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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Frederico Emygdio Cabral de Vasconcellos
ESTABILIDADE DIMENSIONAL DE MODELOS OBTIDOS
COM POLIÉTER E SILICONE DE ADIÇÃO APÓS
DESINFECÇÃO COM ÁCIDO PERACÉTICO E
HIPOCLORITO DE SÓDIO
Taubaté – SP
2008
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Frederico Emygdio Cabral de Vasconcellos
ESTABILIDADE DIMENSIONAL DE MODELOS OBTIDOS
COM POLIÉTER E SILICONE DE ADIÇÃO APÓS
DESINFECÇÃO COM ÁCIDO PERACÉTICO E
HIPOCLORITO DE SÓDIO
Dissertação apresentada para obtenção do Título
de Mestre pelo Programa de Pós-graduação do
Departamento de Odontologia da Universidade de
Taubaté.
Área de concentração: Prótese Dentária
Orientador: Prof. Dr. Marcos Augusto do Rego
Taubaté – SP
2008
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FREDERICO EMYGDIO CABRAL DE VASCONCELLOS
ESTABILIDADE DIMENSIONAL DE MODELOS OBTIDOS COM POLIÉTER E
SILICONE DE ADIÇÃO APÓS DESINFECÇÃO COM ÁCIDO PERACÉTICO E
HIPOCLORITO DE SÓDIO
Dissertação apresentada para obtenção do Título
de Mestre pelo Programa de Pós-graduação do
Departamento de Odontologia da Universidade de
Taubaté.
Área de concentração: Prótese Dentária
Data:___________________
Resultado:_______________________________
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. ___________________________________________________________
Assinatura:_________________________________________________________
Prof. Dr. ___________________________________________________________
Assinatura:_________________________________________________________
Prof. Dr. ___________________________________________________________
Assinatura:_________________________________________________________
À minha esposa, Myrian, aos meus pais e aos meus irmãos.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Carlos Eduardo Sabrosa, pelo incentivo e apoio incondicional para a
realização deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Marcos Augusto do Rego, pela orientação e tranqüilidade passada
durante todo o trabalho.
Ao Prof. Dr. Maximiliano Piero Neisser, pela ajuda no contato para utilização do
microscópio de medição.
À 3M, pela doação dos materiais de moldagem utilizados no presente estudo.
À UNICAMP – Piracicaba, que cedeu o laboratório de Materiais Dentários.
Ao meu colega de turma, Carlos Eugênio Villaboim de Castro de Lima, pelo
companheirismo, paciência e alegria durante esses meses de trabalho.
À Equipe do Curso de Especialização em Prótese Dentária da Universidade Veiga
de Almeida, que durante minha ausência fizeram com que o curso seguisse
normalmente.
À Adriana, da secretaria de Pós Graduação da UNITAU, pelo apoio durante o curso.
À Metalpier, pela confecção do modelo mestre.
A todos que direta ou indiretamente fizeram com que esse trabalho se tornasse
possível.
RESUMO
A desinfecção dos moldes odontológicos é um procedimento importante para evitar
infecção cruzada no ambiente odontológico. O objetivo desse estudo foi comparar a
estabilidade dimensional de modelos obtidos com três materiais de moldagem após a
desinfecção com o hipoclorito de sódio 1% e com ácido peracético a 0,2% (Sterilife
®
,
Lifemed). Foi utilizado um modelo mestre com marcações nas regiões de primeiro molar
direito (MD) e esquerdo (ME) e incisivo central esquerdo (IE) e direito (ID). Foram
realizadas cinco moldagens com poliéter (Impregum Penta, 3M-ESPE), cinco com
silicone de adição base leve e pesada (Express Penta, 3M-ESPE) e cinco com silicone
de adição base leve e massa densa (Express, 3M-ESPE) para cada material e
desinfetante e cinco moldagens de cada material que não foram desinfetadas como
grupo controle. Os moldes foram colocados em recipiente com cada desinfetante por
dez minutos. Os modelos foram vazados com gesso tipo IV (Durone, Dentsplay). Foram
feitas mensurações cruzando o arco posterior, antero-posterior direita, antero-posterior
esquerdo, e cruzando o arco anterior. As medições foram realizadas com microscópio
de luz, modelo STM (Olympus, Japão). Os resultados tratados estatisticamente
(Kruskal-Wallis) mostraram que não houve diferença significante entre os grupos em
todas as medidas, exceto na medida cruzando o arco posterior nos grupos desinfetados
com hipoclorito de sódio entre os grupos do poliéter (
0,1203% ± 0,0442)
e do silicone de
adição base leve e pesada (
0,0350% ± 0,0158)
e nos grupos desinfetados com ácido
peracético entre os grupos do
poliéter (0,1345% ± 0,1059) e do silicone de adição base
leve e pesada (0,0264% ± 0,0302) e entre os grupos do silicone de adição base leve e
massa densa (0,1054% ± 0,0419) e silicone de adição base leve e pesada (0,0264% ±
0,0302). Os materiais de moldagem utilizados no presente estudo apresentam boa
estabilidade dimensional após desinfecção por imersão em hipoclorito de sódio ou em ácido
peracético.
Palavras-chave: Materiais de moldagem. Desinfecção. Ácido peracético. Hipoclorito de
sódio.
ABSTRACT
The disinfection of dental impressions is an important procedure to prevent cross
infection on dental office. The aim of this study was compare the dimensional stability of
models obtained of three impressions materials after disinfection with 1% sodium
hypochlorite and 0,2% peracetic acid (Sterilife
®
, Lifemed). A master model with points at
first right molar, first left molar, left central incisor and right central incisor was used. Five
impressions was made with polyether (Impregum Penta, 3M-ESPE), five with addition
silicone light and heavy body (Express Penta, 3M-ESPE) and five with addition silicone
light and putty body (Express, 3M-ESPE) for each impression material and each
disinfectant and five impressions of each material were not disinfected, for control group.
The impressions were disinfected by immersion for 10 minutes to each disinfectant.
Casts were formed in Type IV gypsum (Durone, Dentsplay). Measurements of posterior
cross arch, right anteroposterior, anterior cross arch and left anteroposterior was made
with STM Olympus microscope. The results statically treated (Kruskal-Wallis) showed no
differences between groups in all measurements, except in posterior cross arch measure
between groups disinfected with sodium hypochlorite (groups of polyether (
0,1203% ±
0,0442) and
addition silicone light and heavy body (
0,0350% ± 0,0158)) and between
groups disinfected with peracetic acid (groups of polyether (0,1345% ± 0,1059) and
addition
silicone light and heavy body
(0,0264% ± 0,0302)) ( groups of
addition silicone light and
putty body
(0,1054% ± 0,0419) and
addition silicone light and heavy body
(0,0264% ±
0,0302)). The impression materials used in present study showed excellent dimensional
stability after disinfection by immersion in sodium hypochlorite or in peracetic acid.
Key-words: Impression materials. Disinfection. Peracetic acid. Sodium hypochlorite.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 8
2 REVISÃO DE LITERATURA 10
2.1 Materiais de Moldagem 10
2.2 Desinfetantes 14
2.2.1 Ácido Peracético 15
2.2.2 Hipoclorito de Sódio 19
2.3 Estabilidade Dimensional dos Materiais de Moldagem após
Desinfecção
20
3 PROPOSIÇÃO 30
4 MÉTODO 31
5 RESULTADOS 37
6 DISCUSSÃO 42
7 CONCLUSÕES 47
REFERÊNCIAS 48
8
1 INTRODUÇÃO
As moldagens são procedimentos realizados rotineiramente na prática
odontológica, com isso os moldes ficam contaminados com microrganismos, saliva e
sangue do paciente, podendo representar causa de infecção cruzada em
odontologia (BLAIR; WASSEL, 1996; BLOCK, 2001; SANTOS, 2000; SOFOU et al.,
2002). A manipulação de modelo contaminado pelos profissionais que trabalham na
clínica e em laboratórios de prótese pode ocasionar infecção dos mesmos. Para
reduzir o potencial de contaminação desses moldes, as desinfecções a frio têm sido
indicadas.
A American Dental Association (ADA) (1996) recomenda a desinfecção por
imersão por no máximo trinta minutos. Diversos desinfetantes podem ser utilizados
para esse fim, tais como hipoclorito de sódio, compostos de amina quaternária,
compostos de iodo, glutaraldeído entre outros. Com o uso constante da desinfecção,
outro fator passou a ser observado: a interferência do desinfetante nas
características dos materiais de moldagem, tanto em sua composição como em sua
precisão. Muitos estudos foram realizados com o objetivo de verificar se os
desinfetantes alteram a precisão dos materiais de moldagem (HERRERA;
MERCHANT, 1986; RIOS et al., 1996; WALKER et al., 2007).
