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alcançado o grau máximo de empatia receberam dos alunos uma avaliação não tão positiva. De
forma análoga, se identificarmos os professores que se auto-atribuíram a nota máxima permitida em
relação à dimensão empatia – professores identificados pelos números 3, 4, 5, 6 e 7 – constataremos
que exceto o de nº 7, todos receberam dos alunos avaliações não tão favoráveis.
TABELA 6. Escore médio dos professores obtido a partir de auto-avaliação e da avaliação dos alunos.
Assertividade Empatia Média Total
Professor
Autoinforme
Alunos Autoinforme
Alunos Alunos
1 1,75 2,71 2,00 2,74 2,72
2 3,00 1,32 2,75 1,32 1,32
3 3,00 2,18 3,00 2,53 2,36
4 2,75 2,30 3,00 2,24 2,27
5 3,00 2,30 3,00 2,47 2,39
6 3,00 2,44 3,00 2,27 2,36
7 2,75 2,27 3,00 2,70 2,49
8 2,25 2,55 2,25 2,58 2,57
9 1,50 2,57 2,50 2,38 2,48
10 2,75 2,47 2,75 2,57 2,52
Média Total 2,575 2,312 2,725 2,379 2,348
Obs. 1: A média total do professor foi encontrada somando os escores do resultado do auto-informe do QDSP
(versão Professor) e dividindo por 10, quantidade dos professores.
Obs. 2: A média total dos alunos foi a soma do que os alunos responderam sobre cada professor no QDSP
(versão Aluno), dividindo por 2.
O quadro de discrepância se acentua quando se observa que os professores 1 e 8,
considerados os mais assertivos e mais empáticos pelos alunos, foram exatamente os que se
julgaram menos capazes.
Há de se ressaltar, ainda, casos em que as discrepâncias são registradas no confronto dos
escores obtidos em relação à assertividade e empatia, tanto no que concerne ao auto-informe
(professor 9) quanto à avaliação feita pelos alunos (professor 7). É importante o equilíbrio entre a
assertividade e a empatia, como afirma Falcone (2001), pois a habilidade social envolve
capacidades de expressar sentimentos e desejos de forma apropriada (assertividade), mas também
de estar disponível para captar e atender às necessidades e sentimentos dos outros (empatia). Em
sala de aula o professor assertivo e não empático, não desenvolve relações interpessoais no ambiente
educativo, mas o professor empático e não assertivo, encerra o ano letivo com elevado nível de
“estresse” e desmotivado em relação aos seus alunos.