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Universidade Federal de Goiás
Faculdade de Farmácia
ADRYANO AUGUSTTO VALLADÃO DE CARVALHO
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTINOCICEPTIVA E
ANTIINFLAMATÓRIA DA NEOLIGNANA
GRANDISINA EM MODELOS DE DOR E
INFLAMAÇÃO INDUZIDAS EM CAMUNDONGOS
Goiânia
2008
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ADRYANO AUGUSTTO VALLADÃO DE CARVALHO
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTINOCICEPTIVA E
ANTIINFLAMATÓRIA DA NEOLIGNANA
GRANDISINA EM MODELOS DE DOR E
INFLAMAÇÃO INDUZIDAS EM CAMUNDONGOS
.
Dissertação apresentada no Curso de Mestrado
em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de
Farmácia da Universidade Federal de Goiás,
como requisito parcial para a obtenção do
Título de Mestre em Ciências Farmacêuticas.
Área de concentração: Fármacos e
Medicamentos
Orientador: Prof. Dr. Luiz Carlos da Cunha
Co-Orientador: Prof. Dr. Elson Alves Costa
Goiânia
2008
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ADRYANO AUGUSTTO VALLADÃO DE CARVALHO
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTINOCICEPTIVA E
ANTIINFLAMATÓRIA DA NEOLIGNANA
GRANDISINA EM MODELOS DE DOR E
INFLAMAÇÃO INDUZIDAS EM CAMUNDONGOS
Dissertação defendia no Curso de Mestrado em Ciências Farmacêuticas,
Área de Concentração: Fármacos e Medicamentos, da Faculdade de Farmácia da
Universidade Federal de Goiás, como requisito parcial para a obtenção do tulo de
Mestre, aprovada em de março de 2008 pela Banca Examinadora constituída
pelos seguintes professores:
___________________________________________________
Prof. Dr. Elson Alves Costa – UFG
___________________________________________________
Prof Dr. Fábio
___________________________________________________
Prof. Dr. Fabiane
Aos meus amados, avô Antônio Borges
Fernandes e tio Fernando Fernandes Borges, por
todo amor, incentivo, afeto e exemplo moral que
durante todas as fases da minha vida me
serviram de amparo e apoio, e sem dúvida me
permitiram galgar mais esse grande passo.
AGRADECIMENTOS
A Deus nosso senhor pelo Dom da vida e pela sublime oportunidade de
estudar a mais perfeita manifestação de inteligência, a vida.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Luiz Carlos da Cunha, e ao meu Co-orientador,
Prof. Dr. Elson Alves Costa, pela excelente e indelével oportunidade de
aprendizado e crescimento científico, por toda confiança, respeito, amparo e
paciência investidos durante esses dois anos de trabalho.
À minha mãe, Anilda Fernandes Valadão, por ter me ensinado que o melhor
exemplo que se pode deixar às pessoas a sua volta é o amor que se tem pela
vida e pela família.
Às minhas tias, Sylla Adryanna Borges de Melo e Mônica Beatriz Valadão, por
terem sido minhas maiores incentivadoras no caminho do aprendizado, desde
os períodos mais incipientes da minha caminhada como dicente.
Ao amigo Marcus Vinícius Mariano Nascimento, por toda a ajuda técnica e
amparo durante a realização dos experimentos e pelos muitos momentos de
discussão que foram extremamente edificantes.
À amiga cia Matos, pela contribuição nos experimentos, pelas sugestões e
críticas, e principalmente por sua alegria e amizade que tornaram os
momentos de trabalho muito iluminados.
Ao amigo Geraldo Vieira Junior pela paciência, disposição e acessibilidade
para que pudesse ser realizada a técnica de placas sensíveis à atividade de
Fosfolipases e pelos momentos de aprendizado, tanto científico quanto
humanístico.
Ao amigo Enilson Dias Ferreira pela inestimável ajuda com os problemas
referentes ao meu computador, que permitiu a elaboração dessa dissertação
e pela amizade sincera e verdadeira que sempre me inspirou nos momentos
de contrariedade.
À Pablinny Moreira Galdino pelo apoio nos momentos de estudo, nos
experimentos e elaboração desta dissertação, mas principalmente por seu
carinho, alegria, companheirismo e candura que, indubitavelmente, mudaram
para sempre minha percepção de vida e meu modo de agir ante as
adversidades.
Aos colegas do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da
Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás, Rafael, Rodrigo,
Weuller, Guilherme, Hugo e Daniel que proporcionaram vários momentos de
alegria e amizade sincera.
A todos os técnicos e funcionários da UFG que nem sempre são lembrados,
mas contribuem diariamente para a manutenção das condições
idiossincráticas de cada departamento e de cada laboratório.
A todos os professores do Programa de Pós-Graduação em Ciências
Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da UFG, em especial aos
professores José Realino de Paula e Marize Campos Valadares Bozinis, que
pelo simples exemplo de profissionalismo, contribuíram indiretamente para a
realização deste trabalho.
Se pude ver mais longe, foi por ter-me apoiado em ombros de gigantes.”
Sir. Isaac Newton
RESUMO
No presente trabalho foram avaliadas as atividades antinociceptiva e
antiinflamatória da neolignana grandisina, em modelos de dor e inflamação
induzidas em camundongos. As neolignanas são dímeros oxidativos de alil fenóis e
de propenil fenóis, entre si ou cruzados, que fazem parte da composição da parede
celular vegetal e desempenham importante papel na defesa das plantas, atuando
como agentes antimicrobianos, antifúngicos e insetífugos. A grandisina está
presente em diversas espécies vegetais do norte e nordeste brasileiro usadas na
medicina popular para o tratamento de desordens como licas, inflamações,
reumatismo, dispepsias e disfunções hepáticas. Este fenilpropanóide possui
diferentes atividades farmacológicas, tais como: atividades antivirais, anti-
tripomastigota, anti-reumática, anti-neoplásica e anti-psorítica, entretanto, as
possíveis atividades analgésica e antiinflamatória dessa substância, não foram até
então, devidamente avaliadas, apesar dos indícios de tais atividades. A grandisina
demonstrou atividade analgésica pelo método das contorções abdominais induzidas
por ácido acético. Foi demonstrado que tal efeito não se deve a nenhum tipo ação
depressora e/ou sedativa do sistema nervoso, que poderia ter sido provocada pelos
tratamentos prévios com grandisina. A atividade antinociceptiva desta substância
também foi evidenciada no modelo da dor induzida pela formalina, onde os
resultados obtidos com a grandisina indicam uma atividade antinociceptiva
decorrente de um mecanismo antiinflamatório, pois este teste permite discriminar a
atividade de drogas analgésicas com diferentes mecanismos de ação. As atividades
antiinflamatórias da grandisina foram avaliadas por meio dos testes de Edema de
orelha induzido por óleo de cróton, teste de placas sensíveis à atividade da
Fosfolipase A
2
e teste da peritonite induzida por carragenina. Esses modelos
avaliam diferentes parâmetros envolvidos no processo inflamatório, o que permite
caracterizar a ação antiinflamatória da substância testada. No teste de edema de
orelha a grandisina demonstrou possuir atividade antiedematogênica. A inibição
direta da enzima fosfolipase A
2
, que possui papel capital no desenvolvimento do
processo inflamatório, foi descartada in vitro no teste das placas sensíveis a
atividade de fosfolipases. No teste da peritonite induzida por carragenina os animais
tratados com grandisina não apresentaram redução da migração de leucócitos para
o sítio da inflamação, tendo sido descartada, portanto, a possibilidade de atividade
antiinflamatória que envolva mecanismos inibitórios sobre a quiomitaxia de
leucócitos para a cavidade peritoeneal, excluindo assim uma inibição das enzimas
envolvidas na formação dos fatores quimiotáticos. Os resultados deste trabalho
indicam que a grandisina possui atividade analgésica, sendo que esta atividade é
resultado de uma ação antiinflamatória, e que possivelmente esse efeito
antiinflamatório se deve a alguma forma de inibição das atividades e/ou formação de
mediadores envolvidos com a formação do edema e da hiperalgesia inflamatória que
não interferem na quimiotaxia de leucócitos.
ABSTRACT
In the present study were evaluated the analgesic and antiinflammatory
activities of the neolignan grandisin in models of pain and inflammation induced in
mice. The neolignans are oxidative dimers of allyl phenol and propenyl phenols,
among each other or cross themselves, which are part of the composition of the plant
cell wall and play important role in the defense of the
plants, acting as antimicrobials,
antifungals and insectifuge agents. The grandisin is present in several plant species
of northern and northeastern of Brazil, used in popular medicine for the treatment of
disorders such as colic, inflammation, rheumatism, dyspepsia and liver dysfunction.
This phenylpropanoid have different pharmacological activities, such as: antiviral
activities, anti-trypomastigote, anti-rheumatic, antineoplastic and antipsoriatic,
however, the possible analgesic and antiinflammatory activities of the substance
were not hitherto, properly evaluated, despite evidence of such activities. The
grandisin demonstrated analgesic activity by the acetic acid-induced writhing test. It
has been shown that the Anti-nociceptive effect is not due to any depressant and/or
sedating action in nervous system, which could have been caused by previous
treatments with grandisin. The analgesic activity of this substance was also
evidenced in the model of formalin-induced pain, where the results obtained with
grandisin indicate analgesic activity caused by an antiinflammatory mechanism, as
this test allows to discriminate analgesics drugs with different mechanisms of action.
The antiinflammatories activities of grandisin were evaluated by the croton oil-
induced ear edema test, Sensitive and Specific Plate test to the activity of
Phospholipases and carrageenan-induced peritonitis test. These models evaluate
different parameters involved in the inflammatory process, which allows to
characterize the antiinflammatory action of the substance tested. In the croton oil-
induced ear edema test the grandisin has shown anti-edematous activity. The direct
inhibition of the phospholipase A
2
enzyme, which has main role in the development of
the inflammatory process, has been discarded in the in vitro test of plates sensitive to
fosfolipases activity. In the carrageenan-induced peritonitis test, animals treated with
grandisin not showed reduction in the migration of leukocytes to the site of
inflammation, has been discarded, therefore, the possibility of antiinflammatory
activity involving inhibitory mechanisms on the chemotaxis of leukocytes to the
peritoneal cavity, thereby excluding an inhibition of enzymes involved in the formation
of chemotactic factors. The results of this study indicate that grandisin has analgesic
activity, and this activity is the result of an antiinflammatory action, and that possibly
this antiinflammatory effect is due to some form of inhibition of the activities and/or
formation of mediators involved in the inflammatory hiperalgesia that not interfere in
the leukocyte chemotaxis.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Desenho da estrutura molecular da neolignana-(-)grandisina
.......................................................................................................26
Figura 2 Contorções abdominais induzidas pelo ácido acético (1,2 % v/v em
salina, i.p.) durante 30 minutos em camundongos previamente
tratados (60 min) pela v.o. com veículo (grupo controle; C, n = 8),
com solução de grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg n= 7-8) ou com
indometacina (INDO; 10 mg/kg, n = 6). As colunas e barras
verticais representam as médias ± EPM de 6 a 8 animais por grupo
experimental...................................................................................57
Figura 3 Reatividade à aplicação intraplantar de formalina (20 µL, 3%) na
pata posterior direita de camundongos, durante a primeira fase (0 –
5 min) do teste da formalina, previamente tratados (60 min) pela
v.o. com veículo (grupo controle, C; n = 9), com solução de
grandisina (GRA 10 mg/kg, n = 9), com morfina (MOR; 10 mg/kg
s.c., n = 6) ou com indometacina (INDO; 10 mg/kg, n = 6). As
colunas e barras verticais representam as médias ±
EPM................................................................................................59
Figura 4 Reatividade à aplicação intraplantar de formalina (20 µL, 3%) na
pata posterior direita de camundongos, durante a segunda fase (15
– 30 min) do teste da formalina, previamente tratados (60 min) pela
v.o. com veículo (grupo controle, C; n = 8),com solução de
grandisina (10 mg/kg, n = 9), com morfina (MOR; 10 mg/kg s.c., n =
6) ou com indometacina (INDO; 10 mg/kg, n = 6). As colunas e
barras verticais representam as médias ±
EPM................................................................................................60
Figura 5 Edema de orelha, em mg, induzido por óleo de cróton (2,5% v/v em
acetona) nos grupos previamente tratados pela v.o. com veículo
(C; n = 11), com solução de grandisina (GRA 1, 3 ou 10 mg/kg, n =
12, 11 e 12, respectivamente) ou com dexametasona (DEXA; 2
mg/kg, n = 5). As colunas e barras verticais representam a média ±
EPM................................................................................................62
Figura 6 Migração de leucócitos totais no modelo de peritonite induzida por
carragenina (10 mg/Kg) injetada na cavidade peritoneal de
camundongos previamente tratados pela v.o. com veículo (C; n =
10), com solução de grandisina (GRA 1, 3 ou 10 mg/kg, n = 10) ou
dexametasona (DEXA; 2 mg/kg, n = 8). As colunas e barras
verticais representam a média ± EPM...........................................63
Figura 7 Influência do tratamento com Veículo (C),
solução com de veneno
(60 µg/mL
,
n = 21), grandisina ( GRA:100, 300 ou 600 µg/mL, n =
21) ou quercetina (QCT1; 300 µg/mL ou QCT2; 600 µg/mL, n = 21)
na ação da PLA
2
presente no veneno de cobra (Crotalus durissus
collilinectus ) quanto à formação de halo em substrato lipídico. As
colunas e barras verticais representam as médias ±
EPM................................................................................................64
Figura 8 Número de quedas, na barra giratória, de camundongos
previamente tratados (60 min) pela v.o. com veículo (C, n = 10),
com solução de grandisina (GRA 1, 3 ou 10 mg/kg, n = 10) ou com
diazepam (DZP; 5 mg/kg, n = 10). As colunas e barras verticais
representam as médias ± EPM ....................................................67
Figura 9 Tempo de permanência, na barra giratória, em segundos, de
camundongos previamente tratados (60 min) pela v.o. com veículo
(C, n = 10), com solução de grandisina (GRA 1, 3 ou 10 mg/kg, n =
10) ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg, n = 10). As colunas e barras
verticais representam as médias ±
EPM................................................................................................68
Figura 10 Número de quadrados invadidos durante cinco minutos de
avaliação no teste do campo aberto de camundongos previamente
tratados (60 min) pela v.o. com veículo (Grupo Controle, C n=10)
solução de grandisina (1, 3 ou 10mg/kg, n = 10), ou com diazepam
(DZP; 5 mg/kg, n = 5). As colunas e barras verticais representam
as médias ± EPM..........................................................................69
Figura 11 Número de levantadas durante cinco minutos de avaliação no teste
do campo aberto de camundongos previamente tratados (60 min)
pela v.o. com veículo (C, n = 10), com solução de grandisina (1, 3
ou 10 mg/kg, n = 10) ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg, n = 5). As
colunas e barras verticais representam as médias ±
EPM................................................................................................70
Figura 12 Tempo de imobilidade, em segundos, no teste do campo aberto, de
camundongos previamente tratados (60 min) pela v.o. com veículo
(C, n = 10), com solução de grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg, n = 10)
ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg, n = 5). As colunas e barras
verticais representam as médias ± EPM........................................71
Figura 13 Número de bolos fecais, no teste do campo aberto, deixados por
camundongos previamente tratados (60 min) pela v.o. com veículo
(C, n = 10), com solução de grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg, n = 10)
ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg, n = 5). As colunas e barras
verticais representam as médias ± EPM........................................72
Figura 14 Tempo de recuperação do reflexo postural (duração do sono), em
minutos, no teste de potenciação do sono induzido por barbitúrico,
em camundongos previamente tratados (60 min) pela v.o. com
veículo (C, n = 10), com solução de grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg, n
= 9,10 e 10 respectivamente) ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg, n =
6). As colunas e barras verticais representam as médias ±
EPM................................................................................................73
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Contorções abdominais induzidas por ácido acético (1,2 % v/v em
salina, i.p.) durante 30 min em camundongos previamente tratados
(60 min) pela v.o. com veículo (C), com grandisina (1, 3 ou 10
mg/kg) ou com indometacina (INDO; 10 mg/kg,). As colunas e
barras verticais representam as médias ± EPM de 6 a 8 animais
por grupo experimental.)..............................................................127
Tabela 2 Reatividade à aplicação intraplantar de formalina (20 µL, 3%) na
pata posterior direita de camundongos, durante a primeira fase (0 –
5 min) (A) e segunda fase (15 30 min) (B) do teste da formalina,
previamente tratados (60 min) pela v.o. com veículo (C), com
grandisina (10 mg/kg), com morfina (MOR; 10 mg/kg s.c.) ou com
indometacina (INDO; 10 mg/kg)............................................128-129
Tabela 3 Edema de orelha, em mg, induzido por óleo de cróton (2,5% v/v em
acetona) nos grupos previamente tratados pela v.o. com veículo (
grupo controle, C), com grandisina (GRA 1, 3 ou 10 mg/kg) ou com
dexametasona (DEXA; 2 mg/kg)..................................................130
Tabela 4 Migração de leucócitos totais no modelo de peritonite induzida por
carragenina (10 mg/Kg) injetada na cavidade peritoneal de
camundongos previamente tratados pela v.o. com veículo (C), com
grandisina (GRA 1, 3 ou 10 mg/kg) ou dexametasona (DEXA; 2
mg/kg).......................................................................................131
Tabela 5 Influência do tratamento com Veículo, (C), grandisina (GRA:100,
300 ou 600 µg/mL) ou quercetina (QCT1; 300 µg/mL ou QCT2;
600 µg/mL) na ação da PLA
2
presente no veneno de cobra
(Crotalus durissus collilinectus) quanto à formação de halo (mm
2
)
em substrato lipídico....................................................................132
Tabela 6 Número de quedas (A) e tempo de permanência (B) na barra
giratória, de camundongos previamente tratados (60 min) pela v.o.