O ácido peracético tem sido proposto com o intuito de substituir o glutaraldeído
como desinfetante de alto vel. Esse desinfetante ainda é muito pouco utilizado no
meio odontológico, mas existem muitos estudos comprovando sua eficácia em
outras áreas (HERNÁNDEZ et al., 2003; VIZCAÍNO-ALCAIDE; HERRUZO-
CABRERA; FERNANDEZ-ACEÑERO, 2003). Uma das grandes vantagens desse
9
desinfetante em relação ao glutaraldeído é que os compostos formados como
resultado das reações durante o processo de desinfecção não são considerados
prejudiciais ao ecossistema (STAMPI et al., 2002). O ácido peracético é bastante
utilizado para desinfecções em âmbito hospitalar. O objetivo desse estudo foi
comparar a estabilidade dimensional de modelos obtidos com poliéter e silicone de
adição, após desinfecção com ácido peracético e hipoclorito de sódio.
10
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Materiais de Moldagem
Os materiais de moldagem que foram utilizados nesse estudo são o silicone de
adição e o poliéter. O silicone de adição é um dos materiais de moldagem mais
utilizados em estudos de estabilidade dimensional após desinfecção (JOHNSON et
al., 1998; LEPE et al., 2002; LEPE; JOHNSON, 1997; RIOS et al., 1996; SOFOU et
al., 2002, THOUATI et al., 1996), assim como o poliéter (ADABO et al., 1999; LEPE;
JOHNSON; BERGER, 1995; MARTIN et al., 2007; WADHWANI et al., 2005).
Araújo e Jorgensen (1985) demostraram que o poliéter tem uma excelente
estabilidade dimensional, pois após sua reação de presa não se formam
subprodutos voláteis. Esse material apresenta como vantagens uma boa precisão,
permite a obtenção de excelentes modelos, é mais preciso que polissulfetos e
silicones de condensação, e desde que em ambiente seco, os moldes podem ser
armazenados por até sete dias. Como desvantagens, por serem hidrofílicos, tendem
a absorver água e não podem ser trabalhados em ambiente de alta umidade, rasga
facilmente, o tempo de trabalho é reduzido, o gosto desagradável e apresentam
dificuldade de desinfecção.
Idris, Houston e Claffey (1995) compararam a estabilidade dimensional das
técnicas de um passo e dois passos com silicone de adição nas consistências leve e
pesada. Foram feitas quinze moldagens para cada técnica de um modelo de aço,
que continha três pinos com sulcos em “X” para que fossem feitas as medições. A
11
técnica de um passo foi feita injetando a base leve do material no modelo mestre e a
base pesada sendo levada ao mesmo tempo na moldeira de estoque e após o
tempo de polimerização o molde foi removido do modelo mestre. A técnica de dois
passos foi feita sendo primeiramente levado à base pesada na moldeira de estoque,
esperando a polimerização. Posteriormente, foi feito alívio na base pesada e foi
realizada a injeção da base leve no modelo mestre e a colocação da moldeira com a
base pesada polimerizada. Aparatos de resina acrílica foram feitos para que a
moldeira ficasse sempre na mesma posição. Os resultados sugeriram que não
houve diferença relevante clinicamente entre as duas técnicas.
Rueda et al. (1996) avaliaram a estabilidade dimensional de materiais de
moldagem elastoméricos quando utilizados com moldeiras de estoque e moldeiras
individuais. Os resultados mostraram uma pequena diferença estatisticamente
significante entre as moldeiras de estoque e moldeiras individuais, tendo os moldes
feitos com moldeiras individuais melhores resultados que os feitos com moldeiras de
estoque. Os autores indicam que essa diferença é clinicamente insignificante.
Segundo Anusavice (1998), os silicones de adição são também conhecidos
como polivinilsiloxano ou vinilpolissiloxano. Esse material de moldagem não
apresenta reação de continuidade de polimerização após a presa, capaz de
promover alterações dimensionais. Contudo, uma reação lateral não relatada ocorre
após a presa com a liberação de hidrogênio por até vinte e quatro horas. Após sua
polimerização não formação de subprodutos, contanto que as corretas
proporções sejam mantidas e não apresentam impurezas. Se a proporção não for
equilibrada ou se impurezas estiverem presentes, então haverá a liberação de gás
hidrogênio. A liberação do hidrogênio pode produzir bolhas na superfície do troquel,
se o vazamento for imediato. Uma forma de compensar a liberação de hidrogênio é
12
esperar-se uma hora ou mais antes de vazar o molde. Esta espera não causa
alteração dimensional detectável clinicamente. Pela sua estabilidade dimensional,
podem aguardar o vazamento até uma semana, sem apresentar distorções. O
silicone de adição apresenta pouca alteração dimensional, com excelente resistência
ao rasgamento, bom tempo de trabalho, ótima recuperação elástica. Como
desvantagem, esse material tem seu processo de polimerização alterado na
presença de enxofre. Assim, o profissional não pode manipular este tipo de silicone
quando estiver usando luvas, pois ocorrerá alteração de sua consistência de rígida
para borrachóide, necessitando manipular o material sem luva ou com uma sobre
luva de plástico. Apresentam ainda uma moldagem precisa até 168 horas após o ato
da moldagem, com a obtenção de modelos sem qualquer alteração dimensional. O
poliéter foi o primeiro elastômero desenvolvido primariamente com a função de
material de moldagem. Todos os outros materiais de moldagem foram adaptados de
outras aplicações industriais.
Millstein, Maya e Segura (1998) verificaram a precisão de moldeiras de estoque
e individuais. O silicone de adição foi o material utilizado para realizar as moldagens.
Os resultados mostraram que as moldeiras individuais são mais precisas que as
moldeiras de estoque.
Nissan et al. (2000) avaliaram a precisão de três técnicas de moldagem com
silicone de adição. Foram utilizadas as cnicas de um passo (base leve e pesada
levada ao mesmo tempo no modelo), de dois passos fazendo um alívio de 2 mm na
base pesada (primeiro foi utilizada a base pesada e feito alivio de 2 mm para criar
espaço para a base leve que foi posteriormente levada ao modelo) e dois passos
utilizando um plástico como alivio (primeiro foi utilizada a base pesada com um
plástico cobrindo a mesma para que fosse criado um espaço para a base leve, que
13
foi levada posteriormente num segundo momento). A técnica de dois passos com
alívio de 2 mm foi a que apresentou os melhores resultados seguido da técnica de 2
passos com um plástico criando alívio.
Thongthammachat et al. (2002) avaliaram a influência do tipo de material da
moldeira, do tipo de material de moldagem e do tempo na estabilidade dimensional.
Foram utilizadas moldeiras de estoque metálicas e plásticas e moldeiras individuais
de diferentes tipos de materiais. Poliéter e silicone de adição foram os materiais de
moldagem utilizados nos estudo. Os resultados mostraram que não houve diferença
entre os tipos de moldeiras utilizados e que o silicone de adição apresentou melhor
estabilidade dimensional que o poliéter.
Lu, Nguyen e Powers (2004) avaliaram as propriedades mecânicas de três
materiais de moldagem elastoméricos hidrofílicos. Para tanto, duas marcas de
silicones de adição (Imprint II, 3M ESPE; Flexitime, Heraeus Kulzer) e uma de
poliéter (Impregum, 3M ESPE) foram utilizadas nas consistências leve e pesada. Foi
avaliada a recuperação elástica, força de compressão, força de tensão e energia de
ruptura. Cinco moldagens foram feitas com cada material, num total de cento e vinte
moldagens. Os resultados tratados estatisticamente demonstraram que o novo
poliéter na consistência leve tem uma alta força de compressão e baixa força de
tensão comparada com o novo silicone de adição hidrofílico. A consistência pesada
tem energia de ruptura e força de tensão maior que a consistência leve. A forca de
compressão esta correlacionada com a recuperação elástica, energia de ruptura e
força de tensão.
Balkenhol, Ferger e Wöstmann (2007) avaliaram a influência das moldeiras e
da viscosidade do material na estabilidade dimensional do silicone de adição base
leve e massa densa (técnica de 2 passos). Foram utilizadas moldeiras de estoque
14
metálicas e plásticas. Os resultados tratados estatisticamente demonstraram que a
estabilidade dimensional foi alterada quando se utilizou moldeira de estoque
plástica.
2.2 Desinfetantes
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL,1988), na Portaria 15,
determinou as normas regulamentares para registro de produtos saneantes
domissanitários com finalidade antimicrobiana. Nessa portaria, foram determinadas
as seguintes definições: a) artigos não críticos: objetos e equipamentos
odontológicos, médicos e hospitalares que entrem em contato apenas com a pele
íntegra ou mesmo não entram em contato direto com os pacientes; b) artigos semi-
críticos: objetos e equipamentos odontológicos, dicos e hospitalares que entram
em contato com mucosas; c) artigos críticos: objetos, equipamentos e instrumentos
odontológicos, médicos e hospitalares, bem como seus acessórios, que entram em
contato com tecidos sub-epiteliais, tecidos lesados, órgãos e sistema vascular.
Conceitua ainda, desinfetantes como formulações que têm na sua composição
substâncias microbicidas e apresentam efeito letal para microrganismos não
esporulados. Nessa mesma Portaria o hipoclorito de sódio foi classificado como um
desinfetante/esterilizante.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 1993), na Portaria nº 122,
incluiu na Portaria 15, de 23 de agosto de 1988, subanexo 1, alínea I, o princípio
ativo ácido peracético, para uso das formulações de desinfetantes/esterilizantes.
