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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA – MESTRADO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: CLÍNICA INTEGRADA
LEYLA DELGADO
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA SUPERFICIAL DE RESINAS COMPOSTAS
EXTRACLARAS FOTOPOLIMERIZADAS POR LUZ HALÓGENA E LEDs.
DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS APARELHOS
FOTOPOLIMERIZADORES
PONTA GROSSA
2004
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LEYLA DELGADO
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA SUPERFICIAL DE RESINAS COMPOSTAS
EXTRACLARAS FOTOPOLIMERIZADAS POR LUZ HALÓGENA E LEDs.
DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS APARELHOS
FOTOPOLIMERIZADORES
Dissertação apresentada para obtenção do
título de mestre na Universidade Estadual de
Ponta Grossa, no Curso de Mestrado em
Odontologia – Área de concentração em
Clínica Integrada.
Orientadora: Profª. Dra. Stella Kossatz Pereira
PONTA GROSSA
2004
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2
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central da UEPG
Delgado, Leyla
D352 Avaliação da microdureza superficial de resinas
compostas para dentes clareados fotopolimerizadas
por luz haló
g
ena e LEDs. / Le
y
la Del
g
ado. Ponta
Grossa, 2004.
_____f. il.
Dissertação( Mestrado) – Universidade Estadual
de Ponta Grossa
Orientador : Profa. Dra. Stella Kossatz Pereira
1- Microdureza superficial. 2-
Resinas compostas.
3- Dentes clareados. I. T.
CDD : 617.675
LEYLA DELGADO
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA SUPERFICIAL DE RESINAS COMPOSTAS
EXTRACLARAS FOTOPOLIMERIZADAS POR LUZ HALÓGENA E LEDs.
DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS APARELHOS
FOTOPOLIMERIZADORES
Dissertação apresentada para obtenção do título de mestre na Universidade
Estadual de Ponta Grossa, no Curso de Mestrado em Odontologia - Área de
concentração em Clínica Integrada.
Ponta Grossa, 23 de julho de 2004.
Profa. Dra. Stella Kossatz Pereira - Orientadora
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profa. Dra. Denise Pedrini
Universidade Estadual Paulista – UNESP
Faculdade de Odontologia de Araçatuba
Prof. Dr. Abraham Lincoln Calixto
Universidade Estadual de Ponta Grossa
A Deus,
pela sua presença, fundamental para a realização deste
trabalho, pois colocou no meu caminho uma família
maravilhosa, professores exemplares e amigos verdadeiros.
A meus pais
Aurora e Oswaldo,
fontes inesgotáveis de força de vida e exemplos de luta, que
me ensinaram a enfrentar os desafios por maiores que fossem
e a me levantar com cada tropece. Pela orientação no caminho
honesto da vida pessoal e profissional. Por me mostrar que se
aprende de cada erro, em pro da formação da personalidade e
o aperfeiçoamento moral. Pelo espaço e a liberdade para
seguir minha vida profissional. Pela compreensão e amor em
todos os momentos, sobretudo durante minha ausência.
Aos meus irmãos Wendy e Oswaldo,
sem seu apoio não tivesse realizado uma aventura tão distante.
AGRADECIMENTOS
Um agradecimento especial para a Professora Doutora Stella Kossatz Pereira,
minha orientadora. Pelo seu incentivo e conhecimentos transmitidos, pela paciência
para me guiar e pela confiança depositada para a realização deste trabalho. Por se
haver envolvido de forma tão agradável na realização deste.
À Professor Doutor João Carlos Gomes, pela confiança, amizade e oportunidades
concedidas.
À Professor Gilberto Henostroza, pela confiança depositada e a oportunidade de
ser melhor.
À Vânia, Osnara e Abraham minha admiração, pelo exemplo de profissionalismo e
dedicação os quais me possibilitaram a aquisição de novos conhecimentos durante
este tempo. Pelos comentários e acompanhamento durante todo o processo de
pesquisa, que me foram de imensa valia. Pela amizade e confiança.
À Alessandra Rastelli pelo sue apoio na realização deste trabalho e pela sua
amizade.
À Professor Doutor Jorim pelo seu apoio na realização da estatística. Pelo tempo
dedicado a me transmitir os conhecimentos necessários para compreender os
múltiplos testes aplicados.
À Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual Ponta Grossa – UEPG,
pela oportunidade a mim concedida.
À Universidade Estadual de Ponta Grossa, pelo apoio a mim concedido.
Ao Professor Gelson Adabo, chefe do Departamento de Materiais Dentários da
Faculdade de Odontologia, UNESP – Araraquara, por facilitar o uso do
microdurômetro digital no laboratório que ele dirige.
À Cristina Kurachi e Lino Misoguti, por facilitar o uso do Laboratório de Óptica do
Instituto de Física da Universidade de São Paulo – USP, São Carlos. Pela boa
vontade para tirar dúvidas importantes.
À Morgana Maria das Graças pelo apoio administrativo, pela eficiência no seu
trabalho. Mais do que uma funcionária, uma amiga.
À Fundação Araucária, pela concessão da Bolsa de Estudos.
Às empresas Ivoclar Vivadent, 3M-ESPE, Heraeus Kulzer e Dentsply pelo
fornecimento de matérias e empréstimos de aparelhos necessários para a execução
desta pesquisa.
À José Aguilar e Manuel Lagravère, amigos e colegas que sempre me
incentivaram.
À Adriana S., Adriana O., Alfredo, Ana Claudia, Andréa, Ariadne, Douglas,
Flávia, João Paulo, Maister, Milko, Pelissari e Protásio. Colegas de turma e
amigos que com sua experiência, juventude e cumplicidade fizeram os dias mais
agradáveis. Obrigada pelo amor, respeito e carinho imenso.
A Andréa, Ariadne, João Paulo e Milko, amigos que me concederam dias
inesquecíveis. Amigos nos dias alegres e tristes, amigos em cada dia de aula,
amigos nos trabalhos, amigos nos momentos de descontração, amigos e
companheiros de viagens. Amigos que me receberam com os braços abertos.
Obrigada a suas famílias pela acolhida agradável.
Um agradecimento especial para Ariadne, por estar sempre presente, carinhosa e
atenta. Pelas agradáveis conversas sobre a vida e nossos sonhos. Pela sua
amizade. E, para Andréa que com seu carinho e alegria inunda os espaços, por
aquele seu jeito. Por me mostrar que a vida é simples e agradável. As três
passamos dias inesquecíveis, compartindo prazeres mútuos. As duas estão sempre
no meu coração.
RESUMO
DELGADO, L. Avaliação da microdureza superficial de resinas compostas
extraclaras fotopolimerizadas por luz halógena e LEDs. Descrição das
características dos aparelhos fotopolimerizadores. Ponta Grossa, 2004. 129.
Dissertação (Mestrado em Clínica Integrada) – Faculdade de Odontologia,
Universidade Estadual de Ponta Grossa.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a microdureza superficial de quatro resinas
compostas microhíbridas de cor extraclara quando fotopolimerizadas com duas
fontes de luz: halógena e LEDs. Paralelamente determinou-se o espectro de
emissão (nm) e a potência (W) dos aparelhos testados através do espectrômetro
USB2000 (Ocean Optics) e o Power Meter (Ophir) respectivamente. A intensidade
de luz (mW/cm
2
) foi calculada através do valor da potência e da área da ponta ativa
de cada aparelho (i=P/A). As resinas compostas utilizadas foram: Tetric
®
Ceram
(Ivoclar Vivadent) A2 e XL, Filtek
TM
Z250 (3M-ESPE) A2 e B0.5, Charisma
®
(Heraeus
Kulzer) A2 e SL e Esthet X (Dentsply) A2 e XL. Os aparelhos utilizados foram o
aparelho Curing Light 2500 (3M-ESPE) e Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE). Para a
confecção dos corpos-de-prova foram utilizadas matrizes metálicas que com orifício
central de 5 mm de diâmetro por 2 mm de espessura. Os corpos-de-prova foram
identificados e armazenados em recipientes secos e ao abrigo da luz durante 24
horas. Passado este tempo, foram submetidos ao teste de microdureza Vickers
através do microdurômetro digital MMT-3 (Buehler) com carga de 50 gf durante 30
segundos. Os valores de microdureza foram analisados através da análise de
variância multifatorial e teste de Tukey. O teste t para amostras pareadas foi utilizado
para determinar diferenças entre as superfícies. Também foi calculada a
porcentagem de profundidade de polimerização. Os resultados evidenciaram que o
espectro de emissão do aparelho à base de LEDs é mais estreito do que do
aparelho de luz halógena, sendo que este último apresentou maior potência e maior
intensidade de luz. Os fatores analisados (resina composta, cor e fonte de luz)
influenciaram nos valores de microdureza. Concluiu-se que a cor extraclara obteve
os menores valores de microdureza independentemente do tipo de fonte de luz
utilizada e o aparelho à base de LEDs proporcionou os valores mais baixos de
microdureza superficial. A resina composta Tetric
®
Ceram cor XL atingiu
porcentagem de polimerização inferior a 80%, independentemente do tipo de fonte
utilizada. As cores A2 e XL da resina composta Charisma
®
não obtiveram
porcentagens de profundidade de polimerização acima de 80% quando
fotopolimerizada com o aparelho à base de LEDs.
Palavras-chaves: Dureza; Resina composta; Cor.
ABSTRACT
DELGADO, L. Evaluation of the superficial microhardness of extra-light
composite resins photocured by Halogen Light and LEDs. Description the
characteristics of the light sources. Ponta Grossa, 2004. 129 Dissertação
(Mestrado em Clínica Integrada) – Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual
de Ponta Grossa.
The purpose of this study was to evaluate the superficial microhardness of four extra-
light microhibrid composite resins photocured with different types of light curing units:
Halogen and LEDs. The emission spectrum (nm) and power (mW) of the curing units
were tested using the spectrometer USB2000 (Ocean Optics) and the Power Meter
(Ophir). The light intensity (mW/cm
2
) was determined through the value of power and
area the light guide of each unit (i=P/A). The resins and colors used were: Tetric
®
Ceram (Ivoclar Vivadent) A2 and XL; Filtek
TM
Z250 (3M-ESPE) A2 and B0.5;
Charisma
®
(Heraeus Kulzer) A2 and SL; and Esthet X (Dentsply) A2 and XL. The
curing units used were: Curing Light 2500 (3M-ESPE) and Elipar
®
FreeLight (3M-
ESPE). Metallic matrixes were made with a hole of 5mm diameter and 2 mm thick.
Samples of the resins were made on these matrixes and were marked and storaged
in dry, dark jars for 24 hours. After this, the samples were evaluated using Vickers
microhardness test through the digital microhardmeter MMT-3 (Buehler) with 50 gf
charge for 30 seconds. Data collected was analyzed with a mutlifactorial variance
and Tukey tests. T-test was used on paired samples to determine significant
difference between surfaces. Also was calculated the percentage of depth of cure.
Results showed that the emission spectrum of the LED curing unit was more reduced
than the halogen curing unit (430–520nm and 400-520nm respectively).
Nevertheless, the halogen curing unit presented a greater power and intensity of
light. The factors analyzed (type of resin, color and light source) influenced the
microhardness values. It was found that the extra-light color resins presented the
least values of microhardness independent to the light source. The LEDs curing units
presented the least values of superficial microhardness. The Tetric
®
Ceram XL resin
composite showed percentage of depth of cure less 80%, independent to the light
source. The same occurred with A2 and XL colors the Charisma
®
resin composite
when cured with LEDs unit.
Keywords: Hardness; Composite Resin; Color.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Resina composta Tetric
®
Ceram (Ivoclar Vivadent)............................ 60
Figura 2 - Resina composta Filtek™ Z 250 (3M-ESPE)...................................... 60
Figura 3 - Resina composta Charisma
®
(Heraeus Kulzer)................................. 61
Figura 4 - Resina composta Esthet X (Dentsply.................................................. 61
Figura 5 - Aparelho de luz halógena Curing Light 2500 (3M-ESPE)................... 63
Figura 6 - Aparelho à base de LEDs Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE) ................... 66
Figura 7 - Região P-N de um Diodo semicondutor LED...................................... 66
Figura 8 - Vista frontal do aparelho à base de LEDs mostrando a disposição
dos 19 LEDs........................................................................................ 67
Figura 9 - Esquema mostrando a distribuição dos LEDs....................................
67
Figura 10 - Matriz metálica.................................................................................... 73
Figura 11 - Seqüência de colocação dos componentes antes da inserção da
resina composta.................................................................................. 74
Figura 12 - Seqüência de colocação dos componentes após a inserção da
resina composta.................................................................................. 74
Figura 13 - Processo de fotopolimerização controlado por um cronômetro digital 75
Figura 14 - Microdurômetro digital......................................................................... 77
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Variação da intensidade para 30 segundos de permanência na
base, para o aparelho à base de LEDs...................................................... 70
Gráfico 2 - Variação da intensidade para 60 segundos de permanência na
base, para o aparelho à base de LEDs.............................................. 71
Gráfico 3 - Variação da intensidade para 90 segundos de permanência na
base, para o aparelho à base de LEDs.............................................. 71
Gráfico 4 - Espectro de emissão das duas fontes de luz utilizadas..................... 80
Gráfico 5 - Valores de microdureza Vickers para a superfície de topo e de base
da resina composta Tetric
®
Ceram (Ivoclar Vivadent)
fotopolimerizada com o sistema de LEDs e com o sistema de luz
halógena............................................................................................. 91
Gráfico 6 - Valores de microdureza Vickers para a superfície de topo e de base
da resina composta Filtek
TM
Z250 (3M-ESPE) fotopolimerizada com
o sistema de LEDs e com o sistema de luz halógena........................ 91
Gráfico 7 - Valores de microdureza Vickers para a superfície de topo e de base
da resina composta Charisma
®
(Heraeus Kulzer), fotopolimerizada
com o sistema de LEDs e com o sistema de luz halógena................. 92
Gráfico 8 - Valores de microdureza Vickers para a superfície de topo e de base
da resina composta Esthet X (Dentsply), fotopolimerizada com o
sistema de LEDs e com o sistema de luz halógena........................... 92
Gráfico 9 - Porcentagem de polimerização obtida para os diferentes grupos...... 94
LISTA DE TABELAS
T
abela 1 - Características das resinas compostas............................................. 59
T
abela 2 - Características dos aparelhos fotopolimerizadores testados............ 62
T
abela 3 - Grupos experimentais........................................................................ 72
T
abela 4 - Tabela de registro de dados.............................................................. 77
T
abela 5 - Valores de potência e intensidade de luz......................................... 81
T
abela 6 - Média e desvio padrão para os valores de microdureza................... 81
T
abela 7 - Resultados da análise de variância multifatorial para a superfície
de topo............................................................................................... 82
T
abela 8 - Contraste de médias para interação resina composta e cor para a
superfície de topo.............................................................................. 83
T
abela 9 - Contraste de médias para interação resina composta e tipo de
fonte de luz para superfície de topo.................................................. 84
T
abela 10 - Contraste de médias para interação cor e tipo de fonte de luz para
superfície de topo...................................................................... 84
T
abela 11 - Contraste de médias para a interação resina composta, cor e tipo
de fonte de luz para a superfície de topo.......................................... 85
T
abela 12 - Resultados da análise de variância multifatorial para a superfície
de base........................................................................................................
86
T
abela 13 - Contraste de médias para interação resina composta e cor na
superfície de base.......................................................................... 87
abela 14 - Contraste de médias para interação resina composta e tipo de
fonte de luz na superfície de base.................................................. 88
T
abela 15 - Contraste de médias para interação cor e tipo de fonte de luz para
superfície de base...................................................................... 89
T
abela 16 - Contraste de médias para a interação resina composta, cor e tipo
de fonte de luz para a superfície de base......................................... 89
T
abela 17 - Contraste de médias da superfície de topo e de
base...................................................................................................
93
T
abela 18 - Valores de porcentagem de profundidade de polimerização............ 94
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A - Área
au - Unidades arbitrárias
BisGMA - 2,2-bis-[4-(2-hydroxy-3-mathacryloxy-propyloxy) phenyl]propane
BAPO - Bis-Acryl-Phosphinoxide
CIE L*a*b*,
CIELAB ou
CIE76
- Commission Internacionale de l’Eclairage, International Commission
on Illumination.L*a*b* coordinadas da cor (L*= preto-branco,
a*=verde-vermelho, b*=azul-amarelho)
cm - Centímetro
CQ - Canforoquinona
DMAEMA - 2-(N,N-dimethylamino)ethyl metacrylate
DMPT - N,N-dimethyl-p-toluidine
ESR - Electron Spin Resonance
FTIR - Fourier Transform Infrared Spectroscopy
g - Gramas
gf - gramas força
G - Grupo
°C - grau Celsius
HV - Hardness Vickers
H
o
- Hipótese nula
i
- Intensidade de luz
InGaN - Nitrito de Gálio
ISO - International Organization for Standardization
J/m
2
- Joule por metro quadrado
kgf - quilograma força
kgf/mm
2
- quilogramas força por milímetro quadrado
LED - Light Emitting Diode, Diodos Emissores de Luz
mW - MiliWatts
mm - Milímetros
mW/cm
2
- miliWatts por centímetro quadrado
MIR - Múltipla Reflexão Interna
nm - Nanômetro
p - Valor de significância
P - Potência
PBN - phenyl-tert-butyl
PPD - 1-phenyl-1,2-propanedione, Propano Fenil Diona
TEGDMA - Triethyleneglycol dimethacrylate
UDMA - Urethane dimethacrylate
μm - Micrômetro
% - Porcentagem
® - Registrado
π - Valor de pi – constante = 3,1416
X - Versus
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO..................................................................................... 13
2
REVISÃO DE LITERATURA................................................................ 17
3
PROPOSIÇÃO..................................................................................... 58
4
MATERIAL E MÉTODO....................................................................... 59
4.1 MATERIAL RESTAURADOR............................................................... 59
4.2 APARELHOS FOTOPOLIMERIZADORES.......................................... 62
4.2.1 Descrição dos aparelhos fotopolimerizadores 62
4.2.1.1 Aparelho de Luz Halógena: Curing Light 2500 (3M-ESPE)…………... 62
4.2.1.2 Aparelho à Base de LEDs: Elipar
®
(3M-ESPE).................................... 64
4.3 CARACTERÍSTICAS DOS APARELHOS FOTOPOLIMERI-
ZADORES............................................................................................ 68
4.4 GRUPOS EXPERIMENTAIS................................................................ 72
4.5 CONFECÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA......................................... 73
4.6 ANÁLISE DA MICRODUREZA SUPERFICIAL.................................... 76
4.7 PORCENTAGEM DE PROFUNDIDADE DE POLIMERIZAÇÃO......... 78
4.8 PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL ESTATÍSTICO........................... 78
5
RESULTADOS..................................................................................... 80
5.1
CARACTERÍSTICAS DOS APARELHOS
FOTOPOLIMERIZADORES................................................................. 80
5.2 MICRODUREZA SUPERFICIAL.......................................................... 81
5.2.1 Superfície de Topo............................................................................... 82
5.2.1.1 Efeito da interação resina composta e cor........................................... 82
5.2.1.2 Efeito da Interação resina composta e tipo de fonte de luz.................. 83
5.2.1.3 Efeito da Interação cor e tipo de fonte de luz....................................... 84
5.2.1.4 Efeito da interação resina composta, cor e tipo de fonte de luz........... 85
5.2.2 Superfície de Base............................................................................... 86
5.2.2.1 Efeito da interação resina composta e cor........................................... 87
5.2.2.2 Efeito da Interação resina composta e tipo de fonte de luz.................. 87
5.2.2.3 Efeito da Interação cor e tipo de fonte de luz....................................... 88
5.2.2.4 Efeito da interação resina composta, cor e tipo de fonte de luz........... 89
5.3 COMPARAÇÃO DOS VALORES DE MICRODUREZA ENTRE AS
SUPERFÍCIES DE TOPO E DE BASE
93
5.4 PORCENTAGEM DE PROFUNDIDADE DE POLIMERIZAÇÃO......... 93
6
DISCUSSÃO........................................................................................ 95
7
CONCLUSÕES.................................................................................... 113
REFERÊNCIAS................................................................................................... 114
GLOSSÁRIO........................................................................................................ 120
APÊNDICE: Dados originais de microdureza Vickers......................................... 121
1 INTRODUÇÃO
As resinas compostas permanecem em destaque desde que foram
introduzidas na odontologia. O espaço alcançado por este material deve-se a muitos
fatores nos quais a estética é considerada a principal. A busca dos profissionais e
pacientes por restaurações imperceptíveis instiga a atualização de materiais e
técnicas restauradoras que permitem reproduzir a forma, cor e textura natural dos
dentes. (PARAVINA; ONTIVEROS; POWERS, 2002).
Outro fator que permitiu a ampla utilização das resinas compostas foi
o desenvolvimento dos sistemas adesivos que revolucionaram a odontologia,
modificando os conceitos de preparo cavitário e possibilitando a maior conservação
das estruturas dentárias sendo esta uma das melhores vantagens. (FRANCO;
LOPES, 2003).
As primeiras gerações de resinas compostas que surgiram para uso
clínico, apresentavam uma reação de presa química pela combinação de duas
pastas (pasta catalisador e pasta base) e tinham como iniciador o peróxido de
benzoíla e como ativador uma amina terciária (N,N-dimetil-p-toluidina), os quais
permitem a formação de radicais livres, conseqüentemente ocorrendo a formação de
polímeros. Com este tipo de ativação as resinas compostas apresentavam uma
polimerização uniforme em toda a extensão, porém possuía tempo de trabalho curto
e tempo de polimerização longo o que prolongava o tratamento, entretanto, o
tornava desagradável para o paciente e cansativo para o dentista. Outra
desvantagem está na incorporação de bolhas de ar no momento da mistura das
duas pastas, prejudicando a vida média das restaurações. (FRANCO; LOPES, 2003;
KAWAGUCHI; FUKUSHIMA; MIYAZAKI, 1994; RUEGGEBERG, 1999).
Para a solução destes problemas surgiram no mercado odontológico
as resinas compostas polimerizadas através de sistemas de luz ultravioleta e
14
posteriormente luz visível. A polimerização através de luz ultravioleta foi substituída
por causar danos deletérios na pele e nos olhos, no operador e no paciente. Na
atualidade os sistemas de polimerização por luz visível são os únicos utilizados por
produzirem danos térmicos e fotoquímicos mínimos na retina. (DAVIS et al., 1985).
No caso das resinas compostas ativadas através de luz visível, os
monômeros reagem e formam uma complexa estrutura de polímeros. Porém, a
conversão de monômeros em polímeros não atinge 100%, resultando na
permanência de monômeros sem reagir. (ASMUSSEN; PEUTZFELDT, 2001;
PEUTZFELDT, 1994; RUEGGEBERG, 1999).
O grau de conversão de monômeros em polímeros é um fator
importante porque afeta diretamente a profundidade de polimerização e é afetado
por muitos fatores, podendo-se citar: composição do material (KAWAGUCHI;
FUKUSHIMA; MIYAZAKI, 1994; SAKAGUCHI; DOUGLAS; PETERS, 1992; UHL;
MILLS; JANDT, 2003), natureza dos fotoiniciadores (ASMUSSEN; PEUTZFELDT,
2001; TESHIMA et al., 2003; UHL; SIGUSH; JANDT, 2004) e intensidade de luz.
(ASMUSSEM; PEUTZFELDT, 2001; NOMOTO; UCHIDA; HIRASAWA, 1994;
PEREIRA, 1999).
Outras causas podem influenciar na profundidade de polimerização,
as quais condicionam alterações das propriedades físicas e mecânicas das resinas
compostas (ASMUSSEM; PEUTZFELDT, 2001; KAWAGUCHI; FUKUSHIMA;
MIYAZAKI, 1994), dentre elas pode-se citar o tempo de exposição à luz, espessura
do incremento de resina composta, tipo de fonte de luz utilizada, distância da fonte
de luz até o material, entre outras. (ANDRADE et al., 2001; CONSANNI et al., 2002;
PEREIRA et al., 1997; SAKAGUSHI; DOUGLAS; PETERS, 1992).
Um dos principais fatores que prejudicam a qualidade de
polimerização é a redução da quantidade de luz necessária para excitar o
fotoiniciador em toda a extensão da resina composta. A intensidade de luz diminui
15
como resultado da absorção e dispersão da luz. Assim, a superfície que está em
contato direto com a fonte de luz apresenta mais fotoiniciadores excitados e maior
número de radicais livres gerados para formar polímeros, o que resulta em uma
polimerização mais completa nesta superfície. Já em maiores profundidades, a
quantidade de luz é reduzida, diminuindo o potencial de polimerização. Por estas
descobertas, consagraram-se valores ideais para atingir adequadas propriedades
das resinas compostas. O valor para intensidade de luz é de 400 mW/cm
2
associada
a tempos de exposição de 40 segundos e espessuras ou incrementos de no máximo
de 2 mm. (PEREIRA et al., 1997; PEREIRA; PORTO; MENDES, 2001;
RUEGGEBERG, 1999).
Muitos fabricantes e pesquisadores têm utilizado a canforoquinona
(CQ) na formulação das resinas compostas como iniciador do processo de
fotopolimerização. A CQ é uma diquetona que absorve energia entre 400 e 500 nm
com um pico de absorção em 468 nm. (FRANCO; LOPES, 2003; NOMOTO, 1997;
PARK; CHAE; RAWLS, 1999; TESHIMA et al., 2003). Entretanto, a CQ é
inerentemente amarela o que causa limitações no momento de fabricar resinas
compostas de cores claras ou muito brancas principalmente para aquelas cores
indicadas em dentes que submeteram-se a tratamento de clareamento. Maiores
concentrações de CQ condicionam melhores propriedades das resinas compostas,
porém, resulta em uma restauração extremamente amarela quando polimerizada.
