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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA
“ATIVIDADE INSETICIDA DE ESPÉCIES DE Trichilia
FRENTE À LAGARTA-DO-CARTUCHO DO MILHO
Spodoptera frugiperda”
LILIANE NEBO*
Dissertação apresentada como
parte dos requisitos para obtenção
do título de MESTRE EM
QUÍMICA, área de concentração:
QUÍMICA ORGÂNICA.
Orientador: Prof. Dr. Paulo Cezar Vieira
* Bolsista FAPESP
São Carlos - SP
2008
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Ficha catalográfica elaborada pelo DePT da
Biblioteca Comunitária da UFSCar
N361ai
Nebo, Liliane.
Atividade inseticida de espécies de trichilia frente à
lagarta-do-cartucho do milho spodoptera frugiperda / Liliane
Nebo. -- São Carlos : UFSCar, 2008.
157 f.
Dissertação (Mestrado) -- Universidade Federal de São
Carlos, 2008.
1. Química orgânica. 2. Produtos naturais. 3. Atividade
inseticida. 4. Spodoptera frugiperda. 5. Trichilia. 6.
Meliaceae. I. Título.
CDD: 547 (20
a
)
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DEDICO ESTE TRABALHO
À MEMÓRIA DO MEU PAI, DENE NEBO
À MINHA MÃEZINHA QUERIDA, OLGA FUMICO NEBO
E A TODA MINHA FAMÍLIA, PELO AMOR E DEDICAÇÃO
E POR ESTAREM SEMPRE AO MEU LADO.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Paulo Cezar Vieira pelo apoio, ensinamentos e orientação durante a
realização deste trabalho.
Aos Professores, Dr. João Batista Fernandes, Dra. Maria Fátima das Graças
Fernandes da Silva, Dr. Edson Rodrigues Filho e Dra. Arlene Gonçalves Corrêa,
pelos ensinamentos e colaboração.
Aos demais professores do DQ-UFSCar pela contribuição na minha formação.
À Dra. Andréia Pereira Matos pelos ensinamentos, paciência, carinho e
principalmente sua amizade.
Aos técnicos Waldir, Doraí, Paulo e Luciana pelo apoio durante este trabalho.
Aos meus amigos do Laboratório de Produtos Naturais da UFSCar, pela
amizade, troca de experiências e ótimo convívio.
As alunas de iniciação científica Daniela, Alini e Érika que colaboraram com o
desenvolvimento deste trabalho.
Aos amigos dos laboratórios de CLAE, SÍNTESE, MASSAS, RMN E LSPN,
em especial à aluna Bruna do LSPN.
À minha mãe, aos meus irmãos, cunhados, cunhada, sobrinhas e sobrinhos,
muito obrigada pelo amor, carinho e incentivo na realização deste sonho.
À minha irmã Carol pela amizade, conselhos e por me apoiar sempre.
Às demais pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para a realização
deste trabalho.
À FAPESP, pela bolsa concedida.
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
V
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
AcO Acetato
AcOEt Acetato de etila
ax Axial
CCDA Cromatografia em camada delgada analítica
CDCl
3
Clorofórmio deuterado
CD
3
OD Metanol deuterado
CG-EM Cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas
CH
2
Cl
2
Diclorometano
CLAE Cromatografia líquida de alta eficiência
COSY
Correlated spectroscopy
D
2
O Água deuterada
d
Dubleto
dd
Duplo-dubleto
dq
Duplo-quadrupleto
dt
Duplo-tripleto
ddd
Duplo-duplo-dubleto
ddt
Duplo-duplo-tripleto
eq Equatorial
ESI
Electrospray ionization
ESI/MS Espectrometria de massas por ionização por electrospray
eV Elétron volt
h Altura
HMBC
Heteronuclear Multiple Quantum Correlation
HSQC
Homonuclear Single Quantum Correlation
Hz Hertz
IE Impacto eletrônico
J
Constante de acoplamento
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
VI
m
Multipleto
MeOH Metanol
MHz Mega hertz
m/z
Relação massa/carga
nm nanômetro
OMe Metoxila
p. Página
RMN
1
H Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio
RMN
13
C Ressonância Magnética Nuclear de Carbono
s
Singleto
sl
Singleto largo
t
tripleto
UR Umidade relativa
į
Deslocamento químico em partes por milhão
I
Diâmetro
Ȝ Comprimento de onda
LISTA DE TABELAS
VII
LISTA DE TABELAS
TABELA 1.1: Classificação morfológica da família Meliaceae segundo
Pennington e Styles
(PENNINGTON, 1975)
5
TABELA 3.1: Identificação dos códigos dos extratos 25
TABELA 3.2: Resultado do ensaio realizado com as frações: Tslm1,
Tslm2, Tslm3 e Tslm4 na concentração de 10,0 mg/mL
em triplicata
30
TABELA 3.3: Resultado do ensaio realizado com as frações: Tslm1-Fr1
a Tslm1-Fr6 na concentração de 10,0 mg/mL em triplicata
31
TABELA 3.4: Resultado do ensaio realizado com as frações: Tslm1-
Fr4(1) a Tslm1-Fr4(5) na concentração de 10,0 mg/mL
em triplicata
32
TABELA 3.5: Resultado do ensaio realizado com as frações: Tslm1-
Fr4(4)-1 a Tslm1-Fr4(4)-6 na concentração de 10,0
mg/mL em triplicata.
33
TABELA 3.6: Resultado do ensaio realizado com a fração Tslm1-Fr3(2)
na concentração de 10,0 mg/mL em triplicata.
34
TABELA 3.7: Identificação dos códigos dos ácidos graxos 38
TABELA 3.8: Resultado do ensaio realizado com as frações Tflcm1 a
Tflcm4, na concentração de 10,0 mg/mL em triplicata
41
TABELA 3.9: Compostos identificados na fração Tslm1-Fr4(4)-2,
obtidos via CG-EM
50
TABELA 3.10: Compostos identificados na fração Tslm1-Fr3(2), obtidos
via CG-EM
60
TABELA 3.11: Compostos identificados na fração Tslm1-Fr4(4)-3,
obtidos via CG-EM
63
TABELA 3.12: Compostos identificados na fração Tslm1-Fr4(3), obtidos
via CG-EM
71
LISTA DE TABELAS
VIII
TABELA 3.13: Dados de RMN de
1
H de N-metilprolina (XX) e
comparação com a literatura
75
TABELA 3.14: Dados de RMN de
1
H de 4-hidroxi-N-metilprolina (XXI)
e comparação com a literatura
75
TABELA 3.15: Dados de RMN de
13
C de N-metilprolina (XX) e
comparação com a literatura
76
TABELA 3.16: Dados de RMN de
13
C de 4-hidroxi-N-metilprolina (XXI)
e comparação com a literatura
76
TABELA 3.17: Dados de RMN de
1
H da uridina (XXII) e comparação
com a literatura
80
TABELA 3.18: Dados de RMN de
1
H da uracila (XXIII) e comparação
com a literatura
81
TABELA 3.19: Dados de RMN de
13
C da uridina (XXII) e comparação
com a literatura
81
TABELA 3.20: Dados de RMN de
1
H da ent-catequina (XXIV) e
comparação com a literatura
85
TABELA 3.21: Dados de RMN de
13
C da ent-catequina (XXIV) e
comparação com a literatura
86
TABELA 3.22: Dados de RMN de
1
H do ácido 5-O-cafeoilquínico
(XXV) e comparação com a literatura
90
TABELA 3.23: Dados de RMN de
13
C do ácido 5-O-cafeoilquínico
(XXV) e comparação com a literatura
91
TABELA 3.24: Dados de RMN de
1
H de 11ȕ-acetoxiobacunona (XXVI)
e comparação com a literatura (XXVIa).
99
TABELA 3.25: Dados de RMN de
13
C de 11ȕ-acetoxiobacunona (XXVI)
e comparação com a literatura (XXVIa).
100
TABELA 3.26: Dados de RMN de
1
H de (XXVII) e comparação com a
literatura (XXVIIa)
108
LISTA DE TABELAS
IX
TABELA 3.27: Dados de RMN de
13
C de (XXVII) e comparação com a
literatura (XXVIIa).
109
TABELA 3.28: Dados de RMN de
13
C da aglicona do sitosterol (XXVIII)
e comparação com a literatura
117
TABELA 3.29: Dados de RMN de
13
C do grupo glicosil (XXVIII)e
comparação com a literatura
118
TABELA 4.1: Extratos brutos das partes dos frutos de T. elegans e T.
claussenii
126
TABELA 4.2: Extrato bruto das inflorescências de T. catigua 128
TABELA 4.3: Frações provenientes do fracionamento do extrato Tslm 129
TABELA 4.4: Frações provenientes do fracionamento do extrato Tflcm 134
TABELA 4.5: Frações provenientes do fracionamento do extrato Tcsem 137
TABELA 4.6: Frações provenientes do fracionamento do extrato Tsem 137
LISTA DE FIGURAS
X
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1.1: Estrutura dos limonóides gedunina e azadiractina 3
FIGURA 1.2: Os triterpenos eufol (III) e tirucalol (IV) 3
FIGURA 1.3: Substâncias que representam os principais tipos de
esqueletos dos limonóides de Meliaceae
4
FIGURA 1.4: O limonóide heudebolina 6
FIGURA 1.5: Árvore adulta de Trichilia claussenii. Em destaque
folhas com flores, frutos maduros sementes, casca e
madeira
8
FIGURA 1.6: Ȗ-lactonas e ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alcenóicos
isolados dos frutos de Trichilia claussenii
9
FIGURA 1.7: Esteróides isolados dos frutos de Trichilia claussenii 10
FIGURA 1.8: Árvore adulta, folhas e flores de Trichilia catigua 10
FIGURA 1.9: Limonóides isolados de sementes de Trichilia catigua 11
FIGURA 1.10: Folhas e frutos de Trichilia elegans ssp. elegans 12
FIGURA 1.11: Seco-A-protolimonóides isolados de sementes de
Trichilia elegans
13
FIGURA 1.12: Limonóides isolados de sementes de Trichilia elegans 14
FIGURA 1.13: Limonóides isolados de sementes de Trichilia elegans 15
FIGURA 1.14: Cumarinas isoladas dos frutos de Trichilia elegans 15
FIGURA 1.15: Ciclo de vida da Spodoptera frugiperda 17
FIGURA 3.1: Estrutura do TMOF, indicação da região do peptídeo
em que foram baseados os ácidos não peptídicos
37
FIGURA 3.2: Espectro de RMN
1
H da fração Tslm1-Fr4(4)-2 (400
MHz, CDCl
3
)
48
FIGURA 3.3: Cromatograma da fração Tslm1-Fr4(4)-2 49
FIGURA 3.4: Ampliação do cromatograma da fração Tslm1-Fr4(4)-2 50
LISTA DE FIGURAS
XI
FIGURA 3.5 Espectros de massas referente aos picos 2, 3 e 5 obtidos
via CG-EM.
51
FIGURA 3.6: Espectros de massas referente aos picos 6, 8 e 9 obtidos
via CG-EM
52
FIGURA 3.7 Espectros de massas referente aos picos 11, 12 e 13
obtidos via CG-EM
53
FIGURA 3.8: Espectros de massas referente aos picos 14, 15 e 16
obtidos via CG-EM.
54
FIGURA 3.9: Espectros de massas referente aos picos 17, 20 e 21
obtidos via CG-EM
55
FIGURA 3.10: Espectros de massas referente aos picos 23, 25 e 26
obtidos via CG-EM
56
FIGURA 3.11: Espectros de massas referente aos picos 27, 29 e 30
obtidos via CG-EM
57
FIGURA 3.12: Espectro de RMN
1
H da fração Tslm1-Fr3(2) (400
MHz, CDCl
3
)
59
FIGURA 3.13: Cromatograma da fração Tslm1-Fr3(2) 59
FIGURA 3.14: Cromatograma da fração Tslm1-Fr4(4)-3 63
FIGURA 3.15: Principais fragmentos observados nos espectros de
massas das Ȗ-lactonas
64
FIGURA 3.16: Espectros de massas referente aos picos 23 e 25 obtidos
via CG-EM.
66
FIGURA 3.17: Espectros de massas referente aos picos 26, 27 e 30
obtidos via CG-EM
67
FIGURA 3.18: Espectros de massas referente aos picos 31, 32 e 33
obtidos via CG-EM
68
FIGURA 3.19: Espectro de RMN de
1
H da fração Tslm1-Fr4(4)-3 (100
MHz, CDCl
3
)
69
LISTA DE FIGURAS
XII
FIGURA 3.20: Espectro de RMN de
13
C da fração Tslm1-Fr4(4)-3
(100 MHz, CDCl
3
)
69
FIGURA 3.21: Cromatograma da fração Tslm1-Fr4(3) 72
FIGURA 3.22: Espectro de massa referente ao pico 25 obtido via CG-
EM
72
FIGURA 3.23: Espectros de massas referente aos picos 30 e 31 obtidos
via CG-EM
73
FIGURA 3.24: Espectro de RMN de
1
H dos aminoácidos: N-
metilprolina (XX) e 4-hidroxi-N-metilprolina (XXI)
(400 MHz, D
2
O)
77
FIGURA 3.25: Ampliação do espectro de RMN de
1
H dos
aminoácidos: N-metilprolina (XX) e 4-hidroxi-N-
metilprolina (XXI) (400 MHz, D
2
O)
77
FIGURA 3.26 Espectro de RMN de
13
C dos aminoácidos: N-
metilprolina (XX) e 4-hidroxi-N-metilprolina (XXI)
(100 MHz, D
2
O)
78
FIGURA 3.27: Espectro de RMN de
1
H de XXII e XXIII (400 MHz,
CD
3
OD)
82
FIGURA 3.28: Ampliação do espectro de RMN de
1
H de XXII e
XXIII (400 MHz, CD
3
OD)
82
FIGURA 3.29: Mapa de correlações HSQC de XXII e XXIII (400
MHz, CD
3
OD)
83
FIGURA 3.30: Mapa de correlações HMBC de XXII e XXIII (400
MHz, CD
3
OD)
83
FIGURA 3.31: Espectro de RMN de
1
H da ent-catequina (XXIV) (400
MHz, CD
3
OD)
87
FIGURA 3.32: Expansão do espectro de RMN de
1
H da ent-catequina
(XXIV) (400 MHz, CD
3
OD)
87
LISTA DE FIGURAS
XIII
FIGURA 3.33: Espectro de RMN de
13
C da ent-catequina (XXIV) (100
MHz, CD
3
OD)
88
FIGURA 3.34: (A) Espectro de RMN de
1
H do ácido 5-O-
cafeoílquínico (XXV) (400 MHz, CD
3
OD). (B)
Ampliação do espectro de RMN de
1
H de XXV
92
FIGURA 3.35: Mapa de correlações HSQC do ácido 5-O-
cafeoílquínico (XXV) (400 MHz, CD
3
OD)
93
FIGURA 3.36: Mapa de correlações HMBC do ácido 5-O-
cafeoílquínico (XXV) (400 MHz, CD
3
OD)
93
FIGURA 3.37: (A) Espectro de RMN de
1
H de 11ȕ-acetoxiobacunona
(XXVI) (400 MHz, CDCl
3
). (B) Ampliação do espectro
de RMN de
1
H de XXVI
101
FIGURA 3.38: Espectro de RMN de
13
C de 11ȕ-acetoxiobacunona
(XXVI) (100 MHz, CDCl
3
)
102
FIGURA 3.39: Mapa de correlações HSQC de 11ȕ-acetoxiobacunona
(XXVI) (400 MHz, CDCl
3
)
102
FIGURA 3.40: Mapa de correlações HMBC de 11ȕ-acetoxiobacunona
(XXVI) (400 MHz, CDCl
3
)
103
FIGURA 3.41: Ampliação do mapa de correlações HMBC de 11ȕ-
acetoxiobacunona (XXVI) (400 MHz, CDCl
3
)
103
FIGURA 3.42: Espectro de RMN de
1
H de XXVII (400 MHz, CDCl
3
) 110
FIGURA 3.43: Espectro de RMN de
13
C de XXVII (100 MHz, CDCl
3
) 110
FIGURA 3.44: Espectro de Cosy
1
H-
1
H de XXVII (400 MHz, CDCl
3
) 111
FIGURA 3.45: Mapa de correlações HSQC de XXVII (400 MHz,
CDCl
3
)
111
FIGURA 3.46: Mapa de correlações HMBC de XXVII (400 MHz,
CDCl
3
)
112
FIGURA 3.47: Ampliação do mapa de correlações HMBC de XXVII
(400 MHz, CDCl
3
)
112
LISTA DE FIGURAS
XIV
FIGURA 3.48: Espectro de massas (ESI no modo positivo) do
limonóide (XXVII)
113
FIGURA 3.49: Espectro de RMN de
1
H do 3-ȕ-O-ȕ-glucopiranosil
sitosterol (XXVIII) (400 MHz, Piridina-d
5
).
115
FIGURA 3.50: Ampliação do espectro de RMN de
1
H do 3-ȕ-O-ȕ-
glucopiranosil sitosterol (XXVIII) (400 MHz, Piridina-
d
5
).
115
FIGURA 3.51: Espectro de RMN de
13
C do 3-ȕ-O-ȕ-glucopiranosil
sitosterol (XXVIII) (100 MHz, Piridina-d
5
).
116
LISTA DE FLUXOGRAMAS
XV
LISTA DE FLUXOGRAMAS
FLUXOGRAMA 4.1: Obtenção dos extratos de espécies de Trichilia 127
FLUXOGRAMA 4.2: Procedimento geral de partição líquido-líquido
dos extratos metanólicos
129
FLUXOGRAMA 4.3: Fracionamento da fração Tslm1 e Tslm1(Fr-3) 130
FLUXOGRAMA 4.4: Fracionamento da fração Tslm1Fr(4) e
Tslm1Fr(4)-4
131
FLUXOGRAMA 4.5: Fracionamento da fração Tslm3 133
FLUXOGRAMA 4.6: Fracionamento da fração Tflcm1 135
FLUXOGRAMA 4.7: Fracionamento da fração Tflcm2 136
FLUXOGRAMA 4.8: Fracionamento da fração Tcsem2 139
FLUXOGRAMA 4.9: Fracionamento da fração Tsem2 140
FLUXOGRAMA 4.10: Fracionamento do extrato Tseh 141
LISTA DE GRÁFICOS E ESQUEMAS
XVI
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 3.1: Resultado do ensaio de toxicidade realizado com
extratos de T. elegans na concentração de 1,0 mg/mL
em quintuplicata
26
GRÁFICO 3.2: Resultado do ensaio realizado com extratos de T.
elegans na concentração de 10,0 mg/mL
27
GRÁFICO 3.3: Resultado do ensaio realizado com extratos de T.
claussenii na concentração de 10,0 mg/mL
28
GRÁFICO 3.4: Resultado do ensaio realizado com extrato de T. catigua
na concentração de 10,0 mg/mL
28
GRÁFICO 3.5: Resultado do ensaio realizado com os ácidos graxos
(C5-C16) na concentração de 1,0 mg/mL em triplicata
38
GRÁFICO 3.6: Resultado do ensaio realizado com os ácidos graxos
(C5-C16) na concentração de 10,0 mg/mL em triplicata
39
LISTA DE ESQUEMA
ESQUEMA 3.1: Metodologia geral utilizada na obtenção de substâncias
ativas
24
RESUMO
ATIVIDADE INSETICIDA DE ESPÉCIES DE Trichilia FRENTE À
LAGARTA-DO-CARTUCHO DO MILHO Spodoptera frugiperda – Este
trabalho apresenta o estudo fitoquímico e os ensaios biológicos realizados com
os extratos orgânicos dos frutos e sementes das espécies Trichilia claussenii, T.
elegans e inflorescências T. catigua sobre Spodoptera frugiperda. Dentre os
extratos ensaiados, os extratos metanólicos das sementes de T. claussenii e
inflorescências de T. catigua foram os que apresentaram a mais alta atividade
inseticida, com 64,0 e 64,4 % de mortalidade, respectivamente. O estudo
biomonitorado do extrato metanólico das sementes de T. claussenii levou a
identificação dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos, substâncias ativas
neste extrato. Do extrato metanólico das inflorescências de T. catigua foi isolado
o flavonóide ent-catequina, associado à atividade inseticida encontrada neste
extrato. Ácidos graxos com cadeias metilênicas variando entre C-5 a C-16 foram
testados sobre S. frugiperda. Ensaios mostraram que os ácidos hexanóico,
nonanóico e decanóico apresentaram altas taxas de mortalidade na concentração
de 10,0 mg/mL. Através do estudo dessas três espécies foi possível isolar e ou
identificar as substâncias: ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos, Ȗ-lactonas, 4-
hidróxi-N-metilprolina, N-metilprolina, uridina, uracila, ent-catequina, ácido 5-
O-cafeoilquínico, os esteróides 3-ȕ-O-ȕ-D-glucopiranosil sitosterol, ȕ-sitosterol,
campesterol, estigmasterol e sitostenona. Sendo os limonóides 11ȕ-
acetoxiobacunona e 1,2–diidro-1Į-acetoxi-11ȕ-acetoxi-14,15-epoxicneorina R
isolados pela primeira vez no gênero Trichilia.
XVII
ABSTRACT
INSECTICIDAL ACTIVITY OF Trichilia SPECIES AGAINST ON FALL
ARMYWORM Spodoptera frugiperda. This work presents the phytochemical
study and biological assays carried out with organic extracts of fruits and seeds
from Trichilia claussenii, T. elegans and inflorescence from T. catigua against
S. frugiperda. Among the extracts assayed, the methanol extracts of seeds from
T. claussenii and inflorescence from T. catigua presented the highest insecticidal
activity, with 64,0 and 64,4 % of mortality, respectively. The bioassay-guided
study of the methanol extract of seeds from T. claussenii led to identification of
Ȧ-phenylalkyl and alkenyl fatty acids, active substances in this extract. The
flavonoid ent-catequin was isolated from the methanol extract of inflorescence
from T. catigua and it was associated with the insecticidal activity found in this
extract. Fatty acids with the methylene chains ranging from C-5 to C-16 were
assayed against S. frugiperda. Tests showed that the hexanoic, nonanoic and
decanoic acids, displayed the highest rate of mortality at concentration of 10,0
mg/mL. The study of the three species allowed isolating and identifying the
following compounds: a mixture of Ȧ-phenylalkyl and alkenyl fatty acids, Ȗ-
lactonas, 4-hydroxy-N-methylproline, N-methylproline, uridine, uracile, ent-
catequin, 5-O-cafeoylquinic acid and the steroids 3-ȕ-O-ȕ-D-
glucopyranosilsitosterol, ȕ-sitosterol, campesterol, estigmasterol e sitostenone.
The limonoids 11ȕ-acetoxyobacunone and 1,2-dihiyro-1Į-acetoxy-11ȕ-acetoxy-
14,15-epoxycneorin R were isolated for the first time from a Trichilia species.