15
Rodrigues et al. (1997) descreveram desinfecção como sendo o processo de
destruição de microrganismos patogênicos ou não, na forma vegetativa (não-
esporulada), de artigos semicríticos, utilizando-se de meios físicos e químicos.
Existem três níveis de desinfecção: a) desinfecção de alto nível: destruição de todos
os organismos com exceção de esporos bacterianos; b) desinfecção de nível
intermediário: inativa bactérias vegetativas, maioria dos rus e fungos e
micobactérias da tuberculose; c) desinfecção de baixo nível: elimina a maioria das
bactérias, alguns vírus e fungos, mas não inativa microrganismos resistentes como
micobactérias ou esporos bacterianos. Os autores descrevem também que os
artigos críticos necessariamente precisam ser esterilizados. Os artigos semicríticos
necessitam desinfecção de alto nível. Os artigos não-críticos requerem desinfecção
de baixo nível.
2.2.1 Ácido Peracético
Hussaini e Ruby (1976) investigaram o efeito esporicida do ácido peracético
contra Bacillus anthracis. Um completo efeito esporicida foi observado na
concentração de 3%. Essa concentração era recomendada para o tratamento de
solos e pastagens infectadas.
Baldry (1983) comparou as propriedades antimicrobianas do ácido peracético e
peróxido de hidrogênio. O ácido peracético mostrou excelentes propriedades
antimicrobianas, especialmente em meios ácidos. Foram usadas soluções com 1,3
mmol/l de ácido peracético e 0,88 mmol/l de peróxido de hidrogênio. O peróxido de
hidrogênio foi mais efetivo como esporicida do que como bactericida.
16
Rutala e Weber (1998) avaliaram a efetividade clínica de tecnologias de
esterilização de baixa temperatura. Tecnologias alternativas de baixa temperatura
vêm sendo desenvolvidas, incluindo o óxido de etileno 100%, óxido de etileno com
gases estabilizadores e imersão em ácido peracético. O esterilizante ideal não
existe, e os profissionais do controle de infecção devem entender as vantagens e
desvantagens desses processos. Entretanto, quando combinados com os protocolos
padrão de limpeza, as informações sugerem que as tecnologias de baixa
temperatura disponíveis na Food and Drug Administration podem inativar
microrganismos altamente resistentes, clinicamente relevantes.
McDonell e Russell (1999) descreveram os mecanismos de ação de anti-
sépticos e desinfetantes. O ácido peracético foi considerado um potente biocida,
sendo esporicida, bactericida, viruscida e fungicida em baixas concentrações. O
ácido peracético se decompõe em ácido acético e oxigênio, e tem como vantagem a
não decomposição em peróxidos, e permanece ativo em presença de substâncias
orgânicas. Sua principal aplicação é como um líquido esterilizante de baixa
temperatura para fins médicos, escalpes flexíveis e cânulas de hemodialize, mas
também pode ser usado como esterilizante de superfície. O ácido peracético age
desnaturando as proteínas e enzimas e aumentando a permeabilidade da parede
celular dos microrganismos.
Stampi et al. (2002) avaliaram o ácido peracético como desinfetante alternativo
para o dióxido de cloro. O ácido peracético vem atraindo grande interesse, pois os
compostos formados como resultado das reações de decomposição durante o
processo de desinfecção não são considerados prejudiciais ao ecossistema. Ambos
os desinfetantes reduziram o número de microrganismos, sendo o ácido peracético
uma alternativa de desinfetante para o dióxido de cloro
.
17
Vizcaíno-Alcaide, Herruzo-Cabrera e Fernandez-Aceñero (2003) compararam a
eficiência de desinfecção do ácido peracético a 0,2% (Perasafe
®
, Antec International
Ltd) e glutaraldeído a 2% in vitro. Para tanto foram realizados seis testes: T1) efeito
bactericida em uma suspensão de microrganismos (0,1 ml de suspensão de
microrganismo (10
8
cfu/ml) adicionada a 5 ml de desinfetante ou água destilada
(controle) e deixado durante três, cinco e dez minutos); T2) efeito bactericida em
uma superfície metálica contaminada (lima endodôndica n
o
25); T3) efeito esporicida
contra Bacillus subtilis; T4) efeito bactericida em um modelo endoscópico com dois
níveis de contaminação (10
6
e 10
9
/ml), interrompendo o processo de desinfecção
depois de cinco, dez e vinte minutos; T5) teste de capacidade modificada (vinte
inoculações com Mycobacterium fortuitum mais 10% de sangue humano); E, T6)
efeito corrosivo em instrumentos metálicos. Os resultados obtidos tratados
estatisticamente mostraram que Perasafe
®
mostrou uma atividade equivalente ao
glutaraldeído a 2% contra suspensões de microrganismos e modelos endoscópicos
e nas limas endodônticas, sem qualquer toxicidade ou corrosão. Entretanto, a
atividade moderada contra micobacteria, em dez minutos, adverte para manter os
instrumentos, principalmente endoscópios, submersos por vinte minutos. Perasafe
®
foi considerado uma alternativa não tóxica ao glutaraldeído 2% para desinfecção de
alto nível. Entretanto, pesquisas devem continuar por alternativa não tóxica e mais
efetiva contra micobacteria, particularmente se desinfecções de endoscópios com
dez minutos são necessárias.
Hernández et al. (2003) compararam a efetividade do ácido peracético a 0,26%
com a do glutaraldeído a 2%. Para tanto utilizaram os microrganismos:
Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium avium–intracellulare. Foram feitas
desinfecções por dez e vinte minutos com cada um dos desinfetantes. Os resultados
18
mostraram que o ácido peracético a 0,26% apresentou efetivo agente
micobactericida e é uma alternativa para a desinfecção com glutaraldeído da fibra
óptica da broncoscopia.
Hernández et al. (2003b) fizeram uma comparação in-vitro da efetividade do
ácido peracético a 0,26% e do glutaraldeído alcalino a 2% contra Mycobaterium spp.
Os autores utilizaram os seguintes microrganismos: Mycobacterium tuberculosis,
Mycobacterium aviun-intracellulare, Mycobacterium fortuitum e Mycobacterium
chelonae. Os resultados mostraram que ambos os agentes desinfetantes reduziram
a quantidade de bactérias em vinte e trinta minutos.
Chassot, Poisl e Samuel (2006) avaliaram a eficácia do ácido peracético para
descontaminação de resinas acrílicas termo-ativadas, quimicamente ativadas e
polimerizadas em microondas. Foi utilizado ácido peracético a 0,2% (Sterilife
®
;
Lifemed) por cinco e dez minutos. Para todos os tipos de resinas, nenhum
crescimento foi observado após cinco e dez minutos de imersão na solução de ácido
peracético. Em contra partida, os grupos controles, que não foram imersos,
apresentaram 100% de crescimento. Os autores concluíram que a imersão por pelo
menos cinco minutos em um desinfetante a base de ácido peracético promoveu alto
nível de desinfecção nos diferentes tipos de resinas avaliados.
Herruzo-Cabrera, Vizcaíno-Alcaide e Rodriguez (2006) compararam o efeito
bactericida de compostos de amina terciária e ácido peracético. Foram utilizados
cinqüenta e duas espécies de bactérias isoladas de pacientes. Utilizaram dois
tempos para a desinfecção, dez e vinte minutos. Os resultados mostraram que o
ácido peracético pode ser considerado como um desinfetante de alto nível, sendo
que uma exposição de vinte minutos é recomendada.
19
2.2.2 Hipoclorito de Sódio
McDonell e Russell (1999) descreveram os mecanismos de ação de anti-
sépticos e desinfetantes. O hipoclorito de sódio é bastante utilizado em desinfecção
de superfícies e pode ser usado para desinfecção de contaminação com sangue
humano. O hipoclorito de sódio tem uma alta atividade oxidante e com isso destrói a
atividade das proteínas celulares. O potencial de oxidação pode ocorrer em pH
baixo, onde a atividade do hipoclorito é máxima, embora o aumento da penetração
nas camadas mais profundas pode ser alcançado com hipoclorito de sódio na forma
não ionizada. O hipoclorito de sódio, em altas concentrações, apresenta atividade
esporicida e também possui atividade viruscida.
Santos (2000) avaliou a efetividade na desinfecção por imersão em hipoclorito
de sódio a 1% de moldes de hidrocolóide irreversível e de modelos de gesso tipo III.
Foram utilizados imersão por dez e trinta minutos. A desinfecção com hipoclorito de
sódio a 1% dos moldes de hidrocolóide irreversível é um procedimento eficiente
frente aos microrganismos testados.
Block (2001) descreveram o hipoclorito de sódio como um potente e
comprovado germicida no controle de um grande espectro de microrganismos, não
tóxico para humanos em concentrações usuais, livre de resíduos tóxicos e de fácil
manipulação. Devido a sua grande aceitabilidade, o hipoclorito de sódio é utilizado
como desinfetante padrão em pesquisas para testar outros desinfetantes.
