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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
INSTITUTO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
DANILLO BARBOSA
AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DO REPARO ÓSSEO APÓS
LASERTERAPIA EM OSTEOTOMIAS EXPERIMENTAIS EM
FEMORES DE RATOS
São José dos Campos, SP.
2006
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DANILLO BARBOSA
AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DO REPARO ÓSSEO APÓS
LASERTERAPIA EM OSTEOTOMIAS EXPERIMENTAIS EM
FEMORES DE RATOS
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Bioengenharia da
Universidade do Vale do Paraíba, como
complementação dos créditos necessários
para obtenção do título de Mestre em
Engenharia Biomédica.
Orientador: Prof. Dr. Antonio Guillermo José Balbin Villaverde
Co-Orientadora: Prof. Dra. Emilia Ângela Loschiavo Arisawa
São José dos Campos, SP.
2006
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DEDICATÓRIA
...Agradeço a “DEUS”, o dom da VIDA...
...Minha incansável e guerreira Mãe, por todos os seus esforços em educar seus filhos...
...Meu Pai, por sua fé, inabalável...
...Minha Irmã, por sua sensatez nas horas mais difíceis...
...Minha Tia Rosalina (Rosa), por sua luta diária pela vida...
...Minha Madrinha Geralda (in memóriam), por sua proteção divina...
...Minhas companheiras inseparáveis, Nicole e Mocinha...
...Minha querida e fiel Aline, por sua imensa beleza e pureza...
...Todos meus amigos que torcem pelo meu sucesso...
AGRADECIMENTOS
...Professor Balbin, por sua amizade e respeito e atenção a minha pessoa... ...Professora
Mirela, por sua intensa ajuda e extremo caráter como pessoa
...Professora Daniela Carvalho, por ser umas das responsáveis pelo meu crescimento
intelectual desde a graduação...
...Professora Claúdia, por sua ajuda decisiva em nosso trabalho...
...Ana Maria Barbosa, pelos seus ensinamentos primorosos no manejo dos animais...
...Dayana e Carol, por darem continuidade ao nosso trabalho...
...Alisson, Darcy, Enio, Geraldo e Renato, por todos os momentos que passamos juntos
nesse período, e pela sincera amizade...
...Departamento de Radiologia e Diagnóstico da Unesp, em São José dos Campos, pelo
respeito expresso a minha pessoa, especialmente a Carola Ágreda pela ajuda e a todos os
alunos do Doutorado da Unesp pela sincera amizade...
...Funcionários e Professores do IP&D pelo carinho e atenção o qual demonstraram com
minha pessoa...
O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de
justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Interroga-se a
sua consciência sobre seus próprios atos, pergunta se não
violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que
podia se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de
ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos
outros, aquilo que queria que os outros fizessem por ele.
“O homem de Bem” (Kardec, Cap. XVII)
AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DO REPARO ÓSSEO APÓS
LASERTERAPIA EM OSTEOTOMIAS EXPERIMENTAIS EM
FEMORES DE RATOS
RESUMO
A utilização da laserterapia tem apresentado efeitos positivos em processos de regeneração
óssea, baseado em medidas morfogênicas, bioquímicas e radiográficas. Desta forma, o
presente estudo objetivou avaliar radiologicamente o processo de regeneração óssea em ratos.
Os animais foram divididos aleatoriamente nos seguintes grupos: GC controle n=15, G(660)
n=15 e G(830) n=15. Os animais receberam medicação pré-anestésica de Acepromazina na
dose de 0,02lmL/Kg e Butorfanol na dose de 0,01mL/Kg, após 15 minutos foi aplicado o
anestésico Zoletil 0,1mL/Kg através de injeção intramuscular utilizando a mesma via. Todos
os animais foram submetidos à osteotomias no fêmur direito utilizando a trefina de 2,8mm de
diâmetro. Os tempos experimentais instituídos para cada grupo foram de 7, 14 e 21 dias. O
tratamento consistiu no emprego da laserterapia com intervalos de 48 horas entre as
aplicações, sendo a 1
a
aplicação imediatamente após o término dos procedimentos. Os
parâmetros utilizados foram: densidade de energia 40J/cm
2
, potência 5,0x10
-3
W,
comprimento de onda 660nm e 830nm, área do feixe 0,08cm
2
, distância da pele 1cm e tempo
de 40s por ponto. Para as tomadas radiográficas utilizou-se o parelho de raios X digital 765
DC
®
Gendex com 65 KVp, 7mA e 0,032s de tempo de exposição. Os valores obtidos das
médias das densidades ópticas de cada uma das amostras foi submetida à análise de variância
(ANOVA) seguida pelo teste de comparação múltiplia (Tukey-Kramer). Os resultados
observados na avaliação das tomadas radiográficas mostra-nos que os grupos GC, G(660) e
G(830) no tempo experimental de 7 dias apresentaram uma evolução óssea significativa entre
si p<0,012, destaca-se o G(830) que apresentou a maior densidade óptica; os resultados dos
grupos GC, G(660) e G(830) no tempo experimental de 14 dias apresentaram mudanças
perceptíveis na morfologia das amostras e um aumento gradativo nas médias densitométricas
com valores significativos p<0,0001. No tempo experimental de 21 dias observa-se o melhor
desenvolvimento de todos os grupos com uma maior reparação óssea principalmente dos
G(660) e G(830) apresentando valores significativos p<0,017. Conclui-se a terapia laser de
baixa potência com o comprimento de onda de 830nm demonstrou ser mais eficaz nos 3
períodos experimentais no estudo, de acordo com as tomadas radiográficas digitais que
apresentaram um maior aumento na radiopacidade e uma melhor morfologia das amostras.
Palavras-Chave: reparo ósseo, laserterapia, avaliação radiológica, ratos Wistar.
RADIOLOGICAL EVALUATION OF REPAIR ÓSSEO AFTER
LASERTERAPIA IN EXPERIMENTAL OSTEOTOMIAS IN
FEMORES OF RATS
ABSTRACT
The use of the laserterapia has presented positive effect in processes of bone regeneration,
based in morphogenic measures, biochemists and x-ray. In such a way, the present study it
objectified radiographic to evaluate the process of bone regeneration in rats. The animals had
been divided randomly in the following groups: GC has controlled n=15, G660 n=15 and
G830 n=15. The animals had received daily pay-anesthetical medication from Acepromazina
in the dose of 0,02lm/Kg and Butorfanol in the dose of 0,01ml/Kg after 15 minutes was
applied the Zoletil anaesthetic 0,1ml/Kg through injection to intramuscular using the same
way. All the animals had been submitted to the osteotomias in femur right using the trefina of
2.8mm of diameter. The instituted experimental times for each group had been of 7, 14 and 21
days. The treatment immediately consisted of the job of the laserterapia with intervals of 48
hours between the applications, being 1a application after the ending of the procedures. The
used parameters had been: energy density 40Jcm2, Power 5,0 x 10-3W, wave length 660nm
and 830nm, area of the beam 0,08cm2, distance of the skin 01cm and time of 40 for point. For
the radiographic taking the 765 DC® Gendex with 65 was used even of rays X digital KVp,
7me and 0,032s of exposition time. The gotten values of the averages of the optic densities of
each one of the samples were submitted to the analysis of variance (ANOVA) followed by the
test of multiple comparison (Tukey-Kramer). The results observed in the evaluation of the
radiographic taking show-in that the groups GC, G660 and G830 in the experimental time of
7 days had presented significant a bone evolution between itself p<0,0116, the G830 is
distinguished that presented the biggest optic density, the results of groups GC, G660 and
G830 in the experimental time of 14 days had presented perceivable changes in the
morphology of the samples and a gradual increase in the densitometric averages with
significant values p<0,0001. In the experimental time of 21 days one mainly observes
optimum development of all the groups with a bigger bone repairing of the G660 and G830
presenting significant values p<0,0169. It is concluded laser therapy of low power with the
wave length of 830nm demonstrated to be more efficient in the 3 experimental periods in the
study, in accordance with the digital radiographic taking that had presented a bigger increase
in the radiopacity and one better morphology of the samples.
