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CÉSAR AUGUSTO TEIXEIRA DE OLIVEIRA
ESTUDO DA CORRELAÇÃO DA ESTATURA DE INDIVÍDUOS PELA ANÁLISE
DOS INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES DE BELÉM, PARÁ.
Belém
2006
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CÉSAR AUGUSTO TEIXEIRA DE OLIVEIRA
ESTUDO DA CORRELAÇÃO DA ESTATURA DE INDIVÍDUOS PELA ANÁLISE
DOS INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES DE BELÉM, PARÁ.
Dissertação apresentada à Universidade
Federal do Pará Curso de Odontologia,
para obtenção do título de Ms. em
Odontologia.
Área de Concentração: Odontologia Legal
Orientadora: Profª. Drª. Regina Fátima
Feio Barroso.
Belém
2006
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C521 Oliveira, César Augusto Teixeira de
Estudo da correlação da estatura pela análise dos incisivos
centrais superiores em indivíduos de Belém, Pará. / Cesar Augusto
Teixeira de Oliveira; orientador: Regina Fátima Feio Barroso.
Belém, 2006.
Orientadora:
Profª. Drª. Regina Fátima Feio Barroso
. Belém,
2006.
Programa de pós-
graduação em odontologia, área de
concentração:
Odontologia Legal
.
Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-
Área de Concentração: Odontologia Legal) –
Curso de Odontologia da
Universidade Federal do Pará.
1. Medicina legal 2. Odontologia Legal
CDD. 614.1
CÉSAR AUGUSTO TEIXEIRA DE OLIVEIRA
ESTUDO DA CORRELAÇÃO DA ESTATURA DE INDIVÍDUOS PELA ANÁLISE
DOS INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES DE BELÉM, PARÁ.
Data de Defesa:
Belém, 21 de junho de 2006.
Banca Examinadora
Profª. Drª. Edir Veiga
Julgamento: _______________ Assinatura:______________________
Prof. Dr. Fabrício Tuji
Julgamento: _______________ Assinatura:______________________
Prof. Dr. João Pinheiro
Julgamento: _______________ Assinatura:______________________
A Deus pelo Dom da vida por abençoar
meus caminhos . Pelas oportunidades
que surgiram no momento certo .
A meu filho Rodrigo Augusto , uma
pessoa única que me ensinou a viver
com amor.
AGRADECIMENTOS
A Prof. Regina Barroso pela sabedoria e paciência com que conduziu a
orientação deste trabalho .
A Prof. Suely Lamarão Coordenadora do programa de pôs graduação
da UFPA , pelo desempenho na administração do mesmo .
Aos meus pais Wilson Coqueiro de Oliveira e Beatriz Teixeira de Oliveira que
tanto neste plano como no mais elevado que se encontram fica a saudade e eterna
gratidão pela vida que preciosamente me agraciaram .
Aos meus irmãos, eternos parceiros . Othon, Felix , Luiz , Antonio , Edwaldo ,
Roberto , Wilbea e Paulo .
Aos amigos que carinhosamente ajudaram muito, Áurea Maria , Evelyse
Rodrigues, Mara, Dayane Valéria , Janilson pinheiro e Helder Costa.
Aos colegas do Mestrado pelo apoio e amizade.
A Yêda pela ajuda na normalização deste trabalho.
Aos meus sobrinhos “Robertinho e Othinho”, que com paciência
disponibilizaram parte de seu tempo na realização deste.
A cada pessoa que contribuiu direta e indiretamente, todo o meu carinho e
gratidão.
Os dentes, às vezes, são “modestos
grãos de areia” que se transformam
pela alquimia da Medicina Legal em
“preciosas gemas”.
Flaminio Fávero
RESUMO
O trabalho objetiva estudar a correlação entre o comprimento total dos incisivos
centrais superiores permanentes e a estatura , de indivíduos de Belém Estado do
Pará na faixa etária de 20-35 anos , como subsídio para a Antropologia Forense ,
Odontologia Legal e Medicina legal , na elaboração de laudos periciais para a
autoridade policial e judiciária , principalmente no que se refere à identidade e
identificação. Foram estudados 100 indivíduos, sendo 50 do gênero masculino e 50
do gênero feminino. Para a obtenção da estatura foi utilizada uma balança
antropométrica e para o comprimento total dos incisivos, utilizou-se a técnica
radiológica do cone longo. Os resultado foram analisados através do Coeficiente de
Correlação de Pearson, onde foram encontrados a valores diferentes de zero, para
ambos os gêneros e o teste t de “STUDENT” que indicou que o coeficiente de
correlação amostral foi estatisticamente diferente de zero entre as variáveis
estudadas, para ambos os gênero, indicando que não existe correlação significativa
entre o comprimento dos incisivos e à estatura dos indivíduos.
Palavras-Chave: Odontologia legal. Odontologia.
ABSTRACT
We look for in the present work to study the correlation enters the total length of the
incisors permanent superior central offices and the stature, and we elaborate the
studied variables in accordance with a table reference of estimate of the stature in
paraenses, children of brazilians, both sex, the metropolitan region of Belém State of
Pará in the band age of 20-35 years, and its importance as subsidy for the Forensic
Anthropology, Legal Odontology and Medical jurisprudence, in the elaboration of
expert reports for the police or judiciary authority, mainly as for identity and
identification. For this, 100 individuals, being 50 of masculine sort and 50 of the
feminine sort had been catalogued. To prevent and/or to minimize distortions, the
measures and the others procedures of the research in question had been effected
only e exclusively for the researcher. For the attainment of the stature we use a
anthropometric scale and to get the total length of the incisors, we use the
radiological technique of the long cone. With the periapicais x-rays of the incisors and
with the aid of a magnifying glass and one pachymeter we carry through the
measures. With such measures, we construct two tables, relative to both sex and
another generality with both sex due not to find sexual dimorphism relative to the
length incisors. Through statistical methods and using the Coefficient of Correlation
of Pearson, we arrive the different values of zero, for both sex. We could conclude
that an average correlation exists, has since the t test of "STUDENT" indicated that
the coefficient of amostral correlation was statistical different of zero between the
studied variable, for both sex in our sample, with the certainty of the gotten results,
elaborates through the studied variable a table reference of estimate of the stature of
paraenses of the region metropolitan of Belém of Paof utmost importance for the
forensic skill in a general way.
