-2
X R
2
= 0,97**
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
K, cmol
c
dm
-
3
S, mg dm
-
3
Figura 5. Teores de K (a,b,c) e S (d,e,f) no solo nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-
40cm de profundidade após seis e 12 meses da aplicação de doses de gesso
agrícola na média de dois locais.
(a)
(d)
(b)
(c)
(f)
0
-
10cm
0
-
10cm
20
-
40cm
10
-
20cm
10
-
20cm
(e)
20
-
40cm
K
início
: 0,27
K
início
: 0,35
K
início
: 0,50
S
início
: 10,35
S
início
: 14,00
S
início
: 16,82
40
5,06 + 3x10
-4
X R
2
= 0,93**
5,13 + 1x10
-4
X R
2
= 0,49*
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
7,0
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
4,85 + 3x10
-4
X R
2
= 0,95**
4,10 + 4x10
-4
X - 5x10
-8
X
2
R
2
= 0,90**
4,0
4,3
4,6
4,9
5,2
5,5
5,8
6,1
6,4
6,7
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
4,36 + 2x10
-4
X R
2
= 0,98**
3,85 + 3x10
-4
X - 2x10
-8
X
2
R
2
= 0,97*
3,5
3,8
4,1
4,4
4,7
5,0
5,3
5,6
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
1,53 - 1x10
-4
X R
2
= 0,99**
1,34 - 1x10
-4
X R
2
= 0,93**
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
1,47 - 7x10
-5
X R
2
= 0,93**
1,22 - 7x10
-5
X R
2
= 0,71**
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
1,1
1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
= 1,29
1,13 - 4x10
-5
X R
2
= 0,50**
0,80
0,87
0,94
1,01
1,08
1,15
1,22
1,29
1,36
1,43
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y Y
ˆ
Ca, cmol
c
dm
-
3
Mg, cmol
c
dm
-
3
Figura 6. Teores de Ca (a,b,c) e Mg (d,e,f) no solo nas camadas de 0-10, 10-20 e
20-40cm de profundidade após seis e 12 meses da aplicação de doses de gesso
agrícola na média de dois locais.
(a)
(d)
(e)
(b)
(c)
(f)
0
-
10cm
0
-
10cm
10
-
20cm
10
-
20cm
20
-
40cm
20
-
40cm
Ca
início
: 5,49
Ca
início
: 5,04
Ca
início
: 4,83
Mg
início
: 1,81
Mg
início
: 1,68
Mg
início
: 1,50
41
O teor de Ca trocável do solo aumentou nas três profundidades avaliadas
em relação aos valores iniciais, antes da adição do gesso. O aumento ocorreu de
forma linear tanto aos seis quanto um ano após a aplicação, mas na profundidade
de 10-20 cm apresentou efeito do gesso foi quadrático, atingindo a concentração
máxima de 4,9 cmol
c
dm
-3
com a dose de 4.000 kg ha
-1
de gesso, assim como na
profundidade de 20-40 cm apresentou efeito quadrático (Figura 6).
O gesso ao se deslocar para as camadas mais profundas arrasta cátions
como K, Ca e Mg. O K está em maior concentração nas camadas superiores do solo
como 0-10 e 10-20 cm. E justamente destas camadas é que o K é arrastado pelo
SO
4
2-
presente no gesso. Na avaliação da coleta de solo com seis meses, houve
redução de K na camada de 10-20 cm e após um ano houve redução de K na
camada de 0-10 cm, justamente nas camadas de maior concentração deste
nutriente no solo. Assim o gesso eslevando K para camadas mais profundas
melhorando a condição subsuperficial do solo (Figura 5, 9A e 10A).
A mobilidade de Ca, Mg e K verificado no trabalho foi devido a formão de
pares iônicos neutros com o SO
4
2-
, devido ao deslocamento do Al
3+
, K
+
, Mg
2+
pela
ão do Ca dissociado do gesso, resultado tamm verificado por Dias (1992).
Segundo Mesquita et al. (1997), teores mais elevados de Ca e Mg dificulta a
mobilidade de K pela aplicação de gesso agrícola. Desta forma, no trabalho nota-se
que a menor lixiviação do cátion K das camadas analisadas, pode estar relacionado
a presença de maior saturação do solo com cátions Ca e Mg. Visto que seis meses
antes da aplicação do gesso realizou-se a aplicação de calcário nos dois locais.
No presente trabalho houve efeito significativo na lixiviação de K pela
aplicação de gesso, no entanto não é tão marcante, pois na camada de 20-40 cm
não houve acúmulo do K lixiviado. Em trabalho efetuado por Moraes et al. (1998)
observou-se acúmulo de K nesta camada, mas em um solo de textura menos
argilosa.
O uso do gesso proporcionou incremento do teor de Ca no solo tanto aos
seis quanto um ano após aplicação em todas as camadas avaliadas (Figura 6). Por
outro lado, a aplicação de gesso no solo reduziu a concentração de Mg nas três
camadas analisadas tanto aos seis meses (excão 20-40 cm) quanto com um ano.
Assim constata-se que o Mg essendo lixiviado para camadas mais profundas e
quanto maior a dose de gesso mais intensa é a lixiviação. Portanto, é fundamental
42
considerar que altas doses de gesso agrícola faz com que ocorra perdas
principalmente de Mg e K no perfil do solo.
O gesso aplicado proporcionou incremento do teor de S nas três
profundidades (Figura 5). Um ano após, embora ainda haja incremento do teor de S
no solo em função das doses de gesso, este ocorreu em menor magnitude quando
comparado ao incremento ocorrido após seis meses. Estes resultados demonstram
que a solubilidade do gesso ocorreu aos seis meses após a aplicão e que a
calagem realizada seis meses antes da gessagem influenciou na mobilidade do
SO
4
2-
no perfil do solo. Na avaliação da figura 5 é possível constatar que as doses
de gesso, aos seis meses após aplicação, proporcionaram incrementos no teor de S
em profundidade, mantendo-se estes incrementos um ano após a aplicação.
A adição das doses de gesso proporcionaram aumento de Ca e S, além da
redução de Al tanto nas camadas superficiais quanto nas subsuperficiais (Figura 5, 6
e 9A). Da mesma forma, Joris et al. (2007) constataram que o uso de doses de
gesso nas culturas de milho, soja e trigo avaliado ao longo de 8 anos, aumentou o
teor de Ca
2+
trocável no perfil do solo e S-SO
4
2-
no subsolo e reduziu o teor de Al
3+
trocável. Tal aumento de Ca
2+
e S-SO
4
2-
com o uso de gesso tamm foi verificado
por Chaves et al. (1988), Roth et al. (1986), Pavan et al. (1984), Summer (1992),
Jesus et al. (2007), Caires et al. (2006) entre outros trabalhos realizados com o uso
do gesso.
De forma geral, no presente trabalho ocorreu aumento de Ca em todas as
camadas. Resultados semelhantes tamm foram encontrados por Alcarde (1988),
Caíres et al. (2007), Churka et al. (2007), Silva et al. (2006), Wadt & Wadt (1999),
Caíres et al. (2003) e Rosolem & Machado (1984), além do acréscimo de S nas três
camadas, semelhante ao obtido por Caíres et al. (2007), Caíres et al. (2003), Blum
et al. (2007) e Churka et al. (2007).
Quanto ao Mg ocorreu redução nas camadas superficiais, acarretando em
lixiviação do tion, fato este comprovado também por Alcarde (1988), Caíres et al.
(2007), Quaggio et al. (1993), Blum et al. (2007), Churka et al. (2007), Wadt & Wadt
(1999), Caíres et al. (2003) e Rosolem & Machado (1984), em experimentos com
gesso.
No caso do K, a lixiviação encontrada por Alcarde (1988), Wadt & Wadt
(1999), Silva et al. (2006) e Churka et al. (2007) foi verificada apenas na camada de
0-10 cm aos seis meses e 10-20 cm aos 12 meses. Por outro lado, Caíres et al.
43
(2007), Silva et al. (2006) e Rosolem & Machado (1984) em seus trabalhos não
encontraram alteração do K no solo.
O uso de gesso agrícola leva ao aumento de Ca no solo em todas as
camadas analisadas, em ambas as coletas de solo e, portanto, aumento na SB e
CTCefetiva (Figura 6). Este aumento ocorreu de forma linear crescente aos seis
meses em todas as profundidades. Um ano após adição do gesso verifica-se que
não ocorreu alteração significativa da soma de bases até 10 cm de profundidade,
mas influenciou o valor de soma de bases na camada de 10-20 cm de profundidade,
onde foi obtido com a dose de 3.300 kg ha
-1
o valor máximo de 6,3 cmol
c
dm
-3
. Por
outro lado, aumentou linearmente a soma de bases na profundidade de 20-40 cm
tanto aos seis quanto aos 12 meses após a aplicação (Figura 10a e 11a).
O gesso aplicado em sistema plantio direto ao arrastar para as camadas
mais profundas cátions e S, influencia a ciclagem de nutrientes no solo. O gesso
arrasta elementos das camadas superficiais, depositando nas camadas
subsuperficiais, melhorando as condições das mesmas e com isto propicia
condições favoráveis ao enraizamento das plantas a profundidades maiores onde
além de obter nutrientes, também, perfazem maior área radicular para se abastecer
de água durante o ciclo e principalmente em situações de estresse drico como
constatado por Roth et al. (1986), Borges et al. (1997), Chaves et al. (1988) e Jesus
et al. (2007).