Word-Key: Bone Repair, low-laser therapy, Radiological Evaluation, Wistar rats
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Assepsia do animal com álcool iodado .......................................................... 22
Figura 2 - Incisão na pele de 4 cm ................................................................................... 22
Figura 3 - Incisão na musculatura de 4 cm ...................................................................... 23
Figura 4 - Exposição do fêmur do animal ........................................................................ 23
Figura 5 – Realização do defeito ósseo ............................................................................ 24
Figura 6 – Broca trefina 2,8mm ......................................................................................... 24
Figura 7 – Fêmur com defeito ósseo ................................................................................ 25
Figura 8 – Sutura das camadas ......................................................................................... 25
Figura 9 – Nova assepsia ................................................................................................. 26
Figura 10 - Aplicação do laser infravermelho 830nm ...................................................... 26
Figura 11 - Aplicação do laser vermelho 660nm .............................................................. 27
Figura 12 – Broca trefina acoplada ao micro motor ........................................................ 27
Figura 13 - Sensor radiológico ......................................................................................... 28
Figura 14 - RVG/USB/TROPHY .................................................................................... 28
Figura 15 – Valores médios da densidade óptica dos grupos GC, G(660) e (830) aos 7 dias ... 29
Figura 16 –
Valores médios da densidade óptica dos grupos GC, G(660) e (830) aos 14 dias .. 30
Figura 17 –
Valores médios da densidade óptica dos grupos GC, G(660) e (830) aos 21 dias .. 31
Figura 18 –
Valores médios da densidade óptica GCxGCxGC 7/14/21 dias 32
Figura 19 –
Valores médios da densidade óptica G(660)xG(660)xG(660) 7/14/21 dias ...... 33
Figura 20 – Valores médios da densidade óptica G(830)xG(830)xG(830) 7/14/21 dias ...... 34
Figura 21 – Valores médios da densidade óptica dos grupos GC, G(660) e (830) para
7/14/21 dias ................................................................................................... 35
Figura 22 – Imagens radiológicas – 7 dias .................................................................................. 36
Figura 23 - Imagens radiológicas – 14 dias ................................................................................ 37
Figura 24 - Imagens radiológicas – 21 dias ......................................................................... 38
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Divisão dos grupos, quantidade de animais por grupo, tipo de procedimento
cirúrgico, dias de sacrifícios e tratamento........................................................ 18
Tabela 2 - Protocolo de irradiação laser 660nm e 830nm ............................................... 20
Tabela 3 - Características técnicas do equipamento Emissor Visível .............................. 68
Tabela 4 - Características técnicas do equipamento Emissor Infravermelho ................... 68
Tabela 5 - Características gerais do aparelho ................................................................... 68
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATPAdenosina Trifosfato
COBEA – Colégio Brasileiro de Experimentação Animal
DMO – Densidade Mineral Óssea
GaAlAs – Arseneto de Gálio-Alumínio
KCl – Cloreto de Potássio
LILT – Low Intensity Laser Therapy
mA – Miliamperes
mm – Milímetro
mL – Mililitro
nm – Nanômetros
PVP-I 10% -
SNC – Sistema Nervoso Central
TNT – Tecido não Tecido
UMBs – Unidades Multicelulares Básicas
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 01
2. REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................. 03
2.1 Tecido ósseo ............................................................................................................... 03
2.1.1 Células ósseas .......................................................................................................... 06
2.1.2 Papel metabólico do tecido ósseo ............................................................................ 07
2.1.3 Periósteo e Endósteo ................................................................................................ 08
2.1.4 Tipos de tecido ósseo .............................................................................................. 09
2.1.5 Histogênese .............................................................................................................. 09
2.1.6 Ossificação intramembranosa .................................................................................. 10
2.1.7 Ossificação endocondral ......................................................................................... 10
2.1.8 Ativação da remodelação óssea .............................................................................. 11
2.2 Laser de Baixa Potência ............................................................................................. 11
2.2.1 Laser de Baixa Intensidade no reparo ósseo .......................................................... 13
3. OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................... 17
3.1 Objetivos específicos ................................................................................................ 17
4. MATERIAL E MÉTODO ......................................................................................... 18
4.1 Modelo experimental .................................................................................................. 18
4.2 Anestesia .................................................................................................................... 19
4.3 Cirurgia ...................................................................................................................... 19
4.4 Aplicação do laser ...................................................................................................... 20
4.5 Tempos experimentais ................................................................................................ 21
4.6 Tomadas radiológicas ................................................................................................. 21
4.7 Análise estatística ....................................................................................................... 21
4.8 Procedimentos ............................................................................................................ 22
5. RESULTADOS ........................................................................................................... 29
5.1. 7 dias ......................................................................................................................... 29
5.2 14 dias ........................................................................................................................ 30
5.3 21 dias ........................................................................................................................ 31
5.4 GC: 7 x 14 x 21 dias .................................................................................................. 32
5.5 G(660): 7 x 14 x 21 dias ............................................................................................ 33
5.6 G(660): 7 x 14 x 21 dias ............................................................................................. 34
5.7 CG x G(660) x G(830): 7, 14, 21 dias ....................................................................... 35
5.8 Imagens radiológicas – 7 dias .................................................................................... 36
5.9 Imagens radiológicas – 14 dias .................................................................................. 37
5.10 Imagens Radiológicas – 21 dias ............................................................................... 38
6. DISCUSSÃO ................................................................................................................ 39
7. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 44
REFERENCIAS .............................................................................................................. 45
ANEXO A – Certificado de Aprovação do Estudo pelo Comitê de Ética ....................... 49
ANEXO B – Descrição estatística .................................................................................... 50
APÊNDICE A ................................................................................................................... 68
1
1. INTRODUÇÃO
O laser foi citado por Mester e colaboradores (1985) como uma das descobertas
mais significativas do século XX no campo de ciência médica. Isto envolve novas
perspectivas nas áreas de pesquisa biológica e aplicação na área médica. O laser de baixa
intensidade foi utilizado como estímulo para a proliferação celular por Mester, Mester e
Mester (1985). Seu efeito estimulante foi primeiramente utilizado no tratamento de feridas e
atualmente este recurso terapêutico é investigado no reparo de diversos tecidos biológicos,
incluindo o tecido ósseo, sendo este o menos estudado. Os efeitos da radiação eletromagnética
como o laser de baixa intensidade, no crescimento e reparo ósseo, têm sido investigados de
maneira limitada, segundo Baruska, Yaakobi e Oron (1995).
A terapia laser de baixa potência vem sendo usada cada vez mais na medicina em
geral e sugere-se que seu efeito pode ser benéfico na resolução de muitas condições
patológicas diferentes como na ortopedia, neurologia e reumatologia (KHADRA, 2005).
Os mecanismos biológicos relacionados à irradiação em tecido ósseo ainda não estão
claramente bem definidos. Uma hipótese foi descrita por Lubart et al. (1992) e Freitas,
Baranauskas e Cruz-Hofling et al. (2000), onde os mesmos descrevem que a energia laser
excita as porfirinas e os citocromos, que são cromóforos intracelulares, promovendo um
aumento da atividade celular, aumentando a concentração de adenosina trifosfato (ATP),
fosfatase alcalina e liberando cálcio.
O laser de baixa intensidade pode promover maior velocidade nos processos de
cicatrização e reparo, aceleração da neovascularização, maior formação do tecido de
granulação, aumento no número de fibroblastos, maior número de fibras colágenas, aumento
na síntese de ATP, liberação de histamina pré-formada, redução do pH intracelular e
alterações na proliferação e motilidade celular, fagocitose, reposta imune e respiração
(KITCHEN; PARTRIDGE, 1991).
2
Trelles e Mayayo (1987) sugeriram que o laser de baixa potência pode modular a
função de osteócitos, promovendo a aceleração do metabolismo e formação mais rápida do
calo ósseo. A radiação laser de baixa potência tem apresentado efeitos positivos na cura de
fraturas ósseas em animais, baseado em medidas morfogênicas, bioquímicas e radiográficas
(LUGER et al., 1998). A laserterapia não só diminuiu o tempo de reparo como também
produziu uma maior área de reparo ósseo (FREITAS; BARANAUSKAS; CRUZ-HOFLING,
2000). A utilização da radiação laser de baixa potência no reparo tecidual pode ser observada
em alguns estudos em ratos como modelos experimentais apresentando resultados positivos
(YAAKOBI; MALTZ; ORON, 1996).
Esta pesquisa objetivou avaliar a ação da laserterapia utilizando dois comprimentos
de ondas diferentes (660nm e 830nm) em osteotomias nos femores de ratos, sendo o foco
principal do estudo a observação do processo de reparo ósseo através de tomadas
radiográficas digitais.
3
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Tecido ósseo
Na evolução dos tecidos de sustentação, o osso ocupa uma importante posição
representando a solução biológica à necessidade de um material sólido de construção para o
esqueleto de todos os animais superiores (SCHENK, 2000). Os ossos têm funções
metabólicas, servindo de armazenado primário do cálcio e fósforo (DAMJANOV, 1996). O
osso é o elemento estrutural primário do corpo humano, protegendo órgãos vitais e dando
suporte aos músculos que permitem movimentos do esqueleto. Difere de materiais estruturais
de engenharia, pois ele é auto-reparador e pode alterar suas propriedades e geometria em
resposta a mudanças na demanda mecânica (KAPLAN et al., 1994).
Considera-se que o osso apresenta duas funções primordiais: (a) tecido de
sustentação, fornecendo estabilidade e (b) serve como banco de cálcio para homeostasia do
cálcio líquido no organismo. Estas funções determinam suas propriedades estruturais nos
níveis macroscópico, microscópico e ultra-estrutural. O papel mecânico é refletido na forma
externa dos ossos, forma e tamanho da cavidade medular, na espessura do córtex diafisário, e
na arquitetura da esponja nas metáfises e epífises. Elas dão prova da cooperação de vários
mecanismos adaptativos resultando em uma resistência máxima alcançada por um mínimo de
material (FROST, 1997; FROST, 1998).
É de consenso geral que o osso é um órgão individual do sistema esquelético, mas o
termo osso tem pelo menos três significados:
(a) O primeiro é a matriz óssea mineralizada, excluindo o osteóide que se adapta
rigorosamente à definição de osso como tecido duro. O osteóide é a matriz orgânica que será
mineralizada, por vezes chamada de pré-osso.
(b) O segundo significado de “osso” é matriz óssea mineralizada ou não, isto é, incluindo
ambos, osso mineralizado e osteóide.
4
(c) O terceiro significado de “osso” é um tecido incluindo medula óssea e outros tecidos
moles, bem como definido previamente. Pode-se referir a combinação de osso e tecido mole
associada à medula como “tecido ósseo”. Tecido é definido como uma agregação de células
similarmente especializadas unidas na execução de uma função específica (PARFITT et al.,
1987).
Rho, Kuhn-Spearing Zioups (1998) sugeriram uma organização estrutural
hierárquica para melhor compreensão das propriedades mecânicas do material ósseo
compreendendo:
(a) Macroestrutura: osso trabecular e cortical, a macroestrutura pode ser compreendida
como dois tipos de osso macroscopicamente diferentes: osso cortical, que predomina em
ossos longos das extremidades, e osso trabecular, que predomina nas vértebras e na pelve
(ERIKSEN; AXELROD; MELSEN, 1994). O endósteo do osso cortical tem um nível mais
elevado de atividade de remodelamento, resultando de mais deformação mecânica e/ou
proximidade do espaço medular. Nas superfícies endosteais, a reabsorção tende a exceder a
formação, levando à expansão do espaço medular em ossos longos (ERIKSEN; AXELROD;
MELSEN, 1994). O osso cortical é compacto e denso como visto no eixo de ossos longos e
pode ser recoberto por tecido conjuntivo.
O osso trabecular consiste de finas placas ou espículas com espessuras variando de
50 a 400 µm. Essas trabéculas são interconectadas num padrão de cacho de abelhas,
oferecendo assim, grande resistência mecânica. Em áreas submetidas a tensões mecânicas, o
padrão trabecular desenvolve uma estrutura que garante adaptação máxima para o padrão de
tensão dado. Por exemplo, a arquitetura do colo do fêmur espelha as linhas de tensão
desenvolvidas durante o carregamento mecânico produzido pelas cargas funcionais. O osso
cortical perfaz 80% da massa do esqueleto, com o osso trabecular constituindo os 20%
restantes. No entanto, como o osso trabecular é metabolicamente mais ativo por unidade de
5
volume, o metabolismo do esqueleto é quase que igualmente distribuído entre os dois tipos de
ossos (ERIKSEN; AXELROD; MELSEN, 1994).
(b) Microestrutura (de 10 a 500 µm): sistemas de havers, ósteons e trabéculas, são
representadas pelo sistema de Havers, e são formados por canais vasculares
circunferencialmente rodeados por osso lamelar que compõe o mais complexo tipo de osso
cortical. Este arranjo complexo do osso ao redor do canal vascular é chamado de ósteon. O
ósteon é um cilindro irregular e ramificado com anastomoses composto por um canal neuro
vascular centralmente disposto rodeado por camadas permeadas por células da matriz óssea
(KAPLAN et al., 1994).
