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CLEUSA MARIA PEGORINI BATISTA
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL, EM CUIABÁ,
ACERCA DAS SUAS ATIVIDADES DOCENTES
Cuiabá
2007
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CLEUSA MARIA PEGORINI BATISTA
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL, EM CUIABÁ,
ACERCA DAS SUAS ATIVIDADES DOCENTES
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Educação da Universidade
Federal de Mato Grosso, como requisito
parcial para a obtenção do título de Mestre
em Educação, na área de concentração:
Educação, Cultura e Sociedade e Linha de
Pesquisa: Educação e Psicologia.
PROFESSORA DOUTORA EUGÊNIA COELHO PAREDES
ORIENTADORA
Cuiabá
2007
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É expressamente proibida a comercialização deste documento, tanto na sua forma impressa
como eletrônica. Sua reprodução total ou parcial é permitida exclusivamente para fins
acadêmicos e científicos, desde que na reprodução figure a identificação do autor, título,
instituição e ano da dissertação.
Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária
Vera Regina Echer Alves CRB1-0822
B333r
Batista, Cleusa Maria Pegorini
As representações sociais de professores do ensino fundamental
na rede pública municipal, em Cuiabá, acerca das suas atividades docentes.
Cuiabá: UFMT/ Programa de Pós-Graduação em Educação, 2007.
217p.
Bibliografia: 137-146
Apêndices 147-217
Orientadora: Professora Doutora. Eugênia Coelho Paredes
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso.
Programa de Pós-Graduação em Educação.
1. Educação. 2. Professores – ensino fundamental – Cuiabá (MT).
3. Professores – representações sociais. 4. Psicologia da educação. I. Título.
CDU: 37.011.31(817.2)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
CLEUSA MARIA PEGORINI BATISTA
AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL, EM CUIABÁ,
ACERCA DAS SUAS ATIVIDADES DOCENTES
Cuiabá-MT, 30 de Março de 2007
BANCA EXAMINADORA
Professora Doutora Eugênia Coelho Paredes
Orientadora
Professora Doutora Maria de Fátima de Souza Santos
Examinadora Externa - UFPE
Professora Doutora Maria Lucia Rodrigues Müller
Examinadora Interna
Professora Doutora Sumaya Persona de Carvalho
Examinadora Suplente
Dedicatória
Aos meus filhos, Rafael, Bruno e Vitor, seres
especiais dessa minha existência.
Agradecimentos especiais
A Deus pelo amparo, luz e paz que me
permitiu essa caminhada.
À Professora Doutora Orientadora Eugênia
Coelho Paredes, pelo exemplo de vida, pelas
incansáveis orientações, respeito e paciência,
que marcaram indelevelmente o meu ser. Sou
eternamente grata pelos ensinamentos e
reflexões, que me permitiram realizar este
trabalho.
Agradecimentos
A minha mãe, Carmelinda Pegorini, por ter me incentivado em todos os momentos,
acreditado na minha capacidade e fortalecido os momentos de aflição;
A meu pai, Luiz Pegorini, por ter me influenciado na escolha da profissão docente, e pelo
carinho especial que sempre me dedicou;
Ao meu esposo, Welington Ernani Porfírio, por ter me ouvido e apoiado, nos momentos
difíceis;
Aos meus irmãos e irmãs, que sempre estiveram perto, mesmo quando longe estavam;
Às Professoras Doutoras Maria de Fátima de Souza Santos, Maria Lúcia Müller, Sumaya
Persona de Carvalho e Daniela Barros Silva Freire de Andrade pelas preciosas contribuições
que enriqueceram o trabalho, membros da banca examinadora;
Aos Professores Doutores Maria Aparecida Morgado, Maria Lúcia Muller, Silas Borges
Monteiro e Nicanor Palhares de Sá, que ministraram disciplinas essenciais para minha
formação;
Agradeço aos docentes que me ensinaram os primeiros passos da pesquisa;
Às colegas, mestrandas, mestres e doutorandas do Grupo de Pesquisa em Educação e
Psicologia (GPEP). Especialmente a Léa Lima Saul, Lúcia Shiguemi Izawa Kawahara, Kátia
Simone da Rosa Bianchi, Simone Sanchez Vicente, Dionéia da Silva Trindade, Rosely Lima,
pelas contribuições para o desenvolvimento da minha pesquisa;
Às Professoras Doutoras Denise Jodelet da École des Hautes Études en Sciences Sociales de
Paris, Bernardete Angelina Gatti (PUC-SP e FCC), Vera Maria Nigro de Souza Placco (PUC-
SP), Denize Cristina de Oliveira (UERJ), Zeide de Araújo Trindade (UFES) e Professor
Doutor Celso Pereira de (UERG) pelos cursos oferecidos ao GPEP.Notadamente pela
pesquisa coletiva, com os professores da UFMT, acerca das Atividades Acadêmicas, não sem
contar com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso
(FAPEMAT). Muito contribuíram com este trabalho;
À Professora Maria Suzana De Stefano Menin (UNESP), pela aula ministrada sobre o aspecto
normativo das representações sociais, que foi fundamental para a análise da pesquisa;
À Professora Doutora Maria Antônia Martins Galeazzi, pela brilhante aula de Excel
ensinando os gráficos e as tabelas, e pelos bons momentos passados juntos, tanto na sala 25
como na casa da professora Eugênia;
À minha colega mestranda Fernanda Cândido, com quem divido o que sei, com quem aprendo
sempre. Agradeço a sua existência, a proximidade comigo, o apoio, a atenção, ouvindo, lendo,
corrigindo, fazendo gráficos, tabelas, estudando. Obrigada por tudo. Você é muito especial.
Para mim e minha família;
Aos colegas do GPEP, Anderson de Sousa Santana, Erzy Dias de Souza, Fabiula Aparecida
Bento Guth, Jamille Oliveira Carvalho Rocha e Mardelides da Silva Lima, que sempre me
apoiaram e incentivaram. A Fabiula e a Dionéia, em especial, pelo carinho com a leitura da
minha fundamentação teórica e considerações finais;
À Professora Noelci Bertelli. Permitiu meu acesso aos dados estatísticos da Secretaria
Municipal de Educação;
À Professora Luisa Aparecida da Costa Fidelis que providenciou o banco de dados da
Secretaria Municipal de Educação;
Principalmente, agradeço aos diretores, coordenadores e professores que franquearam minha
entrada nos estabelecimentos de ensino, e que permitiram a consulta das suas
representações sociais, respondendo às questões com tanto respeito e carinho, mesmo diante
dos inúmeros afazeres que marcam o final dos períodos letivos. Meu muito obrigada,
especialmente aos trezentos e cinco docentes que me atenderam;
Ao Professor Germano Aleixo, pelas adequações gramaticais;
Ao Professor José Roberto Temponi de Oliveira, pela aula de estatística, que muito contribuiu
para a pesquisa;
Ao meu amigo Professor Paulo Roberto de Andrade, diretor do Colégio Máster Júnior, por ter
permitido as minhas saídas do trabalho, durante os dois anos de estudo, sem nenhuma
cobrança, e com muito incentivo;
À minha colega de trabalho Coordenadora Maria Eunice Fernandes Silva, por ter me
substituído nas tantas vezes que sai para a Universidade, e pelas palavras de estímulo
costumeiras;
Aos meus colegas professores do Colégio Máster Júnior, pelas palavras de ânimo e confiança
que me deram;
RESUMO
Este trabalho põe a mostra resultados da pesquisa realizada com os professores, que atuam na
rede pública de ensino municipal de Cuiabá. Tem como objetivo procurar identificar e
interpretar as representações sociais (RS) dos professores acerca de suas atividades docentes.
A análise se prestou da Teoria das Representações Sociais de Serge Moscovici e
colaboradores, especialmente Denise Jodelet, Jean-Claude Abric e Claude Flament. Foram
indagados 305 docentes dos 959 atuantes, no ano de 2005. Estes sujeitos estão distribuídos em
32 unidades escolares das 78 franqueadas ao Ensino Fundamental. O instrumento, composto
de oito questões, requeria cinco palavras soltas para cada pergunta, aleatoriamente elegidas.
Os dados foram processados pelo software EVOC, conjunto de programas que permite
analisar as evocações e, ainda, destacar os elementos estruturais das representações,
enfeixando as principais evocações, com base nas quais se realizou a análise estrutural das RS.
Os resultados apontam com destaque as Características Pessoais: os professores investigados
atribuem a si a condução da escola, apontando para RS do tipo hegemônica. Mantidas pelas
tradições, estão enraizadas no pensamento e também no comportamento dos docentes. As
categorias Bem-estar e Apreço revelam que estão satisfeitos e felizes na profissão, a despeito
das dificuldades reveladas em categorias como Mal-estar e Conflitos. Na ânsia de preservar
aquilo que é recorrente no grupo, emitiram mais palavras de consenso, comprovando a
influência social nas RS. Expressaram aquilo que é ditado pela maioria, com receio de
incorrerem em sanções. Nos Relacionamentos, eles se dizem amigos, ao responderem sobre
os colegas, embora declarem que as atividades docentes sejam individualizadas. Ao serem
indagados no tocante às relações com os alunos, patentearam com mais ênfase os conflitos.
Na categoria Retribuição aguardam investimentos que revertam ao quadro do passado, em
relação ao status, valorização, reconhecimento, porém o que desejam são melhores salários. A
qualificação foi ditada, parece, mais voltada à promoção pessoal do que profissional, tendo
em vista que o ensino não aflora como característica da identidade do professor. No atinente à
avaliação representam-se tradicionalistas. Diante de um modelo novo de escola, perpetuam as
antigas formas de ensinar e de aprender. Em relação ao futuro, constatou-se que, ora se
apresentam otimistas e esperançosos, na expectativa de mudanças, ora se mostram pessimistas,
ressaltando dificuldades, mal-estar e incertezas. Apontando as RS emancipadas em que
subgrupos, mantêm contato, partilham idéias, porém apresentam pensamentos diferentes.
Palavras-chave: Educação. Atividades docentes. Professores. Representações sociais.
ABSTRACT
This paper shows the results of a research carried out with teachers who belong to the
municipal teaching system of Cuiabá. It aims at trying to identify and interpret the social
representations (SR) of the teachers in relation to their teaching activities. The analysis was
based on the Theory of Social Representations by Serge Moscovici and collaborators, mainly
Denise Jodelet, Jean-Claude Abric and Claude Flament. 305 out of the 959 teachers working
were interviewed in 2005. These subjects are distributed in 32 school units out of the 78
granted to the elementary teaching. The tool, composed by eight questions, required five loose
words for each question, randomly chosen. The data were processed by software EVOC, a set
of programs that allows analyzing the recollections and, still, highlighting the structural
elements of the representations, tying together the main recollections, in which the structured
analyses of the SR was based. The results emphasize the Personal Characteristics: the teachers
who were investigated consider that they are responsible for the situation of the school,
pointing to the SR of the hegemonic type. Maintained by traditions, they are rooted in the
teachers’ thought and behavior. The categories Well-Being and Affection reveal that they are
satisfied and happy in their profession, despite the difficulties revealed in categories as
Uneasiness and Conflicts. In the desire of preserving what is recurrent in the group, more
words of agreement were issued, proving the social influence in the SR. They expressed what
was said by the majority, fearing of incurring in penalties. In the Relationships, when
answering about their colleagues, they say they are good friends, although they say the
teachers’ activities are individualized. When asked about their relationship with the students,
the conflicts were shown with more emphasis. In the category Retribution they are expecting
for more investments that can return to the situation of the past, in relation to status,
appreciation, gratitude, but they crave for better salaries. It seems that the qualification was
presented, giving more emphasis to the personal promotion than to the professional, taking
into account that the teaching does not appear as a characteristic of the teacher’s identity. In
relation to the evaluation they are traditionalists. In face of a new school model, old ways of
teaching and learning continue being used. In relation to the future, it was noticed that,
sometimes they are optimist and hopeful, expecting for changes, sometimes they are pessimist,
emphasizing difficulties, uneasiness and uncertainties. Pointing to the emancipated SR in
which subgroups keep in touch, share ideas but present different thoughts.
Key words: Education. Teaching activities. Teachers. Social representations.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1 Mapa do município de Cuiabá com destaque nas escolas percorridas ................ 42
Ilustração 2 Dados censitários pertencentes ao instrumento de coleta de dados..................... 46
Ilustração 3 Modelo de organização do corpus para processamento no EVOC ..................... 58
Ilustração 4 Exemplo da organização dos elementos estruturais das representações.............. 59
Ilustração 5 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote:........................... 64
Ilustração 6 Categorias dos elementos estruturais das representações, referentes ao mote:.... 64
Ilustração 7 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote:........................... 72
Ilustração 8 Categorias dos elementos estruturais das representações: Quais os.................... 73
Ilustração 9 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote:........................... 82
Ilustração 10Categorias dos elementos estruturais das representações, referentes ao mote:... 82
Ilustração 11 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote:......................... 90
Ilustração 12Categorias dos elementos estruturais das representações, referentes ao mote:... 90
Ilustração 13 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote:......................... 98
Ilustração 14 Categorias dos elementos estruturais das representações, referentes ao mote: O
que seus colegas falam sobre os relacionamentos entre os professores e alunos?......... 98
Ilustração 15 Elementos Estruturais das Representações, referentes ao mote: O que seus
colegas falam a respeito das perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da
educação?.................................................................................................................. 105
Ilustração 16 Categorias dos elementos estruturais das representações: O que seus colegas
falam a respeito das perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da educação?
................................................................................................................................... 106
Ilustração 17 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote: Descreva a rotina
escolar, o que é que os professores fazem, normalmente, nesta escola?...................... 114
Ilustração 18 Categorias dos elementos estruturais das representações: Descreva a rotina
escolar, ...................................................................................................................... 114
Ilustração 19 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote: O que seus
colegas professores comentam sobre o modo como avaliam seus alunos? .................. 119
Ilustração 20 Categorias dos elementos estruturais das representações: O que seus colegas.119
QUADROS
Quadro 1 Lista das escolas municipais visitadas................................................................... 45
Quadro 2 Variáveis com os códigos de apresentação............................................................ 46
Quadro 3 Categorias dos oito motes indutores.................................................................... 125
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Crescimento populacional de Cuiabá nos últimos 35 anos .................................... 40
Gráfico 2 Densidade demográfica cuiabana, por região administrativa................................. 41
Gráfico 3 Distribuição dos sujeitos quanto à variável gênero................................................ 48
Gráfico 4 Distribuição dos sujeitos quanto à variável faixa etária ........................................ 49
Gráfico 5 Distribuição dos sujeitos quanto à variável carga horária..................................... 50
Gráfico 6 Distribuição dos sujeitos quanto à variável vínculo empregatício.......................... 50
Gráfico 7 Distribuição dos sujeitos quanto à variável titulação............................................. 51
Gráfico 8 Distribuição dos sujeitos quanto à variável tempo de permanência ....................... 52
Gráfico 9 Distribuição dos sujeitos quanto à variável tempo de profissão............................. 53
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Regiões de Cuiabá com suas áreas....................................................................... 41
Tabela 2 Universo e amostra dos professores e escolas da rede municipal, por região .......... 44
Tabela 3 - Docentes do Ensino Fundamental e área.............................................................. 48
Tabela 4 Perfil dos docentes - Cruzamento das variáveis gênero, faixa etária e vínculo
empregatício ................................................................................................................ 49
Tabela 5 Perfil dos docentes - Cruzamento das variáveis: Vínculo empregatício,.................. 51
Tabela 6 Perfil dos docentes - Cruzamento das variáveis:..................................................... 52
Tabela 7 Categorias definidas no estudo de 2000, ................................................................ 61
Tabela 8 Categorias do tema: O que é ser professor na rede pública.................................... 62
Tabela 9 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referentes ao mote:....... 63
Tabela 10 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o
tema:............................................................................................................................ 65
Tabela 11 Categorias referentes ao tema Quais os motivos para ser professor(a) da rede
pública? ....................................................................................................................... 71
Tabela 12 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referentes ao mote:
Quais os motivos para ser professor(a) da rede pública municipal de Cuiabá.............. 72
Tabela 13 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o
tema:............................................................................................................................ 73
Tabela 14 Categorias do tema: Quais são os motivos de permanência .................................. 80
Tabela 15 Categorias do tema O que seus colegas professores comentam sobre as razões ... 81
Tabela 16 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referentes ao mote:..... 81
Tabela 17 Categorias, número de atributos e percentuais sobre o tema: O que seus colegas
professores comentam sobre as razões para permanecer na profissão?........................ 83
Tabela 18 Categorias relativas com o tema Como são os relacionamentos entre .................. 88
Tabela 19 Categorias definidas para o tema: O que seus colegas comentam sobre................ 89
Tabela 20 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referente ao mote: ...... 89
Tabela 21 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o
tema:............................................................................................................................ 91
Tabela 22 Categorias do tema: O que seus colegas falam sobre os relacionamentos ............. 96
Tabela 23 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referentes ao mote:..... 97
Tabela 24 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o
tema:............................................................................................................................ 99
Tabela 25 Categorias acerca do tema: Qual a perspectiva de futuro.................................... 103
Tabela 26 Categorias do tema: O que seus colegas falam a respeito das perspectivas ......... 104
Tabela 27 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referente ao mote: .... 104
Tabela 28 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o
tema: O que seus colegas falam a respeito das perspectivas em relação ao futuro dos
profissionais da educação? ......................................................................................... 106
Tabela 29 Categorias do tema: Descreva a rotina escolar, o que é que os professores fazem,
................................................................................................................................... 112
Tabela 30 Categoria Atividade com os principais atributos e suas freqüências, referente ao
mote: Descreva a rotina escolar, o que é que os professores fazem, normalmente, nesta
escola?....................................................................................................................... 113
Tabela 31 - Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referente ao mote:
Descreva a rotina escolar, o que é que os professores fazem, normalmente, nesta escola?
................................................................................................................................... 113
Tabela 32 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o
tema:.......................................................................................................................... 115
Tabela 33 Categorias do tema: O que seus colegas professores comentam sobre................ 118
Tabela 34 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referente ao mote: O que
seus colegas professores comentam sobre o modo como avaliam seus alunos? .......... 118
Tabela 35 Categorias e número de atributos alocados nas casas, sobre o tema:................... 120
Tabela 36 Atributos do NC dos três primeiros motes, com freqüência e OME.................... 126
Tabela 37 Atributos do NC dos dois motes acerca dos Relacionamentos na escola............. 128
Tabela 38 Atributos do NC referentes ao questionamento .................................................. 130
Tabela 39 Atributos do NC referentes ao questionamento .................................................. 130
Tabela 40 Atributos do NC referentes ao questionamento .................................................. 131
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................... 18
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................. 20
1.1 A Teoria das Representações Sociais........................................................................ 20
1.2 Representações Sociais, Educação, Escola e Atividades Docentes ............................ 30
2 METODOLOGIA .......................................................................................................... 40
2.1 Universo da pesquisa................................................................................................ 40
2.1.1 O Cenário ..................................................................................................... 40
2.1.2 O espaço da Pesquisa.................................................................................... 42
2.1.3 Os Sujeitos.................................................................................................... 43
2.1.4 Perfil dos sujeitos.......................................................................................... 45
2.2 O trabalho no campo ................................................................................................ 53
2.2.1 O estudo piloto ............................................................................................. 53
2.3 Coleta definitiva....................................................................................................... 54
2.4 Técnicas e instrumentos de coleta de dados .............................................................. 55
2.4.1 Instrumentos de análises estatísticas.............................................................. 57
3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS E ANÁLISE............................................................. 61
3.1 Que é ser professor na rede pública municipal de Cuiabá.......................................... 61
3.2 Quais os motivos para ser professor (a) da rede pública............................................ 71
3.3 Que seus colegas comentam sobre as razões para permanecer na profissão............... 80
3.4 Que seus colegas comentam sobre os relacionamentos entre os professores.............. 88
3.5 Que seus colegas falam sobre os relacionamentos entre os professores e alunos ....... 96
3.6 Que seus colegas falam a respeito das perspectivas em relação ao futuro dos
profissionais da educação............................................................................................... 103
3.7 Descreva a Rotina escolar, o que é que os professores fazem, normalmente, nesta
escola? ........................................................................................................................... 112
3.8 Que seus colegas professores comentam sobre o modo como avaliam seus alunos.. 118
3.9 Entrelaçamento dos dados ...................................................................................... 125
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 133
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 137
APÊNDICES ..................................................................................................................... 147
APÊNDICE A - Instrumento de coleta de dados - Associação Livre de Palavras (APL). .... 147
SER PROFESSOR............................................................................................................. 149
APÊNDICE B - Categorias e atributos referentes ao mote: O que é ser professor da rede
pública estadual?............................................................................................................... 149
APÊNDICE C - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: O que é ser professor da rede pública municipal? .................................... 151
APÊNDICE D - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável gênero. ......................................................................................... 152
APÊNDICE E - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 152
APÊNDICE F - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão........................................................................ 153
APÊNDICE G - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão........................................................................ 154
APÊNDICE H – Categorias e atributos referentes ao mote: Quais os motivos para ser
professor(a) da rede pública? ............................................................................................ 156
APÊNDICE I - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Motivos para ser professor da rede pública municipal.............................. 158
APÊNDICE J - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão........................................................................ 159
APÊNDICE K - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação........................................................................................ 159
APÊNDICE L - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 160
APÊNDICE M - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 161
APÊNDICE N - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 162
APÊNDICE O - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício .................................................................... 162
APÊNDICE P - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação........................................................................................ 163
APÊNDICE Q - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação........................................................................................ 164
APÊNDICE R - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 165
APÊNDICE S - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável gênero .......................................................................................... 166
APÊNDICE T Categorias e atributos referentes ao mote O que seus colegas professores
comentam sobre as razões para permanecer na profissão?................................................ 167
APÊNDICE U - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Razões para permanecer na profissão ...................................................... 169
APÊNDICE V - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício .................................................................... 170
APÊNDICE W - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 171
APÊNDICE X - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 171
APÊNDICE Y - Categorias e atributos referentes ao mote: O que seus colegas comentam
sobre os relacionamentos entre os professores?................................................................. 173
APÊNDICE Z - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Relacionamento entre professores ............................................................ 175
APÊNDICE AA - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 176
APÊNDICE AB - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 176
APÊNDICE AC - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 177
APÊNDICE AD - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 178
APÊNDICE AE - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação........................................................................................ 178
APÊNDICE AF - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação........................................................................................ 179
APÊNDICE AG - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 180
APÊNDICE AH - Categorias e atributos referentes ao mote: O que seus colegas falam sobre
os relacionamentos entre os professores e os alunos? ........................................................ 181
APÊNDICE AI - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Relacionamento entre professores e alunos............................................... 184
APÊNDICE AJ - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício .................................................................... 185
APÊNDICE AK - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação........................................................................................ 185
APÊNDICE AL - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação........................................................................................ 186
APÊNDICE AM Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação........................................................................................ 187
APÊNDICE AN - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 187
APÊNDICE AO - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 188
APÊNDICE AP - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 189
APÊNDICE AQ - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão........................................................................ 190
APÊNDICE AR Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão........................................................................ 190
APÊNDICE AS - Categorias e atributos referentes ao mote: O que seus colegas falam a
respeito das perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da educação? ................ 192
APÊNDICE AT - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da Educação............ 195
APÊNDICE AU - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 196
APÊNDICE AV - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 196
APÊNDICE AW - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 197
APÊNDICE AX - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 198
APÊNDICE AY - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício .................................................................... 199
APÊNDICE AZ - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação........................................................................................ 200
APÊNDICE BA - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão........................................................................ 201
APÊNDICE BB - Categorias e atributos referentes ao mote: Descreva a rotina escolar, o que
é que os professores fazem, normalmente, nesta escola? .................................................... 202
APÊNDICE BC - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Rotina Escolar.......................................................................................... 203
APÊNDICE BD - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 205
APÊNDICE BE - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 206
APÊNDICE BF - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício .................................................................... 206
APÊNDICE BG - Categorias atributos referentes ao mote: O que seus colegas professores
comentam sobre o modo como avaliam seus alunos? ......................................................... 208
APÊNDICE BH - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Modos como avaliam os alunos ................................................................ 210
APÊNDICE BI - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão........................................................................ 211
APÊNDICE BJ - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão........................................................................ 211
APÊNDICE BK - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 212
APÊNDICE BL - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 212
APÊNDICE BM - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício .................................................................... 213
APÊNDICE BN - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária.................................................................................... 214
APÊNDICE BO - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 215
APÊNDICE BP - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola............................................................................ 216
APÊNDICE BQ - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão........................................................................ 216
18
INTRODUÇÃO
Algumas pesquisas realizadas, especialmente na Região Sudeste, retratam o
professor e suas atividades centradas no ensino. Ao final de acurada busca, reveladora de que
inexistem trabalhos na área das Representações Sociais (RS) sobre o universo cuiabano, afluía
o interesse em saber o que esses professores, expressam sobre suas atividades.
Com o objetivo de encontrar e examinar as possíveis RS, optou-se por
conhecer o discurso dos professores que ministram aulas no Ensino Fundamental (EF), das
escolas administradas pelo município.
A Teoria das Representações Sociais (TRS), de Serge Moscovici, foi o
referencial escolhido para facilitar o entendimento do objeto de estudo.
O processo de construção das RS ocorre no espaço onde as pessoas conversam,
convivem e trabalham. Considera-se o ambiente escolar espaço apropriado para desenvolver
estudos das RS, graças às trocas de comunicações incessantes decorrentes dos acontecimentos
diários.
Jodelet (2001, p. 22) assevera que RS “[...] é uma forma de conhecimento,
socialmente elaborada e partilhada, com um objetivo prático, e que contribui para a
construção de uma realidade comum a um conjunto social”. As RS são conhecimentos
construídos coletivamente no dia-a-dia, com explicações de ordem prática, que permitem
interpretar e explicar as ocorrências aí presentes.
Para Wagner (1998), dois sentidos na construção social das representações.
Em um, o conhecimento é gerado no grupo. Em outro, disseminado pelos discursos dos
próprios participantes. As RS denotam, em sua estrutura, sentidos de enrijecimento e de
versatilidade. Enrijecem-se pelas fortes tradições e se modificam pelas conversas, nos
confrontos entre o novo e o velho. São rígidas e flexíveis.
Ao ouvir os professores falarem das suas atividades, acredita-se encontrar as
RS.
A imagem do professor da educação básica tem sido colocada em discussão,
especialmente nos últimos anos. Nóvoa (1999) diz que se vive um paradoxo: por um lado,
aumentam-se as exigências, colocam-se nas mãos do professor as responsabilidades de
conduzir os processos educacionais, científicos, éticos, sociais, culturais e, por outro lado, a
19
eles é destinado um lugar socialmente desvalorizado. Aumentam-se as cobranças, a carga de
trabalho do professor, e diminuem as retribuições, tanto materiais quanto sociais.
Mizukami (2002) sinaliza que o professor precisa saber lidar com um
conhecimento em construção, que tenha capacidade de perceber a educação como
compromisso político de transformação, carregada de valores éticos e morais, o que faz com
que eles se sintam cobrados.
Além disso, aumenta a preocupação do professor diante da situação vivida pela
família atual, cujos pais precisam sair para o trabalho, deixando não os filhos na escola
como também transferindo a responsabilidade de educar para a instituição escolar.
Para compreender todo esse universo de questões relativas ao trabalho docente
e conhecer as RS dos professores que atuam em Cuiabá, acerca das suas atividades,
formularam-se oito questões. Nos três primeiros inquéritos, os docentes respondem sobre sua
identidade. Nos dois subseqüentes, revelam os relacionamentos, ficando reservado ao
próximo mostrar as perspectivas de futuro. Os dois últimos tratam, especificamente, da
avaliação e das atividades.
Os resultados deste estudo e a estrutura do trabalho estão organizados em
quatro partes. No primeiro capítulo, apresenta-se o referencial teórico que norteou a pesquisa.
Versa brevemente sobre a TRS de Serge Moscovici, com as contribuições de Denise Jodelet e
a Teoria do Núcleo Central de Jean-Claude Abric e Claude Flament.
Ainda nesse capítulo inicial, expõe-se a relação entre TRS e Educação, com as
contribuições de Margot de Campos Madeira, Alda Judith Alves-Mazzotti, Michel Gilly,
secundada por outros investigadores. Abordam-se as RS e a Escola. Finaliza descrevendo
alguns aspectos de pesquisas que falam do tema, centrado na RS, no professor e nas
atividades imbricadas com seu dia-a-dia.
O segundo capítulo descreve a Metodologia. Apresenta-se o universo da
pesquisa que inclui o cenário, o espaço, os sujeitos e seu perfil, o estudo piloto. Em
complemento, as técnicas e instrumentos de coleta de dados, os instrumentos de análises
estatísticas e os procedimentos adotados para a análise.
Os motes indutores, com os resultados obtidos na coleta, fazem parte do
terceiro capítulo. Este contém um subcapítulo específico para o entrelaçamento dos dados,
encartando todas as questões.
O quarto e último capítulo, destinado à considerações finais, estampa algumas
reflexões no que diz respeito às representações sociais das atividades docentes, na visão de
docentes do EF, e as implicações desses resultados com a Educação, bem como com a TRS.
20
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Cuida este capítulo dos pressupostos básicos que caracterizam a Teoria das
Representações Sociais (TRS). Está estruturado em torno dos seguintes aspectos: a elaboração
da teoria por Serge Moscovici, conceito das representações sociais (RS), suas características,
formação, funções, processos e os tipos de representações. Soma-se a isso a Teoria do Núcleo
Central, formulada por Jean-Claude Abric, bem assim as relações da TRS com a Educação e
com o objeto da pesquisa.
1.1 A Teoria das Representações Sociais
O criador da Teoria das Representações Sociais, Serge Moscovici, apresentou
em 1961, na França, o livro: La Psychanalyse, son image et son public. No Brasil, a
publicação ocorreu em 1978, com o título, A Representação Social da Psicanálise.
Na obra, o autor descreve a TRS, ao apresentar o resultado de um trabalho em
que visava compreender a inserção dos conceitos da Psicanálise em vários grupos sociais de
moradores de Paris. Trata-se de pesquisa, cujo objetivo era desvelar como um saber científico
se transforma em saber de senso comum, quando a população conversa e troca informações
sobre o assunto.
Em entrevista concedida à Ivana Marková, Moscovici (2003, p. 310) fala de
uma reação que teve acerca da seguinte idéia: “[...] o povo não pensa”, atestando que somente
os intelectuais são capazes de fazê-lo. A experiência de vida de Moscovici apontava aspectos
que o fazia discordar dessa idéia, acreditar no contrário. Passou a confrontar esta idéia e a
afirmar que aquilo que faz parte das práticas dos sujeitos deve ser assumido como real.
Quando as pessoas querem entender os fenômenos sociais, biológicos ou físicos, partem
primeiramente do senso comum, que inicialmente permite a compreensão daquilo que lhes
vêm à mente, para dar sentido ou explicar situações decorrentes, com maior facilidade.
Assim, Moscovici (2003) sugeriu que o senso comum pode ser elemento de
intervenção, não o considerando algo folclórico, ultrapassado, e sim parte do processo de
21
construção de saberes.
O referido autor mostrou que assim, as pessoas podem falar sobre os assuntos,
compartilhar as mesmas idéias dentro de um grupo, constituir o que Moscovici trata como
universo consensual. Nesse contexto, os diálogos podem ser mantidos, independentemente
das especializações diferentes dos indivíduos. Em oposição, os universos reificados de
pensamento são formados por pessoas que apresentam competências de acordo com seus
conhecimentos científicos, obedecem a uma hierarquia de papéis, e esse grupo tem
capacidade para atuar e comunicar determinado conteúdo.
Moscovici (1978, p. 28) define RS como:
[...] um corpus organizado de conhecimentos e uma das atividades psíquicas graças
às quais os homens tornam inteligível a realidade física e social, inserem-se num
grupo ou numa ligação cotidiana de trocas, e liberam os poderes de sua imaginação.
Para compreender a realidade e buscar explicações para fenômenos de caráter
social, os grupos geram conhecimentos e os sustentam nas conversas e nos pensamentos. São
diferentes dos científicos, todavia considerados tão legítimos quanto. Esses saberes,
denominados de representações sociais (RS), colaboram na organização das idéias, guiam as
práticas, justificam e explicam o comportamento das pessoas, e ainda possibilitam a interação
entre os conjuntos sociais.
Moscovici (2003) afirma que as RS, não são criadas isoladamente, mas por
pessoas e grupos que se comunicam, adquirem vida própria, são autônomas, tanto se atraem
como se repelem, enquanto umas morrem, outras nascem, são mutáveis. Nessa linha, as
representações sociais nascem, criam vida, permanecem e podem se modificar. Elas estão
sujeitas à mudança no tempo e na história.
Nem todo conhecimento do senso comum pode ser denominado de RS. Eis o
pensar de Santos (2005, p. 22), “Para gerar representações sociais o objeto deve ser polimorfo,
isto é, passível de assumir formas diferentes para cada contexto social e, ao mesmo tempo, ter
relevância cultural para o grupo”. Uma opinião ou atitude pode ser importante para um grupo
de pertença, porém para outros pode ser diferente. Até mesmo com o passar do tempo, deixar
de ter valor para este ou aquele grupo. Além disso, o objeto precisa fazer parte das práticas,
ser motivo de conversas e ter significado para as pessoas.
Para Moscovici (2003), o conhecimento sempre tem uma razão, ele é o produto
de um grupo de pessoas que se encontra com interesses e paixões afins. O autor diz que uma
RS viverá enquanto permanecerem os significados que lhe deram vida; à medida que surgirem
novos conhecimentos, crenças ou valores, outras representações serão construídas.
22
As pessoas organizam e elaboram as ações alicerçadas em suas experiências
vivida e naquelas relatadas pelos indivíduos com as quais que mantêm relações, diz
Moscovici (1978). Tanto nas conversas informais como por meio dos veículos de
comunicação, esses conceitos empíricos o difundidos atuando na construção de uma
realidade social, a esse respeito Moscovici (1978, p.53) defende que:
Uma frase, um enigma, uma teoria, apanhados no ar, aguçam a curiosidade, prendem
a atenção. Fragmentos de diálogo, leituras descontínuas, expressões ouvidas algures
retornam ao espírito dos interlocutores, misturam-se às suas impressões; brotam as
recordações, as experiências comuns apossam-se delas. Graças a esses falatórios,
não só as informações são transmitidas e os hábitos do grupo confirmados, mas cada
um adquire uma competência enciclopédica acerca do que é objeto da discussão. [...]
As atitudes ordenam-se, os valores tomam seus lugares, a sociedade começa a ser
habitada por novas frases e visões. E cada um fica ávido por transmitir o seu saber e
conservar um lugar no círculo de atenção que rodeia aqueles que ‘estão ao corrente’,
cada um documenta-se aqui e ali para continuar ‘no páreo’.
A comunicação, elemento importante na interação entre as pessoas, está
totalmente enraizada aos aspectos de pertença social. Os indivíduos que fazem parte do
mesmo grupo compartilham idéias e, conseqüentemente, constroem saberes.
Jodelet (2001) informou que os vínculos criados pelos grupos somente se
afirmam à medida que seus membros partilham uma idéia ou uma representação social. O que
torna isso possível são os mecanismos de comunicação que transformam percepções em
conceitos de senso comum e vice-versa. A cada novo conhecimento que se apresenta aos
instituídos pelo conjunto social, abala-se a identidade do grupo, contribuindo para gerar RS. A
inquietação, os julgamentos sobre o novo, corroboram para incorporar esse conceito aos
existentes.
Ao compartilhar conhecimentos, as representações sociais adquirem vida
própria. Segundo Moscovici (2003), a partilha delas é repensada, recriada e recitada pelos
sujeitos. Disso decorre que as RS servem não somente de guia para as ações, mas também de
ferramentas de leitura da própria realidade, possibilitando a interpretação dos acontecimentos
e as inter-relações dos grupos entre si e com o mundo.
Moscovici (2003, p. 41) considera que [...] nós somos como o artista que se
inclina diante da estátua que ele esculpiu e a adora como se fosse um deus”. Ao criar as RS,
os indivíduos as supervalorizam, acreditam e se deixam guiar por elas. Disso, pode-se
compreender a afirmação de Abric (1998, p.29): “[...] a representação não é um simples
reflexo da realidade; ela é uma organização significante”.
Sabendo que as representações sociais surgem no dia-a-dia e se concretizam
nas conversas, para obter indicadores de RS é fundamental perquirir, da fala dos professores,
23
aquilo que se procura. No contexto escolar, os professores, por meio das representações
sociais, se organizam, interagem, guardam saberes já construídos e elaboram outros.
Doise (2001) acrescenta que as representações são “[...] sempre tomadas de
posição simbólicas, organizadas de maneiras diferentes. Por exemplo: opiniões, atitudes ou
estereótipos.” Por lidar com o senso comum, as RS afloram no cotidiano, se concretizam pela
comunicação entre os indivíduos com base nos conhecimentos, vivências e da cultura. Uma
opinião ou atitude pode ser importante para um grupo de pertença, porém para outros pode ser
diferente. Até mesmo, com o passar do tempo, deixa de ter valor para este ou aquele grupo.
Moscovici (1978, p. 46) define que “[...] a opinião é, por um lado, uma fórmula
socialmente valorizada a que um indivíduo adere; e, por outro lado, uma tomada de posição
sobre um problema controvertido da sociedade”. Aderir a um conceito é tomá-lo como seu.
Ao tomar uma posição sobre este ou aquele acontecimento, justifica-se a opinião a favor ou
contra a idéia proposta.
Rouquette (2003) diz que as opiniões implicam a identidade do grupo, pois os
envolvidos atribuem a si características positivas de determinado objeto.
os valores precisam ser analisados mediante o contexto. Para cada grupo ou
situação podem ser modelados diferentemente, convergindo de acordo com os interesses dos
grupos. Por isso, dão forma às RS.
Moscovici (1978) revela que a natureza social das representações acoberta três
dimensões: a atitude, a informação e o campo de representação ou imagem. De acordo com o
autor, as representações constituem universos de opiniões diferentes, dependendo de como
foram formadas, do grupo, da classe ou da cultura a que pertencem.
A primeira dimensão, a atitude, refere-se a uma pré-disposição à ação, es
relacionada com escolhas ou posicionamentos daquilo que se acredita verdadeiro ou falso,
certo ou errado, bom ou mau.
Assim afirma Moscovici (1978, p. 74): “[...] é razoável concluir que uma
pessoa se informa e representa alguma coisa unicamente depois de ter adotado uma posição, e
em função da posição tomada”. Em uma discussão sobre religiões, por exemplo, as pessoas
acabam por emitir conceito favorável ou desfavorável, mesmo sem ter conhecimentos
específicos do assunto.
As atitudes não possuem valor de predição. Elas têm uma relação com as
certezas ou dúvidas, as crenças ou descrenças dos indivíduos no respeitante a determinado
conhecimento, diz Moscovici (2003).
As opiniões e atitudes expressam um caráter normativo, o, na maioria das
24
vezes, avaliações relativas ao objeto representado.
A segunda dimensão, a informação, abrange a organização dos conhecimentos
científicos, os discursos e crenças existentes acerca de um objeto social. Em um processo de
interação, é possível falar acerca daquilo que apenas viu ou ouviu e do que se conhece. Está
relacionada com os esclarecimentos que os grupos possuem a respeito de algo.
A terceira dimensão engloba o conjunto, tanto as informações como as atitudes.
Para Moscovici, o campo representacional (1978, p. 69), “[...] remete-nos à idéia de imagem,
de modelo social, ao conteúdo concreto e limitado das proposições atinentes a um aspecto
preciso do objeto de representação”. As RS são delineadas de acordo com os conhecimentos
já elaborados e ficam retidas na memória dos sujeitos.
Loureiro (2003, p. 110) afirma: É com base na capacidade de representar a
realidade, de fazê-la de novo mentalmente presente, que as diferentes formas do
conhecimento verdadeiramente humano são construídas [...]”. As imagens elaboradas pelo
pensamento a respeito de determinado assunto se relacionam com outros conhecidos, a fim
de formar novos saberes. Elas contribuem para identificar, compreender ou reconhecer algo.
A esse respeito, Alves-Mazzotti (1994, p. 64)) acrescenta:
A análise das dimensões permite [...] a caracterização dos grupos em função de sua
representação social. [...] é possível distinguir os contornos de um grupo, ou ainda
distinguir um grupo de outro pelo estudo das representações partilhadas por seus
membros sobre um dado objeto social.
De acordo com as representações sociais de um grupo, acerca de determinado
objeto, pode-se delinear sua identidade, saber do seu grupo de pertença e fazer a distinção de
outros.
De acordo com Jodelet (2001) e Moscovici (1978, 2003), o ato de representar
constitui manifestação do pensamento pelos quais os membros se relacionam com um objeto.
Sendo assim, as RS são sempre representações de um objeto, porque elas ocupam o lugar de
alguma coisa.
Na mesma entrevista citada no iníciar deste capítulo, concedida por
Moscovici (2003, p. 342), Ivana Marková procura questioná-lo sobre RS e crenças. Ele assim
se posiciona: “Na verdade, não é difícil ser convertido e crer; é mais difícil parar de crer,
mesmo se alguém tem boas razões para fazer isso”.
A resposta de Moscovici mostra a importância das crenças na construção dos
saberes. Mesmo quando aparecem as dúvidas, é muito difícil deixar de acreditar naquilo que
está internalizado. Isso explica porque se perpetuam crenças, mitos e opiniões.
Quando grupos se encontram diante de um fato sobre o qual não têm
25
informações suficientes, apóiam-se no que sabem, constroem representações, e estas passam a
fazer parte do seu universo cognitivo.
Moscovici (2003, p. 78) adiciona que as imagens são extraídas do conjunto de
experiências e memórias, com o objetivo de superar o estranho. Eis seu explicar:
Ancoragem e objetivação o, pois, maneiras de lidar com a memória. A primeira
mantém a memória em movimento [...] está sempre colocando e tirando objetos,
pessoas e acontecimentos, que ela classifica de acordo com um tipo e os rotula com
um nome. A segunda, [...] tira daí conceitos e imagens para juntá-los e reproduzi-los
no mundo exterior, para fazer as coisas conhecidas a partir do que já é conhecido.
Manter a memória é uma forma tanto de defesa como de proteção; a
ancoragem põe em atividade aquilo que está guardado, tem como função incorporar o novo,
interpretar e dar significado à realidade, orientar os comportamentos e as relações sociais.
A objetivação consiste em transformar uma idéia ou conceito, que é da ordem
do abstrato, em algo concreto. Moscovici (1978, p. 11) leciona que “Objetivar é reabsorver
um excesso de significações, materializando-as [...]”. Desta forma, a função de tal processo é
corporificar o que existia apenas em forma de símbolo ou dedução. Segundo esse autor as
imagens que eram de natureza apenas do pensamento transformam-se em elementos reais.
Moscovici (1978, p. 65) enfatiza que a estrutura de uma representação
corresponde a duas faces: a figurativa e a simbólica, do ponto de vista desse autor, uma
representação “[...] faz compreender a toda figura um sentido e a todo o sentido uma figura”.
Desta forma, ao pensarmos algo, o concretizamos, e aquilo que conhecemos pode ser
representado.
Ao representar um objeto, realizamos um processo com a finalidade de
interpretá-lo. Nesse, as RS dão corpo a uma idéia, transformam idéias novas, estranhas, em
conhecidas e familiares.
De acordo com Moscovici (2003), para os indivíduos agirem onde estão
inseridos, incorporam os acontecimentos vividos no social, que se formam pelos processos de
ancoragem e objetivação. Ambos explicam como o social transforma um conhecimento em
representação. Nóbrega (2003) explica que os processos auxiliam no entendimento da
elaboração e do funcionamento das RS, à proporção que articulam a atividade cognitiva e as
condições sociais de sua formação.
Nóbrega (2001, p. 65) acrescenta que a objetivação consiste em “[...]
materializar as abstrações, corporificar os pensamentos, tornar físico e visível o impalpável,
enfim transformar em objeto o que é representado”.
Ao corporificar as idéias, o sujeito recorre também a metáforas e imagens, para
26
sugerir um objeto. De acordo com Mazzotti (2002, p. 112), ao interpretarem as metáforas,
depreendem-se as RS, pois elas “[...] condensam e coordenam significados, logo, operam os
núcleos das representações sociais, uma vez que estabelecem e agenciam os predicados e
lugares-comuns”. Assim, o sistema simbólico fornece indícios da presença de RS que se
constituem objeto de reflexão.