(PARK; CHAE; RAWLS, 1999; PEUTZFELDT; ASMUSSEN, 1989; RUEGGEBERG,
1999).
Esforços para melhorar as resinas compostas e conseguir maior
estética e longevidade das restaurações, levaram a industria a pesquisar
fotoiniciadores alternativos bem como fontes de luz que ativam as resinas
compostas. Assim, fotoiniciadores como Lucerina, 1-phenyl-1,2-propanedione (PPD)
e Bis-Acryl-Phosphinoxide (BAPO), estão sendo incluídos na composição de várias
16
resinas compostas, para se conseguir restaurações mais claras ou translúcidas com
finalidade estética, tentando manter ou melhorar o processo de polimerização das
mesmas. (FRANCO; LOPES, 2003; PARK; CHAE; RAWLS, 1999; UHL; MILLS;
JANDT, 2003).
Paralelamente a estes avanços novas fontes de luz, além dos
aparelhos de luz halógena, têm sido lançadas no mercado como uma alternativa de
polimerização e para superar as limitações que os aparelhos de luz halógena
apresentam.
O sistema de polimerização à base de LEDs estão sendo
amplamente difundidos nos últimos anos por apresentarem vantagens em relação
aos aparelhos de luz halógena, tais como: maior tempo de vida útil por não
apresentar degradação de diversos componentes e tamanho reduzido. Os primeiros
aparelhos fabricados com esta tecnologia emitem intensidades de luz baixa, valores
que não se comparam com o valor anteriormente citado, para obter adequada
polimerização em tempo clinicamente aceitável. (LEONARD et al., 2002; MILLS;
ASHWORTH, 1999; MILLS; UHL; JANDT, 2002). Outra limitação é o estreito
comprimento de onda da luz emitida pelos aparelhos, entre 450 e 500 nm, o que é
ótimo para a CQ, entretanto inadequado para os novos fotoiniciadores (400 a 450
nm) que estão incorporados na formulação de alguns materiais. (SWIFT JR., 2001).
Tendo conhecimento de que os resultados desta pesquisa são de
interesse tanto para os pesquisadores como para os profissionais da área
odontológica, em função da constante busca por aparelhos de polimerização mais
eficientes e práticos em diversas situações clínicas, objetivou-se neste estudo
comparar a eficiência da polimerização da resina composta com aparelho à base de
LEDs e lâmpada halógena através do teste de microdureza superficial, bem como
algumas de suas limitações na polimerização de cores extraclaras de diferentes
resinas compostas.
2 REVISÃO DE LITERATURA
O grau de polimerização de uma resina composta fotopolimerizável é
dependente da intensidade e do comprimento de onda da luz incidente. Baseado
neste conceito Kilian (1979) estudou a profundidade de polimerização de resinas
compostas ativadas por luz visível, através de medidas de dureza Rockwell. O autor
confeccionou amostras de 3 mm de espessura e as polimerizou por 60 segundos.
Manteve-as armazenadas por 1 e 24 horas à temperatura de 37°C antes de
submetê-las ao teste de dureza. A resina composta utilizada foi o sistema Fotofil
(Johnson & Johnson). O autor concluiu que a profundidade de polimerização de uma
resina composta depende da intensidade de luz incidente, pois constatou aumento
dos valores de dureza conforme o aumento da intensidade de luz. Os valores de
dureza aumentaram na superfície mais próxima à luz em relação ao fundo e com o
maior tempo de armazenamento.
Miyagawa; Powers e O’Brien (1981) com a finalidade de calcular a
opacidade de diferentes espessuras de resina composta e determinar a constante
óptica de reflexão das mesmas, testaram as seguintes resinas compostas: Concise
(3M) cor universal, Nuva-Fil (L.D. Caulk) cor Light, Prestige (Lee Pharmaceuticals)
cor Universal, Sevriton (Amalgamated Dental Trade) cor S5-Light Yellow e Vytol (L.D.
Caulk). Para a mensuração no espectrofotômetro os autores utilizaram superfícies de
apoio branca e preta. A avaliação da constante óptica incluía a reflexão da luz,
coeficiente de dispersão e o coeficiente de absorção a qual foi calculada em 1,3 mm
de espessura. Para as espessuras de 2,6 mm e 3,9 mm os resultados foram
calculados através da teoria de Kubelka-Munk. Não encontraram diferenças entre os
valores observados e os calculados. Os autores concluíram que a opacidade in vitro
18
do material é dependente da cor e da espessura do material, e da cor da superfície
de apoio no espectrofotômetro.
Yearn (1985) realizou uma revisão de literatura de três métodos de
determinação de profundidade de polimerização que reproduzem in vitro o que
ocorre clinicamente com as resinas compostas. Os métodos foram: raspagem,
dureza superficial e grau de conversão. Segundo o autor, o teste de raspagem é
simples, mas não oferece boa avaliação da qualidade de polimerização. O teste de
dureza superficial é simples e confiável. Para o teste de grau de conversão de
monômeros existem duas modalidades de avaliação: múltipla reflexão interna (MIR)
e espectroscopia laser Raman. As duas modalidades quantificam o número de
grupos metacrilato presentes na resina composta, antes e depois da aplicação da
luz. Porém, o teste de grau de conversão de monômeros apresenta uma metodologia
complexa e custosa, o que o caracteriza como um método pouco viável como
procedimento de rotina. Os resultados deste teste têm sido similares aos resultados
de microdureza superficial. O autor concluiu que o teste de dureza superficial é um
método eficiente na determinação da profundidade de polimerização para corpos-de-
prova de resinas compostas confeccionadas em matrizes metálicas. Entre os fatores
que determinam a profundidade de polimerização das resinas compostas, os autores
destacaram a formulação química do material, condições do aparelho
fotopolimerizador, intensidade de luz e distância da fonte de luz e a superfície da
resina composta.
Hotz et al. (1989) realizaram um experimento in vitro para comparar
o desempenho dos aparelhos fotopolimerizadores (recém fabricados e os utilizados
em clínicas dentárias) através do teste de dureza. Os aparelhos estudados foram:
Heliomat (Vivadent), Optilux VLC 200 (Demetron Res. Corp.), Translux CL (Kulzer) e
19
Visilux 2 (3M). Para cada um dos aparelhos havia à disposição um fotopolimerizador
novo para fins comparativos. A resina composta utilizada para a confecção dos
corpos-de-prova foi Briliant Lux (Coltène/Whaledent) cor D3. Os tempos de
exposição foram de 30 e 60 segundos. As dimensões das amostras foram de 6 mm
de diâmetro por 5 mm de altura. Foi padronizada a distância da ponta ativa à
amostra em 0,3 mm em ângulo reto durante a exposição. As amostras foram
armazenadas por 24 horas à temperatura de 37°C em ambiente úmido. Foram feitos
testes de dureza Knoop na superfície de topo e aos 2 mm, 3 mm e 4 mm de
profundidade. Os resultados mostraram que após a polimerização por 30 segundos
ou mais, camadas maiores que 2 mm apresentaram endurecimento incompleto da
base. Valores inferiores de dureza foram obtidos na superfície de topo para
profundidades de 3 mm e 4 mm de resina composta, independentemente se o
aparelho utilizado foi novo ou antigo. Os autores concluíram que camadas superiores
a 2 mm apresentaram polimerização incompleta, mesmo que o tempo de exposição
tenha sido elevado até 60 segundos. Os cabos condutores rígidos foram superiores
aos flexíveis e aparelhos que apresentaram regulador de voltagem não sofreram
influência de variações de tensão elétrica.
Em vista da necessidade dos conhecimentos técnicos por parte do
operador, Lutz; Kreji e Frischknecht (1992) descreveram os critérios de seleção dos
aparelhos de fotopolimerização bem como as instruções para adequada manutenção
técnica e funcional, incluindo procedimentos de limpeza, desinfecção e avaliação de
rendimento. Os autores recomendaram os aparelhos de fotopolimerização do tipo
pistola ou caneta em substituição aos de cabo condutor flexível, por estes serem
sensíveis a fenômenos físicos, tais como dobras e esmagamentos que levam a
rompimentos e perda de rendimento. Os aparelhos de fotopolimerização apresentam
20
diversos componentes que devem estar sujeitos a manutenção periódica. Assim, o
uso de radiômetros é importante para manter a emissão de luz constante. Também
recomendaram a avaliação do rendimento dos aparelhos através de testes de
raspagem e abrasão. Os autores consideraram como valor mínimo aceitável ou
polimerização completa nas camadas mais profundas do material, proporções a
80% da dureza máxima determinada na superfície, para 2 mm de espessura do
material, tempo de exposição de 40 segundos e distância de 1 mm da ponta ativa
até a resina composta. A manutenção técnica dos aparelhos deve ser imediatamente
após determinar-se a perda de rendimento ou quatro vezes ao ano, dependendo da
freqüência de utilização.
Desde que a contração de polimerização está associada ao grau de
polimerização das resinas compostas, Sakaguchi; Douglas e Peters (1992) avaliaram
a alteração destas segundo o efeito da intensidade de luz, cor, espessura do
material e distância da fonte de luz até o material. As resinas compostas testadas
foram: P-50/ 3M (U, XL, G, Y), Silux Plus/3M (U, G, DG, L), Herculite XR/Kerr (U,
DG, L, DY). Utilizou-se o aparelho Visilux 2 (3M). Com ajuda de um radiômetro foi
mensurada a intensidade de luz do aparelho a diferentes distâncias, desde 0 mm até
15 mm, com intervalos de 0,25 mm. A distância foi considerada entre a ponta ativa
da fonte de luz até o detector do radiômetro. As amostras foram preparadas com
espessuras entre 0,9 mm e 3 mm e polimerizadas por 60 segundos. Os resultados
correspondentes à intensidade de luz mostraram que esta diminuiu rapidamente ao
aumentar a distância entre a fonte de luz e o radiômetro. Aos 2 mm de distância
atingiu-se 93% da intensidade máxima e aos 6 mm 59%. A contração de
polimerização diminuiu com o aumento da espessura da amostra,
independentemente do tempo, intensidade de luz e do material avaliado. Para a
21
variação da cor, os resultados mostraram que as cores claras e escuras
apresentaram menor contração de polimerização do que as cores intermediárias. Os
autores concluíram que existe uma relação linear entre a contração de polimerização
e a intensidade de luz.
Turbino et al. (1992) pesquisaram a relação existente entre a
microdureza Vickers e a profundidade de polimerização (1 mm, 2 mm e 3 mm) com o
tempo de exposição (20 segundos e 40 segundos) e o tempo de armazenamento
(imediatamente e após 24 horas) de 8 resinas compostas (Silux, P-30, Heliosit,
Estilux P, Durafill, Herculite XR, Prisma-Fil e Ful-Fill). Os corpos-de-prova com
dimensões de 3 mm x 4 mm x 3,5 mm foram confeccionados em matrizes de
poliacetato. Os autores encontraram diferenças estatisticamente significantes para o
tempo de exposição e o tempo de armazenamento, sendo que o armazenamento por
24 horas associado ao tempo de exposição de 40 segundos obteve os maiores
valores de microdureza quando comparado aos 20 segundos, independentemente
da resina composta utilizada.
Hansen e Asmussen (1993) avaliaram uma resina composta de
micropartículas (Silux Plus - 3M) através de testes de microdureza Vickers e de
raspagem. Selecionaram 10 diferentes marcas de aparelhos com luz halógena,
divididindo-os em 3 grupos: unidades novas, unidades usadas e unidades
danificadas. Os valores de microdureza foram determinados na superfície de base e
topo dos corpos-de-prova que foram confeccionados em matrizes de teflon com
3,6 mm de diâmetro. Foram realizadas 5 impressões em cada superfície após 7 dias
de armazenamento. A profundidade de polimerização foi determinada pelo teste de
raspagem. Os autores concluíram que não existe uma correlação entre a
microdureza superficial (superfície de topo) e a profundidade de polimerização,
22
estabelecendo que não se deve medir a eficácia de um aparelho fotopolimerizador
baseando-se na microdureza da superfície de topo de uma resina irradiada, pois, um
aparelho com baixa emissão de luz pode proporcionar à superfície de topo, efetiva
polimerização, porém na superfície de base a resina pode apresentar uma
polimerização deficiente.
Com a finalidade de determinar o coeficiente de transmissão de
resinas compostas ativadas por luz visível de diferentes cores e tipos de partículas e
avaliar a relação existente entre o coeficiente de transmissão e a profundidade de
polimerização, Kawaguchi; Furushima e Miyazaki (1994) testaram 6 diferentes
resinas compostas: Silux Plus/3M (XL, U, Y, NB, NC, GO, DGO), Clearfil Photo
Posterior/Kuraray (XL, UL, US, UY, G, B), Photo Clearfil A/Kuraray (XL, UL, US, UY,
G, B, UO), P-50/3M (XL, U, Y, G), Opalux/ICI (L, S,. LY, Y, G, DY,DYO, GO, SO, YO,
YBO, DGO), Occlusin/ICI (XL, S, DY, LG), Palfique light/Tokuyama (XL, L, U, DY, B,
UO, YO) e Palifique Estilite/Tokuyama (INC, L, U, DY, B, UO, YO). Em relação ao
tipo de partículas, as resinas compostas foram classificadas como: micropartículas
(Silux Plus), híbridas (Clearfil Photo Posterior, Photo Clearfil A, P-50, Opalux,
Occlusin) e partículas pequenas (Palfique light, Palifique Estilite). Para avaliar a
profundidade de polimerização utilizou-se a técnica de raspagem conforme a
especificação da International Organization for Standardization (ISO) 4049. O
aparelho fotopolimerizador de luz halógena utilizado foi o LUXOR (ICI). Os
resultados mostraram que para todas as resinas compostas testadas, a profundidade
de polimerização e o coeficiente de transmissão variaram segundo a cor. As cores
claras (XL, L ou INC) apresentaram maiores profundidades de polimerização e
coeficiente de transmissão, quando comparadas com outras cores de suas
respectivas marcas, exceto para a resina composta P-50.
23
Nomoto; Uchida e Hirasawa (1994) estudaram a influência da
intensidade de luz e do tempo de irradiação sobre resinas compostas. Os autores
pesquisaram a profundidade de polimerização, distribuição do grau de conversão,
conversão de polimerização e a porcentagem de ligações duplas livres. Utilizaram
três resinas compostas Z100 (3M), Silux Plus (3M) e Clearfil Photo Posterior
(Kuraray). Variou-se a intensidade de luz variando a distância entre a ponta ativa e o
corpo-de-prova. Quanto maior a intensidade de luz precisou-se de menor tempo de
exposição para conseguir densidade de energia constante (intensidade de luz vezes
tempo de exposição). Independentemente das combinações entre intensidade de luz
e tempo, quando a densidade de energia foi constante, não houve diferenças nos
resultados das variáveis testadas.
Araújo; Araújo e Mendes (1996) realizaram restaurações de classe V
nas superfícies vestibulares de dentes molares e pré-molares com a finalidade de
avaliar a relação existente entre a intensidade de luz de diferentes aparelhos
fotopolimerizadores e a infiltração marginal. Os aparelhos testados foram:
Primelite/Dentsply (50 mW/cm
2
), Fibralux/Dabi Atlante (180 mW/cm
2
),
Degulux/Degussa (450 mW/cm
2
), Optilux/Demetron Res. Corp. modelo 403 (600
mW/cm
2
), Optilight II/Gnatus (600 mW/cm
2
), Optilux/Demetron Res. Corp. modelo
VCL 401 (800 mW/cm
2
). A intensidade de luz dos aparelhos foi mensurada com
auxílio do radiômetro Curing Radiometer (Demetron Res. Corp.). A resina composta
testada foi Z100 (3M) com o sistema adesivo Scoth Bond Multipurpose (3M), através
da técnica incremental em 2 camadas. Os resultados evidenciaram diferenças
significantes na infiltração marginal das restaurações polimerizadas com os
aparelhos Primelite e Optilux 401. Qualquer outra comparação de intensidade de luz
dos aparelhos resultou numa diferença não significante entre as respectivas
24
infiltrações marginais apresentadas nas restaurações. Os autores concluíram que
intensidades de luz entre 180 e 600 mW/cm
2
mostraram-se adequadas para o
selamento de restaurações de resina composta e que intensidades de luz de 800
mW/cm
2
promoveram melhor polimerização, porém, maior contração de
polimerização e infiltração marginal.
Para determinar que a polimerização da resina composta não
depende só da quantidade de luz mas também da qualidade desta (comprimento de
onda), Nomoto (1997) avaliou através do grau de conversão (GC) e conversão de
polimerização (CP), a influência do comprimento de onda da luz sobre a
polimerização de uma resina composta experimental e determinou o comprimento de
onda mais eficiente. Para obter diferentes comprimentos de onda utilizaram-se filtros
mantendo-se a intensidade de luz constante. Os resultados indicaram que aos 5
segundos de irradiação tanto GC quanto CP foram afetados pelo comprimento de
onda. A influência do comprimento de onda na polimerização foi reduzindo
gradualmente na medida em que o tempo de exposição aumentou. Para cada tempo
de exposição o comprimento mais adequado foi aquele mais próximo ao pico de
absorção da CQ (470 nm). O autor concluiu que a absorbância da CQ afetou a etapa
inicial da polimerização e o efeito do comprimento de onda diminui com o aumento
do tempo de exposição, sendo que o intervalo mais adequado foi entre 450 e 490
nm.
Pereira et al. (1997) avaliaram a capacidade de polimerização de
uma resina composta por meio do teste de microdureza Vickers. Foi utilizada a
resina composta Herculite XR (Kerr) cor L- Enamel, fotopolimerizada em função de
diferentes intensidades de luz e profundidades de polimerização. Foram
selecionados 120 aparelhos fotopolimerizadores, de diferentes modelos e marcas
25
comerciais, dos quais foram registrados os valores de intensidade de luz emitida,
utilizando o radiômetro Curing Radiometer (Demetron Res. Corp.). Posteriormente,
os aparelhos foram classificados em 12 grupos, conforme o valor de intensidade de
luz encontrada. Os intervalos de intensidade de luz foram 30, 90, 100, 180, 200, 260,
360, 460, 540, 550, 600 e 800 mW/cm
2
. As profundidades foram 1 mm, 2mm, 3mm
e 4 mm com tempo de exposição à luz de 40 segundos. Os autores relataram que
valores máximos de microdureza foram obtidos com intensidades acima de 550
mW/cm
2
independentemente da profundidade
e que somente aparelhos que emitiram
intensidade de luz de 800 mW/cm
2
proporcionaram uniformidade de polimerização
em 4 mm de espessura de resina composta.
Fujibayashi et al. (1998) avaliaram aparelhos à base de diodos
emissores de luz (LEDs) como alternativa de fotopolimerização. Foram determinadas
as características ópticas dos aparelhos. As variáveis testadas para avaliar a
eficiência desta nova tecnologia foram: profundidade de polimerização e grau de
conversão de monômeros. Os aparelhos testados foram LED1 e LED2 (61 LEDs -
Nichia Chemical Industries) e um aparelho de luz halógena Optilux (Demetron Res.
Corp.). Utilizaram a resina composta Silux Plus (3M). A avaliação da profundidade de
polimerização foi realizada através do teste de raspagem seguindo as normas ISO
4049/1988. Os tempos de exposição na superfície de topo foram 10, 20, 30 e 40
segundos. Para avaliar o grau de conversão, os corpos-de-prova foram expostos à
luz por 40 segundos. As características ópticas dos aparelhos mostraram que o
aparelho de luz halógena apresentou um comprimento de onda entre 380 e 510 nm,
o aparelho LED1 entre 380 e 600 nm e o aparelho LED2 entre 430 e 550nm. Os
resultados revelaram que o aparelho LED2 promoveu maior profundidade de
26
polimerização e grau de conversão na resina composta avaliada, concluindo que a
tecnologia LED foi efetiva e pode ser utilizada.
Considerando que as condições do aparelho fotopolimerizador
influenciam na intensidade de luz emitida por estes, Miyazaki et al. (1998) avaliaram
a intensidade de luz de aparelhos de diferentes consultórios dentais particulares.
Após a primeira avaliação foram substituídos o filtro, a lâmpada e a ponta ativa,
assim, novos valores de intensidade de luz foram registrados depois de trocar cada
componente e depois de trocar todos em conjunto. Foram avaliados um total de 105
aparelhos de fotopolimerização os quais apresentaram intensidades que flutuavam
entre 28 e 1368 mW/cm². A substituição de cada componente dos aparelhos resultou
em um aumento da intensidade de luz de 36% no caso das lâmpadas, 157.7% para
os filtros e 46.2% para as pontas ativas. Quando foram substituídos os três
componentes, o aumento da intensidade de luz esteve em torno de 322.7%.
Vieira et al. (1998) avaliaram cinco aparelhos de fotopolimerização
com o intuito de analisar a irradiação por eles emitida. Os aparelhos testados foram:
Optilight (Gnatus), Ultralux (Dabi Atlante), XL1500 (3M), Optilux 400 (Demetron Res.
Corp.) e Translux CL (Kulzer). Foram analisadas as características da fonte de
radiação da luz (lâmpada), a transmitância dos filtros e o desempenho da ponteira
óptica ou ponta ativa. Com os resultados verificou-se que os filtros permitiram a
passagem de comprimentos de onda entre 350 e 530 nm, com valores médios de
70% da energia emitida nesta faixa. A maior concentração de energia ocorreu na
faixa entre 430 e 470 nm. Para o conjunto fonte de radiação/filtro as leituras
estiveram no intervalo entre 380 e 530 nm. Para o conjunto fonte de
radiação/filtro/ponta ativa foram iguais aos obtidos para o conjunto fonte de
radiação/filtro o que demonstrou que as ponteiras analisadas não promoveram perda
27
de energia. Desde que os filtros mostraram-se eficientes e permitiram a passagem
da luz no comprimento de onda adequado. Os autores também concluíram que os
radiômetros podem ser utilizados de forma segura.
Para avaliar a profundidade de polimerização e a microdureza
Knoop, Dunn et al. (1999) testaram as resinas compostas Herculite XRV nas cores
B1 e C4. O aparelho utilizado foi TriLight (3M-ESPE) em três estágios distintos:
standard (800 mW/cm²), exponencial (100 mW/cm² até 800 mW/cm²) e médio (400
mW/cm²). O tempo de exposição foi de 40 segundos. Utilizaram o teste de
raspagem para avaliar a profundidade de polimerização. Os resultados encontrados
pelos autores não mostraram diferenças estatísticas quando a cor B1 foi
polimerizada com os diferentes métodos de polimerização. Para a cor C4 os valores
de microdureza foram afetados pelo método de polimerização utilizado sendo
maiores quando polimerizado com o método standard.
Mills; Jandt e Ashworth (1999) compararam a profundidade de
polimerização atingida por um aparelho de luz halógena Coltolux 4
(Coltène/Whaledent) com intensidade de luz de 455 mW/cm
2
e um aparelho
experimental à base de LEDs com arranjo de 25 LEDs azuis (Nichia Chemical
Industries). Os tempos de exposição utilizados foram os recomendados pelos
fabricantes para cada resina composta 40, 60 e 40 segundos respectivamente. As
resinas compostas utilizadas foram: Silux Plus (3M) cor U, P50 (3M) cor U e Z100
(3M) cor A 3,5. Utilizaram-se matrizes com 4 mm de diâmetro e 6 mm de
profundidade. Seis corpos-de-prova foram confeccionados para cada resina
composta e aparelho em teste. Para avaliar a profundidade de polimerização foi
utilizado um penetrômetro, o qual apresentava uma agulha de 0,5 mm conectada a
um peso de 1250 g. Foi mensurada a densidade de potência e espectro dos
28
aparelhos. Quando analisaram os espectros de emissão dos aparelhos, os autores
observaram que os aparelhos à base de LEDs apresentaram alta irradiação na
região do pico de absorção da CQ (468 nm), fato que explicaria os valores de
profundidade de polimerização obtidos nas resinas compostas quando foram
utilizados estes aparelhos. Os resultados da pesquisa mostraram que os aparelhos à
base de LEDs testados foram capazes de gerar graus similares de profundidade de
polimerização quando comparados com um aparelho de luz halógena calibrado em
300 mW/cm
2
.
Freqüentemente utiliza-se a CQ como fotoiniciador em combinação
com uma variedade de agentes redutores. A CQ é um alfa dicarbonil o qual absorve
energia a 468 nm, conseqüentemente, é um efetivo fotoiniciador quando combinado
com um doador de elétrons. Porém, a CQ é inerentemente amarela, o que causa
problemas no momento de produzir a cor das resinas compostas. Este fato limita a
concentração de CQ que pode ser utilizada na formulação, limitando o grau de
polimerização e a profundidade de polimerização que pode ser atingido. Assim, Park;
Chae e Rawls (1999) avaliaram o efeito sinérgico da combinação da CQ com um
novo fotoiniciador: 1–phenyl-1,2-propanedione (PPD). Os autores questionaram a
possibilidade de o PPD ser um fotoiniciador adequado para ser incluído na
composição de resinas compostas com similar ou melhor eficiência do que a CQ.
Para este efeito utilizaram uma mistura de monômeros 2,2-bis-[4-(2-hydroxy-3-
mathacryloxy-propyloxy) phenyl]propane - BisGMA (30 mol%), Urethane
dimethacrylate - UDMA (40mol%) e Triethyleneglycol dimethacrylate - TEGDMA (30
mol%) para a formulação da resina composta. Os pesquisadores produziram
diferentes materiais fotopolimerizáveis variando a quantidade de CQ e PPD.
Avaliaram o efeito do tipo de fotoiniciador (CQ ou PPD) e o efeito da relação de
29
fotoiniciadores (PPD/CQ) no grau de conversão de monômeros em polímeros
através de espectroscopia por transformação infravermelha de Fourier ou Transform
Infrared Spectroscopy (FTIR). Os resultados mostraram que o PPD serviu como um
eficiente fotoiniciador quando comparado com a CQ para a iniciação da
polimerização da resina composta. O PPD e a CQ agiram como fotoiniciadores
sinérgicos produzindo maior grau de conversão quando PPD/CQ = 1:1 e 1:4,
provavelmente porque o PPD e a CQ utilizaram diferentes mecanismos de formação
de radicais livres. Os autores concluíram que o PPD é um fotoiniciador de valor
potencial que permite reduzir os problemas associados à cor das resinas compostas.
