80
Palmas Passagem
Solidária
Os moradores podem pagar o transporte alternativo com moeda social
circulante local. Para facilitar a transação, foram criados os tikets, que são
comprados no Banco e equivalem a uma passagem, dispensando assim o
troco.
Clube de trocas
O clube funcionava com uma moeda própria, o Palmares. Após algum
tempo de funcionamento, o clube se mostrou insuficiente para atender às
necessidades dos seus freqüentadores. Os produtos ofertados eram muito
similares – confecção e artesanato, em sua maioria – e a maior demanda
era por alimentos e remédios. Diante dessas limitações, a equipe de
coordenação passou a refletir sobre uma forma de expandir a rede e fazer a
moeda circular para além dos encontros periódicos do clube, ou seja,
diariamente. Além disso, o clube tinha outra limitação: as trocas não
geravam riqueza nem desenvolvimento na comunidade. Assim, o Banco
Palmas idealizou sua maior inovação, que deu um caráter singular à sua
metodologia: transformar o bairro em um grande clube de trocas, onde a
moeda circulasse permanentemente.
Moeda social
circulante local
Palmas
22
Esta moeda é uma derivação da moeda social Palmares, cuja característica
principal é a circulação permanente nos locais cadastrados. O Palmas
equivale à moeda corrente nacional e possui, sobretudo, um valor
educativo. Como esta moeda só circula no bairro, ela foi criada para
estimular a economia local, gerando riqueza e fazendo com que esta
riqueza fique na comunidade. Os comerciantes locais foram, aos poucos,
aceitando a moeda, e hoje ela já circula em mais de 200 empreendimentos,
gerando benefícios como descontos.
Feira de Produtores
Locais
Criada para estimular o consumo local, é uma feira periódica onde somente
os produtores locais comercializam e os consumidores podem utilizar o
Palmacard e a moeda social circulante local. As barracas são fornecidas
pelo Banco Palmas, que organiza a feira em frente à sede da ASMOCONP,
desde 1998. Pensando em potencializar esta estratégia de comercialização
como algo permanente, foi criada a Loja Solidária.
Loja Solidária ou
Central de
Comercialização do
Banco Palmas
Desde 2000, os produtos dos grupos setoriais acompanhados pelo Palmas
e os produtos de outros produtores locais passaram a ser comercializados
em um ponto de venda permanente. Inicialmente, foram montadas algumas
barracas no pátio da ASMOCONP, mas atualmente os produtos são
expostos, juntamente com publicações, numa pequena sala na entrada da
ASMOCONP construída em 2005 com este propósito.
Compras coletivas
Através deste projeto, o Banco organizava clientes para realizar compras
coletivas, ganhando poder de barganha e reduzindo custos.
Troca solidária de
serviços
O Banco Palmas criou uma rede de troca de serviços entre trabalhadores
autônomos que se cadastravam no Banco e trocavam seus serviços através
de pacto de cooperação, sem qualquer remuneração. Este instrumento foi
muito importante para o fortalecimento dos laços comunitários.
Mapeamento de
Produção e Consumo
Ferramenta usada pelo Banco Palmas para diagnosticar o potencial de
consumo e produção local objetivando criar uma rede local de Economia
Solidária. Pesquisadores comunitários pesquisam tudo que é consumido e
produzido pelas famílias. A partir desse estudo, tendo o conhecimento do
perfil do consumo, criam-se estratégias para incentivar o consumo local e
para incentivar a criação de grupos produtivos, tendo em vista consumo
real. Assim, demanda e oferta são construídas de forma conjunta.
PLIES
Ferramenta utilizada para planejar, de forma participativa, uma carteira de
projetos estratégicos para o desenvolvimento local.
22
Mais detalhes sobre a moeda Palmas, ver Seção 5.2.2.