(c) Sub-Microestrutura (1 a 10 µm): lamelas, as lamelas são fibras colágenas mineralizadas
planamente arranjadas, que representam a submicroestrutura do osso. Quando estas fibras
estão dispostas em camadas concêntricas ao redor de um canal central, forma-se um ósteon ou
canal de Havers (RHO; KUHN-SPEARING; ZIOUPS, 1998). No osso cortical e trabecular,
as fibras colágenas são arranjadas numa orientação alternada que dá um claro padrão lamelar
quando vista sob luz polarizada. Esta orientação ortogonal aumenta a resistência óssea. No
osso imaturo, que pode ser formado como osso primário ou em estados de grandes
modificações, como turnover ósseo, as fibras colágenas são arranjadas de maneira
desorganizada, o que compromete a resistência óssea (ERIKSEN; AXELROD; MELSEN,
1994).
(d) Nanoestruturas (de alguns centos de nanômetros a 1 µm): colágeno fibrilar e
minerais embebidos, quanto à nanoestrutura pode-se afirmar que o osso é um material
compósito poroso de duas fases, sendo estas primeiramente compostas por colágeno e matriz
mineral, que juntas são responsáveis por suas propriedades mecânicas. De uma forma simples,
pode-se dizer que as fibras de colágeno resistem às forças de tração e a matriz mineral resiste
à compressão (ALBERTS et al., 1989).
6
(e) Sub-Nanoestrutura (menor que alguns centos de nanômetros): estrutura molecular dos
elementos constituintes, como os minerais, colágeno e proteínas orgânicas não-colágenas, a
subnanoestrutura que representa a fase inorgânica ou mineral é composta basicamente por
fosfato de cálcio análogo a hidroxiapatita de cálcio cristalino. A fase orgânica da matriz
extracelular cumpre vários papéis determinando propriedades estruturais, mecânicas e
bioquímicas do osso. Aproximadamente 90% da matriz orgânica é composta por colágeno
tipo I, o restante consiste em proteínas não-colágenas, outros tipos de colágeno, lipídios e
outras macromoléculas. A interação dos hormônios e fatores de crescimento, presentes no
tecido ósseo, com os receptores celulares regulam o fluxo de íons cálcio na célula, evento este
que pode ser chave do controle da mineralização da matriz (KAPLAN et al., 1994).
2.1.1. Células ósseas
(a) Osteoblastos
Os osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo I,
proteoglicanas e glicoproteínas) da matriz óssea. São capazes de concentrar fosfato de cálcio
participando da mineralização da matriz óssea. Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas,
lado a lado. Quando em intensa atividade sintética, são cubóides, com citoplasma muito
basófilo. Porém, em estado pouco ativo tornam-se achatados e a basofilia citoplasmática
diminui. Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada, o osteoblasto passa a ser
chamado de osteócito. A matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus
prolongamentos formando assim as lacunas e canalículos. Os osteoblastos em fase de síntese
mostram as características ultra-estruturais das células produtoras de proteínas. A matriz óssea
recém-formada adjacente aos osteoblastos ativos e que não está ainda calcificada, recebe o
nome de osteóide (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
7
(b) Osteócitos
São células encontradas no interior da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais
partem canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito. Dentro dos canalículos os
prolongamentos dos osteócitos estabelecem contactos através de junções comunicantes, por
onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para outro (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2004). Os osteócitos são derivados dos osteoblastos, de tempos em tempos, um
osteoblasto é designado para tornar-se um osteócito, para a extrusão de matriz. Como todos os
outros osteoblastos, o pré-osteócito previamente estabeleceu suas conexões com osteócitos
situados mais profundamente no osso, por intermédio de processos citoplasmáticos inclusos
dentro de canalículos (SCHENK, 2000).
(c) Osteoclastos
Os osteoclastos são células móveis extensamente ramificadas com partes dilatadas
que contêm seis a 50 ou mais núcleos. As ramificações são muito irregulares, com forma e
espessura variáveis. Os osteoclastos têm citoplasma granuloso, algumas vezes vacúolos,
fracamente basófilo nos osteoclastos jovens e acidófilo, nos maduros. Estas células originam-
se de precursores mononucleados provenientes da medula óssea que, ao contacto com o tecido
ósseo, une-se para formar os osteoclastos multinucleados (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
2.1.2 Papel metabólico do tecido ósseo
O esqueleto contém 99% do cálcio do organismo e funciona como uma reserva
desse íon, cuja concentração no sangue (calcemia) deve ser mantida constante, para o
funcionamento normal do organismo. Há um intercâmbio contínuo entre o cálcio do plasma
sangüíneo e o dos ossos. O cálcio absorvido da alimentação, e que faria aumentar a
concentração sangüínea deste íon, é depositado rapidamente no tecido ósseo, e, inversamente,
o cálcio dos ossos é mobilizado quando diminui sua concentração no sangue. Existem dois
mecanismos de mobilização do cálcio depositado nos ossos, o primeiro é a simples
8
transferência dos íons dos cristais de hidroxiapatita para o líquido intersticial, do qual o cálcio
passa para o sangue. Esse mecanismo, puramente físico, é favorecido pela grande superfície
dos cristais de hidroxiapatita e tem lugar principalmente no osso esponjoso. As lamelas ósseas
mais jovens, pouco calcificadas, que existem mesmo no osso adulto, devido à remodelação
contínua, são as que recebem e cedem Ca
2+
com maior facilidade. Essas lamelas são mais
importantes na manutenção da calcemia do que as lamelas antigas, muito calcificadas e cujos
papeis principais são de suporte e proteção. O segundo mecanismo da mobilização do cálcio é
de ação mais lenta e decorre da ação do hormônio da paratireóide, ou paratormônio, sobre o
tecido ósseo. Este hormônio causa aumento no numero de osteoclastos e reabsorção da matriz
óssea, com liberação de fosfato de cálcio e aumento da calcemia. A concentração de (PO
4
)
+3
não aumenta no sangue, porque o próprio paratormônio acelera a excreção renal de íons
fosfato. O paratormônio atua sobre receptores localizados nos osteoblastos. Em reposta a esse
sinal, o osteoblastos deixam de sintetizar colágeno e iniciam a secreção do fator estimulador
dos osteoclastos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
2.1.3 Periósteo e endósteo
As superfícies internas e externas dos ossos são recobertas por células osteogênicas e
tecido conjuntivo, que constituem o endósteo e periósteo, respectivamente. As principais
funções do periósteo e do endósteo são a nutrição do tecido ósseo e o fornecimento de novos
osteoblastos, para o crescimento e a reparação desse tecido (DAMJANOV, 1996). A camada
mais superficial do periósteo contém principalmente fibras colágenas e fibroblastos, na sua
porção profunda o periósteo é mais celular e apresenta células osteoprogenitoras. Estas células
se multiplicam por mitose e se diferenciam osteoblastos, desempenhando papel importante no
crescimento dos ossos e na reparação das fraturas. O endósteo é constituído por uma camada
de células osteogênicas achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal
medular, os canais de Havers e os de Volkmann (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
9
2.1.4 Tipos de tecido ósseo
(a) Tecido ósseo primário
Em cada osso o primeiro tecido ósseo que aparece é o tipo primário ou não lamenar
sendo substituído gradativamente por tecido ósseo lamenar ou secundário. O tecido ósseo
primário apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida,
com menor quantidade de minerais, facilitando assim a entrada dos raios X (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2004).
(b) Tecido ósseo secundário (lamelar)
O tecido ósseo secundário é geralmente encontrado em indivíduos adultos, sua
principal característica é possuir fibras colágenas organizadas em lamelas de 3 a 7 µm de
espessura, que ficam paralelas umas às outras, ou se dispõem em camadas concêntricas em
torno de canais com vasos, formando o sistema de Havers ou ósteons (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2004).
2.1.5 Histogênese
O tecido ósseo é formado por um processo chamado de ossificação
intramembranosa, que ocorre no interior de uma membrana conjuntiva, ou pelo processo de
ossificação endocondral, Este ultimo se inicia sobre um molde de cartilagem hialina, que
gradualmente é destruído e substituído por tecido ósseo formado a partir de células do
conjuntivo. Tanto na ossificação intramembranosa como na endocondral, o primeiro tecido
ósseo formado é o do tipo primário. Este é pouco substituído por tecido secundário ou
lamelar. Portanto, durante o crescimento dos ossos podem-se observadas lado a lado áreas de
tecido primário, áreas de reabsorção e áreas de tecido secundário. Uma combinação de
formação e remoção de tecido ósseo persiste durante o crescimento do osso (JUNQUEIRA;
CARNEIRO, 2004).
10
2.1.6 Ossificação intramembranosa
A ossificação intramembranosa encontra-se no interior de membranas de tecido
conjuntivo, contribui para o crescimento de ossos curtos e para o crescimento em espessura
dos ossos longos. O local da membrana conjuntiva, onde a ossificação começa é denominada
de ossificação primária, sendo que o processo se inicia pela diferenciação de células
mesenquimatosas que se transformam em grupos de osteoblastos. Estes sintetizam o osteóide
que logo se mineraliza, englobando alguns osteoblastos que se transformam em osteócitos.
Como vários desses grupos surgem simultaneamente no centro de ossificação, há confluência
das traves ósseas formadas, dando ao osso um aspecto esponjoso. Entre as traves formam-se
cavidades que são penetradas por vasos sangüíneos e células mesenquimatosas
indiferenciadas, que irão dar origem à medula óssea (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
2.1.7 Ossificação endocondral
A ossificação endocondral tem início sobre uma peça de cartilagem hialina, com
morfologia semelhante ao que será formado, porém de tamanho menor. Este tipo de
ossificação é o principal responsável pela formação dos ossos longos e curtos. A ossificação
endocondral consiste em dois processos: inicialmente, a cartilagem hialina sofre
modificações, havendo hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa a finos
tabiques, sua mineralização e a morte dos condrócitos por apoptose. Posteriormente, as
cavidades previamente ocupadas pelos condrócitos são invadidas por capilares sangüíneos e
células osteogênicas vindas do conjuntivo adjacente, essas células diferenciam-se em
osteoblastos, que depositarão matriz óssea sobre os tabiques de cartilagem calcificada
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).
11
2.1.8 Ativação da remodelação óssea
A taxa de remodelação haversiana fisiológica isto é, o número de unidades
multicelulares básicas (UMBs) sob a forma de porcentagem do numero total de ósteons em
cortes transversais corticais, ou calculada por unidade de área de corte transversal varia de
osso para osso e também com a idade (OLAH; SCHENK, 1996). A remodelação óssea é
ativada sistematicamente pelos hormônios do crescimento, tiroidiano e paratiroidiano e
inibida pela calcitonina, cortisona e possivelmente o cálcio.
