Download PDF
ads:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Faculdade de Medicina
Curso de pós-graduação em medicina: Cirurgia
“FATORES DE RISCO PARA ACIDENTE VASCULAR
CEREBRAL NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO”
Felipe Puricelli Faccini
Orientador: Prof. Dr. Ivo Abrahão Nesralla
Dissertação para obtenção do grau de mestrado
no curso de pós-graduação em cirurgia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Dissertação de Mestrado
Porto Alegre, Novembro 2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Faculdade de Medicina
Curso de pós-graduação em medicina: Cirurgia
“FATORES DE RISCO PARA ACIDENTE VASCULAR
CEREBRAL NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO”
Felipe Puricelli Faccini
Orientador: Prof. Dr. Ivo Abrahão Nesralla
Dissertação para obtenção do grau de mestrado
no curso de pós-graduação em cirurgia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Dissertação de Mestrado
Porto Alegre, Novembro 2007
ads:
3
Sumário:
Item Página
Agradecimentos
4
Lista de Tabelas
5
Abreviaturas
6
Resumo (Português)
7
Resumo (abstract em Inglês)
9
1. Introdução
10
2. Objetivo
13
2.1. Objetivo Geral
13
2.2. Objetivo Específico
13
3. Materiais e métodos
14
3.1. Delineamento:
14
3.2. Aspectos Éticos
15
3.3. Cálculo de Amostra
15
3.4. Análise Estatística
15
4. Resultados
17
5. Discussão
20
6. Referências
25
Artigo em Inglês
27
Anexo I – Tabelas
43-52
4
AGRADECIMENTOS:
Ao Prof. Dr. Ivo Nesralla pelo apoio incondicional desde o primeiro
esboço de idéia até o término deste projeto de pesquisa, juntamente aos
membros do Curso de Pós-Graduação em Cirurgia representado por
seus professores. Juntos enfrentamos algumas dificuldades impostas
pela falta de vagas em determinadas disciplinas,
mas que foi
contornado, deixando o processo transcorrer com tranqüilidade para que
eu obtivesse um aprendizado, mas no final tudo transcorreu muito bem e
obtive um aprendizado que considero fundamental para um cirurgião.
Aos colegas das equipes de pré-operatório e anestesia do SANE
por terem tornado a realização de um trabalho retrospectivo
extremamente fácil, através do protocolo em que todas fichas pré-
operatórias completamente preenchidas incluindo-se as urgências. Não
teríamos terminado essa pesquisa sem o protocolo de pré-operatório.
À bolsista Renata Ullmann Brito por ter se tornado nosso braço
direito nessa tese. Ao bolsista Eduardo Siqueira pela colaboração nos
momentos iniciais deste trabalho.
Às senhoras Estela Maris Araripe e Helena Beatriz Silva Costa,
secretárias da pós-graduação em cirurgia, que muito me ajudaram
desde antes de minha inscrição até a conclusão desta dissertação de
mestrado.
A MW consultoria e a professora Daniela Benzano pela assistência
estatística, facilitadora da conclusão do trabalho.
A minha esposa Vanessa e minha família pelo apoio nas horas de
ausência.
5
Lista de Tabelas (conteúdo no ANEXO I)
Tabela 1: Fatores em estudo e desfechos com critérios para respectiva
caracterização.
Tabela 2: Características básicas da população.
Tabela 3: Relação de estenose carotídea e desfechos.
Tabela 4: Calcificações na aorta ascendente e fatores de risco e características
clínicas.
Tabela 5: Calcificações na aorta em relação aos desfechos.
Tabela 6: Distribution of population characteristics.
Tabela 7: Correlation between carotid stenosis and outcomes.
Tabela 8: Ascending aortic calcification and clinical data/risk factors.
Tabela 9: Ascending aortic calcification and outcomes.
6
Abreviaturas:
AVC Acidente Vascular Cerebral
CRM Cirurgia de Revascularização
Miocárdica
CABG Coronary Artery Bypass Graft
EAC Endarterectomia da Artéria
Carótida
CAE Carotid Artery Endarterectomy
N Nύmero
SD Standard deviation
DP Desvio padrão
7
RESUMO
Introdução: A indicação de endarterectomia carotídea (EAC) profilática em
conjunto com revascularização miocárdica (CRM) permanece assunto indefinido. A
cirurgia conjunta é amplamente difundida, mas seus resultados vêm sendo
questionados.
Método: Coorte retrospectiva de 691 pacientes submetidos à CRM,
escolhidos aleatoriamente. Avaliação realizada para dados gerais, presença de
lesão carotídea, ateromatose aórtica, desfechos neurológicos e óbito.
Resultados: Dentre 691 pacientes submetidos à CRM, 16 pacientes
apresentaram acidentes vasculares cerebrais (AVC). Dentre esses, 11 pacientes
(68.75%) apresentaram AVC localizados em áreas não compatíveis com as lesões
carotídeas, sendo três deles com lesões calcificadas na aorta ascendente. Os
pacientes com estenose carotídea apresentaram taxa similar de eventos
neurológicos totais, AVC e óbito, comparados com pacientes sem estenose
carotídea. Um subgrupo de 35 pacientes com estenose carotídea foi submetido à
cirurgia coronariana com (14 pacientes) ou sem (21 pacientes) cirurgia de carótida,
obtendo-se taxa de eventos neurológicos totais, AVC e óbito estatisticamente
semelhantes. Os pacientes com calcificações aórticas apresentaram risco maior de
eventos neurológicos (14,58% versus 6.55%, p=0.011), AVC (3,12% versus 2,18%,
p=0,47) e óbito (8,33% versus 4,37%, p=0.12).
Discussão: Os eventos neurológicos após CRM correlacionam-se com
ateromatose aórtica. Os AVC freqüentemente não têm relação linear com a estenose
8
carotídea. Estratégias para minimizar embolia da aorta podem diminuir as taxas de
intercorrências neurológicas.
Palavras-Chave: estenose Carotídea, revascularização miocárdica, acidente
vascular cerebral, óbito, calcificações aórticas.
9
Abstract
Introduction: The management of patients with simultaneous disease of
carotid and coronary arteries is controversial. Studies showed that aortic
calcifications might play a role in postoperative stroke at coronary artery bypass graft
(CABG), carotid lesions may not be as important as previously considered.
Method: A retrospective cohort of a randomly selected group (including
elective and emergency operations) of 691 patients submitted to CABG was
reviewed for general data, neurological complications and mortality.
Results: Among 691 CABGs 16 patients had postoperative stroke. Among
these, 11 patients (68.75%) had strokes not matching carotid lesions and anatomic
presentation, three of those had detectable aortic calcifications. The patients with
critical carotid stenosis had similar rates of neurological events, stroke and death as
compared to patients without. The patients with aortic calcifications presented a
higher risk of neurological events (14.58% versus 6.55%, p=0.011), stroke (3.12%
versus 2.18%, p=0.47) and death (8.33% versus 4.37%, p=0.12).
Discussion: The postoperative neurological events after CABG can be related
to aortic calcifications. The strokes after coronary bypass may occur independently of
the carotid lesions. Strategies to prevent aortic emboli may help preventing many
post-operative strokes.
Key Words: Carotid stenosis, Coronary bypass, Stroke, Death, Aortic Calcification.