com veículo (C), com grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou com
diazepam (DZP; 5 mg/kg).....................................................133-134
Tabela 7 Número de quadrados invadidos, tempo de imobilidade (s), número
de levantadas, número de auto-limpezas e número de bolos fecais
no campo aberto 60 min. após o tratamento pela v.o. com veículo
(C) (A), com grandisina (GRA, 1 (B), 3 (C) ou 10 mg/kg (D)) ou
diazepam (DZP, 5 mg/kg) (E)...............................................135-137
Tabela 9 Tempo de recuperação do reflexo postural (duração do sono), em
minutos, no teste de potenciação do sono induzido por barbitúrico,
em camundongos previamente tratados (60 min) pela v.o. com
veículo (C), com solução de grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou
diazepam (DZP; 5 mg/kg)............................................................138
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
5-HT 5-hidroxitriptamina
5-HT
1
Receptor para 5-hidroxitriptamina tipo 1
5-HT
2
Receptor para 5-hidroxitriptamina tipo 2
5-HT
3
Receptor para 5-hidroxitriptamina tipo 3
5-HT
4
Receptor para 5-hidroxitriptamina tipo 4
5-HT
7
Receptor para 5-hidroxitriptamina tipo 7
5-LOX 5-Lipoxigenase
9-LOX 9-Lipoxigenase
12-LOX 12-Lipoxigenase
AA Ácido araquidônico
AINE(S) Antiinflamatório(s) não-esteroidal(is)
AMPc 3’5’-adenosina-monofosfato cíclico
ANOVA Análise de variância
C Controle (Veículo)
CGRP Peptídeo relacionado ao gene de calcitocina
COX Cicloxigenase
COX-1 Cicloxigenase-1
COX-2 Cicloxigenase-2
COX-3 Cicloxigenase-3
DEXA Dexametasona
DMSO Dimetil Sulfóxido
DNAc Ácido desoxirribonucléico complementar
DOP-R Receptor oipóide delta
DZP Diazepam
eNOS Óxido nítrico sintase endotelial
EPM Erro padrão da média
FNET Feixe neoespinotalâmico
FPET Feixe paleoespinotalâmico
GABA Ácido gama aminobutírico
GABA
A
Receptor para Ácido gama aminobutírico tipo A
GABA
B
Receptor para Ácido gama aminobutírico tipo B
GABA
C
Receptor Ácido gama aminobutírico C
GM-CSF Fator estimulante da formação de colônias de granulócitos e
macrófagos
GMPc Monofosfato cíclico de guanosina
GPCR Receptor acoplado a proteína G
GRA Grandisina
HETE Ácido hidroeicosatetraenóico
IB4 Isolectina B4
i.p. Via intraperitoneal
IFN-γ Interferon-γ
IL-1 Interleucina 1
IL-1α Interleucina1α
IL-1β Interleucina 1β
IL-8 Interleucina 8
INDO Indometacina
iNOS Óxido nítrico sintase indutível
IQUEGO Indústria Química do Estado de Goiás
KOP-R Receptor opióide kappa
LOX Lipoxigenase
LPS Lipopolissacarídeo
LT Leucotrieno
LTB
4
Leucotrieno B4
MAO Monoaminaoxidase
MOR Morfina
MOP-R Receptor opióide µ
NADPH Forma reduzida do fosfato de nicotinamida adenina
dinucleotídeo
NMDA N-metil-d-aspartato
NOP-R Receptor opióide para orfanina FQ/nociceptina
nNOS Óxido nítrico sintase neuronal
NO Óxido nítrico (nitric oxide)
NOS Óxido nítrico sintase
PAF Fator de agregação plaquetária
PBS Solução salina tamponada (Phosphate Buffered Saline)
PG Prostaglandina
PGD
2
Prostaglandina D
2
PGE
2
Prostaglandina E
2
PGEHS Prostaglandina Endoperoxido H Sintetase
PGF
2α
Prostaglandina F
2α
PGG
2
Prostaglandina G
2
PGH
2
Prostaglandina H
2
PGI
2
Prostaglandina I
2
pH Potencial hidrogeniônico
PL Fosfolipase
PLA
2
Fosfolipase A
2
PLC Fosfolipase C
s.c. Via subcutânea
SNC Sistema nervoso central
SP Substância P
TNF Fator de necrose tumoral
TNF-α Fator de necrose tumoral α
TRPV1 Receptor vanilóide de potencial transitório 1
TW Tween 80
TX Tromboxano A
2
UCG Universidade Católica de Goiás
UFG Universidade Federal de Goiás
UI Unidades internacionais
v.o. Via oral
v/v Volume/volume
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................... 7
ABSTRACT ............................................................................................................... 8
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. 9
LISTA DE TABELAS ................................................................................................12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ...................................................................13
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................18
1.1. Produtos Naturais Como Arsenal Terapêutico ..............................................19
1.2. Neolignanas, Lignanas e a Grandisina ...........................................................22
1.3. Farmacologia da Dor ........................................................................................27
1.4. Farmacologia do Processo Inflamatório ........................................................32
2. OBJETIVOS ..........................................................................................................43
2.1. Objetivo Geral ...................................................................................................44
2.2. Objetivos Específicos ......................................................................................44
3. MATERIAIS e REAGENTES.................................................................................46
3.1. grandisina .........................................................................................................46
3.2. Drogas e Soluções ...........................................................................................46
3.4. Reagentes .........................................................................................................46
3.5. Animais ..............................................................................................................48
4. MÉTODOS ............................................................................................................49
4.1. Métodos Farmacológicos ................................................................................50
4.1.1. Teste Geral de Atividade Farmacológica ....................................................50
4.1.2. Avaliação da Atividade Antinociceptiva ......................................................50
4.1.2.1. Contorções abdominais induzidas por ácido acético ............................50
4.1.2.2. Dor induzida pela formalina ......................................................................51
4.1.3. Avaliação da Atividade Antiinflamatória .....................................................51
4.1.3.1. Edema de orelha induzido por óleo de cróton ........................................51
4.1.3.2. Peritonite induzida por carragenina ........................................................52
4.1.3.3. Inibição de atividade da fosfolipase A
2
....................................................52
4.1.4. Atividade no sistema nervoso central .........................................................53
4.1.4.1. Teste do rota-rod ........................................................................................53
4.1.4.2. Teste do campo aberto ..............................................................................53
4.1.4.3. Potenciação do sono por barbitúrico .......................................................54
4.2. Análise Estatística ............................................................................................54
5. RESULTADOS ......................................................................................................55
5.1. Teste Geral de Atividades Farmacológicas ...................................................56
5.2. Atividade antinociceptiva ................................................................................56
5.2.1. Contorções Abdominais Induzidas Por Ácido Acético .............................56
5.2.2. Dor Induzida Pela Formalina .......................................................................58
5.3. Atividade Antiinflamatória ..............................................................................61
5.3.1. Edema de Orelha Induzido Por Óleo de Cróton ........................................61
5.3.2. Peritonite Induzida Por Carragenina ..........................................................61
5.3.3. Inibição de Atividade da Fosfolipase A
2
.....................................................61
5.4. Atividade no sistema nervoso central ...........................................................65
5.4.1. Teste do Rota-rod .........................................................................................65
5.4.2. Teste do Campo Aberto ................................................................................65
5.4.3. Potenciação do Sono Induzido Por Barbitúrico .........................................66
6. DISCUSSÃO .........................................................................................................74
7. CONCLUSÕES .....................................................................................................88
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................90
APÊNDICE A – Tabelas de dados ........................................................................126
Introdução
IntroduçãoIntrodução
Introdução
1. INTRODUÇÃO
1.1.Os Produtos Naturais como arsenal terapêutico.
Em busca de soluções que pudessem aplacar ou atenuar seus males e dores
o homem primitivo, por meio do empirismo, foi obtendo uma ampla coleção de
produtos naturais usados para fins medicinais. Esses produtos, oriundos de fontes
animais, vegetais e minerais, às vezes eram muito eficazes (BARREIRO e FRAGA,
2002). A percepção humana de que alguns destes produtos poderiam ser utilizados
para o alívio de seus males, mas não obstante, alguns destes poderiam ser muito
tóxicos, também remonta aos primórdios das civilizações humanas. Os gregos, por
exemplo, usavam a palavra pharmakon tanto para os venenos quanto para os
produtos medicinais (THOMAS, 2003).
Com o aparecimento e o desenvolvimento da prática de concatenar por
escrito os métodos e os produtos medicinais, que eram efetivamente capazes de
abrandar desordens e que possuíam algum poder curativo, foram surgindo os
primeiros compêndios de métodos curativos. Esses primeiros compêndios, como De
Matéria Medica, escrito pelo médico grego Pedanios Dioscórides no século
I
d.C.,
baseavam-se no princípio da Patologia dos humores, que era um conjunto de idéias
que apregoava que as doenças eram causadas pelo desequilíbrio dos humores
corporais. E que para tratá-las seria necessário balancear os humores, pela
remoção dos líquidos excessivos e aumento dos líquidos que estavam deficientes.
Dessa maneira, uma doença era comumente tratada com um produto medicinal, na
maioria das vezes plantas, que tivesse a propriedade de produzir efeito oposto ao da
doença (CUNHA et al., 2003; SCHULZ et al., 2004).
De Materia Medica continha cerca de 600 produtos descritos de origem
animal, vegetal e mineral, com as indicações sobre o uso terapêutico de cada
produto. Este tratado, escrito por Dioscórides após intensa compilação de
informações sobre plantas medicinais na Península Ibérica, no Norte da África e na
Síria, representa um marco histórico no conhecimento de vários produtos
medicinais, que posteriormente proporcionaram a produção de muitos fármacos
ainda hoje usados, e serviu como guia de ensino nas escolas médicas até o final da
idade média (CUNHA et al., 2003).
19
Durante a Idade Média, houve na Europa uma estagnação quanto ao uso e
descoberta de novas fontes de produtos terapêuticos. Principalmente, devido ao
conjunto de idéias místicas e ao charlatanismo associados à medicina deste
período, que veio a término com o Renascimento (CUNHA et al., 2003).
Monografias feitas durante a Renascença que versavam sobre plantas medicinais
continham informações detalhadas a respeito do uso destas na terapêutica. Estas
informações incluíam ilustração da planta medicinal, nome e sinônimos, ação e
indicações para o uso, além de uma descrição detalhada das várias preparações
que podiam ser feitas com a planta medicinal (SCHULZ et al., 2004). Durante vários
séculos a prática médica foi essencialmente baseada na utilização de plantas
medicinais como método terapêutico para o tratamento de doenças. Somente a
partir de 1800, quando a medicina entrou na chamada era científica, é que o
tratamento de doenças a partir de plantas medicinais passou a ser adotado como
modalidade terapêutica alternativa (SCHULZ et al., 2004).
Portanto, a partir de uma perspectiva histórica, a produção de medicamentos
e o tratamento farmacológico de doenças começaram com o uso de plantas
medicinais (SCHULZ et al., 2004). Apesar de existirem diversas estratégias
modernas disponíveis para a produção de fármacos, tais como, planejamento
racional, modificação molecular, triagem empírica e latenciação; a extração de
fontes naturais ainda contribui sobremaneira para a descoberta de compostos que
possuem atividade farmacológica e introdução de novos rmacos no mercado
(SILVA, 2004).
Atualmente a pesquisa por novas substâncias com atividade farmacológica
abrange diferentes organismos, resultando na identificação de diversos produtos
naturais com importantes propriedades farmacológicas, extraídos de diferentes tipos
de organismos. A partir de fungos, por exemplo, foram extraídas substâncias como a
avermectina, um macrodo com potente ação anti-helmíntica (BABU, 1988); agentes
anti-neoplásicos com diferentes mecanismos de ação; como a daunorubicina,
doxorubicina e bleomicina A
2
(HECHT, 1995); alcalóides e antibióticos β-lactâmicos,
entre outros. Produtos naturais de origem marinha também apresentam importantes
propriedades farmacológicas e fontes promissoras de novos agentes terapêuticos
(MANN et al., 1995). Diferentes classes químicas de produtos naturais com
20
diferentes atividades terapêuticas, tais como, antibióticos, antineoplásicos
(briostatina, lufarolido), agentes anti-ulcerogênicos (prostaglandinas), analgésicos
(Ziconotide), antiinflamatórios (manoalido e espongidina D) e antivirais (azidovudina,
antoptilido-C), foram isoladas de organismos marinhos como algas, celenterados,
moluscos, equinodermos, esponjas e corais (BARREIRO e FRAGA, 2002).
Entretanto, os vegetais ainda são a principal fonte natural de fármacos e
substâncias com atividade farmacológica (HYLANDS e NISBET, 1991), fornecendo
princípios biologicamente ativos ou passíveis de modificações e otimizações
estruturais, que possibilitaram o isolamento de várias drogas usadas
comercialmente como a morfina (Papaver somniferum), a digoxina (Digitalis sp.), o
taxol (Taxus brevifolia), o quinino (casca da Chinchona sp.), a vincristina e a
vinblastina (Catharanthus roseus), dentre outras (RATES, 2001).
Atualmente cerca de 25% dos medicamentos prescritos no mundo são
obtidos direta ou indiretamente de plantas e por volta de 49% dos fármacos
desenvolvidos entre 1981 a 2002 foram obtidos a partir de produtos naturais, ou
análogos semi-sintéticos ou ainda compostos sintéticos baseados em produtos
naturais (KOEHN e CARTER, 2005).
Os vegetais oferecem ampla diversidade de padrões estruturais moleculares,
demonstrada por diferentes classes de produtos naturais como flavonóides,
isoflavonóides, lignanas, neolignanas, glicosídeos, cumarinas, xantinas, cromonas,
isocromonas, terpenóides, alcalóides, quinonas, entre outras. Esta diversidade
incomensurável representa uma fonte inesgotável de modelos de arquitetura
molecular para o desenvolvimento de novas substâncias com propriedades
farmacológicas (BARREIRO e FRAGA, 2002).
O isolamento dos metabólitos responsáveis, em parte ou plenamente, pelas
atividades farmacológicas observadas nas plantas medicinais com espectro
terapêutico, compreende ampla série de estudos fitoquímicos complementares e
seqüenciais. Estes estudos se iniciam pela escolha do material vegetal a ser
estudado (órgão a ser utilizado, época e horio da coleta do material, etc.). A etapa
seguinte consiste na preparação do material vegetal, e deve-se atentar as condições
ideais de preservação dos metabólitos existentes, escolhendo-se o solvente para a
21
extração tendo em vista às propriedades do produto a ser extraído. As etapas
seguintes: fracionamento, isolamento e purificação de substâncias possibilitam a
elucidação estrutural dos compostos isolados, assim como a avaliação da existência
ou não de atividade biológica (SIMÕES et al., 2004).
1.2.Neolignas, Lignanas e a grandisina.
Lignanas e neolignanas são dímeros fenilpropanoídicos formados pelo
acoplamento oxidativo das cadeias laterais de dois álcoois cinamílicos, ou dois
ácidos cinâmicos, ou ainda pelo acoplamento de um álcool cinamilico e um ácido
cinâmico. Estes compostos fenilpropanoídicos constituem os principais monômeros
presentes nas ligninas, apresentando, portanto, importância na estruturação da
parede celular secundária dos vegetais e conferindo a esta rigidez e sustentação
(ROBBERS et al., 1997, DEWICK, 2002). São encontradas formando de 15 a 35%
da matéria seca dos troncos de gminospermas e angiospermas arbóreas, além de
serem constituintes da parede secundária de tecidos como folhas, raízes e feixes
lenhosos de todas as plantas vasculares (ROBBERS et al., 1997, SIMÕES, et al.,
2004).
O termo lignana foi cunhado por Haworth em 1942 para definir as substâncias
formadas por dois resíduos n-propilbenzênicos, cujo carbono gama (C-9) apresenta-
se oxigenado, como o pinoresinol e o álcool di-hidrodiconiferílico. Este termo se
adequava bem às poucas substâncias descritas até então. Com o crescente
aumento na elucidação de estruturas de metabólitos secundários foram identificados
dímeros oxidativos de alil fenóis e propenil fenóis, cruzados ou entre si, que não
apresentam o carbono gama oxigenado e a definição criada por Haworth tornou-se
limitada. Isto levou a criação por Gottlieb, em 1978, do grupo das neolignanas.
Atualmente mais de 450 lignanas e neolignanas, com mais de quarenta tipos
diferentes de esqueletos carbônicos, são descritas na literatura. Entre os diferentes
tipos de estruturas carbônicas que formam as lignanas e neolignanas podem ser
encontradas tetraidrofuranas, diarilbutanolídeo, dibenzocicloctanos, benzodioxanos,
furofuranos, ariloxiarilpropanos, dentre outros, que podem ser encontrados também
conjugados com moléculas de carboidratos, ampliando a número de estruturas
possíveis dentro do grupo das lignanas e neolignas (AYRES e LOIKE, 1990;
DEWICK, 2002; SIMÕES et al., 2004).
22
A biossíntese de lignóides (lignanas, neolignanas e substâncias similares que
também compõem as ligninas como alolignanas, norlignanas, heterolignóides e
oligolignóides) inicia-se pela via redutora da fenilalanina ou tirosina, que envolve a
formação de ácidos cinâmicos, aldeídos cinâmicos e álcoois cinamílicos. A posterior
ação de várias enzimas, que atuam em associação com o NADP, sobre estas
substâncias resulta na formação alil e propeni fenóis, que juntamente com os ácidos
cinâmicos e álcoois cinamílicos são os monômeros básicos que constituem os
lignóides. Estes compostos caracterizam-se pela presença de um esqueleto
carbônico formado por grupo fenilpropânico do tipo (C
6
-C
3
)n, sendo que n se
restringe as poucas unidades fenilpropanoídicas (BIRCH, 1963; AYRES e LOIKE,
1990; DEWICK, 2002; SIMÕES et al., 2004).
Estas substâncias, quase sempre, encontram-se enantiomericamente puras
devido à estereoespecificidade da ligação formada entre os grupamentos
fenilpropanoídicos, que podem apresentar substanciais variações nos níveis de
oxidação, no grau de substituições e nos tipos de ciclização. Gerando assim
diferentes substâncias que são encontradas, predominantemente, em arbustos e se
acumulam em madeiras em resposta a ferimentos mecânicos ou ao ataque de
microorganismos. Os lignóides desempenham, portanto, importante papel na defesa
das plantas, atuando como agentes antimicrobianos, antifúngicos e insetífugos, e
têm a sua produção aumentada em resposta a ferimentos mecânicos e a infecções
microbianas (DEWICK, 2002; SIMÕES et al., 2004).
Investigações concernentes às atividades farmacológicas das lignanas e
neolignanas demonstram diferentes propriedades biológicas deste grupo de
substâncias. A neolignana magnoshinina, por exemplo, apresenta propriedade
antiinflamatória, a podofilotoxina possui atividade antineoplásica, enquanto as
esquizantinas apresentam propriedades anti-hepatotóxica e regeneradora do
parênquima hepático e o honoquinol é um potente relaxante muscular (MACRAE e
TOWERS, 1984; AYRES e LOIKE, 1990; SIMÔES et al, 2004).
O uso de plantas ricas em lignanas e neolignanas na medicina popular data
de 1000 anos atrás, com exemplos na medicina tradicional chinesa, japonesa e dos
índios norte-americanos. O uso destas plantas ricas em lignóides inclui preparações
catárticas e analgésicas, poções usadas no tratamento de acidentes com ofídeos,
23
produção de extratos usados na artrite reumatóide, no tratamento de tumores,
úlceras gástricas e duodenais. O isolamento e avaliação farmacológica de várias
lignanas e neolignanas presentes nestas plantas demonstrou que muitos dos efeitos
terapêuticos citados eram decorrentes das atividades farmacológicas das lignanas e
neolignanas (AYRES e LOIKE, 1990). Tsukamoto et al. (1984) demonstraram que as
neolignanas extraídas da planta Olea europea eram responsáveis por suas ações
antipirética e antireumática.
O uso extensivo de lignanas na medicina tradicional, fez desta classe de
Produtos Naturais um importante alvo para estudo do desenvolvimento de novos
agentes terapêuticos (GORDALIZA et al., 2004; SALEEM et al., 2005). As lignanas e
neolignanas possuem pronunciada atividade antioxidante, fato que pode explicar,
em parte, uma série de benefícios terapêuticos do uso destas substâncias, como a
diminuição do risco de doenças cardiovasculares e de certos tipos de câncer em
dietas ricas em lariciresinol e pinoresinol (AUGER e GERAIN, 2004) e outras
aplicações, como o uso da neolignana ácido nor-hidroguaiarético que é amplamente
utilizado como antioxidante de produtos alimentícios (SIMÔES et al, 2004). As
atividades antioxidante deste grupo de substâncias também as tornam promissores
alvos na pesquisa por agentes terapêuticos contra os diferentes tipos de câncer
(AYRES e LOIKE, 1990).
Estudos com este grupo de substâncias mostraram que alguns lignóides são
capazes de inibir a transcriptase reversa e conseqüentemente a atividade do vírus
HIV (EICH, et al., 1996; LEE, et al. 1997; HARA, et. al. 1997). Outras importantes
propriedades biológicas destas substâncias foram identificadas, tais como: as
atividades antifúngicas (ZACCHINO, et. al. 1997), anti-reumática (RANTAPPA-
DAHLQUVIST, et. al. 1994; LERNDAL e SVENSSON, 2000), anti-psorítica,
antimalárica (LOPES et al., 1999), anti-leishmania (BARATA e SANTOS, 2000) e
contra a forma tripomastigota do Trypanossoma cruzi (LOPES, et. al. 1998).
Atualmente as lignanas e neolignanas são amplamente pesquisadas. Em
adição à identificação de propriedadades farmacológicas das lignanas de ocorrência
natural, os estudos com este grupo de substâncias possibilitaram a obtenção de
derivados semi-sintéticos que possuem melhor perfil para fins terapêuticos
comparativamente às substâncias usadas como protótipos, como o etoposídeo e o
24
tenoposídeo derivados da podofilotoxina, que possuem principalmente, efeitos
tóxicos reduzidos sobre o sistema gastrointestinal em relação a molécula original.
A grandisina utilizada nos experimentos foi extraída e purificada a partir da
espécie Virola surinamensis, conhecida popularmente como ucuúba branca ou
ucuúba de igapó. A resina extraída da casca desta planta de porte arbóreo é
utilizada na medicina popular no tratamento de erisipela, o chá de suas folhas é
usado no tratamento de cólicas, reumatismo e dispepsias (Lopes et. al., 1996). Os
componentes voláteis presentes no óleo essencial extraído de suas folhas são
utilizados por índios da tribo Waiãpi (situada no oeste da Amazônia, no estado do
Amapá), no tratamento da malária (LOPES et. al 1999). As neolignanas virolina e
surinamensina, extraídas de suas folhas apresentam ação contra a penetração de
cercarias de Schistosoma mansoni (LOPES et. al., 1996), sendo que a
surinamensina também apresenta atividade contra a forma promastigota de
Leishmania donovani (BARATA et. al., 2000). Veraguensina e grandisina extraídas
de seus brotos apresentam potente ação contra a forma tripomastigota de
Trypanossoma cruzi (LOPES et. al., 1998).
