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informações sobre quais os produtos poderão ser comprados, a que preço e como
podem ser pagos, com que prazo de entrega e onde podem ser entregues; no
segundo estágio, encontra-se o distribuidor, disponibilizando as informações sobre o
que deve ser transportado, em que quantidade, por qual modal, a que preço, qual o
nível de estoque em cada posto intermediário e qual o lead time; no terceiro estágio,
destaca-se o varejo, que trata a informação sobre a demanda, quem está
comprando o que, a que preço, onde e em que quantidade.
Para que as informações possam ser utilizadas de forma eficiente nas tomadas
de decisões a respeito da cadeia de suprimento, elas devem manter algumas
características, segundo Chopra e Meindl (2003). Tais características coincidem com
os princípios definidos sobre essa mesma questão por Bowersox e Closs, (2001),
que são: 1) precisão nas informações: as informações deverão retratar a verdadeira
situação da cadeia de suprimento, evitando assim erros na tomada de decisões; 2)
atualização e acessibilidade das informações: as informações deverão ser
constantemente atualizadas e prontamente disponibilizadas aos gerentes, de forma
a reduzir as incertezas operacionais e de planejamento; 3) seleção criteriosa das
informações a serem retidas nos bancos de dados: as informações devem ser úteis
e contribuir para o processo de tomada de decisões. Esses princípios são suficientes
para mostrar que a qualidade da informação interfere de forma significativa na
formulação da estratégia da cadeia de suprimentos. Mas boas informações seriam
inúteis se não tiverem um bom tratamento. Os gerentes precisam saber analisá-las e
utilizá-las de forma eficiente, a fim de que elas contribuam para a tomada de
decisões acertadas, lembram Chopra e Meindl (2003), quando afirmam:
A interpretação das informações irá impactar nas decisões sobre: 1)
estoques – a determinação de políticas de estoque requer informações que
incluem padrões de demanda, custo de manutenção de estoque, custos de
esgotamento de estoque e custo de pedido; 2) transporte – as decisões
sobre redes de transporte, rotas, meios, remessas e fornecedores exigem
informações sobre custos, localizações dos clientes e tamanhos dos
carregamentos, para que sejam eficazes; 3) instalações – a determinação
da localização, capacidade e cronogramas de instalação requer informações
sobre os trade-offs entre eficiência e flexibilidade, demanda, taxas de
câmbio, impostos etc. (CHOPRA e MEINDL, 2003, p. 344-345).