10
1. Introdução:
Estudos prévios demonstram que cerca de 50% dos pacientes com doença
oclusiva na carótida extracraniana apresentam doença coronariana significativa
associada. Por outro lado, doença carotídea está presente em pacientes submetidos
à revascularização do miocárdio (CRM) em 3-16%
1
. A relação entre as duas
doenças pode ser denotada pelas complicações pós-operatórias a curto e longo
prazo de ambas as cirurgias. Na endarterectomia da carótida (EAC), a complicação
e causa de óbito mais freqüente é o infarto agudo do miocárdio. Já na cirurgia
coronariana, o acidente vascular cerebral (AVC) é complicação relativamente
infreqüente, mas que leva ao óbito ou a seqüelas importantes limitando a vida do
paciente. Além disso, a incidência de AVC pós-CRM cresce com o aumento no grau
de estenose carotídea. Naylor e cols. demonstraram que a ocorrência de AVC
aumenta de 2% em pacientes sem estenose carotídea, para 5% em pacientes com
estenose significativa e até 11% em pacientes com oclusão de uma carótida
2
.
Assim, muitos autores têm indicado a correção de ambas lesões para evitar tais
complicações.
As abordagens cirúrgicas utilizadas variam significativamente quanto ao
melhor momento de realização da cirurgia da carótida em relação a CRM. Dentre as
estratégias, utilizam-se cirurgia estagiada (carótidas alguns dias antes da coronária),
estagiada reversa (CRM alguns dias antes da carótida), cirurgia combinada
simultânea (duas equipes cirúrgicas) e combinada seqüencial (uma equipe opera
11
cada vez). Recentemente, Naylor e cols. publicaram revisão sistemática na tentativa
de definir vantagens de algum dos tipos de abordagem, não sendo demonstrada
diferença entre a correção estagiada e combinada
3
. De acordo com Akins, a maioria
dos cirurgiões adota a cirurgia conjunta preferencialmente
4
. Neste cenário muitos
cirurgiões adotam cirurgia combinada rotineiramente e outros posições mais
conservadoras
4-8
.
A melhor conduta em pacientes de alto risco de cardiopatia isquêmica em
EAC e alto risco de AVC em CRM é a realização de ambas as cirurgias. Entretanto,
os critérios para definir alto risco neurológico em cirurgia de coronária ainda são
muito pouco claros, e muitos casos são submetidos à cirurgia combinada sem um
benefício real em termos de prevenção de AVC. Brown e cols. realizaram pesquisa
das indicações e resultados de cirurgias de carótida e CRM associadas pelo
Medicare em diversos estados no Estados Unidos da América
9
. O desfecho
combinado de AVC e óbito nesse grupo de pacientes foi 17.7%, sendo superior à
maioria dos estudos em hospitais de referência onde é usualmente inferior a 8%
10
.
Além disso, Brown e cols demonstraram que cerca de 50% dos AVCs não ocorrem
relacionados com a estenose na carótida. Corroborado a esse, outro estudo avaliou
o mesmo aspecto, e concluiu que cerca de 50% dos AVCs não se devem à estenose
carotídea
7;11
, mas à embolia da aorta, vasos cerebrais e circulação extra-corpórea a
fonte no restante dos casos. Esses não seriam prevenidos pela operação carotídea
associada.
Quando tratamos de pacientes sintomáticos ou com estenoses bilateral nas
carótidas ou estenoses críticas, não há na literatura questionamento quanto ao uso
12
da cirurgia combinada. Em pacientes com estenoses unilaterais e menores que 90%
a indicação da cirurgia combinada torna-se questionável, sendo mais liberalmente
utilizadas por alguns
7
e mais conservadoramente utilizada por outros
5;8
.
A estenose carotídea é um importante fator de risco para as intercorrências
neurológicas após cirurgia de revascularização miocárdica, mas sua magnitude
ainda é incerta. A indicação de EAC profilática em conjunto com a CRM deve ser
cuidadosamente avaliada para definir quais subgrupos realmente se beneficiam do
procedimento combinado. Outros fatores podem ser determinantes na gênese das
complicações neurológicas após a CRM. O propósito deste estudo é avaliar a
importância de estenose carotídea, calcificações aórticas e outros fatores de risco
para complicações neurológicas após CRM.
13
2. Objetivo:
2.1. Objetivo:
O objetivo geral deste trabalho é determinar a incidência de acidente
vascular cerebral e óbito relacionado à cirurgia de revascularização miocárdica e
correlacionar tais desfechos com fatores de risco gerais para aterosclerose,
calcificações aórticas e estenose carotídea.
14
3. Materiais e Métodos:
3.1. Delineamento:
Uma coorte retrospectiva foi constituída por todos os pacientes
submetidos à revascularização do miocárdio no Instituto de Cardiologia no período
de janeiro de 1998 a maio de 2002. Os prontuários dos pacientes foram revisados de
acordo com uma lista de números aleatórios e das cirurgias no período determinado,
visando a diminuir o número de prontuários para revisar e evitar viés de
sazonalidade de listas seqüenciais para cirurgias. Os dados foram coletados
rotineiramente no pré-operatório, em fichas-padrão pelo cardiologista e anestesista.
Os detalhes da cirurgia e perfusão foram obtidos através do relatório cirúrgico e as
intercorrências no pós-operatório foram avaliadas conforme o estado do paciente na
alta e evolução hospitalar. Os dados foram coletados pelos pesquisadores e
estudantes de medicina em um protocolo com as variáveis estudadas, dados
epidemiológicos e de identificação.
A pesquisa dos fatores em estudo e dos desfechos foi realizada através de revisão
dos prontuários de internação, fichas pré-operatórias, fichas anestésicas e exames.
Tais dados foram considerados extremamente confiáveis a despeito do caráter
retrospectivo do Estudo, já que são preenchidos rotineiramente por uma equipe
única e qualificada. Os critérios para caracterização dos fatores e desfechos foram
estabelecidos de acordo com a Tabela 1. Quanto às calcificações aórticas o critério
15
utilizado nesse estudo retrospectivo foi presença de calcificações na aorta
ascendente ao Rx simples e impressão cirúrgica de calcificações no ato de
pinçamento da aorta. Tal critério deve ser considerado de pouca sensibilidade para
calcificações pequenas e placas moles e não nos permite quantificar
adequadamente a placa, entretanto e um método de fácil realização e uso na pratica
clinica.
3.2. Aspectos Éticos
Em sendo o estudo baseado nas fichas pré-operatórias e registros pós-
operatórios dos pacientes, nada foi acrescido ou alterado em seu manejo. Os
resultados foram utilizados para fins científicos e o nome dos pacientes no relato dos
dados foi omitido. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do Instituto
de Cardiologia em 2004 e após foi iniciado.
3.3. Cálculo de Amostra
A amostra foi calculada esperando-se 2% de acidentes vasculares cerebrais
nos pacientes sem alto risco neurológico e 6-7% nos pacientes com alto risco
neurológico para um intervalo de confiança de 95% e poder de 80%. Calcula-se que
é necessário um total de 614 pacientes.
16
3.4. Análise Estatística
Os dados foram tabulados para o programa epiInfo, transformados para o
programa SPSS e, assim, analisados. A análise estatística dos dados paramétricos e
não paramétricos foi realizada com os teste t Student para comparação de médias
(DP) e o teste qui-quadrado para diferença entre proporções. Os resultados foram
considerados significativos para um erro alfa de 5%.
Os resultados cirúrgicos (desfechos) das intervenções de revascularização
do miocárdio associadas ou não à cirurgia da carótida foram avaliados e
estratificados de acordo com os graus de estenose, calcificações aórticas e outros
fatores de risco, sendo comparados estatisticamente. Para aumento de poder do
estudo juntamos acidentes vasculares cerebrais definitivos com transitórios como
eventos neurológicos totais criando novo desfecho para análise. Nesse critério
chamado de sintomas neurológicos totais juntamos os acidentes vasculares
cerebrais definitivos e com tomografia confirmando a lesão com os acidentes
transitórios e sem lesão na tomografia, excluindo-se sintomas difusos.
17
4. Resultados
Um total de 691 pacientes foi incluído no estudo e teve seus dados coletados.