Localmente o giro ósseo é grandemente estimulado por fatores mecânicos tais como
fraturas, defeitos cirúrgicos, inserção de implantes ou qualquer processo inflamatório. A
vascularização temporária também desencadeia a revascularização e substituição óssea via
remodelação mediada por UMBs. Uma característica comum desta estimulação é a fase de
retardo entre ativação e o início da fase de reabsorção (OLAH; SCHENK, 1996).
2.2 Laser de Baixa Potência
A palavra laser é um acrônimo de Light Amplification by Stimulated Emission of
Radiation, ou seja, luz amplificada por emissão estimulada de radiação. As características que
diferem a luz laser de uma lâmpada comum são: monocromaticidade, coerência e
direcionalidade. A possibilidade de focalização em pequenas áreas e a emissão de altas
densidades de energia faz do laser um instrumento de grande interesse e importância para
aplicações nas áreas da saúde, tanto no diagnóstico como na terapia. (NICOLAU, 2001).
O laser pode apresentar diferentes meios ativos: sólido, liquido ou gasoso. O laser de
diodo é um chip semicondutor que funciona como um diodo elétrico, onde a região ativa
lembra um “sanduíche” de materiais semicondutores diferentes. Na maioria dos
semicondutores a energia é liberada em forma de calor, porém, em materiais como o Gálio, o
Alumínio e o Arsênio, a energia é liberada em forma de fótons. Estes possuem comprimentos
12
de onda no espectro vermelho e infravermelho (620 a 1500nm), os quais são determinados
pelo tipo de material semicondutor utilizado (BRUGNERA; PINHEIRO, 1998).
Os parâmetros que descrevem um laser são: o comprimento de onda, potência e
energia, forma de emissão e densidades de potência e energia; esses parâmetros devem ser
ajustados de forma que suas doses sejam equilibradas e benéficas para a patologia em questão
(BASFORD, 1989).
O uso do laser tornou-se parte de nossa linguagem num período relativamente curto
de tempo. As aplicações dos lasers estão em quase todos os campos de conhecimento
humano, desde medicina, ciência e tecnologia a negócios e entretenimento (BAXTER, 1997).
O laser foi citado por Mester e colaboradores (1985) como sendo uma das
descobertas mais significativas do século XX no campo da ciência médica. Isto envolve novas
perspectivas nas áreas de pesquisa biológica e aplicaçãos na prática médica. O espectro
eletromagnético inclui além do infravermelho e do ultra-violeta, raios X, Gamma,
microondas, luz visível e ondas de rádio. Estes diferentes tipos de radiação têm em comum a
existência de campos elétricos e magnéticos alternativos que oscilam em sincronia e
perpendicularmente na direção da propagação. A intensidade do campo elétrico aumenta até
um valor máximo positivo depois diminui passando pelo zero até um máximo negativo, antes
de subir novamente ao zero e completar outro ciclo. Esta variação sinusoidal no campo
elétrico é espelhada em ângulos retos por uma variação idêntica no campo magnético. É esta
combinação da flutuação de campos elétrico e magnético que dá a radiação o nome
eletromagnético. Similarmente o comprimento de onda também caracteriza a radiação
eletromagnética, a medida que altas freqüências são sinônimos de ondas mais curtas e vice-
versa (BAXTER, 1997).
O laser de baixa intensidade foi primeiro utilizado como estímulo para a proliferação
celular por Mester e colaboradores (1985), pois até então, este tipo de laser só era utilizado
13
como luz guia para lasers de alta potência em cirurgias. O efeito estimulante foi
primeiramente observado no tratamento de feridas e, atualmente, este recurso terapêutico é
investigado no reparo de diversos tecidos biológicos, incluindo o tecido ósseo, sendo este
último o menos estudado.
O laser de baixa intensidade pode promover; maiores velocidades de cicatrização e
reparo, aceleração da neovascularização, oclusão de feridas, maior formação do tecido de
granulação, maior número de fibroblastos, maior número de fibras colágenas, aumento na
síntese de ATP, liberação de histamina pré-formada, redução do pH intracelular e alterações
na proliferação e motilidade celular, fagocitose, reposta imune e respiração (KITCHEN;
PARTRIDGE, 1991).
Genovese (2000) salienta que a terapia laser de baixa potência pode acarretar
diminuição da intensidade de dor não só pela inibição da enzima cicloxiigenase, mas também
pelo fato de atuar como um fator equilibrador do potencial da membrana em repouso,
dificultando a transmissão do estimulo nervoso. A terapia laser de baixa intensidade tem sido
usada no tratamento de muitas patologias com relatos de múltiplos efeitos clínicos incluindo
promoção de cura em tecidos moles e ósseo. Os efeitos do comprimento de onda, tipo de
feixe, nível e intensidade de energia e regime de exposição do laser terapêutico continuam não
explicados. Além disso, não existem determinações especificas de dosimetria e mecanismo de
ação para diferentes tipos celulares (COOMBE et al., 2001).
2.1.1 Laser de Baixa Potência no reparo ósseo
O estudo da reparação de defeitos ósseos é muito importante visto ser um desafio
para muitos profissionais da área de saúde (LINDE et al., 1993; PECORA et al., 1997),
juntamente ao comportamento mecânico excelente, o osso revela um potencial único para
regeneração, sendo capaz de reparação de fraturas ósseas sem que seja observada qualquer
cicatriz. Para que uma mineralização sem distúrbios ocorra, existem requisitos básicos, como
14
uma concentração adequada de íons cálcio e fosfato, presença de matriz a ser calcificada,
agentes de nucleação e controle de agentes reguladores (promotores e inibidores). Além
destes, a formação óssea depende de dois pré-requisitos indispensáveis: suporte sangüíneo
amplo e suporte mecânico. Essa ação é regulada sistemicamente por hormônios circulantes,
fatores de crescimento e citocinas sendo a remodelação óssea um processo de equilíbrio
constante entre a reabsorção e a formação óssea (BERNE, 1990; HARRISON, 1996).
Acredita-se que esta regeneração ocorra baseada em dois mecanismos combinados: a
indução da proliferação e diferenciação de células mesenquimais indiferenciadas e, a indução
da proliferação onde células osteoprogenitoras pré-formadas (ARISAWA et al., 2000).
Marino (2003) investigou o efeito da terapia laser de baixa no reparo ósseo em tíbias
de ratos e citou a existência de uma suposta ação modulatória sobre o processo inflamatório,
atribuída a terapia laser de baixa intensidade, possíveis ações como controle de liberação de
fatores quimiotáticos, aumento da atividade fagocitária e/ou aumento de vascularização,
certamente contribuíram para uma osteossíntese inicialmente mais ativa, ao propiciarem a
instalação de condições ambientais favoráveis.
Os efeitos da radiação eletromagnética, como o laser de baixa intensidade, no
crescimento e reparo ósseo, têm sido investigados de maneira limitada, segundo Baruska,
Yaakobi e Oron (1995). O laser é freqüentemente estudado na cicatrização muscular, nervosa
e dérmica. A radiação laser de baixa potência tem apresentado efeitos positivos na cura de
fraturas ósseas em animais, baseado em medidas morfogênicas, bioquímicas, radiográficas e
ao microscópio eletrônico (LUGER et al., 1998).
Trelles e Mayayo (1987) sugeriram que o laser de baixa potência pode modular a
função de osteócitos, promovendo a aceleração do metabolismo e reação mais rápida do calo
ósseo em defeitos ósseos realizados em tíbias de ratos. Em outro estudo feito realizando-se
fraturas circulares na tíbia de 292 ratos, com o laser GaAlAs 830nm, com 10 J/cm
2
, 150 mW,
15
25 segundos. Baruska, Yaakobi e Oron (1995) relataram que a radiação laser de baixa
intensidade pode alterar a atividade e o número de osteoblastos e osteoclastos, refletindo na
alteração da atividade de fosfatase alcalina e fosfatase ácida, promovendo o reparo ósseo no
local da lesão em modelos in vivo. O tratamento se deu no 5
o
e 6
o
dias pós-osteotomia,
utilizando 3 J/cm
2
, 100 mW, 830nm, 50 segundos, 2 pontos por animal, as análises
histomorfométricas revelaram um acúmulo mais rápido de tecido ósseo no local irradiado,
tendo aproximadamente dobrado a velocidade de reparo.
Estudo realizado em ratos por Luger et al. (1998), constatou que a carga máxima
suportada e a rigidez estrutural do calo da tíbia fraturada foram significantemente mais
elevadas no grupo que recebeu tratamento com radiação laser com a seguinte dosimentria:
GaAlAs 830nm 12 J/cm
2
e 30 segundos. Os calos ósseos foram testados com distração após 2,
4 e 6 semanas. Com 2 semanas, os calos estavam muito imaturos. Com 4 semanas a
resistência do calo era semelhante à observada na fratura completamente curada, e em 6
semanas as fraturas estavam totalmente curadas.
Um estudo avaliou os efeitos da terapia laser de baixa intensidade em células
osteoblásticas humanas, utilizando o laser de Arseneto de Gálio-Alumínio (AsGaAl 830nm),
com densidades de energia de 1,7 a 24,1 J/cm
2
por até 10 dias. A viabilidade celular não foi
afetada pela radiação laser, sendo esta maior que 90% em todos os grupos experimentais. A
proliferação ou ativação celular não foi significativamente afetada por quaisquer níveis de
energia ou regimes de exposição investigados. A investigação da concentração do cálcio
intracelular revelou uma tendência de mudança transitória positiva após irradiação. O
aumento do cálcio intracelular indicou que as células osteoblásticas respondem com rapidez a
terapia laser de baixa intensidade (COOMBE et al., 2001).
A aplicação diária do laser terapêutico por um período superior a sete dias melhorou
a neoformação trabecular em estudo feito com fratura de tíbia de ratos. A utilização do laser
16
de baixa potência demonstrou neste estudo que os processos foto-biológico não relacionados a
efeitos térmicos provavelmente constituem os mecanismos básicos envolvidos na recuperação
do tecido lesado (FREITAS; BARANAUSKAS; CRUZ-HOFLING, 2000). Os efeitos do
laser de baixa potência em outras áreas ortopédicas como a osteointegração de dispositivo
ósseo protético implantado ainda não são claros.
17
3. OBJETIVOS GERAIS
Este estudo foi delineado para comparar a resposta do tecido ósseo, frente a dois
comprimentos de ondas diferentes (660nm e 830nm) em osteotomias experimentais em
fêmores de ratos.
