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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA – MESTRADO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: DENTÍSTICA RESTAURADORA
ALFONSO SÁNCHEZ-AYALA
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA CICLAGEM TÉRMICA E MECÂNICA NA
EFETIVIDADE DA INTERFACE ADESIVA
PONTA GROSSA
2008
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ALFONSO SÁNCHEZ-AYALA
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA CICLAGEM TÉRMICA E MECÂNICA NA
EFETIVIDADE DA INTERFACE ADESIVA
Dissertação apresentada para obtenção do título de
mestre na Universidade Estadual de Ponta Grossa, no
Curso de Mestrado em Odontologia - Área de
concentração em Dentística Restauradora.
Orientadora: Prof
a
. Dr
a
. Osnara Maria Mongruel
Gomes.
PONTA GROSSA
2008
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DADOS CURRICULARES
Alfonso Sánchez-Ayala
NASCIMENTO 01.12.1979 Lima – Peru
FILIAÇÃO Isabel Eusébia Ayala Valencia de Sánchez
Alfonso Sánchez Chacaltana
1998-2002 Curso de Graduação em Estomatologia
Universidade Peruana Cayetano Heredia
(UPCH)
Lima – Peru
2003 Aperfeiçoamento em Reabilitação Implanto-
Suportada
Universidade Peruana Cayetano Heredia
(UPCH)
Lima – Peru
2006- Curso de Pós-Graduação em Odontologia
Área de Concentração – Dentística
Restauradora, Nível Mestrado,
Universidade Estadual de Ponta Grossa
(UEPG)
Ponta Grossa – Paraná
ALFONSO SÁNCHEZ-AYALA
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA CICLAGEM TÉRMICA E MECÂNICA NA
EFETIVIDADE DA INTERFACE ADESIVA
Dissertação apresentada para obtenção do titulo de mestre na Universidade
Estadual de Ponta Grossa, no Curso de Mestrado em Odontologia – Área de
concentração em Dentística Restauradora.
Ponta Grossa, 31 de janeiro de 2008.
Profa. Dra. Osnara Maria Mongruel Gomes – Orientadora
Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG
Prof. Dr. João Carlos Gomes
Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG
Prof. Dr. Rui Fernando Mazur
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR
Isto é para Isabel, Alfonso, Alejandro e Sheila.
O esforço final sempre será por vocês.
AGRADECIMENTOS
A Deus por me permitir ser filho seu.
Ao Governo Brasileiro e ao do Paraná pela manutenção do Mestrado em
Odontologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
À Universidade Estadual de Ponta Grossa por me receber nas suas aulas.
Á Profª. Drª. Osnara Maria Mongruel Gomes por a sua dedicação, contribuição
acadêmica e sugestões na orientação desta dissertação. A senhora foi mais do que
uma orientadora, sem sua condução este trabalho não poderia ter sido realizado.
Ao Prof. Dr. João Carlos Gomes por sua contribuição intelectual e logística na
realização deste trabalho.
À Profª Ms. Leyla Delgado Cotrina por confiar em mim na realização deste Mestrado
e por sua ajuda incondicional.
Ao Prof. Dr. Manuel Oscar Lagravère Vich por seu aporte direto nesta pesquisa, e
por sua amizade.
Ao Prof. Dr. Fabio André Santos por seu aporte crítico e coerente no
desenvolvimento desta dissertação.
Ao Tec. Dr. Milton D. Michel por sua importante contribuição nesta dissertação.
À Morgana das Graças Procz dos Santos e ao Ms. Celso Bilynkievycz dos Santos
por a sua ajuda na execução deste estudo.
À Camila Maggi Maia Silveria e a Eloísa de Paula Godoy, colegas do mestrado, por
sua sinceridade, companheirismo e amizade durante a realização do curso.
Aos bons funcionários da Universidade Estadual de Ponta Grossa por criar as
condições necessárias para a realização da minha dissertação.
A meus pais por seu apoio incondicional e por me ensinar que a dica é o esforço
para evitar se esforçar.
É preciso estudar para ganhar o mundo e conquistá-lo para Deus.
Então, elevaremos o plano do nosso esforço,
procurando que a atividade realizada se converta em encontro com o Senhor,
e sirva de base aos outros, aos que hão-de seguir o nosso caminho...
(São Josemaría Escrivã – Sulco 526)
Sánchez-Ayala A. Avaliação da influência da ciclagem térmica e mecânica na
efetividade da interface adesiva. [Dissertação – Mestrado em Odontologia – Área de
Concentração – Dentística Restauradora]. Ponta Grossa: Universidade Estadual de
Ponta Grossa; 2008.
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA CICLAGEM TÉRMICA E MECÂNICA NA
EFETIVIDADE DA INTERFACE ADESIVA
RESUMO
A proposição deste estudo foi avaliar in vitro a efetividade adesiva em cavidades de
classe V utilizando quatro diferentes sistemas adesivos, sendo submetidas a
termociclagem e carga cíclica oclusal. As cavidades tiveram uma dimensão de
3x2x1.8 mm
3
e foram realizadas na união amelo-cementária em vestibular e lingual
de 80 pré-molares humanos (n=160). Os sistemas adesivos empregados foram
Adper
TM
Single Bond 2, AdheSE
®
, Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
e One Coat 7.0. A
resina composta utilizada foi Synergy
®
D6. Os procedimentos de adesão e
fotopolomerização (600 mW/cm
2
) foram realizados convencionalmente e seguindo
as recomendações do fabricante. Os espécimes foram divididos em 4 grupos (n=40)
segundo o tipo sistema adesivo utilizado. Cada grupo foi dividido em 4 subgrupos
(n=10) segundo o tipo de estresse aplicado (termociclagem, carga cíclica oclusal e
termociclagem+carga cíclica oclusal). Cada subgrupo incluiu 1 grupo controle sem
estresse. A termociclagem foi realizada utilizando 500 ciclos a 5-55 °C, 15 seg de
tempo de permanência em cada temperatura e 5 seg de tempo de transferência. A
carga cíclica oclusal foi realizada aplicando uma força de 40-70 N durante 50000
ciclos com freqüência de 2 Hz. Posteriormente, os espécimes foram
impermeabilizados e imersos em agente traçador de solução a 50 % de nitrato de
prata por 2 horas. Finalmente, os espécimes foram preparados para a avaliação da
efetividade adesiva por meio de microscopia óptica 40X (ocorrência de
microinfiltração marginal) e microscopia eletrônica de varredura 1000x (formação de
fendas). A microinfiltração do agente traçador foi mensurada qualitativa (escore) e
quantitativamente (µm). A largura das fendas foi medida (µm) em 3 pontos do centro
da parede axial. Os testes de Kruskal-Wallis e post-hoc de Dunn, e ANOVA two-way
e post-hoc Bonferroni foram utilizados na análise estatística. Apesar das poucas
diferenças significativas encontradas no desempenho dos sistemas adesivos
utilizados, pôde-se observar a tendência ao aumento da microinfiltração marginal
nos grupos submetidos especificamente a termociclagem. Por outro lado, a
formação de fendas axiais apresentaram progressivamente maior largura nos grupos
submetidos a termociclagem, carga cíclica e termociclagem+carga cíclica. Conclui-
se que os sistemas adesivos avaliados apresentaram efetividade adesiva similar
quando foram submetidos a estresse térmico e mecânico.
Palavras-chave: Infiltração Dentária. Adesivos Dentinários. Nitrato de Prata.
Sánchez-Ayala A. Avaliação da influência da ciclagem térmica e mecânica na
efetividade da interface adesiva. [Dissertação – Mestrado em Odontologia – Área de
Concentração – Dentística Restauradora]. Ponta Grossa: Universidade Estadual de
Ponta Grossa; 2008.
EVALUATION OF THERMAL AND MECHANICAL CYCLING IN ADHESIVE
INTERFACE EFFECTIVENESS
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate in vitro the adhesive effectiveness in class V
cavities using four different adhesive systems, being submit to thermocycling and
occlusal load cycling. The cavities had a dimension of 3x2x1.8 mm
3
and were made
on amelo-cement junction on buccal and lingual of 80 human premolars (n=160). The
used adhesive systems were Adper
TM
Single Bond 2, AdheSE
®
, Adper
TM
Prompt
TM
L-
Pop
TM
and One Coat 7.0. The used composite was Synergy
®
D6. The adhesive and
photopolymerization (600 mW/cm
2
) proceedings were made conventionally and
following the manufacturer recommendations. The specimens were divided in 4
groups (n=40) according to adhesive system used. Each group was divided in 4
subgroups (n=10) according to applycated stress (thermocycling, occlusal load
cycling and thermocycling+occlusal load cycling). Each subgroup included 1 control
group without stressing. The thermocycling was made using 500 cycles, with 5-55 °C,
dwell time of 15 seg and transfer time of 5 seg. The occlusal load cycling was made
applying a force of 40-70 N during 50000 cycles with 2 Hz of frequency. Later, the
specimens were impermeabilited and immersed in tracer agent of 50 % silver nitrate
solution by 2 hours. Finally, the specimens were prepared for adhesive effectiveness
evaluation through optic microscopy 40X (marginal microleakage occurrence) and
scanning electronic microscopy 1000X (gaps formation). The tracer agent
microleakage was measured qualitative (score) and quantitatively (µm). The gap
width was measured (µm) on 3 points of center of axial wall. The Kruskal-Wallis and
post-hoc de Dunn, and ANOVA two-way and post-hoc Bonferroni tests were used on
statistic analysis. Despite of few differences found in used adhesive system
performance, the tendency could be observed to the increase of the marginal
microleakage in the submitted groups specifically to thermocycling. On the other
hand, the axial gaps formation presented progressively higher width in the submitted
groups to thermocycling, occlusal load cycling and thermocycling+occlusal load
cycling. It was concluded that the used adhesive system presented similar adhesive
effectiveness when were submitted to thermal and mechanical stress.
Key-words: Dental Leakage. Dentin-Bonding Agents. Silver Nitrate.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Análise da integridade da superfície dental através de lupa
(10X)............................................................................................ 37
Figura 2 - Aparelho de perfuração. Foi determinada uma profundidade de
1.8 mm, altura oclusocervical de 2 mm (diâmetro da ponta
diamantada 3131), e largura de 3 mm (diâmetro da ponta
diamantada 3131 mais 0.5 mm para mesial e distal................... 40
Figura 3 - A perfuração foi iniciada com uma broca de carbeto tungstênio
N° 6 e terminada com a ponta diamantada N° 3131................... 40
Figura 4 - Aparência das cavidades terminadas.......................................... 41
Figura 5 - Comprovação das dimensões da cavidade com um paquímetro 41
Figura 6 - Forma de aplicação dos sistemas adesivos utilizados................ 46
Figura 7 - Aparelho fotopolimerizador halógeno e radiômetro utilizados..... 48
Figura 8 - Restaurações classe V nas faces vestibular e lingual
concluídas.................................................................................... 48
Figura 9 - Superfície dental impermeabilizada e restauração isolada......... 50
Figura 10 - Máquina de termociclagem e procedimento de estresse
térmico......................................................................................... 50
Figura 11 - Máquina de carga cíclica oclusal, cilindro de PVC com resina
epóxica para fixação das raízes dos dentes, e ponta aplicadora
da força........................................................................................ 51
Figura 12 - Calibração da força aplicada (40-70 N) por meio de célula de
carga (El Quip) e procedimento de carga oclusal........................ 51
Figura 13 - Exposição dos espécimes no nitrato de prata (direita) e no
revelador (esquerda)................................................................... 53
Figura 14 - Dentes pigmentados pelo agente traçador (nitrato de prata)...... 53
Figura 15 - Máquina de corte e disco de corte............................................... 54
Figura 16 - Corte mésio-distal para separação de ambas as restaurações
e corte sagital no meio da restauração........................................ 54
Figura 17 - Estado dos dentes durante os cortes.......................................... 55
Figura 18 - Microscópio óptico para análise da microinfiltração marginal..... 55
Figura 19 - Superfícies dispostas para análise microscópica........................ 57
Figura 20 - Imagens alteradas para melhor visualização dos diferentes
graus de microinfiltração no esmalte (fileira superior) e na
dentina (fileira inferior)................................................................. 58
Figura 21 - Análise quantitativa e qualitativa da microinfiltração marginal.... 58
Figura 22 - Aparelho de Ultra-som para limpeza dos espécimes e
dessecador.................................................................................. 59
Figura 23 - Aparelho e procedimento de metalização áurica dos espécimes 59
Figura 24 Microscópio eletrônico de varredura............................................ 60
Figura 25 - Diferentes dimensões de fendas axiais encontradas nas
eletromicrofotografias.................................................................. 60
Figura 26 - Medição das fendas axiais (μm) em três pontos pré-
determinados............................................................................... 61
Gráfico 1 - Mediana e intervalo interquartil dos escores de microinfiltração
marginal no esmalte.................................................................... 64
Gráfico 2 - Mediana e intervalo interquartil dos escores de microinfiltração
marginal na dentina..................................................................... 65
Gráfico 3 - Média e desvio padrão dos valores de microinfiltração marginal
no esmalte................................................................................... 66
Gráfico 4 - Média e desvio padrão dos valores de microinfiltração marginal
na dentina.................................................................................... 67
Gráfico 5 - Média e desvio padrão da largura das fendas axiais.................. 68
Figura 27 - Lugar de fratura da interface adesiva e formação de fenda axial 77
Figura 28 - Crack (em interface integra) entre a camada de adesivo e a
resina composta.......................................................................... 78
Figura 29 - Falso positivo devido à permeabilidade tubular dentinária.