Examinar a figura metáfora nos discursos contribuirá, segundo Mazzotti (2002,
p. 101), para “[...] expor o esquema analógico utilizado pelos entrevistados, viabilizando uma
interpretação mais controlada de seus argumentos”.
Entendida como processo utilizado para se apropriar de um símbolo, a
ancoragem mostra valores ou preferências que uma parcela da sociedade, em dado tempo e
local, atribui a determinado objeto social, em função das interações sociais. Moscovici (2003,
p. 61) explica que “Ancorar é classificar e dar nome a alguma coisa. Coisas que não são
classificadas e não possuem nomes são estranhas, não existentes, e ao mesmo tempo
ameaçadoras”.
No processo de interação social, a linguagem é fundamental, pois não é
possível partilhar o mundo sem compreendê-lo. Nesse sentido, a linguagem, de maneira
independente, ainda que sofra as influências sociais e culturais do seu meio, permite que cada
sujeito construa e reconstrua a realidade e faça as interpretações do mundo.
Madeira (2003, p. 124) assevera que a linguagem é constitutiva das RS,
porque “[...] o homem nasce para o mundo, ao se apropriar da palavra, na relação com o outro.
Nesta relação, vai descobrindo valores, normas, símbolos, sentidos que marcam e definem
espaços e objetos”.
Quando se representa algo, mentalmente se construiu o objeto por meio de
uma imagem. Dessa forma, compreende-se que os símbolos ocupam o lugar do objeto. É
através da linguagem, portanto, que os objetos passam a fazer parte do cotidiano das pessoas.
Essas se constroem mutuamente, diante de um dado objeto e de determinada
situação, inseridos em um espaço de tempo e lugar, tendo como referência seus próprios
conhecimentos, suas vivências, nas quais ocorrem as interações.
Assim, pode-se afirmar que as RS são elaboradas com base naquilo que se
acredita e podem produzir e determinar comportamentos. Esta é uma das funções das RS, e a
outra é a comunicação entre as pessoas no cotidiano, ambas propostas por Moscovici (1978).
As RS são elaboradas para tornar aquilo que é desconhecido em conhecido. Os
conhecimentos de um grupo circulam pelas comunicações, e Moscovici (2003, p. 54) explica
que “[...] a finalidade de todas as representações é tornar familiar algo não familiar, ou a
27
própria não familiaridade”.
Amparado no entendimento de que as RS agem sobre a forma como os grupos
se relacionam na sociedade, e como se dão as comunicações entre eles. Abric (1998), ensina
as quatro funções das RS:
A função de saber permite ao sujeitos formular conhecimentos para
compreender e explicar o cotidiano vivido. De acordo com as necessidades de cada grupo, são
construídas as referências comuns, partilhadas por seus integrantes. Isso faz com que os
saberes constituam suporte para que o grupo entenda, explique e dê sentido à realidade.
A função identitária possibilita que as RS alberguem os indivíduos dentro de
um mesmo espaço, para elaborar uma identidade social comum e positiva dentro do grupo de
pertença. Essa função é responsável pela identificação dos indivíduos com o grupo de
inserção.
A função de orientação guia os comportamentos e as práticas. Representa um
sistema capaz de antecipar as expectativas, fazendo com que se opte pelo certo ou pelo errado
em determinado contexto. No dizer de Abric (1998, p. 30), “[...] refletindo a natureza das
regras e dos elos sociais, a representação é prescritiva de comportamentos ou de práticas
obrigatórias. Ela define o que é lícito, tolerável ou inaceitável em um dado contexto social”. O
fato de ser prescritiva sujeita aqueles que dela participam.
Jodelet (2001, p. 17) explica tal função, ao descrever que as RS: “[...] nos
guiam no modo de nomear e definir conjuntamente os diferentes aspectos da realidade diária,
no modo de interpretar esses aspectos, tomar decisões e, eventualmente, posicionar-se frente a
eles de forma defensiva”.
A função justificadora permite que os participantes de um grupo avaliem,
expliquem, orientem e justifiquem suas condutas em determinadas circunstâncias vivenciadas
ou ante seus companheiros.
Conclui-se que as RS levam as pessoas a agir de determinada forma, a se
deixar conduzir por aquilo em que acreditam e a justificar seus atos. Assim, é possível
compreender as funções das RS como forma de dar sentido às condutas dos indivíduos.
Acredita-se, portanto, que ao conhecer as RS dos docentes de ensino
fundamental, acerca de suas atividades, é possível acessar os conhecimentos que construíram
no decurso de sua história e que os guiam e identificam enquanto grupo e as formas utilizadas
para se justificarem diante dos posicionamentos que assumem.
Moscovici (1978) distinguiu as representações sociais em três tipos:
hegemônicas, polêmicas e emancipadas. Wagner (1998) define os tipos de RS. As
28
hegemônicas são as compartilhadas por todos os membros de um grupo. Transmitidas ao
longo dos anos, elas estão enraizadas no pensamento e no comportamento do grupo.
Consideradas autônomas, pois nascem de subgrupos com idéias diferentes, as
representações emancipadas são originárias da interação entre os sujeitos que compõem os
segmentos sociais, também produzidas pela circulação de conhecimentos.
As representações polêmicas são formadas por conseqüência de controvérsias e
conflitos e têm validade por um tempo determinado, em geral agrupando menor número de
adeptos.
Para compreender e analisar o funcionamento de uma representação é
indispensável identificar seu conteúdo e sua estrutura. Utilizou-se para isto da teoria do
Núcleo Central (NC) proposta por Abric (2003, p. 38):
Uma representação social é um conjunto organizado e estruturado de informações,
crenças, opiniões e atitudes; ele constitui um sistema sóciocognitivo particular,
composto de dois subsistemas: um sistema central (ou núcleo central) e um sistema
periférico.
A teoria propõe o estudo das representações acerca de um objeto social,
estruturando um saber, e apresenta como característica específica sua constituição: uma parte
mais rígida conhecida como NC e outra mais flexível denominada de sistema periférico.
Abric (2003, p. 39), explica:
Se as representações têm um núcleo, é porque elas são uma manifestação do
pensamento social; e em todo pensamento social; uma certa quantidade de crenças,
coletivamente produzidas e historicamente determinadas, não podem ser
questionadas, posto que elas o o fundamento dos modos de vida e garantem a
identidade e a permanência de um grupo social.
O NC oferece resistência a mudanças e é composto por vocábulos de consenso
que revelam crenças arraigadas nos grupos, mantendo, assim, a identidade.
Para Abric (2003), as modificações no núcleo central podem transformar as
representações. Quando as RS estão homogêneas no grupo, localizam-se no NC, tornando-se
estáveis e rígidas, pouco sensíveis ao contexto. Agora, quando possibilitam a integração das
práticas e histórias individuais, ficam no sistema periférico, são flexíveis, mais suscetíveis a
mudanças.
Os elementos periféricos concretizam, regulam e preservam os
comportamentos, individualizam as representações, enquanto protegem o NC, diz Abric
(2003).
Eventos de ordem tanto social como econômica influenciam as RS, embora os
elementos do NC tenham certa durabilidade no tempo; ainda assim, podem sofrer
29
modificações.
Tanto o NC como os elementos periféricos funcionam como uma entidade,
embora cada um desempenhe seu papel, um complementa o outro.
Abric (2003, p. 41) esclarece ainda dois elementos no NC:
Os elementos normativos são diretamente originados do sistema de valores dos
indivíduos. Eles constituem a dimensão fundamentalmente social do núcleo e da
representação, pois ligada à história e à ideologia do grupo. o eles que
determinam os julgamentos e as tomadas de posição relativas ao objeto. Os
elementos funcionais são associados às características descritivas e à inscrição do
objeto nas práticas sociais ou operatórias. São eles que determinam as condutas
relativas ao objeto. (ABRIC, 2003, p. 41).
Pode-se dizer que os elementos normativos estão ligados aos valores e normas
do grupo de pertença, ao passo que os funcionais definem as práticas. O que possibilita
afirmar que realizam dois papéis: ora de avaliação, ora de ações.
Flament (2002) se posiciona acerca da estrutura das RS, afirmando
primeiramente, que usa o termo estrutura para todo o bloco de atributos, e toda mudança que
ocorrer dentre os componentes estruturais, automaticamente, produzirá modificações. O que
permite concluir que tanto qualitativamente como quantitativamente qualquer enunciado
diferente, pode produzir mudanças nas representações.
Ilumina ainda Flament (2002), consenso não quer dizer unanimidade, pois,
alguns aspectos podem não ser revelados pelos sujeitos. Há, portanto, que interpretar tanto as
maiorias como as minorias. Para o autor nem sempre o que é ditado por muitos é norma,
muitas vezes é consenso obrigatório. Com receio de sofrer sanções, enuncia-se o discurso que
não compromete o sujeito.
A Professora Doutora Suzana Menin, (2006) ao realizar seminário no GPEP,
sobre os aspectos normativos e funcionais das representações, ensinou que para Flament, os
elementos centrais, guardam as significações não negociáveis, e o sistema periférico, as
normais, negociáveis. O sistema periférico define a normalidade de uma representação, aquilo
que é freqüente e desejável numa situação para uma população dada, enquanto que o sistema
central define o que necessário.
Na pesquisa desenvolvida, recorreu-se a outros teóricos que têm vínculos com
a TRS, para entender alguns aspectos específicos sobre educação, escola, professores e
atividades docentes.
30
1.2 Representações Sociais, Educação, Escola e Atividades Docentes
Jodelet (2005) ensina que o campo da educação oferece um espaço privilegiado
para o estudo das relações entre o vivido e as RS. As experiências oferecem um terreno rtil
para investigação quando incluem as dimensões emocionais, a linguagem e o discurso, além
de outros aspectos do conhecimento. Destaca, ainda, a importância da subjetividade dos
envolvidos, considerando as ações, as práticas e também os contextos de vida.
Alves-Mazzotti (1994, p. 60-61) explica a importância do estudo das RS
aplicado à educação:
O estudo das representações sociais parece ser um caminho promissor [...], na
medida em que investiga justamente como se formam e como funcionam os sistemas
de referência que utilizamos para classificar pessoas e grupos e para interpretar os
acontecimentos da realidade cotidiana. Por suas relações com a linguagem, a
ideologia e o imaginário social e, principalmente, por seu papel na orientação de
condutas e das práticas sociais, as representações sociais constituem elementos
essenciais à análise dos mecanismos que interferem na eficácia do processo
educativo.
(1998, p. 39) sobreleva a relevância do estudo de RS, afirmando que os
assuntos relacionados com a educação “[...] são quase co-extensivos da própria vida cotidiana,
onde é amplamente mobilizado o conhecimento das representações sociais”.
Recente trabalho de Menin e Shimizu (2005), com o objetivo de fazer um
levantamento das pesquisas que utilizaram TRS como referencial teórico, realizadas na área
da educação e apresentadas em congressos nacionais e internacionais, entre os anos de 2000 a
2003, encontraram 138 produções brasileiras. Em muitas, os professores foram os sujeitos das
pesquisas; as atividades docentes também são citadas, porém com enfoques diferentes.
Madeira (1998) argumenta que a educação não se restringe tão à escola.
Trata-se de processo amplo que envolve o homem no contexto de seu viver e de seu fazer. A
autora diz que somos todos aprendizes e ensinantes, numa interlocução com o outro.
Em qualquer momento, em leituras de mundo, na convivência, trocas afetivas,
nos mais diversos momentos se formam os processos educativos das pessoas, em espaços e
tempos particulares.
Madeira (1998, p. 115) enfatiza a distinção entre escolarização e educação,
frisando que não se deve reduzir o processo educacional a um único espaço social para
realizar a função de ensino e aprendizagem. Daí o seu entender: “A escola, [...] está instituída
como lócus por excelência deste binômio, mas não esgota o processo educacional global, nem
31
se concretiza a revelia do mesmo, pois o atualiza em suas relações e práticas”.
A escola é um espaço social onde se encontram pessoas com histórias de vida
diferentes e as mais variadas experiências. Essa heterogeneidade social e cultural torna a
escola um local propício para que se promovam interações entre os sujeitos que dela fazem
parte. É nesse espaço que alunos e professores, segmentos indispensáveis e razão de ser da
escola, constroem suas biografias e suas representações.
Madeira (2001, p. 125) conceitua educação como:
[...] processo pelo qual, em diferentes contextos históricos-estruturais e com
finalidades, níveis, formas e graus de sistematização diversos, a cultura e o
conhecimento são continuamente transmitidos e (re)construídos, envolvendo a
totalidade do sujeito em suas relações com o(s) outro(s). Este processo constitui-se
na articulação de relações interpessoais grupais e intergrupais demarcadas pela
pluralidade de culturas. Integra as contradições do próprio sujeito e da totalidade
social que conta com este processo como um de seus mecanismos de estabilização.
No processo educacional, os sujeitos interagem, promovem trocas,
comunicações, construções de saberes, marcados pela presença de diversos grupos, culturas e
contradições.
Segundo Madeira (1998), uma integração entre sujeito e objeto. Assentado
nas informações, o sujeito se apropria do objeto e lhe atribui sentido, num processo de
reconstrução. Esse processo pode ser considerado construções psicossociais que integram a
história pessoal de indivíduos à dos grupos com que interagem.
No dizer de Loureiro (2003, p. 114), a educação não sucede apenas dentro da
instituição educacional, pois:
Tanto professores quanto alunos são sujeitos sociais, cujas relações com o
conhecimento e sua transmissão estão mediadas pela importância deles para os
processos concretos de vida tanto de uns, quanto de outros, no interior dos grupos
sociais em que concretamente produzem suas vidas.
A TRS permite averiguar como os indivíduos, através de suas interações
sociais, assimilam, veiculam e constroem conceitos e imagens. Nessa perspectiva, Hollanda
(2001) assinala que o estudo das representações sociais se torna crucial, para o entendimento
de processos que norteiam as condutas assumidas pelos sujeitos envolvidos na interação
pedagógica.
Formada por pessoas com suas representações sociais, a escola também está
sujeita a mudanças, tendo em vista que acompanha todas as passagens históricas, sociais e
políticas vigentes.
Segundo Arroyo (2000), o trabalho na educação envolve um dos ofícios mais
32
perenes da formação humana, cujas práticas se orientam por saberes e artes aprendidas desde
o berço da história cultural e social, no que diz respeito tanto a conhecimentos teóricos como
a emocionais, atrelados à percepção e à emoção.
Sobre a profissão docente, Tardif e Lessard (2005, p. 36) apontam posturas
ainda hoje adotadas que remontam à origem da história da escola em que “Ensinar era
sinônimo de obedecer e de fazer obedecer”. Esses são resquícios cujas raízes se encontram no
éthos religioso da profissão, época em que a prática da docência era fundamentada na
obediência cega e mecânica, professada por eclesiásticos.
Mais recentemente, a educação se tornou instrumento de emancipação. Ao
professor, coube uma missão de fundo laico e profano à luz do conhecimento, com a
finalidade de formar cidadãos esclarecidos. Tardif e Lessard (2005) acrescentam que o estado
assumiu outro discurso. O professor passou a ser considerado agente social, investido das
mais variadas missões de acordo com as ideologias e os contextos sociais, políticos e
econômicos.
Esses autores ainda ponderam que, na sociedade, se mudam valores e
finalidades no decorrer do tempo, mas permanece a certeza de que a docência é um oficio
moral.
Tardif e Lessard (2005), ao se referirem sobre o trabalho docente e seu objeto
humano, argumentam que trabalhar não é exclusivamente transformar um objeto em alguma
outra coisa. Acima de tudo, é envolver-se nas atividades de modo que o trabalhador seja
transformado por seu trabalho. Nessa perspectiva, o professor envolvido no seu trabalho
reflete, se humaniza, aprende, ensina e se transforma.
Para identificar as características que marcam o trabalho dos professores, esses
autores cita a célula classe não como espaço físico, mas, especialmente, como fonte de
tensões e dilemas. A docência se define como atividade autônoma e solitária e, ao mesmo
tempo, impõe que o professor assegure a ordem na sala de aula, que trabalhe com visibilidade
perante os grupos, que interaja.
Visto desse ângulo, o magistério constitui atividade social fundamental, desde
a sua organização até o final de seu processo.
As ações humanas geram significados, porém nem todas fazem história. De
acordo com Codo e Vasques-Menezes (1999), quando se trata do professor, cada gesto, cada
palavra, cada movimento do olhar tem um lugar reservado para o futuro do outro, do país e do
mundo. Os professores são modelos, ao exercerem suas atividades.
Moscovici (1978) destaca que o homem não retém as informações ou
33
conteúdos da maneira como são repassados. Ao contrário, reformula-os e, dessa forma,
comprova que é um ser ativo no mundo. O professor, como sujeito social, está enredado numa
teia de representações que influencia sua forma de agir e pensar.
As condições sociais, políticas e econômicas exercem profundas mudanças no
corpo social, atingindo também o professor. Alves-Mazzotti (2003), ao refletir sobre esse
assunto, aponta que as ações docentes são desafiadas pelas exigências que a sociedade impõe,
atualmente, aos professores. Responsabilizam a todos pela educação, porém não lhes
oferecem o preparo necessário ante o que lhe é exigido. Diante disso, o papel do professor e a
função da escola são colocados em xeque.
Candau (2000, p. 12) faz a seguinte ponderação acerca da profissão docente:
A problemática da desvalorização do profissional da educação é outro aspecto
presente [...]. O movimento de reformas educacionais que atravessa o continente
privilegia as questões curriculares e o tem seu principal foco no educador.
Obedece às propostas dos organismos internacionais e, em geral, desconhece os
movimentos dos educadores e a experiência teórica e prática acumulada pelos
profissionais e pesquisadores da área de educação no continente.
É possível que o professor exerça suas atividades docentes com pouco encanto,
muitas vezes por se sentir desvalorizado. Mudanças ocorridas no contexto social, reformas
educacionais, aumentam as responsabilidades e, muitas vezes, não leva em conta os saberes
dos docentes e a realidade brasileira. Isso implica um mal-estar para muitos, pois alguns têm
dificuldade para se acomodar às novas exigências e aceitar as imposições.
Madeira (1998, p. 248) sobreleva que a importância dos estudos na área da
educação acerca de representações dos atores sociais envolvidos está na busca e descoberta de
“[...] explicações para além de certezas cristalizadas”. Infere-se daí que é preciso destituir
idéias antigas, para ver e compreender as relações do presente e as representações que as
encartam.
Com a intenção de detectar e analisar as representações sociais dos professores
do Ensino Fundamental sobre suas atividades docentes, investigou-se o que é ser professor;
os motivos para ser professor; as razões para permanecer na profissão; os relacionamentos
entre professores e destes com alunos; as perspectivas em relação ao futuro dos
profissionais; a rotina escolar e o modo como avaliam seus alunos. Assim, pretende-se
desvelar as RS vigentes hoje nas escolas municipais de Cuiabá sobre o objeto estudado.
Inicialmente, foi feito um levantamento bibliográfico para conhecer os estudos
realizados. Alguns que apresentam semelhanças com esta investigação, serão citados
doravante.
34
Recente pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas para a
Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO, 2004) procurou investigar O Perfil dos
Professores Brasileiros: o que fazem, o que pensam, o que almejam, utilizando, para a coleta
de dados, um questionário que abarcou 5.000 professores do Ensino Fundamental e Médio,
nas escolas públicas e privadas das 27 Unidades da Federação. Intentava conhecer o perfil do
professor brasileiro, suas percepções sobre as situações vividas no trabalho e fora dele.
Essa pesquisa contribuiu com a investigação em andamento, tanto para a
construção do instrumento de coleta de dados como para a análise.
Ao tomar o primeiro bloco de questões referentes à questão da identidade do
professor: O que é ser professor?Quais os motivos para ser? e quais as razões para
permanecer? várias pesquisas contribuíram. Algumas merecem ser pontuadas.
Therrien (1996), com sua tese de doutorado Trabalho docente: uma incursão
do imaginário social brasileiro. Nesse trabalho, ao analisar a desvalorização social do
trabalho docente, conclui que os professores reconhecem a existência dessa representação em
contraste ao que já existia sobre a profissão. Eles acreditam que, ao ampliar a oferta de
oportunidades educacionais à população brasileira, criou-se um mercado de força de trabalho,
porém atribuiu-se desvalorização aos sujeitos.
A autora anteriormente referida, afirma que as representações sociais de
professor, formuladas por eles, foram apreendidas com base nas concepções que estes
elaboram sobre o que acreditam ser professor, profissão e trabalho docente.
Ponciano (2001), em sua pesquisa Representação social de professores sobre a
profissão docente, revela dados sobre a escolha da profissão, permeando entre o achar fácil o
exercício da docência até o ser reconhecido por um trabalho heróico.
Segundo essa autora, a representação social sobre a profissão é resultante da
atuação prática e da necessidade de produzir um discurso comum no grupo, afirmando que
não só as representações orientam as ações, mas estas também produzem representações.
Lapa e Bueno (1995) com o título Professores, desencanto com a profissão e
abandono do magistério, apontam a questão do abandono do magistério público na rede de
ensino do Estado de São Paulo, nos anos de 1990 a 1995. Sua análise revela que, além dos
baixos salários, as precárias situações, a insatisfação no trabalho e o desprestígio profissional
estão entre os fatores que mais contribuem para que os professores deixem a profissão
docente.
Gomes (2005), ao pesquisar Identidades profissionais e representações
sociais: a construção das representações sociais sobre “ser professor”, conclui que os
35
professores aceitam mudanças e estão abertos a nova identidade, porém não querem
abandonar a idéia de que se deve ensinar com compromisso social. Reconhecem o docente
como construtor da escola e da sua identidade.
Costa (2005), com o trabalho Os fardos que podem acompanhar a atividade
docente ou de como o mestre pode devir burro (ou camelo), revela alguns processos e
sintomas implicados na produção de mal-estar e o que anima a condução do processo
educacional.
Alves-Mazzotti (2005b), com a pesquisa Representações da identidade
profissional docente, detectou resultados evidenciam diferenças nas RS entre os grupos de
a 4ª e de 5ª a 8ª séries, sobre o que é ser professor.
Segundo aquela pesquisa, a desvalorização profissional do professor afeta mais
a identidade dos docentes do primeiro segmento. Eles se obrigam a assumir funções da
família, responsabilizam-se sozinhos pelos fracassos dos alunos. Diferentes destes, o grupo de
a séries divide a docência com os colegas e se respalda em suas especializações para
fugir da desvalorização do magistério.
Quais os motivos para ser professor e o que garante a permanência na profissão
foram questões levantadas e estudadas, utilizando-se, por igual, de trabalhos já realizados.
Arroyo (2000), em seu livro Oficio de mestre, esclarece que está se tentando
superar uma herança social vinculada ao professor. Porém, a imagem do mestre divino,
salvador, construída historicamente, ainda desponta como um dos motivos para exercer a
docência e também permanecer nessa profissão.
Soratto e Olivier-Heckler (1999) no artigo intitulado O trabalho do professor,
destaca a escola como oficina de trabalho e fazem referência ao profissional trabalhador. Na
conclusão, dizem que os professores se revelam satisfeitos, comprometidos, considerando-se
privilegiados por satisfazer desejos que são de todos: mudar o mundo por meio de sua ação,
transformar com seu trabalho a si mesmo e ao outro, inventar um futuro a partir do seu
próprio gesto. Isso aflora como bom motivo para ser professor.
Em outro artigo Os trabalhadores e seu trabalho, Soratto e Olivier-Heckler
(1999) mostram todas as dificuldades e desalentos da profissão que, desde o inicio, fora
sempre marcada por dificuldades, como baixo salário, desvalorização social. Porém, muitos
professores entreabriram estas respostas: gosto da atividade que realizo e não me vejo fazendo
outra coisa; gosto de ensinar, quando tenho interesse; não me importo nem de passar do
horário; gosto de inovar os métodos de ensino ou levo em conta o sucesso e a satisfação dos
alunos no ato de aprender. Essas as boas razões para permanecerem na profissão, apesar das
36
dificuldades que se lhe deparam.
Ponciano (2001) revela, em sua pesquisa, que o professor se sente herói na
profissão, ao considerar que pode mudar a sociedade, transformar a realidade, conquistar e
influenciar os alunos. Com essas possibilidades, o professor se sente fortalecido para
permanecer no exercício da docência.
Tura (2005), na pesquisa A representação social do ser professora, afirmou
que a construção da RS transitava entre a valorização do magistério, a importância da
atividade docente para a formação humana e do cidadão e a construção de uma sociedade
mais justa e democrática. Essa investigação sinaliza uma identificação positiva como bom
motivo para escolher a profissão.
Alves-Mazzotti (2005b) pinça em sua pesquisa, os motivos citados pelos
professores para se manter no magistério. A esse questionamento, os professores revelaram a
satisfação de estar com as crianças, as influências recebidas de amigos, familiares e
professores, somados à falta de opção para o trabalho.
Segundo Zagury (2006), os professores que atuam nas salas de aula são os
heróis anônimos que enfrentam as dificuldades e continuam na luta de todo dia, em busca de
um Brasil melhor. Nessa esteira querem continuar exercendo a sua profissão.
O quarto e quinto motes versam sobre os relacionamentos, O que seus colegas
comentam sobre os relacionamentos entre professores? E entre os professores e os alunos?
Possibilitam refletir sobre um dos pilares da educação: aprender a viver juntos, que é uma
necessidade atual, aprendizagem para a vida.
Muito se tem discutido sobre relações sociais no trabalho, por compreender que
a humanização do trabalho está interligada com esse tema. Segundo Soratto e Ramos (1999),
ao apresentarem a pesquisa: Bournout e relações sociais no trabalho, afirmam que mudou a
concepção de relacionamentos no trabalho. Dizem que hoje o investimento é colher os
benefícios ligados ao bem-estar e à produtividade, que estão diretamente presos ao
relacionamento, incluindo cooperação, qualidade dos vínculos e desejo de trabalhar em
conjunto. Isso é fundamental, no entender desses autores, nas escolas.
De acordo com Soratto e Olivier-Heckler (1999, p. 119), “O professor o
consegue ensinar se não fizer um vínculo afetivo com seus alunos”. Sendo assim, a
afetividade es ligada ao interesse em aprender, pois o significado do conteúdo depende do
interesse do aluno que relaciona o professor com o objeto do conhecimento.
Codo e Gazzotti (1999) ponderam que o professor estabelece um jogo de
sedução com o aluno, em que aquele conquista e desperta o interesse deste, comportando
37
investimento de energia afetiva canalizada para o ensino e a aprendizagem.
Os resultados da pesquisa realizada pela UNESCO (2004) apontam que uma
parcela de professores encontra dificuldades para trabalhar com o segmento juvenil. Eles
acreditam que a relação entre professor e aluno deveria ser de confiança e crença na
capacidade do educando.
No sexto mote, questionou-se: O que seus colegas falam a respeito das
perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da educação? Encontraram-se vários
trabalhos sobre o assunto, entre eles um recente, realizado no Grupo de Pesquisa em
Educação e Psicologia (GPEP), sobre a escola do presente, passado e futuro. Silva (2004)
fisgou, em um grupo de professores de Cuiabá da rede pública, representações da escola do
futuro como a ideal, valorizando o trabalho docente.
Soratto e Olivier-Heckler (1999) iluminam que houve modificação na
consideração com que a sociedade distingue o professor. Os docentes gozavam de elevado
status, que nos tempos atuais é estabelecido, primordialmente, a partir dos critérios
econômicos.
Medo da profissão no futuro, das substituições por máquinas, e das mudanças
sociais e econômicas que afetam todos os setores de produção são fatores apontados por
Gadotti (2000) como desestímulos ao professor.
Nessa mesma linha de raciocínio, Lopes e Sales (2005), com a pesquisa
Profissão de professor: representações sociais de licenciandos relatam que as representações
sociais detectadas sobre a profissão manifestam desvalorização do ofício docente. À luz
desses autores, as atitudes pessimistas e os conteúdos negativos têm afetado o profissional
docente de maneira que se evidenciam dificuldades na formação do futuro profissional.
Outros estudos apontam para a premissa de que o salário do professor e alguns descasos
observados não são atrativos para formar novos professores.
No referente à sétima questão elaborada, Descreva a rotina escolar, o que é
que os professores fazem, normalmente, nesta escola?, é de salientar, alguns artigos tratam do
assunto.
Tardif e Lessard (2005) nos asseveram que o ensino é uma ocupação complexa
e que cada vez aumenta consideravelmente a diversidade de outras tarefas além da sala de
aula. Dizem ainda que alguns trabalhos são invisíveis.
O professor executa muitas atividades que compõem o exercício magisterial,
como o planejamento anual, diário, as atividades, correções, as avaliações, reuniões, relatórios,
conselhos de classe, participação no projeto político pedagógico, nas demandas sociais da
38
escola ou do próprio bairro. Algumas atividades são realizadas a sós, outras em grupos com
alunos, e outras com colegas e administração. Soma-se a tudo isso a própria aula, o ensinar.
Pode-se assegurar que o trabalho do professor é composto por vários
processos: possibilita a expressão da criatividade, estimula seu crescimento pessoal e
profissional, permite que se sinta dono do processo, responsável pelos resultados. Tudo isso
a dimensão da responsabilidade que está sob as mãos do professor, mas também o prazer
de se sentir importante para o outro, o que o enriquece do ponto de vista afetivo.
No último mote, O que seus colegas comentam sobre o modo como avaliam
seus alunos?, também se encontrou pesquisas a esse respeito.
Santos e Jardilino (2002), no artigo As representações e o processo avaliativo,
anunciam que quando esse é o tema, sobram perguntas e dúvidas, e muito poucas certezas,
pois consideram esse tema vasto e controverso.
Mediano (1988), no artigo A avaliação da aprendizagem na escola do grau,
enfatiza que o primeiro problema da avaliação é a conceituação dessa sistemática: uns a
utilizam como juízo de valor, outros como data marcada de testes, para outros é uma testagem
mensal. Essa falta de clareza implica a prática da avaliação utilizada na maioria das escolas
brasileiras. Somado a isso, destaca-se também a falta de critérios claros e objetivos e a falta de
tempo para gerir melhor o processo.
Hoffmann (2003, p. 149) propõe uma avaliação próxima da vida. Para ela, “Se
a avaliação na vida tem gosto de recomeçar, de partir para melhor, de fazer muitas outras
tentativas, por que, na escola se mantém a sentença?”. Acrescenta ainda que, na avaliação
mediadora, é fundamental à proximidade de quem educa e do educando. Portanto, é
necessário o diálogo entre o saber e o fazer.
Demo (2004) aponta que, ao invés de se estabelecer a progressão continuada
que daria outras oportunidades para o aluno aprender, foi implantada a progressão automática,
que empurra os alunos sem que este adquira conhecimentos. A esse respeito Alves-Mazzotti
(2005b) grifa que os professores reclamam que são cada vez mais cobrados, exige-se deles
mais e mais, enquanto cada vez se cobra menos dos alunos. A aprovação automática das
escolas cicladas é motivo de críticas dos professores, alegando que os alunos não estudam
mais, pois sabem que vão ser aprovados.
Os oito motes indutores se complementam. A fim de dar respostas a esta
investigação, os trabalhos e as pesquisas citados contribuirão para que se proceda a estudos e
reflexões, ao analisar os professores que exercem a profissão em Cuiabá e as atividades que
eles desenvolvem nas escolas geridas pelo município.
39
Apesar dos trabalhos apresentados serem, quase todos, de outras cidades
brasileiras, as análises finais estarão voltadas para o cenário em apreço.
40
2 METODOLOGIA
Este capítulo descreve aspectos do método utilizado na pesquisa, expõe
inicialmente o universo que abrange o cenário, o espaço, os sujeitos e seu perfil.
Na seqüência, apresenta o trabalho no campo que se refere ao estudo piloto e
coleta definitiva. Após, expõe as técnicas e instrumentos utilizados para a coleta dos dados, a
categorização dos atributos recolhidos e também os softwares com seus programas e sua
operacionalização.
2.1 Universo da pesquisa
2.1.1 O Cenário
Esta pesquisa se desenvolveu em Cuiabá, capital do Estado de Mato Grosso,
localizada no Centro-Oeste brasileiro.
Nos últimos trinta e cinco anos, a cidade quintuplicou sua população
conforme pode ser visto no gráfico 1.
100.860
212.980
297.333
383.817
462.740
483.346
533.801
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
1970 1980 1985 1990 1995 2000 2005
Gráfico 1 Crescimento populacional de Cuiabá nos últimos 35 anos
Fonte: IBGE/DATASUS disponível em www.datasus.gov.br
De acordo com o IBGE, Cuiabá contava, em julho de 2005, com 533.801
41
habitantes, distribuídos numa superfície de 3.538,17 km
2
, somadas as áreas da cidade e do
campo, 251,94 km
2
correspondem à macrozona urbana.
Em 1994, criaram-se as administrações regionais, e o município foi repartido
em quatro territórios, conforme mostra a tabela 1.
Tabela 1 - Regiões de Cuiabá com suas áreas
e percentual de ocupação
Regiões
Km
2
Norte
30,70
12,19
Sul
128,63
51,06
Leste 46,01 18,26
Oeste
46,60
18,50
Total
251,94
100,00
Fonte: IBGE/DATASUS disponível em www.datasus.gov.br. Acesso em 05 de julho de 2006
A Região Norte detém a menor área da cidade. A Sul contempla o maior
espaço. Leste e Oeste as intermediárias, ocupam aproximadamente a mesma superfície.
O número de habitantes das regiões também diverge, a ser corroborado pelo
gráfico 2. A Região Norte, detentora da menor área, abriga o contingente populacional
maior. De outro lado, a Sul de maior esfera, aglutina o menor número de pessoas. A Leste é
a segunda em população, cabendo à Oeste o terceiro posto.
914
2362
3099
3427
Sul
Oeste
Leste
Norte
Gráfico 2 Densidade demográfica cuiabana, por região administrativa
Fonte: IBGE/DATASUS disponível em www.datasus.gov.br. Acesso em 05 de julho de 2006
Esta pesquisa acompanhou a demarcação administrativa, porém os dados
populacionais não foram tomados como critério para proceder à distribuição dos sujeitos,
pois, se verificou que o número de escolas não equivale ao número de habitantes. As
unidades educacionais obedecem a um posicionamento de localização para atender às
comunidades, e em alguns locais escolas administradas pela Secretaria do Estado. Cabe
a elas, então, tanto o Ensino Médio como o Fundamental.
No ano de 2005, Cuiabá albergava com 78 escolas municipais que ofereciam
42
ensino fundamental, distribuídas nas quatro regiões, conforme mostra a ilustração 1.
Ilustração 1 Mapa do município de Cuiabá com destaque nas escolas percorridas
Fonte: Perfil Sócioeconômico de Cuiabá. Prefeitura Municipal de Cuiabá IPDU/AS&M, 2004.
2.1.2 O espaço da Pesquisa
A educação em Cuiabá passou pelo processo de mudança que ocorreu em
quase todo o país. Foi realizada uma divisão, encarregando-se o Estado do Ensino Médio,
cabendo ao município o Ensino Fundamental e as Creches.
De acordo com o caderno Escola Sarã, divulgado pela Secretaria Municipal de
Educação de Cuiabá (SME) e pela Prefeitura Municipal, no ano de 1999, com a preocupação
de garantir o atendimento democrático e a qualidade da educação, reestruturaram-se as
políticas pedagógicas na tentativa de construir a escola pública democrática, autônoma,
descentralizada e participativa.
Desde 1986, após estudos e discussões no interior das escolas, foi elaborado
um documento inicial com o objetivo de diagnosticar a realidade das escolas municipais.
Alicerçado nesse documento, foi possível uma reorganização curricular na rede municipal de
Cuiabá destinada ao Ensino Fundamental (EF), mediante um convênio celebrado entre a
Secretaria Municipal de Educação e a Universidade Federal de Mato Grosso.
Esse processo gerou mudanças e reformulações que mais tarde culminaram na
escola ciclada, fenômeno que também ocorreu em vários Estados brasileiros. O objetivo
43
principal do projeto era evitar as rupturas e a excessiva fragmentação do percurso escolar que,
supostamente, eram os responsáveis pelo evidente fracasso, tanto da evasão como da
reprovação.
Ainda que somente o tempo escolar não levasse à obtenção de resultados
profícuos, as mudanças se operacionalizaram, reestruturando-se o currículo, os planejamentos,
as práticas pedagógicas e a avaliação.
A Escola Sarã se tornou realidade em Cuiabá, na qual o Ensino Fundamental
passou a aglutinar 9 anos de escolaridade, perfazendo três ciclos de formação. O primeiro,
chamado de ciclo básico inclui a classe de alfabetização e as duas primeiras séries; o segundo
ciclo abrange a terceira, quarta e quinta séries; ao terceiro e último ciclo se associam as três
últimas séries do EF.
A implantação ocorreu de forma gradativa, e a culminância desse processo se
deu em 2002, com todos os ciclos em andamento. Entretanto, algumas escolas ainda
permanecem no sistema seriado.
Foram criadas as salas de superação, para atender aos alunos que apresentam
defasagem de idade e ciclo. Estes poderiam avançar desde que se demonstrassem capazes,
sem necessariamente precisar esperar os ciclos completos. Além disso, foram implantadas as
salas de apoio com vista a atendimentos específicos a alunos com dificuldade de
aprendizagem.
O tempo de trabalho do professor foi reduzido de 40 para 32 horas semanais,
para aqueles que têm jornada dupla. Quanto aos que trabalham contrato de 20 horas, reduziu-
se, para 16 horas, o serviço em sala de aula. Dentro desse universo, encontram-se os docentes
do EF que lecionam para as turmas de 5ª a 8ª séries, sujeitos desta pesquisa.
2.1.3 Os Sujeitos
Segundo dados da Secretaria Municipal de Educação, fornecidos pela Diretoria
Pedagógica (DIPE), o município de Cuiabá agasalhava um total de 1.968 professores,
lecionando, em 2005 nas 78 escolas do perímetro urbano. Destes, 1.668 atuavam como
efetivos e 300 como contratados. Dado que alguns desses trabalhavam em duas escolas, o
número aqui apresentado corresponde a funções docentes, e não a pessoas físicas.
Uma vez que alguns professores se encontravam em licença especial, tanto
médica como para estudo, somados aqueles que trabalhavam no período noturno, foram
excluídos da pesquisa 25% dos docentes, acresça a esses os 35% que lecionavam na educação
44
infantil e nas séries iniciais do EF. Daí se infere que, entre os 1.968 anunciados na rede
pública municipal, recorreu-se a 959 para preparar a amostra.
Tabela 2 Universo e amostra dos professores e escolas da rede municipal, por região
Universo
Amostra
Regiões
Professores
Escolas
Professores
Escolas
%
Norte
241
25,13
16
20,51
72
23,61
7
21,87
Sul 273 28,47 23 29,49
93 30,49 7 21,87
Oeste 165 17,21 17 21,80
59 19,44 6 18,75
Leste
280
29,19
22
28,20
81
26
,56
12
37,51
Total
959
100,00
78
100,00
305
100,00
32
100,00
Fonte: Secretaria Municipal de Educação Municipal, maio de 2005, Cuiabá-MT, com cálculos complementares.
Optou-se por verificar a quantidade de escolas municipais por região e se
procedeu a um sorteio simples, aleatório. Inicialmente, vinte escolas foram selecionadas,
cinco em cada região. Os professores que estavam disponíveis nas unidades visitadas foram
eleitos os sujeitos da pesquisa. Porém, ao iniciar a coleta, havia alguns estabelecimentos que
ofereciam somente as primeiras séries ou ciclos de ensino. Diante disso, outras unidades
foram destacadas, obedecendo ao mesmo critério, dai por que, o percentual de sujeitos e
escolas por região não é equivalente.
A Região Leste, por exemplo, que comporta o maior número de professores,
oferece mais turmas da primeira à quarta série. Considerando que os professores procurados
para esta investigação pertencem ao quadro fundamental da à 8 ª série, ou ciclos referentes,
foi dificultada a obtenção inicialmente desejada, assentada na correspondência exata do
percentual de professores.
Constatou-se ainda que muitas escolas mantinham apenas as turmas dos dois
primeiros ciclos, ou seja, a a quinta rie. E essa série, denominada de terceira etapa do
segundo ciclo, é regida por um pedagogo. Muitos desses professores foram investigados,
porém, com o intento de conhecer licenciados em outras áreas, à medida que não se dispunha
de quantidade suficiente, partia-se para outras escolas nas imediações, até formar o quadro
aproximado para cada região.
Na conclusão, a coleta de dados contou com 32 unidades, o que significa 41%
do total da rede municipal, e 305 sujeitos, que corresponde a 31,8% do total da amostra.
A quantidade dos sujeitos foi tomada como amostra, tendo em vista que, em
estudos anteriores, o GPEP detectou que a estabilidade das respostas sucede com base em
dados coletados com, no mínimo, três centenas de sujeitos.
O quadro 1 ilustra as escolas municipais que participaram da pesquisa, nas
45
respectivas regiões.
REGIÕES
ESCOLAS MUNICIPAIS
Antonia Tita Maciel de Campos
Dejani Ribeiro Campos
Gracildes de Melo Dantas
Lenine de Campos Póvoas
Madre Marta Cerutti
Orzina do Amorim Soares
Região Norte
Rafael Rueda
Ana Luíza Prado Bastos
Constança Figueiredo Palma
Maria Dimpina Lobo Duarte
Maximiano Arcanjo da Cruz
Ministro Marcos Freire
Osmar José do Carmo Cabral
Região Sul
Treze de Setembro
Alzira Valladares
Francisval de Britto
Marechal Cândido Mariano de S. Rondon
M
aria Eunice Duarte de Barros
Esmeralda de Campos Fontes
Região Oeste
Ranulpho Paes de Barros
Agostinho Simplício de Figueiredo
Doze de Outubro
Elza Luíza Esteves
Filogônio Corrêa
Guilhermina de Figueiredo
Irmã Maria Betty Souza Pires
Jesce
lino José Reiners
José Luiz Borges Garcia
Orlando Nigro
Francisca Figueiredo Arruda Martins
Hélio de Souza Vieira
Região Leste
Doze de Outubro
Quadro 1 Lista das escolas municipais visitadas
2.1.4 Perfil dos sujeitos
A finalidade deste tópico descritivo é abordar aspectos individuais e sociais
para identificação dos sujeitos desta pesquisa. Com o objetivo de conhecer o perfil dos
professores respondentes, elaborou-se um conjunto de perguntas denominado de dados
censitários apresentados a seguir.
46
Ilustração 2 Dados censitários pertencentes ao instrumento de coleta de dados
Os dados coletados com base nesse instrumento foram organizados, com o uso
do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), pacote estatístico para
processamento de dados, das pesquisas para as ciências sociais. Por ser um facilitador das
análises estatísticas, ele possibilitou comprovar a relação entre algumas variáveis, e os
resultados foram tomados para traçar o perfil dos sujeitos.
Inicialmente, elaborou-se um corpus dos dados coletados, utilizando-se de um
roteiro de codificação dos resultados. Para auxiliar neste processo, o recurso encontrado foi o
programa computacional Microsoft Excel. Nele, foram digitados os códigos, que estão
apresentados no quadro 2 Após, os resultados foram processados pelo software SPSS,
seguindo a numeração que se apresenta.
Gênero
Feminino
Masculino
Gen
1
2
Vínculo Empregatício
Efetivo
Contratado
Vinc 1 2
Carga horária
20
horas
30 horas
Ch 1 2
Faixa Etária (anos)
21 a 35
36 a 45
acima de 46
Id
1
2
3
Titulação
Graduando
Graduado
Especialista
Mestre
Tit 1 2 3 4
Tempo de Profissão
até 5
6 a 15
16 a 25
acima de 26
Tpro 1 2 3 4
Tempo de permanência
no mesmo est
abelecimento
até 5 6 a 15
16 a 25
acima de 26
Temp 1 2 3 4
Quadro 2 Variáveis com os códigos de apresentação
47
É possível visualizar que algumas variáveis, como faixa etária, tempo de
serviço e de permanência na mesma escola, compreendam períodos longos. Este
procedimento foi necessário para realizar o cruzamento dos dados por categoria, utilizando-se
do programa EVOC, que só permite comparações dicotômicas.
Após a pesquisa, algumas variáveis que estão na ilustração 2 foram descartadas.