Taylor, Wright e Maryan (2002) avaliaram a eficácia do hipoclorito de sódio a
1% e Perfom
®
(desinfetante a base de oxigênio) em Staphylococcus aureus. Foram
utilizados três procedimentos de desinfecção: 1) imersão dos moldes em Perfom
®
20
por dez minutos, 2) imersão em hipoclorito de dio a 1% por dez minutos, 3)
mergulho do molde por cinco segundos em hipoclorito de sódio a 1%, seguido de
lavagem em água, seguido de um segundo mergulho por cinco segundos e coberto
com uma gaze embebida de hipoclorito de sódio a 1%. Os resultados mostraram que
os dois desinfetantes foram eficazes contra Staphylococcus aureus.
2.3 Estabilidade Dimensional dos Materiais de Moldagem após Desinfecção
Herrera e Merchant (1986) avaliaram a estabilidade dimensional de moldes
após desinfecção por imersão. Foram feitas moldagens de um modelo de metal da
arcada completa, com alginato, polissulfeto, silicone de adição e poliéter. Os moldes
foram imersos por trinta minutos nas seguintes soluções desinfetantes: hipoclorito de
sódio a 0,5%, hipoclorito de sódio a 1%, iodo povidine a 0,5%, glutaraldeído neutro a
0,13%, glutaraldeído a 2% e fenol halogenado a 0,16%. Após a imersão, os moldes
foram lavados em água corrente por trinta segundos A seguir, os moldes foram
vazados com gesso tipo IV e foram realizadas medidas cruzando o arco e medidas
ântero-posteriores, com auxílio de paquímetro digital eletrônico (distal do canino
esquerdo a distal do canino direito, distal do segundo molar esquerdo a mesial do
canino esquerdo, mesial do canino direito a distal do segundo molar direito e a
medida máxima do diâmetro do arco). Os resultados tratados estatisticamente
demonstraram que a desinfecção de moldes por um curto período de imersão em
hipoclorito não afeta significantemente a estabilidade dimensional dos modelos. Os
autores afirmaram ainda que a técnica de imersão é mais segura que a técnica de
spray no que diz respeito à efetividade antimicrobiana.
21
Johnson, Drennon e Powell (1988) avaliaram a precisão de materiais de
moldagem elatoméricos desinfetados por imersão. Para tanto utilizaram silicone de
adição, poliéter e polissulfeto. Os resultados indicaram que a escolha do tipo de
material de moldagem é mais importante do que o tipo de desinfetante quando se
pensa em estabilidade dimensional.
Tan et al. (1993) avaliaram os efeitos do tempo de desinfecção em modelos de
gesso obtidos por meio de moldagens com hidrocolóide irreversível. Foi utilizado um
modelo de aço inoxidável simulando uma maxila com marcações na região de linha
média e molar esquerdo e direito. Foram utilizados os tempos de dez, trinta e
sessenta minutos de desinfecção. Após a desinfecção, os modelos foram vazados
com gesso tipo IV. Foram feitas medições ântero-posteriores e cruzando o arco. Os
resultados mostraram que desinfecção não causou alterações dimensionais
significativas nas moldagens de alginato.
Kern, Rathmer e Strub (1993) fizeram uma investigação tridimensional da
precisão de materiais de moldagem após desinfecção. Foram utilizados os seguintes
materiais de moldagem: poliéter, silicone de adição, hidrocolóide irreversível e
hidrocolóide reversível. Foram feitas dez moldagens com cada material de um
modelo mestre metálico. Os resultados mostraram uma alteração dimensional
pequena e clinicamente de pouca relevância após desinfecção.
Lepe, Johnson e Berger (1995) avaliaram as características do poliéter e do
silicone de adição depois de longo tempo de desinfecção. Os autores avaliaram uma
marca de poliéter e duas de silicone de adição. Foram feitos corpos-de-prova dos
materiais estudados em forma cilíndrica. O desinfetante utilizado foi o glutaraldeído
ácido a 2% e os corpos de prova foram imersos por uma e 18 horas. Corpos-de-
prova não desinfetados serviram como grupo controle. Os resultados tratados
22
estatisticamente demonstraram que tanto o poliéter como o silicone de adição pode
ser desinfetado com ácido glutaraldeído a 2% por imersão de 18 horas sem sofrerem
alterações inerentes ao molhamento.
Segundo a American Dental Association (ADA) (1996) os profissionais da área
odontológica estão expostos a uma grande variedade de microrganismos
encontrados na saliva e sangue dos pacientes, os quais podem causar doenças
infecciosas. Um controle de infecção efetiva, no consultório e no laboratório, poderá
prevenir a contaminação cruzada entre dentistas, técnicos em prótese e pacientes.
Moldes, próteses, modelos, registros e restaurações que tenham entrado em contato
com a boca do paciente devem ser desinfetados antes de serem mandados para o
laboratório de prótese. Os moldes desinfetados devem ser enviados com um aviso,
para que o mesmo não seja novamente desinfetado. Os moldes devem ser lavados
em água corrente, para remover saliva, sangue e quaisquer outros detritos para
poder ser desinfetado. Os moldes devem ser desinfetados por imersão em um
desinfetante compatível com o material de moldagem. A imersão nos desinfetantes
não deve ultrapassar trinta minutos.
Blair e Wassel (1996) realizaram um levantamento dos métodos de
desinfecção de moldagens dentárias em hospitais odontológicos na Grã-Bretanha.
Os autores recomendam que todos os moldes devem ser desinfetados com
hipoclorito de sódio a 1%, por no mínimo dez minutos.
Rios et al. (1996) avaliaram os efeitos de soluções desinfetantes na
estabilidade e na precisão de moldes dentais. Para tanto foram feitas moldagens de
um modelo mestre com dois tipos de materiais de moldagem (poliéter e silicone de
adição) e foram divididos em cinco grupos de acordo com o desinfetante: 1)
desinfetados com glutaraldeído a 2 %; 2) composto de cloro; 3) glutaraldeído a
23
3,5%; 4) água destilada; 5) não imerso (meio ambiente). Todos os grupos, com
exceção do não imerso, foram colocados em 600 ml de solução por sessenta
segundos, como um pré-tratamento. Depois foram lavados em água corrente por
trinta segundos e foram secados com ar comprimido. Os moldes foram então
colocados nas soluções por trinta ou sessenta minutos. Depois do tempo
determinado, os moldes foram novamente lavados com água corrente para remoção
da solução e foram deixados em ambiente atmosférico para secagem por trinta
minutos. Foram feitas medições com auxilio de um microscópio (Nikon, Kyoto,
Japão). Para avaliar a estabilidade dimensional, foram feitas medições em três
tempos: T0) zero minuto; T1) depois da desinfecção; e, T2) depois de 48 horas.
Foram avaliadas quatrocentas amostras. Os resultados tratados estatisticamente
demonstraram que as diferentes soluções com diferentes concentrações não
alteraram a estabilidade dimensional e nem a precisão dos materiais estudados após
imersão por trinta e sessenta minutos.
Thouati et al. (1996) avaliaram a estabilidade dimensional de sete materiais
elastoméricos de moldagem imersos em desinfetantes. Para tanto utilizaram quatro
marcas de silicone de adição, duas de silicone de condensação e uma de poliéter,
subdivididos em quatro grupos de desinfetantes: amônia quaternária a 2% por trinta
minutos; aldeído a 10% por sessenta minutos; hipoclorito de sódio a 5,25% por trinta
minutos; e, grupo controle sem imersão. Foram feitas comparações entre as
medições dos modelos vazados após desinfecção com os do grupo controle e
comparações dos modelos vazados após desinfecção com o modelo mestre. Os
resultados tratados estatisticamente demonstraram que as soluções de amônia
quaternária e aldeído produziram pequena alteração em relação à precisão
dimensional inicial dos materiais de moldagem. Por outro lado, a solução de
24
hipoclorito de sódio levou a expansão do material quando comparado com o grupo
controle. Quando comparados com o modelo mestre, essa expansão tornou
possível, na maioria dos casos, a obtenção de uma precisão dimensional melhor que
a inicial.
Lepe e Johnson (1997) avaliaram a precisão do poliéter e do silicone de adição
após longo período de desinfecção por imersão. Para tanto dez impressões com
cada material foram obtidas, sendo que cinco de cada material serviram de controle
e as outras cinco impressões de poliéter e cinco de silicone ficaram imersas por 18
horas em solução de glutaraldeído a 2%. Medições ântero-posteriores e cruzando o
arco foram realizadas no modelo de trabalho com um microscópio (Nikon
Measurescope 20), e depois o troquel foi seccionado e medições ocluso-gengival,
mesio-distal e buco-lingual foram realizadas. Os resultados, após tratamento
estatístico, demonstraram que a precisão de ambos os materiais de moldagem
foram afetados pela desinfecção por 18 horas. Os autores sugeriram que a
desinfecção de longa duração poderá afetar a adaptação de próteses parciais fixas.
Johnson et al. (1998) avaliaram a estabilidade dimensional e reprodução de
detalhes de hidrocolóide irreversível e impressões elastoméricas desinfectadas por
imersão. Para tanto um modelo mestre com referências na oclusal dos primeiros
molares e na lingual dos incisivos centrais e com um pré-molar de metal com
preparo para coroa total com angulação de 12 graus de convergência foi utilizado.