XVIII
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1- Introdução 2
1.1 – A família Meliaceae 2
1.2 – O gênero Trichilia 5
1.2.1 - Trichilia claussenii C. DC. 8
1.2.1.1 – Constituintes químicos anteriormente isolados de frutos de
Trichilia claussenii C. DC.
9
1.2.2 – Trichilia catigua A. Juss. 10
1.2.2.1 – Constituintes químicos anteriormente isolados de sementes de
Trichilia catigua A. Juss.
11
1.2.3 - Trichilia elegans ssp. elegans A. Juss 12
1.2.3.1 - Constituintes químicos anteriormente isolados de frutos e
sementes Trichilia elegans A. Juss.
13
1.3 Considerações sobre Spodoptera frugiperda
(J. E. Smith, 1797)
(Lepidóptera: Noctuidae)
16
1.4 – Atividade de espécies de Trichilia sobre Spodoptera frugiperda 18
1.5 – A busca de novos compostos inseticidas para o controle de insetos-
praga
20
2 – Objetivos 21
3 – Resultados e Discussões 23
3.1 - Busca de substâncias com atividade inseticida sobre Spodoptera
frugiperda
24
3.1.1 - Extratos de espécies de Trichilia 24
3.1.2 - Avaliação da atividade inseticida dos extratos brutos de Trichilia
ssp. sobre lagarta Spodoptera frugiperda
25
3.1.2.1 - Ensaios biológicos realizados com o extrato metanólico das
sementes de T. claussenii
29
XIX
SUMÁRIO
3.1.2.2 - Ensaios biológicos realizados com ácidos graxos 37
3.1.2.3 - Ensaios biológicos realizados com o extrato metanólico das
inflorescências de T. catigua
40
3.2 – Substâncias isoladas e identificadas 42
3.3 – Identificação estrutural 47
3.3.1 - Identificação dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos (I-VIII) 47
3.3.2 - Identificação das Ȗ-lactonas (IX-XIX) 61
3.3.3 – Identificação dos aminoácidos N-metilprolina (XX) e 4-hidroxi-
N-metilprolina (XXI)
74
3.3.4 - Identificação da uridina (XXII) e uracila (XXIII) 79
3.3.5 - Identificação do flavonóide ent-catequina (XXIV) 84
3.3.6 - Identificação do ácido 5-O-cafeoilquínico (XXV) 89
3.3.7 – Determinação estrutural dos limonóides 94
3.3.7.1 – Identificação do limonóide 11ȕ-acetoxiobacunona (XXVI) 95
3.3.7.2 – Identificação do limonóide 1,2 –diidro-1Į-acetoxi-11ȕ-acetoxi-
14,15-epoxicneorina R (XXVII)
104
3.3.8 – Identificação dos esteróides 114
3.3.8.1 – Identificação de 3-ȕ-O-ȕ-glucopiranosil sitosterol (XXVIII) 114
3.3.8.2 – Identificação da mistura do esteróides (XXIX a XXXII) 119
4 – Procedimentos Experimentais 121
4.1 – Materiais e Métodos 122
4.2 – Equipamentos 123
4.3 – Material Botânico 125
4.4 – Preparação dos materiais vegetais e obtenção extratos brutos de T.
catigua, T. elegans e T. claussenii
125
4.4.1 – Obtenção dos extratos brutos dos frutos de T. claussenii e T.
elegans
125
4.4.2 – Obtenção dos extratos brutos da inflorescência de T. catigua 127
XX
SUMÁRIO
4.5 – Fracionamento dos extratos de espécies de Trichilia 128
4.5.1 – Fracionamento do extrato Tslm 128
4.5.1.1 – Fracionamento da fração Tslm1 130
4.5.1.2 – Fracionamento da fração Tslm3 132
4.5.2 – Fracionamento do extrato Tflcm 134
4.5.2.1 – Fracionamento das frações Tflcm1 e Tflcm2 135
4.5.3 – Fracionamento dos extratos Tcsem e Tsem 137
4.5.3.1 – Fracionamento da fração Tcsem2 139
4.5.3.2 – Fracionamento da fração Tsem2 140
4.5.3.3 – Fracionamento do extrato Tseh 141
4.6 – Reação de esterificação com diazometano 142
4.7 – Ensaio biológico 143
4.7.1 - Ensaios de toxicidade realizados sobre Spodoptera frugiperda 143
5 – Conclusões 145
6 – Referências Bibliográficas 150
XXI
PARTE 1
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
2
1 – INTRODUÇÃO
1.1 - A família Meliaceae
A família Meliaceae, pertencente à ordem Rutales, é constituída por
51 gêneros de plantas lenhosas que se distribuem em regiões tropicais e
subtropicais de ambos os hemisférios terrestres. O número de espécies é de
aproximadamente 1400
(BANERJI, 1984). Os gêneros encontrados no Brasil são
Cedrela, Cabralea, Swietenia, Carapa, Guarea e Trichilia, sendo os três
primeiros exclusivamente americanos (PENNINGTON & STYLES, 1975).
As meliáceas, geralmente são árvores de grande porte, conhecidas
pela qualidade de suas madeiras (mogno, cedro-rosa, canjerana) (BANERJI &
NIGAN, 1984), elas também se destacam pela bioatividade de vários de seus
metabólitos secundários, principalmente os limonóides. Esta classe de compostos
tem apresentado diversos tipos de atividades biológicas, tais como:
antiparasitária, citotóxica, antimalárica, antiviral, antibacteriana e principalmente
inseticida (BRAY et al., 1990; CHAMPAGNE et al., 1992).
A química dos limonóides de Meliaceae começou em 1960, com o
isolamento da gedunina (I) (FIGURA 1.1) de Entandrophragma angolense
(TAYLOR, 1984). A partir de então muitos limonóides têm sido isolados de
espécies desta família, sendo a azadiractina (II) (FIGURA 1.1) de Azadirachta
indica (Meliaceae) (BUTTERWORTH & MORGAN, 1968) o mais conhecido. A
azadiractina possui um grande potencial inseticida, apresentando atividade frente
a várias espécies de insetos. Este composto interfere no funcionamento das
glândulas endócrinas que controlam a metamorfose em insetos, impedindo o
desenvolvimento da ecdise (REMBOLD, 1989).
INTRODUÇÃO
O
O
O
O
O
OAc
OH
O
CH
3
O
AcO
O
O
O
OCH
3
O
O
OH
O
O
O
OH
GEDUNINA - I AZADIRACTINA - II
FIGURA 1.1 - Estrutura dos limonóides gedunina e azadiractina.
A azadiractina apresenta atividade fagoinibidora, que constitui uma
das atividades mais relevantes relatadas para as plantas da família Meliaceae
(LEE et al., 1991), seu efeito foi comprovado para aproximadamente 300
espécies de insetos (MARTINEZ, 2002).
Quimicamente, os limonóides são derivados de triterpenos
tetracíclicos, eufol (III) ou tirucalol (IV) (FIGURA 1.2), onde ocorrem várias
oxidações e rearranjos, levando à formação de diferentes tipos estruturais
(CONNOLLY, 1983). Segundo a classificação de proposta por Taylor (1984), os
limonóides isolados de Meliaceae podem ser divididos em onze grupos
principais, de acordo com o padrão de esqueleto carbônico apresentado
(FIGURA 1.3).
III H-20
D
,
VH-20
E
HO
H
20
FIGURA 1.2 - Os triterpenos eufol (III) e tirucalol (IV).
3
INTRODUÇÃO
O
OH
O
HO OH
O
OAc
O
O
O
O
O
O
O
O
O
CO
2
Me
O
O
O
O
O
MeO
2
C
O
O
O
MeO
2
C
OH
OH
OH
O
O
O
O
O
CO
2
Me
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
OH
O
O
MeO
2
C
O
MeO
2
C
OAc
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
O
OAc
O
O
O
CO
2
Me
O
OH
O
O
O
AcO
HOCO
OH
AcOH
2
C
havanensina
GRUPO 1
gedunina
GRUPO 2
andirobina
GRUPO 3
mexicanolídeo
GRUPO 4
fragmalina
GRUPO 5
ivorensato de
melita
GRUPO 6
obacunol
GRUPO 7
nimbina
GRUPO 8
toonafolina
GRUPO 9
evodulona
GRUPO 10
prieurianina
GRUPO 11
FIGURA 1.3 – Substâncias que representam os principais tipos de esqueletos dos
limonóides de Meliaceae (TAYLOR, 1984).
4
INTRODUÇÃO
5
1.2 - O gênero Trichilia
Segundo a classificação morfológica de Pennington e Styles
(PENNINGTON, 1975) o gênero Trichilia encontra-se na mesma sub-família que
os gêneros Melia e Azadirachta (TABELA 1.1.) e, portanto, existe a
possibilidade de se isolar de Trichilia substâncias semelhantes às isoladas de
Melia e Azadirachta.
TABELA 1.1. Classificação morfológica da família Meliaceae segundo
Pennington e Styles
(PENNINGTON, 1975).
Sub-famílias Tribos Gêneros
Swietenioideae Cedreleae
Cedrela, Toona
Swietenieae
Khaya, Neobeguea, Soymida, Chukrasia
,
Entandrophragma, Pseudocedrela, Lovoa
Schmardaea, Swietenia
Xylocarpeae
Carapa, Xilocarpus
Melioideae Turraeeae
Munronia, Naregamia, Turraea, Nymania
,
Humbertioturraea, Calodecaryia
Melieae
Melia, Azadirachta
Vavaeeae
Vavaea
Trichilieae
Trichilia, Walsura, Pseudobersama
,
Pterorhachis, Cipadessa, Ekerbegia
Lepidotrichilia, Owenia, Malleastrum
,
Astrotrichilia
Aglaieae
Aglaia, Lansium, Aphanamixis
,
Reinwardtiodendron, Sphaerosacme
Guareeae
Heckeldora, Cabralea, Ruagea, Turreanthus
,
Guarea, Chisocheton, Megaphyllaea
,
Synoum, Anthocarapa, Pseudocarapa
,
Dysoxylum
Quivisianthoideae Sandoriceae
Sandoricum, Quivisianthe
Cuparonianthoideae
Cuparonianthus
INTRODUÇÃO
O gênero Trichilia apresenta aproximadamente 230 espécies
(RAMÍREZ et al., 2000) e tem ocorrência na América tropical, África e região
Indo-Malaio. É um dos gêneros que possui o maior número de espécies na
família. Dentro da sub-família Melioideae é o gênero que apresenta maior
número e tipos de limonóides
(PENNINGTON, 1981).
Os limonóides do grupo 8 (FIGURA 1.3), com anel C-seco, são os
mais ativos contra insetos (azadiractina) e parecem restritos aos gêneros Melia e
Azadirachta. Porém, a heudebolina, um limonóide com anel C-seco, foi isolado
de Trichilia heudelotii (ADESIDA et al., 1973) e este é um dos motivos do
interesse no estudo de espécies do gênero Trichilia.
A
cO
OAc
O
HO
OAc
O
O
FIGURA 1.4 - O limonóide heudebolina
Vários limonóides foram isolados de diversas espécies de Trichilia
(ADESIDA & OKORIE, 1973; CHAN et al., 1973; CONNOLY et al., 1979;
MULHOLAND & TAYLOR, 1980; JOLAD et al., 1980; 1981a; ARENAS &
RODRÍGUEZ-HANN, 1990; TINTO et al., 1991; CORTEZ et al., 1992; 2000;
INADA et al., 1994; MUSKA et al., 1995; GARCEZ et al., 1997; 2000;
RODRÍGUEZ-HAHN et al., 1996; RAMÍREZ et al., 2000; MATOS, 2006;
WANG et al., 2008).
Além dos limonóides, outras classes de substâncias têm sido isoladas do
gênero Trichilia: esteróides de T. hirta (CHAURET et al., 1996), esteróides e
cumarinas de T. estipulata (CORTEZ et al., 1998), sesquiterpenos (GARCEZ, et
6
INTRODUÇÃO
7
al., 1997b), lignanas e Ȗ-lactonas (PIZZOLATTI et al., 2002; 2004) de T.
catigua, triterpenos do tipo tirucalano de T. hispida (JOLAD et al., 1980, 1981b)
e de T. connaroides (INADA et al., 1994), esteróides pregnanos de T.
schomburgkii (TINTO et al., 1991; KETWARU et al., 1993) e de T.
connaroides (ZHANG et al., 2003; WANG et al., 2008), protolimonóides de T.
elegans (GARCEZ et al., 1996); protolimonóide glicosilado de T. prieuriana de
(OLUGBADE et al., 2000), triterpenos do tipo cicloartano, ácidos Ȧ-fenil
alcanóicos e alcenóicos, Ȗ-lactonas, esteróides androstanos e pregnanos e
sesquiterpenos de T. claussenii (PUPO et al., 1996; 1997a; 1998 e 2002),
sesquiterpenos, triterpenos e esteróides de T. lepidota (PUPO et al., 2002),
cumarinas de T. elegans (MATOS, 2006).
Diversos trabalhos comprovando a atividade inseticida de Trichila
ssp. sobre Spodoptera frugiperda têm sido realizados (MIKOLAJCZAK et al.,
1987; 1989; RODRÍGUEZ & VENDRAMIM, 1996; 1997; ROEL et al., 2000;
WHEELER et al., 2001a; 2001b; BOGORNI & VENDRAMIM, 2003; 2005;
MATOS et al., 2006).
INTRODUÇÃO
1.2.1 – Trichilia claussenii C. DC.
Trichilia claussenii é popularmente conhecida como catiguá-
vermelho, catiguá, quebra-machado. É uma espécie nativa do Brasil e ocorre
desde Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, na floresta
latifoliada semidecídua (tipo floresta onde as árvores perdem de forma parcial ou
total suas folhas durante a época mais seca e mais fria do ano).
A árvore atinge altura de 6 a 12m (FIGURA 1.5) (LORENZI, 1994),
sua madeira é leve, compacta, medianamente resistente e moderadamente
durável, sendo apropriada para marcenaria leve, forros, lambris e acabamentos
internos em construção civil.
Florescem durante os meses de agosto-outubro e os frutos (FIGURA
1.5) amadurecem em janeiro-março.
FIGURA 1.5 – Árvore adulta de Trichilia claussenii. Em destaque folhas com
flores, frutos maduros, sementes, casca e madeira (LORENZI, 1994).
8
INTRODUÇÃO
1.2.1.1 – Constituintes químicos anteriormente isolados de frutos
de Trichilia claussenii C. DC.
O estudo químico realizado com os frutos de T. claussenii resultou
no isolamento Ȗ-lactonas (1-4), ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos (5-6)
(PUPO et al., 1996; 1998), e os esteróides ȕ-sitosterol e estigmasterol (7-8)
(FIGURA 1.6 e 1.7).
n
O
O
OH
O
O
OH
11
1 n=11 3
2 n=9
O
O
OH
5
7
4
9
n
OH
O
5
n = 6 a 11
n
m
OH
O
6
m + n = 9 e 10
FIGURA 1.6Ȗ-lactonas e ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alcenóicos isolados dos
frutos de Trichilia claussenii
INTRODUÇÃO
HH
HO
H
HH
HO
H
7
8
FIGURA 1.7 – Esteróides isolados dos frutos de Trichilia claussenii
1.2.2 – Trichilia catigua A. Juss.
Trichilia catigua é popularmente conhecida como catiguá, caatiguá,
cedrinho, mangalô-catigá e angelim-rosa. São árvores com cerca de 10m de
altura e flores de coloração branco-amareladas, frutos cápsulas, avermelhados
com apenas uma semente (FIGURA 1.8). Suas flores são encontradas no período
de setembro a outubro e os frutos de dezembro a janeiro. Ocorrem de São Paulo
até o Rio Grande do Sul.
Popularmente, da casca produz-se uma tintura amarelada que é usada
externamente contra reumatismo, hidropsia e, ainda é inseticida, purgativa e em
dores moderadas é tônica. O óleo da casca é empregado, com muito bom
resultado, no tratamento de eczemas rebeldes, da psoríasis e herpes.
FIGURA 1.8 – Árvore adulta, folhas e flores de Trichilia catigua
10
INTRODUÇÃO
1.2.2.1 – Constituintes químicos anteriormente isolados de
sementes de Trichilia catigua A. Juss.
Das sementes de T. catigua foram isolados os limonóides:
angolesato de metila (9) mistura epimérica de fotogedunina (10-11), cedrelona
(12) e 11-ȕ-metoxicedrelona (13) (FIGURA 1.9) (MATOS, 2006).
O
O
COOMe
O
O
O
23
O
OH
O
O
O
O
OAc
O
OO
OH
H
O
O
R
10 -H-23
D
11 -H-23ȕ
9
12 R= H
13 R = ȕ-OMe
O
O
COOMe
O
O
O
23
O
OH
O
O
O
O
OAc
O
OO
OH
H
O
O
R
10 -H-23
D
11 -H-23ȕ
9
12 R= H
13 R = ȕ-OMe
FIGURA 1.9 – Limonóides isolados de sementes de Trichilia catigua
11
INTRODUÇÃO
1.2.3 - Trichilia elegans ssp. elegans A. Juss
Trichilia elegans ssp. elegans A. Juss., conhecida popularmente
como “Cachuá”, produz madeira resistente e durável, sendo a casca empregada
em curtumes. Possui ampla dispersão no país, sendo encontrada desde Goiás até
Santa Catarina e, em Mato Grosso do Sul, ocorre em matas semidecíduas,
apresentando-se como uma arvoreta de três a seis metros de altura. É uma planta
apícola, cuja floração é observada de outubro a dezembro e com frutos
encontráveis no período de janeiro a março. Estes se apresentam como cápsulas
trivalvares ovaladas e pubescentes, medindo cerca de 6 mm de comprimento,
enquanto as sementes, pretas, são parcialmente envoltas por um arilo de
coloração alaranjada
(POTT, 1994).
12
Fotos: Liliane Nebo
FIGURA 1.10 – Folhas e frutos de Trichilia elegans ssp. elegans
INTRODUÇÃO
1.2.3.1 - Constituintes químicos anteriormente isolados de frutos e
sementes Trichilia elegans A. Juss.
O estudo químico das sementes de T. elegans ssp elegans, resultou
no isolamento de três seco-A-protolimonóides (14 a 16)
(GARCEZ et al., 1996),
oito limonóides (17-24), além dos limonóides 7-desoxo-7E-acetokiadaninas A e
B (25 e 26), 7-desoxo-7E-hidroxikiadaninas A e B (27 e 28)
e 7-desoxo-7D-
hidroxikihadanina (29)
(GARCEZ et al., 1997; 2000).
MeO
2
C
AcO
4
19
7
18
30
O
OH
OH
O
OH
OH
O
OH
OH
OH
17
21
20
23
24
R = R = R =
R
OAc
14 15 16
FIGURA 1.11Seco-A-protolimonóides isolados de sementes de Trichilia
elegans
13
INTRODUÇÃO
O
O
CO
2
O
O
R
AcO
O
Me
7
6
8
9
11
Me
O
O
CO
2
O
O
R
AcO
O
AcO
17 R=X 19 R=X
18 R=Y 20 R=Y
O
O
O
O
R
R
1
O
29
28
4
3
2
1
19
9
6
7
30
11
12
18
17
15
16
O
O
OH
21
20
22
23
X
O
OH
O
Y
R R
1
21 X H, DOAc
22 Y H, DOAc
23 Y O
24 X O
FIGURA 1.12 – Limonóides isolados de sementes de Trichilia elegans
14
INTRODUÇÃO
O
O
O
OH
Y
O
O
3
4
6
7
9
2
1
19
11
12
30
18
17
15
O
O
O
R
1
R
O
O
O
O
OH
O
OH
O
22
20
23
21
Y
X
29
R R
1
25
Y OAc
X OAc
26
27
28
X OH
Y OH
FIGURA 1.13 – Limonóides isolados de sementes de Trichilia elegans
Dos frutos de T. elegans foram isoladas as cumarinas 6,7-
dimetoxicumarina (30), 6-metoxi-7-hidroxicumarina (31) e 7-hidroxicumarina
(32) (MATOS, 2006) (FIGURA 1.14).
OHO O
O
CH
3
O
CH
3
OO
30
O
CH
3
O
HO O
31
32
OHO O
O
CH
3
O
CH
3
OO
30
O
CH
3
O
HO O
31
32
FIGURA 1.14 – Cumarinas isoladas dos frutos de Trichilia elegans
15
INTRODUÇÃO
16
1.3 Considerações sobre Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797)
(Lepidóptera: Noctuidae)
Esta espécie foi reconhecida como praga do milho em 1797, nos
Estados Unidos e hoje é relatada como causadora de injúrias em plantações de
milho ao Sul dos Estados Unidos, México, Américas do Sul e Central.
Este inseto também é considerado praga de outras culturas, tais
como feijão, arroz, cana-de açúcar, trigo, aveia, alfafa e hortaliças.
Larvas do inseto, no primeiro e segundo ínstares, alimentam-se de
folhas sendo que a partir do terceiro passam, no caso da cultura do milho, a atacar
o cartucho da planta podendo levá-la à morte. O período larval varia de 12 a 30
dias (COSTA et al., 1984; VALICENTE & CRUZ, 1991). Nos últimos ínstares,
medem aproximadamente 5 cm e apresentam coloração que varia do marrom,
verde até quase preta (FIGURA 1.15).
Findo o período larval, as lagartas penetram no solo, onde se
transformam em pupas de coloração avermelhada medindo cerca de 10mm de
comprimento. A duração da fase pupal varia de 7 a 27 dias (VALICENTE &
CRUZ, 1991).
INTRODUÇÃO
FIGURA 1.15 - Ciclo de vida da Spodoptera frugiperda.
Os adultos de S. frugiperda apresentam longevidade de aproximadamente
10 dias a temperatura de 25°C, umidade relativa de 60,0 % e fotofase de 14
horas. A ovoposição é realizada no período noturno. Os ovos são depositados em
massas com cerca de 150 unidades, podendo uma fêmea colocar até 1000 ovos. O
período de incubação é de aproximadamente 3 dias a temperatura entre 25 a
29°C, umidade relativa de 70,0 % e fotofase de 12 horas (PATEL, 1981). O ciclo
de vida da S. frugiperda dura em média de 32 a 46 dias (COSTA, 1984,
VALICENTE & CRUZ, 1991).
17
INTRODUÇÃO
18
1.4 – Atividade de espécies de Trichilia sobre Spodoptera
frugiperda
Diversos trabalhos comprovando a atividade inseticida de Trichilia spp.
sobre Spodoptera frugiperda (J. E .Smith) têm sido realizados. MIKOLAJCZAK
& REED (1987) realizaram um dos primeiros trabalhos testando a atividade
inseticida de Trichilia sobre S. frugiperda. Os extratos etanólicos testados de T.
pallida, T. connoroides, T. prieureana, T. roka e T. triphyllaria causaram
mortalidade igual ou superior a 80,0 % das lagartas, sendo que apenas a última
espécie não afetou a sobrevivência do inseto. MIKOLAJCZAK et al., (1989),
avaliaram a toxicidade das sementes de dez espécies pertencentes à família
Meliaceae sobre S. frugiperda e constataram que os extratos etanólicos e
hexânicos de T. roka incorporados à dieta artificial, apresentaram 100,0 % de
mortalidade larval a 400 e 10.000 ppm, respectivamente. Já o extrato etanólico a
80 ppm afetou a fase larval, causando uma redução no peso da lagarta (25,0 %) e
um alongamento na fase larval (4,6 dias) em relação ao controle.
Diversas espécies de meliáceas (incluindo cinco espécies de Trichilia)
foram avaliadas em relação a S. frugiperda, extratos aquosos a 5,0 % de diversas
estruturas vegetais foram testados através da incorporação em dieta artificial
(20mL do extrato/100g de dieta). Foram constatadas grandes variações na
bioatividade considerando-se as espécies e os órgãos vegetais utilizados. A maior
eficiência foi obtida com os extratos de folhas e caules de T. pallida e de M.
azedarach e caules (ramos) de Cabralea canjerana, onde foi registrada
mortalidade larval de 100,0 %, destacando-se os caules de T. pallida e C.
canjerana, onde essa mortalidade ocorreu já nos dois primeiros ínstares,
resultando em bioatividade similar à registrada para o extrato de semente de A.
indica (incluída como padrão de atividade inseticida). Menor atividade foi
encontrada com as demais espécies de Trichilia, observando-se inibição
alimentar (resultando em menor peso pupal) com o uso de extratos de caules
INTRODUÇÃO
19
(ramos) de T. catigua e folhas de T. casaretti e inibição do crescimento
(caracterizado pelo alongamento da fase larval) nos tratamentos com caules
(ramos) de T. clausenii. Nenhum efeito apreciável sobre o inseto foi constatado
nos demais tratamentos com espécies de Trichilia (folhas de T. catigua, T.
clausenii e T. elegans e caules (ramos) de T. elegans e T. casaretii)
(RODRIGUEZ & VENDRAMIM, 1996; 1997).
Além dessas espécies, alguns extratos orgânicos de T. pallida
também afetaram a sobrevivência de S. frugiperda (ROEL & VENDRAMIM,
1998; ROEL, 2000). Em relação a extratos aquosos, houve redução significativa
no dano causado à cultura do milho pela praga com aplicações de extratos de T.
americana e T. havanenesis.
Estudando o efeito de diferentes concentrações do extrato aquoso de
ramos e folhas de T. pallida na sobrevivência e desenvolvimento de S. frugiperda
criada em folhas de milho, verificou-se que o extrato de ramos a 5% provocou
100% de mortalidade larval até o 7º dia após o início do tratamento, com
atividade inseticida similar a do extrato de sementes de A. indica (utilizada como
padrão). A 1%, a mortalidade, nesse extrato, variou de 70,0 a 100,0 % e a 0,1%
houve redução da sobrevivência e do peso pupal e alongamento da fase larval. O
extrato de folhas a 5,0 % provocou mortalidade variável de 17,0 a 55,0 %
(dependendo do genótipo) até o 7º dia e de 100,0 % ao final da fase, enquanto
que a 0,1 % reduziu o peso pupal (TORRECILAS & VENDRAMIM, 2001).
MATOS et al. (2006) avaliaram a atividade biológica dos extratos
orgânicos de folhas e ramos de três espécies de Trichilia (T. catigua T. claussenii
e T. elegans) sobre S. frugiperda, através da incorporação dos extratos hexânico,
metanólico e hidrometanólico à dieta artificial. Os extratos hexânico e metanólico
de folhas e o hexânico de ramos de T. claussenii na concentração de 1000 ppm
foram os mais eficientes apresentando mortalidade larval de 80,0, 70,0 e 60,0 %
respectivamente.
INTRODUÇÃO
1.5 – A busca de novos compostos inseticidas para o controle de
insetos-praga
A lagarta-do-milho, Spodoptera frugiperda
(J.E.Smith), é uma das principais pragas da cultura do
milho, podendo seu dano levar à redução de 34% a
40% na produção, dependendo principalmente do
estágio de cultura em que ocorre o ataque, e prejuízos
que chegam a 400 milhões de dólares-ano no Brasil
(VALICENTE & CRUZ, 1991, CRUZ 1995). A
utilização de inseticidas sintéticos tem sido o principal
método de controle da praga, porém seu uso indiscriminado e incorreto tem
aumentado o número de aplicações e diminuído sua eficiência, principalmente
devido ao surgimento de populações de insetos resistentes. Tal uso agrava o
problema de contaminação dos produtos agrícolas, agricultores e do ambiente.
Desta forma, medidas de controle que causem menor impacto ambiental são de
primordial importância, o que vem estimulando o ressurgimento do uso de
plantas inseticidas como promissora ferramenta para controle de insetos.
Visando a busca de novos inseticidas naturais com menor impacto
ambiental, o grupo de Produtos Naturais da UFSCar tem realizado estudos com
várias plantas pertencentes à ordem Rutales sobre a S. frugiperda . Deste modo,
BATISTA-PEREIRA et al. (2002) avaliaram a atividade do flavonóide astilbina,
isolado de Dimorphandra mollis (Fabaceae). ROCHA (2004) realizou o estudo
fitoquímico de Adiscanthus fusciflorus (Rutaceae), T. pallida e T. rubra
(Meliaceae) visando à busca de compostos que alterem a biologia do inseto.
Trabalhos semelhantes foram realizados com as espécies Trichilia catigua, T.
elegans e T. claussenii (PEREIRA, 2001; MATOS, 2006) e Siphoneugena
densiflora (Mirtaceae) e Vitex polygama (Verbenaceae) (GALLO et al., 2006).
20
PARTE 2
OBJETIVOS
OBJETIVOS
22
2 – OBJETIVOS
O presente trabalho apresenta os seguintes objetivos:
i Determinar a atividade inseticida dos extratos dos frutos, sementes e
inflorescências de espécies de Trichilia sobre Spodoptera frugiperda;
i Isolar e identificar os constituintes químicos das espécies de Trichilia
elegans, T. catigua e T. claussenii que forem ativos sobre Spodoptera
frugiperda.
i Determinar a atividade inseticida das substâncias isoladas
PARTE 3
RESULTADOS
E DISCUSSÕES
RESULTADOS E DISCUSSÕES
3 – RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 – Busca de substâncias com atividade inseticida sobre
Spodoptera frugiperda
3.1.1 - Extratos de espécies de Trichilia
Todos os extratos foram submetidos aos ensaios biológicos, e a
partir dos resultados obtidos, os extratos foram selecionados e posteriormente
fracionados. As frações e subfrações procedentes dos extratos ativos foram
biomonitoradas, a fim de isolar e identificar as substâncias ativas (ESQUEMA
3.1).
Planta
Extrato bruto
Ensaios
biológicos
Partições
Ensaios
biológicos
Procedimentos
Cromatográficos
Frações
Substâncias
Ensaios
biológicos
Elucidação
estrutural
ESQUEMA 3.1 - Metodologia geral utilizada na obtenção de substâncias ativas
24
RESULTADOS E DISCUSSÕES
25
3.1.2 – Avaliação da atividade inseticida dos extratos brutos de
Trichilia ssp. sobre à lagarta Spodoptera frugiperda
Na fase inicial do trabalho, a fim de constatar quais extratos apresentavam
atividade inseticida, foram realizados ensaios de toxicidade com os extratos
brutos de Trichilia elegans, T. claussenii e T. catigua frente à S. frugiperda,
conforme metodologia descrita no item 4.7, p.143. Nesta etapa, foram utilizados
os extratos brutos dos frutos e sementes de T. elegans e claussenii e também as
inflorescências de T. catigua (TABELAS 4.1 e 4.2, ps.126 e 128). Os extratos
foram identificados por códigos que podem ser observados na TABELA 3.1.
TABELA 3.1 - Identificação dos códigos dos extratos
P
P
l
l
a
a
n
n
t
t
a
a
P
P
a
a
r
r
t
t
e
e
d
d
a
a
P
P
l
l
a
a
n
n
t
t
a
a
E
E
x
x
t
t
r
r
a
a
t
t
o
o
C
C
ó
ó
d
d
i
i
g
g
o
o
Casca dos frutos Hexânico Tcfeh
Metanólico Tcfem
Hidrometanólico Tcfea
Trichlia
Semente Hexânico Tseh
elegans
Metanólico Tsem
Hidrometanólico Tsea
Casca da semente Hexânico Tcseh
Metanólico Tcsem
Hidrometanólico Tcsea
Hexânico Tflch
Trichilia
Inflorescências Metanólico Tflcm
catigua
Hidrometanólico Tflca
RESULTADOS E DISCUSSÕES
26
P
P
l
l
a
a
n
n
t
t
a
a
P
P
a
a
r
r
t
t
e
e
d
d
a
a
P
P
l
l
a
a
n
n
t
t
a
a
E
E
x
x
t
t
r
r
a
a
t
t
o
o
C
C
ó
ó
d
d
i
i
g
g
o
o
Casca dos frutos Hexânico Tcflh
Metanólico Tcflm
Hidrometanólico Tcfla
Trichlia
Semente Hexânico Tslh
claussenii
Metanólico Tslm
Hidrometanólico Tsla
Casca da semente Hexânico Tcslh
Metanólico Tcslm
Hidrometanólico Tcsla
Desta forma, primeiramente utilizou-se os extratos de T. elegans na
concentração de 1,0 mg/mL com dose média de 0,149 ȝg/mg de larva.
0
5
10
15
20
25
30
Ctl
Mt
H
Hid
Mt
Cascas dos frutos
Cascas dos frutos
Cascas das
Sementes
Semente
Semente
H M HM
H M HM Controle
Controle H M HM
H M HM
H M HM
H M HM
% Mortalidade
% Mortalidade
H = Ext. hexânico; M = Ext. metanólico; HM = Ext. hidrometanólico
ab
ab
ab
ab
a
ab
ab
b
b
b
0
5
10
15
20
25
30
Ctl
Mt
H
Hid
Mt
Cascas dos frutos
Cascas dos frutos
Cascas das
Sementes
Semente
Semente
H M HM
H M HM Controle
Controle H M HM
H M HM
H M HM
H M HM
% Mortalidade
% Mortalidade
H = Ext. hexânico; M = Ext. metanólico; HM = Ext. hidrometanólico
ab
ab
ab
ab
a
ab
ab
b
b
b
GRÁFICO 3.1 – Resultado do ensaio de toxicidade realizado com os extratos de
T. elegans na concentração de 1,0 mg/mL em quintuplicata
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ao verificar os resultados obtidos do ensaio com os extratos brutos
de T. elegans na concentração de 1,0 mg/mL, observou-se baixas porcentagens
de mortalidade. Uma vez que, esses resultados poderiam estar relacionados a
concentração inicial escolhida, optou-se pelo aumento da concentração na
realização dos demais ensaios.
Assim, os extratos brutos de T. elegans, T. claussenii e T. catigua
foram ensaiados em quintuplicata na concentração de 10,0 mg/mL, onde as doses
médias observadas foram de 9,70, 10,33 e 14,30 ȝg/mg de larva,
respectivamente. Os resultados obtidos são mostrados nos Gráficos 3.2, 3.3 e 3.4.
Cascas dos frutos
Cascas dos frutos
Cascas das
Sementes
Semente
Semente
H M HM
H M HM Controle
Controle H M HM
H M HM
H M HM
H M HM
% Mortalidade
% Mortalidade
H = Ext. hexânico; M = Ext. metanólico; HM = Ext. hidrometanólico
b
b
ab
b
a
ab ab
ab
ab ab
Cascas dos frutos
Cascas dos frutos
Cascas das
Sementes
Semente
Semente
H M HM
H M HM Controle
Controle H M HM
H M HM
H M HM
H M HM
% Mortalidade
% Mortalidade
H = Ext. hexânico; M = Ext. metanólico; HM = Ext. hidrometanólico
b
b
ab
b
a
ab ab
ab
ab ab
GRÁFICO 3.2 – Resultado do ensaio realizado com os extratos de T. elegans
na concentração de 10,0 mg/mL
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05).
27
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Cascas dos frutos
Cascas dos frutos
Cascas das
Sementes
Semente
Semente
H M HM
H M HM Controle
Controle H M HM
H M HM
H M HM
H M HM
% Mortalidade
% Mortalidade
H = Ext. hexânico; M = Ext. metanólico; HM = Ext. hidrometanólico
c
64,0a
c
abc
c
c
ab
abc
bc
bc
Cascas dos frutos
Cascas dos frutos
Cascas das
Sementes
Semente
Semente
H M HM
H M HM Controle
Controle H M HM
H M HM
H M HM
H M HM
% Mortalidade
% Mortalidade
H = Ext. hexânico; M = Ext. metanólico; HM = Ext. hidrometanólico
c
64,0a
c
abc
c
c
ab
abc
bc
bc
GRÁFICO 3.3 – Resultado do ensaio realizado com os extratos de T. claussenii
na concentração de 10,0 mg/mL
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05).
% Mortalidade
% Mortalidade
Inflorescências
H
H
M HM
M HM
Controle
Controle
H = Ext. hexânico; M = Ext. metanólico; HM = Ext. hidrometanólico
64,4a
c
b
b
% Mortalidade
% Mortalidade
Inflorescências
H
H
M HM
M HM
Controle
Controle
H = Ext. hexânico; M = Ext. metanólico; HM = Ext. hidrometanólico
64,4a
c
b
b
GRÁFICO 3.4 – Resultado do ensaio realizado com os extratos de T. catigua
na concentração de 10,0 mg/mL
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05).
28
RESULTADOS E DISCUSSÕES
29
Ao verificar os resultados dos ensaios de toxicidade realizados com
os extratos de T. elegans nas concentrações de 1,0 e 10,0 mg/mL (GRÁFICOS
3.1 e 3.2, ps. 26 e 27), notou-se que não houve grandes modificações na
mortalidade.
Entretanto, ao realizar os ensaios com os extratos de T. claussenii
(GRÁFICO 3.3, p. 28) e T. catigua (GRÁFICO 3.4, p. 28), observou-se que os
extratos metanólicos das sementes de T. claussenii (Tslm) e das inflorescências
de T. catigua (Tflcm) foram os extratos que apresentaram as mais altas
porcentagens de mortalidade. Desta forma, esses extratos foram selecionados
para estudos posteriores e bioensaios.
3.1.2.1 - Ensaios biológicos realizados com o extrato metanólico
das sementes de T. claussenii
A partir dos resultados obtidos do ensaio de toxicidade realizado
com o extrato metanólico das sementes de T. claussenii (64,0 % de
mortalidade), este foi fracionado através da partição líquido-líquido
(FLUXOGRAMA 4.2, p. 129). Foram obtidas quatro frações (TABELA 4.3,
p.129) Tslm1 (Hexano), Tslm2 (CH
2
Cl
2
), Tslm3 (AcOEt) e Tslm4
(MeOH/H
2
O).
As frações obtidas foram ensaiadas sobre S. frugiperda
(metodologia, p. 143) em triplicata, na concentração de 10,0 mg/mL com dose
média de 14,75 ȝg/mg de larva.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
30
TABELA 3.2 – Resultado do ensaio realizado com as frações: Tslm1, Tslm2,
Tslm3 e Tslm4 na concentração de 10,0 mg/mL em triplicata.
Frações Mortalidade (%)
Controle 6,66c
Tslm1 70,00a
Tslm2 24,81bc
Tslm3 26,67bc
Tslm4 43,33ab
Dose média: 14,75 ȝg/mg larva
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05).
Através do ensaio realizado com as frações Tslm1 a Tslm4,
observou-se que a fração Tslm1 foi a que apresentou a maior taxa de
mortalidade (70,0 %) sobre S. frugiperda. Desta forma, a amostra Tslm1 foi
fracionada (FLUXOGRAMA 4.3, p. 130) e as 6 frações obtidas foram ensaiadas
sobre S. frugiperda.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
31
TABELA 3.3 – Resultado do ensaio realizado com as frações: Tslm1-Fr1 a
Tslm1-Fr6 na concentração de 10,0 mg/mL em triplicata.
Frações Mortalidade (%)
Controle 10,00b
Tslm1-Fr1 31,00ab
Tslm1-Fr2 46,66ab
Tslm1-Fr3 70,00a
Tslm1-Fr4 66,66a
Tslm1-Fr5 36,67ab
Tslm1-Fr6 23,33b
Dose média: 13,43 ȝg/mg larva
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05).
A partir dos resultados observados neste ensaio, as amostras Tslm1-
Fr3 e Tslm1-Fr4 foram refracionadas. Do refracionamento da amostra Tsml1-
Fr4 (FLUXOGRAMA 4.4, p. 131) foram obtidas 5 frações, as quais foram
submetidas ao ensaio biológico.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
32
TABELA 3.4 – Resultado do ensaio realizado com as frações: Tslm1-Fr4(1) a
Tslm1-Fr4(5) na concentração de 10,0 mg/mL em triplicata
Frações Mortalidade (%)
Controle 6,66c
Tslm1-Fr4(1) 26,67bc
Tslm1-Fr4(2) 13,33bc
Tslm1-Fr4(3) 43,33ab
Tslm1-Fr4(4) 73,33a
Tslm1-Fr4(5) 30,00bc
Dose média: 12,49 ȝg/mg larva
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05)
Os resultados descritos na TABELA 3.4 mostraram que a fração
Tslm1-Fr4(4) apresentou maior porcentagem de mortalidade sobre S.
frugiperda. Através da análise do espectro de RMN de
1
H da amostra Tslm1-
Fr4(4) observou-se sinais característicos dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e
alquenóicos sugerindo então, que estes compostos poderiam estar associados à
atividade inseticida encontrada para esta amostra.
A fração Tslm1-Fr4(4) foi então refracionada (FLUXOGRAMA
4.4, p. 131), e as frações obtidas foram submetidas ao ensaio biológico.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
TABELA 3.5 – Resultado do ensaio realizado com as frações: Tslm1-Fr4(4)-1 a
Tslm1-Fr4(4)-6 na concentração de 10,0 mg/mL em triplicata.
Frações Mortalidade (%)
Controle 10,00b
Tslm1-Fr4(4)-1 42,96ab
Tslm1-Fr4(4)-2 70,00a
Tslm1-Fr4(4)-3 47,77ab
Tslm1-Fr4(4)-4 34,44ab
Tslm1-Fr4(4)-5 16,67b
Tslm1-Fr4(4)-6 36,67ab
Dose média: 11,02 ȝg/mg larva
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05)
Através dos resultados obtidos neste ensaio (TABELA 3.5, p. 33), a
fração Tslm1-Fr4(4)-2 foi analisada através do espectro de RMN
1
H, onde foram
observados sinais característicos dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos.
Para identificação do tamanho das cadeias metilênicas dos ácidos Ȧ-fenil
alcanóicos e alquenóicos, uma pequena alíquota da amostra foi esterificada
(procedimento: p.142), e posteriormente analisada via CG-EM.
Pela análise via CG-EM (procedimento, item 4.2, p. 123) foram
identificados os tamanhos das cadeias metilênicas desses ácidos (TABELA 3.9,
p. 50), que variaram entre 10 a 15 carbonos.
n
OH
O
n = 6 a 11
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos
33
RESULTADOS E DISCUSSÕES
34
A análise desta amostra via CG-EM também possibilitou a
identificação de constituintes minoritários presentes nesta fração (TABELA 3.9,
p. 50).
Através das porcentagens das áreas dos picos obtidas pela análise
via CG-EM desta amostra observou-se, 75,50 % dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e
alquenóicos e 14,50 % de ácidos graxos.
A partir dos resultados obtidos, pode-se constatar que a atividade
tóxica encontrada no extrato metanólico das sementes de T. claussenii seria
devido principalmente à presença dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos
neste extrato.
Como citado anteriormente, a fração Tslm3-Fr3 (Mortalidade 70,0
%, TABELA 3.3, p.31) foi refracionada (FLUXOGRAMA 4.3, p. 130) e foram
obtidas 7 frações. Todas as frações foram analisadas através do experimento de
RMN
1
H, e na amostra Tslm3-Fr3(2) foram observados sinais característicos dos
ácidos Ȧ-fenil alcanóicos. Esta amostra foi então submetida ao ensaio biológico
sobre S. frugiperda, apresentando 58,89 % de mortalidade.
TABELA 3.6 – Resultado do ensaio realizado com a fração Tslm1-Fr3(2) na
concentração de 10,0 mg/mL em triplicata.
Frações Mortalidade (%)
Controle 10,00b
Tslm1-Fr3(2) 58,89a
Dose média: 11,54 ȝg/mg larva
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05)
Para identificação dos ácidos foi adotado o mesmo procedimento
citado anteriormente.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Através da análise via CG-EM foram identificados os ácidos Ȧ-
fenil alcanóicos, com cadeias metilênicas variando entre 12 a 15 carbonos e
ácidos hexadecanóico e octadecanóico (TABELA 3.10, p. 60).
n
OH
O
n = 8 a 11
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
Através das porcentagens das áreas dos picos obtidas pela análise
via CG-EM desta amostra observou-se: 85,44 % dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e
14,56 % de ácidos graxos (C-16 e C-18).
A partir dos ensaios biológicos juntamente com o estudo
fitoquímico realizado com o extrato metanólico das sementes de T. claussenii,
pode-se constatar que as substâncias que apresentavam toxicidade sobre S.
frugiperda eram o conjunto dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos.
Matos (2006) avaliou a atividade biológica dos extratos hexânico,
metanólico e hidrometanólico dos frutos de T. claussenii sobre S. frugiperda,
através da incorporação dos extratos à dieta artificial na concentração de 1000,0
mg/kg. O extrato metanólico dos frutos de T. claussenii foi o mais eficiente
causando 90,0 % de mortalidade, sendo observado que as larvas alimentadas
com dieta artificial tratada com este extrato morreram antes de empuparem.
Desta forma, os ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos identificados nos frutos
de T. claussenii (PUPO et al., 1996), podem também estar relacionados à
atividade encontrado no extrato metanólico dos frutos de T. claussenii.
35
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Há na literatura o relato da atividade inseticida dos ácidos 7-fenil
eptanóico e 7-fenilept-4-enóico sobre Manduca sexta (Lepdoptera: Sphingidae),
Heliothis virescens (Lepdoptera: Noctuidae) e Helicoverpa zea (Lepdoptera:
Noctuidae) (VANDERHERCHEN et al., 2005). Ensaios por injeção abdominal
foram realizados com os ácidos 7-fenileptanóico e 7-fenilept-4-enóico na dose
de 50 ȝg/inseto em lagartas de 4° instar de M. sexta, H. zea e H. virescens. Para
ambos ácidos e insetos foram observadas mortalidades na faixa de 55,0 a 70,0
%.
n
OH
O
n = 3
Ácido 7-fenileptanóico
O estudo da atividade inseticida dos ácidos 7-fenileptanóico e 7-
fenilept-4-enóico foi realizado devido a essas substâncias serem análogos não
peptídicos do TMOF (Trypsin Modulating Oostatic Factor).
O TMOF (decapeptídeo) é um hormônio originalmente isolado dos
ovários do inseto Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) que regula a biossíntese do
sistema digestivo nos mosquitos. Foi verificado através de ensaios, que larvas de
mosquitos alimentados com este hormônio apresentavam inibição do
crescimento e desenvolvimento. Estudos do TMOF mostram que este
decapeptídeo inibe a biossíntese da tripsina prejudicando a síntese de proteínas
necessárias para o desenvolvimento e reprodução apresentando altos índices de
mortalidade, para mosquitos alimentados com este hormônio
(VANDERHERCHEN et al., 2005).
36
RESULTADOS E DISCUSSÕES
FIGURA 3.1: Estrutura do TMOF, indicação da região do peptídeo em que
foram baseados os ácidos não peptídicos.
A atividade do TMOF também foi observada em Diaprepes
abbreviatus (Coleoptera: Curculionidae) besouro do citrus e Heliothis virescens
(Lepdoptera: Noctuidae) lagarta do tabaco.
VANDERHERCHEN et al. (2005) verificaram através de ensaios
com TMOF e análogos não peptídicos do TMOF em M. sexta, que os análogos
não peptídicos do TMOF apresentam um modo de ação ainda desconhecido,
diferente do modo de ação do TMOF em mosquitos. Desta forma, o modo de
ação dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos em S. frugiperda ainda é
desconhecido.
3.1.2.2 - Ensaios biológicos realizados com ácidos graxos
Devido à presença minoritária do ácido hexadecanóico em ambas as
amostras, o ensaio de toxicidade foi realizado com este ácido. Visto que não
havia nenhum relato na literatura de ensaios de toxicidade de ácidos graxos com
cadeias metilênicas entre 5 a 16 carbonos sobre S. frugiperda, ensaios com estes
ácidos comerciais foram realizados.
37
RESULTADOS E DISCUSSÕES
TABELA 3.7 – Identificação dos códigos dos ácidos graxos
Ácidos graxos Código
Ácido pentanóico
A
Ácido hexanóico
B
Ácido heptanóico
C
Ácido octanóico
D
Ácido nonanóico
E
Ácido decanóico
F
Ácido dodecanóico
G
Ácido hexadecanóico
H
Os ensaios de toxicidade com ácidos graxos sobre S. frugiperda
foram realizados conforme metodologia descrita no item 4.7 p.143, nas
concentrações de 1,0 e 10,0 mg/mL em triplicata.
0
5
10
15
20
25
Contr. A B C D E F G H
Ácidos graxos
% Mortalidade
a
a
a
a
a
a
a
aa
0
5
10
15
20
25
Contr. A B C D E F G H
Ácidos graxos
% Mortalidade
a
a
a
a
a
a
a
aa
Dose média: 1,42 ȝg/mg larva
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05)
GRÁFICO 3.5 - Resultado do ensaio realizado com os ácidos graxos (C5-C16)
na concentração de 1,0 mg/mL em triplicata
38
RESULTADOS E DISCUSSÕES
0
20
40
60
80
100
120
Contr. A B C D E F G H
Ácidos graxos
% Mortalidade
ab
a
abc
cd
bcd
bcd
a
a
d
Dose média: 13,78 ȝg/mg larva
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05)
GRÁFICO 3.6 - Resultado do ensaio realizado com os ácidos graxos (C5-C16)
na concentração de 10,0 mg/mL em triplicata
Através dos resultados obtidos, verificou-se que o ácido
hexadecanóico (H) não apresentou alta porcentagem de mortalidade nas
concentrações 1,0 e 10,0 mg/mL, demonstrando que este ácido apresenta baixa
toxicidade se comparado ao conjunto dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alcenóicos,
entretanto não podemos descartar a ocorrência de sinergismo entre a mistura
desses compostos.
Observou-se também que os ácidos hexanóico, nonanóico e
decanóico na concentração de 10,0 mg/mL apresentaram as mais altas
porcentagens de mortalidade de 90,0, 96,67 e 96,67 %, respectivamente.
Entretanto, na concentração de 1,0 mg/mL, não foram observados resultados
significativos para nenhum dos ácidos.
Relatos da atividade tóxica dos ácidos graxos em outros tipos de
insetos foram encontrados. PENÃFLOR et al. (2004) realizaram ensaios de
toxicidade por aplicação tópica com ácidos graxos sintéticos com cadeias
metilênicas entre 5 a 9 carbonos na dose de 0,1 mg/inseto em Atta sexdens
39
RESULTADOS E DISCUSSÕES
40
rubropilosa (formiga cortadeira). Os ácidos graxos que apresentaram atividade
tóxica para formiga cortadeira foram os ácidos hexanóico e heptanóico, que
diminuíram a longevidade mediana de 12 dias (controle) para 10 e 9 dias,
respetivamente.
MANSSON et al. (2006) verificaram a atividade anti-alimentar dos
ácidos graxos (C6 a C13) em Hylobius abietis (L.) (Coleóptera: Curculionidae)
besouro do pinho. Testes de escolha mostraram que os ácidos graxos com
cadeias metilênicas entre C-6 a C-11 foram ativos. Entretanto, o ácido
nonanóico em 4,0 ȝmol/cm
2
foi o mais ativo dentre os ácidos utilizados nos
testes.
3.1.2.3 - Ensaios biológicos realizados com o extrato metanólico
das inflorescências T. catigua
A partir dos resultados obtidos do ensaio de toxicidade realizado
com o extrato metanólico das inflorescências de T. catigua (64,4 % de
mortalidade, GRÁFICO 3.4 p. 28), este foi fracionado através da partição
líquido-líquido (FLUXOGRAMA 4.2, p. 129). Foram obtidas quatro frações
(TABELA 4.4, p. 134): Tflcm1 (Hexano), Tflcm2 (CH
2
Cl
2
), Tflcm3 (AcOEt) e
Tflcm4 (MeOH/H
2
O).
As frações obtidas foram ensaiadas sobre S. frugiperda
(metodologia, p. 143) em triplicata, na concentração de 10,0 mg/mL com dose
média de 17,01 ȝg/mg de larva.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
41
TABELA 3.8 – Resultado do ensaio realizado com as frações Tflcm1 a Tflcm4,
na concentração de 10,0 mg/mL em triplicata .
Frações Mortalidade (%)
Controle 6,66b
Tflcm1 50,0a
Tflcm2 50,0a
Tflcm3 20,83ab
Tflcm4 13,33ab
Dose média: 17,01 ȝg/mg larva
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P < 0,05).
A partir dos resultados observados, as frações Tflcm1 (50,0 %
mortalidade) e Tflcm2 (50,0 % mortalidade) foram selecionadas para o
prosseguimento dos estudos.
Do refracionamento de Tflcm2 (FLUXOGRAMA 4.7, p. 136) foi
isolado o flavonóide ent-catequina (XXIV), que devido à pequena quantidade de
massa isolada, não pode ser ensaiada sobre S. frugiperda. Entretanto, foi
observado na literatura o relato da atividade do flavonóide ent-catequina sobre S.
frugiperda. Leite (2005) verificou através de ensaios de ingestão, que a
substância ent-catequina nas concentrações de 1, 10 e 50 mg/kg apresentava
mortalidade larval de 50,00, 53,33 e 66,67 %, respectivamente.
Os dados observados mostram que provavelmente o flavonóide ent-
catequina possa estar associado à atividade encontrada no extrato metanólico das
inflorescências de T. catigua (Tflcm).
O estudo da fração Tflcm1 (FLUXOGRAMA 4.6, p. 135) foi
realizado, porém nenhuma substância foi identificada. Esforços foram realizados
para isolamento de substâncias que poderiam estar relacionadas à atividade
observada, entretanto a grande quantidade de pigmentos nas amostras e as
quantidades de massa dificultaram o trabalho.
SUBSTÂNCIAS ISOLADAS E IDENTIFICADAS
3.2 – Substâncias isoladas e identificadas
n
OH
O
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alcenóicos
Procedência: Sementes de T. claussenii
Isolamento: ps. 130 e 131
Identificação: p. 47
Atividade Biológica: p. 29
I n = 6
II n = 7
III n = 8
IV n = 9
V n = 10 insaturação
VI n = 10
VII n = 11 insaturação
VIII n = 11
n
O
O
OH
Ȗ-lactonas
Procedência: Sementes de T. claussenii
Isolamento: ps. 130 e 131
Identificação: p. 61
IX n = 5
X n = 7
XI n = 9
XII n = 11
42
n
O
O
OH
O
O
n
XIII n = 7
XIV n = 9
XV n = 9
XVI n = 11
12
O
O
OH
XVII
O
O
OH
7
5
O
O
OH
7
5
XVIII
XIX
SUBSTÂNCIAS ISOLADAS E IDENTIFICADAS
N
COO
-
HO
H
CH
3
+
N
COO
-
H
CH
3
+
XX
XXI
4-hidroxi-N-metilprolina
Procedência: Sementes de T.
claussenii
Isolamento: p. 133
Identificação: p. 74
N-metilprolina
Procedência: Sementes de T.
claussenii
Isolamento: p. 133
Identificação: p. 74
N
N
O
OH
OH
HO
O
O
H
XXII
Uridina
Procedência: Sementes de T.
claussenii
Isolamento: p. 133
Identificação: p. 79
Uracila
Procedência: Sementes de T.
claussenii
Isolamento: p. 133
Identificação: p. 79
XXIII
N
N
O
O
H
H
43
SUBSTÂNCIAS ISOLADAS E IDENTIFICADAS
44
HO
OH
COOH
O
O
HO
HO
1'
2'
5
3
1
7
5'
OH
XXIV
OHO
OH
OH
OH
OH
Ácido 5-O-cafeoilquínico
Procedência: Casca das sementes
de T. elegans
Isolamento: p. 139
Identificação: p. 89
XXV
ent-catequina
Procedência: Inflorescência de T.
catigua
Isolamento: p. 136
Identificação: 84
Atividade Biológica: p. 41
XXVI
O
O
O
AcO
O
O
O
O
11ȕ-acetoxiobacunona
Procedência: Sementes de T.
elegans
Isolamento: p. 140
Identificação: p. 95
XXVII
O
O
O
O
O
O
AcO
AcO
CO
2
Me
1,2 –diidro-1Į-acetoxi-11ȕ-
acetoxi-14,15-epoxicneorina R
Procedência: Sementes de T.
elegans
Isolamento: p. 140
Identificação: p. 104
SUBSTÂNCIAS ISOLADAS E IDENTIFICADAS
45
O
HH
H
O
OH
HO
HO
OH
3-ȕ-O-ȕ-glucopiranosil sitosterol
Procedência: Sementes de T. claussenii
Isolamento: p. 133
Identificação: 114
XVIII
HO
HH
H
ȕ-sitosterol (mistura)
Procedência: Sementes de T. elegans
Isolamento: p. 141
Identificação: p.119
XIX
HO
HH
H
XXX
campesterol (mistura)
Procedência: Sementes de T. elegans
Isolamento: p. 141
Identificação: p. 119
HO
HH
H
XXXI
estigmasterol (mistura)
Procedência: Sementes de T. elegans
Isolamento: p. 141
Identificação: p. 119
SUBSTÂNCIAS ISOLADAS E IDENTIFICADAS
46
sitostenona (mistura)
Procedência: Sementes de T. elegans
Isolamento: p. 141
Identifica
ç
ão:
p
. 119
XXXII
O
HH
H
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3 – IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.1 - Identificação dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos (I-
VIII)
n
OH
O
n = 6 a 11
A mistura dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos (I-VIII) foi
isolada do extrato metanólico das sementes de T. claussenii. As substâncias I a
VIII, já foram isoladas anteriormente das folhas e frutos de T. claussenii (PUPO
et al., 1996).
Os ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos (I-VIII) foram
identificados através do espectro de RMN
1
H e principalmente pela análise via
CG-EM. Os dados obtidos foram concordantes com a literatura (PUPO et al.,
1996).
A partir dos resultados obtidos dos ensaios biológicos, a amostra
Tslm1-Fr4(4)-2 foi analisada. No espectro de RMN de
1
H desta amostra
(FIGURA 3.2, p. 48) foram observados sinais característicos de hidrogênios
aromáticos em į 7,15-7,28 (m, 5H), dois tripletos em į 2,59 (J = 7,6 Hz, 2H) e į
2,34 (J = 7,4 Hz, 2H), referente aos hidrogênios benzílicos e Į-carbonílicos,
respectivamente. Foram observados também sinais entre į 1,20-2,00
característicos da cadeia metilênica, e um sinal minoritário em į 5,34 (t, J = 4,4
Hz) referente à hidrogênios olefínicos. A partir da análise realizada do espectro
de RMN de
1
H, observou-se que havia nesta fração a mistura dos ácidos Ȧ-fenil
alcanóicos e alquenóicos.
47
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5
32.535.203.15 2.832.00 1.540.27
7.287
7.266
7.256
7.249
7.182
7.164
7.147
5.354
5.341
5.330
2.614
2.595
2.575
2.359
2.341
2.322
1.640
1.625
1.607
1.589
1.568
1.299
1.254
0.896
0.879
0.862
FIGURA 3.2: Espectro de RMN
1
H da fração Tslm1-Fr4(4)-2 (400 MHz,
CDCl
3
)
Para identificação do tamanho das cadeias metilênicas dos ácidos
Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos, uma pequena alíquota da amostra foi
esterificada (procedimento, p. 142), e posteriormente foi realizada a análise dos
ésteres metílicos via CG-EM (condições, p. 123). A análise da fração Tslm1-
Fr4(4)-2 via CG-EM possibilitou a identificação dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e
alquenóicos e ácidos graxos presentes na amostra (FIGURA 3.3, p. 49).
Os ésteres referentes aos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos
analisados via CG-EM, foram nomeados como substâncias I’ a VIII’.
OMe
O
n
n = 6 a 11
I’ a VIII’
48
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
Nos espectros de massas das substâncias I’ a VIII’ (FIGURAS 3.8
a 3.11), observou-se a perda de fragmento com m/z de 32, referente à perda de
MeOH. Para as substâncias com cadeia metilênica saturada (I’ a IV’, VI’ e
VIII’), observou-se através dos respectivos espectros de massas, o pico base em
m/z 91, referente ao íon tropílio. Já para os espectros de massas das substâncias
V’ e VII’, com insaturação na cadeia lateral, o pico base foi de m/z 104.
m/z 91 m/z 104
Os ácidos graxos foram identificados comparando-se os espectros
de massas obtidos aos espectros de massas existentes na biblioteca de dados do
CG-EM.
12
3
4
5
6
7
9 8
10
11
12
13
14
15
16
17
1819
20
21
22
24
23
26
25
29
31
32
34
39
35
FIGURA 3.3: Cromatograma da fração Tslm1-Fr4(4)-2 (Condições, p. 123)
49
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
50
FIGURA 3.4: Ampliação do cromatograma da fração Tslm1-Fr4(4)-2
TABELA 3.9: Compostos identificados na fração Tslm1-Fr4(4)-2, obtidos via
CG-EM
Pico [M]
+.
Nome t
r
(min.)
2
200 Decanoato-10-oxo de metila 12,230
3
202 Octanodioato de metila 12,361
5
216 Nonanodioato de metila 13,713
6
200 Ácido p-toluenosulfônico-etil-éster 13,928
8
213 N-etil-N,4-dimetil-benzenosulfonamida 15,864
9
242 Tetradecanoato de metila 15,948
11
256 Pentadecanoato de metila 17,107
12
268 Hexadecenoato de metila 17,949
13
270 Hexadecanoato de metila 18,217
14
282 Heptadecenoato de metila 19,017
15
262 Ȧ-fenil decanoato de metila 19,242
16
296 Octadecenoato de metila 20,029
17
276 Ȧ-fenil undecanoato de metila 20,295
20
290 Ȧ-fenil dodecanoato de metila 21,348
21
304 Ȧ-fenil tridecanoato de metila 22,317
23
316 Ȧ-fenil tetradecenoato de metila 22,953
25
318 Ȧ-fenil tetradecanoato de metila 23,222
26
330 Ȧ-fenil pentadecenoato de metila 23,848
27
354 Docosanoato de metila 23,913
29
332 Ȧ-fenil pentadecanoato de metila 24,131
30
382 Tetracosanoato de metila 25,755
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.5: Espectros de massas referente aos picos 2, 3 e 5 obtidos via CG-
EM.
Substância: Decanoato-10-oxo de metila
Substância: Octanodioato de metila
Substância: Nonanodioato de metila
51
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.6: Espectros de massas referente aos picos 6, 8 e 9 obtidos via CG-
EM.
Substância: Ácido p-toluenosulfônico-etil-éster
Substância: N-etil-N,4-dimetil-benzenosulfonamida
Substância: Tetradecanoato de metila
52
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.7: Espectros de massas referente aos picos 11, 12 e 13 obtidos via
CG-EM.
Substância: Pentadecanoato de metila
Substância: Hexadecenoato de metila
Substância: Hexadecanoato de metila
53
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.8: Espectros de massas referente aos picos 14, 15 e 16 obtidos via
CG-EM.
Substância: Heptadecenoato de metila
Substância: Ȧ-fenil decanoato de metila
Substância: Octadecenoato de metila
54
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.9: Espectros de massas referente aos picos 17, 20 e 21 obtidos via
CG-EM.
Substância: Ȧ-fenil undecanoato de metila
Substância: Ȧ-fenil dodecanoato de metila
Substância: Ȧ-fenil tridecanoato de metila
55
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.10: Espectros de massas referente aos picos 23, 25 e 26 obtidos via
CG-EM.
Substância: Ȧ-fenil tetradecenoato de metila
Substância: Ȧ-fenil tetradecanoato de metila
Substância: Ȧ-fenil pentadecenoato de metila
56
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.11: Espectros de massas referente aos picos 27, 29 e 30 obtidos via
CG-EM.
Substância: Docosanoato de metila
Substância: Ȧ-fenil pentadecanoato de metila
Substância: Tetracosanoato de metila
57
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
58
Através das identificações dos ésteres referentes aos ácidos Ȧ-fenil
alcanóicos e alquenóicos via CG-EM, pode-se confirmar a presença das
substâncias I a VIII na fração Tslm1-Fr4(4)-2.
Não foi possível realizar a identificação de alguns picos
minoritários presentes no cromatograma, visto que somente os dados de seus
respectivos espectros de massas eram insuficientes para a caracterização de
outras substâncias. Isso porque estes picos representavam substâncias
minoritárias na amostra e também analisando o espectro de RMN de
1
H não foi
possível obter maiores informações sobre estas substâncias, não permitindo
assim as suas caracterizações.
O ácido p-toluenossulfônico-etil-éster e N-etil-N,4-dimetil-
benzenossulfonamida identificados são derivados do Diazald e provavelmente
foram obtidos através da reação de esterificação dos ácidos desta fração.
Através dos resultados obtidos dos ensaios biológicos, a amostra
Tslm1-Fr3(2) também foi analisada. No espectro de RMN de
1
H desta fração
foram observados sinais característicos dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos. Assim, o
mesmo procedimento foi adotado para caracterização dos ácidos e através da
análise realizada (CG-EM: condições, p.123), as substâncias III, IV, VI e VIII e
também os ácidos hexadecanóico e octadecanóico foram identificados nesta
amostra.
Com relação à biogênese dos ácidos, Pupo et al. (1996) propõem
que os ácidos Ȧ-fenil alcanóicos seriam biossintetizados através da condensação
das unidades C
6
-C
3
com cadeias policetídicas de vários tamanhos. Vieira et al.
(1983) propõem que os ácidos Ȧ-fenil alcanóicos seriam intermediários
biogenéticos das Ȗ-lactonas.
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0
33.256.643.193.15 2.87 1.40
7.287
7.266
7.256
7.250
7.183
7.165
2.615
2.596
2.576
2.361
2.342
2.324
1.663
1.644
1.626
1.608
1.589
1.569
1.256
0.897
0.881
0.863
FIGURA 3.12: Espectro de RMN
1
H da fração Tslm1-Fr3(2) (400 MHz,
CDCl
3
)
FIGURA 3.13: Cromatograma da fração Tslm1-Fr3(2) (Condições, p.123)
59
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
60
TABELA 3.10: Compostos identificados na fração Tslm1-Fr3(2), obtidos via
CG-EM
Pico
[M]
+
.
Nome t
r
(min.)
1
270
Hexadecanoato de metila
18,234
2
298
Octadecanoato de metila
20,288
3
290
Ȧ-fenil dodecanoato de metila
21,327
4
304
Ȧ-fenil tridecanoato de metila
22,331
5
318
Ȧ-fenil tetradecanoato de metila
23,215
6
332
Ȧ-fenil pentadecanoato de metila
24,114
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.2 - Identificação das Ȗ-lactonas
n
O
O
OH
n
O
O
OH
n = 5, 7, 9 e 11
IX a XII
n = 7 e 9
XIII e XIV
12
O
O
OH
n
O
O
n = 9 e 11
XV e XVI
XVII
O
O
OH
7
5
O
O
OH
7
5
XIX
XVIII
O conjunto de Ȗ-lactonas (IX a XIX) foi identificado no extrato
metanólico das sementes de T. claussenii. As substâncias XI, XII e XV-XVIII,
já foram isoladas anteriormente dos frutos de T. claussenii (PUPO et al., 1998).
61
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
62
As Ȗ-lactonas (IX a XIX) foram identificadas através do espectro
de RMN de
1
H,
13
C e principalmente pela análise via CG-EM. Dados da
literatura foram utilizados para análise do conjunto das Ȗ-lactonas (PUPO et al.,
1998, PIZZOLATTI et al., 2004).
No espectro de RMN de
1
H da fração Tslm1-Fr4(4)-3 (FIGURA
3.19, p. 69) foram observados sinais característicos da unidade Ȗ-lactônica em į
4,45 (dq, J = 6,4 e 3,2 Hz) e į 4,31 (dd, J = 5,2 e 3,0 Hz) referente à hidrogênios
carbinólicos, e um sinal de metila em į 1,44 (d, J = 6,4 Hz). Foram observados
também sinais de hidrogênios aromáticos em į 7,16-7,29 (m, 5H), multipleto em
į 2,59 e um dubleto em į 2,34 (J = 8,60 Hz), característicos de hidrogênios
benzílicos e Į carbonílicos, respectivamente.
No espectro de RMN de
13
C da fração Tslm1-Fr4(4)-3 (FIGURA
3.20, p. 69), foram observados sinais de carbonos aromáticos (į 128,4, į 128,2 e
142,9), carbinólicos (į 78,7 e į 71,2), Į-carbonílicos (į 47,6 e į 33,7) e de
carbono carboxílico (į 177,5). Além de vários sinais em į 23,0-29,6 referente
aos carbonos metilênicos.
Devido à presença de sinais no espectro de RMN de
1
H e
13
C que
poderiam caracterizar tanto o conjunto de Ȗ-lactonas quanto os ácidos Ȧ-fenil
alcanóicos e alquenóicos, uma pequena alíquota da amostra foi esterificada
(procedimento, p. 142), e posteriormente analisada via CG-EM (condições: p.
123).
Na análise realizada via CG-EM da amostra Tslm1-Fr4(4)-3, pode-
se observar a presença das Ȗ-lactonas, ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alcenóicos e
ácidos graxos. Pupo et al. (1998) propõem que os ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
seriam intermediários biogenéticos das Ȗ-lactonas, através da condensação das
unidades C
6
-C
3
com cadeias policetídicas de vários tamanhos e a condensação
com o ácido pirúvico, seguido da ciclização do anel lactônico. Deste modo, a
identificação dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos e ácidos graxos
juntamente com as Ȗ-lactonas reforçam a biossíntese proposta.
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.14: Cromatograma da fração Tslm1-Fr4(4)-3 (Condições, p.124)
TABELA 3.11: Compostos identificados na fração Tslm1-Fr4(4)-3, obtidos via
CG-EM
Pico [M]
+.
Nome t
r
(min.)
2
200 Decanoato-10-oxo de metila 12,243
5
216 Nonanodioato de metila 13,722
6
200
Ácido p-toluenosulfônico-etil-éster
13,925
8
213
N-etil-N,4-dimetil-benzenosulfonamida
15,872
9
248 9-fenilnonanoato de metila 18,144
10
270 Hexadecanoato de metila 18,216
11
262 Ȧ-fenil decanoato de metila 19,245
13
274 Ȧ-fenil undecanoato de metila 20,299
15
290 Ȧ-fenil dodecanoato de metila 21,316
17
304 Ȧ-fenil tridecanoato de metila 22,275
18
316 Ȧ-fenil tetradecenoato de metila 22,953
19
318 Ȧ-fenil tetradecanoato de metila 23,197
21
330 Ȧ-fenil pentadecenoato de metila 23,842
22
332 Ȧ-fenil pentadecanoato de metila 24,123
63
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
Pico [M]
+.
Nome t
r
(min.)
23
290 Ȗ-lactona (IX) 24,317
25
318 Ȗ-lactona (XIII) 25,581
26
328 Ȗ-lactona (XV) 26,230
27
318 Ȗ-lactona (X) 26,566
30
346 Ȗ-lactona (XIV) 28,152
31
356 Ȗ-lactona (XVI) 29,049
32
346 Ȗ-lactona (XI) 29,570
33
374 Ȗ-lactona (XII) 33,825
Os espectros de massas das substâncias (IX-XVI) (FIGURAS 3.16
a 3.18, ps. 66 a 68) confirmaram a presença da unidade lactônica através dos
fragmentos com m/z 129, 116, 111 e 99, e para o anel aromático o fragmento m/z
91 referente ao íon tropílio.
O
O
OH
n
O
O
OH
H
H
O
O
H
H
O
HO
O
HO
OH
+
m/z 129
m/z 111 m/z 99
m/z 116
m/z 91
.
+
.
+
O
O
OH
n
O
O
OH
H
H
O
O
H
H
O
HO
O
HO
OH
+
m/z 129
m/z 111 m/z 99
m/z 116
m/z 91
.
+
.
+
.
+
.
+
FIGURA 3.15: Principais fragmentos observados nos espectros de massas das
Ȗ-lactonas
64
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
65
n
O
O
OH
IX n = 5 [M]
+
= 290
X n = 7 [M]
+
= 318
XI n = 9 [M]
+
= 346
XII n = 11
[M]
+
= 374
As substâncias IX-XII foram identificadas através dos seus
respectivos picos dos íons moleculares, que possibilitaram a determinação de
suas cadeias metilênicas. A configuração relativa dos substituintes nas Ȗ-
lactonas (IX-XII) foi definida através de comparações dos dados dos espectros
de RMN de
1
H e
13
C e também pela intensidade dos fragmentos observados em
seus respectivos espectros de massas em relação à literatura (PUPO et al., 1998).
n
O
O
OH
As Ȗ-lactonas possuem três centros estereogênicos na unidade
lactônica possuindo então, oito isômeros possíveis. Desta forma foi observado
através da análise do cromatograma dois picos (t
r
= 25,585 min. (pico 25) e
28,152 min. (pico 30), FIGURAS 3.16 e 3.17, p. 66 e 67) com [M]
+
de 318 e
346 referentes às substâncias XIII e XIV, respectivamente. Os espectros de
massas dos compostos XIII e XIV apresentaram fragmentos típicos das Ȗ-
lactonas e os picos dos íons moleculares idênticos às substâncias X (pico 27) e
XI (pico 32) apresentando-se, portanto como diastereoisômeros das Ȗ-lactonas X
e XI. Já as substâncias XV ([M]
+
328) e XVI ([M]
+
356) apresentam-se como
derivados da Ȗ-lactonas através da perda de água.
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
No espectro de massas da substância XVI (t
r
= 29.049, p. 68) além
do pico [M]
+
356 referente à XVI, notou-se também a presença de outro pico
com m/z 346, que possivelmente devido a presença dos fragmentos
característicos das Ȗ-lactonas, poderia caracterizar para este pico à mistura da
substância XVI com um diastereoisômero da substância XIII.
Os ácidos graxos e as demais substâncias foram identificados
comparando-se os espectros de massas obtidos aos espectros de massas
existentes na biblioteca de dados do CG-EM.
FIGURA 3.16: Espectros de massas referente aos picos 23 e 25 obtidos via CG-
EM.
Substância: Ȗ-lactona IX
Substância: Ȗ-lactona XIII
66
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.17: Espectros de massas referente aos picos 26, 27 e 30 obtidos via
CG-EM.
Substância: Ȗ-lactona XV
Substância: Ȗ-lactona X
Substância: Ȗ-lactona XIV
67
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.18: Espectros de massas referente aos picos 31, 32 e 33 obtidos via
CG-EM.
Substância: Ȗ-lactona XVI
Substância: Ȗ-lactona XI
Substância: Ȗ-lactona XII
68
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5
16.645.24 3.682.83 1.27 1.04 0.960.64
7.290
7.270
7.262
7.253
7.185
7.167
4.461
4.453
4.444
4.437
4.428
4.420
4.320
4.308
4.300
2.616
2.597
2.577
2.361
2.342
2.323
1.824
1.642
1.626
1.609
1.588
1.443
1.427
1.301
1.254
0.880
0.863
FIGURA 3.19: Espectro de RMN de
1
H da fração Tslm1-Fr4(4)-3 (100 MHz,
CDCl
3
)
150 100 50
177.504
142.943
128.390
128.207
125.534
78.735
77.336
77.021
76.699
71.279
47.616
36.001
33.752
31.526
29.709
29.563
29.468
29.072
27.637
24.722
23.338
14.124
13.729
FIGURA 3.20: Espectro de RMN de
13
C da fração Tslm1-Fr4(4)-3 (100 MHz,
CDCl
3
)
69
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
Ao realizar a análise do espectro de RMN
1
H da fração Tslm1-
Fr4(3), também foram observados sinais referentes aos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos, ácidos graxos e as Ȗ-lactonas. Desta forma, o mesmo
procedimento foi adotado para identificação das respectivas substâncias.
Através da análise via CG-EM (condições, p.124) da amostra
Tslm1-Fr4(3), observou-se a presença das Ȗ-lactonas X-XII e XIV-XVI
detectadas na fração Tslm1-Fr4(4)-3, e também a presença das Ȗ-lactonas XVII
a XIX.
O espectro de massa da substância XVII apresentou os fragmentos
característicos da unidade Ȗ-lactônica, apresentando como pico base m/z 116,
entretanto, não foi observado o fragmento m/z 91 característico do anel
aromático, sugerindo que a Ȗ-lactona estaria ligada a uma cadeia metilênica
(FIGURA 3.22, p. 72).
Os espectros de massas de XVIII e XIX mostraram que ambos
possuíam íons moleculares idênticos ([M
+
] m/z de 338) e fragmentos típicos das
Ȗ-lactonas. A identificação da substância XVIII foi realizada através da
comparação dos dados do espectro de massas em relação à literatura (PUPO et
al., 1998). Deste modo, a Ȗ-lactona XIX apresenta-se como diastereoisômero de
XVIII.
12
O
O
OH
XVII
O
O
OH
7
5
O
O
OH
7
5
XVIII
XIX
70
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
71
TABELA 3.12: Compostos identificados na fração Tslm1-Fr4(3), obtidos via
CG-EM
Pico [M]
+.
Substância t
r
(min.)
1
200 Decanoato-10-oxo de metila 12,238
2
216 Nonanodioato de metila 13,713
3
200 Ácido p-toluenosulfônico-etil-éster 13,928
4
213
N-etil-N,4-dimetil-benzenosulfonamida
15,869
5
256 Pentadecanoato de metila 17,110
6
268 Hexadecenoato de metila 17,948
7
270 Hexadecanoato de metila 18,227
8
282 Heptadecenoato de metila 19,021
9
284 Heptadecanoato de metila 19,266
12
296 Octadecenoato de metila 20,041
13
296 Octadecenoato de metila 20,088
14
298 Octadecanoato de metila 20,275
17
290 Ȧ-fenil dodecanoato de metila 21,307
22
326 Eicosanoato de metila 22,161
23
304 Ȧ-fenil tridecanoato de metila 22,272
24
318 Ȧ-fenil tetradecanoato de metila 23,196
25
312 Ȗ-lactona (XVII) 23,464
28
332 Ȧ-fenil pentadecanoato de metila 24,088
30
338 Ȗ-lactona (XIX) 25,056
31
338 Ȗ-lactona (XVIII) 25,883
33
328 Ȗ-lactona (XV) 26,224
34
318 Ȗ-lactona (X) 26,511
35
346 Ȗ-lactona (XIV) 28,143
36
356 Ȗ-lactona (XVI) 29,032
37
346 Ȗ-lactona (XI) 29,503
38
374 Ȗ-lactona (XII) 33,794
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.21: Cromatograma da fração Tslm1-Fr4(3) (Condições, p.124).
FIGURA 3.22: Espectro de massa referente ao pico 25 obtido via CG-EM
Substância: Ȗ-lactona XVII
72
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.23: Espectros de massas referente aos picos 30 e 31 obtidos via CG-
EM
Substância: Ȗ-lactona XIX
Substância: Ȗ-lactona XVIII
Os demais picos presentes nos cromatogramas das frações Tslm1-
Fr4(3) e Tslm1-Fr4(4)-3 não puderam ser identificados, visto que somente os
dados de seus respectivos espectros de massas eram insuficientes para a
caracterização das mesmas. Isso porque estes picos representavam substâncias
minoritárias na amostra e através da análise do espectro de RMN de
1
H não foi
possível obter maiores informações sobre estas substâncias, impossibilitando
assim as suas caracterizações.
73
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.3 – Identificação dos aminoácidos N-metilprolina (XX) e 4-
hidroxi-N-metilprolina (XXI)
+
N
COO
-
Hb
Ha
Hb
Hb
Ha
Ha
H
CH
3
2
4
3
5
N
COO
-
Hb
Ha
H
Hb
Ha
HO
H
CH
3
+
5
3
4
2
XX XXI
Os aminoácidos XX e XXI foram isolados em mistura do extrato
metanólico das sementes de T. claussenii. As substâncias XX e XXI já foram
isoladas anteriormente das folhas de T. claussenii (PUPO, 1997b). As estruturas
foram determinadas com base em espectros de RMN de
1
H e
13
C e através dos
dados da literatura (PUPO, 1997b).
No espectro de RMN de
1
H (FIGURA 3.24, p. 77) observou-se a
presença de sinais referentes à hidrogênios de carbonos ligados a heteroátomos
em : į 3,90 (dd, J = 10,0 e 7,2 Hz, 1H); į 3,15-3,22 (m, 1H) e į 3,72-3,78 (m,
1H), referentes aos hidrogênios, H-2, H-5a e H-5b, respectivamente de XX. Da
mesma forma, o espectro de RMN
1
H apresenta em į 4,20 (dd, J = 11,0 e 7,0
Hz, 1H); į 3,15-3,22 (m, 1H) e į 3,97 (dd, J = 12,6 e 5,0 Hz, 1H) sinais
referentes aos hidrogênios, H-2, H-5a e H-5b, respectivamente de XXI. Foram
observados também dois singletos em į 2,94 e į 3,05 integrando três
hidrogênios, referente a duas metilas ligadas a heteroátomos. Através das
integrações dos sinais observados no espectro de RMN de
1
H, pode-se
caracterizar a presença da mistura dos aminoácidos XX e XXI. A análise dos
dados obtidos via RMN de
1
H e
13
C, juntamente com os dados da literatura,
confirmaram as substâncias N-metilprolina (XX) e 4-hidroxi-N-metilprolina
(XXI).
74
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
75
TABELA 3.13: Dados de RMN de
1
H de N-metilprolina (XX) e comparação
com a literatura
XX PUPO, 1997b
H (400 MHz, D
2
O) (400 MHz, D
2
O)
2 3,90 (dd, J = 10,0 e 7,2 Hz) 3,78 (dd, J = 9,6 e 7,2 Hz)
3a 2,41-2,54 (m) 2,36 (m)
3b 2,06-2,27 (m) 1,79-2,09 (m)
4a 2,06-2,27 (m) 1,79-2,09 (m)
4b 2,06-2,27 (m) 1,79-2,09 (m)
5a 3,15-3,22 (m) 3,04 (dt, J = 11,6, 8,4 e 8,4 Hz)
5b 3,72-3,78 (m) 3,62 (ddd, J = 12,0, 7,6 e 4,8 Hz)
CH
3
2,94 (s) 2,75 (s)
TABELA 3.14: Dados de RMN de
1
H de 4-hidroxi-N-metilprolina (XXI) e
comparação com a literatura
XXI PUPO, 1997b
H (400 MHz, D
2
O) (400 MHz, D
2
O)
2 4,20 (dd, J = 11,0 e 7,0 Hz) 4,07 (dd, J = 10,8 e 7,2 Hz)
3a 2,41-2,54 (m) 2,36 (ddt, J = 14,0, 7,2, 2,0 e 2,0 Hz)
3b 2,06-2,27 (m) 2,12 (ddd, J = 13,5, 10,5 e 4,8 Hz)
4 4,80 (m)* 4,50 (m)
5a 3,15-3,12 (m) 3,06 (dt, J = 13,2, 2,0 e 2,0 Hz)
5b 3,97 (dd, J = 12,6 e 5,0 Hz) 3,82 (dd, J = 13,2 e 4,8 Hz)
CH
3
3,05 (s) 2,92 (s)
* Encoberto pelo sinal da água.
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
76
TABELA 3.15: Dados de RMN de
13
C de N-metilprolina (XX) e comparação
com a literatura
XX PUPO, 1997b
C (400 MHz, D
2
O) (100 MHz, acetona-d
6
)
2 73,6 70,5
3 31,6 28,7
4 25,7 22,8
5
59,2 56,2
CH
3
43,6 40,6
COOH 173,4 173,7
TABELA 3.16: Dados de RMN de
13
C de 4-hidroxi-N-metilprolina (XXI) e
comparação com a literatura
XXI PUPO, 1997b
C (400 MHz, D
2
O) (100 MHz, acetona-d
6
)
2 73,0 70,0
3 41,0 38,2
4 72,3 69,5
5 65,6 62,6
CH
3
46,0 43,1
COOH 175,8 172,9
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0
4.113.072.74 2.171.921.531.341.00
4.88
4.85
4.83
4.80
4.79
4.73
4.22
4.20
4.20
4.18
3.99
3.98
3.95
3.94
3.92
3.90
3.90
3.88
3.75
3.74
3.73
3.22
3.20
3.18
3.15
3.15
3.05
2.94
2.54
2.51
2.50
2.48
2.46
2.27
2.26
2.24
2.22
2.16
2.15
2.11
2.07
2.05
FIGURA 3.24: Espectro de RMN de
1
H dos aminoácidos: N-metilprolina (XX)
e 4-hidroxi-N-metilprolina (XXI) (400 MHz, D
2
O)
77
4.3 4.2 4.1 4.0 3.9 3.8 3.7 3.6 3.5 3.4 3.3 3.2
1.921.611.381.281.00
4.228
4.213
4.202
4.181
3.994
3.983
3.962
3.950
3.927
3.908
3.903
3.885
3.784
3.769
3.761
3.750
3.731
3.721
3.220
3.203
3.183
3.179
FIGURA 3.25: Ampliação do espectro de RMN de
1
H dos aminoácidos: N-
metilprolina (XX) e 4-hidroxi-N-metilprolina (XXI) (400 MHz, D
2
O)
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.26: Espectro de RMN de
13
C dos aminoácidos: N-metilprolina (XX)
e 4-hidroxi-N-metilprolina (XXI) (100 MHz, D
2
O)
78
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.4 - Identificação da uridina (XXII) e uracila (XXIII)
N
N
O
OH
OH
HO
O
O
H
1
3
5
1'
5'
5
3
1
N
N
O
O
H
H
XXIII
XXII
As substâncias XXII e XXIII foram isoladas em mistura do extrato
metanólico das sementes de T. claussenii. As estruturas foram determinadas com
base em espectros de RMN em uma e duas dimensões, e pela comparação com
dados da literatura (YALÇIN et al., 2003; SILVA, 2007).
O espectro de RMN de
1
H (FIGURAS 3.27 e 3.28, p. 82) mostra
dois dubletos em į 7,98 (J = 8,0 Hz, 1H) e į 5,78 (J = 8,0 Hz, 1H) referentes aos
hidrogênios olefínicos H-6 e H-5, respectivamente de XXII. Da mesma forma,
este mostra dois dubletos em į 7,46 (J = 7,6 Hz, 1H) e į 5,68 (J = 7,6 Hz, 1H)
referentes aos hidrogênios olefínicos H-6 e H-5, respectivamente, de XXIII.
Foram observados também, um dubleto em į 5,90 (J = 5,0 Hz, 1H) o qual foi
atribuído ao hidrogênio H-1’(XXII); dois tripletos em į 4,23 (J = 5,0 Hz, 1H) e
į 4,19 (J = 5,0 Hz, 1H) referentes aos hidrogênios H-2’ e H-3’ de XXII
respectivamente. Em į 4,05 (dd, J = 6,80 e 3,40 Hz, 1H); 3,85 (dd, J = 11,4 e
3,4 Hz, 1H) e em 3,75 (dd, J = 11,4 e 3,4 Hz, 1H), observou-se os sinais
referentes ao hidrogênio H-4’ e os hidrogênios diasterotópicos H-5’a e H-5’b,
respectivamente.
No mapa de correlações HMBC (FIGURA 3.30, p. 83), pode-se
observar para a substância XXII, as correlações dos hidrogênios: H-6 (į 7,98, d)
79
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
80
com os carbonos em į 89,0 (C-1’), į 102,0 (C-5), į 153,0 (C-2) e į 167,0 (C-4),
e para H-5 (į 5,78, d) foram observadas as correlações com os sinais į 142,0 (C-
6) e į 167,0 (C-4). Da mesma forma, observaram-se para a substância XXIII as
correlações: H-6 (į 7,46, d) com os carbonos em į 101,0 (C-5), į 153,0 (C-2); į
167,0 (C-4); e para H-5 (į 5,68 d) a correlação com o carbono em į 143,0
referente ao C-6.
Os sinais dos demais carbonos para as substâncias XXII e XXIII,
foram atribuídos através da análise do mapa de correlações HSQC (FIGURA
3.29, p. 83).
TABELA 3.17: Dados de RMN de
1
H da uridina (XXII) e comparação com a
literatura
XXII SILVA, 2007
H (400 MHz, CD
3
OD) (400 MHz, DMSO)
5 5,78 (d, J = 8,0 Hz) 5,62 (d, J = 8,0 Hz)
6 7,98 (d, J = 8,0 Hz) 7,87 (d, J = 8,0 Hz)
1’ 5,90 (d, J = 5,0 Hz) 5,77 (d, J = 5,4 Hz)
2’ 4,23 (t, J = 5,0 Hz) 4,01 (t, J = 5,2 Hz)
3’ 4,19 (t, J = 5,0 Hz) 3,96 (t, J = 5,0 Hz)
4’ 4,05 (dd, J = 6,8 e 3,4 Hz) 3,82 (dd, J = 7,0 e 3,3 Hz)
5’a 3,85 (dd, J = 11,4 e 3,4 Hz) 3,60 (dd, J = 12,0 e 3,3 Hz)
5’b 3,75 (dd, J = 11,4 e 3,4 Hz) 3,54 (dd, J = 12,0 e 3,3 Hz)
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
81
TABELA 3.18: Dados de RMN de
1
H da Uracila (XXIII) e comparação com a
literatura
XXIII SILVA, 2007
H (400 MHz, CD
3
OD) (400 MHz, DMSO)
5 5,68 (d, J = 7,6 Hz) 5,65 (d, J = 7,6 Hz)
6 7,46 (d, J = 7,6 Hz) 7,50 (d, J = 7,6 Hz)
TABELA 3.19: Dados de RMN de
13
C da Uridina (XXII) e comparação com a
literatura
XXII SILVA, 2007
C (400 MHz, CD
3
OD) (400 MHz, DMSO)
2 153,0 151,0
4 167,0 163,5
5 102,0 101,7
6 142,0 140,6
1’ 89,0 87,7
2’ 74,0 73,5
3’ 70,0 69,8
4’ 85,5 84,6
5’ 61,0 60,8
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.27: Espectro de RMN de
1
H de XXII e XXIII (400 MHz, CD
3
OD)
FIGURA 3.28: Ampliação do espectro de RMN de
1
H de XXII e XXIII (400
MHz, CD
3
OD)
82
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
H-6
H-6 (XXIII)
H-5 (XXIII)
H-5
H-1’
H-4’
H-2’
H-3’
H-5’
H-6
H-6 (XXIII)
H-5 (XXIII)
H-5
H-1’
H-4’
H-2’
H-3’
H-5’
FIGURA 3.29: Mapa de correlações HSQC de XXII e XXIII (400 MHz,
CD
3
OD)
FIGURA 3.30: Mapa de correlações HMBC de XXII e XXIII (400 MHz,
CD
3
OD)
83
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.5 - Identificação do flavonóide ent-catequina
OHO
OH
OH
OH
OH
1'
5'
2
5
10
4
8
XXIV
O flavonóide ent-catequina (XXIV), foi isolado do extrato
metanólico das inflorescências de T. catigua.
Este flavonóide foi caracterizado através dos espectros de RMN de
1
H e
13
C e pela comparação com dados da literatura (NAHRTEDT et al., 1987;
LEITE, 2005).
O modo de oxidação do anel A foi definido, através da análise do
espectro de RMN de
1
H (FIGURA 3.31, p.87) de XXIV, devido a presença de
dois dubletos com constantes típicas de acoplamento meta (J=2,4 Hz) em į
5,86 e 5,94, relativos a H-8 e H-6 respectivamente.
Os hidrogênios H-2’, H-3’ e H-6’ foram atribuídos aos valores de
deslocamentos químicos: duplo dubleto em į 6,72 (J=1,9 e 8,1 Hz) atribuído a
H-2’ devido ao seu acoplamento orto (J = 8,1 Hz) com H-3’ (į 6,77, d, J = 8,1
Hz) e meta (J = 1,9 Hz) com H-6’ (į 6,84, d, J = 1,9 Hz)
O anel C foi caracterizado pela presença de um dubleto em į 4,57
(J = 8,0 Hz), atribuído a H-2, que acopla com H-3 (į 3,98, m). A configuração
2,3-trans foi determinada pela constante de acoplamento (J = 8,0 Hz) observada,
e pelo valor de C-2 em į 83,0. A presença do sinal referente à H-2, indicou a
ausência da dupla ligação entre C-2 e C-3, e o sinal em į 69,0 no espectro de
RMN de
13
C (FIGURA 3.33, p. 88) foi atribuído ao carbono carbinólico em C-3.
84
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
85
Para os hidrogênios diasterotópicos H-4Į e H-4ȕ observou-se um
duplo dubleto em į 2,85 (J = 16,2 e 5,2 Hz), sendo correspondente a H-4Į,
devido ao seu acoplamento geminal com H-4ȕ (J = 16,2 Hz) e acoplamento
pseudo-equatorial-axial com H-3 (J = 5,2 Hz). O duplo dubleto em į 2,51 (J =
16,2 e 8,0 Hz) foi atribuído ao H-4ȕ, devido ao seu acoplamento pseudo-diaxial
com H-3 (J = 8,0 Hz).
Os sinais observados no espectro de RMN de
13
C estão de acordo
com os dados da literatura para ent-catequina (NAHRTEDT, et al., 1987;
LEITE, 2005) (TABELA 3.21, p. 86).
TABELA 3.20: Dados de RMN de
1
H da ent-catequina (XXIV) e comparação
com a literatura
H XXIV NAHRTEDT, 1987
(400 MHz, CD
3
OD) (400 MHz, acetona-d
6
)
2 4,57 (d, J = 8,0 Hz) 4,54 (d, J = 7,8 Hz)
3 3,98 (m) 3,98 (m)
4 2,85 (dd, J = 16,2 e 5,2 Hz) 2,86 (dd, J = 16,0 e 5,4 Hz)
4 2,51 (dd, J = 16,2 e 7,8 Hz) 2,52 (dd, J = 16,0 e 8,5 Hz)
6 5,94 (d, J = 2,4 Hz) 6,02 (d, J = 2,1 Hz)
8 5,86 (d, J = 2,4 Hz) 5,87 (d, J = 2,2 Hz)
2’ 6,72 (dd, J = 8,1 e 1,9 Hz) 6,7 a 6,9 m
3’ 6,77 (d, J = 8,1 Hz) 6,7 a 6,9 m
6’ 6,84 (d, J = 1,9 Hz) 6,7 a 6,9 m
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
86
TABELA 3.21: Dados de RMN de
13
C da ent-catequina (XXIV) e comparação
com a literatura
C XXIV NAHRTEDT, 1987
(100 MHz, CD
3
OD) (100 MHz, acetona-d
6
)
2 83,0 82,9
3 69,0 68,5
4 28,7 28,5
5 157,0 157,9
c
6 96,5 96,4
7 157,0 157,6
c
8 95,7 95,6
9 157,0 156,9
c
10 101,0 100,9
1’ 132,4 132,3
2’ 120,2 120,1
3’ 116,3 116,2
4’ 146,6 146,2
5’ 146,4 146,2
6’ 120,2 120,1
c
valores intercambiáveis
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.31: Espectro de RMN de
1
H da ent-catequina (XXIV) (400 MHz,
CD
3
OD)
FIGURA 3.32: Expansão do espectro de RMN de
1
H da ent-catequina (XXIV)
(400 MHz, CD
3
OD)
87
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.33: Espectro de RMN de
13
C da ent-catequina (XXIV) (100 MHz,
CD
3
OD).
88
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.6 - Identificação do Ácido 5-O-cafeoilquínico
HO
OH
COOH
O
O
HO
HO
1'
2'
5
3
1
7
5'
OH
XXV
O ácido 5-O-cafeoilquínico (XXV) foi caracterizado através de
RMN em uma e em duas dimensões e pela comparação com os dados da
literatura (MERFORT et al., 1992, VALENTE, 2003).
No espectro de RMN de
1
H de XXV (FIGURAS 3.34, p. 92) foram
observados sinais característicos de hidrogênios olefínicos em į 7,56 (d, J = 15,4
Hz, H-7’) e į 6,28 (d, J = 15,4 Hz, H-8’), com constantes de acoplamento (J =
15,4 Hz) típicas para a configuração trans do ácido cafeíco. Observou-se
também, três sinais de hidrogênios aromáticos: um dubleto em į 7,05 (H-2’)
com J = 1,8 Hz, devido ao acoplamento com hidrogênio H-6’ (meta); em į 6,91
um duplo dubleto (H-6’) com J = 1,8 Hz (meta) e J = 8,2 Hz (orto), e um
dubleto em į 6,77 (H-5’) com J = 8,2 Hz (orto), devido ao acoplamento com
hidrogênio H-6’.
Os hidrogênios carbinólicos aparecem em į 3,74 como um duplo
dubleto (H-4ax) com J = 10,3 e 2,8 Hz, causado pelo acoplamento com H-5ax e
H-3eq, respectivamente; em į 5,38 (H-5ax) um triplo dubleto com J = 10,3 Hz
(acoplamento: H-4ax e H-6ax) e 4,8 Hz (acoplamento: H-6eq); e um singleto em
į 4,22 referente ao H-3ax.
Os hidrogênios metilênicos (H-6ax, H-6eq, H-2ax e H-2eq)
aparecem como um multipleto em į 2,03-2,26. Os sinais e as constantes de
acoplamento dos hidrogênios referentes ao ácido quínico, coincidem com a
89
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
90
conformação preferida do ácido quínico, segundo a literatura (MERFORT et al.,
1992).
Todos os sinais de hidrogênios observados no espectro de RMN de
1
H foram atribuídos e correlacionados aos seus respectivos carbonos, através do
mapa de correlações HSQC (FIGURA 3.35, p. 93). Já os carbonos quaternários
foram atribuídos através do mapa de correlações HMBC (FIGURA 3.36, p. 93).
Os dados obtidos foram concordantes com os dados da literatura (VALENTE,
2003).
TABELA 3.22: Dados de RMN de
1
H do ácido 5-O-cafeoilquínico (XXV) e
comparação com a literatura
H XXV VALENTE, 2003
(400 MHZ, CD
3
OD) (400 MHZ, CD
3
OD)
2 2,13 (m) 2,18 ax (dd, J = 14,9 e 3,2 Hz)
2,04 eq (ddd, J = 14,9, 5,4 e 1,9 Hz)
3 4,22 (sl) 4,18 eq (dtd, J = 5,4 e 3,2 Hz)
4 3,74 ax (dd, J = 10,3 e 2,8 Hz) 3,73 ax (dd, J = 9,1 e 3,2 Hz)
5 5,38 ax (td, J = 10,3 e 4,8 Hz) 5,33 ax (td, J = 9,1 e 4,0 Hz)
6 2,24 eq (m) 2,23 eq (ddd, J = 14,9, 4,0 e 1,9 Hz)
2,03 ax (m) 2,08 ax (dd, J = 14,9 e 9,1 Hz)
2' 7,05 (d, J = 1,8 Hz) 7,05 (d, J = 1,9 Hz)
5' 6,78 (d, J = 8,2 Hz) 6,78 (d, J = 8,2 Hz)
6' 6,91 (dd, J = 8,2 e 1,8 Hz) 6,95 (dd, J = 8,2 e 1,9 Hz)
7' 7,56 (d, J = 15,4 Hz) 7,56 (d, J = 15,9 Hz)
8' 6,28 (d, J = 15,4 Hz) 6,27 (d, J = 15,9 Hz)
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
91
TABELA 3.23: Dados de RMN de
13
C do ácido 5-O-cafeoilquínico (XXV) e
comparação com a literatura
C XXV VALENTE, 2003
(100 MHZ, CD
3
OD) (100 MHZ, CD
3
OD)
1 * 76,2
2 38,2 38,3
3 72,5 71,3
4 74,5 73,5
5 71,5 72,0
6 39,8 38,8
7 * 177,1
1’ 126,0 127,8
2’ 115,2 115,3
3' 145,0 146,8
4’ 148,0 149,6
5’ 116,0 116,5
6’ 123,0 123,1
7’ 147,0 147,1
8’ 115,2 115,3
9’ 169,0 168,7
* Valores não observados nos experimentos de RMN
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.34: (A) Espectro de RMN de
1
H do ácido 5-O-cafeoílquínico
(XXV) (400 MHz, CD
3
OD).(B) Ampliação do espectro de RMN de
1
H de XXV.
92
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
H-7’
H-6’
H-8’
H-5’
H-2’
H-5
H-3
H-4
H-6
H-2
H-7’
H-6’
H-8’
H-5’
H-2’
H-5
H-3
H-4
H-6
H-2
FIGURA 3.35: Mapa de correlações HSQC do ácido 5-O-cafeoílquínico (XXV)
(400 MHz, CD
3
OD)
FIGURA 3.36: Mapa de correlações HMBC do ácido 5-O-cafeoílquínico
(XXV) (400 MHz, CD
3
OD)
93
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.7 – Determinação estrutural dos limonóides
O
O
O
AcO
O
O
O
O
O
O
AcO
O
O
O
O
CO
2
Me
AcO
XXVI
XXVII
O
O
OAc
AcO
O
O
O
O
XXVIa
Os limonóides XXVI e XXVII provenientes do extrato metanólico
das sementes de T. elegans, estão sendo relatados pela primeira vez no gênero
Trichilia. O limonóide (XXVIa) acetato de 11ȕ-acetoxiobacunila isolado de
Cedrela odorata (KIPASSA et al., 2008) foi utilizado como modelo na
caracterização do anel furânico ligado ao C-17 dos limonóides XXVI e XXVII.
94
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.7.1 – Identificação do limonóide 11ȕ-acetoxiobacunona
O
O
O
AcO
O
O
O
O
30
9
19
29
28
15
17
21
22
18
11
2
4
6
10
13
XXVI
O limonóide XXVI foi caracterizado através de RMN em uma e
duas dimensões, e pela comparação com dados da literatura do limonóide com
estrutura semelhante a XXVI (KIPASSA et al., 2008).
No espectro de RMN de
1
H de XXVI (FIGURA 3.37, p. 101)
foram observados sinais característicos do anel furano em į 7,42 (sl, H-21), į
7,40 (t, J = 1,76 Hz, H-23) e į 6,35 (sl, H-22). No espectro de RMN de
13
C
(FIGURA 3.38, p. 102), o anel furano foi caracterizado pelos sinais em į 119,5
(C-20), į 141,4 (C-21), į 109,6 (C-22) e į 143,3 (C-23). Estas atribuições foram
confirmadas através do mapa de correlações HSQC de 23 (FIGURA 3.39, p.
102).
No espectro de RMN de
1
H observou-se também a presença de seis
sinais de metilas como singletos em į 1,08, 1,45, 1,50, 1,53, 1,60 e 2,19. Os dois
singletos integrando para um hidrogênio cada, em į 3,74 e į 5,45 foram
atribuídos a H-15 e H-17, respectivamente. As atribuições dos sinais de H-15 e
H-17 e a presença de um anel D į-lactônico com epóxido entre C-14 e C-15,
foram confirmadas através das correlações observadas no mapa de correlações
HMBC (FIGURA 3.40, p. 103).
95
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
O
96
O
H
O
O
H
17
15
13
As atribuições dos deslocamentos químicos de C-15 (į 53,5) e C-17
(į 78,0) foram realizadas através da análise do mapa de correlações HSQC de
XXVI. No mapa de correlações do HMBC foi observada a correlação do sinal
em į 1,08 (s, Me-18) com os sinais em į 36,3 e į 63,9, atribuídos aos carbonos
tetrassubstituídos C-13 e C-14 respectivamente.
O
O
O
O
H
14
16
18
No espectro de RMN de
1
H, a presença de uma ligação dupla
conjugada a uma carbonila no anel A, foi determinada pela presença de dois
dubletos em į 6,01 e į 6,55 (J = 12,1 Hz) atribuídos aos hidrogênios olefínicos
H-2 e H-1. Os carbonos da dupla ligação foram caracterizados em į 153,3 (C-1)
e į 122,4 (C-2), através da análise do mapa de correlações HSQC.
As atribuições realizadas para H-1 e H-2, assim como a presença de
uma carbonila conjugada em C-3 (į 166,4), foram confirmadas através do mapa
de correlações HMBC.
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
O
H
H
O
29
28
5
1
2
9
3
10
Foram observadas através do mapa de correlações HMBC, as
correlações dos sinais em į 1,45 (s, Me-28) e į 1,53 (s, Me-29) com os carbonos
C-4 (į 83,7) e C-5 (į 56,6). Deste modo pode-se propor a existência de um anel
A İ -lactônico Į-ȕ insaturado na estrutura do limonóide XXVI.
Os sinais dos hidrogênios H-5, H-6Į e H-6ȕ foram atribuídos
através da análise do espectro de RMN de
1
H e das constantes de acoplamento
observadas. O hidrogênio H-6ȕ (t, į 3,01, J = 14,2 Hz) apresenta um
acoplamento geminal com H-6Į e diaxial com H-5 (dd, į 2,56, J = 14,2 e 4,5
Hz), com a mesma constante de acoplamento (J = 14,2 Hz). A constante de
acoplamento equatorial-axial de H-6Į (dd, į 2,44, J = 14,2 e 4,5 Hz) com H-5 é
de 4,5 Hz.
Além dos sinais de carbonos carboxílicos atribuídos a C-16 e C-3, o
espectro de RMN de
13
C (FIGURA 3.38, p. 102) de XXVI apresentou mais um
sinal de carbonila não conjugada em į 205,8, atribuído a C-7. Esta atribuição foi
confirmada através de comparações realizadas com a literatura (GARCEZ et al.,
1997).
Os singletos em į 1,50 (Me-30, į 19,4) e 1,61 (Me-19, į 17,9)
foram atribuídos através dos mapas de correlações HSQC e HMBC.
97
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
98
O sinal em į 5,71 (dd, J = 6,1 e 2,2 Hz) foi atribuído H-11 devido a
correlação com carbono em į 68,3, observado através do mapa de correlações
HSQC. A localização do grupamento acetoxílico no anel C (C-11), foi
evidenciada devido à presença do sinal em į 1,83 (m, H-12) no espectro de
RMN de
1
H. Essas atribuições foram confirmadas através de dados da literatura.
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
99
TABELA 3.24: Dados de RMN de
1
H de 11ȕ-acetoxiobacunona (XXVI) e
comparação com a literatura (XXVIa).
H XXVI KIPASSA, 2008 (XXVIa)
(400 MHZ, CDCl
3
) (600 MHZ, CDCl
3
)
1 6,55 (d, J = 12,1 Hz) 6,29 (d, J = 12,6 Hz )
2 6,01 (d, J = 12,1 Hz) 5,94 (d, J = 12,6 Hz)
5 2,56 (dd, J = 14,2 e 4,6 Hz) 2,50 (dd, J = 13,1 e 2,4 Hz)
6Į
2,44 (dd, J = 14,2 e 4,6 Hz) 2,12 (ddd, J = 15,4, 2,6 e 2,4 Hz)
6ȕ
3,01 (t, J = 14,2 Hz)
1,94 (ddd, J = 15,4, 13,1, e 2,4
Hz)
7
--
4,56 (dd, J = 2,6 e 2,4 Hz)
9 2,15 (s) 2,49 (d, J = 4,6 Hz )
11 5,71 (dd, J = 6,1 e 2,2 Hz) 5,60 (ddd, J = 9,8, 5,5 e 4,6 Hz)
12 1,82 (m) 2,33 (Į, dd, J = 14,3 e 9,8 Hz)
1,51 (ȕ, dd, J = 14,3 e 5,5 Hz)
15 3,74 (s) 3,55 (s)
17 5,45 (s) 5,59 (s)
18 1,08 (s) 1,21 (s)
19 1,61 (s) 1,53 (s)
21 7,42 (sl) 7,40 (t, J = 1,6 Hz)
22 6,35 (sl) 6,32 (d, J = 1,0 Hz)
23 7,40 (t, J = 1,76 Hz) 7,39 (s)
28 1,45 (s) 1,34 (s)
29 1,53 (s) 1,45 (s)
30 1,50 (s) 1,34 (s)
11-OAc 2,19 (s) 2,15 (s)
7-OAc
--
2,13 (s)
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
100
TABELA 3.25: Dados de RMN de
13
C de 11ȕ-acetoxiobacunona (XXVI) e
comparação com a literatura (XXVIa).
C
XXVI KIPASSA, 2008 (XXVIa)
(100 MHZ, CDCl
3
) (150 MHZ, CDCl
3
)
1
153,3 149,8
2
122,4 120,0
3
166,4 166,4
4
83,7 83,9
5
56,6 45,5
6
38,9 27,0
7
205,8 74,1
8
51,8 42,0
9
49,5 49,5
10
43,8 45,5
11
68,3 67,7
12
40,8 36,5
13
36,3 37,6
14
63,9 68,6
15
53,5 55,2
16
166,2 166,7
17
78,0 78,0
18
20,3 17,2
19
17,9 19,4
20
119,5 119,7
21
141,1 141,3
22
109,6 109,7
23
143,3 143,4
28
31,8 31,8
29
26,3 25,5
30
19,4 20,1
OAc
21,4 21,2
169,9 169,7
OAc
-- 21,5
-- 169,7
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0
ppm
3.26 3.21 3.012.932.172.00 1.35 1.301.251.17 1.11 1.101.041.00
1.085
1.449
1.502
1.531
1.610
1.821
1.836
2.150
2.191
2.423
2.433
2.457
2.470
2.545
2.556
2.580
2.592
2.982
3.017
3.053
3.748
5.453
5.702
5.716
5.994
6.024
6.350
6.544
6.574
7.398
7.402
7.421
7.5 7.4 7.3 7.2 7.1 7.0 6.9 6.8 6.7 6.6 6.5 6.4 6.3 6.2 6.1 6.0 5.9 5.8 5.7 5.6 5.5 5.4
ppm
2.00 1.351.17 1.111.041.00
5.453
5.702
5.716
5.994
6.024
6.350
6.544
6.574
7.398
7.402
7.407
7.421
FIGURA 3.37: (A) Espectro de RMN de
1
H de 11ȕ-acetoxiobacunona (XXVI)
(400 MHz, CDCl
3
). (B) Ampliação do espectro de RMN de
1
H de XXVI.
101
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
200 150 100 50
205.84
169.91
166.38
166.20
153.37
143.33
141.07
122.47
119.54
109.60
83.68
77.99
77.32
77.00
76.69
68.32
63.90
56.59
53.54
49.51
43.78
40.78
39.84
36.29
31.81
26.30
21.48
20.28
19.41
FIGURA 3.38: Espectro de RMN de
13
C de 11ȕ-acetoxiobacunona (XXVI)
(100 MHz, CDCl
3
)
Me-18
Me-28
Me-29
Me-30
Me-19
H-12
H-6Į
H-9
OAc
H-6ȕ
H-5
H-15
H-17
H-11
H-2
H-1
H-22
H-23
H-21
Me-18
Me-28
Me-29
Me-30
Me-19
H-12
H-6Į
H-9
OAc
H-6ȕ
H-5
H-15
H-17
H-11
H-2
H-1
H-22
H-23
H-21
FIGURA 3.39: Mapa de correlações HSQC de 11ȕ-acetoxiobacunona (XXVI)
(400 MHz, CDCl
3
)
102
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.40: Mapa de correlações HMBC de 11ȕ-acetoxiobacunona (XXVI)
(400 MHz, CDCl
3
)
FIGURA 3.41: Ampliação do mapa de correlações HMBC de 11ȕ-
acetoxiobacunona (XXVI) (400 MHz, CDCl
3
)
103
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.7.2 – Identificação do limonóide 1,2 –diidro-1Į-acetoxi-11ȕ-
acetoxi-14,15-epoxicneorina R
O
O
AcO
O
O
O
O
CO
2
Me
AcO
18
21
22
17
15
13
11
30
8
7
5
19
10
1
4
29
28
XXVII
O limonóide XXVII foi caracterizado através de RMN em uma e
duas dimensões, ESI/MS e também pela comparação com dados da literatura do
limonóide 1,2-diidro-1Į-acetoxielegantina B (XXVIIa), semelhante ao XXVII
(GARCEZ et al., 1997a).
No espectro de RMN de
1
H de XXVII (FIGURA 3.42, p. 110)
foram observados sinais característicos do anel furano em į 7,41 (t, J = 2,0 Hz,
H-23), į 7,38 (s, H-21) e į 6,32 (d, J = 2,0 Hz, H-22). No espectro de RMN de
13
C (FIGURA 3.43, p. 110), o anel furano foi caracterizado pelos sinais em į
119,2 (C-20), į 141,1 (C-21), į 109,5 (C-22) e į 143,5 (C-23). Estas atribuições
foram confirmadas através do mapa de correlações HSQC de XXVII (FIGURA
3.45, p. 111).
No espectro de RMN de
1
H observou-se também a presença de sete
sinais de metilas como singletos em į 1,06, 1,25, 1,42, 1,59, 2,11, 2,15 e 3,67.
Os dois singletos integrando para um hidrogênio cada, em į 3,92 e į 5,50 foram
atribuídos a H-15 e H-17, respectivamente. As atribuições dos sinais de H-15 e
H-17 e a presença de um anel D į-lactônico com epóxido entre C-14 e C-15,
104
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
foram confirmadas através das correlações observadas no mapa de correlações
HMBC (FIGURA 3.46, p. 112).
Os deslocamentos químicos de C-15 (į 55,4) e C-17 (į 76,4) foram
determinados através da análise do mapa de correlações HSQC (FIGURA 3.45,
p. 111) de XXVII. No mapa de correlações do HMBC (FIGURA 3.46, p. 112)
foi observada a correlação do sinal em į 1,06 (s, Me-18) com os sinais em į
76,4 (C-17), 38,6 (C-13), 67,2 (C-14) e 34,8 (C-12).
O
O
O
O
H
H
14
16
18
O mapa de correlações HSQC mostra o sinal em į 34,8 (C-12) se
correlacionando com o sinal em į 1,25 (m, 1H), atribuído ao hidrogênio H-12b.
Através do espectro de Cosy
1
H-
1
H observou-se o acoplamento do hidrogênio
H-12b (į 1,25, m) com o sinal em į 1,80 (m, 1H), atribuído ao H-12a.
No espectro de Cosy
1
H-
1
H (FIGURA 3.44, p. 111) também foi
possível observar o acoplamento dos hidrogênios H-12a e H-12b com o
hidrogênio em į 5,35, atribuído a H-11. O acoplamento do H-11 (į 5,35, m) ao
hidrogênio em į 3,20 (m, 1H) atribuído à H-9, foi observado através do espectro
de Cosy
1
H-
1
H. A presença de um sinal em į 2,15 (s, 3H) se correlacionando
com o sinal em į 170,2 no mapa de correlações HMBC, evidenciou a presença
do grupo acetoxílico na posição 11.
No espectro de RMN de
1
H, a presença de uma ligação dupla
exocíclica entre C8-C30 foi determinada pela presença dos sinais em į 5,35 (m,
1H) e į 5,55 (m, 1H) atribuídos aos hidrogênios olefínicos da posição 30. O
105
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
deslocamento químico de C-30 (į 125,7) foi determinado através do mapa de
correlações HSQC, confirmando o anel B seco para este limonóide.
Os sinais em į 5,55 (m, 1H) e į 2,11 (s, OAc) no espectro de RMN
de
1
H evidenciaram a presença do grupo acetoxílico no anel A. No espectro de
Cosy
1
H-
1
H observou-se o acoplamento do hidrogênio em į 5,55 (m, H-1) com
os hidrogênios em į 3,08 (d, J = 16,5 Hz, 1H) e į 3,32 (m, 1H) atribuídos aos
hidrogênios H-2a e H-2b. Os carbonos C-1 (į 72,0) e C-2 (į 36,5) foram
caracterizados através do mapa de correlações HSQC.
A presença do sinal em į 170,6 observado no espectro de RMN de
13
C, característico de carbono carboxílico foi atribuído a C-3, sendo coerente
com os dados da literatura (GARCEZ et al., 1997a).
Foram também observadas através do mapa de correlações HMBC,
as correlações dos sinais em į 1,42 (s, Me-28) e į 1,59 (s, Me-29) com os
carbonos C-4 (į 84,5) e C-5 (į 45,7).
O
O
AcO
29
28
5
1
2
9
3
10
Os sinais dos hidrogênios H-5 e H-6 foram atribuídos através do
espectro de RMN de
1
H e por comparações com a literatura.
No espectro de RMN de
13
C (FIGURA 3.43, p. 110) observou-se
sinais em į 52,2 e į 173,1 atribuídos ao grupo carbometoxílico em C-7. Essa
atribuição foi confirmada através do mapa de correlações HMBC.
106
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
O singleto em į 1,25 (Me-19) apresentou correlação no HSQC com
o sinal em į 20,0, atribuído ao C-19.
Nos espectros de RMN de
1
H e RMN
13
C do limonóide XXVII
foram observados alguns sinais com má resolução, Garcez et al. (1997a) relatam
que a má resolução dos sinais presentes nos espectros de RMN de
1
H e
13
C de
compostos que possuem anel B-seco e İ-lactônico no anel A, seria devido ao
impedimento rotacional em torno da ligação C-9/C-10. Este impedimento pode
ser causado por substituintes presentes no anel A. Desta forma, os sinais
relativos aos prótons situados na vizinhança da ligação citada se mostram mais
alargados.
O espectro de massas (ESI) no modo positivo do limonóide XXVII
(FIGURA 3.48, p. 113) apresentou um pico em m/z 625 [M+Na]
+
,
correspondente ao aduto de sódio, de acordo com a fórmula molecular
C
31
H
38
O
12
proposta para este limonóide.
A partir da análise dos experimentos realizados, juntamente com os
dados da literatura pode-se confirmar a estrutura do limonóide XXVII.
O limonóide XXVIIa foi utilizado como modelo para comparação
dos dados da estrutura XXVII.
O
O
AcO
O
O
O
O
CO
2
Me
AcO
OH
O
XXVIIa
107
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
108
TABELA 3.26: Dados de RMN de
1
H de XXVII e comparação com a literatura.
H XXVII GARCEZ, 1997a (XXVIIa)
(400 MHZ, CDCl
3
) (300 MHZ, CDCl
3
)
1 5,55 (m) 5,34-5,56 (m)
2a 3,08 (d, J = 16,5 Hz) 3,06 (d, J = 16,5 Hz)
2b 3,32 (m) 3,25-3,47 (m)
5 3,20 (m) 3,25-3,47 (m)
6a 2,10 (m) 2,03-2,17 (m)
6b 2,75 (m) 2,66 (dd, J = 18,3 e 3,1 Hz)
9 3,20 (m) 3,19 (d, J = 6,8 Hz)
11 5,35 (m) 5,34-5,56 (m)
12a 1,80 (m) 1,94 (t, J = 12,2 Hz)
12b 1,25 (m) 1,57-1,78 (m)
15 3,92 (s) 3,91 (s)
17 5,50 (s) 5,34-5,56 (m)
18 1,06 (s) 1,12 (s)
19 1,25 (s) 1,12 (s)
21 7,38 (s) 6,01 (s)
22 6,32 (d, J = 2,0 Hz) 6,23 (s)
23 7,41 (t, J = 2,0 Hz) --
28 1,42 (s) 1,44 (s)
29 1,59 (s) 1,55 (s)
30a 5,35 (m) 5,34-5,56 (m)
30b 5,55 (m) 5,34-5,56 (m)
OAc 2,11 (s) e 2,15 (s) 2,15 (s) e 2,18 (s)
OMe 3,68 (s) 3,68 (s)
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
109
TABELA 3.27: Dados de RMN
13
C de XXVII e comparação com a literatura.
C
XXVII
(100 MHZ, CDCl
3
)
GARCEZ, 1997a (XXVIIa)
(100 MHZ, CDCl
3
)
1
71,5 71,6
2
36,5 36,5
3
170,6 171,6
4
84,5 84,6
5
45,7 45,7
6
34,8 34,7
7
173,1 173,0
8
136,6 136,0
9
51,6 51,5
10
48,5 48,0
11
69,3 68,5
12
34,8 34,1
13
38,6 39,0
14
67,2 67,4
15
55,4 55,0
16
166,1 164,9
17
76,4 76,6
18
15,4 15,7
19
20,0 24,4
20
119,2 161,7
21
141,1 98,1
22
109,5 123,4
23
143,5 168,6
28
33,8 34,0
29
24,6 21,2
30
125,7 126,3
OAc
170,2 170,3
21,4 21,4
OAc
170,0 170,7
21,6 21,5
OMe 52,2 52,4
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
110
7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0
4.033.27 3.09 3.012.862.00 1.990.98 0.93
Chloroform-d
7.414
7.409
7.386
7.263
6.322
5.586
5.565
5.521
5.502
5.381
5.361
5.344
5.329
3.918
3.678
3.492
3.335
3.194
3.103
3.064
2.757
2.151
2.112
2.047
1.816
1.590
1.427
1.254
1.066
FIGURA 3.42: Espectro de RMN de
1
H de XXVII (400 MHz, CDCl
3
)
FIGURA 3.43: Espectro de RMN de
13
C de XXVII (100 MHz, CDCl
3
)
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.44: Espectro de Cosy
1
H-
1
H de XXVII (400 MHz, CDCl
3
)
Me-18
Me-19
Me-28
Me-29
2 OAc
H-6aH-6b
H-2a
OMe
H-15
H-11
H-1
H-17
H-22
H-30
H-21
H-23
H-12
Me-18
Me-19
Me-28
Me-29
2 OAc
H-6aH-6b
H-2a
OMe
H-15
H-11
H-1
H-17
H-22
H-30
H-21
H-23
H-12
Me-18
Me-19
Me-28
Me-29
2 OAc
H-6aH-6b
H-2a
OMe
H-15
H-11
H-1
H-17
H-22
H-30
H-21
H-23
H-12
FIGURA 3.45: Mapa de correlações HSQC de XXVII (400 MHz, CDCl
3
)
111
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.46: Mapa de correlações HMBC de XXVII (400 MHz, CDCl
3
)
FIGURA 3.47: Ampliação do mapa de correlações HMBC de XXVII (400
MHz, CDCl
3
)
112
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
[M+Na]
+
[M+Na]
+
FIGURA 3.48: Espectro de massas (ESI no modo positivo) do limonóide
XXVII.
113
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.8 – Identificação dos esteróides
3.3.8.1 – Identificação do 3-ȕ-O-ȕ-glucopiranosil sitosterol
114
O
HH
H
O
OH
HO
HO
OH
A substância XXVIII foi isolada do extrato metanólico das
sementes de T. claussenii e a sua estrutura foi determinada com base em
experimentos de RMN de
1
H e
13
C e por comparação com dados da literatura
(SAKAKIBARA et al., 1983).
Através dos espectros de RMN de
1
H e
13
C de XXVIII (FIGURAS
3.49 e 3.51, ps. 115 e 116) observou-se um duplo dubleto em į 4,58 (J = 11,6 e
2,4 Hz) (RMN de
1
H) e į 102,5 (RMN de
13
C) correspondente ao H-1’ e o
carbono anomérico, sinais nas regiões į 4,00 a 5,20 referentes aos hidrogênios
carbinólicos também foram observados.
O espectro de RMN de
1
H de XXVIII mostra vários sinais nas
regiões de į 0,67 a 2,76 indicando a presença de hidrogênios metílicos e
metilênicos característicos do esqueleto esteroidal.
Os sinais observados no espectro de RMN de
13
C estão de acordo
com os dados da literatura para o esteróide 3-ȕ-O-ȕ-glucopiranosil sitosterol.
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
9.0 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0
ppm
TMSPyridine-d5
Pyridine-d5
Pyridine-d5
0.000
0.675
0.690
0.868
0.886
0.909
0.928
0.946
0.994
1.011
1.100
1.261
1.279
1.297
1.407
1.742
1.752
1.894
1.976
2.485
2.513
2.731
2.757
2.764
3.997
4.072
4.093
4.288
4.303
4.310
4.319
4.434
4.447
4.561
4.566
4.589
4.595
5.056
5.075
5.358
5.370
7.223
7.592
8.731
FIGURA 3.49: Espectro de RMN de
1
H do 3-ȕ-O-ȕ-glucopiranosil sitosterol
(XXVIII) (400 MHz, Piridina-d
5
).
4.6 4.5 4.4 4.3 4.2 4.1 4.0 3.9 3.8
4.596
4.589
4.566
4.561
4.447
4.434
4.417
4.404
4.340
4.319
4.310
4.303
4.297
4.288
4.266
4.093
4.072
4.052
4.012
4.005
3.997
3.982
3.977
3.964
3.953
3.937
3.926
FIGURA 3.50: Ampliação do espectro de RMN de
1
H do 3-ȕ-O-ȕ-
glucopiranosil sitosterol (XXVIII) (400 MHz, Piridina-d
5
).
115
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
FIGURA 3.51: Espectro de RMN de
13
C do 3-ȕ-O-ȕ-glucopiranosil sitosterol
(XXVIII) (100 MHz, Piridina-d
5
).
116
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
117
TABELA 3.28: Dados de RMN de
13
C da aglicona do sitosterol (XXVIII)e
comparação com a literatura
C XXVIII
(100 MHz, Piridina-d
5
)
SAKAKIBARA, 1983
(50 MHz, Piridina-d
5
)
1 37,5 37,5
2 30,3 30,2
3 78,5 78,5
4 40,0 40,0
5 140,9 140,9
6 122,0 121,8
7 32,2 32,1
8 32,1 32,1
9 50,3 50,3
10 37,0 36,9
11 21,3 21,3
12 39,3 39,3
13 42,5 42,5
14 56,8 56,9
15 24,5 24,5
16 28,6 28,6
17 56,2 56,3
18 12,0 12,0
19 19,5 19,4
20 36,4 36,4
21 19,0 19,1
22 34,2 34,3
23 26,3 26,5
24 46,0 46,1
25 29,4 29,5
26 19,2 19,2
27 20,0 20,0
28 23,4 23,4
29 12,2 12,2
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
118
TABELA 3.29: Dados de RMN de
13
C do grupo glicosil (XXVIII)e
comparação com a literatura
C XXVIII
(100 MHz, Piridina-d
5
)
SAKAKIBARA, 1983
(50 MHz, Piridina-d
5
)
1’ 102,6 102,5
2’ 75,4 75,3
3’ 78,6 78,6
4’ 71,7 71,7
5’ 78,1 78,4
6’ 62,8 62,8
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
3.3.8.2 – Identificação da mistura do esteróides
Os esteróides
E
-sitosterol (XXIX), campesterol (XXX),
estigmasterol (XXXI), e sitostenona (XXXII) são de ampla ocorrência no reino
vegetal. Estes esteróides foram isolados em mistura do extrato hexânico das
sementes de T. elegans.
O
HH
H
HO
HH
H
XXXI
XXXII
HO
HH
H
XXX
HO
HH
H
XXIX
22
23
6
3
A mistura de esteróides foi identificada através da análise dos
experimentos de RMN de
1
H e
13
C, CG/EM (condições: p. 123) e os dados
obtidos foram concordantes com a literatura. (SUGA & KONDO, 1974;
SAKAKIBARA et al., 1983).
119
IDENTIFICAÇÃO ESTRUTURAL
120
PARTE 4
PROCEDIMENTOS
EXPERIMENTAIS
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
122
4 – Procedimentos Experimentais
4.1 – Materiais e Métodos
Ƈ Solventes utilizados para cromatografia:
Solventes comerciais destilados no DQ/UFSCar
Solventes P.A. da Merck, Sinth, Vetec e Labsynth
Solventes de grau cromatográfico da JTB para análises em CLAE
Ƈ Solventes utilizados em RMN:
Deuterados da Merck, Isotec Inc. e Aldrich (TMS 0,03%)
Ƈ Reagentes utilizados na reação de esterificação:
N-metil-N-nitroso-4-toluol-sulfonamida (Diazald) – Merck
KOH P.A. – Merck
Ƈ Fases estacionárias para cromatografia:
- Cromatografia em coluna de vidro:
Sílica gel 60 (70-230 mesh) da Merck
Sílica gel 60 (230-400 mesh) da Merck
Florisil da Merck
Sephadex LH-20 da Amersham Pharmacia Biotech AB
- Cromatografia em camada delgada analítica (CCDA):
Cromatofolhas – Sílica gel F
254
Al TLC 20 x 20 cm da Merck
Reveladores: radiação UV (254 e 360 nm) e vanilina em ácido sulfúrico
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
123
4.2 – Equipamentos
Ƈ Espectrômetros de Ressonância Magnética Nuclear
Brüker DRX 400 MHz
Brüker ARX 200 MHz
Ƈ CG-EM
GC – 17A Shimadzu, CG/MS – QP 5000 Shimadzu
Coluna DB-5 (30m x 0,25mm)
Ionização por impacto eletrônico (IE) (70 e.V)
Todas as análises via CG-EM foram realizadas utilizando:
Temperatura do injetor: 250°C
Temperatura do detector: 280°C
Modo: split
Volume de injeção: 1ȝL
Programações de temperatura utilizadas nas análises:
Mistura dos esteróides:
- Programação de temperatura: 150°C (1 min.); 6°C/min. até 280°C; 280°C
(15min.)
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alcenóicos
- Programação de temperatura: 70°C (2 min.); 10°C/min. até 290°C; 290°C
(20min.)
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
124
Ȗ-lactonas
- Programação de temperatura: 70°C (2 min.); 10°C/min. até 290°C; 290°C
(20min.)
Ƈ Espectrômetro de Massas
MICROMASS QUATTRO LC
As análises foram realizadas no Laboratório de Espectrometria e Massas (LEM)
– DQ/UFSCar
Modo de ionização:
Substância: XXVII ESI (modo positivo)
Ƈ CLAE
Cromatógrafo: Shimadzu LC-8A (preparativo) com válvula de reciclo, injetor
Rheodyne 7123 com loop de 500,0 ȝL
Detector: UV-VIS, Shimadzu SPD-6AV
Coluna: Asahipak GS-310 2G (h x I = 50,0 x 2,15 cm) com fase polimérica.
Ƈ Evaporadores
Büchi – modelo rotavapor R – 114 – DQ-UFSCar
Büchi – modelo EL – 131 – DQ-UFSCar
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
125
4.3 – Material Botânico
Os frutos de T. claussenii e T. elegans foram coletados em
Piracicaba/SP (coleta realizada em dezembro de 2004) no Campus da Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” (ESALQ) e identificados pelo
botânico Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor daquela instituição. As
inflorescências de T. catigua foram coletadas (fevereiro de 2007) no mesmo
local e identificadas pelo Dr. Ricardo Ribeiro Rodrigues.
4.4 – Preparação dos materiais vegetais e obtenção extratos brutos
de T. catigua, T. elegans e T. claussenii
4.4.1 – Obtenção dos extratos brutos dos frutos de T. claussenii e T.
elegans
Os frutos de T. claussenii e T. elegans foram secos em estufa de
circulação de ar a 40°C, por aproximadamente 7 dias e posteriormente separados
em exocarpo (casca do fruto), arilo (casca da semente) e semente e então moídos
em liquidificador. Após a moagem, foi realizada a extração à temperatura
ambiente e em repouso, com solventes em ordem crescente de polaridade
(hexano, MeOH e MeOH/H
2
O 1:1) durante 7 dias (FLUXOGRAMA 4.1, p.
127). Após a evaporação dos solventes foram extraídos os extratos brutos
descritos na TABELA 4.1.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
126
TABELA 4.1: Extratos brutos das partes dos frutos de T. elegans e T. claussenii
Planta
Parte do Fruto
Massa (g)
Código do
extrato*
Massa
do
extrato
(g)
Exocarpo (70,164) Tcfeh 1,135
Tcfem 7,008
Tcfea 6,156
Arilo (5,333) Tcseh 0,125
T. elegans
Tcsem 2,270
Tcsea 0,553
Semente (14,591) Tseh 0,200
Tsem 9,341
Tsea 1,352
Exocarpo (56,796) Tcflh 15,587
Tcflm 4,700
Tcfla 3,596
Arilo (7,966) Tcslh 1,763
T. claussenii
Tcslm 0,702
Tcsla 0,181
Semente (35,127) Tslh 7,118
Tslm 4,539
Tsla 2,144
* h:hexano; m:MeOH; a: MeOH:H
2
O 1:1
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Extrato Hexânico
Torta
Extrato Metanólico Torta
Torta
a
b
Material Vegetal
c
Extrato Hidrometanólico
FLUXOGRAMA 4.1: Obtenção dos extratos de espécies de Trichilia .
a) Extração com n-hexano por sete dias.
b) Extração com metanol por sete dias.
c) Extração com metanol/água na proporção de 1:1 por sete dias
4.4.2 – Obtenção dos extratos brutos da inflorescência de T.
catigua
Os extratos das inflorescências de T. catigua foram secos em estufa
de circulação de ar a 40°C, por aproximadamente 7 dias e após a moagem, foi
realizada a extração conforme descrito anteriormente (FLUXOGRAMA 4.1, p.
127). Após a evaporação dos solventes foram extraídos os extratos brutos
descritos na TABELA 4.2.
127
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
128
TABELA 4.2: Extrato bruto das inflorescências de T. catigua
Planta Massa (g)
Código do
Extrato*
Massa do
extrato (g)
T. catigua
Inflorescências Tflch 0,384
(16,795) Tflcm 4,229
Tflca 2,985
* h:hexano; m:MeOH; a: MeOH:H
2
O 1:1
4.5 – Fracionamento dos extratos de espécies de Trichilia
4.5.1 – Fracionamento do extrato Tslm
De acordo com os resultados obtidos dos ensaios biológicos dos
extratos de Trichilia ssp. sobre S. frugiperda (item 3.1.2, p. 28), o extrato
metanólico das sementes de T. claussenii (Tslm) foi fracionado através da
partição líquido-líquido, conforme o procedimento descrito no FLUXOGRAMA
4.2.
Do extrato Tslm foram obtidas 4 frações após evaporação dos
solventes: hexano, CH
2
Cl
2
, AcOEt e MeOH/H
2
O, conforme descrito na
TABELA 4.3.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Extrato Metanólico
Extrato Metanólico
Fração hexânica
Fração henica
Fração MeOH/H
2
O
Fração MeOH/H
2
O
Parte hidroalcoólica
Parte hidroalcoólica
Parte hidroalcooólica
Parte hidroalcolica
MeOH/H
2
O
+
Hexano
CH
2
Cl
2
Fração AcOEt
Fração AcOEt
Fração CH
2
Cl
2
Fração CH
2
Cl
2
AcOEt
Extrato Metanólico
Extrato Metanólico
Fração hexânica
Fração henica
Fração MeOH/H
2
O
Fração MeOH/H
2
O
Parte hidroalcoólica
Parte hidroalcoólica
Parte hidroalcooólica
Parte hidroalcolica
MeOH/H
2
O
+
Hexano
CH
2
Cl
2
Fração AcOEt
Fração AcOEt
Fração CH
2
Cl
2
Fração CH
2
Cl
2
AcOEt
FLUXOGRAMA 4.2: Procedimento geral de partição líquido-líquido dos
extratos metanólicos
TABELA 4.3: Frações provenientes do fracionamento do extrato Tslm
Extrato
Metanólico
Fração Solvente Massa (g)
Tslm1 Hexano 0,380
Tslm
Tslm2 CH
2
Cl
2
0,057
(4,539g) Tslm3 AcOEt 1,004
Tslm4 MeOH/H
2
O 3,098
As frações obtidas da partição líquido-líquido (TABELA 4.3) foram
ensaiadas sobre S. frugiperda (item 3.1.2.1, p. 30). As frações ativas foram
submetidas a sucessivos fracionamentos.