Por exemplo, ao procurar saber a respeito de outro contrato de trabalho, e outra fonte de renda,
nas questões dez e onze, detectou-se que a maioria dos professores só desempenham a função
professor. Muitos exercem dupla jornada de trabalho, às vezes como contratado em uma
secretaria e efetivo em outra, quando não na mesma. Somente duas dezenas de professores
realizam outras atividades com outro contrato de trabalho. Por se tratar de número
inexpressivo, essas duas questões não serão objeto da análise.
No item a propósito da Universidade e do ano em que os docentes investigados
concluíram sua formação, houve uma dispersão muito grande nas respostas: professores
formados em quase todos os Estados brasileiros, em inúmeras faculdades, em mais de três
décadas. Isso dificultou o processamento e a análise da questão. Porém, confirmou-se que o
maior número de docentes, havia concluído seu curso superior na Universidade Federal de
Mato Grosso.
Quanto à variável sobre a área de formação, foi dito em tópico anterior,
detectou-se grande número de professores formados em Pedagogia, lecionando todas as
disciplinas nas quintas séries ou na terceira etapa do segundo ciclo, na condição de regentes.
Compreende-se que eles não estão fora da área de atuação, pois essa etapa do ciclo, que
corresponde à quinta série do Ensino Fundamental, pode ser atribuída a pedagogos, de acordo
com a estruturação da escola ciclada.
No universo dos professores pesquisados, 23,9% têm formação em Pedagogia.
São professores das 5ª séries, regem aulas de Língua Portuguesa, Matemática, Ciências
Naturais e Humanas. Em relação aos outros contatados, confirmou-se que atuam na área em
que foram formados, em cumprimento a uma exigência do contrato de trabalho.
Por ser a carga horária de Língua Portuguesa e Matemática duas vezes maior
que as demais, eles estão identificados como professores de Língua Portuguesa e de
Matemática e estão dispostos na tabela 3 distribuídos nas duas disciplinas já mencionadas.
48
Tabela 3 - Docentes do Ensino Fundamental e área
em que atuam, com freqüências e termos percentuais
Área de Atuação
f
Linguagens
119
39,02
Ciências Sociais
67
21,97
Matemática 65
21,31
Ciências Naturais 23
7,54
Educação Física
27
8,85
Ensino religioso 4
1,31
Tota
l
305
100,00
Para a descrição do perfil dos sujeitos, valeu-se dos gráficos e tabelas que serão
de pronto apresentados.
Quanto à variável gênero, o grupo de professores escaracterizado conforme
gráfico 3:
77,40
22,60
0 20 40 60 80 100
Feminino
Masculino
%
Gráfico 3 Distribuição dos sujeitos quanto à variável gênero
Ao verificar as pesquisas sobre a profissão docente, em 2003, o Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) registrou 84,1% de mulheres
exercendo a profissão de magistério no Brasil. Constatou-se que, entre os professores de
Cuiabá investigados em 2005, também predomina o sexo feminino.
André (2002) declara que, ao buscar a produção teórica publicada nos anos de
1990 a 1998, encontrou onze artigos que tratam do tema gênero. Patenteiam alguns fatos
históricos e sociais que levaram à feminização do magistério. Ao estudar os dados, confirma-
se o processo na atualidade cuiabana.
Louro (1997) sustenta que a figura do professor está associada ao
conhecimento e à autoridade, não sem lembrar que a da professora sempre foi vinculada ao
apoio e aos cuidados com os alunos.
Müller (1999) relata as dificuldades encontradas pela mulher, no final do
século XIX, para exercer a profissão docente. As exigências eram muitas, iam desde a análise
da conduta moral e civil, até a autorização do pai ou marido para tal. Cabia a professora
ensinar moralidade e civilidade. Seu bom comportamento era a essência da função.
49
Müller (1999, p. 111) afirma “Afinal, a professora primária, civilizadora e
moralizadora por excelência, pouco a pouco abertas as portas do mercado de trabalho e
ingressa no espaço público; [...]”.
A partir disso, assumiu a educação básica, e atualmente, confirmam os dados,
há mais mulheres no corpo docente.
32,80
43,90
23,30
0 20 40 60 80 100
21 a 35
36 a 45
46 acima
%
Gráfico 4 Distribuição dos sujeitos quanto à variável faixa etária
Ao analisar a faixa etária, verificou-se que, nos dados do INEP, a dia de
idade dos docentes brasileiros é de 37,8 anos de vida. Em Cuiabá, não é diferente, em meio
aos professores indagados, a maioria corresponde a essa faixa de idade.
Tabela 4 Perfil dos docentes - Cruzamento das variáveis gênero, faixa etária e vínculo empregatício
Faixa Etária
Total
Vínculo empregatício
Gênero
21
-
35
36
-
45
46 acima
Feminino
49
74
42
165
Masculino
12
20
15
47
Efetivo
Sub
total
61
94
57
212
Feminino
27
32
12
71
Masculino
12
8
2
22
Contratado
Subtotal
39
40
14
93
Total
100
134
71
305
Ao cruzar essas três variáveis, percebe-se, em relação ao vínculo de emprego,
que quase um terço dos professores indagados é contratado, somando 93, possivelmente à
espera de efetivação. A maioria do quadro se compõe de mulheres, ao todo 236. Em relação à
faixa etária, infere-se que o grupo de idade, entre 21 e 35 anos de vida, pode estar em início
de carreira, mas há bom número de contratados, já com idade entre 36 e 45 anos. Isso pode ser
indicativo da necessidade de concurso, convidando à renovação paulatina do quadro.
No gráfico 5, relativo à carga horária, dois contratos de docência são
encontrados no município, um de 40 e outro de 20 horas semanais. Porém,há um número de
professores efetivos, com jornada simples de trabalho, que usufrui a vantagens franqueada por
acordo, de dobrar o tempo, como já foi mencionado. Então, apesar de aparecer no gráfico que
50
a maioria dos docentes mantém contrato de 20 horas, sabe-se que muitos trabalham nos dois
períodos.
76,70
26,30
0 20 40 60 80 100
20 horas
40 horas
%
Gráfico 5 Distribuição dos sujeitos quanto à variável carga horária
O gráfico 6 externa que a maioria dos professores foi aprovado em concursos
públicos, mantendo, portanto, vínculos efetivos com o município.
69,50
30,50
0 20 40 60 80 100
Efetivo
Contratado
%
Gráfico 6 Distribuição dos sujeitos quanto à variável vínculo empregatício
Muitos dos contratados também são efetivos em uma das redes públicas, fato a
que aludimos em parágrafos anteriores.
Na tabela 5, confere-se que a maioria é efetiva. Entre os contratados vinca que
34 professores exercem a função com até 5 anos, apontando que estão em início de carreira.
Vários estão na faixa de 21 a 35 anos de idade. Porém, parece não se justificar este fato, há 45
professores, na faixa de 6 a 15 anos de profissão, dos quais um grupo de 23, com idade de 36
a 45, ainda não se efetivou. É de notar haver outros 12 docentes com mais de 16, dois deles
com mais de 26 anos de magistério, executarem a tarefa ainda como contratados.
51
Tabela 5 Perfil dos docentes - Cruzamento das variáveis: Vínculo empregatício,
faixa etária e tempo de profissão
Tempo de pr
ofissão
Vínculo empregatício
Faixa etária
Até 5 anos
6
-
15 anos
16
-
25 anos
26 anos
Total
21
-
35
22
36
3
0
61
36
-
45
16
42
36
0
94
46 acima
10
11
31
5
57
Efetivo
Subtotal
48
89
70
5
212
21
-
35
22
17
0
0
39
36-45 11 23 6 0 40
46 acima
1
5
6
2
14
Contratado
Subtotal
34
45
12
2
9
3
Total
82
134
82
7
305
Ao analisar o perfil dos professores quanto à titulação, ressai que os
professores municipais estão mais concentrados nas duas faixas centrais, graduados e
especialistas, conforme ilumina o gráfico 7.
7,20
36,40
55,70
0,70
0 20 40 60 80 100
Graduando
Graduado
Especialista
Mestre
%
Gráfico 7 Distribuição dos sujeitos quanto à variável titulação
Os professores investigados demonstram interesse em dar continuidade à
formação profissional, conclusão a que se chega ao constatar grande número de especialistas
no quadro.
Por um lado, acredita-se que os docentes desejam estudar e aprender para
contribuir no exercício da profissão; por outro, está previsto no plano de cargos e salários os
aumentos carreados pelos cursos de especialização.
À época em que se a distribuição de aulas, a escolha das escolas e turmas é
feita mediante a pontuação definida em grande parte, pela leitura de cursos e especializações.
Na busca por escolas de sua preferência, os professores concorrem por uma classificação
superior.
52
Tabela 6 Perfil dos docentes - Cruzamento das variáveis:
Vínculo empregatício e Titulação.
Titulação
Vínculo
Empregatício
Graduando
Graduado
Especialista
Mestre
Total
Efetivo
10
64
136
2
212
Contratado
12
47
34
0
93
Total
22
111
170
2
305
Depreende-se, do cruzamento de titulação com vínculo empregatício, que a
efetividade proporciona maior incentivo para continuidade dos estudos, visto que os dois
mestres e 136 especialistas são efetivos. Comparados com o total de professores, é mais da
metade. Em contrapartida, os especialistas contratados somam apenas 34 docentes.
A pontuação, obtida pelos títulos, pode ser um dos motivos que leva os
professores a circular de um estabelecimento para outro, conforme assinala o gráfico 8.
66,20
23,30
10,20
0,30
0 20 40 60 80 100
até 5
6 a 15
16 a 25
26 acima
%
Gráfico 8 Distribuição dos sujeitos quanto à variável tempo de permanência
no mesmo estabelecimento escolar.
Quanto ao tempo de permanência no mesmo estabelecimento, mostrado no
gráfico 8, pode-se perceber que os professores que estão na faixa circunscrita a cinco anos são
em número bem maior do que aqueles com acinco anos de profissão, que estão apontados
no gráfico 9. Dos 66,2 % que estão apenas 5 anos na mesma unidade escolar, 26,9 %
estão começando a carreira, é o que se esclarece no gráfico 9. Significa que dois terços dos
professores responderam confirmando uma rotatividade desses profissionais pelas escolas de
Cuiabá, o que desfavorece os projetos educacionais e os vínculos com a comunidade escolar.
Existe uma rotatividade de professores nas escolas, conforme foi explicado.
Embora alguns professores considerem que o processo de distribuição de aulas seja justo,
porque os professores mais antigos e com mais qualificação documentada são alocados, o
processo gera insegurança.
53
26,90
43,90
26,90
2,30
0 20 40 60 80 100
até 5
6 a 15
16 a 25
26 acima
%
Gráfico 9 Distribuição dos sujeitos quanto à variável tempo de profissão
Quanto ao tempo de profissão, expresso no gráfico 9, percebe-se que a faixa
predominante está entre 6 e 15 anos. Ressalta-se que o número de professores iniciando a
profissão e concluindo os 25 anos de carreira é exatamente o mesmo.
Estes números exteriorizam que muitos não chegam ao final da carreira. Isso
pode ser visto, no mínimo, de duas maneiras: ou entraram muitos professores na década de 90
nas escolas, ou há grande desistência da profissão após 15 anos de exercício.
2.2 O trabalho no campo
2.2.1 O estudo piloto
A realização do estudo piloto tem por objetivo proporcionar aproximação com
o tema da pesquisa, bem como com as técnicas empregadas, além de testar o instrumento de
coleta.
A observação transcorreu nos meses de julho e agosto de 2005. Nessa época,
algumas escolas foram visitadas para ter conhecimento dos professores, horários de
funcionamento, turmas, turnos, intervalos, bem assim para fazer outras observações sobre o
espaço e o contingente humano.
Durante essa fase, foi possível testar as questões apresentadas. Verificou-se o
tempo de aplicação do instrumento, a seqüência e a elaboração. Ainda foi possível perscrutar
se as respostas fornecidas atendiam ao preposto na questão.
O estudo piloto se compôs de vinte professores, indagados em dez escolas. O
instrumento que contava com doze motes indutores, foi analisado, e quatro questões foram
54
dispensadas. São elas:
1) Professor(a), por favor, poderia apresentar cinco palavras soltas, sem formar frases, que
descrevam o que seus colegas comentam sobre os relacionamentos entre os professores e os
membros da administração desta escola?
2) Professor(a), por favor, poderia apresentar agora cinco palavras soltas, sem formar frases,
que digam quais são os acontecimentos, os fatos, os imprevistos que quebram a rotina
escolar?
3) Apresente agora, por favor, cinco palavras soltas, sem formar frases, que indicam o que os
professores conversam sobre o planejamento diário e sua execução?
4) Professor(a), por favor, poderia apresentar cinco palavras soltas, sem formar frases que
digam o que os professores falam sobre o planejamento anual?
Ao questionar os professores sobre o relacionamento entre docentes e a
administração escolar, neste exemplo a número 1, o resultado se cingiu a respostas muito
amistosas. Provavelmente, o fato de serem respondidas na sala dos professores, algumas vezes
perto de colegas ou funcionários, pode ter suscitado algum tipo de impedimento nas respostas
ou se confirmou que o relacionamento entre eles é muito bom.
A questão 2 tratava da quebra de rotina e, a esse respeito, os professores
responderam exatamente àquilo que acontece na rotina. Então se manteve apenas uma
pergunta sobre o tema.
Duas questões, de número 3 e 4, que se referiam ao planejamento anual e diário,
obtiveram respostas redundantes. Os dois acorrem, o anual é feito no início do ano e o diário
no decorrer dele. Houve unanimidade nas respostas e, por pouco acrescentar, foram
descartadas, permanecendo somente a questão que indagava a rotina escolar, na qual as
respostas enunciadas evidenciavam que, ao discorrerem sobre o tema, emitiam dados sobre
o planejamento, assim contemplavam-se as questões.
Após o estudo piloto, o instrumento reduziu-se a oito questões, acrescidas dos
dados censitários.
2.3 Coleta definitiva
A coleta de dados se iniciou nos primeiros dias de outubro de 2005, nas quatro
regiões da cidade. Nessa fase, constatou-se que nem sempre as escolas contavam com o
55
número de professores esperado.
Conforme foi descrito, outras escolas nas imediações passaram a compor o
quadro estabelecido para cada região administrativa. O tempo médio de aplicação do
instrumento foi de 25 minutos por sujeito, realizada individualmente, nos horários em que os
professores estavam chegando ao trabalho, nos intervalos ou em aulas vagas, que é mais raro.
A partir da metade do mês de novembro, os professores estavam muito
atarefados com a entrega dos relatórios, diários de classe e se preparando para o período de
férias, organizando festas natalinas e cerimônias de formatura.
Embora assim, em meados de dezembro, por ocasião do término das aulas,
concluiu-se a coleta com 305 sujeitos.
2.4 Técnicas e instrumentos de coleta de dados
Optou-se, como proposta metodológica, pela coleta de dados mediante a
observação e Associação Livre de Palavras (ALP). A observação, segundo Vianna, (2003, p.
12), “[...] é uma das mais importantes fontes de informações em pesquisas qualitativas em
educação. Sem acurada observação, não há ciência”.
Assim, observar é atentar para os comportamentos casuais, além das
intencionais, fazer relações daquilo que se com o que é ouvido e dar importância aos
detalhes, não desvalorizar o contexto físico ou social, elaborar anotações cuidadosas para
identificar e descrever com clareza os diversos processos ocorridos no campo.
A observação faz parte do nosso cotidiano, porém é necessário formação e
treinamento prévio que qualifique os observadores para o exercício.
Paralelamente à observação, o instrumento utilizado para a coleta de dados foi
a ALP.
De acordo com (1996, p. 115), essa técnica “[...] consiste em pedir aos
sujeitos que, a partir de um termo indutor [...] apresentado pelo pesquisador, digam as
palavras ou expressões que lhes tenham vindo imediatamente à lembrança”. Segundo Oliveira
(2003), o objetivo desta técnica é apreender a representação da realidade de um grupo social.
Abric (1998) entende que essa forma de abordar o assunto permite o acesso aos
elementos cognitivos dos sujeitos, de modo muito mais fácil e rápido do que ocorreria na
entrevista.
56
Nesta pesquisa, o instrumento de coleta foi elaborado com uma parte
introdutória mostrada, para identificação da escola e do sujeito. A segunda, composta por
motes indutores, solicitou cinco evocações de cada questão, para cada sujeito, com esta
inicial: Diga, por favor, as cinco primeiras palavras que lhe vierem à cabeça. Palavras soltas
mesmo, sem formar frases, que descrevam, caracterizem ou qualifiquem o que seus colegas
professores pensam e falam sobre: O que é ser professor(a) na rede pública municipal em
Cuiabá?
Sucessivamente, foram abordadas as outras sete questões:
1 Quais os motivos para ser professor(a) da rede pública?
2 O que seus colegas professores comentam sobre as razões para
permanecer na profissão?
3 O que seus colegas comentam sobre os relacionamentos entre os
professores?
4 O que seus colegas falam sobre os relacionamentos entre os
professores e os alunos?
5 O que seus colegas falam a respeito das perspectivas em relação ao
futuro dos profissionais da educação?
6 Descreva a rotina escolar, o que é que os professores fazem,
normalmente, nesta escola?
7 O que seus colegas professores comentam sobre o modo como avaliam
seus alunos?
Para elaborar esse instrumento, utilizou-se, como referência, a pesquisa de
Paredes et al. (2001), a qual investigou as RS dos professores da UFMT. Essa pesquisa foi
replicada nos anos 2005 e 2006 por três pesquisadoras. De frisar: serviu esta pesquisa, por
igual, de referência para a construção dos motes indutores.
O primeiro questionamento O que é ser professor compôs o trabalho de 2001.
Na réplica, também fez parte dos trabalhos que estão descritos adiante.
O terceiro mote, referente às razões para permanecer como professor foi
estudado no trabalho de Vicente (2006), intitulado Atividades acadêmicas de professores da
UFMT: um estudo de representações sociais.
Os motes quatro e cinco, que tratam dos relacionamentos, serviram-se do
trabalho de Trindade (2006) denominado Atividades profissionais de professores
57
universitários: um estudo de representações sociais.
Sobre as perspectivas de futuro que compõem o mote seis, tomou-se como
referência a pesquisa de Lima (2006) O professor da Universidade Federal de Mato Grosso, e
algumas de suas circunstâncias: um estudo de representações sociais sobre: atividade de
pesquisa, perspectivas de futuro, ações do governo federal, e mudanças sociais.
2.4.1 Instrumentos de análises estatísticas
Assentado na coleta, os dados foram preparados e processados pelo software
Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations (EVOC), construído na França
por Pierre Vergès. Esse conjunto de programas permite a análise das evocações.
O conjunto computacional é um instrumento que favorece o reconhecimento da
estrutura das RS. Ele fornece relatórios para a contagem das evocações, sugestões de
categorias, agrupamentos dos vocábulos e também propicia a construção de uma ilustração
com os elementos estruturais das representações.
Para a leitura dos dados, recorreu-se à Teoria do Núcleo Central, descrita
no capítulo que trata da fundamentação teórica, na qual se estuda que, para compreender e
analisar o funcionamento das RS é necessário identificar seu conteúdo, sua estrutura, e
como seus elementos são hierarquizados.
O software considera, simultaneamente, a freqüência (f) simples de ocorrência
de cada palavra pronunciada e a ordem média de evocações (OME), que é a média ponderada
de ocorrência de cada palavra em função da ordem de evocação. A primeira se refere à
quantidade de palavras iguais que foram evocadas, e a segunda é a média da ordem média de
aparecimento das enunciações. Quanto menores são os números da OME, mais prontamente
foram lembrados.
Se alguém, por exemplo, cita um atributo como primeira evocação, e outro
sujeito diz o mesmo como quarta palavra, o programa faz uma média e a fornece como ordens
médias ponderadas do conjunto das enunciações.
Esse programa exige que os dados sejam formatados em um corpus. Em cada
linha constam as expressões de um sujeito, digitadas sem acentos, til, espaço nas expressões
compostas, conforme ilustração 3.
58
1 aptidao 2 perfil 3 dedicacao 4 formacao 5 paciencia
1 profissional 2 criatividade 3 responsabilidade 4 participacao 5 integracao
1 eficiencia 2 aprendizagem 3 educador 4 interessado 5 dedicacao
1 eficiencia 2 protagonista 3 importante 4 imprescindivel 5 real
1 orientador 2 educador 3 conhecimento 4 amigo 5 trabalho
1 desenvolver 2 perspicaz 3 presente 4 sentimental 5 motivador
Ilustração 3 Modelo de organização do corpus para processamento no EVOC
Alguns critérios foram estabelecidos para padronizar os vocábulos, como
substantivar as palavras e mantê-las no gênero masculino e singular. Ainda se optou por
agrupar termos com um mesmo sentido, para evitar grande dispersão. Essas palavras serão
anunciadas na análise do mote correspondente.
Os subprogramas da primeira etapa funcionam em conjunto. O rangmot
fornece uma lista de palavras em ordem alfabética, com sua freqüência e a ordem média de
evocação.
No final dessa lista, aparece a média geral, em um formato de seis colunas,
com números indicativos que serão utilizados para proceder ao corte do corpus, no qual se
observa a ocorrência de uma queda brusca no número de palavras, seguida de uma
estabilização. Esse corte possibilita dois índices denominados freqüência mínima e freqüência
média. Aqui, colhem-se os dados numéricos que serão utilizados para formar a ilustração dos
elementos estruturais da representação.
O próximo passo, o tabrgraf, propicia a distribuição dos vocábulos em quatro
espaços, um conhecido como núcleo central, os outros três como periféricos. Os números
encontrados no rangmot serão determinadores da formação desse novo passo. Depois de
colocados, esses números definirão as palavras que vão para o NC, e as outras que se alojarão
nas casas intermediárias e periféricas.
Os dois quadrantes superiores, NC e Elementos Intermediários, guardam as
palavras de maior freqüência, e os inferiores as de menor freqüência. Em relação às evocações,
os dois quadrantes do lado esquerdo guardam aquelas que foram mais prontamente evocadas;
e os dois do lado direito, as evocadas mais tardiamente.
A distribuição da freqüência e da OME se apresenta da seguinte forma:
59
Núcleo Central
Freqüência elevada (f)
Pronta evocação (OME)
Elementos Intermediários
Freqüência elevada (f)
Evocação tardia (OME)
Elementos Intermediários
Freqüência baixa (f)
Pronta evocação (OME)
Elementos Periféricos
Freqüência baixa (f)
Evocação tardia (OME)
Ilustração 4 Exemplo da organização dos elementos estruturais das representações
Com base nesse quadro, é possível fazer a análise do conteúdo e da estrutura
das RS. A OME determina as palavras que vão para os quadrantes da direita e da esquerda.
Uma OME de 2,900, por exemplo, apensará todas as palavras que foram mais prontamente
evocadas, nos quadrantes do lado esquerdo; do lado direito serão arquivadas as palavras de
índice maior, ou seja as que foram evocadas mais tardiamente. Já as freqüências, simbolizadas
por f, guardam as palavras mais pronunciadas, na parte superior e as que foram menos
evocadas na inferior. Em um quadro com freqüência intermediária de 24, por exemplo,
palavras com índice igual ou superior a 24 ficam acima; abaixo se alojam aquelas de menor
número.
Após a elaboração do quadro, procedeu a outra etapa desta pesquisa,
denominada categorização. Consistiu em organizar as palavras de equivalência semântica,
para depois agrupá-las com várias outras. Isso facilita a leitura e a análise dos dados.
No EVOC, a etapa aidecat gera um relatório de sugestões. Todavia, para a
categorização do primeiro mote indutor, foram utilizadas somente as categorias da pesquisa:
As atividades acadêmicas que se processam no interior de uma universidade pública,
segundo representações sociais de seus professores, desenvolvido por Paredes et al. (2001),
cujas investigações foram realizadas por pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Educação e
Psicologia (GPEP).
Para os motes três, quatro e seis, também foram utilizadas sugestões das
pesquisas realizadas por membros do GPEP, descritas neste trabalho. Recorreu-se a essas
sugestões porque apresentam os seguintes aspectos semelhantes: a indagação, os instrumentos
de coleta, o programa computacional para processamento de dados e a teoria que norteia as
análises.
Os motes foram categorizados em conjunto com os integrantes do GPEP, que
colaboraram como juízes, nessa etapa do trabalho.
A partir do relatório oferecido pelo rangmot, com os atributos e suas
freqüências, foi possível proceder à avaliação de cada palavra. Primeiramente, estabeleceu-se
60
um mero de categorias. Na seqüência, ofereceu-se a cada juiz um conjunto completo de
atributos recortados em tiras de papel, e eles alocaram cada palavra à categoria que lhes
parecia ser a correspondente.
Durante o julgamento, não houve comunicação entre os juízes, a fim de que
cada um avaliasse de forma independente. Em seguida, destacam-se as palavras e, havendo
consenso, estas eram alocadas na categoria sugerida. Ocorrendo o contrário, as palavras eram
submetidas a discussão entre os juizes. Os apontamentos registrados no caderno de campo da
pesquisadora, durante a coleta de dados, eram levados em consideração, quando necessários.
Pois alguns vocábulos, ao serem emitidos pelo sujeito, eram questionados pela pesquisadora,
no momento da coleta, a fim de não deixarem dúvidas quanto ao sentido.
As explicações foram anotadas e serviram para eliminar algumas dúvidas, no
momento do julgamento.
Após a categorização de todos os motes, o EVOC ofereceu, na segunda etapa,
outro programa, o catevoc. Esse programa permite digitar cada atributo dentro da categoria
estabelecida e, a partir daí, fornece um relatório através do tricat, para facilitar a leitura e a
análise dos dados.
Na etapa seguinte do EVOC, o subprograma complex franqueia análise de
especificidades dos subgrupos, gerando uma lista comparativa: apresenta as palavras que
foram comuns nos dois grupos e as específicas de cada subgrupo.
Tomando como referência a variável gênero, por exemplo, o complex delineia
quais foram as palavras mais evocadas por professores do sexo masculino ou do feminino.
Esse subprograma faculta mostrar o que os subgrupos pensam e falam.
Ancorado, nessa descrição metodológica, somente serão explicados alguns
procedimentos ímpares, adotados por necessidade, e algumas referências que forem julgadas
importantes, para facilitar a compreensão do leitor.
O mote 1 terá ainda algumas explicações, por se tratar do primeiro a ser
descrito, e servirá de referência para os outros.
O capítulo seguinte está destinado a apresentar e a analisar os dados, seguido
do seu entrelaçamento.
61
3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS E ANÁLISE
3.1 Que é ser professor na rede pública municipal de Cuiabá
Computou-se um total de 1.505 vocábulos nas respostas dos professores para
esta questão, dos quais 375 são termos diferentes. As palavras com os mesmos significados,
relacionadas com determinada temática, foram agrupadas, formando blocos de categorias.
Para este mote, tomou-se por referência a categorização definida por Paredes et
al. (2001) no trabalho intitulado As atividades acadêmicas que se processam no interior de
uma universidade pública, segundo representações sociais de seus professores, realizado por
pesquisadores do GPEP.
Optou-se por utilizar as mesmas categorias, porque ambas apresentam os
seguintes aspectos semelhantes: os sujeitos foram constituídos igualmente por professores,
ainda que, exercessem as atividades em níveis diferentes; também similares foram a
indagação, os instrumentos de coleta, o programa computacional utilizado para o
processamento dos dados e a Teoria das Representações Sociais, que norteou as análises.
A tabela 7 contém a transcrição das categorias elaboradas na pesquisa com os
professores universitários, em 2000.
Tabela 7 Categorias definidas no estudo de 2000,
por freqüência e participação percentual
CATEGORIAS
f
Características Pessoais
732
25,34
Mal
-
estar
450
15,58
Emprego 313 10,83
Bem-estar 235 8,13
Produção
232
8,03
Relacionamento 182 6,30
Qualificação 178 6,17
Retribuiç
ão
153
5,30
Cidadania 150 5,20
Futuro 100 3,47
Carências e Faltas
84
2,90
Conformismo 31 1,08
Palavras sem categoria 48 1,67
Total
2.888
100,00
Fonte: Revista de Educação Pública, do Instituto de Educação da UFMT, Mato Grosso, v.10, n. 18, p. 145-173,
jul./dez. 2001.
62
A partir desse conjunto, iniciou-se o processo de categorização das palavras
evocadas. Das treze, foram aproveitadas dez para esta investigação. Somente Produção e
Retribuição não fizeram parte, tendo sido acrescentada esta: Características do Docente.
A tabela 8 mostra as categorias, em ordem decrescente.
Tabela 8 Categorias do tema: O que é ser professor na rede pública
municipal de Cuiabá? Com freqüências e porcentagens.
CATEGORIAS
f
Características Pessoa
is
315
20,93
Bem
-
estar
202
13,42
Mal-estar 117 7,77
Relacionamento
78
5,18
Trabalho
71
4,72
Características do Docente 56 3,72
Futuro 50 3,32
Qualificação
48
3,19
Cidadania 47 3,12
Conformismo 23 1,53
Palavras sem categoria
51
3,39
Palavras descartadas f <3 447 29,70
Total
1505
100,00
Foram descartados os atributos que registraram apenas uma ou duas
freqüências. A quantidade de vocábulos inscritos em tal categoria foi bastante grande,
atingindo cerca de um terço de todas as incidências, ao que se somaram as palavras para as
quais, se mostrou impossível o agasalho de uma categoria. Assim, é preciso ter presente que
tamanho contingente torna os demais vocábulos dispersos em pequenos montes, dentro de um
quadro, no qual pequenas aglomerações já têm elevada importância.
Três categorias se destacaram: Características pessoais, Bem-estar e Mal-estar
somam, juntas, 634 evocações. Isso significa que mais de um terço do total de palavras dadas
como respostas a esta pergunta inscreveu-se dentro dos três grupos apontados.
Para a apresentação dos dados, construiu-se uma tabela que exibe as categorias
com os principais atributos e suas freqüências, na qual será mostrado o máximo de sete
palavras para cada conjunto. Tal quantidade foi definida tomando-se por referência as
incidências ocorridas em um mesmo bloco, na estrutura das RS. Constam no apêndice B o
total dos vocábulos da categoria.
63
Tabela 9 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referentes ao mote:
O que é ser professor da rede pública municipal de Cuia
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
dedicação
62
satisfação
76
responsabilidade
39
afetividade
60
compromisso 37
gratificante 14
paciência 31
bom 14
persistência
23
alegria
10
coragem 23
realização 9
Características
Pessoais
criatividade 20
Bem-estar
valorização 7
sofrimento
21
amigo
36
desvalorização
17
respeito
17
dificuldade 14
companheiro 8
desgastante
13
ajuda
7
cansaço
11
colega
4
estressante 10
integração 3
Mal-estar
mal-remunerado 8
Relacionamento
humano 3
luta
30
educador
32
participação 7 orientador 17
construção
4
pesquisador
4
transformação
3
Características do
Docente
mestre
3
Cidadania
ética
3
desafio
17
trabalho
21
esperança
15
segurança
10
Futuro
sonho
11
profissional
9
aprendizagem
13
educação 9 conhecimento 10
ensino
9
Qualificação
atualização
05
qualidade
6
doação
6
Trabalho
estabilidade 4 necessidade 5
Conformismo
sobrevivência
3
Para a composição dos elementos estruturais, três valores são necessários: a
freqüência nima, que neste mote foi 20, a intermediária que ficou com 36 e a média das
ordens médias de evocação de 3,000, conforme cálculos exibidos no apêndice C.
Por ser o primeiro mote apresentado, cabe aqui uma explicação que não se
repetirá doravante. A freqüência mínima anuncia que somente as palavras com 20 ou mais
evocações serão mostradas, e a freqüência dia ou intermediária define as palavras que vão
para os quadrantes superiores ou inferiores. Neste caso, os atributos que estão no NC e nos
Elementos Intermediários, quadrantes superiores, terão freqüência (f) acima de 36. nos
quadrantes inferiores, os Elementos Intermediários e Periféricos terão freqüência menor.
A média da ordem média das evocações (OME), que neste caso é 3,000, define
a posição dos elementos, em relação ao eixo vertical. Do lado esquerdo, nos dois quadrantes,
superior e inferior, ficam as palavras com um número menor do que o estipulado, o que indica
as palavras mais prontamente evocadas pelos sujeitos. Do lado direito, os vocábulos com
número superior, o que clarifica terem sido pronunciados tardiamente.
Posteriormente, é feito um corte entre as palavras evocadas, com a finalidade
de separar aquelas de consenso: neste caso, 34% dos atributos foram aproveitados. Esse
64
recorte define o conjunto dos vocábulos mais freqüentes e os mais prontamente evocados que
formam os elementos estruturais das representações. Na ilustração a seguir, de número 5, são
apresentados seguindo a ordem decrescente de freqüências.
OME
< 3,000
3,000
f
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Atributos f OME Atributos f OME
satisfação
76
2,882
compromisso
37
3,000
dedicação
62
2,597
amigo
36
3,417
afetividade
60
2,700
responsabilida
de
39
2,795
36
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Atributos
f
OME
Atributos
f
OME
educador
32
2,697
persistência
23
3,130
paciência
31
2,903
trabalho
21
3,238
luta
30
2,806
criatividade
20
3,500
coragem
23
2,304
sofrime
nto
21
2,476
< 36
Ilustração 5 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote:
O que é ser professor na rede pública municipal de Cuiabá?
De lembrar que estes vocábulos foram exatamente aqueles pronunciados pelos
professores, ao serem inquiridos. A coluna que apresenta a letra f mostra o número de vezes
em que as palavras foram ditadas; e a da OME, a média em que apareceram. Seja exemplo, o
atributo compromisso, que aparece com 3,000: quer dizer que, entre as cinco evocações
pronunciadas, os respondentes a empregaram em terceiro lugar.
Para outra leitura dos elementos estruturais, elaborou-se a ilustração 6, na qual
foram substituídos os atributos por suas respectivas categorias.
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Categorias Categorias
Bem-estar Características Pessoais
Características Pessoais
Relacionamento
Bem-estar
Características Pessoais
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Categorias Categorias
Características do Docente
Características Pessoais
Características Pessoais Trabalho
Cidadania Características Pessoais
Características Pessoais
Mal-estar
Ilustração 6 Categorias dos elementos estruturais das representações, referentes ao mote:
O que é ser professor na rede pública municipal de Cuiabá?
65
Assim, é possível ver as categorias que compareceram no discurso dos
professores. Características Pessoais contém sete atributos e Bem-estar compreende dois. Os
outros conjuntos se limitam a um vocábulo. Por representarem um bloco de palavras de
mesmo sentido, tais grupos se fortalecem.
Ainda com a intenção de apresentar os dados, construiu-se a tabela 10 para
expor as categorias eleitas pelos docentes, distribuídas pelos quatro quadrantes, que compõem
os elementos estruturais das representações. Cada bloco com seu número de aparição e, na
última coluna, o percentual ocupado por coleção.
Tabela 10 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o tema:
O que é ser professor na rede pública municipal em Cuiabá?
Categorias
Núcleo
Central
Elementos
Intermediários
Elementos
Periféricos
Total %
Características Pessoais
2
3
2
7
50,00
Bem
-
e
star
2
0
0
2
14,30
Características do Docente 0 1 0 1 7,14
Cidadania 0 1 0 1 7,14
Relacionamentos
0
1
0
1
7,14
Mal estar 0 1 0 1 7,14
Trabalho 0 0 1 1 7,14
Total
4
7
3
14
100,00
A categoria Características Pessoais comparece nos quatro quadrantes dos
elementos estruturais das representações, com sete atributos.
Dentro dessa categoria, destacam-se duas evocações no NC: dedicação e
responsabilidade, seguidas de compromisso, criatividade, paciência, coragem e persistência,
que estão no sistema periférico. Todos estes atributos, elementos normativos, sinalizam um
sentido positivo das representações sociais.
Segundo Alves-Mazzotti (2005), o termo dedicação encontrado em sua
pesquisa Representações da identidade profissional docente de professores da rede pública
do ensino fundamental elucida que a expressão está arraigada à história e à cultura, o que
indica uma representação tradicional. Diz ainda que este termo talvez esteja associado a
vocação, missão, dom. Em Cuiabá não é diferente: os professores responderam evidenciando
este vocábulo e as palavras a ele associadas. No caso, vocação e aptidão também
compareceram com mais de 20 enunciações.
O vocábulo responsabilidade é tomado pelos professores como forte
característica do trabalhador, qualidade tradicionalmente conhecida e valorizada. Costa e
Almeida (1998), na pesquisa intitulada: A construção social do conceito de bom professor o
apontaram como o tradicional e mais importante atributo que caracteriza o professor.
66
Os professores se apóiam nos atributos que representam a categoria
Características Pessoais, para dizer que a condução da escola está em suas mãos.
A categoria Bem-estar comparece no NC com as evocações satisfação e
afetividade, fala de uma hegemonia, apontando para resultados positivos, confirmando o
prazer de ser professor.
Na mesma categoria, observou-se que algumas palavras enunciadas tinham o
sentido semelhante, por isso foi feita uma organização no corpus. Por exemplo: amor, carinho
e paixão foram substituídos por afetividade; de outro lado, e as palavras gosto e prazer por
satisfação.
Tardif e Lessard (2005, p. 151), no artigo que trata da carga de trabalho dos
professores, ponderam: “A relação de inúmeros professores com os alunos e com a profissão é,
antes de tudo, uma relação afetiva. Eles amam os jovens e gostam de ensiná-los.Afirmam
ainda que o amor é uma disposição favorável e necessária para poder orientar.
O software EVOC abre ensejo a comparações díades entre as variáveis:
algumas foram realizadas, obtendo vocábulos ditados superiormente por um grupo, e outras
não mostraram especificidades.
Em relação à permanência do docente em um mesmo estabelecimento, o
subgrupo que contava com professores de 16 a 25 anos se expressa sobre amor, gosto e
responsabilidade em relação àqueles que têm de 6 a 15. O discurso mais afetivo foi
encontrado nas respostas daqueles que permanecem na mesma unidade de trabalho, por maior
tempo, conforme apêndice D.
A pesquisa realizada pela UNESCO (2004), denominada O perfil dos
professores: o que fazem, o que pensam, o que almejam, acentua que os docentes atualmente
se mostram mais satisfeitos, na profissão, do que no inicio da carreira docente. Afirmam,
ainda, que desejam continuar, tal é o bem-estar que vivenciam.
De acordo com Abric (2003), o NC é uma manifestação do pensamento do
grupo, garante a identidade grupal e sua continuidade.
Nota-se que os professores têm uma imagem positiva do grupo de inserção: ao
analisarem os conjuntos de categorias como Características Pessoais, Bem-estar e
Relacionamentos, mostram afetividade; ao expressarem avaliações positivas de seus
integrantes, apontam para a função identitária das representações.
Soratto e Olivier-Heckler (1999,), grifam a complexidade da profissão, as
responsabilidades que devem ser assumidas e o nível de exigência de dedicação do
profissional responsável. A demanda de expressão afetiva, a necessidade de criatividade e
67
inovação pedem um trabalhador que esteja presente de corpo e alma, que se disponha
trabalhar. Se o docente sinaliza todos estes pedidos e, ainda assim, se mostra satisfeito, é
possível que o próprio trabalho o mova, e não as condições em que o realiza.
Nas evocações dos professores do ensino fundamental, em Cuiabá, fez-se
presente a categoria Mal-estar, com o vocábulo sofrimento.
Assunção (2003), no artigo Saúde e condições de trabalho nas escolas públicas,
encarece que a explicação para as queixas de cansaço e sofrimento do professor, se devem ao
fato de eles, com seu próprio esforço, precisar compensar a falta de acomodação das metas
educacionais, nas condições da organização real do trabalho. Não são garantidas as condições
para atingir os objetivos propostos, o professor acaba como o único elemento de ajuste.
Cabem aos professores outras tarefas além daquelas a que eles estão preparados
profissionalmente, levando a um desconforto, gerando dificuldades e mesmo sofrimento.
Alves-Mazzotti (2003), esclarece que as exigências do mundo atual cobram
muito mais do docente, e este se encontra despreparado, pondo em risco as funções e seu
papel. A família deposita na escola a responsabilidade total pela educação.
Batista e Codo (1999), ao se referirem à crise de identidade e sofrimento,
elucidam que o professor tem sido alvo de críticas, cobranças e dúvidas em relação ao
exercício docente. Os autores falam das dificuldades e das exigências da profissão. Tais são as
afirmações que estão no discurso dos professores respondentes desta investigação,
evidenciando, além do vocábulo sofrimento, que fazem parte dos elementos estruturais das
representações, a desvalorização, a dificuldade e o cansaço, termos que corroboram com o
Mal-estar vigente.
Salienta-se que a categoria Mal-estar, também foi encontrado por Paredes
(2001), Trindade (2006), Vicente (2006) e Lima (2006) nas pesquisas realizadas com os
professores da UFMT.
Ao comparar a variável faixa etária, compreendida entre 21 e 35, com os
inscritos na idade de 36 aos 45 anos de vida, conforme apêndice E, o grupo mais novo
apresentou a palavra sofrimento.
De acordo com Huberman (2000), num dado momento, as pessoas “passam a
ser” professores por um período da vida, opção nem sempre fácil, uma vez que implica a
renúncia e a eliminação de outras possibilidades. Quando o docente mais novo expressa
sofrimento, está isso a revelar as dificuldades que está encontrando no exercício do magistério.
Elemento normativo de valor negativo, registre-se.
Pensamentos diferentes dos professores podem ser vistos em subgrupos que
68
estão se formando, e as RS emancipadas, provavelmente em construção.
Na categoria Características do Docente, o termo educador se fez recorrente 32
vezes na fala dos professores. Trata-se de elemento funcional, de aspecto positivo, que se
associa com a prática magisterial. Esta é uma das evocações encontradas nos elementos
estruturais que anunciam a implicação do docente com a sua profissão.
Também se evidencia a categoria Trabalho, com o atributo de mesmo nome.
Neste grupo de palavras, os professores discorrem sobre a profissão docente e, assim como o
atributo educador, este também é elemento funcional, de valor positivo: fala da prática,
remete ao exercício da profissão.
Ainda nesta categoria, chamou atenção, a evocação ensino, que comparece
muito mida, com apenas nove enunciações, sugerindo que a função mais importante do
professor, qual seja a de ensinar, esteja relegada, no âmbito do universo vocabular coletado.
Tardif e Lessard (2005) se referem ao ensino como o primeiro aspecto da
educação. Assinalam que os professores têm por única ou principal função o ensinar. O tempo
dedicado ao ensino constitui o âmago da tarefa docente.
A categoria Cidadania comparece com o atributo intermediário: luta. Trata-se
igualmente, de elemento normativo, pois expressa um julgamento, no qual o professor es
dizendo que ser professor é, nada está pronto, tudo por fazer.
Codo e Soratto (1999) falam do papel dos professores na qualidade de
educadores, que vai além da sala de aula, diz respeito aos valores e atitudes. Dizem que os
alunos precisam de atenção, cuidados, apoio e requisitam isso daqueles que estão mais
próximos. Neste sentido, a vida dos profissionais é sempre de luta, ora pelos alunos, ora pela
prática educativa, ora pela profissão.
Apesar das dificuldades apontadas, os professores enunciaram o vocábulo
amigo com destaque, na categoria Relacionamento, o que reforça a afetividade estampada no
NC. Elemento de aspecto normativo, valor positivo.
Ao comparar subgrupos em relação a variável, tempo de profissão, o vocábulo
amigo aparece na fala do grupo de 6 a 15 anos de docência, quando comparados com aqueles
de até 5 anos, no exercício profissional, exposto no apêndice F. Na segunda comparação, de 6
a 15 e 16 a 25 anos de permanência em uma mesma instituição, aparece também a palavra
amigo como específica do grupo de 6 a 15. Tanto na comparação de tempo de profissão como
de permanência na mesma escola, confirma-se este grupo como o mais afetivo. Apêndice G.
Codo e Gazzotti (1999), testemunham que, se não houver uma relação afetiva,
estabelecida entre professor e aluno, é ilusório acreditar que a educação seja completa.
69
Huberman (2000) corrobora que os alunos tratam os professores mais jovens como irmãos
mais velhos, mantendo bom diálogo. Possivelmente, isso venha a traduzir bom
relacionamento entre professores e alunos.
Os professores também se utilizaram de algumas metáforas para responder a
esta questão. Segundo Mazzotti (2002, p. 112), as metáforas “[...] condensam e coordenam
significados, logo, operam os núcleos das representações sociais, uma vez que estabelecem e
agenciam os predicados e lugares-comuns”. Assim, o emprego desse recurso expressivo
possibilitará interpretar os argumentos com maior controle.
