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RESUMO
Alternativas de consórcio entre milho e braquiária no manejo e controle de
plantas daninhas
A integração agricultura-pecuária consiste na diversificação da produção,
possibilitando o aumento da eficiência de utilização dos recursos naturais e a
preservação do ambiente. Nesse sentido, o objetivo geral do presente trabalho foi
avaliar o desenvolvimento do milho no consórcio com gramíneas forrageiras, bem
como, a supressão de plantas daninhas no método de integração lavoura-pecuária, a
fim de que a atividade agropecuária se torne sustentável na medida em se propicia uma
diversificação de culturas. O experimento foi conduzido na área experimental do
Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
– ESALQ/USP, Universidade de São Paulo, no período compreendido entre dezembro
de 2006 a maio de 2007. O trabalho constituiu-se por quatro experimentos, sendo
realizados simultaneamente. O primeiro referiu-se ao consórcio de três espécies de
forrageiras tropicais (Brachiaria brizantha, Brachiaria ruziziensis e Brachiaria
decumbens) em quatro densidades de semeadura (0, 10, 15 e 20 kg ha
-1
), com a
cultura do milho, onde avaliou-se a interferência das forrageiras na altura de plantas,
número de folhas, índice de área foliar e diâmetro de colmo das plantas de milho, além
dos parâmetros de produção da cultura (massa de mil grãos e produtividade final). No
que diz respeito aos experimentos 2, 3 e 4, estes constituíram-se de espécies de
braquiária, sendo B. brizantha, B. ruziziensis e B. decumbens respectivamente em
quatro densidades cada (0, 10, 15 e 20 kg ha
-1
), além de quatro espécies de plantas
daninhas, sendo elas Digitaria horizontalis, Ipomoea grandifolia, Cenchrus echinatus e
Alternanthera tenella. Com relação ao primeiro experimento, os resultados
evidenciaram ausência de diferença estatística (P>0,05) para os parâmetros número de
folhas, índice de área foliar e diâmetro de colmo, com exceção da altura de plantas, em
que as densidades de semeadura das braquiárias interferiram significamente (P<0,05).
Já nos parâmetros relacionados à produção, as forrageiras interferiram na
produtividade final da cultura do milho, embora não evidenciando diferença (P>0,05)
para massa de mil grãos. Referindo-se aos outros experimentos, onde variou-se
apenas a espécie da forrageira, concluiu-se que as braquiárias interferiram
significamente (P<0,05) na infestação das plantas daninhas em geral, com destaque
para as maiores densidades de semeadura (20 kg ha
-1
). D. horizontalis foi a planta
daninha mais afetada pela presença da forrageira, independente das densidades de
semeadura. Com relação ao acúmulo de área foliar e fitomassa seca das espécies
infestantes, as braquiárias inibiram sensivelmente o crescimento das espécies em todas
as densidades de semeadura. As plantas daninhas monocotiledôneas foram as mais
afetadas, por pertencerem á mesma família das forrageiras – Poaceae, e
consequentemente competirem pelos mesmos recursos essenciais ao crescimento.
Palavras-chave: Zea mays L.; Forrageiras; Interferência; Integração lavoura-pecuária