A melhoria das condições subsuperficiais pode ser constatada com o
aumento da saturação por bases em profundidade (Figura 7 e 10A). A adição do
gesso aumentou linearmente o valor da saturação por bases apenas na
profundidade de 20-40 cm em função do aumento acentuado do teor de Ca em
profundidade isto refletiu na saturação por bases.
Com a gessagem, após seis meses ocorreu aumento linear crescente da
CTC efetiva do solo (Figura 4 e 11a), nas três camadas avaliadas, resultado tamm
constatado por Chaves et al. (1988). No entanto, um ano após aplicação houve
efeito quadrático na camada de 10-20 cm, com CTC efetiva máxima de 6,58 cmol
c
dm
-3
com a dose de 3.000 kg ha
-1
de gesso e em 20-40 cm houve incremento linear
da CTC efetiva com aumento das doses.
As doses de gesso não afetaram o valor do pH do solo (Figura 2), mas pode
ter ocorrido influência da cultura anterior no valor do pH do solo, uma vez que aos
seis meses o pH foi maior que aos 12 meses.
44
= 6,85
7,24 + 2x10
-4
X R
2
= 0,83**
6,5
6,8
7,1
7,4
7,7
8,0
8,3
8,6
8,9
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y Y
ˆ
6,89 + 2x10
-4
X R
2
= 0,85**
5,62 + 4x10
-4
X - 6x10
-8
X
2
R
2
= 0,74**
5,5
5,8
6,1
6,4
6,7
7,0
7,3
7,6
7,9
8,2
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
6,09 + 2x10
-4
X R
2
= 0,96**
5,36 + 1x10
-4
X R
2
= 0,74*
5,1
5,4
5,7
6,0
6,3
6,6
6,9
7,2
7,5
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y
ˆ
Y
ˆ
= 70,22
= 62,38
60
62
64
66
68
70
72
74
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
= 67,39
= 58,03
54
56
58
60
62
64
66
68
70
0 1000 2000 3000 4000 5000
Dose de gesso, kg ha
-1
6 meses
12 meses
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
63,95 + 1,3x10
-3
X R
2
= 0,82*
55,97 + 1x10
-3
X R
2
= 0,73*
55
57
59
61
63
65
67
69
71
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
6 meses
12 meses
SB, cmol
c
dm
-
3
V, %
Figura 7. SB (a,b,c) e V% (d,e,f) no solo nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-40cm de
profundidade após seis e 12 meses da aplicação de doses de gesso agrícola na média de
dois locais.
(a)
(d)
(b)
(c)
(f)
0
-
10cm
0
-
10cm
20
-
40cm
10
-
20cm
10
-
20cm
(e)
20
-
40cm
SB
início
: 6,60
SB
início
: 7,06
SB
início
: 7,79
V
início
: 66,11
V
início
: 63,98
V
início
: 59,58
45
Isto também se aplica aos teores de Ca, Mg, K, SB, CTC efetiva e V% os
quais possuem valores maiores aos 6 meses que os encontrados aos 12 meses,
enquanto que os teores de H+Al são menores aos 6 meses e maiores aos 12
meses. Isto pode indicar algo relacionado com a cultura instalada. Após a cultura do
trigo, o aumento do pH do solo pode estar relaciondado com a absorção preferencial
de ânions enquanto que soja ao fixar N
2
deixa de absorver N-NO
3
-
, acidificando o
solo, isto acarreta redução do pH. A diferença de pH da rizosfera entre culturas foi
observada por Maschner et al. (1983), o qual constatou que a cultura da soja
apresenta rizosfera com pH mais baixo.
Haynes (1990) comenta que o balanço cátion-ânion existente no citoplasma
proporciona acúmulo e degradação de ácidos orgânicos que são liberados pelas
raízes, além da absorção de nutrientes que pode liberar H
+
ou OH
-
. Isto interfere no
aumento ou redução do pH da rizosfera. No caso do trigo Haynes (1990) verificou
que ocorre maior liberação de ácidos orgânicos, como ácido málico, fato que
possibilita redução da acidez, pela complexação do Al.
Para que não ocorra redução acentuada dos teores de Mg e K em
profundidade (Figura 5 e 6), pode-se indicar a dose de 3.000 kg ha
-1
de gesso em
área de sistema de plantio direto em solo muito argiloso, uma vez que esta dose
proporcionou maior redução do teor de Al trocável. Tal dose também é recomendada
por Sousa & Ritchey (1996) para os solos de cerrado.
Segundo Tanaka et al. (2002), a reação do gesso ocorre rapidamente e
assim proporciona mais lixiviação de Ca, Mg e K, constatado no presente estudo
(Figura 4 e 5) e beneficia as camadas mais profundas aumentando a saturação por
bases, com maior evidência para o Ca e Mg. Entretanto, o K apresentou redução
nas camadas de 10-20 cm aos seis meses e em 0-10 cm aos 12 meses. O Ca
lixiviado, o qual proporciona aumento dos teores nas camadas é oriundo da
aplicação do gesso agrícola e calcário, já o Mg é perdido das camadas de 0-10, 10-
20 e 20-40 cm do próprio solo, fato também encontrado por Crusciol et al. (2005b).
De acordo com Vieira et al. (1997) a lixiviação é mais significativa em solos com
maiores teores de areia, ou seja, solos muito argilosos apresentam menor lixiviação
deste elemento. Bissani et al. (1997) também verificaram lixiviação de Mg, e suporta
que tal lixiviação é devido a substituição do Mg pelo Ca nas cargas negativas do
solo e que a presença do sulfato fortalece a lixiviação deste cátion.
46
É importante observar que com seis meses após a aplicação do gesso
havia ocorrido solubilização e interferência nas características químicas do solo. Tal
fato também foi constatado por Quaggio et al. (1993), em que a aplicação de gesso
acelerou a lixiviação de Ca e Mg no perfil do solo, porém com efeito pouco
duradouro. Dezoito meses após a aplicação do gesso, quase todo o Ca
2+
e SO
4
2-
aplicados foram lixiviados para profundidades maiores do que 40-60 cm, restando,
nas camadas superiores, substituição parcial de Mg por Ca. A redução de Mg nas
camadas de 0-10 e 10-20 cm de profundidade (Figura 4) com a adição de gesso
pode proporcionar eventuais deficiências deste elemento segundo trabalho de
Shainberg et al. (1989). Tal efeito pode ser verificado na cultura de trigo, na qual
houve redução nos teores foliares de Mg com o aumento das doses de gesso
(Figura 8).
Os solos ácidos, como é o caso do local 1, apresentam baixas
concentrações de bases, especialmente cálcio e magnésio (Tabela 1). Para as
plantas, a falta de cálcio, a acidez elevada e o excesso de alumínio resultam em
baixo crescimento do sistema radicular, com conseqüente exploração de pequenos
volumes de solo, levando a baixa captação de nutrientes e água, tornando as
culturas sujeitas a deficiências minerais e suscetíveis à déficits hídricos. Baseado no
presente estudo, a utilização de doses de gesso agrícola é possível oferecer
melhores condições para o crescimento de raízes nas camadas subsuperficiais,
como redução do Al
3+
tóxico, aumento de Ca trocável, aumento dos valores de SB,
V% e S-SO
4
2-
.
5.3 Produtividade, massa de 1000 grãos e concentração de Al, K, Ca, Mg e S no
tecido foliar de trigo e soja
A aplicação de doses crescentes de gesso agrícola não influenciou a massa
de 1000 grãos e produtividade das culturas de trigo e soja, com exceção apenas da
cultura do trigo para o local 1 que apresentou incremento linear crescente da
produtividade em função das doses de gesso e aumento da massa de 1000 grãos
de 37 para 42 gramas com a dose máxima de 3.100 kg de gesso (Figura 8-f). Os
resultados indicaram que a adição de gesso no local 1 contribuiu para o aumento da
produtividade do trigo e massa de 1000 grãos, enquanto que no local 2 não houve
efeito significativo (Figura 8-g).
47
1368 + 0,07X R
2
= 0,70
a
= 2123,1
= 3624,3
= 2927,4
1300
1600
1900
2200
2500
2800
3100
3400
3700
4000
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
PRODUTIVIDADE, kg ha
-1
Trigo - Local 1
Trigo - Local 2
Soja - Local 1
Soja - Local 2
Y
ˆ
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
= 19,04
13,41+ 1,9x10
-3
X - 3x10
-7
X
2
R
2
= 0,90**
13
14
15
16
17
18
19
20
21
0 1000 2000 3000 4000 5000
K, g kg
-1
Trigo
Soja
Y
ˆ
Y Y
ˆ
= 0,39
0,37 + 3x10
-5
X R
2
= 0,74**
0,34
0,37
0,40
0,43
0,46
0,49
0,52
0,55
0,58
0,61
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
Al, g kg
-1
Trigo
Soja
Y
ˆ
Y Y
ˆ
18,0 + 2x10
-3
X - 3x10
-7
X
2
R
2
= 0,96**
12,0 + 1x10
-3
X - 1x10
-7
X
2
R
2
= 0,89**
12,5 + 2x10
-3
X - 3x10
-7
X
2
R
2
= 0,77**
11,0
12,5
14,0
15,5
17,0
18,5
20,0
21,5
23,0
0 1000 2000 3000 4000 5000
S, g kg
-1
Trigo
Soja - Local 1
Soja - Local 2
Y
ˆ
Y
ˆ
Y
ˆ
37,07 + 0,0031X - 5x10
-7
X
2
R
2
= 0,67
a
= 40,89
= 95,65
= 133,79
35
45
55
65
75
85
95
105
115
125
135
145
0 1000 2000 3000 4000 5000
DOSE DE GESSO, kg ha
-1
MASSA 1000 GRÃOS,
g
Trigo - Local 1
Trigo - Local 2
Soja - Local 1
Soja - Local 2
Y
ˆ
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
Y Y
ˆ
Figura 8. Teores foliares de Ca (a), Mg (b), K (c), S (d), Al (e), massa de 100 grãos
(f) e produtividade (g) das culturas de trigo e soja em função das doses de gesso
agrícola.