As metáforas o minoritárias, não aparecem como componentes estruturais
das representações, porém tem valor pela força simbólica.
Quando o professor expressa seu pensamento, utilizando-se de metáforas, ele
pode estar querendo, por meio de símbolos ou objetos, manifestar algo mais. Partindo desse
princípio, observaram-se as seguintes metáforas evidenciadas com destaque nessa primeira
questão: caixa de pancada, artista e deus.
A expressão metafórica Caixa de pancada, provavelmente, faz referência a
saco de pancada. Com o vocábulo artista associado a outros, como marionete, malabarista,
palhaço, equilibrista, divertido e mágico, o professor anuncia que, a despeito de todas as
adversidades que enfrenta na sua profissão, ele desenvolve suas atividades. o uso
metafórico da palavra deus está a sugerir que o professor atribui a si, um poder sobre-humano,
para realizar suas atividades.
Percebe-se então que, apesar de a categoria Bem-estar aparecer no NC com a
palavra satisfação, atributo mais freqüente no quadro, seguido de afetividade, o professor
enuncia, por meio de metáforas, que nem tudo está tão bom no exercício de sua profissão.
Pressupõe-se daí o despontar de um mal-estar velado.
Primeiro ele apresenta a queixa de que deve ser o responsável por todas as
soluções, depois confessa que precisa ser um artista, e muito mais, para dar conta de seu
trabalho. Ele ainda associa o ser professor a sofrimento, por meio de enunciações, como
mártir, herói e escravo. Estariam esses dados confirmando os rumores de desânimo pinçados
por Nóvoa, que alerta para o fato de que professores cansados e desestimulados se voltam
para um quadro de mal-estar?
A presença de muitos vocábulos na categoria Características Pessoais assina
que, nas inter-relações, os professores do Ensino Fundamental apresentam uma imagem
positiva do grupo. As expressões que tratam dos caracteres individuais levam a acreditar que
as RS sejam do tipo hegemônica. Mantidas pelas tradições, as RS estão, portanto, enraizadas
70
no pensamento e também no comportamento dos professores.
Os professores emitiram número maior de palavras, que foram classificadas
como normativas, o que clarifica a importância da influência social nas representações.
Segundo Flament (2002), ao emitirem tais vocábulos, os sujeitos evitam transgressões, para
não incorrerem em sanções. Dessa forma, os docentes expressaram avaliações para preservar
um discurso diante daquilo que está naturalizado pelo grupo, com a finalidade de não infringir
as normas.
Os professores do ensino fundamental de Cuiabá se vêem como os
responsáveis pela condução da escola: comprometidos com a classe, batalhadores, gostam do
que fazem, porém sofrem.
71
3.2 Quais os motivos para ser professor (a) da rede pública
O corpus se compõe de 1.498 atributos, dos quais 263 são termos diferentes.
Foram formados blocos de categorias, com a finalidade de agrupar as palavras com os
mesmos significados.
Para a escolha desses conjuntos, obteve-se do subprograma aidecat,
componente do EVOC, uma lista de palavras como sugestões de categorias e, destas, algumas
foram utilizadas. No total, dez foram eleitas, por abrangerem em todo o corpus das palavras.
Somente seis palavras não encontraram conjunto e quase 16% dos termos receberam uma
ou duas evocações, por isso não foram categorizados.
A tabela 11 mostra as categorias com suas freqüências e porcentagens.
Tabela 11 Categorias referentes ao tema Quais os motivos para ser professor(a) da rede pública?
Com freqüências e porcentagem.
CATEGORIAS f %
Apreço 246 16,42
Trabalho 242 16,15
Características Pessoais 239 15,95
Conformismo 178 11,88
Relacionamento 79 5,27
Futuro 78 5,21
Qualificação 77 5,14
Cidadania 67 4,48
Características do Docente 35 2,34
Reconhecimento 15 1,01
Palavras sem categoria 6 0,40
Palavras descartadas f < 3 236 15,75
Total 1498 100,00
A categorização obedeceu aos critérios do mote anterior. Todas as palavras
foram julgadas pelos juízes do GPEP.
Construiu-se uma tabela 12 para exibir os conjuntos, com, no ximo, quatro
atributos e suas freqüências. Tal número foi escolhido por ser, exatamente este, o total de
incidências de evocações da mesma categoria, que se apresentou no quadro dos elementos
estruturais, nesta questão. No apêndice H, constam todos os vocábulos.
72
Tabela 12 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referentes ao mote: Quais os motivos
para ser professor(a) da rede pública municipal de Cuiabá
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
satisfação
134
qualificação
39
amor
58
conhecimento
20
afetividade 21
experiência 7
Apreço
realização 17
Qualificação
formação 6
estabilidade
71
influência
22
segurança 34
participação 10
oportunidade 31
socialização 8
Trabalho
profissão
25
Relacionamento
opção
41
esperança
18
escolha 38 futuro 12
vocação
35
Futuro
sonho
11
Características
Pessoais
dom
28
ensino
21
necessidade
74
edu
cação
6
remuneração 50
Características
do Docente
atuação 5
falta de opção
20
reconhecimento
3
Conformismo
sobrevivência 11 dignidade 3
contribuição
26
Reconhecimento
gratificante
4
respeito
9
-
-
-
luta 8 - - -
Cidadania
valorização 7 - - -
Seis categorias compareceram entre os elementos estruturais das
representações, três delas estão no NC. Embora a categoria Características Pessoais apareça
com quatro atributos, não participa do NC.
Posteriormente, procedeu-se ao ponto de corte, que obedeceu às regras
descritas no primeiro mote. O aproveitamento do material coletado foi de 45,7%, conforme
apêndice I. Constata-se que 25 é a menor freqüência dos elementos apresentados, e 48 a
intermediária; a OME é de 2,900.
O conjunto dos elementos estruturais das representações, na ilustração 7.
OME
< 2,900
2,900
f
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Atributos f OME Atributos f OME
S
atisfação
134
2,373
remuneração
50
2,940
necessidade 74 2,851
estabilidade 71 2,366
amor
58
2,655
48
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Atributos
f
OME
Atributos
f
OME
vocação
35
2,514
opção
41
2,902
segurança
34
2,441
qualificação
39
3,385
oportunidade
31
2,677
escolha
38
3,632
dom
28
2,500
contribuição
26
2,962
profissão
25
2,600
< 48
Ilustração 7 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote:
Quais os motivos para ser professor(a) da rede pública?
73
Para outra leitura dos elementos estruturais, elaborou-se a ilustração 8, em que,
foram substituídos os atributos por suas respectivas categorias.
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Categorias
Categorias
Apreço Conformismo
Conformismo
Trabalho
Apreço
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Categorias Categorias
Características Pessoais
Cara
cterísticas Pessoais
Trabalho
Qualificação
Trabalho
Características Pessoais
Características Pessoais
Cidadania
Trabalho
Ilustração 8 Categorias dos elementos estruturais das representações: Quais os
motivos para ser professor(a) da rede pública?
Ainda pensando em melhor visualização dos dados, evidenciam-se na tabela 13
as categorias e o número de vezes em que elas aparecem nos quadrantes, seguidas de seu
percentual de ocupação entre os elementos estruturais das representações.
Tabela 13 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o tema:
Quais os motivos para ser professor(a) da rede pública?
Categorias
Núcleo
Central
Elementos
Intermediários
Periferia Total %
Características Pessoais
0
2
2
4
28,57
Trabalho 1 3 0 4 28,57
Conformismo 1 1 0 2 14,29
Apreço
2
0
0
2
14,29
Qualificação 0 0 1 1 7,14
Cidadania 0 0 1 1 7,14
Total
4
6
4
14
100,00
A primeira categoria em destaque é Apreço, na qual os docentes indagados se
referem às coisas boas da profissão, ao falarem do contentamento de ser professor. Ela
desponta em número de freqüência. Somando as duas palavras que aparecem no NC, obtêm-
se 192 evocações. Muitos docentes citaram satisfação e amor como motivos para ser
professor. São elementos normativos, avaliações do profissional em relação ao seu trabalho,
revelam aspectos positivos. Deve-se ter presente que a palavra satisfação engloba os
vocábulos gosto e prazer.
Como o NC revela o que está mais enraizado no pensamento, aquilo que é mais
74
difícil de mudar, as enunciações patenteiam que os professores se sentem satisfeitos na
profissão.
Sobre o tempo de profissão, uma única comparação ocorreu entre os
professores, com até 5 anos de exercício magisterial, e aqueles que têm de 6 a 15 anos de
carreira, apontando satisfação no quadro dos mais novos, como se pode conferir no apêndice
J.
De acordo com Tardif e Lessard (2005), as relações entre professores e alunos
ocupam o central da missão profissional de educar. Apesar das tensões e alegrias que
marcam as relações dos professores e alunos, o amor às crianças e aos jovens é recorrente na
fala de docentes, sugerindo que eles gostam de ensinar. Os autores acrescentam ainda que o
amor pelos alunos aparece como constitutivo de uma vocação ou disposição favorável e
necessária para o exercício da docência.
Porém, Tardif e Lessard (2005) advertem que o amor ao ofício da docência não
deve ser resumido ao amor pelos alunos. Para os autores, o mais importante é fazê-los
aprender a matéria, ou seja, o maior atrativo da profissão é saber que se pode contribuir com
algo a mais. Portanto, para exercer a profissão, o amor é indispensável, mas é necessário aliá-
lo a outras competências.
As evocações que denunciam o apreço com a profissão, sugerem RS do tipo
hegemônica, trazidas pela história, enraizadas no pensamento e também no comportamento
dos docentes.
Outra categoria que ressalta no quadro é Trabalho. Ela comparece com vários
vocábulos importantes por número de freqüência, somando muitas alocuções.
Alguns vocábulos se referem à segurança que o trabalho propicia; outros
tratam daquilo que o trabalho oferece, como liberdade, esporte, flexibilidade e há aquelas que
discorrem sobre a organização e profissionalização do trabalho.
Essa categoria comparece no NC, com o vocábulo estabilidade, reforçado na
periferia pelas palavras segurança, oportunidade e profissão. São elementos funcionais: falam
da profissão, revelam aspectos positivos.
Os professores aludem à segurança de ter uma profissão e à estabilidade que a
esta lhes oferece. Provavelmente, tiveram a oportunidade de ingressar na rede pública
municipal como efetivos, ou mesmo como contratados, aguardam pelos concursos, espera da
efetividade, da segurança e da estabilidade.
Oliveira (2003, p.31) enuncia que “[...] podemos observar um consenso em
torno da necessidade de profissionalização docente, compreendendo, entretanto, tal
75
profissionalização como resultante de processos de capacitação técnica”.
A profissionalização não é definida pela atuação em sala de aula, na escola, na
relação com alunos e colegas, mas pelo histórico de participação em programas de formação e
dos certificados e diplomas conquistados. São esses os recursos que dão estabilidade,
segurança, e garantem o profissional na profissão.
A categoria Conformismo aparece no NC com o vocábulo necessidade, e na
periferia com remuneração. São elementos funcionais, falam do trabalho.
Necessidade quer dizer o inevitável, o imprescindível, o conveniente, ao passo
que remuneração evoca recompensa ou retribuição pelo trabalho efetuado.
A remuneração provê as necessidades, o de que todos precisam. Porém, quando
o professor dita estes vocábulos como resposta à questão que trata dos motivos para ser
professor, deixa a impressão de que não tinha sonhos, ideal, escolheu ser professor para
sobreviver.
Como o NC revela aquilo que tem maior consenso no grupo, ao trazer à cena
necessidade, o docente expõe idéias comuns, muitos elegeram como motivos para ser
professor, a necessidade do trabalho, da profissão.
Segundo Soratto e Olivier-Heckler (1999), o pior trabalho é aquele que oferece
baixo salário, relações burocratizadas, que exige muita responsabilidade sem nenhum
privilégio em retribuição.Infelizmente, encontram-se muitas destas condições na escola
pública. O trabalho docente é sempre comparado ao de outros trabalhadores, sem que se
levem em conta as exigências legais de formação do professor. Em termos salariais, não são
compensadoras as condições oferecidas aos profissionais da educação.
Em relação à variável titulação, foram cotejados os grupos de graduandos e
especialistas, apêndice K, e apontou como especificidade do primeiro grupo, a palavra
remuneração, entre outras.
duas situações distintas: em uma, o professor que apenas cursou a
licenciatura, caso esteja na categoria de contratado, percebe um salário muito menor em
relação aos efetivos especialistas. Em contrapartida, na outra, os efetivos e com especialização,
acreditam que a remuneração é um bom motivo para ser professor: percebe-se mais do que em
outros trabalhos.
Soratto e Olivier-Heckler (1999) destacam que se modificou a consideração
social pelo professor. Antes, quando os professores gozavam de elevado status social e
cultural, o saber, a abnegação e a vocação destes profissionais eram amplamente apreciados.
Nos tempos atuais, porém, o status social é estabelecido, primordialmente, com base nos
76
critérios econômicos. Para muitos, o fato de alguém optar por ser professor pode decorrer da
incapacidade de conseguir emprego melhor, de saber fazer outra coisa, algo que lhe seja mais
rendoso.
As autoras citadas em passo anterior argumentam que o salário do professor se
converte em elemento de crise de identidade a eles. Nesse sentido, o professor é visto como
um pobre diabo que não foi capaz de arrumar ocupação melhor, mais lucrativa.
Na comparação do grupo de professores de 16 a 25 anos de permanência na
mesma escola, quando cotejado com o bloco circunscrito a 5 anos, mostrou-se o vocábulo
necessidade como especifico do grupo com mais tempo de estabelecimento, apêndice L.
Aqueles professores que passaram da metade do tempo útil de trabalho, descrentes da
profissão, cansados de esperar por melhorias, dizem que bons motivos para ser professor, se
identificam com a própria necessidade.
A categoria Características Pessoais, com quatro alocuções, é a mais evocada
desta questão. Chamam a atenção os seguintes atributos: opção, escolha, vocação e dom.
Essas palavras constituem 59,4% de participação na categoria, o que significa que, de cada
grupo de cinco termos utilizados, três deles se prendem a esses vocábulos. De sua vez,
correspondem a 28,7% dos elementos estruturais das representações.
Ao utilizar a palavra dom, o professor compreende sua profissão como algo
inato. A palavra vocação faz referência ao talento e à aptidão do professor; já o uso da palavra
escolha diz respeito à predileção e opção à liberdade de escolha.
Os professores respondentes também atribuem a si os motivos para ser
professor. Eles fizeram a opção ou escolha profissional, provavelmente, porque acreditam
possuir dom ou vocação para tal.
Opção, escolha, vocação e dom são elementos funcionais, de valor positivo.
Em relação à faixa etária, foram confrontados professores com idade que varia
entre 36 e 45 anos com os que têm idade superior a 46 anos. Este último grupo se limitou aos
vocábulos dom e escolha, mas o evocou o termo vocação. Portanto, esse vocábulo não é
específico do grupo constituído de professores com mais idade, ressalvado que, com os
atributos dom e escolha eles se denominam professores por nascença e por escolheram a
profissão, conforme apêndice M.
Isso também se confirma em outra comparação, entre o grupo de 21 a 35 anos
de vida, cotejado com os que têm mais de 46 anos de idade, apêndice N. Por igual, o grupo
mais adiantado na idade mostrou especificidade superior, com o vocábulo opção.
Ao comparar os efetivos com os contratados, apêndice O, detectou-se, na fala
77
dos professores efetivos, o vocábulo facilidade, e na fala dos contratados, veio a flora a
palavra opção.
Ponciano (2001) revela dados sobre a escolha da profissão, que vai do achar
fácil exercê-la até o ser reconhecido por um trabalho heróico.
O professor talvez sinta necessidade de emitir um discurso comum no grupo.
Ao pronunciar o vocábulo facilidade como resposta a essa pergunta, ele pode querer dizer que
não tem dificuldades no trabalho, ou que tem facilidades nas relações associadas ao ensinar.
Outras facilidades, como ingresso na universidade, opções de vários cursos de
graduação, concurso acessível, proximidade da moradia em relação ao trabalho, flexibilidade
de horários e jornada de 20 horas são fatores que realmente influenciam na decisão da carreira,
somados, é claro, à opção de querer ser professor.
Na comparação sobre titulação, entre graduandos e graduados, apêndice P, o
grupo de graduandos trouxe à tona contribuição e escolha, como palavras especificas do
grupo. Ao comparar os grupos de graduados e especialistas, aqueles apontaram, como
especifica, a palavra escolha, conforme apêndice Q.
Os graduandos são veementes quando afirmam que foram motivados a ser
professor por escolha, porém, esperam remuneração. Os graduados também citaram escolha
como motivo primeiro da escolha da profissão.
Na comparação sobre tempo de permanência na mesma escola, entre
professores com a5 anos e os de 6 a 15 anos, destacou-se especificidade no grupo que está
há mais tempo na escola, centrada na palavra dom, entre outras, como mostra o Apêndice R.
Na categoria Características pessoais, o professor atribui a si próprio a
realização do trabalho, provavelmente pela necessidade de resolver os problemas que
aparecem, seja da escola, seja da família, seja ainda dos alunos.
Na categoria Cidadania, evidencia-se o atributo contribuição, mostrando que o
professor deseja contribuir. O grupo masculino enunciou com especificidade superior essa
palavra entre outras, quando comparado com o grupo feminino, como ilustra o apêndice S.
Dessa forma, os professores afirmam que, com o compromisso de realizar seu trabalho,
podem contribuir com a sociedade. Aspectos positivos são observados neste vocábulo,
elemento funcional.
Codo e Vasques-Menezes (1999 p. 293) são categóricos no afirmar: “A
importância da percepção do próprio trabalho como útil à sociedade tem valor inegável para a
auto-estima do trabalhador”. Sendo assim, sentir-se útil contribui para a alegria e o prazer
afirmados acima.
78
Na última categoria a ser analisada, Qualificação, o professor anuncia que
qualificar-se é um dos motivos para ser professor. É preciso estar em constante formação,
preparando-se para exercer o trabalho. Elemento funcional, de valor positivo.
Para Mizukami (2002), muitos cursos de formação continuada são oferecidos
para os professores, como meio efetivo da alteração da prática pedagógica. Frisando que
alguns fornecem apenas informações que alteram o discurso, relevante é lembrar que pouco
contribuem para uma mudança efetiva.
Nessa perspectiva, a referida autora afirma que, atualmente, a qualificação que
se pretende por meio dos cursos de formação buscam mais reflexão crítica sobre a prática e
permanente reconstrução da identidade do docente.
O exercício magisterial, portanto, exige atualização e reflexão acerca da
didática e da prática do professor, tanto para um bom desempenho na atuação do magistério,
como para seu compromisso técnico e político.
Releve-se igualmente, que a aprendizagem permanente, segundo Mizukami
(2002), considera os saberes e as competências docentes como resultado não da formação
profissional e do exercício da docência, mas também das aprendizagens realizadas ao longo
da vida, dentro e fora da escola. Acredita-se que, quando o professor enuncia qualificação
para justificar os motivos da sua escolha profissional, ele se mostra desejoso de aprender, para
ensinar.
Como disse Moscovici (1978), a comunicação é elemento indispensável na
interação entre as pessoas e está totalmente enraizada nos aspectos de pertença social. Os
indivíduos que fazem parte do mesmo grupo compartilham idéias e constroem saberes.
Concluiu-se que os docentes cuiabanos, ao responderem à questão apresentada,
não o fizeram diferente dos professores de todo o Brasil, na pesquisa que buscava traçar o
perfil do professor brasileiro, realizada pela UNESCO (2004), citada na questão anterior.
Eles seguiram uma tendência natural, dando respostas conforme padrões que os valorizam,
revelando-se politicamente corretos.
Os componentes estruturais das representações apontam para a função
identitária das RS. Os docentes sentem prazer no que fazem, mostram-se valorizados, estáveis,
escolheram a profissão por opção. Tudo isso garante a identidade do grupo de professores de
Cuiabá aqui investigados.
Intrigante observar que não compareceram, entre os componentes estruturais
das representações, como motivos para ser professor, os atributos ensino, aprendizagem e
conhecimento, pressupostos que identificam a profissão docente.
79
As representações sociais encontradas nesta questão evidenciam que um grupo
de professores tem gosto e amor pelo trabalho, valoriza suas características por acreditar que
delas depende a condução do processo de ensinar, deseja contribuir com a educação, solicita
qualificação para melhorar em dois aspectos, tanto o financeiro como a prática professoral.
Um subgrupo apontou desatenção com a profissão, trabalha por necessidade e remuneração.
Apesar de o grupo mostrar pensamentos divergentes, também verifica a
importância da influência social nas representações, visto que, as palavras de maior consenso,
majoritárias, falam das coisas boas como motivos para ser professor, preservando aquilo que
já é conhecido e naturalizado.
80
3.3 Que seus colegas comentam sobre as razões para permanecer na profissão
Somaram-se 1.484 atributos nas respostas dos professores. Desses, 248 são
vocábulos diferentes e, igualmente, foram agrupadas em categorias.
Para este mote, tomou-se por referência a categorização realizada no trabalho
de Vicente (2006), pesquisadora do GPEP, intitulado, Atividades acadêmicas de professores
da UFMT: um estudo de representações sociais. Opção feita especialmente por se tratar da
mesma indagação e de outros aspectos comuns, como os sujeitos professores, o software de
processamento e a TRS. A tabela 14 contém a transcrição das categorias elaboradas na
pesquisa com os professores universitários.
Tabela 14 Categorias do tema: Quais são os motivos de permanência
dos Professores na UFMT, com freqüências e porcentagens
CATEGORIAS
f
Retribuição
592
27,69
Características
P
essoais
251
11,74
Qualificação
190
8,89
Emprego
167
7,81
Apreço
153
7,16
Conformismo
159
7,44
Produção
135
6,31
Relacionamento
126
5,89
Futuro
72
3,37
Ambiência acadêmica
74
3,46
Cidadania
37
1,73
Palavras sem categorias
15
0,70
Palavras descartadas
f < 3
167
7,81
Total
2.138
100,00
Fonte: VICENTE, S. S. Atividades acadêmicas de professores da UFMT: um estudo de representações sociais.
Dissertação, Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, 2006.
A partir desse conjunto, iniciou-se o processo de categorização das palavras
evocadas. Quatro categorias não foram utilizadas: Retribuição, Emprego, Produção e
Ambiência Acadêmica. Outras três foram criadas: Reconhecimento, Características do
Docente e Características do Trabalho, conforme mostra a tabela 14, totalizando dez
conjuntos para apensar todos os atributos enunciados. As evocações que apareceram somente
uma ou duas vezes foram dispensadas, bem assim aquelas que não encontraram grupo afim,
somando mais de 15%.
A tabela 15 evidencia as categorias, com as respectivas freqüências e
porcentagens, em ordem decrescente.
81
Tabela 15 Categorias do tema O que seus colegas professores comentam sobre as razões
para permanecer na profissão? com freqüências e porcentagens.
CATEGORIAS
f
Apreço
288
19,41
Características do Trabalho
256
17
,25
Conformismo 198 13,34
Características Pessoais 139 9,37
Características do Docente
139
9,37
Futuro 87 5,86
Qualificação 60 4,04
Relacionamento
40
2,70
Cidadania
25
1,68
Reconhecimento 22 1,48
Palavras sem categoria
36
2,43
Palavras descartada
s f < 3
194
13,07
Total
1
.
484
100,00
A categorização seguiu os mesmos procedimentos adotados em outras análises.
A tabela 16 exibe as categorias com, no máximo, três atributos e suas freqüências. Tal número
foi escolhido por ser, exatamente este, o maior número de atributos que compareceu nos
conjuntos que compõem os elementos estruturais, nesta questão. Todos os atributos podem ser
conferidos no Apêndice T.
Tabela 16 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referentes ao mote:
O que seus colegas professores comentam sobre as razões para permanecer na profissão?
CATEGORIA ATRIBUTOS f CATEGORIA ATRIBUTOS f
estabilidade 127
opção 37
remuneração 43
profissão 26
Características do
Trabalho
aposentadoria 32
Características do
Docente
realização 24
satisfação 173
esperança 41
afetividade 103
mudança 14 Apreço
alegria 5
Futuro
acreditar 14
necessidade 76
compromisso 26
falta de opção 29
vocação 22 Conformismo
comodismo 22
Características
Pessoais
dedicação 16
contribuição 9 ajuda 9
cidadania 5 amizade 7 Cidadania
luta 4
Relacionamento
alunos 9
valorização 7 - - -
reconhecimento 6 - - - Reconhecimento
confiança 5 - - -
Destacaram-se as categorias, Características do Trabalho e Apreço, com os
elementos de maior freqüência. Aqui, também, os professores indagados falam do
contentamento da profissão e que continuam no exercício pelas características do próprio
trabalho.
82
Com o objetivo de encontrar as palavras de maior consenso, realizou-se o corte
no corpus, e o aproveitamento foi de 61,2%. A menor freqüência contém 29 evocações, e a
média 73, valores estes que determinam as palavras que se agasalharão nos quadrantes
superiores e inferiores do quadro; a OME é de 2,900, denotando que, nos sítios do lado
esquerdo, estão os atributos mais prontamente evocados, e do lado direito, os mais
tardiamente, conforme apêndice U.
OME
< 2,900
2,900
f
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Atributos f OME
Atributos f OME
satisfação 173 2,549
estabilidade
127
2,748
afetividade 103 2,845
necessidade 76 2,684
73
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Atributos
f
OME
Atributos
f
OME
remuneração
43
2,744
esperança
41
3,317
opção
37
2,784
aposentador
ia
32
2,781
falta de opção
29
2,621
<73
Ilustração 9 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote:
O que seus colegas professores comentam sobre as razões para permanecer na profissão?
Na ilustração 10 foram substituídos os atributos por suas respectivas categorias.
È outra forma de apresentar os dados, com a intenção de facilitar a leitura.
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Categorias Categorias
Apreço
Características do Trabalho
Apreço
Conformismo
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Categorias Categorias
Características do Trabalho
Futuro
Características do Docente
Características do Trabalho
Conformismo
Ilustração 10Categorias dos elementos estruturais das representações, referentes ao mote:
O que seus colegas professores comentam sobre as razões para permanecer na profissão?
Assim, é possível ver as categorias que compareceram no discurso dos
83
professores. Características do Trabalho com três atributos e Apreço com dois, o conjunto
Conformismo, acolheu o mesmo número de atributos: dois. Por outro lado, os demais blocos
ficaram circunscritos a um atributo. Contudo, por representarem uma reunião de palavras de
mesmo sentido, se fortalecem.
Percebe-se um quadrante vazio, isto ocorre nos casos em que muitas
palavras dispersas, não aglomerando número suficiente para compor os elementos estruturais.
Também se verifica atributos com freqüência muito elevada, ocupando o NC, são esses os
fatores determinantes para os vocábulos, estarem em um ou outro espaço.
Ainda com a intenção de apresentar os dados, construiu-se a tabela 17 para
expor as categorias eleitas, distribuídas pelos quatro quadrantes, que compõem os elementos
estruturais das representações. Cada conjunto com seu número de aparição e, na última coluna,
o percentual ocupado por grupo, um a um.
Tabela 17 Categorias, número de atributos e percentuais sobre o tema: O que seus colegas professores
comentam sobre as razões para permanecer na profissão?
Categorias
Núcleo
Central
Elementos
Intermediários
Periferia Total %
Características do Trabalho
1
2
0
3
33,34
Apreço 2 0 0 2 22,22
Conformismo
1
1
0
2
22,22
Características do Docente 0 1 0 1 11,11
Futuro 0 0 1 1 11,11
Total
4
4
1
9
100,00
O maior índice de participação se assenta na categoria Características do
Trabalho, com três evocações, comparecendo no NC com a palavra estabilidade e nos
elementos intermediários com os atributos remuneração, aposentadoria. A ela se segue a
categoria Apreço, com duas evocações de alta freqüência: satisfação e afetividade.
Os vocábulos satisfação e afetividade chamam a atenção no NC por somarem
276 evocações, revelando aspectos normativos de valores positivos nas representações. Os
professores permanecem na profissão por admiração e estima pela docência. Isso foi
demonstrado pelos vocábulos afetividade, amor, prazer e gosto.
Tais dados se confirmam em Soratto e Olivier-Heckler (1999), no artigo
intitulado: Os trabalhadores e seu trabalho, em que muitos professores disseram ter boas
razões para permanecer na profissão, com as frases: gosto da atividade que realizo e não me
vejo fazendo outra coisa; gosto de ensinar, quando tenho interesse; não me importo nem de
passar do horário; gosto de inovar os métodos de ensino ou levo em conta o sucesso e a
satisfação dos alunos no ato de aprender. Registre-se isso tudo, não obstante as dificuldades
84
enfrentadas.
Também Ponciano (2001) e Tura (2005) afirmam que o professor se sente um
herói dada a possibilidade de mudar a sociedade com o seu trabalho.
Alves-Mazzotti (2005b) diz que os professores revelaram gostar de crianças e
do que realizam.
Algumas comparações foram feitas. Duas delas merecem destaque, no que
respeita ao vocábulo amor: a primeira, entre professores efetivos e contratados. A palavra
amor compareceu na fala dos contratados, conforme Apêndice V. A fala dos contratados se
revela mais afetiva.
No se interporem os dados referentes ao tempo de permanência na mesma
escola, considerando professores que trabalham de 6 a 15 anos no estabelecimento e aqueles
com 16 a 25, o vocábulo amor aparece nas evocações dos que tem mais tempo de casa, como
aponta o Apêndice W.
Os professores que permanecem por mais tempo em uma mesma unidade,
talvez mais absorvidos com as práticas e projetos da escola, mostram-se mais afetivos e
satisfeitos com sua profissão.
Na categoria Características do Trabalho, os respondentes falam dos benefícios
da profissão, ditando a estabilidade, a remuneração e a aposentadoria. Falam de aspectos
funcionais das representações, com valores positivos. Ao responder estabilidade, ele anuncia
que, após a aprovação em concurso, deseja usufruir das benesses que o trabalho lhe oferece.
Foram feitos vários cruzamentos de dados, e o termo estabilidade apareceu em
alguns deles. No que toca à variável faixa etária, no entrançarem professores de 21 a 35 anos
com os de 46 anos de vida ou mais, a palavra estabilidade não se fez presente no discurso dos
mais idosos, conforme apêndice AC. Isso também se confirma no cruzamento de tempo de
permanência na mesma escola, pois os professores que estão na casa de 16 a 25 anos o
evocaram estabilidade, como aponta apêndice X
Os professores que estão próximos de cumprir seu tempo de profissão o
incluem a estabilidade no rol de sua preocupação. Está isso a dizer que ela é alvo de
preocupação e de interesse próprio de quem está começando a carreira. Isso também se
verificou no cruzamento entre efetivos e contratados, conforme dados do apêndice V: de
salientar que os contratados apontaram a estabilidade como importante para eles.
Ao enunciar remuneração, o professor pode estar insinuando a necessidade de
um salário melhor ou, mais do que isso, ser reconhecido pelo serviço que presta à sociedade.
Ao se manifestarem sobre a remuneração do professor, Odelius e Codo (1999,
85
p. 194), não camuflam essa verdade: “Pelo prisma das pessoas, o salário deveria ser o maior
possível, de forma que pudesse manter um bom padrão de vida para ele e sua família, [...] e
obter segurança e estabilidade”. O bom salário é o desejo de todos os trabalhadores, embora
seja ele visto de ângulos diferentes pelos profissionais: o que satisfaz a uns, pode não
contentar a outros. Pelo bem que a educação propicia sociedade, o salário dos professores
deveria atingir um nível de excelência, sabedores que somos de que dificilmente contentará a
todos.
Com o vocábulo aposentadoria, o professor espera pelos benefícios da sua
profissão e manifesta a esperança da tranqüilidade no futuro.
Ao ditar os vocábulos que se identificam com o trabalho, o professor responde
que permanece na profissão por efeito das atividades que ela abarca.
A categoria Conformismo emerge com duas evocações: necessidade e falta de
opção. Tais dados se contrapõem ao discurso de apreço com a profissão, são elementos
normativos de valor negativo.
Quando o professor anuncia necessidade, ele está a frisar que permanece na
profissão porque precisa. Sendo assim, não demonstra afinidade ou apreço à docência, apenas
necessita mais. Com falta de opção acentua que, ao não encontrar outra coisa para fazer,
continua professor. Provavelmente querendo com isso dizer que estudou para ser, e agora não
vai mudar. Será que abandonaria sua profissão se recebesse outra proposta de trabalho?
Lapo e Bueno (2001), ao investigarem o abandono da profissão, relatam que a
ruptura total e definitiva dos vínculos estabelecidos com o trabalho docente é difícil de ser
efetivada. Muitos professores optam por abandonos temporários, a fim de garantir um
possível retorno. Isso ainda patenteia que pode não estar muito bom, muito contente com a
profissão, mas também não dá para jogar fora.
Morgado (2005) ensina que certo imobilismo nas escolas, provenientes das
cobranças que o professor tem sofrido em função das transformações sociais e culturais
vigentes e por outro lado, um desconforto pela perpetuação do sistema educativo, inerte e
burocrático. Aliado ainda, à perda da legitimação tradicional apontada, tem provocado
insegurança, angústia, perda de sentido. O que leva os professores a resignação.
Embora as metáforas sejam minoritárias, não apareçam como componentes
estruturais das representações, elas detém força simbólica. A expressão quebra-galho foi
ditada. O docente provavelmente a pronuncia para afirmar que permanece na profissão até
arrumar algo melhor, enquanto aguarda, é professor.
Na pesquisa realizada pelo UNESCO (2004), com os professores de todas as
86
regiões do Brasil, questionou-se: Qual é sua principal aspiração profissional para os
próximos anos? Do total dos docentes, 10,7% responderam que querem se dedicar a outra
profissão. Essa resposta foi mais específica entre professores com menos de 4 anos de carreira
e entre aqueles que têm mais de 25 anos de docência.
É possível compreender melhor o grupo daqueles que estão na fase final do
exercício e agora querem se dedicar a outros afazeres, porém é intrigante saber que, quem es
começando, também alimenta idêntico.
Soratto e Olivier-Heckler (1999, p. 112) ponderam: “O trabalho, enquanto
atividade criativa e ação transformadora, modifica não apenas o mundo, mas também o
homem que o executa”.
O professor, em sala de aula, se sente apto a contribuir no processo de
transformação, desenvolvendo habilidades e experiências que possam melhorar a maneira de
pensar e de agir dos alunos. Neste processo, ele também pode crescer e se modificar.
A categoria Características do Docente comparece com a evocação opção.
Com freqüências menores, essa categoria contrapõe a anterior, pois 37 sujeitos disseram que
permanecem na profissão por opção. Mostram-se satisfeitos com a escolha que fizeram.
Tal é a força da palavra do professor, sobre este aspecto, que confirma o que
ensinou Moscovici (1978, p. 46). No entender desse pensador, opinião é [...] uma fórmula
socialmente valorizada a que um indivíduo adere; [...]”.
Sabendo que as RS servem de guia e de ferramentas de leitura da realidade,
permitindo interpretar os acontecimentos e ajudar nas tomadas de decisão com base naquilo
em que se acredita, pode-se inferir que um grupo de professores de Cuiabá permanece na
profissão por decidida opção.
Na categoria Futuro, o vocábulo esperança, com 41 evocações, transpira que o
professor ainda acredita na sua profissão. Elemento funcional de valor positivo.
Não compareceu o vocábulo ensino, nas respostas dos professores, para a
questão que trata das razões para permanecer no exercício. Tomando-se este traço como
aquele que revela a identidade docente, pode-se daí concluir que o professor não está tão
preocupado com sua função, e sim com a situação profissional que acoberta a profissão de
ensinar.
A categoria mais evidente foi Características do Trabalho, em que os
professores enaltecem o próprio trabalho como boa razão para permanecer na docência. Esses
elementos garantem a identidade dos professores, evidenciam a função identitária, revelando
um grupo que tem afinidade com o trabalho, reforçado pela categoria Apreço.
87
Um grande grupo sobressai por assegurar que gosta da profissão,
demonstrando amor e prazer como razões suficientes para continuar na docência. Embora um
grupo emita o vocábulo esperança na expectativa de que algo precisa melhorar, o professor
diz que se sente bem na profissão que exerce. Com relação a isso, Moscovici (2003) elucida
que as idéias são excitadas por aquilo em que se acredita.
Paulo Freire (1996) advertiu que, diante das situações educacionais, é
improdutivo cruzar os braços, como se apresentam alguns professores investigados nesta
pesquisa. Estes, diante das adversidades enfrentadas no seu cotidiano, sentem-se
desestimulados.
Apesar de o referido autor ter feito essa alusão em 1996, ela se faz muito atual.
Ainda perseguindo sua fala: Um dos piores males que o poder público vem fazendo a nós no
Brasil [...] é o de fazer muitos de nós [...] cair no indiferentismo [...] que leva ao cruzamento
de braços.” É comum ver professores desestimulados, descrentes com a profissão. Quando
enunciam a falta de opção, como motivo para permanecer professor, estão trazendo à tona que,
se tiverem outra coisa para fazer, vão deixar de exercê-la.
Qualquer opinião ou atitude do professor diante do fato corrobora as palavras
de Doise (2001), para quem as RS são tomadas de posição simbólicas, organizadas de
maneira diferente.
Significativo recordar o que disse Moscovici (2003, p. 341), “[...] é a crença
que incendeia as idéias”. Docentes desestimulados, descrentes e conformados podem até fazer
a opção de permanecer na profissão, mas continuar por continuar, sem o fogo que alimenta a
paixão e o desejo de ensinar.
As razões para que um professor permaneça na profissão, podem não estar
entre os elementos estruturais, entre as palavras mais freqüentes, ou mais prontamente
evocadas pelos sujeitos. Os atributos citados pela minoria, podem ser as melhores razões para
continuar no exercício, dado que Flament (2002) ensina que nem tudo é ditado, costuma-se
falar aquilo que já é consenso, que detém maioria de adeptos, para não transgredir normas.
Percebe-se então que, apesar dos atributos ditados na categoria Apreço,
satisfação e afetividade, muito freqüentes e prontamente evocadas, outras foram
pronunciadas: quebra-galho, anunciando menosprezo com a profissão e as respostas: falta de
opção, remuneração, estabilidade, aposentadoria e necessidade, como motivos para
permanecer na profissão, revelam que o amor e o prazer não são razões suficientes.
88
3.4 Que seus colegas comentam sobre os relacionamentos entre os professores
Para responder ao questionamento, O que seus colegas comentam sobre os
relacionamentos entre os professores, os professores emitiram 1.497 palavras, com 362
termos diferentes. Também foram agrupadas por blocos, de acordo com o sentido das palavras.
Tomou-se por referência a categorização realizada no trabalho de Trindade
(2006), intitulado Atividades acadêmicas de professores universitários: um estudo em
representações sociais, realizado por uma pesquisadora do GPEP. Fez-se esta opção, porque
ambas apresentam aspectos semelhantes: a indagação é a mesma, os respondentes são
professores. Somam-se a isso os instrumentos de coleta, o programa computacional utilizado
para o processamento dos dados e a Teoria das Representações Sociais, que norteou as
análises. A tabela 18 entremostra as categorias do referido trabalho, com suas freqüências e
percentual de participação.
Tabela 18 Categorias relativas com o tema Como são os relacionamentos entre
os professores na UFMT? Com freqüências e participação percentuais
CATEGORIA
f
Trocas
309
14,44
Conflitos 275 12,85
Afetividade
240
11,20
Bem-estar 240 11,20
Profissionais 177 08,27
Mal
-
e
star
128
05,99
Carências 124 05,79
Respeito 123 05,75
Restritos
105
04,90
Cidadania 22 01,02
Palavras com freqüência < 3
398 18,59
Total
2.141
100,00
Fonte: TRINDADE, D. S. Atividades profissionais de professores universitários: um estudo de representações
sociais. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, 2.006
Ao apensar os atributos, somente duas categorias, Troca e Respeito, se
mantiveram. Três delas, Carências, Restritos e Cidadania não foram utilizadas. Foram
acrescentadas Individualismo, Desunião, Coleguismo e Cordial.
Quanto aos conjuntos, Conflitos, Afetividade, Bem-estar e Mal-estar,
verificou-se a necessidade de alterar os títulos do bloco. As categorias Bem-estar e Mal-estar
foram trocadas por Harmonia e Desarmonia nos relacionamentos, De sua vez Conflitos
substituído por Desrespeito. O grupo Afetividade, por Coleguismo. Todos os conjuntos
abrigam as palavras de mesmo sentido, embora agasalhem outros atributos.
89
Nove blocos foram escolhidos para albergar todas as palavras. Foram
descartados os atributos que contaram apenas uma ou duas freqüências, conforme se procedeu
nas outras questões.
Tabela 19 Categorias definidas para o tema: O que seus colegas comentam sobre
os relacionamentos entre os professores? Com freqüências e porcentagens
CATEGORIAS
f
Coleguismo
459
30,66
Harmonia 142 9,49
Respeito
129
8,62
Troca
106
7,08
Desarmonia 61 4,07
Individualismo
59
3,94
Desrespeito
59
3,94
Desunião 43 2,87
Cordial 38 2,54
Palavras sem categoria
23
1,54
Palavras descartadas f < 3 378 25,25
Total
1
.
497
100,00
A tabela 20 foi arquitetada para exibir as categorias, com, no máximo, sete
atributos e sua freqüência. Tal número foi escolhido por ser, exatamente este, o total de
palavras da categoria mais evocada, que compareceu entre os elementos estruturais das
representações. Também se pode observar no Apêndice Y o conjunto total das palavras.
Tabela 20 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referente ao mote:
O que seus colegas comentam sobre os relacionamentos entre os professores?
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
amigável
161
respeito
73
solidariedade
65
familiar
9
companheirismo 62 confiança 8
cooperação 43 sinceridade 8
afetividade
36
compromisso
7
ajuda 34 responsabilidade 7
Coleguismo
coleguismo 25
Respeito
tolerância 6
bom
70
união
26
ótimo 21 colaboração 18
alegria 9 troca 15
harmonia
9
fr
aternidade
14
agradável 5 dialogo 14
saudável 5 interação 7
Harmonia
legal
4
Troca
integração
7
normal
15
individualismo
20
cordial 13 competição 17
necessário
4
Individualismo
egoísmo
11
Cordial
-
-
fofoca
21
frio
7
inveja
13
ruim
5
Desrespeito
falsidade
13
desigualdade
5
desunião
21
- - falta companheirismo 4
Desarmonia
-
-
Desunião
fechado
3
90
A categoria Coleguismo se destacou no mote: compareceu com sete vocábulos
nos elementos estruturais das representações amigável, compreensão, afetividade,
solidariedade, companheirismo, cooperação e ajuda. Somam 417 evocações: foram os
atributos mais freqüentes desta questão.
Outras três categorias, Troca, Respeito e Harmonia, também compareceram
entre os elementos mais freqüentes, porém, com menor intensidade. Quanto a estes conjuntos,
Individualismo, Desrespeito e Desunião, não estão entre os blocos de maior consenso, por
isso, associam apenas três atributos.
O aproveitamento do corpus foi de 44%, e a menor freqüência para o quadro
obteve 25 alocuções. A freqüência média ficou 59, a OME é 2,900, conforme apêndice Z.
OME
< 2,900
2,900
f
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Atributos f OME
Atributos f OME
amigável 161 2,497 respeito 73 3,384
bom 70 1,743 solidariedade 65 3,600
companheirismo
62
2,613
59
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Atributos
f
OME
Atributos
f
OME
união
26
2,462
cooperação
43
3,279
coleguismo
25
2,560
afetividade
36
3,111
ajuda
34
3,765
<59
Ilustração 11 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote:
O que seus colegas comentam sobre os relacionamentos entre os professores?
Para outra leitura dos elementos estruturais, elaborou-se a ilustração 12, na
qual foram substituídos os atributos por suas respectivas categorias.
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Categorias Categorias
Coleguismo Respeito
Harmonia
Coleguismo
Coleguismo
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Categorias
Categorias
Troca
Coleguismo
Coleguismo
Coleguismo
Coleguismo
Ilustração 12Categorias dos elementos estruturais das representações, referentes ao mote:
O que seus colegas professores comentam sobre as razões para permanecer na profissão?
91
A tabela 21 apresenta as categorias com o número de participação e o
percentual ocupado por elas, dentre os componentes estruturais das representações.