Pereira (1999) avaliou a relação da dureza superficial da resina
composta com a intensidade de luz, a cor, o tempo de exposição e a profundidade
do material com o propósito de investigar um ponto de estabilização da dureza em
função da variação da intensidade de luz. Para tal, utilizou-se a resina composta
Charisma (Heraeus Kulzer) nas cores A1 e C4. Diversas intensidades de luz foram
avaliadas: 300, 350, 400, 425, 450, 475, 500, 525, 550, 600, 650 e 700 mW/cm².
Estes valores de intensidade de luz foram associados a 40 e 60 segundos de
exposição à luz. Os resultados indicaram que a polimerização da resina composta
testada variou quando submetida a diferentes intensidades de luz, tempos de
exposição, cores e profundidades. Para todos os valores de intensidade de luz
houve uma redução da dureza conforme o aumento da profundidade. O tempo de
exposição de 60 segundos promoveu maiores valores de dureza quando associado
a todas as intensidades de luz exceto com a intensidade de 550 mW/cm² o qual foi
igual quando associado a 40 segundos. A cor C4 atingiu maiores valores de dureza
quando associada a tempos de 60 segundos. A autora concluiu que a partir dos
resultados obtidos, não foi possível a determinação de um ponto de estabilização da
dureza entre as intensidades de luz de 300 e 700 mW/cm².
30
Whitters (1999) pesquisou a aplicação de aparelhos de
fotopolimerização à base LEDs. Um aparelho à base de LEDs foi confeccionado com
6 diodos em duas modalidades (40 e 60 mA), o qual foi comparado com um aparelho
de luz halógena Aristolite (Litema GDS). O autor realizou testes in vitro com 3
materiais polimerizáveis: Tetric (Ivoclar Vivadent) cor A3, Z100 (3M) cor A3.5,
Compoglass-F (Ivoclar Vivadent) cor A3. Para a polimerização, os aparelhos foram
situados a 10 mm da superfície da amostra para manter a mesma intensidade de luz
homogênea. Foi realizado o teste de microdureza Knoop sendo confeccionados 5
corpos-de-prova com exposição de 60 segundos. Além do teste de microdureza, foi
realizado o teste de contração de polimerização e alteração de temperatura. Os
resultados de microdureza evidenciaram pequenas diferenças entre os resultados
dos aparelhos, independentemente da tecnologia. Os valores médios da contração
de polimerização foram independentes dos aparelhos e dos materiais (Tetric – 1,1%,
Z100 – 1,2% e Compoglass F – 1,3%). Menores valores de alteração de temperatura
foram atingidos com o aparelho à base de LEDs nas duas modalidades (4,1±0,2°C –
LED 40 mA, 4,1±0,3°C – LED 60 mA) quando foram comparados com o aparelho de
luz halógena (4,8±0,1°C). O autor concluiu que os aparelhos à base de LEDs
testados apresentaram um comportamento semelhante ao aparelho de luz halógena,
pois produziram propriedades semelhantes nos materiais. Também recomendou seu
uso em combinação com resinas compostas na prática clínica.
Jandt et al. (2000) compararam a efetividade de aparelhos à base de
LEDs e de luz halógena em função das forças de compressão e profundidade de
polimerização, além de comparar as características de irradiação e espectros de
emissão. A resina composta utilizada foi Spectrum TPH (Dentsply) nas cores A2 e
A4 polimerizada por 40 segundos para cada aparelho em teste (Spectrum
31
201R/Dentsply DeTrey e LED-27 LEDs/Nichia Chemical Industries Ltda). Um
penetrômetro foi utilizado para mensurar a profundidade de polimerização utilizando
um peso de 1250 g. Para avaliar-se as forças de compressão foram confeccionadas
amostras de 4 mm de diâmetro e 6 mm de espessura para cada cor. Com base nos
resultados, os autores afirmaram que o aparelho de luz halógena proporcionou
maiores profundidades de polimerização que o aparelho à base de LEDs. Os baixos
valores obtidos pelo aparelho à base de LEDs foram atribuídos à baixa intensidade
do aparelho (350 mW/cm
2
) comparada com a intensidade apresentada pelo
aparelho de luz halógena (755 mW/cm
2
). Os dois aparelhos proporcionaram
profundidades de polimerização maiores aos recomendados pela ISO 4049 e pelos
fabricantes.
Kurachi et al. (2000) avaliaram a microdureza Vickers de uma resina
composta polimerizada com cinco aparelhos LEDs (arranjos de 2, 3, 4, 5 ou 6
unidades LEDs - Nichia Chemical Industries) e um aparelho de luz halógena KM-
200R (DMC-LTDA). Os autores confeccionaram corpos-de-prova com a resina
composta Z100 (3M), cor A3, de diferentes espessuras: 0,35 mm, 1,25 mm e 1,8
mm. A intensidade do aparelho de luz halógena foi ajustada em 475 mW/cm
2
com
tempo de 40 segundos e para os aparelhos LEDs foram utilizados 5 tempos de
exposição (20, 40, 60, 120 e 180 segundos) sendo as intensidades de 25, 34, 46, 68,
79 mW/cm
2
respectivamente. Todas as resinas compostas fotopolimerizadas com os
aparelhos à base de LEDs, mostraram valores de microdureza inferiores aos
resultados das lâmpadas halógenas convencionais, independente do tempo e da
espessura. Todas as resinas compostas, independente da espessura, necessitaram
de 120 segundos de exposição com aparelhos à base de LEDs para conseguir
valores de microdureza comparáveis aos valores conseguidos pela exposição de 40
32
segundos com o aparelho de luz halógena. Independentemente da espessura, o
aparelho com 6 LEDs foi mais efetivo na polimerização da resina composta,
concluindo que os maiores valores de microdureza foram sempre encontrados com o
maior número de LEDs ou maior intensidade para todos os tempos. Os autores
ressaltaram os razoáveis valores de microdureza obtidos com os aparelhos LEDs
considerando as baixas intensidades.
Poulos e Styner (1999/2000) compararam as alterações da
intensidade de luz dos aparelhos fotopolimerizadores utilizados pelos estudantes da
Faculdade de Odontologia da Universidade de Nova York. Foram avaliadas 201
lâmpadas de fotopolimerização. A aferição da intensidade de luz foi realizada através
do radiômetro Cure Rite (Efos), o qual mede a intensidade entre 400 e 520 nm. Os
aparelhos foram divididos em três grupos segundo o tempo de trabalho: G1 - um ano
(estudantes de segundo ano, 20 horas de trabalho), G2 - dois anos (estudantes de
terceiro ano, 60 horas de trabalho), G3 - três anos (estudantes do último ano,120
horas de trabalho). Cada aparelho foi três vezes avaliado para obter uma média e
assegurar a aferição. Segundo os resultados, a intensidade de luz média para G1 e
G2 foi de 423 mW/cm
2
e para G3 de 376 mW/cm
2
. Os testes estatísticos indicaram
um efeito significante do tempo de trabalho na intensidade de luz sendo que os
aparelhos com três anos de trabalho diferiram significativamente dos aparelhos com
um e dois anos de trabalho. Baseados nestes dados, os autores concluíram que o
rendimento da intensidade da lâmpada dos aparelhos diminui com o tempo de
trabalho.
Price; Murphy e Dérand (2000) determinaram a quantidade de luz
transmitida através de várias espessuras de resina composta e dentina. As resinas
compostas testadas foram: Z100 (3M Dental) cor A1, Prodigy (Kerr) cor A1, Prodigy
33
Condensável (Kerr) cor A1, Sure Fill (Dentsply/Caulk) cor A1, Alert (Jeneric/Pentron)
cor A2, Filtek P60 (3M Dental) cor A3, Pertac II (ESPE) cor A1. As espessuras dos
corpos-de-prova foram 0,5 mm, 1 mm, 2 mm, 3 mm, 4 mm e 5 mm. O aparelho
utilizado foi Optilux 500 (Demetron Res. Corp.) em combinação com uma ponta ativa
convencional e uma guia concentradora de luz. O tempo de exposição foi
padronizado em 40 segundos. A intensidade de luz com a ponta ativa convencional
foi de 628 mW/cm
2
e com a guia concentradora de luz foi de 1014.4 mW/cm
2
.
Quando a ponta ativa concentradora foi utilizada, houve um aumento significativo de
42% ± 6% na quantidade de luz recebida e transmitida através das resinas
compostas e a dentina. Houve uma diminuição da luz transmitida quando as
espessuras da resina e a dentina aumentaram.
Santos et al. (2000) realizaram testes de microdureza Knoop com o
intuito de avaliar a eficácia de dois aparelhos fotopolimerizadores do tipo pistola (de
alta intensidade de luz) comparados ao aparelho de cabo flexível (de baixa
intensidade de luz). Realizaram a análise em dois tempos diferentes (20 e 40
segundos) e profundidades de 1 mm, 2 mm, 3 mm e 4 mm. A resina composta
selecionada foi Z100 (3M). Os aparelhos utilizados foram Optilight II (Gnatus), XL
1500 (3M) e Fibralux (Dabi Atlante). Os resultados evidenciaram uma relação direta
entre intensidade de luz e profundidade de polimerização, sendo que os aparelhos
do tipo pistola (Optilight II e XL 1500) promoveram maior microdureza na resina
composta do que o aparelho com cabo flexível (Fibralux). Para o tempo de 40
segundos de polimerização a microdureza obtida foi maior do que com 20 segundos
para os três aparelhos. Para as profundidades de 1 mm, 2 mm, 3 mm e 4 mm os
valores de microdureza mostraram diferenças estatisticamente significantes entre si,
onde as menores profundidades apresentaram maiores valores de microdureza.
34
Andrade et al. (2001) avaliaram a capacidade de polimerização de
um dispositivo à base de LEDs à bateria, em função da profundidade do material
(topo e base) e do tempo em que o aparelho permaneceu fora do recarregador de
energia. A avaliação realizou-se através do teste de microdureza Vickers. O aparelho
testado foi ULTRA BLUE III (DMC-LTDA) que apresentou intensidade de luz de 190
mW/cm
2
e emissão de luz em torno de 470 nm com variação de 20 nm
aproximadamente. A resina composta utilizada foi Herculite XRV (Kerr) Enamel cor
A4. O tempo de irradiação foi de 40 segundos. Foram confeccionados 5 corpos-de-
prova para cada grupo: G1-bateria totalmente carregada, G2-bateria 5 minutos fora
do carregador, G3-bateria 10 minutos fora do recarregador, G4-bateria 15 minutos
fora do carregador. As superfícies de topo e de base foram polidas antes dos valores
de microdureza serem obtidos. Utilizou-se carga de 50 gf por um período de 30
segundos. Os resultados mostraram que os valores de microdureza diminuíram à
medida que se aumentou o tempo em que o aparelho permanecia fora do
carregador. Os autores concluíram que todos os grupos analisados promoveram
adequada polimerização para ambas as superfícies.
Frentzen; Foll e Braun (2001) compararam a profundidade de
polimerização obtida por um aparelho à base de LEDs e um aparelho convencional
de luz halógena em função da cor da resina composta e do tempo de exposição à
luz. Corpos-de-prova foram confeccionados com 4 mm de diâmetro e 6 mm de
espessura com resina composta Arabesk (Voco) nas cores A1, A2, A3, A3,5, B2, B3.
Os aparelhos testados foram: aparelho de luz halógena Translux CL (Heraeus
Kulzer) e aparelho à base de LEDs (Oshino Lamps). Os tempos de exposição à luz
foram de 1 e 3 minutos. Os resultados mostraram que quando a resina composta foi
polimerizada com o aparelho à base de LEDs a profundidade de polimerização foi
35
maior se comparada com a profundidade de polimerização alcançada com o
aparelho de luz halógena, independentemente da cor.
Knĕzević et al. (2001) compararam o grau de conversão e o aumento
de temperatura de quatro resinas compostas híbridas para zero e um milímetro de
profundidade de polimerização. As resinas compostas testadas foram Tetric Ceram
(Ivoclar Vivadent), Pertac (ESPE), Valux Plus (3M Dental) e Degufill Mineral
(Degussa). Para todas as resinas selecionou-se a cor A2. Os aparelhos de luz
halógena utilizados foram Heliolux GTE/Vivadent (600 mW/cm
2
), Elipar
HighLight/ESPE (100 mW/cm
2
durante 10 segundos e 700 mW/cm
2
durante 30
segundos). Paralelamente foi avaliado um aparelho experimental que apresentou um
arranjo de 16 LEDs (Metex) com intensidade de luz de 12 mW/cm
2
para cada LED.
Os resultados revelaram que o grau de conversão foi maior para todas as resinas
compostas polimerizadas com os aparelhos de luz halógena e no caso do aumento
da temperatura, o aparelho de luz halógena atingiu o dobro de temperatura que o
aparelho à base de LEDs, sugerindo que a temperatura transmitida e conseqüência
da intensidade de luz emitida pelo aparelho e da reação química durante o processo
de presa do material.
Em um artigo publicado por Hirata; Ampessan e Liu (2001) fizeram
um resumo relacionado ao fenômeno físico cor, descrevendo as três dimensões
desta (matiz, croma e valor). O matiz está relacionado com a família de uma cor que
em odontologia se divide em A, B, C e D segundo a escala universal VITA. O croma
é definido como a saturação de um determinado matiz ou a quantidade de pigmento
que foi incorporado a este matiz. O valor ou brilho é conceituado como a quantidade
de preto ou branco em um objeto, ou seja, a escala dos vários tons de cinza e define
a vitalidade de um corpo provocando sensações de profundidade e aproximação. Os
36
autores relataram também as diferenças entre resinas compostas de micropartículas
e microhíbridas em tamanho, disposição, peso e volume das partículas. Também
foram relatadas as diferenças de resistência e características ópticas como
translucidez e opacidade. Enfatizaram que as resinas de micropartículas se
comportam como corpos translúcidos se não tiverem na sua composição pigmentos
brancos que funcionam como barreira para a luz. Já as resinas microhíbridas podem
comportar-se como corpos parcialmente translúcidos ou opacos dependendo da
irregularidade da superfície das partículas.
Pereira; Porto e Mendes (2001) avaliaram a influência de diferentes
condições de polimerização sobre a microdureza Vickers de uma resina composta
híbrida. As condições estudadas foram: 3 sistemas fotopolimerizadores associados a
diferentes tempos de exposição, duas cores da resina composta Charisma (Heraeus
Kulzer) cor A1 e C4 e 4 profundidades do material (1 mm, 2 mm, 3 mm e 4 mm). Os
corpos-de-prova apresentaram 7 mm de profundidade, 4 mm de comprimento e 3
mm de largura. Três aparelhos fotopolimerizadores foram utilizados, resultando em 7
condições diferentes para cada cor. As condições testadas foram: C1- aparelho CU-
100R/DMC-LTDA (700 mW/cm
2
– contínuo, 40 segundos), C2- aparelho CU-
100R/DMC-LTDA (700 mW/cm
2
– contínuo, 60 segundos), C3- KM-200R/DMC-LTDA
(escalonado, 450 mW/cm
2
por 5 segundos e 35 segundos a 600 mW/cm
2
), C4- KM-
200R/DMC-LTDA (escalonado, 450 mW/cm
2
por 5 segundos e 55 segundos a 600
mW/cm
2
), C5- Kuring Light/Kreativ Inc. (800 mW/cm
2
, Normal, 10 segundos), C6-
Kuring Light/Kreativ Inc. (920 mW/cm
2
, Boost, 10 segundos), C7- Kuring
Light/Kreativ Inc. (0 a 700 mW/cm
2
, Ramp, 10 segundos). Os tempos para as
condições C4, C5 e C6 foram de 10 segundos de exposição à luz. Após o período de
armazenamento de 24 horas à temperatura de 37 ± 1 °C foram realizadas três
37
impressões em cada milímetro da superfície da resina composta. Os maiores valores
de microdureza Vickers foram proporcionados pelos aparelhos CU-100R e KM-200R
quando utilizados por 60 segundos. A cor C4 apresentou maior média de
microdureza do que a cor A1. O 1° e 2° mm apresentaram maiores valores de
microdureza do que o 3° e 4° mm. O tempo de exposição de 10 segundos, mesmo
associado à alta intensidade de luz, não atingiu uma adequada polimerização da
resina composta.
Quance et al. (2001) realizaram uma pesquisa com o propósito de
avaliar o efeito da intensidade de luz (200 e 500 mW/cm
2
) e da temperatura de
armazenamento (18º e 37°C) na microdureza de 2 mm de espessura de diferentes
resinas compostas, sendo elas: Prodigy (Kerr) esmalte e dentina, Z100/3M e Silux
Plus/3M, TPH (Dentsply), Pertac-Hybrid (ESPE), Charisma(Kulzer). Os espécimes de
4 mm de diâmetro e 2 mm de espessura foram fotopolimerizados por 40 segundos
por um aparelho de luz halógena Prismetics Mk II (Dentsply). Os maiores valores de
microdureza foram obtidos na superfície de topo quando polimerizada com 500
mW/cm
2
e armazenado a 37°C, independentemente do material utilizado. Os valores
de microdureza da superfície de base foram sempre menores que os da superfície
de topo. Os autores concluíram que a composição da resina composta teve uma
influência significante sobre a microdureza já que, só a resina composta TPH
(Dentsply) atingiu porcentagens de polimerização maiores que 80% para todas as
condições testadas, quando polimerizada com intensidade de luz de 500 mW/cm
2
.
Intensidade de luz de 200 mW/cm
2
associado a 40 segundos não produziu valores
aceitáveis de microdureza na superfície de base, para incrementos de 2 mm, na
maioria dos produtos testados.
38
Com a crescente aparição de fontes de luz e o recente lançamento
da fonte de luz à base de LEDs, Swiftt (2001) resumiu detalhadamente as
características principais destas fontes. O autor afirmou que estes aparelhos emitem
luz azul com um estreito comprimento de onda o qual corresponde com o pico de
absorção da CQ (470 nm ± 20 nm). É possível fabricar aparelhos de tamanho
reduzido, portáteis e com maior tempo de vida ao não apresentar lâmpada e outros
componentes que podem degradar-se. Porém, o autor preveniu possíveis limitações
desta fonte como: a possibilidade de geração de calor durante o processo de
polimerização pelo efeito fototérmico quando os fótons interagem com o substrato
irradiado, além da incompatibilidade com algumas resinas compostas que absorvem
luz com intervalos entre 400 e 450 nm, por apresentar um estreito comprimento de
onda da luz emitida.
Com a proposta de investigar a influência da densidade de energia
(intensidade X tempo) na efetividade de polimerização de resinas compostas, Yap e
Seneviratne (2001) testaram diferentes intensidades (200, 300, 400, 500 e 600
mW/cm
2
) e tempos (10, 20, 30, 40, 60, 80, 100, 120 e 180 segundos). Utilizaram o
teste de microdureza Knoop nas superfícies de topo e de base em corpos-de-prova
de 2 mm de espessura. A resina composta utilizada foi Z100 (3M Dental) cor A2 e o
aparelho fotopolimerizador foi VIP (Bisco). A intensidade de 400 mW/cm
2
e o tempo
de 40 segundos foram utilizados como controle. Os autores julgaram como
adequada polimerização quando o valor obtido foi estatisticamente comparável com
o controle. Ótima polimerização foi considerada quando a microdureza superficial foi
igual ou maior ao controle (topo 73 e base 57). A polimerização foi considerada
efetiva quando a microdureza do topo e base foi ótima e a relação base/topo foi
0,78. Os resultados mostraram adequada microdureza com 20 segundos de
39
irradiação em combinação com intensidades de 200 e 300 mW/cm
2
para a superfície
de topo. A superfície de base obteve ótima polimerização com intensidade de 300
mW/cm
2
aos 120 segundos de irradiação. Intensidades de luz de 500 e 600 mW/cm
2
proporcionaram ótima polimerização na superfície de base aos 30 e 20 segundos,
respectivamente. Os autores concluíram que uma polimerização efetiva não foi
conseguida com intensidades de luz baixas (200 e 300 mW/cm
2
). Intensidades de luz
alta (500 e 600 mW/cm
2
), promoveram polimerização efetiva a partir de 30 segundos
de irradiação.
Arikawa et al. (2002) avaliaram os efeitos da atenuação da luz pelo
esmalte ao polimerizar três resinas compostas de cores diversas através de filtros.
As resinas compostas utilizadas foram Silux Plus/3M (Universal, Gray, Dark Grey,
Yellow, Yellow Brown), Durafill/Heraeus Kulzer (Universal, Gray, Brown) e Lite-Fil II A
(A3, A3.5, B3, C3). Foram utilizados três filtros que simularam as características de
transmitância de espessuras de esmalte de 0,5 mm, 1 mm e 1,5 mm. Depois de
polimerizar os corpos-de-prova durante 40 segundos estes foram armazenados
secos durante 24 horas. A seguir foram registrados os valores de microdureza
superficial Knoop e o módulo de elasticidade. Os resultados indicaram que a
atenuação dos filtros que reproduziram esmalte de espessuras de 0,5 mm, 1 mm e
1,5 mm foram de 45%, 67% e 81%. Para todos os materiais e cores a microdureza
superficial e o módulo de elasticidade foram menores quando irradiados com todos
os filtros. Cores escuras de cada material (Dark Gray, Yellow Brown, A3.5 e C3)
demonstraram maiores mudanças no módulo de elasticidade e menor transmitância
que as cores claras.
Carreira e Vieira (2002) visaram estudar a influência da profundidade
de polimerização e o grau de manchamento por café em uma resina composta. Para
40
tanto, confeccionaram 10 corpos-de-prova com a resina composta Definite
(Degussa) cor 3,5, com medidas de 8 mm de diâmetro e 6,3 mm de espessura. A
ativação da resina composta foi realizada durante 40 segundos com o aparelho
Degulux “Soft Start” (Degussa). Para avaliar a profundidade de polimerização
utilizou-se o teste de raspagem. Com um espessímetro foi medida a profundidade de
polimerização de cada corpo-de-prova para logo serem imersos em água e
armazenados à temperatura ambiente e ao abrigo da luz por 1 hora. A seguir, foram
imersos em solução de café por 7 dias à temperatura ambiente. Paralelamente foi
confeccionado um corpo-de-prova que foi imerso em água por 7 dias à temperatura
ambiente, considerado como controle. As medições foram realizadas por dois
observadores os quais atribuíram escores (1 a 5) às alterações de cor segundo os
terços de cada corpo (próximo à luz, meio e distante da luz). Foram obtidas médias
da evolução do manchamento segundo o tempo e os terços. Os resultados indicaram
que foi atingida a profundidade de polimerização na média de 6,19 mm (98,25%), o
terço mais distante da fonte de luz atingiu um maior grau de manchamento quando
comparado ao terço próximo à fonte de luz. O grau de manchamento aumentou
conforme aumentou o tempo, independentemente do terço observado.
Careira e Macedo (2002) avaliaram a variação de temperatura
produzida por um aparelho à base de LEDs comparado com um aparelho de luz
halógena. O aparelho de luz halógena testado foi Ultralux (Dabi Atlante - 300
mW/cm
2
) e o à base de LEDs (DMC-LTDA - 150 mW/cm
2
). A variação de
temperatura foi mensurada diretamente na extremidade da ponta fotopolimerizadora
através de um controlador de temperatura COEL HW 1450. A temperatura foi
mensurada interpondo-se um corpo-de-prova de 8 mm de diâmetro e 2 mm de
espessura entre a ponta ativa e o controlador de temperatura. Os corpos-de-prova
41
foram confeccionados com resina composta Definite (Degussa) cor 3,5. A média de
variação de temperatura obtida para o aparelho à base de LEDs sem interposição do
corpo-de-prova foi de 0,21°C e com a interposição 0,15°C. Para o aparelho de luz
halógena foi 1,56°C sem interposição e 0,56°C com interposição do corpo-de-prova.
Com base nos resultados os autores concluíram que o aparelho à base de LEDs
produziu pouca variação de temperatura em comparação com o aparelho de luz
halógena. A interposição de 2 mm de espessura de resina composta diminuiu a
variação de temperatura em até 64% e a variação de temperatura para os aparelhos
testados não atingiu temperaturas críticas para a polpa dental.
Outra pesquisa desenvolvida por Consanni et al. (2002) permitiu
verificar o efeito do tipo de inserção da resina composta (duas camadas ou
incremento único) e três métodos de fotoativação (luz contínua, duplo pulso e
pulsátil), sobre a microdureza Knoop das resinas compostas Z100 (3M-ESPE) e Alert
(Jeneric/Pentron). Os corpos-de-prova foram confeccionados com 4 mm de diâmetro
e 4 mm de espessura e seccionados longitudinalmente na parte central. Quando a
resina composta foi inserida em um único incremento o material foi comprimido com
carga estática de 1 kgf, exercido sobre uma lâmina de vidro interposta por uma tira
de poliéster. O mesmo procedimento foi executado para a segunda camada da
técnica incremental. Os aparelhos utilizados para fotoativação das resinas
compostas foram: XL 3000/3M-ESPE (luz contínua de 520 mW/cm
2
por 40
segundos), XL 3000/3M-ESPE (duplo pulso com 150 mW/cm
2
por 10 segundos e
520 mW/cm
2
por 30 segundos), Optilux 400/Demetron Res. Corp. (pulsátil com 520
mW/cm
2
, 2 segundos ligado e 1 segundo desligado até completar 60 segundos). Os
corpos-de-prova foram armazenados em estufa a 37°C e 100% de umidade relativa,
por 24 horas. Foram confeccionados 5 corpos-de-prova para cada grupo, de acordo
42
com o método de fotoativação e tipo de inserção. Cada corpo-de-prova foi fixado
verticalmente em posição lateral numa placa de vidro. A resina composta foi
desgastada sob irrigação constante com lixas d’água de granulações decrescentes
(1000, 600, 500, 400, 320, 200) finalizando com feltro e pasta diamantada (0,5 µm).