Keywords: Legal odontology
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ficha 1 Distribuição dos valores encontrados para estatura (m) e comprimento dos
incisivos (cm) de indivíduos do gênero masculino ...................... 30
Ficha 2 Distribuição dos valores encontrados para estatura (m) e comprimento dos
incisivos (cm) de indivíduos do gênero feminino.......................... 32
Gráfico 5,1 Média e desvio padrão do comprimento, em cm, dos incisivos centrais
superiores permanentes, de acordo com o gênero. Belém,
2005.............................................................................................. 33
Gráfico 5.2 Média e desvio padrão da estatura, em cm, dos examinados de acordo
com o gênero. Belém-PA, 2005.................................................... 34
Gráfico 5.3 - Correlação entre comprimento dos incisivos e estatura no gênero
masculino. Belém-PA, 2005........................................................... 35
Gráfico 5.4 - Correlação entre comprimento dos incisivos e estatura no gênero
feminino. Belém-PA, 2005............................................................. 35
Gráfico 5.5 – Correlação entre comprimento dos incisivos e estatura na amostra total
do estudo. Belém-PA, 2005.......................................................... 36
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.2 Classificação usual de acordo com a faixa do coeficiente de correlação
de Pearson.................................................................................... 29
Tabela 5.1 Média e desvio-padrão do comprimento dos incisivos centrais
superiores permanentes, em cm, de acordo com o gênero. Belém,
2005.............................................................................................. 33
Tabela 5.2 Média e desvio-padrão da estatura dos examinados de acordo com o
gênero. Belém-PA, 2005............................................................... 34
Tabela 5.3 Freqüência absoluta do número de indivíduos do gênero masculino,
classificados conforme a estatura e o comprimento total do dente
incisivo central superior. Belém, 2006........................................... 37
Tabela 5.4 Freqüência absoluta do número de indivíduos do gênero feminino,
classificados conforme a estatura e o comprimento total do dente
incisivo central superior. Belém, 2006........................................... 37
Tabela 5.5 Freqüência absoluta do número de indivíduos dos gêneros masculinos
e femininos, classificados conforme a estatura e o comprimento total
do dente incisivo central superior. Belém, 2006............................ 38
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 13
2. REVISÃO DA LITERATURA........................................................................... 15
3. PROPOSIÇÃO................................................................................................. 26
4. MATERIAL E MÉTODOS................................................................................ 27
4.1. MATERIAL........................................................................................ 27
4.2. MÉTODOS........................................................................................ 28
5. RESULTADOS................................................................................................. 30
6. DISCUSSÃO................................................................................................... 39
7. CONCLUSÃO.................................................................................................. 41
8. REFERÊNCIAS............................................................................................... 42
ANEXO............................................................................................................... 48
1. INTRODUÇÃO
É comum afirmar-se que tanto a Medicina legal quanto o Direito, surgiram
com o homem. Tão diferentes uma da outra pelos seus objetos quer pelos seus
objetivos, estas ciências se inter-relacionam de forma acentuada, quando vistas
sobre o prisma da Medicina legal, que no seu mais simples conceito seria a
aplicação dos seus conhecimentos médico-biológicos ao Direito. o é fácil formular
uma definição de Medicina legal, nem tampouco determinar com exatidão seus
objetivos e limites, visto que ela se apóia em bases doutrinárias, médicas e jurídicas,
todas mutáveis no tempo e no espaço. Em seus tratados, se encontram definições e
conceitos dos mais diversos, que exprimem não haver perfeito acordo entre os
autores sobre a matéria (GOMES, 1958).
Em outros tempos não seria fora de propósito procurar demonstrar a utilidade
da Medicina legal e os serviços que ela presta à Justiça; ora ajudando o Poder
Legislativo a formular certas leis que, para serem justas e duráveis, devem ter suas
raízes na natureza do homem; ora aconselhando o Poder Executivo na
administração; ora dirigindo o Poder Judiciário na aplicação de certas leis.
Hoje, porém é, sem dúvida, perder tempo o querer falar da importância da
Medicina legal e Odontologia legal, pois todas as legislações dos países civilizados
têm sancionado e reconhecidos o valor da Medicina legal e Odontologia. É mister
afirmar que entre a ciência do direito e a ciência médica Odontológica relações tão
íntimas, que não se pode conceber como podem ser esclarecidos certos problemas
jurídicos, sem a ajuda dos conhecimentos médicos Odontológicos(ARBENZ, 1959).
Se analisarmos o objeto e os objetivos da Odontologia legal, iremos verificar
que são os mesmos da Medicina legal, existindo uma única diferença que reside no
fato de o Cirurgião-Dentista oferecer subsídios altamente especializados no seu
campo de ação. O objeto é representado por todos os conhecimentos odontológicos,
sem exceção. A aplicação desses conhecimentos aos interesses do Direito, constitui
os objetivos da Odontologia legal.
Uma das partes da Medicina Legal é a Odontologia Legal que se dedica ao
estudo da identidade e processos de identificação (ARBENZ., 1959).
Isso, em sentido estrito, refere-se “identidade física”. É que, no sentido
amplo, a identificação física, inclui todos os elementos que possam individualizar
uma pessoa, como: estado civil, filiação, idade, nacionalidade, condição social,
profissão etc.
Ela estuda, por um lado, os aspectos físicos dos indivíduos, os elementos
ditos somáticos, por exemplo, a cor da pele, os caracteres dos cabelos, as
impressões digitais, os dentes, os grupos sangüíneos, os elementos mensuráveis
simples (medidas lineares, curvas, ângulos) e os elaborados (índices), forma do
rosto, do nariz, dos lábios, orelhas, caracteres do crânio, e assim por diante.
Com a evolução da sociedade em todos os seus aspectos (tecnológico,
jurídico, financeiro, trabalhista, etc.), o homem tem tido, cada vez mais, necessidade
de provar sua identidade, isto é, de ser ele mesmo e não outro. Se em determinadas
ocasiões, isto se faz de maneira mais ou menos simples, às vezes essa prova se
torna extremamente complexa, por vezes até impossível.
Os dentes e os arcos dentários podem fornecer subsídios de inestimável valor
para a solução de problemas médicos legais e criminológicos, constituindo, às
vezes, os únicos elementos com os quais pode contar o perito.
O estudo que pretendemos desenvolver baseia-se no fato que muitos autores
afirmam que, “existe uma proporcionalidade entre os diversos segmentos do corpo
humano”. Assim é que iremos verificar a existência ou não da correlação entre o
comprimento totais dos incisivos centrais superiores permanentes e a estatura e da
prevalência dos resultados obtidos elaborar uma tabela de estimativa de estatura
(Barbara, 1933; Berardinelli, 1942).
Por ter sido alvo de migração das diversas raças que nos leva aos mais
diferentes grupos étnicos , conseqüentemente, com as mais variadas
miscigenações, o Brasil é um verdadeiro laboratório Biológico referindo-se a essa
mistura racial devido a intensa migração de indivíduos de toda parte do mundo.
Desta forma concentramos nossa amostra em brasileiros , paraenses da cidade de
Belém, não nos preocupando com a nomenclatura biotipológicas e suas divisões
(Moacyr da Silva).
2. REVISÃO DE LITERATURA
O ser humano no decorrer de sua evolução tem mantido uma posição
contínua no processo de adaptação ao meio físico, cultural e social em que
sobrevive.
O ser humano desenvolve sua capacidade de adaptação promovendo regras
de comportamento, rejeitando ou aceitando valores.
Com o estudo de sua própria origem, posição na escala zoológica,
classificação dos grupos étnicos, povos e tipos humanos, se desenvolveu a
Antropologia. Embora Aristóteles (384-322 a. C) chamasse antropólogos os
filósofos que se preocupavam e estudavam os fatos sociais e com a história natural,
o vocábulo “antropologia” surgiu somente no princípio do século XVI, em 1501.
Etimologicamente, antropologia (gr. Anthropos, logos, ia) significa “a ciência
do homem”. Apesar da grandeza de seu campo de ação, a antropologia não perdeu
a unidade e é sintetizador de todos os conhecimentos relativos ao homem,
estudando-o que sob o aspecto físico, quer sob o aspecto cultural(ARBENZ).
Ela estuda, por um lado, os aspectos físicos dos indivíduos, os elementos
ditos somáticos, por exemplo, a cor da pele, os caracteres dos cabelos, as
impressões digitais, os dentes, os grupos sangüíneos, os elementos mensuráveis
simples (medidas lineares, curvas, ângulos) e os elaborados (índices), forma do
rosto, do nariz, dos lábios, orelhas, caracteres do crânio, e assim por diante.
Por outro lado, seu objetivo se estende para os aspectos culturais: língua,
religião, economia, política, artes, padrões éticos, literatura etc., tudo considerado no
tempo e no espaço, e muitas vezes num sentido comparativo.
Surgem os dois ramos em que se divide esta ciência: Antropologia Física e
Antropologia Cultural.
A Antropologia Física, em última análise, é o estudo das variações qualitativas
e quantitativas dos caracteres humanos. E, assim sendo pode-se admitir a seguinte
divisão:
Antroposcopia ou Somatoscopia (gr skopein = examinar) e Antropometria ou
Somatometria (gr. metron = medida ).
A definição de Frasseto
(1918), “estudo das variações quantitativas e
qualitativas dos caracteres anatômicos, seu significado morfológico, a amplitude e a
freqüência nas várias espécies, nas várias idades e nos dois sexos, fornecendo
dados úteis, seja para o diagnóstico da espécie e variedade, seja para estabelecer
sua hierarquia e seu parentesco”, mostra com muita clareza e magnitude dos
subsídios que este ramo do conhecimento humano pode fornecer à Medicina legal.
É comum afirmar-se que tanto a Medicina legal quanto o Direito surgiram com
o homem. Estas ciências são tão diferentes uma da outras, tanto pelos seus objetos
quer pelos seus objetivos e se inter-relacionam de forma acentuada, quanto vistas
sobre o prisma da Medicina legal, que no seu mais simples conceito seria a
aplicação dos seus conhecimentos médico-biológicos ao Direito. o é fácil formular
uma definição de Medicina legal, nem tampouco determinar com exatidão seus
objetivos e limites, visto que ela se apóia em bases doutrinárias, médicas e jurídicas,
todas mutáveis no tempo e no espaço. Em seus tratados, se encontram definições e
conceitos dos mais diversos, que exprimem não haver perfeito acordo entre os
autores sobre a matéria.
Em outros tempos não seria fora de propósito procurar demonstrar a utilidade
da Medicina legal e os serviços que ela presta à Justiça; ora ajudando o Poder
Legislativo a formular certas leis que, para serem justas e duráveis, devem ter suas
raízes na natureza do homem; ora aconselhando o Poder Executivo na
administração; ora dirigindo o Poder Judiciário na aplicação de certas leis. Hoje,
porém é, sem dúvida, perder tempo o querer falar da importância da Medicina legal e
Odontologia legal, pois todas as legislações dos países industrializados têm
sancionado e reconhecidos o valor da Medicina legal e Odontologia. É mister afirmar
que entre a ciência do direito e a ciência médica Odontológica relações tão íntimas,
que não se pode conceber como podem ser esclarecidos certos problemas jurídicos,
sem a ajuda dos conhecimentos médicos Odontológicos.
Ao analisar o objeto e os objetivos da Odontologia legal, verifica-se que são
os mesmos da Medicina legal, existindo uma única diferença que reside no fato de o
Cirurgião-Dentista oferecer subsídios altamente especializados no seu campo de
ação. O objeto é representado por todos os conhecimentos odontológicos, sem
exceção. A aplicação desses conhecimentos aos interesses do Direito, constitui os
objetivos da Odontologia legal.
Conhecido o objeto da Antropologia Física: conhecido os seus objetivos ou
finalidades; bem conhecidas por sua vez, as finalidades da Medicina legal, não
parecem difíceis à existência de uma antropologia Física Médico Odonto Legal, e por
analogia da Antropologia Cultural Médico Odontolegal da qual não nos
preocuparemos neste trabalho.
Voltando a Antropologia Física Médico Legal, cabe esclarecer que ela
corresponde em parte aquilo que Gomes (1958) designam simplesmente
Antropologia Forense ou Antropologia Jurídica, sendo ela como afirma Arbenz
(1988), uma das partes da Medicina Legal e Odontologia Legal especialmente a que
se dedica ao estudo da identidade e processos de identificação.
Comenta Vanrell (2002): O Art. 307 do Estatuto Penal vigente define a
identidade assim: “O conjunto de caracteres próprios e exclusivos de uma pessoa”.
Isso, em sentido estrito, refere à identidade como sendo a “identidade física".
É que, no sentido amplo, além da idêntica física, inclui todos os elementos que
possam individualizar uma pessoa, como: estado civil, filiação, idade, nacionalidade,
condição social, profissão etc.
Com a evolução da sociedade em todos os seus aspectos (tecnológico,
jurídico, financeiro, trabalhista, etc.), o homem tem sido, cada vez mais, necessidade
de provar sua identidade, isto é, de ser ele mesmo e não outro. Se em determinadas
ocasiões, isto se faz de maneira mais ou menos simples, às vezes essa prova se
torna extremamente complexa, por vezes até impossível.
Como muito bem definiu Simas Alves (1965), “identidade é o conjunto de
caracteres físicos, funcionais ou psíquicos, normais ou patológicos, que
individualizam determinada pessoa”; por sua vez, é a pesquisa desses atributos, que
constitui o objeto da identificação.
Segundo Arbenz (1988) é costume admitirem-se duas partes na técnica de
identificação: a identificação médica e Odonto legal ou antropológica, que exige do
perito conhecimento médicos, odontológicos e biológicos em geral; e a identificação
policial ou judiciária, que dispensa tais conhecimentos, visando, além da
identificação civil comum, a identificação dos delinqüentes, empregando na maior
parte das vezes, a datiloscopia, acompanhada de fotografia, alguns dados
antropométricos, descrição de elementos fisionômicos, que chega até as modernas
técnicas de elaboração do retrato falado. Por outro lado a identificação medico legal,
compreende:
A identificação médica legal física, que visa entre outras coisas, à
investigação da espécie animal, cor, sexo, idade, estatura, peso, biótipo, sinais
individuais, anomalias, etc.
A identificação médico-legal funcional visa à atitude, mímica, gestos, andar,
funções sensoriais, voz, escrita, etc.
A identificação médica legal psíquica, voltada para o estudo das
manifestações psíquicas normais e patológicas.
Não obstante essas três partes em que dividimos a identificação tenham igual
importância, é à identificação Odonto Legal que iremos nos ocupar nesse trabalho.
Em termos genéricos, perícia é toda operação ordenada por autoridade
judiciária ou policial, que se destina a ministrar esclarecimentos técnicos à justiça.
Azevedo (1958, apud FÁVERO 1973) pôs em destaque a importância das
perícias, com s seguintes palavras: “O juiz, tendo de julgar causas, as mais diversas
e complexas, precisaria possuir conhecimentos que abrangessem praticamente
todas as províncias do saber humano. Como não e sábio, nem onisciente, precisa
recorrer aos especialistas”.
Assim, qualquer setor da atividade do homem, está em condições de oferecer
subsídios dessa natureza e com esse fim. A medicina e a odontologia contribuem de
maneira incontestável para o esclarecimento de fatos de interesse jurídico e policial
por meios de perícias médicos legais e odonto legais, que podem ser realizadas no
vivo, no cadáver, no esqueleto, no local e em objetos. Assim por exemplo:
No vivo: identificação, lesões corporais, estimativas da idade, violências
sexuais, tipos de incapacidade resultantes de infortúnio do trabalho, etc. Cabe citar,
ainda, as perícias previdenciárias destinadas a instruir processos de benefício, e as
perícias administrativas para fins de licença, bem como as de sanidade.
No cadáver: identificação, estimativa de idade, pesquisa de sinais
particulares, etc.
No esqueleto: identificação antropológica: investigação de espécie animal,
investigação da cor do indivíduo, investigação do sexo, estimativa da estatura,
estimativa da idade, pesquisa de sinais particulares ósseos e dentários, sinais de
violência (fratura de ossos e dentes) etc.
No local e em objetos: dentes, impressões dentárias, manchas em panos e
vestes (sangue, saliva, etc.).
Pelos exemplos citados verificamos que as perícias podem ser realizadas no
interesse civil, criminal, trabalhista e, às vezes até administrativo, quer por Médicos,
quer por Cirurgiões-Dentistas, quer em conjunto.
Os dentes e os arcos dentários podem fornecer subsídios de inestimável valor
para a solução de problemas médico-legais e criminológicos, constituindo, às vezes,
os únicos elementos com os quais pode contar o perito(ALBENZ).
Em desastres oriundos dos meios de locomoção em geral (ferroviários,
náuticos, aeroviários, rodoviários) incêndios desabamentos ou outras catástrofes,
onde numerosas pessoas perdem a vida em circunstâncias trágicas, (carbonizadas,
mutiladas), são os dentes que fornecem dados preciosos para a identificação dos
cadáveres ou despojos. Por outro lado, os sinais de dentadas, em vítimas,
agressores, ou alimentos, podem levar ao esclarecimento do crime e ao
reconhecimento do criminoso.
Numerosos casos encontram-se referidos em Amoedo (1898), Abreu (1936) e
na literatura especializada Médico Legal e Odontológica. Dentre os casos clássicos
de identificação, merecem destaque os seguintes: o incêndio da Delegação Alemã
em Santiago (Chile); sufocação e esganadura da septuagenária madame Crémieux
(Paris); caso da Grã-Duquesa Anastácia Nicolaiewna, dentre muitos outros
pertencentes à História da Medicina e Odontologia Legal. No que se refere aos dias
atuais, a casuística é grande, tanto no Brasil como no exterior, bastando citar, alguns
dos últimos de que temos conhecimento: o caso da identificação do empresário e
jornalista Baumgarten e a identificação do carrasco nazista Josef Mengele (1985),
onde a antropologia física prestou subsídios de real importância para a estimativa da
idade, estimativa da estatura, determinação do sexo, e estimativa do grupo étnico.
Em vista do que se disse à contribuição da odontologia na resolução desses
problemas tem sido altamente significativa, assim na falta de caracteres relativos às
partes moles ou mesmo de caracteres ósseos (ossos, pontos de ossificação,
suturas, etc.) são os dentes e anexos, às vezes os únicos elementos de que dispõe
o perito, para qualquer averiguação, pois são eles os últimos elementos a serem
destruídos, quer pelo fogo, quer mesmo pelo tempo.
Muitos autores afirmam, como Bárbara (1933) e Berardinelli (1942) que,
“existe uma proporcionalidade entre os diversos segmentos do corpo humano”.
Esse questionamento baseia-se no fato de que o perito, às vezes, pode se
encontrar pela frente apenas alguns dentes durante uma perícia, e eventualmente,
poderá contar com alguma contribuição por parte de nossos estudos, atuais e quem
sabe futuros, com relação à estimativa da estatura Fávero (1973, apud ARBENz,
1959).
Nessa pesquisa, levamos em consideração devido o Pará ter sido alvo de
migração das diversas raças que nos leva aos mais diferentes grupos étnicos,
conseqüentemente, com as mais variadas miscigenações, confirmando o que diz
Silva (1978), que o Brasil é um verdadeiro laboratório Biológico referindo-se a essa
mistura racial devido à intensa migração de indivíduos de toda parte do mundo.
Desta forma concentramos nossa amostra em brasileiros, paraenses da cidade de
Belém, não nos preocupando com a nomenclatura biotipológicas e suas divisões.
Existem vários trabalhos na literatura sobre estatura através de análises de
diversos seguimentos do corpo humano, mais, do órgão dentário com a estatura do
indivíduo são escassos.
O professor Carrea (1920)
já relacionava a estatura com as dimensões de um
grupo de dentes inferiores. Analisou, matemática e geometricamente, as relações
mésio-distais dos incisivos centrais, laterais e caninos inferiores. Estabelecendo as
seguintes formulas para o calculo das estaturas máxima e mínima:
Estatura mínima =
2
94,248xRC3,1416x6xRC
=
Estatura máxima =
2
248,941416,36 xARCOxxARCO
=
Raio-corda RC = Distância mésio-distal do incisivo central, lateral e canino
inferiores vezes constante 0,954:
(
)
954,011 xCLCDmdRC ++=
Arco – A = somatório das distâncias mésio-distal do incisivo central, lateral e
canino inferiores:
(
)
CLCDmdARCO ++= 11
Silva (1990), em estudo da fórmula de Carrea, encontrou índice de acerto
bastante satisfatório, em torno de 70% .
Procuramos selecionar publicações que tivessem uma relação maior com
nosso trabalho, ou seja, publicações relacionadas com as dimensões dos dentes
permanentes e dimensões do corpo humano, relacionados à Antropologia Física,
Odontologia Legal, Endodontia, Anatomia, Odontologia do Trabalho e Radiologia.
Já no início do século passado, Menezes (1915) através de seu trabalho
“Anatomia descritiva dos dentes humanos”, e de acordo com este autor, foi Black
(1890) na primeira edição de seu livro “Descriptive anatomy of the human teeth”,
quem realizou o mais detalhado e organizado estudo sobre as dimensões dos
dentes, o qual, após a revisão de Dewey (1917) é consultado até hoje.
Procurando estudar a morfologia dental com uma metodologia científica
podemos citar os trabalhos de: Choquet (1908), que comparou as dimensões dos
dentes em diferentes raças; Bromel e Fischelis (1910), e Dieulafé e Herpin (1925),
que apresentam, dimensões médias dos dentes. Entretanto, só a partir de 1933, com
as pesquisas de Logan e Kronfeld (1933), e de Schour e Massler (1940), os quais
concluíram que os dentes permanentes apresentavam sua calcificação completa em
torno de vinte a vinte e cinco anos, é que os estudiosos puderam trabalhar no
assunto, calçados em bases mais científicas. Assim é que Pucci e Reig (1944) e
Marseillier (1947), pesquisaram, também, dimensões médias dos dentes
permanentes. Zeisz e Nuckolls (1949) publicaram umas das obras mais completas
sobre a Anatomia Dental, usando Black (1890) como padrão. Neste mesmo ano,
Wang (1949) estudou as dimensões dos dentes permanentes entres os chineses.
Green (1955) cita em seu trabalho (sobre morfologia da cavidade pulpar em dentes
permanentes) que o comprimento dos dentes pode variar em proporção à altura do
indivíduo e, freqüentemente, mantinha relação com a forma e o tamanho da cabeça.
Pagano (1965) escreve um trabalho pormenorizado sobre Anatomia Dental.
No Brasil após o trabalho de Menezes (1915), que elaborou tabela dos
tamanhos médios dos dentes permanentes, podemos destacar a obra de Souza
(1950), na mesma linha de pesquisa. Cantizano (1957), em seu trabalho efetuou
mensurações da coroa e do comprimento total dos dentes, apresentando suas
conclusões sob a forma de uma nova tabela de dimensões dos dentes permanentes,
comparando-a com as tabelas de outros autores. Já Galan Jr (1969) propôs-se a
estudar métodos para medição das dimensões de dentes permanentes de
leucodermas brasileiros; verificar diferenças entre sexos, com relação ao tamanho
dos dentes permanentes; determinar a existência ou não de correlação entre a coroa
e a raiz de dentes permanentes de leucodermas brasileiros.
Com relação as publicações mais recentes na área, salientamos o trabalho de
Milano e Caminha (1971), onde os autores efetuaram a avaliação do comprimento
de dentes brasileiros através da medição de peças dentais extraídas e peças
radiografadas. Os dentes selecionados foram os incisivos superiores e os caninos
inferiores. Depois de obtidas as medidas, os autores estabeleceram a variabilidade
dos métodos através da estatística. À semelhança destes autores, Verlhoeven et al.
(1979), fizeram a mensuração de 1400 dentes extraídos. Radiografando-os
posteriormente, por meio da técnica do cone longo ou paralelismo, efetuaram a
medição dos dentes nas radiografias. Submeteram, então, os resultados a um
processo de comparação, por meio de análise estatística e concluíram que os
dentes podem ser mensurados por meio de radiografias, usando-se a técnica do
cone longo.
Relativamente aos trabalhos que visam a mensuração de dentes “in vivo”,
devemos citar aqueles encontrados na literatura e relacionados com a Endodontia,
abordando-a através de métodos indiretos, por meio de radiografias.
Não é recente o problema da determinação do comprimento dos dentes “in
vivo”; no entanto, somente se tornou viável a partir de 1896, com o emprego dos
raios-X em odontologia. Até então, isto se fazia arbitrariamente, com base nas
tabelas de medidas dos dentes.
Após este trabalho, seguiu-se uma série com os mesmos objetivos e dentre
estes, destacamos o de Bregman (1950), o qual colocava um instrumento no interior
do canal, a uma profundidade de 10 milímetros, com um pedaço de lâmina metálica
limitando sua penetração. Tomava, então, uma radiografia e, com uma escala
milimetrada, media a imagem do dente e o instrumento na radiografia. Conhecendo
estas medidas, e também o comprimento real do instrumento, aplicava o teorema de
Thales para obter o comprimento do dente, usando a seguinte fórmula:
CAI
CADxCRI
CRD =
Onde:
CRD = comprimento real do dente
CRI = comprimento real do instrumento
CAD = comprimento aparente do dente
CAI = comprimento aparente do instrumento
Utilizando a mesma fórmula, Pinto (1954) apresentou um método para medir
o comprimento do dente antes de ser feita à abertura da coronária. Para isso,
empregava um fio ou pino de cinco milímetros de comprimento, que era apenso à
face vestibular do dente, paralelo ao seu longo eixo.
Um trabalho de relevante importância foi o de Padua Lima (1960), onde o
autor compara a técnica radiográfica do cone curto (ou da bissetriz), com a técnica
do cone longo (ou do paralelismo), concluindo a técnica do cone longo apresentar:
superioridade de nitidez da imagem da região apical; superioridade dos resultados
na região do septo ósseo interdentário; preservação em alta proporção da fidelidade
das dimensões verticais dos dentes; não distorções e não perda de detalhes devido
às dobras do filme.
Estes achados, a partir do campo radiológico, vieram contribuir sobremaneira
para as mensurações dos dentes “in vivo”, com grande aplicação para várias
especialidades da odontologia. Assim, a partir de uma radiografia inicial de estudo,
dentro da técnica do cone longo ou paralelismo, tivemos uma série de publicações
sugerindo medições de dentes “in vivo”, utilizando a metodologia de Bregman
(1950), pura ou com pequenas variações.
Preocuparam-se com este assunto, os seguintes autores, a saber, em ordem
cronológica: Best et al. (1962), construíram uma escala (BW), para este fim, onde
obtida a radiografia, a mesma era colocada na escala, a qual fornecia o seu
comprimento por leitura direta. Everet e Fixott (1963) confeccionaram uma grade de
fios de cobre, dispostos longitudinal e transversalmente com espaços de um
milímetro, inserida de uma lâmina de plástico do tamanho do filme periapical, que
era colocada, entre o dente e o filme, no momento de radiografar. Com as
dimensões da grade metálica e as do dente na radiografia, e também as dimensões
reais da grade, podia-se determinar o comprimento do dente. Grossman (1973),
Paiva e Alvares (1979) também sugerem o método de Bregman (1950).
Bramante (1970), em tese de doutoramento, elabora um estudo analítico das
diversas técnicas empregadas nas mensurações dos dentes indicados para
Endodontia. Conclui da validade de várias destas técnicas, colocando a de destaque
a de Bregman (1950) e a de Ingle (1957). Nesta última citada, o autor efetuava a
medição do comprimento do dente na radiografia do estudo, diminuindo, então, dois
milímetros dessa medida. A seguir, colocava um instrumento no interior do canal, na
medida obtida, com um limitador de penetração, e radiografava o dente. Mensurava
a distância entre a ponta do instrumento e o ápice do dente, obtendo o comprimento
real deste. Paiva e Antoniazzi (1984), propõem, para obter o comprimento do dente,
uma técnica semelhante à de Ingle e Beveridge (1976). No entanto, para se achar
esta medida inicial do instrumento, fazem a mensuração do dente na radiografia de
estudo, somam esta medida aos valores do mesmo dente, encontrados na tabela de
Milano e Caminha (1971) tiram a média da soma e diminuem quatro milímetros.
No que diz respeito ao aspecto da antropologia aplicada à Anatomia, Willians
(1914) já suscitava discussões sobre sua propalada teoria de harmonização entre a
face e o dente. Objetivava uma escolha para os dentes artificiais protéticos, em
função do tipo de face do paciente. Morais (1958), na busca de comprovação
científica para esta teoria, verificou as possíveis relações dimensionais entre os
incisivos centrais superiores e o crânio visceral.
Ramos (1962) e Silva (1971) mostram as dificuldades de se trabalhar com
grupos étnicos brasileiros, devido à grande miscigenação reinante no extenso
território brasileiro.
Abramowicz (1960) foi o primeiro no Brasil a se preocupar com os aspectos
dentais, ligados à genética humana, assinalado que “isolados” em genética são
“populações que permanecem em endocruzamentos por diferentes razões:
geográficas, ideológicas, sociais, religiosas ou outras”.
Finalmente, Picosse e Villi (1967) informaram da escassez, na literatura
brasileira, de trabalhos antropológicos a isso se soma à carência de trabalhos
relacionados ao comprimento dos dentes e a estatura do indivíduo que justifica e
reforça a nossa proposta de pesquisa.
3. PROPOSIÇÃO
O trabalho propõe-se analisar a correlação entre o comprimento total dos
incisivos centrais superiores permanentes e a estatura, em amostra de paraenses,
de ambos os gêneros , da faixa etária 20-35 anos.
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. MATERIAL
Na elaboração da pesquisa foram utilizadas 100 radiografias periapicais de
brasileiros paraenses natos da cidade Belém, estado do Pará, sendo 50 referentes
ao gênero masculino, e 50 referentes ao gênero feminino, da região dos incisivos
centrais superiores, da faixa etária de 20-35 anos. Da amostra foram selecionadas
apenas as radiografias em que os dentes se apresentavam livres de desgastes,
abrasões, restaurações, destruições de forma acentuada,tratamento ortodôntico,
tratamento endodontico .
Para realizar as medidas, foi utilizado o seguinte instrumental: uma balança
antropométrica, um paquímetro da marca Starrett, uma esfera de aço colada ao lado
oposto do picote da película radiográfica objetivando medir o grau de distorção da
imagem.
Para a mensuração dos dentes, além do paquímetro, foi utilizada uma lupa de
marca MAGNIFYING GLASS – JINXIANG, com um aumento de dez vezes.
Para a obtenção das radiografias utilizou-se um aparelho de raios X, marca
Dabi Atlante, modelo Spectro 70x, regulado em 70 KVP e 10 MA. Para o emprego da
técnica do cone longo ou paralelismo, usou-se o suporte para dentes anteriores, de
marca Prisma, fabricação nacional.
As películas do tipo KODAK de origem nacional tendo sido utilizadas de
acordo com as instruções do fabricante, no que concerne ao tempo de exposição.
Para a revelação e fixação das radiografias, foi empregado o método tempo-
temperatura, fazendo uso de revelador e fixador da marca Kodak e obedecendo as
especificações do fabricante.
4.2. MÉTODOS
O trabalho pesquisou 100 indivíduos de ambos os gêneros, com faixa entre
20-35 anos, paraenses natos da cidade de Belém, Estado do Pará, e não se baseou
nos tipos antropológicos de cor, considerando os fatores de miscigenação, haja vista
ser o Brasil e particularmente o Pará, corrente de imigração dos mais variados
grupos étnicos. Com isso, a pesquisa não levou em consideração os grupos étnicos
conhecidos e nem os biótipos da nomenclatura antropológica.
Foram analisadas 100 radiografias periapicais de indivíduos, sendo 50
referente a indivíduos do gênero masculino e 50 referentes ao gênero feminino, da
região dos incisivos centrais superiores.Os dentes foram selecionados procurando-
se desprezar as anomalias, sendo todos do lado direito (por questões didáticas).
Da amostra, foram escolhidas apenas as radiografias em que os dentes se
apresentaram livres de desgastes, abrasões, restaurações e destruições de forma
acentuada.
Para evitar e / ou minimizar distorções, as medidas e demais manobras da
pesquisa em pauta, foram efetuadas exclusivamente pelo pesquisador.
Os pontos de reparo utilizados para as medidas dentais foram o ápice
radicular e a borda coronal, que forneceram o comprimento total do dente (medida
que vai desde o ponto mais saliente da face incisal até o ápice da raiz).
Para a obtenção da estatura foi utilizado o ponto Vertex (ponto craniométrico
localizado no centro da cabeça), com o indivíduo em posição ereta na balança
antropométrica com o marcador em cima do ponto Vertex e o calcanhar descalço na
base da balança antropométrica.
Após esta medição foi efetuada a radiografia da região periapical, usando a
técnica do cone longo ou paralelismo . Com a radiografia revelada, fixada, seca e em
posição no negatoscópio, já calculado o grau de distorção pelo uso do artifício da
esfera de aço presa à película do raio-x, cujo cálculos foram conferidos pelos Peritos
da Engenharia legal do centro de perícias cientificas “Renato Chaves”, foram
localizadas com o auxílio da lupa de aumento os pontos apical e incisal do dente,
que eram marcadas com lápis de ponta bem fina, obtendo assim, com bastante
precisão, o comprimento aparente do dente.
Após a obtenção dos dados foram calculadas as médias aritméticas relativa à
estatura. Da mesma forma, calculamos a média aritmética relativa ao comprimento
total do dente.
Foram aplicados como testes estatísticos os coeficientes de correlação de
Pearson e o teste T-Student .
A Tabela 4.2 classificação usual de acordo com a faixa do coeficiente de
correlação de Pearson.
Grau de correlação
| r |
Perfeito 1,00
Alto 0,75 a 1,00
Médio 0,25 a 0,75
Baixo
0,00 a 0,25
Ausente 0,00
5. RESULTADOS
O valor calculado na amostra de tamanho
100
=
n
do coeficiente de
correlação linear simples de Pearson ou valor experimental, foi 40,0
+
=
r , o qual
pode ser interpretado conforme como uma correlação direta ou positiva , porém com
um grau de associação entre estatura dos indivíduos e centímetros e comprimento
dos dentes também em centímetros considerado médio ou relativamente fraco, o
que demonstra na prática que para apenas poucos ou apenas alguns valores
elevados da estatura correspondem apenas poucos valores elevados do
comprimento do dente (incisivo), e também para poucos valores baixos da estatura
tem-se também pouco valor pequeno para comprimento dos dentes.
Vale salientar que os resultados obtidos foram baseados numa amostra
aleatória considerada grande do ponto de vista estatístico, pois possui mais de trinta
(30) elementos, além de ser representativa da população de interesse . No entanto
mesmo assim o valor encontrado para o coeficiente de correlação foi considerado
conforme o teste t de “Student”, estatisticamente considerada insatisfatória, o que
significa, que foi encontrada uma fraca correlação que não representa de maneira
satisfatória uma correlação forte considerável existente entre o comprimento do
dente incisivo central e a estatura dos indivíduos estudados.
O comprimento dos incisivos central superiores permanentes dos indivíduos
estão expressos nas fichas de coleta de dados dos indivíduos pesquisados e
demonstrados estatisticamente nos gráficos e tabelas.
Ficha 1: Distribuição dos valores encontrados para estatura (m) e comprimento
dos incisivos (cm) de indivíduos do gênero masculino .
Gênero Masculino Comprimento Total dos Incisivos Estatura
1 2,7 1,68
2 2,7 1,72
3 2,9 1,82
4 3,2 1,87
5 2,6 1,78
6 2,8 1,75
7 2,8 1,86
8 2,5 1,70
9 2,7 1,76
10 2,9 1,71
11 3,1 1,80
12 2,7 1,75
13 3,0 1,70
14 2,6 1,78
15 2,6 1,70
16 2,9 1,90
17 2,8 1,78
18 2,6 1,70
19 2,8 1,80
20 2,5 1,75
21 2,7 1,71
22 2,9 1,66
23 2,8 1,72
24 2,6 1,70
25 2,7 1,93
26 3,0 1,78
27 2,5 1,76
28 2,8 1,79
29 3,0 1,88
30 2,8 1,52
31 2,3 1,68
32 2,7 1,72
33 2,5 1,68
34 2,7 1,76
35 2,5 1,68
36 2,7 1,58
37 3,0 1,66
38 2,8 1,65
39 2,9 1,75
40 2,9 1,79
41 3,1 1,69
42 2,7 1,72
43 2,7 1,77
44 2,1 1,71
45 2,6 1,70
46 2,6 1,67
47 2,7 1,69
48 3,2 1,65
49 2,7 1,80
50 2,6 1,79
Ficha 2: Distribuição dos valores encontrados para estatura (m) e comprimento
dos incisivos (cm) de indivíduos do gênero feminino.
Gênero Feminino
Ficha n.° Comprimento Total dos Incisivos Estatura
1 2,3 1,66
2 2,5 1,60
3 2,4 1,60
4 2,5 1,66
5 2,4 1,60
6 2,3 1,56
7 2,6 1,63
8 2,6 1,66
9 2,6 1,53
10 2,5 1,63
11 2,6 1,67
12 2,4 1,74
13 2,7 1,71
14 2,3 1,52
15 2,4 1,66
16 2,6 1,51
17 2,7 1,51
18 2,6 1,64
19 2,3 1,47
20 2,3 1,57
21 2,8 1,55
22 2,3 1,60
23 2,5 1,56
24 2,6 1,55
25 2,8 1,48
26 2,5 1,75
27 2,7 1,60
28 2,8 1,51
29 2,6 1,60
30 2,7 1,63
31 2,5 1,58
32 2,6 1,50
33 2,35 1,65
34 2,8 1,64
35 2,3 1,57
36 2,7 1,53
37 2,6 1,63
38 2,5 1,58
39 2,3 1,70
40 2,7 1,64
41 2,5 1,67
42 2,8 1,57
43 2,2 1,54
44 2,5 1,54
45 2,2 1,54
46 2,6 1,65
47 2,6 1,60
48 2,5 1,72
49 2,6 1,63
50 2,7 1,57
Tabela 5.1: Média e desvio-padrão do comprimento dos incisivos centrais
superiores permanentes, em cm, de acordo com o gênero. Belém, 2005.
Gênero Comprimento dos
incisivos
Masculino Feminino
Total
Média 2.74* 2.53 2.64
Desvio-Padrão 0.21 0.17 0.22
*p < 0.05 (Teste t-student)
Gráfico 5.1: Média e desvio padrão do comprimento, em cm, dos incisivos
centrais superiores permanentes, de acordo com o gênero. Belém, 2005.
A média do comprimento dos incisivos centrais superiores permanentes entre
indivíduos do gênero masculino (2,74 cm) é maior que no gênero feminino (2,53 cm),
sendo esta diferença estatisticamente significante. A média da amostra total foi de
2,64cm.
Tabela 5.2: Média e desvio-padrão da estatura dos examinados de acordo com
o gênero. Belém-PA, 2005.
Gênero Estatura dos
examinados
Masculino Feminino
Total
Média 173.8* 160.0 166.9
Desvio-Padrão 7.7 6.7 10.0
*p < 0.05 (Teste t-student)
Gráfico 5.2: Média e desvio padrão da estatura, em cm, dos examinados de
acordo com o gênero. Belém-PA, 2005.
Como também nos incisivos centrais superiores permanentes, a média da
estatura entre homens (1,73m) é maior que entre mulheres (1,60m), diferença
também estatisticamente significante. A média do comprimento da totalidade da
amostra foi de 1,67m.
A correlação entre a estatura e o comprimento dos incisivos centrais
superiores permanentes nos indivíduos do gênero masculino está representada no
Gráfico 5.3.
Gráfico 5.3: Correlação entre comprimento dos incisivos e estatura no gênero
masculino. Belém-PA, 2005.
O coeficiente de correlação de Pearson no gênero masculino foi r = + 0,20, ou
seja, o grau de correlação foi fracamente positiva, entretanto os dados são
significantemente nulos.
Nos indivíduos do gênero feminino, a correlação entre a estatura e o
comprimento dos incisivos centrais superiores permanentes está representada no
Gráfico 5.4: Correlação entre comprimento dos incisivos e estatura no gênero
feminino. Belém-PA, 2005.
Verifica-se uma fraca correlação negativa no gênero feminino entre as duas
variáveis do estudo, expressada no grau de correlação (r = -0,07), sendo
estatisticamente nulo.
A correlação na amostra total dos indivíduos estudados está demonstrada no
Gráfico 5.5.
Gráfico 5.5: Correlação entre comprimento dos incisivos e estatura na amostra
total do estudo. Belém-PA, 2005.
Apesar de ser considerado estatisticamente não nulo (p < 0,01), o coeficiente
de correlação encontrado com a totalidade dos dados amostrais (r = + 0,40) não
representa de maneira satisfatória uma possível correlação forte existente entre as
variáveis estudadas, pois a intensidade do grau de relacionamento entre as variáveis
é considerada, como sendo uma correlação de grau médio.
A freqüência absoluta das classificações conforme a estatura e o
comprimento total dos incisivos centrais superiores entre indivíduos dos gêneros
masculino, feminino e da totalidade da amostra estão representados nas Tabelas
5.3, 5.4 e 5.5, respectivamente.
Tabela 5.3: Freqüência absoluta do número de indivíduos do gênero
masculino, classificados conforme a estatura e o comprimento total do dente
incisivo central superior. Belém, 2006.
Comprimento do Incisivo (cm) Estatura (m)
[2,0—2,5) [2,5—3,0) 3,0
Total
[1,40—1,50) 0 0 0 0
[1,50—1,60) 0 2 0 2
[1,60—1,70) 1 7 3 11
[1,70—1,80) 1 25 2 28
[1,80—1,90) 0 4 3 7
1,90 0 2 0 2
Total 2 40 8 50
Tabela 5.4: Freqüência absoluta do número de indivíduos do nero feminino,
classificados conforme a estatura e o comprimento total do dente incisivo
central superior. Belém, 2006.
Comprimento do Incisivo (cm) Estatura (m)
[2,0—2,5) [2,5—3,0) 3,0
Total
[1,40—1,50) 1 1 0 2
[1,50—1,60) 7 13 0 20
[1,60—1,70) 6 17 0 23
[1,70—1,80)
2 3 0 5
[1,80—1,90) 0 0 0 0
1,90 0 0 0 0
Total 16 34 0 50
Tabela 5.5: Freqüência absoluta do número de indivíduos dos gêneros
masculinos e femininos, classificados conforme a estatura e o comprimento
total do dente incisivo central superior. Belém, 2006.
Comprimento do Incisivo (cm) Estatura (m)
[2,0—2,5) [2,5—3,0) 3,0
Total
[1,40—1,50) 1 1 0 2
[1,50—1,60) 8 24 0 32
[1,60—1,70) 9 25 0 34
[1,70—1,80) 1 21 2 24
[1,80—1,90) 0 3 3 6
1,90 0 2 0 2
Total 19 76 5 100
Verifica-se através dos dados na Tabela 5.5 que ocorreu uma maior
concentração de indivíduos dos sexos masculinos e femininos para os intervalos
estudados variando nas amplitudes de classes de 2,5 a 3,0 cm para o comprimento
total do dente incisivo superior central, e no intervalo 1,50 a 1,80 cm para a estatura
dos indivíduos. Sendo que para os demais intervalos estudados ocorreu freqüência
muito menor comparativamente falando, inclusive valores nulos para tais
freqüências.
6. DISCUSSÃO
Com os resultados obtidos através do material e da metodologia utilizados,
são discutidas, neste capítulo, esta metodologia e os resultados.
Galan Jr (1969) realizaram suas pesquisas dentro da faixa etária de 20 a 40
anos, enquanto este estudo limitou-se a faixa etária de 20-35 anos. Frizzi (1951)
afirma que , o desenvolvimento definitivo dos ossos ocorre por volta dos 20 anos,
razão pela qual justifica-se o estudo da faixa etária. Logan e Kronfeld (1933), Shour
e Massler (1940) afirmam que na faixa etária de 20 a 25 anos os dentes possuem
sua calcificação completa. Portanto se fosse trabalhada na nossa amostra indivíduos
com mais de 35 anos, correria-se o risco de ter um desgaste significativo na coroa
dental, segundo Picosse (1977), “em função da involução do aparelho mastigador,
vamos tendo, à medida que avançamos na idade, um desgaste acentuado na coroa
dental”, o que poderia prejudicar o trabalho, devido a um possível desgaste nos
dentes.
Carrea (1920) na Universidade de Buenos Aires (Argentina), que
relacionava a estatura com as dimensões de um grupo de dentes inferiores. O
estudo analisou, matemática e geometricamente, as relações mésio-distais dos
incisivos centrais, laterais e caninos inferiores, estabelecendo cálculos para estatura
máxima e mínima, enquanto que o presente estudo trabalhou com a relação de
estatura média e tamanho dos incisivos. A dia estatura e o tamanho dos dentes
no gênero masculino tiveram predominância significativa sobre os do gênero
feminino, quando aplicado o teste estatístico pertinente. Esta diferença reforça o
trabalho de Silva (1990) que encontrou resultados idênticos quando relacionou
incisivos central e lateral e caninos inferiores com a estatura de alunos do Curso de
Odontologia da USP.
Quando foi realizada correlação entre o comprimento dos incisivos e a
estatura, esta foi fracamente positiva para o gênero masculino e fracamente negativa
no gênero feminino, demonstrando que outros estudo além do estipulado por Carrea
(1920) deverão ser realizados para que os resultados possam ter contribuição
valiosa para que o perito conclua com segurança a identificação médico-legal
antropológica.
Preferimos nos prender, no que diz respeito à estratificação da nossa amostra
apenas em indivíduos paraenses de Belém. Não nos prendendo a outras, como a
de, por exemplo, a de biótipos, o que procuraremos fazer em trabalhos futuros.
Assim, concentramos nossa amostra em paraenses natos de Belém e trabalhamos
em gênero masculino e gênero feminino, visando à verificação da existência de
dimorfismo sexual nas variáveis em questão, e obtivemos os resultados.
Em seguida calculamos a média aritmética de x e a de y, tanto para homens
como para mulheres.
Esses resultados diferentes de zero nos levam a acreditar que na amostra
estudada, existe uma dia correlação entre as variáveis estudadas, tanto no sexo
masculino como no sexo feminino segundo a classificação de Pearson.
Acreditamos termos verificado o comportamento das variáveis estudadas na
população de Belém neste primeiro trabalho, sem nos preocuparmos com os grupos
étnicos, biótipos e ouras variáveis.
7. CONCLUSÃO.
A média do comprimento dos incisivos central superiores permanentes entre
indivíduos do gênero masculino (2,74 cm) é maior que no gênero feminino (2,53 cm)
sendo esta diferença estatística significante.
Como também nos incisivos centrais superiores permanentes, a média da
estatura entre homens (1,73 cm), é maior que entre as mulheres (1,60 cm), diferença
também estatisticamente significante.
O coeficiente de correlação de Pearson no masculino foi (r = + 0,20), ou seja, o
grau de correlação entre a estatura e o comprimento dos incisivos central superiores
permanentes foi fracamente positiva, entretanto, estatisticamente não significativo.
O coeficiente de correlação de Pearson no feminino foi (r = - 0,07), verificou-se
uma fraca correlação negativa entre as duas variáveis sendo estatisticamente nulo.
Observa-se que se juntando as amostra do estudo que ocorreu uma maior
concentração ou freqüência absoluta de indivíduos dos sexos masculino e feminino
para os intervalos estudados, variando nas amplitudes de classe de 2,5 á 3,0 cm
para o comprimento total do dente incisivo central superior permanente, no intervalo
1,50m á 1,80m para a estatura dos indivíduos, o que consideramos um achado
importante da pesquisa.
Apesar de ser considerado fraco, o coeficiente de correlação encontrado com a
totalidade dos dados amostrais não representa de maneira satisfatória uma possível
correlação forte existente entre as variáveis estudadas, pois a intensidade do grau
de relacionamento entre as variáveis é considerada, como sendo uma correlação de
grau médio, por tanto estatisticamente não significativa.
8. REFERÊNCIAS
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ANEXO
Anexo 1: Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa.
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