Os dados epidemiológicos da população em estudo são apresentados na Tabela 2.
Nenhum dos fatores expressos na tabela demonstrou correlação significativa com os
desfechos (alteração neurológica, acidente vascular cerebral e óbito) exceto por: 1)
Insuficiência cardíaca congestiva, 2) Acidente vascular cerebral prévio, 3) Aumento
da idade, 4) Queda na fração de ejeção e 5) Aumento no tempo de Circulação
extracorpórea / pinçamento aórtico.
Dentre os pacientes com insuficiência cardíaca congestiva houve aumento
significativo em desfechos neurológicos totais (p=0,038), acidente vascular cerebral
(p=0,045) e óbito (p=0,034). Dentre aos graus de insuficiência cardíaca congestiva
houve correlação de tendência linear com sintomas neurológicos totais e óbito. Já,
acidente cerebrovascular prévio demonstrou associação com desfechos
neurológicos totais(p<0,001) e acidente cerebrovascular pós-operatório (p=0,011),
mas não foi observada correlação entre óbito e acidente cerebrovascular pré-
operatório. Na análise do fator idade, vê-se que a faixa etária aumenta a taxa de
desfechos neurológicos, acidente cerebrovascular e óbito (p<0,001 para todos
desfechos). E, por fim, a queda da fração de ejeção foi significativamente associada
com desfechos neurológicos totais (p=0,03) e o tempo de pinçamento / circulação
extracorpórea associaram-se também de forma bastante relevante com acidente
cerebrovascular (p=0,002) e óbito (p<0,001).
18
A relação da estenose carotídea com os desfechos foi expressa na Tabela 3.
Observamos que não houve aumento estatisticamente significativo nas taxas de
alterações neurológicas, acidente vascular cerebral e óbito com a progressão da
estenose carotídea em nossos dados.
Quanto ás calcificações aórticas, apresentamos os principais fatores clínicos
pré e intra-operatórios associados com ateromatose aórtica na Tabela 4. A Tabela 5
demonstra a correlação de calcificações na aorta com os desfechos estudados. Não
se observou correlação significativa entre AVC peri-operatório e calcificações
aórticas (3,12% grupo com calcificações e 2,18% grupo sem) mas sim quando foi
levado em consideração o desfecho de sintomas neurológicos totais, incluindo-se
acidentes isquêmicos transitórios.
Quanto à distribuição da anatomia do dano neurológico em pacientes que
apresentaram acidente vascular cerebral no pós-operatório, encontramos onze
pacientes (68,75%) que apresentaram lesão tomográfica não compatível com
padrões usuais de lesão cerebral após evento carotídeo. Do restante dos pacientes
cinco (31,25%) apresentaram lesões cerebrais com apresentação clínica e
tomográfica de evento em território carotídeo. Três pacientes dos onze não
relacionados com lesão carotídea apresentaram ateromatose aórtica.
Trinta e cinco pacientes apresentaram doença carotídea significativa (>70%)
conhecida no pré-operatório. Destes, 14 foram submetidos a EAC+CRM e 21 a CRM
sozinha. Dentre estes pacientes o grupo submetido à cirurgia combinada apresentou
dois pacientes com acidente cerebral transitório (14,28%) e um óbito (7,14%). O
grupo submetido à CRM sozinha apresentou um acidente cerebral transitório e um
19
óbito (4,26% cada). Não foi realizada análise estatística por não termos poder na
amostra para comparações.
20
5. Discussão
A estenose carotídea não deve ser considerada como único ou sequer como
o fator mais importante na gênesis do acidente vascular cerebral no pós-operatório
de revascularização miocárdica. Nosso estudo demonstrou que a presença de
calcificações na aorta ascendente por si só causa um aumento nos desfechos
neurológicos totais. Este dado é corroborado por estudos prévios. Brown et alli
descreveram em um estudo com resultados epidemiológicos do Medicare que
poucos acidentes vasculares cerebrais pós-operatórios em revascularização do
miocárdio têm relação linear com o território irrigado pela lesão carotídea (21%
foram ipsilaterais)
9
. Tal estudo identificou ainda a importância da aterosclerose na
aorta ascendente como fator para acidente vascular cerebral. Nosso estudo não
encontrou associação linear entre o evento neurológico e a lesão carotídea, porém
encontrou associação estatística entre calcificações aórticas e complicações
neurológicas. Além disso, encontramos pouco menos de 70% dos acidentes
vasculares cerebrais apresentando lesões cerebrais não compatíveis com território
carotídeo. Por outro lado, Hirotani et alli publicaram resultados demonstrativos de
que estenose carotídea pode ser um fator independente influenciando os eventos
neurológicos e óbito
8
. Os autores deste estudo não levaram em conta na análise
multivariada as calcificações aórticas e o fato de apenas cinco eventos neurológicos
dentre dezesseis apresentarem lesões cerebrais em território das lesões carotídeas
identificadas. Assim, consideramos que a lesão carotídea por si não é a única causa
21
e, talvez, não seja causa fundamental de acidentes vasculares cerebrais pós-
operatórias em revascularização do miocárdio.
Nosso estudo não encontrou diferença significativa nas intercorrências pós-
operatórias de revascularização do miocárdio em relação à estenose carotídea.
Neste ponto devemos criticar nossos dados, pois em nossa instituição o estudo das
carótidas é reservado para pacientes idosos e de alto risco para complicações pós-
operatórias em geral, o que aumentou a taxa de complicações no grupo-controle
para lesões carotídeas (visto pelas taxas mais altas de todas complicações que as
taxas gerais do estudo nos pacientes que realizaram estudo carotídeo). Este viés
pode ter influenciado tal resultado negativo, apesar da mesma tendência ser
confirmada por outros autores.
Safa et alli publicaram estudo onde foram revisados os resultados de 94
cirurgias de revascularização miocárdica com um acidente vascular cerebral no
período pós-operatório em pacientes com estenoses carotídeas associadas e não
tratadas
12
. Em nossa casuística foram realizadas 21 cirurgias de revascularização
sem carótida associada em pacientes com estenose carotídea severa, com um
acidente vascular transitório (4,76%) e um óbito (4,76%). Brown et alli estudaram os
resultados de 226 cirurgias de carótida e coronária associadas e não encontraram
influência significativa do grau de estenose com as intercorrências pós-operatórias
9
.
Naylor et alli sugerem que a taxa de eventos pós-operatórios da cirurgia
conjunta de carótida e coronária é significativa e que não são bem estudados os
resultados de eventos pós-operatórios desses pacientes sem a cirurgia da carótida
associada
11
. Nossos dados sobre o resultado da cirurgia de coronária com e sem a
22
cirurgia de carótida associada em pacientes com estenose carotídea superior à 70%
não podem ser avaliados para diferenças entre os grupos por não ter havido
randomização prévia à operação e não possuir poder estatístico para análise de uma
coorte.
A indicação de cirurgia conjunta da carótida e coronária em pacientes
sintomáticos em ambas lesões ou com lesões criticas ou com oclusão contralateral e
acidentes cerebrovasculares prévios são geralmente indicações bem aceitas na
literatura. A indicação de cirurgia conjunta em pacientes com doença carotídea
assintomática e sem oclusão contralateral, tem sido questionada nos últimos anos,
variando entre indicação de endarterectomia profilática em todos pacientes até
nenhum, dependendo do centro estudado
12;13
.
Bilfinger et alli estudaram 2071 pacientes quanto ao risco neurológico peri-
operatório e revascularização do miocárdio. Tal estudo demonstrou que a estenose
carotídea por si não e um fator de risco importante para eventos neurológicos
10
.
Nesse sentido, nossos dados apresentaram resultados semelhantes, não se obtendo
relação direta entre a estenose carotídea e o aumento em eventos neurológicos e
óbito peri-operatório.