E=esmalte, D=dentina................................................................. 82
Figura 30 - Relação entre as paredes da cavidade e a orientação dos
túbulos. E=esmalte, D=dentina.................................................... 82
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Descrição do processo de seleção de artigos. *artigos
repetidos já incluídos em Medline............................................... 21
Tabela 2 - Sistemas adesivos utilizados...................................................... 42
Tabela 3 - Composição dos sistemas adesivos utilizados........................... 43
Tabela 4 - Divisão dos grupos (n=10 cavidades) segundo o tratamento
aplicado. TC=Termociclagem, CCO=Carga cíclica oclusal........ 43
Tabela 5 - Resina composta utilizada.......................................................... 47
Tabela 6 - Escores e mediana de microinfiltração marginal obtidos nas
margens localizadas no esmalte. C: Controle, TC:
Termociclagem, CCO: Carga cíclica oclusal, TCCCO:
Termociclagem+Carga cíclica oclusal. Letras diferentes
representam diferenças significativas (Testes de Kruskal-
Wallis e post-hoc Dunns p<0.05)................................................ 63
Tabela 7 - Escores e mediana de microinfiltração marginal obtidos nas
margens localizadas na dentina. C: Controle, TC:
Termociclagem, CCO: Carga cíclica oclusal, TCCCO:
Termociclagem+Carga cíclica oclusal. Letras diferentes
representam diferenças significativas (Testes de Kruskal-
Wallis e post-hoc Dunns p<0.05)................................................ 64
Tabela 8 - Valores de microinfiltração marginal (µm) obtidos nas margens
localizadas no esmalte. C: Controle, TC: Termociclagem,
CCO: Carga cíclica oclusal, TC-CCO: Termociclagem+Carga
cíclica oclusal. Letras diferentes representam diferenças
significativas................................................................................ 65
Tabela 9 - Valores de microinfiltração marginal obtidos nas margens
localizadas na dentina. C: Controle, TC: Termociclagem, CCO:
Carga cíclica oclusal, TC-CCO: Termociclagem+Carga cíclica
oclusal. Letras diferentes representam diferenças
significativas................................................................................ 66
Tabela 10 - Tabela 10 – Largura das fendas axiais apresentadas pelos
sistemas adesivos submetidos aos diferentes tipos de
estresse. C: Controle, TC: Termociclagem, CCO: Carga cíclica
oclusal, TCCCO: Termociclagem+Carga cíclica oclusal. Letras
diferentes representam diferenças significativas (Testes de
ANOVA two-way e post-hoc Bonferroni p<0.05)........................ 67
Tabela 11 - Parâmetros utilizados nos testes de termociclagem................... 84
Tabela 12 - Medidas de tendência central dos parâmetros empregados
nos estudos que incluíram termociclagem.................................. 85
Tabela 13 - Parâmetros utilizados nos testes de carga cíclica e carga
cíclica mais termociclagem......................................................... 85
Tabela 14 - Resultados de microinfiltração. Letras diferentes representam
diferenças significativas.............................................................. 86
Tabela 15 - Porcentagem de microinfiltração. Letras diferentes
representam diferenças significativas......................................... 88
Quadro 1 - Porcentagem de microinfiltração para diferentes sistemas
adesivos...................................................................................... 90
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BisGMA Bisfenol-A-glicidimetacrilato
Ec-MEV Microscópio eletrônico de varredura de emissão de campo
GDMA Glicerol dimetacrilato
HEMA 2-hidroxietil metacrilato
MEV Microscópio eletrônico de varredura
MMA Ácido metacrílico metil ester
NMSA Ácido Metacriloil amino salicílico
PVC Policloreto de vinila
TEGDMA Triethylene glycol dimethacrylate
TINUVINP 2-[(2-hydroxy-5-methyl)phenyl]-2H-benzotriazole
LISTA DE SÍMBOLOS
Aproximadamente
X Aumento
cm Centímetro
* Chamada
bis Duas vezes
° Grau
°C Grau Célsius
Hz Hertz (oscilações por segundo)
- Intervalo
Kg Kilograma
> Maior
+ mais
± Mais ou menos
™ Marca Registrada
MPa Mega Pascal (Nm
-2
)
< Menor
μm Micrômetro
mm Milímetro
mW/cm
2
Miliwatt/centímetro quadrado
min Minuto
nm Nanômetro
N Newton (kgms
-2
)
AgNO
3
Nitrato de prata
# Número
n Número de amostra
I Número romano um
II Número romano dois
III Número romano três
IV Número romano quatro
V Número romano cinco
x Por
pH Potencial de hidrogênio iônico
®
Registrado
seg Segundo
/ Separação dentro de um mesmo conjunto
p Significância
TM
Registrado
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO........................................................................................ 17
2
REVISÃO DE LITERATURA.................................................................. 20
3
PROPOSIÇÃO........................................................................................ 37
4
MATERIAL E MÉTODO......................................................................... 38
4.1 SELEÇÃO DOS DENTES....................................................................... 38
4.2 PREPARO DAS CAVIDADES................................................................ 39
4.3 MATERIAIS UTILIZADOS....................................................................... 42
4.4 PROCEDIMENTOS RESTAURADORES............................................... 42
4.4.1 Sistema Adesivo Adper
TM
Single Bond 2 (3M-ESPE)............................. 44
4.4.2 Sistema adesivo AdheSE
®
(Ivoclar Vivadent)......................................... 44
4.4.3 Sistema adesivo Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
(3M-ESPE)....................... 44
4.4.4 Sistema Adesivo One Coat 7.0 (Coltène Whaledent
®
)........................... 45
4.4.6 Técnica de Confecção da Restauração com Resina Composta............ 47
4.5 PROCEDIMENTOS DE ESTRESSE...................................................... 49
4.5.1 Estresse por Termociclagem.................................................................. 49
4.5.2 Estresse por Carga Cíclica Oclusal........................................................ 49
4.6 EFETIVIDADE ADESIVA........................................................................ 52
4.6.1 Medição da Microinfiltração Marginal..................................................... 52
4.6.1.1 Exposição ao Agente Traçador............................................................... 52
4.6.1.2 Preparo dos Corpos de-prova para Análise............................................ 52
4.6.1.3 Leitura da Penetração do Agente Traçador............................................ 52
4.6.2 Medição das Fendas Axiais.................................................................... 56
4.7 PLANEJAMENTO ESTATÍSTICO........................................................... 62
5
RESULTADOS....................................................................................... 63
5.1 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL..... 63
5.2 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL.. 65
5.3 AVALIAÇÃO DAS FENDAS AXIAIS....................................................... 67
6
DISCUSSÃO........................................................................................... 69
6.1 ESTRESSE TÉRMICO........................................................................... 69
6.2 EXPOSIÇÃO A ÁGUA............................................................................ 74
6.3 TIPO DE SOLVENTE............................................................................. 75
6.4 CARGA CÍCLICA OCLUSAL.................................................................. 77
6.5 AGENTE TRAÇADOR............................................................................ 81
6.6 MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL......................................................... 83
7
CONCLUSÃO......................................................................................... 93
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 94
ANEXO A -
APROVAÇÃO DO PROJETO PELA COMISSÃO DE ÉTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA
GROSSA COEP-UEPG..................................................................
109
1 INTRODUÇÃO
O sucesso de um tratamento restaurador direto adesivo encontra-se
em função da sua capacidade para manter a estabilidade e integridade da interface
adesiva (Henostroza
1
2002). Desta maneira, a forma de interação do sistema
adesivo com o substrato dentário é considerada como um aspecto crítico na
dentística (Hilton
2
2002). Na atualidade, os mecanismos de adesão ao esmalte são
previsíveis, possibilitando alcançar o sucesso clínico; por outro lado, os métodos e
sistemas de adesão à dentina ainda são discutidos e alguns não devidamente
comprovados (Osório et al.
3
2005). Isto acontece devido à diferente disposição
estrutural e dinâmica do substrato dentinário (Pashley, Carvalho
4
1997). Como
resultado, o desenvolvimento científico de novos componentes ou gerações de
sistemas adesivos se produz rapidamente e em pouco tempo. Além disso, estas
modificações complexas na produção de novos polímeros os fazem menos
previsíveis com relação a sua longevidade. Igualmente, a avaliação por meio de
estudos clínicos longitudinais que ofereçam a garantia final de um novo material é
complicado pela variável tempo (Van Meerbeek et al.
5
2003).
O mecanismo de adesão a esmalte e dentina é essencialmente um
processo de intercambio que envolve a substituição dos minerais removidos dos
tecidos duros dentários por monômeros resinosos, os quais se imbricam micro-
mecanicamente nas porosidades criadas (Eick et al.
6
1997). Por tanto, diferentes
estratégias têm sido elaboradas para cumprir este objetivo. Estas estratégias se
refletem na diferente composição dos sistemas adesivos e sua diferente maneira de
inter-difusão. Estes se dividem em adesivos convencionais e autocondicionantes. Os
primeiros podem ser divididos em adesivos de três componentes (condicionador,
primer e adesivos separados/três passos) e de dois componentes (condicionador, e
primer e adesivo juntos/dois passos). Os segundos igualmente podem ser divididos
em autocondicionantes de dois componentes (primer acidificado e adesivo) e de um
componente (primer acidificado e adesivo juntos/1 passo com ou sem ativação
prévia destes). Segundo o grau de acidez do primer, estes podem se classificar em
suaves e fortes (Van Meerbeek et al.
7
2001). Os fortes têm um pH<1 e produzem na
dentina uma inter-difusão parecida aos adesivos convencionais. Os suaves têm um
pH2 e dissolvem a superfície da dentina só parcialmente, estabelecendo além do
fenômeno micro-mecânico, um mecanismo de adesão química, por meio das
18
interações entre grupos fosfatos ou carboxilos específicos com cristais de
hidroxiapatita remanescentes (Yoshida et al.
8
2004). Os autocondicionantes não só
eliminam a fase de enxágüe, o qual diminui o tempo de aplicação clínica, senão que
reduz significativamente a sensibilidade da técnica ou o risco de errar durante a
aplicação (Perdigão, Lopes
9
1999).
Como se mencionou anteriormente, o ensaio clínico é o método mais
adequado para a verificação da efetividade adesiva, porém critérios menos objetivos
são utilizados para esta avaliação, como integridade marginal ou descoloração,
oferecendo pouca informação sobre a verdadeira causa da falha da restauração.
Além disso, fatores externos na confecção das restaurações, condições de
funcionamento oral de cada paciente e localização dos dentes avaliados podem ser
muito influentes (Bayne et al.
10
1991, Van Meerbeek et al.
11
1998). Finalmente, seu
custo e consumo de tempo clínico os fazem difíceis de executar. Tendo como
parâmetro de avaliação a presença da restauração, os adesivos convencionais de
três componentes e os autocondicionantes de dois, apresentam melhor
comportamento clinico do que os convencionais de dois componentes e claramente
dos autocondicionantes de um componente (Pneumans et al.
12
2005).
Em contraste, estudos in vitro podem isolar variáveis e co-fatores
relacionados com a efetividade adesiva e determinar a influência de cada um deles
na longevidade da restauração. A utilização de restaurações de classe V oferece
vantagens na avaliação da efetividade adesiva: não provêem retenção macro-
mecânica, podem ser avaliadas conjuntamente as margens no esmalte e na dentina,
e são facilmente restauradas (De Munck et al.
13
2005). Uma ferramenta para avaliar
a efetividade adesiva através do tempo é a simulação in vitro das condições orais
que acelerem a degradação da interface adesiva. Dois destes métodos de estresse
são a carga cíclica oclusal (Cardoso et al.
14
2002) e a termociclagem (Galé, Darvell
15
1999). Esta avaliação pode ser feita através da medição do grau de
microinfiltração marginal de agentes traçadores (Galé, Darvell
16
1999) e da avaliação
de fendas na interface adesiva utilizando microscopia eletrônica de varredura (Alani,
Toh
17
1997).
A microinfiltração marginal se define como a passagem de bactérias,
fluidos, moléculas ou íons entre as paredes cavitárias e o material restaurador
aplicado nela (Kidd
18
1976), o qual se constitui no maior fator de influência na
longevidade das restaurações (Retief
19
1987). Na atualidade os adesivos são
19
incapazes de prevenir a microinfiltração (De Munck et al.
13
2005), e os diferentes
métodos de avaliação determinam uma alta variabilidade entre os resultados obtidos
(Hilton
20
2002). Estes resultados são contraditórios, ainda que possam variar
segundo sua composição (Brackett et al.
21
2004), sendo a efetividade dos adesivos
autocondicionantes de um componente, cada vez mais prometedora sem diferenças
na microinfiltração entre as margens de esmalte e dentina (Owens, Johnson
22
2007).
De acordo com as considerações anteriormente descritas, a
proposição deste estudo foi avaliar in vitro a efetividade adesiva em cavidades de
classe V restauradas com resina composta micro-híbrida e quatro diferentes
sistemas adesivos, sendo submetidas a termociclagem e carga cíclica oclusal.
20
2 REVISÃO DE LITERATURA
A busca em bases de dados computarizadas foi executada
utilizando MEDLINE, MEDLINE In-Process & Other Non-Indexed Citations,
EMBASE, Web of Science, LILACS, e todas as revisões EBM de the Cochrane
Library (Cochrane Database of Systematic Reviews, ACP Journal Club, DARE e
CCTR). A busca foi limitada aos últimos 15 anos (1992).
Os estudos in vitro elegidos foram aqueles cujo objetivo fosse a
avaliação da microinfiltração marginal e da presença de fendas axias na interface
adesiva, seguindo os seguintes critérios:
•Estudos que envolvam dentes humanos permanentes.
•Comparação de sistemas adesivos aplicados em cavidades classe
V (cavidades nas faces vestibular e/ou lingual na região cervical de
dentes), e restaurados com resina composta.
•Padronização do tipo de cavidade, tipo de resina composta (não
fluída) e do tipo de fotopolimerização (convencional).
•Utilização de termociclagem e carga cíclica oclusal como
ferramentas de indução de estresse nas restaurações.
•Utilização da técnica de pigmentação e avaliação visual
magnificada direta, qualitativa ou quantitativa, para a avaliação da
microinfiltração marginal.
•Utilização de microscopia eletrônica de varredura para avaliação
de fendas na interface adesiva.
• Artigos que não apresentassem a padronização anteriormente
mencionada, mas que possuam no seu conteúdo grupos controles
ou informação comparável aos critérios de inclusão descritos.