40,2 - 1,1x10
-2
X + 5x10
-6
X
2
- 7x10
-10
X
3
R
2
= 0,56*
32,67 - 1,4x10
-3
X R
2
= 0,52*
34,45 + 2,5x10
-2
X R
2
= 0,65**
47,96 + 9x10
-4
*X R
2
= 0,42*
25
28
31
34
37
40
43
46
49
52
55
0 1000 2000 3000 4000 5000
Ca, g kg
-1
Trigo - Local 1
Trigo - Local 2
Soja - Local 1
Soja - Local 2
Y
ˆ
Y
ˆ
Y
ˆ
Y
ˆ
11,89 + 5x10
-4
X - 2x10
-7
X
2
R
2
= 0,67*
10,43 - 4x10
-4
X R
2
= 0,59**
8,70 + 6x10
-4
X R
2
= 0,58**
= 12,79
8,0
8,7
9,4
10,1
10,8
11,5
12,2
12,9
13,6
14,3
15,0
0 1000 2000 3000 4000 5000
Mg, g kg
-1
Trigo - Local 1
Trigo - Local 2
Soja - Local 1
Soja - Local 2
Y
ˆ
Y
ˆ
Y
ˆ
Y Y
ˆ
(a)
(d)
(c)
(e)
(f)
(g)
(b)
48
Os valores maiores de massa de 1000 grãos e produtividade de trigo e soja
para o Local 2 estão relacionados às condições químicas do solo, pois neste local
tem-se um solo sem presença de Al, com valores de SB e V% maiores, nas três
camadas avaliadas, enquanto que o solo do Local 1 apresenta Al trocável e valores
de SB e V% mais baixos (Tabela 2).
Cultivares de soja e trigo tolerantes ao Al apresentam desenvolvimento
normal em presea de elevada saturação por Al no solo, enquanto que cultivares
de trigo suscetíveis ao Al apresentam redução no desenvolvimento do sistema
radicular (Mascarenhas & Tanaka,1995). Desta forma, é possível supor que a menor
produtividade obtida no Local 1 para a cultura do trigo, classificado como
moderadamente sensível, é devido a presença de Al trocável no solo, enquanto que
o solo do Local 2 não apresenta Al. Por outro lado, para a cultura da soja, a
produtividade da cultura não sofreu impacto relacionado a presença de Al no solo. A
diferença de produtividade obtida, ocorreu devido a maior pluviosidade no Local 1
em relação ao Local 2, isto proporcionou maior produtividade no Local 1, o que
comprova que a presença de Al não interferiu no desenvolvimento desta cultura
quando a distribuição de chuva é irregular (Figura 8-g).
Segundo Haynes (1990), a cultura do trigo pode ter mecanismos de
tolerância ao Al, como complexão de Al no citoplasma por ácidos orgânicos,
armazenamento de Al no vacúolo e exsudação de quelatos ligantes, que ao
ocorrerem nas raízes, evita que o Al atinja a área foliar da planta, no entanto,
prejudica o desenvolvimento radicular, que indiretamente interfere no
desenvolvimento da planta como um todo.
O rendimento da cultura da soja não sofreu influência significativa da
aplicação de gesso (Figura 8-g). Tal fato também foi observado por Caíres et al.
(2006) e Caíres et al. (2003), mesmo havendo efeito significativo na melhoria das
características químicas do subsolo. Por outro lado, Sousa & Ritchey (1996)
encontrou efeito significativo para aumento de produtividade das culturas de trigo e
soja, e segundo o autor o aumento de produtividade foi significativo em situações de
verânicos, onde a presença de raízes profundas promovidas pela aplicão de
gesso, que melhorou o ambiente radicular e o aproveitamento da água disponível,
pois as raízes possuíam maior volume de solo para explorar tanto para absorção de
água quanto de nutrientes.
49
Para a cultura do trigo não houve efeito significativo das doses de gesso no
teor de Al no tecido foliar (Figura 8-e). Por outro lado, para a soja ocorreu aumento
do teor de Al no tecido foliar em função das doses crescentes de gesso. O aumento
de Al no tecido foliar da cultura da soja pode estar relacionado ao fato de que a
aplicação de gesso ao solo proporcionou melhores condições para que as raízes da
cultura da soja se desenvolve à maiores profundidades. E desta forma, como a
concentração do Al aumenta nas camadas subsuperficiais, as plantas absorveram
mais Al, aumentando a concentração no tecido foliar. Por outro lado, a cultura do
trigo não sofreu tal interferência, ou seja, o teor de Al no tecido foliar o sofreu
variação com o aumento das doses de gesso. Isto pode estar relacionado com o fato
de que a cultivar de trigo utilizada é classificada como moderadamente sensível e
considerando que na presença de Al em níveis tóxicos nas camadas subsuperficiais,
as raízes das plantas de trigo não se desenvolvem em profundidade devido a
absorção de Al pelas células da epiderme e córtex nas raízes do trigo, situação que
prejudica o crescimento, que o Al afeta a divisão celular (DELHAIZE et al., 1993).
Não obstante, o teor de Al no tecido foliar da cultura do trigo não foi afetado pelas
doses de gesso. Este fato pode estar relacionado a maior concentração de Al nas
raízes e menor translocação para a parte aérea.
O uso do gesso afetou o teor de K no tecido foliar da soja alcançando teor
máximo de 16 g kg
-1
com a dose de 3.167 kg ha
-1
de gesso (Figura 8-c). Para a
cultura do trigo não houve efeito significativo do uso do gesso no teor de K no tecido
foliar, após seis meses da aplicão, com teor médio de 19 g kg
-1
. Este valor es
abaixo do considerado adequado por Malavolta et al. (1997), entretanto, no solo
teores adequados de K.
O teor de S no tecido foliar, apresentou efeito significativo para doses de
gesso (Figura 8-d). Houve resposta quadrática para explicar o efeito do gesso no
teor de S nas culturas de trigo e soja. O teor ximo de S no tecido foliar do trigo é
de 21,3 g kg
-1
com adição de 3,3 t ha
-1
, a partir desta dose de gesso redução do
teor de S na cultura de trigo. A soja teve comportamento semelhante ao trigo quanto
ao teor no tecido foliar em resposta às doses de gesso. No local 2 o teor máximo de
15,8 g kg
-1
foi alcançado com adição de 3,3 t ha
-1
de gesso, mas no local 1 a
resposta ocorreu até a dose de 5 t ha
-1
. No local 1 havia menor teor de S no solo em
comparação com o Local 2 (Tabela 2), o que justifica o aumento da concentração de
S no tecido foliar para a cultura da soja neste local. O teor de S no tecido foliar da
50
soja, em ambos os locais, estava acima do teor adequado que é de 4 g kg
-1
(EMBRAPA, 2006).
Os resultados de S encontrados no tecido foliar, constituem evidências de
que a cultura da soja respondeu significativamente ao acréscimo de gesso no solo,
fato este tamm verificado por Tanaka et al. (2002). o obstante, segundo estes
autores a cultura da soja terá maiores respostas a aplicão de gesso em situações
em que a camada subsuperficial apresentar deficiência de Ca e S e toxidez de Al,
como ocorre no local 1.
Para a cultura do trigo, pelo fato de ter sido instalada logo após a aplicação do
gesso, com o aumento das doses de gesso, redução dos teores de Ca e Mg,
enquanto que o K permanece inalterado (Figura 8). Como o teor de Ca no solo no
local 2 estava alto (Tabela 2), pode ter interferido na absorção do Mg. No local 1
como o teor de Ca estava mais baixo ocorreu aumento do teor de Mg até 1000 kg
ha
-1
de gesso e decréscimo a partir desta dose.
Para a cultura da soja houve efeito linear crescente da adição das doses de
gesso nos teores de Ca, Mg do tecido foliar (Figura 8). Mas devido à competição
entre os nutrientes Ca, Mg e K observa-se aumento do teor de K até a dose de 3,2 t
ha
-1
com teor máximo de 16,4 g kg
-1
de K. No Local 2 maiores teores de Ca e Mg
no tecido foliar da cultura da soja. Isto se deve ao fato de maiores concentrações de
Ca e Mg no solo, que pode ser verificado na Tabela 02.
O aumento dos teores foliares de S e Ca nas culturas de soja e trigo
também foi verificado em trabalho realizado por Silva et al. (1997), no qual houve
tanto aumento nos teores de Ca, Mg e S quanto ganhos de produtividade com a
aplicação do gesso na cultura do algodoeiro. Por outro lado, em cultivos seguintes
com culturas de soja e trigo, Silva et al. (1997) verificaram redução nos teores
foliares de Mg.