Tal estudo demonstrou que o risco neurológico da cirurgia associada é maior
em pacientes com idade avançada, doença vascular periférica e aorta calcificada
10
.
Nossos dados indicam idade avançada, ateromatose aórtica, insuficiência cardíaca,
acidente cerebrovascular prévio e maior tempo de pinçamento como fatores
associados ao maior risco neurológico em CRM sozinha ou CRM e EAC conjuntas.
23
Sopro carotídeo por si só não esteve associado com eventos neurológicos e óbitos,
mas com ateromatose carotídea e aórtica.
Bilfinger et alli questionam a não indicação de cirurgia associada, pois em
seus dados o risco adicional de acidentes vasculares cerebrais induzido pela cirurgia
de carótida foi próximo a 2,5%, risco médio para a cirurgia de carótida realizada
posteriormente estagiada
10
. Outros autores também consideram baixo o risco de
associar cirurgia de carótida e coronária e o realizam rotineiramente
6;14-16
.
Entretanto, Brown et alli estudaram os resultados da cirurgia conjunta de carótida e
revascularização de miocárdio através de dados epidemiológicos do Medicare
encontrando 17,7% de eventos neurológicos e óbito associados
9
.
Já Johnson et alli apresentaram dados de 3014 cirurgias de coronária onde
não observou-se diminuição do risco cerebrovascular em pacientes que receberam
cirurgia de carótida associada
17
. Lazar et alli propõem uma abordagem para
pacientes de alto risco em termos de lesões carotídeas bilaterais ou acidente
vascular prévio
18
. Em nosso estudo, observou-se que a taxa de complicações
cerebrovasculares não diminui com a cirurgia profilática de carótida combinada a de
coronária, inclusive tal taxa tendeu a ser mais elevada, sem ser realizada análise
estatística pelo baixo número de eventos e poder da análise. Hertzer et alli
recentemente demonstrou que EAC+CRM apresenta risco maior que da EAC
sozinha
19
. Dubinsky et alli avaliaram dados dos Estados Unidos da América
demonstrando uma razão de chances de 1,38 comparando CRM+EAC e CRM
sozinha para os desfechos de acidente vascular cerebral e óbito
20
.
24
Os dados conflitantes na literatura nos indicam que não existem dados
corroborando um padrão na conduta frente à doença carotídea e coronariana
associados, sendo necessário ensaio clínico para definir os grupos que se
beneficiam da cirurgia conjunta CRM + EAC ou não. O que se constata é que as
calcificações aórticas devem ser consideradas um fator importante na gênese das
complicações neurológicas após CRM. Além disso, estratégias peri-operatórias na
tentativa de controlar a embolia da aorta ascendente são desejáveis para diminuição
de tais intercorrências.
25
6. Referências
1. Peric M, Huskic R, Nezic D, Nastasic S, Popovic Z, Radevic B, Popovic AD, Bojic M.
Cardiac Events After Combined Surgery for Coronary and Carotid Artery Disease. Eur
J Cardiothorac Surg 1997; 11(6): 1074-9.
2. Naylor R, Cuffe RL, Rothwell PM, Loftus IM, Bell PR. A Systematic Review of
Outcome Following Synchronous Carotid Endarterectomy and Coronary Artery
Bypass: Influence of Surgical and Patient Variables. Eur J Vasc Endovasc Surg 2003;
26(3): 230-41.
3. Naylor AR, Cuffe RL, Rothwell PM, Bell PR. A Systematic Review of Outcomes
Following Staged and Synchronous Carotid Endarterectomy and Coronary Artery
Bypass. Eur J Vasc Endovasc Surg 2003; 25(5): 380-9.
4. Akins CW, Hilgenberg AD, Vlahakes GJ, Madsen JC, MacGillivray TE, LaMuraglia
GM, Cambria RP. Late Results of Combined Carotid and Coronary Surgery Using
Actual Versus Actuarial Methodology. Ann Thorac Surg 2005; 80(6): 2091-7.
5. Farooq MM, Reil TD, Gelabert HA, Ahn SS, Baker JD, Moore WS, Quinones-
Baldrich WJ, Freischlag JA. Combined Carotid Endarterectomy and Coronary Bypass:
a Decade Experience at UCLA. Cardiovasc Surg 2001; 9(4): 339-44.
6. Lucas ML, Bonamigo TP, Weber EL, Lucchese FA. [Combined Carotid
Endarterectomy and Coronary Artery Bypass Grafting. Analysis of the Results]. Arq
Bras Cardiol 2005; 85(6): 412-20.
7. Borger MA, Fremes SE, Weisel RD, Cohen G, Rao V, Lindsay TF, Naylor CD.
Coronary Bypass and Carotid Endarterectomy: Does a Combined Approach Increase
Risk? A Metaanalysis. Ann Thorac Surg 1999; 68(1): 14-20.
8. Hirotani T, Kameda T, Kumamoto T, Shirota S, Yamano M. Stroke After Coronary
Artery Bypass Grafting in Patients With Cerebrovascular Disease. Ann Thorac Surg
2000; 70(5): 1571-6.
9. Brown KR, Kresowik TF, Chin MH, Kresowik RA, Grund SL, Hendel ME. Multistate
Population-Based Outcomes of Combined Carotid Endarterectomy and Coronary
Artery Bypass. J Vasc Surg 2003; 37(1): 32-9.
10. Bilfinger TV, Reda H, Giron F, Seifert FC, Ricotta JJ. Coronary and Carotid
Operations Under Prospective Standardized Conditions: Incidence and Outcome. Ann
Thorac Surg 2000; 69(6): 1792-8.
11. Naylor AR, Mehta Z, Rothwell PM, Bell PR. Carotid Artery Disease and Stroke
During Coronary Artery Bypass: a Critical Review of the Literature. Eur J Vasc
Endovasc Surg 2002; 23(4): 283-94.
26
12. Safa TK, Friedman S, Mehta M, Rahmani O, Scher L, Pogo G, Hall M. Management
of Coexisting Coronary Artery and Asymptomatic Carotid Artery Disease: Report of a
Series of Patients Treated With Coronary Bypass Alone. Eur J Vasc Endovasc Surg
1999; 17(3): 249-52.
13. Naylor AR, Bell PR. Does the Risk of Post-CABG Stroke Merit Staged or
Synchronous Reconstruction in Patients With Asymptomatic Carotid Disease? J
Cardiovasc Surg (Torino) 2003; 44(3): 383-94.
14. Vitali E, Lanfranconi M, Bruschi G, Colombo T, Russo C. Combined Surgical
Approach to Coexistent Carotid and Coronary Artery Disease: Early and Late Results.
Cardiovasc Surg 2003; 11(2): 113-9.
15. Darling RC, III, Dylewski M, Chang BB, Paty PS, Kreienberg PB, Lloyd WE, Shah
DM. Combined Carotid Endarterectomy and Coronary Artery Bypass Grafting Does
Not Increase the Risk of Perioperative Stroke. Cardiovasc Surg 1998; 6(5): 448-52.
16. Byrne J, Darling RC, III, Roddy SP, Mehta M, Paty PS, Kreienberg PB, Chang BB,
Ozsvath KJ, Shah DM. Combined Carotid Endarterectomy and Coronary Artery
Bypass Grafting in Patients With Asymptomatic High-Grade Stenoses: an Analysis of
758 Procedures. J Vasc Surg 2006; 44(1): 67-72.
17. Johnson RG. Carotid Endarterectomy and Coronary Artery Bypass: the Staged
Approach. Ann Thorac Surg 1998; 66(4): 1480-2.
18. Lazar HL, Menzoian JO. Coronary Artery Bypass Grafting in Patients With
Cerebrovascular Disease. Ann Thorac Surg 1998; 66(3): 968-74.
