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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS
TÂNIA MARA DE TASSIS MANDELLI
ALTERAÇÕES DIMENSIONAIS MANDIBULARES E SUA RELAÇÃO
COM ATIVIDADE MUSCULAR EM PACIENTES PORTADORES DE
PRÓTESES IMPLANTOSSUPORTADAS
BAURU
2008
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TÂNIA MARA DE TASSIS MANDELLI
ALTERAÇÕES DIMENSIONAIS MANDIBULARES E SUA RELAÇÃO
COM ATIVIDADE MUSCULAR EM PACIENTES PORTADORES DE
PRÓTESES IMPLANTOSSUPORTADAS
Dissertação apresentada ao Hospital de
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da
Universidade de São Paulo para a obtenção
do título de mestre em Ciências da
Reabilitação.
Área de Concentração: Fissuras Orofaciais
Orientador: Alceu Sérgio Trindade Júnior
BAURU
2008
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
HOSPITAL DE REABILITAÇÃO DE ANOMALIAS CRANIOFACIAIS
Rua Silvio Marchione, 3-20
Caixa Postal: 1501
17012-900 - Bauru – SP – Brasil
Telefone: (14) 3235-8000
Prof. Dr. Adolpho José Melfi – Reitor da USP
Prof. Dr. José Alberto de Souza Freitas – Superintendente do HRAC – USP
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU
PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO
CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO
E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Tassis, Tânia Mara Mandelli
T185a Alterações dimensionais mandibulares e sua relação
com atividade muscular em pacientes portadores de próteses
implantossuportadas. / Tânia Mara de Tassis Mandelli.
Bauru, 2008
163p.; il.; 30cm.
Dissertação (Mestrado Área de Concentração: Fissuras
Orofaciais) Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais, Universidade de São Paulo.
Orientador: Alceu Sérgio Trindade Júnior
1. Implante dentário endósseo. 2. Eletromiografia.
3. Reabsorção óssea.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Tânia Mara de Tassis Mandelli
Dissertação apresentada ao Hospital de Reabilitação
de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São
Paulo, para obtenção do título de mestre em Ciências
da Reabilitação.
Área de Concentração: Fissuras Orofaciais
Aprovado em:
Banca Examinadora
Prof.(a) Dr.(a) ______________________________________________________________
Instituição ____________________________________ Assinatura ___________________
Prof.(a) Dr.(a) ______________________________________________________________
Instituição ____________________________________ Assinatura ___________________
Prof.(a) Dr.(a) ______________________________________________________________
Instituição ____________________________________ Assinatura ___________________
Prof.(a) Dr.(a) ______________________________________________________________
Instituição ____________________________________ Assinatura ___________________
______________________________________________________________
Prof.(a) Dr.(a)
Instituição (Orientador)
_______________________________________________________________
Prof.(a) Dr.(a)
Presidente da Comissão de Pós-Graduação do HRAC-USP
Data de depósito da dissertação junto à SPG:______/______/________
Tânia Mara de Tassi
Tânia Mara de TassiTânia Mara de Tassi
Tânia Mara de Tassis Mandelli
s Mandellis Mandelli
s Mandelli
13 de fevereiro 1961
Governador Valadares - MG
Nascimento
1979 – 1983 Curso de Odontologia na Faculdade de
Odontologia de Governador Valadares
(FOG) - UNIVALE - Fundação Percival
Faquhar
1986 – 1986 Aperfeiçoamento em Prótese Dentária -
EAP -ABO - MG
1988 – 1990 Especialização em Prótese Dentária -
Faculdade de Odontologia de Bauru -
USP
1989 – 1991 Especialização em Periodontia -
Residência Odontológica - HRAC - USP
1995 -1995 Credenciamento Cirúrgico - Protico em
Implantes Osseointegrados Brånemark.
1998 – 1998 Aperfeiçoamento em Prótese sobre
Implante Faculdade de Odontologia de
Bauru - USP
Associações APCD - Associação Paulista de
Cirurgiões-Dentistas
SOBRAPE - Sociedade Brasileira de
Periodontia
DEDICATÓRIA
A Deus, por me guiar pelos caminhos da vida, me conceder uma família maravilhosa e me
proteger, permitindo que eu sinta sua presença em todos os momentos da vida.
Aos meus queridos pais, Eden e Dra. Moreninha, que sempre com muito amor, dedicação e
honestidade me educaram e me ensinaram o quanto é importante dar valor às pequenas coisas,
aos pequenos gestos e às pessoas. Sei que cada sonho meu realizado, cada degrau da vida
conquistado é motivo de imenso orgulho para eles.
Às minhas queridas e amadas filhas, Vitória e Sofia, flores confiadas por Deus a mim, pelo
incentivo maior e compreensão das horas roubadas de nossa gostosa convivência.
À minha querida avó, Luzia, mulher ímpar, adorável e maior guerreira que pude conviver
nesta existência.
Aos meus queridos irmãos, Vinicius e Éden, talvez a distância e as dificuldades pelas quais
passamos na vida tenham nos aproximado ainda mais e reforçado tanto o nosso amor.
Aos meus queridos tios, Aníbal, Dalva, Vera, Amparo, Paulo e Reginaldo, pela carinhosa
infância, conduta exemplar e vitoriosa de vida, à qual sempre me espelhei.
AGRADECIMENTO ESPECIAL
Ao Prof. Dr. Alceu Sérgio Trindade Júnior
Renomado mestre,
um exemplo de amor à Fisiologia,
todo o meu respeito e minha gratidão pela competente orientação,
pela confiança em mim depositada,
pelo carinho e desprendimento em compartilhar seus conhecimentos,
pela dedicação e disponibilidade sempre demonstradas.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
À Profa. Dra. Maria Lúcia Rubo de Rezende, ícone da Periodontia Contemporânea,
agradeço a orientação inicial deste trabalho. Manifesto todo o meu respeito e admiração.
À Dra. Régia Luzia Zanata, competentíssima profissional,
amiga de todas as horas, o meu profundo agradecimento pela amizade, incentivo e por me
introduzir na vida acadêmica. Sua competência, sua calma e amizade me fizeram chegar até
aqui.
À Dra. Ana Cláudia Martins Sampaio Teixeira, do setor de Fisiologia do HRAC, pela
grande amizade, minha imensa admiração pela bondade de seu coração, pela competência e
por compartilharmos momentos felizes e importantes desta etapa profissional.
Às Dras. Inge Trindade, Ana Paula Fukushiro e Renata
Yamashita, do Setor de Fisiologia do HRAC, exemplos de organização e apoio à Ciência,
agradeço o incentivo, a paciência e a amizade.
Aos Profs. Drs. José Mauro Xavier, José Adilson Rosa, José Geraldo Frade e Armando
Gobira, meus professores da graduação, que com seus profundos conhecimentos e ética
profissionais me conduziram nos caminhos iniciais da Odontologia.
Aos Profs. Drs. Valdir Janson, Deoclécio Nahás, Euloir
Passanezi e Carlos Araújo, meus professores da pós-graduação latus senso, que
despertaram em mim, a importância do contínuo aprendizado.
À Cidinha, do Setor de Genética, sem a qual, esta pesquisa não teria sido realizada.
Ao meu esposo, Urias Mandelli Filho, pelas horas ausentes e
apoio.
AGRADECIMENTOS
Ao Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC-USP), carinhosamente
conhecido como Centrinho, que devido ao ideal de um grupo de professores, aqui
representados pelo Dr. José Alberto de Souza Freitas, tornou-se referência mundial na arte
de reconstruir sorrisos, reabilitando vidas. Aqui, neste local mágico, que transborda ciência,
aprendizado e solidariedade, aperfeiçoei meus conhecimentos, fiz grandes amigos e pude
compreender que de nada serve ser luz se não for para iluminar os caminhos do demais.
Ao CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, pelo apoio
financeiro para o desenvolvimento deste estudo.
À Radiomemory, pela concessão do programa Radiocef 2, utilizado nesta pesquisa.
Aos Drs. Caio Figueiredo, Flávio Amado e Roberta Pires, do Setor de Implantodontia, e ao
Dr. Carlos, do Setor de Radiologia, agradeço à colaboração e à amistosa acolhida.
À Ivone Macedo e Roseli, auxiliares odontológicas do Setor de Implantodontia, à Irene, do
Setor de Radiologia, ao Edson e ao Neto do Setor de Fotografia, à amizade, ao
profissionalismo e à ajuda inestimável para a realização desta pesquisa.
Ao Marcel Taga, estatístico do HRAC-USP, pela análise estatística, amizade sincera e ajuda
inestimável para a conclusão desta pesquisa.
À Andréia, Zezé e Rogério, do Setor de Pós-graduação, à Fátima, do Setor de
Agendamento, ao Jorge, do Setor de Informática, à Marisa e Lucas, do Setor de
Comunicação, à Rose, Alessandra e Denise da UEP, sempre dispostos a ajudar, agradeço a
amizade e colaboração.
Aos amigos do Mestrado e Doutorado, Dr. Mateus Violin, Dr. Gustavo Ducati, Dra. Soraia
Maeda, Sílvia Amália, Dra. Cristiane, Simone, Priscila, Ana Celina, Siulan, Trixy,
Fabiana, Melissa, Tatiana, Giovana e Janete, pela convivência agradável e amizade
sincera, as quais ficarão guardadas para sempre no baú das recordações e também pelas boas
risadas que demos juntos. Companheiros inestimáveis desta importante etapa profissional.
Às Dras. Márcia Araújo, Virna Reghini, Elen Moreno e Wolmer Ferreira, companheiros
de jornada profissional da Clínica Prodentium, agradeço à amizade, ao apoio e agradável
convivência ao longo de todos esses anos.
À Dra. Ivy Trindade, agradeço a ajuda inestimável e à amizade.
Às Dras. Rosa Parolo, Sueli Devides e Rita Lauris, profissionais do Setor Odontológico,
pela amizade sincera, pelo apoio ao longo de toda esta jornada.
À Fátima Sandrim, exemplo de ética, agradeço a colaboração no início desta etapa e a
amizade sincera.
Aos todos os meus pacientes, que puderam compreender a minha ausência como forma de
maior aprendizado.
À minha família bauruense, aqui representada pelo Sr. Urias Carlos Mandelli e Dª. Clara,
que me acolheram carinhosamente e me ensinaram que o amor é mais que um estado de
enamoramento, o amor é uma filosofia de vida.
E finalmente, à Universidade do Vale do Rio Doce, pela minha sólida formação acadêmica,
onde tudo começou.
Um dia, você aprende que:
Não importa o que você tem na vida, mas quem você tem na vida....
Aprende que não importa aonde já chegou, mas para aonde está indo...
E descobre que o tempo é algo que não se pode voltar atrás...
Os sonhos, ah! Os sonhos são para serem realizados!
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que
alguém lhe mande flores...
E você vai descobrir que realmente pode suportar...
Que realmente é forte...
E que pode ir mais longe, mesmo depois de pensar que não se pode
mais....
Então, você vai entender que a vida tem valor e que você tem valor
diante da vida!
RESUMO
TASSIS TMM. Alterações dimensionais mandibulares e sua relação com atividade
muscular em pacientes portadores de próteses implantossuportadas [dissertação]. Bauru:
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo; 2008.
Objetivos: este estudo se propôs avaliar a correlação entre atividade do músculo masseter e
alteração óssea mandibular, posterior ao último implante, um ano após a reabilitação com
próteses implantossuportadas, em pacientes com fissura labiopalatina reparada. Material e
Método: As alterações dimensionais ósseas foram medidas em radiografias panorâmicas
digitalizadas realizadas antes e um ano após a reabilitação de dezessete pacientes. A
eletromiografia dos sculos masseteres foi realizada durante a contração voluntária
isométrica máxima (CVIM) por 5s, mastigação habitual de cenoura (MH), mastigação
unilateral direita (MUD) e esquerda (MUE) de látex. Resultados: ocorreu aumento ósseo
significativo na mandíbula de 1,98mm (p<0,001) para o tipo de prótese inferior overdenture
implantossuportada. O lado direito é maior que o esquerdo em 0,9mm. Um significante
aumento da amplitude para a MH (9µV) e para a MUE (19µV) foi observado, independente
do tipo de prótese. Um aumento significante para a MUE (19µV) foi observado para a prótese
overdenture. Ocorreu um aumento estatisticamente significante para o ato mastigatório
durante os três tipos de mastigação (MH=0,13s, MUD=0,06s, MUE=0,12s), independente do
tipo de prótese. Para o ciclo mastigatório também foi observado aumento estatisticamente
significante, independente do tipo de prótese durante a MH (0,12s) e MUE (0,11s).
Conclusão: Ocorreu aposição óssea na região posterior da mandíbula para a prótese
overdenture e apesar do aumento da atividade muscular, não foi encontrada correlação
estatisticamente significante com a atividade muscular do masseter.
Descritores: implantes endósseos, eletromiografia, reabsorção óssea.
ABSTRACT
TASSIS, TMM. Mandibular dimensional changes and its relationship with muscular activity
in pacients when implant-supported prosthesis are used [thesis]. Bauru: Hospital for
Rehabilitation of Craniofacial Anomalies, University of São Paulo; 2008.
Purpose: The purpose of the present study was to evaluate the correlation between masseter
muscle activity and changes occurred in mandibular bone height, posterior to the last implant,
one year after implant-supported prosthesis rehabilitation in repared cleft lip and palate
patients. Materials and Methods: changes in mandibular bone height were measured in
digitalized images of panoramic radiographies taken before and one year after oral
rehabilitation of seventeen repared cleft lip and palate patients (Radiocef 2 Radiomemory).
Parameters for electromyography of masseter muscle were: maximum voluntary isometric
clench (MVC) for 5s, habitual chewing of carrots (HC) and unilateral right (URL) and left
(ULL) chewing of latex. Results: a mean increase in mandibular bone height of 1,98mm
(p<0,001) for the implant retained overdenture was observed. Bone apposition was higher in
the right side. Significant increase in the amplitude was observed during HC (9µV) and during
ULL (19 µV), regardless prosthesis type and side. A significant increase was observed during
URL (19 µV) for the implant retained overdenture. A significant statistical increase for the
masticatory act was observed during the three types of mastication (HC=0,13s, URL=0,06s,
ULL=0,12s), regardless prosthesis types. A significant statistical increase was observed for
the masticatory cycle during HC (0,12s) and ULL (0,11s), regardless prosthesis type.
Conclusion: Mandibular bone apposition in the posterior region to the last implant, in
patients using implant retained overdentures and improvement in muscular activity in both
types of prosthesis were observed, although no significant correlations were encountered
between them.
Key words: endosseous implant, electromyography, bone resorption.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 -
Marcação dos pontos de referência, sobre o papel de acetato
transparente, a serem usados na avaliação da altura óssea na região
posterior ao último implante................................................................
67
Figura 2 -
Negatoscópio com estativa (suporte), máquina fotográfica em
posição e máscara de cartão preto........................................................
68
Figura 3 -
Tela inicial do programa Radiocef 2....................................................
69
Figura 4 -
Tela de inserção de dados e radiografias do paciente..........................
70
Figura 5 -
Tela de Calibração da imagem.............................................................
70
Figura 6 -
Tela de Calibração referencial..............................................................
71
Figura 7 -
Tela de mensurações dos sítios............................................................
71
Figura 8 -
Eletrodos bipolares de superfície.........................................................
73
Figura 9 -
Posicionamento dos eletrodos..............................................................
73
Figura 10 -
Cubos de cenoura e látex......................................................................
74
Figura 11 -
Medida da amplitude da contração isométrica máxima dada pelo
programa K-6.......................................................................................
76
Figura 12 -
Medida da amplitude da MH, MUD e MUE........................................
77
Figura 13 -
Calibração da imagem eletromiográfica..............................................
77
Figura 14 -
Medidas do ato e do ciclo mastigatório durante a mastigação
habitual de cenoura e durante a mastigação unilateral direita e
esquerda de látex..................................................................................
78
Figura 15 -
Medidas da altura óssea vertical segundo os grupos e instantes..........
85
Figura 16 -
Medida da Amplitude durante a CVIM e MH segundo o lado, o tipo
de prótese inferior e os instantes..........................................................
90
Figura 17 -
Medida da Amplitude durante a MUD e MUE segundo o lado, o tipo
de prótese inferior e os instantes .........................................................
91
Figura 18 -
Duração do ato durante a MH, MUD e MUE segundo os grupos e
instantes................................................................................................
95
Figura 19 -
Duração do ciclo durante a MH, MUD e MUE segundo os grupos e
instantes................................................................................................
99
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 -
Caracterização da amostra quanto ao gênero e idade média......................
64
Tabela 2 -
Caracterização da amostra quanto ao tipo de fissura e tipos de próteses
inferior e superior.......................................................................................
65
Tabela 3 -
Medidas-resumo das medidas verticais do grupo com prótese inferior
Overdenture segundo instante, lado e sítio................................................
83
Tabela 4 -
Medidas-resumo das medidas verticais do grupo com prótese inferior
Protocolo segundo instante, lado e sítio.....................................................
84
Tabela 5 -
Tabela de análise de variância das medidas verticais................................
86
Tabela 6 -
Comparações post hoc considerando os fatores: Instante e Grupo-
Medidas verticais........................................................................................
87
Tabela 7 -
Comparações post hoc dos sítios – Medidas verticais...............................
87
Tabela 8 -
Comparações post hoc dos lados – Medidas verticais...............................
87
Tabela 9 -
Medidas-resumo da medida da Amplitude durante a CVIM.....................
88
Tabela 10 -
Medidas-resumo da medida da Amplitude durante a MH.........................
88
Tabela 11 -
Medidas-resumo da medida da Amplitude durante a MUD......................
89
Tabela 12 -
Medidas-resumo da medida da Amplitude durante a MUE.......................
89
Tabela 13 -
ANOVAS- Amplitude................................................................................
92
Tabela 14 -
Comparações post hoc da medida da Amplitude durante a MH................
92
Tabela 15 -
Comparações post hoc da medida da Amplitude durante a MUD.............
93
Tabela16 -
Medidas-resumo da duração do ato durante a MH....................................
93
Tabela 17 -
Medidas-resumo da duração do ato durante a MUD..................................
94
Tabela 18 -
Medidas-resumo da duração do ato durante a MUE..................................
94
Tabela 19 -
ANOVAS-Ato............................................................................................
96
Tabela 20 -
Comparações post hoc-Ato........................................................................
96
Tabela 21 -
Medidas-resumo da duração do Ciclo durante a MH.................................
97
Tabela 22 -
Medidas-resumo da duração do Ciclo durante a MUD..............................
97
Tabela 23 -
Medidas-resumo da duração do Ciclo durante a MUE..............................
98
Tabela 24 -
ANOVAS- ciclo.........................................................................................
100
Tabela 25 -
Comparações post hoc da duração do ciclo...............................................
100
Tabela 26 -
Valores de p dos modelos de regressão estratificados por instante e lado
entre a média das medidas verticais e cada uma das variáveis
eletromiográficas........................................................................................
102
Tabela 27 -
Modelos de regressão estratificados por lado entre as diferenças T2-T1
das medidas verticais e as diferenças T2-T1 de cada variável
eletromiográfica.........................................................................................
102
Tabela 28 -
Modelos de regressão finais.......................................................................
103
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PT
Prótese Total
3D
Três Dimensões
EMG
Eletromiografia
HRAC
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais
USP
Universidade de São Paulo
DA
Duração do ato mastigatório
DC
Duração do ciclo mastigatório
CPD
Centro de Processamento de Dados
DPI
Pontos por polegadas
cm
Centímetros
mm
Milímetros
CVIM
Contração voluntária isométrica máxima
MH
Mastigação Habitual de cenoura
MUD
Mastigação Unilateral direita de látex
MUE
Mastigação Unilateral Esquerda de látex
µν
Microvolts
s
Segundos
Dp
Desvio-padrão
F
Feminino
M
Masculino
O
Overdenture
P
Protocolo
w
Watts
GB
giga bites
ms
Milisegundos
Hz
Hertz
vs
versus
LE
Lado Esquerdo
LD
Lado Direito
Dif
Diferença
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................27
2 REVISÃO DE LITERATURA.........................................................................................31
2.1 ALTERAÇÕES DIMENSIONAIS ÓSSEAS MANDIBULARES...................................33
2.1.1 Alterações dimensionais ósseas em pacientes reabilitados com prótese total.........33
2.1.2 Alterações dimensionais ósseas em pacientes reabilitados com próteses
implantossuportadas..................................................................................................36
2.2 ATIVIDADE MUSCULAR E ELETROMIOGRAFIA....................................................43
2.3 RADIOLOGIA E PROGRAMAS DE IMAGEM DIGITAL EM IMPLANTODONTIA....52
3 OBJETIVOS......................................................................................................................57
4 CASUÍSTICA E MÉTODO..............................................................................................61
4.1 CASUÍSTICA....................................................................................................................63
4.2 MÉTODO..........................................................................................................................65
4.2.1 Análise radiográfica .....................................................................................................65
4.2.1.1 Radiografia Panorâmica ..............................................................................................65
4.2.1.2 Digitalização das radiografias .....................................................................................67
4.2.1.3 Mensurações lineares dos sítios anatômicos ...............................................................68
4.2.2 Registros da atividade eletromiográfica.....................................................................72
4.2.2.1 Análise do traçado eletromiográfico............................................................................74
4.2.2.1.1 Medida da amplitude durante a Contração Voluntária Isométrica Máxima (CVIM)..75
4.2.2.1.2 Mastigação habitual de cenoura (MH)....................................................................75
4.2.2.1.3 Mastigação unilateral direita de látex (MUD).........................................................75
4.2.2.1.4 Mastigação unilateral esquerda de látex (MUE) ....................................................76
4.3 ANÁLISE DOS DADOS ..................................................................................................78
5 RESULTADOS..................................................................................................................81
5.1 ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A MEDIDA ÓSSEA VERTICAL E OS
FATORES: TIPO DE PRÓTESE INFERIOR, INSTANTE, LADO E SÍTIO. ..............83
5.2 ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DA ATIVIDADE
MUSCULAR MASSETÉRICA E OS FATORES: TIPO DE PRÓTESE
INFERIOR, INSTANTE E LADO ................................................................................88
5.2.1 Medida da amplitude (
µV) ..........................................................................................88
5.2.2 Duração do ato mastigatório(s)................................................................................... 93
5.2.3 Duração do ciclo mastigatório(s)................................................................................ 97
5.3 ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A MEDIDA ÓSSEA VERTICAL E AS
MEDIDAS DE ATIVIDADE MUSCULAR MASSETÉRICA.................................... 101
6 DISCUSSÃO.................................................................................................................... 105
7 CONCLUSÃO................................................................................................................. 113
REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 117
ANEXOS.............................................................................................................................. 127
1
1 1
1 INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
1 Introdução
29
1 INTRODUÇÃO
Indivíduos desdentados apresentam alterações da função mastigatória, da fonética e da
estética. O edentulismo desses indivíduos, os quais são relatados na literatura como inválidos
orais, tem importante repercussão em sua qualidade de vida (Bergman e Carlsson 1985,
Stellingsma 2003, Felix 2005).
Os desdentados totais reabilitados com próteses convencionais (prótese total) estão
sujeitos ao desconforto mastigatório devido à dor, a não adaptação e à pouca eficiência
mastigatória de suas próteses, à dificuldade para se alimentar e falar, bem como à contínua
reabsorção de seus rebordos, o que pode dificultar ou mesmo inviabilizar a reabilitação desses
indivíduos (Atwood 1971 e 1979, Tallgren 1972, Jahangiri et al 1998).
A reabilitação oral por meio de implantes osseointegrados tem sido o tratamento mais
realizado em pacientes edêntulos, com taxa de sucesso de 99% (Adell et al 1981, Ekelund et
al 2003, Jablonski 2004).
Pacientes reabilitados por meio de próteses implantossuportadas melhoram
significantemente suas funções orais como mastigação, fonação e deglutição bem como o
conforto mastigatório e a estética facial. Além disso, a habilidade e a eficiência mastigatória
são mais altas em comparação aos usuários de próteses convencionais causando um impacto
psicológico benéfico, aumentando dessa forma, a qualidade de vida dos indivíduos (Haraldson
e Ingerval 1979, Lindquist e Carlsson 1985, Feine et al 1994, Fontijn-Tekamp et al 2000,
Awad et al 2003, Stellingsma et al 2003, Attard e Zarb 2004, van Kampen et al 2004 e Felix
2005).
A literatura consultada demonstrou que pode ocorrer aposição óssea em áreas
subpônticas de pacientes reabilitados com próteses fixas convencionais, bem como, em áreas
posteriores ao último implante de pacientes reabilitados com próteses implantossuportada
(Taylor 1989, Oikarinem e Siirila 1992, Murphy 1995, Daniels 1997, Wright et al 2002,
Reddy et al 2002, Roberts 2005, Lopes 2006).
As pesquisas relacionadas à mensuração da atividade muscular avaliadas por
eletromiografia têm sugerido que a força mastigatória e a atividade muscular estão
aumentadas em pacientes reabilitados com próteses implantossuportas em comparação com
aqueles que foram reabilitados com próteses totais convencionais (Haraldson et al 1979,
Lindquist e Carlsson 1985, Fontijn-Tekamp et al 2000, Bakke 2002, Ferrario et al 2004).
1 Introdução
30
Contudo em indivíduos sem fissuras, bem como naqueles com fissuras congênitas, não
dados consistentes na literatura sobre a atividade muscular do músculo masseter, muito
menos correlacionando esta atividade com a aposição óssea pós-reabilitação oral através de
prótese implantossuportada.
Este estudo pretendeu quantificar a alteração dimensional óssea do rebordo
mandibular, posterior ao último implante e verificar a atividade muscular correlacionando
possíveis alterações da atividade muscular com as possíveis alterações dimensionais. O estudo
foi realizado em indivíduos com fissuras congênitas reparadas nas modalidades terapêuticas
overdenture e protocolo Brånemark implantossuportadas.
2 REVISÃO DE
2 REVISÃO DE2 REVISÃO DE
2 REVISÃO DE LITERATURA
LITERATURA LITERATURA
LITERATURA
2 Revisão de Literatura
33
2 REVISÃO DE LITERATURA
Com a finalidade de embasar o nosso trabalho, nos aprofundarmos no assunto e para
uma melhor compreensão da metodologia, este capítulo foi dividido em tópicos:
2.1 ALTERAÇÕES DIMENSIONAIS ÓSSEAS MANDIBULARES
2.1.1 Alterações dimensionais ósseas em pacientes reabilitados com prótese total
A mandíbula humana é um osso que exibe um alto grau de variabilidade anatômica e
isto ocorre não somente entre os indivíduos ou como resultado da idade, mas também entre
lado direito e esquerdo. Após o crescimento ter cessado, o mais importante fator que governa
a mudança morfológica deste osso é a presença ou a ausência de dentes.
O contorno e a estrutura de mandíbulas edêntulas são diferentes de mandíbulas
dentadas. Na mandíbula edêntula, a largura e altura óssea são reduzidas, a cortical óssea na
crista e na superfície anterior é fina ou deficiente e o trabeculado não tem um padrão definido;
uma redução do volume e densidade mineral e as alterações osteoporóticas são comuns no
osso alveolar (Lammie 1960).
Por anos, autores como Atwood (1971,1979) e Tallgren (1972) têm escrito sobre a
reabsorção contínua e irreversível dos rebordos alveolares de pacientes desdentados, o que
poderia dificultar ou inviabilizar a reabilitação desses pacientes por meio de próteses
convencionais ou implantossuportadas.
Atwood e Coy (1971) analisaram clínica, cefalométrica e densiométricamente a
reabsorção dos rebordos alveolares a partir de 24 pontos anatômicos previamente
selecionados, após exodontias múltiplas. Foram selecionados 76 indivíduos (44 homens e 32
mulheres, com idade média de 65,2±10 anos), divididos em grupos: até 2 anos após as
exodontias (grupo 1), de 2 a 10 anos após as exodontias (grupo 2), de 10 a 20 anos após as
exodontias (grupo 3) e mais que 20 anos após as exodontias (grupo 4). Os rebordos alveolares
foram classificados nas seguintes categorias: categoria III, alto e bem arredondado; categoria
IV, em forma de faca; categoria V, baixo mas bem arredondado e VI, depressivo. Após o
período de observação reportaram que 68% dos rebordos maxilares pertenciam à categoria III,
dos quais 50% eram do grupo 4, com mais de 20 anos após as exodontias. Em contraste, na
2 Revisão de Literatura
34
mandíbula 54% dos rebordos pertenciam à categoria IV, dos quais 80% eram do grupo 1.
Quinze indivíduos (20%) apresentaram reabsorção óssea de 1mm por ano e 1 indivíduo
apresentou 2,2mm por ano de perda óssea. Observaram que o processo de reparo ósseo gera
alterações marcantes na altura e espessura do rebordo, o qual após determinado tempo, entra
em atrofia. Reportaram ainda uma correlação positiva entre a reabsorção óssea e fatores
anatômicos (quantidade de rebordo residual, densidade mineral). As reabsorções eram mais
evidentes em indivíduos acima de 50 anos, do sexo feminino e relacionadas com o uso
prolongado de próteses por mais de 8 horas. Concluíram que, se a dia proporcional da
reabsorção vertical era de 0,5mm por ano, em 10 anos a média da perda seria de 5mm,
resultando em significante perda da dimensão vertical, da estética e do conforto mastigatório.
Postularam que novos métodos de prevenção e tratamento da reabsorção do rebordo residual
deveriam ser encontrados.
Tallgren (1972) afirmou em um estudo longitudinal de 25 anos que o rebordo alveolar
residual de pacientes reabilitados com prótese total possui uma remodelação óssea com
constante redução de volume, provavelmente irreversível. Afirmou ainda que, devido à
geração de forças promovidas pelo uso contínuo das próteses ocorre uma alteração da
morfologia (prognatismo) e comprimento da face devido ao comportamento rotacional da
mandíbula, principalmente no primeiro ano de uso das próteses.
Em estudos clínicos longitudinais foi observado que mesmo após a cicatrização das
feridas cirúrgicas (pós-extração), o osso alveolar continua a sofrer remodelação catabólica. As
dimensões do rebordo ósseo são reduzidas mais rapidamente nos primeiros seis meses, mas a
atividade de reabsorção continua ao longo da vida em uma taxa mais baixa resultando na
perda de grande quantidade da estrutura óssea mandibular.
Atwood (1979) ainda postulou que havia quatro principais fatores etiológicos para
reabsorção alveolar: fator anatômico (como o estado, a altura e a densidade da parte anterior
do rebordo), fator protético (distância interoclusal, a retenção, a estabilidade e a coincidência
da oclusão cêntrica e relação cêntrica), fator metabólico (idade e sexo, osteoporose) e fator
funcional (como o número de horas que a dentadura é usada).
Bergman e Carlsson (1985) realizaram um estudo clínico em 32 usuários de
dentaduras completas que foram seguidos por 21 anos. Este estudo incluía exame clínico,
questionário e radiografia cefalométrica. No exame clínico reportaram que 2/3 dos pacientes
possuíam dimensão vertical de oclusão bastante diminuída e que em 1//3 destes, os dentes
estavam severamente desgastados e que 14 pacientes necessitavam de novas dentaduras. Na
2 Revisão de Literatura
35
avaliação da estabilidade, a dentadura inferior era considerada como instável por 42% dos
indivíduos contra 29% para a dentadura superior. Nos achados cefalométricos, a reabsorção
apresentou um alto grau de variação, sendo maior na mandíbula.
Wyatt (1998) em um artigo de revisão da literatura reportou que os usuários de
dentaduras tinham em média, um rebordo residual menor que aqueles que não usavam
dentaduras e significante perda óssea era encontrada naqueles pacientes que usavam suas
dentaduras de dia e de noite. Isto era atribuído à pressão das próteses sobre o rebordo. A perda
de osso era mais pronunciada na mandíbula do que na maxila, particularmente nos primeiros 3
meses após a extração, sendo a região posterior da mandíbula mais sujeita à reabsorção. A
diferença das forças oclusais entre a região anterior, onde suaves forças para incisar alimentos
ocorrem quando comparadas com a região posterior, onde pesadas forças são requeridas para
a trituração podem ser as responsáveis. Na avaliação da altura óssea vertical por meio de
radiografia após um ano, a média de redução variou de 2 a 4mm para a maxila e de 4 a 6mm
para a mandíbula. Forças parafuncionais podem acelerar a perda óssea em rebordos edêntulos
e isto tem sido associado à irritabilidade da mucosa. Contudo, a reabsorção em maxila e
mandíbula edêntulas mostra marcada variação entre indivíduos e entre locais num mesmo
indivíduo independentemente de idade, sexo, status periodontal pré-extração ou altura do
rebordo alveolar. Concluiu que o uso de implantes para suportar próteses fixas ou
overdentures têm sido demonstrado que preserva o osso alveolar remanescente.
Perdas dentárias infligem a maior alteração nas forças funcionais. A mandíbula reage
com a redução da altura e largura do rebordo alveolar e com a deterioração na qualidade e
quantidade de matriz e células ósseas (Murphy 1995).
Um achado constante no estudo de mandíbulas edêntulas é que a altura do rebordo é
relacionada à duração do edentulismo: quanto mais longa a duração, maior a reabsorção
(Tallgren 1972,1979; Atwood 1979, Bergman e Carlsson 1985; Murphy 1995).
Carlsson (2004) realizou uma revisão de literatura sobre a reabsorção de rebordos
edêntulos na resposta para a pressão. Sugeriu que é contínua a reabsorção do rebordo residual
para todos os usuários de dentaduras completas, pois uma pressão contínua e excessiva
produz reabsorção óssea e uma grande variação interindividual. Reportou que os fatores
considerados e usados na análise de correlação o: gênero, idade, morfologia facial, duração
do edentulismo, hábitos do usuário de dentaduras, número de dentes gastos, higiene oral,
parafunção, forças oclusais, qualidade da dentadura, nutrição, saúde geral, medicação,
doenças sistêmicas e osteoporose, mas os resultados não são conclusivos. Os estudos clínicos
2 Revisão de Literatura
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usando análises multivariadas indicaram que o nero feminino e fatores sistêmicos são mais
importantes que o fator local (uso da dentadura) e anatômico (forma do rebordo). Considerou
que a melhor forma de se evitar a reabsorção óssea é evitar a extração de todos os dentes,
preservar uns poucos dentes e reabilitar o paciente com overdentures dentossuportadas.
Concluiu que, em pacientes edêntulos, a reabilitação com próteses implantossuportadas
diminuiu a perda óssea ou mesmo promoveu crescimento ósseo e há necessidade de se
aumentar conhecimentos sobre a reabsorção do rebordo residual através de experimentos
clínicos e métodos estatísticos, preferencialmente incluindo a colaboração entre pesquisadores
cirurgiões-dentistas e médicos.
2.1.2 Alterações dimensionais ósseas em pacientes reabilitados com próteses
implantossuportadas
Através de relatos experimentais detalhados no início da década de 70, Brånemark et
al (1969) demonstraram ser possível reabilitar pacientes edêntulos a partir de implantes de
titânio que se osseointegravam ao osso. No relato de seus estudos experimentais, os autores
investigaram os fatores que controlavam a cicatrização e a estabilidade a longo prazo de
implantes de titânio, inseridos no osso que suportavam próteses em cães. Afirmaram que a
integridade de uma boa ancoragem dos implantes requeria um protocolo cirúrgico adequado
como: preparação cirúrgica não traumática dos tecidos moles e duros, fechamento primário
com retalho mucoperiósteo isolando o implante da cavidade oral, higiene oral para prevenir a
inflamação gengival. Após extensas investigações clínicas macroscópicas,
esteriomicroscópicas, radiográficas e microcópicas concluíram que os implantes inseridos
tinham se incorporado ao tecido ósseo e gengival sem causar nenhuma injúria e que ocorria o
crescimento ósseo em volta das roscas dos implantes sem qualquer tecido interposto entre
eles. Esta descoberta proporcionou uma nova era na Odontologia, principalmente para os
pacientes totalmente edêntulos.
Brånemark et al (1977) após realizarem um controle de 10 anos, com 211 pacientes
tratados através de próteses fixas implantossuportadas, por meio da técnica periapical com
suporte de Eggen, verificaram que durante a fase de cicatrização houve uma redução óssea
perimplantar de 1 a 2mm (por volta dos 9 meses). Na fase de remodelação (em torno de 18
meses) ocorria uma perda óssea de 0,2 a 0,3mm na altura marginal, atribuindo estes fatos ao
estímulo das forças enviadas para o tecido ósseo via implantes. Concluíram que esta força
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parece preservar o tecido ósseo distal ao forame mentoniano na mandíbula e diminuir a
reabsorção do rebordo residual.
Adell et al (1981) com o objetivo de confirmar a interface da osseointegração
realizaram um estudo durante 15 anos em 2768 implantes instalados por técnica cirúrgica
padronizada em 191 maxilas e 219 mandíbulas de 370 pacientes (230 mulheres e 140
homens) com idade média de 53±11 anos. Nesses pacientes foram instaladas próteses tipo
protocolos superiores e inferiores. Os autores avaliaram a altura óssea do rebordo anualmente
por meio de radiografias panorâmicas, tendo como parâmetro a medida conhecida da altura
do implante instalado. Nos resultados apresentados, os autores encontraram uma perda óssea
marginal no sentido transversal do rebordo perimplantar de 1,2mm durante o primeiro ano
após a reabilitação, e que posteriormente era de 0,1mm anualmente. Afirmaram que a altura
óssea marginal dependia da distribuição adequada da força marginal e adequada função da
margem gengival, e que, a perda óssea marginal podia ser atribuída a vários fatores como:
efeito do trauma cirúrgico (desinserção do periósteo marginal, remoção de osso marginal e
dano ósseo devido perfuração), força excessiva no momento de instalação dos implantes,
trauma de oclusão, relação desfavorável entre mandíbula e maxila, deflexão da estrutura da
prótese sobre o pilar protético, extensão do cantilever e gengivite. Os achados radiográficos
mostraram um aumento de radiopacidade em volta dos implantes através dos anos e os
autores afirmaram que a força de uma carga oclusal transmitida ao tecido ósseo através dos
implantes osseointegrados promovia um estímulo adequado para remodelação do tecido
ósseo, mantendo a altura, o volume e eventualmente promovendo aumento da densidade
óssea.
Taylor (1989) através de radiografias panorâmicas padronizadas observou um caso de
aposição óssea na região posterior da mandíbula de um homem com 50 anos de idade após 2
anos e 8 meses da instalação de uma prótese fixa implantossuportada inferior com 5 implantes
tendo como antagonista uma prótese total. O acréscimo foi de 3mm, confirmados mediante
medições das radiografias e usando as angulações dos implantes como parâmetro. O autor não
foi conclusivo quanto à etiologia, sugerindo mais investigações e descartou a possibilidade de
bruxismo, pois o paciente relatou dormir sem a prótese superior.
Okarinen e Siirila (1992) a partir de um relato de caso clínico demonstraram que
severa atrofia por desuso de uma mandíbula edêntula podia ser substituída por crescimento
ósseo reparativo através da restauração da função e habilidade mastigatória usando uma
prótese fixa implantossuportada. Os autores relataram que uma paciente de 41 anos
2 Revisão de Literatura
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desdentada por 8 anos, foi reabilitada por prótese fixa colocada sobre 5 implantes endósseos
na região da mandíbula. Após 2 anos, as medições em radiografias panorâmicas padronizadas
detectaram um aumento em altura no rebordo de 4mm na região distal aos últimos implantes
de ambos os lados e na região anterior entre os forames de 13mm. A remodelação óssea
reparativa era claramente evidente acima do canal mandibular, mais especialmente do lado
esquerdo, onde o osso superior do canal mandibular tinha sido reformado. A cortical óssea da
borda inferior da mandíbula tinha sido reforçada. Os autores observaram o crescimento ósseo
após 2 anos, de acordo com os achados de Taylor (1989) e conjeturaram que as razões para o
reparo poderia ser o marcante uso dos músculos mastigatórios e o hábito de bruxismo da
paciente.
Jacobs et al (1992) analisaram a reabsorção óssea da região posterior de mandíbulas
reabilitadas com prótese fixa implantossuportadas tipo protocolo Branemark e overdenture
implantossuportadas. Para isto avaliaram radiografias panorâmicas de 30 pacientes (21
mulheres e 9 homens) reabilitados com overdenture tipo barra, suportada por dois implantes;
25 pacientes (19 mulheres e 6 homens) reabilitados com prótese fixa tipo protocolo
Brånemark e 85 pacientes (69 mulheres e 16 homens) reabilitados com prótese total
convencional. As medições das áreas do rebordo foram realizadas por meio de dois pontos
anatômicos previamente selecionados. Essas medições foram repetidas num intervalo de 10
dias por 2 examinadores. Na análise dos resultados, os pesquisadores reportaram que houve
uma reabsorção anual que variou de 14±20% para as próteses overdentures; 10±19% para as
próteses totais e 4±6 % para as próteses fixas protocolo. Neste estudo, os autores
demonstraram que as reabsorções ósseas posteriores são ligeiramente mais evidentes para as
próteses overdentures que para as próteses totais nos primeiros 2 anos, mas que ao longo de
10 anos estes valores se equipararam. Concluíram que a indicação de overdenture para
pacientes jovens não tem um prognóstico favorável e que as reabsorções são menos evidentes
nos arco reabilitados com próteses fixas implantossuportadas.
Lindquist et al (1996) em um estudo longitudinal de 15 anos reavaliaram 47 pacientes
edêntulos reabilitados com próteses fixas implantossuportadas no arco inferior com a
finalidade de reportar os resultados clínicos e a perda óssea marginal. Dos 273 implantes
inseridos 3 foram perdidos, sendo 2, antes e 1, seis meses após a instalação das próteses fixas,
portanto a taxa de sucesso era de 98,9 %. Nenhuma prótese foi perdida e os pacientes estavam
com a mesma em função reportando uma taxa de 100 % de sucesso. A perda óssea marginal
observada em volta dos implantes era mínima, em média 0,5mm durante o primeiro ano e
2 Revisão de Literatura
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após, 0,05 mm anualmente sendo que esta perda era maior em volta dos implantes anteriores
do que nos posteriores. Fatores como o hábito de fumar e pobre higiene oral foram os que
mais influenciaram enquanto fatores oclusais como força de mordida máxima, apertamento
dental e extensão dos cantilevers foram de menor importância. Concluíram que o tratamento
com prótese fixa na mandíbula apresentou sucesso em relação à estabilidade da prótese e que
a reabsorção óssea embora nima, era influenciada por vários fatores, sendo que o hábito de
fumar e a pobre higiene oral eram os mais importantes.
Meijer et al (1999) realizaram um estudo longitudinal, prospectivo, por 5 anos com a
finalidade de avaliar e comparar os aspectos clínicos e a satisfação em pacientes reabilitados
por overdentures implantossuportas (OI) e prótese total convencional (PT). Pacientes foram
alocados em dois grupos sendo que 60 pacientes possuíam overdentures implantossuportada
por 2 implantes e 61 pacientes possuíam PT. Um ano após a instalação das PTs os pacientes
insatisfeitos tinham a oportunidade de serem reabilitados com overdentures. No grupo OI, 4
implantes foram perdidos no primeiro ano e 4 durante os 4 anos seguintes reportando uma
taxa de sucesso de 93%. No grupo da PT, 14 pacientes escolheram a overdenture após um
ano. Radiografias panorâmicas foram realizadas 1 e 5 anos após a instalação das overdentures
e durante o primeiro ano nenhuma a perda óssea foi reportada para os 55 pacientes sendo que
a taxa de satisfação destes pacientes era maior que para o grupo reabilitado por overdenture,
mas que em 5 anos esta taxa se equilibrava.
Nakai et al (2000) avaliaram o comportamento ósseo do rebordo alveolar através de
radiografias panorâmicas. Para isto, radiografias panorâmicas padronizadas de 27 pacientes
(11 mulheres e 16 homens) com mandíbulas edêntulas e reabilitadas com prótese fixa
implantossuportadas foram analisadas após 40 meses. A borda inferior da mandíbula foi usada
como referência para a mensuração da altura até à crista alveolar. Nas radiografias foram
traçadas 10 linhas transversais no rebordo, posterior ao último implante de cada lado, e
paralelas à linha que tangencia o processo coronóide da mandíbula. Dos 27 pacientes, 5
apresentaram aumento na crista óssea de 3,3 a 8,6%, não havendo resultado estatisticamente
significante. Os autores atribuíram o crescimento ósseo ao aumento do estresse devido à
presença dos implantes endósseos.
Duyck et al (2001) realizaram um estudo experimental em coelhos com a finalidade de
avaliar a reação da margem óssea do sítio com implante frente a forças estáticas e dinâmicas.
Em cada um dos 10 coelhos adultos foram inseridos 3 implantes Brånemark de 10 mm, na
tíbia, do lado direito e esquerdo. Um implante era forçado estaticamente (uma força de 29,4N
2 Revisão de Literatura
40
ou 3 Kg), um era forçado dinamicamente (uma força transversa de 14,7N ou 1,5Kg, a uma
distância de 50mm do topo do implante era aplicada 1 vez ao dia), e um implante não era
forçado para servir de controle. As forças aplicadas foram padronizadas em um estudo piloto
através de um modelo finito 3D e tomografia computadorizada. A análise histológica
confirmou a análise clínica, ou seja, todos os implantes estavam osseointegrados,
bicorticalmente ancorados e havia formação endóstea ao longo da superfície dos implantes
para a medula óssea central em todos os grupos. Uma densidade na cortical do osso lamelar
era presente ao redor do pescoço e parte apical do implante, sem sinais de perda óssea para os
implantes forçados estaticamente e não forçados. Para os implantes dinamicamente forçados,
defeitos em forma de crateras e lacunas de Howship´s eram sinais explícitos de reabsorção
óssea na área marginal, contudo havia osso em contato com a superfície do implante. Quando
compararam a quantidade de osso formado da área marginal, significante (p<0,007) menor
volume ósseo (densidade) estava presente ao redor dos implantes dinamicamente forçados em
comparação com os estaticamente forçados e os implantes controles. Concluíram que o estudo
foi capaz de demonstrar que forças dinâmicas excessivas causam defeitos em forma de
crateras na lateral dos implantes osseointegrados.
Wrigth et al (2002) através da análise de radiografias panorâmicas, averiguaram o
comportamento ósseo do rebordo alveolar posterior de 45 pacientes, sendo 21 indivíduos
reabilitados com overdenture implantossuportada e 24 indivíduos reabilitados com prótese
fixa sobre implante. Nos pacientes reabilitados com overdenture houve um decréscimo ósseo
de aproximadamente de 1,1% ao ano, enquanto naqueles reabilitados com próteses fixas
implantossuportadas houve uma aposição óssea de 1,6% Os resultados não apresentaram
dados que pudessem ser correlacionados com a idade, tempo que o indivíduo ficou
desdentado ou altura do rebordo inicial.
Reddy et al (2002) avaliaram o comportamento ósseo de 60 pacientes reabilitados com
prótese fixa implantossuportada inferior (protocolo Brånemark) por meio de análises
radiográficas realizadas 1, 2, 3, e 4 anos após a reabilitação. Com o objetivo de padronizar as
medidas a serem executadas preconizaram pontos fixos na imagem radiográfica de onde
partia uma tangente que passava na distal do último implante e linhas paralelas seccionavam o
corpo da mandíbula em distâncias de 5, 10, 15 e 20mm e assim eram realizadas as medições,
após a correção da magnificação da imagem radiográfica. Os autores concluíram que houve
um acréscimo ósseo significativo (p<0,05) cujo valor médio foi de 0,93mm e que este
acréscimo ocorria principalmente no primeiro ano após a instalação da prótese.
2 Revisão de Literatura
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Ekelund et al (2003) em uma pesquisa longitudinal estudaram clínica e
radiograficamente o comportamento de próteses fixas implantossuportadas tipo protocolo
Branemark acompanhadas por 23 anos em 30 pacientes. O objetivo deste trabalho foi reportar
o resultado do tratamento de mandíbulas edêntulas reabilitadas por meio de próteses
implantossuportadas neste grupo de pacientes. Um total de 273 implantes de 10mm foi
instalado de acordo com o protocolo de 2 estágios cirúrgicos. Três implantes tinham sido
perdidos durante todo o período de investigação e a taxa acumulada de sobrevida era de
98,9%. Todos os pacientes tinham a prótese em função, mas 2 tiveram que refazer as próteses
no retorno de 20 anos. Nenhum implante ou prótese foi perdido (a) durante os últimos 5 anos.
A média do nível ósseo era 1,6mm abaixo do ponto de referência após 20 anos e a média da
perda óssea nos exames entre 15 e 20 anos era de 0,2mm sendo que 37 implantes (24 %)
mostraram mais que 2 roscas expostas no exame de 15 anos, mas, somente 4 implantes (3%)
apresentaram dor ou perda óssea excedendo uma rosca (0,6mm) durante os últimos 5 anos.
Concluíram que o resultado do sucesso do tratamento após 15 anos continuava por mais de 20
anos.
Attard e Zarb (2004) reportaram os resultados do tratamento a longo prazo (20 anos)
em pacientes edêntulos reabilitados por próteses fixas implantossuportadas tipo protocolo
Brånemark que participaram do primeiro estudo clínico sobre implantes na América do Norte.
Neste estudo foram avaliados 31 pacientes e 33 próteses. 71% dos pacientes tinham sido
avaliados por 20 anos apresentando 84 % de taxa de sucesso para o planejamento protético e
87% para a sobrevivência dos implantes. A média da perda óssea ao redor dos implantes após
a instalação das próteses era mínima (0,05mm), com alta taxa de variação. Pobre higiene oral,
hábito de fumar e a posição dos implantes foram os fatores preditores da perda óssea. A
longevidade das próteses fixas era de 8,39±5,30 anos. Os autores confirmaram o total sucesso
do tratamento a longo prazo em pacientes tratados com próteses fixas implantossuportadas.
Roberts (2005) acompanhou 83 pacientes edêntulos reabilitados com próteses tipo
Ramus Frame Implant por 24 anos. Para isto realizou uma detalhada análise da história
médica, exames intra-orais e radiografias panorâmicas oriundas de um mesmo aparelho, de
magnificação conhecida e as medições foram realizadas por um compasso milimétrico na
região de pré-molares. O autor encontrou um crescimento ósseo variando de 1,34mm a
4,413mm (média 2,87mm±2,17mm) e concluiu que após a colocação das próteses, os
músculos da mastigação são capazes de trabalhar mais eficientemente na aplicação das forças
necessárias para o processo mastigatório sem causar dor ao paciente.
2 Revisão de Literatura
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Melo (2005) avaliou as possíveis alterações dimensionais na região posterior ao último
implante através de radiografias panorâmicas de 10 pacientes com fissura congênita
labiopalatina reabilitados com próteses implantossuportadas tipo protocolo inferior e 10
pacientes reabilitados com overdenture inferior e por meio de medições de cada um dos lados
analisando-as no programa Radioimp (Radiomemory). Essas alterações ósseas observadas
pelo autor foram da ordem de 0,19mm para pacientes reabilitados com prótese tipo protocolo
e da ordem de 1,03mm para os reabilitados com próteses tipo overdentures. O autor concluiu
que os indivíduos com fissuras apresentaram alterações ósseas mínimas, sugerindo que os
mecanismos de aposição e reabsorção óssea nessas regiões estão equilibrados.
Lopes (2006) avaliou as alterações dimensionais mandibulares e sua correlação com
atividade muscular massetérica em 10 indivíduos. Este estudo foi realizado em 10 pacientes
com fissura labiopalatina reparada e reabilitados por prótese fixas implantossuportadas. As
alterações dimensionais foram mensuradas em radiografias panorâmicas digitalizadas através
do programa para planejamento em Implantodontia Radioimp (Radiomemory, BH, MG)
realizadas antes e 1 ano após a reabilitação. A autora reportou a ocorrência de aposição óssea
para o lado direito de 0,52±0.96mm e reabsorção de 0,05±0,78 para o lado esquerdo e quando
os 2 lados foram considerados juntos, a média da aposição óssea era de 0,23±0,4mm. Não
foram encontradas diferenças estatisticamente significante para a atividade muscular.
Chung et al (2007) realizaram uma análise retrospectiva dos fatores que pudessem
afetar a perda óssea tardia. Analisaram 339 implantes inseridos em 69 pacientes entre abril de
1981 e 2002. Somente implantes com mais de três anos foram analisados e categorizados,
baseados nos seguintes fatores: característica da superfície (lisa x rugosa), altura [curto
(<10mm)x longo ( 10mm)], plataforma [estreita (< 3,75mm), regular (3,75 e 4mm), larga (>
4mm)], quantidade de mucosa ceratinizada ( ou 2mm), localização (anterior x posterior;
maxila x mandíbula), tipo de prótese ( fixa x removível), e tipo de dentição oposta. Os efeitos
desses fatores sobre os parâmetros clínicos, especialmente a média anual de perda óssea
foram avaliados clínica e radiograficamente. Para a análise da média anual de perda óssea
utilizaram radiografias panorâmicas e periapicais e concluíram não haver diferença
estatisticamente significante entre os dois tipos. A média da perda óssea para a prótese fixa
implantossuportada (0,1mm) era quase 2 vezes maior do que para a overdenture (0,7mm), que
fumantes apresentavam quase 3 vezes mais perda óssea que não fumantes (0,32mm x
0,12mm). Concluíram que fatores como implantes largos e curtos, localizados na maxila,
2 Revisão de Literatura
43
prótese fixa implantossuportada e fumantes foram os que mais afetaram a perda óssea e que a
altura do implante era o fator mais crítico para a manutenção do nível ósseo.
Tawil (2007) em um relato de caso demonstrou que força oclusal excessiva pode
causar perda óssea tardia. Uma paciente de 57 anos reabilitada com prótese fixa
implantossuportada na região dos dentes 14,15 e 16 e prótese provisória removível repondo os
dentes 24,25 e 26 a 9 anos, apresentou severa perda óssea quando da análise radiográfica de
rotina. A prótese provisória encontrava-se muito instável. Dessa forma, a conduta realizada
foi a confecção de próteses fixas provisórias esplintadas para as regiões dos dentes 14,15 e 16
e 24, 25 e 26. A higiene oral foi reforçada e a condição perimplantar era avaliada a cada 3
meses por meio de radiografias periapicais. A lesão óssea começou a cicatrizar por volta de 3
meses após a eliminação da oclusão traumática. Aos 6 meses, 1,5mm de ganho ósseo vertical
foi observado. Aos 12 meses a cicatrização se completou. Radiografias periapicais realizadas
4 anos mais tarde confirmaram a estabilidade da situação.
Alsaadi et al (2008) realizaram um estudo retrospectivo a fim de avaliarem a
influência dos fatores sistêmicos e locais que pudessem afetar a perda óssea 2 anos após a
conexão das próteses. Dados de 412 pacientes com 1514 implantes inseridos foram
analisados. A coleta e a análise de dados eram focadas para os fatores endógenos como:
hipertensão, problemas de coagulação, osteoporose, hipo e hipertireoidismo, quimioterapia,
radioterapia, diabete tipo I e II, doença de Crohn e alguns fatores locais: qualidade e
quantidade óssea, altura, diâmetro e localização do implante, tipo de edentulismo, valores
para o Periotest (PTV) e quebra do protocolo de esterelização durante a cirurgia. Na análise
reportaram que a radioterapia, implantes de plataforma de 5mm, localizados na região
posterior da maxila afetavam significantemente a perda óssea tardia. Concluíram que a
radioterapia, a localização e o diâmetro do implante eram os fatores predominantes na
ocorrência da perda óssea tardia e que fatores como o hábito de fumar e fatores sistêmicos não
eram proeminentes.
2.2 ATIVIDADE MUSCULAR E ELETROMIOGRAFIA
Moyers (1949) propôs o uso da eletromiografia como intuito de mensurar a atividade
dos músculos elevadores (masseter e temporal) da mandíbula. Neste estudo ele comparou a
atividade eletromiográfica de indivíduos com características normais de oclusão e indivíduos
portadores de má oclusão classe II, divisão 1 de Angle. O autor demonstrou que havia
2 Revisão de Literatura
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diferenças significativas entre os grupos, mas que ocorria a equiparação de valores após a
correção da má oclusão.
Haraldson et al (1979) realizaram um estudo sobre a função mastigatória de 13
mulheres entre 42 e 59 anos com um dos arcos reabilitado por prótese fixa sobre implante
(tipo protocolo) tendo com antagonistas dentes naturais contra um grupo controle de 10
mulheres com dentes naturais ou com prótese fixas dento-suportadas. As pacientes foram
questionadas quanto à qualidade de suas próteses e quanto à mastigação. Foram realizados
testes de atividade eletromiográfica durante a mastigação de amêndoas e medidas da
contração voluntária isométrica máxima (amplitude em µV). Os autores encontraram
satisfação das pacientes quanto à qualidade da mastigação. Para o grupo com implantes, as
médias dos resultados eletromiográficos para a amplitude mastigatória durante a mastigação
de amêndoas e contração voluntária isométrica máxima foram respectivamente de 8,3µv (de 0
a 27,9µv) e 39µv (de 13µv a 93µv); e as médias do grupo controle para os resultados
eletromiográficos de amplitude mastigatória e contração voluntária isométrica máxima foram
de 8,6µv (1,5 a 15,2µv) e 31µv (variando de 8 a 230µv) respectivamente, sendo estes dados
não diferentes estatisticamente (p<0,05). Os autores também concluíram que não havia
correlação entre força mastigatória e idade e que o tempo de instalação das próteses
implantossuportadas podia ter correlação positiva com a força mastigatória e ainda que,
indivíduos reabilitados com prótese protocolo inferior possuíam função mastigatória
equivalente à de indivíduos com dentição normal.
Nagasawa et al (1988) defenderam o exame eletromiográfico com sendo eficaz para o
estudo da função dos músculos da mastigação permitindo a reprodutibilidade dos dados
mediante conhecimento do coeficiente de variação dos parâmetros de tempo (ato/atividade
mastigatória e intervalo/relaxamento muscular). Os autores afirmaram que a eletromiografia
pode quantificar a atividade muscular como um todo, resultando em um melhor entendimento
da fisiologia do complexo estomatognático, onde a análise da função neuromuscular é
realizada por meio de potenciais de ação que precedem a contração muscular. Este trabalho
colaborou para uma argumentação favorável ao uso da eletromiografia como parâmetro de
avaliação da função mastigatória.
Jacobs e van Steenberghe (1993) avaliaram a fadiga do músculo masseter durante o
apertamento sustentado em sujeitos com dentaduras completas, próteses implantossuportadas
e dentes naturais. Os pacientes foram divididos em 4 grupos a fim de estabelecer se o grupo
com próteses implantossuportadas influenciava os parâmetros dos sinais eletromiográficos. O
2 Revisão de Literatura
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grupo NT consistia de 8 pacientes dentados, com idade média variando entre 26 e 64 anos
(média de 46 anos), para servir como controle. O grupo FD (dentaduras completas) consistia
de 16 pacientes com idade entre 33 a 67 anos (média 50 anos), reabilitados com dentaduras
em ambos os arcos. O grupo ODi (overdenture implantossuportada) consistia de 20 pacientes
com idade entre 46 e 82 anos (média de 60 anos), sendo o arco antagonista reabilitado por
meio de dentaduras completas. O grupo FFPi (prótese fixa implantossuportada) consistia de 9
pacientes com idade entre 52 e 74 anos (média de 65 anos). Sendo o arco oposto reabilitado
por meio de dentaduras completas. Pacientes do grupo FD, ODi, e FFPi tinham sido edêntulos
por mais de 10 anos e foram avaliados somente após 1 ano a fim de se evitar a variação
devido á adaptação funcional. A média do período após a reabilitação era de 4 anos para o
grupo ODi, de 6 anos para o gripo FFPi e de 15 anos para o grupo de FD. Neste estudo os
seguintes parâmetros foram analisados: a variação da amplitude (AMP) e a freqüência média
da potência (MPF). A AMP representou a amplitude máxima de pico a pico do sinal e a MPF
correspondeu à freqüência na qual 50% da potência era acumulada. Para comparar valores de
parâmetros absolutos o teste ANOVA foi realizado (variável independente: grupo de
pacientes). Este procedimento também era usado para comparar idade e tempo de duração
para diferentes modalidades de tratamento. Um teste t pareado foi realizado em cada grupo de
pacientes para detectar se a AMP tempo/dependente ou mudanças MPF diferiam de zero. Na
análise dos resultados observaram uma grande variação intersujeitos sendo que alguns sinais
eletromiográficos apresentavam comportamento diferente para os 4 grupos analisados. Este
achado podia ser relacionado com as diferenças na morfologia craniofacial, diferenças no
nível de força ou variações no tipo de composição das fibras musculares. Uma significante
amplitude era obtida para o grupo com dentes naturais. Durante a contração voluntária
submáxima uma diminuição dos valores foram notados para todos os grupos, exceto para os
reabilitados com prótese fixas implantossuportadas. Os grupos NT (dentados) e ODi
(overdenture) mostraram significante diminuição da amplitude da contração voluntária
isométrica (AMP) após 60 segundos. Para a freqüência média da contração voluntária
isométrica (MPF) houve significante diminuição após 120 segundos para o grupo de dentados
sendo que para os grupos de usuários de dentaduras e overdentures a diminuição ocorreu após
150 segundos. Concluíram que a eletromiografia oferece informações quantitativas
importantes a respeito da performance mastigatória e que os dados destes achados
eletromiográficos indicam que as próteses implantossuportadas melhoram marcadamente o
comportamento muscular na mastigação quando comparados com os usuários de dentaduras
completas.
2 Revisão de Literatura
46
Feine et al (1994) com o objetivo de comparar a eficiência mastigatória entre pacientes
reabilitados com prótese fixa implantossuportada e overdenture realizou um estudo clínico
transversal entre sujeitos. Para isso 16 pacientes, com idade entre 30 e 62 anos, que tinham
sido edêntulos por mais de 10 anos foram avaliados. Oito pacientes foram reabilitados com
prótese fixa implantossuportada e oito reabilitados com overdenture implantossuportada. As
próteses fixas e as overdentures foram manufaturadas juntas, com o mesmo tipo de dente,
angulação, dimensão vertical de oclusão e replicadas. Após 2 meses, para fim de adaptação,
os pacientes realizavam testes de mastigação para 5 tipos de alimentos e a atividade
eletromiográfica dos músculos masseteres, suprahioideo e infrahioideo eram registrados. As
próteses eram então trocadas (os sujeitos que tinham sido reabilitados com prótese fixa
recebiam prótese overdenture e vice-versa) e o mesmo período de adaptação e testes eram
realizados. Reportaram que o tempo da mastigação era menor para pão, queijo e salsicha
quando os indivíduos estavam usando overdentures e a amplitude vertical dos golpes
mastigatórios era significantemente menor com a overdenture para todos os tipos de comida,
exceto cenoura. A duração do ciclo era mais longa com overdenture, para salsicha e cenoura.
Concluíram que ao contrário do que se esperava, a prótese overdenture implantossuportada
parecia ser mais eficiente do que a prótese fixa implantossuportada para a mastigação de pão,
salsicha e queijo e os dados sugeriam que o paciente era capaz de adaptar seus movimentos
mastigatórios para as características das duas próteses.
Jacobs et al (1995) avaliaram a contração voluntária isométrica máxima do masseter
de 7 pacientes reabilitados com prótese fixa tipo protocolo e de 10 pacientes reabilitados com
prótese overdenture implantossuportada. O estudo foi realizado no primeiro e segundo ano
após a reabilitação. As médias dos resultados para os lados direito e esquerdo juntos foram de:
grupo overdenture logo após a reabilitação foi de 175µV, um ano após foi de 160µV e dois
anos após foi de 175µV. As médias para o grupo protocolo logo após a reabilitação foram de
160µV; um ano após 190µV e dois anos após 260µV. Os autores concluíram que não houve
diferença estatisticamente significante entre os tipos de próteses e que os pacientes
desempenharam uma atividade com valores inferiores para a prótese protocolo por receio de
fraturá-la.
Sampaio (1997) realizou um estudo onde foram obtidos dados sobre o ciclo e o ato
mastigatório dos músculos masseteres de pacientes com fissuras labiopalatinas, operados.
Foram comparados 12 pacientes com fissuras operadas com idade variando entre 13 e 30 anos
e 11 indivíduos sem fissura com idade variando entre 19 e 24 anos. Foi solicitado aos
2 Revisão de Literatura
47
indivíduos realizar 6 ciclos mastigatórios com um tubo de látex de 0,7cm de diâmetro e 1 cm
de comprimento. A duração média do ato mastigatório do músculo masseter direito foi de
443,29±148,33ms e do esquerdo foi de 441,51±107,40ms para os indivíduos com fissuras.
Para os sem fissura a dia foi de 330,21±79,5ms para o lado direito e 345,19±94,84ms para
o lado esquerdo. Os valores médios para o ciclo mastigatório dos pacientes com fissuras
foram 821,22±175,22ms para o lado direito e 787,48±157,03ms para o lado esquerdo. Para o
grupo controle encontrou-se 845,42±174,18ms para o lado direito e 828,16±165,38ms para o
lado esquerdo. A autora concluiu que os indivíduos com fissura apresentam o ato mastigatório
maior que os pacientes sem fissuras, indicando que os músculos analisados permaneceram em
maior estado de contração durante o ato mastigatório.
A mastigação envolve um padrão de impactos cíclicos, rápidos, mas periódicos que
forçam tanto os componentes do implante quanto a interface osso-implante, mas devido à
viscoelasticidade do osso, a alta taxa de força pode aumentar a efetiva dureza funcional na
interface. Esta dureza pode ser acompanhada por uma combinação de propriedades materiais
locais, como o aumento da massa óssea e mudança na orientação e conectividade do suporte
trabecular (Standford e Brand 1999).
Bresin (2001) analisou a correlação entre função muscular e crescimento ósseo em
ratos. Ratos jovens foram submetidos a dietas com várias consistências e receberam um
dispositivo interoclusal a fim de aumentar a dimensão vertical de oclusão. Por meio de
radiografias e videodensiometria analisou a adaptação dentoesqueletal concluindo que uma
dieta líquida reduz o crescimento ósseo na região angular da mandíbula e que houve
diminuição da função muscular do masseter, resultando em deformidades ósseas
mandibulares tanto no sentido transversal quanto sagital. O autor afirmou ainda que, cargas
reduzidas nos molares e em outras regiões resultam em menor estimulação da cadeia
osteoblástica, resultando em um trabeculado ósseo menos intensificado, inibindo dessa forma
a aposição óssea na região angular, diminuindo a dimensão vertical e a secção transversal
dentoalveolar.
Barco (2002) realizou uma análise comparativa entre pacientes com fissuras e sem
fissuras com o objetivo de avaliar a atividade eletromiográfica do masseter para os seguintes
parâmetros: a duração da fase de elevação mandibular, fase oclusal e fase de abertura
maxilomandibular, a duração do ato e ciclo mastigatório e a duração do período de silêncio
durante a mastigação de alimentos de consistência dura (cenoura). A amostra constituí-se de 9
pacientes com fissura transforame unilateral já reparada, com idade de 17 a 30 anos e
2 Revisão de Literatura
48
indivíduos sem fissura com a mesma idade. Para os indivíduos sem fissura a duração do ato
mastigatório para o masseter direito foi de 301,48ms e para o masseter esquerdo foi de
306,34ms. A duração do ciclo mastigatório foi de 646,34 ms para o masseter direito e de
643,10ms para o esquerdo. Nos indivíduos com fissura, o ato mastigatório para o masseter
direito foi de 370,26 ms e para o esquerdo de 379,98ms. A duração do ciclo mastigatório para
o masseter direito foi de 723,19ms e para o esquerdo foi de 743,04ms. Apesar da tendência de
maiores valores para o ato e ciclo mastigatórios dos pacientes com fissura não houve
diferença estatisticamente significante e a autora concluiu que mais estudos precisavam ser
realizados.
Karkasis (2002) realizou um estudo comparativo da atividade mastigatória dos
masseteres de 6 pacientes com idade média de 57 anos e reabilitados por prótese
implantosssuportada tipo overdenture com pacientes que possuíam dentição normal. Os
parâmetros analisados foram o ato e o ciclo mastigatório da mastigação habitual com cubos de
cenoura. Os valores médios encontrados para o ato e ciclo mastigatório dos pacientes
reabilitados com prótese implantossuportada overdenture foram respectivamente 0,36±64s e
0,70±100s, respectivamente. O autor concluiu que os pacientes reabilitados com próteses
implantossuportadas possuem uma atividade eletromiográfica massetérica maior do que os
pacientes com dentição natural, e que isto colabora para uma melhor função mastigatória e
melhor conforto.
Van Kampem et al (2004) com o objetivo de pesquisar se o tipo de conexão protética
(o’ring, magneto ou barra-clip) infuenciava a retenção e a estabilidade das próteses
overdentures implantossuportadas analisaram 18 pacientes (17 homens e 1 mulher), com
idade média de 51,6 anos que foram alocados em 6 grupos de 3 pacientes que receberam
diferentes sequências de conexões protéticas. A performance mastigatória, a eficiência
mastigatória e a deglutição foram mensuradas. Os autores concluíram que a função
mastigatória melhorou significantemente após o tratamento com overdenture
implantossuportada para cada um dos 3 tipos de conexão. A performance mastigatória foi
melhor para a barra clipe e o’ring que para magneto. O número de ciclos mastigatórios
diminuiu após o tratamento com overdentures.
Pantaleón (2004) realizou um estudo da atividade muscular de 5 pacientes com
próteses totais inferiores e logo após a instalação de próteses fixas implantossuportadas
inferiores. Ele analisou o ato e o ciclo mastigatório desses pacientes para a mastigação
unilateral direita e esquerda com látex. As médias, em segundos, encontradas para o ato
2 Revisão de Literatura
49
mastigatório unilateral direito dos pacientes reabilitados com prótese total foram de 0,59s para
o masseter direito e 0,76s para o masseter esquerdo; após a instalação das próteses
implantossuportadas as médias foram de 0,40s para o masseter direito e 0,43s para o masseter
esquerdo. As médias, em segundos, encontradas para o ato mastigatório unilateral esquerdo
dos pacientes reabilitados com prótese total foram de 0,54s para o masseter direito e 0,43s
para o masseter esquerdo; após a instalação das próteses fixas implantossuportadas as médias
foram 0,47s para o masseter direito e 0,41s para o masseter esquerdo. As médias da duração
do ciclo mastigatório durante a mastigação unilateral direita nos pacientes com prótese total
foram de 0,90s para o masseter direito e esquerdo, para os pacientes após a instalação das
próteses implantossuportadas foram de 0,93s para o masseter direito e esquerdo. As médias da
duração do ciclo mastigatório durante a mastigação unilateral esquerda para os pacientes
reabilitados com prótese total foram de 0,85 s para o masseter direito, 0,96 s para o masseter
esquerdo; nos pacientes após a instalação das próteses implantossuportadas o resultado
encontrado foi de 0,89 s para o masseter direito e 0,92 s para o masseter esquerdo. O autor
concluiu que as próteses implantossuportadas oferecem melhores condições mastigatórias que
as próteses totais.
Ferrario et al (2004) compararam as características eletromiográficas dos músculos
mastigatórios (temporal e masseter) em pacientes reabilitados com próteses fixas
implantossuportadas e overdentures implantossuportadas. Dezenove sujeitos com idade de 45
a 79 anos foram examinados. Sete pacientes tinham sido reabilitados com próteses fixas
implantossuportadas, sete com overdentures implantossuportadas e cinco indivíduos tinham
dentição natural. A atividade eletromiográfica foi realizada durante a mastigação unilateral
direita e esquerda com chicletes. Para cada paciente foram computados os dados referentes à
freqüência mastigatória e a confidência elíptica das diferenças simultâneas entre lados direito
e esquerdo dos músculos masseter e temporal.
A confidência elíptica foi a ferramenta estatística usada para avaliar a repetibilidade do
modelo de contração do músculo durante a execução de movimentos padronizados como a
mastigação unilateral. A análise eletromiográfica mostrou que o índice de simetria entre os
músculos masseteres não era estatisticamente diferente para os 3 grupos, contudo os
pacientes-controle e os reabilitados com próteses fixas implantossuportadas apresentaram um
índice maior. Na contração voluntária isométrica máxima (µV/µV s%) os valores
apresentaram pequena variabilidade sendo 104, 112 e 104,9
µV para os grupos com prótese
fixa implantossuportada, overdenture implantossuportada e indivíduos-controle,
2 Revisão de Literatura
50
respectivamente. Uma maior atividade do lado de não trabalho comparada ao lado de trabalho
do músculo masseter foi encontrada para 4 pacientes reabilitados com overdenture e 3
pacientes com próteses fixas tipo protocolo. Uma significante atividade eletromiográfica mais
baixa para os 2 grupos reabilitados com próteses implantossuportadas foi encontrada quando
comparada à dos indivíduos-controle. Afirmaram que, após a reabilitação por meio de
implantes osseointegrados, os pacientes usavam mais os músculos para tarefas como
contração voluntária máxima e mastigação unilateral, mas que essa performance não era bem
coordenada e a mastigação para os lados direitos e esquerdos eram menos simétricos que para
indivíduos controle. Concluíram que as overdentures e as próteses fixas implantossuportadas
são funcionalmente equivalentes, contudo inferiores à dentição natural.
Felix e al (2005) avaliaram a atividade eletromiográfica do músculo masseter durante
a mastigação habitual de folha de parafina, pão, maçã, banana, e castanha de caju em 25
pacientes de ambos os gêneros com disfunção temporomandibular (DTM), cujos dados foram
confrontados com um grupo controle sem DTM de 15 indivíduos. Foi utilizado o programa
computadorizado Myo-Tronics Inc., K6-l no modo de processamento eletromiográfico para
análise do ato e do ciclo mastigatório. Não foram encontradas diferenças estatísticas entre os
grupos, concluindo-se que o comportamento dos músculos mastigatórios em indivíduos com
DTM durante a mastigação habitual é semelhante à verificada em indivíduos sem disfunção.
Lopes (2006) realizou um estudo com o propósito de verificar as alterações
dimensionais mandibulares e a relação destas alterações com a atividade muscular
massetérica. Dez pacientes (três homens e 7 mulheres), com idade entre 25 e 69 anos
reabilitados com próteses fixas implantossuportadas foram avaliados. Radiografias
panorâmicas foram digitalizadas e o registro da atividade eletromiográfica do masseter foi
realizado. A fim de mensurar a alteração dimensional mandibular, 5 sítios foram demarcados
nas imagens radiográficas a 5, 10, 15, 20 e 20mm a partir de uma tangente que passava na
distal do último implante. Em cada sítio, em ambos os lados e em todas as radiografias, a
distância foi medida da base da mandíbula à crista do rebordo por meio do software para
planejamento em Implantodontia, Radioimp (Radiomemory, BH, MG). A diferença entre os
valores obtidos após a instalação e um ano depois, representou a alteração dimensional
ocorrida neste período. A atividade muscular do masseter foi registrada para os seguintes
parâmetros: contração voluntária isométrica máxima (CVIM), mastigação habitual com
cenoura (MH), mastigação unilateral direita (MUD) e esquerda com látex(MUE). A autora
reportou uma aposição óssea para o lado direito (0,52±0,96mm) e uma reabsorção óssea para
2 Revisão de Literatura
51
o lado esquerdo (-0,05±0,78mm) e quando os dois lados foram considerados juntos, o
aumento ósseo médio era de 0,23±0,4mm. Não houve diferença estatisticamente significante
para a CVIM, mas reportou valores de 83,40±75,39µV para o lado direito e de 50±29,43µV
para o lado esquerdo. Considerando a amplitude, o ato e o ciclo mastigatório não foram
encontradas diferenças estatisticamente significante para nenhum dos três exercícios
musculares (MH, MUD e MUE). Somente houve correlação positiva entre a atividade
muscular massetérica e a aposição óssea em duas comparações: entre a aposição óssea do lado
direito e o ato mastigatório direito durante a MH e entre a reabsorção óssea do lado esquerdo
e o ato mastigatório esquerdo durante a MUD. A autora concluiu que a correlação entre a
atividade muscular do masseter e as alterações dimensionais não puderam ser estabelecidas.
Van der Bilt et al (2006) com a finalidade de confirmarem a hipótese que próteses
overdentures implantossuportadas melhoravam a função mastigatória avaliaram 18 pacientes
com idade média de 51,6 anos. Os pacientes receberam 2 implantes, uma nova overdenture, e
sucessivamente 3 diferentes tipos de conexão protética: magneto, o’ring e barra clipe.
Quantificaram o processo mastigatório por meio dos movimentos realizados durante a
mastigação e por meio da eletromiografia dos músculos masseter e temporal em 5 momentos:
com as antigas dentaduras, com as novas dentaduras não conectadas às conexões, com as
novas dentaduras conectadas a magneto, com as novas dentaduras conectadas ao o’ring e à
barra clipe. Os resultados revelaram um valor menor para a CVIM nas novas dentaduras não
suportadas (637µV para as antigas dentaduras e 466µV para as novas) e no o músculo
masseter nenhuma diferença estatisticamente significante entre as antigas dentaduras e as
novas dentaduras foi observada. A duração do ciclo foi significante mais longo para Optocal
do que para a mastigação de bolo (0,77s para bolo, 0,86s para Optocal). Concluíram que os
pacientes mastigavam mais eficientemente após o tratamento com implantes.
Van der Bilt et al (2008) realizaram um estudo para medir a força de mordida e a
atividade muscular por meio de eletromiografia durante a contração voluntária isométrica
máxima bilateral e unilateral. Oitenta e um pacientes dentados, sendo 13 homens com média
de idade de 37±16 anos e 68 mulheres, com idade média de39±14 anos foram avaliados. A
análise dos resultados revelou uma força de mordida maior para homens (652N) que para
mulheres (490N). Na eletromiografia, durante a contração voluntária isométrica máxima
bilateral o músculo masseter apresentou os seguintes valores: 246µV para masseter direito e
251
µV para o esquerdo; durante a contração máxima unilateral direita o masseter direito
apresentou o valor de187µV e para o esquerdo de 179µV; durante a contração unilateral
2 Revisão de Literatura
52
esquerda, o valor para o masseter direito foi de 184µV e para o esquerdo de 192 µV.
Concluíram que a mordida de força e a atividade muscular era 30% maior para a contração
bilateral que para a contração unilateral e que a atividade muscular durante a contração
unilateral era simétrica para os músculos masseter.
2.3 RADIOLOGIA E PROGRAMAS DE IMAGEM DIGITAL EM IMPLANTODONTIA
Para a realização do planejamento do caso em Implantodontia, o exame radiográfico é
de fundamental importância, sendo seus objetivos: permitir a visualização global do complexo
maxilomandibular, a orientação sobre possíveis regiões a serem implantadas, a avaliação da
qualidade dos tecidos, a proservação e a documentação de cada caso.
Para muitos autores a radiografia panorâmica tem especial papel na Implantodontia e
faz parte dos protocolos para planejamento em implantes. O fato de se utilizar um único filme
para observar a relação do conjunto de dentes, osso alveolar, articulação temporomandibular,
seios maxilares e estruturas contíguas, aliado à simplicidade e rapidez da operação, pequena
dose de radiação, baixo custo e boa aceitação por parte dos pacientes, principalmente aqueles
que não toleram filmes intrabucais, conferem às radiografias panorâmicas alguma vantagem
sobre as demais técnicas. É de fundamental importância o conhecimento da magnitude das
distorções ao se examinar uma radiografia panorâmica. Conhecendo-se o índice de distorção
esperado para aquele aparelho utilizado, pode-se, por exemplo, melhor avaliar a morfologia
do objeto estudado e sua relação com estruturas adjacentes e estabelecer medidas nas imagens
radiográficas (Tyndall et al 2000, Dula et al 2001, Chilvarquer 2002).
Ávila (1996) realizou um estudo a fim de comparar e analisar os índices de distorção
da imagem produzida em diferentes aparelhos panorâmicos. Para isso, pesquisou a imagem
obtida de um crânio adulto, no qual foram fixados fios de chumbo em oito regiões anatômicas
e comparou com imagens realizadas no aparelho Panex EC e Rotograph 230 EUR. A partir da
comparação entre as medidas reais do crânio com as imagens produzidas nos dois aparelhos a
autora encontrou para o aparelho Rotograph um índice de distorção de 19,59% enquanto que
para o aparelho Panex era de 20,4% e concluiu que, desde que o índice de distorção da
imagem produzida pelo aparelho seja conhecido é possível realizar medidas lineares.
Em 2000, a AAOMR (American Academy of Oral and Maxillofacial Radiology) fez
uma revisão da literatura a respeito das modalidades radiográficas disponíveis na avaliação
pré-cirúrgica do local receptor de implantes e recomendou a utilização da radiografia
2 Revisão de Literatura
53
panorâmica em todos os casos para a avaliação do local dos implantes (desde espaços
unitários até áreas edêntulas). A tomografia computadorizada, por requerer uma alta dose de
radiação e elevado custo financeiro deve ser realizada para casos especiais e pacientes
edêntulos (Tyndall et al).
Vasconcelos (2000) realizou um estudo a fim de comparar a confiabilidade e a
confiança de traçados cefalométricos pelos seguintes métodos: manual, traçado cefalométrico
computadorizado da Radiomemory e do Dentofacial Planner. Para isso, avaliou medidas
lineares e angulares de 50 radiografias laterais de boa qualidade concluindo que o programa
de traçado cefalométrico da Radiomemory pode ser confiavelmente utilizado como recurso no
diagnóstico, plano de tratamento, acompanhamento e avaliação de tratamento na clínica e ou
pesquisa.
Dula et al (2001) realizaram um estudo no qual consideram a radiografia panorâmica
um exame com visão abrangente que permite a visualização de várias estruturas anatômicas
oferecendo possibilidade de medições verticais com confiabilidade, desde que seja conhecida
a magnificação do aparelho.
Em workshop organizado pelos membros da Associação Européia de Osseointegração
e Harris et al (2002) foram determinadas diretrizes que possibilitassem a condução do
processo diagnóstico através de imagens para implantodontia de forma sistemática e eficaz.
Os autores elaboraram um guia que apóia o uso de radiografia panorâmica, mesmo diante das
limitações e alerta que o uso da tomografia computadorizada de forma indiscriminada resulta
em aumento de radiação para o paciente.
Chilvarquer (2002), dentro do protocolo para implantes osseointegrados incluiu a
radiografia panorâmica com traçado radiográfico como técnica pré-operatória necessária para
uma visualização globalizada do complexo maxilimandibular. Tal técnica visa delinear os
principais reparos anatômicos e estimar medidas das distâncias anatômicas de interesse.
Segundo Langland (2002) as radiografias panorâmicas estão recomendadas nas
seguintes circunstâncias: como parte da avaliação para tratamento ortodôntico, avaliação de
lesões periapicais ou dentes não irrompidos, previamente a uma cirurgia bucomaxilofacial,
avaliação do suporte ósseo periodontal, da posição dos terceiros molares, fraturas de ossos da
mandíbula e maxila, lesões do seio maxilar (particularmente do assoalho e paredes posteriores
e medianas), lesões da ATM e medidas verticais do osso alveolar como parte do planejamento
pré-implante.
2 Revisão de Literatura
54
Chuenchompoonut et al (2003) com a finalidade de confirmarem a acurácia da
radiografia panorâmica e TC na avaliação das dimensões das lesões mandibulares analisaram
115 casos, os quais foram divididos em quatro tipos: Tipo I - cisto com margem esclerótica;
Tipo II- cisto sem margem esclerótica; Tipo III- ameloblastoma e Tipo IV- carcinoma de
célula escamosa. Os casos foram avaliados pela distância máxima mesiodistal e a altura
máxima superoinferior nas radiografias panorâmicas (Lpmax e Hpmax) e nas tomografias
computadorizadas (Lcmax e Hcmax), respectivamente e os resultados foram comparados. Os
autores concluíram que a radiografia panorâmica é acurada para avaliar as dimensões de
lesões mandibulares quando as margens estão bem definidas.
Costa et al (2004) descreveram um protocolo de trabalho abordando diferentes
técnicas radiográficas e enfatizaram o uso de radiografia panorâmica, mesmo considerando
que a tomografia computadorizada é o exame radiográfico ideal para tratamento com
implantes e que deve ser indicado quando se planejam mais que sete implantes.
Vasquez et al (2008) com o objetivo comprovarem a eficácia do uso da radiografia
panorâmica como técnica radiográfica para planejamento pré-operatório em Implantodontia,
avaliaram os distúrbios sensoriais permanentes do nervo alveolar inferior após a instalação de
implantes na mandíbula. Este estudo incluiu 2584 implantes inseridos na região posterior da
mandíbula de 1527 pacientes parcial ou totalmente edêntulos. Com o auxílio de uma régua
graduada fornecida pelo fabricante do implante, os autores mediram na radiografia
panorâmica a altura óssea pré-operatória da crista alveolar até a borda superior do canal
mandibular e subtraiu 2 mm para determinar a altura do implante a ser inserido. Nenhum
distúrbio sensorial permanente do nervo alveolar foi observado. Houve 2 casos de parestesia
pós-operatória, representando 2 de 2584 implantes, o que representava uma taxa de 0,08%
implantes inseridos no seguimento posterior da mandíbula ou 2 de 1527 pacientes, o que
representava uma taxa de 0,13%. Concluíram que a radiografia panorâmica para análise pré-
operatória pode ser considerada um método satisfatório de avaliação devido à rapidez,
simplicidade, baixo custo e baixa dose de radiação, quando 2 mm acima do canal mandibular
forem respeitados.
Os constantes avanços tecnológicos na área da computação, aliados aos avanços
científicos na área da Radiologia Odontológica resultaram no desenvolvimento de programas
de imagem destinados a efetuar os traçados para planejamento pré-cirúrgico de implantes, a
fim de se garantir a qualidade e precisão das medições, aliadas á facilidade e rapidez da
operação.
2 Revisão de Literatura
55
Os programas de imagem possibilitam a realização de medições necessárias e
sugestões de tipos e tamanho de implantes em imagens capturadas por escaneres, câmeras
digitais ou obtidos por sensores ou placas ópticas. Eles oferecem várias ferramentas de
desenho, efeitos, tratamento de imagem e mensurações. A padronização dos relatórios,
emitidos no formato de fichas, possibilita o arquivamento de dados de forma mais organizada
e acessível. Além disso, os programas possuem sistemas de calibração da magnificação da
imagem, a fim de garantir a precisão das medidas.
Costa et al (2004) consideram que a aplicação de desenhos anatômicos na avaliação
radiográfica do planejamento pré-cirúrgico de implantes auxilia a observação dos resultados e
poder ser manual ou computadorizado. O desenho manual é o tipo de apresentação mais
freqüente, onde por meio de folhas de acetato sobrepostas à radiografia e com auxílio de um
negatoscópio, são efetuados os contornos anatômicos da região, seguidos por mensurações de
altura e espessura. O desenho computadorizado é realizado após a digitalização das
radiografias e a aplicação dos programas de computador destinados ao planejamento
(Radioimp-Radiocef, Simplant, Imagelab, Preview). Após as mensurações e simulações, estes
resultados podem ser impressos, gravados em CD ou enviados aos cirurgiões-dentistas por
meio da Internet, criando-se interatividade dos exames.
Fontão (2004) realizou análise comparativa de medidas lineares de 50 radiografias
panorâmicas com pontos de referência previamente determinados pelos métodos direto e
indireto (digitalizadas por scanner e máquina digital). Utilizou os métodos de mensuração
manual linear (paquímetro) e digital através dos programas Radioimp-Radiomemory e
Planimp 2000-CDT e concluiu que não diferença significativa entre os métodos de
obtenção de valores lineares em radiografias panorâmicas.
Melo (2005) avaliou as alterações dimensionais ósseas na região posterior da
mandíbula, em pacientes com fissura labiopalatina reparadas, reabilitados por overdentures
e próteses fixas implantossuportadas. Através de radiografias panorâmicas digitalizadas
realizou mensurações por meio do programa para planejamento em Implantodontia, Radioimp
(Radiomemory, BH, MG). Relatou que a facilidade e rapidez com que as medidas foram
realizadas e a possibilidade de calibração das imagens eram as melhores vantagens do uso
desse tipo de programa.
Lopes (2006) analisou a atividade muscular massetérica e as alterações ósseas
dimensionais mandibulares na região posterior de pacientes com fissuras labiopalatinas
congênitas, já reparada, em pacientes que tinham sido reabilitados por próteses fixas
2 Revisão de Literatura
56
implantossuportadas. As mensurações foram realizadas em radiografias panorâmicas e
eletromiogramas digitalizados através do programa para planejamento em Implantodontia
Radiomp (Radiomemory, BH, MG). Reportou a facilidade e a rapidez, bem como a
possibilidade de calibração das imagens reforçando opiniões favoráveis para o uso desse
programa.
O programa de imagem Radioimp (Radiocef - Radiomemory, Belo Horizonte, Minas
Gerais, Brasil), lançado no mercado no ano 2000, foi desenvolvido especialmente para
planejamento pré-cirúrgico em Implantodontia. Através de imagens capturadas por meio de
escaner, câmera digital, sensores ou placas ópticas, o programa possibilita a realização das
medições necessárias e sugestões de tipos e tamanhos de implantes. Com o programa é
possível calcular distâncias, ângulos, fazer indicações e evidenciar particularidades
anatômicas por meio de ferramentas de desenho (seta, asterisco, retângulo, elipse, etc.). Além
disso, existem recursos de melhoramento da imagem: controle simultâneo de brilho e
contraste, pseudocoloração, zoom, filtro médio, negativo/positivo, histograma e textura. Ao
usar uma ferramenta, o programa faz o legendamento automático, numerando ou colorindo o
objeto e relacionando-o às descrições do laudo. Ele disponibiliza um cadastro com os pinos
mais usados pelos implantodontistas, podendo incluir novos pinos. Os laudos podem ser
totalmente personalizados, as cores, o tipo de legendas, de letra, a logomarca, cabeçalho e
rodapé são totalmente configuráveis. Todos esses recursos permitem a emissão de laudos com
alto padrão estético, podendo ser salvos em arquivos digitais, impressos ou enviados via
internet. Esse programa também possui um sistema de calibração da magnificação da
imagem. A calibração pode ser realizada de duas maneiras, por meio da resolução (dpi) com
que foi escaneada a radiografia, ou por meio do sistema referencial, com base em uma medida
conhecida. No sistema referencial, basta clicar em dois pontos da imagem de uma medida
conhecida. Normalmente utiliza-se como referência a imagem de uma régua que foi
escaneada juntamente à radiografia. Para completar o processo de calibração da magnificação
da imagem é preciso informar o fator de magnificação do aparelho panorâmico ou
tomográfico utilizado. Com base nessas informações, o programa realiza a calibração
automaticamente. As radiografias devem ser obtidas sob rígidas condições de padronização,
incluindo técnica e processamento radiográficos adequados, conforme as instruções do
fabricante. Atualmente o programa foi atualizado permitindo a análise de exames
tomográficos em 3D.
3
33
3
OBJETIVOS
OBJETIVOSOBJETIVOS
OBJETIVOS
3 Objetivos
59
3 OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo foram:
Avaliar se ocorre alteração óssea vertical na mandíbula, posterior ao último
implante, de pacientes reabilitados com prótese fixa implantossuportada tipo
protocolo Brånnemark ou overdenture implantossuportada;
Comparar as próteses protocolo Brånnemark e overdenture quanto à atividade
muscular;
Verificar se correlação entre as eventuais alterações mandibulares e atividade
muscular através de eletromiografia.
4 CASUÍSTICA E MÉTODO
4 CASUÍSTICA E MÉTODO4 CASUÍSTICA E MÉTODO
4 CASUÍSTICA E MÉTODO
4 Casuística e Método
63
4 CASUÍSTICA E MÉTODO
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo (HRAC-USP)
conforme ofício n
380/2006. (Anexos 1, 2 e 3).
4.1 CASUÍSTICA
À Central de Processamento de Dados (CPD-USP) e ao Setor de Implantes do Centro
Odontológico (HRAC-USP) foi solicitada uma relação dos pacientes com fissura
labiopalatina que tinham sido reabilitados com próteses implantossuportadas, o que resultou
em uma lista de 189 pacientes, dos quais foram selecionados 20.
Os critérios de inclusão foram:
Histórico de mandíbulas completamente edêntulas reabilitadas com prótese fixa
sobre implantes tipo protocolo Brånemark ou overdenture implantossuportada no
arco inferior e reabilitados com prótese total ou overdenture implantossuportada
no arco superior;
Coincidência dos valores das imagens radiográficas dos implantes nas duas
radiografias, antes ou logo após a instalação da prótese (T1) e após um ano (T2);
Ausência de sinais e sintomas de disfunção craniomandibular ou qualquer outra
enfermidade sistêmica que pudesse afetar o sistema mastigatório;
Estar satisfeito quanto à eficiência mastigatória de suas próteses;
Confirmação de que o ajuste oclusal foi realizado de acordo a obter contatos
bilaterais em relação cêntrica;
Disponibilidade de documentação radiográfica regular
.
Desses 20 pacientes apenas 17 (14 mulheres e 3 homens) com idade média de
48,41+
12,53 anos (variando de 17 a 72 anos) compareceram ao HRAC-USP como parte do
protocolo de rotina para controle e manutenção dessas próteses, durante o período de coleta
4 Casuística e Método
64
dos dados para esta pesquisa (Tabela 1). Desses, 8 pacientes eram reabilitados por próteses
overdentures implantossuportadas inferior e 9 eram reabilitados por protocolo Brånemark,
tendo como antagonista prótese total (PT) ou overdenture implantossuportada. Em relação à
fissura, 9 pacientes possuíam fissura transforame bilateral, 1 possuía fissura transforame
unilateral direita, 3 possuíam fissura transforame unilateral esquerda, 1 possuía fissura pré-
forame incisivo e 3 possuíam fissuras pós-forame incisivo. (Tabela 2)
Tabela 1
-
Caracterização da amostra quanto ao gênero e idade média.
F- feminino, M- masculino, Dp- desvio padrão
Sexo Idade
F 66
F 49
F 52
F 50
F 52
F 43
M
17
F
72
M
26
M
54
F
52
F
50
F
49
F
47
F
43
F
53
F
48
Média
48,41
Dp
12,53
4 Casuística e Método
65
Tabela 2 - Caracterização da amostra quanto ao tipo de fissura e tipos de próteses inferior e
superior.
tipo de
fissura
prótese
inferior
prótese
superior
1 O PT
1 O O
3 O O
1 O PT
1 P PT
1 O PT
1 O O
1 P O
1 O O
5 P O
2 P O
1 P O
3 P O
5 O O
4 P O
3 P O
5 P O
1- tranforame bilateral, 2- transforame unilateral direita, 3- transforame unilateral esquerda, 4- pré- forame
incisivo, 5- pós-forame incisivo; O- overdenture, P- protocolo, PT- prótese total
4.2 MÉTODO
4.2.1 Análise radiográfica
4.2.1.1 Radiografia Panorâmica
Com a finalidade de avaliar as eventuais alterações ósseas mandibulares foram
analisadas as radiografias panorâmicas de cada paciente, antes da instalação da prótese ou
logo após a instalação (T1) e após um ano ou mais (T2). Para isto, foi solicitado ao Setor de
Radiologia do HRAC–USP, o exame radiográfico de cada paciente selecionado.
As radiografias foram obtidas de acordo com o padrão técnico e de processamento
radiográfico, conforme instruções para o aparelho Panex EC e para a revelação em
processador automático Macrotec® MX-2 (Macrotec Ind. e Equipamentos Ltda., São
Paulo/SP, Brasil). A seleção das radiografias da fase T2, para cada paciente, teve como base a
4 Casuística e Método
66
coincidência dos valores das medidas dos implantes nas radiografias da fase T1, respeitando-
se o índice de magnificação do aparelho (distorção) correspondente a 20,4% ou 1,2 (Ávila
1996). Dessa forma, se o comprimento real do implante era 13 mm, nas duas radiografias a
imagem deveria ser de 15,65mm.
Para evitar danos à documentação, foi utilizado papel de acetato transparente sobre as
radiografias para as marcações dos sítios. As análises radiográficas foram realizadas em sala
escura, com uso de negatoscópio e em número máximo de cinco por dia, para evitar fadiga
visual do pesquisador.
Para a análise radiográfica, foram adaptados os critérios descritos por Reddy et al
(2002). Assim sendo, distâncias de 5, 10, 15, 20 e 25mm a partir do último implante foram
definidas para mensurar a alteração da altura óssea mandibular, da base à crista do rebordo
alveolar. Essas distâncias foram delimitadas com marcador para retroprojetor no papel
transparente colocado sobre as radiografias, a partir de uma tangente que passava na distal do
último implante (Figura 1). A união dos pontos da base com os da crista alveolar determinou a
altura da mandíbula em cada sítio, sendo:
Sítio 0 - correspondeu à linha que tangenciou a face distal do implante mais posterior;
Sítio 1 - correspondeu à linha que passou pelos dois pontos determinados a 5 mm de
distância dos pontos que definiram o sítio 0;
Sítio 2 - correspondeu à linha que passou pelos dois pontos determinados a 10 mm de
distância dos pontos que definiram o sítio 0;
Sítio 3 - correspondeu à linha que passou pelos dois pontos determinados a 15 mm de
distância dos pontos que definiram o sítio 0;
Sítio 4 - correspondeu à linha que passou pelos dois pontos determinados a 20 mm de
distância dos pontos que definiram o sítio 0;
Sítio 5 - correspondeu à linha que passou pelos dois pontos determinados a 25 mm de
distância dos pontos que definiram o sítio 0.
Este procedimento foi realizado bilateralmente em todas as radiografias,
totalizando-se dez medidas em cada uma delas.
4 Casuística e Método
67
Figura 1 - Marcação dos pontos de referência, sobre o papel de acetato transparente, a serem usados
na avaliação da altura óssea na região posterior ao último implante.
4.2.1.2 Digitalização das radiografias
A aquisição das imagens foi realizada com câmera fotográfica digital Nikon 995,
(Nikon Corporation, Japan), resolução de 3,1 megapixel, zoom óptico de 4x, distância lente
filme de 50cm (Fontão 2004) e salvas em computador no formato FINE JPEG (FINE 2304 x
1728).
Durante a captura das imagens foi utilizado um negatoscópio especialmente projetado,
contendo, em seu interior, quatro lâmpadas fluorescentes de 36w (Osram Dulux F-36 w/21-
840) Máscara de papel cartão preto emoldurou a radiografia com o objetivo de regular a
luminosidade do negatoscópio (Figura 2).
A câmera digital permaneceu em posição perpendicular ao negatoscópio tanto no
sentido vertical quanto no sentido horizontal, a 50cm de distância (Fontão 2004). Uma régua
foi colocada junto às radiografias durante a captura das imagens para servir de referência no
momento da calibração da imagem, pelo programa Radiocef 2 (Radiomemory, Belo
Horizonte/MG, Brasil). A digitalização das radiografias foi realizada em um único tempo.
4 Casuística e Método
68
Figura 2 -.Negatoscópio com estativa (suporte),
máquina fotográfica em posição e máscara de
cartão preto.
4.2.1.3 Mensurações lineares dos sítios anatômicos
O processamento dos dados foi obtido com o programa de imagem para traçado
radiográfico e planejamento em Implantodontia Radiocef 2 (Radiomemory, Belo Horizonte,
MG, Brasil). A escolha do programa Radiocef 2 deveu-se às pesquisas anteriormente
realizadas, atestando a confiabilidade das medidas e a facilidade de uso deste programa
(Fontão 2004, Melo 2005, Lopes 2006).
Na sequência, os dados foram anotados em fichas próprias de avaliação (Anexos 4 e 5)
e transportados para uma planilha do Excel 2000 (Microsoft © Corporation, Richmound, VA,
USA), a fim de receber tratamento estatístico.
As imagens digitalizadas foram transferidas para um laptop AMD Turion 64x2, com
hd 120 GB, 1GB, ddr2, onde a licença do Radiocef 2 (Radiomemory, BH) foi instalada para a
realização deste estudo.
Após a abertura do programa, clicou-se 2 vezes no ícone do programa, os dados de
identificação do paciente foram inseridos, sendo aberta uma tela onde foram incluídos os
arquivos de fotos, radiografias, eletromiografias, etc (Figuras 3 e 4). Clicou-se no arquivo (por
ex: de rx) e a imagem foi inserida. A imagem foi salva para posterior acesso às medições. O
ícone implante ficou accessível, clicou-se nele para acesso à tela de medições. Após tais
procedimentos, foi possível realizar a calibração da imagem (Figura 5). Optou-se por
calibragem referencial, a qual permite corrigir o índice de magnificação do aparelho do qual
foram obtidas as radiografias (Panex EC).
4 Casuística e Método
69
A calibração da imagem foi realizada marcando-se 2 pontos entre os números 13 e 15
da régua digitalizada com a radiografia, resultando em uma distância de 20mm (Fontão 2004).
Deduziu-se assim, o índice de magnificação do aparelho Panex EC que é de 20,4% ou 1,2
(Ávila 1996). No campo da janela do programa intitulado “Distância entre dois pontos”,
digitou-se o valor de 16,66 que é o resultado da divisão de 20 (20mm) por 1,2, em seguida,
realizou-se a calibração, selecionando-se calibrar com o mouse (Figura 6).
Em seguida, clicou-se no ícone tela cheia e, assim, foi dado início às medições (Figura
7).
Cada uma das radiografias foi medida 3 vezes em 3 tempos diferentes pelo mesmo
pesquisador, obtendo-se dessa forma, 10 valores para cada medição, sendo utilizado como
valor final, a média das 3 medições.
Figura 3 - Tela inicial do programa Radiocef 2.
4 Casuística e Método
70
Figura 4 - Tela de inserção dos dados e radiografias do paciente.
Figura 5 - Tela de calibração da imagem.
4 Casuística e Método
71
Figura 6 - Tela de calibração referencial.
Figura 7 - Tela de mensurações dos sítios.
4 Casuística e Método
72
4.2.2 Registros da atividade eletromiográfica
Para os registros da atividade eletromiográfica dos músculos masseteres foi utilizado
um eletromiógrafo modelo K6-I Diagnostic System ® (Myo-Tronics Inc. Seattle, WA - USA)
de oito canais, no modo de processamento eletromiográfico. O equipamento foi regulado com
as seguintes especificações: freqüência de amostragem de 4000Hz; resolução do conversor
A/D de 10 bits; filtro “passa alta” de 10Hz; filtro “passa baixa” de 2000 Hz; ganho de 5000
vezes; faixa de visualização do sinal entre (+) 1000 e (-) 1000 µV e velocidade de
deslocamento do feixe de 0,15s/divisão.
Os registros eletromiográficos foram realizados em 2 tempos distintos: T1, 2 meses
após a instalação da prótese e T2, 1 ano ou mais após a instalação das mesmas.
Para a realização dos registros, seguiu-se o protocolo do Setor de Fisiologia do
HRAC-USP: indivíduos sentados confortavelmente em cadeira odontológica, com a cabeça
apoiada ao encosto e orientada segundo o plano de Frankfurt, de modo que o corpo da
mandíbula apresentasse um ângulo de 45° com o solo. A seguir, a pele na região dos
músculos masseteres direito e esquerdo foi limpa com gaze umedecida em álcool (70°GL),
com o objetivo de remover o excesso de oleosidade e contribuir para a melhora da condução
do sinal eletromiográfico. Com o intuito de se evitar interferência eletromagnética e para a
proteção do paciente, um eletrodo terra (Skintact, CE, Áustria) foi fixado sobre a região do
músculo esternocleidomastóideo do lado direito do paciente, após a limpeza da pele com gaze
e álcool.
A atividade eletromiográfica dos músculos masseteres foi captada por meio de
eletrodos bipolares e circulares com 8mm de diâmetro e 1cm de distância entre eles
(BioTrode, BioResearch, USA). O polo superior do eletrodo foi posicionado paralelamente às
fibras musculares dos masseteres, no ponto de intersecção de uma linha que partiu do canto
externo do olho até o ramo da mandíbula com uma linha que partiu da comissura labial até o
tragus da orelha (Figuras 8 e 9).
4 Casuística e Método
73
Figura 8 - Eletrodos bipolares de superfície. Figura 9 - Posicionamento dos eletrodos.
A atividade eletromiográfica dos músculos masseteres foi registrada durante os
seguintes procedimentos
:
Contração voluntária isométrica máxima (CVIM) durante 5 segundos (s),
Mastigação habitual de cubos de cenoura (MH),
Mastigação unilateral direita de látex (MUD),
Mastigação unilateral esquerda de látex (MUE).
Contração Voluntária Isométrica Máxima (CVIM) durante 5s: foi solicitado ao
paciente, o apertamento máximo dos dentes por 5s, com descanso de 60s, a fim de evitar a
fadiga muscular. Este procedimento foi realizado três vezes.
Mastigação Habitual de cubos de cenoura (MH): foi solicitado ao paciente,
mastigar de forma habitual, respeitando seu próprio padrão mastigatório, um cubo de
cenoura fresca (1cm x1cm), crua e descascada (Figura 10), até que o paciente se sentisse
confortável para deglutir. Este procedimento foi realizado três vezes, com descanso de 60s
entre cada mastigação.
Mastigação Unilateral Direita de látex (MUD): foi solicitado ao paciente, que
mordesse unilateralmente, um pedaço de látex de 0,5cm de diâmetro x 1cm de
comprimento (Figura 10), respeitando o seu padrão mastigatório durante um seqüência de
4 Casuística e Método
74
8 ciclos iniciada pelo lado direito. Este procedimento foi realizado três vezes, com
descanso de 60s entre cada mastigação.
Mastigação Unilateral Esquerda de látex (MUE): Procedimento equivalente ao
MUD, realizado do lado esquerdo.
Figura 10 - Cubos de cenoura e látex.
4.2.2.1 Análise do traçado eletromiográfico
Para a análise dos registros eletromiográficos, seguiu-se a metodologia de pesquisas
anteriormente realizadas, nas quais o primeiro ato e ciclo foram desprezados por considerar
eventual receio dos pacientes em exercitar suas atividades mastigatórias sendo medidos os 8
atos e ciclos consecutivos. (Melo 2005, Lopes 2006)
Para todas as medidas de amplitude em microvolts (µv), foram consideradas as
medidas médias apresentadas pelo programa K6-I Diagnostic System, no modo de
processamento EMG (Myo-Tronics, Inc., Seatle, Wa. USA) (Figuras 11 e 12).
Para as medidas da duração (em segundos) do ato e do ciclo mastigatório durante a
mastigação habitual de cenoura e durante mastigação unilateral direita e esquerda de látex,
utilizou-se o programa de imagem para traçado radiográfico e planejamento em
Implantodontia, Radiocef 2 (Radiomemory, Belo Horizonte, MG, Brasil). A calibração do
traçado eletromiográfico foi realizada demarcando-se dois pontos de distância conhecida
(10mm) na imagem digitalizada. Digitou-se esse mesmo valor no campo “valor real” e
clicou-se na opção calibrar. A partir daí, foram realizadas as mensurações (Figuras 13 e 14).
4 Casuística e Método
75
4.2.2.1.1 Medida da amplitude durante a Contração Voluntária Isométrica Máxima (CVIM)
Medida do pico de maior atividade muscular, em microvolts (µV), durante 5 segundos,
dos lados direito e esquerdo. Foi utilizada a média de 3 contrações isométricas máximas,
realizadas em 3 tempos distintos (Figura 11).
4.2.2.1.2 Mastigação habitual de cenoura (MH)
Amplitude durante a MH, em µV: foram medidos 8 ciclos, de ambos os lados, em
3 tempos distintos. Para a análise foi considerada a média dos 8 ciclos (Figura 12).
Ato mastigatório durante a MH em segundos (s): foi medido o período entre o
início e o fim da atividade muscular. Para a análise considerou-se a média de 8
atos, medidos durante a MH, em 3 tempos distintos, para ambos os lados (Figura
14).
Ciclo mastigatório durante a MH em s: foi medido o período entre o início da
atividade muscular até o início da próxima atividade, incluindo-se o período de
relaxamento muscular. Para análise considerou-se a média de 8 ciclos, medidos
durante a MH, em 3 tempos distintos, para ambos os lados (Figura 14).
4.2.2.1.3 Mastigação unilateral direita de látex (MUD)
Amplitude durante a MUD, em µV: foram medidos 8 ciclos, de ambos os lados,
realizada em 3 tempos distintos. Para a análise foi considerada a média dos 8
ciclos (Figura 12).
Ato mastigatório durante a MUD em s: foi medido o período entre o início e o fim
da atividade muscular. Para a análise considerou-se a média de 8 atos, medidos
durante a MUD, em 3 tempos distintos, para ambos os lados (Figura14).
Ciclo mastigatório durante a MUD em s: foi medido o período entre o início da
atividade muscular até o início da próxima atividade, incluindo-se o período de
relaxamento muscular. Para a análise considerou-se a média de 8 ciclos, medidos
durante a MUD, em 3 tempos distintos, para ambos os lados (Figura 14).
4 Casuística e Método
76
4.2.2.1.4 Mastigação unilateral esquerda de látex (MUE)
Amplitude durante a MUE, em µV: foram medidos 8 ciclos, de ambos os lados,
realizada em 3 tempos distintos. Para análise foi considerada a média dos 8 ciclos
(Figura 12).
Ato mastigatório durante a MUE, em s: foi medido o período entre o início e o fim
da atividade muscular. Para a análise foi considerou-se a média de 8 atos, medidos
durante a MUE, em 3 tempos distintos, para ambos os lados (Figura 14).
Ciclo mastigatório durante a MUE, em s: foi medido o período entre o início da
atividade muscular até o início da próxima atividade, incluindo-se o período de
relaxamento muscular. Para a análise considerou-se a média de 8 ciclos, medidos
durante a MUE, em 3 tempos distintos, para ambos os lados (Figura 14).
Os dados foram anotados em fichas próprias (Anexo 6) e transportados para planilhas
do programa Excel 2003 (Microsoft Corporation, Richmound VA, USA) para posteriormente
receberem tratamento estatístico.
Figura 11 - Medida da amplitude da contração isométrica máxima dada pelo programa K-6.
4 Casuística e Método
77
Figura 12 - Medida da amplitude da MH, MUD e MUE.
Figura 13 - Calibração da imagem eletromiográfica.
4 Casuística e Método
78
Figura 14 - Medidas do ato e do ciclo mastigatório durante a mastigação habitual de cenoura e durante
a mastigação unilateral direita e esquerda de látex.
4.3 ANÁLISE DOS DADOS
Para estudar a associação da medida óssea vertical com os fatores: tipo de prótese
inferior, lado, sítio e instante, foi utilizado um modelo de análise de variância com medidas
repetidas (Verbek e Molenbergs, 1997). O mesmo modelo foi utilizado para estudar a
associação entre cada uma das medidas de atividade muscular (amplitude, ato, ciclo) para
CVIM, MH, MUD e MUE, e os fatores: tipo de prótese inferior, lado e instante. Para fazer as
comparações post hoc, foi utilizada a correção de Tukey (Neter et al 1996).
Para estudar a associação entre as medidas ósseas verticais e as medidas de amplitude,
ato e ciclo, foi utilizado um modelo de regressão linear (Neter et al 1996), considerando como
variáveis resposta a média das medidas ósseas verticais dos 5 sítios do lado direito e a média
das medidas ósseas verticais do lado esquerdo. Para cada lado e para cada instante, foi
ajustado um modelo de regressão linear, considerando como variáveis independentes: o tipo
de prótese inferior, a variável de interesse e a interação entre o tipo de prótese inferior e a
variável de interesse.
O mesmo procedimento foi utilizado considerando-se como variável resposta a
diferença entre T2 e T1 das médias das medidas verticais para cada lado e, considerando
como variáveis de interesse as diferenças entre T1 e T2 da amplitude, ato e ciclo de cada tipo
de mastigação.
4 Casuística e Método
79
Nos modelos de regressão estatisticamente significantes, foi utilizado o método de
“backward” (Neter et al 1996) para determinar, em cada caso, o modelo de regressão final.
5
55
5
RESULTADOS
RESULTADOSRESULTADOS
RESULTADOS
5 Resultados
83
5 RESULTADOS
5.1 ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A MEDIDA ÓSSEA VERTICAL E OS
FATORES: TIPO DE PRÓTESE INFERIOR, INSTANTE, LADO E SÍTIO
Os valores médios das medidas ósseas verticais (medidas-resumo) para Overdenture e
para Protocolo, nos instantes T1 (antes ou logo após a instalação das próteses) e T2 (um ano
após a instalação), podem ser vistas nas Tabela 3 e 4, respectivamente.
Tabela 3 - Medidas-resumo das medidas verticais do grupo com prótese inferior Overdenture
segundo instante, lado e sítio.
Lado Sítio
Instante
N
Média
Desvio-padrão Mínimo
Mediana
Máximo
T1 8
20,5 4,9 10,9 21,6 25,7
1
T2 8
21,9 4,7 15,2 22,3 28,2
T1 8
19,6 4,5 10,9 21,1 23,9
2
T2 8
21,2 4,7 14,4 21,9 26,8
T1 8
18,7 4,2 10,7 20,0 23,0
3
T2 8
20,2 4,7 13,4 21,0 25,8
T1 8
17,7 4,1 9,8 18,6 21,7
4
T2 8
19,5 4,3 13,5 20,1 24,3
T1 8
16,5 3,9 9,3 17,8 21,1
Direito
5
T2 8
19,1 4,9 13,1 19,0 25,4
T1 8
19,2 4,7 9,7 20,4 24,3
1
T2 8
21,5 4,8 14,5 23,1 27,5
T1 8
18,4 4,2 9,4 19,9 22,2
2
T2 8
20,7 4,6 14,3 21,9 27,0
T1 8
17,3 4,1 9,0 18,8 21,3
3
T2 8
19,7 4,2 14,1 19,7 25,6
T1 8
16,2 4,5 8,3 17,8 20,6
4
T2 8
18,5 4,2 12,9 18,1 25,7
T1 8
15,5 5,1 8,0 17,0 21,5
Esquerdo
5
T2 8
17,1 3,9 12,5 16,9 24,0
5 Resultados
84
Tabela 4 - Medidas-resumo das medidas verticais do grupo com prótese inferior Protocolo
segundo instante, lado e sítio.
Lado Sítio
Instante
N
Média
Desvio-padrão Mínimo
Mediana
Máximo
T1 9
23,4 4,1 15,7 24,4 30,2
1
T2 9
24,0 4,3 16,7 24,7 30,8
T1 9
22,8 4,1 15,3 23,7 29,3
2
T2 9
23,0 4,0 16,1 23,3 29,3
T1 9
21,7 4,1 14,7 22,1 28,1
3
T2 9
22,0 3,8 15,5 22,0 27,5
T1 9
21,3 4,1 14,5 21,3 28,5
4
T2 9
21,2 3,6 15,2 21,4 26,1
T1 9
20,5 3,7 14,4 20,7 28,3
Direito
5
T2 9
20,8 3,4 15,0 20,7 26,2
T1 9
23,1 4,9 12,1 23,3 29,6
1
T2 9
23,1 4,0 15,2 22,1 29,2
T1 9
22,3 5,1 10,9 22,4 28,8
2
T2 9
22,6 4,4 14,1 22,2 28,4
T1 9
21,6 5,1 10,7 21,5 27,2
3
T2 9
21,2 4,7 12,8 20,3 26,8
T1 9
20,5 4,9 10,9 19,9 26,5
4
T2 9
19,9 5,0 11,4 18,9 26,8
T1 9
19,7 4,6 11,8 19,2 26,1
Esquerdo
5
T2 9
19,3 4,8 11,3 18,5 25,8
5 Resultados
85
Os boxplots das medidas verticais ósseas segundo os fatores: tipo de prótese inferior,
instante, lado e sítio podem ser vistos na Figura 15.
Overdenture
Sítio
Medida da altura óssea vertical(mm)
0 10 20 30 40
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
LD LE
Protocolo
Sítio
Medida da altura óssea vertical(mm)
0 10 20 30 40
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
LD LE
Instante
T1
T2
Overdenture
Sítio
Diferença T2-T1 da Medida da altura óssea vertical(mm)
-10 -5 0 5 10
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
LD LE
Protocolo
Sítio
Diferença T2-T1 da Medida da altura óssea vertical(mm)
-10 -5 0 5 10
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
LD LE
Figura 15 - Medidas da altura óssea vertical segundo os grupos e os instantes.
5 Resultados
86
Os resultados da análise de variância (ANOVA) indicados na Tabela 5 demonstram
que os fatores: lado, sítio e a interação entre tipo de prótese inferior e instante são
estatisticamente significantes (p<0,001, em todos os casos).
Tabela 5 - Tabela de análise de variância das medidas verticais.
Fator p
Tipo de prótese inferior 0,195
Lado
<0,001
Sítio
<0,001
Instante 0,000
Interação entre tipo de prótese inferior e Lado 0,386
Interação entre tipo de prótese inferior e Sítio 0,934
Interação entre tipo de prótese inferior e Instante
<0,001
Interação entre Lado e Sítio 0,620
Interação entre Lado e Instante 0,849
Interação entre sítio e instante 0,990
Interação entre tipo de prótese inferior, Lado e Sítio 0,999
Interação entre tipo de prótese inferior, Lado e Instante 0,169
Interação entre tipo de prótese inferior, Sítio e Instante 0,928
Interação entre Lado, Sítio e Instante 0,806
Interação entre Tipo de prótese inferior, Lado, Sítio e Instante 0,895
As comparações post hoc considerando a interação entre os fatores Tipo de prótese
inferior e Instante, podem ser vistas na Tabela 6.
Apesar de não ocorrerem diferenças estatisticamente significantes entre os tipos de
prótese inferior tanto no instante T1, como no instante T2, as mesmas comparações permitem
afirmar que ocorre um aumento médio estatisticamente significante das medidas ósseas
verticais em média de 1,98mm (p<0,001), com intervalo de confiança (IC) de 1,36 a 2,60mm
para o Tipo de prótese inferior Overdenture.
5 Resultados
87
Tabela 6 - Comparações post hoc considerando os fatores: Instante e Grupo – Medidas
verticais.
Intervalo de confiança (95%)*
Comparações Estimativas p*
Limite inferior Limite superior
Overdenture 1,98
<0,001
1,36 2,60
T2-T1
Protocolo 0,02 >0,999 -0,56 0,61
T1 -3,72 0,260 -8,96 1,52
Overdenture -
Protocolo
T2 -1,77 0,820 -7,01 3,48
* Com correção de Tukey
Com relação aos sítios, notamos que ocorre uma diminuição estatisticamente
significante das médias conforme nos afastamos dos sítios centrais (Tabela 7).
Tabela 7 - Comparações post hoc dos sítios – Medidas verticais.
Intervalo de confiança (95%)*
Diferenças Estimativa
p*
Limite inferior Limite superior
S1-S2 0,8 0,033 0,0 1,5
S1-S3 1,8 <0,001
1,1 2,5
S1-S4 2,7 <0,001
2,0 3,5
S1-S5 3,5 <0,001
2,8 4,2
S2-S3 1,0 0,001 0,3 1,7
S2-S4 2,0 <0,001
1,3 2,7
S2-S5 2,8 <0,001
2,1 3,5
S3-S4 1,0 0,002 0,3 1,7
S3-S5 1,8 <0,001
1,0 2,5
S4-S5 0,8 0,023 0,1 1,5
* com correção de Tukey
Com relação ao lado, concluímos que o lado direito é estatisticamente maior que o
lado esquerdo em média em 0,9mm com IC de 0,6 a 1,2mm (Tabela 8)
Tabela 8 - Comparações post hoc dos lados – Medidas verticais.
Intervalo de confiança (95%)*
Diferenças Estimativa
p*
Limite inferior Limite superior
Direito - Esquerdo 0,9
<0,001
0,6 1,2
5 Resultados
88
5.2 ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DA ATIVIDADE MUSCULAR
MASSETÉRICA E OS FATORES: TIPO DE PRÓTESE INFERIOR, INSTANTE E LADO
5.2.1 Medida da Amplitude (µV)
As medidas-resumo da medida da Amplitude durante a CVIM, MH, MUD e MUE
podem ser vistas nas Tabelas 9, 10 e11 e Tabela 12, respectivamente.
Tabela 9 - Medidas-resumo da medida da Amplitude durante CVIM.
Tipo de
prótese
inferior
Lado Instante N
Média
Desvio-
padrão
Mínimo
Mediana Máximo
T1 8
44,1 29,8 15,0 39,3 108,7
Direito
T2 8
54,8 25,6 26,0 49,2 100,7
T1 8
32,5 18,4 14,7 27,7 64,7
Overdenture
Esquerdo
T2 8
48,9 28,7 25,0 39,3 100,0
T1 9
70,1 35,2 34,7 56,3 139,0
Direito
T2 9
65,5 31,8 36,0 49,0 117,2
T1 9
66,2 24,4 26,3 71,0 107,0
Protocolo
Esquerdo
T2 9
76,0 30,3 27,0 82,4 108,0
Tabela 10 - Medidas-resumo da medida da Amplitude durante a MH.
Tipo de
prótese
inferior
Lado Instante N
Média
Desvio-
padrão
Mínimo Mediana
Máximo
T1 8
37,7 18,5 13,8 35,7 66,0
Direito
T2 8
44,9 22,4 15,4 38,5 72,8
T1 8
33,5 12,6 17,9 33,3 56,0
Overdenture
Esquerdo
T2 8
48,2 22,5 22,3 48,4 81,3
T1 9
47,1 23,2 22,0 36,8 89,1
Direito
T2 9
61,7 30,7 33,1 61,0 117,9
T1 9
56,7 25,5 29,9 56,0 95,6
Protocolo
Esquerdo
T2 9
55,2 26,3 21,3 48,4 110,0
5 Resultados
89
Tabela 11 - Medidas-resumo da medida da Amplitude durante a MUD.
Tipo de
prótese
inferior
Lado Instante N
Média
Desvio-
padrão
Mínimo Mediana Máximo
T1 8
34,2 18,2 15,5 29,7 70,6
Direito
T2 8
54,6 28,6 29,0 44,1 116,0
T1 8
29,3 10,5 15,6 26,5 45,8
Overdenture
Esquerdo
T2 8
47,0 22,2 18,0 40,4 89,6
T1 9
49,4 28,5 15,0 41,1 95,9
Direito
T2 9
55,9 20,9 34,5 53,0 100,9
T1 9
51,5 28,9 21,9 45,8 107,1
Protocolo
Esquerdo
T2 9
50,4 20,7 25,6 46,3 94,1
Tabela 12 - Medidas-resumo da medida da Amplitude durante a MUE.
Tipo de
prótese
inferior
Lado Instante N
Média
Desvio-
padrão
Mínimo Mediana
Máximo
T1 8
29,7 12,5 14,4 29,5 49,3
Direito
T2 8
54,9 26,6 25,5 47,6 102,5
T1 8
28,3 12,5 14,4 25,5 48,5
Overdenture
Esquerdo
T2 8
57,9 36,9 14,9 50,6 125,9
T1 9
57,5 27,1 24,8 53,3 93,4
Direito
T2 9
63,7 23,6 31,9 60,3 112,6
T1 9
47,8 19,5 20,5 49,0 85,8
Protocolo
Esquerdo
T2 9
63,9 26,9 31,4 60,9 103,4
Os boxplots da amplitude da CVIM, MH podem ser vistos na Figura 16 e os boxplots
da amplitude da MUD e da MUE encontram-se na Figura 17.
5 Resultados
90
Contração voluntária isométrica máxima
Lado
Amplitude (µV)
0 50 100 150
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação habitual com cenoura
Lado
Amplitude (µV)
0 50 100 150
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Instante
T1
T2
Contração voluntária isométrica máxima
Lado
Diferença T2-T1 da amplitude (µV)
-100 -50 0 50 100
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação habitual com cenoura
Lado
Diferença T2-T1 da amplitude (µV)
-100 -50 0 50 100
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Figura 16 - Medida da Amplitude durante a CVIM e MH segundo o lado, o tipo de prótese inferior e os
instantes.
5 Resultados
91
Mastigação unilateral direita
Lado
Amplitude (µV)
0 50 100 150
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação unilateral esquerda
Lado
Amplitude (µV)
0 50 100 150
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Instante
T1
T2
Mastigação unilateral direita
Lado
Diferença T2-T1 da amplitude (µV)
-100 -50 0 50 100
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação unilateral esquerda
Lado
Diferença T2-T1 da amplitude (µV)
-100 -50 0 50 100
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Figura 17 - Medida da Amplitude durante a MUD e MUE segundo o lado, o tipo de prótese inferior e
os instantes.
5 Resultados
92
Os resultados das ANOVAS da medida da Amplitude durante a CVIM, MH, MUD e
MUE, encontram-se na Tabela 13.
Tabela 13 - ANOVAS – Amplitude.
Fator CVIM
MH MUD MUE
Tipo de prótese inferior
0,057
0,145
0,316 0,105
Lado
0,521
0,886
0,168 0,666
Instante
0,060
0,031
<0,001
<0,001
Interação entre Tipo de prótese e Lado
0,156
0,795
0,424 0,535
Interação entre Tipo de prótese e Instante
0,197
0,582
0,006
0,076
Interação entre Lado e Instante
0,236
0,587
0,359 0,428
Interação entre Tipo de prótese, Lado e Instante
0,604
0,142
0,666 0,766
Para a medida da amplitude durante a CVIM, nenhum fator foi estatisticamente
significante. Para MH e MUE, apenas o fator Instante foi estatisticamente significante
(p=0,031 e p<0,001, respectivamente). Portanto, não é possível afirmar que ocorre diferença
estatisticamente significante da medida da amplitude média ao compararmos os tipos de
prótese inferior para CVIM, MH e MUE. Só é possível afirmar que ocorreu uma mudança dos
valores médios entre os instantes T1 e T2 da amplitude média durante a MH e MUE. Abaixo,
encontram-se as comparações entre os instantes T1 e T2 para MH e MUE (Tabela 14)
Tabela 14 - Comparações post hoc da medida da Amplitude durante a MH.
Intervalo de confiança (95%)
Tipo de
mastigação
Dif. estimada
T2-T1
p
Limite inferior Limite superior
MH
9 0,031 1 17
MUE
19 <0,001
10 28
Com relação à duração da amplitude durante a MUD, verifica-se que o fator de
interação entre o Tipo de prótese inferior e Instante é estatisticamente significante (p=0,006
Tabela 13). Fazendo as comparações post hoc (Tabela 14) não encontramos diferença
estatisticamente significante entre os grupos, tanto no instante T1 (p=0,300) quanto ao
instante T2 (p=0,996). Porém é possível afirmar que ocorre aumento estatisticamente
significante da medida da amplitude durante a MUD para o tipo de prótese inferior
overdenture em média de 19
µ com IC de 8 a 30 µV.
5 Resultados
93
Tabela 15 - Comparações post hoc da medida da Amplitude durante a MUD.
Intervalo de confiança (95%)*
Comparações Dif. estimada
p*
Limite inferior Limite superior
Overdenture T2-T1 19
<0,001
8 30
Protocolo T2-T1 3 0,892 -8 13
Overdenture - Protocolo T1 -19 0,300 -47 9
Overdenture - Protocolo T2 -2 0,996 -31 26
*com correção de Tukey
5.2.2 Duração do Ato mastigatório(s)
As medidas-resumo da duração do ato durante a MH, MUD e MUE podem ser vistas
na Tabela 16, Tabela 17 e Tabela 18, respectivamente.
Tabela 16 - Medidas-resumo da duração do ato durante a MH.
Tipo de
prótese inferior
Lado Instante N
Média
Desvio-
padrão
Mínimo Mediana
Máximo
T1 8
0,46 0,09 0,32 0,47 0,60
Direito
T2 8
0,60 0,27 0,13 0,59 1,04
T1 8
0,48 0,14 0,23 0,52 0,63
Overdenture
Esquerdo
T2 8
0,62 0,22 0,32 0,62 1,03
T1 9
0,46 0,07 0,35 0,44 0,56
Direito
T2 9
0,56 0,08 0,46 0,53 0,69
T1 9
0,46 0,08 0,33 0,48 0,61
Protocolo
Esquerdo
T2 9
0,61 0,12 0,48 0,62 0,86
5 Resultados
94
Tabela 17 - Medidas-resumo da duração do ato durante a MUD.
Tabela 18 - Medidas-resumo da duração do ato durante a MUE.
Tipo de
prótese
inferior
Lado Instante N
Média
Desvio-
padrão
Mínimo Mediana
Máximo
T1 8
0,45 0,15 0,31 0,42 0,76
Direito
T2 8
0,57 0,21 0,13 0,61 0,81
T1 8
0,45 0,16 0,23 0,48 0,65
Overdenture
Esquerdo
T2 8
0,67 0,23 0,30 0,72 0,95
T1 9
0,53 0,15 0,35 0,48 0,83
Direito
T2 9
0,59 0,11 0,41 0,57 0,74
T1 9
0,51 0,15 0,32 0,50 0,71
Protocolo
Esquerdo
T2 9
0,58 0,16 0,27 0,66 0,78
Os boxplots da duração do ato durante a MH, MUD e MUE encontram-se na Figura 18.
Tipo de prótese
inferior
Lado Instante N
Média
Desvio-
padrão
Mínimo Mediana
Máximo
T1 8
0,52 0,11 0,33 0,51 0,67
Direito
T2 8
0,58 0,20 0,20 0,61 0,83
T1 8
0,51 0,07 0,43 0,50 0,61
Overdenture
Esquerdo
T2 8
0,59 0,24 0,23 0,60 0,92
T1 9
0,54 0,10 0,37 0,55 0,66
Direito
T2 9
0,56 0,05 0,50 0,54 0,64
T1 9
0,52 0,09 0,37 0,52 0,66
Protocolo
Esquerdo
T2 9
0,59 0,07 0,50 0,62 0,69
5 Resultados
95
Mastigação habitual com cenoura
Lado
Ato (s)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação unilateral direita
Lado
Ato (s)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação unilateral esquerda
Lado
Ato (s)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Instante
T1
T2
Mastigação habitual com cenoura
Lado
Diferença T2-T1 do ato (s)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação unilateral direita
Lado
Diferença T2-T1 do ato (s)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação unilateral esquerda
Lado
Diferença T2-T1 do ato (s)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Figura 18 - Duração do ato durante a MH, MUD e MUE segundo os grupos e os instantes.
5 Resultados
96
Os resultados das ANOVAS para a duração do ato durante a MH, MUD e MUE,
encontram-se na Tabela 19. Apenas o fator Instante foi estatisticamente significante em todos
os casos (MH, MUD e MUE), ou seja, é possível afirmar que ocorreu uma mudança da
duração do Ato para cada tipo de mastigação, entretanto, não é possível afirmar que
ocorreram diferenças entre os tipos de prótese inferior.
Tabela 19 - ANOVAS – Ato
Fator MH MUD MUE
Tipo de prótese inferior
0,675 0,950 0,788
Lado
0,520 0,907 0,545
Instante
<0,001 0,033 <0,001
Interação entre Tipo de prótese e Lado
0,930 0,836 0,229
Interação entre Tipo de prótese e Instante
0,784 0,684 0,054
Interação entre Lado e Instante
0,631 0,530 0,328
Interação entre Tipo de prótese, Lado e Instante
0,673 0,826 0,485
As comparações post hoc entre os instantes T1 e T2 para a duração do ato para cada
tipo de mastigação, encontram-se na Tabela 20. Em todos os casos, houve aumento médio da
duração do ato estatisticamente significante.
Tabela 20 - Comparações post hoc – Ato.
Intervalo de confiança (95%)*
Tipo de mastigação Dif. estimada T2-T1 p*
Limite inferior Limite superior
MH 0,13 <0,001
0,07 0,20
MUD 0,06 0,033 0,01 0,12
MUE 0,12 <0,001
0,06 0,17
*com correção de Tukey
5 Resultados
97
5.2.3 Duração do Ciclo Mastigatório(s)
As medidas-resumo da duração do ciclo durante a MH, MUD e MUE podem ser vistas
nas Tabelas 21, 22 e 23 respectivamente.
Tabela 21 - Medidas-resumo da duração do Ciclo durante a MH.
Tipo de
prótese
inferior
Lado Instante N
Média
Desvio-
padrão
Mínimo Mediana
Máximo
T1 8
0,68 0,15 0,44 0,72 0,89
Direito
T2 8
0,81 0,40 0,20 0,75 1,48
T1 8
0,70 0,19 0,32 0,75 0,89
Overdenture
Esquerdo
T2 8
0,82 0,33 0,47 0,74 1,37
T1 9
0,64 0,10 0,50 0,66 0,79
Direito
T2 9
0,76 0,14 0,58 0,77 0,95
T1 9
0,65 0,14 0,47 0,63 0,95
Protocolo
Esquerdo
T2 9
0,77 0,12 0,62 0,80 0,91
Tabela 22 - Medidas-resumo da duração do Ciclo durante a MUD.
Tipo de prótese
inferior
Lado Instante N
Média
Desvio-
padrão
Mínimo Mediana
Máximo
T1 8
0,80 0,23 0,58 0,73 1,29
Direito
T2 8
0,86 0,39 0,25 0,81 1,62
T1 8
0,79 0,12 0,65 0,77 0,97
Overdenture
Esquerdo
T2 8
0,82 0,39 0,32 0,78 1,57
T1 9
0,71 0,12 0,53 0,67 0,90
Direito
T2 9
0,75 0,07 0,67 0,73 0,86
T1 9
0,72 0,10 0,59 0,71 0,87
Protocolo
Esquerdo
T2 9
0,78 0,10 0,69 0,74 0,95
5 Resultados
98
Tabela 23 - Medidas-resumo da duração do Ciclo durante a MUE.
Tipo de
prótese
inferior
Lado Instante N
Média
Desvio-
padrão
Mínimo Mediana
Máximo
T1 8
0,76 0,21 0,54 0,69 1,19
Direito
T2 8
0,81 0,33 0,21 0,89 1,32
T1 8
0,71 0,16 0,48 0,69 0,95
Overdenture
Esquerdo
T2 8
0,90 0,33 0,43 0,92 1,39
T1 9
0,67 0,15 0,43 0,65 0,93
Direito
T2 9
0,76 0,12 0,58 0,81 0,95
T1 9
0,64 0,16 0,42 0,63 0,89
Protocolo
Esquerdo
T2 9
0,74 0,22 0,27 0,83 0,96
5 Resultados
99
Os boxplots da duração do Ciclo durante a MH, MUD e MUE, podem ser vistos na Figura .
Mastigação habitual com cenoura
Lado
Ciclo(s)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação unilateral direita
Lado
Ciclo(s)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação unilateral esquerda
Lado
Ciclo(s)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Instante
T1
T2
Mastigação habitual com cenoura
Lado
Dif. T2-T1 do ciclo(s)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação unilateral direita
Lado
Dif. T2-T1 do ciclo(s)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Mastigação unilateral esquerda
Lado
Dif. T2-T1 do ciclo(s)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
LD LE LD LE
Overdenture Protocolo
Figura 19 - Duração do ciclo durante a MH, MUD e MUE segundo os grupos e os instantes.
5 Resultados
100
As ANOVAS da duração do Ciclo durante a MH, MUD e MUE, podem ser vistas na
Tabela 24.
Tabela 24 - ANOVAS – Ciclo.
Fator MH MUD MUE
Tipo de prótese inferior
0,486 0,267 0,294
Lado
0,763 0,970 0,920
Instante
0,010
0,370
0,005
Interação entre Tipo de prótese e Lado
0,950 0,659 0,539
Interação entre Tipo de prótese e Instante
0,998 0,955 0,747
Interação entre Lado e Instante
0,956 0,987 0,341
Interação entre Tipo de prótese, Lado e Instante
0,967 0,778 0,417
Os resultados indicaram associação estatisticamente significante entre a duração do
ciclo durante a MH e o Instante (p=0,010), e entre a duração do ciclo durante a MUE e o
Instante (p=0,005). Dessa forma, não é possível afirmar que existe diferença estatisticamente
significante entre os tipos de prótese inferior. é possível afirmar que houve um aumento
médio da duração do ciclo durante a MH e durante a MUE. As comparações post hoc da
duração do ciclo durante a MH e durante a MUE encontram-se na Tabela 25.
Tabela 25 - Comparações post hoc da duração do ciclo.
Intervalo de confiança (95%)*
Tipo de mastigação Dif. estimada T2-T1 p*
Limite inferior Limite superior
MH 0,12 0,010
0,03 0,22
MUE 0,11 0,005
0,03 0,19
* com correção de Tukey
5 Resultados
101
5.3 ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A MEDIDA ÓSSEA VERTICAL E AS
MEDIDAS DE ATIVIDADE MUSCULAR MASSETÉRICA
Os gráficos de dispersão podem ser vistos no Anexo 7 e os perfis individuais podem
ser vistos no Anexo 8.
O modelo utilizado para estudar as associações pode ser escrito da seguinte forma:
E[Y] = b0 + b1. X + b2. TPI + b3. X . TPI
onde:
Y: média dos 5 sítios de determinado instante e lado;
E[Y]: valor esperado de Y
X: variável de interesse;
TPI: Tipo de prótese inferior (cujos valores são: 0 para Overdenture e 1 para Protocolo);
Exemplo: para o instante T1, o lado direito e a variável CVIM como a variável de interesse,
temos:
E[Média dos 5 sítios LD T1] = b0+b1.CVIM LD T1 +b2. CVIM LD T1 . TPI
Os níveis descritivos dos testes para cada modelo podem ser vistos na Tabela para os
modelos estratificados por instante e lado, e na Tabela quando consideramos as associações
entre as diferenças T2 e T1.
5 Resultados
102
Tabela 26 - Valores de p dos modelos de regressão estratificados por instante e lado entre a
média das medidas verticais e cada uma das variáveis eletromiográficas.
Estratos considerados
T1
T2
Variável utilizada para construir o
modelo de regressão
LD LE
LD LE
CVIM 0,440
0,037
0,853
0,288
MH 0,287
0,141
0,866
0,895
MUD 0,263
0,191
0,822
0,518
Amplitude
MUE 0,144
0,242
0,858
0,789
MH 0,303
0,440
0,211
0,023
MUD
0,048
0,070
0,098
0,561
Ato
MUE 0,412
0,439
0,657
0,538
MH 0,389
0,255
0,432
0,259
MUD 0,153
0,102
0,034
0,447
Ciclo
MUE 0,451
0,328
0,735
0,527
Tabela 27 - Modelos de regressão estratificados por lado entre as diferenças T2-T1 das
medidas verticais e as diferenças T2-T1 de cada variável eletromiográfica.
Estratos
Variável utilizada para construir o modelo de
regressão das diferenças T2-T1
LD LE
CVIM 0,119 0,133
MH 0,262
0,034
MUD 0,143 0,098
Amplitude
MUE 0,132 0,068
MH 0,383 0,135
MUD 0,380 0,134
Ato
MUE 0,259
0,002
MH 0,419 0,131
MUD 0,328 0,060
Ciclo
MUE 0,249
0,007
5 Resultados
103
Na tabela 28, encontram-se os modelos finais obtidos pelo método backward (Neter at
al., 1996) dos modelos que foram estatisticamente significantes.
Tabela 28 - Modelos de regressão finais.
Variável resposta vs
Variável de interesse
Coeficientes Estimativa Erro-padrão p
Intercepto 22,3 3,0 0,000
CVIM LE T1 -0,15 0,08 0,087
Tipo de prótese inferior -8,2 5,1 0,132
Média LE T1 vs CVIM
LE T1
Interação entre o tipo de
prótese e CVIM LE T1
0,26 0,10 0,022
Intercepto 30,1 3,3 0,000
Média LE T2 vs Ato
MH LE T2
Ato MH LE T2 -15,7 5,3 0,009
Intercepto 8,9 5,1 0,101
Média LD T1 vs Ato
MUD LD T1
Ato MUD LD T1 21,6 9,5 0,037
Intercepto 2,2 0,6 0,004
Dif. T2-T1 LE vs Dif.
T2-T1 MH LE
Amplitude
Tipo de prótese inferior -2,4 0,9 0,015
Intercepto -0,5 0,5 0,338
Dif. T2-T1 LE vs Dif.
T2-T1 MUE LE Ato
Dif. T2-T1 MUE LE Ato 9,5 2,1 0,000
Intercepto 1,5 0,6 0,034
Dif. T2-T1 MUE LE Ciclo 3,5 1,5 0,033
Dif. T2-T1 LE vs Dif.
T2-T1 MUE LE Ciclo
Tipo de prótese inferior -2,1 0,8 0,018
Interpretação dos modelos acima:
Estudo da associação entre a média das medidas ósseas verticais do lado
esquerdo no instante T1 (Média LE T1) com a CVIM do lado esquerdo no
instante T1(CVIM LE T1): como o fator de interação entre a CVIM e o tipo de
prótese inferior foi estatisticamente significante (p=0,022), sabemos que a
relação entre a média das medidas ósseas verticais e a CVIM do lado esquerdo
no instante T1 são diferentes para os dois tipos de prótese. Para o tipo de
prótese inferior overdenture sabemos que é esperado uma diminuição de
0,15mm da média da medida óssea vertical quando ocorre aumento de 1
unidade da CVIM do lado esquerdo no instante T1. Para o tipo de prótese
Protocolo, é esperado um aumento de 0,11mm da média da medida óssea
vertical quando ocorre aumento de 1 unidade da CVIM do lado esquerdo no
instante T1;
5 Resultados
104
Estudo da associação entre a média das medidas ósseas verticais do lado
esquerdo no instante T2 (Média LE T2) com o ato da mastigação habitual do
lado esquerdo no instante T2 (Ato MH LE T2): é esperada uma diminuição de
1,57mm da média da medida óssea vertical com o aumento do ato em 0,1s.
Observe que neste caso, não foi constatada diferença entre os tipos de prótese
inferior;
Estudo da associação entre média das medidas ósseas verticais do lado direito
no instante T1 (Média LD T1) com o ato da mastigação unilateral direita do
lado direito no instante T1 (Ato MUD LD T1): é esperado um aumento de
2,16mm da média da medida óssea vertical com o aumento do ato da mordida
unilateral direita no instante T1 em 0,1s;
Estudo da associação entre a diferença da média das medidas ósseas verticais
no instante T2 do lado esquerdo e a média das medidas ósseas verticais no
instante T1 do lado esquerdo (Dif. T2-T1 LE) com a diferença T2-T1 da
amplitude da mastigação habitual do lado esquerdo (Dif. T2-T1 MH LE
Amplitude): não houve associação estatisticamente significante;
Estudo da associação entre a diferença da média das medidas ósseas verticais
no instante T2 do lado esquerdo e a média das medidas ósseas verticais no
instante T1 do lado esquerdo (Dif. T2-T1 LE) com a diferença T2-T1 do ato da
mastigação unilateral esquerda do lado esquerdo (Dif. T2-T1 MUE LE Ato): se
o ato aumentar em 0,1s do instante T1 para o instante T2, é esperado um
aumento de 0,95mm da diferença T2-T1 entre as médias das medidas ósseas
verticais;
Estudo da associação entre a diferença da média das medidas ósseas verticais
no instante T2 do lado esquerdo e a média das medidas ósseas verticais no
instante T1 do lado esquerdo (Dif. T2-T1 LE) com a diferença T2-T1 do ciclo
da mastigação unilateral esquerda do lado esquerdo (Dif. T2-T1 MUE LE
Ciclo): é esperado um aumento de 0,35mm da diferença T2-T1 entre as médias
das medidas ósseas verticais com o aumento de 0,1s da diferença T2-T1 do
ciclo da MUE do lado esquerdo.
6 DISCUSSÃO
6 DISCUSSÃO6 DISCUSSÃO
6 DISCUSSÃO
6 Discussão
107
6 DISCUSSÃO
Por anos, os autores têm escrito sobre a reabsorção contínua e irreversível do rebordo
alveolar em pacientes edêntulos. Esta reabsorção pode dificultar ou mesmo inviabilizar a
reabilitação protética desses pacientes (Tallgren 1972, Atwood 1971 e 1979, Jahangiri 1998 e
Carlsson 2004). Contudo, após o advento dos implantes, através de controles radiográficos
contínuos, aposição óssea na mandíbula, posterior ao último implante, têm sido reportada na
literatura (Reddy 1992, Robert 2005).
Essa aposição óssea não tem sido relacionada a nenhuma causa específica, mas tem
sido parcialmente explicada pelo aumento da atividade muscular que age dinamicamente na
remodelação óssea (Lanyon 1984). Estudos experimentais têm demonstrado que a diminuição
da função muscular do masseter resulta em deformidades ósseas mandibulares tanto no
sentido transversal quanto no sentido sagital, o que pode inibir a aposição óssea nesta região
(Bresin 2001). Dessa forma, este estudo foi realizado com a finalidade de avaliar se após um
ano, ocorria alteração óssea vertical posterior ao último implante, em pacientes reabilitados
com 2 tipos de próteses implantossuportadas, overdenture e protocolo Brånemark, e se esta
possível alteração se correlacionava com a atividade muscular do masseter.
Nossos resultados da análise de variância (ANOVA) mostraram que a associação entre
a medida óssea vertical e os fatores: tipo de prótese inferior e instante, lado e sítio foram
estatisticamente significantes (p<0,001) (Tabela 5).
As comparações post hoc considerando os fatores: instante (T2-T1) e o tipo de prótese
(overdenture e protocolo) permitiram afirmar que houve um aumento médio das medidas
ósseas verticais (ganho ósseo) de 1,98mm (p<0,001) com intervalo de confiança de 1,36 a
2,60mm para a prótese overdenture (Tabela 6).
Em relação aos sítios, as comparações post hoc permitiram afirmar que ocorreu uma
diminuição estatisticamente significante das médias ósseas verticais, conforme nos afastamos
dos sítios centrais, nos dois tipos de próteses.
Em relação ao lado, concluímos que o lado direito era maior que o esquerdo em
0,9mm com IC de 0,6 a 1,2mm (Tabela 8).
A alteração dimensional óssea positiva, estatisticamente significante para a prótese
overdenture implantossuportada desse estudo confirma os achados de Meijer et al (1999),
Melo (2005) e Chung et al (2007). Meijer et al (1999) não reportaram nenhuma perda óssea
6 Discussão
108
após 5 anos de reabilitação com prótese overdenture, Melo (2005) reportou aposição óssea de
1,03mm para a prótese overdenture e Chung et al (2007) reportaram que a perda óssea para a
prótese protocolo era quase duas vezes maior que para a prótese overdenture
implantossuportada. Em contraposição, o trabalho de Jacobs et al (1992) demonstrou uma
média de reabsorção anual de -0,14mm para o grupo overdenture e -0,04mm para a prótese
protocolo, mas sua amostra consistia de 14% de indivíduos dentados e 30% de indivíduos
reabilitados com próteses tipo protocolo no arco superior. Reabsorção óssea na ordem de -
0,05mm para a prótese overdenture e aposição óssea de +0,04mm para a prótese protocolo
foram reportados por Wright et al (2001). Estes achados podem ser suportados pela hipótese
de que forças dinâmicas altas, acima do limiar do processo de remodelação, causam
reabsorção óssea (Lavelle 1984).
É interessante observar que os resultados deste estudo apontaram uma aposição óssea
do lado direito, dado este compatível com outros relatos da literatura (Davis et al 1999, Reddy
et al 2002, Melo 2005, Lopes 2006) que, entretanto não apresentaram explicação para o fato.
Não consenso na literatura quanto às razões desencadeantes desta aposição óssea.
Imagens radiográficas e histológicas semelhantes às exostoses ou tórus, com características de
osso lamelar foram observadas e desordens endógenas e genéticas foram citadas (Burkes
Júnior et al 1985, Nakai et al 2000). O aumento da atividade mastigatória é citado como
provável estímulo à deposição óssea, por aumentar o estímulo sobre a massa óssea edêntula
(Haraldson et al 1979, Oikarinen e Siirila 1992, Nakai et al 2000, Ferrario et al 2004). Outra
hipótese citada para esta causa é que forças compressivas transmitidas através das roscas dos
implantes ao osso desenvolvem cargas positivas, as quais induzem mudanças nas células
ósseas ativando odontoblastos (Valen 2000). Afora a informação de que todos os sujeitos que
participaram desse estudo eram destros, não existe comprovação científica de que indivíduos
destros ou sinistrômanos apresentam diferença de comportamento fisiológico do sistema
estomatognático entre os lados direito e esquerdo.
A eletromiografia de superfície (EMG) tem seu uso aplicado à Odontologia como um
eficiente método complementar de diagnóstico, avaliação de tratamento e pesquisa. Este
exame permite quantificar a atividade muscular como um todo, resultando em um melhor
entendimento da fisiologia do complexo Sistema Estomatognático.
A técnica eletromiográfica é utilizada para avaliar diversos parâmetros musculares
presentes na mastigação, sendo freqüente o estudo da amplitude da contração voluntária
6 Discussão
109
isométrica máxima, a duração do período de silêncio, a duração do ato e do ciclo
mastigatório.
O parâmetro de duração do Ato Mastigatório (DA) reflete o tempo entre o começo da
atividade mastigatória até o fim desta mesma atividade. O parâmetro de duração do Ciclo
Mastigatório (DC) reflete o tempo em que os músculos elevadores da mandíbula permanecem
contraídos durante o processo de mastigação até o começo do ato mastigatório seguinte,
incluindo o período de relaxamento. A contração voluntária isométrica máxima corresponde à
média da capacidade de sustentação da força máxima de mastigação durante 5s em µV
(Ahlgren et al 1973, Nagasawa et al 1988, Felix 2005).
Após a instalação de prótese implantossuportadas, ocorre uma estabilização da
fisiologia dos músculos mastigatórios (Haraldson e Ingervall 1979, Bakke et al 2002), dessa
forma, optou-se por realizar o exame eletromiográfico dois meses após a instalação das
próteses.
Para a avaliação eletromiográfica da atividade do músculo masseter foi utilizado a
mastigação de cenoura e látex. A importância do uso do látex é que ele exige um esforço
constante do sistema trigeminal e mantém as mesmas características durante o ato
mastigatório. A cenoura apresenta alta resistência inicial e uma fragmentação abrupta,
estimulando intensamente e em poucos milisegundos um enorme número de receptores que
informam via raiz sensorial do trigêmio, o momento e a intensidade do contato dental.
Quando se solicita a mastigação unilateral se introduz um possível erro devido ao
direcionamento da mastigação, que obviamente não é fisiológico. Entretanto, para a análise
eletromiográfica, este efeito não pode ser desprezado, pois direciona a função muscular para o
lado do estudo. Existe também a importância da realização da mastigação habitual, onde o
paciente realiza a mastigação que ele faz naturalmente quando se alimenta, incluindo o lado
preferencial.
Os resultados das ANOVAS do estudo da associação da medida da amplitude durante
a CVIM, MH, MUD e MUE e os fatores (tipo de prótese, instante e lado) apresentados neste
estudo (Tabela 13) não encontrou nenhum fator estatisticamente significante para a medida da
amplitude durante a CVIM, apesar do boxplot mostrar uma tendência de aumento dos valores
da amplitude para a CVIM na overdenture e uma diminuição dos valores para a prótese
protocolo (Figura 16). Os valores encontrados para a medida da amplitude durante a CVIM,
neste estudo, estão de acordo com os encontrados por Lopes (2006) que reportou valores
6 Discussão
110
médios de 83,4±75,39µV para o lado direito e de 50±29,4 µV para o lado esquerdo, contudo
valores menores e maiores foram relatados na literatura: 39µV (Haraldson et al), 160µV para
overdenture e 190µV para protocolo (Jacobs et al 1995), 112µV para overdenture (Ferrario et
al 2004) e ±246 µV para indivíduos dentados (Van der Bilt 2008). Valores menores para a
amplitude da CVIM para a prótese protocolo também foram relatados por Félix (2005a) que
justificou esta diminuição devido à faixa etária de sua amostra (mediana de 64 anos). Isto
pode ser explicado parcialmente, pelo fato de que a precisão do exame se dá pela condução do
operador, direcionando o paciente a realizar o apertamento com força, visto que receio de
fraturar a prótese ao desenvolver força intensa e pela amostra, que no caso deste estudo, foi
realizado em pacientes com arco antagonista reabilitados por prótese total.
Para as medidas da amplitude durante a MH (p<0,031) e MUE (p<0,001) ocorreu uma
diferença estatisticamente significante apenas para o fator instante (T2-T1). A duração da
medida da amplitude durante a MH aumentou em 9µV e durante a MUE aumentou em 19µV
após um ano, para os dois tipos de próteses. Para a medida da amplitude durante a MUD
(p<0,006) ocorreu um aumento estatisticamente significante para prótese overdenture em
média de 19µV com intervalo de confiança de 8 a 30µV após um ano (Tabelas 13, 14 e 15 e
Figuras 16 e 17). Não foram encontrados dados na literatura que pudessem ser comparados,
mas podemos explicar este aumento como uma melhora do desempenho muscular após um
ano de uso das próteses.
Os resultados das ANOVAS e post hoc neste estudo, para a duração do ato
mastigatório durante a MH, MUD e MUE relataram um aumento estatisticamente significante
apenas para o fator instante (T2-T1) com p<0,001, p<0,033, p<0,001, respectivamente
(Tabelas 19 e 20 e Figura 18). Isto significa que houve um aumento médio de 0,13s, 0,06s e
0,12s para a duração do ato mastigatório durante a MH, MUD e MUE após um ano, para os
dois tipos de próteses. O aumento detectado na duração do ato mastigatório pode ser
explicado como conseqüência da melhora funcional do sistema estomatognático frente à
reabilitação oral promovida pelas próteses implantossuportadas. Os valores médios da
duração do ato mastigatório para a prótese protocolo estão de acordo com os dados relatados
por Lopes (2006) que reportou valores médios para a duração do ato mastigatório durante a
MH de 0,52s, durante a MUD de 0,59s e de 0,56s durante a MUE (Tabelas 16, 17 e 18). Os
valores encontrados neste estudo superaram a maioria dos valores encontrados para
indivíduos com fissura labiopalatina com dentição normal variando entre 0,30s (Barco 2002)
6 Discussão
111
e 443,29±148,33ms (Sampaio 1997 e 2000), 0,36s para prótese overdenture (Karkasis 2002) e
±0,43s (Pantaleón 2004) durante a MUD para prótese protocolo
Os resultados da duração do ciclo mastigatório neste estudo (Tabelas 24 e 25)
relataram haver um aumento médio da duração do ciclo durante a MH e MUE de 0,12s e
0,11s respectivamente, após um ano (T2-T1), para os dois tipos de próteses. Este aumento era
estatisticamente significante sendo p<0,010 para MH e p<0,005 para a MUE. Os valores
médios apresentados nas Tabelas 21, 22 e 23 estão dentro da normalidade quando comparados
aos valores encontrados para indivíduos com fissuras (Sampaio 1997, Barco 2002 e Lopes
2006).
Observamos que ocorreu um aumento tanto do ato quanto do ciclo mastigatório e isto
nos leva a crer que ocorre uma maior duração do tempo para a mastigação de alimentos em
indivíduos reabilitados com próteses implantossuportadas quando comparados com
indivíduos dentados (Karkasis et al 2002, Ferrario et al 2004). Contudo, valores menores para
a duração do ato e do ciclo mastigatório para pacientes reabilitados com próteses
implantossuportadas quando comparados com indivíduos reabilitados com dentaduras
convencionais têm sido reportados (Jacobs e van Steenberghe 1993, Meijer et al 1999,
Pantaleón 2004). Valores maiores para o ciclo mastigatório também foram constatado por
Feine et al (1994) e Pera et al (1998). Feine et al (1994) reportaram o valor de 0,70s para
duração do ciclo mastigatório durante a mastigação de cenoura em indivíduos reabilitados
com overdenture e Pera et al (1998) relataram encontrar a duração do ciclo aumentada, porém
com padrão próximo ao de indivíduos dentados, o que justificaria a melhor eficiência
mastigatória das próteses implantossuportadas quando comparadas com próteses totais.
Entretanto alguns autores reportam não ocorrer mudança na duração do ciclo para pacientes
reabilitados com próteses implantossuportadas (Bakke et al 2002 e van der Bilt 2006). Isto
pode ser explicado pela grande variabilidade inter e intraindivíduos dos parâmetros
eletromiográficos (amplitude, duração do ato e do ciclo mastigatório).
Foi possível observar uma tendência ao comportamento de aumento da atividade
eletromiográfica para os músculos masseteres para os dois tipos de próteses
implantossuportadas, em todos os aspectos analisados, o que confirma uma melhor atividade
do músculo.
A investigação do impacto da reabilitação oral implantossuportada sobre a atividade
muscular tem sido realizada por alguns autores, porém com metodologia distinta em relação
ao presente estudo. A literatura consultada demonstrou que tais indivíduos apresentam-se
6 Discussão
112
satisfeitos com sua capacidade mastigatória (Haraldson et al 1979, Geertman et al 1999), tem
eficiência mastigatória semelhante àqueles com dentes naturais (Haraldson e Carlsson 1979,
Pera et al 1998) ou apresentam melhora da função muscular (Fontjn-Tekmp et al 2000), bem
como um maior número de golpes mastigatórios por minuto e uma melhor trituração de
alimentos comparativamente aos usuários de prótese total (van Kampen et al 2004).
Para estudar a relação entre as medidas ósseas verticais e as medidas da atividade
muscular massetérica foram construídos modelos de regressão linear, estratificados por
instante (T1 e T2) e lado e cada uma das variáveis eletromiográficas, como também
estratificados por lado, pela diferença (T2-T1) das medidas ósseas e pela diferença (T2-T1) de
cada uma das variáveis eletromiográficas (Tabelas 26 e 27).
Apesar de termos encontrado associações estatisticamente significantes, os resultados
não parecem ser consistentes, pois foram ajustados 60 modelos de regressão e foram
encontradas associações estatisticamente significantes com as variáveis de interesse em 5
destes modelos (Tabela 28). Portanto, preferimos adotar uma postura conservadora diante dos
resultados e dizer que os mesmos são inconclusivos.
Em relação a possibilidades terapêuticas e preventivas, podemos afirmar que ocorreu
aposição óssea em pacientes reabilitados com próteses overdentures implantossuportadas,
sendo esta considerada uma boa alternativa de tratamento em pacientes com pouca altura
óssea (Feine et al 1994, Stellisngsma et al 2005 e van der Bilt 2006). Para a prótese tipo
protocolo, apesar da alteração dimensional não ser estatisticamente significante, houve um
equilíbrio entre os fatores de reabsorção e remodelação, nos levando a afirmar que a
reabilitação oral por meio de próteses implantossuportadas pode prevenir a reabsorção
contínua do rebordo mandibular residual.
Frente aos resultados encontrados, não podemos afirmar que a aposição óssea que
ocorreu seja devido ao aumento de qualquer variável eletromiográfica, entretanto dados
importantes que colaboram para o conhecimento da atividade muscular do masseter de
indivíduos com fissura labiopalatina e sobre o comportamento ósseo mandibular em pacientes
reabilitados com próteses implantossuportadas foram aqui reportados.
7
7 7
7 CONCLUSÃO
CONCLUSÃO CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
7 Conclusão
115
7 CONCLUSÃO
Ocorrem alterações dimensionais ósseas, na região posterior da mandíbula, após
um ano, para o tipo de prótese inferior overdenture. No lado direito a aposição óssea foi
maior.
A atividade muscular constatada pela eletromiografia, aumentou após o uso das
próteses protocolo e overdenture implantossuportadas.
Não houve correlação entre a alteração dimensional óssea e a atividade muscular,
sendo atribuído ao acaso as poucas correlações encontradas.
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119
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ANEXOS
ANEXOSANEXOS
ANEXOS
Anexos
129
Anexo 1 Ofício recebido do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos aprovando o
projeto de pesquisa.
Anexos
130
Anexo 2 – Ofício recebido aprovando alteração do nome do projeto de pesquisa.
Anexos
131
Anexo 3 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Alterações dimensionais mandibulares e sua relação cm atividade muscular do masseter
em portadores de próteses implantossuportadas
Anexos
132
Anexo 4 – Ficha de avaliação.
Nome do Paciente: ______________________________________Rg do Hospital:____________
Perguntas ao paciente:
Peso (kg): ___________ Idade (a): ___________ Data de nascimento
Sexo: Feminino Masculino Altura (m): ___________
Tempo de utilizo da PT? ____________________
Tempo desdentado antes dos implantes?
____________________
Tem alguma cardiopatia, hipertensão? Sim Não Obs.:________________
Fez cirurgia Ortognática Sim Não
Que mão você escreve?
Direita Esquerda
Dados do Prontuário:
Arco Inferior: ___________________ Arco Superior: __________________
Rd pré cirurgia ____/_____/_____
Tamanho do último implante do lado direito: ________mm
Tamanho do último implante do lado esquerdo: ________mm
Data de instalação dos implantes______/______/_______
Data da Instalação Prótese ____/_____/_____
Tipo de fissura
Nº de implantes: arco sup_________________
Arco inf__________________
Data da Radiografia Inicial Rd 1 ____/_____/_____
Data da Radiografia após instalação da prótese (controle de 1 ano) Rd 2 ____/_____/_____
DATA DO EXAME______/_______/________
Anexos
133
Anexo 5 – Ficha de Análise Radiográfica.
Análise Radiográfica:
Medições radiográficas (mm) : Três medições (1, 2 3 ) e a média ( m).
Lado direito
Inicial
Logo após
R1
1ano após
Instalação
da prótese
R2
Lado
esquerdo
Inicial
Logo após
R1
1ano após
Instalação
da prótese
R2
1 2 3 m 1 2 3 m 1 2 3 m 1 2 3 m
1sít
io
1
ti
o
2
ti
o
2
ti
o
3
ti
o
3
ti
o
4
ti
o
4
ti
o
5
ti
o
5
ti
o
Lado direito
Mais de 1 ano
após
R3
Lado
esquerdo
Mais de 1 ano
após
R3
1
1 2 3 m 1 2 3 m
1sítio 1 sítio
2 sítio 2 sítio
3 sítio 3 sítio
4 sítio 4 sítio
5 sítio 5 sítio
Anexos
134
Anexo 6 – Ficha de Análise Eletromiográfica.
Mastigação Habitual com Cenoura
Lado Direito:
1 ciclo 2 ciclo 3 ciclo 4 ciclo 5 ciclo 6 ciclo 7 ciclo 8ciclo média
Amplitude(µV)
Ato(s)
Ciclo (s)
Amplitude
Ato
Ciclo
Amplitude
Ato
Ciclo
Lado Esquerdo:
1 ciclo 2 ciclo 3 ciclo 4 ciclo 5 ciclo 6 ciclo 7 ciclo 8ciclo média
Amplitude(µV)
Ato(s)
Ciclo (s)
Amplitude( µν)
Ato (s)
Ciclo (s)
Amplitude (µν)
Ato (s)
Ciclo (s)
Mastigação Unilateral direita com Látex
Lado Direito:
1 ciclo 2 ciclo 3 ciclo 4 ciclo 5 ciclo 6 ciclo 7 ciclo 8ciclo média
Amplitude(µV)
Ato(s)
Ciclo (s)
Amplitude (µν)
Ato (s)
Ciclo (s)
Amplitude (µν)
Ato(s)
Ciclo (s)
Anexos
135
Lado Esquerdo:
1 ciclo 2 ciclo 3 ciclo 4 ciclo 5 ciclo 6 ciclo 7 ciclo 8 ciclo media
Amplitude (µν)
Ato (s)
Ciclo(s)
Amplitude (µν)
Ato(s)
Ciclo(s)
Amplitude (µν)
Ato (s)
Ciclo(S)
Mastigação Unilateral esquerda com Látex
Lado Direito:
1 ciclo 2 ciclo 3 ciclo 4 ciclo 5 ciclo 6 ciclo 7 ciclo 8ciclo média
Amplitude(µV)
Ato(s)
Ciclo (s)
Amplitude (µν)
Ato (s)
Ciclo(s)
Amplitude (µν)
Ato (s)
Ciclo(s)
Lado Esquerdo:
1 ciclo 2 ciclo 3 ciclo 4 ciclo 5 ciclo 6 ciclo 7 ciclo 8ciclo média
Amplitude(µV)
Ato(s)
Ciclo (s)
Amplitude (µν)
Ato(s)
Ciclo(s)
Amplitude (µν)
Ato(s)
Ciclo (s)
Contração isométrica máxima
1 ciclo 2ciclo 3 ciclo média
Amplitude (µν)
Lado d
Lado e
Anexos
136
1 ciclo 2ciclo 3 ciclo média
Amplitude (µν)
Lado d
Lado e
1 ciclo 2ciclo 3 ciclo média
Amplitude (µν)
Lado d
Lado e
Anexos
137
Anexo 7 – Gráficos de Dispersão.
Médias das medidas verticais vs CVIM
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pré
Amplitude - CVIM (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pré
Amplitude - CVIM (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pós
Amplitude - CVIM (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pós
Amplitude - CVIM (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
-50 0 50 100
-6 -4 -2 0 2 4 6
LD
Amplitude CVIM Pós-Pré (µV)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
-50 0 50 100
-6 -4 -2 0 2 4 6
LE
Amplitude CVIM Pós-Pré (µV)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
Anexos
138
Médias das medidas verticais vs Amplitude MH
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pré
Amplitude - MH (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pré
Amplitude - MH (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pós
Amplitude - MH (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pós
Amplitude - MH (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
-50 0 50 100
-6 -4 -2 0 2 4 6
LD
Amplitude MH Pós-Pré (µV)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
-50 0 50 100
-6 -4 -2 0 2 4 6
LE
Amplitude MH Pós-Pré (µV)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
Anexos
139
Médias das medidas verticais vs Amplitude MUD
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pré
Amplitude - MUD (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pré
Amplitude - MUD (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pós
Amplitude - MUD (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pós
Amplitude - MUD (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
-50 0 50 100
-6 -4 -2 0 2 4 6
LD
Amplitude MUD Pós-Pré (µV)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
-50 0 50 100
-6 -4 -2 0 2 4 6
LE
Amplitude MUD Pós-Pré (µV)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
Anexos
140
Médias das medidas verticais vs Amplitude MUE
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pré
Amplitude - MUE (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pré
Amplitude - MUE (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pós
Amplitude - MUE (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0 50 100 150
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pós
Amplitude - MUE (µV)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
-50 0 50 100
-6 -4 -2 0 2 4 6
LD
Amplitude MUE Pós-Pré (µV)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
-50 0 50 100
-6 -4 -2 0 2 4 6
LE
Amplitude MUE Pós-Pré (µV)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
Anexos
141
Médias das medidas verticais vs Ato MH
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pré
Ato - MH (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pré
Ato - MH (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pós
Ato - MH (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pós
Ato - MH (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LD
Ato MH Pós-Pré (s)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LE
Ato MH Pós-Pré
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
Anexos
142
Médias verticais vs Ato MUD
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pré
Ato - MUD (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pré
Ato - MUD (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pós
Ato - MUD (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pós
Ato - MUD (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LD
Ato MUD Pós-Pré (s)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LE
Ato MUD Pós-Pré
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
Anexos
143
Médias verticais vs Ato MUE
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pré
Ato - MUE (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pré
Ato - MUE (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pós
Ato - MUE (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pós
Ato - MUE (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LD
Ato MUE Pós-Pré (s)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LE
Ato MUE Pós-Pré
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
Anexos
144
Médias verticais vs Ciclo MH
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pré
Ciclo - MH (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pré
Ciclo - MH (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pós
Ciclo - MH (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pós
Ciclo - MH (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LD
Ciclo MHs-Pré (s)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LE
Ciclo MHs-Pré
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
Anexos
145
Médias verticais vs Ciclo MUD
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pré
Ciclo - MUD (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pré
Ciclo - MUD (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pós
Ciclo - MUD (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pós
Ciclo - MUD (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LD
Ciclo MUD Pós-Pré (s)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LE
Ciclo MUD Pós-Pré
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
Anexos
146
Médias verticais vs Ciclo MUE
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pré
Ciclo - MUE (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pré
Ciclo - MUE (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LD - Pós
Ciclo - MUE (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
0 5 10 15 20 25 30
LE - Pós
Ciclo - MUE (s)
Média das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LD
Ciclo MUE Pós-Pré (s)
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
-1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0
-6 -4 -2 0 2 4 6
LE
Ciclo MUE Pós-Pré
Dif. Pré-Pós dia das medidas ósseas verticais (mm)
Anexos
147
Anexo 8 – Gráficos de Perfis Individuais.
Ind 1 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 1 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 1 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 1 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 1 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 1 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
148
Ind 2 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 2 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 2 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 2 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 2 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 2 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
149
Ind 3 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 3 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 3 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 3 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 3 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 3 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
150
Ind 4 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 4 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 4 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 4 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 4 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 4 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
151
Ind 5 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 5 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 5 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 5 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 5 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 5 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
152
Ind 6 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 6 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 6 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 6 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 6 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 6 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
153
Ind 7 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 7 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 7 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 7 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 7 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 7 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
154
Ind 8 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 8 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 8 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 8 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 8 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 8 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
155
Ind 9 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 9 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 9 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 9 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 9 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 9 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
156
Ind 10 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 10 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 10 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 10 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 10 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 10 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
157
Ind 11 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 11 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 11 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 11 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 11 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 11 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
158
Ind 12 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 12 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 12 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 12 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 12 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 12 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
159
Ind 13 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 13 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 13 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 13 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 13 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 13 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
160
Ind 14 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 14 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 14 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 14 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 14 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 14 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
161
Ind 15 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 15 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 15 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 15 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 15 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 15 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
162
Ind 16 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 16 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 16 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 16 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 16 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 16 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
Anexos
163
Ind 17 - Medidas verticais
tio
Medida óssea vertical (mm)
5 4 3 2 1 1 2 3 4 5
0 10 20 30 40
LD
LE
Ind 17 - CVIM
Instante
Amplitude (
µ
V)
Pré Pós
0 50 100 150
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 17 - MH
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 17 - MUD
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
0 50 100 150
Ind 17 - MUE
Ato (s)
Amplitude (
µ
V)
Ind 17 - Ciclos
Instante
Ciclo (s)
Pré Pós Pré Pós Pré Pós
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0
MH
MUD
MUE
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