Impressões foram feitas com hidrocolóide irreversível (Jeltrate e Palgaflex), poliéter
(Impregum F) e silicone de adição (President). As impressões foram divididas em
quatro grupos (G1-imersas em Iodophor; G2-imersas em Glutaraldeído Glyoxal; G3-
imersas em Glutaraldeído fenol; G4-sem imersão) e foram imersas por dez minutos.
Os modelos foram vazados com gesso tipo IV. Foram feitos cinco tipos de medições
25
em microscópio (Measurescope 20, Nikon): M1) cruzando o arco (entre as oclusais
dos molares); M2) ântero-posterior (oclusal do molar esquerdo e lingual dos
incisivos); M3) mesio-distal (preparo para coroa total); M4) buco-lingual (preparo
para coroa total); e, M5) ocluso-gengival (preparo para coroa total). Os resultados,
após análise estatística, demonstraram que as impressões com hidrocoloíde
irreversível, silicone de adição e poliéter mantiveram precisão nas medições M1 e
M2; as medições M3 e M4 dos modelos de trabalho foram 6 a 8 µm maiores que o
modelo mestre com impressões de silicone de adição e 11 a 16 µm com polieter; M5
dos modelos de impressões com poliéter desinfetados e controle foram 9 µm mais
longos que o modelo mestre comparado com -3 µm do silicone de adição; as
impressões com Jeltrate imersas em Iodophor e Palgaflex produziram modelos
precisos, semelhantes aos modelos controles. As impressões elastoméricas
desinfectadas e controle produziram modelos precisos e polidos como o modelo
mestre. Desinfecção do hidrocolóide irreversível com glutaraldeído glyoxal e fenol
produziram uma superfície mais polida que o controle.
Adabo et al. (1999) avaliaram os efeitos dos agentes desinfetantes na
estabilidade dimensional de materiais de moldagem. Para tanto obtiveram cento e
oitenta moldes com silicone de adição, poliéter, polissulfeto e silicone de
condensação. Esses moldes foram desinfetados com hipoclorito de sódio 5,25% e
glutaraldeído 2%. O grupo controle não foi desinfetado. As medições foram feitas
com um projetor de perfil (Nikon). Os resultados tratados estatisticamente
demonstraram que os desinfetantes não interferiram na estabilidade dimensional dos
materiais testados.
Kugel et al. (2000) realizaram levantamento em quatrocentos laboratórios de
prótese dos EUA, para saber os materiais e métodos mais utilizados de desinfecção.
26
Os resultados demonstraram que 44% sabiam que as moldagens tinham sido
desinfetadas; 33% dos laboratórios não sabiam o método utilizado para desinfecção
e 47% não sabiam o tempo de desinfecção. Os autores sugeriram que problemas
com as técnicas de desinfecção ocorrem tanto nos consultórios como nos
laboratórios de prótese.
Block (2001) descreveram que os moldes se tornam contaminados
precocemente com saliva e sangue do paciente. Alguns microrganismos têm se
mostrado viáveis nos modelos em gesso por mais de sete dias. Para a desinfecção
dos moldes o autor descreveu a seguinte seqüência: após remoção, os moldes
devem ser lavados delicadamente com água corrente para eliminar resíduos; os
moldes são então imersos em um recipiente com o desinfetante de escolha; após
dez a 15 minutos são removidos e lavados novamente em água corrente para
eliminar os resíduos do desinfetante. Feito isso, o molde está desinfetado para a
obtenção do modelo. A imersão do molde é provavelmente mais efetiva que a
desinfecção com spray, pois o mesmo pode não cobrir todas as áreas do molde com
o desinfetante.
Lepe et al. (2002) compararam o molhamento, a embebição e a mudança de
massa de materiais de moldagem após desinfecção. Para tanto utilizaram sete
marcas de materiais de moldagem, sendo cinco silicones de adição e dois poliéter.
As propriedades dos materiais foram verificadas antes e após desinfecção com
glutaraldeído a 2% por trinta minutos. Os resultados tratados estatisticamente
demonstram que as duas marcas de poliéter apresentaram maior embebição que as
cinco marcas de silicone de adição após a desinfecção com glutaraldeído a 2%.
Mostraram também que o poliéter perdeu significantemente mais massa que o
silicone de adição.
27
Taylor, Wright e Maryan (2002) avaliaram a precisão dimensional e a qualidade
da superfície de quatro hidrocolóides irreversíveis seguidos de desinfecção com
hipoclorito de sódio e com Perfom
®
(desinfetante a base de oxigênio). Para tanto
foram utilizados quatro tipos de hidrocolóide irreversível e três diferentes tipos de
gesso. Foram feitas moldagens de um modelo mestre, que possuía quatro
marcações em forma de “X”, na região de papila incisiva, segundo molar esquerdo,
segundo molar direito e região central do palato. Os procedimentos de desinfecção
foram os seguintes: 1) imersão dos moldes em Perfom
®
por dez minutos, 2) imersão
em hipoclorito de sódio a 1% por dez minutos, 3) mergulho do molde por cinco
segundos em hipoclorito de sódio a 1%, seguido de lavagem em água, seguido de
um segundo mergulho por cinco segundos e coberto com uma gaze embebida de
hipoclorito de sódio a 1%. As medições foram feitas em um calibrador com precisão
de 0,01 mm. Os resultados tratados estatisticamente demonstraram que todos os
materiais utilizados quando desinfetados tiveram diferença estatisticamente
significante de precisão em relação ao grupo controle.
Sofou et al. (2002) avaliaram a transmissão de bactéria de modelos de metal
contaminados para modelos de gesso via moldagens. Os modelos metálicos foram
contaminados com Bacillus subtilis e Streptococcus sanguis e a seguir foram
realizadas moldagens com poliéter, silicone de adição e alginato e os modelos foram
vazados com duas marcas de gesso. Os resultados demonstraram que ocorreu
contaminação do modelo final, mas que essa contaminação foi em um nível baixo.
Wadhwani et al. (2005) avaliaram a precisão de dois tipos de materiais de
moldagem de presa rápida quando desinfetados com glutaraldeído ácido. Para tanto
moldes foram obtidos de um modelo mestre com três diferentes marcas (duas de
poliéter e uma de silicone de adição), sendo dez moldagens para cada material.
28
Desses dez, cinco foram desinfetados com glutaraldeído a 3,5% por vinte minutos e
os outros cinco serviram de grupo controle. Os moldes do grupo controle ficaram
durante sessenta minutos em temperatura ambiente. Os moldes desinfetados
ficaram vinte minutos na solução e depois mais quarenta minutos em temperatura
ambiente. Medições ântero-posteriores e cruzando o arco foram feitas. Os
resultados tratados estatisticamente mostraram que a desinfecção por imersão dos
moldes por vinte minutos em glutaraldeído a 3,5% não afetou a precisão de nenhum
dos três materiais de moldagem utilizados
.
Abdullah (2006) avaliou a precisão dimensional, a força de compressão e
detalhe da superfície de modelos de gesso, tipo III e tipo IV, depois de repetidas
imersões em solução de hipoclorito. Foi utilizado hipoclorito de dio a 0,525%. Os
modelos foram imersos por trinta minutos e deixados em temperatura ambiente para
secar por 24 horas. Esse procedimento foi repetido sete vezes. Os resultados
mostraram que a imersão repetida tanto em água destilada (controle) como no
desinfetante causou um aumento significativo na dimensão linear e uma diminuição
na resistência a compressão. Em ambas as soluções houve uma diminuição na
reprodução de detalhes.
Ahmad et al. (2007) avaliaram o efeito da desinfecção por imersão com
Perfom-ID (desinfetante a base de oxigênio) em alginato, um alginato alternativo e
silicone de adição e os modelos resultantes vazados em gesso tipo III. Os resultados
demonstraram que a desinfecção com Perfom-ID pode ser feita no silicone de adição
sem alteração das suas características.
Martin et al. (2007) avaliaram a estabilidade dimensional de materiais de
moldagem após imersão em soluções desinfetantes. Para tanto foram utilizados os
seguintes materiais de moldagem: hidrocolóide irreversível, silicone de adição,
29
silicone de condensação e poliéter. Os desinfetantes utilizados foram hipoclorito de
sódio a 5,25%, glutaraldeído a 2% e solução a base de ácido hipocloroso. Foram
confeccionados cinco corpos-de-prova por material para cada solução desinfetante e
cinco corpos-de-prova de cada material como grupo controle. As medições foram
obtidas logo após a presa, após a desinfecção e 24 horas após armazenamento. Os
resultados, após análise estatística, demonstraram que todos os materiais de
moldagem após serem desinfetados com os materiais utilizados apresentam
alterações dimensionais dentro dos limites aceitáveis.
Fracaro et al. (2007) avaliaram a influência da imersão em ácido peracético
sobre a reprodução de detalhes e compatibilidade dos elastômeros com gesso.
