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ÊLIKA SUZIANNY DE SOUSA
ANATOMIA DO NERVO ISQUIÁTICO EM OVINOS DA
RAÇA MORADA NOVA APLICADA A CLÍNICA DE
PEQUENOS RUMINANTES
MOSSORÓ - RN
2008
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ÊLIKA SUZIANNY DE SOUSA
ANATOMIA DO NERVO ISQUIÁTICO EM OVINOS DA
RAÇA MORADA NOVA APLICADA A CLÍNICA DE
PEQUENOS RUMINANTES
Dissertação apresentada à Universidade Federal
Rural do Semi-Árido – UFERSA, como parte das
exigências para a obtenção do tulo de Mestre em
Ciência Animal.
Orientador: Dr. José Fernando Gomes de Albuquerque
Mossoró-RN
2008
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FICHA CATALOGRÁFICA PREPARADA PELO SETOR DE
CLASSIFICAÇÃO E CATALOGAÇÃO DA BIBLIOTECA
“ORLANDO TEIXEIRA” DA UFERSA
S725A SOUSA, ÊLIKA SUZIANNY DE.
Anatomia do nervo isquiático em ovinos da raça morada
nova aplicada a clínica de pequenos ruminantes / Êlika
Suzianny de Sousa. -- Mossoró, 2008.
38F.: IL.
DISSERTAÇÃO (MESTRADO EM CIÊNCIA
ANIMAL) UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO
SEMI-ÁRIDO.
ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ FERNANDO GOMES
DE ALBUQUERQUE.
1.OVINO. 2.ANATOMIA. 3.NERVO ISQUIÁTIC
O.
I.TÍTULO.
CDU: 636.3
Bibliotecária: Keina Cristina Santos Sousa
CRB/4 1254
ÊLIKA SUZIANNY DE SOUSA
ANATOMIA DO NERVO ISQUIÁTICO EM OVINOS DA
RAÇA MORADA NOVA APLICADA A CLÍNICA DE
PEQUENOS RUMINANTES
Dissertação apresentada à Universidade Federal
Rural do Semi-Árido – UFERSA, como parte das
exigências para a obtenção do tulo de Mestre em
Ciência Animal.
APROVADA EM: 29/08/2008
Dr. José Fernando Gomes de Albuquerque Dr. Raimundo Alves Barreto Júnior
UFERSA – Mossoró (RN)
Orientador
UFERSA – Mossoró (RN)
Co-orientador
Dra. Ana Cláudia Sales Rocha Albuquerque
UERN – Mossoró (RN)
Conselheira
Ao meu avô, Liberato Francisco de
Morais (in memoriam), que foi uma das
pessoas mais brilhante que tive em minha
vida, exemplo de amor, paciência,
humildade, enfim, uma pessoa admirável!
DEDICO
A meu filho, Pedro Emanuel de Sousa
Freire, que com seu lindo sorriso e
inocência de criança, concedeu-me alegria
nos momentos difíceis. Eis mais um dos
belos presentes que Deus me deu na vida
e a razão de todo o meu esforço!
OFEREÇO
AGRADECIMENTOS
A Deus, criador da vida, razão da minha existência e orientador das minhas ações e
decisões. Muito obrigada Pai Amado porque o Senhor está comigo em todos os momentos, me
tornando forte e capaz.
Aos meus pais, Acácio de Sousa Morais e Ivete do Vale Morais, pais exemplares,
sempre dedicados, que nunca me faltaram. Estão sempre presentes, me apoiando nas minhas
decisões, com amor e compreensão, conduzindo-me para o caminho do bem e da justiça.
Ao meu esposo, Cleonilson Freire da Luz, por estar sempre ao meu lado,
compreendendo minhas ausências, sempre com amor, paciência e dedicação, acreditando e me
incentivando a ser perseverante na vida.
Aos meus queridos irmãos, Émerson de Sousa Morais e Éverson Cleber de Sousa,
pelo amor, carinho e apoio nas minhas decisões, aconselhando-me para o melhor caminho a
seguir. Vocês são os irmãos melhores que Deus poderia me dar!
As minhas cunhadas, Azmavete, Ciete, Cilene, Herculana, Kelly e Lúcia, pelo
incentivo, apoio e carinho que tem por mim e o meu filhinho.
Aos meus sobrinhos, Saymon e Lavínia, que mesmo distante, tenho-os em minha vida
como exemplo de amor, alegria, carinho e inocência. É muito divertido quando tenho o prazer de
tê-los em minha companhia.
A toda minha família, em especial minha prima Andreza, minha avó Chiquita e
minhas tias Ione e Isa, pelo o amor dedicado e por sempre me estenderem a mão nas horas que
precisei. Vocês são excelentes pessoas, nas quais posso me espelhar na vida.
Ao meu orientador Dr. José Fernando Gomes de Albuquerque pelo incentivo desde o
início do mestrado, pelos conselhos e compreensão.
Ao co-orientador Dr. Raimundo Alves Barreto Júnior, pela amizade e as sugestões
para melhor andamento do trabalho.
A professora Dra. Ana Cláudia Sales Rocha Albuquerque pelo aceite do convite
como conselheira, receptividade e colaboração prestados.
Ao prof. Dr. Moacir Franco de Oliveira, pela receptividade com que aceitou ser
membro suplente da banca examinadora, pela colaboração e sugestões no trabalho.
A EMPARN por fornecer os animais para realização deste trabalho.
Ao meu amigo Alexsandro Lopes pela sincera amizade, sempre disposto a me ajudar,
mesmo com pouco tempo, mas foi de grande valia o incentivo e apoio que me deu.
Ao amigo Prof. Dr. Jean Berg Alves da Silva pelo apoio e amizade.
Aos amigos Kilder, Adiza e Danielly, amigos da graduação, que pude tê-los por perto
também no mestrado e desfrutar de suas companhias e conselhos.
Aos amigos Gleidson, Márcio, Rosivaldo e Parmenedes, que mesmo com o pouco
tempo de amizade, deram grande contribuição no andamento do trabalho.
Aos amigos da turma do mestrado, em especial Ana Carla, Andréia, Jorge Torres e
Paulo Moisés, pela amizade, apoio e contribuição no trabalho.
A todos que contribuíram direta e indiretamente para a realização deste trabalho, o
meu muito obrigada.
RESUMO
SOUSA, Êlika Suzianny. Anatomia do nervo isquiático em ovinos da raça morada nova
aplicada a clínica de pequenos ruminantes. 2008. 40f. .Dissertação (Mestrado em Ciência
Animal: curso de Medicina Veterinária)- Universidade Federal Rural do Semi-Árido,
Mossoró-RN, 2008.
Nos últimos anos tem-se aumentado o interesse pela ovinocaprinocultura no Brasil e verifica-se
que são raras as citações na literatura referentes à anatomia do nervo isquiático em pequenos
ruminantes. Portanto, este trabalho visa o fornecimento da morfologia neural com estudo
detalhado do nervo isquiático, sendo de grande importância para conduta clínica nestes animais,
contribuindo para prevenir lesões de ordem iatrogênica como por meio de aplicações de
medicamentos intramusculares profundos e/ou por procedimentos cirúrgicos realizados no
membro pélvico. O experimento foi conduzido no Laboratório de anatomia da Universidade
Federal Rural do Semi-árido. Foram utilizadas 20 meias carcaças esquerdas de ovinos, machos da
raça morada nova, com faixa etária entre 6 e 7 meses de idade procedentes da Fazenda
Experimental da EMPARN-RN. Realizaram-se dissecações das carcaças para exposição do nervo
isquiático, sendo as peças conservadas em câmara fria até a conclusão das dissecações.
Concomitantemente foi colocado sobre o nervo, algodão embebido em peróxido de hidrogênio a
20 volumes, permanecendo por 12 horas seguidas para o seu clareamento, facilitando sua
visualização. Verificou-se variações na quantidade de vértebras lombares e sacrais do ovino, em
que 90% dos animais apresentaram 7 vértebras lombares e 3 sacrais e em 10% tinham 6 vértebras
lombares e 4 sacrais, alterando assim a origem do nervo nesses animais. Em 15 animais (75%), o
nervo originou-se de L
7
S
1
S
2
; em dois (10%), de L
6
S
1
S
2
; em dois (10%) de L
7
S
1
S
2
S
3
e em apenas
um (5%), a formação do nervo foi proveniente de ramos ventrais de S
1
S
2
S
3
. Na distribuição do
nervo isquiático pela musculatura, observou-se na contribuição da inervação do m. glúteobíceps
uma variação de 2 a 5 ramos; no m. semitendinoso, enviou entre 1 a 3 filetes; para o m.
quadríceps da coxa esta contribuição alternou-se entre 1 e 2 ramos, sendo que ela não esteve
presente em quinze animais (75%); para o m. semimembranoso, houve emissão de 2 a 4 filetes. O
nervo isquiático foi encontrado originando-se dos ramos ventrais dos nervos espinhais lombares e
sacrais, além de apresentarem diversificação no número de vértebras.
PALAVRAS-CHAVE: Ovino, Anatomia, Nervo isquiático.
ABSTRACT
SOUSA, Êlika Suzianny. Anatomy of ischiatic nerve in sheep of the morada nova race applied
clinic of small ruminants. 2008. 40f Dissertation (Master’s degree in Science Animal: course
of Medicine Veterinaries) - Rural Federal University of the Semi-Arid, Mossoro-RN, 2008.
In the last years have been increasing the interest for farms of goats and sheep within Brazil,
furthermore is verified that are rare the citations in the referring literature for the origin and
distribution of the sciatic nerve into musculature in small ruminant. Thus, the aim of this work
was to promoter a detailed study regarding morphology neural of the sciatic nerve, which is of
great importance for clinical conduct in small ruminant, contributing to prevent lesions of order
iatrogenesis as through applications of medicines intramuscular and or for surgical procedures
accomplished in the pelvic member. The experiment was executed in the Laboratory of
Anatomy of the Rural Federal University of the Semi-arid. 20 stockings left carcasses of sheep
were used, males of the Morada Nova race, with age between 6 and 7 months coming from
Experimental farm of the EMPARN-RN. Thus, were proceeded dissections of the carcasses for
exhibition of the ischiatic nerve, which the pieces has been conserved in freezer until the
conclusion of the dissections. Simultaneously was placed on this cotton soaked in hydrogen
peroxide to 20 volumes, staying for 12 followed hours for your clarification process, facilitating
your visualization. It was verified variations in the number of lumbar vertebras and sacral of the
sheep, which 90% of the animals presented 7 vertebras and 3 sacral and 10% had 6 lumbar
vertebras and 4 sacral, altering consequently the origin of the nerve in these animals. In 15
animals (75%), the nerve were originated from L7S1S2; in two (10%), from L6S1S2; in two
(10%) with L7S1S2S3 and in just one goat (5%), the formation of the nerve was originating
from ventral branches of S1S2S3. In relationship the distribution of the ischiatic nerve for
musculature, was observed in the muscle gluteobiceps innervations a variation from 2 to 5
branches; in semitendinosus muscle, sent among 1 to 3 branches; for quadriceps muscle of the
thigh this contribution altered between 1 and 2 branches, which not was present in fifteen
animals (75%); for the semimembranosus muscle, emitted between 2 and 4 threads. The sciatic
nerve was found originating from the ventral branches of the sixth and seventh lumbar spinal
nerves and of the first, second and third nerves spinal sacral.
KEY-WORDS: Sheep, Anatomy, Sciatic nerve
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Freqüência das variações no número de vértebras lombares e sacrais do
ovino morada nova. Mossoró, 2008.................................................................................
25
Tabela 2 Ramos ventrais que participam da formação do nervo isquiático no
antímero direito (AD) no ovino morada nova. Mossoró, 2008........................................
27
Tabela 3 – Freqüência percentual da distribuição do nervo isquiático pela musculatura
no antímero direito (AD) correspondente........................................................................
34
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Origem do nervo isquiático L
7
S
1
S
2
.................................................................... 28
Figura 2. Vista medial da origem do nervo isquiático L
7
S
1
S
2
........................................... 28
Figura 3. Origem do nervo isquiático L
7
S
1
S
2
S
3
................................................................ 29
Figura 4. Vista medial da origem do nervo isquiático L
7
S
1
S
2
S
3
........................................
29
Figura 5. Origem do nervo isquiático L
6
S
1
S
2
.................................................................... 30
Figura 6. Vista medial da origem do nervo isquiático L
6
S
1
S
2
...........................................
30
Figura 7. Origem do nervo isquiático S
1
S
2
S
3
.....................................................................
31
Figura 8. Vista medial da origem do nervo isquiático S
1
S
2
S
3
........................................... 31
Figura 9. Musculatura envolvida no trajeto do nervo isquiático....................................... 35
Figura 10. Nervo isquiático originando os nervos fibular e tibial..................................... 35
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 13
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................... 15
2.1 OVINOCULTURA............................................................................................................. 15
2.2 ANATOMIA DO NERVO ISQUIÁTICO E SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA................ 17
3 OBJETIVOS......................................................................................................................... 23
4 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................................. 24
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................................... 25
5.1 NÚMERO DE VÉRTEBRAS NO OVINO....................................................................... 25
5.2 ORIGEM DAS RAÍZES DO NERVO ISQUIÁTICO NO OVINO.................................. 26
5.3 DISTRIBUIÇÃO DO NERVO ISQUIÁTICO NO OVINO............................................. 32
6 CONCLUSÕES..................................................................................................................... 36
REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 37
13
1 INTRODUÇÃO
A ovinocultura e a caprinocultura como fornecedoras de carne, couro, fibra e
leite, assim como seus derivados, são atividades crescentes mundialmente. Durante as
últimas quatro décadas, ocorreu um aumento de 32% do efetivo global de ovinos e
caprinos, acompanhado de um crescimento de mais de 300% de seus produtos. No Brasil,
entre 1997 e 2006, ocorreu uma evolução de 43,8% do efetivo caprino e 17,4% do
rebanho ovino nacional, sendo as taxas de crescimento 43,3% e 41,3% dos rebanhos
destas espécies para o conjunto do Nordeste e de 110% e de 35,8% para o estado do Rio
Grande do Norte (LIMA et al., 2006).
Diante deste contexto, observa-se uma real e imediata reorganização da cadeia
produtiva da ovinocultura, que a atividade contribui de maneira significativa na
economia da população rural, desempenhando também grande importância social por
possibilitar a fixação do homem no campo.
A produção de carne ovina é uma atividade com grandes perspectivas para o
Brasil, considerando o potencial do mercado consumidor e a possibilidade de produção
dessa carne com qualidade, todavia existe uma grande necessidade de organização dos
setores produtivos, além da implantação de programas de qualidade tecnológica,
objetivando o fornecimento ao consumidor final de carnes em quantidade e, sobretudo,
com qualidade superior, a preços competitivos de mercado (SILVA, 2008).
Sob a ótica da sua função social, a produção animal, pode complementar a
alimentação familiar, aproveitar excedentes e subprodutos da agricultura e da
agroindústria, transformando-os em proteínas de alto valor biológico, utilizar efetivamente
a mão-de-obra familiar em pequenas propriedades e beneficiar a exploração integrada nos
mais diversos sistemas produtivos (FERREIRA, 2006).
Comumente, associa-se a baixa produtividade dos rebanhos ao método de
criação (predominantemente extensivo) e ao manejo empregado. Dentre as principais
medidas adotadas para aumentar a produtividade dos rebanhos, observam-se a introdução
14
de raças puras e técnicas de manejos nutricionais, reprodutivos e higiênico-sanitários,
freqüentemente ameaçadas por vários fatores, merecendo maior destaque as patologias.
Por meio do lente, objetiva-se ressaltar as patologias que podem acometer o
membro pélvico desta espécie, especialmente lesões no nervo isquiático.
O exame clínico correto de um animal com distúrbios nervosos permite saber
a possível localização das lesões no Sistema Nervoso (SN), o que é fundamental para o
diagnóstico preventivo e tratamento. Permite, também, recomendar o sacrifício de animais
sem possibilidades de tratamento (RIET-CORREA et al., 2002) ou descarte mediante
abate, com possibilidade de consumo humano (SILVA et al., 2001).
As lesões dos nervos periféricos são cada vez mais freqüentes na rotina dos
atendimentos de urgência dos hospitais (DE SÁ, 2003). E segundo Frandson (1979), danos
a nervos periféricos resultam em uma perda de sensação ou atividade muscular, ou de
ambos em uma área restrita, suprida pelo nervo ou nervos particularmente envolvidos.
Dessa forma, percebe-se a importância em se conhecer as variações da origem
e distribuição do nervo isquiático nos músculos, visto que são raras as citações na
literatura sobre este assunto. Este trabalho visa o conhecimento da neuroanatomia, fato
relevante para a rotina clínica em pequenos ruminantes, estudando detalhadamente o nervo
isquiático. O conhecimento da disposição anatômica e a musculatura inervada por este
nervo, pode fornecer subsídios à clínica destes animais, no tocante a aplicação de
fármacos intramusculares profundos, realização de bloqueios anestésicos e intervenções
cirúrgicas no membro pélvico, diminuindo assim os riscos de lesões de ordem iatrogênica
e auxiliando no exame físico deste membro no diagnóstico de lesões ocorridas.
15
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 OVINOCULTURA
Os ovinos pertencem à família dos ruminantes, subfamília Ovinae, gênero
Ovis, espécie Ovis aries (MASON, 1988, apud RESENDE e ROSA-PEREZ, 2002).
Segundo Jardim (1983), os ovinos foram um dos primeiros animais a serem domesticados
pelo homem e a maioria dos autores reconhece que os ovinos domésticos são originários
da Europa e das regiões frias da Ásia.
O Brasil possui cerca de 15 milhões de cabeças de ovinos, a região Nordeste
agrega o maior rebanho, com 8,7 milhões de cabeças e o estado do Rio grande do Norte
comporta 0,39 milhões de cabeças (IBGE, 2004). O rebanho brasileiro contempla ovinos
lanados (principalmente na região centro-sul) e ovinos deslanados (criados principalmente
na região Nordeste). Dentre as principais raças deslanadas, destacam-se a Morada Nova e
a Santa Inês, no Nordeste (LIMA, 1985).
Segundo Mendes (2000), a carne ovina é uma carne saborosa, nutritiva e
digestiva, e é produzida a baixo custo, já que o alimento básico dos ruminantes é o
volumoso e não o concentrado, como no caso dos monogástricos.
Os ovinos da raça Morada Nova são explorados para carne e pele, sendo esta
última altamente apreciada no mercado internacional. Por serem animais de pequeno porte
e bem adaptados às condições climáticas do semi-árido, são importantes nas pequenas
propriedades, onde constituem fonte de proteína na alimentação da população rural
(FERNANDES et al., 2001).
O sucesso econômico da ovinocultura deslanada no nordeste do Brasil está na
dependência da modernização do sistema de produção, em que a tecnologia moderna
possa ser aplicada nos manejos. O Nordeste poderá abastecer de carne ovina, não somente
o país, mais também exportar este produto para os grandes mercados consumidores
(MENDES, 2000). Estes animais devem ser criados preferencialmente em terrenos secos,
16
de topografia alta, evitando-se áreas acidentadas, pastagens altas e baixadas úmidas e
alagadiças. A umidade excessiva acarreta sérios problemas no casco e verminoses. Por
outro lado, as aguadas devem ser permanentes, abundantes e não poluídas
(OVINOCULTURA..., 2000).
As explorações ovinas podem ser divididas em três tipos básicos: extensivo, a
campo ou em estância; intensivo ou em cabana; misto ou semi-intensivo. Destes, merece
maior destaque o tipo intensivo, pois é o mais indicado para animais puros, destinados a
reprodução ou que devem concorrer a exposições. Aplicação de conhecimentos técnicos,
assistência constante, mais trabalho e a inversão de bom capital em animais, piquetes,
instalações e equipamentos. Sua influência é muito grande no melhoramento dos rebanhos
gerais e, portanto, na evolução da ovinocultura em sua área de ação. O sucesso deste tipo
de exploração depende grandemente do nome que o criador consolida através dos
resultados que obtém por meio dos reprodutores vendidos e das apresentações em
exposições. Isto é conseguido com um trabalho perseverante e bem orientado sobre bases
técnicas adequadas: reprodução controlada, manejo cuidadoso e eficiência técnica e
administrativa em todos os pormenores da criação: seleção, alimentação, cuidados
higiênicos e medidas profiláticas (JARDIM, 1983).
Um dos cuidados que o criador deve ter para com seu rebanho consiste em
evitar que os seus animais fiquem doentes. Os ovinos, bem como a maioria dos animais
domésticos são passivos de contraírem doenças que acarretariam um menor índice de
produtividade causando prejuízos à criação. Portanto, é mister a administração de vacinas
apropriadas ou produtos preventivos a fim de preservar a sanidade dos animais
(CORRADELLO, 1988). Sabendo-se que a injeção de medicamentos irritantes no espaço
entre o trocanter maior e a tuberosidade isquiática pode produzir neurite isquiática
(SMITH, 1993), levando a graus variáveis de paralisia, reversíveis ou não ao nervo
isquiático (LAHUNTA, 1983), dentre outras injúrias, faz-se necessário um detalhado
conhecimento da estrutura anatômica animal, a fim de assegurar uma exploração mais
lucrativa, dispensando maiores cuidados quando do manejo do rebanho.
17
2.2 ANATOMIA DO NERVO ISQUIÁTICO E SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA
O nervo isquiático é o maior nervo do corpo, continuando até a extremidade
distal do membro pélvico (KONIG, 2004). Pertence tanto ao plexo sacral (GHOSHAL,
1981 e SCHALLER et al., 1992) quanto ao lombossacro (DYCE et al., 1990). Deriva suas
fibras, essencialmente, dos ramos ventrais do último nervo lombar e do primeiro e do
segundo componentes sacrais do tronco lombo-sacral, nos ruminantes (GETTY, 1986).
Vaughan (1964) acrescenta que a origem do nervo isquiático recebe
contribuição da raiz ventral do nervo lombar. Por outro lado, Schummer (1984)
descreve a origem desse nervo a partir das quatro primeiras raízes do plexo sacral, porém
sem especificá-las. No seu trajeto, este nervo passa ao redor das faces dorsal e caudal da
articulação coxo-femural, sob a proteção do trocanter maior, antes de se dividir para os
músculos coxais caudais, os quais ele nutre. Segue o trajeto entre o músculo bíceps e o
semimembranoso. Antes de atingir o músculo gastrocnêmio, acaba por se dividir em
nervos tibial e fibular comum, os quais compartilham a responsabilidade pela inervação de
todas as estruturas distais ao joelho (exceto a cútis medial) (DYCE et al., 1990).
Segundo Smith (1993), o nervo isquiático inerva os músculos extensores do
quadril, os músculos flexores do joelho, e a maior parte dos músculos da porção distal do
membro. Divide-se nos nervos tibial e perônio/fibular, na parte distal do membro.
Portanto, exceto para a parte medial da coxa e membro pélvico, ocorre analgesia e
anestesia de todo o membro, distalmente ao joelho.
Esta divisão do isquiático, normalmente dá-se próximo ao meio da coxa,
embora a separação seja evidente próximo ao trocanter maior do fêmur ou até antes,
imediatamente após sua emergência da cavidade pélvica (GETTY, 1986). Da cavidade
pélvica ele emerge pelo o forame isquiático maior como um cordão amplo, plano e
acinzentado que se dirige caudal e ventralmente sobre a parte distal (VAUGHAN, 1964;
SCHWARZE e SCHÖDER, 1970) e lateral do ligamento largo da pelve (GHOSHAL,
1981). Corre caudoventralmente e passa através do forame isquiático maior situando-se na
superfície lateral do ligamento sacrotuberal largo. Próximo à sua emergência da cavidade
18
pélvica fornece ramos musculares para os músculos gluteobíceps, semimembranoso e
semitendinoso (GETTY, 1986).
Conforme Dyce et al. (1990), o ramo tibial (L6S2) passa entre as cabeças do
músculo gastrocnémio, a uma curta distância cranial ao linfonodo poplíteo e
imediatamente envia ramos para os músculos caudais da perna. O tronco principal do
nervo continua à frente do tendão calcâneo comum em direção ao jarrete, dividindo o
ponto oposto do jarrete e nervos plantares medial e lateral, os quais acompanham
distalmente o tendão do flexor profundo.
Pode-se constatar em Getty (1986), que o ramo fibular (peroneu comum) corre
distocranialmente através da porção lateral do músculo gastrocnêmio e sob o músculo
bíceps da coxa. Após passar entre o músculo flexor longo do dedo I e o músculo fibular
longo, divide-se nos ramos superficial e profundo.
O nervo fibular superficial projeta-se distalmente ao longo da margem lateral
do músculo extensor digital longo, suprindo a região dorsal da perna. Na face flexora do
tarso, ele se ramifica em um ramo medial e um lateral, os quais se dividem dorsalmente
nos nervos digitais. Por sua vez, o ramo fibular profundo, transita profundamente a perna
com a artéria tibial cranial. No terço proximal da perna, ele emite ramos para os músculos
tibial cranial, fibular longo, fibular terceiro, fibular curto, assim como extensor digital
longo, extensor digital lateral e extensor digital curto. Assim como no fibular superficial,
ele se divide na face flexora do tarso em um ramo lateral e um medial. O ramo lateral
emite fibras ao músculo extensor digital curto (KONIG, 2004).
O ramo perônio do nervo isquiático se distribui pelos músculos flexores da
articulação do tarso e músculos extensores dos dedos. O nervo se superficializa e fica
exposto a lesões, ao cruzar o côndilo lateral da fíbula. A condição é comumente observada
em todas as espécies animais de grande porte, sendo comum em vacas leiteiras no pós-
parto que entraram em decúbito lateral como resultado de hipocalcemia (DYCE et al.,
1990).
O nervo tibial inerva os músculos extensores da articulação do tarso
(gastrocnêmio) e os flexores dos dedos. A paralisia tibial é mais comumente observada em
vacas periparturientes, ou em neonatos que receberam injeção de medicamento irritante na
19
parte caudal da perna, ao nível do joelho. Também é observada a paralisia tibial em ovinos
e caprinos, sendo seqüela comum das lesões por mordida canina (SMITH, 1993).
Segundo Lahunta (1983), há muitas evidências clínicas e experimentais de que
a maior parte das injúrias que acometem o nervo isquiático, em bovinos, envolve a
contribuição do nervo lombar em sua formação. Isto porque após deixar o forame
intervertebral, o nervo lombar corre ventralmente por um pronunciado sulco no sacro
passando antes, lateralmente, para unirem-se aos dois primeiros nervos sacrais.
Dyce et al. (1990) enfatiza que o nervo isquiático torna-se vulnerável a lesões
diversas principalmente no seu trajeto entre os músculos bíceps e semimembranoso,
poucos centímetros caudal ao fêmur.
Kirk e Bistner (1987) relatam que outros nervos podem também ser injuriados
na região pélvica ao lado do isquiático, como é o caso dos nervos tibial, peroneal e
femoral.
De acordo com Frandson (1979), frequentemente, um nervo recuperar-se-á
espontaneamente em um tempo relativamente curto após uma lesão por pressão leve ou
pinçamento. Entretanto, quando um nervo é seccionado, sofre um processo conhecido
como degeneração walleriana, em que o axônio torna-se fragmentado, a bainha de mielina
desprende-se e o neurilema pode sofrer algumas alterações.
Swenson (1988) explica que quando um axônio é seccionado, inicia-se esta
degeneração, na qual a parte distal ao corte começa a fragmentar-se em três a quatro dias;
a degeneração centrífuga continua até que todo axônio distal desapareça (cerca de três a
quatro semanas). O corpo celular de um neurônio, tendo seu axônio seccionado sofre
cromatólise. Dentro das primeiras semanas após o seccionamento, o corpo celular fica
intumescido, as organelas deslocam-se e, obviamente, a substância de Nissl dissolve-se.
Um desvio acentuado na síntese protéica ocorre enquanto os ribossomos fixados ao
retículo endoplasmático se dispersam.
Machado (2006) acrescenta que o grau de cromatólise é inversamente
proporcional a distância da lesão ao corpo celular. E segundo Chrisman (1985), quanto
mais próxima do músculo a ser reinervado estiver a lesão nervosa, melhor é o prognóstico
20
para a ocorrência do contato anatômico e reinervação do músculo antes do aparecimento
de fibrose.
A maior parte das lesões de nervos devidas a estiramentos, choques diretos,
pressão excessiva ou injeções, são uma combinação de neuropraxia (perda transitória da
função do nervo após a lesão, sem degeneração neural) e axoniotmese (secção ou
rompimento dos axônios de um nervo, com preservação de suas estruturas de suporte). O
edema e a hemorragia locais associados também contribuem para a perda de função do
nervo (CHRISMAN, 1985).
Antes de realizar o exame do Sistema Nervoso é necessário conhecer os dados
epidemiológicos e a história clínica do caso com a maior precisão possível. Conhecer a
evolução clínica do animal é importante: cistos, tumores e abscessos podem ter evolução
lenta; enfermidades infecciosas, que causam inflamação difusa do SN, e traumatismos têm
evolução rápida. O conhecimento das diferentes enfermidades que afetam o sistema
nervoso dos ruminantes na região geográfica onde o clínico trabalha é, também, muito
importante (RIET-CORREA et al., 2002).
De acordo com Smith (1993), quase todos os distúrbios nervosos periféricos
dos ruminantes são induzidos por traumatismo. Lahunta e Habel (1986) e Betts e Crane
(1988), relatam como possíveis causas de injúrias ao nervo isquiático: fraturas pélvicas,
fraturas de vértebra lombar, luxação sacro-ilíaca, fratura de sacro, fratura do corpo do
ílio na altura da incisura isquiática maior, injeções glúteas e pinos intramedulares
proximais no fêmur mal direcionadas, fratura do fêmur e injeções mal direcionadas na face
caudal na coxa.
As lesões traumáticas nos nervos periféricos por injeções podem resultar da
punção da agulha, droga depositada, pressão de um hematoma ou tecido fibroso ao redor
do nervo (SUMMERS et al., 1995). Lesões dos plexos lombossacro causam paralisia ou
paresia dos membros pélvicos com redução ou ausência dos reflexos e da sensibilidade
(RIET-CORREA et al., 2002). O parto distócico, seja pelo tamanho do feto ou seu
inadequado posicionamento, é descrito por Dyce et al. (1990) como outra causa de injúria
ao nervo isquiático.
21
O nervo isquiático é acometido com maior freqüência na espécie bovina, isso
se deve a aplicação de muitas injeções intramusculares profundas nos músculos do tendão
de Aquiles. Os bezerros jovens são particularmente suscetíveis por causa das pequenas
massas musculares (RADOSTITS et al., 2002), porém pode ocorrer raramente em bovinos
adultos e em pequenos ruminantes (SMITH, 1993).
As fraturas vertebrais traumáticas em pequenos ruminantes podem ser
causadas por traumatismos sofridos em quedas, acidentes em rodovias, marradas em
outros animais, ou em bretes de contenção. Em vacas, a paralisia do nervo isquiático
ocorre mais comumente no pós-parto, após extrações fetais forçadas. Porém,
provavelmente, a perda da função dos ramos lombares do nervo desempenha importante
papel nas denominadas síndromes “da paralisia do obturador ou da parição” (SMITH,
1993).
Fêmeas com paralisia de parto são comumente encontradas nos rebanhos e não
conseguem ficar em estação sem auxílio, quando o fazem, observam-se fraqueza dos
membros posteriores e marcante abdução e incapacidade de aduzir. A lesão traumática do
nervo obturador durante a passagem do bezerro pela cavidade pélvica foi por muito tempo
considerada a causa da paresia, entretanto, isso é difícil de comprovar. A transecção
experimental do nervo obturador resulta em paresia moderada e é possível que a
compressão da raiz lombar (L6) do nervo isquiático também possa estar envolvida
(RADOSTITS et al., 2002). Quando a lesão do nervo obturador for grave, o membro
acometido perde a relação com articulação do joelho e do jarrete estendidas, as
articulações interfalângicas flexionam-se e o pé fica prejudicado. A sensibilidade cutânea
está perdida em toda a extremidade, exceto na área inervada pelo nervo safeno (DYCE et
al.,1990).
O nervo isquiático inerva a maior parte da musculatura do membro pélvico.
Portanto, são profundas as deficiências motoras associadas à desnervação. Em repouso, o
membro fica pendendo atrás do animal, ou seja, o joelho permanece caído e estendido e o
pé, dobrado. O perfeito posicionamento do membro acarretará a sustentabilidade do peso
do corpo do animal por um determinado período de tempo, por causa do funcionamento
normal do músculo quadríceps e do mecanismo recíproco. A desnervação crônica do
22
nervo isquiático resulta numa atrofia neurogênica dos músculos da parte caudal da coxa e
de todos os músculos distais ao joelho (SMITH, 1993).
A importância deste estudo anatômico engloba etapas importantes do
acompanhamento clínico do animal conforme foi exaltado por alguns autores. O
conhecimento anatômico do nervo isquiático é fundamental para um diagnóstico preciso
do local da lesão nervosa envolvendo a região por ele inervada e das possíveis causas
(RIET-CORREA et al., 2002); o uso deste conhecimento durante o tratamento clínico de
várias enfermidades em que se faz necessário o uso de injeções intravenosas (LAHUNTA
e HABEL (1986), BETTS e CRANE (1988), SUMMERS et al. (1995) e RADOSTITS et
al. (2002); além de ser conhecimento básico necessário para realização de procedimentos
anestésicos locorregionais e intervenções cirúrgicas no membro pélvico (LAHUNTA e
HABEL, 1986; BETTS e CRANE, 1988).
23
3 OBJETIVOS
Estudar a anatomia do nervo isquiático no membro pélvico dos ovinos da raça
Morada Nova, a fim de assentar bases morfológicas deste nervo visando a neurologia
comparativa, e assim fornecer subsídios necessários especialmente para as práticas
utilizadas nas clínicas médica e cirúrgica.
24
4 MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizados 20 ovinos clinicamente sadios, da raça morada nova, com
idade variando entre os seis e sete meses, pesando entre 13,7 e 28,2 Kg, todos procedentes
da Fazenda Experimental da EMPARN-RN. Os animais foram abatidos no frigorífico da
associação dos criadores de ovinos e caprinos da região do Cabugí - ASCOP, localizado
no município de Lages-RN. Após abate, fez-se a divisão da carcaça longitudinalmente em
duas partes, as meias carcaças esquerdas foram conduzidas ao Laboratório de Anatomia da
Universidade Federal Rural do Semi-árido – UFERSA. As carcaças foram conservadas em
câmaras frias ao longo do experimento e diariamente eram descongeladas 12 horas
previamente a cada dissecação.
No experimento, fez-se uso de instrumentos cirúrgicos de rotina para o
processo de dissecação a olho nu. Assim, para identificação das raízes do nervo isquiático
junto aos forames intervertebrais ou vertebrais laterais, foi feita a dissecação dos músculos
psoas maior e psoas menor, sendo estes rebatidos. Imediatamente, o músculo glúteo-
bíceps foi rebatido dorsalmente até a visualização do nervo isquiático na passagem pelo
forame obturador, sendo posteriormente separado de sua inserção na fáscia lata e
seccionado transversalmente no nível da articulação femorotibiopatelar permitindo assim a
identificação do nervo isquiático e suas ramificações ao longo de seu trajeto pela
musculatura da coxa. À medida que o nervo isquiático era exposto, colocava-se algodão
embebido com peróxido de hidrogênio a 20 volumes, permanecendo por 12 horas
seguidas, promovendo assim o seu clareamento e uma melhor visualização do nervo e
seus ramos. Dessa forma, registraram-se os dados obtidos, tais como número de vértebras
lombares e sacrais, e origem e distribuição do nervo isquiático, através de fotos e desenhos
esquemáticos, sendo os resultados agrupados em tabelas.
A nomenclatura adotada para este estudo esteve de acordo com o International
Committee on Veterinary Gross Anatomical Nomenclature – I.C.V.G.A.N (1994).
A análise estatística, por ser uma amostra pequena, optou-se por uma análise
simplificada, a qual se resume em analisar os dados de forma descritiva em termos de
percentagem.
25
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 NÚMERO DE VÉRTEBRAS NO OVINO
Verificaram-se variações na quantidade de vértebras lombares e sacrais do
ovino nas vinte amostras quando analisadas individualmente: dezoito animais
apresentaram sete vértebras lombares e três sacrais (90%), e apenas dois mostraram seis
vértebras lombares e quatro sacrais (10%) (tabela 1).
Pirlot (1976) afirma que o número de vértebras varia entre as espécies e dentro
da mesma espécie, fato observado nesse trabalho, sendo que a maioria (90%) apresentou
sete vértebras lombares e três sacrais e apenas uma pequena parte (10%) apresentou seis
lombares e quatro sacrais, o que não difere de Konig (2004) que descreve em pequenos
ruminantes a existência de seis vértebras lombares e de três a cinco vértebras sacrais. Por
sua vez, Santos et al. (2006), ressaltam que mocós apresentaram, também em menor
freqüência percentual, a mesma composição vertebral.
O número de vértebras dorsais e lombares pode variar excepcionalmente. Em
linhas gerais, o número total de vértebras não varia, de tal maneira que um aumento do
número de vértebras dorsais corresponde a uma diminuição do número de vértebras
lombares, ou vice-versa. Para a espécie ovina, como fórmula geral vertebral, observamos
de seis a sete vértebras lombares e de quatro a cinco vértebras sacrais. (SCHWARZE e
SCHRÖDER, 1970).
Tabela 1 – Freqüência das variações no número de vértebras lombares e sacrais
do ovino morada nova. Mossoró, 2008.
Número de Vértebras Freqüência (%)
07 vért. Lombares e 03 vért. Sacrais
90
07 vért. Lombares e 03 vért. Sacrais 10
26
5.2 ORIGEM DAS RAÍZES DO NERVO ISQUIÁTICO NO OVINO
Pelo estudo efetuado, observou-se que a ocorrência da variação no número de
vértebras lombares e sacrais na espécie em questão, culminou com uma variação,
inclusive, na origem do nervo isquiático, o qual foi encontrado originando-se dos ramos
ventrais do sexto e sétimo nervos espinhais lombares e do primeiro, segundo e terceiro
nervos espinhais sacrais.
Dessa forma, encontramos quatro tipos de origem do nervo isquiático nos
ovinos: quinze animais (75%) tiveram a participação de L7S1S2 (figuras 1 e 2), dois
animais (10%) com L7S1S2S3 (figuras 3 e 4); dois animais (10%), L6S1S2 (figuras 5 e
6), e apenas um animal (5%), S1S2S3 (figuras 7 e 8).
Em concordância, observamos em Getty (1986), que no ovino, grande parte
das fibras do nervo isquiático é derivada dos ramos ventrais do primeiro e do segundo
nervos sacrais, com uma contribuição relativamente pequena do sexto nervo lombar
enquanto, no caprino, a maioria das fibras origina-se do sexto nervo lombar e do primeiro
nervo sacral, com uma pequena contribuição do ramo ventral do segundo nervo sacral.
Vale salientar que conforme Linzell (1959) apud Getty (1986), o ramo ventral do sétimo
nervo lombar, quando presente, ao invés do sexto nervo lombar, auxilia na formação do
nervo isquiático, na espécie objeto deste trabalho.
Ferraz et al. (2006) constatou que a origem do nervo isquiático em fetos
bovinos azebuados dá-se a partir do ramo ventral do sexto nervo lombar e do primeiro e
segundo nervos sacrais em todos os casos estudados. Desses casos, 39,4%, além das raízes
citadas, o nervo isquiático recebeu contribuição do ramo ventral do quinto nervo lombar.
E em 12,1%, do terceiro nervo sacral. O presente trabalho destoa apenas por ter ocorrido a
participação do sétimo nervo lombar ao invés do quinto.
Schwarze e Schröder (1970), Ellenberger e Baum (1985), Getty (1986) e
Seiferle (1975), descrevem que a principal contribuição à formação do nervo isquiático é
representada pelo último nervo lombar e primeiro nervo sacral corroborando nossos
resultados, nos quais 95% e 100% das observações correspondiam a esses ramos,
respectivamente.
27
Verificou-se que dos animais estudados, quinze animais (75%) tiveram a
participação de L7S1S2, em concordância com Santos et al. (2006), que verificaram a
origem do nervo isquiático, em mocós, em 70% dos casos (50% dos casos, de L7S1S2 e
20%, L7S1 com pequena contribuição de S2). Por outro lado, Guimarães et al. (2005),
observaram a origem do referido nervo na espécie felina, e encontrou a minoria dos casos,
8,33%, originando-se de L7S1S2;
Em dois animais (10%) do nosso estudo, o nervo isquiático originou-se em
L6S1S2, mesmo caso constatado por Santos et al. (2006), em 30% dos casos (20% de
L6S1S2; e 10% de L6S1 com uma pequena contribuição de S2); Além destes, observou-se
dois animais (10%) com L7S1S2S3 e apenas um animal (5%), de S1S2S3, sem qualquer
referência para os mesmos na literatura especializada consultada.
De acordo com Rondini et al. (2005), na espécie Chinchilla lanigera, o nervo
isquiático tem origem predominante nas vértebras L6L7S1 e Castro et al. (2005),
constatou maior predominância para a origem do referido nervo a partir dos segmentos
L4L5S1 na espécie Arctocephalus australis, destoando do que pode ser observado neste
estudo.
Entretanto, é certo que o nervo isquiático sempre se mostrou constituído por
dois ou mais nervos espinhais, o que confirma sua característica de nervo plurissegmentar,
ou seja, contêm fibras em mais de um segmento medular (MACHADO, 2006). A
variabilidade que origem aos nervos do plexo lombossacral independe do sexo, peso e
idade (FLETCHER, 1970).
Tabela 2 Ramos ventrais que participam da formação do nervo isquiático no
antímero direito (AD) no ovino morada nova. Mossoró, 2008
Origem Freqüência %
L
7
S
1
S
2
15 75
L
7
S
1
S
2
S
3
2 10
L
6
S
1
S
2
2 10
S
1
S
2
S
3
1 5
28
Figura 1 – Origem do nervo isquiático (L
7
S
1
S
2
)
Figura 2 – Vista medial da origem do nervo isquiático L
7
S
1
S
2
29
Figura 3 – Origem do nervo isquiático (L
7
S
1
S
2
S
3
)
Figura 4 – Vista medial da origem do nervo isquiático L
7
S
1
S
2
S
3
30
Figura 5 – Origem do nervo isquiático (L
6
S
1
S
2
)
Figura 6 – Vista medial da origem do nervo isquiático L
6
S
1
S
2
31
Figura 7 – Origem do nervo isquiático (S
1
S
2
S
3
)
Figura 8 – Vista medial da origem do nervo isquiático S
1
S
2
S
3
32
5.3 DISTRIBUIÇÃO DO NERVO ISQUIÁTICO NO OVINO
Com relação à distribuição (figura 9), constatou-se que o nervo isquiático, ao
longo do seu trajeto, fornecia ramos para os músculos gluteobíceps, semitendinoso,
quadríceps da coxa e semimembranoso.
