Cap. 1. Introdução
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Tabela 1.1. Procedimento para o projeto de estrutura de controle ”plantwide”
(Skogestad, 2004)
Etapa Comentários, análise de ferramentas e modelos requeridos
(I) Análise descendente (“top-down”)
1. Definição dos objetivos operacionais
Identificar restrições operacionais e identificar
preferencialmente uma função-custo escalar
a ser
minimizada.
2. Variáveis manipuladas e graus de liberdade
Identificar os graus de liberdade estacionários e dinâmicos
Pode necessitar equipamentos extras se a análise mostrar
que há poucos graus de liberdade.
3. Variáveis controladas primárias
Quais variáveis (primárias)
c dever-se-ia controlar?
- controlar restrições ativas
- Graus de liberdade remanescentes: controlar
variáveis cujos “set points” constantes resultem
em baixa perda (econômica) quando ocorrerem
distúrbios
Análise econômica em estado estacionário:
- Definição de custo e restrições
- Otimização dos graus de liberdade estacionários
para vários distúrbios (fornece as restrições
ativas)
- Avaliação da perda com “set points” constantes
4. Vazão de produto
Onde a vazão de produto deveria ser ajustada? (escolha
muito importante pois esta determina a estrutura do sistema
de controle de inventário remanescente).
A localização ótima segue da otimização estacionária (etapa
3), mas pode modificar dependendo das condições de
operação.
(II) Projeto ascendente (“bottom-up”)
(com variáveis controladas e manipuladas dadas)
Análise de controlabilidade: computar zeros, pólos, vetores
dos pólos, ganhos, ganhos dos distúrbios, “relative gain
array”, mínimos valores singulares, etc.
5. Camada de controle regulatório
5.1. Estabilização
5.2. Rejeição local de distúrbio
Propósito: “Estabilizar” a planta usando controladores de
“baixa” complexidade (controladores PID de malha simples)
tais que:
1- a planta não se desvie muito de seu ponto de
operação nominal
2- a camada supervisória (ou os operadores) pode
lidar com o efeito dos distúrbios nas saídas
primárias (
1
yc=
)
Principal problema estrutural: O que mais (
2
y ) se deveria
controlar?
- Selecionar variáveis controladas secundárias
(medidas)
2
y
Pareá-las com variáveis manipuladas
m ,
evitando
m ’s que saturem (atinjam restrições)
5.1. Análise de vetores de pólo (Havre e Skogestad, 1998)
para selecionar variáveis medidas e entradas manipuladas
para controle estabilizante.
5.2. Análise de planta parcialmente controladas: controlar
medidas secundárias (
2
y ) de forma que a sensibilidade dos
estados (
) aos distúrbios seja pequena em freqüências
intermediárias.
Modelo: Modelo dinâmico linear multivariável. Estado
estacionário geralmente sem importância
6. Camada de controle supervisório
Propósito: Manter as saídas (primárias) controladas
1
yc
em seus “set points” ótimos usando, como graus de
liberdade (entradas), os “set points”
2s
y para a camada de
controle regulatório e quaisquer variáveis manipuladas não-
usadas.
Principal problema estrutural: Controle centralizado ou
descentralizado?
6a. Controle descentralizado (malha simples)
Possivelmente com adição de “feed-forward” e controle de
razão (“ratio”)
- Pode usar controladores PI ou PID simples
- Problema estrutural: escolher o pareamento de
entradas e saídas
6b. Controle multivariável
Usualmente com tratamento explícito de restrições (MPC)
Problema estrutural: Tamanho de cada aplicação
multivariável
6a. Controle descentralizado:
Preferido para processos não-interativos e casos em que as
restrições ativas permanecem constantes
Análise de pareamento: Parear com RGA próximo à matriz
identidade na freqüência de “crossover”, desde que não seja
negativo no estado estacionário. Use CLDG para uma
análise mais detalhada
6b. Controle multivariável:
1- usar para processos interativos e para fácil
tratamento de controle “feedforward”
2- usar MPC com tratamento de restrições para
mover suavemente durante a mudança de
restrições ativas (evita a lógica necessária no
esquema descentralizado 5a)
Modelo: Veja item 5
7. Camada de otimização
Propósito: Identificar restrições ativas e computar “set
points” ótimos
s
c
para variáveis controladas
Principal problema estrutural: É necessário otimização em
tempo real?
Modelo: Modelo não-linear em estado estacionário mais
custos e restrições
8. Validação Simulação dinâmica não-linear de partes críticas