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área da indústria é uma área que a gente tem que fazer um maior investimento,
porque é uma área que necessita de centralização.” (Entrevista com gestora do
DEP, fev./2008)
Há, então, um diagnóstico que, por suposto, requer condições para se
concretizar; com ele, vem também a preocupação com as tais condições estruturais,
materiais e humanas, para que a política se estabeleça. Essa preocupação é
repetida várias vezes nos documentos: em A educação profissional no estado do
Paraná (2005a); em Educação profissional no Paraná: fundamentos políticos e
pedagógicos (2005b); no livro Ensino médio integrado: concepções e contradições
(2005)
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. E, conforme afirma a gestora, não há recursos financeiros suficientes para
expandir com qualidade, mas também não falta consciência de que tais condições
materiais são fundamentais para a concretização da política. Em suas palavras:
Não basta a vontade política, isso é importante dizer, que eu sempre achei que a
vontade política era essencial. Não basta a vontade política, as questões materiais
e humanas são essenciais, se você não tiver..., eu acho que uma deriva da outra,
você ter a vontade política já é um caminho, mas você tem que ter outras coisas
que precisa, uma delas é ter as questões materiais, que é você ter laboratórios,
bibliotecas, dar condições estruturais, que nem todas as escolas ainda têm, mas
todo mundo sabia; eu não posso ser acusada..., (...), uma coisa sempre foi dita:
todo mundo sabia que não ia ser fácil. As escolas sabiam quando elas
assumiram de voltar com educação profissional que as condições não eram
plenas; mas eu descobri uma coisa também, se a gente fosse esperar as
condições plenas não teria acontecido. (Entrevista com gestora do DEP, fev./2008)
É possível perceber que se expõem a falta de recursos e a importância do
investimento para a efetivação da política com insistência, para as pessoas
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“Desenvolver proposta para a Educação Profissional – Setor Terciário, através de ações que priorizem a
reestruturação curricular, a melhoria de infra-estrutura física e humana, dos equipamentos, para uma oferta de
ensino profissional de qualidade, afinada com os conhecimentos científico-tecnológicos e sociais mais
avançados.” (PARANÁ. SEED, DEP, 2003a, s/p)
“reestruturação curricular, (...) na perspectiva de favorecer a formação do cidadão/aluno/trabalhador, (...)
enfatizando-se o trabalho, a cultura, a ciência e a tecnologia, como princípios fundadores da organização
curricular integrada ao ensino médio; instituição de quadro próprio de professores; formação continuada do
quadro próprio docente e técnico; melhoria da estrutura física e material dos estabelecimentos; organização de
encontros e seminários para congregar redes que ofertam educação profissional e discutir aspectos legais,
técnicos, administrativos e pedagógicos.” (PARANÁ. SEED. DEP, 2005b, s/p)
“(...) expansão e reestruturação curricular, a instituição de quadro próprio de professores para essa modalidade, a
formação continuada do seu quadro docente e técnico, a melhoria de estrutura física e material dos
estabelecimentos e a sua manutenção sem a cobrança de taxas de qualquer natureza.” (SEED, DEP, 2005b, s/p)
“(...) com especial foco nas que privilegiam a sua expansão e reestruturação curricular, a instituição de quadro
próprio de professores para esta modalidade, a formação continuada dos profissionais, a melhoria da estrutura
física e material dos estabelecimentos e sua manutenção sem a cobrança de taxas de qualquer natureza.”
(FERREIRA E GARCIA, 2005)
“Para tanto, o DEP desencadeou uma série de ações, com especial foco na que privilegia a sua expansão e
reestruturação curricular, a instituição de quadro próprio de professores para esta modalidade, a formação
continuada dos profissionais, a melhoria da estrutura física e material dos estabelecimentos e a sua manutenção
sem a cobrança de taxas de qualquer natureza.” (FERREIRA e GARCIA, 2005, p. 160-161)