3.1 Objetivos específicos
Analisar os efeitos da terapia laser de baixa potência em osteotomias experimentais
em fêmores de ratos através de tomadas de radiografia digital.
18
4. MATERIAL E MÉTODO
O presente trabalho foi desenvolvido em obediência as Normas para
Experimentação Animal e de acordo com os Princípios Éticos de manuseio e cuidado com
animais de laboratório preconizados pelo COBEA (Colégio Brasileiro de Experimentação
Animal, 1991), descritos por Cardoso (2004). Além disto, adotaram-se as normas para prática
didático-científica de vivisseção de animais (Lei 6638 de 08/05/1979), obtendo aprovação
pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Vale do Paraíba sob o protocolo n
o
L213-
2005 (Anexo A).
4.1 Modelo experimental
Para este estudo foram utilizados 45 ratos Wistar, Rathus Norvegicus com peso de
250 gramas. Os animais passaram por período de quatro dias de ambientação no Biotério de
passagem do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IP&D) UniVap, em ambiente
climatizado (23
o
C), umidade relativa (40 a 60%) e fotoperíodo (ciclo de 12 horas claro-
escuro) controlados, sendo os mesmos alimentados com ração e água a vontade. Os animais
foram divididos aleatoriamente, em 3 grupos, descritos na tabela 1:
Tabela 1 – Divisão dos grupos, quantidade de animais por grupo, tipo de procedimento
cirúrgico, dias de sacrifícios e tratamento.
Tempos
experimentais (dias)
Gru
pos
n
Procedimentos
7 14 21
Tratamento
Controle (C) 15 Osteotomia 5 5 5 Nenhum
Laser (L660) 15 Osteotomia 5 5 5 48hs-48hs
Laser (L830) 15 Osteotomia 5 5 5 48hs-48hs
19
4.2 Anestesia
Os procedimentos foram realizados em sala cirúrgica do IP&D, sendo realizada uma
cuidadosa desinfecção da sala cirúrgica utilizando-se álcool 70%. Todos os envolvidos no
procedimento utilizaram vestimentas adequadas como aventais, gorros, luvas e máscaras.
Todos os materiais utilizados nas cirurgias foram colocados em embalagens adequadas
devidamente seladas, passando por processo de esterilização em autoclave (Sercon) ciclo 2,
por 45 minutos à 120ºC. No dia da cirurgia os animais receberam uma medicação pré-
anestésica com injeção intramuscular (seringa e agulha estéril descartável – BD
) de
Acepromazina (Acepran 0,2% Univest S.A.) na dose de 0,02 mL/Kg e Butorfanol
(Lab Forte
Dodge Ltda) na dose de 0,01mL/Kg. Após 15 minutos foi aplicado o anestésico Zoletil 50
(Virbac) na dose de 0,1 mL/Kg através de injeção intramuscular com seringa de insulina
descartável (Becton Dickson Indústrias Cirúrgicas Ltda) na região medial do quadríceps
contralateral.
4.3 Cirurgia
Todos os animais foram submetidos à realização da osteotomia na região do fêmur
direito. Após a anestesia descrita anteriormente, os animais foram submetidos à tricotomia na
região com uma navalha e aplicação de solução tópica de polividona Iodo - PVP-I 10% (LM
FARMA
). Como procedimento de biossegurança foi utilizado campo estéril de TNT (tecido
não tecido) na região da cirurgia e para colocação dos instrumentais esterilizados. Com uma
lâmina de bisturi nº 15 (Paramount
) foi realizada uma incisão de aproximadamente três
centímetros de comprimento na superfície da pele (Figura 2) e uma incisão muscular (Figura
3), sendo afastados os tecidos moles e o periósteo com auxílio de um instrumental apropriado,
tornando exposta a região femoral. O defeito ósseo foi realizado com uma broca especifica
(Figura 6) denominada trefina de 2,8mm de diâmetro, com auxílio do motor elétrico de baixa
20
rotação (DENTEC 405N
®
), na velocidade de 1100 rpm e freqüência de 025s, sob irrigação
constante e abundante com soro fisiológico durante todo procedimento cirúrgico (Figura 12).
Após a realização do defeito ósseo na região femoral, foram suturadas as camadas musculares
com fio reabsorvível e a pele com fio de seda estéril nº 4. A área operada sofreu nova assepsia
com álcool iodado, sendo os animais mantidos em gaiolas limpas e em local apropriado,
climatizado, com água e ração ad libitum.
4.4 Aplicação do laser
Para a aplicação da laserterapia os animais não receberam nenhuma medicação.
Eram posicionados em decúbito lateral sobre uma plataforma e imobilizados manualmente. A
laserterapia foi realizada a cada 48 horas, (Tabela 1) sendo que a 1
a
aplicação se deu
imediatamente após o procedimento cirúrgico (Figura 10 e 11). Foram irradiados 3 pontos na
região desejada com 40 segundos cada ponto. Os animais do grupo controle receberam o
mesmo tipo de manipulação que os animais irradiados, porém com o equipamento desligado.
A dosimetria utilizada é descrita na tabela 2, as características técnicas do emissor visível, as
do emissor infravermelho e as características gerais do aparelho são mostradas
respectivamente nas tabelas 3, 4 e 5.
Tabela 2 – Protocolo de irradiação laser 660nm e 830nm
Parâmetros de Irradiação Valor
Densidade de Energia (DE) 40 J/cm2
Potência 5,0 mW
Comprimento de Onda 660nm/830nm
Área de Feixe 0,8cm
2
Distância da Pele 01 cm
Tempo 40 s
Número de Pontos 3 pontos por animal
21
4.5 Tempos experimentais
Após o período de tratamento instituído para cada grupo experimental, 7,14 e 21
dias, os animais dos respectivos grupos foram submetidos à eutanásia. Para tanto os animais
receberam uma medicação pré-anestésica, cujo intuito era de promover a anestesia por ação
depressora no Sistema Nervoso Central (SNC), deixando os animais sem qualquer tipo de
estresse. Após uma injeção intramuscular de Acepromazina (Acepran 0,2% Univest S.A.) na
dose de 0,02 mL e Butorfanol
na dose de 0,01 mL, passados 10 minutos os animais foram
sacrificados através da administração de cloreto de potássio (KCL) 20% intracárdico.
4.6 Tomadas radiológicas
Para as tomadas radiográficas dos fêmores foi utilizado o aparelho de raios X digital
765 DC® Gendex com os seguintes parâmetros: 65 kVp, 7mA, e 0,032s de tempo de
exposição. Para captação das imagens, utilizou-se um sistema de radiografia digital direto,
que emprega o dispositivo de carga acoplada (CCD): o RVG
(Trophy Radiologie, Vincennes,
Toulose, France). Esse sistema digital foi acoplado a um computador Pentium III com 1,4
GHz, 128Mb de memória, HD 40Gb, Monitor LG de 17. O sensor CCD foi fixado a uma
mesa com o cilindro do aparelho de raios X posicionado a uma distância focal de 40cm, de
forma que o feixe central de raios X incidisse perpendicularmente ao sensor. Cada peça
anatômica foi colocada no sensor com o defeito ósseo ocupando a porção central deste. As
imagens obtidas foram armazenadas no formato TIFF, resolução padronizada. Posteriormente,
a análise da densidade óptica foi realizada no programa Image Tool 2.03
, utilizando-se a
ferramenta Histogram (densidade óptica x número de pixels), demarcando-se a região central
do defeito ósseo. Com isso, obteve-se um gráfico bidimensional, fornecendo os valores de
tons de cinza da imagem radiográfica. Foram realizadas duas leituras das médias das
densidades de cada imagem radiográfica, no intervalo de uma semana cada, pelo mesmo
22
examinador. Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística pelos ANOVA e
Tukey-Kramer.
4.7 Análise estatística
Os valores médios das leituras ópticas foram submetidos à análise de variância
ANOVA, seguido pelo teste de comparação múltipla de Tukey-Kramer, quando necessário.
Os resultados foram expressos com média ± erro padrão da média (Média ± E.P.M), sendo os
valores de p 0,05 (5%) considerados significantes.
4.8 Procedimentos
Figura 1 – Assepsia do animal com álcool iodado
Figura 2 – Incisão na pele de 4 cm
23
Figura 3 – Incisão na musculatura de 4 cm
Figura 4 – Exposição do fêmur do animal
24
Figura 5 – Realização do defeito ósseo
Figura 6 – Broca trefina 2,8mm
25
Figura 7 – Fêmur com defeito ósseo
Figura 8 – Sutura das camadas
26
Figura 9 – Nova assepsia
Figura 10 – Aplicação do laser infravermelho 830 nm
27
Figura 11 – Aplicação do laser vermelho 660nm
Figura 12 – Broca trefina acoplada ao micro motor
28
Figura 13 – Sensor Radiológico
Figura 14 – RVG/USB/TROPHY
29
5. RESULTADOS
5.1 - 7 dias
A análise estatística dos valores obtidos referentes à densidade óptica obtida dos
grupos em estudo, GC (grupo controle), G(660) (grupo tratado com laser de 660 nm) e
G(830) (grupo tratado com laser de 830 nm), permitiu avaliar e comparar a existência ou não
de alterações na morfologia e na radiopacidade das tomadas radiográficas da amostra de cada
espécime no tempo experimental de 7 dias. A obtenção das médias absolutas de densidade
óptica revelou um aumento gradativo na morfologia e um aumento na radiopacidade das
tomadas radiográficas.
Figura 15. Valores médios da densidade óptica em relação ao tempo experimental de 7
dias, média ± E.P.M. GC, G(660) e G(830) respectivamente. (n=5 e *p< 0,0001).
128
130
132
134
136
138
140
142
GC G(660) G(830)
Grupos
Densidade Óptica
*
77 7
30
5.2 - 14 dias
Nos grupos GC, G(660) e G(830), no tempo experimental de 14 dias e com 5
aplicações de laserterapia, foi observado uma mudança perceptível na morfologia da amostra
dos espécimes; ressalta-se o aumento na radiopacidade das tomadas radiográficas,
expressando um resultado estatisticamente significativo.
Figura 16. Valores médios da densidade óptica em relação ao tempo experimental de 14
dias, média ± E.P.M. GC, G(660) e G(830) respectivamente. (n=5 e *p< 0,01).
132
134
136
138
140
142
GC G(660) G(830)
Grupos
Densidade Óptica
*
14 14 14
31
5.3 - 21 dias
A análise dos resultados obtidos com os grupos de 21 dias permitiu observar um
aumento na média absoluta do G(660) nesse período. Foi observado nesse período um
preenchimento quase total no local do defeito nos 3 grupos experimentais, porém no G(660) e
G(830) esse preenchimento foi maior, como é mostrado na figura 17.