A grandisina, uma neolignana formada por um esqueleto carbônico do tipo α,
α’/β,β’-diaril-dimetiltetraidrofurano, foi isolada pela primeira vez a partir da espécie
Litsea grandis (Lauracaea) em 1974 por Holloway e Scheinmann. Tendo em vista
sua presença em diversas plantas usadas na medicina popular do norte e nordeste
brasileiro esta substância atualmente é objeto de várias linhas de pesquisa. Lopes et
al. (1998), por exemplo, demonstraram que a grandisina possui o potencial de
previnir a transmissão do Trypanossoma cruzi em camundongos. Posteriormente
ficou demonstrado que esta substância atua sobre a forma tripomastigota desse
parasita, com atividade quarenta vezes mais ativa que o cristal de violeta
(250µg/mL).
A grandisina, assim como outras neolignanas, também possui atividade anti-
leishmanial em camundongos, atuando na forma promastigota do Leishmania
donovani (BARATA e SANTOS, 2000) Estudos mais recentes têm explorado as
atividades antioxidantes e o potencial anti-tumoral desta substância, que demonstrou
ser capaz de promover a redução da formação de tumores em camundongos
(AYRES et al., 1990; CASSIDY e FAUGHNAN, 2000) e tamm capacidade de
25
prevenir a fragmentação cromossômica induzida pela ciclofosfamida em testes de
micronúcleo (OLIVEIRA JÚNIOR et al., 2007). Esta substância também apresenta
atividade larvicida contra diferentes espécies de dipteros. Cabral et al.(2007)
demonstraram que a grandisina é eficaz no combate a larva da mosca varejeira.
Uma molécula derivada da grandisina, testada por pesquisadores da fundação
Osvaldo Cruz em fevereiro de 2008, demonstrou 100% de eficácia na eliminação
das formas larvais do mosquito Aeds aegypti, transmissor da dengue (FUNDAÇÃO
FIOCRUZ, 2008).
O uso na medicina popular do chá das folhas de Virola surinamensis, que
apresenta cerca de 3 a 5% de grandisina nesse tecido (LOPES et al., 1996), no
tratamento de doenças que apresentam caráter inflamatório como a artrite
reumatóide, a confirmação de atividade antiinflamatória em estudos com outras
neolignans e a caracterização de diferentes atividades farmacológicas desta
substância foram os principais fatores que consubstanciaram a proposta de avaliar
as atividades analgésica e antiinflamatória da grandisina, até então sem relatos na
literatura.
Figura 1- Estrutura molecular da neolignana – (-) grandisina
26
1.3. Farmacologia da Dor
A dor é o mecanismo de controle pelo qual o organismo é avisado sobre a
ocorrência de estímulos lesivos provenientes do meio externo ou interno,
proporcionando ao indivíduo um limite de demarcação sobre a segurança do
ambiente e as condições do meio interno (BASBAUM e JESSEL, 2000). Deficiências
congênitas nos mecanismos fisiológicos de percepção e resposta à dor ilustram a
importância dessa modalidade de sensação para a manutenção da homeostase.
Nos portadores das diferentes formas de analgesia congênita ferimentos cotidianos
normalmente se intensificam causando-lhes sangramentos e infecções, enquanto
fraturas e ferimentos mais contundentes são agravados pela ausência da resposta
comportamental à dor, ocasionando diversas escaras e deformidades. Por isso a
maioria dos indivíduos portadores de analgesia congênita não ultrapassa o período
da infância (MOGIL e BASBAUM, 2000). Portanto, é possível definir a dor como um
mecanismo de resposta que alerta os indivíduos para a ocorrência de alterações na
integridade e na funcionalidade do organismo, permitindo que mecanismos de
defesa ou de fuga sejam adotados (JONES et al., 1999)
A Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP) conceitua a dor como
“experiência sensitiva e emocional desagradável, associada a dano real ou potencial
dos tecidos, ou descrita em termos de tais lesões”, sendo uma experiência subjetiva
e multidimensional que envolve aspectos sensitivos, etários, sexuais, psíquicos e
culturais extremamente individuais (TEIXEIRA e YENG, 2005). A sensação álgica
não envolve somente a transdução da informação gerada pelo estímulo nocivo, mas
também o processamento cognitivo e emocional pelo cérebro (JULIUS e BASBAUM,
2001). Moore e Brødsgaard (1999), por exemplo, observaram que a resposta à dor
se manifesta em diferentes padrões comportamentais em latinos, caucasianos e
afro-americanos, quando estes foram submetidos a estímulos mecânicos
padronizados de diferentes gradações. Neste trabalho os afro-americanos
demonstraram resposta vocalizada ao estímulo algogênico somente nos padrões
mais elevados de estimulação, enquanto os latinos sempre manifestavam resposta
motora associada à vocalização da dor.
Apesar da percepção à dor ser um importante aspecto da manutenção das
condições homeostáticas, frequentemente ela se torna crônica e debilitante, em
27
substituição à sua atuação como um sistema de aviso, comprometendo
marcadamente a qualidade de vida, causando insônia, irritabilidade, indisposição,
inapetência e incapacitação transitória ou permanente. Estes inconvenientes geram
milhões em prejuízos anuais com compensações trabalhistas e litígios envolvendo
doentes com dor crônica (TEIXEIRA e YENG, 2005). Justificando, portanto, os
investimentos e o interesse da Indústria Farmacêutica no desenvolvimento de novos
compostos com atividade analgésica capazes de exercer essa ação com menores
efeitos colaterais e, se possível, por mecanismos de ação inovadores (MACHADO,
2007).
A dor pode ser classificada como neurogênica, nociceptiva, neuropática ou
psicogênica, quando associada à lesão do tecido neuronal na periferia ou em nível
central, estimulação excessiva dos nociceptores, disfunção/dano de um ou mais
nervos, e a fatores psicológicos, respectivamente (MILLAN, 1999).
Woolf e Salter
(2000) propuseram classificar a dor quanto à qualidade do evento algogênico, sendo
a dor proveniente da ativação direta dos nociceptores denominada de dor fisiológica,
enquanto a dor provocada por lesões de células do sistema nervoso central
chamada de dor neuropática, e inflamatória a dor provocada por danos teciduais.
De forma geral, quanto ao tipo de sensação produzida e aos mecanismos
celulares envolvidos, a dor pode ser classificada em duas modalidades: a dor aguda
ou dor neurogênica, também chamada de dor rápida, dor em agulhada ou dor em
pontada; e a dor crônica ou dor inflamatória, às vezes chamada de dor lenta, em
queimação ou latejante (PURVES et al., 1996; BASBAUM e JESSEL,
2000; LENT,
2005; GUYTON e HALL, 2005).
A dor aguda que está associada com lesões teciduais e ativação dos
nociceptores (podendo desaparecer até mesmo antes da cura do dano tecidual)
(CARR e GOUDAS, 1999; PARK e VASKO, 2005) é transmitida até o SNC,
principalmente, por fibras pouco mielinizadas de diâmetro intermediário (2 6 µm)
do tipo Aδ. Estas fibras que possuem moderada velocidade de condução do impulso
(12 30 m/s) terminam na lâmina marginal das pontas dorsais da substância
cinzenta medular, ponto onde excitam neurônios de segunda ordem que emitem
longas fibras que se dirigem ao encéfalo através do feixe neoespinotalâmico (FNET).
A maioria das fibras do FNET termina nos núcleos anteriores e posteriores do
28
complexo ventro-basal do tálamo, porém algumas terminam na formação reticular. A
partir dessas áreas os sinais são transmitidos para outras regiões basais do encéfalo
e para o córtex sensorial somático, onde a informação é processada. (CARR e
GOUDAS, 1999; MILLAN, 1999; ALMEIDA et al., 2004; DJOUHRI e LAWSON, 2004;
LENT, 2005; GUYTON e HALL, 2005).
A dor crônica caracteriza-se por alterações adaptativas que promovem a
persistência da nocicepção, que podem se perpetuar por meses ou anos
(IADAROLA e CAUDLE, 1997; BESSON, 1999). Nesse tipo de dor os receptores
estimulados são receptores polimodais, associados, em sua maioria, às fibras
nervosas do tipo C, que são fibras amielínicas de pequeno diâmetro (0,4 – 1,2 µm) e
baixas velocidades de condução do estímulo (0,5 2 m/s), que formam o feixe
paleoespinotalâmico (FPET). Os sinais conduzidos pelo FPET terminam
principalmente nos núcleos reticulares do bulbo, ponte e mesencéfalo; na área tectal
do mesencéfalo e na área cinzenta periaquedutal. A partir dessas áreas ltiplos
neurônios de axônio curtos enviam os sinais de dor crônica para os núcleos
intralaminares do tálamo, hipotálamo e córtex somático sensorial no lobo parietal.
Além de possuir condução lenta do estímulo e persistência da sensação álgica, a
dor crônica ainda difere da dor aguda por possuir baixa precisão discriminativa da
região de origem do estímulo algogênico, principalmente quando esse se origina nas
vísceras (CERVERO, 1995; CARR e GOUDAS, 1999; MILLAN, 1999; ALMEIDA et
al., 2004; DJOUHRI e LAWSON, 2004; LENT, 2005; GUYTON e HALL, 2005).
Os nociceptores, que o responsáveis pela percepção do estímulo nocivo,
são terminações periféricas de neurônios sensitivos primários cujos corpos celulares
estão localizados nos gânglios dorsais da medula espinhal ou nos núcleos do nervo
trigêmeo. Estes receptores são distribuídos em quatro classes principais:
nociceptores térmicos (ativados por temperaturas a 45 ºC ou 15 ºC), mecânicos
(ativados por pressão intensa, localizados principalmente na pele), químicos
(ativados por substâncias como ácidos, bradicinina e capsaicina) e polimodais
(ativados por estímulos mecânicos, químicos ou térmicos de alta intensidade).
Quando estimulados devidamente, os nociceptores são ativados gerando potenciais
de ação que se propagam através das fibras nervosas aferentes. (GRUBB, 1998;
CARR e GOUDAS, 1999; MILLAN, 1999; KANDEL, 2002; ALMEIDA et al., 2004;
DJOUHRI et al., 2004, GUYTON e HALL, 2005).
29
A sensibilização do nociceptor causa uma redução do seu limiar de ativação
e, em alguns casos, atividade espontânea. Esta sensibilização alterada dos
nociceptores resulta em aumento da resposta a um estímulo normalmente doloroso,
processo denominado de hiperalgesia, que também pode ser resultado de
mudanças no processamento central dos sinais de dor. A sensibilização alterada dos
nociceptores e/ou dos centros neurais da dor pode resultar num quadro onde sinais
não lesivos e inócuos produzem nocicepção, situação denominada de alodinia
(JULIUS e BASBAUM, 2001; BASBAUM e JESSEL, 2003).
Várias substâncias estão envolvidas na estimulação, modulação e
transmissão de sinais nos nociceptores, como por exemplo; bradicinina, glutamato,
substância P (SP), óxido nítrico (NO), prostanóides (prostaglandinas e
prostaciclinas), fator de crescimento neuronal, histamina, serotonina e interleucinas
pró-inflamatórias (TONUSSI e FERREIRA, 1997; INOUE et al., 1997; COLLINS e
DAVIS, 1998; DUARTE e FERREIRA, 2000). A SP é o neurotransmissor pro-
nociceptivo melhor caracterizado farmacologicamente, sendo liberada nas pontas
dorsais da medula espinhal pelas fibras aferentes primárias. Após a estimulação dos
nociceptores periféricos, este mediador promove a despolarização dos neurônios da
raiz dorsal medular facilitando a transmissão da informação nociceptiva (HOPE et
al., 1990; SCHAIBLE et al., 1990; NAKANISHI, 1991; MAGGI et al., 1993; GRUBB,
1998). Este efeito pode ser potencializado pela liberação de glutamato nas
terminações das fibras nociceptivas na raiz dorsal da medula, promovendo o
aumento da permeabilidade ao Na
+
e K
+
(NAKANSHI, 1991; KANGARGA e
RANDIC, 1991; GRUBB, 1998; CARR e GOUDAS,1999). Os prostanóides são os
mais importantes mediadores envolvidos na hiperalgesia durante o processo
inflamatório. Estes metabólitos do ácido araquidônico, pela via das cicloxigenases
(COXs), exercem seus efeitos através da interação com receptores acoplados à
proteína G (SMITH, 1992), aumentando diretamente a atividade dos nociceptores,
por reduzirem o limiar de excitabilidade das terminações nociceptivas. Também são
capazes de potencializar os efeitos da bradicinina e histamina e estimulam a
liberação de SP em neurônios sensitivos (BIRREL et al., 1991; DRAY, 1995; CARR
e GOUDAS, 1999).
Um sistema de estruturas neurais, conectadas às vias aferentes nociceptivas,
modula a transmissão das informações da dor em sua trajetória até o córtex
30
cerebral, podendo bloquear completamente a percepção á dor (BASBAUM e
JESSEL, 2000; LENT, 2005; GUYTON e HALL, 2005). Este sistema de analgesia
medeia suas ações através de fibras descendentes que se originam no tálamo, no
córtex somestésico, no hipotálamo, na grísea periaquedutal, nos núcleos da Rafe ou
no locus ceruleous. Estas fibras projetam-se para as raízes dorsais da medula, onde
promovem a redução da liberação de neurotransmissores e/ou a hiperpolarização
dos neurônios das raízes dorsais e das fibras aferentes nociceptivas, impedindo
assim a entrada dos sinais de dor na medula e no encéfalo (STAMFORD, 1995; LIN
et al., 1996; YANG et al., 1996; PENG et al., 1996; BASBAUM e JESSEL, 2000;
MILAN, 2002; LENT, 2005; GUYTON e HALL, 2005). Mudanças no balanço entre a
atividade dos neurônios das vias descendentes inibitórias e facilitação dos sinais
nociceptivos mantém a sensibilização central após a lesão tecidual (PORRECA et
al., 2002; SUZUKI et al., 2004).
Os neurônios e as fibras eferentes que inibem a dor promovem analgesia,
principalmente, por ativação de receptores opióides, tanto por peptídeos opióides
endógenos quanto por várias drogas opióides naturais, semi-sintéticas ou sintéticas
(WALDHOER et al., 2004). Estes receptores também estão presentes em fibras
aferentes primárias do tipo C e A (PARE et al., 2001), em fibras viscerais positivas
para o receptor vanilóide de potencial transitório 1 (TRPV1) (POONYACHOTI et al.,
2002) e em neurônios que expressam isolectina B4 (IB4), SP ou peptídeo
relacionado ao gene de calcitonina (CGRP) (MINAMI et al., 1995; WENK et al.,
1999; BORGLAND et al., 2001)
quatro subtipos de receptores opióides, cada um com seu pprio grupo
de ligantes: 1) mu, µ ou MOP-R; 2) kappa, κ ou KOP-R; 3) delta,
δ
ou DOP-R; e 4) o
receptor para orfanina FQ/nociceptina ou NOP-R. Estes receptores estão
distribuídos ao nível espinhal, supra-espinhal e periférico (FOORD, 2005). A
ativação desses receptores, que são acoplados a proteína G, promovem redução
dos níveis de AMPc pela inibição da adenilato ciclase, bloqueio de canais de Ca
+2
voltagem-dependente e aumento da corrente retificadora de K
+
.
Opióides endógenos ou exógenos atenuam a excitabilidade de nociceptores
periféricos, a propagação de potenciais de ação, a liberação de peptídeos pró-
inflamatórios de terminais sensoriais periféricos e a vasodilatação evocada pela
31
estimulação de fibras-C. Todos esses mecanismos, em conjunto, resultam em
analgesia e ações antiinflamatórias (STEIN et al., 2003). A analgesia produzida por
esse grupo de substâncias resulta da redução da liberação de neurotransmissores
excitatórios como o glutamato e a SP em fibras nociceptivas aferentes primárias
(HARRISSON et al., 1998; JORDAN e DAVI, 1998; GRUBB, 1998; LAW e LOH,
1999).
A compreensão dos circuitos de transmissão dos sinais nociceptivos é
fundamental na pesquisa de novas drogas contra os diferentes quadros de dor, pois
possibilita a busca de alvos terapêuticos estratégicos, principalmente contra os
quadros de dor crônica onde os pacientes não respondem mais aos tratamentos
convencionais (JULIUS e BASBAUM, 2006).
A procura por novas drogas e terapias que possam aumentar o arsenal de
opções contra a dor continua com sua posição de vanguarda na pesquisa científica.
Neste processo de investigação, muitos pesquisadores partem da observação do
uso tradicional de plantas medicinais, pois a variedade de metabólitos produzidos
pelos vegetais é uma fonte inesgotável de produtos com ação farmacológica, sendo
que comumente, preparações vegetais são usadas popularmente para o alívio da
dor.
1.4 Farmacologia do Processo Inflamatório.
O processo inflamatório consiste na mais precoce resposta orgânica perante
a infecção ou lesão tecidual, envolvendo ação do tecido lesado e do sistema
imunológico, que pode ser definido como: conjunto de alterações bioquímicas e
celulares que têm por objetivo ativar os sistemas de defesa do organismo e
promover o reparo tissular (CONTRAN et al., 1994, TILLEY et al., 2001; LAWRENCE
et al., 2002; KUMMER e COELHO, 2002; HANSSON, 2005). Todas as alterações
observadas durante a inflamação são decorrentes das ações de substâncias
denominadas mediadores da inflamação. Estas substâncias podem ser produzidas
e/ou ativadas por numerosos estímulos, como por exemplo, agentes infecciosos,
isquemia, interações antígeno-anticorpo e injúria tecidual térmica, química ou
mecânica. A resposta inflamatória ocorre em três diferentes fases, cada uma
mediada, aparentemente, por diferentes mecanismos. Estas fases compreendem
32
uma fase aguda, caracterizada por vasodilatação local e aumento da permeabilidade
vascular; uma fase subaguda, caracterizada por infiltração de leucócitos e lulas
fagocitárias; e uma fase crônica proliferativa; onde ocorrem degeneração e fibrose
do tecido inflamado (INSEL, 1996; ROTELLI et al., 2003). Tais alterações,
produzidas durante o início e a vigência do processo inflamatório, resultam em sinais
que evidenciam a inflamação: hiperemia (rubor), edema, calor (aumento da
temperatura local), dor e perda da função do tecido ou órgão lesado nos quadros de
inflamação crônica (GILROY et al., 2004; CRAIG e STITZEL, 2005).
As aminas vasoativas, histamina e serotonina, são as primeiras substâncias a
serem liberadas no desencadeamento da cascata da inflamação. Estas substâncias
estocadas em vesículas no interior de macrófagos, mastócitos e plaquetas,
promovem alterações vasculares que incluem: vasodilatação, aumento do fluxo
sangüíneo, aumento da permeabilidade vascular e exsudação plasmática. Estas
alterações iniciam-se imediatamente e desenvolvem-se durante as primeiras horas
após o estímulo inflamatório (BARNES et al., 1988; GOULD e RAFFIN, 1995;
WILLIAMS et al., 1983, PARADA et al., 2001). Essas aminas atuam sinergicamente
com a bradicinina (produzida pela ação de enzimas tissulares e plasmáticas ativadas
pelo estímulo inflamatório) induzindo a hiperalgesia rmica. Sendo que também
participam dos processos de nocicepção em diversas condições inflamatórias, bem
como na formação do edema (SCIBERRAS et al., 1987; BESSON, 1997; KAY, 2001;
LAVICH et al., 2003).
Os receptores para histamina são divididos em quatro tipos: H
1
, H
2
, H
3
e H
4
(DE ESCH et al., 2005). A ativação de receptores histaminérgicos H
1
e H
2
induz a
mobilização de cálcio e acúmulo de AMPc, respectivamente. O receptor H
3
está
localizado em neurônios histaminérgicos e atua como um auto-receptor
(SCHWARTZ et al., 1991). O receptor de histamina H
4
foi descoberto a partir de um
estudo da informação da seqüência genética do receptor de histamina H
3
humano.
Sua expressão parece ser controlada por estímulos inflamatórios e é expresso em
eosinófilos, além de outras células (MORSE, 2001; O’REILLY et al., 2002). É sabido
que a histamina induz quimiotaxia em eosinófilos e que este efeito é inibido por
antagonistas de receptores H
4
, o que torna estas moléculas um excelente alvo para
o tratamento dos processos inflamatórios (O’REILLY, et al., 2002; LING et at., 2004;
DE ESCH et al., 2005).