Foram utilizadas quatro marcas de materiais de moldagem, sendo um poliéter, um
silicone de adição e dois silicones de condensação. Dez corpos de prova foram
feitos para cada material, sendo, após polimerização, cinco imersos em ácido
peracético a 0,2% e os outros cinco foram deixados em temperatura ambiente para o
grupo controle. Os resultados demonstraram que os materiais de moldagem não
sofreram alteração após desinfecção por imersão com ácido peracético a 0,2% por
dez minutos.
Walker et al. (2007) avaliaram a qualidade superficial e a estabilidade
dimensional de materiais de moldagens após desinfecção. Foram utilizados silicone
de adição e o poliéter como materiais de moldagem e fenol dual e hipoclorito de
sódio como desinfetantes, sendo cada material subdivido em cinco grupos: dez
minutos hipoclorito de sódio, uma hora hipoclorito de sódio, dez minutos fenol dual,
uma hora fenol dual e um grupo sem desinfetante, como controle. Os resultados
mostraram que os desinfetantes não alteram a estabilidade dimensional dos
materiais estudados.
30
3 PROPOSIÇÃO
O propósito deste estudo foi comparar a estabilidade dimensional dos modelos
obtidos com poliéter e silicone de adição, após desinfecção com hipoclorito de sódio
a 1% e ácido peracético a 0,2%.
31
4 MÉTODO
Um modelo mestre foi confeccionado em aço inoxidável, com marcações em
“X” (IDRIS; HOUSTON; CLAFFEY, 1995; TAYLOR; WRIGHT; MARYAN, 2002) nas
regiões de molar como mostra a Figura 1, para que fossem realizadas medições
ântero-posteriores e cruzando o arco baseado em Herrera e Merchant (1986),
Johnson et al. (1998) e Wadhwani et al. (2005).
Figura 1 – Modelo mestre em aço inoxidável com marcações em “X” utilizado no presente trabalho
Foram realizadas moldagens do modelo mestre com três tipos de material de
moldagem: (a) poliéter base leve e pesada (Impregum Penta, 3M-ESPE, Brasil), (b)
silicone de adição base leve (Express Regular Set Type 3, 3M-ESPE, Brasil) e
massa densa (Express, 3M-ESPE, Brasil) e (c) silicone de adição base leve (Express
Regular Set Type 3, 3M-ESPE, Brasil) e pesada (Express Penta, 3M-ESPE, Brasil).
Quinze moldagens foram realizadas para cada tipo de material, subdivididos em
32
nove grupos, como pode ser observado no Quadro 1. Cinco moldes de cada material
foram desinfetados por imersão em ácido peracético a 0,2% (Sterilife
®
, Lifemed,
Brasil) e cinco moldes em hipoclorito de sódio a 1% (BLAIR; WASSEL, 1996). Cinco
moldes de cada material não foram desinfetados para controle.
Quadro 1 - Grupos dos corpos-de-prova utilizados segundo material e desinfetante
Foram utilizadas moldeiras metálicas (LEPE; JOHNSON, 1997) número 028
(AG, Brasil). Para assegurar uma mesma espessura de material em todas as
moldagens, guias de resina acrílica (JET, Brasil) foram feitas no modelo mestre, para
que as moldeiras ficassem sempre na mesma posição (IDRIS; HOUSTON;
CLAFFEY, 1995; LEPE; JOHNSON, 1997), proporcionando moldagens
padronizadas com a mesma espessura de material de moldagem, conforme pode se
observar na. Figura 2.
Material Desinfetante Grupos n
Poliéter Sem desinfetante A1 5
Poliéter Hipoclorito de sódio A2 5
Poliéter Ácido peracético A3 5
Silicone de adição Manual Sem desinfetante B1 5
Silicone de adição Manual Hipoclorito de sódio B2 5
Silicone de adição Manual Ácido peracético B3 5
Silicone de adição Pentamix Sem desinfetante C1 5
Silicone de adição Pentamix Hipoclorito de sódio C2 5
Silicone de adição Pentamix Ácido peracético C3 5
33
A B
Figura 2 Visão posterior (A) e anterior (B) do modelo com guias em resina acrílica e moldeira 028
em posição
Para as moldagens com poliéter (grupos A1, A2 e A3), foi utilizada a máquina
de automistura Pentamix (3M, Brasil), que proporciona uma manipulação e dosagem
uniforme do material. Foram utilizadas duas máquinas do Pentamix, sendo uma com
cartucho da base leve e a outra com a base pesada. A base leve foi levada ao
modelo mestre com auxílio de uma seringa de moldagem (3M, Brasil) e logo após a
base pesada foi levada ao modelo com auxílio de moldeira metálica perfurada de
estoque. Aguardou-se sete minutos para a polimerização do material e o mesmo foi
removido do modelo. Foi utilizado adesivo próprio do material na moldeira, como
recomenda o fabricante.
As moldagens com o silicone de adição manual (grupos B1, B2 e B3), foram
feitas com a técnica de dois tempos. Primeiramente, a massa densa foi manipulada
manualmente e então colocada na moldeira e coberta com um pedaço de filme de
pvc (Rolopac, Brasil), para criar espaço para a base leve. A moldeira foi levada no
modelo mestre e removida antes de sua polimerização e foi feito um alivio maior na
região das marcações para que o espaço para a base leve fosse de
aproximadamente 2 mm. O material polimerizou fora do modelo. Então, o filme de
34
pvc foi removido. Em seguida, a base leve do silicone de adição foi levada ao
modelo e na massa densa, polimerizada na moldeira, com auxílio de uma pistola de
automistura, e a moldeira com a massa densa e agora com a base leve foi então
novamente levada ao modelo. Após a polimerização do material o molde foi
removido do modelo mestre. Também foi utilizado adesivo específico para a
moldeira recomendado pelo fabricante.
As moldagens do silicone de adição Pentamix (grupos C1, C2 e C3) foram
feitas com auxílio da máquina de automistura Pentamix para a base pesada e da
pistola de automistura para a base leve. A base leve foi injetada diretamente da
pistola de automistura no modelo e logo em seguida a base pesada foi levada ao
modelo na moldeira. Também foi utilizado adesivo específico para a moldeira.
Todos os moldes foram lavados em água corrente por dez segundos e
posteriormente, os moldes dos grupos A2, B2 e C2 foram colocados em imersão no
hipoclorito de sódio a 1% e dos grupos A3, B3 e C3 foram colocados em ácido
peracético a 0,2% por dez minutos. A seguir, os moldes desinfetados foram lavados
por dez segundos para remoção do desinfetante e foram deixados em temperatura
ambiente por cinquenta minutos. Os grupos A1, B1 e C1 ficaram sessenta minutos
em temperatura ambiente como controle (WADHWANI et al., 2005). Os
desinfetantes foram manipulados conforme recomendações do fabricante.
Após desinfecção, os moldes foram vazados com gesso tipo IV (Durone,
Dentsply, Brasil) na proporção de 100 g de pó para 19 ml de água, o qual foi
manipulado manualmente por dez segundos e depois em um espatulador a vácuo
(Polidental) por vinte segundos, para diminuir a possibilidade de incorporação de
bolhas aos modelos. A vazagem foi feita com o auxílio de um vibrador (VH
Equipamentos, Brasil), também para minimizar a possibilidade de bolhas no modelo.
35
O tempo de cristalização do gesso foi de 45 minutos (TAYLOR; WRIGHT; MARYAN,
2002). Os modelos foram então recortados em um recortador de gesso (VH
Equipamentos, Brasil), deixando uma altura da base do modelo até a região mais
oclusal de 20 mm, para padronizar as alturas dos modelos. Os modelos foram
marcados com o respectivo grupo na sua parte inferior e foram numerados de forma
aleatória de 1 a 45 na parte superior para que as medições fossem feitas sem que o
operador soubesse que grupo estava medindo. As medições foram realizadas com
auxílio de microscópio de luz, modelo STM (Olympus, Japão), com precisão de
0,0005 mm (Figura 3), das seguintes marcações: M1) cruzando o arco posterior,
MD-ME; M2) ântero-posterior direita, MD-ID; M3) cruzando o arco anterior, ID-IE;
M4) ântero-posterior esquerda, ME-IE, como mostra a figura 4. Foram feitas
medições no modelo mestre e em todos os modelos, sendo que foram realizadas
três medições de cada medida e a média delas foi utilizada. Um único operador
realizou todas as medições para padronização da mesma.
Figura 3 - Microscópio modelo STM (Olympus, Japão), onde foram realizadas as medições
36
Figura 4 Esquema das medições que serão realizadas, M1: cruzando o arco posterior (MD-ME);
M2: ântero-posterior direito (MD-ID); M3: cruzando o arco anterior (ID-IE); M4: ântero-posterior
esquerdo (IE-ME)
Os resultados das medições foram transformados em porcentagem de variação
do modelo mestre através da seguinte fórmula (LEPE; JOHNSON, 1997):
(medida do corpo de prova – medida do modelo mestre) x 100
medida do modelo mestre
Os resultados em variação de porcentagem das medições foram submetidos
ao teste estatístico Kolmogorov-Smirnov (Lilliefors) para verificação da normalidade
da amostra. O resultado do teste foi não-paramétrico. Por esse motivo foi escolhido
o teste de Kruskal-Wallis para fazer a análise estatística do presente estudo.