19. Hertzer NR, Mascha EJ. A Personal Experience With Coronary Artery Bypass
Grafting, Carotid Patching, and Other Factors Influencing the Outcome of Carotid
Endarterectomy. J Vasc Surg 2006; 43(5): 959-68.
20. Dubinsky RM, Lai SM. Mortality From Combined Carotid Endarterectomy and
Coronary Artery Bypass Surgery in the US. Neurology 2007; 68(3): 195-7.
27
Original Article
Title: Risk factors for stroke after coronary artery bypass graft:
The importance of aortic calcifications.
Running Head: Calcification at the ascending aorta as a marker of
post-operative stroke after coronary artery bypass.
Authors: Felipe Puricelli Faccini * (1,2)
Renata Ullmann Brito (1)
Ivo Abrahao Nesralla § (1,2)
* Vascular surgeon
Junior house officer
§ Professor Cardiothoracic Surgery, Chief of the Department
Cardiothoracic surgery at Instituto de Cardiologia
Affiliations - Institutions:
1) Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia,
Porto Alegre, Brazil
2) Curso de Pós-graduação em Cirurgia, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brazil.
Correspondence to:
Felipe P. Faccini, MD
Eng. Olavo Nunes 250/301
Porto Alegre, RS, CEP 90440-170
Brazil
Phone: +55 51 84521021 - Fax: +55 51 33124389
28
Abstract
Introduction: The management of patients with simultaneous disease of carotid and
coronary arteries is controversial. Studies showed that aortic calcifications might play
a role in postoperative stroke at coronary artery bypass graft (CABG), carotid lesions
may not be as important as previously considered.
Method: A retrospective cohort of a randomly selected group (including elective and
emergency operations) of 691 patients submitted to CABG was reviewed for general
data, neurological complications and mortality.
Results: Among 691 CABGs 16 patients had postoperative stroke. Among these, 11
patients (68.75%) had strokes not matching carotid lesions and anatomic
presentation, three of those had detectable aortic calcifications. The patients with
critical carotid stenosis had similar rates of neurological events, stroke and death as
compared to patients without. The patients with aortic calcifications presented a
higher risk of neurological events (14.58% versus 6.55%, p=0.011), stroke (3.12%
versus 2.18%, p=0.47) and death (8.33% versus 4.37%, p=0.12).
Discussion: The postoperative neurological events after CABG can be related to
aortic calcifications. The strokes after coronary bypass may occur independently of
the carotid lesions. Strategies to prevent aortic emboli may help preventing many
post-operative strokes.
Key Words: Carotid stenosis, Coronary bypass, Stroke, Death, Aortic Calcification.
29
1. Introduction:
Previous studies have shown that near a half of patients with severe carotid
stenosis present associated coronary disease. Patients undergoing coronary artery
bypass graft (CABG) present a 3-16% incidence of carotid stenosis
1
. The post-
operative complications of both carotid endarterectomy (CEA) and CABG also show
a strict correlation between these diseases. Myocardial infarction is the most
common cause of death in CEA along with stroke. CABG presents stroke as an
uncommon but dreadful complication. The incidence of stroke in the postoperative
period of CABG increases with the rising degree of carotid stenosis. Naylor et alli
showed that the incidence of stroke rise from 2% in patients without carotid stenosis
to 5% in patients with critical stenosis and 11% in patients with carotid occlusion
2
.The correct treatment of both diseases is pivotal to diminish their complications.
The surgical approach of these patients varies greatly concerning the timing of
CEA in patients undergoing elective CABG. Several strategies are used, namely
staged operation (carotid before), reverse staged (coronary first), combined
operations (both operations at the same time). Naylor et alli compared several
approaches concerning the combination of carotid and coronary operations and
found no significant difference between staged and combined operations
3
. According
to Akins, most surgeons prefer to use the combined operation to treat the disease,
even though the advantages of this approach are not clearly defined
4
. The treatment
of patients presenting neurological symptoms, critical bilateral stenosis or unilateral
30
occlusion with contra lateral stenosis is less debatable. In these cases most authors
indicate combined operations, although others already present more conservative
approaches
7;5;8
.
The best way to treat high-risk patients for both coronary and carotid disease
when myocardial revascularization is needed is probably performing both operations.
Although the criteria to define high-risk for neurological deficit after CABG are still
debatable, consequently many patients are undergoing combined operations without
a measurable benefit in stroke/death prevention. Brown et alli underwent a multi-state
Medicare analysis of combined operations in United States
9
. The stroke plus death
rate was 17.7% in this study. Most previous studies in single institutions showed
rates inferior to 8%
10
. Furthermore, Brown et alli showed that over half of strokes are
not related to the territory of the diseased carotid artery. Other studies have
presented similar data, showing that most strokes are unrelated to the carotid
stenosis
7;11
. These studies indicate that the carotid stenosis might be less important
than previously considered and aortic calcifications may play a role in post-operative
strokes after CABG.
Carotid stenosis is an important risk factor for the neurological complications of
CABG, although the magnitude of its effect is still uncertain. The indication of
prophylactic CEA should be carefully evaluated to define which groups do beneficiate
of the combined operation. Other factors may be pivotal in the genesis of
neurological complication at CABG. The main purpose of this study is to evaluate the
31
importance of carotid stenosis, aortic calcifications and other factors in the event of
stroke after coronary operations.
32
2. Method
A retrospective cohort was chosen among patients submitted to CABG
at Instituto de Cardiologia from 1998 to 2002. The patients were randomly selected
from a list of operations according to their dates using random number tables to
decrease the total number of medical records to be reviewed and to avoid selection
bias of sequence lists. Data was obtained from the medical records of these patients
mainly in the routine protocol charts filled by both the pre-operative and
anesthesiology teams separately. The details about the operation were obtained at
the surgeons’ description of the procedure. Medical students with grants by CNPq
(Brazilian governmental research foundation council) were trained and filled the study
protocol with all the data evaluated in this paper.
The sample size calculated for a 2% stroke incidence in the low-risk group and
a 6-7% stroke incidence in the high-risk group (aortic calcification group) for a power
of 80% and confidence interval of 95%. This calculation previewed that 614 patients
would be necessary to obtain statistical difference between groups.
The results were tabulated using the program EpiInfo (CDC), then
transformed to a table further analyzed using the program SPSS (SPSS Inc.). The
statistical analysis was performed using the t Student test for comparison of means
and the chi-square test to compare proportions in the parametric and non-parametric
data where appropriate. We considered statistical significance to an alpha error up to
5%.
33
The outcomes of CABG were statistically compared according to the degree
of carotid stenosis, aortic calcification and other study factors. We performed
analysis of the usual outcomes stroke and death, and created prior to the study a
group of all neurological events (stroke and transient ischemia) to increase study
power. Unfortunately, we did not achieve study power to evaluate outcomes of
patients submitted to CABG alone or CABG + CEA. The results of these groups are
described without statistical comparison. Our institution performs carotid duplex
scan routinely before CABG only in patients with carotid bruit and previous
stroke/neurological symptom. Thus, our results do not include duplex scan for all
patients but only for high-risk patients.
34
3. Results
A total of 691 patients were included in this study and had all data collected.
The general description data of these patients is shown in Tabela 6. Only a few of
these factors presented statistical significance and influenced the outcomes (all
neurological events, stroke or death), namely: (1) Congestive Heart failure, (2)
Previous stroke, (3) Increasing age, (4) Increase in the extra-corporeal circulation
and aortic clamping time. Patients with congestive heart failure presented an
increase in all three outcomes, all neurological events (p=0,038), stroke (p=0,045)
and death (p=0,034). The clinical degrees of heart failure had a linear correlation with
both all neurological events and death. Previous stroke showed association with both
all neurological events (p<0.0001) and stroke (p=0,011). No statistical correlation was
found in death rate concerning to preoperative stroke. Advancing age increased the
rate of all outcomes (p<0.001 for all). Increasing aortic clamping and extra-corporeal
circulation time were associated with an increase in death rate (p=0.001) and stroke
rate (p=0,002).