Figura 17. Valores médios da densidade óptica em relação ao tempo experimental de 21
dias, média ± E.P.M. GC, G(660) e G(830) respectivamente. (n=5 e *p< 0,017).
136
138
140
142
144
GC G(660) G(830)
Grupos
Densidade Óptica
*
21 21 21
32
5.4 - GC: 7 x 14 x 21 dias
A figura 18 representa os valores médios da densidade óptica dos espécimes
pertencentes ao GC nos diferentes tempos experimentais estudados. Observa-se que houve um
aumento gradativo nesses valores, correlacionando com o processo de reparo no defeito ósseo
cirurgicamente criado. Após o período de 7 dias a densidade óptica média apresentou valores
de 132,6, para o período de 14 dias temos uma média de 136,0 e para o período de 21 temo
uma média de 139,0. Observa-se que os 3 grupos controles analisados apresentaram
diferenças em sua morfologia inicial mesmo sem nenhum tratamento empregado, isso se deve
ao foto do osso ser órgão auto reparador, com uma considerável capacidade de se regenerar.
Os resultados dos grupos controles indicaram um valor estatisticamente significativo.
Figura 18. Valores médios da densidade óptica em relação a todos os tempos
experimentais do estudo, média ± E.P.M. GC 7 dias, GC 14 dias e GC 21 dias
respectivamente. (n=5 e *p<0,004).
128
130
132
134
136
138
140
142
GC GC GC
Grupos
Densidade Óptica
*
714 21
33
5.5 - G(660): 7 x 14 x 21 dias
A mesma comparação foi realizada com os dados obtidos da densidade óptica nos
espécimes do grupo G(660). Observa-se que no tempo experimental de 7 e 14 dias temos uma
média óptica de 137,2 e 138,0 respectivamente, já para o tempo experimental de 21 dias
temos uma média óptica de 141. Isso leva-nos a acreditar que os animais do G(660) obtiveram
um maior ganho ósseo a partir do 14
o
dia de tratamento conforme ilustra a representação
gráfica abaixo. Os resultados dos GC indicam uma diferença estatisticamente significativa.
Figura 19. Valores médios da densidade óptica em relação a todos os tempos
experimentais do estudo, média ± E.P.M. G(660) 7 dias, G(660) 14 dias e
G(660) 21
dias, respectivamente. (n=5 e *p<0,006).
134
136
138
140
142
144
G(660) G(660) G(660)
Dias
Densidade Óptica
*
71421
34
5.6 – G(830): 7 x 14 x 21 dias
Foi realizada a comparação das médias da densidade óptica dos espécimes do
G(830). Observamos nos valores obtidos do período de 7 e 14 dias cuja média representam
140,4 e 140,8 respectivamente, valores próximos. Para o período de 21 dias nota-se um
amento nessa média, 142,0. De acordo com a figura 20 observa-se um crescimento linear nos
dois primeiros períodos seguida de uma leve inclinação para o tempo de 21 dias, indicando
um maior desenvolvimento ósseo no ultimo período. É importante salientar que os grupos
tratados com laser 830nm, apresentaram em todas as etapas do estudo um desenvolvimento
maior e melhor do que os grupos tratados com laser 660nm, sendo que as dosimetrias foram
às mesmas para ambos os grupos, diferenciando apenas no comprimento de onda dos
mesmos. Quando comparado às médias absolutas de todos os grupos G(830) de todos os
tempos experimentais, obtivemos um valor não significativo entre as médias desses grupos.
Figura 20. Valores médios da densidade óptica, média ± E.P.M. G(830) 7 dias, G(830)
14 dias e G(830) 21 dias, respectivamente. (n=5 e *p<0,2181).
138
140
142
144
G(830) G(830) G(830)
Dias
Densidade Óptica
*
21147
35
5.7 - CG x G(660) x G(830): 7, 14, 21 dias
Para uma melhor visualização dos resultados deste estudo comparamos todas as
médias absolutas entre todos os grupos e todos os períodos experimentais. Observamos no 1
o
grupo GC como se deu sua evolução gráfica, observamos que sua linha com marcadores
expressos representando as médias de cada grupo no altera sua direção, e cresce sempre no
mesmo sentido, indicando um crescimento ósseo normal, sem a inclusão de nenhum
tratamento paralelo que influenciasse nos resultados obtidos. Nota-se no 2
o
grupo G(660) que
a linha com os marcadores varia susceptivelmente entre os dois períodos experimentais de 7 e
14 dias e sua linha modifica-se novamente no período experimental de 21 dias, indicando-nos
um estimulo ao crescimento ósseo mais significante nos últimos dias do tempo experimental.
Os grupos G(830) apresentaram valores médios absolutos aproximados, sendo que não houve
diferença estatisticamente significativa
Figura 21. Valores médios da densidade óptica, média ± E.P.M. GC 7 dias, GC 14 dias e
GC 21 dias; G(660) 7 dias, G(660) 14 dias e G(660) 21 dias; G(830) 7 dias, G(830)
14dias e G(830) 21 respectivamente. (n=5 e p<0,0001).
126
128
130
132
134
136
138
140
142
144
GC
GC
GC
G(
6
6
0
)
G(
6
6
0
)
G(
6
6
0
)
G(
8
3
0)
G(
8
3
0
)
G(
8
3
0
)
Dias
Densidade Óptic
a
*
**
***
77714 14 1421 21 21
36
5.8 - Imagens radiológicas – 7 dias
Grupo Controle 7 dias
Grupo Tratado Laser 660nm 7 dias
Grupo Tratado Laser 830 nm 7 dias
Figura 22. Imagens radiológicas – 7 dias
37
5.9 - Imagens radiológicas – 14 dias
Grupo Controle 14 dias
Grupo Tratado Laser 660 nm 14 dias
Grupo Tratado Laser 830 nm 14 dias
Figura 23. Imagens radiológicas – 14 dias
38
5.10 - Imagens Radiológicas – 21 dias
Grupo Controle 21 dias
Grupo Tratado Laser 660 nm 21 dias
Grupo Tratado Laser 830 nm 21 dias
Figura 24. Imagens radiológicas – 21 dias
39
6. DISCUSSÃO
A terapia laser é descrita como uma ferramenta importante para estimular
positivamente o osso, tanto in vivo quanto in vitro. Resultados de estudos experimentais
indicam que as propriedades físicas e fotoquímicas de algumas ondas, ou comprimento de
onda, são responsáveis pelas respostas positivas do tecido ósseo (PINHEIRO; GERBI, 2006;
STEIN et al., 2005). O laser de baixa potência parece acelerar o tempo de regeneração de
defeitos ósseos, porém o efeito da terapia laser na osteointegração de dispositivos protéticos
implantados no osso ainda é obscuro (GUZZARDELLA et al., 2001).
Karu (1989) aponta, com base nos resultados obtidos em estudos experimentais, que
a universalidade dos efeitos da terapia laser de baixa potência na estimulação do metabolismo
celular é devida aos receptores primários que compõem a cadeia respiratória. Além disso, são
dependentes da dose de luz e, dessa maneira, em doses baixas, a irradiação causa regulação da
oxi-redução do metabolismo celular e em altas doses ocorrem danos fotodinâmicos. A
intensidade do efeito de biomodulação depende do estado da célula antes da irradiação, o que
explicaria o porquê do efeito bioestimulante nem sempre ser observado. Os efeitos
terapêuticos da terapia laser de baixa potência são explicados pelas mudanças nas atividades
fisiológicas das células.
O uso de parâmetros corretos demonstra ser eficaz na promoção de um efeito
regenerativo positivo no osso (WEBER, 2006). A importância da padronização dos
parâmetros é enfatizada para as aplicações de lasers de baixa intensidade na biologia e na
medicina. Embora as aplicações terapêuticas sejam iminentes a variedade de protocolos exige
uma interpretação atenta dos achados clínicos (KESAWA, 2004).
A escolha do protocolo de aplicação da laserterapia no presente estudo, que
compreendeu os tempos experimentais de 7, 14 e 21 dias, com a 1
a
aplicação imediatamente
40
após a osteotomia e as demais com intervalos de 48 horas entre as aplicações, foi baseado em
estudos realizados por Pinheiro et al. (2003) e Gerbi et al. (2005).
Labbe et al. (1990) observaram que a fotoestimulação por laser de baixa potência
provocou um incremento na síntese do acido ascórbico e na hidroxiprolina em culturas de
fibroblastos, o que poderia gerar uma melhora na qualidade da reparação óssea. Há uma
evidência ampla que a ação da luz em sistemas biológicos dependa de pelo menos dois
parâmetros importantes: da densidade da energia e a intensidade (SOMMER, 2001).
Anneroth et al. (1998) avaliaram os efeitos da terapia laser de baixa potência na
faixa do infravermelho próximo, e obtiveram resultados que sugeriram que tais efeitos
dependem da penetração da luz nos tecidos e nos fluidos teciduais. A energia pode ser
absorvida onde a concentração do fluido é maior como os tecidos onde acorre o processo
inflamatório agudo.
No presente estudo, os animais de GC foram submetidos à simulação da irradiação,
não sendo feita nenhuma restrição de ordem alimentar ou a administração de qualquer
fármaco que pudesse influenciar no resultado na pesquisa. Observou-se que foram visíveis,
nos diferentes tempos experimentais estudados, diferenças nas imagens radiográficas com
relação à morfologia dos defeitos ósseos cirurgicamente criados na fase inicial (7 dias) e final
(21 dias). A representação gráfica dos valores médios obtidos através da densitrometria óptica
registrou crescimento linear, sem alteração na direção da reta, que caracteriza o processo de
reparo tecidual normal, explicado pela grande capacidade reparadora apresentada por esse
tecido.
Ao compararmos os resultados obtidos em GC com aqueles referentes ao G(660),
observou-se que os valores densitométricos, apresentados pelo grupo irradiado, foram
superiores aos de GC, indicando que a aplicação do laser, nos parâmetros utilizados, em
41
G(660) favorece e acelera o processo de reparo tecidual em defeitos ósseos cirúrgicos,
também confirmado pela visualização das imagens radiográficas.
Estudo realizado por Nicolau et al. (2003), utilizando a terapia laser de baixa
potência na regeneração do tecido ósseo em fêmores de 48 ratos, 24 no grupo irradiado e 24
no grupo de controle, o grupo irradiado foi tratado com laser GaAlAs 660nm, 10 J/cm
2
. A
autora concluiu que a terapia laser de baixa potência aumenta a atividade no osso, tanto de
reabsorção quanto de neoformação, em torno do local do reparo sem mudar a estrutura do
tecido ósseo.