MD
ME
ID
IE
M1
M4
M3
M2
37
5 RESULTADOS
Os valores médios das quatro medidas do modelo mestre estão dispostos na
Tabela 1. Esses valores foram utilizados para calcular a variação em porcentagem
dos modelos estudados.
Tabela 1 - Média e desvio-padrão das medições do modelo mestre
M1 M2 M3 M4
(cruzando o arco
posterior)
(ântero-posterior
direita)
(cruzando o arco
anterior)
(ântero-posterior
esquerda)
Média 44,2520 mm 34,8747 mm 7,7745 mm 35,1948 mm
Desvio-padrão 0,0078 0,0227 0,0149 0,0060
Os resultados em mm das medições realizadas nos modelos estudados podem
ser observados na Tabela 2. Os resultados dessas medições transformados em
porcentagem de variação podem ser observados na Tabela 3.
Tabela 2 – Valores médios dos modelos estudos em mm
M 1 M 2 M 3 M 4
média dp média dp média dp média dp
A 1
44.2842 0.0170 34.8810 0.0593 7.7845 0.0188 35.2036 0.0061
A 2
44.3052 0.0195 34.8865 0.0154 7.7930 0.0364 35.2114 0.0096
A 3
44.3115 0.0469 34.8590 0.0500 7.7765 0.0117 35.2277 0.0289
B 1
44.2639 0.0151 34.8892 0.0329 7.7581 0.0147 35.2227 0.0248
B 2
44.2575 0.0539 34.8825 0.0184 7.7646 0.0145 35.2419 0.0213
B 3
44.2986 0.0185 34.8936 0.0291 7.7573 0.0257 35.2267 0.0202
C 1
44.2800 0.0135 34.8778 0.0148 7.7726 0.0128 35.2224 0.0239
C 2
44.2675 0.0070 34.8804 0.0171 7.7654 0.0127 35.2227 0.0226
C 3
44.2637 0.0134 34.8799 0.0119 7.7771 0.0092 35.2136 0.0150
dp – desvio-padrão
38
Tabela 3 – Valores médios das variações em porcentagem em relação ao modelo mestre dos
modelos estudados e seus respectivos
M 1 M 2 M 3 M 4
média dp média dp média dp média dp
A 1
0.0727 0.0383 0.0181 0.1702 0.1286 0.2421 0.0248 0.0174
A 2
0.1203 0.0442 0.0338 0.0443 0.2380 0.4679 0.0472 0.0274
A 3
0.1345 0.1059 -0.0448 0.1434 0.0253 0.1502 0.0934 0.0820
B 1
0.0269 0.0341 0.0416 0.0943 -0.2114 0.1891 0.0793 0.0706
B 2
0.0124 0.1219 0.0226 0.0528 -0.1278 0.1860 0.1338 0.0604
B 3
0.1054 0.0419 0.0542 0.0833 -0.2217 0.3307 0.0906 0.0575
C 1
0.0632 0.0306 0.0089 0.0425 -0.0240 0.1641 0.0782 0.0680
C 2
0.0350 0.0158 0.0164 0.0491 -0.1166 0.1635 0.0791 0.0643
C 3
0.0264 0.0302 0.0150 0.0340 0.0330 0.1189 0.0533 0.0427
dp – desvio-padrão
Os resultados mostraram que na medida cruzando o arco posterior (M1) não
houve diferença estatística entre o grupo controle e os grupos desinfetados com o
mesmo tipo de material de moldagem, sendo p=0,37 nos grupos de poliéter (A1, A2
e A3), p= 0,2101 nos grupos de silicone de adição manual (B1, B2 e B3) e p=0,1451
nos grupos de silicone de adição Pentamix (C1, C2 e C3). Mas quando foi feita a
comparação levando-se em conta o tipo de desinfetante, observou-se que dentro
dos grupos sem desinfecção não houve diferença estatística, mas nos grupos que
foram desinfetados com hipoclorito de sódio a 1%, houve diferença estatística entre
os grupos do poliéter e silicone de adição Pentamix (A2 e C2, respectivamente)
(p=0,0133), sendo que o grupo A2 variou 0,1203% ± 0,0442 e o grupo C2, 0,0350%
± 0,0158. Assim como nos grupos desinfetados com ácido peracético a 0,2%, entre
os grupos do poliéter (A3, 0,1345% ± 0,1059) e do silicone de adição Pentamix (C3,
0,0264% ± 0,0302) (p=0,0339) e silicone de adição manual (B3, 0,1054% ± 0,0419)
e silicone de adição Pentamix (C3, 0,0264% ± 0,0302) (p=0,0196) (figura 5). Na
medida M1, 0,1% equivale a 44 µm. A maior variação média na medida M1 foi do
39
grupo do poliéter desinfetado com ácido peracético a 0,2 % (A3, 0,1345% ± 0,1059)
e a menor foi do grupo do silicone de adição manual desinfetado com hipoclorito de
sódio a 1% (B2, 0,0124% ± 0,1219).
0.0000
0.0500
0.1000
0.1500
0.2000
s/desinfetante hipoclorito de sódio ácido peracético
polter
silicone manual
silicone pentamix
Figura 5 - Variações em porcentagem da medida cruzando o arco posterior (M1) levando em
consideração o desinfetante
* Diferença estatisticamente significativa (p<0,05). A origem da seta indica o menor valor médio
Na medida ântero-posterior direita (M2), os resultados não mostraram diferença
estatisticamente significante levando-se em consideração o tipo de material, sendo
p=0,5655 para os grupos do poliéter (A1, A2 e A3), p=0,8781 para os do silicone de
adição manual (B1, B2 e B3) e p=0,9900 para os do silicone de adição Pentamix
(C1, C2 e C3) (Figura 6). Quando se levou em consideração o desinfetante, também
não houve diferença estatisticamente significante, sendo p=0,7634 para os grupos
sem desinfecção (A1, B1 e C1), p=0,7334 para os grupos desinfetados com
hipoclorito de sódio a 1% (A2, B2, e C2) e p=0,7334 para os grupos desinfetados
com ácido peracético a 0,2% (A3, B3 e C3) (Figura 7). Na medida M2, 0,1% equivale
a 34 µm. A menor variação média do M2 foi do grupo silicone de adição Pentamix
*
*
*
*
40
sem desinfecção (C1, 0,0089 ± 0,0425) e a maior foi do grupo silicone de adição
manual desinfetado com ácido peracético (B3, 0,0542 ± 0,0833).
-0.0500
0.0000
0.0500
0.1000
A B C
s/desinfetante (1)
hipoclorito de sódio (2)
ácido peracético (3)
Figura 6 Variação em porcentagem da medida ântero-posterior direita (M2) levando em
consideração o material de moldagem, onde: A poliéter; B – silicone de adição manual; C silicone
de adição Pentamix
-0.0500
0.0000
0.0500
0.1000
1 2 3
polieter (A)
silicone manual (B)
silicone pentamix (C )
Figura 7 Variação em porcentagem da medida ântero-posterior direita (M2) levando em
consideração o desinfetante, onde: 1 sem desinfecção; 2 desinfetado com hipoclorito de sódio; 3
– desinfetado com ácido peracético
41
Na medida cruzando o arco anterior (M3), não houve diferença estatisticamente
significante levando-se em consideração o material de moldagem, sendo p=0,8781
para os grupos do poliéter (A1, A2 e A3), p=0,8781 para os grupos do silicone de
adição manual (B1, B2 e B3) e p=0,4317 para os grupos do silicone de adição
Pentamix (C1, C2 e C3). Quando se levou em consideração o desinfetante, também
não houve diferença estatisticamente significante, sendo p=0,0750 para os grupos
sem desinfecção (A1, B1 e C1), p=0,1845 para os grupos com desinfecção em
hipoclorito de sódio a 1% (A2, B2 e C2) e p=0,2299 para os grupos com desinfecção
em ácido peracético a 0,2% (A3, B3 e C3). Na medida M3, 0,1% equivale a 7 µm. A
maior variação média na M3 foi do grupo do poliéter desinfetado com hipoclorito de
sódio a 1% (A2, 0,2380 ± 0,4679) e a menor foi do grupo do silicone de adição
Pentamix sem desinfetante (C1, -0,0240 ± 0,1641).
Na medida ântero-posterior esquerda (M4), também não houve diferença
estatisticamente significante levando-se em consideração o material de moldagem,
sendo p=0,2122 para os grupos do poliéter (A1, A2 e A3), p=0,3681 para os grupos
do silicone de adição manual (B1, B2 e B3) e p=0,7558 para os grupos do siliconde
de adição Pentamix (C1, C2 e C3). Quando se levou em consideração o
desinfetante, também o houve diferença estatisticamente significante, sendo
p=0,3362 para os grupos sem desinfecção (A1, B1 e C1), p=0,0686 para os grupos
desinfetados com hipoclorito de sódio a 1% (A2, B2 e C2) e p=0,6355 para os
grupos desinfetados com ácido peracético a 0,2% (A3, B3 e C3). Na medida M4,
0,1% equivale a 35 µm. A maior variação média na M4 foi do grupo silicone de
adição manual desinfetado com hipoclorito de sódio a 1% (B2, 0,1338 ± 0,0604) e a
menor foi do grupo poliéter sem desinfetante (A1, 0,0248 ± 0,0174).