21
As palavras chave utilizadas na busca foram as raízes Leak$,
Gap$, Cycl$ e Classe V. A seleção inicial de estudos potenciais foi determinada pela
leitura dos títulos e resumos de cada artigo identificado. Qualquer discrepância na
seleção de um artigo foi solucionada por meio de discussão entre os avaliadores. A
seleção final dos artigos foi realizada independentemente pelos avaliadores depois
da obtenção e leitura dos artigos originais completos, sendo os resultados
comparados. As listas de referências foram igualmente avaliadas manualmente em
procura de publicações relevantes que tivessem sido perdidas no processo. No caso
onde dados específicos fossem necessários para discussão, e não estivesse
especificada no artigo, tentou-se o contato com os autores com a finalidade de obter
a informação requerida. A data de busca foi até dezembro de 2007 (Tabela 1).
Tabela – 1 Descrição do processo de seleção de artigos.
*
artigos repetidos já incluídos em Medline
2665403Total
8817Manual
6585
Lylacs
03 (3
*
)18The Cochrane Library
16 (5
*
)75Web of Science
004
Embase
011 (11)106
Medline In-Process & Other Non-Indexed Citations
1111
*
95Medline
Artigos Úteis
Seleção
Final
Seleção
Inicial
Base de dados eletrônica (1992-2007)
2665403Total
8817Manual
6585
Lylacs
03 (3
*
)18The Cochrane Library
16 (5
*
)75Web of Science
004
Embase
011 (11)106
Medline In-Process & Other Non-Indexed Citations
1111
*
95Medline
Artigos Úteis
Seleção
Final
Seleção
Inicial
Base de dados eletrônica (1992-2007)
22
Crim
23
(1993) avaliou o efeito de envelhecimento in vitro na
microinfiltração marginal. As cavidades classe V (n=80) foram realizadas na união
amelo-cementária em vestibular e lingual de 40 molares (4x2x1 mm). O esmalte foi
biselado e as restaurações foram realizadas com condicionamento convencional e
Prisma Universal Bond 3/APH, Scotchbond MultiPurpose/Z100, Imperva Bond/APH,
Denthesive/Charisma, All-Bond 2/Bisfil M e ionômero de vidro resinoso Fuji II LC. As
restaurações foram colocadas empregando 2 incrementos e Fuji II LC em um só
incremento. Os procedimentos de adesão e polimerização foram realizados
convencionalmente seguindo as instruções do fabricante. Os dentes foram
armazenados em água a 37 °C por 24 h e termociclados (100 ciclos/23 seg a 37 °C-
4 seg a 12 °C -23 seg a 37°C-4 seg a 54 °C). Foi avaliada a microinfiltração marginal
da metade dos espécimes seccionados (n=2) pelo método de pigmentação em
fucsina básica por 24 h e visão microscópica (X50). Os outros espécimes foram
armazenados em água e termociclados cada 30 dias durante 6 meses e
posteriormente avaliados. Os sistemas adesivos APH/Imperva Bond,
Z100/Scotchbond Multi-Purpose e Fuji II LC não foram afetados pela armazenagem,
enquanto APH/Prisma Universal Bond 3, Charisma/Denthesive e Bisfil M/All-Bond 2
apresentaram um ligeiro aumento da microinfiltração marginal na margem cemento-
dentinária. Concluiu-se que apesar dos sistemas adesivos não apresentarem
microinfiltração marginal após 24 h de armazenamento, isto não foi conclusivo após
6 meses.
Crim e Schmidt
24
(1993), estudaram a resistência a microinfiltração
marginal de sistemas adesivos com glutaraldeído. As cavidades classe V (4x2.5x1
mm) foram preparadas na união amelo-cementária de vestibular e lingual de
molares. Os espécimes foram divididos em 6 grupos de acordo ao tratamento
recebido: Gluma Bond System (Gluma Sealer não polimerizado)/APH, Gluma Bond
System (Gluma Sealer polimerizado)/APH, Gluma Bond System/Silux Plus,
Syntac/APH, Syntac/Silux Plus e Prisma Universal Bond 3/APH. As resinas
compostas foram colocadas através da técnica incremental e os procedimentos
adesivos realizados convencionalmente. Posteriormente, os espécimes foram
termociclados (100 ciclos/12-37-4/23-4 seg em cada temperatura), pigmentados em
solução de fucsina básica durante 24 h, e seccionados longitudinalmente com a
finalidade de ser avaliados por visão magnificada (50X). Não houve diferenças
23
significativas nas margens amelo-dentinárias, enquanto nas margens cemento-
dentinárias, as restaurações aderidas com Gluma Bond System apresentaram
significativamente maior grau de microinfiltração marginal. Não houve diferenças no
desempenho dos outros sistemas adesivos. Concluiu-se também que a habilidade
de selamento do Gluma Bonding System pode afetar-se pelo tipo da resina
composta utilizada na restauração.
Davidson e Abdalla
25
(1994) avaliaram o efeito da carga cíclica
oclusal na integridade marginal. As cavidades classe V (n=144) foram realizadas na
união amelo-cementária em vestibular e lingual de 72 molares inferiores (3x2.5x2
mm). O esmalte foi biselado. As restaurações foram realizadas com Ketac-Fil, Fuji II
LC, Ketac-Bond/Pertac, Photac-Bond/Pertac, Scotchprep-60 seg/Scotchbond 2/P50,
ácido maleico 10 %-15 seg/Scotchbond Multi-Purpose/P50, ácido cítrico 10 %+CaCl
2
20%-30 seg/Clearfil Liner Bond/Clearfil Photo Posterior e OptiBond primer
OptiBond/Herculite XR. Para as restaurações com cimento de ionômero de vidro, as
cavidades foram condicionadas com ácido poliacrílico 10 % por 10 seg. A resina
composta foi inserida em 2 incrementos. Os procedimentos de adesão e
polimerização foram realizados convencionalmente seguindo as instruções do
fabricante. Para cada combinação dos materiais 3 protocolos foram seguidos: sem
carga, com carga (5000 ciclos) a 125 N e a 250 N (n=6). Os dentes foram
pigmentados em solução a 2 % de azul de metileno (pH=2-12) por 24 h e
seccionados (n=2) para avaliação visual magnificada. Só os grupos de Fuji II LC,
Scotchbond Multi-Purpose, Clearfil Liner Bond e OptiBond não apresentaram
microinfiltração marginal. Após a carga de 125 N, os grupos de Ketac-Fil, Ketac-
Bond e Scotchbond 2 aumentaram significativamente a microinfiltração marginal. O
aumento da carga (250 N) resultou no aumento da microinfiltração marginal dos
grupos, exceto para Scotchbond Multi-Purpose, Clearfil Liner Bond. Concluiu-se que
após envelhecimento com carga cíclica, as restaurações com resina composta
apresentaram perfeito selamento marginal.
Fortin et al.
26
(1994) compararam a microinfiltração marginal de 3
sistemas adesivos. As cavidades classe V (3x2x1.5 mm) foram preparadas na união
amelo-cementária de vestibular de 40 molares. Os dentes foram divididos em 4
grupos segundo o tratamento recebido: All-Bond 2, OptiBond, Scotchbond Multi
24
Purpose e Scotchbond Dual Cure (controle). As restaurações foram realizadas com
a resina composta Silux Plus. Os procedimentos adesivos foram realizados
convencionalmente e a resina composta foi inserida incrementalmente.
Posteriormente, os dentes foram termociclados (500 ciclos/5-55 °C/30 seg em cada
temperatura), pigmentados em solução a 0.5 % de fucsina básica durante 24 h e
seccionados longitudinalmente para mensuração da extensão da infiltração. Não
houve diferenças significativas na microinfiltração marginal na margem cemento-
dentinária. O sistema adesivo OptiBond e o grupo controle apresentaram
significativamente menor microinfiltração marginal na margem cemento-dentinária.
Com exceção do grupo controle, não houve diferenças significativas entre as
margens quando comparadas em cada grupo. Concluiu-se que o sistema adesivo
OptiBond apresentou o melhor desempenho.
Fortin et al.
27
(1994) avaliaram a relação entre resistência adesiva
ao cisalhamento e microinfiltração marginal de diferentes sistemas adesivos. As
restaurações de classe V foram realizadas na união amelo-cementária de vestibular
de 80 molares. As restaurações foram realizadas com All-Bond 2, Clearfil Liner
Bond, Gluma 2000, Imperva Bond, OptiBond, Prisma Universal Bond 3, Scotchbond
Multi-Purpose ou Scotchbond Dual-Cure (controle), e restauradas com resina
composta de micro-partículas. Os procedimentos adesivos e de fotopolimerização
foram realizados convencionalmente. A dentina de lingual dos dentes foi exposta,
polida e restaurada para avaliação da resistência adesiva. Posteriormente os
espécimes foram termociclados (500 ciclos). A resistência adesiva ao cisalhamento
foi realizada utilizando uma máquina de ensaio universal e a microinfiltração
marginal por meio da técnica padrão de nitrato de prata. Os sistemas adesivos
Clearfill Liner Bond e OptiBond, que incluíram resina fluida como material
intermediário, apresentaram o maior valor de resistência adesiva. O sistema adesivo
Prisma Universal Bond 3 apresentaram significativamente a menor microinfiltração.
Não houve correlação entre os valores resistência adesiva e microinfiltração
marginal, porém conclui-se que se pôde observar uma tendência de aqueles
adesivos com menor resistência, a apresentar uma maior microinfiltração.
Candido et al.
28
(1997) fizeram uma avaliação qualitativa da
microinfiltração marginal em restaurações com resina composta. As cavidades
25
classe V (n=60) foram realizadas na união amelo-cementária de 30 pré-molares
(3X2X1.5 mm). Se formaram 4 grupos segundo os sistemas restauradores
empregados: Scotchbond Multipurpose/Z100, PAAMA 2/Glacier (técnica
única/mesmo fabricante), e Scotchbond Multipurpose/Glacier, PAAMA 2/Z100
(técnica mista/diferente fabricante). A técnica utilizada foi a técnica incremental. Os
procedimentos de adesão e polimerização (500 mW/cm
2
) foram realizados
convencionalmente seguindo as instruções do fabricante. Os dentes foram
armazenados em água destilada a 37 °C durante 7 dias. Posteriormente, os dentes
foram termociclados (200 ciclos/10-50 °C/30 seg em cada temperatura). Finalmente
os dentes foram pigmentados em solução a 50 % de nitrato de prata por 2 h,
seccionados (n=4) e avaliados com visão magnificada. Não houve diferença
significativa entre a microinfiltração marginal apresentada entre os materiais
restauradores. Conclui-se que o desempenho dos sistemas restauradores foi
satisfatório, inclusive quando se utilizou sistema adesivo e resina composta de
diferente fabricante.
Yap et al.
29
(1998) compararam o selamento marginal de 4
sistemas adesivos. As cavidades classe V (n=192) foram realizadas separadamente
(n=2 por dente) no esmalte e na dentina da superfície vestibular de 96 molares.
Foram formados 4 grupos (n=24), os quais foram restaurados com Scotchbond
Multipurpose, Prime & Bond 2.0 e Bisco One-Step. As restaurações foram realizadas
com resina composta Silux Plus em 2 incrementos. Finalmente, um grupo foi
restaurado com ácido poliacrilico a 20 %/cloruro de alumínio/Fuji Bond LC. Os
procedimentos de adesão e polimerização foram realizados convencionalmente
seguindo as instruções do fabricante. Os dentes foram armazenados em solução
salina isotônica a 37 °C por 1 semana. A metade dos espécimes foram
termociclados (500 ciclos/5-34-65 °C/10 seg em cada temperatura/2 seg de
transferência), pigmentados em solução a 0.5 % de fucsina básica durante 24 h a 37
°C, seccionados (n=2) e avaliados por estereomicroscopia (40X). Não houve
diferença significativa entre os grupos, exceto para o grau de microinfiltração
marginal da margem cemento-dentinária dos espécimes termociclados, onde Fuji
Bond LC apresentou menor microinfiltração marginal. O grau de microinfiltração
marginal do sistema adesivo Bisco One-Step foi menor do que Prime & Bond 2.0. O
sistema adesivo Scotchbond Multipurpose apresentou significativamente maior
26
microinfiltração marginal. Concluiu-se que a termociclagem afetou o selamento
marginal, mas isto foi dependente do produto e do substrato.
Campos et al.
30
(1999) avaliaram a ocorrência de fendas axiais em
restaurações classe V. As cavidades classe V (2x2x1.5 mm) foram realizadas na
união amelo-cementária em vestibular e lingual de 30 molares. Os sistemas
adesivos utilizados foram: One-Step, Prime&Bond 2.0 e Scotchbond Multi-Purpose.
As restaurações foram realizadas com resina composta Prisma TPH. Os
procedimentos adesivos e de fotopolimerização (400-500 mW/cm
2
) foram realizados
convencionalmente. Posteriormente, os dentes foram termociclados (200 ciclos/8-55
°C/15 seg em cada temperatura), seccionados longitudinalmente e preparados
(n=20) para microscopia eletrônica de varredura (1500X). O sistema adesivo One-
Step apresentou significativamente menor largura de fendas axiais. Não houve
diferença significativa entre os sistemas adesivos Prime&Bond 2.0 e Scotchbond
Multi-Purpose. Conclui-se que nenhum dos sistemas adesivos avaliados pode evitar
a formação de fendas axiais, sendo o sistema adesivo One Step quem apresentou
melhor desempenho.
Cardoso et al.
31
(1999) compararam o grau de microinfiltração
marginal de 5 sistemas adesivos. As cavidades classe V (3x3x2 mm) foram
realizadas na união amelo-cementária em vestibular de molares (n=50). Os materiais
empregados foram Single Bond, PQ1, Prime & Bond NT, Etch & Prime 3.0 e
Experimental BEH. As cavidades foram restauradas com resina composta Z100. Os
procedimentos de adesão e polimerização (Optilux 500/600 mW/cm
2
) foram
realizados convencionalmente seguindo as instruções do fabricante. Os espécimes
foram armazenados pós-extração em água a 37 °C por 7 dias. Finalmente, os
dentes foram termociclados (700 ciclos/5-55 °C/60 seg em cada temperatura),
pigmentados por solução a 50 % nitrato de prata (pH=6.7) por 2 h, e seccionados
longitudinalmente (n=2) para avaliação visual magnificada. O sistema adesivo Etch &
Prime 3.0 obteve significativamente a maior microinfiltração marginal na união
amelo-dentinária. Nenhum sistema eliminou a microinfiltração marginal em dentina.