The correlation between carotid stenosis and the main outcomes is shown in
Tabela 7. Our data presented no statistical difference in the rates of all neurological
events, stroke and death with progressing carotid stenosis.
Concerning aortic calcification we present the main risk factors and associated
factors at Tabela 8. The presence of aortic calcifications at the preoperative X-ray or
35
surgeon’s description was significantly correlated to the neurological events, as
shown in Tabela 9.
Concerning the distribution of strokes according to the territory of presentation
of carotid disease we had 16 strokes. Five patients (31.25%) presented strokes that
might have the carotid stenosis as its responsible (one of those was submitted to
combined CABG + CEA). Three patients (18.75%) presented X-ray or surgeon’s
description of aortic calcifications and strokes unrelated to carotid stenosis. Eight
patients (50%) were found to be in the posterior circulation or presented in patients
without concurring carotid stenosis or aortic calcifications. Those patients are
considered to have a stroke not related to carotid stenosis.
Thirty five of our patients presented significant carotid disease, 14 were
submitted to CEA + CABG and 21 to CABG alone. Among the group submitted to
combined operation were had 2 patients (14.28%) with transient cerebral ischemia
and 1 patient (7.14%) with stroke. The group submitted to CABG alone presented 1
transient cerebral ischemia and 1 death (4.76% each)
36
4. Discussion
Carotid stenosis should not be considered the only important risk factor for
neurological complications after CABG. This paper showed that aortic calcifications
are significantly associated with neurological events in this scenario. This finding has
been previously described by Brown et alli, who found that only 21% of strokes after
coronary operations have a anatomical correlation with the carotid lesion and
identified ascending aortic calcifications as a significant risk factor for stroke
9
. Our
study showed no association between carotid stenosis and events post-operatively
(in a high-risk group with previous stroke or carotid bruit that had carotid evaluation)
and yet significant association for ascending aortic calcification and neurological
events. Furthermore, we found that almost 70% of postoperative strokes were not
related to carotid stenosis. On the other hand, Hirotani et alli have published their
results showing carotid stenosis to be and independent risk factor for postoperative
stroke and death after CABG
8
. This study has not regressed aortic calcification from
the multi-variable analysis and presents data suggesting that only 5 strokes out of 16
could be related to the carotid stenosis (11 strokes were in other regions or had no
stenosis). Another study by Naylor et alli showed significant association between
carotid stenosis and complications after CABG in a meta-analysis
3
. Again, this well
conducted meta-analysis has not taken into evaluation aortic calcifications. These
data show us that carotid stenosis might not be as important in the genesis of post-
operative stroke after CABG as previously considered. Carotid disease may be a
37
marker of a widespread arterial disease and a worse outcome, and its magnitude in
affecting neurological outcomes might have been overestimated.
At our institution the use of Duplex scan in the preoperative evaluation prior to
coronary artery bypass is limited to high-risk patients, namely carotid bruit and
previous stroke. Our study was retrospective and the data on carotid stenosis was
obtained only in this high-risk group. Considering this, our results on outcome of
patients with carotid stenosis might be biased with a high-risk control group, since
most controls presented these factors. Comparing patients with and without carotid
stenosis for neurological events, stroke and death we found no statistical difference.
On the other hand, this finding has been previously found in other studies and the
studies describing significant increase in stroke/death with carotid stenosis have not
adequately evaluated aortic calcifications. Safa et alli published their results in 94
CABG patients with significant carotid stenosis showing 1 stroke postoperatively and
no mortality
12
. In our data, 21 coronary operations were performed without CEA in
patients with severe carotid stenosis, presenting 1 transient cerebral ischemia
(4.76%), no strokes and 1 death (4.76%). Brown et alli studied the results of 226
CABG + CEA and found no influence of the carotid stenosis degree in stroke and
death rates
9
. Naylor et alli suggest that the complication of CABG + CEA is
significant and the outcome of patients performing CABG alone is not well studied
3
.
The indications of combined CEA + CABG are still debatable, and no
consensus on the subset of patients that benefits from this association is available.
Depending on the medical center, this indication varies from routine associated
operation for all patients to routine coronary bypass alone
12;13
. Some authors indicate
38
operation for high-risk patients for neurological events in the postoperative period
10
,
such as: (1) patients with symptomatic carotid stenosis, (2) carotid occlusion with
contra lateral lesion, (3) bilateral critical lesion. These algorithms are based on results
of large studies on the incidence of stroke after coronary operations, although
literature and some of our data shows that most strokes are unrelated to the carotid
lesions. A large study on the neurological outcomes of coronary bypass was
performed by Bilfinger et alli. This study evaluated 2071 patients submitted to
coronary operations showing that carotid lesions per se are not an independent risk
factor for stroke
10
. We presented similar results, showing no direct influence of
carotid stenosis in the rates of stroke and death.
Previous studies showed that the risk of neurological events after associated
CEA + CABG and CABG increases with advanced age, peripheral vascular disease
and calcified aorta
10
. Our data showed that congestive heart failure, calcified aorta,
advanced age, previous stroke and longer clamping time are associated with a higher
neurological complication rate. Carotid bruit per se was not a significant risk factor for
postoperative stroke or death, yet it was associated with a higher rate of carotid
lesions and aortic calcifications.
Bilfinger et alli question not indicating the association of CEA to CABG,
calculating the additional risk of stroke in coronary operations to be similar to the risk
of performing a new operation for carotid disease later (near 2.5%)
10
. Other authors
also considered the risk of associating routinely both operations to be acceptable
6;14-
16
. On the other hand, Brown et alli studied the results of combined operations in a
39
multi-state evaluation of Medicare results, finding a rate of 17.7% of stroke and death
9
. Johnson et alli presented their data on 3014 coronary operations showing no
benefit for patients operated for both carotid and coronary
17
. Lazar et alli propose a
high risk based indication approach, considering for associated operation patients
with bilateral carotid stenosis and previous stroke
18
. Our data supports the fact that
most post-operative strokes are not related to the carotid lesions, thus they might not
be prevented by the association CEA. In our study the rate of complications after
coronary bypass alone in patients with carotid stenosis was no higher than in CEA
+ CABG operations. Actually the rates of neurological complications or death were
higher in the group of combined operation, although no statistical analysis was
performed due to the small sample. Hertzer et alli recently had shown that
CEA+CABG poses a higher risk of complications than CEA alone 19. Dubinsky et alli
evaluated US Nationwide Inpatient Sample and found an odds-ratio of 1.38
comparing CABG+CEA and CABG alone for stroke or death 20.
These conflicting data in the literature shows us that there is no standard
treatment for the carotid lesion in patient undergoing CABG, suggesting that further
study through a clinical trial is needed to determine the subgroups that beneficiate
from associated CABG and CEA. Aortic calcifications should be also considered an
important risk factor for postoperative complications after CABG, and efforts to
control this factor might influence positively the outcome of CABG. Intraoperative
transesophageal echocardiography might be useful in patients with highly calcified
aorta to guide cannulation and minimize emboli.
40
5. Acknowledgements:
The authors thank CNPq (Brazilian national governmental research council)
for granting 2 PIBIC scholarships for the medical students involved in the study. The
authors should also thank Dr. Daniela Benzano for statistical assistance and all
professional that collected so precisely the retrospective data we present.