Nas superfícies polidas realizaram-se testes de microdureza Knoop a 0mm, 1,5 mm,
2,5 mm, 3 mm e 4 mm de espessura. As medidas de microdureza foram efetuadas
com um microdurômetro sob carga de 50 g por 30 segundos. Os resultados
indicaram que a resina composta Z100 obteve os maiores valores de microdureza
quando comparados com a resina composta Alert, independentemente do tipo de
inserção, método de fotoativação e profundidade. Os maiores valores de
microdureza foram obtidos com a inserção incremental quando se comparou à
inserção única. Referente ao método de fotoativação, a maior média foi obtida pela
luz contínua, seguida pelo duplo pulso e luz pusátil. A microdureza na região de
incidência da luz foi superior e diferente das outras regiões (0 mm > 1,5 mm > 2,5
mm > 4 mm) as quais diferiram estatisticamente entre si. Com base nestes
resultados os autores concluíram que a resina composta Z100 e a inserção
incremental apresentaram os maiores valores de microdureza. Não encontraram
diferenças entre os métodos de fotoativacão para a resina composta Z100. Já para a
resina composta Alert a ativação contínua proporcionou as maiores médias de
microdureza.
Dunn e Bush (2002) compararam a microdureza de uma resina
composta híbrida (Filtek Z250/3M-ESPE) e outra de micropartículas
(Renamel/Cosmedent), polimerizadas com dois aparelhos de luz halógena (Optilux
400 e 501, Demetron Res. Corp.) e dois aparelhos à base de LEDs (LumaCure/Luma
Lite e VersaLux/Centrix). A cor selecionada foi A1. Foram confeccionados 5 corpos-
43
de-prova para cada grupo avaliado. Estes corpos-de-prova foram preparados em
uma matriz que foi colocada sobre uma tira de poliéster transparente a qual esteve
sobre uma placa de vidro plana. A resina foi inserida em um incremento único. A
seguir cobriu-se com outra tira de poliéster transparente apoiada por uma placa de
vidro para assegurar que a amostra ficasse plana. O tempo de polimerização foi de
40 segundos. Os corpos-de-prova foram testados quanto à sua microdureza nas
superfícies de topo e de base, depois de um período de armazenamento de 24 horas
em um recipiente à prova de luz. Em cada superfície realizaram-se três impressões,
obtendo-se uma média para cada superfície. Para determinar a porcentagem da
profundidade de polimerização, dividiu-se o valor de microdureza da superfície de
base pelo valor de microdureza da superfície de topo, multiplicando o resultado por
100. Os autores concluíram que houve diferença estatística significante quando se
comparou a resina composta de micropartículas com a híbrida, não importando o tipo
de luz utilizado. A resina composta de micropartículas (Renamel) polimerizou
adequadamente após 40 segundos de exposição à luz só com o aparelho Optilux
501 (Demetron Res. Corp.) seguindo o critério que a superfície de base apresenta o
mínimo de 80% da microdureza da superfície de topo. Quando se avaliou o efeito do
tipo de luz, independentemente da resina utilizada, o aparelho de luz halógena
produziu superfícies de topo e base com maior microdureza do que o aparelho à
base de LEDs.
Com a finalidade de avaliar os parâmetros indicados pela ISO, Fan
et al. (2002) avaliaram a profundidade de polimerização de cinco marcas comerciais
de resinas compostas irradiadas por 300 mW/cm
2
de intensidade de luz em um
intervalo de comprimento de onda entre 415 e 515 nm. O teste utilizado para esta
pesquisa foi o teste de raspagem. O padrão ISO 2000 exige que as resinas
44
compostas apresentem uma profundidade mínima de polimerização de 1,5 mm
quando irradiadas pelo tempo recomendado pelo fabricante e define profundidade de
polimerização como 50% do comprimento da amostra de resina composta
polimerizada após a porção não polimerizada ter sido retirada por raspagem ou
escavação manual. Os materiais foram designados como A, B, C, D, E. Os matizes
de cada resina testada foram: A (A2, A4, B1, D3), B (A1, A2, A3,5, A4, B3, D3), C
(DDYO, clara, amarela), D (A2, A4, B1, D3), E (A2, A4, B1, D3). O aparelho utilizado
foi Optilux 400 (Demetron Res. Corp.) o qual foi ajustado para emitir intensidade de
luz de 300 mW/cm
2
. O critério adotado foi da ISO aprovado/reprovado para
determinar se o material esteve de acordo com o padrão. Quando o valor médio não
satisfazia as normas ISO, prepararam-se amostras adicionais as quais foram
irradiadas pelo dobro de tempo recomendado. Os resultados mostraram que para
todos os matizes das resinas compostas A, C e E as profundidades de polimerização
satisfizeram as normas ISO de 1,5 mm. As cores A2 e D3 da resina composta D
satisfizeram o padrão ISO. Nenhuma das cores da resina composta B satisfez o
padrão ISO de profundidade de polimerização. Depois de dobrar o tempo de
exposição apenas duas cores da resina composta B não satisfizeram a norma do
padrão ISO (A3,5 e B3). Os autores concluíram que a luz proveniente de uma fonte
de luz halógena com intensidade de 300 mW/cm
2
polimerizou com eficácia a maioria
das cores das resinas compostas avaliadas no tempo indicado pelo fabricante, mas
algumas exigiram um tempo maior.
Leonard et al. (2002) avaliaram a qualidade de polimerização de três
aparelhos à base de LEDs e um aparelho de luz halógena, através de teste de
microdureza Knoop. Também foi comparada a densidade de potência (intensidade
de luz) e o espectro de emissão destes aparelhos. Utilizaram resina composta de
45
micropartículas Silux Plus (3M-ESPE) e resina composta híbrida Z100 (3M-ESPE).
Os aparelhos testados foram: ZAP Dual Curing
TM
LIGHT (CMS-Dental, LED e
halógena), Luma Cure
TM
(Luma Lite, LED), VersaLux
TM
(Centrix, LED), Optilux 401
TM
(Demetron Res. Corp.). Em relação à densidade de potência, cada aparelho foi
mensurado em um espectro de emissão de 380 a 520 nm e após, em um espectro
de emissão de 450 a 500 nm. Esta avaliação do espectro dos aparelhos revelou que
o espectro de emissão dos aparelhos à base de LEDs é mais estreito do que o
espectro de emissão dos aparelhos de luz halógena. As médias dos valores de
microdureza foram calculadas nas superfícies de topo e de base de cada corpo-de-
prova. Os valores encontrados na superfície de base foram divididos pelos valores
da superfície de topo e multiplicados por 100 para obter a porcentagem de
profundidade de polimerização. Considerou-se que a resina composta polimerizou
adequadamente quando o valor da porcentagem de polimerização excedeu a 80%.
Através de testes de regressão linear, os autores predisseram o tempo de exposição
requerido para estabelecer porcentagens de polimerização de 80%. Os resultados
mostraram que todos os aparelhos à base de LEDs exigiram maior tempo de
exposição do que o aparelho de luz halógena. Quando se polimerizou com aparelhos
à base de LEDs, tempos aceitáveis clinicamente (39-61 segundos) foram
encontrados para resina a composta híbrida mais não para resinas compostas de
micropartículas (83-131 segundos).
Com o objetivo de avaliar a influência da intensidade de luz e cor na
microdureza Knoop da resina composta Fill Magic (Vigodent), Martins et al. (2002)
confeccionaram corpos-de-prova de 6 mm de diâmetro e 2 mm de espessura para as
cores A3, B3, C3, D3 e I. O aparelho utilizado foi Elipar Trilight (3M-ESPE), o qual foi
calibrado para emitir 3 intensidades diferentes: 450 mW/cm
2
, 800 mW/cm
2
e
46
intensidade de luz gradativa de 100 mW/cm
2
a 800 mW/cm
2
durante 40 segundos.
Os autores mostraram através do teste de microdureza Knoop que a intensidade de
luz influenciou nos valores de microdureza. A intensidade de luz progressiva
proporcionou em média o maior grau de microdureza Knoop e a intensidade de 450
mW/cm
2
proporcionou a menor média de microdureza. A cor da resina composta
não influenciou na microdureza superficial quando se utilizou a técnica gradativa,
com no máximo 2 mm de espessura por incremento de resina composta.
Mills; Uhl e Jandt (2002) avaliaram a profundidade de polimerização
da resina composta Spectrum TPH (Dentsply) quando polimerizada por três
aparelhos de fotopolimerização, dois à base de LEDs e um de luz halógena. Os
aparelhos testados foram o LEDs LuxOMax (Akeda Dental) o qual apresentava 7
LEDs, LEDs experimental (Nichia Chemical Industrias) com 63 LEDs e o aparelho de
luz halógena Coltolux 4 (Coltène/Whaledent). Foram avaliadas as cores A2 e A4 da
resina composta a qual apresentava a CQ como fotoiniciador. Dez corpos-de-prova
foram utilizados para cada combinação de cor e aparelho. Avaliou-se a profundidade
de polimerização através de um penetrômetro. Os autores concluíram que para as
duas cores da resina composta o aparelho LuxOMax proporcionou os menores
valores de profundidade de polimerização. O aparelho experimental com 63 LEDs e
o aparelho de luz halógena não produziram diferenças estatísticas significantes para
a cor A2, não ocorrendo o mesmo para a cor A4. O aparelho LuxOMax alcançou
apenas uma polimerização adequada para incrementos de 2mm para a cor A2. Para
a cor escura A4 a polimerização destes 2 mm não foi alcançada.
Considerando que a polimerização das resinas compostas é
influenciada pela qualidade de luz dos aparelhos fotopolimerizadores e que os
aparelhos de luz halógena apresentam componentes que se degeneram e causam
47
uma diminuição da intensidade de luz que pode resultar em um baixo grau de
conversão, Mills et al. (2002) desenvolveram uma pesquisa para comparar a dureza
Barcol e as forças de compressão em função da profundidade, tempo e cor de uma
resina composta quando polimerizada com dois aparelhos experimentais à base de
LEDs (LED1-27 LEDs e LED2-54 LEDs), um aparelho à base de LEDs comercial
(Lux O Max/Akeda Dental-7 LEDs) e um aparelho de luz halógena (Spectrum
201/Dentsply De Trey). A resina composta utilizada foi Spectrum TPH (Dentsply De
Trey) cores A2 e A4 polimerizadas por 20 ou 40 segundos. Paralelamente foram
determinadas as propriedades dos aparelhos. Segundo os resultados obtidos pôde-
se verificar que os dois aparelhos experimentais e o aparelho de luz halógena
apresentaram intensidades de luz acima de 500 mW/cm
2
e o aparelho à base de
LEDs comercial apresentou 122 mW/cm
2
, o que justifica os resultados obtidos. Os
dois aparelhos experimentais e o aparelho de luz halógena tiveram similar
desempenho ao contrário do aparelho com tecnologia LED comercial. Este padrão
foi similar para forças de compressão.
Com o objetivo de avaliar a capacidade de polimerização, através da
estrutura dental, de 3 diferentes fontes de luz (halógena, laser de Argônio e LEDs),
por meio de testes de microdureza, Rastelli (2002) confeccionou corpos-de-prova
com resina composta microhíbrida Charisma (Heraeus Kulzer) cor A2. Foram
avaliados o aparelho de luz halógena KM-200R (DMC-LTDA) utilizado pelo tempo de
exposição de 20 e 40 segundos, o aparelho de laser de argônio Innova 100
(Coherent) utilizado pelos tempos de exposição de 30 e 40 segundos e o aparelho à
base de LEDs LEC 4701 (MM Optics) utilizado pelo tempo de exposição de 20, 40 e
60 segundos. Espessuras de 0 mm (grupo controle), 1,2 mm, 1,5 mm e 2 mm de
faceta de estrutura dental foram interpostas no momento da fotopolimerização.
48
Baseados nos resultados a autora concluiu que quanto maiores os tempos de
exposição maiores foram os valores de microdureza, independentemente da fonte de
luz utilizada. À medida que aumentou a espessura da faceta de estrutura dental,
houve um decréscimo para os valores de microdureza. A superfície de topo
apresentou maiores valores de microdureza quando comparada à superfície de
base. O aparelho de laser de Argônio utilizado por 40 segundos promoveu adequada
polimerização na superfície de topo, independente da espessura da faceta de
dentina e somente no grupo onde não houve interposição dentária é que promoveu
adequada polimerização na superfície de base. A fonte à base de LEDs promoveu
adequada polimerização para a superfície de base somente no grupo controle (sem
interposição dentária) associado à exposição de 60 segundos.
Silva; Araújo e Francisconi (2002) visaram comparar duas técnicas
de fotoativação para verificar a influência na microdureza Vickers e na formação de
fendas marginais. A resina composta utilizada foi Z100 (3M-ESPE) e Solitaire
(Heraeus Kulzer). Os grupos formados com as diferentes técnicas de fotoativação
foram: G1-650 mW/cm
2
por 60 segundos, G2-380 mW/cm
2
por 20 segundos seguida
de 650 mW/cm
2
por 40 segundos, G3-280 mW/cm
2
por 20 segundos seguida de 650
mW/cm
2
por 40 segundos, G4-180 mW/cm
2
por 20 segundos seguida de 650
mW/cm
2
por 40 segundos. Para o teste de microdureza Vickers confeccionaram-se
corpos-de-prova de 5 mm de diâmetro e 2 mm de espessura. Os resultados
mostraram que as fendas marginais foram menores com a ativação seqüencial com
a intensidade inicial de luz de 180 mW/cm
2
seguida da ativação contínua (650
mW/cm
2
). Para todas as técnicas de fotoativacão, a resina composta Z100
apresentou as menores fendas marginais o que coincidiu com os maiores valores de
49
microdureza, tanto no topo quanto na base. Independentemente da resina composta
utilizada, os valores de microdureza foram menores na base.
Pereira; Pascotto e Carneiro (2003) testaram as condições
apresentadas por aparelhos de luz utilizados em consultórios odontológicos da
cidade de Maringá (Paraná). Além disso, analisaram o nível de conhecimento dos
cirurgiões-dentistas quanto à manutenção dos aparelhos de fotopolimerização e à
correta execução da técnica de fotopolimerização. Foram entregues questionários
para 100 profissionais com questões objetivas a respeito dos seus aparelhos. As
questões foram divididas segundo: condições dos aparelhos fotopolimerizadores,
métodos de limpeza e manutenção, freqüência de limpeza e manutenção, nível de
conhecimento, atualização com o tema e a técnica de polimerização mais utilizada. A
aferição dos aparelhos de fotopolimerização foi realizada com o radiômetro digital
Cure Rite (EFOS) durante a entrevista. Os autores concluíram que a intensidade de
luz emitida pelos aparelhos avaliados variou entre 30 mW/cm
2
e 800 mW/cm
2
, sendo
que 16% dos aparelhos testados não satisfizeram a intensidade de luz mínima
indicada para uma adequada polimerização. Os resultados indicaram que 90% dos
entrevistados utilizavam o tempo de exposição à luz de 40 segundos e 72%
empregavam a técnica incremental oblíqua.
Ribeiro et al. (2003) avaliaram a influência de quatro aparelhos de
fotoativação sobre a microdureza Vickers da resina composta Filtek
TM
Z250 (3M-
ESPE) cor A2. Os aparelhos testados foram: um à base de luz halógena
Optilux(Demetron Res. Corp.) e três à base de LEDs: Ultraled(Dabi Atlante),
UltraLume
TM
LED 2 (Ultradent) e Elipar
®
FreeLight2 (3M-ESPE). Este estudo
demonstrou que os aparelhos UltraLume
TM
LED 2 e Elipar
®
FreeLight 2
50
proporcionaram os melhores resultados independentemente da superfície analisada.
O aparelho Ultraled (Dabi Atlante) promoveu os menores valores de microdureza.
Com o objetivo de comparar dois tipos de fonte de luz sobre a
microdureza Vickers de uma resina composta extraclara Filtek™ Z250 (3M-ESPE)
cor 0.5, Delgado et al. (2003), testaram um aparelho de luz halógena Curing Light
2500/3M-ESPE (GI), e dois aparelhos à base de LEDs: Elipar® FreeLight 2/3M-
ESPE (GII) e UltraLume LED2 (GIII). Confeccionaram-se corpos-de-prova de 5 mm
de diâmetro e 2 mm de espessura, registrando-se valores de microdureza na
superfície de topo e na superfície de base. Os resultados mostraram que para a
superfície de topo GI obteve maiores valores de microdureza superficial e para a
superfície de base GI e GII. Houve diferenças estatísticas entre as superfícies de
topo e de base para GI e GIII. Os autores concluíram que o aparelho de luz halógena
e o aparelho Elipar® FreeLight 2 proporcionaram maiores valores de microdureza na
superfície de topo e o aparelho Ultra Lume LED2 proporcionou os menores valores
de microdureza.
Teshima et al. (2003) quantificaram a formação de radicais livres
para comparar a eficiência de aparelhos à base de LEDs e de luz halógena através
de espectroscopia “electron spin resonance” (ESR). Foi avaliada a formação de
radicais primários durante o estágio inicial da polimerização e não a quantidade de
propagação ou radicais estáveis em resinas compostas polimerizadas, já que a
quantidade de radicais primários do estágio inicial pode afetar as características
finais da resina composta. As amostras testadas foram feitas à base do fotoiniciador
CQ, duas aminas terciárias N,N-dimethyl-p-toluidine (DMPT) e 2-(N,N-
dimethylamino)ethyl metacrylate (DMAEMA) e um agente interceptor, phenyl-tert-
butyl (PBN). As concentrações das duas aminas foram variadas e as concentrações
51
de CQ e PBN foram mantidas constantes. Como existe dificuldade para observar os
radicais primários das aminas terciárias devido ao fato de que o tempo de vida
destes é muito curto, foi utilizado o PBN como agente interceptor. A combinação de
radicais aminas com o PBN gera PBN-adutores (PBN-amina radicais). Foram
quantificados os PBN-adutores gerados pela combinação de dois sistemas
fotoiniciador CQ/amina com o agente interceptor (CQ/DMPT/PBN e
CQ/DMAEMA/PBN) quando irradiados por duas fontes à base de LEDs e uma fonte
de luz halógena. Além deste teste calculou-se a dose de irradiação (J/cm
2
), obtida da
multiplicação do tempo de irradiação vezes a intensidade ou densidade de potência
(mW/cm
2
). Os autores determinaram o espectro de irradiação de três aparelhos de
fotopolimerização utilizando um espectroradiômetro LI-1800. Os aparelhos testados
foram Optilux 501 (Demetron Res. Corp.), XL3000 (3M) e o aparelho à base de LEDs
LUX-O-MAX (Panasonic Dental) com 7 LEDs. Os autores concluíram que o sistema
fotoiniciador CQ/DMPT gerou mais radicais do que o sistema fotoiniciador
CQ/DMAEMA e que o tipo de fonte de luz não afetou a quantidade de radicais
gerados.
Wang et al. (2003) descreveram os principais testes de laboratório
para avaliar as propriedades dos materiais dentais tentando demonstrar sua
aplicabilidade e relevância. Os autores sugeriram que para diferentes situações cada
material poderia responder de diferentes formas, por isso que cada teste é
desenhado para avaliar uma determinada propriedade. Os testes apresentados
foram: teste de tração, teste de compressão, teste de compressão diametral,
coeficiente de Poisson, resistência flexural, resistência à fadiga e teste de dureza
superficial. Os autores definiram a dureza superficial como uma propriedade
intrínseca que avalia a deformação plástica da superfície de um material. Este teste
52
é amplamente utilizado em odontologia o qual pode ser utilizado para avaliar o grau
de mineralização de qualquer substrato dental. Outra importante aplicação deste
teste é na avaliação do grau de polimerização de resinas composta e cimentos.
Dentre os diversos métodos enquadrados nesta categoria (Brinell, Rockwell, Vickers
e Knoop) o teste de microdureza Vickers e Knoop são os mais adequados para
avaliar microdureza superficial e profundidade de polimerização destes materiais.
Porém, o teste de microdureza Knoop é mais sensível ao polimento da superfície o
que leva mais tempo e maiores custos quando comparado com outros métodos.
Uhl; Mills e Jandt (2003) realizaram uma pesquisa com a finalidade
de comparar a eficiência de três aparelhos de fotopolimerização, um de luz halógena
e dois à base de LEDs, mensurando a profundidade de polimerização e a
microdureza Knoop. Os aparelhos à base de LEDs utilizados foram: Freelight/3M-
ESPE (270 mW/cm
2
) com 19 LEDs e um aparelho à base de LEDs
experimental/LED63, Universidade de Bristol (638 mW/cm
2
). O aparelho de luz
halógena foi o Elipar Trilight/3M-ESPE (660 mW/cm
2
), o qual foi acionado em duas
modalidades: convencional (máxima intensidade durante toda a polimerização) e
progressiva (baixa intensidade nos primeiros 20 segundos, máxima intensidade nos
próximos 20 segundos). Os tempos de exposição testados foram 5, 10, 20 e 40
segundos. As resinas compostas utilizadas foram: Z100 (3M-ESPE), Spectrum TPH
(Denstply DeTrey), Definite (Degussa AG), Solitaire2 (Haraeus Kulzer). As resinas
compostas Definite e Solitaire 2 apresentavam co-iniciadores em adição à CQ. Os
resultados da aferição dos espectros dos aparelhos e dos fotoiniciadores mostraram
uma relação satisfatória dos espectros de emissão de todos os aparelhos com o
espectro de absorção da CQ. No caso do co-iniciador Lucerina o espectro de
absorção não coincidiu com os espectros dos aparelhos à base de LEDs. Para o
53
aparelho de luz halógena o espectro de emissão foi superposto ao da Lucerina entre
375 e 410 nm aproximadamente, sendo que o pico de absorção do co-iniciador
Lucerina foi de aproximadamente 370 nm. A profundidade de polimerização obtida
com o aparelho Trilight na modalidade convencional foi maior que a obtida com os
aparelhos à base de LEDs para todos os materiais e tempos de polimerização.
Quando avaliaram os resultados de profundidade de polimerização, atingidos pelo
aparelho experimental à base de LEDs, os autores encontraram maiores valores
quando comparados aos valores obtidos com o aparelho comercial FreeLight,
independente do material e do tempo de polimerização. Não houve diferenças
significantes quando foram comparados os valores médios de microdureza Knoop
obtidos pelo aparelho Elipar Trilight e o aparelho experimental LED63 para a resina
composta Z100 em todos os tempos, e para a resina composta Spectrum nos
tempos de 20 e 40 segundos. As resinas compostas que apresentaram co-
iniciadores (Definite e Solitaire 2) mostraram valores de microdureza menores na
superfície de topo e de base quando fotopolimerizadas com aparelhos à base de
LEDs, ao contrário do aparelho de luz halógena. Com base nos resultados, os
autores concluíram que o teste de profundidade de polimerização não é um teste
adequado como o teste de microdureza, para avaliar fotopolimerização de resinas
compostas que contêm co-iniciadores além da CQ.
Com o objetivo de avaliar o desempenho de dois aparelhos à base
de LEDs comparados com um aparelho de luz halógena, Bennet e Watts (2004)
determinaram a distribuição espectral do comprimento de onda dos aparelhos e a
influência da intensidade de luz e do tempo de exposição na profundidade de
polimerização de três resinas compostas. Os aparelhos utilizados foram: um
aparelho de luz halógena Optilux 501/Sybron-Kerr e dois aparelhos à base de LEDs
54
Elipar FreeLight/3M-ESPE (19 LEDs) e UltraLume 2/OptiDent (2LEDs). As resinas
compostas testadas foram: Tetric Ceram cor A3, Tetric Ceram HB cor A3 e Tetric
Bleach cor L. Os tempos de irradiação foram 10, 20 e 40 segundos. Os resultados
revelaram que todos os aparelhos apresentaram um pico de emissão dentro da
região azul do espectro de luz visível. A profundidade de polimerização variou
significativamente com o tempo e com a intensidade para todos os aparelhos. Para
as diferenças entre os aparelhos, os autores concluíram que os aparelhos à base de
LEDs apresentaram espectro de emissão de luz mais eficiente quando comparados
com o aparelho de luz halógena. Em termos de intensidade de luz, os valores baixos
dos aparelhos à base de LEDs inflenciaram no seu desempenho.
Pereira et al. (2004) compararam a capacidade de fotopolimerização
do aparelho de luz halógena Ultralux/Dabi Atlante (538 mW/cm
2
) e o aparelho à base
de LEDs Ultraled/Dabi Atlante (180 mW/cm
2
) através do teste de microdureza
Vickers. Foram utilizadas a resina composta híbrida Charisma (Heraeus Kulzer) e a
resina composta de alta densidade P60 (3M-ESPE) na cor A3. Os corpos-de-prova
foram confeccionados através de uma matriz metálica com um orifício central de 5
mm de diâmetro e 2 mm de espessura. O teste de microdureza Vickers foi aplicado
com carga de 50 gf durante 30 segundos. Depois de obtidos os valores de
microdureza, foi calculada a porcentagem de polimerização. Os resultados
evidenciaram que as duas resinas compostas testadas atingiram porcentagens de
polimerização acima de 80%, independente do aparelho fotopolimerizador utilizado.
O aparelho de luz halógena proporcionou maiores valores de microdureza do que o
aparelho com sistema de LEDs e a resina Filtek P60 apresentou maiores médias de
microdureza do que a resina composta Charisma.
55
Com o objetivo de avaliar o efeito de aparelhos à base de LEDs
sobre a profundidade de polimerização da resina composta Filtek™ Z250 (3M-ESPE)
nas cores A3, B1 e C4, Tsai; Meyers e Walsh (2004) utilizaram o teste de
microdureza Vickers. Foram testados três aparelhos de fotopolimerização à base de
LEDs: E-light (GC) Elipar FreeLight (3M-ESPE), 475H (RF Systems Lab) e dois
aparelhos de luz halógena, um aparelho com intensidade convencional Sirona S1
(Sirona Dental) e outro de alta intensidade Optilux 501 (Kerr Demetron). Os autores
encontraram um efeito estatístico significante quando avaliados os aparelhos e a cor
independentemente. Para a cor A3, a profundidade de polimerização foi similar com
o aparelho de luz halógena convencional e os aparelhos à base de LEDs Elipar
FreeLight e 475H. Menores profundidades foram obtidas com o aparelho à base de
LEDs E-Light. Para as cores B1 e C4 os três aparelhos à base de LEDs
proporcionaram menor profundidade de polimerização quando comparados com o
aparelho de luz halógena convencional. Para a profundidade de 1 mm os dois
aparelhos de luz halógena proporcionaram maiores valores de microdureza do que
os aparelhos à base de LEDs. Dentre os três aparelhos à base de LEDs o aparelho
Elipar FreeLight proporcionou os maiores valores de microdureza para profundidades
de até 3 mm.
Uhl; Sigush e Jandt (2004) também avaliaram um aparelho à base
de LEDs de segunda geração que apresentava maior intensidade de luz que os
aparelhos à base de LEDs da primeira geração. Os autores propuseram a hipótese
de que a resina composta não apresenta diferença estatística significativa na
profundidade de polimerização e microdureza Knoop quando polimerizada com
aparelhos de luz halógena e aparelhos à base de LEDs de segunda geração. Uma
segunda proposta foi demonstrar que o teste de profundidade de polimerização não
56
discrimina da mesma forma que o teste de microdureza Knoop o desempenho das
diferentes tecnologias de fotopolimerização quando as resinas compostas contêm
co-iniciadores na composição. O aparelho utilizado foi de luz halógena Polofil
(VOCO) com espectro de emissão entre 450 e 485 nm e densidade de potência ou
intensidade de luz de 860 mW/cm
2
. Outro aparelho à base de LEDs utilizado foi um
protótipo fabricado por FSU Jena o qual apresentava 1 LED, espectro de emissão de
458 nm e intensidade de luz de 901 mW/cm
2
. As resinas compostas utilizadas foram
Z100 (3M-ESPE) cores A2 e A4, Revolcin Flow (Merz Dental) cores A2 e A3,5,
Admira (VOCO) cores A2 e A3,5. As resinas compostas Z100 e Admira continham
CQ como fotoiniciador. A resina composta Revolcin Flow continha, além da CQ,
outros co-iniciadores os quais absorvem comprimentos de onda mais baixos, em
torno de 410 nm. Para avaliar a microdureza superficial foram confeccionados
corpos-de-prova com 4 mm de diâmetro e 2 mm de espessura. Os corpos-de-prova
foram armazenados secos em recipientes escuros a 37° C durante 24 horas.
Quando foram aferidos os espectros de emissão dos aparelhos observou-se que o
aparelho de luz halógena apresentou um intervalo de emissão de energia mais
amplo, de aproximadamente 370 a 520 nm. Para o aparelho à base de LEDs, os
autores determinaram que o espectro de emissão foi mais reduzido, entre 420 e 510
nm. Os resultados, quanto à profundidade de polimerização, evidenciaram que o
aparelho protótipo à base de um LED promoveu maiores profundidades de
polimerização que o aparelho de luz halógena, para todas as resinas e cores. Já
para os resultados de microdureza Knoop não apontaram o mesmo desempenho. A
resina Revolcin Flow, quando polimerizada com o aparelho protótipo de um LED,
apresentou menores valores de microdureza, provavelmente por conter na sua
composição outros co-iniciadores além da CQ. Os autores ressaltaram que a
57
presença de co-iniciadores que absorvem baixos comprimentos de onda não
afetaram os resultados de maneira significante quando foi avaliada a profundidade
de polimerização. Concluíram que o teste de profundidade de polimerização não foi
adequado para avaliar o desempenho dos aparelhos à base de LEDs quando
testaram resinas compostas que apresentavam co-iniciadores na sua composição.
3 PROPOSIÇÃO
A partir das informações contidas na revisão de literatura sobre os
sistemas fotopolimerizadores, propõe-se:
a) avaliar a microdureza superficial das resinas compostas
extraclaras, fotopolimerizadas por luz halógena e LEDs, em
função de:
quatro resinas compostas;
duas cores para cada resina composta;
dois sistemas de fotopolimerização: luz halógena e à base
de LEDs;
duas superfícies: topo e base;
b) descrever as características dos aparelhos fotopolimerizadores
de luz halógena e à base de LEDs (espectro de emissão,
potência e intensidade de luz);
c) determinar a porcentagem de profundidade de polimerização.
4 MATERIAL E MÉTODO
4.1 MATERIAL RESTAURADOR
Para o desenvolvimento dessa metodologia foram utilizadas quatro
resinas compostas microhíbridas fotopolimerizáveis, como discriminado na Tabela 1.
As Figuras 1, 2, 3 e 4 mostram as fotografias dos materiais utilizados. As cores
avaliadas foram: A2 (controle) e uma cor extraclara, para cada marca de resina
composta.
Tabela 1 - Características das resinas compostas
RESINA
COMPOSTA
FABRICANTE COR
TAMANHO
MÉDIO DAS
PARTÍCULAS
TETRIC
®
CERAM Ivoclar Vivadent A2 e XL 0,24-1 µm *
FILTEK
TM
Z250 3M-ESPE A2 e B0.5
0,01 – 3,5 µ *
Média 0,6 µm
CHARISMA
®
Heraeus Kulzer A2 e SL 0,04 - 1 µm *
ESTHET X Dentsply A2 e XL
0,02 – 2,5 µm *
Média 0,6 – 0,8 µm
10 –12 nm
Nota: *Especificações do fabricante
60
Figura 1 - Resina composta Tetric
®
Ceram (Ivoclar Vivadent)
Figura 2 -Resina composta Filtek™ Z 250 (3M-ESPE)
61
Figura 3 - Resina composta Charisma
®
(Heraeus Kulzer)
Figura 4 - Resina composta Esthet X (Dentsply)
62
4.2 APARELHOS FOTOPOLIMERIZADORES
Para a ativação das resinas compostas foram utilizadas como fonte
de irradiação um aparelho de fotopolimerização por luz halógena e outro à base de
LEDs como mostra a Tabela 2. As fotografias dos aparelhos utilizados são
demonstradas nas Figuras 5 e 6.
Tabela 2 - Características dos aparelhos fotopolimerizadores testados
APARELHO
FONTE
DE LUZ
FABRICANTE
INTENSIDADE
DE LUZ
(mW/cm
2
) *
COMPRIMENTO
DE ONDA (nm)
Curing Light 2500
St. Paul, Ontario,
Canadá
Halógena
3M-ESPE 600 400-500
*
Elipar® FreeLight
St. Paul, Ontario,
Canadá
LEDs
(19 LEDs)
3M-ESPE
400
aprox.
440-490
*
Notas: Especificações do fabricante
4.2.1 Descrição dos aparelhos fotopolimerizadores
4.2.1.1 Aparelho de Luz Halógena: Curing Light 2500 (3M-ESPE)
O aparelho de luz halógena funciona quando uma corrente elétrica
atravessa um fino filamento de tungstênio. O filamento funciona como uma
resistência a que é aquecida pela corrente elétrica produzindo radiação
eletromagnética na forma de luz visível. Quando um filamento é aquecido em 100 °C
aproximadamente, libera calor e energia na forma de radiação infravermelha. Se a
temperatura é aumentada entre 2000 °C e 3000 °C uma significante radiação é
emitida no espectro da luz visível. O aumento de temperatura gera um aumento de
luz visível. Porém, com futuros aquecimentos continua a liberação de luz no intervalo
63
infravermelho. A produção exclusiva de luz azul com esta tecnologia não é possível,
assim, porções não desejadas do espectro devem ser filtradas e o calor também
deve ser dissipado com a incorporação de filtros de calor e ventiladores.
O aparelho Curing Light 2500 (3M-ESPE, 1997) é um aparelho
fabricado para fotopolimerização de materiais dentais polimerizados por luz visível
(Figura 5). O aparelho está conformado por uma base e uma peça de mão. A peça
de mão contém uma ponta ativa. O aparelho apresenta as seguintes características:
a) bulbo halógeno-tungstênio: 75 Watts, vida média de 4000
ciclos de 20 segundos;
b) filtros ópticos de saída de luz em um intervalo de 400 a 500
nm;
c) ponta ativa de fibra óptica com diâmetro de 7 mm.
Figura 5 - Aparelho de luz halógena Curing Light 2500 (3M-ESPE)
64
4.2.1.2 Aparelho à Base de LEDs: Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE)
Em contraste com os aparelhos de luz halógena, os aparelhos à
base LEDs (Light Emitting Diodes) produzem luz por efeitos mecânicos-quânticos. O
diodo é um dispositivo eletrônico que serve para controlar o fluxo da corrente
elétrica. São construídos com materiais semicondutores (silício, germânio, arseneto
de gálio, etc.), cada material forma uma região que é denominada P (anodo) ou N
(cátodo). O material semicondutor da região P é químico e termicamente processado
para associar-se a uma outra sustância cujos átomos apresentam uma carência de
elétrons na última camada eletrônica. O material semicondutor da região N
apresenta um excesso de elétrons na última camada eletrônica. Quando unidos
estes dois materiais se forma uma zona de transição entre eles "zona de depleção",
que contém uma carga espacial. Esta carga espacial gera uma diferença de
potencial entre a região P e a região N, de modo que a região P se torna negativa
em relação à N. Esta diferença de potencial é chamada barreira potencial. No
equilíbrio, como a região N é mais negativa do que a região P, os elétrons não
podem passar a barreira de potencial do lado N para o lado P. Também não há
passagem de elétrons do lado P para o lado N porque existem poucos elétrons na
região P. Com isso, a corrente total é igual a zero. (SEMICONDUTORES, 199-; O
DIODO, 1984; 3M-ESPE, 2001).
Quando se aplica uma tensão externa, de modo que o lado P se
torne mais positivo do que o N há uma redução da barreira potencial, que tende a
nivelar as duas regiões. Com isso, os elétrons podem passar da região N para a P,
resultando numa circulação de corrente.
Os LEDs são diodos especiais construídos por um material
semicondutor que apresenta a propriedade de produzir uma radiação
eletromagnética entre a luz visível e o infravermelho através da zona de depleção, o
65
que produz liberação de luz em um determinado comprimento de onda. Ou seja, a
energia liberada neste processo é dissipada em forma de luz. (Figura 7). Esta luz é
visível externamente, por isso, pode ser considerada como uma lâmpada de estado
sólido. As vantagens deste tipo de diodo são variadas como apresentar baixo
consumo de energia, nenhum aquecimento, alta resistência às vibrações e grande
durabilidade. (SEMICONDUTORES, 199-; O DIODO, 1984).
Em odontologia, a cor da luz é importante e está determinada pela
composição química do semicondutor. Quando a combinação dos elétrons passa por
níveis de alta energia para baixa energia, a diferença de energia é liberada na forma
de fótons. Assim, a luz produzida por um LED pode apresentar um estreito intervalo
de comprimento de onda.
O aparelho Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE, 2001) está constituído por
19 LEDs os quais estão distribuídos em três camadas (Figuras 8 e 9). A distância
entre as camadas, a angulação dos LEDs em cada camada e o ângulo de emissão
de cada LED estão dispostos para que os feixes de luz continuem de forma direta ao
longo da ponta ativa. As características deste aparelho são:
a) comprimento de onda da luz emitida: 440 a 490 nm;
b) intensidade de luz: aproximadamente 400 mW/cm
2
;
c) opções de tempos de exposição: 10, 20, 30 e 40 segundos;
d) ponta ativa de 7 mm de diâmetro;
e) bateria recarregável: 4.8 V;
f) duração de uso contínuo: 7 minutos;
g) tempo de carregamento da bateria até a carga máxima: duas
horas.
66
Figura 6 - Aparelho à base de LEDs Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE)
Figura 7 - Região P-N de um Diodo semicondutor LED
Fonte: Adaptado de O DIODO (1984)
Região N
Região P
Zona de depleção
+
+
+
++
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
- -
-
-
-
-
-
+
-
+
+
-
-
+
-
+
-
+
-
+
-
+
+
-
-
+
+
+
++
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--
--
-- --
--
--
--
--
-
+
--
+
-
+
--
+
+
--
-
+
--
+
-
+
--
+
-
+
--
+
-
+
--
+
-
+
--
+
+
--
--
Região P
Região N
Zona de depleção
67
Figura 8 - Vista frontal do aparelho à base de LEDs mostrando a disposição dos 19
LEDs
Figura 9 - Esquema mostrando a distribuição dos LEDs
Nota: Adaptado de 3M-ESPE, 2001
68
4.3 CARACTERÍSTICAS DOS APARELHOS FOTOPOLIMERIZADORES
Com a finalidade de comparar as características dos aparelhos
foram determinados o espectro de emissão (nm) e a potência (mW).
1
Para a verificação do comprimento de onda emitido pelas duas
fontes de luz testadas, foi utilizado um espectrômetro USB2000, UV-Vis (Ocean
Optics), com resolução de 1nm em um intervalo de 200 a 800 nm.
Para a medida da potência utilizou-se um Power Meter (Ophir)
2
. Este
aparelho possui a capacidade de medir a potência emitida por uma luz em Watts.
O espectro de emissão e a potência foram determinados quando
cada aparelho foi acionado durante 40 segundos utilizando a modalidade contínua
ou convencional dos aparelhos. Um monitor foi conectado aos aparelhos o que
permitiu extrair os dados.
Para o cálculo da intensidade de luz emitida pelos aparelhos utilizou-
se a seguinte fórmula:
P
I = ------- (4.3.1)
A
Onde:
I = Intensidade de luz
P = Potência (mW)
A = Área da ponta ativa do aparelho (cm)
1
Laboratório de Óptica do Instituto de Física da Universidade de São Paulo – USP, São Carlos
2
Modelo NOVA com cabeça 3A-P-CAL
69
A área foi calculada através da seguinte fórmula:
A = π r
2
( 4.3.2)
Onde:
π = 3,1416 (constante)
r = raio da ponta ativa do aparelho (0,35 cm)
Paralelamente ao cálculo da intensidade de luz através do valor da
potência, este valor também foi aferido através de um radiômetro digital Cure Rite
(EFOS).
3
Este aparelho apresenta um orifício central onde se encontra uma célula de
silício que ao ser sensibilizada pela luz produz em seus terminais uma tensão
proporcional à potência da luz incidente. Este valor é registrado pelo dispositivo
digital e convertido em valores correspondentes à intensidade de luz emitida
(mW/cm
2
).
O radiômetro digital foi aferido previamente à sua utilização no
Instituto de Física de São Carlos, através da utilização de fontes padrões de laser
argônio na linha de 488 nm.
4
A aferição do aparelho de luz halógena realizou-se seguindo as
indicações do fabricante. Foi acionado o aparelho durante 60 segundos para
conseguir o aquecimento da lâmpada halógena. Foram realizadas três medições
consecutivas de 10 segundos cada, com um intervalo de 10 segundos entre elas.
Para cada aferição a ponta ativa do aparelho foi posicionada e estabilizada
diretamente acima do orifício fotossensível do radiômetro. O resultado foi a média
expressa em mW/cm
2
.
3
EFOS Inc., Wiiliamsville, New York, U.S.A
4
Instituto de Física de São Carlos – Universidade de São Paulo. Física e Ciência dos Materiais – Prof
Vanderlei S. Bagnato
70
Para o aparelho à base de LEDs, por emitir luz através de diodos,
não foi necessário esperar os 60 segundos para o aquecimento. Para determinar se
a intensidade de luz do aparelho permanecia constante e verificar se não diminuiu
em relação ao tempo em que o aparelho permaneceu fora da base ou carregador,
foram realizadas 10 medições consecutivas. O aparelho permaneceu ligado com a
ponta ativa apoiada diretamente na superfície fotossensível do radiômetro digital
durante 10 segundos, logo foi desligado e colocado na base do aparelho durante 30
segundos, 60 segundos e 90 segundos, para determinar a variação da intensidade
de luz. (Gráficos 1, 2 e 3).
Gráfico 1 - Variação da intensidade para 30 segundos de permanência na
base, para o aparelho à base de LEDs
285
280
294
287
298
285
294
290
288
278
275
280
285
290
295
300
12345678910
REPETIÇÕES
INTENSIDADE (mWIcm2)
71
Gráfico 2 - Variação da intensidade para 60 segundos de permanência na base,
para o aparelho à base de LEDs
291
284
287
284
284
282
284
280
279
284
270
275
280
285
290
295
12345678910
REPETIÇÕES
INTENSIDADE (mWIcm2)
Gráfico 3 - Variação da intensidade para 90 segundos de permanência na base,
para o aparelho à base de LEDs
Foi utilizado o tempo de carregamento de 90 segundos como
intervalo entre as medições por apresentar a intensidade de luz mais estável durante
as dez aferições.
284
281
277
282
273
284
280
271
279
280
265
270
275
280
285
290
12345678910
REPETIÇÕES
INTENSIDADE (mWIcm2)
72
4.4 GRUPOS EXPERIMENTAIS
Para o estudo da variável microdureza superficial foi através da
confecção de 10 corpos-de-prova para cada resina composta associando os fatores
de variação levados em conta nesta pesquisa (cor da resina composta e tipo de fonte
de luz). Cada fator apresentou duas formas de variação (duas cores e duas fontes de
luz). Segundo os dados anteriores, as combinações de resina composta/cor/tipo de
fonte de luz foram identificados pelos grupos citados na Tabela 3, obtendo-se 16
grupos experimentais.
Tabela 3 - Grupos experimentais
GRUPO MATERIAL/FABRICANTE COR APARELHO/FABRICANTE
G1 Tetric
®
Ceram (Ivoclar Vivadent) A2 Curing Light 2500 (3M-ESPE)
G2 Tetric
®
Ceram (Ivoclar Vivadent) A2 Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE)
G3 Tetric
®
Ceram (Ivoclar Vivadent) XL Curing Light 2500 (3M-ESPE)
G4 Tetric
®
Ceram (Ivoclar Vivadent) XL Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE)
G5 Filtek™ Z 250 (3M-ESPE) A2 Curing Light 2500
(3M-ESPE)
G6 Filtek™ Z 250 (3M-ESPE) A2 Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE)
G7 Filtek™ Z 250 (3M-ESPE) B 0.5 Curing Light 2500
(3M-ESPE)
G8 Filtek™ Z 250 (3M-ESPE) B 0.5 Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE)
G9 Charisma
®
(Heraeus Kulzer) A2 Curing Light 2500 (3M-ESPE)
G10 Charisma
®
(Heraeus Kulzer) A2 Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE)
G11 Charisma
®
(Heraeus Kulzer) SL Curing Light 2500 (3M-ESPE)
G12 Charisma
®
(Heraeus Kulzer) SL Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE)
G13 Esthet X (Dentsply) A2 Curing Light 2500
(3M-ESPE)
G14 Esthet X (Dentsply) A2 Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE)
G15 Esthet X (Dentsply) XL Curing Light 2500
(3M-ESPE))
G16 Esthet X (Dentsply) XL Elipar
®
FreeLight (3M-ESPE)
73
4.5 CONFECÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA
Os corpos-de-prova foram confeccionados em matrizes metálicas
para evitar a dispersão da luz através da matriz. (ANDRADE, 2001; CARREIRA;
VIEIRA, 2002).
A matriz de formato circular com uma cavidade interna com 5 mm de
diâmetro e 2 mm de espessura foi preenchida com as diferentes resinas compostas
testadas. O desenho da matriz apresenta-se na Figura 10.
Figura 10 - Matriz metálica
Previamente ao preenchimento da cavidade da matriz com cada um
dos materiais em teste, utilizou-se uma fina película de vaselina líquida que foi
colocada com ajuda de um cotonete, para isolar a resina composta do metal e
facilitar a remoção dos corpos-de-prova após fotopolimerização. Em seguida, a
matriz metálica foi colocada sobre uma placa de vidro com uma tira de poliéster
interposta entre esta e a matriz, conforme o esquema a seguir (Figura 11).
74
Figura 11 - Seqüência de colocação dos componentes antes da inserção da resina composta
A resina composta foi inserida no interior da cavidade em um único
incremento com uma espátula Thompson (TD4X) tomando-se cuidado para evitar a
inclusão de bolhas de ar. Após a inserção do material, colocou-se acima da matriz,
uma outra tira de poliéster e uma placa de vidro como ilustra a Figura 12.
Figura 12 - Seqüência de colocação dos componentes após a inserção da resina composta
Colocou-se a placa de vidro superior sobre a matriz, sem compressão,
apenas com o peso da própria placa (266,42 g). Este procedimento permitiu o
escoamento do excesso de material e a obtenção de uma superfície nivelada com a
Tira de poliester
Matriz
Placa de vidro
Tira de poliester
Matriz
Placa de vidro
75
matriz metálica. Para evitar um movimento de báscula da placa de vidro superior
foram colocados dois discos da mesma espessura da matriz (2 mm) formando um
tripé, garantindo que os corpos-de-prova apresentassem espessuras iguais em toda
sua extensão. Uma vez realizado este procedimento a placa de vidro permaneceu
apoiada sobre a matriz durante 25 segundos, tempo que permitiu conseguir uma
superfície lisa. A seguir, removeu-se a placa de vidro superior e aplicou-se a ponta
ativa da fonte ativadora diretamente sobre a tira de poliéster durante 40 segundos
(DUNN; BUSH, 2002; FAN et al., 2002; HANSEN; ASMUSSEN, 1993; PEREIRA et
al., 1997; PEREIRA; PORTO; MENDES, 2001). O processo de fotopolimerização foi
monitorado sempre com um cronômetro digital (Thechnos) como mostra a Figura 13,
para determinar o intervalo de desligamento automático ou aviso sonoro dos
aparelhos de fotopolimerização utilizados. Verificou-se que os dois aparelhos não
apresentaram diferenças em relação ao tempo observado no cronômetro.
Figura 13 - Processo de fotopolimerização controlado por um cronômetro digital
76
4.6 ANÁLISE DA MICRODUREZA SUPERFICIAL
Após a fotopolimerização, os corpos-de-prova foram identificados,
diferenciando a superfície de topo e de base e classificados de acordo com o grupo
que pertenciam, com ajuda de um marcador permanente. A seguir, foram envoltos
em papel alumínio e armazenados secos em um recipiente escuro à prova de luz
durante 24 horas. (DUNN; BUSH, 2002; FAN et al., 2002; HANSEN; ASMUSSEN,
1993; LEONARD, 2002 et al.; TURBINO et al., 1992).
A obtenção dos valores de microdureza foi realizada ao completar 24
horas da confecção dos corpos-de-prova. Após este tempo, cada corpo-de-prova foi
dividido em 4 quadrantes com ajuda de uma lâmina de bisturi n°15. Este
procedimento facilitou a orientação no momento do teste e permitiu obter impressões
aleatórias. O teste de microdureza Vickers foi realizado através do microdurômetro
MMT-3 Digital Microhardness Tester(Buehler)
5
com carga de 50 gf durante 30
segundos para cada impressão (Figura 14). Realizaram-se 4 impressões na
superfície de topo e 4 na superfície de base (uma impressão por quadrante). O
resultado fatorial foi estabelecido em: 16 grupos, 10 repetições e 4 impressões por
superfície o que totalizou em 160 corpos-de-prova e 1280 impressões.
Uma vez obtidos estes valores, foram calculadas as médias de
microdureza para cada superfície analisada: topo (superfície em contato direto com a
fonte de luz) e base (superfície afastada da fonte de luz).
5
Lake Bluff, Illinois, USA
77
Figura 14 - Microdurômetro digital
Os resultados foram obtidos em HV (kgf/mm
2
-Hardness Vickers) e
registrados em tabelas confeccionadas especificamente para esta pesquisa,
conforme demonstra a Tabela 4.
Tabela 4 - Tabela de registro de dados
Quadrantes
1 2 3 4 Média (HV)
T
B
T
B
T
B
T
B
T
GRUPO
B
78
4.7 PORCENTAGEM DE PROFUNDIDADE DE POLIMERIZAÇÃO
Como um indicador da efetividade de polimerização, foi calculado a
porcentagem de profundidade de polimerização. Para determinar este valor foram
divididas as médias de microdureza da superfície de base pelas médias de
microdureza da superfície de topo e o resultado foi multiplicado por 100. Como pode-
se visualizar na seqüência.
Porcentagem Superfície de base
de = ---------------------------- X 100 (4.7.1)
Polimerização Superfície de topo
4.8 PLANEJAMENTO EXPERIMENTAL ESTATÍSTICO
Para a variável microdureza superficial foram gerados três fatores de
variação: resina composta (quatro marcas comerciais), cor da resina composta (duas
cores por resina composta) e duas fontes de luz (halógena e LEDs). Para evitar
influência pessoal nos valores de microdureza no momento de realizar as leituras, as
condições experimentais foram avaliadas aleatoriamente. Foi realizada estatística
descritiva (média e desvio padrão). As médias de microdureza foram avaliadas
através da análise de Variância multifatorial (MANOVA). O modelo estatístico fatorial
resultou em 10 X 4 X 2 X 2. Para todos os testes adotou-se como nível de
significância o valor 5%. Se p>0,05 a hipótese de nulidade (H
0
) foi aceita, onde não
há diferenças entre os valores de microdureza. No caso p0,05, rejeitou-se H
0,
79
procedendo-se à comparação entre os fatores, dois a dois, utilizando-se o teste de
Tukey. Todos estes cálculos foram realizados para a superfície de topo e de base. O
“teste t para amostras pareadas” foi utilizado para comparações entre as superfícies.
O programa estatístico utilizado para analisar os dados foi o
programa Statistica
®
6.0.
5 RESULTADOS
5.1 CARACTERÍSTICAS DOS APARELHOS FOTOPOLIMERIZADORES
O Gráfico 4 e a Tabela 5 mostram os valores encontrados para o
espectro de emissão dos aparelhos testados.
Gráfico 4 - Espectro de emissão das duas fontes de luz utilizadas
Nota: au - unidades arbitrárias.
Os dois aparelhos fotopolimerizadores apresentaram emissão na
região azul do espectro de luz visível. O espectro de emissão do aparelho de luz
Curing Light 2500 (3M-ESPE) foi aproximadamente entre 400 e 520 nm com um pico
de emissão em 490 nm. Para o aparelho à base de LEDs Elipar
®
FreeLight (3M-
ESPE) o espectro de emissão foi aproximadamente de 430 nm a 520 nm com um
pico de emissão em 470 nm aproximadamente.
81
Tabela 5 - Valores de potência e intensidade de luz
APARELHO POTÊNCIA
DIÂMETRO DA
PONTA ATIVA
INTENSIDADE DE
LUZ
Radiômetro Digital
INTENSIDADE
DE LUZ
Calculado
Ciring Light 2500
(3M-ESPE)
300 mW 7 mm 775 mW/cm
2
780 mW/cm
2
Elipar
®
FreeLight
(3M-ESPE)
117 mW 7 mm 284 mW/cm
2
304 mW/cm
2
5.2 MICRODUREZA SUPERFICIAL
A análise descritiva dos dados obtidos foi registrada na Tabela 6
(Média e Desvio Padrão). Esta análise foi realizada para as superfícies de topo e de
base. Os dados originais coletados estão contidos no Apêndice A. Os valores de
microdureza foram representados na unidade de medida VH.
Tabela 6 - Média e desvio padrão para os valores de microdureza
TOPO BASE
GRUPO
RESINA
COMPOSTA
COR FONTE
MÉDIA
DESVIO
PADRÃO
MÉDIA
DESVIO
PADRÃO
G1
Tetric
®
Ceram A2 HALÓGENA 33,70 3,76 29,14 1,63
G2
Tetric
®
Ceram A2 LED 28,89 2,64 23,24 3,30
G3
Tetric
®
Ceram XL HALÓGENA 30,78 0,95 18,58 0,74
G4
Tetric
®
Ceram XL LED 22,97 2,56 12,81 2,50
G5
Filtek™ Z 250 A2 HALÓGENA 67,94 5,20 60,31 5,07
G6
Filtek™ Z 250 A2 LED 51,32 1,40 46,10 1,99
G7
Filtek™ Z 250 B 0.5 HALÓGENA 64,09 8,68 53,11 5,68
G8
Filtek™ Z 250 B 0.5 LED 52,12 1,35 46,42 1,04
G9
Charisma
®
A2 HALÓGENA 36,39 2,67 31,85 2,28
G10
Charisma
®
A2 LED 39,10 1,54 29,45 1,95
G11
Charisma
®
SL HALÓGENA 30,60 2,17 29,11 1,71
G12
Charisma
®
SL LED 30,86 1,42 23,51 2,03
G13
Esthet X A2 HALÓGENA 45,78 7,12 38,58 2,01
G14
Esthet X A2 LED 37,28 1,67 31,59 2,49
G15
Esthet X XL HALÓGENA 36,06 2,29 33,90 1,20
G16
E sthet X XL LED 37,50 0,97 31,67 1,37
82
5.2.1 Superfície de Topo
Os resultados da Análise de Variância resultaram nos valores
apresentados na Tabela 7.
Tabela 7 - Resultados da análise de variância multifatorial para a superfície de topo
CAUSA DE VARIAÇÃO
GRAUS DE
LIBERDADE
SOMA DE
QUADRADOS
F p
Resina composta 3 6781,939 515,036 0,001
Cor 1 783,819 59,525 0,001
Tipo de fonte 1 1282,750 97,415 0,001
Resina * Cor 3 50,865 3,863 0,011
Resina * Tipo de fonte 3 435,093 33,042 0,001
Cor * Tipo de fonte 1 52,287 3,971 0,048
Resina * Cor * Tipo de fonte 3 95,382 7,244 0,001
Nota: p 0,05 valor significante
Os resultados da Análise de Variância multifatorial mostraram
diferenças estatísticas significantes (p<0,05) quando os fatores foram analisados
individualmente e quando foram analisadas as interações entre eles. Como mostra a
Tabela 7, a influência nos valores de microdureza da interação entre cor e tipo de
fonte de luz (p=0,048) para a superfície de topo não foi muito evidente.
O teste de Tukey foi aplicado para contrastar as médias entre as
interações: resina composta X cor, resina composta X tipo de fonte de luz, cor X tipo
de fonte de luz e resina composta X cor X tipo de fonte de luz.
5.2.1.1 Efeito da Interação resina composta e cor
A Tabela 8 mostra a interação entre a resina composta e a cor da
resina composta. Observa-se que para todas as resinas compostas testadas na cor
83
A2, exceto para a resina composta Filtek™ Z 250, obtiveram-se maiores valores de
microdureza que sua respectiva cor extraclara (p<0,05). Isso significa que o fator cor
interferiu na variação dos resultados apresentados pelas resinas compostas.
Tabela 8 - Contraste de médias para interação resina composta e cor para
a superfície de topo
RESINA COMPOSTA COR MÉDIA
CONTRASTE DE
MÉDIAS
Tetric
®
Ceram A2 31,29 d
Tetric
®
Ceram XL 26,87 e
Filtek™ Z 250 A2 59,63 a
Filtek™ Z 250 B0.5 58,11 a
Charisma
®
A2 37,74 c
Charisma
®
SL 30,73 d
Esthet X A2 41,53 b
Esthet X XL 36,78 c
Nota: Letras minúsculas diferentes implicam que as médias diferem
estatisticamente ao nível de 5%, segundo o Teste de Tukey.
5.2.1.2 Efeito da interação resina composta e tipo de fonte de luz
A interação entre a resina composta e o tipo de fonte de luz foi
significante (p= 0,001) conforme apresentado na Tabela 7. Isto significa que o fator
tipo de fonte de luz influenciou na variação dos resultados de microdureza
apresentados pelas resinas compostas quando analisado na ausência da cor. Na
Tabela 9 observa-se que para todas as resinas compostas o aparelho de luz
halógena proporcionou maiores valores de microdureza que o aparelho à base de
LEDs (p<0,05). Este comportamento não foi observado para a resina composta
Charisma
®
, onde os resultados não evidenciaram diferenças quando esta resina
composta foi polimerizada com o aparelho de luz halógena ou à base de LEDs
(p>0,05).
84
Tabela 9 - Contraste de médias para interação resina composta e tipo de
fonte de luz para superfície de topo
RESINA COMPOSTA
TIPO DE
FONTE DE LUZ
MÉDIA
CONTRASTE DE
MÉDIAS
Tetric
®
Ceram HALÓGENA 32,24 e
Tetric
®
Ceram LEDs 25,93 f
Filtek™ Z 250 HALÓGENA 66,01 a
Filtek™ Z 250 LEDs 51,72 b
Charisma
®
HALÓGENA 33,49 e
Charisma
®
LEDs 34,98 de
Esthet X HALÓGENA 40,92 c
Esthet X LEDs 37,39 d
Nota: Letras minúsculas diferentes implicam que as médias diferem
estatisticamente ao nível de 5%, segundo o Teste de Tukey.
5.2.1.3 Efeito da interação cor e tipo de fonte de luz
A interação entre cor e tipo de fonte de luz apresentou a menor
influência nos resultados para a superfície de topo, mesmo assim foi significativa
(p=0,048). Conforme apresentado na Tabela 10, pode-se observar que o tipo de
fonte de luz utilizado exerceu influência na variação dos resultados apresentados
pela cor da resina composta (p<0,05). Em termos de cor, também se observou
diferenças, sendo que a cor extraclara obteve menores valores de microdureza
independente do tipo de fonte utilizado (p<0,05).
Tabela 10 - Contraste de médias para interação cor e tipo de fonte de luz
para superfície de topo
COR
TIPO DE
FONTE DE LUZ
MÉDIA
CONTRASTE DE
MÉDIAS
A2 HALÓGENA 45,95 a
A2 LEDs 39,14 b
EXTRACLARA HALÓGENA 40,38 b
EXTRACLARA LEDs 35,86 c
Nota: Letras minúsculas diferentes implicam que as médias diferem
estatisticamente ao nível de 5%, segundo o Teste de Tukey.
85
5.2.1.4 Efeito da interação resina composta, cor e tipo de fonte de luz
A interação entre a resina composta, cor e o tipo de fonte de luz foi
significante (p= 0,001) conforme apresentado na Tabela 7.
Tabela 11 – Contraste de médias para a interação resina composta, cor e tipo de
fonte de luz para a superfície de topo
GRUPO
RESINA
COMPOSTA
COR
TIPO DE
FONTE DE LUZ
MÉDIA
CONTRASTE
DE MÉDIAS
G1 Tetric
®
Ceram A2 HALÓGENA 33,70 defg
G2 Tetric
®
Ceram A2 LEDs 28,89 g
G3 Tetric
®
Ceram XL HALÓGENA 30,78 fg
G4 Tetric
®
Ceram XL LEDs
22,97
h
G5 Filtek™ Z250 A2 HALÓGENA
67,94
a
G6 Filtek™ Z250 A2 LEDs
51,32
bc
G7 Filtek™ Z250 B 0.5 HALÓGENA
64,09
a
G8 Filtek™ Z250 B 0.5 LEDs
52,12
b
G9 Charisma
®
A2 HALÓGENA
36,39
d
G10 Charisma
®
A2 LEDs
39,10
d
G11 Charisma
®
SL HALÓGENA
30,60
fg
G12 Charisma
®
SL LEDs
30,86
efg
G13 Esthet X A2 HALÓGENA
45,78
c
G14 Esthet X A2 LEDs
37,28
d
G15 Esthet X XL HALÓGENA
36,06
def
G16 Esthet X XL LEDs
37,50
d
Nota: Letras minúsculas diferentes implicam que as médias diferem estatisticamente
ao nível de 5%, segundo o Teste de Tukey.
Os resultados apresentados na Tabela 11 apresentam o contraste
de médias para a interação entre a resina composta, cor e tipo de fonte de luz
utilizada. Esta tabela mostra os diferentes comportamentos entre as interações para
cada resina composta.
Para a resina composta Tetric
®
Ceram não houve diferenças
estatísticas quando a cor A2 foi polimerizada com o aparelho de luz halógena ou à
base de LEDs e quando a cor A2 e a cor XL foram polimerizadas com o aparelho de
luz halógena. Uma diminuição nos valores de microdureza foi registrada quando a
cor XL foi polimerizada com o aparelho à base de LEDs (p<0,05).
86
A resina composta Filtek™ Z250 evidenciou valores baixos de
microdureza quando esta foi polimerizada com o aparelho à base de LEDs,
independentemente da cor (p<0,05). Não houve diferenças estatísticas quando se
compararam as duas cores da resina composta quando estas foram
fotopolimerizadas com o mesmo tipo de fonte de luz (p>0,05).
A resina composta Charisma
®
atingiu maiores valores de
microdureza para a cor A2 independente da fonte de luz utilizada e o menor valor foi
gerado quando a cor SL foi polimerizada com o aparelho à base de LEDs (p<0,05).
Para a resina composta Esthet X a cor A2 obteve os maiores valores de microdureza
quando fotopolimerizada com o aparelho de luz halógena (p<0,05).
5.2.2 SUPERFÍCIE DE BASE
Os resultados da Análise de Variância multifatorial apresentado na
Tabela 12 mostram diferenças estatísticas significantes quando os fatores foram
analisados individualmente e quando houve interações entre eles (p<0,05).
Tabela 12 - Resultados da análise de variância multifatorial para a superfície de base
CAUSA DE VARIAÇÃO
GRAUS DE
LIBERDADE
SOMA DE
QUADRADOS
F p
Resina composta 3 6752,287 956,132 0,001
Cor 1 1057,632 149,762 0,001
Tipo de fonte 1 1550,243 219,516 0,001
Resina * Cor 3 134,451 19,038 0,001
Resina * Tipo de fonte 3 85,164 12,059 0,001
Cor * Tipo de fonte 1 53,263 7,542 0,007
Resina * Cor * Tipo de fonte 3 56,946 8,064 0,001
Nota: p 0,05 valor significante
O teste de Tukey foi aplicado para contrastar as médias entre as
interações: resina composta X cor, resina composta X tipo de fonte de luz, cor X tipo
de fonte de luz e resina composta X cor X tipo de fonte de luz, de maneira
semelhante como foi executada para a superfície de topo.
87
5.2.2.1 Efeito da interação resina composta e cor
O contraste de médias para interação entre a resina composta e a
cor do material pode-se observar na Tabela 13. Este contraste foi determinado
porque a Tabela 12 mostra diferenças para a interação entre estes fatores (p<0,001).
Isso significa que o fator cor interferiu na variação dos resultados apresentados pelas
resinas compostas.
Tabela 13 - Contraste de médias para interação resina composta e cor na
superfície de base
RESINA COMPOSTA COR MÉDIA
CONTRASTE DE
MÉDIAS
Tetric
®
Ceram A2 26,19 f
Tetric
®
Ceram XL 15,69 g
Filtek™ Z 250 A2 53,20 a
Filtek™ Z 250 B0.5 49,77 b
Charisma
®
A2 30,65 e
Charisma
®
SL 26,31 f
Esthet X A2 35,08 c
Esthet X XL 32,79 d
Nota: Letras minúsculas diferentes implicam que as médias diferem
estatisticamente ao nível de 5%, segundo o Teste de Tukey.
Para todas as resinas compostas a cor A2 obteve maiores valores
de microdureza que sua respectiva cor extraclara mostrando que a interação destes
influenciou nos resultados (p<0,05).
5.2.2.2 Efeito da interação resina composta e tipo de fonte de luz
A interação entre a resina composta e o tipo de fonte de luz foi
significante (p= 0,001) conforme apresentado na Tabela 12. Isto significa que o fator
tipo de fonte de luz influenciou na variação dos resultados de microdureza
apresentados pelas resinas compostas quando analisado na ausência da cor.
88
Tabela 14 - Contraste de médias para interação resina composta e tipo de
fonte de luz na superfície de base
RESINA COMPOSTA
TIPO DE
FONTE DE LUZ
MÉDIA
CONTRASTE DE
MÉDIAS
Tetric
®
Ceram HALÓGENA 23,86 f
Tetric
®
Ceram LEDs 18,02 g
Filtek™ Z 250 HALÓGENA 56,71 a
Filtek™ Z 250 LEDs 46,26 b
Charisma
®
HALÓGENA 30,48 d
Charisma
®
LEDs 26,48 e
Esthet X HALÓGENA 36,24 c
Esthet X LEDs 31,63 d
Nota: Letras minúsculas diferentes implicam que as médias diferem
estatisticamente ao nível de 5%, segundo o Teste de Tukey.
Na Tabela 14 observa-se que para todas as resinas compostas o
aparelho de luz halógena proporcionou maiores valores de microdureza que o
aparelho à base de LEDs (p<0,05).
5.2.2.3 Efeito da interação cor e tipo de fonte de luz
Conforme apresentado na Tabela 12, verificou-se que o tipo de fonte
de luz utilizado exerceu influência na variação dos resultados apresentados pela cor
da resina composta (p=0,007). Pode-se observar na Tabela 15 que a cor A2 quando
polimerizada com o aparelho de luz halógena obteve maiores médias de
microdureza quando comparada com a cor extraclara. Os resultados foram ainda
menores quando a cor extraclara foi polimerizada com o aparelho à base de LEDs
(p<0,05).
Tabela 15 - Contraste de médias para interação cor e tipo de fonte de luz
para superfície de base
COR
TIPO DE
FONTE DE LUZ
MÉDIA
CONTRASTE DE
MÉDIAS
A2 HALÓGENA 39,97 a
A2 LEDs 32,59 b
EXTRACLARA HALÓGENA 33,67 b
EXTRACLARA LEDs 28,60 c
Nota: Letras minúsculas diferentes implicam que as médias diferem
estatisticamente ao nível de 5%, segundo o Teste de Tukey.
89
5.2.2.4 Efeito da interação resina composta, cor e tipo de fonte de luz
A interação entre a resina composta, cor e o tipo de fonte de luz
foram significantes (p= 0,001) conforme apresentado na Tabela 12. Os resultados
apresentados na Tabela 16 mostram o contraste de médias para a interação entre a
resina composta, cor e tipo de fonte de luz utilizada.
Tabela 16 – Contraste de médias para a interação resina composta, cor e tipo de
fonte de luz para a superfície de base
GRUPO
RESINA
COMPOSTA
COR
TIPO DE
FONTE DE LUZ
MÉDIA
CONTRASTE
DE MÉDIAS
G1 Tetric
®
Ceram A2 HALÓGENA 29,14 f
G2 Tetric
®
Ceram A2 LED 23,24 g
G3 Tetric
®
Ceram XL HALÓGENA 18,58 h
G4 Tetric
®
Ceram XL LED 12,81 i
G5 Filtek™ Z 250 A2 HALÓGENA 60,31 a
G6 Filtek™ Z 250 A2 LED 46,10 c
G7 Filtek™ Z 250 B 0.5 HALÓGENA 53,11 b
G8 Filtek™ Z 250 B 0.5 LED 46,42 c
G9 Charisma
®
A2 HALÓGENA 31,85 ef
G10 Charisma
®
A2 LED 29,45 f
G11 Charisma
®
SL HALÓGENA 29,11 f
G12 Charisma
®
SL LED 23,51 g
G13 Esthet X A2 HALÓGENA 38,58 d
G14 Esthet X A2 LED 31,59 ef
G15 Esthet X XL HALÓGENA 33,90 e
G16 Esthet X XL LED 31,67 ef
Nota: Letras minúsculas diferentes implicam que as médias diferem estatisticamente
ao nível de 5%, segundo o Teste de Tukey.
De acordo com a Tabela 16 diferentes comportamentos foram
registrados para cada resina composta.
A resina composta Tetric
®
Ceram mostrou diferenças entre todas as
combinações. Quando a resina composta Filtek™ Z250 foi fotopolimerizada com o
aparelho de luz halógena atingiu maiores valores de microdureza, mesmo assim, a
cor A2 obteve maiores valores do que a cor extraclara B0.5 (p<0,05).
90
Menores valores de microdureza obtiveram-se para a resina
composta Charisma
®
cor SL quando fotopolimerizada com o aparelho à base de
LEDs. Para as outras combinações não houve diferenças. Quando a resina composta
Esthet X cor A2 foi fotopolimerizada com o aparelho de luz halógena, maiores valores
de microdureza foram encontrados os quais diferiram dos resultados para as outras
combinações desta mesma resina composta.
O comportamento de todas as resinas compostas, tanto para a
superfície de topo quanto para a de base, está ilustrado nos Gráficos 5, 6, 7 e 8.
91
Gráfico 5 - Valores de microdureza Vickers para a superfície de topo e de base
da resina composta Tetric
®
Ceram (Ivoclar Vivadent) fotopolimerizada
com o sistema de LEDs e com o sistema de luz halógena
Gráfico 6 - Valores de microdureza Vickers para a superfície de topo e de base
da resina composta Filtek
TM
Z250 (3M-ESPE) fotopolimerizada com o
sistema de LEDs e com o sistema de luz halógena
33,7
29,14
28,89
23,24
30,78
18,58
22,97
12,81
0
5
10
15
20
25
30
35
40
MICRODUREZA SUPERFICIAL
(HV)
A2
HALOGENA
A2 XL
HALOGENA
XL
TOPO
BASE
67,94
60,31
51,32
46,1
64,09
53,11
52,12
46,42
0
10
20
30
40
50
60
70
MICRODUREZA SUPERFICIAL (HV)
A2
HAGENA
A2 B0.5
HAGENA
B0.5
TOPO
BASE
LEDs LEDs
LEDs LEDs
92
Gráfico 7 - Valores de microdureza Vickers para a superfície de topo e de base da
resina composta Charisma
®
(Heraeus Kulzer), fotopolimerizada com o
sistema de LEDs e com o sistema de luz halógena
Gráfico 8 - Valores de microdureza Vickers para a superfície de topo e de base da
resina composta Esthet X (Dentsply), fotopolimerizada com o sistema de
LEDs e com o sistema de luz halógena
LEDs LEDs
MICRODUREA SUPERFICIAL (HV)
34,12
32,99
34,28
31,86
30,86
29,98
27,19
25,35
0
5
10
15
20
25
30
35
40
MICRODUREA SUPERFICIAL (HV)
A2
HAGENA
SL B0.5
HAGENA
SL
TOPO
BASE
LEDs LEDs
A2
HALÓGENA
93
5.3 COMPARAÇÃO DOS VALORES DE MICRODUREZA ENTRE AS
SUPERFÍCIES DE TOPO E DE BASE
Aplicou-se o teste t para amostras independentes para determinar
diferenças estatísticas significantes entre os valores de microdureza da superfície de
topo e a superfície de base dos diferentes grupos. Estes resultados estão contidos
na Tabela 17.
Tabela 17 – Contraste de médias da superfície de topo e de base
GRUPO
RESINA
COMPOSTA
COR
TIPO DE
FONTE
MÉDIA
TOPO
MÉDIA
BASE
p
G1
Tetric
®
Ceram A2 HALÓGENA 33,70 29,14 0,000363
G2
Tetric
®
Ceram A2 LED 28,89 23,24 0,000065
G3
Tetric
®
Ceram XL HALÓGENA 30,78 18,58 0,000001
G4
Tetric
®
Ceram XL LED 22,97 12,81 0,000001
G5
Filtek™ Z 250 A2 HALÓGENA 67,94 60,31 0,000028
G6
Filtek™ Z 250 A2 LED 51,32 46,10 0,000039
G7
Filtek™ Z 250 B 0.5 HALÓGENA 64,09 53,11 0,000776
G8
Filtek™ Z 250 B 0.5 LED 52,12 46,42 0,000001
G9
Charisma
®
A2 HALÓGENA 36,39 31,85 0,000887
G10
Charisma
®
A2 LED 39,10 29,45 0,000006
G11
Charisma
®
SL HALÓGENA 30,60 29,11 0,165559
G12
Charisma
®
SL LED 30,86 23,51 0,000001
G13
Esthet X A2 HALÓGENA 45,78 38,58 0,007206
G14
Esthet X A2 LED 37,28 31,59 0,000001
G15
Esthet X XL HALÓGENA 36,06 33,90 0,013372
G16
E sthet X XL LED 37,50 31,67 0,000005
Nota: p 0,05 diferenças significantes
5.4 PORCENTAGEM DE PROFUNDIDADE DE POLIMERIZAÇÃO
A Tabela 18 e o Gráfico 9 mostram as porcentagens de
polimerização para todos os grupos. Utilizando o critério de relação de microdureza
de superfície inferior/superior vezes 100, a porcentagem de polimerização deve ser
igual o maior a 80% para os corpos-de-prova serem considerados adequadamente
94
polimerizados. Segundo este conceito, os resultados mostram que G3, G4, G10 e
G12 não cumpriram esta relação.
Tabela 18 - Valores de porcentagem de profundidade de polimerização
GRUPO
RESINA
COMPOSTA
COR
FONTE
DE LUZ
PORCENTAGEM DE
POLIMERIZAÇÃO (%)
G1
G2
G3
G4
Tetric
®
Ceram
(Ivoclar Vivadent)
A2
A2
XL
XL
HALÓGENA
LEDs
HALOGENA
LEDs
86,47
80,44
60,33
55,77
G5
G6
G7
G8
Filtek Z™ 250
(3M-ESPE)
A2
A2
B 0.5
B 0.5
HALÓGENA
LEDs
HALOGENA
LED
88,77
89,93
82,90
89,06
G9
G10
G11
G12
Charisma
®
(Heraeus Kulzer)
A2
A2
SL
SL
HALÓGENA
LEDs
HALOGENA
LEDs
87,52
75,32
95,13
76,18
G13
G14
G15
G16
Esthet X
(Dentsply)
A2
A2
XL
XL
HALÓGENA
LEDs
HALOGENA
LEDs
84,83
84,74
94,01
85,11
Nota: Os números vermelhos significam valores que não satisfizeram o critério de 80% para
considerar polimerização efetiva.
Gráfico 9 - Porcentagem de polimerização obtida para os diferentes grupos.
Nota: a linha vermelha indica o valor de 80% e permite diferenciar os grupos que estão
acima e abaixo desta porcentagem
80,44
60,36
55,77
82,86
89,06
75,32
76,18
85,11
87,52
89,93
88,77
95,13
94,01
84,74
84,83
86,47
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
G1 G2 G3 G4 G5 G6 G7 G8 G9 G10 G11 G12 G13 G14 G15 G16
%
6 DISCUSSÃO
Os produtos e equipamentos dentais devem ser avaliados através de
testes de laboratório antes de serem integrados na prática clínica. Estes testes
devem ser repetidos e conferidos para assegurar desempenho clínico do material na
cavidade oral, porque dentro desta existe uma situação dinâmica onde condições
adversas podem ser esperadas e determinam o sucesso ou fracasso de uma
restauração.
Este estudo verificou se a polimerização de resinas compostas da cor
extraclara de diferentes marcas comerciais foram semelhantes à sua respectiva cor
convencional A2, quando polimerizada com um aparelho de luz halógena ou à base
de LEDs, através do teste de microdureza Vickers.
Testes in vitro avaliam diferentes propriedades mecânicas dos
materiais, dentre eles, o teste de microdureza superficial é freqüentemente utilizado.