O sistema adesivo PQ1 teve significativamente menor microinfiltração marginal do
que Etch & Prime 3.0 e Single Bond. Conclui-se que os sistemas adesivos
convencionais de dois passos apresentaram selamento efetivo na margem amelo-
27
dentinária, na margem cemento-dentinária não pôde ser evitada. O sistema adesivo
autocondicionante Etch & Prime 3.0 apresentou um pobre desempenho, o qual pode
predizer um pobre comportamento clínico.
Gomes et al.
32
(1999) fizeram uma análise da microinfiltração
marginal de 3 sistemas adesivos. As cavidades de classe V (n=60) foram realizadas
na união amelo-cementária em vestibular e lingual de 30 terceiros molares (3x2x1.8
mm). O esmalte foi biselado. Os dentes foram divididos em 3 grupos (n=20) e
restaurados com os sistemas adesivos Paama, One-Step e Clearfil Liner Bond 2. As
restaurações foram realizadas com resina composta Silux Plus através de 3
incrementos. Os procedimentos de adesão e polimerização foram realizados
convencionalmente seguindo as instruções do fabricante. Os dentes foram
armazenados em soro fisiológico a 37 °C durante 24 h. Finalmente os dentes foram
termociclados (100 ciclos/10-50 °C/15 seg em cada temperatura), pigmentados em
solução a 50 % de nitrato de prata por 2 h e seccionados (n=2) para avaliação
estereomicroscópica (20X). A margem cemento-dentinária apresentou maior
microinfiltração marginal. Os sistemas adesivos Paama e One-Step evitaram
totalmente a microinfiltração marginal na margem amelo-dentinária, a qual foi
mínima para Clearfil Liner Bond 2. Não houve diferença significativa na
microinfiltração na margem cemento-dentinária. Conclui-se que os sistemas
adesivos evitaram a microinfiltração marginal na margem amelo-dentinária, a qual
não foi diferente na margem cemento-dentinária.
Pilo e Ben-Amar
33
(1999) compararam o grau de microinfiltração
marginal de 6 sistemas adesivos. As cavidades (n=96) foram realizadas na união
amelo-cementária em vestibular e lingual de 48 molares (4x2x2 mm). Os dentes
foram divididos em 6 grupos (n=16) de acordo com o sistema adesivo empregado:
Optibond FL, Solobond, All Bond 2, One-Step, Scotchbond Multi-Purpose e Single
Bond. As restaurações foram realizadas com resina composta Z100. A
fotopolimerização (Optilux 401-Demetron) foi feita convencionalmente seguindo as
instruções do fabricante. Os dentes foram armazenados em água destilada a 37 °C
por 7 dias. Os dentes foram submetidos a carga cíclica (500 ciclos/10 kg/1 Hz) e a
termociclagem (1400 ciclos/5-55 °C/10 seg em cada temperatura). Posteriormente,
os dentes foram pigmentados em solução a 0.5 % de fucsina básica e cortados em
28
sentido vestíbulo-lingual (n=5) para avaliação visual magnificada. Os sistemas
adesivos Scotchbond Multi-Purpose e Single Bond apresentaram menor
microinfiltração marginal na margem amelo-dentinária. O One-Step e Optibond FL
obtiveram menor microinfiltração na margem cemento-dentinária. Concluiu-se que os
sistemas adesivos convencionais de 2 passos se comportaram de maneira similar
aos convencionais de 3 passos. O sistema adesivo Scotchbond Multi-Purpose
apresentou o melhor selamento na margem amelo-dentinária e os sistemas adesivos
One-Step e Optibond FL apresentaram o melhor selamento na margem cemento-
dentinária.
Gomes et al.
34
(2000) fizeram uma avaliação da microinfiltração
marginal de 4 sistemas adesivos. As cavidades de classe V (n=56) foram realizadas
na união amelo-cementária em vestibular e lingual de 28 terceiros molares (3x2x1.8
mm). O esmalte foi biselado. Os dentes foram divididos em 4 grupos (n=14) e
restaurados com os sistemas adesivos Excite, Prime & Bond NT, Prompt L-Pop e
One Coat Bond. As restaurações foram realizadas com resina composta Durafill
através de 3 incrementos. Os procedimentos de adesão e polimerização foram
realizados convencionalmente seguindo as instruções do fabricante. Os dentes
foram armazenados em soro fisiológico a 37 °C durante 24 h. Posteriormente, os
dentes foram termociclados (500 ciclos/10-50 °C/15 seg em cada temperatura),
pigmentados em solução a 50 % de nitrato de prata por 2 h e seccionados (n=2)
para avaliação estereomicroscópica (20X). A margem cemento-dentinária
apresentou maior microinfiltração marginal. Os sistemas adesivos Excite, Prime &
Bond NT, Prompt L-Pop evitaram totalmente a microinfiltração marginal na margem
amelo-dentinária, a qual foi mínima para One Coat Bond. Não houve diferença
significativa na microinfiltração na margem cemento-dentinária. Conclui-se que os
sistemas adesivos evitaram a microinfiltração marginal na margem amelo-dentinária,
a qual não foi diferente na margem cemento-dentinária.
Moura et al.
35
(2000) avaliaram a microinfiltração marginal de 3
sistemas adesivos. As cavidades (n=40) foram realizadas na união amelo-
cementária em vestibular e lingual de 20 terceiros molares (3x2x2 mm). Os dentes
foram divididos em 4 grupos (n=10) e restaurados com: (controle) Scotchbond
Multipurpose Plus, Prime & Bond 2.1, Single Bond, Bond 1 e resina composta
29
Sculpit-It. Os procedimentos de adesão e polimerização (XL 3000/450 mW/cm
2
)
foram realizados convencionalmente seguindo as instruções do fabricante. Os
dentes foram armazenados em água destilada por 7 dias. Posteriormente, os dentes
foram termociclados (500 ciclos/5-55 °C/60 seg em cada temperatura), pigmentados
em solução a 0.5 % de azul de metileno por 8 h e seccionados (n=2) para avaliação
visual magnificada (20X). Não houve diferença significativa entre os grupos na
margem amelo-dentinária ou cemento-dentinária, ainda que esta última
apresentasse significativamente maior microinfiltração marginal. Conclui-se que o
selamento marginal foi similar entre os sistemas adesivos convencionais de 2 e 3
passos (controle).
Al-Ehaideb e Mohammed
36
(2001) compararam o grau de
microinfiltração marginal de 5 sistemas adesivos. As cavidades classe V (3x3x1.5
mm) foram realizadas na união amelo-cementária em vestibular de 60 pré-molares,
sendo o esmalte biselado. As restaurações foram divididas em 6 grupos (n=10) e
realizadas com Bond 1, Single Bond, Tenure Quick com flúor, One-Step e Prime &
Bond 2.1, utilizando resina composta Z100 através de 2 incrementos. O grupo
controle foi constituído pelo sistema adesivo Tenure All Surface. Os procedimentos
de adesão e polimerização foram realizados convencionalmente seguindo as
instruções do fabricante. Após 5 dias de armazenamento em água, os dentes foram
termociclados (500 ciclos/5-55 °C/60 seg em cada temperatura, pigmentados em
solução a 0.2 % de fucsina básica por 24 h e seccionados longitudinalmente (n=2)
para avaliação visual magnificada (10X). Não foi evidente a microinfiltração marginal
na margem amelo-dentinária. Não houve diferença significativa entre a
microinfiltração marginal na margem cemento-dentinária. Conclui-se que os sistemas
adesivos apresentaram similar selamento marginal do que o grupo controle (Tenure
All Surface) e que ensaios clínicos são necessários para sua avaliação.
Lucena Martín et al.
37
(2001) estudaram a microinfiltração marginal
de diferentes sistemas adesivos. As cavidades classe V (4x5x4 mm) foram
realizadas na união amelo-cementária de vestibular de 90 dentes unirradiculares. Os
dentes foram divididos em 6 grupos (n=15) e restaurados com os seguintes sistemas
adesivos: One Step, Prime & Bond 2.0, Syntac Single, Single Bond, Optibond Solo e
Syntac Sprint. A resina composta utilizada foi Degufill Ultra de forma incremental. A
30
fotopolimerização foi realizada convencionalmente. Os espécimes foram divididos
em 3 sub-grupos (n=5 restaurações) segundo os seguintes tratamentos recebidos:
pigmentação em solução de azul de metileno a 2 % e 37 °C durante 1 semana, o
mesmo tratamento durante 31 dias, e termociclagem (500 ciclos/5-55 °C/30 seg em
cada temperatura) e pigmentação durante 1 semana. Finalmente, os dentes foram
seccionados longitudinalmente (n=2) com a finalidade de ser avaliados com visão
magnificada (10x). Ao comparar as margens (esmalte vs cemento), só houve
diferença significativa entre elas após termociclagem, quando se utilizaram os
sistemas adesivos Prime & Bond 2.0, Single Bond e Syntac Sprint. Não houve
diferenças significativas nas margens amelo-dentinária nos diferentes tratamentos.
Porém, nas margens cemento-dentinárias, houve diferenças significativas entre os
grupos, sendo o sistema adesivo Optibond Solo, quem apresentou a menor
microinfiltração marginal. Além, na margem cemento-dentinária houve diferença
significativa entre os períodos de 7 dias, com e sem termociclagem para os sistemas
adesivos Prime & Bond 2.0 e Syntac Single. Finalmente, ao comparar os períodos
de pigmentação entre 7 e 31 dias, só houve diferença significativa para as
restaurações realizadas com o sistema adesivo Single Bond. Concluiu-se que todos
os sistemas adesivos apresentaram um comportamento similar nas margens amelo-
dentinária, cuja permeabilidade não foi significativamente afetada pelos diferentes
tempos de pigmentação nem pela termociclagem. O sistema adesivo Optibond Solo
apresentou o melhor selamento na margem cemento-dentinária.
Manhart et al.
38
(2001) estudaram o grau de microinfiltração de 9
sistemas adesivos. As cavidades de classe V (4x2 mm) foram realizadas na união
amelo-cementária de 90 molares, sendo o esmalte biselado. Formaram-se 9 grupos
(n=10) segundo o sistema adesivo empregado: Syntac Sprint/Tetric Ceram, Syntac
Single-Component/Tetric Ceram, One Step/Aeliteflo, Aquaprep+One Step/Aeliteflo,
Prime & Bond 2.1/TPH, Optibond Solo/Prodigy, Single bond/Z100, Tenure
Quik/Marathon e Solobond M/Arabesk. Os procedimentos de adesão e
polimerização (Elipar Highlight-2 step mode-40 seg) foram realizados
convencionalmente seguindo as instruções do fabricante. Os dentes foram
armazenados em água destilada a 37 °C por 24 h, termociclados (1000 ciclos/5-55
°C/30 seg em cada temperatura), replicados para avaliação MEV (200X),
pigmentados em solução a 5 % de azul de metileno por 1 h a 37 °C, e seccionados
31
(n=8) para avaliação estereomicroscópica (60X). O sistema adesivo Syntac Single-
Component/Tetric Ceram apresentou maior porcentagem de margens perfeitas do
que One Step/Aeliteflo e SolobondM/Arabesk. O sistema adesivo Aquaprep+One
Step/Aeliteflo mostrou maior microinfiltração na margem amelo-dentinária. Concluiu-
se que apesar da redução da microinfiltração marginal, nenhum sistema adesivo
pôde evitá-la completamente.
Gagliardi e Avelar
39
(2002) avaliaram a microinfiltraçao marginal de
diferentes sistemas adesivos. As cavidades classe V (3x2.5x1.5 mm) foram
preparadas na união amelo-cementária em vestibular e lingual de 42 pré-molares e
molares. Os espécimes foram divididos em 7 grupos (n=6) e restaurados com os
seguintes sistemas adesivos: Single Bond, Prime & Bond NT, Excite, Durafill Bond,
Etch and Prime 3.0, Prompt L-Pop e Vitremer (controle). Todos os grupos exceto o
controle foram restaurados com a resina composta Charisma através da técnica
incremental. A fotopolimerização foi realizada convencionalmente. Os dentes
permaneceram armazenados em água destilada a 37 °C por 24h. Posteriormente, os
dentes foram termociclados (200 ciclos/5-55 °C/60 seg em cada temperatura),
pigmentados em solução de nitrato de prata a 50 % durante 12 h, e seccionados
longitudinalmente (n=4) para posterior avaliação visual magnificada das margens
cemento-dentinárias. Durafill Bond apresentou significativamente o maior grau de
microinfiltração. Não houve diferenças significativas entre os outros sistemas
adesivos. Concluiu-se que, com exceção de Durafill Bond, os sistemas adesivos
autocondicionantes tiveram o mesmo desempenho do que os convencionais.
Campos et al.
40
(2002) avaliaram a influência do tempo de
condicionamento dentinário sobre a microinfiltração marginal. As cavidades classe V
(2.5x2x1.8 mm) foram preparadas na união amelo-cementária em vestibular e lingual
de 20 molares. As restaurações foram realizadas com os sistemas adesivos
Prime&Bond 2.1 ou Single Bond e resina composta Z100 com a técnica incremental.
Os tempos de condicionamento ácido para ambos os sistemas adesivos foi de 15 e
30 seg. Os procedimentos de adesão e polimerização (Ultralux Eletronic/400-450
mW/cm
2
) foram realizados convencionalmente seguindo as instruções do fabricante.
Posteriormente, os dentes foram termociclados (200 ciclos/8-55 °C/15 seg em cada
temperatura), pigmentados em solução a 0,2% de Rodamina a 37ºC durante 24 h e
32
cortados longitudinalmente para posterior avaliação visual magnificada (20X) das
margens cemento-dentinárias. Considerando-se o tempo de 30 segundos, o sistema
adesivo Prime&Bond 2.1 apresentou melhor comportamento no controle da
microinfiltração na margem cemento-dentinária do que o Single Bond. Para o tempo
de condicionamento de 15 segundos, os materiais estudados não apresentaram
diferenças significativas em relação a infiltrações cervicais. Concluiu-se que o tempo
de condicionamento produziu efeitos diferentes nos dois materiais estudados. No
tempo de 15 segundos obteve-se o melhor resultado com o sistema adesivo Single
Bond, enquanto o tempo de 30 segundos foi melhor para o Prime&Bond 2.1.
Abo et al.
41
(2004) compararam a eficácia adesiva de dois sistemas
adesivos. As cavidades classe V (3x1.5 mm) foram realizadas na união amelo-
cementária em vestibular de 20 pré-molares. As restaurações foram realizadas com
os sistemas adesivos AD Bond ou Clearfil SE Bond e resina composta Charisma
com a técnica de um só incremento. Os procedimentos de adesão e polimerização
(Optilux 401/Demetron/>400 mW/cm
2
) foram realizados convencionalmente
seguindo as instruções do fabricante. Os dentes foram termociclados (5000 ciclos/5-
55 °C/30 seg em cada temperatura), pigmentados em solução a 0.5 % de fucsina
básica por 2 h e seccionados longitudinalmente (n=2) para avaliação
estereomicroscópica (50X). Adicionalmente foram empregados mais 20 restaurações
para medir a resistência adesiva à micro-tração (1 mm/min) de cada adesivo em
esmalte e dentina após 24 h de armazenagem em água. A resina composta foi
colocada por meio da técnica incremental, sendo os espécimes realizados com a
técnica non-trimming (1x0.5 mm). Finalmente, três incisivos foram empregados para
avaliar através de Ec-MEV, o efeito do autocondicionamento em um passo (AD
Bond) e do autocondicionamento em 2 passos (Clearfil SE Bond primer). O esmalte
destes foi desgastado, cortados em 3 seções e os sistemas adesivos aplicados. O
sistema adesivo AD Bond apresentou significativamente maior microinfiltração
marginal do que Clearfil SE Bond na margem amelo-dentinária, mas menor
microinfiltração marginal não significativa na margem cemento-dentinária. AD Bond
obteve significativamente menor resistência à tração em esmalte. A estrutura dos
prismas do esmalte foi mais bem evidenciada com Clearfil SE Bond primer. Conclui-
se que AD Bond apresentou melhor eficácia adesiva, especialmente em dentina,
ainda que seu comportamento em esmalte fosse insatisfatório.
33
Brackett et al.
21
(2004) avaliaram a microinfiltração marginal
utilizando adesivos autocondicionantes de diferente pH. As cavidades (n=24) foram
realizadas na união amelo-cementária em vestibular e lingual de 12 terceiros
molares (5x3x2 mm), sendo o esmalte biselado. As restaurações foram realizadas
incrementalmente com resina composta Filtek Z250, utilizando os sistemas adesivos
adesivos Scotchbond Multi-Purpose, Prompt L-Pop e One-Up Bond F. Os
procedimentos de adesão e polimerização (Elipar TriLight/800 mW/cm
2
) foram
realizados convencionalmente seguindo as instruções do fabricante. Os espécimes
foram armazenados em água a 37 °C por 7 dias. Posteriormente, os dentes foram
termociclados (1000 ciclos/5-55°C/1 min em cada temperatura), pigmentados com
solução a 10 % de azul de metileno por 4 h, e seccionados (n=2) para avaliação
através de microscópio bilocular (20X). Foi observada somente microinfiltração
marginal na parede gengival: para Prompt L-Pop e One-Up Bond F 31%, e 50% para
Scotchbond Multi-Purpose. Conclui-se que não houve diferença entre os grupos.
Fermino e Dibb
43
(2004) avaliaram quantitativamente a
microinfiltração marginal. As cavidades classe V (3x2x2 mm) foram preparadas na
união amelo-cementária de vestibular e lingual de 15 pré-molares e molares. Os
dentes foram divididos em 3 grupos de acordo ao sistema adesivo empregado: One
Coat Bond, One Up Bond F e Clearfil SE Bond. As cavidades foram restauradas com
resina composta Z250 por meio da técnica incremental. Os procedimentos adesivos
foram realizados convencionalmente. Posteriormente, os dentes foram
termociclados (500 ciclos/5-55 °C/30 seg em cada temperatura), pigmentados em
solução de Rodamina B a 0.2 % por 24 h a 37 °C, e seccionados longitudinalmente
(n=4) para avaliação visual magnificada (2.5X). A microinfiltração marginal na
margem amelo-dentinária foi significativamente menor do que na margem cemento-
dentinária, para os sistemas adesivos Clearfil SE Bond e One Up Bond F. O sistema
adesivo One Coat Bond apresentou significativamente maior microinfiltração
marginal. Concluiu-se que nenhum sistema adesivo conseguiu evitar a
microinfiltração marginal, sendo esta menor na margem amelo-dentinária.
Santini et al.
43
(2004) avaliaram a influencia da configuração da
cavidade utilizando diferentes sistemas adesivos. As cavidades (forma de V de 2mm
e caixa de 3x2x1.5 mm) foram realizadas na união amelo-cementária em vestibular e
34
lingual de 96 molares e pré-molares. As restaurações forma realizadas com os
seguintes sistemas adesivos: Prompt L-Pop, Adper Prompt L-Pop, Clearfil SE Bond,
Prime & Bond, Xeno III, One-Up Bond, AdheSE e Prime & Bond NT. A resina
composta empregada foi Tetric Ceram. Os procedimentos adesivos e de
fotopolimerização foram realizados convencionalmente. Posteriormente os dentes
foram termociclados (5000 ciclos/5-55 °C/10 seg em cada temperatura),
pigmentados em solução de Procion Brilliant Red a 0.5% por 24 h, e seccionados
longitudinalmente (n=4) para avaliação visual magnificada (10X). Não houve
diferença significativa entre os sistemas adesivos quando foram comparados nas
margens cemento-dentinária e amelo-dentinária, porém esta margem apresentou
significativamente menor microinfiltração marginal. Conclui-se que ambos os tipos de
sistemas adesivos (convencionais e autocondicionantes) apresentaram igual
desempenho.
Bem-Amar et al.
44
(2005) compararam o grau de microinfiltração
marginal de 3 sistemas adesivos convencionais. As cavidades classe V (n=60) foram
realizadas na união amelo-cementária em vestibular e lingual de 30 molares (4x2x2
mm). Os sistemas adesivos empregados foram: One-Step, Single Bond e Dentamed
P&B. As restaurações foram realizadas com resina composta Z100. Os
procedimentos de adesão e polimerização (Optilux 401/Demetron) foram realizados
convencionalmente seguindo as instruções do fabricante. Os dentes foram
armazenados em água a 37 °C por 21 dias. Posteriormente, os dentes foram
submetidos à carga oclusal cíclica (2000 ciclos/4 Hz), termociclados (3000 ciclos/5-
55°C/10 seg em cada temperatura) e pigmentados em solução a 0.5 % de fucsina
básica por 72 h e seccionados (n=4) para avaliação estereomicroscópica. Não houve
diferença significativa na margem amelo-dentinária. Na margem cemento-dentinária,
o sistema adesivo One-Step apresentou significativamente menor grau de
microinfiltração marginal, seguido de Single Bond e Dentamed P&B. Conclui-se que
o envelhecimento através da combinação de ambas as metodologias é um teste
severo para avaliar a interface adesiva, o qual se manifesta principalmente na
margem cemento-dentinária.
Nunes et al.
45
(2006) verificaram o grau de microinfiltração
marginal de sistemas adesivos de diferente geração. As cavidades classe V (3x1.5
35
mm) foram realizadas na união amelo-cementária em vestibular e lingual de 40 pré-
molares. Os dentes foram divididos em 4 grupos (n=20), segundo o tratamento
recebido: resina composta Z250 sem tratamento adesivo (controle) ou aderidas com
Scotchbond Multi Purpose, Single Bond 2 e Clearfil SE Bond. A resina composta foi
colocada através da técnica incremental. A fotopolimerização foi realizada
convencionalmente. Após 24 h de armazenamento em água destilada a 37 °C, os
dentes foram termociclados (100 ciclos/5-55 °C/30 seg em cada temperatura),
pigmentados em solução azul de metileno a 37 ºC durante 24 h, e seccionados
longitudinalmente (n=2) para avaliação visual magnificada (10X). Os três tipos de
sistemas adesivos utilizados no estudo não mostraram diferença estatística
significante entre si. Também não houve diferença estatística significante entre
parede oclusal e cervical. Concluiu-se que os sistemas adesivos empregados
tiveram o mesmo grau de eficácia, mas não puderam evitar a microinfiltração
marginal.
Owens et al.
46
(2006) avaliaram a permeabilidade marginal de 8
sistemas adesivos. As cavidades (n=96) foram realizadas na união amelo-
cementária em vestibular e lingual de 96 molares (3x3x1.5 mm). O esmalte foi
biselado. Formaram-se 8 grupos (n=12) segundo o sistema restaurador empregado:
Optibond Solo Plus, iBond, Adper Prompt L-Pop, Xeno III, Simplicity, Nano-Bond,
Adper Scotchbond Multi-Purpose e Touch & Bond. As restaurações foram realizadas
com resina composta Z100. Os procedimentos de adesão e polimerização (Schein-
600 mW/cm
2
) foram realizados convencionalmente seguindo as instruções do
fabricante. Em seguida, os dentes foram armazenados em água destilada a 37 °C
por 7 dias. Os dentes foram termociclados (1000 ciclos/5-55 °C/60 seg em cada
temperatura/3 seg de transferência), pigmentados em solução a 1 % de azul de
metileno por 24 h, e seccionados longitudinalmente (n=2) para avaliação com
microscopia binocular (20X). Adper Scotchbond Multi-Purpose apresentou
significativamente menor microinfiltração marginal (exceto iBond) e iBond
apresentou significativamente menor microinfiltração marginal que Nano-Bond na
margem amelo-cementária. Na margem cemento-dentinária não houve diferenças
significativas. Concluiu-se que todos os sistemas adesivos apresentaram
microinfiltração marginal nas margens amelo-dentinária e cemento-dentinária, sendo
nesta significativamente maior (exceto para iBond). Entre autocondionantes, iBond
36
apresentou significativamente menor microinfiltração marginal que Nano-Bond na
margem amelo-cementária. Não houve diferença significativa na microinfiltração
marginal na margem cemento-dentinária.
Owens e Johnson
22
(2007) testaram o efeito de sistemas adesivos
autocondicionantes de um passo na permeabilidade marginal de cavidades classe V.
As cavidades (3x3x1.5 mm) foram realizadas na união amelo-cementária em
vestibular e lingual de 60 molares. Os sistemas adesivos utilizados foram: iBond, G-
Bond, Xeno IV and Clearfil S
3
Bond, tendo como grupo controle sem aplicação de
sistema adesivo. As restaurações foram efetuadas com resina composta Gradia
Direct. Os procedimentos adesivos e de fotopolimerização foram realizados
convencionalmente. Posteriormente os dentes foram termociclados (1000 ciclos/5-
55°C/60 seg em cada temperatura/3 seg de transferência), pigmentados com
solução de azul de metileno a 1 % por 24 h, e seccionados longitudinalmente (n=2)
para avaliação com microscopia binocular (20X). Houve diferença significativa entre
o controle e os demais grupos em ambas as margens. Na margem amelo-dentinária,
o sistema adesivo Xeno IV apresentou significativamente menor microinfiltração,
enquanto na margem cemento-dentinária, o sistema adesivo Clearfil S
3
Bond foi
significativamente menos permeável. Não houve diferença significativa quando
foram comparadas ambas as margens. Conclui-se que os sistemas adesivos
autocondicionantes de um passo utilizados neste estudo, apresentaram adequado
desempenho em ambas as margens das restaurações.
37
3 PROPOSIÇÃO
A proposição deste estudo foi avaliar in vitro a efetividade adesiva
em cavidades de classe V restauradas com resina composta micro-híbrida e quatro
diferentes sistemas adesivos, sendo submetidas à termociclagem e carga cíclica
oclusal.
A hipótese nula testada foi que não existe diferença na efetividade
adesiva entre as restaurações realizadas com sistemas adesivos de diferente
composição, e submetidas a estresse por termociclagem e carga cíclica oclusal.
38
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 SELEÇÃO DOS DENTES
Para a execução deste estudo foram selecionados 80 pré-molares
humanos recentemente extraídos e isentos de cárie dental, provenientes de
indivíduos com uma faixa etária de 20-30 anos de idade. A doação foi aprovada pelo
parecer Nº 17/2007 pela Comissão de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual
de Ponta Grossa-COEP-UEPG, tendo sido protocolado sob o número 06273, cujo
documento de aprovação está apresentado no anexo A. Após a extração, os dentes
foram limpos com curetas Mc Call 13-14 e 17-18 Hu Friedy* e cuba ultra-sônica Dabi
Atlante** a 40 KHz durante 30 minutos. Após a limpeza, foram examinados com lupa
estereoscópica Lambda LEB-3*** (10X), com a finalidade de detectarmos possíveis
trincas ou alterações estruturais que pudessem causar falha experimental (Figura 1).
Os dentes foram armazenados em água destilada à temperatura ambiente, até o
momento de serem preparados para a fase experimental, com a finalidade de
prevenir desidratação.
Figura 1 – Análise da integridade da superfície dental através de lupa (10X)
*Hu-Friedy Mfg. Co., Inc. 3232 N. Rockwell Street Chicago, IL 60618 EUA
**Dabi Atlante. Pres. Castelo Branco 2525. Ribeirão Preto SP-Brasil
***Equipamentos de laboratório Lambda SP-Brasil
39
4.2 PREPARO DAS CAVIDADES
Foram preparadas 160 cavidades de classe V no centro da união
amelocementária, localizadas na face vestibular e lingual dos dentes. Desta maneira
foram realizadas duas cavidades por cada pré-molar. A margem oclusal foi
localizada em esmalte e a gengival em dentina. As cavidades foram realizadas
inicialmente com uma broca de carbeto tungstênio N° 6*, a qual penetrou 1 mm de
profundidade no centro da futura cavidade. Em seguida, as dimensões finais das
cavidades foram realizadas com pontas diamantadas para alta rotação N° 3131 KG
Sorensen**, sob refrigeração continua. A cada grupo de cinco preparos a ponta
diamantada foi descartada e substituída por uma sem uso. Não foi realizado bisel
nas margens das cavidades. Todas as cavidades foram preparadas com auxílio de
um aparelho de perfuração El Quip***, com sensibilidade de 0.01mm (Figura 2-5).
Os preparos cavitários foram padronizados e apresentaram as
seguintes dimensões:
. Profundidade……………………………………………………............1.8 mm ± 0.1 mm
- Extensão ocluso-cervical............................................................... 2.0 mm ± 0.1 mm
- Extensão mésio-distal.....................................................................3.0 mm ± 0.1 mm
Posteriormente, as cavidades assim obtidas foram lavadas,
secadas e examinadas com lupa estereoscópica Lambda LEB-3 (10X), com a
finalidade de detectarmos possíveis trincas ou alterações estruturais que pudessem
ter sido causadas durante a execução do preparo cavitário, sendo que quando
fossem detectadas o dente era descartado.
*Beavers Dental. SS Laurel Dr. Morrisburg ON Canadá. Lote 2617955
**KG Sorensen Ind. e Comp. Ltda. Alphaville Barueri SP-Brasil
***Equipamentos para laboratório El Quip. Benjamim Constant 140. São Carlos SP-Brasil
40
Figura 2 – Aparelho de perfuração. Foi determinada uma profundidade de 1.8 mm, altura ocluso-
cervical de 2 mm (diâmetro da ponta diamantada 3131), e largura de 3 mm (diâmetro da
ponta diamantada 3131 mais 0.5 mm para mesial e distal*
Figura 3 – A perfuração foi iniciada com uma broca de carbeto tungstênio N° 6 e terminada com a
ponta diamantada N° 3131
*As medidas tiveram variação de ± 0.1 mm
41
Figura 4 – Aparência das cavidades terminadas
Figura 5 – Comprovação das dimensões da cavidade com um paquímetro*
* Paquímetro digital Mitutoyo. Tokyo-Japan
42
4.3 MATERIAIS UTILIZADOS
Os sistemas adesivos utilizados foram convencionais e
autocondicionantes especificados na Tabela 3 e 4. A resina composta micro-híbrida
padronizada empregada na restauração das cavidades foi Synergy
®
D6 (Coltène
Whaledent
®
)*.
4.4 PROCEDIMENTOS RESTAURADORES
Os dentes foram divididos aleatoriamente, segundo os 4 diferentes
sistemas adesivos utilizados e o tipo de estresse empregado (Tabela 3).
Todos os sistemas adesivos e a resina composta foram utilizados e
aplicados nas cavidades de acordo com as recomendações dos fabricantes
descritas nas bulas de cada um.
Tabela 2 – Sistemas adesivos utilizados
*Coltène Whaledent®
AG Feldwiesenstrasse 20 CH-9450 Altastätten/Schweiz. Lote 070205-CK
43
Tabela 3 – Composição dos sistemas adesivos utilizados*
Tabela 4 - Divisão dos grupos (n=10 cavidades) segundo
o tratamento aplicado.
TC=Termociclagem, CCO=Carga cíclica oclusal
*Informação fornecida pelos fabricantes
Adesivo: BisGMA, HEMA, dimetacrilatos, etanol, água, sistema fotoiniciador,
copolímero funcional de metacrilato de ácidos poliacrílico e polialcenóico, 5nm
de silano tratado com sílica coloidal 10%
-
-
Adesivo (câmera vermelha):ésteres fosfóricos metacrilatados, Bis-GMA,
iniciadores baseados em canforquinona, estabilizadores
7.7Adhesivo: Bis-GMA, GDMA, HEMA, sílica fumada, canforquinona, amina
terciária, estabilizadores.
-
0.85
1.7
0.6
pH
Metacrilato de polialcenoato, metacrilato do ácido fosfórico, HEMA,
dimetacrilatos, fotoiniciadores incluindo canforquinona, etanol e água
One Coat 7.0
(1 Bond)
Primer acidificado (câmera amarela): HEMA, água, ácido polialcenóico,
estabilizadores
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
Primer: Acrilato do ácido fosfórico, bisacrilamida, água, canforquinona,
estabilizadores
AdheSE
®
Condicionador: Ácido fosfórico à 35 %
Adper
TM
Single Bond 2
ComposiçãoSistema adesivo
Adesivo: BisGMA, HEMA, dimetacrilatos, etanol, água, sistema fotoiniciador,
copolímero funcional de metacrilato de ácidos poliacrílico e polialcenóico, 5nm
de silano tratado com sílica coloidal 10%
-
-
Adesivo (câmera vermelha):ésteres fosfóricos metacrilatados, Bis-GMA,
iniciadores baseados em canforquinona, estabilizadores
7.7Adhesivo: Bis-GMA, GDMA, HEMA, sílica fumada, canforquinona, amina
terciária, estabilizadores.
-
0.85
1.7
0.6
pH
Metacrilato de polialcenoato, metacrilato do ácido fosfórico, HEMA,
dimetacrilatos, fotoiniciadores incluindo canforquinona, etanol e água
One Coat 7.0
(1 Bond)
Primer acidificado (câmera amarela): HEMA, água, ácido polialcenóico,
estabilizadores
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
Primer: Acrilato do ácido fosfórico, bisacrilamida, água, canforquinona,
estabilizadores
AdheSE
®
Condicionador: Ácido fosfórico à 35 %
Adper
TM
Single Bond 2
ComposiçãoSistema adesivo
Condicionador+primer+adesivo
One Coat 7.0
(1 Bond)
Condicionador+primer+adesivo
(ativação prévia)
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
Condicionador+primer-adesivo
AdheSE
®
Condicionador-primer+adesivoAdper
TM
Single Bond 2
TC+CCOCCOTCControle
Tipo de Estresse
Classificação por componentesSistema Adesivo
Condicionador+primer+adesivo
One Coat 7.0
(1 Bond)
Condicionador+primer+adesivo
(ativação prévia)
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
Condicionador+primer-adesivo
AdheSE
®
Condicionador-primer+adesivoAdper
TM
Single Bond 2
TC+CCOCCOTCControle
Tipo de Estresse
Classificação por componentesSistema Adesivo
44
4.4.1 Sistema Adesivo Adper
TM
Single Bond 2 (3M-ESPE)*
O condicionamento ácido foi realizado em esmalte e dentina
durante 15 segundos com ácido fosfórico a 35% Scotchbond
TM
Etchant. O
condicionador foi enxaguado com abundante água e posteriormente a cavidade
secada com um jato de ar. A superfície da dentina foi deixada ligeiramente úmida.
Não foi empregado ar comprimido para remover o excesso de água remanescente.
Este foi realizado utilizando papel absorvente. Imediatamente o sistema adesivo foi
aplicado agitando-se duas vezes. Um suave jato de ar foi aplicado com a finalidade
de evaporar o solvente e remover os excessos de adesivo, resultando em uma
camada lisa e brilhante (Figura 6).
4.4.2 Sistema Adesivo AdheSE
®
(Ivoclar Vivadent)**
Foi aplicado uma adequada quantidade de AdheSE Primer na
cavidade previamente seca da cavidade. Esta foi iniciada pelo esmalte e umectou
todas as superfícies da cavidade durante 15 segundos. O excesso foi dispersado
com um jato de ar até que a película superficial do líquido não foi mais visível. A
seguir, foi aplicado AdheSE Bond, iniciando pela dentina. Utilizando um jato de ar foi
dispersado o excesso de AdheSE Bond, evitando o acúmulo do material (Figura 6).
4.4.3 Sistema Adesivo Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
(3M-ESPE)*
O conteúdo dos compartimentos vermelho (adesivo) e amarelo
(primer) do pirulito foi adequadamente misturado seguindo as diretrizes do
fabricante. Imediatamente o sistema adesivo foi aplicado e agitado, na superfície
previamente seca da cavidade, durante 15 segundos. Posteriormente, a superfície
dentária foi secada com um jato de ar com a finalidade de evaporar o solvente.
Finalmente foi aplicada uma segunda camada de adesivo, mas sem friccionar, de tal
forma que fique uma camada de adesivo fina, lisa e sem excessos (Figura 6).
*3M-ESPE Dental Products. St. Paul MN 55144. Lotes 4BC e 293053
**Ivoclar Vivadent AG. Bendererstrasse 2 FL-9494 Schaan Liechtenstein. Lotes J09568 e K02683
45
4.4.4 Sistema Adesivo One Coat 7.0 (1 Bond) (Coltène Whaledent
®
)*
Duas camadas foram aplicadas e agitadas sobre a superfície de
cada cavidade seca durante 20 segundos. O excesso do adesivo foi removido com
um micro-pincel (específico para o sistema adesivo) e um jato de ar durante 5
segundos. Desta maneira se formou uma camada de adesivo o mais uniformemente
possível. Antes da aplicação do sistema adesivo o recipiente foi agitado com o
objetivo de garantir a homogeneidade da suas soluções.
Todos os sistemas adesivos, aplicados no esmalte e na dentina, foram
fotoativados por 20 segundos com um aparelho fotopolimerizador de lâmpada
halógena Demetron Optilux**. Este teve intensidade de luz de 600 mW/cm²,
controlada por meio de um radiômetro***.
*Coltène Whaledent AG Feldwiesenstrasse 20 CH-9450 Altastätten/Schweiz. Lote 070205-CK
**Demetron Research Corporation,
EUA. Modelo N°UCL 403. Série 4830671. Ponteira Turbo de 10 mm
***Curing radiometer Demetron Research Corporation, EUA
46
Figura 6 – Forma de aplicação dos sistemas adesivos utilizados
Adper
TM
Single Bond 2
Adper
TM
Promt
AdheSE
®
1 Bond
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
One Coat 7.0
(One Bond)
47
4.4.5 Técnica de Confecção da Restauração com Resina Composta
Foi selecionada e padronizada uma resina composta
fotopolimerizável microhíbrida Synergy
®
D6 (Coltène Whaledent
®
) (Tabela 4). Para
sua inserção foram utilizados três incrementos com fotoativação independente. O
primeiro incremento foi colocado de forma obliqua na margem cervical e fotoativado.
O segundo incremento foi igualmente colocado de forma obliqua na margem oclusal
e fotoativado. Ambos os incrementos foram colocados de tal maneira que
contatassem as paredes mesial e distal, e o fundo a cavidade. O terceiro e último
incremento foi colocado paralelo à cavidade, de maneira que preenchesse a toda
ela, com cuidado de vedar completamente o ângulo cavosuperficial em seguida
fotoativado. Os incrementos foram colocados com uma espátula para resina
composta Thompson #6* e com ajuda de um pincel. A fotoativação dos incrementos
foi realizada por 40 segundos, também com uma unidade de luz halógena Demetron
Optilux com 600 mW/cm
2
de potência, aferida por meio de um radiômetro (Figura 7).
Depois de concluídas as restaurações, os dentes foram armazenados em água
destilada durante 24 horas a 37°C, em uma estufa Quimis
®
**. Após este período as
restaurações foram submetidos ao polimento, utilizando discos de lixa diamont PRO
(MFG)*** de granulação média, fina e superfina montados em contra-ângulo em
baixa rotação (Figura 8).
Tabela 5 – Resina composta utilizada****
*Dental MFG Co. EUA
**Quimis
®
Estufa mini incubadora. Modelo Q315M
***Dental MFG, Co. EUA
****Informação fornecida pelo fabricante
48
Figura 7 – Aparelho 7fotopolimerizador halógeno e radiômetro utilizados
Figura 8 – Restaurações classe V nas faces vestibular e lingual concluídas
49
4.5 PROCEDIMENTOS DE ESTRESSE
Com o propósito de deixar exposta a interface adesiva da
restauração e vedar todas as outras possíveis vias permeáveis, os ápices
radiculares dos dentes foram selados com resina acrílica, e a superfície isolada com
uma camada de éster de cianocrilato* e duas camadas de esmalte de unha comum
colorido**, aplicados em toda a superfície do dente, exceto na restauração e 1 mm ±
0.1 mm ao redor de seu perímetro (Figura 9).
4.5.1 Estresse por Termociclagem
Os dentes foram expostos a Termociclagem (Máquina de Simulação
de Ciclos Térmicos ElQuip***) por 500 ciclos em água destilada entre temperaturas
de 5°C ± 2°C e 55°C ± 2°C. O tempo de permanência em cada temperatura foi de 15
segundos com um tempo de transferência de 5 segundos (Figura 10). Em seguida,
os dentes foram armazenados em estufa com água destilada por 24 horas a 37°C.
4.5.2 Estresse por Carga Cíclica Oclusal
Os dentes foram montados no centro de cilindros de PVC de 20 mm
de diâmetro e 30 mm de altura. Os cilindros foram preenchidos com resina
epóxica**** e as raízes dos dentes imersas nela até o limite estabelecido pelo
isolamento do dente. Os conjuntos foram colocados em uma Máquina de Simulação
de Fadiga (ElQuip*****), com os pontos de carga formando uma angulação de 90°
com o centro da superfície oclusal (Figura 11,12). A força aplicada foi estabelecida
em uma faixa de 40-70 N durante 50000 ciclos com freqüência de 2 Hz. Durante o
procedimento, os dentes estiveram em água destilada a 37°C. Os grupos controles
não foram estressados e a avaliação da sua efetividade adesiva foi diretamente
avaliada.
*Henkel Ltda. Brasil. Lote: JM0090
**Cinco produtos químicos e farmacêuticos Ltda. Colombo PR. Lote: 10177548
***Equipamentos para laboratório El Quip. Modelo: MSCT-3. Benjamim Constant 140. São Carlos SP-Brasil
****Casa do silicone
®
Pará 1670 Água Verde Curitiba PR-Brasil. Lote: 20411
*****Equipamentos para laboratório El Quip. Modelo: MSFM. Benjamim Constant 140. São Carlos SP-Brasil
50
Figura 9 – Superfície dental impermeabilizada e restauração isolada
Figura 10 – Máquina de termociclagem e procedimento de estresse térmico
51
Figura 11 – Máquina de carga cíclica oclusal, cilindro de PVC com resina epóxica para fixação das
raízes dos dentes, e ponta aplicadora da força
Figura 12 – Calibração da força aplicada (40-70 N) por meio de célula de carga (El Quip) e
procedimento de carga oclusal
52
4.6 EFETIVIDADE ADESIVA
A Efetividade Adesiva foi medida por meio da avaliação do grau de
microinfiltração marginal e da amplitude das fendas axiais.
4.6.1 Medição da Microinfiltração Marginal
4.6.1.1 Exposição ao Agente Traçador
Os dentes foram imersos em solução de Nitrato de Prata (AgNO
3
) a
50%, por duas horas, em um ambiente escuro e fechado. Depois de eliminar a
solução de Nitrato de Prata de cada dente, estes foram colocados em uma solução
reveladora pura*, durante 16 horas sob luz fluorescente, com a finalidade de facilitar
a redução dos íons de prata para prata metálica (Figura 13 e 14).
4.6.1.2 Preparo dos Corpos de-prova para Análise
Os dentes foram lavados em água corrente e as camadas de
esmalte de cianocrilato removidas com lâminas de bisturi # 15. Posteriormente, os
dentes foram fixados em um cubo de madeira (2x1x4 cm) através de cera
pegajosa** e levados a uma máquina de corte IsoMet
®
***. Estes foram cortados
transversal e longitudinalmente em sentido vestíbulo-lingual e mésio-distal a uma
velocidade de 300 rpm sob refrigeração continua com água, por meio de um disco
diamantado. Desta maneira foram obtidas 4 superfícies de avaliação por dente,
sendo 2 vestibulares e 2 linguais (Figura 15-17).
4.6.1.3 Leitura da Penetração do Agente Traçador
Para a avaliação da penetração do Nitrato de Prata, foi selecionada
a superfície com mais microinfiltração entre as duas superfícies vestibulares e
linguais respectivamente, conformando um total de 220 superfícies de avaliação.
Cada uma delas foi montada em lâminas de vidro, visualizadas e fotografadas em
um microscópio com aumento de 40X****(Figura 18 e 19).
*Revelador Kodak
**ASFER Indústria Química Ltda. Lote: 7725
***IsoMet
®
1000, Buehler
®
. Modelo 112180. N° de Série 614-IPS-02381/4”Dia x 0.012”. Buehler
Diamont Wafering Blade Séries 15LC Diamont N°11-4254. EUA
**** Microscópio Olympus BX41/ Câmera DP71. Japan
53
Figura 13 – Exposição dos espécimes no nitrato de prata (direita) e no revelador (esquerda)
Figura 14 – Dentes pigmentados pelo agente traçador (nitrato de prata)
54
Figura 15 – Máquina de corte e disco de corte
Figura 16 – Corte mésio-distal para separação de ambas as restaurações e corte sagital no meio da
restauração
55
Figura 17 – Estado dos dentes durante os cortes
Figura 18 – Microscópio óptico para análise da microinfiltração marginal
56
O grau de microinfiltração foi avaliado nas fotografias originais e
com ajuda de imagens provenientes das opções de alteração de imagem de baixo
releve e inversão de cores do software Adobe Photoshop*, para uma melhor
visualização da penetração do agente traçador (Figura 20).
A microinfiltração marginal foi avaliada nas margens de esmalte e
dentina seguindo os critérios:
- Critério quantitativo: A escala de medição foi quantitativa continua medida em
milímetros.
- Critério qualitativo: A escala de medição foi qualitativa medida segundo os
seguintes parâmetros (Figura 21):
Escore 0: Ausência da penetração do agente traçador;
Escore 1: Penetração do agente traçador até um terço da
profundidade da cavidade;
Escore 2: Penetração do agente traçador até dois terços da
profundidade da cavidade;
Escore 3: Penetração do agente traçador mais de dois terços e
na parede axial da cavidade.
4.6.2. Medição das Fendas Axiais
Terminada a análise de microinfiltração marginal, as secções foram
submetidas à vácuo em dessecador para desidratação completa durante 48 horas e
posterior metalização áurica**. Esta foi realizada com ouro tornando a amostra
eletricamente condutiva e melhorando a emissão de elétrons secundários, através
de uma cobertura de 30 nm. Em seguida, a possível formação de fendas axiais foi
observada por meio de microscópio eletrônico de varredura** no centro da parede
axial da cavidade com um aumento de 1000X (Figura 22-26). Sua largura foi medida
em três pontos eqüidistantes (µm). Desta maneira os resultados obtidos foram
quantitativos contínuos.
*Adobe Photoshop CS2 9.0 for windows
**S 550 Shimadzu Tokyo-Japan
57
Figura 19 – Superfícies dispostas para análise microscópica
58
Figura 20 – Imagens alteradas para melhor visualização dos diferentes graus de microinfiltração no
esmalte (fileira superior) e na dentina (fileira inferior)
59
Figura 21 – Análise quantitativa e qualitativa da microinfiltração marginal
Figura 22 – Aparelho de Ultra-som para limpeza dos espécimes e dessecador.
60
Figura 23 – Aparelho e procedimento de metalização áurica dos espécimes
Figura 24 – Microscópio eletrônico de varredura
61
Figura 25 – Diferentes dimensões de fendas axiais encontradas nas eletromicrofotografias (1000X)
Figura 26 – Medição das fendas axiais (μm) em três pontos eqüidistantes
62
4.7 PLANEJAMENTO ESTATÍSTICO
Todos os procedimentos foram realizados por somente um
operador previamente treinado e calibrado antes e durante a execusão do estudo
piloto.
Foram calculadas as medidas de tendência central de cada um dos
grupos dos diferentes sistemas adesivos (dos controles e das restaurações
submetidas a estresse térmico e mecânico). Os valores de microinfiltração marginal
não cumpriram os parâmetros de normalidade calculada com a prova de Shapiro
Wilk no programa estatítico BioStat 4.0*. Os valores da largura das fendas axiais sim
tiveram distribuição normal. Com o objetivo de encontrar as diferenças na
microinfiltração marginal dos diferentes grupos foram utilizados os testes não
paramétricos de Kruskal-Wallis e post-hoc de Dunn, através da transformação dos
valores em postos, por meio do programa estatístico GraphPad Prism 5**. As
diferenças entre a largura das fendas axiais apresentadas pelos diferentes grupos
(contrastando tipo de sistema adesivo e tipo de estresse conjuntamente) foi
calculada por meio do teste ANOVA two-way e post-hoc Bonferroni por meio do
programa estatístico GraphPad Prism 5. Os cálculos foram realizados com um nível
de confiabilidade de 95 %. Foram elaborados tabelas e gráficos para representar os
valores obtidos.
*BioStat 4.0 Statistic program for Windows
**Prism 5 for Windows Version 5.01
©
1992-2007 GraphPad Software, Inc
63
5 RESULTADOS
5.1 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL
Os escores de microinfiltração marginal em esmalte e dentina dos
sistemas adesivos submetidos aos diferentes tipos de estresse são apresentados
nas tabelas 6 e 7. A mediana e o intervalo interquartil dos escores de microinfiltração
marginal no esmalte e na dentina dos sistemas adesivos submetidos aos diferentes
tipos de estresse são apresentados nos gráficos 1 e 2. No esmalte, os grupos
controle dos sistemas adesivos AdheSE
®
(p<0.05) e One Coat 7.0 (p<0.01)
apresentaram significativamente menor microinfiltração marginal do que os grupos
submetidos a termociclagem dos mesmos sistemas adesivos, respectivamente.
Paralelamente, o grupo controle do sistema adesivo AdheSE
®
apresentou
significativamente menor microinfiltração marginal do que o grupo restaurado com o
sistema adesivo One Coat 7.0 submetido a termociclagem (p<0.01). Na dentina, o
grupo controle do sistema adesivo Adper
TM
Single Bond 2 apresentou
significativamente maior microinfiltração marginal do que o grupo restaurado com
One Coat 7.0 submetido a termociclagem e carga cíclica (p<0.05).
Tabela 6 – Escores e mediana de microinfiltração marginal obtidos nas margens localizadas no
esmalte. C: Controle, TC: Termociclagem, CCO: Carga cíclica oclusal, TCCCO:
Termociclagem+Carga cíclica oclusal. Letras diferentes representam diferenças
significativas (Testes de Kruskal-Wallis e post-hoc Dunns p<0.05).
Microinfiltração Qualitativa no Esmalte
Sistema Adesivo Tratamento
0 1 2 3 Total Mediana
C 8 2 0 0 10 0
abc
TC 5 4 1 0 10 1
abc
CCO 7 2 0 1 10 0
abc
Adper
TM
Single Bond 2
TCCCO 6 2 1 1 10 0
abc
C 10 0 0 0 10 0
b
TC 2 4 2 2 10 1
ac
CCO 8 1 0 1 10 0
abc
AdheSE
®
TCCCO 6 3 1 0 10 0
abc
C 8 0 2 0 10 0
abc
TC 6 2 1 1 10 0
abc
CCO 6 2 2 0 10 0
abc
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
TCCCO 7 1 2 0 10 0
abc
C 9 0 1 0 10 0
ab
TC 2 1 2 5 10 2.5
c
CCO 6 1 1 2 10 0
abc
One Coat 7.0 (1 Bond)
TCCCO 8 0 2 0 10 0
abc
Total - 104 25 18 13 160 4.5
64
Gráfico 1 – Mediana e intervalo interquartil dos escores de microinfiltração marginal no esmalte
Tabela 7 – Escores e mediana de microinfiltração marginal obtidos nas margens localizadas na
dentina. C: Controle, TC: Termociclagem, CCO: Carga cíclica oclusal, TCCCO:
Termociclagem+Carga cíclica oclusal. Letras diferentes representam diferenças
significativas (Testes de Kruskal-Wallis e post-hoc Dunns p<0.05).
C TC CCO TC-CCO
0
1
2
3
ASB2E
ASEE
APLPE
OC7.0E
Estresse
Microinfiltrão (escore)
Microinfiltração Qualitativa na Dentina
Sistema Adesivo Tratamento
0 1 2 3 Total Mediana
C 8 2 0 0 10 0
ab
TC 1 7 2 0 10 1
a
CCO 4 5 1 0 10 1
ab
Adper
TM
Single Bond 2
TCCCO 5 3 1 1 10 0.5
ab
C 7 0 2 1 10 0
ab
TC 3 5 2 0 10 1
ab
CCO 7 1 1 1 10 0
ab
AdheSE
®
TCCCO 5 4 1 0 10 0.5
ab
C 7 1 2 0 10 0
ab
TC 4 6 0 0 10 1
ab
CCO 4 5 1 0 10 1
ab
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
TCCCO 4 5 1 0 10 1
ab
C 8 2 0 0 10 0
ab
TC 3 5 2 0 10 1
ab
CCO 6 2 0 2 10 0
ab
One Coat 7.0 (1 Bond)
TCCCO 10 0 0 0 10 0
b
Total - 86 53 16 5 160 8
65
Gráfico 2 – Mediana e intervalo interquartil dos escores de microinfiltração marginal na dentina
5.2 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL
Os valores de microinfiltração marginal (µm) em esmalte e dentina
para os diferentes adesivos são apresentados nas tabelas 8 e 9.
Tabela 8 – Valores de microinfiltração marginal (µm) obtidos nas margens localizadas no esmalte. C:
Controle, TC: Termociclagem, CCO: Carga cíclica oclusal, TC-CCO:
Termociclagem+Carga cíclica oclusal. Letras diferentes representam diferenças
significativas.
Sistema adesivo Estresse n Media DP Mediana
C 10 53.63 130.56 0.00
ac
TC 10 203.18 243.43 160.22
abc
CCO 10 207.81 435.72 0.00
abc
Adper
TM
Single Bond 2
TC-CCO 10 285.95 452.71 0.00
abc
C 10 0.00 0.00 0.00
ac
TC 10 679.62 541.46 580.07
cd
CCO 10 216.95 568.22 0.00
ab
AdheSE
®
TC-CCO 10 218.37 305.38 0.00
abc
C 10 141.46 302.10 0.00
abc
TC 10 310.48 555.64 0.00
abc
CCO 10 289.00 402.29 0.00
abc
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
TC-CCO 10 192.09 362.58 0.00
abc
C 10 98.22 310.61 0.00
ac
TC 10 1066.68 747.94 1343.21
bd
CCO 10 495.70 722.88 0.00
abc
One Coat 7.0 (1 Bond)
TC-CCO 10 191.77 405.68 0.00
abc
A média e o desvio padrão dos valores de microinfiltração marginal
no esmalte e na dentina dos sistemas adesivos submetidos aos diferentes tipos de
estresse são apresentados nos gráficos 3 e 4.
C TC CCO TC-CCO
0
1
2
3
ASB2D
ASED
APLPD
OC7.0D
Estresse
Microinfiltração (µm)
66
Gráfico 3 – Media e desvio padrão dos valores de microinfiltração marginal no esmalte
No esmalte, os controles dos sistemas adesivos AdheSE
®
(p<0.05)
e One Coat 7.0 (p<0.05) apresentaram significativamente menor microinfiltração
marginal do que os grupos submetidos a termociclagem destes mesmos sistemas
adesivos, respectivamente. Igualmente o grupo submetido a termociclagem do
sistema adesivo One Coat 7.0 apresentou significativamente maior microinfiltração
marginal do que os controles dos sistemas adesivos Adper
TM
Single Bond 2 (p<0.05)
e AdheSE
®
(p<0.01).
Tabela 9 – Valores de microinfiltração marginal obtidos nas margens localizadas na dentina. C:
Controle, TC: Termociclagem, CCO: Carga cíclica oclusal, TC-CCO:
Termociclagem+Carga cíclica oclusal. Letras diferentes representam diferenças
significativas.