Ao serem comparados os valores obtidos em GC com aqueles de G(830), em todos
os tempos experimentais estudados, evidenciou-se que o grupo irradiado apresentou maior
radiopacidade nas tomadas radiográficas bem como melhor morfologia do defeito ósseo.
Resultados semelhantes foram observados ao se comparar G(660) e G(830), observando-se
que neste último as imagens radiográficas dos espécimes apresentavam o fechamento da loja
cirúrgica, dificultando a identificação macroscópica da área do defeito, no tempo
experimental de 21 dias. A análise densitométrica confirmou essa avaliação macroscópica,
apresentando valores acima dos demais grupos estudados.
A avaliação dos efeitos da terapia laser de baixa intensidade em células
osteoblásticas humanas utilizando o laser AsGaAl 830nm com densidade de energia entre 1,7
a 24,1 J/cm
2
, permitiu observar que a viabilidade celular não foi afetada pela radiação laser,
sendo esta maior que 90% em todos os grupos experimentais. A proliferação ou ativação
celular não foi significativamente afetada por quaisquer níveis de energia ou regimes de
exposição investigados. A investigação da concentração do cálcio intracelular revelou uma
tendência de mudança transitória positiva após irradiação, o aumento do cálcio intracelular
indicou que as células osteoblásticas respondem com rapidez a terapia laser de baixa
intensidade (COOMBE et al., 2001).
42
Estudo realizado por Weber (2003), revelou que a utilização do laser diodo
infravermelho GaAlAs, 830nm, em defeitos ósseos em fêmores ratos, com irradiação em
quatro pontos diferentes, durante 7 dias e dose de 10J/cm
2
, determinou um aumento na
atividade de remodelação óssea no grupo irradiado quando comparado ao grupo controle.
Segundo o autor esses achados permitiram concluir que o laser diodo infravermelho GaAlAs,
830nm, apresentou um efeito de biomodulação positiva sobre o processo de cicatrização
óssea.
Brito (2004) utilizou o laser AlGaAs, 830 nm no processo de reparação óssea em
cinco grupos de ratos sendo um controle e quatro irradiados com diferentes fluências, 4, 8 e
10J/cm
2
e potência de 100mW para todos os grupos. Os resultados obtidos foram favoráveis
em todos os grupos, após a análise histológica que permitiu observar aumento na quantidade
de trabéculas ósseas neoformadas, ressaltando que o grupo de 4J/cm
2
apresentou melhores
resultados.
Segundo Gerbi et al. (2005) investigações envolvendo ratos Wistar, com defeitos
ósseos em seus fêmores e aplicação de laser GaAlAs 830nm, 4J/cm
2
, em 3 pontos e 48 horas
de intervalo entre as aplicações, evidenciaram uma quantidade superior de fibras colágenas e
aumento na quantidade de trabéculas, com aspecto organizado, no grupo tratado com laser em
relação ao grupo controle.
No presente estudo pode-se observar que o crescimento dos valores densitométricos
foi crescente e positivo, a partir do tempo experimental inicial até o final, em todos os grupos
estudados. Notou-se, ainda, que a aplicação da laserterapia nos parâmetros utilizados em
quaisquer dos grupos experimentais favoreceu a diminuição do tempo de reparo tecidual e
incrementou a densidade óssea.
No entanto, cabe ressaltar que a partir dos resultados obtidos após a aplicação da
laserterapia com comprimento de onda em 830nm, nos parâmetros utilizados no presente
43
estudo, observou-se maior ganho ósseo, quando comparado aos resultados de GC e G(660).
Portanto, nossos resultados parecem sugerir que a aplicação da laserterapia de baixa potência,
nesse comprimento de onda, possibilitou uma aceleração no tempo do reparo ósseo e maior
ganho no tecido ósseo neoformado, indicando ser esse protocolo mais eficiente em processos
de reparo em lesões de tecido ósseo.
44
7. CONCLUSÃO
Desta forma, este estudo sugere que:
- A terapia laser de baixa potência com o comprimento de onda de 660nm, nos
parâmetros utilizados no presente estudo, demonstrou acelerar o processo de reparo ósseo em
defeitos ósseos cirúrgicos quando compara ao grupo controle;
- A terapia laser de baixa potência com o comprimento de onda de 830nm, nos
parâmetros utilizados no presente estudo, demonstrou acelerar o processo de reparo ósseo em
defeitos ósseos cirúrgicos quando compara ao grupo controle;
- A terapia laser de baixa potência com o comprimento de onda de 830nm, nos
parâmetros utilizados no presente estudo, demonstrou ser a mais eficaz em todos os tempos
experimentais estudados, apresentando aumento significativo na densidade óptica e melhor
morfologia final da loja cirúrgica.
45
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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49
ANEXO A
Certificado de Aprovação do Estudo Pelo Comitê de Ética
50
ANEXO B
Descrição estatística
Grupo Controle 7 dias (Dias Pós-Cirúrgicos)
Controle
1
a
Medida
2
a
Medida
3
a
Medida
Média
Amostra 1 134 134 134 134
Amostra 2 131 131 131 131
Amostra 3 134 134 134 134
Amostra 4 133 133 133 133
Amostra 5 131 131 131 131
Média
Final
(DMO)
132,6
Grupo Laser 660nm 7 dias (DPC)
Laser 660nm
1
a
Medida
2
a
Medida
3
a
Medida
Média
Amostra 1 137 137 137 137
Amostra 2 136 136 136 136
Amostra 3 137 137 137 137
Amostra 4 139 139 139 139
Amostra 5 137 137 137 137
Média
Final
(DMO)
137,2
51
Grupo Laser 830nm 7 dias (DPC)
Laser 830nm
1
a
Medida
2
a
Medida
3
a
Medida
Média
Amostra 1 140 140 140 140
Amostra 2 141 141 141 141
Amostra 3 142 142 142 142
Amostra 4 139 139 139 139
Amostra 5 140 140 140 140
Média
Final
(DMO)
140,4
Análise Estatística
¾ ANOVA
¾ TESTE PARAMÉTRICO
¾ POS-TESTE (p<0,05)
¾ TUKEY-KRAMER
Grupos Média Tamanho da Amostra Desvio Padrão (SD) Erro padrão Médio (EPM)
Controle 132,6 05 1,517 0,6782
660nm 137,2 05 1,342 0,6000
830nm 140,4 05 1,140 0,5099
Analise da Variância (ANOVA)
F= 43,370
Valor de p0,0001 (considerado estatisticamente significante)
52
Tukey-Kramer – Teste de Comparação Múltipla
Comparação Valor de q Valor de p Diferença
Controle vs 660nm 08,333 p<0,001 -5,000
Controle vs 830nm 13,000 p<0,001 -7,800
660nm vs 830nm 04,667 p<0,05 -2,800
Resumo dos Dados
Grupos Mínima Máxima Menor (95%CI) Maior (95%CI)
Controle 131 134 130,72 134,48
660nm 136 139 135,93 139,27
830nm 139 142 138,98 141,82
53
Grupo Controle 14 dias (DPC)
Controle
1
a
Medida
2
a
Medida
3
a
Medida
Média
Amostra 1 135 135 135 135
Amostra 2 133 133 133 133
Amostra 3 136 136 136 136
Amostra 4 139 139 139 139
Amostra 5 137 137 137 137
Média
Final
(DMO)
136,0
Grupo Laser 660nm 14 dias (DPO)
Laser 660nm
1
a
Medida
2
a
Medida
3
a
Medida
Média
Amostra 1 136 136 136 136
Amostra 2 138 138 138 138
Amostra 3 137 137 137 137
Amostra 4 137 137 137 137
Amostra 5 142 142 142 142
Média
Final
(DMO)
138,0
54
Grupo Laser 830nm 14 dias (DPC)
Laser 830nm
1
a
Medida
2
a
Medida
3
a
Medida
Média
Amostra 1 143 143 143 143
Amostra 2 140 140 140 140
Amostra 3 142 142 142 142
Amostra 4 140 140 140 140
Amostra 5 139 139 139 139
Média
Final
(DMO)
140,8
Análise Estatística
¾ ANOVA
¾ TESTE PARAMÉTRICO
¾ POS-TESTE (P<0,05)
¾ TUKEY-KRAMER
Grupos Média Tamanho da Amostra Desvio Padrão (SD) Erro padrão Médio (EPM)
Controle 136,0 05 2,236 1,0000
660nm 138,0 05 2,345 1,0490
830nm 140,8 05 1,643 0,7348
Analise da Variância (ANOVA)
F= 6,606
Valor de p= 0,012 (considerado estatisticamente significante)
55
Tukey-Kramer – Teste de Comparação Múltipla
Comparação Valor de q Valor de P Diferença
Controle vs 660nm 2,132 p>0,05 -2,000
Controle vs 830nm 5,117 p<0,01 -4,800
660nm vs 830nm 2,985 p>0,05 -2,800
Resumo dos Dados
Grupos Mínima Máxima Menor (95%CI) Maior (95%CI)
Controle 133 139 133,22 138,78
660nm 136 142 135,09 140,91
830nm 139 143 138,70 142,84
56
Grupo Controle 21 dias (DPC)