Na distribuição do nervo isquiático pela musculatura, observou-se na
contribuição da inervação do m. glúteobíceps uma variação de dois a cinco ramos; no m.
semitendinoso, enviou entre um a três filetes; para o m. quadríceps da coxa esta
contribuição alternou-se entre um e dois ramos, sendo que ela não esteve presente em
quinze animais (75%); para o m. semimembranoso, houve emissão de dois a quatro filetes
(Tabela 3).
Em concordância, Getty (1986), relata que ao nível do trocanter maior do
fêmur e distalmente ao mesmo, o nervo isquiático libera diversos ramos, de vários
tamanhos e espessuras, que se irradiam de modo semelhante a um leque, inervando o
músculo glúteobíceps, o músculo semitendinoso e o músculo semimembranoso. Algumas
das fibras, após perfurarem os músculos, inervam a área cutânea na superfície caudal da
coxa; estes ramos sensitivos são designados como os nervos caudais das nádegas, no
ovino e no caprino.
Evidenciou-se que as observações do presente estudo estiveram de acordo com
Santos et al. (2006), onde foi possível constatar que em mocós, o nervo isquiático emite
ramos para os músculos glúteo médio, glúteo profundo, glúteo superficial, bíceps femoral
(bíceps da coxa), semimembranoso e semitendinoso.
Guimarães et al. (2005), estudando o nervo isquiático em felinos, constataram
que ao longo de seu trajeto, este nervo cede ramos para os músculos glúteo profundo,
piriforme, gêmeo, quadrado femoral, bíceps femoral, semitendinoso, semimembranoso,
abdutor crural caudal, além de um ramo comunicante com o nervo pudendo. Dessa forma,
procedimentos clínicos e cirúrgicos realizados nas regiões glútea e coxal, devem ser
realizados tomando-se cuidados especiais, evitando-se assim, lesões acidentais no nervo
isquiático, uma vez que o mesmo revela-se como um importante nervo motor para a
referida região.
33
Conforme Nelson e Couto (1998) e Chrisman (1985), em pequenos animais,
observa-se que lesões no membro pélvico que promova paralisia do nervo isquiático,
apresentam as seguintes disfunções motoras: redução da flexão e da extensão do quadril;
Perda da flexão do joelho; Perda da flexão e extensão do calcanhar; Calcanhar caído;
Dedos dobrados, mas sustentação do peso; Ausência do reflexo de retirada; Atrofia dos
músculos tibial cranial, semimembranoso e semitendinoso. A região da pele com perda
sensorial são todas as regiões abaixo do joelho, exceto região medial e os músculos
acometidos são o bíceps femoral, semimembranoso e semitendinoso.
Ettinger (1992) acrescenta que a lesão do nervo isquiático é comumente
causada por fraturas do ilíaco, fraturas e traumatismos cirúrgicos na porção proximal do
fêmur, e por injeções intramusculares inadequadamente aplicadas. Os músculos extensores
da articulação do joelho estão intactos, permitindo ao animal a sustentação do corpo. À
medida que o animal é levado a deslocar-se, o tarso flexiona e se estende passivamente,
sendo observada a flexão da extremidade distal do membro pélvico. perda do reflexo
flexor do joelho e tarso. A lesão do nervo isquiático no interior do canal pélvico produz a
perda da extensão do quadril, o quadril flexiona, e o membro sofre um desvio para a linha
média. A lesão ao nervo isquiático resulta numa diminuição ou ausência da sensação na
superfície lateral do membro, abaixo do joelho, e nas superfícies rostral e caudal do tarso e
“pé”. A sensação de estreita faixa de pele, pelo lado medial do membro e até a superfície
dorsal do segundo dedo, é fornecida pelo nervo safeno, um ramo do nervo femoral, e,
assim, permanece normal.
Isso posto, observamos em Silva et al. (1994) que prática opcional a anestesia
epidural e/ou anestesia do membro pélvico de ovinos, pode ser efetuada antes das
principais ramificações do nervo isquiático, onde os riscos de ocasionar lesões ao nervo
sejam mínimos, estabelecendo-se como ponto de aplicação logo abaixo da união dos
músculos bíceps da coxa e vasto lateral, que podem ser localizados através de palpação.
Assim, diminuem-se os riscos acima mencionados, além de evitar a administração do
anestésico nos músculos ou ao longo do trajeto do nervo isquiático.
34
Tabela 3 – Freqüência percentual da distribuição do nervo isquiático pela
musculatura no antímero direito (AD) correspondente.
Distribuição
(Musculatura)
Número de
ramos
Freqüência/
animal
%
M. Glúteobíceps 2
3
4
5
3
12
4
1
15
60
20
5
M. Semitendinoso 1
2
3
10
9
1
50
45
5
M. Quadríceps da coxa 0
1
2
15
4
1
75
20
5
M. Semimembranoso 2
3
4
2
16
2
10
80
10
35
Figura 9 - Musculatura envolvida no trajeto do nervo isquiático.
m. gluteobíceps = mgb;
m. semitendinoso = mst;
m. quadríceps da coxa= mqc;
m. semimembranoso= msm
Figura 10 – Nervo isquiático originando os nervos fibular (nf) e tibial (nt).
36
6 CONCLUSÕES
No enfoque específico do presente trabalho, observou-se que o nervo
isquiático mostrou sua origem a partir dos ramos ventrais dos nervos lombares e nervos
sacrais.
Não diferente das demais espécies, os ovinos apresentam diversificação no
número de vértebras lombares e sacrais.
O nervo isquiático, ao longo do seu trajeto, fornece ramos para os músculos
gluteobíceps, semitendinoso, quadríceps da coxa e semimembranoso.
O conhecimento destas características anatômicas, podem contribuir
efetivamente para execução da clínica médica, sobretudo em casos onde sejam necessários
bloqueios anestésicos no membro pélvico, que são comumente acometidos por várias
enfermidades que necessitam de tratamentos cirúrgicos.
37
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