33
A serotonina está envolvida na nocicepção e inflamação atuando nos
receptores serotoninérgicos 5-HT
1
, 5-HT
2
, 5-HT
3
, 5-HT
4
e 5-HT
7
(SUFKA et al.,
1992; DOAK e SAWYNOK, 1997, PARADA et al., 2001, LAVICH et al., 2003).
Quando a serotonina é aplicada perifericamente, provoca dor em humanos e
aumenta o comportamento de dor em diversos modelos animais. Sua administração
tecidual estimula uma reação inflamatória que consiste em formação de edema e
rubor em humanos e ratos (MALING et al., 1974; SUFKA et al., 1992). A ativação
dos receptores 5-HT
3
estimula as fibras nociceptivas primárias (RICHARDSON et al.,
1985; HOYER et al., 1993) ao passo que aplicação de seus antagonistas exerce
antinocicepção em vários modelos de dor inflamatória (GIORDIANO e ROGERS,
1989; TALLEY, 1992). Calejasan e colaboradores (1998), por exemplo, verificaram
que tratamentos com metisergida, um antagonista não seletivo dos receptores
serotoninérgicos, reduzem o tempo de reação à dor induzida pela injeção sub-
plantar de formalina em ratos.
Os eventos vasculares produzidos por essas aminas promovem uma
elevação da perfusão local e um extravasamento de líquido para o espaço
intercelular, causando o edema, a hiperemia e a elevação da temperatura
observadas no sítio da inflamação. Tais eventos associados à liberação de
substâncias quimiotáticas induzem a migração de leucócitos para o tecido inflamado.
A saída das células circulantes da luz do vaso e a migração de leucócitos para o
sítio inflamatório seguem algumas fases seqüenciais: captura, rolamento dos
leucócitos pelo endotélio, adesão firme e transmigração, sendo que todas essas
etapas são dependentes da expressão, pelos leucócitos e pelas células endoteliais,
de moléculas de adesão e de quimiocinas (MUNRO, 1993; SPRINGER, 1994;
PEREIRA, 1996; WAHL et al., 1996).
Os leucotrienos (LTs), em especial o LTB
4
, são os mais potentes fatores
quimiotáticos e ativadores de leucócitos. Estes compostos são sintetizados
principalmente nos leucócitos, entretanto, após um estímulo inflamatório podem ser
produzidos por qualquer célula que possua um sistema enzimático adequado a sua
síntese (VERHAGEN et al., 1984; SIGARIi et al., 1997; YOKOMIZO, 2001). Além
das ações quimiotáticas, os LTs também são potentes agentes vasoativos e
espasmogênicos, participam da formação do edema, estimulam a degranulação, a
liberação de enzimas e a geração de superóxidos nos leucócitos. Também induzem
34
a liberação de tromboxano A
2
(TXA
2
) e prostaglandinas (PGs), além de
representarem um componente especialmente importante em diversas
fisiopatologias, como, asma, artrite reumatóide e respostas alérgicas (CONTRAN et
al., 1994; GOULD e RAFFIN, 1995; FREITAS e Di VAIO, 2001; STEAVENS e
LOWE, 2002). Estes mediadores inflamatórios de natureza lipídica são formados
pela ação de enzimas citossólicas chamadas de lipoxigenases (LOXs). Estas
enzimas catalizam oxigenação de ácidos graxos polienólicos como o ácido
araquidônico (AA), em seus respectivos hidroperóxidos (YOKOMIZO et al., 2001).
No que concerne à especificidade, as LOXs diferem pela colocação do grupo
hidroperóxico (NEEDLEMAN et al., 1986; SIGAL, 1991). Atualmente, são
conhecidas quatro formas de LOXs capazes de atuarem sobre o AA. A 5-
Lipoxigenase (5-LOX), a 12-Lipoxigenase (12-LOX), a 9-Lipoxigenase (9-LOX) e a
15-Lipoxigenase (15-LOX). Nos mamíferos estão presentes a 5-LOX e 12-LOX,
expressas em leucócitos e plaquetas, respectivamente. Dentre estas, a 5-LOXs é a
de maior importância no processo inflamatório, pois todos os LTs são formados a
partir do ácido 5-hidroxiperoxieicosatetranóico (5-HPETE), produto da ação desta
enzima sobre o AA (SAMUELSSON, 1983; HIGG et al., 1994; FITZPATRICK et al.,
1994; COLEMAN et al., 1994; IBE et al., 1997). Substâncias com capacidade de
inibição da 5-LOX, como os antiinflamatórios esteroidais, constituem importantes
agentes antiinflamatórios, pois impedem a formação dos LTs, inibindo as
manifestações iniciais da resposta inflamatória, independentemente do agente
etiológico (BRAIN e WILLIAMS, 1990; DAMMIER et al., 1998; BITAR et al., 1999).
Além disso, substâncias que são capazes de antagonizarem os receptores de LTs
também constituem uma estratégia para a terapêutica antiinflamatória, como por
exemplo, o montelucaste e o zafirlucaste.
Além de leucotrienos, o AA liberado das membranas, por ação de fosfolipases
(PLs) como a fosfolipase A
2
(PLA
2
), pode sofrer metabolização pela via da enzima
cicloxigenase (COX), formando prostanóides (prostaglandinas e prostaciclinas) e
tromboxanos, que em conjunto com os LTs são chamados de eicosanóides.
Foslipases A
2
(PL A
2
), o caracterizadas estruturalmente por uma variedade
de formas, amplamente distribuída na natureza, que catalizam especificamente a
hidrólise de ligações 2-acil éster em 1,2-diacil-3-fosfoglicerídeos por meio de uma
35
reação cálcio-dependente (DENNIS, 1997; FORTES-DIAS et al., 1999). De acordo
com suas características bioquímicas, esta classe de enzimas pode ser dividida em
dois grupos de enzimas, chamadas de PLA
2
do grupo I (PLA
2
-I) e PLA
2
do grupo II
(PLA
2
-II), encontradas intra e extracelularmente, respectivamente. A primeira, (PLA
2
-
I), é encontrada no citossol, geralmente associada a membranas, e está envolvida
no metabolismo fosfolipídico, na transdução de sinais e outras funções celulares
essenciais. A segunda classe, (PLA
2
-II), também chamada de PLA
2
secretória, por
ser abundante no suco pancreático de mamíferos e venenos de cobras e insetos,
exibe diversas funções, incluindo agregação plaquetária (GLASER et al., 1993; ARNI
e WARD, 1996; RODRIGUES et al., 2002). Elevações dos níveis de PLA
2
,
principalmente da forma extracelular ou secretória, tem sido demonstradas em
diversas doenças, que possuem caráter inflamatório persistente, como a artrite
reumatóide (VADAS et al., 1990, LINDAHL e TAGESSON, 1997; MARSHALL et al.,
2003).
A COX catalisa uma reação de bis-oxigenação do AA, que é então convertido
ao endoperóxido cíclico conhecido como prostaglandina G (PGG
2
). Posteriormente
esta substância sofre ação da porção da COX com atividade de peroxidase,
formando então Prostaglandina H (PGH
2
). Estas duas substâncias irão originar, pela
ação de sintases específicas, como a sintase do tromboxano e a sintase da
prostaciclina, uma série de prostanóides com diferentes atividades biológicas. Sendo
que estas substâncias atuam não somente como mediadores da inflamação, mas
também na manutenção da homeostase, como os tromboxanos (TXs), Prostaciclinas
(PGI) e as prostaglandinas das ries PGD
2
, PGE
2
e PGF
2.
(HAMBERG et al.,
1974; BJORKMAN, 1998; SMITH, 1999; GOODMAN e GILMAN, 2005).
A COX, também denominada Prostaglandina Endoperoxido H Sintetase
(PGEHS) existe sobre duas isoformas biológicas, a COX-1 e a COX-2. Essas duas
isoformas apresentam sítios catalíticos quase idênticos e uma homologia de 60% na
seqüência de aminoácidos, apesar de serem codificadas por genes distintos,
localizados em cromossomos não homólogos (MITCHELl e WARNER, 1999; SMITH,
1999)
A COX-1 é chamada de enzima constitutiva, pois está presente na maioria
das células em condições fisiológicas normais, principalmente nos vasos
36
sanguíneos, plaquetas, estômago e rins, onde é responsável pela produção basal de
prostanóides que regulam, por exemplo, a produção de muco no estômago, o fluxo
sanguíneo renal e atividade endócrina. A COX-2 denominada de isoforma induzida
é expressa constitutivamente em poucos tecidos como o cérebro, mas pode ser
induzida rapidamente durante a resposta inflamatória, chegando a aumentar sua
expressão em até oitenta vezes, principalmente perante o estímulo de citocinas (IL-
1, IL-2 e TNF-α) (O’NEIL e FORD-HUTCHINSON, 1993; SEIBERT et al., 1997).
Sendo esta a maior responsável pela produção de prostanóides nos processos
inflamatórios e dolorosos (O’NEIL e FORD-HUTCHINSON, 1993; SEIBERT et al.,
1997; VANE et al., 1998).
A existência de uma terceira isoforma da COX, denominada (COX-3) foi
demonstrada em estudos in vitro com linhagens de macrófagos. A ativação desta
enzima não levaria a produção de prostaglandinas, mas sim de um membro da
família das ciclopentanonas (PGJ
2
) que também exerceria atividade inflamatória. A
COX-3, possivelmente uma variação da COX-1, (oriunda de um mesmo gene dessa
isoforma produzida por splicing alternativo), encontra-se distribuída principalmente
no córtex cerebral, medula espinhal e coração. Supõe-se que a inibição da COX-3
representaria o mecanismo de ação pelos quais os antiinflamatórios o esteroidais
(AINES), exerceriam sua atividade analgésica central e antipirética (CARVALHO et
al., 2004).
A inibição da COX e consequentemente a supressão da síntese de PGs
constitui a principal estratégia dos medicamentos mais largamente prescritos e
usados em todo o mundo, os AINEs (FIORUCCI et al., 2001). Contudo, apesar da
eficácia dos AINEs, no tratamento de osteoartrites, artrite reumatóide e perante o
alívio da dor inflamatória e aguda, o uso deste grupo de fármacos é limitado devido
aos seus efeitos colaterais, particularmente sobre o trato gastrintestinal (TGI) e rins
(LANGMAN et al., 1994; FOSSLIEN, 1998). Com o intuito de reduzir esses efeitos
colaterais, foi desenvolvida uma nova geração de drogas que atuam
especificamente sobre a COX-2 (MASFERRER et al., 1994; SEIBERT et al., 1994), e
que quando comparados com os AINEs tradicionais apresentam redução do risco
de complicações gastroduodenais (BOMBARDIER., 2000; GOLDSTEIN et al., 2004;
HARRIS et al., 2004; SCHNITZER et al., 2004; SINGH et al., 2006).
37
Entretanto, têm sido reportadas nos últimos anos complicações decorrentes
do uso de inibidores seletivos da COX-2, o rofecoxib, por exemplo, foi retirado do
mercado americano em 2004 por aumentar o risco de acidentes cardiovasculares de
origem trombótica (Food and Drug Administration, 2004; BRESALIER et al.,2005). O
risco de acidentes cardiovasculares também foi reportado em pacientes tratados
com valacoxib, que também foi retirado do mercado americano (NUSSMEIER et al.,
2005), e atualmente o celecoxib é o único inibidor seletivo da COX-2 neste mercado
(USHYAMA et al., 2008). Estes dados ilustram a necessidade e a importância da
pesquisa por novos agentes antiinflamatórios, principalmente de novas substâncias
que possam a vir oferecer maior segurança, reduzindo os efeitos adversos,
produzidos durante os tratamentos prolongados com essa classe de medicamentos.
O óxido nítrico (NO), outro importante mediador do processo inflamatório,
apresenta múltiplas funções em diferentes sistemas biológicos e condições
patológicas. Apresenta-se como potente agente vasodilatador, sendo importante na
regulação do tônus vascular e pressão sanguínea, assim como na inibição da
agregação plaquetária e adesão de monócitos e plaquetas ao endotélio (SCHUMAN
e MADISON, 1994; FERRO E WEBB, 1997). Hajjar et al.(1995) demonstraram que o
NO estimula a COX-1, por meio de uma interação com o resíduo de cisteína
localizado no sítio catalítico da enzima, alterando sua estrutura secundária. No
sistema neural o NO atua como neurotransmissor e está envolvido na transmissão
da nocicepção em vel central e periférico. Muitos trabalhos usando modelos de
nocicepção química, térmica e mecânica têm demonstrado que inibidores da sintase
do óxido nítrico (NOS) têm efeito antinociceptivo, ilustrando assim o papel dual do
NO que atua tanto na transmissão de sinais nociceptivos quanto na modulação da
dor (MOORE et al., 1991; HALEY et al., 1992; PRZEWLOCKI et al., 1993;
BABBEDGE et al., 1993; MALMBERG e YAKSH, 1993; HAO e XU, 1996;
MACHELSKA et al., 1997; INOUE et al., 1997).
Diferentes modelos de inflamação também sugerem atividade dual do NO,
onde suas ações na inflamação e na inibição do processo inflamatório podem ser
evidenciadas. No modelo de artrite por Streptococcus, McCartney-Francis et al.,
(1993) demonstraram aumento na produção de NO e na síntese de NOSi nas
sinóvias inflamadas de ratos, sendo que a inibição da síntese de NO por N
G
-
38
monometil-L-arginina (LNMMA) promove uma supressão do edema e do infiltrado
articular. Em outros modelos de artrite por adjuvante, nota-se também diminuição no
desenvolvimento da artrite em animais submetidos a inibidores da NOS, N
G
-nitro-L-
arginina metil éster (L-NAME) ou LNMMA, sendo que a administração de L-arginina,
substrato para a síntese de NO, reverte essa redução (OYANAGUI, 1994;
STEFANOVIC-RACIC et al., 1994). Entretanto, apesar das ações pró-inflamatórias
do NO como aumento da permeabilidade vascular, formação de oxidantes
biológicos, indução COX e de citocinas inflamatórias, muitas evidências na
literatura de que o NO é capaz de reduzir a migração neutrofílica em modelos
experimentais de peritonite. De fato, a administração de L-NMMA aumenta a
migração neutrofílica induzida por TNF-α, IL-8 ou fator quimiotáxico neutrofílico
derivado de macrófago (MNCF) na peritonite por tioglicolato (TAVARES-MURTA et
al., 1998). No modelo de sepse por ligação e perfuração do ceco, a administração do
inibidor de NOSi, aminoguanidina, promove aumento da quimiotaxia de neutrófilos
ao sítio inflamatório (GRIFFITHS et al., 1993, BENJAMIM et al., 2000).
A NOS catalisa a conversão da L-arginina em NO-hidroxi-L-arginina que
posteriormente sofre uma oxidação formando L-citrulina e NO. Assim como a COX,
foram identificados dois tipos de NOS: uma forma indizível (iNOS) ou NOS-2 que é
expressa após indução por diversos estímulos, incluindo lipopolissacarídeos (LPS)
ou citocinas como interferon- γ (IFN- γ), interleucina-1 (IL-1) ou fator de necrose
tumoral-α (TNF-α), e uma forma constitutiva, a cNOS (NATHAN e XIE, 1994;
STUEHR e MARLETTE, 1985, 1987). A cNOS possui duas isoformas: uma expressa
no cérebro conhecida como NOS neuronal (nNOS ou tipo 1) e a outra expressa na
musculatura esquelética e, em maiores níveis, nas lulas endoteliais chamada de
NOS endotelial (eNOS ou tipo III) (Di VAIO e FREITAS, 2001).
Em adição aos efeitos de LTs, PGs, NO e aminas bioativas outros
mediadores inflamatórios exercem efeitos importantes durante as diferentes fases do
processo inflamatório, como as cininas, fator de agreção plaquetária (FAP) e as
citocinas. O FAP é um potente lipídio bioativo derivado do lisofosfolipídio, outro
metabólito gerado pela hidrólise do AA. Além da capacidade de promover agregação
plaquetária o FAP exerce uma rie de atividades biológicas em diversos processos
fisiopatológicos, tais como: ativação plaquetária, quimiotaxia, estimulação
39
neutrofílica, contração da musculatura lisa e aumento da permeabilidade vascular
com formação de edema (ISHII e SHIMIZU, 2000).
As cininas, bradicinina e calidina, são potentes mediadores inflamatórios de
natureza peptídica que se originam da hidrólise de substratos protéicos
denominados cininogênios por enzimas proteolíticas e tissulares, conhecidas como
calicreínas (BIHOOLA et al., 1992). Estas enzimas são ativadas principalmente após
lesão tecidual, reações alérgicas, infecções virais e liberação de mediadores
inflamatórios como as PGs (WACHTFOGEL et al., 1993). Existem dois tipos de
receptores cininérgicos: o receptor B
1
e o receptor B
2
. Estes dois receptores
pertencem à superfamília de receptores acoplados à proteína G com sete domínios
transmembranares. O receptor B
2
está constitucionalmente presente em tecidos
normais, onde medeia a maioria dos efeitos fisiológicos das cininas na ausência de
inflamação, como ação vasodilatadora, regulação do volume e composição da urina.
Enquanto os receptores B
1
são menos prevalentes em tecidos normais que os
receptores B
2
, porém a sua formação é rapidamente aumentada durante a
inflamação (DRAY e PERKINS, 1993; DRAY e URBAN, 1996; TONUSSI e
FERREIRA, 1997)
Cininas exercem efeitos pro - inflamatórios promovendo a liberação de
prostanóides, citocinas e radicais livres em uma grande variedade de células e
liberação de histamina pelos mastócitos. A dor induzida por estas substâncias é o
resultado de uma estimulação direta dos nociceptores e um aumento da
sensibilidade desses receptores ao calor e estímulos mecânicos (DRAY, 1995).
Sendo que a hiperalgesia induzida pela bradicinina envolve não somente a interação
desta com os receptores B
1
, como também a liberação de mediadores pró-
inflamatórios pelos macrófagos e leucócitos (DAVIS E PERKINS, 1994).
As citocinas são mediadores autacóides de caráter protéico, produzidas e
secretadas por diferentes tipos celulares, como macrófagos, linfócitos, eosinófilos,
fibroblastos, células endoteliais, entre outras, que desempenham importante papel
na resposta imunológica, no processo inflamatório e na hemopoiese. Os vários tipos
de citocinas incluem interleucinas, fatores de crescimento de colônia da medula
óssea, interferons e fatores de necrose tumoral. Entre estas substâncias nota-se
pouca correlação estrutural, exceto por apresentarem peso molecular entre 25 e 80
40
KD. Uma citocina tende a possuir várias células alvo e diferentes funções, no
entanto citocinas diferentes podem ter ações similares e a liberação de um citocina
pode induzir ou inibir a liberação de outras citocinas, bem como aumentar a própria
síntese (HOPKINS, 1990; LILES e VOORHIS, 1995; COHEN e COHEN, 1996;
FLÓREZ et al., 1998).
Estes mediadores protéicos não se encontram pré-formados nos tecidos,
sendo que a síntese e a liberação destas substâncias são induzidas em resposta a
estímulos ativadores como lesão tissular, infecção e interação antígeno-antícorpo
(DINARELLO, 1992; LILES e VOORHIS, 1995 NEGUS, 1996; FLÓREZ et al., 1998;
CRAIG e STITZEL, 2005). Várias citocinas diferentes desempenham papéis
importantes no estabelecimento e no desenvolvimento do processo inflamatório
atuando como substâncias pró-inflamatórias que induzem a síntese e a liberação de
mediadores inflamatórios típicos como as prostaglandinas, os leucotrienos e o óxido
nítrico (DINARELLO, 1992). Enquanto outras citocinas como as IL-4, IL-10 e IL-13
atuam como agentes antiinflamatórios, modulando a resposta inflamatória, reduzindo
a dor inflamatória e a quimiotaxia de leucócitos. A administração destas ILs promove
antinocicepção em modelos de dor inflamatória como o teste das contorções
abdominais induzidas por ácido acético ou zymosan e no modelo da incapacitação
articular induzida por zymosan, e também redução da migração leucocitária para as
cavidades articular e peritoneal, porém não promove antinocicepção em modelos de
dor neurogênica que possuem sensibilidade às drogas de ação supra-espinhal,
como o teste da placa quente (WAGNER et al., 1998; CUNHA et al., 1999; VALE et
al., 2003)
Entre as citocinas inflamatórias destacam-se as interleucinas (IL) e o TNF-α
.A interleucina-1 (IL-1) é um polipeptídeo de aproximadamente 17 KD que possui
duas isoformas: uma presa a superfície celular denominada IL-1α e outra solúvel,
presente nos líquidos biológicos, denominada IL-1β. A IL-1, produzida
principalmente por células residentes ativadas, como macrófagos e mastócitos,
induz a síntese de várias moléculas inflamatórias como o óxido nítrico, moléculas de
adesão leucocitária, prostaglandinas, leucotrienos e outras citocinas, que em
conjunto atuam produzindo respostas inflamatórias como dor, febre, edema e
quimiotaxia. Existem dois tipos de receptores para IL-1: um receptor IL-1 do tipo 1 de
80 KD e um receptor IL-1 do tipo 2 de 68 KD. Estes dois tipos de receptores para IL-
41
1 podem ser encontrados na superfície de diferentes tipos celulares e também
podem ter sua síntese induzida após um estímulo lesivo. Uma molécula protéica de
17 KD (IL-1ra) atua como antagonista endógeno dos receptores de IL-1 modulando
suas ações durante a resposta inflamatória. (DINARELLO, 1992; O’NEIL e FORD-
HUTCHINSON, 1993; LILES e VOORHIS, 1995; SEIBERT et al., 1997; NEGUS,
1996; FLÓREZ et al., 1998; GOODMAN e GILMAN, 2005; CRAIG e STITZEL, 2005)
O TNF-α exerce papel central na indução das respostas inflamatória e
imunológica, pois estimula a síntese e a liberação de inúmeras outras citocinas,
sendo um dos primeiros mediadores secretados após um estímulo nocivo (FONG e
LOWRY, 1990, CUNHA et al., 1992). Esta citocina pro - inflamatória atua de modo
sinérgico com a IL-1 e também induz a quimiotaxia e a síntese de prostaglandinas,
leucotrienos, óxido nítrico e moléculas de adesão. A administração de TNF-α induz a
produção de IL-1, que induz a síntese de mais IL-1, de IL-6 e de IL-8, resultando no
estabelecimento do processo inflamatório. Sachs et al (2002) demonstraram que a
administração intraperitoneal de IL-1β, IL-8 e TNF-α induz o desenvolvimento de
hiperalgesia mecânica em camundongos. Terapias com anticorpos neutralizantes de
TNF-α e antagonistas dos receptores de TNF-α o alternativas para o tratamento
de doenças inflamatórias de caráter crônico degenerativo, como a artrite reumatóide
(CUNHA et al., 1992; DINARELLO, 1992; O’NEIL e FORD-HUTCHINSON, 1993;
LILES e VOORHIS, 1995; SEIBERT et al., 1997; NEGUS, 1996; FLÓREZ et al.,
1998, CUNHA, et al., 1999, FLEISCHMANN e SHEALY, 2003).
Outras citocinas também atuam no processo inflamatório, tais como as IL-2,
IL-6, IL-8 e o GM-CSF (Fator estimulante da formação de colônias de granulócitos e
macrófagos) e contribuem para as manifestações da resposta inflamatória. A
administração destas citocinas é capaz de induzir a resposta nociceptiva e a
migração leucocitária em diferentes modelos de dor inflamatória e quimiotaxia, como
no modelo da dor orofacial induzida por formalina e na peritonite induzida por
carragenina (NEGUS, 1996; FLÓREZ et al., 1998; TADANO, et al., 1999; CHOI et
al., 2003; GOODMAN e GILMAN, 2005).
42
Objetivo
ObjetivoObjetivo
Objetivo
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral:
O presente estudo teve como objetivo realizar a avaliação das atividades
antinociceptiva e antiinflamatória da grandisina extraída e purificada da planta Virola
surinamensis, oferecendo assim suporte teórico a estudos farmacológicos com
plantas que possuam essa substância e à pesquisa na busca por novas substâncias
com potencial terapêutico para o alivio da dor e da inflamação.
2.2. Objetivos Específicos:
Avaliar as atividades antinociceptiva e antiinflamatória da solução de
grandisina isolada da planta Virola surinamensis
Caracterizar a ação antinociceptiva, separando tais efeitos de efeitos
depressores e/ou sedativos sobre o sistema nervoso
Caracterizar as atividades antiinflamatórias delineando os mecanismos
farmacológicos possivelmente envolvidos em tais ações.
44
Materiais
MateriaisMateriais
Materiais
3. MATERIAIS e REAGENTES
3.1. grandisina
A grandisina utilizada nos experimentos foi extraída e purificada a partir das
folhas da planta Virola surinamensis (Myristicaceae) no Laboratório de Química de
Produtos Naturais-USP, pela equipe do professor Massuo Jorge Kato.
3.2.Drogas e Soluções
Uma solução de grandisina diluída em tween 80 (2% v/v) a 1 mg/mL foi
preparada imediatamente antes dos experimentos. A partir desta solução, foram
feitas sucessivas diluições a fim de se obter concentrações de 0,3 e 0,1 mg/mL,
sendo que nestes ensaios os animais do grupo controle recebiam sempre volume
proporcional do veículo usado nas diluições da grandisina. No modelo in vitro das
placas sensíveis à atividade da fosfolipase A
2
a grandisina usada na concentração
de 100, 300 ou 600 µg/mL foi diluída em uma solução de DMSO e PBS Outras
drogas usadas foram indometacina (Prodome Brasil), morfina (Cristália Brasil),
Carragenina (Sigma chemical), dexametasona (Hipolabor Brasil), heparina
(Prodome Brasil), quercetina (Sigma chemical), diazepam (Cristália Brasil) e
pentobarbital dico (Cristália Brasil). Todos os medicamentos foram solubilizados
em salina, exceto a indometacina, que foi solubilizada em NaHCO
3
5%.
3.3.Reagentes
Acetona (Synth – Brasil)
Ácido acético glacial (Synth – Brasil)
Bicarbonato de sódio (Synth – Brasil)
Cloreto de cálcio (Synth – Brasil)
Fosfato de sódio monobásico (Synth – Brasil)
Fosfato de sódio dibásico (Synth – Brasil)
46
Cloreto de sódio (Synth – Brasil)
Etanol 95% (Synth – Brasil)
Éter etílico (Synth – Brasil)
Formaldeído (Synth – Brasil)
DMSO (Sigma Chemical)
Óleo de cróton (Sigma – USA)
Solução de Türk (Sigma – USA)
Tween 80 (Synth – Brasil)
Albumina bovina tipo I (Sigma Chemical)
agarose (Life technologies)
Veneno de Crotalus durissus collilinectus cristalizado (Centro de Ofiologia do
Nucleo de Pesquisas Biológicas da UCG)
suspensão de gema de ovo (Newprov)
47
3.3. ANIMAIS
Os animais utilizados neste estudo foram camundongos albinos (Mus
musculus) da linhagem Swiss, machos, pesando entre 25 e 35 g obtidos no Biotério
da Indústria Química do Estado de Goiás (IQUEGO). Os tratamentos dos animais
com o veículo (grupo controle), grandisina (doses de 1, 3 ou 10 mg/kg) ou diferentes
substâncias foram sempre realizados em concentrações adequadas para a
administração de um volume constante de 10 mL/kg. As administrações antecediam
30 minutos (via subcutânea, s.c.) e 60 minutos (via oral, p.o.) os testes de atividade
farmacológica.
Os animais foram mantidos em condições controladas de temperatura e
iluminação (ciclo claro / escuro de 12 h), com água e ração ad libitum,
permanecendo no laboratório por um período de adaptação de pelo menos 24 horas
antes dos experimentos, normalmente iniciados às 9 horas.
Todos os protocolos experimentais foram desenvolvidos de acordo com os
Princípios de ética e bem estar animal designados pelo Colégio Brasileiro de
Experimentação Animal (COBEA) e Comitê de ética da UFG.
48
Métodos
MétodosMétodos
Métodos
4.1. MÉTODOS FARMACOLÓGICOS
4.1.1.Teste Geral de Atividades Farmacológicas
Grupos de animais (n=5 por grupo) receberam pela via oral, por meio de
gavagem, soluções contendo veículo (10 mL/kg) ou grandisina nas doses de 10, 30
ou 100 mg/kg. Este ensaio foi utilizado com intuito de se obter informações sobre a
segurança destas doses de grandisna por via oral, permitindo assim a escolha das
doses a serem utilizadas nos modelos farmacológicos de inflamação e nocicepção,
além da observação a priori de efeitos farmacológicos e/ou tóxicos. O grupo controle
recebeu veículo em volume proporcional às doses de grandisina utilizadas. Os
animais, após o tratamento, foram observados em deambulação livre, sobre uma
superfície plana durante 3 minutos, nos tempos 5, 10, 20, 30 e 60 minutos, 2, 4, 8,
24 e 48 horas, e após 4 e 7 dias do tratamento. Os efeitos observados nos animais
foram anotados em uma ficha padrão de triagem farmacológica, adaptada daquela
descrita por Malone (1977).
4.1.2. Avaliação da Atividade antinociceptiva
4.1.2.1. Contorções abdominais induzidas por ácido acético
Empregando-se a metodologia de Koster (1959), foram utilizados grupos
experimentais de 8 a 10 camundongos que foram tratados pela v.o. com veículo,
grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou indometacina (10 mg/kg). Todos os grupos
receberam ácido acético 1,2% (v/v i.p.) 60 minutos após os tratamentos. O número
de contorções abdominais, consideradas como contrações da parede abdominal
seguidas pela extensão de, pelo menos, uma das patas posteriores (TORNOS,
1999), foram contadas acumulativamente em 30 minutos de avaliação. A inibição do
número de contorções abdominais dos animais pré-tratados com grandisina ou
indometacina, comparativamente ao número de contorções dos animais do grupo
controle, foi tomada como parâmetro da atividade antinociceptiva. Os resultados
foram expressos como as médias ± EPM do número de contorções abdominais
acumuladas em 30 minutos de avaliação experimental.
50
4.1.2.2. Dor induzida pela formalina
Para a confirmação do efeito antinociceptivo dos tratamentos com grandisina,
utilizamos o teste da dor induzida pela injeção intraplantar de formalina. Este modelo
permite, após a injeção intraplantar de formalina, avaliar dois tipos de dor: a de
origem neurogênica, que ocorre pela estimulação direta de terminações
nociceptivas, e a de origem inflamatória, produzida pela liberação de mediadores
inflamatórios (HUNSKAAR et al., 1985, 1986 e 1987).
Foram utilizados grupos experimentais de até 10 camundongos tratados pela
via oral com veículo (10 mg/kg), grandisina (10 mg/kg), indometacina (10 mg/kg) ou
morfina (10 mg/kg, s.c.). Após 60 minutos dos tratamentos via oral ou 30 minutos
após os tratamentos via s.c., os animais foram injetados na região intraplantar da
pata posterior direita com 20 µL de formalina 3% v/v (formaldeído 1,2% v/v). Em
seguida, os animais foram observados individualmente, durante 30 min em caixas de
acrílico sobre plataforma com fundo especular para auxiliar a visualização. A
reatividade do animal considerada como o tempo, em segundos, que o animal
permanece lambendo a pata injetada foi medida. O efeito antinociceptivo foi avaliado
nas duas fases da dor: durante os primeiros 5 minutos (dor neurogênica) e no
período de 15 a 30 minutos (dor de origem inflamatória), sendo os resultados
expressos como as dias ± erro padrão da média (E.P.M.) dos tempos de
reatividade nas distintas fases.
4.1.3. Avaliação da Atividade antiinflamatória
4.1.3.1. Edema de orelha induzido por óleo de cróton
Este experimento foi realizado de acordo com Tubaro et al. (1985). Foram
utilizados até 12 camundongos por grupo tratados pela via oral com veículo (10
ml/Kg), grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou dexametasona (2 mg/kg). Após 60 minutos
dos tratamentos, foi administrado topicamente 20 µL de óleo de cróton 2,5% v/v (em
solução de acetona) na orelha direita e o mesmo volume de acetona na orelha
esquerda dos camundongos. Após 4 horas, os animais foram sacrificados por
deslocamento cervical e discos de 6 mm de diâmetro foram retirados de cada orelha
e pesados em balança analítica. A diferença de peso (mg) entre os discos das duas
orelhas de cada animal foi considerada como edema. Os resultados foram
51
expressos como média ± EPM da diferença de peso entre os discos das orelhas em
cada grupo experimetal.
4.1.3.2. Peritonite induzida por carragenina
Este ensaio avalia a evolução da migração leucocitária para a cavidade
peritoneal, segundo protocolo originalmente descrito por Ferrándiz e Alcaraz (1991).
Grupos experimentais de até 10 camundongos foram tratados previamente pela via
oral com veículo (10 mg/kg), grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou com dexametasona (2
mg/kg). Decorridos 60 minutos dos tratamentos, os animais foram injetados pela via
i.p. com 10 mL/kg de carragenina (1% m/v em salina). Após 4 horas, os animais
foram sacrificados em câmara fechada com CO
2
à 30% injetados na cavidade
peritoneal com 2 mL de PBS heparinizado (10 UI/mL de heparina). Após 60
compressões leves no abdômen, o fluido foi coletado, a amostra diluída (1:20 em
Solução de Tϋrk) e a contagem do número de leucócitos totais migrados realizada
em câmera de Newbauer. Os resultados foram expressos como as médias ± EPM
do número de leucócitos totais por mL que migraram para a cavidade peritoneal.
4.1.3.3. Inibição de atividade da fosfolipase A2
A avaliação da inibição da atividade da fosfolipase A
2
foi efetuada pelo
método originalmente descrito por Habermann e Hardt (1972) e modificado para a
quantificação da ação de fosfolipase de veneno de cobras e avaliação de
substâncias inibidoras (GUTIÉRREZ et al., 1988; FORTES-DIAS et al., 1999). O
veneno de Crotalus durissus collilinectus foi utilizado como fonte de fosfolipase A
2
.
Uma solução de agarose (0,6%) em tampão Tris 0,05 M (pH 7,5) foi
preparada e em seguida foi adicionado a essa solução 0,96% de suspensão de
gema de ovo (1:3 em salina) e 0,96% de solução 0,01 M de CaCl
2
. Esta solução foi
transferida para placas de petri e após solidificação do gel, foram perfuradas
cavidades com dois milímetros de diâmetro. Logo em seguida, incubou-se 100 µL de
solução de veneno de cobra em P.B.S. (60 µg/mL) juntamente com igual volume da
solução de grandisina em DMSO (100, 300 ou 600 µg/mL), veículo (tampão fosfato
com 0,1% de albumina) ou quercetina (300 ou 600 µg/mL), usada como controle
positivo do ensaio. Após sessenta minutos, 10 µL de cada mistura foram
adicionados às cavidades. Algumas cavidades foram incubadas com as soluções de
52
quercetina, grandisina ou tampão fosfato sem o veneno, com intuito de demonstrar
que esses tratamentos não produzem lise da camada de fosfolipideos presentes no
gel. Em seguida à inoculação, as placas foram incubadas a 5C por vinte horas,
sendo então realizada a medida dos halos produzidos pela atividade da fosfolipase
A
2
. Os resultados foram expressos como a área dos halos formados (mm
2
) pela
atividade da fosfolipase A
2
(média + E.P.M ).
4.1.4. Atividade no sistema nervoso central
4.1.4.1. Teste da Barra-giratória
Este método descrito por Duham e Miya (1957) permite descartar resultados
falso-positivos na avaliação de drogas antinociceptivas, verificando se estas
promovem incoordenação motora dos animais, seja por sedação e/ou por
relaxamento muscular, se prestando, por tanto, para melhor caracterizar os
resultados dos ensaisos de antinocicepção. Após 60 minutos dos tratamentos pela
via oral com veículo (10 mg/kg), grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou diazepam (5
mg/kg) grupos de pelo menos sete camundongos foram colocados na barra giratória
(12 rpm) durante 1 minuto. Foram avaliados, neste ensaio, o número de quedas e o
tempo de permanência na barra giratória. O número máximo de quedas permitidas
foi de 3, sendo que, após a terceira, o animal não mais era reconduzido ao
aparelho. O tempo máximo de permanência permitido na barra giratória foi de um
minuto.
4.1.4.2. Teste do campo aberto
Este modelo foi baseado na metodologia descrita por Sielgel (1946) e
validado por Archer (1973), e permite uma avaliação da atividade estimulante ou
depressora de uma dada substância podendo ainda indicar atividades mais
especificas como ação ansiolítica ou ansiogênica. Foram utilizados grupos de 7 a 10
camundongos tratados previamente pela via oral com veículo (10 mg/kg), grandisina
(1, 3 ou 10 mg/kg) ou com diazepam (5 mg/kg). Após 60 minutos do tratamento, os
animais foram colocados em um campo-aberto confeccionado em acrílico (dividido
em 9 quadrados) e foram observados durante 5 minutos, sendo avaliadas a
53
atividade exploratória dos animais (número de quadrados invadidos), o tempo de
imobilidade , o número de levantadas e o número de auto-limpeza.
4.1.4.3. Potenciação do sono por barbitúrico
Foram utilizados grupos de 7 a 10 camundongos tratados previamente pela
via oral com veículo (10 mg/kg), grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou com diazepam (5
mg/kg). Após 60 minutos dos tratamentos, os animais foram injetados com
pentobarbital sódico 50 mg/kg i.p e o tempo de recuperação do reflexo postural foi
cronometrado e utilizado como parâmetro da atividade depressora central. Os
resultados foram expressos como o tempo de recuperação (minutos) do sono de
cada grupo comparativamente ao grupo controle (GONZALES-TRUJANO et. al.,
1998).
4.2. ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os resultados foram expressos como médias ± erro padrão das médias
(EPM). As diferenças estatísticas entre os grupos experimentais foram detectadas
pela análise de variância (ANOVA) para os dados paramétricos e pelo teste de
Kruskal-Wallis para os dados não-paramétricos. Foram considerados como valores
significantes aqueles cujo P < 0,05.
54
Resultados
ResultadosResultados
Resultados
5. RESULTADOS
5.1. Teste Geral de Atividades Farmacológicas
Durante o período de observação, baseado nos dados contidos na ficha
padrão de triagem farmacológica, adaptada daquela descrita por Malone (1977), foi
observado (após a compressão da cauda dos animais com pinça anatômica)
analgesia nos primeiros 5 min. de avaliação nos animais tratados com a maior dose
de grandisina usada neste ensaio (100 mg/kg) e após trinta minutos nos animais que
receberam as doses de 10 ou 30 mg/kg. O efeito analgésico obtido pelos
tratamentos com as doses de 30 ou 100 mg/kg ainda pode ser constatado depois de
2 horas de avaliação. Foi observado também redução da movimentação espontânea
e incoodernação motora durante os primeiros noventa minutos de observação nos
animais tratados com a maior dose (100 mg/kg). Não houve óbito em nenhum dos
grupos tratados e as três doses testadas produziram analgesia, sendo que as
intensidades dos efeitos foram proporcionais às doses utilizadas.
5.2. Atividade antinociceptiva
5.2.1. Contorções abdominais induzidas por ácido acético
A injeção intraperitoneal de ácido acético (1,2 % em salina, 100 µL/10g, i.p.)
produziu intensa nocicepção nos camundongos tratados com o veículo, induzindo
60,75 + 4,9 contorções em 30 min. Os tratamentos prévios com grandisina (1h
antes) promoveram redução das contorções abdominais de maneira dose-
dependente, reduzindo em 25% (45 + 7,6, n = 8), 54,6% (27,3 + 2,6, n = 8) e 67,6 %
(19,6 + 1,4 n = 7) as contorções induzidas pelo ácido acético, respectivamente para
as doses de 1, 3 ou 10 mg/kg em relação ao grupo controle. Os animais que
receberam indometacina 10 mg/kg apresentaram uma média de 22 + 1,9
contorções, representando uma redução de 63,8 % (figura 2, tabela 1).
56
0
10
20
30
40
50
60
70
***
***
***
*
C 10
31
Grandisina
Número de Contorções
INDO
Figura 2 Contorções abdominais induzidas pelo ácido acético (1,2 % v/v em salina, i.p.) durante 30
minutos em camundongos previamente tratados (60 min) pela via oral com veículo (C; 10 mg/kg),
com grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou com indometacina (INDO; 10 mg/kg). As colunas e barras
verticais representam as médias ± EPM de 7-8 animais por grupo experimental.
* Estatisticamente diferente do grupo controle com (P < 0,05)
*** Estatisticamente diferente do grupo controle com (P < 0,001) ANOVA, teste de Tukey.
Os grupos tratados com as diferentes doses de GRA são significativamente diferentes entre si (P <
0,05) – ANOVA, teste de Tukey.
57
5.2.1.2 Dor induzida pela formalina
A aplicação intraplantar de formalina 3% na pata posterior direita de
camundongos produziu intensa nocicepção em duas fases distintas: a primeira de 0
a 5 minutos (dor neurogênica) (figura 3, tabela 2A) e a segunda de 15 a 30 minutos
(dor inflamatória) (figura 4, tabela 2B). Nos animais previamente tratados (60 min)
pela via oral com veículo (10 mg/kg), a reatividade na primeira fase de nocicepção
foi de 65,8 + 6,2s (n = 10) e na segunda fase foi de 126,25 + 18,8 s (n = 10). Os
tratamentos prévios (1 h antes) com grandisina (10 mg/Kg p.o.) e indometacina (10
mg/Kg p.o.), um AINE de ação conhecida, não alteraram a reatividade á dor
produzida pela formalina na primeira fase do teste (médias de 59,8 s + 4,8 s e 65,7 s
+ 6,5 s , respectivamente), mas foram efetivos na segunda fase do teste, gerando
uma redução da reatividade média à dor de 60,5% (49,8 s + 8,8 s) e 64,9% (44,3 s
+ 10,1 s), respectivamente. O tratamento com morfina (10 mg/kg s.c.) reduziu ambas
as fases de nocicepção, sendo que tal redução, na primeira fase, foi de 65,7% (21,5
s + 1,4s n = 8), enquanto na segunda fase de avaliação do teste a redução foi de
76,4% (29,8 s + 3,6 s n = 8).
58
1ª Fase (0 – 5 minutos)
Figura 3 Reatividade à aplicação intraplantar de formalina (20 µL, 3%) na pata posterior direita de
camundongos, durante a primeira fase (0 5 min) do teste da formalina, previamente tratados (60
min) pela via oral com veículo (C;10 mg/kg, n = 10), com Grandisina (GRA, 10 mg/kg, n= 10), com
morfina (MOR; 10 mg/kg s.c., n = 6) ou com indometacina (INDO; 10 mg/kg, n = 6). As colunas e
barras verticais representam as médias ± EPM.
** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,01) – ANOVA, teste de Tukey.
0
15
30
45
60
75
**
Tempo de reão a dor
(s)
C MOR
GRA INDO
59
2ª Fase (15 – 30 minutos)
Figura 4 Reatividade à aplicação intraplantar de formalina (20 µL, 3%) na pata posterior direita de
camundongos, durante a segunda fase (15 30 min) do teste da formalina, previamente tratados (60
min) pela via oral com veículo (C; 10 mg/kg, n = 10), com grandisina (com GRA; 10 mg/kg, n = 9),
com morfina (MOR; 10 mg/kg s.c., n = 6) ou com indometacina (INDO; 10 mg/kg, n = 6). As colunas e
barras verticais representam as médias ± EPM.
** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,01) – ANOVA, teste de Tuke
y.
0
25
50
75
100
125
150
**
*
*
MOR
C
GRA
Tempo de reão a dor
(s)
INDO
***
**
60
5.3. Atividade antiinflamatória
5.3.1. Edema de orelha induzido por óleo de cróton
Os tratamentos com a grandisina, nas três doses utilizadas, foram capazes de
inibir a formação do edema de orelha induzido pela aplicação tópica de óleo de
cróton. No grupo controle, previamente tratado (60 min antes) com o veículo (10
mg/kg p.o.) a administração de óleo de cróton (2,5% v/v em solução de acetona) na
orelha direita e o mesmo volume de acetona na orelha esquerda dos camundongos,
induziu a formação de um edema de 16,9 + 1,2 mg (n = 10) em 4 horas. O pré-
tratamento com grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg; v.o.) reduziu o edema em 24,4%;
(12,91 ± 0,7 mg, n =12), 32,7% (11,45 ± 0,82 mg, n = 11) e 36,5% (10,75 ± 0,69 mg,
n = 12), respectivamente. A dexametasona, um antiinflamatório esteroidal, usado
como controle positivo do ensaio, reduziu a formação do edema em 81,1%. (3,2 +
0,8 mg) (Figura 5, tabela 3).
5.3.2. Peritonite induzida por carragenina
Quatro horas após a administração intraperitoneal de carragenina 1% (m/v
i.p.), o grupo controle, apresentou uma média de 9,4 + 0,38 x10
6
leucócitos /mL (n =
10). Os tratamentos prévios com grandisina não promoveram reduções significativas
na migração de leucócitos totais para a cavidade peritoneal, apresentando médias
de 8,24 ± 1,2 x 10
6
, 8,36 ± 0,33 x 10
6
e 8,46 ± ,.56 x 10
6
leucócitos/mL,
respectivamente para as doses de 1, 3 ou 10 mg/kg, enquanto o pré-tratamento dos
animais com dexametasona (2 mg/Kg v.o.) reduziu a migração leucocitária em
64,4% (3,35 x
± 0.36 x 10
6
leucócitos/mL) (figura 6, tabela 4).
5.3.3. Inibição de atividade da fosfolipase A
2
Nas cavidades tratadas com a solução contendo o veneno de Crotalus
durissus (60 µg/mL), o valor médio dos halos formados pela ação da enzima PLA
2
foi de 301,13 + 10,9 mm
2
. Nas mesmas condições a aplicação nas cavidades com
as solução de 100, 300 ou 600 µg/mL de grandisina não promoveram inibição
significativa da formação dos halos (médias de 273,3 + 8,8, 280,6 + 9,6 e 271,9 +
11,7 mm
2
respectivamente), enquanto nas cavidades tratadas com solução de
quercetina 300 µg/mL ou 600 µg/mL houve inibição de 46,5% e 61,3%
61
0
5
10
15
20
**
***
***
***
C
1 3
10
DEXA
Grandisina
peso das orelhas (mg)
respectivamente (161,19 + 5,6 mm
2
e 116,7 + 4,7 mm
2
) (figura 7, tabela 5). Nas
cavidades onde as soluções de grandisina, de quercetina ou P.B.S foram aplicadas
na ausência do veneno não houve formação de halos.
Figura 5 Edema de orelha, em mg, induzido por óleo de cróton (2,5% v/v em acetona) nos grupos
previamente tratados pela via oral com veículo (C; 10 mg/kg, n = 11), com Grandisina (doses de 1, 3
ou 10 mg/kg, n =12, 11 e 12 respectivamente) ou com dexametasona (DEXA; 2 mg/kg, n = 6). As
colunas e barras verticais representam a média ± EPM.
** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,01) – ANOVA, teste de Tukey.
*** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) ANOVA, teste de Tukey. Os grupos
tratados com as doses de 1 e 10 mg/kg de grandisina são estatisticamente diferentes entre si.
62
Figura 6 Migração de leucócitos totais no modelo de peritonite induzida por carragenina (10 mg/kg)
injetada na cavidade peritoneal de camundongos previamente tratados pela via oral com veículo (C;
10 mg/kg, n = 10), grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg n = 10) ou dexametasona (DEXA; 2 mg/kg, n = 8). As
colunas e barras verticais representam a média ± EPM.
*** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) – ANOVA, teste de Tuk
ey.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
***
C
1
3
10
Grandisina
mero de Leucócitos
Totais/mL (x10
6
)
DEXA
63
Figura 7-Influência do tratamento com Veículo (C, solução com veneno 60 µg/mL), grandisina ( 100,
300 ou 600 µg/mL) ou quercetina (300 µg/mL ou 600 µg/mL) na ação da PLA
2
presente no veneno de
cobra (Crotalus durissus collilinectus ) quanto à formação de halo em substrato lipídico.
As colunas e barras verticais representam as médias ± EPM dos halos formados nas cavidades
distribuídas em placas de petri contendo meio de agarose (n=21).
***Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) –ANOVA, teste de Tukey.
Os grupos tratados com as diferentes doses de quercetina são significativamente diferentes entre si
(P < 0,001) – ANOVA, teste de Tukey.
0
75
150
225
300
375
C 100
300
600
Grandisina
300
600
Quercetina
Área do halo formado pela
atividade da PLA
2
(mm
2
)
***
***
64
5.2.3. Atividade no sistema nervoso central
5.2.3.1. Teste da Barra giratória
Os animais do grupo experimental controle (n=10), submetidos ao teste da
barra giratória (rota-rod) durante 1 minuto de avaliação, apresentaram média de 0,4
± 0,2 quedas e 60 s ± 0,0 s de tempo de permanência no rota-rod. Os tratamentos
prévios (1 h antes) com grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg p.o., n= 10) não alteraram os
valores do tempo de permanência (60 ± 0,0, 60 ± 0,0 e 60 ± 0,0 s respectivamente)
ou do número de quedas (médias de 0,5 ± 0,1, 0,8 ± 0,3 e 0,6 ± 0,1 quedas,
respectivamente para as doses de 1, 3 ou 10 mg/kg) no aparelho. Enquanto os
animais tratados com diazepam (5 mg/kg) apresentaram diminuição da atividade
motora, sendo que neste grupo experimental as médias do tempo de permanência e
do número de quedas na barra giratória foram respectivamente de 36,5 s ± 7,8 s. e
2,2 ± 0,3 quedas (Figuras 8 e 9, tabela 6).
5.2.3.2. Teste do campo aberto
No teste do campo aberto os camundongos foram avaliados quanto aos
parâmetros concernentes à movimentação espontânea e que podem indicar
atividade depressora ou sedativa do S.N.C (número de quadrados invadidos, tempo
parado, número de bolos fecais e número de levantadas em 5 minutos no campo
aberto). Os animais do grupo controle apresentaram médias de 69,9 ± 7 quadrados
invadidos, 27,7 s ± 2,1 s de tempo parado, 47,2 ± 6,6 levantadas e 1,20 ± 0,2 bolos
fecais durante os cinco minutos de avaliação no campo aberto. Os pré-tratamentos
com grandisina não promoveram alterações em tais parâmetros (68,9 ± 6, 73,6 ± 7,8
e 75,9 ± 6,8 quadrados invadidos; 29 s ± 2,3s, 26,9 s ± 2,6. s, 33,7 s ± 3 s de tempo
parado; 1,20 ± 0,2, 1,66 ± 0,3 e 1,4 ± 0,34 bolos fecais e 49,3 ± 5,9, 50,8 ± 5,7 e
48,5 ± 4,8 levantadas, respectivamente para as doses de 1, 3 ou 10 mg/kg) O grupo
que recebeu diazepam (5mg/kg) apresentou redução da movimentação espontânea
(5mg/kg), tendo, o número de levantadas e o número de quadrados invadidos
diminuídos (14,4 ± 1,6 levantadas e 36 ± 4,9 quadrados invadidos), diminuição do
número de bolos fecais (0,32 ± 0,11) e aumento do tempo parado (167,4 s ± 14,2s).
(Figuras 10-13, tabela 7).
65
5.2.3.3. Potenciação do sono induzido por barbitúrico
A grandisina demonstrou não possuir efeitos depressores do SNC em
camundongos de acordo com o teste de potenciação do sono induzido por
barbitúrico. Os camundongos tratados com veículo (10 mg/kg p.o.; n = 9) tiveram um
tempo de recuperação do sono de 61 ± 3,6 min. Os animais tratados com grandisina
(1, 3 ou 10 mg/kg, p.o, n = 10), tiveram tempos de recuperação do sono de 62,2 ± 5
min., 63,6 ± 4,4 min e 56,9 ± 3,8 min., respectivamente. Os animais tratados com
diazepam (5 mg/kg, n = 6) tiveram o tempo de sono aumentado para 203,2%, em
relação ao tempo de sono dos animais do grupo controle (124 ± 4,4 min). (figura 14,
tabela 8)
66
Figura 8 Número de quedas, na barra giratória, de camundongos previamente tratados (60 min)
pela via oral com veículo (C; 10 mg/kg) com solução contendo grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou com
diazepam (DZP; 5 mg/kg). As colunas e barras verticais representam as médias ± EPM de 10 animais
por grupo experimental.
*** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) teste não-paramétrico de Kruskal-
Wallis.
0
1
2
3
C 1 3
mero de Quedas
10
Grandisina
DZP
***
67
Figura 9 Tempo de permanência, na barra giratória, em segundos, de camundongos previamente
tratados (60 min) pela via oral. com veículo (C; 10 mg/kg), com solução de grandisina (1, 3 ou 10
mg/kg) ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg). As colunas e barras verticais representam as médias ±
EPM de 10 animais por grupo experimental
*** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001 )– ANOVA, teste de Tukey
.
0
25
50
75
***
C
1
3 10
Grandisina
tempo de permanência
(s)
DZP
68
0
25
50
75
100
*
C 1
3 10
DZP
Grandisina
Quadrados Invadidos
Figura 10 Número de quadrados invadidos durante cinco minutos de avaliação no teste do campo
aberto de camundongos previamente tratados (60 min) pela via oral com veículo (C; 10 mg/kg),
solução de grandisina (1, 3 ou 10mg/kg), ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg). As colunas e barras
verticais representam as médias ± EPM por grupo experimental (n= 7 a 10 animais).
* Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,05) – ANOVA, teste de Tukey.
69
Figura 11 Número de levantadas durante cinco minutos de avaliação no teste do campo aberto de
camundongos previamente tratados (60 min) pela via oral com veículo (C, 10 mg/kg), com solução de
grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg). As colunas e barras verticais
representam as médias ± EPM por grupo experimental (n= 7 a 10 animais).
** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,01) – ANOVA, teste de Tukey.
0
15
30
45
60
75
***
C
1 3
10
Nº de levantadas
DZP
Grandisina
**
70
Figura 12 Tempo parado, em segundos, no teste do campo aberto, de camundongos previamente
tratados (60 min) pela via oral com veículo (C; 10 mg/kg), com solução de grandisina (1, 3 ou 10
mg/kg) ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg). As colunas e barras verticais representam as médias ±
EPM por grupo experimental (n= 7 a 10 animais).
*** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) – ANOVA, teste de Tukey
.
0
20
40
60
80
100
120
***
C
1 3
10
DZP
Grandisina
Tempo de
Imobilidade
71
13- Número de bolos fecais, no teste do campo aberto, deixados por camundongos previamente
tratados (60 min) pela via oral com veículo (C, 10 mg/kg), com solução de grandisina (1, 3 ou 10
mg/kg) ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg). As colunas e barras verticais representam as médias ±
E.P.M. por grupo experimental (n= 7 a 10 animais). * Estatisticamente diferente do grupo controle (P
< 0,05) – ANOVA, teste de Tukey
.
0
1
2
3
4
*
C 1
3
10 DZP
Grandisina
de Bolos Fecais
72
Figura 14 Tempo de recuperação do reflexo postural (duração do sono), em minutos, no teste de
potenciação do sono induzido por barbitúrico, em camundongos previamente tratados (60 min) pela
via oral com veículo (C; 10 mg/kg), com solução de grandisina (1, 3 ou 10 mg/kg) ou diazepam (DZP;
5 mg/kg). As colunas e barras verticais representam as médias ± EPM por grupo experimental (n= 7 a
10 animais)
*** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) – ANOVA, teste de Tukey.
0
25
50
75
100
125
150
***
C
1
3
10
DZP
Grandisina
Tempo de
recuperação (min.)
73
Discussão
DiscussãoDiscussão
Discussão
6. DISCUSSÃO
A dor de caráter persistente, especialmente a dor crônica associada ao
processo inflamatório, é um sintoma comum a várias doenças e traumatismos. A
maior exposição a situações que comprometem os sistemas osteoarticular e
muscular, além do aumento da longevidade do individuo, mesmo daqueles com
afecções clínicas naturalmente fatais, tem promovido aumento na prevalência da dor
na população, principalmente da dor inflamatória (MALIS e PAPAGGAPIOU, 1993).
Sendo assim, a pesquisa e o desenvolvimento de compostos com atividade
analgésica e antiinflamatória, principalmente aqueles que possam exibir menos
efeitos adversos e talvez mecanismos moleculares inovadores, continua sendo uma
das principais facetas da pesquisa farmacêutica.
O desenvolvimento de inibidores seletivos da COX-2, no final dos anos 90,
pronunciou a expectativa de obter-se os benefícios terapêuticos dos AINEs não-
seletivos como a AAS e a Indometacina, com efeitos colaterais reduzidos sobre o
trato grastrointestinal, ainda que por prolongados períodos de tratamento.
Entretanto, a alta seletividade e potência em inibir a COX-2 têm sido relacionadas a
disfunções do sistema cardiovascular quando administrados por longos peodos.
Essas disfunções, que envolvem principalmente infarto do miocárdio e o acidente
vascular cerebral levaram a retirada do mercado farmacêutico mundial do Rofecoxib
(Vioxx®) pela Merck em 2004 e a retirada do mercado americano do Valdecoxib
(Bextra®) pela Pfizer em 2005.
Na busca por novos agentes terapêuticos, os produtos naturais de origem
vegetal e/ou seus derivados sintéticos, continuam sendo, as principais alternativas.
Através do estudo de plantas medicinais, de uso corrente na terapêutica popular, é
possível identificar e isolar os princípios ativos responsáveis pela atividade
farmacológica associada à espécie, que posteriormente podem ser usados como
protótipos em estudos de hibridização e/ou modificações moleculares, gerando
novas estruturas com ação farmacológica de interesse. Por meio deste tipo de
triagem, a lignana podofilotoxina, que possui ação anti-tumoral, foi isolada de
Justicia hyssopifolia e foram produzidos a partir de sua estrutura os antineoplásicos
etoposídeo e tenoposídeo. Estes compostos são usados no tratamento do câncer
pulmonar, tumores testiculares e como componentes do tratamento pluriterapêutico
75
do Sarcoma e Linfoma de Kaposi, além de serem úteis na terapêutica contra a
leucemia linfoblástica aguda infantil (AYRES e LOKE, 1990). Produtos naturais de
origem vegetal caracterizam-se, portanto, como uma fonte inesgotável de
possibilidades para a descoberta de novos fármacos (KOEHN e CARTER, 2005).
No presente estudo, a grandisina extraída da planta Virola surinamensis,
usada na medicina popular para o alívio dos sintomas da inflamação, demonstrou
possuir atividades antinociceptiva e antiinflamatória, quando avaliada em modelos
de nocicepção e inflamação em camundongos. Os resultados do presente estudo
também indicam que a redução da nocicepção produzida pela grandisina não é
decorrente de efeitos depressores e/ou sedativos do sistema nervoso.
No teste geral de atividade farmacológica, realizado com intuito de se avaliar
preliminarmente a segurança da via de administração escolhida (v.o.) e a das doses
a serem utilizadas nos demais ensaios in vivo, além da manifestação de possíveis
efeitos tóxicos e/ou farmacológicos, os tratamentos com grandisina (10, 30 ou 100
mg/kg) produziram antinocicepção com intensidades e duração variando com a
dose. O grupo que recebeu a maior dose (100 mg/kg) demonstrou redução da
movimentação espontânea e incoordenação motora, entretanto, não foi observado
óbito em nenhum dos grupos experimentais.
Como modelo inicial para avaliação das atividades antinociceptiva, foi
escolhido o teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético. Este
método foi descrito inicialmente por Sigmund et al. (1957), utilizando-se a
fenilquinona como agente irritante, e posteriormente padronizado com outros
agentes como o zimozan, a acetilcolina, a bradicinina, o trifosfato de adenosina, a
ocitocina e os ácidos acético ou clorídrico diluídos. O teste consiste na injeção
intraperitoneal de agentes químicos irritantes, que irão provocar como reação reflexa
à dor, contrações da parede abdominal seguidas de torção do tronco e extensão de
ao menos um dos membros posteriores (writhing). As contorções são
cumulativamente contadas durante trinta minutos pelo experimentador (ECKHARDT
et al., 1958; KOSTER et al., 1959; MURRAY e MILLER, 1960; EMELE e
SHANAMAN, 1963; COLLIER et al., 1968; NIEMEGEERS et al., 1975).
76
A ação irritante do ácido acético estimula células residentes na cavidade
peritoneal, como macrófagos e mastócitos, a liberarem citocinas e mediadores
inflamatórios clássicos como bradicinina, histamina, serotonina, PGs e mediadores
simpatomiméticos. Estes mediadores irão promover estimulação e sensibilização
das terminações nociceptivas primárias, resultando em intensa nocicepção e
hiperalgesia inflamatória (RATES e BARROS, 1994; FERREIRA et al., 1988;
CUNHA et al., 1991;THOMAZZI et al., 1997; RIBEIRO et al., 2000; SHU et al., 2006).
Mastócitos e macrófagos residentes na cavidade peritoneal são as principais fontes
de citocinas pro - inflamatórias, estas lulas possuem papel chave no
desencadeamento do processo inflamatório causado por lesões teciduais ou de
terminações nervosas periféricas. O papel crucial destas lulas na liberação de
mediadores inflamatórios pode ser constatado pela lavagem da cavidade peritoneal
de camundongos, pois este procedimento diminui a resposta nociceptiva do animal
injetado com zimozan ou ácido acético (THOMAZZI et al., 1997; RIBEIRO et al.,
2000). Brito et al. (2001) demonstram que substâncias que elevam os níveis
intracelulares de AMPc em macrófagos e mastócitos peritoniais reduzem as
contorções abdominais induzidas pelo ácido acético e pelo zimozan em
camundongos, corroborando dados de trabalhos anteriores que reportam o papel
regulatório do AMPc na liberação de mediadores inflamatórios, principalmente pelas
células residentes peritoniais.
O teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético é um método
que possui baixa especificidade, pois diferentes classes de substâncias
essencialmente não analgésicas como anti-histamínicos, antagonistas adrenérgicos,
estimulantes ou depressores do sistema nervoso central, inibidores da
monoaminaoxidase (MAO), antagonistas serotoninérgicos, relaxantes musculares e
neurolépticos são capazes de reduzir as contorções abdominais (HENDERSHOT e
FORSAITH, 1959; CHERNOV et al., 1967; PEARL et al., 1968; LOUX et al., 1978;
RATES e BARROS, 1994). Não obstante, este é o modelo comumente utilizado na
triagem inicial de drogas com possível ação analgésica, pois é um modelo de fácil
execução, com boa reprodutibilidade, de baixo custo, mas principalmente por ser um
método sensível a várias drogas analgésicas, antiinflamatórias esteroidais e não-
esteroidais, bem como a drogas semelhantes à morfina e outros analgésicos que
atuam centralmente ou mesmo perifericamente. Ademais, os resultados obtidos
77
neste método mostram boa correlação com a ação analgésica encontrada em outros
modelos pré-clínicos e estudos clínicos (KOSTER et al., 1959; TABER, 1964;
BLUMBERG et al., 1965; BLANE, 1967; SIEGMUND, 1957ª,b; CHAU, 1989).
A administração oral de grandisina nas doses de 1, 3 ou 10 mg/kg foi capaz
de reduzir o número de contorções abdominais induzidas pela injeção intraperitoneal
de ácido acético em camundongos, de maneira dose-dependente. Sendo que a
redução das contorções, produzida pelos tratamentos com a maior dose (10 mg/kg)
foi comparável a redução efetuada pela indometacina (10 mg/kg), usada como
controle positivo do ensaio.
Considerando que o teste das contorções abdominais, assim como outros
modelos de nocicepção como o teste do tail-flick, da dor induzida pela formalina, da
incapacitação articular por zymosan, entre outros, fundamentam-se na mensuração
de respostas motoras dos animais, resultados falso positivos poderiam ser obtidos
caso ocorresse incoordenação motora por sedação, depressão do S.N.C e/ou
relaxamento muscular. E tendo em vista que no teste geral de atividades
farmacológicas foi possível notar alterações na movimentação espontânea dos
animais tratados com grandisina na dose de 100 mg/kg, investigamos, portanto, a
hipótese da inibição das contorções abdominais ter sido provocada por ações que
estivessem promovendo nos animais incoordenação motora, sedação e/ou
depressão do sistema nervoso.
Para investigar se os tratamentos com a grandisina estariam causando tais
efeitos depressores, sedativos e/ou interferentes sobre a motricidade dos animais,
foram utilizados os testes do campo aberto, da barra giratória (rota-rod) e do sono
induzido por barbitúricos. Os testes da barra giratória e do campo se prestam bem
para avaliação da performance motora, do equilíbrio e da atividade exploratória de
roedores (CARLINI, 2003; BLANCO et al., 2007). O modelo do campo aberto
também permite avaliar atividades mais específicas como atividades ansiolítica,
ansiogênica, depressoras ou estimulantes do sistema neural, podendo ainda
subsidiar indícios de atividades colinérgicas, anti-colinesterásicas, anticolinérgicas
ou efeitos sobre o peristaltismo (ARCHER, 1973; CARLINI, 2003). No teste de
potenciação do sono, substâncias que deprimem o SNC, em geral, aumentam a
78
duração do sono produzido pelo pentobarbital, ligante de sítios localizados nos
receptores GABAérgicos do tipo A (CHWEH et al., 1987, LANCEL, 1999).
A grandisina não alterou nenhum dos parâmetros analisados no campo aberto
(número de quadrados invadidos, tempo de imobilidade, número de levantadas e
número de bolos fecais) e na barra giratória (número de quedas e tempo de
permanência no aparelho), como também não aumentou o tempo de recuperação do
reflexo postural no teste de potenciação do sono induzido por barbitúrico. Estes
resultados excluem a hipótese da redução das contorções abdominais produzida
pela grandisna ter sido resultante de ações sedativas e/ou depressoras do sistema
nervoso central ou interfencia na capacidade motora dos camundongos.
Para melhor caracterizar a atividade antinociceptiva da grandisina foi
escolhido o método da dor induzida por formalina em camundongos, considerado o
modelo que mais se aproxima da dor clínica (TJØSEN e HOLE, 1997). Este método
químico de nocicepção, descrito inicialmente por Dubuisson e Dennis (1977) em
gatos e ratos, e posteriormente adaptado para camundongos (HUNSKAAR et al.,
1985), consiste na injeção subcutânea de solução formalina (formaldeído 1,2%).
Sendo mais comumente a injeção feita na pata posterior do animal, porém
adaptações podem ser feitas e variações deste todo realizam a aplicação
subcutânea de formalina em outras partes do corpo do animal como a pata anterior
e a articulação temporomandibular. Em algumas destas variações a mensuração da
reatividade à dor é feita por sistemas automatizados. (HUGHES e SUFKA, 1991;
TJØLSEN et al., 1992, YAKSH et al., 2001). A injeção de formalina desencadeia
intensa nocicepção por estimulação direta dos nociceptores, caracterizada por
vigorosas lambidas, mordidas e sacudidas da estrutura injetada com o agente
irritante. Portanto, a administração de formalina na pata posterior torna a resposta
nociceptiva mais específica e seguindo as recomendações de Hunskaar et al. (1985)
e Murray et al. (1988) somente as lambidas (licking) foram cronometradas, visto que
as mordidas e sacudidas são difíceis de serem contadas em camundongos devido
ao tamanho pequeno do animal e seus pidos movimentos.
Caracteristicamente, em semelhança ao que ocorre em humanos, a resposta
à injeção de formalina desenvolve-se em duas fases distintas nos roedores
(DEBUISSON e DENNIS, 1977; PEDERSEN et al., 2005). A primeira fase inicia-se
79
imediatamente após a injeção de formalina e estende-se durante os primeiros 5
minutos. Nesta fase, verifica-se a ocorrência de dor neurogênica, sendo que a
participação dos mediadores periféricos SP, bradicinina, histamina e serotonina é
bem comprovada, e ainda indícios da estimulação química direta dos
nociceptores pela formalina (DEBUISSON e DENNIS, 1977; HUNSKAAR e HOLE,
1987; SHIBATA et al., 1989; CORRÊA e CALIXTO, 1993, MONRO, 2007). Após os
cinco minutos iniciais de nocicepção, um período de quiescência da resposta
nociceptiva, de cerca de 5-10 determinado pela ativação dos sistemas
monoaminérgicos descendentes inibitório e excitatório, que modulam os sinais
nociceptivos ao nível do corno dorsal da medula (HENRY et al., 1999, MUNRO,
2007). A segunda fase da resposta nociceptiva, vista neste modelo, ocorre entre 15-
30 minutos após a injeção de formalina e está relacionada com a produção e
liberação de vários mediadores pró-inflamatórios como histamina, bradicinina,
serotonina, prostaglandinas, taquicininas e glutamato por células ativadas durante a
vigência do agente flogístico (FUJIMAKI et al., 1992; SANTOS e CALIXTO, 1997;
CAO et al., 1998; OMOTE et al., 1998; BEIRITH et al., 2002). A administração
intratectal ou subcutânea de citocinas como IL-1β, IL-2, IL-6 e TNF-α promove
aumento do tempo de nocicepção na segunda fase deste modelo, enquanto o uso
de antagonistas dos receptores de ILs e TNF-α promovem redução do tempo de
reação à dor produzida pela formalina que é potencializada por citocinas nesta fase
do teste (YABUUCHI et al, 1996; TADANO et al., 1999; CHOI et al.,2003a)
O tratamento prévio pela via oral com grandisina, na dose que produziu efeito
antinociceptivo máximo no modelo das contorções abdominais, não foi capaz de
reduzir o tempo de reação à dor na primeira fase do teste da formalina, inibindo
fortemente, somente a reatividade á dor na segunda fase deste ensaio, assim como
a indometacina. Enquanto a morfina reduziu o tempo de reação nas duas fases.
A reatividade à dor na primeira fase do teste da formalina é reduzida por
agonistas opióides de ação central, como a morfina e o fentanil, que também
causam redução efetiva da segunda fase. Agentes como os antagonistas de
receptores de bradicinina B
1
e B
2
, antagonistas de receptores NMDA e de receptores
valinóides, também são capazes de reduzirem a primeira fase da formalina. Os
antiinflamatórios esteroidais e não esteroidais inibem somente a segunda fase da
formalina (HUNSKAAR e HOLE, 1987; SHIBATA et al., 1989; OLUYOMI, 1992;
80
CORRÊA e CALIXTO, 1993; STEIN, 1993). Antagonistas de receptores de IL-1, IL-2
e TNF-α também reduzem a segunda fase da formalina (YABUUCHI et al, 1996;
TADANO et al., 1999; CHOI et al.,2003a, ABBADIE et al., 2003). Como a grandisina
inibiu somente a segunda fase da formalina, foi possível descartar a hipótese dos
efeitos antinociceptivos desta substância, vistos neste trabalho, serem mediados
pela interação com receptores associados a modulação e/ou transmissão da dor de
origem neurogênica. Tais efeitos poderiam ser atribuídos a redução da formação de
mediadores inflamatórios e/ou ligação aos receptores de tais substâncias,
Assim, para consubstanciar a proposta de uma ação antinociceptiva
decorrente de uma atividade antiinflamatória, como indicado pelos resultados
obtidos com grandisina no teste da dor induzida pela formalina (redução somente da
fase), as atividades antiinflamatórias desta substância foram analisadas em três
diferentes modelos experimentais. Pois, devido à complexidade do processo
inflamatório, a avaliação da atividade antiinflamatória de uma substância requer a
utilização de múltiplos modelos e a análise de vários parâmetros do processo
(CHIABRANDO et al., 1989
).
O processo inflamatório caracteriza-se morfologicamente pela saída de fluidos
e de células do sangue para o interstício, e macroscopicamente, geralmente,
desenvolve-se a formação de eritema e edema (CAMPBELL E HALUSHKA, 1996).
Estes efeitos são resultantes da resposta imediata à lesão tissular, que implica em
alterações vasculares, aumentando do fluxo sanguíneo local e da permeabilidade
microvascular, seguidos por extravasamento de leucócitos e proteínas plasmáticas
para o interstício e posterior migração leucocitária para o tecido lesado (PEREIRA,
1996, Di VAIO e FREITAS, 2001).
A atividade antiedematogênica da grandisina foi avaliada por meio do teste de
edema de orelha induzido por óleo de cróton. Este teste apresenta sensibilidade aos
antiinflamatórios esteroidais e aos não esteroidais (SCHIANTARELLI et al, 1982) e o
parâmetro avaliado como medida da atividade antiinflamatória, das substâncias
previamente administradas, é a intensidade do edema induzido pela aplicação tópica
de óleo de cróton na cavidade auricular externa. O edema, induzido pelo acetato de
tetradecanoil-forbol, presente no óleo de cróton e um dos responsáveis por sua ação
irritante, está relacionado ao aumento da permeabilidade vascular e a exsudação
81
plasmática (LAPA et al., 2003). Por isso, ao se interpretar os resultados obtidos
neste modelo, devem-se considerar a possibilidade da redução do edema ser
produzida por alterações em fatores que influenciam a formação do edema, tais
como: a perfusão vascular do tecido, pressão sanguínea sistêmica e nível de
glicocorticóides, pois uma ação vasoconstritora inespecífica, por exemplo, poderia
reduzir o fluxo sanguíneo local, diminuindo a perfusão plasmática no tecido
inflamado (RATES e BARROS, 1994; SOUCCAR e LAPA, 1997).
As três doses de grandisina utilizadas no teste de contorções abdominais (1,
3 ou 10 mg/kg) foram capazes de reduzir a formação do edema de orelha. Porém,
houve diferença estatística somente entre os grupos tratados com 1 e 10 mg/kg de
grandisina.
A formação do edema em tecidos lesionados é resultado da ação sinérgica de
vários mediadores inflamatórios, que promovem, além de outros efeitos, aumento da
permeabilidade vascular mediado pelo aumento do fluxo sanguíneo local e
quimiotaxia. O desenvolvimento do edema é dividido em duas fases: fase precoce
observada em torno de uma hora, onde ocorre a liberação de bradicinina, histamina
e serotonina; e a fase tardia onde ocorre a formação de prostaglandinas, que
exercem ação inflamatória direta e estimulam a liberação de outros mediadores por
células presentes no sítio da inflamação (MICELI et al, 2005).
A redução do edema de orelha induzido pelo óleo de cróton, obtida pelos
tratamentos com grandisina, possivelmente, ocorreu devido a mecanismos inibitórios
sobre a expressão e/ou atividade das enzimas envolvidas na formação de
mediadores inflamatórios. Está hipótese explicaria os resultados obtidos até aqui,
tanto nos modelos de nocicepção como no teste de edema de orelha. Para
investigar se tais efeitos poderiam ter sido mediados através de uma ação direta da
grandisina sobre a cascata do AA, inibindo a atividade da PLA
2
e impedindo assim a
formação de prostanóides derivados da COX e de leucotrienos produzidos por ação
da 5-LOX, foi utilizado o método descrito inicialmente por Habermann e Hardt (1972)
de placas sensíveis a atividade das PLA
2
.
A identificação de inibidores específicos para a PLA
2
é um importante passo
para a definição de novos agente antiinflamatórios, sendo necessário para tal
82
objetivo, a utilização de ensaios adequados que possam medir a atividade
enzimática e a influência de drogas sobre estas (LINDAHL e TAGESSON, 1997; YU
et al., 1998). Substratos contendo gema de ovo em suspensão sofrem hidrólise
quando expostos a soluções contendo foslipases. Isso também ocorre quando esses
substratos são incorporados em gel de agar ou agarose, formando áreas claras
circunscritas aos depósitos de enzima no gel, proporcionais ao logaritmo da
concentração enzimática utilizada (Habermann e Hardt, 1972). Este parâmetro pode
ser usado para mensurar a atividade de PLA
2
extraídas de diferentes fontes como
veneno de abelha, suco pancreático e de veneno de vários gêneros de serpentes,
incluindo Crotalus, Brothopus, Naja e Lachesis. Dentro das condições ótimas de
reação podem ser detectadas, por este método, quantidades de PLA
2
de 30 a 60 ng.
(HABERMANN E HARDT, 1972; FORTES-DIAS et al., 1999; SALAS et al., 2000;
TEIXEIRA et al., 2003; CÂMARA et al., 2003).
O veneno de diversas espécies de cobras, incluindo a Crotalus durissus
Collilineatus, tem como um dos principais constituintes a PLA
2
, que possui uma alta
homologia estrutural com a PLA
2
humana. Sendo sua ação inflamatória descrita em
diversos trabalhos e utilizada na investigação de inibidores específicos da PLA
2
(BEGIHINI et al., 2000; BOECHAT et al., 2001; PONCE-SOTO et al., 2002;
TEIXEIRA et al., 2003; CÂMARA et al., 2003).
Os resultados negativos obtidos com a GRA no ensaio de avaliação da
inibição da PLA
2
indicam que a ação antiinflamatória da GRA, provavelmente, não
está relacionada a uma ação direta sobre a fosfolipase A
2
ou seu substrato, como
postulado para alguns flavonóides, como a quercetina usada como controle positivo
neste ensaio. Apesar do método das placas sensíveis a atividade da PLA
2
ser um
método extremamente sensível a substâncias com ação inibitória direta sobre a
PLA
2
, uma ação indireta, como a exercida pelos antiinflamatórios esteroidais que
induzem a expressão de anexina 1, proteína inibidora das PLA
2
intra e extracelular,
não pode ser descartada.
Como a proposta de uma inibição direta da atividade da PLA
2
pela grandisina
foi descartada, com os resultados obtidos no modelo das placas sensíveis a ação
desta enzima, para melhor caracterização da atividade antiinflamatória da
grandisina, foi realizado o teste da peritonite induzida por carragenina. Neste ensaio
83
a inflamação é induzida frente à administração intraperitoneal de carragenina, um
polissacarídeo sulfatado extraído de algas. Avalia-se, então, a migração de
leucócitos para a cavidade peritoneal, fator preponderante no papel de defesa e
reparo exercidos pela resposta inflamatória. Este método possui uma melhor
especificidade para substâncias com ação antiinflamatória semelhante aos
glicocorticóides, podendo indicar uma ação inibitória sobre a 5-LOX e/ou PLA
2
mediante a uma redução do número de leucócitos coletados do exsudato peritoneal.
A carragenina provoca reação inflamatória aguda, onde vários mediadores
pró-inflamatórios são liberados, principalmente a histamina, a serotonina, as cininas,
as prostaglandinas e os tromboxanos (Di ROSA et al., 1971; DAMAS et al., 1990).
Durante o processo inflamatório induzido pela carragenina, as prostaglandinas, em
especial a PGE
2
, aumentam a formação do exsudato peritoneal por meio da
potenciação do efeito de outros mediadores que exacerbam a permeabilidade de
vênulas pós-capilares (SVENSJO e ARFORS, 1974; JEAN e BODINIER, 1994).
Os tratamentos prévios com grandisina não reduziram a migração de
leucócitos para cavidade peritoneal no modelo da peritonite induzida por
carragenina. O recrutamento de leucócitos para o sítio inflamatório é um fenômeno
complexo que depende da natureza do estímulo, dos mediadores quimiotáticos
liberados e da expressão de moléculas de adesão (TEDGUI e MALLAT, 2001,
LUSTER et al., 2005). Os fatores quimiotáticos podem ser protéicos como o fator de
necrose tumoral-alfa (TNF-α), interleucina (IL)-1, IL-8, fragmento C5a do
complemento (FACCIOLI et al., 1990; FACCIOLI et al., 1991; COLLINS et al., 1993;
BECK et al., 1997) e as quimiocinas (GRAZIANO et al., 1999, OLIVEIRA e LUKACS,
2003) ou podem ser derivados de fosfolipideos de membrana como o LTB
4
e o PAF
(FACCIOLI et al., 1991)
A indução da migração leucocitária está relacionada a diversas substâncias
quimiotáticas, dentre estas se destacam os componentes do sistema do
complemento, leucotrienos e as citocinas, principalmente as da família das
quimiocinas. Os leucotrienos são subprodutos da cadeia do ácido araquidônico
produzidos através da ação da lipoxigenase sobre o ácido araquidônico previamente
liberado pela fosfolipase A
2
(BRAIN E WILLIAMS, 1990; YOKOMIZO et al., 1995;
WAGNER E ROTH, 2000). Leucotrienos, em especial o LTB
4
, são os mais potentes
84
fatores quimiotáticos e ativadores de leucócitos (De VAIO E FREITAS, 2001). O
bloqueio da síntese e dos receptores de leucotrienos reduzem a formação do edema
e migração leucocitária. Estes eicosanóides têm sua síntese induzida por ampla
variedade de estímulos, mas em especial, pela liberação de interleucinas e TNF-α
que não são agentes quimiotáticos diretos, mas induzem a liberação de outros
mediadores que são quimiotáticos (DINARELLO, 1992; O’NEIL e FORD-
HUTCHINSON, 1993; LILES e VOORHIS, 1995; SEIBERT et al., 1997; NEGUS,
1996; FLÓREZ et al., 1998, LUSTER et al., 2005).
Os resultados com a grandisina no teste da peritonite indicam que os efeitos
antiinflamatórios da grandisina, que promoveram a redução da reatividade à dor
inflamatória e inibiram a formação do edema de orelha induzido por óleo de cróton,
não estão associados à redução dos metabólitos que promovem a quimiotaxia de
leucócitos para o local da inflamação. Estes resultados sugerem que a grandisina
não exerce inibição direta ou indireta sobre as atividades da 5-LOX ou da fosfolipase
A
2
, visto que a inibição destas enzimas resultaria na redução da migração
leucocitária, pois os LTs teriam sua produção diminuída.
Abbadie et al (2003) demonstram que camundongos Knock-out para o gene
do receptor quimiotático de citocinas do tipo 2 (CCR-2) têm respostas nociceptivas
equivalentes às linhagens selvagens em modelos de dor aguda e alodinia, e redução
da reatividade á dor em modelos de dor inflamatória, como na segunda fase do teste
da formalina e também redução no recrutamento de leucócitos para o foco da
inflamação. Também foi demonstrado que camundongos deficientes para o de IL-1β
apresentam redução da sensibilidade nociceptiva em modelos de dor inflamatória,
mas não apresentam redução da sensibilidade nociceptiva no modelo de dor aguda
pós-operatória ( HONORE, et al., 2006). A redução da liberação, da formação ou
bloqueio dos receptores de citocinas caracterizam estratégias importantes para o
tratamento de diversas doenças inflamatórias crônicas. Inibidores do TNF-α como a
talidomida, o inflimab e o etanercept e anticorpos contra o TNF-α produzem redução
pronunciada das lesões articulares na artrite reumatóide e dos sintomas da doença
inflamatória intestinal (MAINI et al., 1999; WEINBLAT et al., 1999; FLEISCHMANN e
SHEALY, 2003). As citocinas atuam no processo inflamatório induzindo a
hiperalgesia inflamatória mediada pela liberação de produtos da COX, no caso das
IL-1β, IL-2, IL-6 e TNF-α, e pela liberação de aminas simpatomiméticas no caso da
85
IL-8, e também estimulando a síntese e a liberação de fatores quimiotáticos como
leucotrienos e quimiocinas (CUNHA et al., 1992). Bloqueio dos receptores ou da
síntese destas interleucinas produz tanto analgesia em modelos de dor inflamatória
quanto a redução da migração leucocitária em diferentes modelos, como na artrite
induzida por zymosan e na peritonite induzida por carragenina (FERREIRA et al.,
1988; NEGUS, 1996; BECK et al., 1997; CUNHA, et al., 1999; SWEITZER et al.,
1999; CHOI et al., 2003b; LUSTER et al., 2005).
Os resultados do presente trabalho indicam que os efeitos analgésicos e
antiinflamatórios da grandisina, possivelmente se devem, a efeitos inibitórios sobre a
formação de prostaglandinas e/ou sobre seus receptores. Essa hipótese explicaria a
capacidade da grandisina de reduzir a reatividade à dor e a formação do edema, e
também sua incapacidade em inibir a migração leucocitária no teste da peritonite
induzida por carragenina, visto que outros mediadores mantêm a formação do
exudato peritoneal e sustentam a migração leucocitária para o sítio da inflamação.
Harada et al. (1998), por exemplo, mostraram que em ratos pré-tratados com
diferentes inibidores da COX-2, e submetidos à peritonite provocada pela
carragenina, ocorre uma significativa redução nos níveis PGE2 presente no
exsudato peritoneal, mas o alterações na quantidade de leucócitos presentes
no exsudato.
Os resultados aqui apresentados demonstram que a grandisina possui
atividades antiinflamatória e antinociceptiva em diferentes modelos de dor e
inflamação induzidas em camundongos. Estes resultados também apontam para
uma possível ação mediada via inibição da produção e/ou atividade das
prostaglandinas. Tais conjecturas podem ser elucidadas com a realização de outros
ensaios como avaliação in vitro da inibição da COX ou a quantificação de
prostaglandinas no plasma, no tecido inflamado e/ou em cultura de células. Estes
ensaios permitiriam avaliar a inibição da formação destas substâncias, envolvidas
com sinais da inflamação inibidos pelos tratamentos com grandisina, dor inflamatória
e edema. Tais estudos posteriores, além de identificarem o mecanismo de ação da
grandisina, podem responder se esta substância é efetivamente um agente potencial
na pesquisa por novas drogas com ação analgésica e antiinflamatória.
86
Na terapêutica analgésica atual a eficácia dos agentes convencionais
utilizados, opióides e antiinflamatórios não-esteroidais, é claramente distinta no
tratamento dos estados fisiopatológicos que produzem dor de origem neuropática e
dor inflamatória (SOEN et al., 2007). Os AINEs convencionais comumente usados
no tratamento da dor inflamatória, produzida pela artrite reumatóide, osteortrite,
procedimentos cirúrgicos e mialgias, resultam em sérios efeitos gastrointestinais,
como lesões gástricas e úlceras duodenais. Estes efeitos adversos são atribuídos à
inibição não seletiva da COX exercida por estes agentes (LANGMAN et al., 1994;
FOSSLIEN, 1998; FIORUCCI et al., 2001, USHIYAMA et al., 2007). Tem sido bem
reportado que o uso de inibidores seletivos da COX-2 reduz os efeitos adversos
sobre o trato gastrointestinal, comparativamente ao uso de agentes não seletivos
(MASFERRER et al., 1994; SEIBERT et al., 1997). Entretanto, estudos recentes
indicam que o uso de inibidores seletivos da COX-2 está associado a aumento do
risco de acidentes cardiovasculares (BRESALIER et al., 2005; NUSSMEIER et al.,
2005). Oitate et al. (2006) demonstraram num trabalho com diferentes inibidores
seletivos da COX-2, que o Rofecoxib se acumula e fica retido na artéria torácica, no
arco aórtico e na artéria carótida de ratos, como resultado de ligações covalentes
com a elastina destes vasos. Posteriormente ficou demonstrado que tais ligações
destroem o sistema de fibras elásticas em artérias de rato (OITATES et al., 2007).
Porém evidências de vários estudos sugerem que o risco para tais acidentes
não é o mesmo para os diferentes inibidores seletivos. Triagens randomizadas e
não-randomizadas demonstram que o risco de acidentes vasculares, durante
tratamentos prolongados, é maior com o uso de Rofecoxib em comparação ao uso
de Celocoxib (GRAHAM et al., 2005; BROPHY, 2005; JONES, 2005; MCGETTIGAN
e HENRY, 2006; SOLOMON et al., 2006).
Os resultados obtidos neste trabalho podem dar suporte não somente a
outros trabalhos com produtos naturais e/ou plantas de uso medicinal, como também
à pesquisa por novas drogas analgésicas e antiinflamatórias. O que ainda é um
aspecto de interesse na pesquisa farmacêutica atual, principalmente no que se
refere à busca por substâncias que possuam tais atividades aliadas a efeitos
adversos reduzidos sobre os sistemas gastrointestinal e cardiovascular,
possibilitando assim uso no tratamento de doenças inflamatórias crônicas, que
exigem longos períodos de tratamento farmacológico.
87
C
CC
Conclusões
onclusõesonclusões
onclusões
7. CONCLUSÕES
1. A grandisina possui atividade antinociceptiva em modelos de dor induzida
em camundongos.
2. A antinocicepção produzida pelos pré-tratamentos com GRA não se deve a
efeitos depressores e/ou sedativos do sistema nervoso dos animais.
3. A grandisina possui atividade antiinflamatória, capaz de reduzir a formação
de edemas, vista no modelo de edema de orelha induzido por óleo de cróton
em camundongos
4. A atividade antinociceptiva da grandisina é decorrente de um mecanismo
antiinflamatório.
5. A atividade antiinflamatória da GRA não se deve a mecanismos de inibição
sobre a formação e/ou atividades dos mediadores inflamatórios que
induzem a migração leucocitária para o sítio da inflamação.
89
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125
Apêndice
ApêndiceApêndice
Apêndice
APÊNDICE A – Tabelas de dados
Tabela 1 – Contorções abdominais induzidas pelo ácido acético (1,2 % v/v em
salina, i.p.) durante 30 minutos em camundongos previamente tratados (60 min) pela
v.o. com veículo (grupo controle; C), com solução de grandisina (GRA; 1, 3 ou 10
mg/kg) ou com indometacina (INDO; 10 mg/kg).
Animal
C GRA 1 GRA 3 GRA 10 INDO
1 47 70 36 21 24
2 67 42 21 20 16
3 67 27 29 24 29
4 63 72 26 15 24
5 83 28 41 18 18
6 55 20 25 16 21
7 38 37 19 24
8 66 71 21
Média ± EPM
60,75 ± 4,8 45,86 ± 7,6* 27,25± 2,6** 19,69± 1,4*** 22,0 ± 1,8***
* Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,05) – ANOVA, teste de Tukey.
** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,01) – ANOVA, teste de Tukey.
***Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) – ANOVA, teste de Tukey
Os grupos tratados com as diferentes doses de grandisina são significativamente
diferentes entre si (P < 0,05) – ANOVA, teste de Tukey.
127
Tabela 2 Reatividade à aplicação intraplantar de formalina (20 µL, 3%) na pata
posterior direita de camundongos (em s), durante a primeira fase (0 5 min) (A) e
segunda fase (15 30 min) (B) do teste da formalina, previamente tratados (60 min)
pela v.o. com veículo (grupo controle, C), solução de grandisina (GRA, 10 mg/kg),
com morfina (MOR; 10 mg/kg s.c.) ou com indometacina (INDO; 10 mg/kg).
A (Primeira fase)
Animal
C GRA 10 MOR INDO
1 35 69 19 64
2 63 43 24 78
3 88 80 18 75
4 43 52 19 74
5 60 43 26 69
6 92 63 23 35
7 70 76
8 79 45
9 62 67
Média ± EPM
65,76 ± 6,2 61,3 ± 5,4 21,5 ± 1,4** 65,82 ± 6,5
128
B(Segunda fase)
Animal
C GRA MOR INDO
1 119 83 26 53
2 201 28 22 74
3 199 35 40 52
4 84 84 28 13
5 102 79 39 59
6 71 19 24 15
7 159 52
8 75 49
9 19
Média ± EPM
126,25 ± 18,8 49,7 ± 8,8** 29,83 ± 3,16*** 44,32 ± 10,1**
** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,01) – ANOVA, teste de Tukey.
***Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) – ANOVA, teste de Tukey
129
Tabela 3
Edema de orelha, em mg, induzido por óleo de cróton (2,5% v/v em
acetona) nos grupos previamente tratados
pela v.o. com veículo (C),
com solução de
grandisina (GRA; 1, 3 ou 10 mg/kg) ou dexametasona (DEXA, 2 mg/kg).
Animal
C GRA 1 GRA 3 GRA 10 DEXA
1 19 14 15 10 5
2 17 16 10 16 5
3 19 10 9 13 1
4 6 13 12 9 3
5 20 11 11 14 2
6 18 12 11 9
7 12 11 10 11
8 20 12 7 10
9 20 14 12 11
10 15 18 12 9
11 20 10 17 8
12 14 9
Média ± EPM
16,9 ± 1,33 12.8 ± 0,7* 11,45 ± 0,7** 10,75 ± 0,7** 3,2 ± 0,8***
* Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,05) – ANOVA, teste de Tukey.
** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,01) – ANOVA, teste de Tukey.
***Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) – ANOVA, teste de Tukey
O grupo tratado com solução de grandisina 10mg/kg é estatisticamente diferente do
grupo tratado com grandisina 1 mg/kg- ANOVA, teste de Tukey.
130
Tabela 4 – Migração de leucócitos totais (x 10
6
) no modelo de peritonite induzida por
carragenina (10 mg/Kg) injetada na cavidade peritoneal de camundongos
previamente tratados pela v.o. com veículo (C), com solução de grandisina (GRA; 1,
3 ou 10 mg/kg) ou dexametasona (DEXA; 2 mg/kg).
Animal
C GRA 1 GRA 3 GRA 10 DEXA
1 12,5 6,6 9,8 8,4 4,2
2 9,7 5,6 12,5 6,9 4,1
3 8,1 6,4 8,1 8,5 3,9
4 8,8 11,4 8,9 8,9 1,6
5 9,0 7,8 8,6 10,2 2,4
6 9,2 8,8 5,9 6,9 4,5
7 9,0 2,3 6,9 6,7 3,4
8 9,7 10,7 6,3 12,5 2,7
9 8,6 8,8 8,0 8,2
10 9,4 11 8,9 7,4
Média ± EPM
9,4 ± 0,38 8,24 ± 1,1 8,36 ± 0,6 8,4 ± 0,57 3,35 ± 0,36***
*** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) ANOVA, teste de
Tukey.
131
Tabela 5– Influência do tratamento com Veículo, (C; solução de 60 µg/mL de veneno
em PBS ), grandisina (100, 300 ou 600 µg/mL) ou quercetina (QCT1; 300 µg/mL ou
QCT2; 600 µg/mL) na ação da PLA
2
presente no veneno de cobra (Crotalus durissus
collilinectus) quanto à formação de halo (mm
2
) em substrato lipídico.
Halo formado em
placas de agarose
Veículo+
Veneno
GRA 100 +
Veneno
GRA 300 +
Veneno
GRA 600 +
Veneno
QCT1 +
Veneno
QCT2+
veneno
1
314 314 254,2 226,9 200,9 113
2
346,2 346,2 314 200,9 176,5 132,7
3
379,9 283,4 346,2 254,2 200,9 153,9
4
314 254,2 314 254,2 153,9 132,7
5
283,4 314 379,9 200,9 176,5 113
6
314 346,2 254,2 226,9 153,9 94,8
7
254,4 226,9 283,4 346,2 176,5 153,7
8
314 254,2 226,9 254,2 132,7 132,7
9
283,4 254,2 283,4 314 176,7 113
10
254,2 283,2 254,2 346,2 176,7 153,9
11
415,3 283,2 283,4 226,9 200,9 94,8
12
314 254,2 314 254,340 153,9 113,
13
254,2 346,2 346,185 283,4 132,7 78,4
14
283,4 283,4 254,2 314 176,5 113
15
314, 254,2 226,9 346,2 176,5 94,8
16
254,2 226,9 254,2 254,2 132,7 132,7
17
379,9 226,9 226,9 379,8 113 113
18
283,4 226,9 254,2 283,4 153,9 113
19
314 254,2 314 314 132,7 94,8
20
226,9 314 226,9 226,9 153,9 94,8
21
226,9 254,2 283,2 200,9 132,7 113
Média ± EPM
301,2
± 10,9
276,3
± 8,8
280,6
± 9,6
271,9 ±
11,7
161,2
± 5,6***
116,7
± 4,7***
***Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) – ANOVA, teste de Tukey
132
Tabela 6 – Número de quedas (A) e tempo de permanência (B) na barra giratória, de
camundongos previamente tratados (60 min) pela v.o..com veículo (C), com solução
de grandisina (GRA,1, 3 ou 10 mg/kg) ou com diazepam (DZP; 5 mg/kg).
A-Número de quedas
Animal
C GRA 1 GRA 3 GRA 10 DZP
1 0 1 0 1 3
2 0 0 2 0 2
3 0 0 0 0 1
4 1 1 1 1 1
5 2 0 2 1 3
6 0 1 1 1 1
7 0 1 0 1 3
8 0 0 1 0 3
9 0 1 0 0 2
10 1 0 1 1 3
Média ± EPM
0,4 ± 0,1 0,5 ± 0,2 0,8 ± 0,2 0,6 ± 0,2 2,2 ± 0,3***
133
B -Tempo de permanência
Animal
C GRA 1 GRA 3 GRA 10 DZP
1 60 60 60 60 14
2 60 60 60 60 60
3 60 60 60 60 60
4 60 60 60 60 60
5 60 60 60 60 14
6 60 60 60 60 60
7 60 60 60 60 11
8 60 60 60 60 12
9 60 60 60 60 60
10 60 60 60 60 14
Média ± EPM
60 ± 0,0 60 ± 0,0 60 ± 0,0 60 ± 0,0 36,5 ± 7,8***
*** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) ANOVA, teste de
Tukey.
134
Tabela 7 - Número de quadrados invadidos, tempo de imobilidade (segundos),
número de levantadas, número de auto-limpeza e número de bolos fecais no campo
aberto 60 minutos após o tratamento pela v.o. com veículo (C) (A), com solução de
grandisina (GRA;1 (B), 3 (C) ou 100mg/kg (D), ou diazepam (DZP, 5 mg/kg) (E).
A (Controle)
Animal
Número de
quadrados
invadidos
Tempo parado
(segundos)
Número de
levantadas
Número de
auto-limpeza
Número de
bolos fecais
1 30 18 5 8 1
2 60 25 30 3 2
3 62 32 44 14 2
4 70 28 46 0 0
5 110 22 73 3 1
6 92 18 67 0 1
7 52 38 50 11 1
8 72 32 30 5 1
9
63 36 72 1 1
10 88 28 55 4 2
Média ± EPM
69,9 ± 7,1 27,7 ± 2,1 47,7± 6,8 4,9± 1,5 1,2 ± 0,2
135
B (GRA 1 mg/kg)
Animal
Número de
quadrados
invadidos
Tempo parado
(segundos)
Número de
levantadas
Número de
auto-limpeza
Número de
bolos fecais
1 33 23 17 16 1
2 65 24 75 0 1
3 95 41 71 0 2
4 55 30 47 3 1
5 76 32 64 0 2
6 50 20 24 9 0
7 75 26 54 9 1
8 94 38 45 1 2
9 70 22 52 4 1
10 76 34 44 6 1
Média ± EPM
68,9 ± 6 29 ± 2,3 49,3 ± 5,9 4,6 ± 1,7 1,2 ± 0,2
C (GRA 3 mg/kg)
Animal
Número de
quadrados
invadidos
Tempo parado
(segundos)
Número de
levantadas
Número de
auto-limpeza
Número de
bolos fecais
1 65 28 33 6 4
2 69 26 55 1 5
3 62 27 52 3 0
4 78 30 68 1 2
5 92 25 57 3 3
6 78 18 65 4 4
7 77 23 50 2 4
8 104 16 63 2 2
9 15 48 8 20 4
10 96 28 57 2 1
Média ± EPM
73,6 ± 7,8 26,9 ± 2,6 50,8 ± 5,7 4,4 ± 1,8 2,9 ± 0,5
136
D (GRA 10 mg/kg)
Animal
Número de
quadrados
invadidos
Tempo parado
(segundos)
Número de
levantadas
Número de
auto-limpeza
Número de
bolos fecais
1 108 28 63 2 0
2 60 28 32 6 1
3 98 35 55 3 1
4 79 40 62 3 2
5 68 18 37 15 1
6 79 27 65 1 3
7 39 41 20 10 0
8 87 52 59 1 3
9 49 26 38 9 1
10 92 42 54 1 2
Média ± EPM
75,9 ± 6,8 33,7 ± 3,2 48,5 ± 4,8 5,1 ± 1,5 1,4 ± 0,5
E (DZP 5 mg/kg)
Animal
Número de
quadrados
invadidos
Tempo parado
(segundos)
Número de
levantadas
Número de
auto-limpeza
Número de
bolos fecais
1 25 127 19 0 1
2 40 176 16 7 0
3 53 169 15 4 0
4 32 152 10 3 0
5 30 213 12 2 1
Média ± EPM
36 ± 4,9** 167,4 ± 14,2*** 14,4 ± 1,6*** 3,2 ± 1,2 0,4 ± 0,1***
** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,01) – ANOVA, teste de Tukey.
*** Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) ANOVA, teste de
Tukey.
137
Tabela 8 – Tempo de recuperação do reflexo postural (duração do sono), em
minutos, no teste de potenciação do sono induzido por barbitúrico, em camundongos
previamente tratados (60 min) pela via p.o. com veículo (C), com solução de
grandisina (GRA 1, 3 ou 10 mg/kg) ou diazepam (DZP; 5 mg/kg).
Animal
C GRA 1 GRA 3 GRA 10 DZP
1 62 55 52 53 128
2 52 48 50 46 112
3 68 47 97 40 138
4 84 57 60 46 112
5 68 79 60 71 114
6 54 58 58 75 126
7 61 61 51 52
8 52 61 68 54
9 48 95 76 57
10 62 64 75
Média ± EPM
61,0 ± 3,6 62,4 ± 5,1 63,6 ± 4,5 56,9 ± 4,0 124,0 ± 4,4***
***Estatisticamente diferente do grupo controle (P < 0,001) – ANOVA, teste de
Tukey.
138
10
11
mero de Leucócitos
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