Controle
1
a
Medida
2
a
Medida
3
a
Medida
Média
Amostra 1 139 139 139 139
Amostra 2 138 138 138 138
Amostra 3 141 141 141 141
Amostra 4 140 140 140 140
Amostra 5 137 137 137 137
Média
Final
(DMO)
139,0
Grupo Laser 660nm 21 dias (DPC)
Laser 660nm
1
a
Medida
2
a
Medida
3
a
Medida
Média
Amostra 1 140 140 140 140
Amostra 2 142 142 142 142
Amostra 3 141 141 141 141
Amostra 4 143 143 143 143
Amostra 5 140 140 140 140
Média
Final
(DMO)
141,2
57
Grupo Laser 830nm 21 dias (DPC)
Laser 830nm
1
a
Medida
2
a
Medida
3
a
Medida
Média
Amostra 1 140 140 140 140
Amostra 2 142 142 142 142
Amostra 3 142 142 142 142
Amostra 4 144 144 144 144
Amostra 5 142 142 142 142
Média
Final
(DMO)
142,0
Análise Estatística
¾ ANOVA
¾ TESTE PARAMÉTRICO
¾ POS-TESTE (P<0,05)
¾ TUKEY-KRAMER
Grupos Média Tamanho da Amostra Desvio Padrão (SD) Erro padrão Médio (EPM)
Controle 139,0 05 1,581 0,7071
660nm 141,2 05 1,304 0,5831
830nm 142,0 05 01,44 0,6325
Analise da Variância (ANOVA)
F= 5,839
Valor de p= 0,0169 (considerado estatisticamente significante)
58
Tukey-Kramer – Teste de Comparação Múltipla
Comparação Valor de q Valor de P Diferença
Controle vs 660nm 3,422 p>0,05 -2,200
Controle vs 830nm 4,666 p<0,01 -3,000
660nm vs 830nm 1,244 p>0,05 -0,800
Resumo dos Dados
Grupos Mínima Máxima Menor (95%CI) Maior (95%CI)
Controle 133 139 133,22 138,78
660nm 136 142 135,09 140,91
830nm 139 143 138,70 142,84
59
Grupos Controles (7/14/e 21 dias)
Controle (7) Controle (14) Controle (21)
134 135 139
131 133 138
134 136 141
133 139 140
131 137 137
Média Final -132,6 Média Final -136 Média Final -139
Análise Estatística
¾ ANOVA
¾ TESTE PARAMÉTRICO
¾ POS-TESTE (P<0,05)
¾ TUKEY-KRAMER
Grupos Média Tamanho da Amostra Desvio Padrão (SD) Erro padrão Médio (EPM)
C(7) 132,6 05 1,517 0,6782
C(14) 136 05 2,236 1,000
C(21) 139 05 1,581 0,7071
Analise da Variância (ANOVA)
F= 15,694
Valor de p= < 0,004 (considerado estatisticamente significante)
60
Tukey-Kramer – Teste de Comparação Múltipla
Comparação Valor de q Valor de P Diferença
C(7) 4,206 p<0,05 -3,400
C(14) 7,918 p<0,001 -6,400
C(21) 3,712 p>0,05 -3,000
Resumo dos Dados
Grupos Mínima Máxima Menor (95%CI) Maior (95%CI)
C(7) 131 134 130,72 134,48
C(14) 133 139 133,22 138,78
C(21) 137 141 137,04 140,90
61
Grupos G(660) (7/14/e 21 dias)
G(660) G(660) G(660)
134 135 139
131 133 138
134 136 141
133 139 140
131 137 137
Média Final -132,6 Média Final -136 Média Final -139
Análise Estatística
¾ ANOVA
¾ TESTE PARAMÉTRICO
¾ POS-TESTE (P<0,05)
¾ TUKEY-KRAMER
Grupos Média Tamanho da Amostra Desvio Padrão (SD) Erro padrão Médio (EPM)
C(7) 137,2 05 1,095 0,4899
C(14) 138 05 2,345 1,049
C(21) 141,2 05 1,304 0,5831
Analise da Variância (ANOVA)
F= 8,000
Valor de p= < 0,0062 (considerado estatisticamente significante)
62
Tukey-Kramer – Teste de Comparação Múltipla
Comparação Valor de q Valor de P Diferença
GC(7) 1,069 p>0,05 -0,8000
GC(14) 5,345 p<0,001 -4,000
GC(21) 4,276 p<0,05 -3,200
Resumo dos Dados
Grupos Mínima Máxima Menor (95%CI) Maior (95%CI)
GC(7) 138 139 135,84 138,56
GC(14) 136 142 135,09 140,91
GC(21) 140 143 139,58 142,82
63
Grupos G(830) (7/14/e 21 dias)
G(830) G(830) G(830)
134 135 139
131 133 138
134 136 141
133 139 140
131 137 137
Média Final -132,6 Média Final -136 Média Final -139
Análise Estatística
¾ ANOVA
¾ TESTE PARAMÉTRICO
¾ POS-TESTE (P<0,05)
¾ TUKEY-KRAMER
Análise da Variância (ANOVA)
F= 1,733
Valor de p= < 0,2181 (considerado não significante)
Tukey-Kramer – Teste de Comparação Múltipla
Grupos Média Tamanho da Amostra Desvio Padrão (SD) Erro padrão Médio (EPM)
G(830) 140,4 05 1,140 0,5099
G(830) 140,8 05 1,643 0,7348
G(830) 142,0 05 1,414 0,6325
64
Resumo dos Dados
Grupos Mínima Máxima Menor (95%CI) Maior (95%CI)
G(863) 134 142 138,98 141,82
G(830) 139 143 138,76 142,84
G(830) 140 144 140,24 143,76
65
Grupos GC x GC x GC x G(660) x G(660) x G(660) x G(830) x G(830) x G(830)
Grupos Média Desvio Padrão
Erro Padrão
Médio
CON(07 DIAS)
132,6 1,517 0,6782
CON(14 DIAS)
136 2,236 1,000
CON(21 DIAS)
139 1,581 0,7071
G(660 07 DIAS)
137,2 1,095 0,4899
G(660 14 DIAS)
138 2,345 1,049
G(660 21 DIAS)
141,2 1,304 0,5831
G(830 07 DIAS)
140,4 1,140 0,5099
G(660 14 DIAS)
140,8 1,643 0,7348
G(660 21 DIAS)
142 1,414 0,6325
Análise Estatística
¾ ANOVA
¾ TESTE PARAMÉTRICO
¾ POS-TESTE (P<0,05)
¾ TUKEY-KRAMER
Análise da Variância (ANOVA)
F= 16,651
Valor de p= < 0,0001 (considerado estatisticamente significante)
66
Tukey-Kramer – Teste de Comparação Múltipla
Comparação
Diferença da
Média
Valor de q Valor de p
CON(7 DIAS) X CON(14 DIAS)
-3,400 4,636 p>0,05
CON(7 DIAS) X CON(21 DIAS)
-6,400 8,727 p<0,001
CON(7 DIAS) X G(660 07 DIAS)
-4,600 6,273 P<0,01
CON(7 DIAS) X G(66014 DIAS)
-5,400 7,364 p<0,001
CON(7 DIAS) X G(660 21 DIAS)
-8,600 11,727 p<0,001
CON(7 DIAS) X G(830 07 DIAS)
-7,800 10,636 p<0,001
CON(7 DIAS) X G(830 14 DIAS)
-8,200 11,182 p<0,001
CON(7 DIAS) X G(830 21 DIAS)
-9,400 12,818 p<0,001
CON(14 DIAS) X CON(21 DIAS)
-3,000 4,091 p>0,05
CON(14 DIAS) X G(660 07 DIAS)
-1,200 1,636 p>0,05
CON(14 DIAS) X G(660 14 DIAS)
-2,000 2,727 p>0,05
CON(14 DIAS) X G(660 21 DIAS)
-5,200 7,091 p<0,001
CON(14 DIAS) X G(830 07 DIAS)
-4,400 6,000 p<0,01
CON(14 DIAS) X G(830 14 DIAS)
-4,800 6,545 p<0,01
CON(14 DIAS) X G(830 21 DIAS)
-6,000 8,182 p<0,001
CON(21 DIAS) X G(660 07 DIAS)
-1,800 2,455 p>0,05
CON(21 DIAS) X G(660 14 DIAS)
-1,000 1,364 p>0,05
CON(21 DIAS) X G(660 21 DIAS)
-2,200 3,000 p>0,05
CON(21 DIAS) X G(830 07 DIAS)
-1,400 1,909 p>0,05
CON(21 DIAS) X G(830 14 DIAS)
-1,800 2,455 p>0,05
CON(21 DIAS) X G(830 21 DIAS)
-3,000 4,091 p>0,05
G(660 07 DIAS) X G(660 14 DIAS)
-0,8000 1,091 p>0,05
G(660 07 DIAS) X G(660 21 DIAS)
-4,000 5,455 p<0,05
G(660 07 DIAS) X G(830 07 DIAS)
-3,200 4,364 p>0,05
G(660 07 DIAS) X G(830 14 DIAS)
-3,600 4,909 p<0,05
G(660 07 DIAS) X G(660 21 DIAS)
-4,800 6,545 p<0,01
G(660 14 DIAS) X G(660 21 DIAS)
-3,200 4,364 p>0,05
G(660 14 DIAS) X G(830 07 DIAS)
-2,400 3,273 p>0,05
G(660 14 DIAS) X G(830 14 DIAS)
-2,800 3,818 p>0,05
G(660 14 DIAS) X G(830 21 DIAS)
-4,000 5,455 p<0,05
G(660 21 DIAS) X G(830 07 DIAS)
-0,8000 1,091 p>0,05
G(660 21 DIAS) X G(830 14 DIAS)
-0,4000 0,5455 p>0,05
G(660 21 DIAS) X G(830 21 DIAS)
-0,8000 1,091 p>0,05
G(830 07 DIAS) X G(830 14 DIAS)
-0,4000 0,5455 p>0,05
G(830 07 DIAS) X G(830 21 DIAS)
-1,600 2,182 p>0,05
G(830 14 DIAS) X G(830 21 DIAS)
-1,200 1,636 p>0,05
67
Resumo dos Dados
Grupos Mínimo Máximo Menor (95%CI) Maior (95%)
CON(07 DIAS) 131 134 130,72 134,48
CON(14 DIAS) 133 139 133,22 138,78
CON(21 DIAS) 137 141 137,04 140,96
G(660 07 DIAS) 136 139 135,84 138,56
G(660 14 DIAS) 136 142 135,09 140,91
G(660 21 DIAS) 140 143 139,58 142,82
G(830 07 DIAS) 139 142 138,98 141,82
G(830 14 DIAS) 139 143 138,7 142,84
G(830 21 DIAS) 140 144 140,24 143,76
68
APÊNDICE
Tabela 3 - Características técnicas do equipamento “Emissor Visível”
Emissor Visível
Comprimento de Onda – 660nm (típico)
Potência óptica do emissor: 150mW
*Dose 1 J (Joule) Fluência 035J/cm
2
*Dose 2 J (Joule) Fluência 070J/cm
2
*Dose 4 J (Joule) Fluência 140/Jcm
2
Tabela 4 - Características técnicas do equipamento “Emissor Infravermelho”
Emissor Infravermelho
Comprimento de Onda – 810nm (típico)
Potência óptica do emissor: 200mW
*Dose 1 J (Joule) Fluência 035J/cm
2
*Dose 2 J (Joule) Fluência 070J/cm
2
*Dose 4 J (Joule) Fluência 140/Jcm
2
Tabela 5 - Características gerais do aparelho
Tensão de Operação: 90 á 230V
Potência Elétrica: 5W
Condições Ambientais:
Temperatura de 10
0
á 40
0
C
Umidade Relativa de 10% á 75
Pressão Atmosférica de 700hPa – 1060hPa
Acessórios: Óculos de segurança/Base e suporte
Livros Grátis
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