As características da superfície e da composição do material podem influenciar no
polimento, formação de fraturas, formação de defeitos na superfície ou na resistência
ao desgaste. Assim, a microdureza superficial é um parâmetro utilizado para avaliar
a resistência à deformação plástica através de penetração de um instrumento
específico. (WANG et al., 2003).
O teste de microdureza Vickers, o qual foi utilizado neste estudo,
produz uma impressão na resina composta como resultado da penetração do
diamante em forma de pirâmide com base quadrada e um ângulo de 136 graus entre
as faces opostas. O diamante fixo ao microdurômetro, penetra a resina composta
sob uma determinada carga durante um tempo definido. Neste estudo sujeitou-se a
resina composta sob carga de 50 gf durante 30 segundos como nos estudos de
Andrade et al. (2001); Consanni et al. (2002); Hansen; Asmussen (1993); Pereira
96
(1999), Pereira et al. (2004); Rastelli (2002); Ribeiro et al.(2003); Turbino et al.
(1992) e Vinha; Coelho e Campos (1990).
O teste de microdureza superficial associado à profundidade de
polimerização avalia indiretamente a conversão de monômeros em polímeros da
resina composta (HANSEN; ASMUSSEN, 1993; WANG et al., 2003; YEARN, 1985)
ou o desempenho dos aparelhos fotopolimerizadores durante a polimerização.
(KURACHI et al., 2000; MILLS et al., 2002; PEREIRA, 1999; RASTELLI, 2002; UHL;
SIGUSHI; JANDT, 2004).
É importante atingir uma adequada polimerização para o sucesso
das restaurações, em outras palavras, é um fator determinante na longevidade
desta. Caso contrário, inadequada polimerização poderia resultar em propriedades
físicas inferiores, maior solubilidade no meio oral, aumento da microinfiltração e
conseqüentemente cárie secundária e irritação pulpar. (CARREIRA; VIEIRA, 2002;
FAN et al., 2002; KNĔZEVIĆ et al., 2001; PEREIRA; PORTO; MENDES, 2001).
Inúmeros fatores determinam ou influenciam a polimerização das
resinas compostas, sendo estes dependentes dos aparelhos fotopolimerizadores, do
material e das técnicas de restauração como aqui demonstrado neste estudo. Os
fatores relacionados aos aparelhos destacam o tipo de fonte de luz, intensidade de
luz, comprimento de onda das diversas fontes de luz, manutenção dos aparelhos,
entre outras. Em relação à resina composta podemos citar a composição do
material, quantidade de carga, cor, índice de refração das partículas e opacidade ou
translucidez. Fatores dependentes das técnicas estão relacionados ao tempo de
exposição à luz, espessura do incremento de resina composta, forma do incremento,
entre outros. (CONSANNI et al.; 2002; DELGADO et al.; 2003; FAN et al., 2002;
FRENTZEN; FOLL; BRAUN, 2001; KAWAGUCHI; FUKUSHIMA; MIYAZAKI, 1994;
97
MIYAZAKI et al., 1998; PARK; CHAE; RAWLS, 1999; PEREIRA et al. 1997;
PEREIRA; PORTO; MENDES, 2001; PEREIRA et al., 2004; TESHIMA et al., 2003;
TSAI; MEYERS; WALSH, et al., 2004; UHL; SIGUSH; JANDT , 2004).
De acordo com as Tabelas 7 e 12, os fatores resina composta, cor e
tipo de fonte de luz influenciaram nos valores de microdureza quando avaliados
individualmente ou para as interações entre eles.
As resinas compostas testadas neste estudo obtiveram diferentes
valores de microdureza superficial tanto para a superfície de topo quanto para a
superfície de base. Comportamento semelhante foi obtido por Quance et al. (2001).
A resina composta Filtek™ atingiu os maiores valores de microdureza
independentemente da cor ou fonte utilizada. Esta variação nos resultados está
relacionada com a composição destas em função do tipo e tamanho das partículas.
Estudos em relação ao tamanho das partículas, realizados por Dunn e Bush (2002);
Kawaguchi; Fukushima e Miyazaki (1994) e Leonard et al. (2002) demonstraram que
as resinas compostas microhíbridas atingiram maior profundidade de polimerização
que as resinas compostas de micropartículas. Estes autores sugeriram que as
resinas de micropartículas apresentam menor profundidade de polimerização por
conter cargas pequenas que fazem com que a luz se disperse, diminuindo a
efetividade da luz ativadora.
As resinas compostas selecionadas nesta pesquisa foram
microhíbridas, desta forma, apresentaram diferenças quando comparados os valores
de microdureza obtidos entre elas. Embora todas as resinas compostas
selecionadas estejam classificadas no mesmo grupo, estas apresentam partículas de
diferentes tamanhos como apresentado na Tabela 1.
98
Os pigmentos incorporados às resinas compostas determinam a cor
destas e podem influenciar na qualidade de polimerização. A interação entre a resina
composta e a cor influenciou nos valores de microdureza, tanto para a superfície de
base quanto para a superfície de topo (Tabelas 8 e 13). Todas as resinas compostas
de cor A2 atingiram os maiores valores de microdureza do que sua respectiva cor
extraclara para a superfície de topo e para a superfície de base, com exceção da
resina composta Filtek™ Z250 (3M-ESPE) na superfície de topo. A interação entre
resina composta e cor foi mais evidente na superfície de base, provavelmente por
fenômenos de absorção e dispersão da luz por parte dos pigmentos e das partículas
presentes, que interferem na profundidade de polimerização.
Estes achados diferem dos resultados encontrados por Ferracane et
al. (1986); Kawaguchi; Fukushima e Miyazaki (1994) e Vinha; Coelho e Campos
(1990). Estes pesquisadores relataram que a cor escura promove menor
profundidade de polimerização quando comparada à cor clara do mesmo material,
fato que foi justificado pela incorporação de pigmentos escuros aos materiais
restauradores. Estes pigmentos absorvem a luz que passa através da resina
composta e interferem na polimerização atuando como filtros seletivos de
determinados comprimentos de onda da luz.
Kawaguchi; Fukushima e Miyazaki (1994) encontraram que para
todas as resinas compostas testadas a profundidade de polimerização e o
coeficiente de transmissão variaram segundo a cor. Os autores sugeriram que as
cores escuras e opacas de resinas compostas podem apresentar menor coeficiente
de transmissão já que este é influenciado pelo comprimento de onda da luz, índice
de refração da resina composta e das partículas, tipo e quantidade de partículas.
99
Para Ferracane et al. (1986) a transmissão da luz através da resina
composta depende do tipo de resina composta e do conteúdo de pigmentos no
material e reportaram que a opacidade e translucidez são fatores importantes que
afetam a profundidade de polimerização.
Discordando dos achados anteriores, Martins et al. (2002) ao
compararem diversos matizes de resina composta com a mesma saturação (A3, B3,
C3, D3 e I) encontraram que não houve diferenças estatísticas entre as cores
selecionadas. Estes resultados permitiram afirmar que a cor da resina composta
parece não ter muita influência sobre a microdureza superficial tanto quanto os
outros fatores. Este conceito foi afirmado quando a resina composta foi utilizada em
incrementos de 2 mm de espessura sugerindo a técnica estratificada de restauração
na prática clínica.
Os resultados de Pereira (1999) sugeriram que a cor não tem
influência sobre a microdureza superficial, quando a intensidade de luz empregada é
superior a 300 mW/cm². Quando se avaliou a interação entre a cor e o tempo de
exposição foi encontrado valores de microdureza iguais para as cores A1 e C4
quando fotopolimerizadas durante 40 segundos, e no tempo de 60 segundos a
microdureza foi maior para a cor C4.
Diferentes comportamentos entre duas cores de resina composta
foram encontrados por Dunn et al. (1999). Estes autores testaram resina composta
nas cores B1 e C4 verificando que a cor B1 não apresentou diferenças quanto à
variação de intensidade da luz. Para a cor C4 o método de polimerização influenciou
nos resultados obtendo-se maiores valores de microdureza quando polimerizou-se
com um aparelho que emitia luz convencional.
100
Nos estudos de Dunn et al. (1999) e Pereira (1999) as cores
comparadas foram de diferentes matizes e saturações. Para o estudo de Pereira
(1999) utilizou-se resina composta na cor A1 a qual apresenta matiz com pigmentos
vermelho-marrom e para o estudo de Dunn et al. (1999) a cor B1 que apresenta
pigmentos amarelos segundo a escala VITA. Estas cores, para ambos os estudos,
foram comparadas com a cor C4 que é um matiz com pigmento cinza combinado
com a maior saturação. Este fato pode ter afetado os resultados e o comportamento
de cada cor em determinadas condições pelo fato de apresentarem diferentes
coeficientes de transmissão e diferentes valores de translucidez e opacidade.
(FERRACANE et al., 1986; HIRATA; AMPESSAN; LIU, 2001; KAWAGUCHI;
FUKUSHIMA; MIYAZAKI, 1994; MIYAGAWA; POWERS; O’BRIEN, 1981;
SAKAGUCHI; DOUGLAS; PETERS, 1992).
Para Hirata; Ampessan e Liu (2001) as resinas compostas com
maior quantidade de pigmento branco são mais opacas que as resinas com
pigmentos cinza, os quais têm uma maior tendência à translucidez. Este fato poderia
explicar a diferença de comportamento encontrado nos estudos citados
anteriormente.
A literatura evidencia que o tipo de fonte de luz influencia no
processo de polimerização em termos de intensidade de luz e comprimento de onda
da luz emitida. (KILIAM, 1979; KURACHI, et al. 2000; NOMOTO; UCHIDA;
HIRASAWA, 1994; NOMOTO, 1997; PEREIRA et al. 1997; PEREIRA, 1999;
PEREIRA; PORTO; MENDES, 2001).
Neste estudo avaliou-se um aparelho de luz halógena e um à base
de LEDs. O aparelho mais freqüentemente utilizado na atualidade é o aparelho de
luz halógena o qual permite uma adequada polimerização das resinas compostas em
101
seus múltiplos usos. O aparelho à base de LEDs tem sido lançado como uma opção
de polimerização e vem sendo pesquisado por dez anos aproximadamente, desde a
fabricação de um LED azul em 1995. (MILLS; UHL; JANDT, 2002).
O princípio dos aparelhos de luz halógena está baseado na
produção de luz através de uma lâmpada que emite comprimentos de onda no
espectro de luz visível e como resultado a luz é branca. A faixa de comprimento de
onda é ampla, apresentando comprimentos de onda desnecessários para a
polimerização de resinas compostas, além de gerar calor durante a polimerização
podendo provocar danos pulpares. (KNĔZEVIĆ et al., 2001). Para conseguir luz azul
entre 400 e 500 nm um filtro é incorporado de maneira que o aparelho não emita luz
indesejada. (LUTZ; KREJI; FRISCHKNECHT, 1992; MIYASAKI et al., 1998).
As limitações dos aparelhos de luz halógena são diversas e
incentivaram novas pesquisas para tentar conhecer e otimizar sua efetividade e
minimizar suas desvantagens. Entre estas podemos citar: vida útil reduzida,
calculada aproximadamente entre 40
e 100 horas e degradação do filtro pela
proximidade deste com a lâmpada que gera calor constante. A degradação da
lâmpada, bulbo, ponta ativa e sistema de ventilação ocorrem com o tempo de uso, o
que resulta em uma diminuição da intensidade de luz prejudicando a adequada
polimerização das resinas compostas especialmente em áreas mais profundas.
(BENNETT; WATTS, 2004; KNĔZEVIĆ et al., 2001; LUTZ; KREJI; FRISCHKNECHT,
1992; MILLS; UHL; JANDT, 2002; MIYASAKI et al., 1998; PEREIRA, 1999;
PEREIRA; PASCOTTO; CARNEIRO, 2003; VIEIRA et al., 1998). Por isso, a
manutenção técnica dos aparelhos deve ser realizada cada 4 a 6 meses para
descobrir algum problema nos aparelhos e garantir uma adequada polimerização.
(HOTZ et al., 1989; LUTZ; KREJI; FRISCHKNECHT, 1992).
102
O estudo de Miyazaki et al. (1998) revela a importância da
manutenção dos aparelhos de luz halógena. Os autores testaram os aparelhos no
início da pesquisa e após a substituição do bulbo, filtro e guias de luz. A intensidade
de luz do aparelho aumentou 36% quando foi substituído unicamente o bulbo.
Quando foi trocado só o filtro a intensidade de luz aumentou 157,7% e 46,2% no
caso da substituição da ponta ativa. Um aumento de 322% obteve-se quando os três
componentes foram substituídos.
Pesquisadores como Fujibayashi et al. (1998); Mills; Jandt e
Ashworth (1999) e Whitters (1999), foram os pioneiros a publicar trabalhos com o
novo sistema à base de LEDs e evidenciaram suas vantagens potenciais como
maior tempo de vida útil, maior resistência a impactos, menor consumo de energia,
não precisam de filtro ou ventiladores pela natureza da luz o que resulta em
aparelhos mais ergonômicos.
Os resultados mostrados nas Tabelas 9 e 14 evidenciaram que o tipo
de fonte de luz utilizada seja halógena ou à base de LEDs, influenciaram nos valores
de microdureza de todas as resinas compostas tanto para a superfície de topo
quanto para a superfície de base. Os valores de microdureza proporcionados pelo
aparelho de luz halógena foram maiores que os proporcionados pelo aparelho à
base de LEDs independentemente da superfície analisada. Estes achados estão
relacionados às características dos aparelhos as quais foram determinadas e
ilustradas no Gráfico 4 e Tabela 5. Os resultados do espectro de absorção
mostrados no Gráfico 4 confirmam que o aparelho à base de LEDs apresenta um
espectro de emissão estreito com maior eficiência na emissão de luz azul (470 nm
aproximadamente). Para o aparelho de luz halógena o pico de absorção foi de 490
nm. As diferenças encontradas para o intervalo de comprimento de onda entre os
103
aparelhos testados coincidem com os dados obtidos e publicados por outros
pesquisadores. (BENNETT; WATTS, 2004; MILLS et al., 2002; NOMOTO, 1997).
Nomoto (1997) demonstrou a influência do comprimento de onda da
luz emitida durante o processo de polimerização e concluiu que este afeta
principalmente a etapa inicial da polimerização pela absorção da CQ. O efeito do
comprimento de onda diminui com o aumento do tempo de exposição, sendo que o
intervalo de comprimento de onda mais eficiente foi entre 450 e 490 nm.
O intervalo de comprimento de onda mais estreito para os aparelhos
à base de LEDs reflete a diferença de funcionamento do aparelho de luz halógena.
Os aparelhos à base de LEDs são semicondutores em estado sólido que produzem
luz por eletroluminescência. A emissão de luz em um determinado comprimento de
onda depende do material com que é fabricado o semicondutor. Para odontologia o
material usado para fabricar LEDs é InGaN (Nitrito de Gálio) responsável pela
produção de luz azul que é gerada sem a utilização de filtros. (BENNETT; WATTS,
2004; DELGADO et al., 2003; FUJUBAYASHI et al., 1998; SWIFT JR, 2001). O
tempo de vida útil destes aparelhos está calculado aproximadamente em 10000
horas, não apresentam filtros nem sistemas de ventilação que estejam sujeitos à
degradação podendo obter uma luz constante durante a vida útil do aparelho. O
consumo de energia deste sistema é menor quando comparado aos aparelhos de luz
halógena. (FRENTZEN; FOLL; BRAUN, 2001; LEONARD et al., 2002; MILLS;
JANDT; ASHWORTH, 1999; MILLS; UHL; JANDT, 2002; PEREIRA et al., 2004).
Embora os aparelhos à base de LEDs apresentem um pico de
emissão de luz aproximado ou coincidente com o pico de absorção da CQ, a
intensidade de luz baixa influi diretamente na eficiência do aparelho. (DUNN; BUSH,
2002; KURACHI et al., 2000). Quando se utiliza baixa intensidade de luz, menor
104
número de fótons estarão disponíveis para reagir com os fotoiniciadores, como
conseqüência, o número de radicais livres será reduzido limitando a quantidade de
grupos de monômeros de metacrilatos que serão convertidos em polímeros.
(PEUTZFELDT, 1994; RUEGGEBERG, 1999).
Os aparelhos testados nesta pesquisa diferem abruptamente nos
valores de potência, conseqüentemente de intensidade de luz. O aparelho de luz
halógena apresentou intensidade de luz de 780 mW/cm
2
e o aparelho à base de
LEDs 304 mW/cm
2
, como apresentado na Tabela 5. A baixa intensidade de luz do
aparelho de fotopolimerização à base de LEDs explicaria as menores médias de
microdureza encontradas para este tipo de fonte de luz quando avaliado
individualmente (Tabelas 7 e 12) ou em interação com os outros fatores,
independentemente da superfície analisada (Tabelas 9 e 14).
Este achado, está em concordância com os estudos de Araújo;
Araújo e Mendes (1996); Kiliam (1979); Kurachi et al. (2000); Martins et al. (2002);
Nomoto; Uchida e Hirasawa (1994); Pereira et al. (1997); Pereira (1999); Pereira;
Porto e Mendes (2001); Price; Murphy e Derand (2000); Quance et al. (2001); Silva;
Araújo e Francisconi (2002); Yap e Seneviratne (2001) onde demonstraram a
influência direta da intensidade de luz com a qualidade de polimerização.
Kilian (1979) demonstrou que a profundidade de polimerização de
uma resina composta depende da intensidade de luz incidente, pois constatou
aumento dos valores de microdureza conforme o aumento da intensidade de luz. Os
valores de microdureza aumentaram na superfície mais próxima à luz em relação ao
fundo e com o maior tempo de armazenamento.
Nomoto; Uchida e Hirasawa (1994) relataram que quando a
densidade de energia foi mantida constante (intensidade de luz vezes tempo de
105
exposição), houve resultados semelhantes de profundidade de polimerização e grau
de conversão, e maior intensidade de luz exigiu menor tempo de exposição.
Pereira (1999) avaliou diversas intensidades de luz com relação à
microdureza superficial e profundidade de polimerização. Os resultados mostraram
que para todas as intensidades de luz houve redução dos valores de microdureza
conforme o aumento da profundidade.
Fujibayashi et al. (1998) e Mills; Jandt e Ashworth (1999)
encontraram melhores resultados com os aparelhos à base de LEDs do que com o
aparelho de luz halógena mesmo quando a intensidade de luz foi semelhante ou
menor.
Os resultados de Kurachi et al. (2000) quando avaliaram cinco LEDs
experimentais com diferentes intensidades de luz que variaram entre 25 e 79
mW/cm², verificaram que para conseguir valores de microdureza Vickers
comparáveis aos obtidos com um aparelho de luz halógena, foram necessários 120
segundos de exposição à luz. O aparelho à base de LEDs com maior intensidade de
luz mostrou-se mais efetivo, independentemente da espessura do material e do
tempo de exposição.
Um fator a ser levado em consideração é a contração de
polimerização durante a conversão de monômeros em polímeros. A contração de
polimerização pode ocasionar formação de fendas ou “gap” ou geração de estresse
na interface dentina/restauração ocorrendo sensibilidade pós-operatória,
manchamento das margens da resina composta, microinfiltração, recidiva de cárie,
deflexação das cúspides do dente, fratura do esmalte ou microrrachaduras.
GARONE NETTO, 2003).
106
Quanto mais alta é a intensidade de luz a polimerização é mais
rápida, e maior estresse é gerado pela contração de polimerização. Esta contração é
inerente às resinas compostas e cuidados devem ser adotados para conseguir alta
porcentagem de polimerização associado à baixa contração de polimerização.
Assim, pequenos incrementos oblíquos, de no máximo 2 mm de espessura, devem
ser inseridos em conjunto com intensidades entorno de 400 mW/cm
2
ou intensidade
de luz progressiva onde o a intensidade de luz inicial seja baixa e permita uma
liberação do estresse para logo completar a polimerização maior intensidade de luz.
(FRANCO; LOPES, 2003).
No presente estudo, a interação entre a cor e o tipo de fonte de luz
promoveu efeitos significativos sobre os valores de microdureza da resina composta,
pois o aumento das médias de microdureza ocorreu quando a cor A2 foi
fotopolimerizada com o aparelho de luz halógena. Já quando a cor extraclara foi
polimerizada com o aparelho à base de LEDs, obtiveram-se menores valores de
microdureza (Tabelas 10 e 15).
Pesquisadores como Park; Chae e Rawls (1999); Peutzfeldt e
Asmussen (1989); Rueggeberg (1999), afirmaram que algumas resinas compostas
claras ou translúcidas não apresentam CQ na sua composição ou apresentam em
menor quantidade. Esta alteração na presença ou na quantidade de CQ deve-se à
cor amarela deste fotoiniciador, característica que interfere na cor final do material
restaurador. Assim, limitações para obter cores translúcidas e extraclaras estão
sendo superadas com a incorporação de novos fotoiniciadores como PPD ou
Lucerina, este último tem a capacidade de perder completamente sua cor quando o
material que o contém está polimerizado. Os novos fotoiniciadores apresentam um
espectro de absorção entre 400 e 450 nm.
107
Por esta razão Swiftt (2001) afirma que os aparelhos à base de LEDs
não atingem a polimerização de algumas resinas compostas claras e translúcidas.
Os resultados deste trabalho mostram que a cor afetou os valores de
microdureza superficial sendo que, a cor extraclara de cada resina composta
avaliada atingiu menores valores de microdureza.
Realizando uma análise mais detalhada sobre os resultados
apresentados nesta pesquisa, observou-se que as resinas compostas de cores
extraclaras obtiveram baixos valores de microdureza independente de serem
polimerizadas com o aparelho de luz halógena ou à base de LEDs. Ou seja, o tipo de
fonte de luz não altera exclusivamente os valores de microdureza das resinas
compostas. Assim, a influência da interação entre cor e tipo de fonte de luz e a
interação resina composta, cor e tipo de fonte de luz, estão evidenciadas nas
Tabelas 10, 11, 15, 16 e nos Gráficos 5, 6, 7 e 8. Quando a resina composta na cor
A2 foi polimerizada com o aparelho de luz halógena, esta apresentou maiores
valores de microdureza que sua respectiva cor extraclara. Este fato foi evidenciado
na superfície de topo e de base.
Segundo Arikawa et al. (2002) a transmitância de luz em resinas
compostas escuras de diversas marcas comerciais (DG, YB, A3.5 e C3) foi menor
quando comparada com resinas compostas de cores claras do mesmo material.
Baseados nestes resultados os autores recomendaram ter cuidado em situações
clínicas quando se utiliza cor de resinas compostas com baixo nível de transmitância
de luz.
Sakaguchi; Douglas e Peters (1992) estudaram a contração de
polimerização de resinas compostas em relação à intensidade de luz, cor, espessura
do material e a distância da fonte de luz. Com relação à cor os autores agruparam as
108
cores em três grupos: claras, intermédias e escuras, sendo que no grupo de resinas
claras estiveram incluídas as resinas denominadas nesta pesquisa como extraclaras.
Os autores encontraram que as cores claras e as cores escuras apresentaram
menor contração de polimerização, o que está relacionado à menor formação de
cadeias de polímeros.
O fato de ter uma resina composta clara ou extremamente clara,
como as cores de resinas compostas utilizadas neste estudo, não sugere que estas
sejam mais translúcidas ou tenham maior transmitância. Na verdade, o aumento de
pigmentos brancos faz com que estas cores se tornem mais opacas, fato que deve
ser considerado posteriormente em novos estudos.
Kawaguchi; Fukushima e Miyazaki (1994) tentaram explicar estes
fatos por duas possíveis teorias. O tamanho das partículas poderia causar uma
complexa dispersão da luz e conseqüentemente diminuição do coeficiente de
transmissão. Outra possível explicação é a diferença no índice de refração entre as
partículas e a matriz da resina composta. Freqüentemente as partículas de resina
composta estão constituídas por diferentes tipos de vidro-silicato (Alumínio, Bário e
Zircônio) em variadas proporções tanto em peso quanto em volume. O índice de
refração pode variar em relação à composição. A dispersão da luz em resinas
compostas pode incrementar em relação direta com o índice de refração entre as
partículas e a matriz. Como resultado, a dispersão da luz pode afetar o potencial de
fotopolimerização e aparência das restaurações com resina composta.
Pereira et al. (2004) testaram um aparelho à base de LEDs com
intensidade de luz baixa e um aparelho de luz halógena através do teste de
microdureza Vickers. Os autores encontraram que o aparelho de luz halógena
proporcionou maiores valores de microdureza do que o aparelho à base de LEDs
109
para a resina composta P60 (3M-ESPE). A resina composta Charisma
®
cor A2 não
apresentou diferenças estatísticas entre os valores obtidos com os dois aparelhos na
superfície de topo e de base. Semelhantes resultados foram encontrados neste
estudo para a resina composta Charisma
®
na cor A2. (Tabelas 11 e 16).
Quando foi avaliada a profundidade de polimerização e comparados
os valores da superfície de topo e de base observou-se que todos os grupos
apresentaram diferenças significantes, sendo que a superfície de topo apresentou os
maiores valores de microdureza independentemente da resina composta, cor ou tipo
de fonte de luz utilizado (Tabela 17). Estes resultados são concordantes com os
resultados das pesquisas desenvolvidas por Arikawa et al. (2002); Hansen e
Asmussen (1993); Knĕzević et al., (2001); Pereira (1999); Pereira; Porto e Mendes
(2001); Rastelli (2002); Ribeiro et al. (2003) e Tsai; Meyers e Walsh (2004) fato que
está diretamente relacionado com a intensidade de luz incidente. A superfície de
topo está em contato direto com a ponta ativa do aparelho fotopolimerizador, o que
resulta em quantidade de luz mais efetiva ou maior número de fótons disponíveis
para a ativação da CQ ou outro tipo de fotoiniciador. A superfície de base se
encontra afastada do extremo da ponta ativa do aparelho fotopolimerizador e por
fenômenos de absorção e dispersão da luz a intensidade foi atenuada e a
quantidade de fótons capazes de interagir com o fotoiniciador foi menor, resultando
em baixa conversão de monômeros em polímeros refletindo-se em menores valores
de microdureza desta superfície.