42
6 DISCUSSÃO
O controle da infecção cruzada no consultório odontológico continua a ser uma
questão de grande relevância nos dias atuais. Vários estudos demonstraram a
transmissão de microrganismos através de moldes em diversos tipos de materiais de
moldagem (BLAIR; WASSEL, 1996; BLOCK, 2001; SANTOS, 2000; SOFOU et al.,
2002).
As recomendações da American Dental Association (1996) são de que os
moldes devem ser desinfetados por imersão com produtos compatíveis pelo tempo
máximo de trinta minutos. Block (2001) e Herrera e Merchant (1986) também
recomendam desinfecção por imersão e não por spray, tendo em vista que quando o
spray é utilizado o desinfetante pode não ficar em intimo contato com o molde em
alguma região, enquanto que na desinfecção por imersão o molde fica totalmente
em contato com o desinfetante, proporcionando melhor desinfecção. Por esse
motivo foi feita a desinfecção por imersão no presente estudo.
Muitos estudos vêm sendo feitos com o objetivo de verificar se os desinfetantes
não interferem na estabilidade dimensional do material de moldagem (JOHNSON et
al., 1998; LEPE; JOHNSON, 1997; MARTIN et al., 2007; WADHWANI et al., 2005).
Blair e Wassel (1996) recomendam que todos os moldes devem ser desinfetados
com hipoclorito de sódio a 1%. Vários estudos mostraram a efetividade do hipoclorito
de sódio como desinfetante (BLOCK, 2001; SANTOS, 2000; TAYLOR; WRIGHT;
MARYAN, 2002).
43
O presente estudo utilizou o hipoclorito de sódio como sendo o desinfetante
padrão utilizado em desinfecção de moldes odontológicos e utilizou o ácido
peracético, que é ainda pouco utilizado na odontologia, mas que vendo sendo
bastante estudado como substituto do glutaraldeido (HERNÁNDEZ et al., 2003a;
HERNÁNDEZ et al., 2003b; VIZCAÍNO-ALCAIDE; HERRUZO-CABRERA;
FERNANDEZ-ACEÑERO, 2003).
Poucos estudos utilizaram o ácido peracético como desinfetante no meio
odontológico. Chassot, Poisl, Samuel (2006), avaliaram a eficácia do ácido
peracético para descontaminação de resinas acrílicas termo-ativadas, quimicamente
ativadas e polimerizadas em microondas. Fracaro et al. (2007) avaliaram a influência
da imersão em ácido peracético sobre a reprodução de detalhes e compatibilidade
dos elastômeros com gesso. Entretanto muitos estudos, em outras áreas,
comprovaram a eficácia do ácido peracético como desinfetante (MCDONELL;
RUSSELL, 1999; RUTALA; WEBER, 1998; STAMPI et al., 2002).
Como o objetivo deste trabalho foi verificar a estabilidade dimensional de
modelos obtidos com dois tipos de material de moldagem, procurou-se simular a
situação de moldagem e desinfecção nos consultórios. Por esse motivo o modelo
mestre escolhido foi um que simulasse uma arcada dentária, utilizando pontos de
medição, baseado nos estudos de Johnson et al. (1998), Lepe e Johnson (1997) e
Wadhwani et al. (2005). Por esse motivo também os grupos controles não foram
imersos em água ou qualquer outro líquido, fato esse que não é feito na prática
clínica.
Os materiais de moldagem foram escolhidos para este estudo seguindo alguns
estudos presentes na literatura (JOHNSON et al., 1998; LEPE; JOHNSON, 1997;
MARTIN et al., 2007; WADHWANI et al., 2005).
44
As moldagens feitas com silicone de adição base leve e massa densa foram
feitas na técnica de dois passos, sendo feito um alívio inicial com um plástico e antes
da polimerização um alívio maior (em torno de 2 mm) na região das marcações,
fazendo uma adaptação de Nissan et al. (2000), que mostraram uma melhor
precisão na técnica de dois passos com alívio de 2 mm. Por outro lado Idris, Houston
e Claffey (1995) demonstraram que não há diferença clinicamente relevante entre as
técnicas de moldagem do silicone de adição.
Os modelos obtidos com os materiais de moldagem estudados após
desinfecção com ácido peracético a 0,2% e hipoclorito de sódio a 1% apresentam
uma boa estabilidade dimensional. Os dados obtidos estão dentro da variação
aceitável pela ADA (0,5% de variação). As medições médias obtidas no presente
estudo foram menores que 0,15% na medição cruzando o arco posterior que
representa uma variação menor que 66 µm, 0,06% na medição ântero-posterior
direita que representa uma variação menor que 20,4 µm, 0,25% na medição
cruzando o arco anterior que representa uma variação menor que 17,5 µm e 0,15%
na medição ântero-posterior esquerda que representa uma variação menor que 52,5
µm.
Diferenças estatisticamente significantes só foram encontradas na medição
cruzando o arco posterior, entre os grupos de poliéter (A2) e silicone de adição
Pentamix (C2) desinfetados com hipoclorito de dio, com uma diferença menor que
40 µm e entre os grupos de poliéter (A3) e silicone de adição Pentamix (C3) e entre
os grupos de silicone de adição manual (B3) e silicone de adição Pentamix (C3)
desinfetados com ácido peracético com uma diferença menor que 48 µm. Essas
variações não apresentam relevância clínica, pois quando o paciente faz o
45
movimento de abertura de boca, pode ocorrer uma variação entre os primeiros
molares (cruzando o arco posterior) de 100 a 500 µm (JOHNSON et al.,1998).
Os resultados obtidos com todos os materiais e desinfetantes estão dentro da
variação encontrada na literatura. Johnson et al. (1998) demonstraram resultados
que variavam menos que 44 µm nas medições cruzando o arco e menos que 34 µm
nas medições antero-posteriores em relação ao modelo mestre. Wadhwani et al.
(2005) demonstraram variação menor que 85 µm e 45 µm, respectivamente.
Os resultados obtidos com o poliéter foram melhores dos que os encontrados
por Wadhwani et al. (2005) que verificaram um aumento médio de 82 µm na
medição cruzando o arco posterior em relação ao modelo mestre e no presente
estudo foi encontrado um aumento de 48,04 µm. Johnson et al. (1998) verificaram
uma aumento de 23 µm nessa mesma medida.
Essas diferenças podem ser atribuídas em parte ao tipo de moldeira utilizado
nestes estudos. Wadhwani et al. (2005) utilizaram moldeiras de estoque plásticas
perfuradas. Enquanto que no presente estudo, foram utilizadas moldeiras metálicas
perfuradas e, no estudo de Johnson et al. (1998), foram utilizadas moldeiras
individuais de resina acrílica deixando 3 mm de espaço para o material de
moldagem. As moldeiras individuais apresentam uma melhor precisão por ter uma
quantidade menor e mais uniforme de material de moldagem fazendo com que
ocorra uma menor distorção no momento da polimerização (MILLSTEIN; MAYA;
SEGURA, 1998; RUEDA et al., 1996). quando se compara a moldeira de estoque
perfurada metálica com a plástica, a diferença na precisão pode ser atribuída ao fato
da moldeira metálica ser mais rígida que a plástica (BALKENHOL; FERGER;
WÖSTMANN, 2007). Em contra partida, segundo Thongthammachat et al. (2002) o
tipo de moldeira não interferiu na precisão da moldagem.
46
Nas medições cruzando o arco anterior, que simula uma prótese fixa anterior, a
maior variação não passou de 20 µm, o que não impediria um bom assentamento da
prótese, tendo em vista que o ligamento periodontal tem uma variação entre 90 e
240 µm, uma variação de 90 µm é aceitável clinicamente (THONGTHAMMACHAT et
al., 2002)
Dentro das limitações observadas neste estudo, algumas foram mais
relevantes, tais como a moldagem ter sido feita em ambiente seco enquanto que na
boca umidade, o que pode interferir na estabilidade dimensional. Por esse motivo
também, a remoção da moldagem do modelo de estudo foi dificultada o que pode
ocasionar alguma distorção do molde e consequentemente do modelo de gesso.
A alteração na estabilidade dimensional dos materiais de moldagem utilizados
neste estudo após desinfecção pode ser considerada insignificante clinicamente.
Não há motivos para a desinfecção não ser realizada em todos os moldes feitos com
esses materiais, tanto com hipoclorito de sódio a 1% quanto com ácido peracético a
0,2%.
47
7 CONCLUSÕES
Dentro das limitações deste estudo, podemos concluir que:
Todos os modelos obtidos com os diferentes tipos de materiais de
moldagem utilizados no presente estudo apresentaram boa estabilidade
dimensional, não apresentando diferenças clinicamente relevantes
quando imersos nos diferentes desinfetantes;
O ácido peracético pode ser utilizado como desinfetante de moldes
dentários com um tempo de imersão de dez minutos.
48
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53
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial desta
obra, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para
fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
Frederico Emygdio Cabral de Vasconcellos
Taubaté, junho de 2008.
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