O incremento dos teores de Ca e S encontrado no tecido foliar de soja com
o uso do gesso, também foram verificados por Quaggio et al. (1993). Caíres et al.
(2007), verificaram aumento do teor de Ca e redução de Mg na cultura da soja e
aumento do S na cultura do trigo, semelhante aos encontrados no trabalho. Não
obstante, Caíres et al. (2003) observaram que o gesso proporcionou redução no teor
de Mg
2+
no solo e no tecido foliar, visto que a lixiviação de Mg prejudicou a absorção
deste nutriente pelas plantas.
51
A produtividade da cultura da soja não sofreu interferência da utilizão das
doses de gesso (Figura 8), tal resultado também foi verificado por Joris et al. (2007),
Caíres et al. (2007), Caíres et al. (1988), Caíres et al. (1999), Caíres et al. (2003),
Caíres et al. (2006) e Quaggio et al. (1993). A ausência de resposta com o uso do
gesso também foi verificada por Joris et al. (2007) na cultura do trigo. Por outro lado,
Raij et al. (1994), observou efeito significativo na produção de soja com o uso do
gesso, assim como Caíres et al. (2007) encontrou resposta no aumento da
produtividade para a cultura do trigo.
O fato da cultura da soja não sofrer interferência significativa da adição de
gesso em sistema de plantio direto é explicado por Zambrosi et al. (2007b) a partir
de experimento realizado em sistema plantio direto com a aplicão de gesso, onde
observaram que as formas químicas de Al que mais aparecem na solução do solo,
o complexos de Al com carbono orgânico dissolvido e em menor proporção
AlSO
4
+
. Não obstante, a importância do gesso agrícola em amenizar os efeitos
fitotóxicos do Al parece ser de menor importância em solos sob SPD, devido à
intensa complexão desse cátion por constituintes da matéria orgânica. Ou seja, a
produtividade de soja não aumentou com a adição de gesso, porque o Al não chega
a causar toxicidade a cultura, por ser esta cultura mais tolerante ao alumínio, como
constado por Silva et al. (1984), em trabalho no qual comparou o aprofundamento do
sistema radicular das culturas de soja e sorgo em solo com alta saturação por Al.
52
6 CONCLUSÕES
- O uso do gesso proporcionou mobilidade de K
+
e Mg
2+
até 40 cm de
profundidade.
- Doses de gesso de 1000 a 5000 kg ha
-1
resultaram em aumento dos
teores de Ca
2+
e SO
4
2-
em profundidade até um ano após a aplicação.
- A dose de 3000 kg ha
-1
proporcionou maior redução do Al trovel e
também da saturação por Al para o Latossolo Vermelho eutroférrico de textura
argilosa.
- No solo com presença de Al trocável o uso do gesso implicou em aumento
da produtividade de trigo mas não influenciou a produtividade da soja.
53
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direto. Bragantia, Campinas, v.66, n.3, p.487-495, 2007b.
60
8 ANEXOS
61
Tabela 3A. Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na camada de 0-10cm de profundidade na coleta após
seis meses da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais
Doses gesso pH Ca Mg K Al
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1 Local 2 Média
Local 1 Local 2 Média
Local 1 Local 2 Média
---- kg ha
-1
----
------------------------------------------------------------------ cmol
c
dm
-3
----------------------------------------------------------------------
0 4,55 5,61 5,08 3,91 6,38 5,15 1,34 1,71 1,53 0,43 0,83 0,63 0,66 0,00 -
1000 4,58 5,67 5,12 4,34 6,55 5,44 1,23 1,63 1,43 0,51 0,82 0,66 0,44 0,00 -
2000 4,65 5,65 5,15 4,59 6,71 5,65 1,10 1,54 1,32 0,43 0,84 0,63 0,41 0,00 -
3000 4,91 5,66 5,28 5,03 6,84 5,94 1,08 1,45 1,27 0,49 0,69 0,59 0,31 0,00 -
4000 4,70 5,56 5,13 5,10 7,20 6,15 0,91 1,31 1,11 0,41 0,74 0,58 0,42 0,00 -
5000 4,72 5,67 5,20 6,20 7,74 6,97 0,73 1,35 1,04 0,44 0,72 0,58 0,48 0,00 -
Médias 4,69 5,64 5,16 4,86 6,90 5,88 1,06 1,50 1,28 0,45 0,77 0,61 0,45 0,00 -
Valores de F
F Blocos 1,49
ns
1,28
ns
1,08
ns
0,52
ns
0,84
ns
- -
F Local 335,81** 241,34** 125,14** 93,53**
F Gesso 1,25
ns
15,74** 15,34** 0,68
ns
6,92** - -
F Linear 0,83
ns
38,71** 41,44** 2,27
ns
7,92** - -
F Quadrático 0,46
ns
1,69
ns
0,01
ns
0,03
ns
24,11**
- -
F Cúbico 0,01
ns
1,04
ns
0,01
ns
0,92
ns
0,37
ns
- -
F Gesso * Local
0,44
ns
0,56
ns
0,54
ns
0,95
ns
-
C.V. (%) 6,4 12,67 17,54 23,74 23,773
- -
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
61
62
Tabela 4A. Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no solo na camada de 0-10cm de profundidade na
coleta após seis meses da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais
Doses gesso H+Al S V SB CTCef
Local 1
Local 2 Média
Local 1 Local 2
Média Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2 Média
---- kg ha
-1
----
--------- cmol
c
dm
-3
----------- ------------ mg dm
-3
----------
---------------- % -------------- ------------------------------- cmol
c
dm
-3
--------------------------
0 3,79 3,03 3,41 22,48 13,16
17,82 59,94 74,82 67,38 5,68 8,93 7,30 6,34 8,98 7,66
1000 3,90 2,77 3,34 44,84 15,04
29,94 60,80 76,67 68,74 6,08 8,99 7,54 6,52 9,05 7,79
2000 3,53 2,74 3,13 88,19 21,70
54,94 63,31 76,99 70,15 6,11 9,09 7,60 6,53 9,15 7,84
3000 3,03 2,88 2,96 76,21 47,54
61,88 69,32 76,00 72,66 6,60 8,98 7,79 6,91 9,04 7,98
4000 3,21 3,35 3,28 116,85
75,12
95,98 66,82 73,51 70,16 6,41 9,25 7,83 6,84 9,31 8,08
5000 3,73 2,86 3,29 185,87
99,17
142,52 66,35 78,14 72,24 7,36 9,82 8,59 7,85 9,87 8,86
Médias 3,53 2,94 3,23 89,07 45,29
67,18 64,42 76,02 70,22 6,37 9,18 7,78 7,33 9,23 8,04
Valores de F
F Blocos 1,96
ns
0,46
ns
1,79
ns
1,29
ns
1,39
ns
F Local 8,89* 14,47* 36,76** 436,30** 580,61**
F Gesso 0,45
ns
10,57** 1,00
ns
7,24** 11,01**
F Linear 0,19
ns
49,56** 2,65
ns
11,88** 13,91**
F Quadrático 1,17
ns
2,60
ns
0,33
ns
1,12
ns
2,10
ns
F Cúbico 0,02
ns
0,50
ns
0,02
ns
1,07
ns
1,15
ns
F Gesso * Local
0,84
ns
1,77
ns
0,75
ns
0,42
ns
1,39
ns
C.V. (%) 23,44 54,59 11,56 11,26 9,25
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
o significativo em nível de 5% pelo teste F.
6 2
63
Tabela 5A. Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na camada de 10-20cm de profundidade na coleta
após seis meses da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lao em dois locais
Doses gesso pH Ca Mg K Al
Local 1
Local 2
dia
Local 1
Local 2 Média
Local 1 Local 2
Média
Local 1 Local 2 Média
Local 1
Local 2 Média
---- kg ha
-1
----
--------------------------------------------------------------- cmol
c
dm
-3
------------------------------------------------------------------------
0 4,43 5,53 4,98 3,47 6,20 4,84 1,32 1,66 1,49 0,56 0,66 0,61 0,75 0,00 -
1000 4,45 5,54 4,99 4,02 6,27 5,15 1,17 1,58 1,38 0,42 0,57 0,49 0,54 0,00 -
2000 4,53 5,58 5,05 4,42 6,50 5,46 1,16 1,50 1,33 0,39 0,65 0,52 0,51 0,00 -
3000 4,58 5,53 5,06 4,67 6,62 5,65 1,17 1,49 1,33 0,43 0,58 0,51 0,46 0,00 -
4000 4,44 5,47 4,96 4,31 7,13 5,72 0,95 1,39 1,17 0,35 0,61 0,48 0,59 0,00 -
5000 4,48 5,62 5,05 5,45 7,23 6,34 0,91 1,36 1,14 0,40 0,57 0,49 0,72 0,00 -
Médias 4,48 5,54 5,01 4,39 6,66 5,52 1,11 1,50 1,30 0,42 0,61 0,52 0,60 0,00 -
Valores de F
F Blocos 1,24
ns
1,90
ns
1,10
ns
1,60
ns
1,13
ns
- -
F Local 1501** 172,87** 254,01** 44,95**
F Gesso 1,64
ns
5,97
ns
19,87** 1,62
ns
2,42
ns
- -
F Linear 0,19
ns
30,31** 19,71** 4,58* 0,01
ns
- -
F Quadrático 0,16
ns
0,10
ns
0,10
ns
1,30
ns
11,50**
- -
F Cúbico 0,47
ns
1,02
ns
0,12
ns
0,75
ns
0,11
ns
- -
F Gesso * Local
0,28
ns
1,19
ns
0,21
ns
0,82
ns
-
C.V. (%) 4,37 12,18 17,06 24,45 31,28 - -
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
6 3
64
Tabela 6A. Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no solo na camada de 10-20cm de profundidade na
coleta após seis meses da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais
Doses gesso H+Al S V SB CTCef
Local 1 Local 2
Média
Local 1
Local 2 Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1 Local 2
Média
Local 1 Local 2 Média
---- kg ha
-1
----
------- cmol
c
dm
-3
--------- ---------- mg dm
-3
----------- ---------------- % --------------
------------------------------ cmol
c
dm
-3
-----------------------------
0 4,08 2,77 3,42 23,43 13,64 18,53 56,54
75,90
66,22 5,34 8,52 6,93 6,10 8,57 7,34
1000 3,99 2,77 3,38 62,84 30,06 46,45 58,13
75,36
66,74 5,60 8,43 7,01 6,15 8,49 7,32
2000 3,85 3,09 3,47 107,22
44,62 75,92 60,69
73,73
67,21 5,97 8,65 7,31 6,48 8,70 7,59
3000 3,76 2,80 3,28 98,36 72,00 85,18 62,41
75,77
69,09 6,27 8,69 7,48 6,73 8,74 7,74
4000 3,64 3,55 3,60 137,67
95,40 116,53 60,41
72,25
66,33 5,60 9,12 7,36 6,20 9,18 7,69
5000 3,99 3,09 3,54 193,64
137,49
165,56 62,89
74,68
68,78 6,76 9,16 7,96 7,48 9,21 8,35
Médias 3,89 3,01 3,45 103,86
65,53 84,70 60,18
74,61
67,39 5,92 8,76 7,34 6,52 8,82 7,67
Valores de F
F Blocos 2,52* 0,52
ns
1,9
ns
1,84
ns
2,20*
F Local 24,01** 23,07** 127,76** 248,56** 228,61**
F Gesso 0,27
ns
28,21** 0,64
ns
2,78* 3,58*
F Linear 0,44
ns
136,28** 0,92
ns
8,62** 10,71**
F Quadrático 0,25
ns
1,60
ns
0,04
ns
0,15
ns
0,33
ns
F Cúbico 0,01
ns
2,50
ns
0,13
ns
0,34
ns
0,24
ns
F Gesso * Local 1,33
ns
0,87
ns
0,81
ns
0,81
ns
0,80
ns
C.V. (%) 19,05 42,88 8,93 11,57 9,59
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
6 4
65
Tabela 7A. Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na camada de 20-40cm de profundidade na coleta
após seis meses da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lao em dois locais
Doses gesso pH Ca Mg K Al
Local 1
Local 2 Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1 Local 2
Média
Local 1 Local 2 Média
Local 1
Local 2 Média
---- kg ha
-1
----
------------------------------------------------------------------ cmol
c
dm
-3
---------------------------------------------------------------------
0 4,25 5,53 4,89 3,11 5,57 4,34 1,19 1,44 1,31 0,32 0,48 0,40 0,90 0,00 -
1000 4,36 5,54 4,95 3,66 5,65 4,65 1,21 1,43 1,32 0,34 0,42 0,38 0,82 0,00 -
2000 4,36 5,59 4,97 3,61 5,87 4,74 1,18 1,41 1,29 0,32 0,55 0,43 0,75 0,00 -
3000 4,60 5,54 5,07 4,44 5,95 5,20 1,21 1,41 1,31 0,37 0,42 0,39 0,60 0,00 -
4000 4,49 5,54 5,01 4,43 6,33 5,38 1,21 1,36 1,29 0,35 0,43 0,39 0,68 0,00 -
5000 4,39 5,65 5,02 4,63 6,45 5,54 1,11 1,36 1,24 0,34 0,40 0,37 0,76 0,00 -
Médias 4,41 5,56 4,99 3,98 5,97 4,98 1,19 1,40 1,29 0,34 0,45 0,40 0,76 0,00 -
Valores de F
F Blocos 1,97
ns
2,46* 0,78
ns
1,19
ns
0,39
ns
- -
F Local 438,10** 215,94** 168,20** 14,03*
F Gesso 0,87
ns
7,84** 0,21
ns
0,34
ns
1,79
ns
- -
F Linear 2,05
ns
29,25** 1,07
ns
0,32
ns
2,17
ns
- -
F Quadrático 0,71
ns
0,04
ns
0,32
ns
0,45
ns
5,07* - -
F Cúbico 0,02
ns
0,13
ns
0,12
ns
0,04
ns
1,19
ns
- -
F Gesso * Local
0,81
ns
0,86
ns
0,16
ns
1,09
ns
-
C.V. (%) 5,22 12,55 14,00 29,85 25,68
- -
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
6 5
66
Tabela 8A. Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no solo na camada de 20-40cm de profundidade na
coleta após seis meses da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais
Doses gesso H+Al S V SB CTCef
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2 Média
---- kg ha
-1
----
--------- cmol
c
dm
-3
-------- --------- mg dm
-3
------------
-------------- % ---------------
---------------------------- cmol
c
dm
-3
--------------------------------
0 3,93
2,86 3,39 30,64 13,72 22,18 54,29
72,31
63,30 4,62 7,49 6,06 5,52 7,55 6,54
1000 3,82
3,18 3,50 69,65 51,31 60,48 57,84
70,74
64,29 5,21 7,50 6,35 6,03 7,55 6,79
2000 3,41
2,45 2,93 88,65 43,00 65,82 59,93
76,75
68,34 5,11 7,82 6,47 5,86 7,88 6,87
3000 3,58
2,68 3,13 117,00
88,42 102,71 62,58
75,40
68,99 6,02 7,78 6,90 6,62 7,84 7,23
4000 3,76
2,56 3,16 131,77
104,91
118,34 61,53
76,14
68,84 6,00 8,12 7,06 6,67 8,18 7,43
5000 3,58
2,59 3,09 172,79
124,71
148,75 62,72
76,55
69,64 6,09 8,21 7,15 6,84 8,27 7,56
Médias 3,68
2,72 3,20 101,75
71,01 86,38 59,81
74,65
67,23 5,51 7,82 6,67 6,26 7,88 7,07
Valores de F
F Blocos 1,45
ns
0,84
ns
1,23
ns
2,12* 2,35*
F Local 158.63**
14,93* 62,58 ** 189,82** 117,63**
F Gesso 4,98* 46,88** 6,41** 4,50* 4,71**
F Linear 1,23
ns
229,20** 6,00* 15,52** 17,96**
F Quadrático 0,43
ns
0,01
ns
0,75
ns
0,14
ns
0,01
ns
F Cúbico 0,01
ns
0,30
ns
0,01
ns
0,15
ns
0,01
ns
F Gesso * Local 0,13
ns
0,48
ns
0,22
ns
0,80
ns
0,89
ns
C.V. (%) 27,76 38,66 11,83 11,98 9,54
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
6 6
67
Tabela 9A. Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na camada de 0-10cm de profundidade na coleta
coleta após 12 meses da adão de doses de gesso agrícola aplicado à lao em dois locais
Doses gesso pH Ca Mg K Al
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2 Média
Local 1
Local 2
Média Local 1
Local 2 Média Local 1 Local 2
Média
---- kg ha
-1
----
------------------------------------------------------------------ cmol
c
dm
-3
-----------------------------------------------------------------------
0 4,54 5,47 5,01 3,64 6,07 4,85 1,19 1,58 1,39 0,26 0,63 0,44 0,83 0,00 -
1000 4,36 5,44 4,90 3,85 7,31 5,58 1,02 1,35 1,18 0,30 0,52 0,41 0,77 0,00 -
2000 4,70 5,53 5,12 4,25 6,24 5,25 0,79 1,17 0,98 0,25 0,57 0,41 0,68 0,00 -
3000 4,85 5,60 5,22 5,06 6,53 5,79 0,73 1,36 1,05 0,23 0,50 0,36 0,52 0,00 -
4000 4,63 5,47 5,05 4,64 6,62 5,63 0,69 0,99 0,84 0,21 0,48 0,34 0,60 0,00 -
5000 4,47 5,50 4,98 4,67 6,57 5,62 0,50 0,83 0,67 0,19 0,38 0,29 0,70 0,00 -
Médias 4,59 5,50 5,05 4,35 6,56 5,46 0,82 1,22 1,02 0,24 0,51 0,38 0,68 0,00 -
Valores de F
F Blocos 1,25
ns
2,39* 0,79
ns
0,65
ns
1,73
ns
- -
F Local 310,10** 62,00** 63,86** 102,30**
F Gesso 1,06
ns
1,65
ns
17,50** 3,00
ns
2,33
ns
- -
F Linear 0,24
ns
4,06* 80,91** 13,85* 4,51* - -
F Quadrático 1,85
ns
1,50
ns
0,03
ns
0,42
ns
5,01* - -
F Cúbico 1,14
ns
0,13
ns
1,32
ns
0,07
ns
1,35
ns
- -
F Gesso * Local
0,37
ns
1,66
ns
0,39
ns
1,59
ns
-
C.V. (%) 7,48 17,05 32,55 24,74 25,88 - -
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
6 7
68
Tabela 10A. Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no solo na camada de 0-10cm de profundidade na
coleta após 12 meses da adão de doses de gesso agrícola aplicado à lao em dois locais
Doses gesso H+Al S V SB CTCef
Local 1 Local 2
Média Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2 Média
Local 1 Local 2
Média Local 1
Local 2 Média
---- kg ha
-1
----
--------- cmol
c
dm
-3
-------- ---------- mg dm
-3
---------- --------------- % ----------------
---------------------------- cmol
c
dm
-3
-------------------------------
0 4,50 3,53 4,02 10,84 7,96 9,40 52,43 70,34 61,39 5,08 8,28 6,68 5,92 8,28 7,10
1000 4,50 4,05 4,27 14,51 11,71 13,11 53,26 69,19 61,22 5,17 9,19 7,18 5,94 9,19 7,57
2000 4,33 3,53 3,93 22,56 12,10 17,33 55,71 69,51 62,61 5,30 7,98 6,64 5,97 7,98 6,98
3000 3,70 3,59 3,65 25,87 13,83 19,85 61,22 70,42 65,82 6,02 8,39 7,21 6,54 8,39 7,47
4000 4,79 3,59 4,19 30,23 41,11 35,67 53,32 69,40 61,36 5,54 8,09 6,82 6,14 8,09 7,12
5000 4,22 3,70 3,96 59,37 32,62 45,99 56,04 67,76 61,90 5,36 7,78 6,57 6,06 7,78 6,92
Médias 4,34 3,67 4,00 27,23 16,85 22,04 52,54 69,40 60,97 5,41 8,28 6,85 6,10 8,29 7,19
Valores de F
F Blocos 2,70* 1,56
ns
2,53** 2,29
ns
2,29
ns
F Local 17,80**
2,04
ns
115,52** 121,31** 94,60**
F Gesso 1,26
ns
5,20* 1,20
ns
0,75
ns
0,82
ns
F Linear 0,24
ns
23,53** 0,21
ns
0,15
ns
0,27
ns
F Quadrático 0,38
ns
1,93
ns
1,87
ns
1,12
ns
0,69
ns
F Cúbico 0,31
ns
0,03
ns
0,27
ns
0,01
ns
0,03
ns
F Gesso * Local 0,56
ns
0,98
ns
0,43
ns
0,99
ns
1,11
ns
C.V. (%) 24,91 94,96 13,68 16,29 13,34
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
6 8
69
Tabela 11A. Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na camada de 10-20cm de profundidade na coleta
após 12 meses da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais
Doses gesso pH Ca Mg K Al
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média Local 1
Local 2
Média
---- kg ha
-1
---- ---------------------------------------------------------------- cmol
c
dm
-3
---------------------------------------------------------------------
0 4,25 5,36 4,81 2,96 5,28 4,12 1,00 1,47 1,23 0,20 0,49 0,34 0,99 0,00 -
1000 4,29 5,32 4,81 3,30 5,70 4,50 1,00 1,12 1,06 0,24 0,43 0,33 0,86 0,00 -
2000 4,35 5,41 4,88 3,56 5,52 4,54 0,82 1,30 1,06 0,23 0,51 0,37 0,79 0,00 -
3000 4,42 5,44 4,93 3,69 6,09 4,89 0,97 1,36 1,16 0,23 0,44 0,33 0,68 0,00 -
4000 4,41 5,33 4,87 3,93 6,17 5,05 0,77 1,08 0,92 0,21 0,43 0,32 0,80 0,00 -
5000 4,22 5,33 4,77 3,65 5,96 4,81 0,59 1,04 0,81 0,19 0,38 0,29 0,87 0,00 -
Médias 4,32 5,36 4,84 3,52 5,79 4,65 0,86 1,23 1,04 0,21 0,45 0,33 0,90 0,00 -
Valores de F
F Blocos 1,07
ns
2,95
ns
1,15
ns
0,70
ns
0,18
ns
- -
F Local 1269**
1120** 44,54**
138,57**
F Gesso 2,59
ns
16,34**
5,09* 1,30
ns
1,80
ns
- -
F Linear 0,06
ns
61,44**
18,18**
3,39
ns
2,00
ns
- -
F Quadrático 9,33* 12,20**
1,00
ns
1,83
ns
6,25* - -
F Cúbico 2,83
ns
2,68
ns
0,29
ns
0,01
ns
0,05
ns
- -
F Gesso * Local 0,24
ns
0,21
ns
0,54
ns
1,01
ns
-
C.V. (%) 5,25 13,37 30,56 25,28 22,88 - -
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
o significativo em nível de 5% pelo teste F.
6 9
70
Tabela 12A. Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no solo na camada de 10-20cm de profundidade na
coleta após 12 meses da adão de doses de gesso agrícola aplicado à lao em dois locais
Doses gesso H+Al S V SB CTCef
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
---- kg ha
-1
---- --------- cmol
c
dm
-3
-------- ----------- mg dm
-3
--------------
--------------- % ----------------
-------------------------- cmol
c
dm
-3
----------------------------
0 4,79 3,82 4,30 21,77 9,10 15,43 46,34 65,56 55,95 4,16 7,24 5,70 5,15 7,24 6,20
1000 4,62 4,27 4,45 28,21 14,69 21,45 49,61 62,85 56,23 4,54 7,25 5,90 5,40 7,25 6,33
2000 4,56 3,99 4,27 39,95 16,34 28,14 50,04 64,82 57,43 4,61 7,33 5,97 5,40 7,33 6,37
3000 4,79 4,05 4,42 49,06 20,47 34,76 50,79 66,41 58,60 4,89 7,88 6,38 5,57 7,88 6,73
4000 3,76 3,65 3,70 57,01 49,38 53,19 56,93 67,84 62,38 4,91 7,68 6,29 5,71 7,68 6,70
5000 4,56 3,82 4,19 78,11 35,94 57,03 49,34 65,89 57,62 4,43 7,38 5,91 5,30 7,38 6,34
Médias 4,51 3,93 4,22 45,68 24,32 35,00 50,51 65,56 58,03 4,59 7,46 6,02 5,42 7,46 6,45
Valores de F
F Blocos 2,47* 1,15
ns
2,84
ns
2,85* 4,23**
F Local 21,11**
16,80**
167,81**
1973**
752**
F Gesso 1,27
ns
7,02* 1,16
ns
10,93**
4,86*
F Linear 1,73
ns
33,65**
2,38
ns
15,85* 6,80*
F Quadrático 0,04
ns
0,38
ns
0,57
ns
24,17**
11,20*
F Cúbico 1,57
ns
0,22
ns
1,83
ns
6,09
ns
4,30
ns
F Gesso * Local
0,43
ns
0,90
ns
0,43
ns
0,13
ns
0,29
ns
C.V. (%) 19,72 65,32 12,95 12,86 9,2
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
7 0
71
Tabela 13A. Resumo da análise de variância para pH, Ca, Mg, K e Al no solo na camada de 20-40cm de profundidade na coleta
após 12 meses da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais
Doses gesso pH Ca Mg K Al
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média Local 1
Local 2
Média
Local 1
Local 2
Média
--- kg ha
-1
---- ------------------------------------------------------------------ cmol
c
dm
-3
--------------------------------------------------------------------
0 4,17 5,42 4,79 2,98 4,65 3,82 0,90 1,30 1,10 0,20 0,39 0,29 1,07 0,00 -
1000 4,23 5,38 4,81 2,97 5,31 4,14 0,97 1,21 1,09 0,21 0,35 0,28 0,88 0,00 -
2000 4,33 5,44 4,89 3,75 4,97 4,36 0,90 1,17 1,04 0,20 0,38 0,29 0,83 0,00 -
3000 4,37 5,39 4,88 3,63 5,25 4,44 1,02 1,28 1,15 0,22 0,43 0,32 0,72 0,00 -
4000 4,30 5,43 4,87 3,38 5,63 4,51 0,84 1,15 0,99 0,18 0,33 0,26 0,89 0,00 -
5000 4,18 5,38 4,78 3,74 5,68 4,71 0,70 1,08 0,89 0,17 0,34 0,25 1,01 0,00 -
Médias 4,26 5,41 4,83 3,41 5,25 4,33 0,89 1,20 1,04 0,20 0,37 0,28 0,90 0,00 -
Valores de F
F Blocos 1,88
ns
0,62
ns
1,14
ns
1,97
ns
1,04
ns
- -
F Local 130** 115** 123** 263**
F Gesso 0,74
ns
2,20
ns
7,68** 1,00
ns
5,20** - -
F Linear 0,05
ns
10,20*
19,20**
1,29
ns
0,55
ns
- -
F Quadrático 3,00
ns
0,40
ns
6,50
ns
1,24
ns
23,51**
- -
F Cúbico 0,41
ns
0,31
ns
3,33
ns
0,21
ns
0,01
ns
- -
F Gesso * Local 0,51
ns
1,57
ns
0,92
ns
0,26
ns
-
C.V. (%) 3,90 13,45 25,30 29,37 14,97 - -
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
7 1
72
Tabela 14A. Resumo da análise de variância para H+Al, S, V%, SB e CTCef no solo na camada de 20-40cm de profundidade na
coleta após 12 meses da adão de doses de gesso agrícola aplicado à lao em dois locais
Doses gesso H+Al S V SB CTCef
Local 1
Local 2
Média Local 1
Local 2
Média Local 1 Local 2
Média Local 1
Local 2
Média Local 1
Local 2
Média
---- kg ha
-1
---- --------- cmol
c
dm
-3
------- ------------- mg dm
-3
-----------
-------------- % --------------- -------------------------- cmol
c
dm
-3
-----------------------------
0 4,73 3,48 4,10 20,33 10,94 15,63 46,33 64,82 55,57 4,08 6,35 5,21 5,15 6,35 5,75
1000 4,79 3,53 4,16 47,78 22,41 35,10 46,43 66,21 56,32 4,16 6,86 5,51 5,03 6,86 5,95
2000 4,27 3,25 3,76 66,13 30,41 48,27 53,21 66,85 60,03 4,85 6,52 5,69 5,68 6,52 6,10
3000 4,44 4,05 4,24 73,90 31,37 52,63 52,18 63,54 57,86 4,87 6,96 5,92 5,59 6,96 6,28
4000 4,39 3,02 3,71 75,63 54,39 65,01 49,68 70,32 60,00 4,40 7,11 5,76 5,29 7,11 6,20
5000 4,16 3,25 3,70 110,51 52,45 81,48 52,26 68,98 60,62 4,61 7,09 5,85 5,62 7,09 6,36
Médias 4,46 3,42 3,94 66,23 30,49 48,36 45,49 66,77 56,13 4,50 6,82 5,66 5,39 6,83 6,11
Valores de F
F Blocos 3,91** 1,26
ns
2,36
ns
0,82
ns
0,75
ns
F Local 32,37**
20,92**
128,08**
202,08**
80,38**
F Gesso 1,81
ns
7,13* 1,51
ns
1,67
ns
1,75
ns
F Linear 3,45
ns
34,75**
5,54* 6,61* 7,31**
F Quadrático 0,25
ns
0,05
ns
0,19
ns
1,69
ns
0,52
ns
F Cúbico 0,09
ns
0,78
ns
0,12
ns
0,04
ns
0,11
ns
F Gesso * Local
0,25
ns
1,77
ns
0,53
ns
0,94
ns
1,47
ns
C.V. (%) 16,27 45,04 12,62 12,63 8,82
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
7 2
73
Tabela 15A. Resumo da análise de variância para saturação por alumínio no solo na camada de 0-10, 10-20 e 20-40cm de
profundidade na coleta após seis e 12 meses da adição de doses de gesso agrícola aplicado à lanço apenas no local 1
Doses gesso Saturação por Al
6 meses 12 meses
0-10cm
10-20cm
20-40cm
0-10cm
10-20cm
20-40cm
---------- kg ha
-1
------------
---------------------------------------------------------------------------------- % -------------------------------------------------------------------------------------
0 10,41
12,30
16,30
14,02
19,22
20,78
1000 6,75
8,78
13,60
12,96
15,93
17,50
2000 6,28
7,87
12,80
11,39
14,63
14,61
3000 4,49
6,84
9,06
7,99
12,21
12,88
4000 6,14
9,50
10,19
9,78
14,01
16,82
5000 6,11
9,62
11,11
11,55
16,42
17,97
Médias 6,70
9,15
12,18
12,28
15,40
16,76
Valores de F
F Blocos 0,19
ns
1,01
ns
0,41
ns
2,39*
0,33
ns
0,72
ns
F Gesso 6,02**
2,03
ns
2,69*
1,80
ns
1,66
ns
3,22*
F Linear 13,56**
1,33
ns
7,73*
4,68*
2,02
ns
1,00
ns
F Quadrático 13,82**
7,23*
4,06*
4,94*
5,84*
13,26**
F Cúbico 0,90
ns
0,66
ns
0,64
ns
0,50
ns
0,01
ns
0,18
ns
C.V. (%) 31,17
38,17
29,91
35,02
28,84
21,02
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
o significativo em nível de 5% pelo teste F.
7 3
74
Tabela 16A. Saturação de Ca, Mg e K em relação a CTC efetiva nas camadas de 0-
10, 10-20 e 20-40 cm na média de dois locais aos seis e doze meses após a
aplicação do gesso agrícola
Dose 6 meses 12 meses
0-10cm
Ca Mg K Ca Mg K
-----kgha
-1
----- -------------------------------------------- % --------------------------------------------
Teor inicial 69,49 22,91 6,33 69,49 22,91 6,33
0 67,23 19,97 8,22 68,31 19,58 6,20
1000 69,83 18,36 8,47 73,71 15,59 5,42
2000 72,07 16,84 8,04 75,21 14,04 5,87
3000 74,44 15,91 7,39 77,51 14,06 4,82
4000 76,11 13,74 7,18 79,07 11,80 4,78
5000 78,67 11,74 6,55 81,21 9,68 4,19
10-20cm
Ca Mg K Ca Mg K
-----kgha
-1
----- -------------------------------------------- % --------------------------------------------
Teor inicial 69,52 23,17 4,83 69,52 23,17 4,83
0 65,94 20,30 8,31 66,45 19,84 5,48
1000 70,36 18,85 6,69 71,09 16,75 5,21
2000 71,81 17,52 6,85 71,27 16,64 5,81
3000 73,00 17,18 6,59 72,66 17,24 4,90
4000 74,38 15,21 6,24 75,37 13,73 4,78
5000 75,93 13,65 5,87 75,87 12,78 4,57
20-40cm
Ca Mg K Ca Mg K
-----kgha
-1
----- -------------------------------------------- % --------------------------------------------
Teor inicial 70,72 21,96 3,95 70,72 21,96 3,95
0 66,36 20,03 6,12 66,43 19,13 5,04
1000 68,48 19,44 5,60 69,58 18,32 4,71
2000 69,00 18,78 6,26 71,48 17,05 4,75
3000 71,92 18,12 5,39 70,70 18,31 5,10
4000 72,41 17,36 5,25 72,74 15,97 4,19
5000 73,28 16,40 4,89 74,06 13,99 3,93
75
Tabela 17A. Resumo da análise de variância para produtividade, massa de 1000 grãos e Ca no tecido foliar na cultura do trigo em
função das doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais
Doses gesso Produtividade Massa de 1000 grãos Ca
Local 1 Local 2 Média Local 1 Local 2 Média Local 1 Local 2 Média
-------- kg ha
-1
--------
------------------------- kg ha
-1
------------------------ ----------------------- g ----------------------- ------------------ g kg
-1
-----------------
0 1303,73 2332,40 1818,06 36,75 41,83 39,29 38,98 33,83 36,40
1000 1416,26 2062,90 1739,06 40,00 41,50 40,75 37,81 27,56 32,69
2000 1615,86 2296,47 1956,16 42,42 40,33 41,38 29,77 33,64 31,71
3000 1579,76 2062,90 1821,33 39,67 39,50 39,58 35,98 27,50 31,74
4000 1743,26 2036,77 1890,01 42,50 41,00 41,75 38,58 27,56 33,07
5000 1609,49 1946,93 1778,21 39,67 41,17 40,42 30,02 25,54 27,78
Médias 1544,73 2123,06 1833,89 40,17 40,89 40,53 35,19 29,27 32,23
Valores de F
F Blocos 1,72
ns
0,95
ns
1,34
ns
0,42
ns
2,72
ns
1,18
ns
0,53
ns
0,26
ns
0,42
ns
F Local 42,31** 0,70
ns
18,90**
F Gesso 1,04
ns
1,02
ns
0,33
ns
1,72
ns
0,39
ns
0,55
ns
2,61* 2,96* 1,03
ns
F Linear 3,65
a
3,05
ns
0,02
ns
2,02
ns
0,25
ns
0,60
ns
2,74
ns
7,63*
F Quadrático 0,94
ns
0,01
ns
0,59
ns
3,72
a
1,11
ns
0,65
ns
0,05
ns
0,02
ns
F Cúbico 0,10
ns
0,16
ns
0,24
ns
0,14
ns
0,04
ns
1,17
ns
4,55* 0,37
ns
F Gesso * Local 1,54
ns
1,50
ns
2,70*
C.V. (%) 24,54 17,68 20,56 9,92 8,15 9,06 18,24 17,24 17,92
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F;
a
significativo em nível de 6,5% pelo teste F.
75
76
Tabela 18A. Resumo da análise de variância para os teores de Mg, K, Al e S no tecido foliar na cultura do trigo em função das
doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais
Doses gesso Mg K Al S
Local 1 Local 2 Média Local 1 Local 2 Média Local 1 Local 2 Média Local 1 Local 2 Média
------ kg ha
-1
------- ------------------------------------------------------------------------------------ g kg
-1
-----------------------------------------------------------------------------------
0 12,04 10,58 11,31 16,46 19,25 17,85 0,30 0,48 0,39 16,2 19,5 17,8
1000 12,30 9,00 10,59 17,75 19,29 18,52 0,31 0,42 0,37 19,2 20,9 20,1
2000 11,50 10,71 11,10 22,38 19,53 21,00 0,34 0,39 0,35 19,7 22,3 21,0
3000 11,83 9,00 10,42 17,58 18,56 18,12 0,29 0,54 0,42 21,2 22,9 22,0
4000 12,08 8,58 10,33 17,96 20,53 19,13 0,33 0,39 0,36 19,6 22,5 21,1
5000 9,63 8,08 8,85 18,04 20,88 19,45 0,36 0,49 0,43 19,6 22,3 21,0
Médias 11,56 9,33 10,44 18,36 19,72 19,04 0,32 0,45 0,39 19,3 21,7 20,5
Valores de F
F Blocos 0,12
ns
0,19
ns
0,16
ns
3,02* 0,96
ns
0,36
ns
F Local 57,30** 2,55
ns
41,23** 41,89**
F Gesso 4,63** 3,70** 2,41
ns
1,15
ns
0,62
ns
19,00**
F Linear 10,41** 10,89** 0,77
ns
1,14
ns
27,18**
F Quadrático 4,98* 0,36
ns
0,70
ns
1,30
ns
22,28**
F Cúbico 3,78
ns
0,13
ns
1,08
ns
0,01
ns
0,54
ns
F Gesso * Local 2,38* 1,05
ns
2,24
ns
0,51
ns
C.V. (%) 9,71 14,71 12,00 19,00 21,57 7,6
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
7 6
77
Tabela 19A. Resumo da análise de variância para produtividade, massa de 1000 grãos e Ca no tecido foliar na cultura da soja em
função das doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais
Doses gesso Produtividade Massa de 1000 grãos Ca
Local 1 Local 2 Média Local 1 Local 2 Média Local 1 Local 2 Média
-------- kg ha
-1
------- ----------------------- kg ha
-1
------------------------ ---------------------- g ----------------------- ------------------- g kg
-1
---------------
0 3740,70 2991,45 3355,08 97,42 136,16 116,8 35,63 46,50 41,06
1000 3535,35 2927,32 3231,33 95,50 133,70 114,6 35,81 47,56 41,69
2000 3568,65 3073,46 3321,06 95,00 131,70 113,4 34,94 52,94 43,94
3000 3706,78 2825,57 3266,18 97,00 135,80 116,4 46,88 52,38 49,63
4000 3537,20 2924,85 3231,02 94,17 132,60 113,4 46,38 50,96 48,66
5000 3656,83 2821,86 3239,35 94,83 132,77 113,8 44,23 50,85 47,54
Médias 3624,25 2927,42 3275,84 95,65 133,79 114,72 40,65 50,20 45,42
Valores de F
F Blocos 3,37
ns
1,01
ns
0,29
ns
1,36
ns
0,76
ns
F Local 114,81** 1134,18** 133,58**
F Gesso 0,56
ns
15,45* 14,67* 3,67
ns
2,13
ns
F Linear 0,96
ns
1,95
ns
47,49** 7,64*
F Quadrático 0,08
ns
0,24
ns
0,55
ns
7,03*
F Cúbico 0,13
ns
1,10
ns
1,22
ns
0,01
ns
F Gesso * Local 1,11
ns
0,08
ns
6,22**
C.V. (%) 7,50 4,19 9,1 6,63 7,72
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
não significativo em nível de 5% pelo teste F.
7 7
78
Tabela 20A. Resumo da análise de variância para os teores de Mg, K, Al e S no tecido foliar na cultura da soja em função das
doses de gesso agrícola aplicado à lanço em dois locais
Doses gesso Mg K Al S
Local 1 Local 2 Média Local 1 Local 2 Média Local 1 Local 2 Média Local 1 Local 2 Média
----- kg ha
-1
----- -------------------------------------------------------------------------------------- g kg
-1
-------------------------------------------------------------------------------------
0 9,13 12,96 11,04 10,13 17,38 13,75 0,39 0,42 0,40 12,2 12,9 12,5
1000 8,88 12,75 10,81 10,32 18,50 14,41 0,40 0,43 0,41 12,4 13,0 12,7
2000 8,56 13,00 10,83 13,08 19,17 16,13 0,34 0,40 0,37 14,1 14,7 14,4
3000 12,00 12,00 12,00 13,79 19,25 16,52 0,48 0,51 0,50 14,4 15,1 14,7
4000 11,54 13,17 12,35 13,71 19,42 16,56 0,50 0,49 0,49 14,3 13,9 14,1
5000 11,17 12,83 12,00 13,29 16,96 15,13 0,54 0,57 0,56 14,3 12,7 13,5
Médias 10,21 12,79 11,51 12,39 18,45 15,41 0,44 0,47 0,46 13,6 13,7 13,7
Valores de F
F Blocos 0,84
ns
0,29
ns
0,51
ns
0,78
ns
0,76
ns
3,40* 0,12
ns
0,76
ns
F Local 138,51** 102,29** 2,72
ns
0,20
ns
F Gesso 19,40** 1,01
ns
0,64
ns
2,28
ns
41,17** 16,55** 3,77* 3,92
ns
F Linear 57,25** 0,01
ns
4,91
ns
39,16** 61,21** 0,28
ns
F Quadrático 0,27
ns
0,67
ns
6,62** 4,84
ns
13,52** 14,19**
F Cúbico 1,78
ns
0,1
ns
1,00
ns
1,0
ns
1,14
ns
1,65
ns
F Gesso * Local 10,41** 1,13
ns
0,25
ns
2,54*
C.V. (%) 8,15 7,83 8,00 16,48 16,70 4,57 9,23 7,30
* e ** significativo em nível de 5% e 1%, respectivamente, pelo teste F;
ns
o significativo em nível de 5% pelo teste F.
7 8
79
0
10
20
30
40
0,2
5
0,2
7
0,2
9
0,3
1
0,3
3
0,3
5
0,3
7
0,3
9
0,4
1
0,4
3
0,4
5
K, cmol
c
dm
-3
0 kg ha-1 1000 kg ha-1 2000 kg ha-1
0
10
20
30
40
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
S, mg dm
-3
3000 kg ha-1 4000 kg ha-1 5000 kg ha-1
0
10
20
30
40
4,3 4,6 4,9 5,2 5,5 5,8 6,1 6,4 6,7 7,0
Ca, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Ca, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4
Mg, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
1 1,08 1,16 1,24 1,32 1,4 1,48 1,56 1,64
Mg, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
0,35 0,4 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7
K, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
0,25 0,27 0,29 0,31 0,33 0,35 0,37 0,39 0,41 0,43 0,45
K, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
10 30 50 70 90 110 130 150 170
S, mg dm
-3
0
10
20
30
40
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
S, mg dm
-3
Figura 9A. Teor de Ca (a,b), Mg (c,d), K (e,f) e S (g,h) no solo aos seis e 12 meses
após a aplicação das doses de gesso agrícola.
(f)
6 meses
12 meses
6 meses
6 meses
6 meses
12 meses
12 meses
12 meses
(a)
(b)
(e)
(c)
(d)
(g)
(h)
Produndidade, cm Produndidade, cm
80
0
10
20
30
40
0,2
5
0,2
7
0,2
9
0,3
1
0,3
3
0,3
5
0,3
7
0,3
9
0,4
1
0,4
3
0,4
5
K, cmol
c
dm
-3
0 kg ha-1 1000 kg ha-1 2000 kg ha-1
0
10
20
30
40
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
S, mg dm
-3
3000 kg ha-1 4000 kg ha-1 5000 kg ha-1
0
10
20
30
40
4,9 5 5,1 5,2 5,3
pH
0
10
20
30
40
4,7 4,8 4,9 5 5,1 5,2 5,3
pH
0
10
20
30
40
6 6,4 6,8 7,2 7,6 8 8,4 8,8
SB, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
5 5,4 5,8 6,2 6,6 7 7,4
SB, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66
V, %
0
10
20
30
40
0,45 0,55 0,65 0,75 0,85 0,95 1,05 1,15
Local 1 - Al, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73
V, %
0
10
20
30
40
0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90
Local 1 - Al, cmol
c
dm
-3
Figura 10A. pH (a,b), teor de Al – Local 1 (c,d), SB (e,f) e V% (g,h) no solo aos seis e
12 meses após a aplicação das doses de gesso agrícola.
6 meses
12 meses
6 meses
6 meses
6 meses
12 meses
12 meses
12 meses
Produndidade, cm Produndidade, cm
(a) (c)
(b) (d)
(e) (g)
(f) (h)
81
0
10
20
30
40
0,2
5
0,2
7
0,2
9
0,3
1
0,3
3
0,3
5
0,3
7
0,3
9
0,4
1
0,4
3
0,4
5
K, cmol
c
dm
-3
0 kg ha-1 1000 kg ha-1 2000 kg ha-1
0
10
20
30
40
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
S, mg dm
-3
3000 kg ha-1 4000 kg ha-1 5000 kg ha-1
0
10
20
30
40
2,9 3 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 3,6 3,7
H+Al, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
3,5 3,7 3,9 4,1 4,3 4,5
H+Al, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
5,7 6 6,3 6,6 6,9 7,2 7,5 7,8
CTCef, cmol
c
dm
-3
0
10
20
30
40
6,5 6,8 7,1 7,4 7,7 8 8,3 8,6 8,9 9,2
CTCef, cmol
c
dm
-3
Figura 11A. H+Al (a,b), CTCef (c,d), m (e,f)) no solo aos seis e 12 meses após a
aplicação das doses de gesso agrícola.
0
10
20
30
40
4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0
Local 1 - m, %
0
10
20
30
40
8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 22,0
Local 1 - m, %
6 meses
12 meses
6 meses
12 meses
Produndidade, cm
Produndidade, cm
(a) (c)
(b) (d)
(e)
6 meses
12 meses
(f)
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