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Extremo Norte dois denominados respectivamente de “Luctemos”
290
e “Aos Plebeus”
291
.
Ainda sobre este militante, O Extremo Norte num artigo produzido com o objetivo de
fomentar a organização das classes operárias o citou como exemplo, apontando-o
enquanto referência de iniciativa, esforço e persistência na condução da organização de
algumas categorias profissionais.
Não podemos deixar passar em silêncio a attitude francamente
sympathica do nosso esforçado companheiro Manoel Sérvulo.
Por iniciativa inteiramente sua, foram organisados os Syndicatos dos
Cigarreiros e dos Estivadores; e agora, segundo informações que acabamos de
receber, será organisado o dos trabalhadores e magarefes, ainda sobre iniciativa
de Manoel Sérvulo.
E é de elementos da força desse nosso destemido companheiro que
precisamos, para chegarmos ao termino das aspirações da Humanidade...
292
Quanto a Cursino Gama, no O Extremo Norte publicou um artigo chamado “A
Posto”
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e no jornal Vida Operária outro denominado “O Momento”
294
. Ambos os
daquelle que diz; não posso pagar esta semana; tenha um pouco de paciência. Fica termitantemente
cortado, e entregue á sua própria desventura... não sabem elles que o pobre é honrado, e se não lhe
poude pagar foi por não ter recebido, ou teve que attender á doença em casa, e o que ganhou, não deu
para o medico e a pharmacia. Mas que há de fazer?... O pobre está sujeito a todos esses dissabores!...”
Vida Operária, nº 6. Manaus, 14 de março de 1920.
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“Luctar, pelejar sem armas com adversários, diversos é para vencer a todos os obstáculos que se
aprezentem na lucta. Cabe a todos o dever de luctar para adquirir o pão corporal e o pão espiritual.
Devemos todos luctar sem trégoas, com todo o esforço, para retirtar dos nossos companheiros todos os
prconceitos e vícios que corrompem o physico, e a moral social. Luctemos, com carinho, amor e energia,
pela consummação de nosso ideal. Luctemos pela causa magna de todos os que soffrem e morrem dia a
dia privados de recursos, espoliados de todos os bens, exhaustos de todas as forças (...) Luctemos contra
os despotismos da burguezia, que trazem calcados aos pés os nossos direitos. Luctemos pela
emancipação do operariado, eternam,ente perseguido pelos patrões ...” O Extremo Norte, nº 22. Manaus,
12 de junho de 1920.
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“Companheiros. Sendo nós os plebeus, os que menos valor temos na República, somos forçados a tomar
outro rumo (...) não precisamos nós de defensores. Seremos suficientes para nos defender de todo e
qualquer perigo que nos ameace, bastando para isso a união de todos, formando um só corpo, um só
ideal, uma só política, uma só religião e uma só sociedade...” O Extremo Norte, nº 37. Manaus, 20 de
setembro de 1920.
292
O Extremo Norte, nº 21. Manaus, 5 de junho de 1920.
293
“O indifeferentismo do operário as coisas políticas do nosso Estado é um erro irremissível (...) E qual o
meio mais viável de cooperarmos nessa tão anciada salvação? Unificando-nos, e correndo as urnas por
occasião de ferir-se o pleito governamental, afim de collocarmos um homem que reúna, todos os
requisitos indispensáveis a um perfeito chefe de Estado (...) justo, intelligente, honrado...” O Extremo
Norte, nº 13. Manaus, 08 de abril de 1920.
294
“Não deve ser olvidado pelo operariado do Amazonas, notadamente o nacional, o momento político que
se nos apresenta, pois, para nós, elle é assaz aprehensivo. Approxima-se o dia em que deverá surgir das
urnas o nome do varão escolhido para presidir os destinos deste Amazonas infeliz (...) devemos intervir
directamente nesse magno problema; devemos dar um exemplo de civismo, expurgando do scenario
político os elementos perniciosos ao engradecimento do nosso rincão amado, e auxiliando aqeuelles que