41
6. References
1. Peric M, Huskic R, Nezic D, Nastasic S, Popovic Z, Radevic B, Popovic AD, Bojic M.
Cardiac Events After Combined Surgery for Coronary and Carotid Artery Disease. Eur
J Cardiothorac Surg 1997; 11(6): 1074-9.
2. Naylor R, Cuffe RL, Rothwell PM, Loftus IM, Bell PR. A Systematic Review of
Outcome Following Synchronous Carotid Endarterectomy and Coronary Artery
Bypass: Influence of Surgical and Patient Variables. Eur J Vasc Endovasc Surg 2003;
26(3): 230-41.
3. Naylor AR, Cuffe RL, Rothwell PM, Bell PR. A Systematic Review of Outcomes
Following Staged and Synchronous Carotid Endarterectomy and Coronary Artery
Bypass. Eur J Vasc Endovasc Surg 2003; 25(5): 380-9.
4. Akins CW, Hilgenberg AD, Vlahakes GJ, Madsen JC, MacGillivray TE, LaMuraglia
GM, Cambria RP. Late Results of Combined Carotid and Coronary Surgery Using
Actual Versus Actuarial Methodology. Ann Thorac Surg 2005; 80(6): 2091-7.
5. Farooq MM, Reil TD, Gelabert HA, Ahn SS, Baker JD, Moore WS, Quinones-
Baldrich WJ, Freischlag JA. Combined Carotid Endarterectomy and Coronary Bypass:
a Decade Experience at UCLA. Cardiovasc Surg 2001; 9(4): 339-44.
6. Lucas ML, Bonamigo TP, Weber EL, Lucchese FA. [Combined Carotid
Endarterectomy and Coronary Artery Bypass Grafting. Analysis of the Results]. Arq
Bras Cardiol 2005; 85(6): 412-20.
7. Borger MA, Fremes SE, Weisel RD, Cohen G, Rao V, Lindsay TF, Naylor CD.
Coronary Bypass and Carotid Endarterectomy: Does a Combined Approach Increase
Risk? A Metaanalysis. Ann Thorac Surg 1999; 68(1): 14-20.
8. Hirotani T, Kameda T, Kumamoto T, Shirota S, Yamano M. Stroke After Coronary
Artery Bypass Grafting in Patients With Cerebrovascular Disease. Ann Thorac Surg
2000; 70(5): 1571-6.
9. Brown KR, Kresowik TF, Chin MH, Kresowik RA, Grund SL, Hendel ME. Multistate
Population-Based Outcomes of Combined Carotid Endarterectomy and Coronary
Artery Bypass. J Vasc Surg 2003; 37(1): 32-9.
10. Bilfinger TV, Reda H, Giron F, Seifert FC, Ricotta JJ. Coronary and Carotid
Operations Under Prospective Standardized Conditions: Incidence and Outcome. Ann
Thorac Surg 2000; 69(6): 1792-8.
42
11. Naylor AR, Mehta Z, Rothwell PM, Bell PR. Carotid Artery Disease and Stroke
During Coronary Artery Bypass: a Critical Review of the Literature. Eur J Vasc
Endovasc Surg 2002; 23(4): 283-94.
12. Safa TK, Friedman S, Mehta M, Rahmani O, Scher L, Pogo G, Hall M. Management
of Coexisting Coronary Artery and Asymptomatic Carotid Artery Disease: Report of a
Series of Patients Treated With Coronary Bypass Alone. Eur J Vasc Endovasc Surg
1999; 17(3): 249-52.
13. Naylor AR, Bell PR. Does the Risk of Post-CABG Stroke Merit Staged or
Synchronous Reconstruction in Patients With Asymptomatic Carotid Disease? J
Cardiovasc Surg (Torino) 2003; 44(3): 383-94.
14. Vitali E, Lanfranconi M, Bruschi G, Colombo T, Russo C. Combined Surgical
Approach to Coexistent Carotid and Coronary Artery Disease: Early and Late Results.
Cardiovasc Surg 2003; 11(2): 113-9.
15. Darling RC, III, Dylewski M, Chang BB, Paty PS, Kreienberg PB, Lloyd WE, Shah
DM. Combined Carotid Endarterectomy and Coronary Artery Bypass Grafting Does
Not Increase the Risk of Perioperative Stroke. Cardiovasc Surg 1998; 6(5): 448-52.
16. Byrne J, Darling RC, III, Roddy SP, Mehta M, Paty PS, Kreienberg PB, Chang BB,
Ozsvath KJ, Shah DM. Combined Carotid Endarterectomy and Coronary Artery
Bypass Grafting in Patients With Asymptomatic High-Grade Stenoses: an Analysis of
758 Procedures. J Vasc Surg 2006; 44(1): 67-72.
17. Johnson RG. Carotid Endarterectomy and Coronary Artery Bypass: the Staged
Approach. Ann Thorac Surg 1998; 66(4): 1480-2.
18. Lazar HL, Menzoian JO. Coronary Artery Bypass Grafting in Patients With
Cerebrovascular Disease. Ann Thorac Surg 1998; 66(3): 968-74.
19. Hertzer NR, Mascha EJ. A Personal Experience With Coronary Artery Bypass
Grafting, Carotid Patching, and Other Factors Influencing the Outcome of Carotid
Endarterectomy. J Vasc Surg 2006; 43(5): 959-68.
20. Dubinsky RM, Lai SM. Mortality From Combined Carotid Endarterectomy and
Coronary Artery Bypass Surgery in the US. Neurology 2007; 68(3): 195-7.
43
Anexo I
Tabelas
44
Tabela 1. Fatores em estudo e desfechos com critérios para respectiva
caracterização.
Item Tipo Caracterização
Estenose carotídea Fator Grau de estenose de acordo com critério de eco-color Doppler ou
medida da estenose por arteriografia ou exame semelhante.
Aorta Calcificada Fator Placas calcificadas ao RX ou impressão por palpação cirúrgica.
Doença arterial oclusiva periférica Fator Ausência de pulsos periféricos ou história de amputação de
membro inferior.
Insuficiência Renal Fator Creatinina > 2 mg%
Diabetes Mellitus Fator Glicemia em jejum >126 mg%
Hipertensão arterial Sistêmica Fator TA > 140/90 ou menor se em uso de anti-hipertensivos.
Cirurgia Cardíaca Prévia Fator História clínica de:
Cirurgia Vascular Prévia Fator História clínica de:
Cirurgia Carótidas Prévia Fator História clínica de:
Tabagismo Fator Fumo ativo presente ou prévio calculado em carteiras / dia X
anos.
Insuficiência Cardíaca Fator Fração de
ejeção < 50% por ecocardiografia ou cateterismo.
Hipercolesterolemia Fator Colesterol total >200
Obesidade Fator IMC >35
AVC Prévio
Fator História prévia de AVC com déficit comprovado ao exame clínico
ou exames de imagem.
Óbito peri-operatório Desfecho Óbito nos primeiros 30 dias ou durante a mesma internação
hospitalar.
AVC intra- ou pós-operatório Desfecho Acidente Vascular cerebral durante ou após a cirurgia nos
primeiros 30 dias
Sintomas Neurológicos Pós-
operatórios
Desfecho Soma de AVC e AIT (acidente isquêmico transitório)
45
Tabela 2. Características básicas da população.