Atingir valores proporcionais de microdureza, entre as superfícies de
topo e de base é importante porque determina o desempenho dos aparelhos de
fotopolimerização. Segundo Lutz; Kreji e Frischknecht (1992) o critério de
porcentagem de profundidade de polimerização avalia o rendimento ou desempenho
110
dos aparelhos de fotopolimerização e está determinado pela relação de microdureza
entre as superfícies (superfície inferior/superfície superior X 100). Este critério
considera como valor mínimo aceitável ou polimerização completa no fundo do
material, proporções maiores ou iguais a 80% da microdureza obtida na superfície
próxima à ponta ativa. Esta proporção foi determinada para espessuras de 2 mm de
resina composta quando polimerizada por 40 segundos a uma distância de 1 mm da
ponta ativa até o material.
Esta mesma proporção foi utilizada para determinar o desempenho
dos aparelhos fotopolimerizadores por Dunn e Bush (2002); Leonard et al. (2002) e
Yap e Seneviratne (2001).
Os resultados apresentados na Tabela 22 e ilustrados no Gráfico 9
mostram que 12 dos 16 grupos testados cumpriram com esta proporção mostrando
porcentagens acima de 80%. A resina composta Tetric
®
Ceram na cor XL
independentemente se foi polimerizada com o aparelho de luz halógena ou aparelho
à base de LEDs (G3 e G4) e a resina composta Charisma
®
cores A2 e SL quando
fotopolimerizadas com o aparelho à base de LEDs (G10 e G12) atingiram valores
inferiores a 80%.
Estes resultados demonstram que a cor XL da resina composta
Tetric
®
Ceram quando fotopolimerizada com as duas fontes de luz testadas e a
resina composta Charisma
®
quando fotopolimerizada com o aparelho à base de
LEDs independentemente da cor, necessitaria de maior tempo para conseguir
efetividade de polimerização.
No estudo realizado por Leonard et al. (2002) e Yap e Seneviratne
(2001), esta proporção permitiu avaliar de maneira simples a eficiência dos
aparelhos de fotopolimerização utilizados. Entretanto, concordando com as
111
afirmações de Dunn e Bush (2002) se fosse relatada a porcentagem de profundidade
de polimerização isoladamente sem levar em consideração os valores de
microdureza isto poderia gerar erros no momento da interpretação dos resultados.
Os resultados da Tabela 18 evidenciam que a resina composta
Esthet X cor A2 polimerizada com o aparelho de luz halógena e à base de LEDs
(G13 e G14) tiveram porcentagens de profundidade de polimerização de 84,83% e
84,74% respectivamente. (Tabela 18). Estes valores são superiores ao mínimo
permitido para a porcentagem de profundidade de polimerização. ( 80%). Segundo
Leonard et al. (2002); Lutz; Kreji e Frischknecht (1992) e Yap e Seneviratne (2001)
com os valores obtidos para G13 e G14 podemos considerar que os dois aparelhos
de fotopolimerização testados foram eficientes para polimerizar a resina composta
Esthet X cor A2.
Os valores de microdureza de G13 e G14, para a superfície de topo
e de base, estão descritos na Tabela 6. Quando foi realizado o contraste de médias
entre estes valores para cada superfície (Tabelas 11 e 16) houve diferença entre
estes grupos sendo que, o aparelho de luz halógena proporcionou maiores valores
de microdureza do que o aparelho à base de LEDs para a resina composta Esthet X
cor A2.
Se o valor de microdureza superficial é baixo na superfície de base e
é relacionado com um valor da superfície de topo baixo e próximo ao anterior, a
porcentagem poderá resultar em um valor superior a 80% o que sugere uma
aceitável porcentagem de profundidade de polimerização. Este resultado mascara os
baixos valores de microdureza obtidos por diferentes aparelhos. Este critério
avaliado isoladamente não é o melhor para determinar a eficiência de um aparelho
112
ou adequada polimerização. Sempre deve estar acompanhado pelos valores de
microdureza das superfícies para evitar erros na interpretação dos resultados.
De modo geral, a microdureza superficial e a profundidade de
polimerização de uma resina composta podem ser influenciadas por inúmeros
fatores. Nesta pesquisa, a resina composta, a cor e o tipo de fonte de luz foram
fatores que influenciaram nos resultados e devem ser considerados na prática
clínica. Estudos posteriores devem ser realizados para determinar valores
adequados de espessura de resina composta de cores extraclaras ou tempos de
exposição que sejam clinicamente aceitáveis para atingir valores semelhantes aos
obtidos com a cor A2.
Raciocínio semelhante deve ser seguido para os aparelhos à base
de LEDs pelo fato de proporcionarem valores inferiores de microdureza quando
comparados aos aparelhos de luz halógena. No entanto, estes valores estão
relacionados à baixa intensidade de luz emitida por esses aparelhos. Atualmente
pesquisas já estão sendo realizadas para melhorar o desempenho clínico desses
aparelhos para que os mesmos possam ser utilizados nos consultórios de forma
rotineira e efetiva.
7 CONCLUSÕES
Com base nos resultados obtidos nas condições estabelecidas na
metodologia empregada, pôde-se concluir que:
a) a resina composta Filtek™ Z250 apresentou os maiores valores
de microdureza independentemente da cor ou do tipo de fonte
de luz utilizada;
b) a cor influenciou nos resultados de microdureza para todas as
resinas compostas testadas, pois a cor extraclara obteve os
menores valores de microdureza independente da fonte de luz
utilizada;
c) a fonte de luz halógena proporcionou os maiores valores de
microdureza;
d) a superfície de topo atingiu maiores valores de microdureza do
que a superfície de base;
e) o intervalo de comprimento de onda do aparelho à base de LEDs
é mais estreito que o intervalo do aparelho de luz halógena;
f) o aparelho de luz halógena apresentou maior intensidade de luz
que o aparelho à base de LEDs.
g) A resina composta Tetric
®
Ceram cor XL atingiu porcentagem de
polimerização inferior a 80%, independentemente do tipo de
fonte utilizada;
h) as cores A2 e XL da resina composta Charisma
®
não obtiveram
porcentagens de profundidade de polimerização acima de 80%
quando fotopolimerizada com o aparelho à base de LEDs.
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GLOSSÁRIO
Absorção
Processo de captura da luz quando atravessa um corpo.
Conversão de
polimerização
Proporção de ligações duplas de monômeros que passam a
formar cadeias de polímeros.
Dispersão
Processo de separação dos comprimentos de onda que
compõem uma luz policromática (branca) ao passarem
através de um corpo.
Fóton
É a menor unidade que forma a energia (ou radiação)
eletromagnética. Os fótons são partículas com massa zero e
sem carga elétrica. É importante notar que o fóton não está
associado apenas à região do visível do espectro
eletromagnético.
Índice de
refração
Razão entre a rapidez de propagação da luz no vácuo e a
rapidez de propagação da luz num determinado material.
Opaco
Termo aplicado a materiais que não refletem nem emitem luz,
impedindo conseqüentemente que a luz os atravesse.
Potência
Trabalho realizado ou transformação de energia, dividido pelo
tempo; medida em Watts.
Reflexão
Mudança na direção da luz após bater em uma superfície.
Refração
Fenômeno luminoso onde a direção da luz é desviada após
bater em uma superfície.
Teoria Kubelka-
Mung
Teoria que descreve as propriedades ópticas da superfície de
um material para espessuras finitas e constantes.
Transmitância
Termo utilizado para referirmos à percentagem de luz que
passa através de um corpo.
APÊNDICE A:
Dados originais de microdureza Vickers
122
Apêndice A
(continua)
Quadrantes
Superfícies 1 2 3 4 Média
T
31,70 46,30 36,00 33,70
36,93
B
33,80 29,80 33,10 29,80
31,63
T
41,40 47,10 44,10 36,20
42,20
B
36,80 32,80 25,00 30,80
31,35
T
33,00 43,90 35,80 33,10
36,45
B
30,70 29,70 29,00 33,70
30,78
T
30,50 29,30 31,90 29,70
30,35
B
28,70 28,10 33,20 26,30
29,08
T
31,10 29,40 30,90 31,70
30,78
B
29,20 26,10 27,10 27,80
27,55
T
30,30 30,20 28,90 33,10
30,63
B
28,00 27,10 28,10 28,20
27,85
T
34,60 33,70 32,30 32,50
33,28
B
30,10 29,60 26,00 31,30
29,25
T
32,00 36,00 26,70 32,60
31,83
B
29,90 26,10 29,70 30,60
29,08
T
30,80 31,80 34,20 31,60
32,10
B
26,50 28,50 26,90 28,40
27,58
T
31,60 33,20 33,70 31,30
32,45
GRUPO 1
B
28,00 26,30 26,90 27,80
27,25
T
31,50 28,90 31,00 30,70 30,53
B
23,60 21,50 23,90 21,10 22,53
T
29,70 32,30 29,20 29,90 30,28
B
30,20 29,00 27,80 27,80 28,70
T
29,70 30,10 31,70 32,10 30,90
B
26,30 27,80 23,70 21,60 24,85
T
30,20 29,00 35,50 31,50 31,55
B
27,30 24,40 25,00 25,80 25,63
T
29,50 31,10 30,90 31,50 30,75
B
24,90 26,80 25,60 26,70 26,00
T
26,90 24,90 27,10 22,30 25,30
B
21,90 19,80 20,90 21,60 21,05
T
22,90 24,90 23,80 24,50 24,03
B
16,70 16,30 12,80 20,50 16,58
T
23,30 21,70 20,60 24,50 22,53
B
25,40 22,70 19,50 20,30 21,98
T
23,80 27,30 22,60 25,40 24,78
B
16,10 25,30 23,80 19,80 21,25
T
31,60 31,70 31,20 30,40 31,23
GRUPO 2
B
22,80 22,20 21,00 25,30 22,83
123
Apêndice A
(continua)
Quadrantes
Superfícies 1 2 3 4 Média
T
29,90 31,00 32,00 29,30
30,55
B
18,50 18,80 19,30 17,60
18,55
T
33,60 35,90 30,80 31,50
32,95
B
18,30 17,60 19,60 16,50
18,00
T
30,10 31,60 29,40 33,60
31,18
B
18,80 20,10 18,20 20,20
19,33
T
28,90 29,40 30,90 29,40
29,65
B
21,30 16,10 17,30 17,20
17,98
T
28,90 31,20 33,90 30,70
31,18
B
19,30 18,60 18,50 21,30
19,43
T
32,00 30,10 31,90 29,20
30,80
B
20,20 17,70 17,30 16,60
17,95
T
31,20 30,90 35,30 27,60
31,25
B
19,90 18,40 18,80 16,60
18,43
T
29,30 31,20 29,00 30,70
30,05
B
15,60 17,50 21,30 16,20
17,65
T
32,10 26,90 31,50 28,90
29,85
B
17,90 18,90 16,70 20,90
18,60
T
28,80 31,10 31,60 29,90
30,35
GRUPO 3
B
17,10 20,70 20,50 21,10
19,85
T
20,20 21,00 21,40 21,00 20,90
B
9,50 9,30 8,60 11,20 9,65
T
24,10 23,70 22,70 23,70 23,55
B
12,00 13,10 12,90 9,90 11,98
T
21,20 22,30 20,80 20,50 21,20
B
13,70 14,30 14,90 14,10 14,25
T
23,10 22,90 24,40 22,00 23,10
B
15,20 13,60 13,50 11,50 13,45
T
17,20 21,30 18,10 17,20 18,45
B
10,90 10,10 10,40 10,30 10,43
T
23,20 21,40 23,40 24,10 23,03
B
15,10 14,20 13,00 13,60 13,98
T
26,20 26,60 25,00 26,80 26,15
B
21,10 17,80 19,00 16,00 18,48
T
23,10 22,60 22,80 23,60 23,03
B
12,20 10,50 9,90 10,90 10,88
T
26,10 25,30 25,80 32,80 27,50
B
9,00 15,00 13,00 14,20 12,80
T
23,80 22,70 21,20 23,30 22,75
GRUPO 4
B
9,20 14,60 12,50 12,50 12,20
124
Apêndice A
(continua)
Quadrantes
Superfícies 1 2 3 4 Média
T
68,80 65,40 69,40 64,20
66,95
B
66,20 55,90 63,20 66,20
62,88
T
66,60 62,00 64,20 60,30
63,28
B
50,90 50,70 58,00 52,90
53,13
T
75,90 68,00 66,80 62,20
68,23
B
58,00 58,20 55,50 57,50
57,30
T
73,30 62,20 64,70 65,00
66,30
B
64,00 64,80 58,60 57,90
61,33
T
73,90 80,40 87,70 83,60
81,40
B
76,50 72,30 68,40 70,10
71,83
T
56,30 62,70 80,40 69,00
67,10
B
55,60 53,80 59,80 63,00
58,05
T
60,90 63,70 61,90 68,40
63,73
B
52,10 54,30 59,20 60,60
56,55
T
69,40 61,10 75,40 76,70
70,65
B
66,20 52,80 63,80 51,80
58,65
T
67,50 65,50 63,50 71,30
66,95
B
65,40 68,80 59,50 59,20
63,23
T
66,60 65,40 61,70 65,40
64,78
GRUPO 5
B
51,30 67,70 58,00 63,70
60,18
T
50,70 50,30 53,50 48,60 50,78
B
46,80 44,30 44,90 47,30 45,83
T
52,90 56,20 52,00 48,00 52,28
B
44,90 45,40 44,60 45,40 45,08
T
50,10 52,40 51,30 53,30 51,78
B
44,50 48,60 42,40 44,00 44,88
T
49,40 51,00 49,60 47,70 49,43
B
52,10 50,30 46,00 43,20 47,90
T
50,40 53,50 53,70 56,10 53,43
B
50,30 48,10 49,60 52,80 50,20
T
52,10 48,10 49,70 50,60 50,13
B
46,40 51,10 45,00 46,00 47,13
T
54,70 53,40 53,80 52,50 53,60
B
47,40 44,60 45,60 44,10 45,43
T
49,20 50,90 50,10 52,10 50,58
B
45,50 45,70 43,10 41,70 44,00
T
51,20 49,60 52,80 49,70 50,83
B
48,10 46,40 46,70 46,60 46,95
T
53,80 50,30 48,80 48,60 50,38
GRUPO 6
B
43,10 45,00 42,10 44,10 43,58
125
Apêndice A
(continua)
Quadrantes
Superfícies 1 2 3 4 Média
T
59,80 64,80 53,80 56,50
58,73
B
48,80 52,00 45,40 47,40
48,40
T
55,80 49,40 49,50 58,90
53,40
B
53,40 50,40 52,40 49,50
51,43
T
64,00 58,60 58,90 61,90
60,85
B
50,60 44,10 46,70 46,10
46,88
T
70,70 67,00 62,00 58,90
64,65
B
51,80 59,50 51,40 42,60
51,33
T
48,60 47,40 54,60 53,10
50,93
B
49,60 50,20 50,90 38,80
47,38
T
62,30 78,10 63,20 79,00
70,65
B
74,00 56,60 49,90 48,90
57,35
T
68,80 75,20 69,00 73,30
71,58
B
55,20 74,80 64,30 58,30
63,15
T
75,60 71,90 75,90 71,10
73,63
B
52,40 52,90 49,30 41,10
48,93
T
83,80 69,70 67,70 83,60
76,20
B
59,50 54,70 57,50 66,20
59,48
T
57,30 60,00 64,70 59,20
60,30
GRUPO 7
B
61,40 53,80 45,80 66,20
56,80
T
49,40 48,10 53,00 49,10 49,90
B
45,00 44,50 45,90 43,90 44,83
T
52,10 49,20 51,40 53,50 51,55
B
46,40 45,00 44,00 47,80 45,80
T
52,40 52,80 50,80 51,60 51,90
B
46,00 49,90 47,80 46,40 47,53
T
54,20 56,10 53,30 55,60 54,80
B
45,30 46,40 50,70 51,60 48,50
T
51,30 54,70 49,20 53,70 52,23
B
47,30 46,30 44,80 46,90 46,33
T
53,30 52,80 54,20 53,60 53,48
B
44,20 46,40 47,20 45,50 45,83
T
49,90 52,50 51,90 52,40 51,68
B
43,20 47,50 48,80 46,00 46,38
T
54,80 52,10 48,70 49,90 51,38
B
45,30 46,20 49,10 44,30 46,23
T
51,40 50,20 50,70 53,20 51,38
B
46,80 48,50 45,50 47,60 47,10
T
54,30 54,20 51,20 52,10 52,95
GRUPO 8
B
47,30 46,30 42,70 46,60 45,73
126
Apêndice A
(continua)
Quadrantes
Superfícies 1 2 3 4 Média
T
37,10 38,40 36,20 39,30 37,75
B
29,20 36,80 34,10 28,50 32,15
T
36,70 37,20 34,00 35,40 35,83
B
31,10 28,20 32,50 30,50 30,58
T
30,80 37,80 36,80 38,90 36,08
B
29,50 28,10 34,30 32,00 30,98
T
30,30 30,60 31,00 36,70 32,15
B
29,30 30,50 28,90 29,10 29,45
T
35,70 31,90 38,90 39,10 36,40
B
29,30 30,40 28,70 27,90 29,08
T
40,0 41,0 32,3 29,6 35,73
B
24,7 32,0 27,4 33,5 29,40
T
33,8 36,7 34,4 35,7 35,15
B
30,5 35,0 39,3 37,2 35,50
T
35,3 40,4 36,0 39,8 37,88
B
33,0 32,0 32,1 37,3 33,60
T
43,0 43,8 43,5 39,4 42,43
B
33,0 32,6 34,2 34,1 33,48
T
31,9 33,8 38,0 34,4 34,53
GRUPO 9
B
31,9 36,2 35,9 33,2 34,30
T
39,40 37,20 39,90 38,00 38,63
B
32,70 32,60 30,10 31,40 31,70
T
38,60 41,10 32,60 37,30 37,40
B
33,80 31,80 31,50 32,20 32,33
T
32,70 37,90 37,30 39,00 36,73
B
28,30 30,20 30,90 30,40 29,95
T
39,70 39,20 39,90 39,90 39,68
B
28,40 28,20 31,60 29,20 29,35
T
42,70 41,80 40,20 43,90 42,15
B
24,90 20,20 26,50 30,40 25,50
T
39,00 41,10 39,20 42,30 40,40
B
28,40 27,40 29,00 26,80 27,90
T
38,30 37,20 38,00 39,90 38,35
B
28,50 29,90 27,10 28,30 28,45
T
41,00 37,90 39,60 39,80 39,58
B
26,50 31,20 30,60 28,40 29,18
T
39,70 40,50 38,30 39,30 39,45
B
30,60 30,90 31,50 29,70 30,68
T
38,60 37,80 38,80 39,20 38,60
GRUPO 10
B
28,40 31,60 27,80 29,90 29,43
127
Apêndice A
(continua)
Quadrantes
Superfícies 1 2 3 4 Média
T
30,50 32,50 30,70 32,50 31,55
B
29,20 31,70 27,80 31,30 30,00
T
31,90 31,30 33,10 31,80 32,03
B
33,30 29,30 33,70 27,90 31,05
T
35,50 29,70 29,90 35,40 32,63
B
24,10 25,70 31,00 25,50 26,58
T
32,40 32,20 32,80 29,90 31,83
B
28,40 30,00 29,90 31,20 29,88
T
33,40 35,40 33,00 30,40 33,05
B
30,20 30,00 25,30 24,00 27,38
T
30,71 31,58 29,67 32,03 31,00
B
26,68 28,34 27,72 28,91 27,91
T
29,99 30,78 30,37 29,95 30,27
B
29,27 30,34 30,14 29,02 29,69
T
31,82 31,37 30,21 30, 09 31,13
B
28,83 27,99 29,17 28,97 28,74
T
32,78 32,14 32,96 32,95 32,71
B
29,33 30,88 28,68 29,05 29,49
T
31,32 33,47 32,27 31,48 32,14
GRUPO 11
B
31,02 29,78 30,63 30,29 30,43
T
34,00 34,00 32,30 33,30 33,40
B
25,80 25,50 24,70 25,40 25,35
T
29,80 31,40 31,20 31,10 30,88
B
25,70 25,70 25,20 24,80 25,35
T
32,00 31,50 31,00 32,10 31,65
B
24,80 22,70 21,40 24,50 23,35
T
30,80 28,90 29,00 28,60 29,33
B
20,10 15,30 23,20 16,40 18,75
T
35,50 28,50 28,90 23,70 29,15
B
25,20 22,70 20,80 23,30 23,00
T
32,00 32,10 31,50 30,60 31,55
B
24,70 26,00 26,60 27,00 26,08
T
32,00 30,30 29,80 29,00 30,28
B
22,50 22,90 23,50 23,00 22,98
T
30,00 33,30 30,70 33,30 31,83
B
21,60 20,70 24,10 25,00 22,85
T
28,10 29,00 28,90 29,90 28,98
B
25,00 23,10 23,10 22,60 23,45
T
31,20 31,20 32,50 31,30 31,55
GRUPO 12
B
25,50 23,80 22,30 24,10 23,93
128
Apêndice A
(continua)
Quadrantes
Superfícies 1 2 3 4 Média
T
68,20 59,50 48,00 64,70
62,10
B
57,80 38,80 40,50 34,00
39,65
T
40,40 41,50 33,10 45,30
40,95
B
38,60 37,80 38,60 42,30
38,60
T
35,40 56,80 55,20 37,70
46,45
B
33,70 34,00 43,40 39,40
36,70
T
39,30 39,60 45,60 39,20
39,45
B
39,40 37,00 45,30 41,80
40,60
T
54,00 40,50 38,30 41,80
41,15
B
39,10 31,60 42,80 38,20
38,65
T
47,70 57,3 64,8 53,8
55,55
B
43,30 44,2 41,4 37,1
42,35
T
44,3 46,7 49,7 45,6
46,15
B
37,6 41,5 39,0 36,2
38,30
T
42,7 47,6 47,7 51,5
47,65
B
34,7 43,3 39,5 35,3
37,40
T
42,7 42,3 35,3 35,1
38,80
B
37,9 38,9 34,8 40,7
38,40
T
42,5 39,7 51,4 40,5
41,50
GRUPO 13
B
32,9 28,6 45,4 37,4
35,15
T
35,30 37,20 42,80 36,10 37,85
B
30,20 28,50 30,60 28,70 29,50
T
39,50 41,30 35,70 39,20 38,93
B
34,30 37,30 32,50 31,90 34,00
T
34,20 33,80 35,70 37,00 35,18
B
28,50 29,90 30,60 32,00 30,25
T
39,30 38,20 39,10 39,10 38,93
B
33,30 32,60 32,70 31,70 32,58
T
35,50 37,50 38,70 33,30 36,25
B
31,90 31,60 34,60 30,50 32,15
T
36,20 38,50 38,10 37,10 37,48
B
34,70 31,90 31,60 30,90 32,28
T
40,80 37,40 40,60 37,10 38,98
B
38,90 33,50 36,10 34,50 35,75
T
32,90 35,70 37,90 30,20 34,18
B
27,20 26,70 27,80 28,00 27,43
T
37,50 35,50 35,40 38,50 36,73
B
28,70 32,80 27,40 27,60 29,13
T
35,30 41,40 38,00 38,50 38,30
GRUPO 14
B
35,10 31,20 32,50 32,40 32,80
129
Apêndice A
(conclusão)
Quadrantes
Superfícies 1 2 3 4 Média
T
41,10 36,50 39,40 38,20 38,80
B
34,30 33,10 34,60 34,00 34,00
T
38,60 36,90 35,80 37,40 37,18
B
35,10 35,70 34,20 33,90 34,73
T
35,70 39,00 36,20 37,20 37,03
B
29,50 33,30 34,20 32,00 32,25
T
31,30 26,60 35,70 31,90 31,38
B
33,10 35,10 32,40 34,90 33,88
T
38,30 36,10 34,00 36,70 36,28
B
32,80 34,20 33,10 32,80 33,23
T
35,00 33,50 35,30 35,20 34,75
B
33,10 35,30 33,30 33,80 33,88
T
31,70 35,30 34,00 33,70 33,68
B
35,40 33,90 30,50 35,10 33,73
T
38,30 41,30 36,90 38,40 38,73
B
36,70 40,70 34,50 34,00 36,48
T
34,70 34,70 37,20 36,20 35,70
B
31,20 32,20 33,10 33,30 32,45
T
37,60 35,50 35,60 39,50 37,05
GRUPO 15
B
34,40 33,90 34,80 34,50 34,40
T
36,30 35,50 41,60 38,80 38,05
B
30,30 32,40 30,40 34,00 31,78
T
39,50 34,20 38,90 37,67 37,57
B
33,20 31,50 36,70 35,00 34,10
T
36,30 41,90 37,40 38,90 38,63
B
25,20 33,40 25,00 30,90 28,63
T
33,00 39,40 37,70 36,56 36,67
B
30,50 33,60 35,50 29,00 32,15
T
38,30 35,80 36,40 36,70 36,80
B
29,90 31,30 32,70 30,30 31,05
T
37,20 36,66 36,00 37,47 36,83
B
34,20 31,50 30,80 31,70 32,05
T
35,70 36,70 36,90 38,80 37,03
B
32,60 31,30 29,80 32,70 31,60
T
35,10 37,80 36,50 36,00 36,35
B
33,50 32,60 31,40 32,40 32,48
T
36,40 34,80 37,50 36,30 36,25
B
29,70 31,90 30,40 32,60 31,15
T
36,80 37,60 39,20 38,10 37,93
GRUPO 16
B
29,40 31,70 33,80 32,10 31,75
130
330 360 390 420 450 480 510 540
0
1000
2000
3000
LEDs
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