Tabela 21 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o tema:
O que seus colegas comentam sobre os relacionamentos entre os professores?
Categorias
Núcleo
Central
Elementos
Intermediários
Periferia Total %
Coleguismo
2
2
3
7
70,00
Harmonia
1
0
0
1
10,00
Respeito 0 1 0 1 10,00
Troca 0 1 0 1 10,00
Total
3
4
3
10
100,00
Somente quatro categorias se destacaram, evidenciando dez atributos com
carga positiva, nos quais os professores respondentes apontam que os relacionamentos no
ambiente escolar são afetivos.
Todos os elementos estruturais deste bloco são normativos, os respondentes
avaliam o relacionamento.
Esses atributos reunidos se solidificam, desvelando que as RS do grupo de
professores não sofrem ameaças. Eles se consideram amigos, companheiros, solidários, se
compreendem. Indica que a afetividade es presente nas inter-relações entre docentes,
proporcionando ambiente harmônico.
A categoria Coleguismo comparece com dois vocábulos no NC, amigável,e
companheirismo: corroboram o que foi dito no parágrafo anterior.
Dois cruzamentos com a variável, tempo de permanência em uma mesma
escola, põe as claras, com especificidade, os atributos ajuda, afetividade e união, na fala dos
professores que tem de 16 a 25 anos de casa, em relação aos grupos, até 5 anos e de 6 a 15
anos na mesma unidade, à luz dos apêndices AA e AB.
Os dois cruzamentos confirmam que os professores, com 16 a 25 de
permanência na mesma escola, evocaram ajuda, afetividade e união, realçando os aspectos
positivos da relação entre docentes.
Tardif e Lessard (2005) afirmam que os contatos sociais na escola favorecem
os relacionamentos profissionais. Ou seja, um espaço físico adequado para o desenvolvimento
de atividades de promoção social aumenta a colaboração entre os docentes. São esses laços
que constroem a amizade e o coleguismo entre os professores, favorecendo as trocas, o
respeito e a união do grupo.
Tanto os professores com menos tempo de casa, como aqueles que somam
92
muitos anos na escola, confirmam a carga de valores positivos dentro do grupo de professores.
Todavia, o mesmo não se pode afirmar sobre aqueles que estão na faixa intermediária, quanto
ao fator tempo de permanência na mesma escola.
Na categoria Harmonia, destaca-se apenas um vocábulo dentre os elementos
estruturais, bom, com 70 evocações. Os professores ressaltam que lhes agrada o
relacionamento entre eles.
Na variável faixa etária, ao cruzar os dados dos professores que tem entre 21 e
35 anos de idade, com os docentes acima de 46 anos, compareceu bom, no grupo dos mais
idosos, conforme detalha o apêndice AD. Ainda outro cruzamento, entre os docentes de 36 a
45 anos, com os de 46 anos ou mais, destacou-se, com especificidade superior, o grupo de
maior idade, com os vocábulos amigável e bom. O que solidifica o quadro de coleguismo
apontado.
A categoria Troca se destaca pelo vocábulo união, seguido de colaboração: os
dois vocábulos atestam que os professores se ajudam.
Quanto à titulação, o primeiro cruzamento ocorreu entre graduandos e
especialistas. Nesse confronto, sobressaem as palavras colaboração, normal, respeito, como
especificidade superior dos graduandos, no esclarecer do apêndice AE. Entre graduandos e
graduados, compareceu o vocábulo colaboração como especificidade superior do grupo de
graduandos. Isso é o que aponta o apêndice AF.
O fato de o vocábulo colaboração emergir na fala dos docentes mais novos leva
a pressupor que, entre estes, mais contribuição. Mais ainda: que pode ocorrer tanto pela
necessidade das trocas, de aprender com os mais velhos, como também por efeito do simples
afeto.
Tardif e Lessard (2005) contestam a colaboração tão propagada pelos
professores, quando afirmam que o essencial do trabalho docente ocorre individualmente, em
sala de aula.
Na categoria Respeito, comparece a palavra respeito com um número elevado
de evocações, referindo-se às relações dentro das escolas.
Depreende-se desses dados que as relações cotidianas entre os professores,
baseadas no respeito, mostram-se altamente positivas.
Até aqui foram apresentadas categorias de valorações positivas. Há de lembrar,
porém, que as categorias têm o seu reverso.
Outras categorias mostram algumas palavras que exprimem o lado negativo
que existe nos relacionamentos entre professores. Levando-se em consideração que as
93
palavras pouco evocadas também podem estar associadas a força, algumas serão analisadas.
Segundo Fela Moscovici (2003), os relacionamentos podem se tornar
harmoniosos e prazerosos, permitindo trabalho cooperativo, com integração dos esforços,
conhecimento, experiência, energia, somando as partes. Porém, pode se tornar tenso,
conflituoso, desintegrado, dividindo e deteriorando o desempenho grupal.
Ainda sobre relacionamento, no cruzamento quanto ao tempo de permanência
em uma mesma escola, de professores com até 5 anos de casa cotejado com os de 6 a 15 anos,
a palavra falsidade compareceu como especificidade no grupo de 6 a 15 anos, conforme
apêndice AG,
Apesar de comparecer com apenas 13 enunciações, esse vocábulo sobreleva
por ter saído como específico de um grupo, afirmando que existe falsidade nos
relacionamentos.
Relações interpessoais, no dizer de Fela Moscovici (2003, p. 26), influenciam
reciprocamente, caracterizando situações ambientais diferentes, podendo tanto criar ambiente
agradável e estimulante, como, por igual, produzir ambiente desagradável, aversivo ou até
neutro e monótono. Cada grupo delineia seu ambiente de trabalho, de acordo com suas
relações.
Quando os professores mudam de escola ou de colegas, quase todos os anos, as
relações entre eles ficam complicadas, difíceis para estabelecer. Talvez a evocação falsidade
esteja associada a situações de rotatividade dos docentes. No referente a isto, Tardif e Lessard
(2005, p. 186) ponderam: “Um ponto importante que interfere na colaboração entre
professores é a estabilidade do grupo”.
Outro vocábulo evidente foi individualismo, com 20 enunciações. Enuncia um
elemento normativo, de carga negativa.
Perguntam Tardif e Lessard (2005, p. 188): Mas, seria esse individualismo
uma conseqüência da organização do trabalho ou um traço da personalidade, daqueles e
daquelas que escolhem tal profissão pelo gosto de trabalhar em solidão diante de um grupo de
alunos?”
Tanto pode fazer parte do perfil do docente, como ser uma das conseqüências
da organização do trabalho: o individualismo é sempre de carga negativa.
Alguns professores consideram que o individualismo existe entre os docentes.
Tardif e Lessard (2005, p. 188) questionam: “[...] será que o individualismo está na origem da
falta do espírito de equipe ou é a falta de um projeto coletivo ou está na origem desse
individualismo?”
94
O projeto coletivo poderia dar conta das duas hipóteses. Primeiro que todos
seriam convocados para formar equip; segundo, o trabalho em conjunto não daria chance para
os professores permanecerem individualistas.
Fela Moscovici (2003, p.24) nos ensina que os sentimentos influenciarão as
interações e as próprias atividades. “Sentimentos positivos de simpatia e atração provocarão
aumento da interação e cooperação, repercutindo favoravelmente nas atividades e ensejando
maior produtividade.”
Acreditando nesta fala, conclui-se que os sentimentos egoístas ou
individualistas provocam o contrário.
Tardif e Lessard (2005) dizem que a falta de confiança em si, ou, ainda, a
percepção de rivalidade entre os professores, poderiam ser fatores que levam os professores a
preferir a ajuda da direção à dos colegas.
A insegurança é fator que prejudica os relacionamentos, e quando os
professores só podem contar com os gestores, é porque, no mínimo, falta cooperação e
colaboração no grupo de professores.
Aparecem os elementos fofoca e desunião com 21 evocações, competição com
17 e falsidade com 13. Esses atributos reforçam que, entre os professores, também emerge
desarmonia.
Duas metáforas foram evocadas nesse corpus: panelinhas e puxar o tapete.
Entende-se por panelinhas, um grupo fechado que procura obter vantagens para seus
integrantes.
Ao enunciar panelinhas, os professores confirmam que, apesar do coleguismo,
respeito, trocas e harmonia, nem tudo são flores. Existem grupos que, em detrimento de
outros, buscam vantagens para si nas situações. Em meio ao grosso de professores, um que
revela esse tipo de comportamento, constituindo um grupo fechado, sempre brigando para que
determinadas vantagens beneficiem tão só aqueles que o integram.
Com a expressão puxar o tapete, a significar agir deslealmente em prejuízo de
alguém, trair, enganar, derrubar, o professor diz que, quando alguém está ascendendo nas
relações, nas práticas, pode ser traído por egoístas, invejosos, que almejam o posto. O
professor alude a uma prática comum na sociedade: quando alguém aparece, não faltam
aqueles que se encarregam de obscurecer.
Com panelinhas e puxar o tapete o professor está retratando que também existe
individualismo, desrespeito e desunião entre os professores. Porém, evidenciam-se, na fala
dos professores, muito mais aspectos positivos que negativos.
95
Também se confirma, neste mote sobre os relacionamentos, que as expressões
das categorias, Coleguismo, Harmonia e Respeito apontam para RS do tipo hegemônica,
enraizadas no pensamento e no comportamento da maioria dos professores, fazem parte de
sua conduta.
Pode-se afirmar que os professores ancoram os relacionamentos no amor e
prazer de estar na escola e objetivam na afetividade que encontram ao se relacionar.
96
3.5 Que seus colegas falam sobre os relacionamentos entre os professores e alunos
Computaram-se 1.488 evocações nas respostas dos professores, dessas 379
configuram termos diferentes. Foram criadas sete categorias para dispor as enunciações. A
categorização foi feita pelo grupo de pesquisadores do GPEP e seguiu os critérios que foram
adotados nos outros motes indutores. A tabela 22 clarifica as categorias eleitas, para abrigar
todos os atributos evocados: estão em ordem decrescente, com suas freqüências e percentuais
de participação.
Tabela 22 Categorias do tema: O que seus colegas falam sobre os relacionamentos
entre os professores e alunos? Com freqüências e porcentagens
CATEGORIAS
f
Harmonia
371
24,93
Afetividade
286
19,22
Conflituoso 106 7,12
Desarmonia 91 6,12
Características Pessoais
87
5,85
Características do Profissional 68 4,57
Palavras sem categoria 32 2,15
Palavras descartadas f < 3
447
30,04
Total
1488
100,00
Seis categorias foram criadas, realçando que Harmonia, afetividade e
Conflituoso somam mais de 50% do total. Especialmente as duas primeiras, falam do lado
bom do relacionamento com os alunos. Conflituoso e Desarmonia se associam àquilo que é
difícil. Nas Características Pessoais e do Profissional, estão os atributos que revelam os
professores em relação ao trabalho e aos relacionamentos.
Para a apresentação dos dados, construiu-se uma tabela que exibe as categorias
com os principais atributos e suas freqüências, na qual será mostrado o máximo de quatro
palavras para cada conjunto. Tal quantidade foi definida, tomando-se por referência as
incidências ocorridas em um mesmo bloco, na estrutura das RS, no apêndice AH constam as
categorias com todos os atributos.
97
Tabela 23 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referentes ao mote:
O que seus colegas falam sobre os relacionamentos entre os professores e alunos?
CATEGORIA ATRIBUTOS f
CATEGORIA ATRIBUTOS f
respeitoso 112
difícil 20
bom 76
desinteresse 14
compreensão 37
preocupante 10
colaboração 31
distância 8
solidário 23
ruim 7
ótimo 20
dificuldade 7
satisfação 18
estressante 6
Harmonia
confiança 16
Desarmonia
cansativo 5
desrespeitoso 37
amigável 136
Indisciplina 17
afetividade 103
agressividade 8
companheirismo 21
desgastante 6
fraternal 7
péssimo 5
coleguismo 6
complicado 7
maternal 6
crítico 4
gosto 4
Conflituoso
conflituoso 4
Afetividade
proximidade 4
compromisso 14
disciplina 13
paciência 13
aprendizagem 11
dedicação 12
educação 8
tolerância 11
profissionalismo 7
interesse 8
orientador 5
atenção 8
conhecimento 5
Características
Pessoais
sincero 7
Características do
Profissional
autoridade 4
Sobressaíram Harmonia e Afetividade, seguidas de Conflituoso. Os atributos
de maior freqüência estão nelas apensados e apontam para um bom relacionamento entre
professores e alunos.
O aproveitamento do corpus foi de 53,8% das palavras enunciadas. A menor
freqüência estipulada para este mote foi 16 evocações; e a freqüência intermediária, 48. A
OME registra 3,000, conforme o apêndice AI.
Os elementos mais prontamente evocados e mais freqüentes compõem a
ilustração a seguir, de número 12. São apresentados seguindo a ordem decrescente de
freqüências.
98
OME
<
3,000
3,000
f
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Atributos f OME
Atributos f OME
amigável
136
2,544
respeitoso 112 2,777
afetividade 103 2,786
bom
76
1,974
48
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Atributos
f
OME
Atributos
f
OME
compreensão
37
2,784
colaboracão
31
3,516
desrespeito
37
2,757
solidário
23
3,348
difícil
27
2,556
satisfação
18
3,389
companheirismo
21
2,857
indisciplina
17
3,118
ótimo
20
2,100
confiança
16
2,938
<48
Ilustração 13 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote:
O que seus colegas falam sobre os relacionamentos entre os professores e alunos?
Para outra leitura dos elementos estruturais, elaborou-se a ilustração 14 na qual
foram substituídos os atributos por suas respectivas categorias.
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Categorias Categorias
Afetividade
Harmonia
Afetividade
Harmonia
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Categorias Categorias
Harmonia
Harmonia
Conflituoso
Harmonia
Desarmonia
Harmonia
Afetividade
Conflituoso
Harmonia
Harmonia
Ilustração 14 Categorias dos elementos estruturais das representações, referentes ao mote: O que seus
colegas falam sobre os relacionamentos entre os professores e alunos?
Assim, é possível ver as categorias que compareceram no discurso dos
professores. Chama a atenção o conjunto Harmonia, que contém oito atributos, seguido de
Afetividade, com três elementos; depois Conflituoso, com dois, e Desarmonia abrigando
somente um vocábulo. Por representarem um bloco de palavras de mesmo sentido, se
fortalecem.
Vale aqui a mesma explicação dada para o quadrante vazio. Muitas evocações
99
iguais, ocupam o NC, e muitas dispersas. Não sustentam os números intermediários.
Ainda com a intenção de apresentar os dados, construiu-se a tabela 24 para
expor as categorias eleitas pelos docentes, distribuídas pelos quatro quadrantes, que compõem
os elementos estruturais das representações. Cada bloco, com seu número de aparição, e na
última coluna, o percentual ocupado por coleção, isoladamente.
Tabela 24 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o tema:
O que seus colegas falam sobre os relacionamentos entre os professores e alunos?
Categorias
Núcleo
Central
Elementos
Intermediár
ios
Periferia Total %
Harmonia
2
3
3
8
57,14
Afetividade
2
1
0
3
21,43
Conflituoso 0 1 1 2 14,29
Desarmonia
0
1
0
1
7,14
Total
4
6
4
14
100,00
A primeira categoria que aparece é Harmonia, com o maior percentual dentro
do corpus. Reúne 371 enunciações. Deste conjunto comparecem dois elementos no NC,
respeitoso, bom. De sua vez, emergem três nos elementos intermediários, compreensão, ótimo,
confiança. três na periferia: colaboração, solidário, satisfação. De ressaltar: todos fazem
parte dos elementos estruturais das representações.
Essas evocações se referem a um relacionamento tranqüilo, com harmonia e
equilíbrio. Os professores anunciam quanto é bom trabalhar com os alunos, a escola é um
lugar prazeroso para o trabalho. São elementos normativos das representações, expressam
valores positivos.
Tardif e Lessard (2005, p. 151) acentuam que é “[...] recorrente na fala dos
professores, que a relação com os alunos e com a profissão é uma relação afetiva”. noticiam
ainda que é natural no professor o amor pelas crianças e jovens, como se fosse parte da
vocação, aparece como uma disposição favorável. A motivação dos professores é movida
pelas relações com os alunos.
De acordo com Tardif e Lessard (2005, p. 150), as relações entre professores e
alunos ocupam o central da missão profissional de educar. Apesar das tensões e alegrias
que marcam as relações dos professores e alunos, o amor às crianças e aos jovens é recorrente
na fala de docentes, sugerindo que eles gostam de ensinar. Os autores acrescentam, ainda, que
o amor pelos alunos aparece como constitutivo de uma vocação ou disposição favorável e
necessária para o exercício da docência.
Nas comparações realizadas, quanto à variável contrato de trabalho, os
professores contratados evocaram com especificidade superior: compreensão, diálogo e
100
paciência, ao serem cotejados com os efetivos, conforme apêndice AJ. Os três atributos
tramam para a harmonia na escola, fazem parte da vida do professor, estão no discurso dos
contratados.
Quanto à variável titulação, na primeira comparação entre os graduados e
especialistas, deu especificidade no grupo dos graduados com a palavra: ótimo, apêndice AK.
Entre os graduandos e especialistas, apêndice AL, os primeiros disseram superiormente
colaboração e, no terceiro confronto, entre os graduandos e graduados, apêndice AM, deu
especificidade no primeiro grupo: os graduandos listaram colaboração. Os resultados
mostram o termo colaboração na fala dos graduandos, e ótimo no discurso dos graduados.
Eles apontam para a harmonia no grupo.
Quanto à faixa etária, cruzaram-se primeiramente os professores de 21 a 35
anos de idade com os de 36 a 45 anos, apêndice AN: deu especificidade superior do grupo de
21 a 35 com respeitoso. Esse grupo de professores se sente respeitado nos relacionamentos.
De acordo com Tardif e Lessard (2005), o trabalho docente se assenta no afeto,
não está voltado, somente, para o pensar dos alunos. Muito mais: o de perceber e sentir as
emoções. Pode-se afirmar que, nessa perspectiva, o grupo indagado, assim se apresenta.
A categoria Afetividade soma 286 evocações, aparece no NC com os
vocábulos, amigável, afetividade, e nos elementos intermediários com companheirismo.
Confirma e reforça a carga positiva nos relacionamentos, são elementos
normativos das representações.
Soratto e Olivier-Heckler (1999, p. 119) elucidam: “O professor depende do
aluno para que seu trabalho se realize e, portanto, não está sozinho.” Por isso, valoriza-se o
professor que consegue construir um vínculo com seus alunos, é uma forma de facilitar o
ensino. Ao criar laços afetivos, se estabelece o respeito. O professor, ao responder sobre os
relacionamentos com os alunos, coloca em suas mãos a condução do processo.
No cruzamento, quanto à faixa etária, entre os professores de 21 a 35 anos com
os de mais de 46 anos, deu especificidade superior dos mais velhos com o vocábulo:
afetividade, e especificidade inferior dos mais novos, com a palavra, bom, no apêndice AP. Os
dois grupos trazem à tona de afetividade.
Quanto ao tempo de profissão, cruzaram-se as falas dos professores de até 5
anos de carreira com professores de 6 a 15 de profissão: revelou especificidade do grupo mais
velho com afetividade, apêndice AQ. Ao entrelaçar o grupo de até 5 anos com os docentes de
16 a 25 no exercício, aqueles com mais tempo de trabalho também evocaram, com
especificidade superior, afetividade e se confirmou que os mais novos não fazem esta
101
evocação, apêndice AR.
Tanto no cruzamento de faixa etária quanto no de tempo de profissão, os
professores que estão nas faixas de mais tempo de profissão e idade, dizem que o
relacionamento entre eles é afetivo.
Tardif e Lessard (2005, p. 159) lembram que os professores fazem [...] um
grande investimento emocional em seu trabalho, consomem muitas energias afetivas,
decorrente das relações".
Dificilmente os professores podem ensinar, se os alunos não gostarem deles, ou,
pelo menos, não os respeitarem. Parece fundamental que o professor suscite esse sentimento,
decorrente dos alunos.
Tardif e Lessard (2005, p. 162) iluminam que “[...] a relação dos professores
com os alunos é complexa e multidimensional; ela comporta tensões e dilemas importantes;
enfim, é determinada por fatores ambientais: pobreza, violência, etc.”.
Ser professor suscita sentimentos ambivalentes, ora pode ser fonte de
gratificação e alegrias, ora de provações.
Os professores mostraram que os relacionamentos estão definidos, mais
acentuadamente pela harmonia e afetividade. Apontam para RS do tipo hegemônica,
tradicionalmente mantidas. Estão no pensamento e comportamento dos professores.
São suscitadas, porém, através da comunicação, dos confrontos de idéias, de
novas maneiras de pensar e de se comportar.
A categoria Desarmonia também comparece, com o atributo difícil. Quando o
professor fala da desarmonia, ele se refere ao aluno, diz que está difícil trabalhar, ensinar, que
os alunos mostram dificuldade e desinteresse no aprender. Estes dados se contrapõem com os
anteriores, por isso é possível afirmar que as RS comportam dessemelhanças.
Wagner (1998, p. 10) ensina que A representação social como processo só
pode ocorrer em grupos e sociedades onde o discurso social inclui a comunicação tanto de
pontos de vista compartilhados, quanto divergentes sobre muitos assuntos”. Outras
representações podem surgir dentro dos grupos, formando subgrupos de pensamentos
diferentes. Alguns docentes da rede cuiabana assim se apresentam.
Outra categoria que também comparece no quadro é Conflituoso, com os
atributos desrespeitoso e indisciplina. Somam 100 atributos no total. Com eles, os professores
descortinam que existe mal-estar dentro das relações.
Paredes, Saul e Bianchi (2006), ao pesquisar sobre a violência nas escolas
municipais de Cuiabá, encontraram na fala dos professores que a família é responsável pelo
102
violência dos alunos, dado ao que eles vivenciam no dia-a-dia. Para os alunos, as ações são
banalizadas, acreditam que os pais tem o direito de aplicar os castigos físicos; as brincadeiras
violentas são normais; as agressões verbais não são diferentes; com isso concluíram que
omissão e descaso diante dos conflitos.
Será que a indisciplina encontrada nesta investigação, não é fruto da
impunidade e do descaso verificado em tal pesquisa?
No último cruzamento de tempo de permanência na mesma escola, os
professores que têm até 5 anos de instituição com os de 6 a 15 anos, mostraram especificidade
superior no segundo grupo com a palavra: indisciplina, apêndice AO. Os docentes que estão
há mais tempo na escola, sentem mais o problema.
Os atributos das categorias Conflituoso e Desarmonia. Traçam diferenças entre
os docentes, sinalizam para RS do tipo emancipadas: consideradas autônomas, são produzidas
por conhecimentos e idéias pertencentes a subgrupos.
As RS que hoje se apresentam pode não ser as de amanhã, nem ter sido as de
ontem, visto que são mutáveis, dinâmicas, estão vivas e são autônomas, pertencem a um
grupo.
Os professores, ávidos para preservar aquilo que é recorrente no grupo,
emitiram mais palavras de consenso, comprovando a influência social nas RS. Pronunciaram
aquilo que é praticado pela maioria, com receio de incorrer em sanções, é o que nos ensina
Flament (2002).
103
3.6 Que seus colegas falam a respeito das perspectivas em relação ao futuro dos
profissionais da educação
Esse conjunto é composto de 1.481 vocábulos emitidos pelos professores, com
390 termos diferentes.
Tomou-se por referência a categorização mostrada no trabalho de Lima (2006),
com o trabalho intitulado: O professor e a pesquisa na Universidade Federal de Mato
Grosso: um estudo de representações sociais, realizado por uma pesquisadora do GPEP. A
opção foi feita por ter semelhantes os aspectos já descritos nos motes um e três.
A tabela 25 contém a transcrição das categorias elaboradas na pesquisa com os
professores universitários, em 2006.
Tabela 25 Categorias acerca do tema: Qual a perspectiva de futuro
para a carreira docente dos professores da UFMT? Com freqüências e porcentagens
CATEGORIA f %
Pessimismo 607
29,58
Otimismo 348
16,96
Estrutura para a universidade
122
5,95
Qualificação 109
5,31
Produção 88
4,29
Esperança 88
4,29
Relacionamento 44
2,14
Palavras sem categoria 84
4,09
Palavras descartadas f > 3 562
27,39
Total 2.052
100,00
Fonte: LIMA, R. R. O professor e a pesquisa na Universidade Federal de Mato Grosso, um estudo de
representações sociais. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Mato Grosso, Cuiabá, 2006.
Duas categorias, Estrutura para a universidade e Produção, não foram
utilizadas. Outras foram criadas: Reconhecimento, Retribuição, Mal-estar, Condições de
Trabalho, Características Pessoais, Incerteza, Cidadania e Trabalho, ao todo 14 conjuntos
hábeis em agasalhar todas as evocações. Quase um quarto das palavras foi descartado, como
ocorrera nos outros motes. Os blocos estão dispostos na tabela 26, em ordem decrescente.
104
Tabela 26 Categorias do tema: O que seus colegas falam a respeito das perspectivas
em relação ao futuro dos profissionais da educação? Com freqüências e porcentagens
CATEGORIAS
f
Melhoria
141
9,52
Reconhecimento
131
8,85
Retribuição 130 8,78
Mal-estar 130 8,78
Pessimismo
122
8,24
Qualificação 78 5,27
Esperança 78 5,27
Condições de
T
rabalho
65
4,39
Características
P
essoais
54
3,65
Incerteza 47 3,17
Cidadania
35
2,36
Otimismo
29
1,96
Trabalho 27 1,82
Relacionamento 24 1,62
Palavras sem categoria
28
1,89
Palavras descartadas f < 3 362 24,44
Total
1
.
481
100,00
Construiu-se uma tabela para exibir as categorias, com, no máximo, três
atributos e suas freqüências. Nas questões anteriores, apresentou-se o número de palavras de
acordo com o comparecimento das enunciações, nos elementos estruturais das representações.
Neste mote escolheu-se aleatoriamente, por julgar que apenas dois atributos não são mostra
suficiente para albergar um grupo. No apêndice AS constam todos os atributos.
Tabela 27 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referente ao mote:
O que seus colegas falam a respeito das perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da educação?
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
melhoria
84
condições
26
mudança
32
investimento
10
Melhoria
qualidade 11
Condições de
Trabalho
estrutura 9
valorização
56
compromisso
21
respeito
40
respo
nsabilidade
6
Reconhecimento
reconhecimento 20
Características
Pessoais
seriedade 6
aumento salário
101
incerteza
26
aposentadoria
25
insegurança
9
Retribuição
gratificação 4
Incerteza
duvidoso 7
preocupação
20
luta
9
doença
20
política
9
Mal-estar
desânimo 17
Cidadania
justiça 6
pessimismo
26
conquista
6
dificuldade
22
otimismo
6
Pessimismo
nenhuma 17
Otimismo
bom 4
qualificação
66
segurança
12
aprendizagem
6
trabalho
5
Qualificação
crescimento 6
Trabalho
educação 4
esperança
50
união
7
saúde
11
amor
7
Esperança
sonho 6
Relacionamento
amizade 4
105
Quatro categorias se destacaram: Melhoria, Reconhecimento, Retribuição e
Pessimismo. Somam juntas, 532 evocações. Isso significa que, mais de um terço do total das
palavras evocadas, se inscreveu dentro dos grupos apontados. Os respondentes intensificaram
em suas falas, atributos que transmitem positividade em relação ao futuro, o que se pode
constatar, ao observar algumas categorias como Reconhecimento, Retribuição e Otimismo.
O aproveitamento foi de 38,9% do corpus. A menor freqüência estabelecida foi
21 e a intermediária ficou com freqüência 44. A OME é de 2,900, conforme mostra o
apêndice AT.
A ilustração 15 mostra os componentes estruturais das representações, da
forma como foram pronunciadas pelos professores, em ordem decrescente de freqüência.
OME
<
2,900
2,900
f
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Atributos f OME
Atributos f OME
aumento salário 101 2,683
qualificação 66 3,242
melhoria 84 2,750
valorização
56
2,857
esperança 51 2,784
44
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Atributos
f
OME
Atributos
f
OME
mudança
32
2,844
respeito
40
3,175
condições
26
2,654
compromisso
21
3,857
pessimismo
26
2,500
incerteza
26
1,923
aposentadoria
25
2,640
dificuldade
22
2,000
< 44
Ilustração 15 Elementos Estruturais das Representações, referentes ao mote: O que seus colegas falam a
respeito das perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da educação?
A ilustração 15 entreabre as categorias que substituem os atributos evocados
pelos professores, seguindo a mesma ordem apresentada no conjunto dos elementos
estruturais das representações.
106
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Categorias
Categorias
Retribuição Qualificação
Melhoria
Valorização
Esperança
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Categorias Categorias
Melhoria
Reconhecimento
Condições de Trabalho
Características Pessoais
Pessimismo
Incerteza
Retribuição
Pessimismo
Ilustração 16 Categorias dos elementos estruturais das representações: O que seus colegas falam a respeito
das perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da educação?
Construiu-se a tabela 28 para apresentar as categorias que comparecem no
quadro dos elementos estruturais, distribuídas pelos quadrantes, com o número de
aparecimentos, e na última coluna o percentual ocupado por conjunto independentemente.
Tabela 28 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o tema: O que
seus colegas falam a respeito das perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da educação?
Categorias
Núcleo
Central
Elementos
Intermediários
Periferia Total %
Retribuição
1
1
0
2
15,38
Melhoria 1 1 0 2 15,38
Reconhecimento 1 0 1 2 15,38
Pessimismo
0
2
0
2
15,38
Esperança 1 0 0 1 7,69
Condições trabalho 0 1 0 1 7,69
Incerteza
0
1
0
1
7,69
Qualificação 0 1 0 1 7,69
Características pessoais 0 0 1 1 7,69
Total
4
7
2
13
100,00
O NC se entremostra com quatro categorias: Retribuição, Melhoria,
Reconhecimento e Esperança.
A categoria Retribuição comporta poucos vocábulos, porém comparece no NC
o atributo com a maior freqüência dentro do quadro aumento de salário, que ocupa 77,69% de
tal categoria. Os professores querem melhor remuneração, porém sofrem os impactos sociais
e econômicos ocorridos nos últimos anos, geradores de perda salarial e de status. Também
evocam aposentadoria, que se apresenta nos elementos intermediários. Com esse vocábulo
estão exigindo aquilo que todo contribuinte espera.
Em relação à faixa etária, foram feitas comparações dos professores de 36 a 45
107
anos de vida com os de mais de 46 anos: o grupo com mais idade enunciou aumento de
salário com especificidade superior, conforme apêndice AU. Também evocou este atributo os
docentes de 21 a 35 anos, quando comparados com os de 36 a 45 anos, apêndice AV.
Portanto, os mais novos e os de mais idade manifestam o desejo de melhor
salário.
Soratto e Olivier-Heckler (1999) testemunham: os salários são
reconhecidamente baixos, ao se compararem com muitos outros trabalhadores. Em termos
salariais, as condições oferecidas ao professor não são compensadoras, estando em desacordo
com o nível de exigência da função.
Talvez, por isso, os professores clamem por aumentos salariais.
A categoria Melhoria, com uma evocação no NC e outra nos elementos
Intermediários, respectivamente melhorias e mudanças, alçam a 82,27% da categoria.
Quando o professor revela que é preciso melhorar, que espera por mudanças,
talvez ele anuncie que as coisas não estão tão bem. O docente também sofre o impacto que as
mudanças econômicas acarretaram nos últimos anos: houve perda de status e de salário,
dizem Soratto e Olivier-Heckler (1999). O oficio docente está desvalorizado, segundo Lopes e
Sales (2005). Assim, é possível compreender o discurso dos professores.
Porém, mudança pode ser entendida de outra maneira: os professores não estão
preparados para tal, sempre que ocorre, provoca desestabilização do corpo docente.
Na categoria Reconhecimento, dois atributos aparecem no quadro: Valorização
alojada no NC, e respeito nos Elementos Periféricos. Elementos normativos. Provavelmente,
os professores anunciam que, no futuro, querem aquilo que hoje deveriam ter.
Silva (2004) revela, em sua pesquisa, docentes saudosos do reconhecimento
que tinham no passado. Esta investigação não desdiz daquele pensar: eles clamam por
valorização.
Na categoria Esperança, ele enuncia esperança, para dizer que aguarda
melhoria, valorização, que ainda crê em um futuro melhor. Elemento normativo, de aspecto
positivo.
Ao enunciar qualificação, que está alojada nos elementos intermediários, o
professor fala de sua prática, daquilo que está relacionado com o seu trabalho, elemento
funcional, com carga positiva. O docente sonha se qualificar.
A inserção desse atributo pode ser entendida por dois sentidos. No primeiro, os
professores acreditam que a qualificação pode alterar sua prática, conforme apontado por
Mizukami (2002). No segundo, a qualificação tanto contribui com o percentual de aumento
108
salarial, como com a pontuação para escolha da escola e das turmas.
Ao se comparar o grupo de 6 a 15 anos de permanência na mesma escola, com
os professores de 16 a 25, o grupo que faz referência a qualificação e respeito foram aqueles
com maior fixação na escola, à luz do apêndice AW. Mas se confirma, na última comparação
entre os professores de até 5 anos com os de 16 a 25 anos de casa, apêndice BA, que quem
aludiu a qualificação, superiormente, foram os professores que estão menos tempo na
escola.
Isso pode corroborar os dados acima: os professores mais novos e com menos
tempo de exercício precisamente os graduandos, estão em busca de qualificação.
Feita a comparação quanto à contratação na rede municipal, entre efetivos e
contratados, apêndice AY, o grupo de contratados evocou três atributos com especificidade
superior ao outro grupo: qualidade, qualificação e reconhecimento. Apesar de não
aparecerem entre os elementos estruturais das representações, elas ficaram evidentes na fala
deste grupo.
Os professores contratados estão esperando qualidade no futuro, e talvez, ao
pronunciarem reconhecimento, estejam pedindo também que haja concursos para se
efetivarem.
Na categoria Condições de Trabalho comparece o atributo condições.
Cavaco (1995), diz que, procuram-se soluções que permitam redimensionar a
escola, ouvem-se discursos de sedução como inovação, criatividade, autonomia, mas todos
escondem a realidade das condições de trabalho que limitam a vivência dos profissionais.
Os professores de Cuiabá pedem condições para trabalhar. Esteve (1999, p. 29)
comenta que as dificuldades que apareceram na docência foram causadas pela transferência
de algumas atividades sociais e familiares, sem as necessárias mudanças na formação
profissional dos educadores.
Muitos profissionais não se sentem preparados para dar conta dos problemas
que se infiltram na escola, especialmente os de ordem afetiva, social, familiar.
Na categoria Pessimismo, os professores enunciam duas palavras: pessimismo
e dificuldade.
O atributo dificuldade foi expresso particularmente pelo grupo de professores
do sexo masculino, em comparação feita com as respostas aduzidas pelo grupo feminino.
Ao comparar os grupos de graduados com especialistas, encontrou-se na fala
dos especialistas, com especificidade superior as evocações desânimo, dificuldade e
pessimismo, conforme apêndice AZ.
109
Quanto ao tempo de profissão, o grupo de 16 a 25 anos de carreira enunciou
desânimo, dificuldade e pessimismo, quando comparados com os de 6 a 15 anos de exercício,
como mostra o apêndice BA. Porém, o grupo de 6 a 15 anos não emitiu pessimismo.
Os especialistas e os professores com 16 a 25 de profissão estão descrentes,
vêem o futuro marcado por três evocações negativas. Será que o presente não oferece
possibilidade de sonhos?
Esteve (1999, p. 40), ilumina que a imagem do professor que a imprensa
descortina, é sempre negativa, apresenta conflitos, violências, demissões de professores,
baixas retribuições, sobretudo salariais, faltas de materiais, e até construções depredadas.
Tudo isto denigre a imagem do trabalhador e causa mal-estar nos envolvidos.
É possível que os sonhos se apaguem nas lembranças ouvidas ou vividas.
As RS nascem das interações e comunicações entre as pessoas, das conversas,
dos discursos da mídia, das histórias contadas ou lidas de acordo com os interesses do grupo.
O que o público pensa e a imagem que ele faz do pensado são constituintes das RS. Tudo
indica que a imprensa tem contribuído para desgastar a imagem do professor.
Lopes e Sales (2005), testemunham que as atitudes pessimistas e os conteúdos
negativos têm afetado o profissional, até já se evidenciam dificuldades na formação do futuro
profissional. O salário do professor e outros descasos não são atrativos para formar novos
professores.
Quanto ao tempo de permanência na mesma escola, descobriu-se que o grupo
que aferiu aposentadoria, nenhuma e tristeza, foram os professores que têm de 6 a 15 anos de
casa, quando comparados com os mais novos, de até 5 anos na escola, conforme exibe o
apêndice AW.
O grupo de 6 a 15 anos de casa também está sem esperança. Ao enunciar
tristeza, evidenciou o mal-estar já proferido, seguido de nenhuma perspectiva e aposentadoria.
O pessimismo está presente no pensamento dos professores. Quando não se
tem nenhuma perspectiva, anuncia-se o desfalecimento da profissão.
Os professores ora se mostram otimistas com esperança e crença em melhorias,
ora se apresentam descrentes e pessimistas em relação ao futuro. O otimismo e o pessimismo
se contrapõem.
Com a categoria Características Pessoais, compareceu compromisso. É possível
que eles queiram dizer do seu compromisso com a educação, e também que esperam
compromisso dos dirigentes, dos colegas e da sociedade.
Na categoria Incerteza, ele enunciou incerteza. O futuro para o professor está
110
incerto: ele não tem boas razões para manter os sonhos que possivelmente teve um dia.
Povoado de insegurança quanto ao futuro, ele ainda evidencia incômodo
quando se refere a preocupação, doença e desânimo, palavras que tiveram várias evocações e
estão apensadas à categoria Mal-estar, salienta-se que não compareceram nos componentes
estruturais das representações.
Os professores ainda fizeram uso de algumas metáforas de teor negativo: caos,
trevas, negro, escuro, apocalipse, falência. Todas evidenciam e confirmam o mal-estar e o
pessimismo que ronda o professor de Cuiabá.
Professores sem esperança, desmotivados, são fruto de nova RS.
Como aponta Therrien (1996), modificaram-se as representações do
trabalhador docente, há um contraste em relação ao que havia antes, referentemente aos
salários, à valorização e ao reconhecimento.
Ao dizer caos, o professor está apontando para a desordem do futuro. Será que
o futuro da profissão será tão ruim?
Essa descrença do futuro o leva a emitir trevas, que significa total ausência de
luz, escuridão, castigo. O futuro parece marcado por coisas ruins.
O professor evocou negro e escuro, para evidenciar também que o futuro não
será bom. Com falência, ele denuncia que não terá futuro. A morte ronda a profissão.
Diante de tantas promessas eleitoreiras, de tantos sonhos mirabolantes, todos
suprimidos antes mesmo do final de cada gestão, o professor agora se sente falido.
Para concluir, depois de tantas evocações ruins a respeito das perspectivas de
futuro do professor, ainda aflora apocalipse. O professor pode querer dizer: confusão, terror,
fim do mundo. Mostra não apenas falta de esperança ou mal-estar, mas muito mais: mostra
medo, insegurança, pavor.
Apesar de esperança comparecer no NC com 51 evocações, o quadro geral
reproduz pouca esperança, falta de expectativa em relação a futuro. Sonho é a metáfora de
cunho positivo, a reforçar a esperança.
Aquilo que comparece na fala da maioria, nem sempre é norma. Pode ser visto,
segundo Flament (2002), como consenso obrigatório, provável processo de influência social.
Diz-se aquilo que todos dizem, para não infringir as normas, evitando sanções.
As RS dos professores, diante da incerteza no futuro, ora aguardam benefícios
pelo seu empenho, ora dedicação, ora esperam soluções vindas de outrem.
Representações do tipo emancipada também foram encontradas, ao evidenciar
subgrupos com crenças, valores e atitudes diferentes.
111
Com isso, pode-se depreender que os professores ancoram as perspectivas de
futuro da profissão na retribuição que aguardam, objetivada no aumento salarial.
Os professores esperam atitudes que revertam para o quadro do passado, em
relação ao status, valorização, reconhecimento. Contudo, o que desejam são melhores salários.
112
3.7 Descreva a Rotina escolar, o que é que os professores fazem, normalmente, nesta
escola?
Os professores se manifestaram falando das atividades rotineiras individuais e
coletivas, somando 1.495 palavras, das quais 330 são vocábulos diferentes.
Onze categorias foram criadas para agasalhar todos os atributos. três delas
tratam das atividades cotidianas, porém especificadas aquelas que são individuais ou coletivas,
com alunos ou colegas de trabalho, e a subcategoria das atividades esporádicas. As outras não
se distanciam dos outros motes, e estão discriminadas na tabela29, em ordem decrescente de
freqüência. Esta questão, como as demais, conta com mais de 26% das palavras descartadas,
pelo motivo já descrito em outro passo.
Tabela 29 Categorias do tema: Descreva a rotina escolar, o que é que os professores fazem,
normalmente, nesta escola? Com freqüências e porcentagens
CATEGORIAS
f
Atividades cotidianas com grupos de alunos
323
21,61
Relacionamento
213
14,25
Atividades cotidianas individuais 181 12,11
Atividades cotidianas coletivas com colegas 89 5,95
Cidadania
80
5,35
Características pessoais 67 4,48
Atividades esporádicas 56 3,75
Mal estar
33
2,21
Aperfeiçoamento 27 1,81
Bem estar 13 0,87
Palavras sem categoria
16
1,07
Palavras descartadas f.> 3 397 26,56
Total
1
.
495
100,00
Por se tratar da rotina do professor, dois conjuntos avultam, pelo número de
freqüência. Falam de atividades: Atividades cotidianas com grupos de alunos e Atividades
cotidianas individuais. Para a apresentação dos dados desta categoria, construiu-se a tabela 30
que exibe o conjunto das especificações. No Apêndice BB constam todo o conjunto dos
vocábulos.
113
Tabela 30 Categoria Atividade com os principais atributos e suas freqüências, referente ao mote: Descreva
a rotina escolar, o que é que os professores fazem, normalmente, nesta escola?
CATEGORIAS SUBCATEGORIA SUB-SUBCATEGORIA ATRIBUTO f
planejamento
116
relatório
26
atividade
17
Individuais
hora ativid
ade
12
reunião
50
pesquisa
25
estudo
23
Coletivas
Com Colegas e Administração
orientação
12
aula
130
trabalho
85
ensino
50
Atividades Cotidianas
Grupos com Alunos
avaliação
21
brincadeira
19
projeto
11
passeio
6
ATIVIDADES
Atividades Esporádicas
ev
ento
5
Nessa tabela, de número 30, serão apresentadas as outras categorias de análise
do mote e, assim como na anterior, será mostrado o máximo de quatro palavras, para cada
conjunto. Tal quantidade foi definida tomando-se por referência as recorrências ocorridas em
um mesmo bloco, na estrutura das RS.
Tabela 31 - Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referente ao mote: Descreva a rotina
escolar, o que é que os professores fazem, normalmente, nesta escola?
CATEGORIAS ATRIBUTOS f
educação 18
compromisso 10
solidariedade 6
Cidadania
luta 3
conversa 80
dialogo 32
colaboração 21
Relacionamento
troca 20
dedicação 13
criatividade 10
Características
Pessoais
preocupação 8
cansaço 8
reclamação 7
Mal-estar
estressante 4
aprendizagem 14
curso 5
Aperfeiçoamento
conhecimento 4
alegria 4
carinho 3 Bem-estar
amor 3
114
O aproveitamento do corpus foi de 46%, conforme apêndice BC. Utilizaram-se
os mesmos critérios para fazer o ponto de corte, no qual ficou estabelecida a menor freqüência,
19, e a intermediária, 49. A OME é de 2,900. Assim, a ilustração 17 mostra os elementos mais
freqüentes e mais prontamente evocados.
OME
<
2,900
2,900
f
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Atributos f OME
Atributos f OME
aula 130 2,515 conversa 80 3000
planejamento 116 2,431 reunião 50 3,020
trabalho
85
2,494
49
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Atributos
f
OME
Atributos
f
OME
ensino
43
2,186
diálogo
32
3,906
brincadeira
19
2,895
relatório
26
3,654
pesquisa
25
3,120
estudo
23
3,217
avaliação
22
3,818
colaboração
21
3,333
troca
20
3,150
< 49
Ilustração 17 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote: Descreva a rotina escolar, o
que é que os professores fazem, normalmente, nesta escola?
Para outra leitura dos elementos estruturais, elaborou-se a ilustração 18, na
qual foram substituídos os atributos por suas respectivas categorias.
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Categorias Categorias
Atividades Cotidianas com grupos de alunos
Relacionamento
Atividades cotidianas individuais
Atividades Cotidianas coletiv
as com colegas
Atividades Cotidianas com grupos de alunos
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Categorias
Categorias
Atividades Cotidianas com grupos de alunos
Relacionamento
Atividades Esporádicas
Atividades Cotidianas Individ
uais
Atividades Cotidianas coletivas com colegas
Atividades Cotidianas coletivas com colegas
Atividades Cotidianas com grupos de alunos
Relacionamento
Relacionamento
Ilustração 18 Categorias dos elementos estruturais das representações: Descreva a rotina escolar,
o que é que os professores fazem, normalmente, nesta escola?
115
A tabela 32 ilumina as categorias que estão contempladas, com sua
participação nos quadrantes e valores percentuais.
Tabela 32 Categorias e quantidade de atributos nos quadrantes, com percentuais, sobre o tema:
Descreva a rotina escolar, o que é que os professores fazem, normalmente, nesta escola?
Categorias
Núcleo
Central
Elementos
Intermediários
Periferia Total %
Atividades cotidianas com grupos de alunos
2
1
1
4
28,57
Atividades cotidianas individuais
1
0
1
2
14,29
Relacionamento 0 1 3 4 28,57
Atividades cotidianas coletivas:
0
1
2
3
21,43
Atividades esporádicas
0
1
0
1
7,14
Total
3
4
7
14
100,00
Compareceram no NC as categorias Atividades cotidianas individuais, com o
atributo planejamento, e Atividades cotidianas com grupos de alunos, com os atributos aula e
trabalho, Juntos abrigam 215 freqüências. Expressam exatamente aquilo que os professores
praticam rotineiramente. São elementos funcionais das representações de valores positivos.
Foram realizadas três comparações com a variável faixa etária. Primeiramente,
cotejados os grupos de 21 a 35 anos de idade, com professores de 36 a 45 anos. Os mais
novos enunciam aula, mas, não enunciam estudo: deu especificidade inferior, conforme
apêndice BD. Na segunda comparação, os de 21 a 35 anos de idade com aqueles de 46 anos
ou mais. Mostrou-se específica, do grupo dos mais idosos, a palavra aula, conforme apêndice
BF. Na terceira e última comparação, com os de 36 a 45 anos e os de mais de 46 anos de
idade, deu como especifica, dos mais velhos, aula. Doutro lado, os professores de 36 a 45
anos não emitiram aula.
Quanto ao vínculo empregatício entre efetivos e contratados, os professores
contratados proferiram aula, conforme elucida o apêndice BG.
Todos emitem aula como atividade de rotina. É o que se faz normalmente na
escola, não importa a idade, vínculo ou outras variáveis.
Os atributos alojados no NC patenteiam que os professores estão
comprometidos com sua tarefa: planejamento, aula e trabalho.
Também comparecem na categoria Atividades cotidianas com grupos de
alunos, por efeito do termo avaliação, e nas Atividades cotidianas individuais, com o
vocábulo relatório. Ambas falam da difícil tarefa de avaliar o trabalho, sozinhos ou em
grupos. Eles cumprem essa rotina.
A avaliação é tema polêmico, na visão de Santos e Jardilino (2002), suscitando
mais dúvidas do que certezas.
116
Ainda na categoria Atividades cotidianas com grupos de alunos, o ensino
emerge: é uma atividade rotineira do professor. Chama a atenção por somar apenas 43
freqüências. Não ocupa lugar no NC, nem está entre as palavras de maior consenso dentro da
rotina. É um elemento funcional, de valor positivo, a caracterizar o trabalho docente.
Tardif e Lessard (2005) enunciam que o ensino é uma ocupação complexa e
que, cada vez, aumenta em muito a diversidade de outras tarefas além da sala de aula. O autor
sugere que se avalie o impacto desse fenômeno sobre a carga de trabalho. Parece difícil
quantificar, mas é possível refletir quantas competências são necessárias para um professor
dar conta das cobranças diárias da profissão.
Tardif e Lessard (2005) asseguram que alguns trabalhos são invisíveis; à noite,
nos fins de semana, muitas vezes os professores se ocupam de diversas atividades ligadas a
seu trabalho. Por exemplo: assistir filmes para preparar uma boa aula, pesquisar assuntos que
complementam seus conteúdos e outros, sempre na busca de tornar o ensino atraente e
interessante, mais produtivo. Sem contar o envolvimento emocional que nem sempre permite
que o professor se desligue, por completo, da sala de aula.
Se tomarmos um exemplo de carga informal de trabalho, uma mostra de
ciências, um aluno com dificuldades de aprendizagem ou até disciplinar, o fato de o professor
gastar seu tempo pensando, elaborando, não é mensurável, mas se apresenta como trabalho
informal. Além, é claro, das atividades realizadas durante o ano, como reuniões, conselhos de
classe, encontros com pais, preparação das aulas, correção, avaliação, recuperação, reposição
de aulas e de conteúdos, lembrando, ainda, do voluntarismo que ronda as escolas, ampliando
significativamente o trabalho docente.
Oliveira (2003) pontua que é necessária uma atenção nesse momento em torno
do trabalho reconhecidamente profissional e, portanto merecedor de estatuto próprio, fugindo
da herança que a profissão carrega na caracterização do magistério como vocação, sacerdócio
e, por isso, revestido de certo voluntarismo.
A categoria Relacionamento não compareceu no NC, porém é o conjunto de
mais atributos em consenso. Acoberta quatro incidências: conversa, diálogo, colaboração e
troca. Os quatro atributos se revelam positivos, elementos normativos das representações.
Com esses atributos, evidencia-se bom relacionamento entre eles. Como
pondera Fela Moscovici (2003), os relacionamentos podem criar um ambiente favorável,
harmônico, como também neutro ou aversivo: o grupo, com suas relações, é quem o define.
Segundo Flament (2002), nem sempre o que é maioria é majoritário: que
interpretar tanto estes, como as minorias. O elemento mais ditado pode revelar
117
obrigatoriedade das pessoas que procuram não se comprometer.
Na categoria Atividades cotidianas coletivas com colegas e administração,
compareceram três vocábulos: reunião, pesquisa e estudo. Todos são elementos funcionais
positivos, associados que estão com a prática diária.
A pesquisa e o estudo são inerentes à profissão, diariamente necessários, tanto
para realizar o planejamento como para ministrar aula.
A reunião é tópico indispensável dentro da escola, desde o planejamento anual,
coletivo, dos encontros pedagógicos, conselhos de classe, a os momentos utilizados para
traçar planos e metas dentro da instituição.
Na categoria Atividades esporádicas, o professor esclarece que acontecem
brincadeiras. Considerando que muitos lecionam para as quintas séries, e os alunos ainda são
pequenos, é possível que tais brincadeiras ocorram. Também podem revelar que entre colegas
na escola há brincadeiras.
As expressões que aludem a rotina, tanto as individuais como aquelas
realizadas em grupo, levam a acreditar que as RS sejam do tipo hegemônico, perpetuam-se na
história, estão radicadas no pensamento e visíveis nas ações dos professores.
Os professores discorrem sobre aquilo que está na normalidade, o que
comprova a influência social: não cometem transgressões. Para não incorrerem em sanções,
preferem manter o que é consenso.
118
3.8 Que seus colegas professores comentam sobre o modo como avaliam seus alunos
O corpus é composto de 1.493 palavras, albergando 323 enunciações diferentes.
Para arquivá-las foram criados sete conjuntos apresentados na tabela 33, e os atributos
categorizados, seguindo os mesmos passos dos motes anteriores.
Tabela 33 Categorias do tema: O que seus colegas professores comentam sobre
o modo como avaliam seus alunos? Com freqüências e porcentagens.
CATEGORIAS
f
Critérios
374
25,05
Instrumentos
334
22,37
Modal
idade
139
9,31
Modalidade tempo 123 8,24
Habilidade
102
6,83
Opinião
60
4,02
Palavras sem categoria 39 2,61
Palavras descartadas f <3 322 21,57
Total
1
.
493
100,00
As quatro categorias que se destacaram, Critérios, Instrumentos, Modalidade e
Modalidade de Tempo, alçam a 970 evocações. Quase dois terços das respostas estão
abrigadas nestes conjuntos.
A tabela 34 apresenta as categorias, no seu todo. Por se encontrarem, dentro
dos elementos estruturais desta questão, três vocábulos concernentes ao mesmo bloco, os
conjuntos exibirão esse número de palavras, acompanhados de sua freqüência e no Apêndice
BH constam todos os atributos, por categoria.
Tabela 34 Categorias com os principais atributos e suas freqüências, referente ao mote: O que seus colegas
professores comentam sobre o modo como avaliam seus alunos?
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
participação
125
atividades
128
interesse 68
provas 85
Critérios
comportamento
44
Instrumento
trabalhos
47
contínua
82
observação
43
diária 31
individual 16
Modalidade tempo
gradativa
4
Modalidade
coletivo
20
bom
11
conhecimento
30
fraco 7
aprendizagem 19
Opinião
valorização
6
Habilidade
desempenho
14
As categorias Critérios e Instrumentos avultaram com o maior número tanto de
freqüência, como de participação nos elementos estruturais das representações.
O aproveitamento do corpus foi de 43,7%, a freqüência mínima estipulada é de
31 e a intermediária 72. A OME é de 2,900, conforme apêndice BI.
119
OME
<
2,900
2
,900
f
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Atributos f OME
Atributos f OME
participação
125
2,584
atividade
128
3,172
provas 84 2,857
contínua 82 1,817
72
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Atributos
f
OME
Atri
butos
f
OME
observação
43
2,535
interesse
68
3,415
diária
31
1,903
trabalhos
47
3,298
comportamento
44
3,068
<72
Ilustração 19 Elementos estruturais das representações, referentes ao mote: O que seus colegas professores
comentam sobre o modo como avaliam seus alunos?
Para outra leitura dos elementos estruturais, elaborou-se a ilustração 22, na
qual foram substituídos os atributos por suas respectivas categorias.
NÚCLEO CENTRAL ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Categorias Categorias
Critérios Instrumentos
Instrumentos
Modalidade de Tempo
ELEMENTOS INTERMEDIÁRIOS
ELEMENTOS PERIFÉRICOS
Categorias Categorias
Modalidade
Critérios
Modalidade de Tempo
Instrumentos
Critérios
Ilustração 20 Categorias dos elementos estruturais das representações: O que seus colegas.
professores comentam sobre o modo como avaliam seus alunos?
Assim, é possível ver as categorias que compareceram no discurso dos
professores: Critérios e Instrumentos enfeixam três atributos, Modalidade de tempo acolhe
dois, e Modalidade se restringe a apenas um vocábulo. Por representarem um bloco de
palavras que encarta o mesmo sentido, se fortalecem.
Ainda com a intenção de apresentar os dados, construiu-se a tabela 35 para
expor as categorias eleitas pelos docentes, distribuídas pelos quatro quadrantes, que compõem
os elementos estruturais das representações. Cada bloco, com o seu número de recorrência, e
na última coluna, o percentual ocupado por coleção individualmente considerada.
120
Tabela 35 Categorias e número de atributos alocados nas casas, sobre o tema:
o que os seus colegas professores comentam sobre o modo como avaliam seus alunos?
Categorias
Núcleo
Central
Elementos
Intermed
iários
Periferia Total %
Critérios
1
0
2
3
33,33
Instrumentos 1 1 1 3 33,33
Modalidade tempo 1 1 0 2 22,22
Modalidade
0
1
0
1
11,1
2
Total
3
3
3
9
100,00
Três categorias compareceram no NC: Critérios, Instrumentos e Modalidade de
tempo, dado que contêm as palavras de maior consenso.
Na categoria Critério, aparece o atributo participação, evocação de maior
freqüência. Outros dois vocábulos deste conjunto se situam nos elementos periféricos:
interesse e comportamento.
O professor diz que avalia a participação do seu aluno, em sala, nos trabalhos,
discussões. Trata-se de critério com caráter subjetivo, elemento normativo de valor positivo.
Sabe-se que é fundamental, no processo escolar, a participação dos alunos nas
atividades diárias, explicações, leituras, realizações dos exercícios, tarefas e trabalhos, para o
aprendizado.
Na comparação quanto à variável, tempo de profissão, o grupo de 6 a 15 anos
de exercício magisterial cotejado com o dos professores de mais de 26 anos, mostrou uma
especificidade para aqueles de mais tempo com a palavra participação, apêndice BJ. Por igual,
confirmou-se na seguinte comparação, entre o grupo de 16 a 25 anos de carreira, e aqueles
professores de 26 acima: os mais velhos na lida evocaram participação, à luz do apêndice BK.
Talvez a experiência dos professores, os anos de labuta, leve à escolha desse
critério de avaliação, que parece difícil de praticar, especialmente quando precisa de
quantificação no final dos períodos letivos.
O atributo seguinte não se distancia do anterior: o vocábulo interesse também é
um critério subjetivo, de valor positivo. Avalia-se o aluno interessado, nas aulas, nas
atividades, e no aprender.
A comparação quanto à variável faixa etária, com os grupos de 36 a 45 anos de
idade e os acima de 46, evidenciou que os mais velhos evocaram superiormente interesse e
participação, apêndice BL. Confirma-se que a experiência dos mais idosos, leva-os a
promover este critério de avaliação.
O critério comportamento, de caráter subjetivo, é elemento normativo. Partindo
da premissa que bom comportamento não é sinônimo de aprendizagem, vários fatores
interferem naquilo que o aluno pode aprender. Em observações cotidianas, acredita-se que
121
nem sempre o êxito escolar ocorre em função de um aluno ser dedicado, comprometido,
quieto, comportado; muitas vezes pode se dar o contrário.
Quanto à faixa etária, foi possível uma comparação, feita entre os professores
de 21 a 35 anos de idade e os de 36 a 45 anos: o grupo mais novo evocou comportamento,
elucida o Apêndice BM.
Outra comparação se deu sobre o vínculo empregatício. Os efetivos não
expressaram o termo comportamento, enquanto que os contratados acolhem assiduidade e
comportamento, apêndice BN. Confirma-se que os professores mais jovens adotam esse
critério.
Santos e Jardilino (2002) advertem: quando o tema é avaliação, poucas são as
certezas, e muitas dúvidas. O tema é controverso.
Tratando-se de avaliação escolar, as boas razões não convencem os
professores, principalmente porque os antigos modelos estão cristalizados. As RS do tipo
hegemônica afloram entre eles.
Mediano (1988), pontifica que há equívocos quanto aos conceitos da avaliação.
É muito utilizada como juízo de valor, testagem: isso não deixa claros os critérios e objetivos.
Quando se utiliza critérios como observação, interesse, participação, todos eles
subjetivos, estão a depender do julgamento e do conhecimento do professor, podendo
provocar equívocos também.
A avaliação, como já tivemos ensejo de vincar, é talvez a tarefa docente mais
difícil de realizar. Justamente, por não ser uma ação que o professor realize sozinho, é
atividade processual, encontra-se presente quando o professor ensina e na forma como o aluno
aprende.
Talvez por isso, o professor mais prontamente evocou provas, seguida de
atividades e trabalhos, que se destacam na categoria Instrumentos. Estes três vocábulos
somam o maior número de freqüências que compõe os elementos estruturais: 259 enunciações.
São elementos funcionais, por se fazerem presentes na prática do professor.
Os professores avaliam seus alunos pelos instrumentos mais utilizados pela
escola desde a sua formação. Luckesi (1990) declara que “A avaliação como sinônimo de
provas e exames” é uma herança que data de 1599, trazida que foi ao Brasil, pelos jesuítas.
Essa forma é excludente e repressiva como qualquer outra, diz Luckesi (1995),
pois a prática mais comum dos professores é a de apenas verificar a aprendizagem. Ensina-se
um conteúdo, cobra-se na prova, corrige-se e passa para outro.
Hoffmann (1999) ensina que na educação, o objetivo dos testes deveria ser o de
122
sondar o aluno, para depois, acompanhá-lo no processo, e não como fim.
As RS encontradas apontam para a função justificadora, permite aos
participantes dar explicações, como, a facilidade, os registros e até as certezas de que esta
forma de avaliar é mais segura. Assim, justifica sua conduta nas práticas. As RS levam as
pessoas a agir de determinada forma, a se conduzir por aquilo que acreditam.
Segundo Vasconcelos-Almeida (2002), é necessário refletir sobre a
intencionalidade da avaliação. O modelo autoritário, precisa ser extirpado das escolas.
O NC mostra a parte mais estável das RS. D se pode inferir que as
representações do processo avaliativo das escolas municipais cuiabanas estão enraizadas nas
tradições, permanecem no pensamento e nas ações dos professores.
A categoria Modalidade de tempo foi criada para abarcar os atributos que
falam do tempo. Comparece no NC, com o atributo contínua, e nos elementos intermediários,
com diária. Foram os vocábulos mais prontamente evocados. São elementos funcionais das
representações.
Os professores anunciam que avaliam seus alunos continuamente, o que mostra
o processo adotado pela Escola Sarã-Ciclos de Aprendizagem.
Vasconcelos-Almeida (2006, p. 71) argumentam que “A avaliação da
aprendizagem deve ser uma ação presente em todo o processo, como um instrumento
permanente e não apenas um momento isolado [...].”
A avaliação é contínua e diária quando acontece em todos os momentos em
que o professor convive com os alunos, e não somente nos momentos sacramentados, em que
mais aparecem as dúvidas do que os esclarecimentos. Ela possibilita ao professor diagnosticar
avanços e dificuldades, para orientar o processo, diz Hoffmann (2003).
Quando a avaliação ocorre de maneira contínua, ela visa redimensionar o
ensino para impulsionar a aprendizagem, possibilita uma aproximação do aluno com o
professor e objeto do ensino. Hoffmann (2003) diz que, na avaliação, é fundamental a
proximidade de quem educa e do educando.
A avaliação próxima da vida, que Hoffmann (2003) propõe, o novas
tentativas sempre, como se faz nas intempéries. Ensinar de todas as formas, até que haja
aprendizagem.
Na comparação entre os grupos de 21 a 35 anos de idade com os acima de 46,
os mais velhos pronunciaram diária e interesse, ao passo que os mais novos não evocaram
diária e interesse, conforme o apêndice BO.
Ao comparar tempo de permanência em uma mesma escola, entre os grupos de
123
professores de 6 a 15 e os de 16 a 25 anos de casa, colheu-se dos mais velhos o vocábulo
diária, nos mostra o apêndice BP.
Em outra comparação, ainda de tempo de permanência em uma mesma escola,
dos grupos de até 5 com os de 16 a 25 anos, afloram como específica, do grupo com mais
tempo de casa, as palavras diária e observação, o que é exibido no apêndice BQ,
Quanto ao tempo de profissão, a variável foi comparada entre os grupos de 6 a
15 e os de 16 a 25 de magistério: o grupo com mais tempo evoca a palavra diária, conforme o
apêndice BR,
Os mais velhos, mais experientes, optam pela avaliação diária.
Talvez acreditem que é possível redimensionar todo o processo educativo,
quando diariamente se analisa e reflexiona o que precisa ser alterado, melhorado,
complementado.
Subgrupos de professores optam pela avaliação diária, contínua, processual:
estão ameaçando as tradicionais formas de avaliar. As RS podem estar se modificando.
Esses resultados apontam para RS emancipadas. Elas são consideradas
autônomas, produzidas pela circulação de conhecimentos e idéias pertencentes a subgrupos.
Na categoria Modalidade aparece o atributo observação. Os professores
indagados responderam que a observação também é forma de avaliação. Cabe a ele a tarefa
de olhar e examinar o que o aluno aprendeu e o que precisa aprender.
O atributo conhecimento foi evocado 30 vezes: não compareceu nos elementos
estruturais, porém recebeu boa freqüência. Ao discursar sobre o modo como avaliam seus
alunos, os professores deram respostas que podem ser vistas por dois ângulos diferentes.
Alguns frisam conhecimento, dando a devida importância para o fato, enunciando que é
necessário, que está intimamente ligado à avaliação. Outros, de sua vez, criticam os modelos
atuais, afirmando que ficou tudo mais fácil e cômodo para o aluno, julgando até mesmo a
forma de promoção implantada pelo MEC.
Demo (2004) critica a forma como foi introduzida a progressão continuada,
uma vez que tomou forma de progressão automática.
De acordo com os programas e cartilhas da Escola Sarã, a progressão
continuada adotada nas escolas cicladas, não tem a finalidade de empurrar os alunos sem
saber. Em contrário, busca dar oportunidades ao aluno para aprender no seu tempo, fazer
outras relações e elaborar mais saberes.
No entanto, ao perguntar aos professores sobre a escola ciclada, eles
imediatamente falam da aprovação automática: é motivo de críticas, alegam que os alunos não
124
estudam mais, porque sabem que a promoção espera por eles, sendo apenas questão de tempo.
Alves-Mazzotti (2005b) assevera que os professores reclamam das muitas
cobranças que lhes são impostas, em contraste as cobranças dos alunos.
Esteve (1995) assevera que as mudanças ocorridas no sistema educacional,
aumentaram a pressão no dia-a-dia do professor, levando o profissional a desempenhar mal as
suas atividades, gerando desconforto e mal-estar.
Será que os professores ao se sentirem cobrados pelos critérios atualmente
exigidos, não estão transferindo para o sistema adotado, possíveis falhas que justificam a não-
aprendizagem dos alunos?
Será que os alunos, por sua vez, o estão se aproveitando das brechas para
serem promovidos com menor esforço?
Moscovici (1978) nos ensina que uma pessoa representa alguma coisa depois
de adotar uma posição e em função da posição tomada. Parece que os professores
encontraram sua posição e a defendem.
Para Flament (2002), os elementos centrais, guardam as significações não
negociáveis. Ao encontrar no discurso dos professores, os atributos participação, provas e
contínua no NC depara-se com RS conhecidas como tradicionais. Assim, os professores
asseguram aquilo que é necessário, sob a pena de não se transformar em outra representação.
125
3.9 Entrelaçamento dos dados
Este item se presta a revelar as incidências que ocorreram nos oito motes,
advindas da fala dos professores. Realizou-se uma leitura comparativa das respostas, com o
objetivo de facilitar a análise dos dados, na busca das RS concernentes às atividades docentes
dos professores do Ensino Fundamental, subvencionados pelo cofre municipal.
Cada pergunta aglomerou seu conjunto de palavras que, enfeixando número
significativo de atributos detém mais força. Alguns blocos foram recorrentes nos motes,
outros específicos. De acordo com o tema, estão expostos no quadro 3.
SER PROFESSOR MOTIVOS RAZÕES RELAC PROFESSORES
Caract. Pessoais
Apreço
Apreço
Coleguismo
Bem
-
estar
Tr
abalho
Caract. do Trabalho
Harmonia
Mal
-
estar
Caract. Pessoais
Conformismo
Respeito
Relacionamento
Conformismo
Caract. Pessoais
Troca
Trabalho
Relacionamento
Caract. do Docente
Desarmonia
Caract. do Docente
Futuro
Futuro
Individualismo
Futuro
Qualific
ação
Qualificação
Desrespeito
Qualificação
Cidadania
Relacionamento
Desunião
Cidadania
Caract. do Docente
Cidadania
Cordial
Conformismo
Reconhecimento
Reconhecimento
-
RELAC COM ALUNO
PERSPECTIVAS
ROTINA
AVALIAÇÃO
Harmonia
Melhoria
Ativ. Cotid.Gupos A
lunos
Critérios
Afetividade
Reconhecimento
Relacionamento
Instrumentos
Conflituoso
Retribuição
Ativ. Cotid. Individuais
Modalidade
Desarmonia
Mal
-
estar
Ativ. Cotid. Colegas
Modalid. Tempo
Caract. Pessoais
Pessimismo
Cidadania
Habilidade
-
Qualificação
Caract. Pessoais
Opinião
-
Esperança
Ativ.Esporádicas
-
-
Condições Trabalho
Mal
-
estar
-
-
Caract. Pessoais
Aperfeiçoamento
-
-
Incerteza
Bem
-
estar
-
-
-
Cidadania
-
-
-
Otimismo
-
Quadro 3 Categorias dos oito motes indutores
A categoria Características Pessoais detém o maior número de
comparecimentos: figura em seis motes com um número significativo de atributos. Alguns
que compõem os elementos estruturais das representações, servem de exemplo: dedicação,
compromisso, responsabilidade, criatividade, paciência e coragem. Os professores se apóiam
nesses vocábulos para dizer que a condução da escola e a realização das atividades docentes
estão em suas mãos.
Para os docentes, os atributos que revelem suas características, são
126
fundamentais, ressaltam qualidades do professor. O vocábulo dedicação compareceu em seis
motes, seguido de compromisso e responsabilidade, com cinco recorrências. Persistência está
presente em quatro e vocação em três blocos de respostas. Outros, ainda que menos salientes,
muito colaboram no reforçar o grupo.
Ao cruzar as três primeiras questões - ser professor, motivos para isso e razões
para continuar-, encontram-se esses cinco atributos expostos seguidos de outros. Os docentes
se expressam comprometidos com a sociedade, e com as transformações que acreditam
possível realizar, com tais dotes.
Esses três primeiros motes evidenciam a identidade do profissional, revelando
categorias e atributos muito parecidos. Quando falam de sua profissão, de forma
relativamente idealizada, os professores se representam com uma carga positiva de valores,
demonstrando satisfação na profissão que exercem.
O NC dos três primeiros motes guardam semelhanças. Eles patenteiam que o
professor atribui a si a condução da aprendizagem com dedicação e responsabilidade,
afirmando ter amor e satisfação no que fazem. Demonstram, porém, que exercem a docência
porque precisam, mostrando-se conformados, porque estão estabilizados no seu trabalho.
Tabela 36 Atributos do NC dos três primeiros motes, com freqüência e OME
Ser Professor
Motivos
Razões
ATRIBUTOS
f
OME
ATRIBUTOS
f
OME
ATRIBUTOS
f
OME
satisfação
76
2,882
satisfação
134
2,373
satisfação
173
2,380
dedicação
62
2,597
necessidade
74
2,851
estabilidade
127
2,748
afetividade 60 2,700
estabilidade 71 2,366
afetividade 103 2,837
responsabilidade 39 2,795
amor 58 2,655
necessidade 76 2,684
Assim, os professores investigados asseguram uma identidade comum e
positiva dentro do grupo, realçando a função identitária das RS. Segundo Abric (1998), as
representações situam os indivíduos dentro de um espaço, no qual é possível construir uma
identidade responsável pela socialização do grupo e pela manutenção de suas referências.
Com os atributos dom e vocação, os docentes atribuem a si condição inata para
exercer a profissão. Imagem, por sinal, que perdurou por séculos: o educador era considerado
salvador, divino, moralizador. Atualmente, esta concepção está sendo combatida por autores,
estudiosos do assunto, como Arroyo (2000), por exemplo.
Os atributos destampados como reveladores da identidade dos docentes de
Cuiabá mantêm marcas arraigadas na história da profissão. Segundo Mizukami (1986), esses
vocábulos apontam para uma representação social de caráter tradicional, cristalizada pelo
tempo.
127
A categoria Características do Docente, associada com os atributos educador,
mestre, opção, ensino e aprendizagem, aproximam-se muito de características pessoais,
porém estas se voltam mais para o trabalho. Os professores sustentam que, além das
características individuais, as profissionais somam para a condução do processo educacional.
Na categoria Cidadania, os professores destacam luta, contribuição e respeito
como elementos indispensáveis para o exercício da profissão. Eles se mostram dispostos a
lutar e a contribuir com a sociedade, conforme sinaliza a pesquisa de Soratto e Olivier-
Heckler (1999), ao acentuar que o professor acredita que pode mudar o mundo através de sua
ação, transformar com seu trabalho a si mesmo e ao outro, inventar um futuro, assentado no
seu próprio gesto.
Além disso, apontaram o atributo solidariedade, que também aparece com seis
ocorrências: está na periferia de dois motes, anunciando que, na prática, o professor é
solidário. Ainda que a tarefa do docente seja a de ensinar, uma tendência a ser agente
social, tão criticado pelos autores que estudam a profissão, a exemplo de Sacristán (1995).
Os docentes de Cuiabá se revelam confiantes, conduzem-se por aquilo em que
acreditam, apontando para a função de orientação das RS, que guiam o comportamento e a
prática docente.
As categorias Apreço, Bem-estar, Afetividade e Harmonia compareceram em
sete motes. Seus atributos guardam semelhanças, são grupos de palavras afins que revelam
avaliações positivas, ao expressarem a afetividade com a profissão, colegas e alunos.
Bem-estar e Apreço sobressaem em quatro motes, com as palavras satisfação,
amor, afetividade, revelando professores satisfeitos e felizes na docência. Representam-se
afetivos e demonstram gostar do que fazem.
Dados também evidenciados em Soratto e Olivier-Heckler (1999) pondo à tona
professores satisfeitos e comprometidos, dizem que têm o privilégio de satisfazer um desejo
que é de todos e pensam em mudar o mundo por meio de seus atos.
As categorias Harmonia e Afetividade, criadas especialmente para os conjuntos
que denotam os relacionamentos, revelam saliências nos atributos bom, respeitoso, amigável e,
amoroso, confirmando o que foi mostrado nas categorias Apreço e Bem-estar. Os docentes
declaram que, entre colegas, as relações são harmônicas.
A categoria Relacionamentos compareceu com vários atributos: amizade,
colaboração, ajuda, união, diálogo, participação. Os professores consideram esse aspecto um
dado positivo, pois se representam como amigos, asseguram os diálogos, as conversas, são
unidos, participativos e respeitosos, mostram-se capazes de viver bem com o outro, o que
128
aponta para satisfação no trabalho. O bom relacionamento confirma o Bem-estar e Harmonia
já enunciados.
O NC dos motes que tratam dos relacionamentos, destacam as coisas boas da
profissão: são amigos, se respeitam e se amam.
Tabela 37 Atributos do NC dos dois motes acerca dos Relacionamentos na escola
Relacionamento entre professores
Relacionamento professo
r alunos
ATRIBUTOS
f
OME
ATRIBUTOS
f
OME
amigável
161
2,497
amigável
136
2,544
bom 70 1,743 respeitoso 112 2,777
companheirismo 62 2,613 afetividade 103 2,786
bom
76
1,974
A categoria Qualificação está em quatro motes, com os atributos aprendizagem,
conhecimento e a própria qualificação ou aperfeiçoamento. Apesar de evidenciar carga
especialmente positiva, ela foi pouco freqüente na fala, e não foi evocada prontamente. Está
isso a sugerir que pode ser mais uma forma de se manter na profissão, e garantir melhor
salário, do que uma possibilidade de construir mudanças.
Na pesquisa da UNESCO (2004), ao responderem sobre um bom programa de
aperfeiçoamento, os professores destacaram, entre outros, que o estímulo mais eficaz na
promoção da participação é o retorno em termos profissionais e salariais.
Parece que em Cuiabá isso também ocorre. Se atentarmos para o fato de que a
aprendizagem emergiu com poucas evocações, e a maioria dos professores é especialista,
pode-se deduzir que as especializações lhes serviram para o título e os benefícios advindos
dele.
No cenário investigado, destaca-se também a categoria Mal-estar, revelando
que, na profissão docente, nem tudo é positivo. Há desconforto na profissão, como sugerem as
palavras sofrimento, desvalorização e cansaço.
A categoria Conformismo se mostrou em três motes, com os atributos doação,
necessidade, sobrevivência, aposentadoria, comodismo, missão, única opção, falta de opção,
remuneração, medo. Nesta categoria, é merecedor de atenção haver professores que fazem da
profissão um único porto. Mais: declaram que a exercem por falta de opção.
Ao enunciar tais vocábulos, os professores se revelam desanimados, desolados,
não acreditam mais nos sonhos. Alguns continuam na profissão somente pela sobrevivência,
os cursos, ou concursos prestados, validam a possibilidade de dar aulas. Outros se rendem
às necessidades ou talvez acreditem que têm por missão ensinar. Há ainda aqueles que
expressam medo e incerteza no futuro.
129
Essa categoria corrobora o mal-estar apontado acima. Quando o trabalhador
perde o estímulo pelo trabalho, pode ter sido vítima da síndrome de burnout, segundo
Vasques-Menezes e Codo (1999), esse mal traduz de certa forma, apatia, consistente em não
se importar com o que acontece, em não acreditar mais no próprio esforço, em perder a
esperança de brigar por resultados melhores. Talvez o conformismo ou comodismo de alguns
professores tenham como fundo essa doença.
Morgado (2005) assevera que há duas forças antagônicas que denotam os
conflitos na docência. Uma trata da pressão que sofrem os professores advindos das mudanças
ocorridas socialmente. E a outra se revela no sistema educacional, enrijecido e burocrático.
Provocando no profissional, resignação e nostalgia.
O atributo dificuldade, também muito concorrido, está em sete motes. As
dificuldades em ser professor se contrapõem ao que dizem da satisfação e do amor ao
exercício da profissão. Pressupõe-se que o professor o futuro com dificuldade, porque está
se mostrando desesperançado.
Nas categorias Retribuição e Reconhecimento, com as palavras
reconhecimento e valorização, os docentes ponderam que nem sempre são reconhecidos pelo
trabalho e pela contribuição que prestam à sociedade. Ao dizerem isso, estão requerendo o
que já tiveram. Tais fatores denotam desesperança.
Gomes (2005) declara que os professores aceitam mudanças, porém querem
manter a identidade histórica de professor construtor da escola, aquele que era respeitado
pelo fato de exercer a profissão.
Morgado (2005) assevera que a profissão docente é talvez a única, em que os
serviços prestados sejam tão prolongados e com a mesma natureza, por isso ocupa dentre as
profissões um lugar incomparável.
A categoria Futuro aflorou em três motes, com os vocábulos esperança,
mudanças, melhoria. Consolida-se no mote que trata do futuro dos profissionais da educação,
com o atributo esperança. Embora essa categoria não caracterize primazia, revela, por um
lado, que os sonhos não acabaram e, por outro, que se é preciso melhorar, condições
indispensáveis às expectativas no presente.
A pesquisa de Silva (2004) sinaliza, de forma patente que a escola do futuro é a
ideal. De um lado, pode isso representar descompromisso, alijando-se desse sonho. Por outro,
positivamente está a significar que o professor, responsável com o seu faz, se sente como
parte de um processo em construção, caminhando sempre para o ideal buscado.
Quando se estabelece a comparação entre os três primeiros e o sexto mote que
130
trata das perspectivas de futuro, percebe-se uma dicotomia. Enquanto aqueles falam do amor
e da satisfação de ser professor, o último mostra que os docentes estão clamando por alguma
coisa que provavelmente lhes falte, melhores salários, serem valorizados, melhorias nas
estruturas e condições. Percebe-se um pouco de pessimismo no professor em relação ao futuro,
indícios de que o é tão bom como foi pronunciado. A palavra esperança somou-se a esses
atributos, para manifestar que assim esperam.
Tabela 38 Atributos do NC referentes ao questionamento
acerca das Perspectivas de futuro
NÚCLEO CENTRAL
ATRIBUTO
f
OME
aumento salário
101
2,683
melhoria 84 2,750
valorização
56
2,857
esperança 51 2,784
Os professores investigados externalizam que ora estão satisfeitos e felizes, ora
se apresentam insatisfeitos, cansados e desvalorizados.
O sétimo mote, que versa sobre a rotina, destacou a individualidade do
professor, ao planejar, ministrar suas aulas, e em outras atividades. Não se percebeu, nas
respostas, trabalhos conjuntos.
Mostra que a prática revelada tem uma razão social e cultural, arraigada na
história da docência que, segundo Morgado (2005), cultivava o individualismo. Característica
que compareceu em outros motes, porém não participou dos elementos estruturais.
Morgado (2005) sinaliza para a necessidade de uma nova cultura, mais
solidária, justa e cidadã, no que se refere ao individualismo encontrado nas escolas, a
mesmo em função dos prédios escolares, e principalmente por se perpetuarem crenças
advindas do século das luzes, alimentadas pelo modelo tecnicista e econômico vigente.
Tabela 39 Atributos do NC referentes ao questionamento
acerca da Rotina Escolar, com freqüência e OME
NÚCLEO CENTRAL
ATRIBUTO
f
OME
aula
130
2,515
planejamento 116 2,431
trabalho
85
2
,494
O oitavo mote, que trata da avaliação, surpreendeu com o resultado apontado,
pois apareceu o vocábulo provas no NC. Especialmente no que concerne à avaliação, a escola
ciclada apresenta outra proposta: ela foi pensada diferente. Para Hoffmann (1999), a presença
131
dos elementos provas e conceitos, ainda utilizados nos dias atuais, decorrem da ação
pedagógica concebida como julgamento de valores.
Tabela 40 Atributos do NC referentes ao questionamento
acerca da Avaliação, sua freqüência e OME
NÚCLEO CENTRAL
ATRIBUTO
f
OME
participação
125
2,584
provas
84
2,857
contínua 82 1,817
Os professores apresentaram características pessoais relevantes, dedicados e
comprometidos com a educação, porém não entremostraram o ensino como prioridade.
Mesmo assim, revelaram-se satisfeitos com o que fazem, mantêm ótima relação com os
colegas, a despeito de as atividades docentes serem individualizadas. Sobre a avaliação, se
revelaram tradicionalistas. Dentro de um modelo novo de escola, perpetuam as antigas
metodologias de verificação da aprendizagem.
De acordo com Flament (2002), não estão no NC as representações, por
acreditar que nem sempre o que é ditado por muitos é norma. Muitas vezes é consenso
obrigatório. O medo ou receio de dizer algo que possa comprometer, leva o sujeito a falar
aquilo que todos enunciam. Há aspectos que não podem ser revelados pelos indagados. Então,
no sistema todo, é possível encontrar representações, a normalidade está nas zonas menos
pronunciadas. Aquilo que aparece no Sistema Periférico poderia estar no Núcleo Central, o
que modificaria o próprio caráter da representação encontrada.
Com este ensinamento, buscaram-se outras representações e verificou-se, nas
respostas das três primeiras questões, que a maioria dos atributos é positiva, refere-se às
qualidades do educador e dos motivos e razões para continuar na profissão. Embora assim, o
sofrimento está presente, corroborado pelos vocábulos falta de opção e remuneração, ao
responderem sobre as razões para ser professor.
No sexto mote, as perspectivas de futuro se contrapõem ao quadro positivo
ditado nas primeiras questões. Apresentam pedidos, clamam por melhorias, por salários e
mostram insatisfações, incertezas e dificuldades. Muitos aspectos negativos são declarados.
Os relacionamentos entre colegas mostram aspectos positivos, porém, ao
perguntar sobre as relações entre professores e alunos, as respostas caminham para outra
direção: desrespeito, dificuldade e indisciplina compareceram, mostrando aspectos negativos.
Os motes que aludem à rotina e à avaliação, por serem na maioria funcionais,
afloram apenas aspectos do trabalho.
132
muito mais aspectos positivos nas falas dos professores, todavia a falta do
ensino, nas respostas das primeiras questões, revelou descaso pela função. Ensinar é a marca
do professor, é o que o diferencia de outras profissões.
As representações encontradas revelam que, não obstante o descaso pela
função de ensinar, o professor do ensino fundamental de Cuiabá se sente satisfeito na
profissão, e a conduz pelas suas particularidades, ainda que com muitas dificuldades.
133
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As questões que nortearam este estudo se pautaram fundamentalmente no
objeto ser professor da rede pública municipal de Cuiabá. Isto possibilitou apreender alguns
significados acerca das atividades docentes no interior das unidades escolares, segundo os
relatos de um grupo constituído por 305 professores atuantes nessa esfera de ensino.
Consoante às análises realizadas, esboçou-se o que consiste em ser professor
do município de Cuiabá. Por esse enfoque serão tecidas algumas considerações.
Nas conversas que envolvem o ensino formal, a figura do professor está
constantemente, numa posição de destaque nas conversas. As pessoas têm histórias vividas ou
ouvidas para relatar e, assim, criam e compartilham opiniões, crenças e atitudes acerca da
função docente, bem como seus desdobramentos nos processos educacionais.
Sobre esse assunto, Madeira (2001) afirma que a educação é uma sucessão de
emaranhados que envolve a totalidade dos sujeitos nas relações interpessoais, neste, os
conhecimentos sociais e culturais são transmitidos e construídos, de acordo com a realidade
de qualquer contexto. Nesse caminhar a escola se mostra espaço social e cultural propício,
para que se promovam interações entre os sujeitos. Alunos e professores, razão de ser da
escola, que mediante as trocas de saberes e valores constroem suas histórias e suas
representações.
Nessas interlocuções as informações sobre a docência são usadas, algumas
vezes, para subestimar: ora pelos próprios professores insatisfeitos com a profissão, ora pelos
alunos, ora pela sociedade, que não vê o resultado que deseja na educação escolar. As
opiniões e crenças acerca do professor oscilam, alguns criticam outros elogiam.
Os conceitos atuais não coadunam com as antigas idéias e crenças depositadas
na profissão docente, em que o professor era tido como aquele que professava
incontestavelmente. Ser professor se identificava com sacerdócio, entrega total e
incondicional. Ainda hoje, com base nesta investigação, esse conceito aparece como alvo dos
sonhos e desejos de alguns. Muitos ainda se referem à profissão como um dom, vocação inata.
As análises apontaram que os conhecimentos construídos nos moldes das RS
são produzidos por grupos, revelam as marcas dos seus produtores e contribuem para formar
comportamentos e orientar as comunicações sociais. Desse modo, o primeiro aspecto diz
respeito ao grupo de pertença cuja vinculação é confirmada, à medida que os membros de um
134
grupo partilham uma idéia, como afirma Jodelet (2001).
Ao tomar o conhecimento gerado nos grupos, encontraram-se, em cada
estabelecimento visitado, discursos que se assemelhavam, apesar de os professores estarem
separados por quilômetros de distância, em extremos opostos, nos quatro pólos
administrativos de Cuiabá. Infere-se desse fato que os professores se encontram e partilham
saberes, angústias ou alegrias, conversam sobre a identidade e as atividades do seu cotidiano.
Moscovici (2003) assegura que, na interação com o outro, as pessoas se
constroem, mutuamente, diante de determinado conceito. Por isso, esse critério tem um
objetivo prático e social.
Outro aspecto diz que os sujeitos e objeto do conhecimento, envolvidos no
processo, não se separam. Os professores investigados carregam consigo os saberes trazidos
pela história da docência, aqueles que supervalorizam o papel do educador, mantendo sua
imagem. Diante das mudanças sociais, culturais e até econômicas, eles afirmam que o
professor perdeu, em parte, o status social, adquirindo, em contrapartida, outras atividades e
responsabilidades.
Talvez por isso, eles pedem melhorias e mudanças, saudosos de um passado
melhor.
No terceiro aspecto, as RS são apontadas como meio para que os envolvidos se
ajustem ao mundo. Elas são guias que, permitem a interpretação dos acontecimentos
rotineiros dos grupos, colaboram na leitura das ocorrências mais globais, ensejando a
formação da conduta. Embasados naquilo que o grupo acredita, as decisões são tomadas.
A escola Sarã de prática reflexiva, no intento de promover inovações, fez com
que os professores percorressem outros caminhos em busca do aperfeiçoamento, o que
poderia ser indício de mudanças nas representações sociais. Os professores da rede municipal,
apesar das posturas exigidas diante das inovações ocorridas no currículo da escola ciclada,
apresentam uma tendência a valorizar o passado e a ser refratário em relação às reformas
educacionais.
As diferenças de opiniões permitem a formação de subgrupos, gerando
contradições nas RS. Um grupo mantém as representações do passado, enquanto outro pensa
diferente, sinalizando para representações do tipo emancipado.
Moscovici (1978) afirmou que é possível identificar particularidades de um
grupo, ao analisar suas atitudes, as informações e o campo das RS. Embora os professores
tenham patenteado certa hegemonia de pensamentos mediante uma carga positiva de
satisfação com a docência, eles se mostraram contraditórios, ao evocarem que existe
135
comodismo e pessimismo em relação ao futuro.
As informações abrangem desde os conhecimentos científicos até as crenças e
discursos existentes acerca do objeto desta pesquisa. Ao tomar o aspecto dos relacionamentos,
por exemplo, circulam entre os professores a amizade, a união. No entanto, constatou-se que
as atividades rotineiras se desenvolvem de forma solitária.
De acordo com Moscovici (1978, 2003) e Jodelet (2001), o ato de representar
constitui manifestação do pensamento pelo qual um sujeito se relaciona com um objeto. Então,
as RS são sempre representação de um objeto, porque elas ocupam o lugar de alguma coisa.
Isso foi encontrado na fala dos sujeitos.
Dentre as metáforas pinçadas na questão referente à identidade, deus e artista
sugerem valorização do profissional, realçando suas características. Sendo assim, os
professores, a despeito dos entraves no seu cotidiano, são responsáveis pelo destino da escola.
As RS adquirem vida, se atraem e se repelem, circulam e dão oportunidades ao
nascimento de novas representações. Depois de velhas, morrem, no dizer de Moscovici (2003).
Ainda que permaneça a figura de professor do passado como o salvador, também novos
conceitos em voga. Alguns docentes se representam por meio de metáforas, como caixa de
pancada, querendo com isso significar aquele que apanha e sofre. No assim fazerem, criticam
a situação atual.
Em relação às suas atitudes, o professor se expressou emitindo juízo de valor,
tomando posição ora favorável, ora desfavorável, àquilo que vivencia.
Podem-se distinguir os contornos de um grupo, ao analisar estas respostas,
melhorias, mudanças, aumento salarial, retribuições e reconhecimento. É possível identificar,
no discurso, que os docentes aguardam mudanças vindas de fora do grupo. Ainda que a
palavra luta tenha comparecido em uma das categorias, foram encontrados poucos atributos
diagnosticando trabalho e empenho nesse sentido.
Como as RS são elaboradas com base nas crenças, podem produzir e
determinar comportamentos. Ao tomarem atitudes e posicionamentos acerca de algo, as
palavras e ações do professor podem determinar o futuro da profissão.
Com as metáforas enunciadas acerca do futuro dos profissionais da educação-
caos, trevas, negro, escuro, apocalipse, falência-, os professores se postam como descrentes e
desvalorizados diante do futuro. Ao falarem das razões para permanecer, ditaram quebra-
galho, com isso sinalizando que estão, talvez temporariamente na profissão.
Se o comportamento e as práticas são guiados por aquilo em que se acredita, os
docentes sinalizam rumos obscurecidos para o futuro.
136
As RS se formam por meio dos processos, denominados por Moscovici (1978)
de ancoragem e objetivação. Para compreendê-los, Moscovici (1978, 2003), leciona que a
objetivação e a ancoragem ajudam para a aceitação do novo, que na maioria das vezes parece
intimidar.
No processo de objetivação, palavras e conceitos são transformados em coisas,
revelando que os professores se sentem ora um deus ora um saco de pancada, ao se referirem
à sua identidade. Ainda aludem a panelinhas, a puxar o tapete, quando se manifestam sobre
os relacionamentos com os colegas.
Em relação ao segundo processo de formação, que possibilita a apreensão de
algo novo em face de um conteúdo já existente, os professores se socorrem da mais conhecida
imagem de deus para dizer da importância que se atribui ao docente, na educação.
Com este panorama do docente de Cuiabá, pode-se inferir que alguns
professores ancoram as representações acerca das atividades docentes em suas características
pessoais, e as objetivam, no compromisso e dedicação, para a manutenção do trabalho escolar.
também os docentes que centram suas representações no mal-estar que
circunda a escola, o qual objetiva-se nas dificuldades deparadas nas atividades rotineiras dos
estabelecimentos de ensino. Ainda aqueles que as ancoram no amor e prazer de estar na
escola, objetivando-os na afetividade, estabelecida nos relacionamentos com seus pares.
Em relação às perspectivas de futuro, os docentes a assentam na retribuição
que, quase sempre, lhes foi outorgada pela sociedade, objetivando-a no aumento salarial.
Assim se mostraram os professores do Ensino Fundamental, no tocante as suas
atividades docentes.
Os resultados a que chegamos, se, aos olhos de um que outro, possam trazer
contribuições não tão significativas, a verdade é que nos permitem ilustrar o problema com
novas luzes. Mais que tudo, em adendo, abrem caminhos para que outros, aprofundando o
tema, contribuam para aprendermos a dimensão que caracteriza o “ser professor”.
137
REFERÊNCIAS
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CAMPOS, P. H. F.; LOUREIRO, M. C. S. (Org.). Representações Sociais e Práticas
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147
APÊNDICES
APÊNDICE A - Instrumento de coleta de dados - Associação Livre de Palavras (APL).
ROTEIRO DE ASSOCIAÇÃO LIVRE DE PALAVRAS
Diga, por favor, as cinco primeiras palavras que lhe vierem à cabeça. Palavras soltas mesmo,
sem formar frases, que descrevam, caracterizem ou qualifiquem o que seus colegas
professores pensam e falam sobre:
1) O que é SER PROFESSOR(a) na rede pública municipal em Cuiabá?
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
2) Professor(a), apresente, por favor, as cinco primeiras palavras, sem formar frases, que
descrevam quais os MOTIVOS para ser professor(a) da rede pública.
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
3) Professor(a), poderia dizer, por favor, cinco palavras soltas sem formar frases que
digam o que seus colegas professores comentam sobre as RAZÕES PARA
PERMANECER NA PROFISSÃO.
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
4) Professor(a), agora vamos conversar sobre relacionamentos. O senhor poderia
expressar em cinco palavras soltas, sem formar frases, o que seus colegas comentam
sobre os RELACIONAMENTOS ENTRE OS PROFESSORES?
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
148
5) Vejamos agora, cinco palavras soltas, sem formar frases, que expressam o que seus
colegas falam sobre os RELACIONAMENTOS ENTRE OS PROFESSORESE
OSALUNOS?
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
6) Professor(a), por favor, poderia apresentar cinco palavras soltas, sem formar frases,
que caracterizem o que seus colegas falam a respeito das PERSPECTIVAS EM
RELAÇÃO AO FUTURO dos profissionais da educação?
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
7) Professor(a), por favor, poderia apresentar cinco palavras soltas, sem formar frases,
que descrevam a ROTINA ESCOLAR, O QUE É QUE OS PROFESSORES
FAZEM, NORMALMENTE, NESTA ESCOLA?
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
8) Por favor, o(a) senhor(a) poderia dizer em cinco palavras soltas, sem formar frases, o
que seus colegas professores comentam sobre o MODO COMO AVALIAM seus
alunos?
____________________
____________________
____________________
____________________
____________________
149
SER PROFESSOR
APÊNDICE B - Categorias e atributos referentes ao mote: O que é ser professor da rede
pública estadual?
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
satisfação
76
gratificante 14
bom
14
alegria
10
realização 9
valorização
7
vitória
6
tranqüilidade 3
Bem-estar
magia 3
Total
202
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
dedicação
62
responsabilidade 39
compromisso 37
persistência
23
coragem 23
criatividade 20
otimista
13
mediador 12
compreensão 12
vocação
11
aptidão 11
Características
Pessoais
vontade 10
Total
273
CATEGORIA ATRIBUTOS f
sofrimento 21
desvalorização 17
dificuldade 14
desgastante 13
cansaço 11
estressante 10
mal-remunerado 8
mentira 5
angustia 5
trabalhoso 5
insatisfação 4
Mal-estar
descaso 4
Total 117
CATEGORIA ATRIBUTOS f
amigo 36
respeito 17
companheiro 8
ajuda 7
colega 4
integração 3
Relacionamento
humano 3
Total 78
150
CATEGORIA ATRIBUTOS f
aprendizagem 13
conhecimento 10
experiência 5
atualização 5
qualificação 5
estudo 4
crescimento 3
Qualificação
formação 3
Total
48
CATEGORIA ATRIBUTOS f
trabalho 21
segurança 10
profissional 9
educação 9
ensino 9
qualidade 6
estabilidade 4
Trabalho
profissão 3
Total 71
CATEGORIA ATRIBUTOS f
educador 32
orientador 17
pesquisador 4
Características
do docente
mestre 3
Total 56
CATEGORIA ATRIBUTOS f
luta 30
participação 7
construção 4
transformação 3
Cidadania
ética 3
Total 47
CATEGORIA ATRIBUTOS f
doação 6
necessidade 5
sobrevivência 3
salário 3
Renuncia 3
Conformismo
Abnegação 3
Total 23
CATEGORIA ATRIBUTOS f
desafio 17
esperança 15
sonho 11
acreditar 4
Futuro
progresso 3
Total
50
151
APÊNDICE C - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: O que é ser professor da rede pública municipal?
Definição do Ponto de Corte
fichier initial : D:\mestrado\MESTRADO\ZIPF\1 SER PROFESSOR\ser.Tm2
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DISTRIBUTION TOTALE :1505 : 305* 305* 305* 304* 286*
RANGS 6 ... 15 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 16 ... 25 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 26 ... 30 0* 0* 0* 0* 0*
Nombre total de mots differents : 379
Nombre total de mots cites : 1505
moyenne generale : 2.97
DISTRIBUTION DES FREQUENCES
freq. * nb. mots * Cumul evocations et cumul inverse
1 * 208 208 13.8 % 1505 100.0 %
2 * 56 320 21.3 % 1297 86.2 %
3 * 28 404 26.8 % 1185 78.7 %
4 * 17 472 31.4 % 1101 73.2 %
5 * 10 522 34.7 % 1033 68.6 %
6 * 7 564 37.5 % 983 65.3 %
7 * 4 592 39.3 % 941 62.5 %
8 * 2 608 40.4 % 913 60.7 %
9 * 8 680 45.2 % 897 59.6 %
10 * 6 740 49.2 % 825 54.8 %
11 * 6 806 53.6 % 765 50.8 %
12 * 2 830 55.1 % 699 46.4 %
13 * 3 869 57.7 % 675 44.9 %
14 * 3 911 60.5 % 636 42.3 %
15 * 1 926 61.5 % 594 39.5 %
17 * 4 994 66.0 % 579 38.5 %
20 * 1 1014 67.4 % 511 34.0 % Freqüência mínima = 20 Freqüência média = 36
21 * 2 1056 70.2 % 491 32.6 %
23 * 2 1102 73.2 % 449 29.8 %
30 * 1 1132 75.2 % 403 26.8 %
31 * 1 1163 77.3 % 373 24.8 %
32 * 1 1195 79.4 % 342 22.7 %
36 * 1 1231 81.8 % 310 20.6 %
37 * 1 1268 84.3 % 274 18.2 %
39 * 1 1307 86.8 % 237 15.7 %
60 * 1 1367 90.8 % 198 13.2 %
62 * 1 1429 95.0 % 138 9.2 %
76 * 1 1505 100.0 % 76 5.0 %
14
A freqüência mínima é retirada da primeira coluna, imediatamente abaixo do ponto de corte, que consta a
quantidade de freqüências dos atributos em ordem decrescente, neste mote é 20.
O cálculo da freqüência média é obtido com a divisão da freqüência, retirado da coluna abaixo do ponto de
corte, neste caso 511, dividido pela quantidade de palavras de maior consenso, o que se obtém com a soma da
quantidade de atributos, que constam na 2ª coluna, abaixo do ponto de corte, neste caso 14 atributos.
Freqüência média = 511 / 14 = 36
152
APÊNDICE D - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável gênero.
6 a 15 anos e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : esc 6-15a.IDE
fichier initial 2 : esc 16-25a.IDE
Nombre de mots differents : 168 77
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 118
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 26
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 50
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 7
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 7
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 7
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 9 12
mot specifique superieur fichier 2 : 2.19 afetividade
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.46 afetividade
difference superieure a 10% t de Student = 2.45 afetividade
mot : amigo 6 6
mot : dedicacao 14 7
mot : educador 7 5
mot : paciencia 6 5
mot : responsabilidade 7 7
mot specifique superieur fichier 2 : 1.31 responsabilidade
mot : satisfacao 22 12
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 348 154
APÊNDICE E - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
fichier initial 1 : 21-35a.IDE
fichier initial 2 : 36-45a.IDE
Nombre de mots differents : 198 227
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 90
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 120
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 108
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 3
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 21
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 21
CALCUL DES SPECIFICITES
153
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 19 25
mot : amigo 13 15
mot : compromisso 15 15
mot : coragem 5 12
mot : criatividade 6 10
mot : dedicacao 17 29
mot : desafio 7 8
mot : desvalorizacao 9 5
mot : dificuldade 5 6
mot : educador 9 15
mot : luta 9 17
mot : otimista 7 5
mot : paciencia 14 10
mot : persistencia 8 9
mot : profissional 5 7
mot : respeito 8 5
mot : responsabilidade 13 18
mot : satisfacao 31 26
difference superieure a 10% t de Student = 1.69 satisfacao
mot : seguranca 5 5
mot : sofrimento 11 6
mot specifique superieur fichier 1 : 1.35 sofrimento
difference superieure a 10% t de Student = 1.78 sofrimento
mot : trabalho 7 13
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 499 655
APÊNDICE F - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão
até 5 anos e 6 a 15 anos
fichier initial 1 : P até 5a.IDE
fichier initial 2 : P 6-15a.IDE
Nombre de mots differents : 174 251
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 72
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 150
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 101
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 2
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 19
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 19
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 20 24
mot : amigo 12 9
mot specifique superieur fichier 1 : 1.44 amigo
difference superieure a 10% t de Student = 1.76 amigo
mot : bom 5 6
mot : compromisso 10 17
154
mot : coragem 6 9
mot : dedicacao 13 28
mot : desafio 5 8
mot : desgastante 5 6
mot : desvalorizacao 7 9
mot : dificuldade 6 6
mot : educador 9 12
mot : luta 6 15
mot : paciencia 10 11
mot : persistencia 9 10
mot : respeito 5 8
mot : responsabilidade 12 16
mot : satisfacao 19 32
mot : sofrimento 5 8
mot : trabalho 8 8
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 402 662
APÊNDICE G - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão
6 a 15 anos e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : P 6-15a.IDE
fichier initial 2 : P 16-25a.IDE
Nombre de mots differents : 251 156
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 154
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 60
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 97
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 18
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 15
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 15
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 24 16
mot : amigo 9 14
mot specifique superieur fichier 2 : 1.78 amigo
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.39 amigo
difference superieure a 10% t de Student = 2.20 amigo
mot : compromisso 17 10
mot : coragem 9 8
mot : criatividade 11 5
mot : dedicacao 28 20
mot : educador 12 10
mot : esperanca 6 5
mot : luta 15 9
mot : orientador 6 5
mot : paciencia 11 10
mot : responsabilidade 16 11
mot : satisfacao 32 25
155
mot : sofrimento 8 8
mot : trabalho 8 5
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 662 406
156
MOTIVOS PARA SER PROFESSOR
APÊNDICE H – Categorias e atributos referentes ao mote: Quais os motivos para ser
professor(a) da rede pública?
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
satisfação
134
amor 58
afetividade
21
realização 17
admiração 4
alegria
3
bom
3
identificação 3
Apreço
afinidade
3
Total
246
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
estabilidade
71
segurança 34
oportunidade 31
profissão
25
trabalho 19
emprego 19
liberdade
12
efetivação 9
organização 7
profissional
7
carreira 4
Trabalho
esporte 4
Total
242
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
ensin
o
21
educação 6
atuação
5
Características
do docente
tranqüilidade 3
Total
35
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
esperança
18
futuro
12
sonho 11
mudança 9
idealização
6
melhoria 6
desafio 4
acreditar
6
perspectiva 3
Futuro
inovação 3
Total
78
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
qualificação
39
conhecimento 20
experiência 7
formação
6
Qualificação
crescimento
5
Total
77
157
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
necessidade
74
remuneração 50
falta-opção 20
sobrevivência
11
aposentadoria 8
desemprego 6
doação
6
Conformismo
missão 3
Total
178
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
influencia
22
participação
10
socialização 8
relacionamento 7
amizade
7
criança
6
ajuda 6
integração
5
modelo 5
Relacionamento
família 3
Total
79
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
opção
41
escolha
38
vocação 35
dom 28
compromisso
22
facilidade 16
dedicação 15
responsabilidade
13
persistência 12
interesse 8
motivação
6
Características
Pessoais
competência 5
Total
239
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
contribuição
26
respe
ito
9
luta
8
valorização 7
transformação
6
solidariedade
6
Cidadania
cidadania 5
Total
67
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
reconhecimento
3
dignidade
3
gratificante 4
Reconhecimento
importância
5
Total
15
158
APÊNDICE I - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Motivos para ser professor da rede pública municipal
Definição do Ponto de Corte
fichier initial : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\2 motivos\mot.Tm2
NOUS ALLONS RECHERCHER LES RANGS
Nous avons en entree le fichier : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\2
motivos\mot.Tm2
DISTRIBUTION TOTALE :1498 : 305* 305* 305* 300* 283*
RANGS 6 ... 15 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 16 ... 25 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 26 ... 30 0* 0* 0* 0* 0*
Nombre total de mots differents : 262
Nombre total de mots cites : 1498
moyenne generale : 2.97
DISTRIBUTION DES FREQUENCES
freq. * nb. mots * Cumul evocations et cumul inverse
1 * 131 131 8.7 % 1498 100.0 %
2 * 41 213 14.2 % 1367 91.3 %
3 * 18 267 17.8 % 1285 85.8 %
4 * 6 291 19.4 % 1231 82.2 %
5 * 9 336 22.4 % 1207 80.6 %
6 * 11 402 26.8 % 1162 77.6 %
7 * 6 444 29.6 % 1096 73.2 %
8 * 4 476 31.8 % 1054 70.4 %
9 * 3 503 33.6 % 1022 68.2 %
10 * 1 513 34.2 % 995 66.4 %
11 * 2 535 35.7 % 985 65.8 %
12 * 3 571 38.1 % 963 64.3 %
13 * 1 584 39.0 % 927 61.9 %
15 * 1 599 40.0 % 914 61.0 %
16 * 1 615 41.1 % 899 60.0 %
17 * 1 632 42.2 % 883 58.9 %
18 * 1 650 43.4 % 866 57.8 %
19 * 2 688 45.9 % 848 56.6 %
20 * 2 728 48.6 % 810 54.1 %
21 * 2 770 51.4 % 770 51.4 %
22 * 2 814 54.3 % 728 48.6 %
25 * 1 839 56.0 % 684 45.7 % Freqüência mínima = 25 Freqüência Média = 48,8
26 * 1 865 57.7 % 659 44.0 %
28 * 1 893 59.6 % 633 42.3 %
31 * 1 924 61.7 % 605 40.4 %
34 * 1 958 64.0 % 574 38.3 %
35 * 1 993 66.3 % 540 36.0 %
38 * 1 1031 68.8 % 505 33.7 %
39 * 1 1070 71.4 % 467 31.2 %
41 * 1 1111 74.2 % 428 28.6 %
50 * 1 1161 77.5 % 387 25.8 %
58 * 1 1219 81.4 % 337 22.5 %
71 * 1 1290 86.1 % 279 18.6 %
74 * 1 1364 91.1 % 208 13.9 %
134 * 1 1498 100.0 % 134 8.9 %
14
A freqüência mínima é retirada da primeira coluna, imediatamente abaixo do ponto de corte, que consta a
quantidade de freqüências dos atributos em ordem decrescente, neste mote é 25.
O cálculo da freqüência média é obtido com a divisão da freqüência, retirado da coluna abaixo do ponto de
corte, neste caso 684, dividido pela quantidade de palavras de maior consenso, o que se obtém com a soma da
quantidade de atributos, que constam na 2ª coluna, abaixo do ponto de corte, neste caso 14 atributos.
Freqüência média = 684 / 14 = 48,8
159
APÊNDICE J - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão
Até 5 e 6 a 15 anos
fichier initial 1 : P até 5a.IDE
fichier initial 2 : P 6-15a.IDE
Nombre de mots differents : 133 174
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 51
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 93
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 81
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 2
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 18
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 18
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 5 11
mot : amor 13 26
mot : compromisso 9 7
mot : contribuicao 6 12
mot : dom 7 12
mot : ensino 7 6
mot : escolha 11 18
mot : estabilidade 18 35
mot : influencia 6 9
mot : necessidade 17 29
mot : opcao 9 18
mot : oportunidade 6 17
mot : profissao 9 11
mot : qualificacao 12 14
mot : remuneracao 17 22
mot : satisfacao 45 50
mot specifique superieur fichier 1 : 1.52 satisfacao
difference superieure a 10% t de Student = 1.83 satisfacao
mot : seguranca 10 17
mot : trabalho 6 8
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 402 662
APÊNDICE K - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação
Graduandos e especialistas
fichier initial 1 : Graduando.IDE
fichier initial 2 : Especialista.IDE
Nombre de mots differents : 57 192
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
160
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 13
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 149
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 43
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 0
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 5
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 5
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : contribuicao 6 14
mot specifique superieur fichier 1 : 2.43 contribuicao
difference superieure a 10% t de Student = 1.66 contribuicao
mot : escolha 7 14
mot specifique superieur fichier 1 : 2.93 escolha
difference superieure a 10% t de Student = 2.00 escolha
mot : necessidade 7 36
mot : remuneracao 6 24
mot specifique superieur fichier 1 : 1.36 remuneracao
mot : satisfacao 13 75
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 109 834
APÊNDICE L - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
Até 5 e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : esc até 5a.IDE
fichier initial 2 : esc 16-25a.IDE
Nombre de mots differents : 230 68
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 172
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 9
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 59
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 29
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 6
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 6
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amor 37 8
mot : estabilidade 42 8
mot : necessidade 42 11
mot specifique superieur fichier 2 : 1.53 necessidade
mot : opcao 25 5
mot : satisfacao 91 15
mot : vocacao 22 5
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 997 151
161
APÊNDICE M - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
36 a 45 e 46 anos acima
fichier initial 1 : 36-45a.IDE
fichier initial 2 : 46 acima.IDE
Nombre de mots differents : 172 115
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 93
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 36
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 79
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 12
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 20
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 20
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amor 23 15
mot : contribuicao 9 10
mot specifique superieur fichier 2 : 1.37 contribuicao
mot : dom 7 10
mot specifique superieur fichier 2 : 1.73 dom
difference superieure a 10% t de Student = 1.98 dom
mot : emprego 8 5
mot : ensino 11 7
mot : escolha 12 12
mot specifique superieur fichier 2 : 1.32 escolha
mot : estabilidade 25 18
mot : f-opcao 6 6
mot : facilidade 5 5
mot : influencia 9 6
mot : necessidade 31 19
mot : opcao 19 13
mot : oportunidade 12 7
mot : profissao 11 5
mot : qualificacao 20 12
mot : realizacao 9 5
mot : remuneracao 24 10
mot : satisfacao 53 30
mot : seguranca 14 6
mot : vocacao 23 5
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.48 vocacao
difference superieure a 10% t de Student = 1.79 vocacao
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 658 343
162
APÊNDICE N - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
21 a 35 e 46 anos acima
fichier initial 1 : 21-35a.IDE
fichier initial 2 : 46 acima.IDE
Nombre de mots differents : 151 115
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 76
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 41
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 75
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 10
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 18
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 18
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amor 20 15
mot : contribuicao 7 10
mot : dom 11 10
mot : emprego 6 5
mot : escolha 14 12
mot : estabilidade 28 18
mot : f-opcao 8 6
mot : facilidade 6 5
mot : influencia 7 6
mot : necessidade 24 19
mot : opcao 9 13
mot specifique superieur fichier 2 : 1.34 opcao
difference superieure a 10% t de Student = 1.67 opcao
mot : oportunidade 12 7
mot : profissao 9 5
mot : qualificacao 7 12
mot specifique superieur fichier 2 : 1.52 qualificacao
difference superieure a 10% t de Student = 1.91 qualificacao
mot : remuneracao 16 10
mot : satisfacao 51 30
mot : seguranca 14 6
mot : vocacao 7 5
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 497 3
APÊNDICE O - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício
Efetivos e contratados
fichier initial 1 : EFETIVO.IDE
fichier initial 2 : CONTRATADO.IDE
Nombre de mots differents : 212 145
163
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 118
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 50
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 94
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 24
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 21
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 21
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amor 44 14
mot : compromisso 13 9
mot : conhecimento 14 6
mot : contribuicao 16 10
mot : dom 19 9
mot : ensino 16 5
mot : escolha 26 12
mot : esperanca 11 7
mot : estabilidade 52 19
mot : f-opcao 14 6
mot : facilidade 8 8
mot specifique superieur fichier 2 : 1.39 facilidade
mot : necessidade 47 27
mot : opcao 33 8
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.30 opcao
mot : oportunidade 19 12
mot : profissao 14 10
mot : qualificacao 26 13
mot : realizacao 10 7
mot : remuneracao 33 17
mot : satisfacao 89 45
mot : seguranca 25 9
mot : sonho 6 5
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 1034 459
APÊNDICE P - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação
Graduandos e graduados
fichier initial 1 : Graduando.IDE
fichier initial 2 : Graduado.IDE
Nombre de mots differents : 57 159
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 13
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 116
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 43
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 0
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 5
164
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 5
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : contribuicao 6 6
mot specifique superieur fichier 1 : 2.83 contribuicao
difference superieure a 10% t de Student = 2.32 contribuicao
mot : escolha 7 17
mot specifique superieur fichier 1 : 1.50 escolha
mot : necessidade 7 30
mot : remuneracao 6 20
mot : satisfacao 13 46
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 109 546
APÊNDICE Q - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação
Graduados e especialistas
fichier initial 1 : Graduado.IDE
fichier initial 2 : Especialista.IDE
Nombre de mots differents : 159 192
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 59
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 92
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 100
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 1
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 28
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 28
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 5 16
mot : amor 27 28
mot : compromisso 10 12
mot : conhecimento 7 13
mot : contribuicao 6 14
mot : dedicacao 8 7
mot : dom 7 19
mot : emprego 5 13
mot : ensino 6 13
mot : escolha 17 14
mot specifique superieur fichier 1 : 1.35 escolha
difference superieure a 10% t de Student = 1.71 escolha
mot : esperanca 6 9
mot : estabilidade 27 41
mot : f-opcao 10 7
165
mot : facilidade 7 7
mot : futuro 5 6
mot : influencia 10 11
mot : necessidade 30 36
mot : opcao 14 24
mot : oportunidade 13 13
mot : profissao 8 16
mot : qualificacao 14 23
mot : realizacao 6 11
mot : remuneracao 20 24
mot : satisfacao 46 75
mot : seguranca 11 21
mot : sobrevivencia 5 5
mot : trabalho 5 12
mot : vocacao 14 20
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 546 834
APÊNDICE R - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
Até 5 e 6 a 15 anos
fichier initial 1 : esc até 5a.IDE
fichier initial 2 : esc 6-15a.IDE
Nombre de mots differents : 230 112
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 144
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 24
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 87
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 21
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 19
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 19
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amor 37 13
mot : compromisso 14 7
mot : conhecimento 12 6
mot : dom 14 10
mot specifique superieur fichier 2 : 1.54 dom
mot : emprego 9 6
mot : escolha 26 8
mot : esperanca 12 5
mot : estabilidade 42 21
mot : influencia 14 6
mot : necessidade 42 21
mot : opcao 25 11
mot : oportunidade 24 5
mot : profissao 17 5
mot : qualificacao 29 6
166
mot : remuneracao 34 13
mot : satisfacao 91 28
mot : seguranca 19 12
mot specifique superieur fichier 2 : 1.43 seguranca
mot : sobrevivencia 6 5
mot specifique superieur fichier 2 : 1.29 sobrevivencia
mot : trabalho 12 5
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 997 345
APÊNDICE S - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável gênero
Masculino e feminino
fichier initial 1 : FEM.IDE
fichier initial 2 : MAS.IDE
Nombre de mots differents : 230 123
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 140
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 32
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 90
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 29
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 18
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 18
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 15 6
mot : amor 44 14
mot : compromisso 14 8
mot specifique superieur fichier 2 : 1.35 compromisso
mot : conhecimento 15 5
mot : contribuicao 15 11
mot specifique superieur fichier 2 : 2.10 contribuicao
difference superieure a 10% t de Student = 2.01 contribuicao
mot : ensino 15 6
mot : escolha 29 9
mot : estabilidade 60 11
mot : necessidade 64 10
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.66 necessidade
mot : opcao 33 8
mot : oportunidade 24 7
mot : profissao 17 8
mot : qualificacao 31 8
mot : realizacao 11 6
mot : remuneracao 39 11
mot : satisfacao 105 29
mot : seguranca 28 6
mot : trabalho 12 7
mot specifique superieur fichier 2 : 1.29 trabalho
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 1158 340
167
RAZÕES PARA PERMANECER
APÊNDICE T – Categorias e atributos referentes ao mote O que seus colegas professores
comentam sobre as razões para permanecer na profissão?
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
estabilidade
127
remuneração
43
aposentadoria 32
ensino
17
trabalho 16
efetivação 8
concurso
7
garantia
3
Características
do Trabalho
horário 3
Total
256
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
opção 37
profissão
26
realização 24
Tempo serviço 14
oportunidade
13
carreira 5
profissionalismo 5
educação
5
tranqüilidade 4
competência 3
Características
do Docente
habilitação
3
Total
139
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
co
mpromisso
26
vocação 22
dedicação
16
responsabilidade
14
otimismo 10
sonho
10
dom
9
persistência 7
idealismo 7
facilidade
6
aptidão 6
Características
Pessoais
coragem 6
Total
139
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
qualificação
24
aprendizagem 8
crescimento 7
conhecimento
6
experiência 6
formação 5
Qualificação
estudo
4
Total
60
168
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
esperança
41
mudança 14
acreditar 14
melhoria
10
futuro 5
Futuro
perspectiva 3
Total
87
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
contribuição
9
cidadania 5
luta 4
transformação
4
Cidadania
solidariedade 3
Total
25
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
ajuda
9
amizade
7
alunos 9
doação 5
participação
4
companheirismo
3
Relacionamento
relacionamento 3
Total
40
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
gosto
12
9
amor
98
prazer 44
carinho 5
alegria
5
desejo 4
Apreço
orgulho
3
Total
288
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
valorização
7
reconhecimento 6
confiança 5
Reconhecimento
respeito
4
Total 22
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
necessidade
76
falta opção 32
comodismo
22
sobrevivência 13
desemprego 12
idade
11
única opção 10
missão 6
nenhuma
5
deus 5
medo 3
Conformismo
dificuldade
3
Total
198
169
APÊNDICE U - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Razões para permanecer na profissão
Definição do Ponto de Corte
fichier initial : D:\mestrado\MESTRADO\ZIPF\3 RAZÕES\raz.Tm2
NOUS ALLONS RECHERCHER LES RANGS
Nous avons en entree le fichier : D:\mestrado\MESTRADO\ZIPF\3 RAZÕES\raz.Tm2
DISTRIBUTION TOTALE :1484 : 305* 305* 305* 299* 270*
RANGS 6 ... 15 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 16 ... 25 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 26 ... 30 0* 0* 0* 0* 0*
Nombre total de mots differents : 250
Nombre total de mots cites : 1484
moyenne generale : 2.95
DISTRIBUTION DES FREQUENCES
freq. * nb. mots * Cumul evocations et cumul inverse
1 * 129 129 8.7 % 1484 100.0 %
2 * 29 187 12.6 % 1355 91.3 %
3 * 19 244 16.4 % 1297 87.4 %
4 * 9 280 18.9 % 1240 83.6 %
5 * 14 350 23.6 % 1204 81.1 %
6 * 9 404 27.2 % 1134 76.4 %
7 * 6 446 30.1 % 1080 72.8 %
8 * 2 462 31.1 % 1038 69.9 %
9 * 3 489 33.0 % 1022 68.9 %
10 * 4 529 35.6 % 995 67.0 %
11 * 1 540 36.4 % 955 64.4 %
12 * 1 552 37.2 % 944 63.6 %
13 * 2 578 38.9 % 932 62.8 %
14 * 4 634 42.7 % 906 61.1 %
16 * 2 666 44.9 % 850 57.3 %
17 * 1 683 46.0 % 818 55.1 %
18 * 1 701 47.2 % 801 54.0 %
22 * 1 723 48.7 % 783 52.8 %
24 * 2 771 52.0 % 761 51.3 %
26 * 2 823 55.5 % 713 48.0 %
29 * 1 852 57.4 % 661 44.5 % Freqüência mínima = 29 Freqüência média = 73
32 * 1 884 59.6 % 632 42.6 %
37 * 1 921 62.1 % 600 40.4 %
41 * 1 962 64.8 % 563 37.9 %
43 * 1 1005 67.7 % 522 35.2 %
76 * 1 1081 72.8 % 479 32.3 %
103 * 1 1184 79.8 % 403 27.2 %
127 * 1 1311 88.3 % 300 20.2 %
173 * 1 1484 100.0 % 173 11.7 %
09
A freqüência mínima é retirada da primeira coluna, imediatamente abaixo do ponto de corte, que consta a
quantidade de freqüências dos atributos em ordem decrescente, neste mote é 29.
O cálculo da freqüência média é obtido com a divisão da freqüência, retirado da coluna abaixo do ponto de
corte, neste caso 661, dividido pela quantidade de palavras de maior consenso, o que se obtém com a soma da
quantidade de atributos, que constam na 2ª coluna, abaixo do ponto de corte, neste caso 09 atributos.
Freqüência média = 661 / 09 = 73
170
APÊNDICE V - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício
Efetivos e contratados
fichier initial 1 : EFETIVO.IDE
fichier initial 2 : CONTRATADO.IDE
Nombre de mots differents : 206 131
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 119
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 42
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 88
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 18
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 20
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 20
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : acreditar 7 6
mot : amor 57 41
mot specifique superieur fichier 2 : 2.08 amor
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.37 amor
difference superieure a 10% t de Student = 2.23 amor
mot : aposentadoria 24 8
mot : compromisso 17 9
mot : dedicacao 8 8
mot specifique superieur fichier 2 : 1.43 dedicacao
mot : ensino 8 9
mot specifique superieur fichier 2 : 1.70 ensino
difference superieure a 10% t de Student = 1.84 ensino
mot : esperanca 28 13
mot : estabilidade 102 25
mot specifique superieur fichier 1 : 1.43 estabilidade
mot specifique inferieur fichier 2 : -2.17 estabilidade
difference superieure a 10% t de Student = 2.46 estabilidade
mot : f-opcao 27 5
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.51 f-opcao
difference superieure a 10% t de Student = 1.69 f-opcao
mot : gosto 90 38
mot : melhoria 5 5
mot : necessidade 48 27
mot : opcao 29 8
mot : prazer 28 16
mot : profissao 16 10
mot : qualificacao 15 9
mot : realizacao 18 6
mot : remuneracao 30 13
mot : responsabilidade 9 5
mot : trabalho 9 7
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 1031 448
171
APÊNDICE W - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
6 a 15 e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : esc 6-15a.IDE
fichier initial 2 : esc 16-25.IDE
Nombre de mots differents : 109 67
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 66
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 25
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 43
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 8
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 7
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 7
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amor 18 14
mot specifique superieur fichier 2 : 1.40 amor
mot : comodismo 9 6
mot : compromisso 5 5
mot : estabilidade 37 7
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.72 estabilidade
difference superieure a 10% t de Student = 1.92 estabilidade
mot : gosto 33 13
mot : necessidade 17 9
mot : vocacao 6 5
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 345 149
APÊNDICE X - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
6 a 15 e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : esc 6-15a.IDE
fichier initial 2 : esc 16-25.IDE
Nombre de mots differents : 109 67
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 66
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 25
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 43
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 8
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 7
172
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 7
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amor 18 14
mot specifique superieur fichier 2 : 1.40 amor
mot : comodismo 9 6
mot : compromisso 5 5
mot : estabilidade 37 7
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.72 estabilidade
difference superieure a 10% t de Student = 1.92 estabilidade
mot : gosto 33 13
mot : necessidade 17 9
mot : vocacao 6 5
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 345 149
173
RELACIONAMENTO ENTRE PROFESSORES
APÊNDICE Y - Categorias e atributos referentes ao mote: O que seus colegas comentam
sobre os relacionamentos entre os professores?
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
amigável
161
compreensão
16
afetividade 36
solidariedade
65
companheirismo 62
cooperação 43
ajuda
34
coleguismo
25
cumplicidade 10
Coleguismo
coletividade
7
Total
459
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
bom
70
ótimo 21
alegria 9
harmonia
9
agradável 5
saudável 5
legal
4
paz 4
feliz 4
humano
4
tranqüilo 4
Harmonia
gosto 3
Total
142
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
união
26
colaboração
18
troca 15
fraternidade
14
dialogo
14
interação 7
integração 7
Troca
aprendizagem
5
Total
106
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
respeito
73
familiar 9
confiança
8
sinceridade 8
compromisso 7
responsabilidade
7
tolerância 6
lealdade 5
dedicação
3
Respeito
paciência 3
Total
129
174
CATEGORIA ATRIBUTOS f
normal 15
cordial 13
necessário 4
razoável 3
Cordial
regular 3
Total
38
CATEGORIA ATRIBUTOS f
frio 7
ruim 5
desigualdade 5
luta 5
dificuldade 8
descompromisso 5
desconfiança 5
conflituoso 5
estressante 4
diferenças 4
desinteresse 3
Desarmonia
superficial 5
Total
61
CATEGORIA ATRIBUTOS f
individualismo 20
competição 17
egoísmo 11
distancia 4
falta solidariedade 3
Individualismo
incompreensão 4
Total
59
CATEGORIA ATRIBUTOS f
fofoca 21
inveja 13
falsidade 13
desrespeito 6
rivalidade 3
Desrespeito
disputa 3
Total
59
CATEGORIA ATRIBUTOS f
ética 12
profissional 8
equipe 4
educação 3
Profissional
experiência 3
Total
30
CATEGORIA ATRIBUTOS f
desunião 21
falta companheirismo 4
fechado 3
grupos 3
falta coleguismo 4
falta união 4
Desunião
concorrência 4
Total
43
175
APÊNDICE Z - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Relacionamento entre professores
Definição do Ponto de Corte
fichier initial : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\REL.Tm2
NOUS ALLONS RECHERCHER LES RANGS
Nous avons en entree le fichier : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus
documentos\EVOC\CLEUSA\REL.Tm2
ON CREE LE FICHIER : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\REL.dis et
C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\REL.tm3
DISTRIBUTION TOTALE :1497 : 305* 305* 304* 301* 282*
RANGS 6 ... 15 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 16 ... 25 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 26 ... 30 0* 0* 0* 0* 0*
Nombre total de mots differents : 362
Nombre total de mots cites : 1497
moyenne generale : 2.97
DISTRIBUTION DES FREQUENCES
freq. * nb. mots * Cumul evocations et cumul inverse
1 * 207 207 13.8 % 1497 100.0 %
2 * 60 327 21.8 % 1290 86.2 %
3 * 24 399 26.7 % 1170 78.2 %
4 * 16 463 30.9 % 1098 73.3 %
5 * 13 528 35.3 % 1034 69.1 %
6 * 2 540 36.1 % 969 64.7 %
7 * 6 582 38.9 % 957 63.9 %
8 * 5 622 41.5 % 915 61.1 %
9 * 3 649 43.4 % 875 58.5 %
10 * 1 659 44.0 % 848 56.6 %
12 * 1 671 44.8 % 838 56.0 %
13 * 3 710 47.4 % 826 55.2 %
14 * 2 738 49.3 % 787 52.6 %
15 * 2 768 51.3 % 759 50.7 %
16 * 1 784 52.4 % 729 48.7 %
17 * 1 801 53.5 % 713 47.6 %
18 * 1 819 54.7 % 696 46.5 %
20 * 1 839 56.0 % 678 45.3 %
21 * 3 902 60.3 % 658 44.0 %
25 * 1 927 61.9 % 595 39.7 % Freqüência mínima = 25 Freqüência média = 59,5
26 * 1 953 63.7 % 570 38.1 %
34 * 1 987 65.9 % 544 36.3 %
36 * 1 1023 68.3 % 510 34.1 %
43 * 1 1066 71.2 % 474 31.7 %
62 * 1 1128 75.4 % 431 28.8 %
65 * 1 1193 79.7 % 369 24.6 %
70 * 1 1263 84.4 % 304 20.3 %
73 * 1 1336 89.2 % 234 15.6 %
161 * 1 1497 100.0 % 161 10.8 %
10
A freqüência mínima é retirada da primeira coluna, imediatamente abaixo do ponto de corte, que consta a
quantidade de freqüências dos atributos em ordem decrescente, neste mote é 25.
O cálculo da freqüência média é obtido com a divisão da freqüência, retirado da coluna abaixo do ponto de
corte, neste caso 595, dividido pela quantidade de palavras de maior consenso, o que se obtém com a soma da
quantidade de atributos, que constam na 2ª coluna, abaixo do ponto de corte, neste caso 10 atributos.
Freqüência média = 595 / 10 = 59,5
176
APÊNDICE AA - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
Até 5 e 16-25 anos
Nombre de mots differents : 284 68
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 239
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 21
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 46
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 16
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 9
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 9
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 20 9
mot specifique superieur fichier 2 : 2.62 afetividade
difference superieure a 10% t de Student = 1.91 afetividade
mot : ajuda 20 8
mot specifique superieur fichier 2 : 2.21 ajuda
difference superieure a 10% t de Student = 1.62 ajuda
mot : amigavel 110 17
mot : bom 48 8
mot : companheirismo 39 8
mot : cooperacao 27 5
mot : respeito 50 8
mot : solidariedade 44 6
mot : uniao 15 6
mot specifique superieur fichier 2 : 1.92 uniao
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 990 152
APÊNDICE AB - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
6 a 15 e 16-25 anos
fichier initial 1 : esc 6-15a.IDE
fichier initial 2 : esc 16-25.IDE
Nombre de mots differents : 156 68
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 120
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 33
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 36
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 4
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 9
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 9
177
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 7 9
mot specifique superieur fichier 2 : 1.89 afetividade
difference superieure a 10% t de Student = 2.07 afetividade
mot : ajuda 6 8
mot specifique superieur fichier 2 : 1.83 ajuda
difference superieure a 10% t de Student = 2.00 ajuda
mot : amigavel 33 17
mot : bom 14 8
mot : companheirismo 15 8
mot : cooperacao 11 5
mot : respeito 14 8
mot : solidariedade 14 6
mot : uniao 5 6
mot specifique superieur fichier 2 : 1.46 uniao
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 350 152
APÊNDICE AC - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
21 a 35 e 46 anos acima
fichier initial 1 : 21-35.IDE
fichier initial 2 : 46 acima.IDE
Nombre de mots differents : 135 117
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 76
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 58
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 59
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 12
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 13
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 13
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amor 33 20
mot : aposentadoria 12 6
mot : comodismo 10 7
mot : ensino 6 6
mot : esperanca 14 13
mot : estabilidade 49 21
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.45 estabilidade
difference superieure a 10% t de Student = 1.89 estabilidade
mot : f-opcao 8 7
mot : gosto 41 32
mot : necessidade 24 20
mot : opcao 11 7
mot : prazer 14 13
178
mot : realizacao 5 6
mot : remuneracao 14 7
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 492 343
APÊNDICE AD - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
21 a 35 e 46 anos acima
fichier initial 1 : 21-35.IDE
fichier initial 2 : 46 acima.IDE
Nombre de mots differents : 171 140
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 101
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 71
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 70
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 14
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 11
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 11
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 9 9
mot : ajuda 10 9
mot : amigavel 55 47
mot : bom 20 26
mot specifique superieur fichier 2 : 1.58 bom
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.33 bom
difference superieure a 10% t de Student = 2.03 bom
mot : colaboracao 10 5
mot : companheirismo 26 14
mot : compreensao 5 6
mot : cooperacao 10 10
mot : normal 6 7
mot : respeito 28 12
mot : solidariedade 21 15
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 490 348
APÊNDICE AE - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação
Graduandos e especilistas
fichier initial 1 : Graduando.IDE
fichier initial 2 : Especialista.IDE
Nombre de mots differents : 59 261
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
179
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 21
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 223
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 38
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 0
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 4
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 4
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amigavel 9 82
mot : colaboracao 5 5
mot specifique superieur fichier 1 : 3.65 colaboracao
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.30 colaboracao
difference superieure a 10% t de Student = 2.44 colaboracao
mot : normal 5 7
mot specifique superieur fichier 1 : 3.14 normal
difference superieure a 10% t de Student = 2.09 normal
mot : respeito 8 35
mot specifique superieur fichier 1 : 1.43 respeito
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 106 835
APÊNDICE AF - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação
Graduandos e graduados
fichier initial 1 : Graduando.IDE
fichier initial 2 : Graduado.IDE
Nombre de mots differents : 59 182
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 25
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 147
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 35
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 1
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 3
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 3
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amigavel 9 69
mot : colaboracao 5 8
mot specifique superieur fichier 1 : 1.99 colaboracao
mot : respeito 8 30
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 106 546
180
APÊNDICE AG - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
Até 5 e 6 a 15 anos
fichier initial 1 : esc até 5a.IDE
fichier initial 2 : esc 6-15a.IDE
Nombre de mots differents : 284 156
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 187
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 58
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 97
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 18
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 15
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 15
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetividade 20 7
mot : ajuda 20 6
mot : amigavel 110 33
mot : bom 48 14
mot : coleguismo 18 5
mot : companheirismo 39 15
mot : competicao 11 6
mot : cooperacao 27 11
mot : desuniao 14 5
mot : falsidade 7 6
mot specifique superieur fichier 2 : 1.41 falsidade
mot : fofoca 16 5
mot : individualismo 15 5
mot : otimo 13 6
mot : respeito 50 14
mot : solidariedade 44 14
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 990 350
181
RELACIONAMENTO ENTRE PROFESSORES E ALUNOS
APÊNDICE AH - Categorias e atributos referentes ao mote: O que seus colegas falam sobre
os relacionamentos entre os professores e os alunos?
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
colaboração
31
solidário
23
cooperação 12
troca 11
cumplicidade
6
participação 5
parceria 4
reciprocidade
4
entendimento 4
interação 3
Colaboração
compartilhar
3
Total
106
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
disciplina
13
aprendizagem 11
educação
8
profissionalismo
7
orientador 5
conhecimento
5
autoridade 4
ética 3
ensino
3
experiência 3
sério 3
Características
do Profissional
produtivo
3
Total
68
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
respeitoso
112
bom 76
compreensão
37
ótimo 20
dialogo 14
família
10
tranqüilo 9
prazeroso 8
agradável
7
cordial 6
satisfação 6
alegria
6
união 5
gratificante 5
harmonioso
5
Harmônico
humanitário
5
Total
331
182
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
amigável
136
amoroso 83
companheirismo 21
afetuoso
19
fraternal 7
Coleguismo 6
maternal
6
gosto 4
Afetividade
proximidade 4
Total
286
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
difícil
20
desinteresse 14
preocupante 10
distancia
8
ruim 7
dificuldade 7
estressante
6
cansativo 5
triste 5
carente
3
desestimulante 3
Desarmônico
falta valorização 3
Total
91
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
respeitoso
1
12
confiança 16
compromisso 14
paciência
13
dedicação 12
tolerância 11
interesse
8
atenção 8
sincero 7
responsabilidade
7
persistência 4
Características
Pessoais
lealdade 3
Total
183
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
desrespeitoso
43
indisciplina 17
a
gressividade
8
desgastante
6
péssimo 5
complicado
7
critico
4
conflituoso 4
impaciência 3
problema
3
desafeto 3
f-limite 3
autoritário
3
Conflituoso
atrito 3
Total
112
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
regular
8
depende
5
comportamento 5
esperança
4
diferenças
4
busca 3
Sem Categoria
psicólogo 3
Total
32
184
APÊNDICE AI - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Relacionamento entre professores e alunos
Definição do Ponto de Corte
fichier initial : D:\mestrado\MESTRADO\ZIPF\5 RELAC ENTRE PROFESSORES E ALUNOS\RPA.Tm2
NOUS ALLONS RECHERCHER LES RANGS
Nous avons en entree le fichier : D:\mestrado\MESTRADO\ZIPF\5 RELAC ENTRE PROFESSORES E
ALUNOS\RPA.Tm2
DISTRIBUTION TOTALE :1488 : 305* 304* 303* 300* 276*
RANGS 6 ... 15 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 16 ... 25 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 26 ... 30 0* 0* 0* 0* 0*
Nombre total de mots differents : 371
Nombre total de mots cites : 1488
moyenne generale : 2.96
DISTRIBUTION DES FREQUENCES
freq. * nb. mots * Cumul evocations et cumul inverse
1 * 223 223 15.0 % 1488 100.0 %
2 * 46 315 21.2 % 1265 85.0 %
3 * 27 396 26.6 % 1173 78.8 %
4 * 15 456 30.6 % 1092 73.4 %
5 * 13 521 35.0 % 1032 69.4 %
6 * 7 563 37.8 % 967 65.0 %
7 * 7 612 41.1 % 925 62.2 %
8 * 6 660 44.4 % 876 58.9 %
9 * 1 669 45.0 % 828 55.6 %
10 * 2 689 46.3 % 819 55.0 %
11 * 3 722 48.5 % 799 53.7 %
12 * 2 746 50.1 % 766 51.5 %
13 * 2 772 51.9 % 742 49.9 %
14 * 3 814 54.7 % 716 48.1 %
16 * 1 830 55.8 % 674 45.3 % Freqüência mínima = 16 Freqüência média = 48
17 * 1 847 56.9 % 658 44.2 %
18 * 1 865 58.1 % 641 43.1 %
20 * 1 885 59.5 % 623 41.9 %
21 * 1 906 60.9 % 603 40.5 %
23 * 1 929 62.4 % 582 39.1 %
27 * 1 956 64.2 % 559 37.6 %
31 * 1 987 66.3 % 532 35.8 %
37 * 2 1061 71.3 % 501 33.7 %
76 * 1 1137 76.4 % 427 28.7 %
103 * 1 1240 83.3 % 351 23.6 %
112 * 1 1352 90.9 % 248 16.7 %
136 * 1 1488 100.0 % 136 9.1 %
14
A freqüência mínima é retirada da primeira coluna, imediatamente abaixo do ponto de corte, que consta a
quantidade de freqüências dos atributos em ordem decrescente, neste mote é 16.
O cálculo da freqüência média é obtido com a divisão da freqüência, retirado da coluna abaixo do ponto de
corte, neste caso 674, dividido pela quantidade de palavras de maior consenso, o que se obtém com a soma da
quantidade de atributos, que constam na 2ª coluna, abaixo do ponto de corte, neste caso 14 atributos.
Freqüência média = 674 / 14 = 48
185
APÊNDICE AJ - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício
Efetivos e contratados
fichier initial 1 : EFETIVO.IDE
fichier initial 2 : CONTRATADO.IDE
Nombre de mots differents : 310 160
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 218
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 67
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 92
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 27
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 13
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 13
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetuoso 12 7
mot : amigavel 89 47
mot : amoroso 56 27
mot : bom 50 25
mot : colaboracao 18 13
mot : companheirismo 12 9
mot : compreensao 20 17
mot specifique superieur fichier 2 : 1.76 compreensao
difference superieure a 10% t de Student = 1.87 compreensao
mot : cooperacao 7 5
mot : desrespeitoso 29 8
mot : dialogo 7 7
mot specifique superieur fichier 2 : 1.36 dialogo
mot : otimo 12 8
mot : paciencia 5 8
mot specifique superieur fichier 2 : 2.07 paciencia
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.36 paciencia
difference superieure a 10% t de Student = 2.23 paciencia
mot : respeitoso 75 36
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 1037 446
APÊNDICE AK - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação
Graduados e especialistas
fichier initial 1 : Graduado.IDE
fichier initial 2 : Especilista.IDE
Nombre de mots differents : 203 260
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 94
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 151
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 109
186
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 3
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 16
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 16
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetuoso 10 9
mot : amigavel 55 75
mot : amoroso 27 50
mot : bom 30 43
mot : colaboracao 12 12
mot : companheirismo 6 13
mot : compreensao 11 24
mot : compromisso 7 6
mot : confianca 5 8
mot : dedicacao 5 5
mot : desrespeitoso 15 19
mot : indisciplina 6 9
mot : otimo 11 7
mot specifique superieur fichier 1 : 1.45 otimo
difference superieure a 10% t de Student = 1.83 otimo
mot : paciencia 5 7
mot : respeitoso 44 60
mot : solidario 7 12
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 545 830
APÊNDICE AL - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação
Graduandos e especialistas
fichier initial 1 : Graduando.IDE
fichier initial 2 : Especilista.IDE
Nombre de mots differents : 62 260
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 23
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 222
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 38
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 0
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 4
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 4
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amigavel 6 75
mot : amoroso 6 50
mot : colaboracao 7 12
187
mot specifique superieur fichier 1 : 3.39 colaboracao
difference superieure a 10% t de Student = 2.21 colaboracao
mot : respeitoso 7 60
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 103 830
APÊNDICE AM Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação
Graduandos e graduados
fichier initial 1 : Graduando.IDE
fichier initial 2 : Graduado.IDE
Nombre de mots differents : 62 203
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 25
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 167
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 36
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 0
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 4
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 4
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amigavel 6 55
mot : amoroso 6 27
mot : colaboracao 7 12
mot specifique superieur fichier 1 : 2.29 colaboracao
difference superieure a 10% t de Student = 1.77 colaboracao
mot : respeitoso 7 44
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 103 545
APÊNDICE AN - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
21 a 35 e 36 a 45 anos
fichier initial 1 : 21-35a.IDE
fichier initial 2 : 36-45.IDE
Nombre de mots differents : 199 215
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 109
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 126
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 89
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 2
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 16
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 16
188
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetuoso 8 6
mot : amigavel 44 66
mot : amoroso 19 41
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.34 amoroso
difference superieure a 10% t de Student = 1.78 amoroso
mot : bom 17 34
mot : colaboracao 11 12
mot : companheirismo 8 10
mot : compreensao 9 16
mot : confianca 6 8
mot : desrespeitoso 17 14
mot : dialogo 5 7
mot : dificil 8 9
mot : indisciplina 7 6
mot : otimo 5 10
mot : paciencia 6 6
mot : respeitoso 43 39
mot specifique superieur fichier 1 : 1.30 respeitoso
difference superieure a 10% t de Student = 1.68 respeitoso
mot : solidario 11 9
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 494 655
APÊNDICE AO - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
Até 5 e 6 a 15 anos
fichier initial 1 : esc até 5a.IDE
fichier initial 2 : esc 6-15.IDE
Nombre de mots differents : 292 144
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 208
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 60
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 84
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 25
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 13
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 13
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetuoso 11 5
mot : amigavel 92 31
mot : amoroso 51 24
mot : bom 46 21
mot : colaboracao 19 7
mot : companheirismo 12 6
mot : compreensao 24 7
189
mot : confianca 7 5
mot : desrespeitoso 25 10
mot : dificil 13 5
mot : indisciplina 9 7
mot specifique superieur fichier 2 : 1.39 indisciplina
mot : respeitoso 77 24
mot : solidario 15 6
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 985 346
APÊNDICE AP - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
21 a 35 e 46 anos acima
fichier initial 1 : 21-35a.IDE
fichier initial 2 : 46 acima.IDE
Nombre de mots differents : 199 138
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 134
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 72
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 65
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 10
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 9
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 9
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetuoso 8 5
mot : amigavel 44 26
mot : amoroso 19 23
mot specifique superieur fichier 2 : 1.43 amoroso
difference superieure a 10% t de Student = 1.75 amoroso
mot : bom 17 25
mot specifique superieur fichier 2 : 1.91 bom
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.58 bom
difference superieure a 10% t de Student = 2.36 bom
mot : colaboracao 11 8
mot : compreensao 9 12
mot : desrespeitoso 17 6
mot : otimo 5 5
mot : respeitoso 43 29
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 494 339
190
APÊNDICE AQ - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão
Até 5 e 6 a 15 anos
fichier initial 1 : P até 5a.IDE
fichier initial 2 : P 6-15.IDE
Nombre de mots differents : 181 219
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 88
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 125
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 93
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 1
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 13
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 13
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : afetuoso 5 9
mot : amigavel 42 56
mot : amoroso 13 42
mot specifique superieur fichier 2 : 1.35 amoroso
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.72 amoroso
difference superieure a 10% t de Student = 2.12 amoroso
mot : bom 18 34
mot : colaboracao 10 11
mot : compreensao 9 17
mot : compromisso 6 8
mot : confianca 5 5
mot : desrespeitoso 10 16
mot : otimo 5 7
mot : paciencia 5 5
mot : respeitoso 35 45
mot : solidario 7 10
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 398 651
APÊNDICE AR Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão
Até 5 e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : P até 5a.IDE
fichier initial 2 : P 16-25.IDE
Nombre de mots differents : 181 167
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 110
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 96
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 71
191
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 3
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 10
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 10
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : amigavel 42 35
mot : amoroso 13 25
mot specifique superieur fichier 2 : 1.33 amoroso
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.34 amoroso
difference superieure a 10% t de Student = 1.95 amoroso
mot : bom 18 23
mot : colaboracao 10 7
mot : compreensao 9 11
mot : confianca 5 6
mot : desrespeitoso 10 10
mot : otimo 5 8
mot : respeitoso 35 29
mot : solidario 7 6
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 398 406
192
PERSPECTIVAS EM RELAÇÃO AO FUTURO DOS PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO
APÊNDICE AS - Categorias e atributos referentes ao mote: O que seus colegas falam a
respeito das perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da educação?
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
pessimismo
26
dificuldade
22
nenhuma 17
negro 13
desesperança
10
sem-futuro 7
caos 6
descaso
6
mesmice 4
instabilidade 4
falência
4
Pessimismo
sem-perspectiva 3
Total
122
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
preocupação
20
doença
20
desanimo
17
tristeza 14
desvalorização
12
desrespeito
9
medo 7
desmotivação
7
cansaço
7
estresse 7
decepção 6
Mal-estar
insatisfação
4
Total
130
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
compromisso
21
responsabilidade 6
seriedade
6
competência 6
compreensão 5
dedicação
4
dinamismo 3
Características
Pessoais
criatividade 3
Total
54
193
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
condições
26
investimento 10
estrutura 9
rec
ursos
8
informatização 3
organização 3
incentivo
3
Condições
de trabalho
tecnologia 3
Total
65
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
conquista
6
otimismo
6
bom 4
realização 4
sucesso
3
brilhante
3
Otimismo
promissor 3
Total
29
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
união
7
amor
7
amizade 4
alunos 3
Relacionamento
ajuda
3
Total
24
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
valorização
56
respeito 40
reconhecimento
20
dignidade 9
confiança 3
Reconhecimento
atenção
3
Total
131
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
qualificação
6
6
aprendizagem 6
Qualificação
crescimento
6
Total
78
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
melhorias
84
mudança 32
qualidade 11
transformação
7
progresso 4
Melhoria
avanços 3
Total
141
194
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
aumento salario
101
aposentadoria 25
Retribuição
gratificação 4
Total
130
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
esperança
50
saúde 11
sonho 6
perspectiva
4
descanso 4
Esperança
futuro 3
Total
78
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
luta
9
políticas
9
justiça 6
igualdade 4
participação
4
Cidadania
ética 3
Total
35
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
segurança
12
trabalho
5
educação 4
autonomia 3
Trabalho
oportunidade
3
Total
27
CATEGORIA
ATRIBUTOS
f
incerteza
26
insegurança 9
duvidoso
7
Incerteza
indefinido
5
Total
47
195
APÊNDICE AT - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Perspectivas em relação ao futuro dos profissionais da Educação
Definição do Ponto de Corte
fichier initial : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\6 perspectivas\per.Tm2
NOUS ALLONS RECHERCHER LES RANGS
Nous avons en entree le fichier : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\6
perspectivas\per.Tm2
ON CREE LE FICHIER : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\6
perspectivas\per.dis et C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\6
perspectivas\per.tm3
DISTRIBUTION TOTALE :1481 : 305* 305* 305* 297* 266*
RANGS 6 ... 15 3* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 16 ... 25 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 26 ... 30 0* 0* 0* 0* 0*
Nombre total de mots differents : 390
Nombre total de mots cites : 1481
moyenne generale : 2.95
DISTRIBUTION DES FREQUENCES
freq. * nb. mots * Cumul evocations et cumul inverse
1 * 233 233 15.7 % 1481 100.0 %
2 * 47 327 22.1 % 1248 84.3 %
3 * 34 429 29.0 % 1154 77.9 %
4 * 19 505 34.1 % 1052 71.0 %
5 * 4 525 35.4 % 976 65.9 %
6 * 11 591 39.9 % 956 64.6 %
7 * 9 654 44.2 % 890 60.1 %
8 * 1 662 44.7 % 827 55.8 %
9 * 5 707 47.7 % 819 55.3 %
10 * 2 727 49.1 % 774 52.3 %
11 * 3 760 51.3 % 754 50.9 %
12 * 2 784 52.9 % 721 48.7 %
13 * 1 797 53.8 % 697 47.1 %
14 * 1 811 54.8 % 684 46.2 %
17 * 2 845 57.1 % 670 45.2 %
20 * 3 905 61.1 % 636 42.9 %
21 * 1 926 62.5 % 576 38.9 % Freqüência mínima = 21 Freqüência média = 44
22 * 1 948 64.0 % 555 37.5 %
25 * 1 973 65.7 % 533 36.0 %
26 * 3 1051 71.0 % 508 34.3 %
32 * 1 1083 73.1 % 430 29.0 %
40 * 1 1123 75.8 % 398 26.9 %
51 * 1 1174 79.3 % 358 24.2 %
56 * 1 1230 83.1 % 307 20.7 %
66 * 1 1296 87.5 % 251 16.9 %
84 * 1 1380 93.2 % 185 12.5 %
101 * 1 1481 100.0 % 101 6.8 %
13
A freqüência mínima é retirada da primeira coluna, imediatamente abaixo do ponto de corte, que consta a
quantidade de freqüências dos atributos em ordem decrescente, neste mote é 21.
O cálculo da freqüência média é obtido com a divisão da freqüência, retirado da coluna abaixo do ponto de
corte, neste caso 576, dividido pela quantidade de palavras de maior consenso, o que se obtém com a soma da
quantidade de atributos, que constam na 2ª coluna, abaixo do ponto de corte, neste caso 13 atributos.
Freqüência média = 576 / 13 = 44
196
APÊNDICE AU - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
36 a45 e 46 anos acima
fichier initial 1 : 36-45.IDE
fichier initial 2 : 46 acima.IDE
Nombre de mots differents : 237 150
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 151
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 64
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 85
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 10
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 13
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 13
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aposentadoria 14 6
mot : aumento-salario 33 29
mot specifique superieur fichier 2 : 1.56 aumento-salario
difference superieure a 10% t de Student = 1.89 aumento-salario
mot : compromisso 12 5
mot : condicoes 13 5
mot : desanimo 10 5
mot : esperanca 23 10
mot : incerteza 16 6
mot : melhorias 35 19
mot : mudanca 12 6
mot : pessimismo 13 6
mot : qualificacao 27 14
mot : respeito 17 10
mot : valorizacao 21 11
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 642 346
APÊNDICE AV - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
21 a 35 e 36 a45 anos
fichier initial 1 : 21-35.IDE
fichier initial 2 : 36-45.IDE
Nombre de mots differents : 198 237
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 105
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 144
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 92
197
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 2
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 15
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 15
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aposentadoria 5 14
mot : aumento-salario 39 33
mot specifique superieur fichier 1 : 1.38 aumento-salario
difference superieure a 10% t de Student = 1.87 aumento-salario
mot : condicoes 8 13
mot : dificuldade 7 11
mot : doenca 6 10
mot : esperanca 18 23
mot : melhorias 30 35
mot : mudanca 14 12
mot : nenhuma 7 9
mot : pessimismo 7 13
mot : preocupacao 7 10
mot : qualificacao 25 27
mot : reconhecimento 9 8
mot : respeito 13 17
mot : valorizacao 24 21
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 493 642
APÊNDICE AW - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
Até 5 e 6 a 15 anos
fichier initial 1 : esc até 5a.IDE
fichier initial 2 : esc 6-15.IDE
Nombre de mots differents : 322 138
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 230
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 46
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 92
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 16
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 17
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 17
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aposentadoria 13 10
mot specifique superieur fichier 2 : 1.68 aposentadoria
difference superieure a 10% t de Student = 1.68 aposentadoria
mot : aumento-salario 69 23
mot : compromisso 13 5
198
mot : condicoes 15 7
mot : dificuldade 16 5
mot : doenca 15 5
mot : esperanca 36 12
mot : incerteza 17 8
mot : melhorias 55 19
mot : mudanca 22 5
mot : nenhuma 5 6
mot specifique superieur fichier 2 : 1.89 nenhuma
difference superieure a 10% t de Student = 1.89 nenhuma
mot : pessimismo 15 8
mot : preocupacao 15 5
mot : qualificacao 47 9
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.42 qualificacao
mot : respeito 25 7
mot : tristeza 7 6
mot specifique superieur fichier 2 : 1.45 tristeza
mot : valorizacao 36 10
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 985 341
APÊNDICE AX - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
Até 5 e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : esc até 5a.IDE
fichier initial 2 : esc 6-15.IDE
Nombre de mots differents : 322 138
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 230
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 46
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 92
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 16
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 17
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 17
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aposentadoria 13 10
mot specifique superieur fichier 2 : 1.68 aposentadoria
difference superieure a 10% t de Student = 1.68 aposentadoria
mot : aumento-salario 69 23
mot : compromisso 13 5
mot : condicoes 15 7
mot : dificuldade 16 5
mot : doenca 15 5
mot : esperanca 36 12
mot : incerteza 17 8
mot : melhorias 55 19
mot : mudanca 22 5
mot : nenhuma 5 6
mot specifique superieur fichier 2 : 1.89 nenhuma
difference superieure a 10% t de Student = 1.89 nenhuma
mot : pessimismo 15 8
199
mot : preocupacao 15 5
mot : qualificacao 47 9
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.42 qualificacao
mot : respeito 25 7
mot : tristeza 7 6
mot specifique superieur fichier 2 : 1.45 tristeza
mot : valorizacao 36 10
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 985 341
APÊNDICE AY - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício
Efetivos e contratados
fichier initial 1 : EFETIVO.IDE
fichier initial 2 : CONTRATADO.IDE
Nombre de mots differents : 304 190
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 199
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 84
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 105
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 27
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 15
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 15
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aumento-salario 70 31
mot : compromisso 14 7
mot : condicoes 20 6
mot : dificuldade 13 9
mot : esperanca 36 15
mot : melhorias 57 27
mot : mudanca 21 11
mot : pessimismo 21 5
mot : preocupacao 12 8
mot : qualidade 5 6
mot specifique superieur fichier 2 : 1.45 qualidade
mot : qualificacao 40 26
mot specifique superieur fichier 2 : 1.32 qualificacao
mot : reconhecimento 10 10
mot specifique superieur fichier 2 : 1.59 reconhecimento
difference superieure a 10% t de Student = 1.74 reconhecimento
mot : respeito 27 13
mot : seguranca 6 6
mot : valorizacao 42 14
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 1027 449
200
APÊNDICE AZ - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável titulação
Graduados e especialistas
fichier initial 1 : Graduado.IDE
fichier initial 2 : Especialista.IDE
Nombre de mots differents : 230 162
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 142
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 75
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 87
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 9
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 19
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 19
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aposentadoria 14 9
mot : aumento-salario 40 24
mot : compromisso 12 5
mot : condicoes 9 10
mot : desanimo 5 8
mot specifique superieur fichier 2 : 1.37 desanimo
difference superieure a 10% t de Student = 1.70 desanimo
mot : dificuldade 5 8
mot specifique superieur fichier 2 : 1.37 dificuldade
difference superieure a 10% t de Student = 1.70 dificuldade
mot : doenca 9 6
mot : esperanca 25 11
mot : melhorias 42 19
mot : mudanca 19 7
mot : negro 6 6
mot : nenhuma 8 6
mot : pessimismo 6 12
mot specifique superieur fichier 2 : 1.97 pessimismo
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.54 pessimismo
difference superieure a 10% t de Student = 2.44 pessimismo
mot : preocupacao 9 6
mot : qualificacao 23 14
mot : respeito 15 11
mot : saude 5 5
mot : tristeza 7 6
mot : valorizacao 25 14
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 651 400
201
APÊNDICE BA - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão
6 a 15 e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : P 6-15.IDE
fichier initial 2 : P 16-25.IDE
Nombre de mots differents : 230 162
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 142
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 75
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 87
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 9
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 19
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 19
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aposentadoria 14 9
mot : aumento-salario 40 24
mot : compromisso 12 5
mot : condicoes 9 10
mot : desanimo 5 8
mot specifique superieur fichier 2 : 1.37 desanimo
difference superieure a 10% t de Student = 1.70 desanimo
mot : dificuldade 5 8
mot specifique superieur fichier 2 : 1.37 dificuldade
difference superieure a 10% t de Student = 1.70 dificuldade
mot : doenca 9 6
mot : esperanca 25 11
mot : melhorias 42 19
mot : mudanca 19 7
mot : negro 6 6
mot : nenhuma 8 6
mot : pessimismo 6 12
mot specifique superieur fichier 2 : 1.97 pessimismo
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.54 pessimismo
difference superieure a 10% t de Student = 2.44 pessimismo
mot : preocupacao 9 6
mot : qualificacao 23 14
mot : respeito 15 11
mot : saude 5 5
mot : tristeza 7 6
mot : valorizacao 25 14
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 651 400
202
ROTINA ESCOLAR
APÊNDICE BB - Categorias e atributos referentes ao mote: Descreva a rotina escolar, o que
é que os professores fazem, normalmente, nesta escola?
CATEGORIAS
SUB
-
CATEGORIA
SUB
-
SUB
-
CATEGORIA
ATRIBUTO
f
planejamento
109
re
latório
26
atividade
17
h
-
atividade
12
preparação
6
execução
5
horário
3
construção
3
Individuais
Subtotal
181
reunião
50
pesquisa
25
estudo
23
orientação
12
hora atividade
12
con
selho
10
palestra
4
Coletivas
Com colegas e Administração
Subtotal
136
aula
130
trabalho
85
avaliação
21
discussão
18
leitura
12
leciona
12
correção
11
debate
9
conteúdo
8
comentário
6
cumprimento
6
apresentação
5
Atividades Cotidianas
Grupos com alunos
Sub
total
323
brincadeira
19
projeto
11
passeia
6
evento
5
vídeo
5
exposição
4
comemoração
3
festa
3
ATIVIDADES
Atividades Esporádicas
Subtotal
56
Total
696
CATEGORIAS
ATRIBUTOS
f
conversa
80
dialogo 32
colaboração
21
troca 20
participação 12
amizade
10
relacionamento
9
socialização 8
comunicação
8
aconselha
7
interação 6
Relacionamento
confraternização 6
Total
219
203
CATEGORIAS
ATRIBUTOS
f
dedicação
13
criatividade 10
preocupação 8
resp
onsabilidade
7
respeito 7
compreensão 5
psicólogo
5
opinião 3
pontualidade 3
assiduidade
3
Características
Pessoais
idéia 3
Total
67
CATEGORIAS
ATRIBUTOS
f
cansaço
8
reclamação
7
estressante
4
fofoca 4
cobrança
4
sofrido 3
Mal-Estar
dificuldade 3
To
tal
33
CATEGORIAS ATRIBUTOS f
aprendizagem
14
curso 5
conhecimento
4
Aperfeiçoamento
capacitação 4
Total
27
CATEGORIAS
ATRIBUTOS
f
alegria
4
carinho 3
amor
3
Bem-Estar
comemoração 3
Total
13
CATEGORIAS
ATRIBUTOS
f
ensino
43
educação
18
compromisso 10
solidariedade 6
Cidadania
luta
3
Total
80
APÊNDICE BC - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Rotina Escolar
Definição do Ponto de Corte
RANGMOT - ROTINA
fichier initial : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\7 rotina\rot.Tm2
204
NOUS ALLONS RECHERCHER LES RANGS
Nous avons en entree le fichier : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\7
rotina\rot.Tm2
ON CREE LE FICHIER : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\7
rotina\rot.dis et C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\7 rotina\rot.tm3
DISTRIBUTION TOTALE :1495 : 305* 304* 304* 303* 278*
RANGS 6 ... 15 1* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 16 ... 25 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 26 ... 30 0* 0* 0* 0* 0*
Nombre total de mots differents : 330
Nombre total de mots cites : 1495
moyenne generale : 2.97
DISTRIBUTION DES FREQUENCES
freq. * nb. mots * Cumul evocations et cumul inverse
1 * 176 176 11.8 % 1495 100.0 %
2 * 60 296 19.8 % 1319 88.2 %
3 * 21 359 24.0 % 1199 80.2 %
4 * 14 415 27.8 % 1136 76.0 %
5 * 12 475 31.8 % 1080 72.2 %
6 * 6 511 34.2 % 1020 68.2 %
7 * 4 539 36.1 % 984 65.8 %
8 * 4 571 38.2 % 956 63.9 %
9 * 3 598 40.0 % 924 61.8 %
10 * 2 618 41.3 % 897 60.0 %
11 * 3 651 43.5 % 877 58.7 %
12 * 6 723 48.4 % 844 56.5 %
13 * 1 736 49.2 % 772 51.6 %
14 * 1 750 50.2 % 759 50.8 %
17 * 1 767 51.3 % 745 49.8 %
18 * 2 803 53.7 % 728 48.7 %
19 * 1 822 55.0 % 692 46.3 % Freqüência mínima = 19 Freqüência média = 49
20 * 1 842 56.3 % 673 45.0 %
21 * 1 863 57.7 % 653 43.7 %
22 * 1 885 59.2 % 632 42.3 %
23 * 1 908 60.7 % 610 40.8 %
25 * 1 933 62.4 % 587 39.3 %
26 * 1 959 64.1 % 562 37.6 %
32 * 1 991 66.3 % 536 35.9 %
43 * 1 1034 69.2 % 504 33.7 %
50 * 1 1084 72.5 % 461 30.8 %
80 * 1 1164 77.9 % 411 27.5 %
85 * 1 1249 83.5 % 331 22.1 %
116 * 1 1365 91.3 % 246 16.5 %
130 * 1 1495 100.0 % 130 8.7 %
205
APÊNDICE BD - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
21 a 35 e 36 a 45 anos
fichier initial 1 : 21-35.IDE
fichier initial 2 : 36-45.IDE
Nombre de mots differents : 174 213
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 84
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 122
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 90
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 6
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 16
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 16
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aula 44 40
mot specifique superieur fichier 1 : 1.34 aula
difference superieure a 10% t de Student = 1.69 aula
mot : avaliacao 5 10
mot : colaboracao 10 6
mot : conversa 26 31
mot : dialogo 8 18
mot : discussao 6 10
mot : educa 5 10
mot : ensino 14 17
mot : estudo 5 16
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.33 estudo
difference superieure a 10% t de Student = 1.77 estudo
mot : pesquisa 5 14
mot : planejamento 38 48
mot : projeto 5 5
mot : relatorio 5 13
mot : reuniao 16 24
mot : trabalho 25 33
mot : troca 5 12
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 492 658
206
APÊNDICE BE - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
21 a 35 e 46 anos acima
fichier initial 1 : 21-35.IDE
fichier initial 2 : 46 ACIMA.IDE
Nombre de mots differents : 174 127
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 104
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 57
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 70
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 11
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 11
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 11
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aula 44 46
mot specifique superieur fichier 2 : 1.46 aula
difference superieure a 10% t de Student = 1.87 aula
mot : avaliacao 5 7
mot : colaboracao 10 5
mot : conversa 26 23
mot : dialogo 8 6
mot : ensino 14 12
mot : pesquisa 5 6
mot : planejamento 38 30
mot : relatorio 5 8
mot : reuniao 16 10
mot : trabalho 25 27
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 492 345
BF
APÊNDICE BF - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício
Efetivos e contratados
fichier initial 1 : EFETIVO.IDE
fichier initial 2 : CONTRATADO.IDE
Nombre de mots differents : 280 151
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 179
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 49
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 101
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 18
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 18
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 18
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
207
mot : aprendizagem 9 5
mot : atividade 10 7
mot : aula 80 49
mot specifique superieur fichier 2 : 1.59 aula
difference superieure a 10% t de Student = 1.68 aula
mot : avaliacao 16 6
mot : brincadeira 12 7
mot : colaboracao 12 9
mot : compromisso 6 6
mot : conversa 56 23
mot : dedicacao 8 5
mot : dialogo 23 9
mot : ensino 32 11
mot : estudo 17 6
mot : pesquisa 17 8
mot : planejamento 77 38
mot : relatorio 18 8
mot : reuniao 31 19
mot : trabalho 67 18
mot specifique inferieur fichier 2 : -1.52 trabalho
difference superieure a 10% t de Student = 1.74 trabalho
mot : troca 15 5
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 1039 451
208
MODOS COMO AVALIAM OS ALUNOS
APÊNDICE BG - Categorias atributos referentes ao mote: O que seus colegas professores
comentam sobre o modo como avaliam seus alunos?
CATEGORIA ATRIBUTOS f
bom 11
fraco 7
valorização 6
justiça 6
empurra 5
ruim 5
flexível 4
regular 4
ética 3
insuficiente 3
conflitante 3
Opinião
preocupação 3
Total
60
CATEGORIA ATRIBUTOS f
continua 82
diária 31
gradativa 4
progressiva 3
Modalidade
Tempo
somatória 3
Total
123
CATEGORIA ATRIBUTOS f
observação 43
individual 16
coletivo 20
processual 21
objetiva 7
diagnostica 7
realidade 7
global 5
gradativa 4
formal 3
subjetiva 3
Modalidade
humana 3
Total
139
209
CATEGORIA ATRIBUTOS f
atividades 128
provas 85
trabalhos 47
pesquisa 20
oral 17
relatórios 14
debates 7
seminário 7
produção 5
Instrumento
caderno 4
Total
334
CATEGORIA ATRIBUTOS f
conhecimento 30
aprendizagem 19
desempenho 14
desenvolvimento 14
habilidade 10
competência 5
compreensão 4
assimilação 3
Habilidade
interação 3
Total
102
CATEGORIA ATRIBUTOS f
participação 125
interesse 68
comportamento 44
assiduidade 30
compromisso 18
dialogo 16
relacionamento 15
disciplina 15
respeito 13
freqüência 13
criatividade 9
Critérios
dificuldade 8
Total
374
210
APÊNDICE BH - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma RANGMOT,
acerca do mote: Modos como avaliam os alunos
Definição do Ponto de Corte
fichier initial : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\8 avaliação\ava.Tm2
NOUS ALLONS RECHERCHER LES RANGS
Nous avons en entree le fichier : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\8
avaliação\ava.Tm2
ON CREE LE FICHIER : C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\8
avaliação\ava.dis et C:\Documents and Settings\Cleusa\Meus documentos\EVOC\CLEUSA\8 avaliação\ava.tm3
DISTRIBUTION TOTALE :1493 : 305* 305* 305* 301* 277*
RANGS 6 ... 15 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 16 ... 25 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0* 0*
RANGS 26 ... 30 0* 0* 0* 0* 0*
Nombre total de mots differents : 323
Nombre total de mots cites : 1493
moyenne generale : 2.96
DISTRIBUTION DES FREQUENCES
freq. * nb. mots * Cumul evocations et cumul inverse
1 * 202 202 13.5 % 1493 100.0 %
2 * 43 288 19.3 % 1291 86.5 %
3 * 17 339 22.7 % 1205 80.7 %
4 * 11 383 25.7 % 1154 77.3 %
5 * 8 423 28.3 % 1110 74.3 %
6 * 2 435 29.1 % 1070 71.7 %
7 * 9 498 33.4 % 1058 70.9 %
8 * 2 514 34.4 % 995 66.6 %
9 * 1 523 35.0 % 979 65.6 %
10 * 1 533 35.7 % 970 65.0 %
11 * 1 544 36.4 % 960 64.3 %
12 * 1 556 37.2 % 949 63.6 %
13 * 2 582 39.0 % 937 62.8 %
14 * 3 624 41.8 % 911 61.0 %
15 * 2 654 43.8 % 869 58.2 %
16 * 2 686 45.9 % 839 56.2 %
17 * 1 703 47.1 % 807 54.1 %
18 * 1 721 48.3 % 790 52.9 %
19 * 1 740 49.6 % 772 51.7 %
20 * 1 760 50.9 % 753 50.4 %
21 * 1 781 52.3 % 733 49.1 %
30 * 2 841 56.3 % 712 47.7 %
31 * 1 872 58.4 % 652 43.7 % Freqüência mínima = 31 Freqüência média = 72
43 * 1 915 61.3 % 621 41.6 %
44 * 1 959 64.2 % 578 38.7 %
47 * 1 1006 67.4 % 534 35.8 %
68 * 1 1074 71.9 % 487 32.6 %
82 * 1 1156 77.4 % 419 28.1 %
84 * 1 1240 83.1 % 337 22.6 %
125 * 1 1365 91.4 % 253 16.9 %
128 * 1 1493 100.0 % 128 8.6 %
9
A freqüência mínima é retirada da primeira coluna, imediatamente abaixo do ponto de corte, que consta a
quantidade de freqüências dos atributos em ordem decrescente, neste mote é 31.
O cálculo da freqüência média é obtido com a divisão da freqüência, retirado da coluna abaixo do ponto de
corte, neste caso 652, dividido pela quantidade de palavras de maior consenso, o que se obtém com a soma da
quantidade de atributos, que constam na 2ª coluna, abaixo do ponto de corte, neste caso 9 atributos.
Freqüência média = 652 / 9 = 72
211
APÊNDICE BI - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão
6 a 15 e 26 anos acima
fichier initial 1 : P 6-15a.IDE
fichier initial 2 : P 26acima.IDE
Nombre de mots differents : 188 21
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 171
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 4
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 17
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 7
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 2
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 2
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : atividades 57 5
mot : participacao 53 6
mot specifique superieur fichier 2 : 1.72 participacao
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 650 35
APÊNDICE BJ - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão
16 a 25 e 26 anos acima
fichier initial 1 : P 16-25.IDE
fichier initial 2 : P 26acima.IDE
Nombre de mots differents : 136 21
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 122
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 6
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 14
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 6
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 2
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 2
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : atividades 34 5
mot : participacao 35 6
mot specifique superieur fichier 2 : 1.53 participacao
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 407 35
212
APÊNDICE BK - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
36 a 45 e 46 anos acima
fichier initial 1 : 36-45.IDE
fichier initial 2 : 46 ACIMA.IDE
Nombre de mots differents : 195 106
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 139
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 49
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 56
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 6
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 18
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 18
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aprendizagem 8 5
mot : assiduidade 12 8
mot : atividades 62 28
mot : comportamento 15 8
mot : conhecimento 14 5
mot : continua 37 17
mot : desenvolvimento 5 5
mot : dialogo 8 6
mot : diaria 14 12
mot : interesse 26 25
mot specifique superieur fichier 2 : 1.72 interesse
difference superieure a 10% t de Student = 2.03 interesse
mot : observacao 18 11
mot : participacao 49 37
mot specifique superieur fichier 2 : 1.29 participacao
mot : pesquisa 10 5
mot : processual 12 6
mot : provas 31 19
mot : relacionamento 5 6
mot : relatorios 7 5
mot : trabalhos 21 11
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 651 348
APÊNDICE BL - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
21 a 35 e 36 a 45 anos
fichier initial 1 : 21-35.IDE
fichier initial 2 : 36-45.IDE
Nombre de mots differents : 169 195
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 89
213
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 114
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 80
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 4
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 16
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 16
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aprendizagem 6 8
mot : assiduidade 10 12
mot : atividades 38 62
mot : comportamento 21 15
mot specifique superieur fichier 1 : 1.39 comportamento
difference superieure a 10% t de Student = 1.82 comportamento
mot : compromisso 8 8
mot : conhecimento 11 14
mot : continua 28 37
mot : desempenho 6 7
mot : diaria 5 14
mot : habilidade 5 5
mot : interesse 17 26
mot : observacao 14 18
mot : participacao 39 49
mot : pesquisa 5 10
mot : provas 34 31
mot : trabalhos 15 21
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 494 651
APÊNDICE BM - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável vínculo empregatício
Efetivos e contratados
fichier initial 1 : EFET.IDE
fichier initial 2 : CONTRATA.IDE
Nombre de mots differents : 265 129
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 194
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 56
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 72
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 18
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 19
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 19
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aprendizagem 12 7
mot : assiduidade 16 14
214
mot specifique superieur fichier 2 : 1.63 assiduidade
difference superieure a 10% t de Student = 1.76 assiduidade
mot : atividades 90 38
mot : bom 6 5
mot : comportamento 23 21
mot specifique superieur fichier 2 : 2.10 comportamento
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.38 comportamento
difference superieure a 10% t de Student = 2.27 comportamento
mot : compromisso 12 6
mot : conhecimento 18 12
mot : continua 52 30
mot : desempenho 9 5
mot : desenvolvimento 8 6
mot : frequencia 8 5
mot : interesse 43 25
mot : observacao 31 12
mot : participacao 83 41
mot : pesquisa 12 8
mot : processual 14 6
mot : provas 59 25
mot : relacionamento 8 7
mot : trabalhos 27 20
mot specifique superieur fichier 2 : 1.52 trabalhos
difference superieure a 10% t de Student = 1.64 trabalhos
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 1037 451
APÊNDICE BN - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável faixa etária
21 a 35 e 46 anos acima
fichier initial 1 : 21-35.IDE
fichier initial 2 : 46 ACIMA.IDE
Nombre de mots differents : 169 106
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 110
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 46
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 59
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 5
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 14
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 14
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : aprendizagem 6 5
mot : assiduidade 10 8
mot : atividades 38 28
mot : comportamento 21 8
mot : conhecimento 11 5
mot : continua 28 17
mot : diaria 5 12
mot specifique superieur fichier 2 : 1.88 diaria
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.57 diaria
215
difference superieure a 10% t de Student = 2.42 diaria
mot : disciplina 5 6
mot : interesse 17 25
mot specifique superieur fichier 2 : 1.83 interesse
mot specifique inferieur fichier 1 : -1.54 interesse
difference superieure a 10% t de Student = 2.36 interesse
mot : observacao 14 11
mot : participacao 39 37
mot : pesquisa 5 5
mot : provas 34 19
mot : trabalhos 15 11
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 494 348
APÊNDICE BO - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
6 a 15 e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : esc 6-15a.IDE
fichier initial 2 : esc 16-25.IDE
Nombre de mots differents : 133 66
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 97
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 29
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 37
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 6
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 8
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 8
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : atividades 23 11
mot : comportamento 6 5
mot : continua 16 12
mot : diaria 7 7
mot specifique superieur fichier 2 : 1.32 diaria
mot : interesse 16 8
mot : observacao 15 8
mot : participacao 25 16
mot : provas 23 6
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 348 153
216
APÊNDICE BP - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de escola
Até 5 e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : esc ate 5.IDE
fichier initial 2 : esc 16-25.IDE
Nombre de mots differents : 241 66
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 193
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 17
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 48
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 19
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 8
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 8
CALCUL DES SPECIFICITES
mots commun aux deux listes :
mot : atividades 93 11
mot : comportamento 33 5
mot : continua 53 12
mot : diaria 17 7
mot specifique superieur fichier 2 : 2.11 diaria
mot : interesse 44 8
mot : observacao 20 8
mot specifique superieur fichier 2 : 2.19 observacao
difference superieure a 10% t de Student = 1.62 observacao
mot : participacao 84 16
mot : provas 53 6
fin de la comparaison
nombre des evocations des fichiers initaux : 987 153
APÊNDICE BQ - Relatório emitido pelo EVOC, com o uso do subprograma COMPLEX,
comparação da variável tempo de profissão
6 a 15 e 16 a 25 anos
fichier initial 1 : P 6-15a.IDE
fichier initial 2 : P 16-25.IDE
Nombre de mots differents : 188 136
Decompte des mots n'appartenant qu'a un fichier
Nombre de mots uniquement dans le fichier 1 : 120
Nombre de mots uniquement dans le fichier 2 : 67
Nombre de mots commun aux deux fichiers : 68
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 1 : 12
Nombre de mots de frequence > 5 uniquement dans le fichier 2 : 15
Nombre de mots de frequence > 5 commun aux deux fichiers : 15
CALCUL DES SPECIFICITES
217
mots commun aux deux listes :
mot : aprendizagem 8 7
mot : assiduidade 16 7
mot : atividades 57 34
mot : av-oral 5 6
mot : comportamento 18 9
mot : conhecimento 19 6
mot : continua 37 23
mot : dialogo 8 7
mot : diaria 12 15
mot specifique superieur fichier 2 : 1.43 diaria
difference superieure a 10% t de Student = 1.83 diaria
mot : interesse 26 23
mot : observacao 17 15
mot : participacao 53 35
mot : pesquisa 8 7
mot : provas 34 20
mot : trabalhos 18 16
fin de la comparaison
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