Total de pacientes (n) 691
Idade (anos)
Media (Desvio Padrão)
61,35 (10,13)
Sexo Homens n (%)
Mulheres n (%)
480 (69,5%)
211 (30,5%)
Fatores de Risco Principais Aterosclerose
Tabagismo n (%)
Hipertensão n (%)
Diabetes Melittus n (%)
Hipercolesterolemia n total/n positivos (%)
Obesidade – IMC media (Desvio Padrão)
452 (65,4%)
472 (68,3%)
179 (25,9%)
300/176 (58,7%)
27,36 (4,05)
Outros Fatores Estudados
Cirurgia Cardíaca Previa n (%)
Cirurgia Carótida Previa n(%)
Cirurgia Vascular Previa n(%)
Insuficiência Cardíaca Associada n (%)
Classe I
Classe II
Classe III
Classe IV
Cirurgia Carótida Associada n (%)
Sopro Carotídeo n (%)
Acidente Vascular Cerebral Prévio n(%)
Doença Arterial Periférica n(%)
Insuficiência Renal n(%)
Calcificações na Aorta n(%)
Uso Estatina n (%)
61 (8,8%)
6 (0,9%)
42 (6,1%)
121 (17,5%)
8(7,3%)
53 (48,2%)
37(33,6%)
12 (10,9%)
14 (2%)
61 (8,8%)
40 (5,8%)
84 (12,2%)
7 (1%)
96 (13,9%)
61 (8,8%)
46
Tabela 3. Relação de estenose carotídea e desfechos.
Doença
cerebrovascular
Taxa sintomas
neurológicos
pós-operatórios
Taxa AVC
pós-operatório
Taxa Óbito
n/total (%) Fisher’s
Exact test
n/total (%) Fisher’s
Exact test
n/total (%) Fisher’s
Exact test
Carótidas
<50% 11/58 (18,96%) --- 4/58 (6,89%) --- 6/58 (10,34%) ---
>50 5/44 (12,82%) P=0,41 2/44 (4,54%) P=0,69 2/44 (4,54%) P=0,46
>70% 4/34 (11,76%) P=0,573 1/34 (2,94%) P=0,661 1/34 (2,94%) P=0,268
>90% 1/9 (11,11%) P=1,00 0/9 (-) P=1,00 0/9 (-)
P=1,00
47
Tabela 4. Calcificações na aorta ascendente e fatores de risco +
características clínicas.
Fator de Risco Com calcificações aórticas
N(%)
Sem calcificações aórticas
N
P
+ 57 (12.61) 395 Tabagismo
- 39 (16.31) 200
0.221
Male 58 (12.08) 422 Sexo
female 38 (18.00) 173
0.051
+ 23 (12.84) 156 Diabetes
- 73 (14.25) 439
0.73
+ 72 (16.66) 400 Hiperttensão
- 24 (10.95) 195
0.161
+ 11 (26.19) 31 Cirurgia
vascular
periférica
prévia
- 85 (13.09) 564
0.032
+ 13 (32.5) 27 AVC prévio
- 83 (12.74) 568
0.001
+ 16 (26,22) 45 Sopro
Carotídeo - 80 (12.69) 550
0.006
Média em anos (DP)
67.22 (9.57)
Média em anos (DP)
60.44 (9.9)
Idade
<0.001
Média em minutos (DP)
56.63 (19.74)
Média em minutos (DP)
51.22 (18.98)
Tempo de
pincamento
aórtico
0.011
Média (DP)
26.72 (3.48)
Média (DP)
27.46 (4.13)
IMC
0.12
Média creatinina mg/dl
(DP)
1.11 (1.01)
Média creatinina mg/dl (DP)
1.052 (0.58)
Insuf. Renal
(Creatinina)
0.42
48
Tabela 5. Calcificações na aorta em relação aos desfechos.
Todos sintomas neurológicos Acidente Vascular Cerebral
Pós-operatório
Óbito Pós-operatório
n/total (%) Teste exato
de Fisher
n/total (%) Teste exato
de Fisher
n/total (%) Teste exato
de Fisher
Calcificações
na aorta
14/96
(14,58%)
P= 0,011 3/96 (3,12%) P=0,47 8/96 (8,33%) P=0,12
Sem
calcificações
na aorta
39/595
(6,55%)
13/595
(2,18%)
26/595
(4,37%)
49
Tabela 6. Distribution of population characteristics.
Total of patients (n) 691
Age (years)
Mean (Standard deviation)
61.35 (10.13)
Sex Male n (%)
Female n (%)
480 (69.5%)
211 (30.5%)
Main atherosclerosis risk factors
Smoking n (%)
Hypertension n (%)
Diabetes Mellitus n (%)
Hypercholesterolemia n total/n positive (%)
Obesity – BMI mean (Standard Deviation)
452 (65.4%)
472 (68.3%)
179 (25.9%)
300/176 (58.7%)
27.36 (4.05)
Other factors
Previous cardiac surgery n (%)
Previous carotid surgery n(%)
Previous vascular surgery n(%)
Congestive heart failure n (%)
Class I
Class II
Class III
Class IV
Associated carotid operation n (%)
Carotid bruit n (%)
Previous stroke n(%)
Peripheral artery disease n(%)
Renal failure n(%)
Ascending aorta calcification n(%)
Use of lipid lowering medications n (%)
61 (8.8%)
4 (0.6%)
42 (6.1%)
121 (17.5%)
8(7,3%)
53 (48,2%)
37(33,6%)
12 (10,9%)
14 (2%)
61 (8.8%)
40 (5.8%)
84 (12.2%)
7 (1%)
96 (13.9%)
61 (8.8%)
50
Tabela 7. Correlation between carotid stenosis and outcomes.
Carotid and
vertebral arteries
status
Post-operative neurological
events
Post-operative stroke Post-operative death
n/total (%) Fisher’s
Exact test
n/total (%) Fisher’s
Exact test
n/total (%) Fisher’s
Exact test
Carotid
<50% 11/58 (18,96%) --- 4/58 (6,89%) --- 6/58 (10,34%) ---
>50% 5/44 (12,82%) P=0,41 2/44 (4,54%) P=0,69 2/44 (4,54%) P=0,46
>70% 4/34 (11,76%) P=0,573 1/34 (2,94%) P=0,661 1/34 (2,94%) P=0,268
>90% 1/9 (11,11%) P=1,00 0/9 (-) P=1,00 0/9 (-)
P=1,00
51
Tabela 8. Ascending aortic calcification and clinical data/risk factors.
Risk Factor With Aortic Calcification
N(%)
No Aortic Calcification
N
P
+ 57 (12.61) 395 Smoking
- 39 (16.31) 200
0.221
male 58 (12.08) 422 Sex
female 38 (18.00) 173
0.051
+ 23 (12.84) 156 Diabetes
- 73 (14.25) 439
0.73
+ 72 (16.66) 400 Hypertension
- 24 (10.95) 195
0.161
+ 11 (26.19) 31 Previous
peripheral
vascular
operation
- 85 (13.09) 564
0.032
+ 13 (32.5) 27 Previous stroke
- 83 (12.74) 568
0.001
+ 16 (26,22) 45 Carotid bruit
- 80 (12.69) 550
0.006
Mean years (SD)
67.22 (9.57)
Mean years (SD)
60.44 (9.9)
Age
<0.001
Mean minutes (SD)
56.63 (19.74)
Mean minutes (SD)
51.22 (18.98)
Aortic
Clamping time
0.011
Mean BMI (SD)
26.72 (3.48)
Mean BMI (SD)
27.46 (4.13)
Body mass
index
0.12
Mean Creatinine (SD)
1.11 (1.01)
Mean Creatinine (SD)
1.052 (0.58)
Renal failure
(Creatinine)
0.42
52
Tabela 9. Ascending aortic calcification and outcomes.
All neurological events Stroke Death
n/total (%) Fisher’s
Exact test
n/total (%) Fisher’s
Exact test
n/total (%) Fisher’s
Exact test
Aortic
calcification
14/96
(14,58%)
P= 0,011 3/96 (3,12%) P=0,47 8/96 (8,33%) P=0,12
No aortic
calcification
39/595
(6,55%)
13/595
(2,18%)
26/595
(4,37%)
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo