Introdução Geral 11
após este tempo, sua concentração declina lentamente, mostrando que a
dessorção é dependente do tempo (JOHNSON et al., 2000). Em água pura, com
pH alcalino, é degradado lentamente (ELAZZOUZI et al., 2002). O IMZT, no ano
seguinte após sua aplicação, causou visível injurias ao algodão (Gossypium
hirsutum L), sem afetar o rendimento das fibras, em sistema experimental de
rotação de cultura entre A. hypogaea L e G. hirsutum L (YORK et al., 2000). No
entanto, injúrias ao G. hirsutum L e às suas fibras foram observadas no campo de
rotação de culturas, no qual foi aplicada a marca Pursuit® no A. hypogaea L,
antes do plantio do G. hirsutum L (GRICHAR et al., 2004).
A persistência das IMIs no solo é influenciada pelo grau de adsorção,
matéria orgânica, temperatura e exposição à luz solar, sendo que o modo primário
de decomposição desta classe química de herbicidas é por degradação
microbiana (GRICHAR et al., 2004; WANG et al., 2005). IMZT é estável, e
apresenta uma meia vida entre 33 e 37 meses em solo aeróbico ou 2 meses em
condições anaeróbicas. O único produto de degradação que foi encontrado é o 5-
etil-3-piridina ácido carboxílico, dados que contribuem na avaliação de riscos
ecológicos (NYS DEC, 2000). Foram detectados dois metabólitos da
fotodegradação do IMZT, em água pura com pH alcalino, rotulados de A e B
(ELAZZOUZI et al., 2002). Estudos em soja (G. max L), amendoim (A. hypogaea
L), milho (Z. mays L), alfafa (M. sativa L) e canola (B. napus L) indicam os únicos
metabólitos significantes: o (alfa)-hidroximetil (AC 288.511) e a glicose conjugada
(5-[1-(β-D-glicopiranosiloxi)etil]-2-[4,5-diidro-4-metil-4-(1-metiletil)-5-oxo-1H-
imidazol-2-il]-3-piridinecarboxílico), (AC 182. 704) (USEPA, 2005
b
). O primeiro tem
sido encontrado em quantidades pequenas em estudos metabólicos de rato,
cabra e galinha (USEPA, 2003
a
).
A planta daninha leiteiro (Euphorbia heterophylla L), em lavouras de G.
max L, apresenta resistência codificada por um gene dominante nuclear, com
dominância completa (VARGAS et al., 2001).
Mutações que conferem resistência ao IMZT foram descritas em diferentes
organismos: uma mutação de ponto em Amaranthus hybridus K (TRUCCO et al.,
2006); duas mutações em Arabidopsis (JANDER et al., 2003) e três mutações
(genes AHAS (AHAS1, AHAS2 e AHAS3) em Helianthus annuus L (KOLKMAN et
al., 2004).