129
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
4.5.1.1 – Fracionamento da fração Tslm1
Fr-1
15,8 mg
Fr-1
15,8 mg
Fr-3
47,0 mg
Fr-3
47,0 mg
Fr-2
5,5 mg
Fr-2
5,5 mg
Fr-5
43,5 mg
Fr-5
43,5 mg
Fr-.6
51,4 mg
Fr-.6
51,4 mg
Fr-4
203,3 mg
Fr-4
203,3 mg
Tslm1
366,5 mg
Tslm1
Tslm1
366,5
366,5
mg
mg
Fr-3(1)
8,2 mg
Fr-3(1)
8,2 mg
Fr-3(3)
2,5 mg
Fr-3(3)
2,5 mg
Fr-3(2)
6,6 mg
Fr-3(2)
6,6 mg
Fr-3(5)
1,5 mg
Fr-3(5)
1,5 mg
Fr-3(6)
6,2 mg
Fr-3(6)
6,2 mg
Fr-3(4)
5,2 mg
Fr-3(4)
5,2 mg
Fr-3(7)
12,8 mg
Fr-3(7)
12,8 mg
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos (I-VIII)
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos (I-VIII)
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos (I-VIII),
Ȗ-lactonas (IX-XIII e XV-XVI)
e ácidos graxos
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos (I-VIII),
Ȗ-lactonas (IX-XIII e XV-XVI)
e ácidos graxos
Condição 1
Condição 2
Å
Å
FLUXOGRAMA 4.3: Fracionamento da fração Tslm1 e Tslm1(Fr-3)
Å Foi realizada reação de metilação em pequenas alíquotas das amostras para análise via
CG/EM
Condição 1:
- Coluna em sílica gel (70-230 mesh), I = 3,5 cm e h = 30,0 cm
- Gradiente de Eluição: Hexano100%, Hex/AcOEt (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), AcOEt
100%, AcOEt/MeOH (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), MeOH 100%.
Condição 2:
- Coluna em sílica gel (70-230 mesh), I = 2,0 cm e h = 14,5 cm
- Gradiente de Eluição: Hexano100%, Hex/AcOEt (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), AcOEt
100%, AcOEt/MeOH (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), MeOH 100%.
Código: T = Trichilia; s = sementes; l = claussenii; m = metanólico
130
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Fr-4(1)
25,2 mg
Fr-4(1)
25,2 mg
Fr-4(3)
14,4 mg
Fr-4(3)
14,4 mg
Fr-4(2)
40,6 mg
Fr-4(2)
40,6 mg
Fr-4(5)
38,7 mg
Fr-4(5)
38,7 mg
Fr-4(4)
84,4 mg
Fr-4(4)
84,4 mg
Tslm1(Fr-4)
203,3 mg
Tslm1(
Tslm1(
Fr
Fr
-
-
4)
4)
203,3
203,3
mg
mg
Fr-4(4)-1
12,0 mg
Fr-4(4)-1
12,0 mg
Fr-4(4)-3
8,1 mg
Fr-4(4)-3
8,1 mg
Fr-4(4)-2
10,9 mg
Fr-4(4)-2
10,9 mg
Fr-4(4)-5
10,2 mg
Fr-4(4)-5
10,2 mg
Fr-4(4)-6
26,9 mg
Fr-4(4)-6
26,9 mg
Fr-4(4)-4
12,2 mg
Fr-4(4)-4
12,2 mg
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos (I-VIII)
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos (I-VIII)
Condição 3
Condição 4
Å
Å
Å
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos (I-VIII)
Ȗ-lactonas (X-XII, XIV-XIX)
e ácidos graxos
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos (I-VIII)
Ȗ-lactonas (X-XII, XIV-XIX)
e ácidos graxos
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos (I-VIII)
Ȗ-lactonas (IX-XVI)
e ácidos graxos
Ácidos Ȧ-fenil alcanóicos
e alquenóicos (I-VIII)
Ȗ-lactonas (IX-XVI)
e ácidos graxos
FLUXOGRAMA 4.4: Fracionamento da fração Tslm1(Fr-4) e Tslm1(Fr-4)-4
Å Foi realizada reação de metilação em pequenas alíquotas das amostras para análise via
CG/EM
Condição 3:
- Coluna em sílica gel (70-230 mesh), I = 3,0 cm e h = 22,0 cm
- Gradiente de Eluição: Hexano100%, Hex/AcOEt (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), AcOEt
100%, AcOEt/MeOH (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), MeOH 100%.
Condição 4:
- Coluna em sílica gel (70-230 mesh), I = 2,2 cm e h = 15,0 cm
- Gradiente de Eluição: Hexano100%, Hex/AcOEt (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), AcOEt
100%, AcOEt/MeOH (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), MeOH 100%.
Código: T = Trichilia; s = sementes; l = claussenii; m = metanólico
131
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
132
Das frações Tslm1(Fr3) e Tslm1(Fr4)-4 foram isolados os ácidos
Ȧ-fenil alcanóicos e alcenóicos (I-VIII) e também o conjunto de Ȗ-lactonas (IX-
XIX).
4.5.1.2 – Fracionamento da fração Tslm3
O fracionamento do subextrato Tslm3 (FLUXOGRAMA 4.5) levou
ao isolamento da N-metilprolina (XX), 4-hidroxi-N-metilprolina (XXI), uridina
(XXII), uracila (XXIII) e do esteróide glicosilado (XXVIII).
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Fr-1
88,0 mg
Fr-1
88,0 mg
Fr-3
295,0 mg
Fr-3
295,0 mg
Fr-2
106,4 mg
Fr-2
106,4 mg
Fr-5
401,0 mg
Fr-5
401,0 mg
Fr-4
64,6 mg
Fr-4
64,6 mg
Tslm3
1,004 g
Tslm3
Tslm3
1,004 g
1,004 g
Condição 1
Condição 2
8 frações
Condição 2
10 frações
Fr-4(7)
7,4 mg
Fr-4(7)
7,4 mg
Fr-5(2)-3
3,8 mg
Fr-5(2)-3
3,8 mg
Condição 2
7 frações
4-hidroxi-N-metilprolina (XX)
e N-metilprolina (XXI)
4-hidroxi-N-metilprolina (XX)
e N-metilprolina (XXI)
Uridina (XXII)
e Uracila (XXIII)
Uridina (XXII)
e Uracila (XXIII)
Fr-2(5)
52,1 mg
Fr-2(5)
52,1 mg
Condição 2
4 frações
Fr-4(7)
10,0 mg
Fr-4(7)
10,0 mg
Esteróide
glicosilado (XXVIII)
Esteróide
glicosilado (XXVIII)
Fr-5(2)
40,0 mg
Fr-5(2)
40,0 mg
FLUXOGRAMA 4.5: Fracionamento da fração Tslm3
Condição 1:
- Coluna Sephadex LH-20, I = 3,5 cm e h = 76,0 cm
- Eluente: MeOH, MeOH/H
2
O (1:1) (modo gradiente)
Condição 2:
- Coluna Sephadex LH-20, I = 2,0 cm e h = 56,0 cm
- Eluente: MeOH
Condição 3:
- Coluna Sephadex LH-20, I = 2,0 cm e h = 56,0 cm
- Eluente: MeOH/H
2
O (1:1)
Código: T = Trichilia; s = sementes; l = claussenii; m = metanólico
133
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
134
4.5.2 – Fracionamento do extrato Tflcm
O extrato metanólico das inflorescências de T. catigua (Tflcm) foi
fracionado através da partição líquido-líquido de acordo com procedimento
descrito no FLUXOGRAMA 4.2. Foram obtidas 4 frações após evaporação dos
solventes: hexano, CH
2
Cl
2
, AcOEt e MeOH/H
2
O, conforme descrito na
TABELA 4.4.
TABELA 4.4: Frações provenientes do fracionamento do extrato Tflcm
Extrato
Metanólico
Fração Solvente Massa (g)
Tflcm1 Hexano 0,160
Tflcm
Tflcm2 CH
2
Cl
2
0,091
(4,100g) Tflcm3 AcOEt 0,833
Tflcm4 MeOH/H
2
O 2,877
As 4 frações oriundas do extrato Tflcm foram ensaiadas sobre S.
frugiperda (item 3.1.2.3, p. 40). As frações ativas foram submetidas a sucessivos
refracionamentos.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
4.5.2.1 – Fracionamento das frações Tflcm1 e Tflcm2
Fr-1
90,7 mg
Fr-1
90,7 mg
Fr-3
11,4 mg
Fr-3
11,4 mg
Fr-2
2,5 mg
Fr-2
2,5 mg
Fr-5
32,2 mg
Fr-5
32,2 mg
Fr-4
24,2 mg
Fr-4
24,2 mg
Tflcm1
160,0 mg
Tflcm1
Tflcm1
160,0
160,0
mg
mg
Fr-1(2)
8,5 mg
Fr-1(2)
8,5 mg
Fr-1(4)
12,1 mg
Fr-1(4)
12,1 mg
Fr-1(3)
40,1 mg
Fr-1(3)
40,1 mg
Fr-1(5)
9,6 mg
Fr-1(5)
9,6 mg
Fr-1(5)
20,4 mg
Fr-1(5)
20,4 mg
(3)-1 a (3)-6
(3)-1 a (3)-6
Condição 1
Condição 2
Condição 2
FLUXOGRAMA 4.6: Fracionamento da fração Tflcm1
Condição 1:
- Coluna Sephadex LH-20, I = 2,5 cm e h = 40,0 cm
- Eluente: MeOH/CH
2
Cl
2
(1:1)
Condição 2:
- Coluna Sephadex LH-20, I = 2,0 cm e h = 32,0 cm
- Eluente: MeOH/CH
2
Cl
2
(1:1)
Código: T = Trichilia; fl = inflorescências; c = catigua; m = metanólico
135
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
Fr-1
6,2 mg
Fr-1
6,2 mg
Fr-3
42,0 mg
Fr-3
42,0 mg
Fr-2
21,3 mg
Fr-2
21,3 mg
Fr-5
10,5 mg
Fr-5
10,5 mg
Fr-4
11,0 mg
Fr-4
11,0 mg
Tflcm2
91,0 mg
Tflcm2
Tflcm2
91,0
91,0
mg
mg
Fr-3(1)
3,8 mg
Fr-3(1)
3,8 mg
Fr-3(3)
5,0 mg
Fr-3(3)
5,0 mg
Fr-3(2)
6,0 mg
Fr-3(2)
6,0 mg
Fr-3(5)
15,0 mg
Fr-3(5)
15,0 mg
Fr-3(4)
12,0 mg
Fr-3(4)
12,0 mg
ent-catequina (XXIV)
ent-catequina (XXIV)
Condição 3
Condição 4
FLUXOGRAMA 4.7: Fracionamento da fração Tflcm2
Condição 3:
- Coluna Sephadex LH-20, I = 2,0 cm e h = 56,0 cm
- Eluente: MeOH
Condição 4:
- CLAE Polimérica – Asahipak GS-310 2G (h x I = 50,0 x 2,15 cm)
- Eluente: MeOH
- vazão: 3,0 mL/min.; Ȝ = 217 e 254 nm.
Código: T = Trichilia; fl = inflorescências; c = catigua; m = metanólico
136
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
137
4.5.3 – Fracionamento dos extratos Tcsem e Tsem
Os extratos metanólicos das sementes e cascas das sementes de T.
elegans (TABELA 4.1, p. 126), foram fracionados através da partição líquido-
líquido, de acordo com o procedimento descrito no FLUXOGRAMA 4.2. As
frações obtidas após evaporação dos solventes estão descritas nas TABELAS
4.5 e 4.6.
TABELA 4.5: Frações provenientes do fracionamento do extrato Tcsem
Extrato
Metanólico
Fração Solvente Massa (g)
Tcsem
Tcsem1 Hexano 0,182
(2,270 g) Tcsem2 AcOEt 0,643
Tcsem3 MeOH/H
2
O 1,175
TABELA 4.6: Frações provenientes do fracionamento do extrato Tsem
Extrato
Metanólico
Fração Solvente Massa (g)
Tsem1 Hexano 0,687
Tsem
Tsem2 CH
2
Cl
2
0,499
(9,341 g) Tsem3 AcOEt 1,307
Tsem4 MeOH/H
2
O 6,847
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
138
Após a análise dos espectros de RMN
1
H das frações provenientes
do fracionamento dos extratos Tsem e Tcsem, decidiu-se pelo isolamento das
substâncias presentes nestes extratos.
Da fração Tcsem2, foi isolado o ácido 5-O-cafeoilquinico (XXV)
(FLUXOGRAMA 4.8). Já a fração Tsem2, após sucessivos refracionamentos
(FLUXOGRAMA 4.9) foram isolados os limonóides XXVI e XXVII.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
4.5.3.1 – Fracionamento da fração Tcsem2
Fr-1
111,6 mg
Fr-1
111,6 mg
Fr-3
90,0 mg
Fr-3
90,0 mg
Fr-2
23,5 mg
Fr-2
23,5 mg
Fr-5
39,5 mg
Fr-5
39,5 mg
Fr-4
35,4 mg
Fr-4
35,4 mg
Tcsem2
300,0 mg
Tcsem2
Tcsem2
300,0
300,0
mg
mg
Fr-3(1)
13,7 mg
Fr-3(1)
13,7 mg
Fr-3(2)
9,2 mg
Fr-3(2)
9,2 mg
Fr-3(3)
52,0 mg
Fr-3(3)
52,0 mg
Ácido 5-O-cafeoilquínico (XXV)
Ácido 5-O-cafeoilquínico (XXV)
Condição 1
Condição 2
FLUXOGRAMA 4.8: Fracionamento da fração Tcsem2
Condição 1:
- Coluna Sephadex LH-20, I = 2,5 cm e h = 76,0 cm
- Eluente: MeOH
Condição 2:
- Coluna Sephadex LH-20, I = 2,0 cm e h = 56,0 cm
- Eluente: MeOH
Código: T = Trichilia; cs = cascas das sementes; e = elegans; m = metanólico
139
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
4.5.3.2 – Fracionamento da fração Tsem2
Fr-1
234,0 mg
Fr-1
234,0 mg
Fr-3
22,0 mg
Fr-3
22,0 mg
Fr-2
113,6 mg
Fr-2
113,6 mg
Fr-5
144,0 mg
Fr-5
144,0 mg
Fr-4
85,4 mg
Fr-4
85,4 mg
Tsem2
499,0 mg
Tsem2
Tsem2
499,0
499,0
mg
mg
Condição 3
Condição 4
8 frações
Condição 4
10 frações
Fr-4(3)-4
3,8 mg
Fr-4(3)-4
3,8 mg
Fr-4(3)-5
1,3 mg
Fr-4(3)-5
1,3 mg
Limonóide (XXVII)
Limonóide (XXVII)
Limonóide (XXVI)
Limonóide (XXVI)
Fr-2(5)
42,1 mg
Fr-2(5)
42,1 mg
Fr-4(3)
32,0 mg
Fr-4(3)
32,0 mg
Condição 5
6 frações
Condição 5
7 frações
Limonóide (XXVII)
Limonóide (XXVII)
Fr-4(3)-4
3,8 mg
Fr-4(3)-4
3,8 mg
FLUXOGRAMA 4.9: Fracionamento da fração Tsem2
Condição 3:
- Coluna Sephadex LH-20, I = 2,5 cm e h = 76,0 cm
- Eluente: MeOH/CH
2
Cl
2
(1:1)
Condição 4:
- Coluna Sephadex LH-20, I = 2,0 cm e h = 56,0 cm
- Eluente: MeOH/CH
2
Cl
2
(1:1)
Condição 5:
- CLAE Polimérica – Asahipak GS-310 2G (h x I = 50,0 x 2,15 cm)
- Eluente: MeOH/CH
2
Cl
2
(7:3)
- vazão: 3,0 mL/min.; Ȝ = 217 e 254 nm.
Código: T = Trichilia; s = sementes; e = elegans; m = metanólico
140
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
4.5.3.3 – Fracionamento do extrato Tseh
O extrato Tseh foi fracionado, e levou ao isolamento dos esteróides
(XXIX a XXXII)
Fr-1
43,5 mg
Fr-1
43,5 mg
Fr-3
6,4 mg
Fr-3
6,4 mg
Fr-2
31,5 mg
Fr-2
31,5 mg
Fr-5
27,3 mg
Fr-5
27,3 mg
Fr-.6
62,0 mg
Fr-.6
62,0 mg
Fr-4
7,2 mg
Fr-4
7,2 mg
Tseh
200,0 mg
Tseh
Tseh
200,0
200,0
mg
mg
Condição 1
Fr-5
22,0 mg
Fr-5
22,0 mg
Mistura dos
esteróides (XXIX-XXXII)
Mistura dos
esteróides (XXIX-XXXII)
Condição 2
10 frações
Fr-3-6
6,4 mg
Fr-3-6
6,4 mg
FLUXOGRAMA 4.10: Fracionamento do extrato Tseh
Condição 1:
- Coluna em sílica gel (70-230 mesh), I = 2,0 cm e h = 30,0 cm
- Gradiente de Eluição: Hexano100%, Hex/AcOEt (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), AcOEt
100%, AcOEt/MeOH (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), MeOH 100%.
Condição 2:
- Coluna em sílica gel (70-230 mesh), I = 1,5 cm e h = 22,0 cm
- Gradiente de Eluição: Hexano100%, Hex/AcOEt (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), AcOEt
100%, AcOEt/MeOH (99:1/98:2/95:5/9:1/8:2/7:3/1:1), MeOH 100%.
Código: T = Trichilia; s = sementes; e = elegans; h = hexânico
141
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
142
4.6 – Reação de esterificação com diazometano
Para realização da reação de esterificação, adicionou-se uma
solução de diazometano em éter etílico às amostras até não ser mais observada a
liberação de gás de N
2.
A solução de diazometano foi preparada dissolvendo-se 1,0 g de p-
toluilsulfonilmetilnitrosamida (diazald) em 15,0 mL de éter etílico. A solução
(em balão de destilação) foi posteriormente resfriada em banho de gelo, onde
foram adicionados 1,0 g de hidróxido de potássio em 10,0 mL de etanol. Após 5
minutos a solução etérea de diazometano foi destilada em banho de óleo a 65°C,
o destilado foi coletado sobre éter etílico em banho de gelo.
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
143
4.7 – Ensaio biológico
4.7.1 - Ensaios de toxicidade realizados sobre Spodoptera
frugiperda
Os ensaios biológicos realizados sobre S. frugiperda foram realizados
no Laboratório de Bioensaios do Departamento de Química da UFSCar, a 25 ±
1°C, UR de 70 ± 5% e fotofase de 12h. Para realização dos testes, criação de S.
frugiperda (J. E. Smith) foi mantida em laboratório sendo as lagartas
alimentadas com dieta artificial (KASTEN et al., 1978; PARRA, 1986) e os
adultos com solução de mel a 10%.
Os ensaios de toxicidade realizados neste trabalho, basearam-se na
metodologia descrita por PAULA et al. (2000). Para realização dos bioensaios,
foram preparadas soluções das amostras em acetona e/ou água.
Foram utilizados grupos de 10 larvas de Spodoptera frugiperda no
segundo instar (5 dias), onde cada grupo foi transferido para placas de Petri. As
médias dos pesos dos grupos de insetos foram obtidas pelas medidas realizadas
em balança analítica. Em cada inseto 1ȝL da solução em acetona ou água, foi
aplicado topicamente, via uma micro-seringa. Para evitar a possível morte do
inseto, em cada grupo de larvas foram colocadas pequenas porções (300,0mg)
da dieta artificial. Este processo foi realizado uma hora após a aplicação da
solução. O controle foi realizado sobre as mesmas condições; 1 ȝL de acetona
ou água, foi aplicado em cada inseto.
A mortalidade dos insetos foi verificada após 48horas. Todos os
experimentos e o respectivo controle foram realizados em replicatas.
Na primeira etapa do trabalho, foram realizados ensaios de toxicidade
para verificar quais extratos apresentavam atividade inseticida. Os ensaios com
os extratos hexânicos, metanólicos e hidrometanólicos de Trichilia ssp., foram
realizados primeiramente na concentração de 1mg/mL e posteriormente na
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
144
concentração de 10mg/mL, já as frações obtidas das análises cromatográficas
foram todas realizadas na concentração de 10mg/mL.
PARTE 5
CONCLUSÕES
CONCLUSÕES
146
5 – CONCLUSÕES
O estudo fitoquímico das espécies T. catigua, T. elegans e T.
clausseni proporcionou o isolamento e identificação do conjunto dos ácidos Ȧ-
fenil alcanóicos e alquenóicos, Ȗ-lactonas, 4-hidróxi-N-metilprolina, N-
metilprolina, uridina, uracila, ent-catequina, ácido 5-O-cafeoilquínico,
limonóides 11ȕ-acetoxiobacunona, 1,2–diidro-1Į-acetoxi-11ȕ-acetoxi-14,15-
epoxicneorina R e os esteróides 3-ȕ-O-ȕ-D-glucopiranosil, sitosterol, ȕ-
sitosterol, campesterol, estigmasterol e sitostenona.
Os limonóides 11ȕ-acetoxiobacunona, 1,2–diidro-1Į-acetoxi-11ȕ-
acetoxi-14,15-epoxicneorina R isolados de T. elegans estão sendo relatados pela
primeira vez no gênero Trichilia. Já as Ȗ-lactonas IX e X estão sendo relatadas
pela primeira vez na espécie T. claussenii.
A partir dos ensaios biológicos realizados com os extratos
orgânicos dos frutos, sementes e inflorescências das espécies T. catigua, T.
elegans e T. claussenii na concentração 10 mg/mL, foram observados que os
extratos metanólicos da semente de T. claussenii e inflorescências de T. catigua
apresentaram as maiores porcentagem de mortalidade sobre S. frugiperda. O
biomonitoramento do fracionamento do extrato metanólico das sementes de
T.
claussenii juntamente com a identificação estrutural das substâncias isoladas
mostraram que o conjunto dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos foram às
substâncias ativas no ensaio de toxicidade sobre S. frugiperda. Essas substâncias
apresentam-se como uma nova classe química inseticida, visto que era esperado
que os limonóides estivessem relacionados à atividade inseticida encontrada
para espécies da família Meliaceae.
Os ensaios de toxicidade realizados com ácidos graxos (C5-C16) na
concentração de 1,0 mg/mL não apresentaram altas taxas de mortalidade,
entretanto na concentração de 10,0 mg/mL observou-se que os ácidos
CONCLUSÕES
147
hexanóico, nonanóico e decanóico apresentaram resultados interessantes (90,0,
96,67 e 96,67 %, respectivamente).
A atividade do extrato metanólico das inflorescências de T. catigua
sobre S. frugiperda, provavelmente está relacionada à presença do flavonóide
ent-catequina, que através de ensaios de ingestão nas concentrações de 1, 10 e
50 mg/kg apresentaram mortalidade larval de 50,00, 53,33 e 66,67 %,
respectivamente (LEITE, 2005).
O estudo fitoquímico biomonitorado por ensaio biológico realizado
neste trabalho contribuiu para a descoberta da atividade biológica de algumas
substâncias, mostrando ser uma ferramenta muito importante para a descoberta
de compostos ativos.
Espera-se que os ensaios biológicos aqui reportados estimulem o
estudo do conjunto dos ácidos Ȧ-fenil alcanóicos e alquenóicos identificados, a
fim de conseguir uma substância, que sendo ativa possa servir de protótipo para
o desenvolvimento de novos inseticidas sobre a lagarta-do-cartucho do milho
Spodoptera frugiperda.
CONCLUSÕES
148
PARTE 6
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
150
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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