Sistema adesivo Estresse n Media DP Mediana
C 10 15.93 33.60 0.00 ab
TC 10 412.05 347.61 351.95 a
CCO 10 217.97 268.71 95.44 ab
Adper
TM
Single Bond 2
TCCCO 10 284.31 436.45 89.86 ab
C 10 317.55 526.99 0.00 ab
TC 10 356.81 361.22 320.56 ab
CCO 10 266.63 566.43 0.00 ab
AdheSE
®
TCCCO 10 235.23 282.94 87.07 ab
C 10 236.46 406.58 0.00 ab
TC 10 156.49 192.19 88.88 ab
CCO 10 235.05 252.95 156.93 ab
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
TCCCO 10 145.58 263.62 77.94 ab
C 10 54.46 116.81 0.00 ab
TC 10 390.74 375.65 393.10 ab
CCO 10 318.25 561.33 0.00 ab
One Coat 7.0 (1 Bond)
TCCCO 10 0.00 0.00 0.00 b
C TC CCO TC-CCO
0
500
1000
1500
ASB2E
ASEE
APLPE
OC7.0E
Estresse
Microinfiltração (µm)
67
Gráfico 4 – Media e desvio padrão dos valores de microinfiltração marginal na dentina
Igual do que na avaliação qualitativa, a avaliação quantitativa na
dentina só mostrou significativamente maior microinfiltração marginal do grupo
controle do sistema adesivo Adper
TM
Single Bond 2 quando foi comparado ao grupo
restaurado com One Coat 7.0 submetido a termociclagem e carga cíclica (p<0.05).
5.3 AVALIAÇÃO DAS FENDAS AXIAIS
A largura das fendas axiais é apresentada na tabela 10 e no gráfico 5.
Tabela 10 – Largura das fendas axiais apresentadas pelos sistemas adesivos submetidos aos
diferentes tipos de estresse. C: Controle, TC: Termociclagem, CCO: Carga cíclica
oclusal, TCCCO: Termociclagem+Carga cíclica oclusal. Letras diferentes representam
diferenças significativas (Testes de ANOVA two-way e post-hoc Bonferroni p<0.05).
Sistema adesivo Estresse n Media DP Mediana
C 10
1.84 2.48 0.68
a
TC 10
2.01 2.93 0.00
a
CCO 10
3.52 7.57 0.9
a
Adper
TM
Single Bond 2
TCCCO 10
6.95 9.43 3.49
a
C 10
0.69 1.54 0.00
a
TC 10
0.88 1.55 0.15
a
CCO 10
0.55 0.90 0.00
a
AdheSE
®
TCCCO 10
1.64 2.15 1.05
a
C 10
2.16 2.71 1.10
a
TC 10
4.96 5.79 3.61
a
CCO 10
1.85 2.17 0.88
a
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
TCCCO 10
5.92 6.99 2.13
a
C 10
0.18 0.42 0.00
a
TC 10
3.50 5.80 0.73
a
CCO 10
4.77 7.41 1.11
a
One Coat 7.0 (1 Bond)
TCCCO 10
5.96 4.66 6.77
a
C TC CCO TC-CCO
0
200
400
600
ASB2D
ASED
APLPD
OC7.0D
Es tre s se
Microinfiltração (µm)
68
Gráfico 5 – Media e desvio padrão da largura das fendas axiais
Não houve diferenças significativas entre a largura das fendas
axiais dos diferentes sistemas adesivos e tipos de estresse.
Apesar das poucas diferenças significativas encontradas neste
estudo, pôde-se observar a tendência ao aumento da microinfiltração marginal nos
grupos submetidos especificamente a termociclagem. Por outro lado, a formação
de fendas axiais apresentaram progressivamente maior largura nos grupos
submetidos a termociclagem, carga cíclica e termociclagem mais carga cíclica.
C TC CCO TC-CCO
0
5
10
15
20
ASB2
ASE
APLP
OC7.0
Estresse
Largura de fenda axiais (µm)
69
6 DISCUSSÃO
Como foi exposto anteriormente, o sucesso de um tratamento
restaurador direto adesivo encontra-se em função da sua capacidade para manter a
estabilidade e integridade da interface adesiva. Esta capacidade se evidencia na
resistência à microinfiltraçao marginal e na permanência da restauração na cavidade
(Larson
47
2005, Larson
48
2005). Alternativamente às dificuldades na padronização
das variáveis, execução e critérios pouco específicos de avaliação dos ensaios
clínicos, os estudos laboratoriais nós oferecem uma descrição aproximada do
comportamento dos sistemas adesivos. A efetividade adesiva in vitro mostrada pelas
gerações de sistemas adesivos pode ser evidenciada principalmente por meio de
testes de microtração e de microinfiltração marginal, a qual forma parte, junto com a
análise das fendas axiais, da metodologia utilizada neste estudo. Estas avaliações
nos descrevem a posição ou desempenho que cada sistema adesivo tem no âmbito
da adesão dentária.
Na presente metodologia foi realizada a padronização das variáveis
que possivelmente poderiam influenciar no estudo: dimensões da cavidade, resina
composta e fonte de luz polimerizadora. Desta maneira, a possível produção de
microinfiltração marginal e fendas axiais ficaram dependente só do estresse térmico
e mecânico, assim como da capacidade de microinfiltração do agente traçador.
6.1 ESTRESSE TÉRMICO
O objetivo do estresse térmico foi simular as mudanças de
temperatura que acontecem na cavidade oral e que incidem permanentemente nas
restaurações. É difícil simular eventos como comer ou beber, já que possuem alta
variabilidade quanto à durabilidade, freqüência, intensidade e temperatura, podendo
variar inclusive em uma mesma pessoa. A temperatura oral pode variar segundo a
região da boca durante a alimentação e inclusive radicalmente quando se respira.
Isto pode ser influenciado pela temperatura e umidade ambiental, e pelo grau de
umidade da cavidade oral (Boehm
49
1972). Sem nenhum fator influente, a
temperatura média da boca é de 35 °C (Peterson et al.
50
1966). Após ingerir um
líquido a 60 °C, a temperatura aumenta até 45 °C em vestibular de incisivos
70
(Peterson et al.
50
1966), e 48.5 °C (Spierings et al.
51
1986) e 44.86 °C (Spierings et
al.
52
1987) em palatino de molares. Quando se ingere líquidos a <61 °C, a
temperatura aumenta até 58.5 °C em palatino de incisivos e 53.1 °C em oclusal de
molares (Palmer et al.
53
1992). Se esta temperatura é escalada a 63.5, 58 e 55 °C
em oclusal de molares, a temperatura aumenta a 53.5, 58 e 55 °C, respectivamente
(Plant et al.
54
1974). Por outro lado, a tolerância da temperatura varia de 42.0 a 57.3
°C na região molar (Palmer et al.
53
1992). Líquido a mais de 68 °C é impossível de
ser bebido, inclusive pode ser bebido até com dificuldade entre 60-68 °C. Pode ser
considerado como relativamente quente entre 50-55 °C. Uma temperatura de 55 °C
produz uma temperatura máxima confortável de 47 °C na boca, porém, esta
temperatura mantida por mais de 15 segundos produz dor (Plant et al.
54
1974).
Provavelmente as mudanças de temperatura na cavidade oral acontecem somente
em alguns segundos. A temperatura da superfície dos dentes foi igualmente
determinada como de 43-53 °C na ingestão de comida quente (Crabtree, Atkinson
55
1955). Uma temperatura de 50 °C tem potencial para originar fendas no esmalte
após 1650 ciclos. Tendo em conta 10 ciclos por dia, um ano equivaleria a 3650
ciclos (Brown et al.
56
1972).
O efeito da temperatura em uma restauração se encontra em
função da diferença no coeficiente de expansão térmica linear que existe entre o
esmalte, a dentina e a restauração aderida a eles. Este se define como a mudança
de densidade que acontece quando um material muda de temperatura. O aumento
de temperatura aumenta o volume e diminui a densidade (Craig
57
1997). A diferença
dos coeficientes de expansão térmica linear gera uma pressão negativa interfacial, a
qual estimula o ingresso de fluidos orais nas margens. Se a temperatura aumenta,
esta pressão igualmente aumenta, condicionando microinfiltração marginal (Bullard
et al.
58
1988). A deformação térmica da restauração pode igualmente criar
microseparações entre o piso da cavidade e o adesivo, ou diferente grau de
deformação plástica das faces da interface adesiva (Nikaido et al.
59
2002). O
coeficiente de expansão térmica linear permanece constante e uma temperatura de
10-55 °C, dentro da qual igualmente acontecem as mudanças de temperatura na
cavidade oral. Por outro lado, uma temperatura maior produz um rápido incremento
deste (Xu
60
1990). O coeficiente de expansão térmica linear (medido em uma faixa
de 10-80 °C) do esmalte e da dentina é de 16.96 e 10.59 x10
-6
°C
-1
, respectivamente;
71
e da coroa e da raiz é de 11.90 e 9.44 x10
-6
°C
-1
, respectivamente (Xu et al.
61
1989).
Paralelamente o coeficiente de expansão térmica linear das resinas compostas varia
de 17 a 50 x10
-6
°C
-1
(Craig
57
1997). Vaidyanathan et al.
62
(1992) determinaram uma
relação inversa entre o coeficiente de expansão térmica linear e a fração de
partículas de carga. Yamaguchi et al.
63
(1989) estudaram o coeficiente de expansão
térmica linear de resinas compostas a uma temperatura de 37 °C, encontrando uma
faixa de 29.0-83.5 x10
-6
°C
-1
. Contrariamente neste trabalho, não foi encontrada uma
relação significativa entre o coeficiente de expansão térmica linear e a fração de
volume das partículas de carga. Versluis et al.
64
(1996) determinaram o coeficiente
de expansão térmica linear de diferentes resinas compostas: 22.5 x10
-6
°C
-1
para Z-
100 (próximo ao esmalte), 23.5 x10
-6
°C
-1
para P-50, 32.6 x10
-6
°C
-1
para Herculite XR,
34.1 x10
-6
°C
-1
para APH, 35.4 x10
-6
°C
-1
para Conquest, 41.6 x10
-6
°C
-1
para Silux Plus
e 44.7 x10
-6
°C
-1
para Heliomolar. Sideridou
65
et al. (2004) determinaram que o
coeficiente de expansão térmica linear das resinas compostas Z-100 MP, Filtek Z-
250, Sculpt-It e Alert é afetado principalmente pela carga contida, mas parece se
afetar também pela estrutura química da matriz de resina. Esta relação também
depende da interação entre a carga e a matriz (Soderholm
66
1984). Yan et al.
67
(2007) estimularam termicamente cimentos de ionômero de vidro e utilizou como
controle a resina composta Synergy utilizada neste estudo. Esta apresentou o
mesmo comportamento em condições secas ou úmidas. Em condições úmidas
(condições orais), sofreu alteração de até 0.1 % quando foi submetida a
temperaturas de até 45 °C, e de 0.2 % até 65°C.
Outra variável que descreve o comportamento térmico é a
difusividade térmica. Esta é importante para o corpo da restauração assim como o
coeficiente de expansão térmica linear é para a fratura superficial. É definida como o
parâmetro que caracteriza a mudança transitória de temperatura quando o material é
estimulado termicamente. Resulta da divio da condutividade térmica pelo produto
da densidade e capacidade de aquecimento (Braden
68
1964). A difusividade térmica
da dentina é de 0.187 mm
2
/seg (Brown et al.
69
1970). Paralelamente a difusividade
térmica de algumas resinas compostas é: 0.151 mm
2
/seg (Microrest), 0.245 mm
2
/seg
(Heliomolar), 0.239 mm
2
/seg (Command Ultrafine), 0.228 mm
2
/seg (Prisma Fil),
0.227 mm
2
/seg (Brilliant Lux), 0.225 mm
2
/seg (Ful-Fil), 0.285 mm
2
/seg (Herculite),
0.213 mm
2
/seg (Lumifor), 0.276 mm
2
/seg (Aurafil), 0.276 mm
2
/seg (Adaptic II), 0.283
72
mm
2
/seg (Estilux Posterior XRI), 0.264 mm
2
/seg (Palfique), 0.22 mm
2
/seg (Post-Com
II LC), 0.25 mm
2
/seg (P-30), 0.278 mm
2
/seg (Occlusin), 0.29 mm
2
/seg (Bis-Fil I),
0.636 mm
2
/seg (P-10), 0.401 mm
2
/seg (Clearfil Posterior), e 0.564 mm
2
/seg
(Bellfirm). Apesar de que a maioria apresentasse difusividade térmica similar à
dentina, os três últimos materiais mencionados, os quais possuem quartzo ou silício
nitrito como carga na sua composição, apresentaram um valor de até 3 vezes o
apresentado pela dentina (Watts et al.
70
1987).
No caso de baixas temperaturas, Lloyd et al.
71
(1978) submeteram
subitamente dentes 28 °C por abaixo da sua temperatura, comparando observações
de análise de elemento finito. Ele determinou que a magnitude do estresse (que
condiciona ou perdura trincas superficiais) depende do diferencial de temperatura
entre o dente, seu ambiente, condutibilidade térmica, geometria do dente e suas
propriedades físicas, recomendando evitar o consumo de alimentos ou bebidas que
mudem subitamente a temperatura oral. Quando se consumem líquidos a 0 °C, a
temperatura de vestibular de incisivos, oclusal e palatino de molares diminui até 15,
1 e 21.63 °C (30 mL), respectivamente (Peterson et al.
50
1966, Spierings et al.
52
1987, Palmer et al.
53
1992).
Galé e Darvell
15
(1999) descrevem os regimes de temperatura
utilizados em 130 artigos de 25 periódicos, nos quais 110 envolvem agente traçador.
A temperatura inferior foi em média 6.6 °C (amplitude de 0-36 °C/mediana 5.0 °C). A
média da temperatura superior foi de 55.5 °C (amplitude de 40-100 °C/mediana
55°C). A maioria destes estudos utilizou dois extremos de temperatura (quente e
frio), porém 27 trabalhos empregaram uma temperatura intermediária de 37 °C. O
número de ciclos variou desde 1 até 1000000 ciclos, com uma média de cerca de 10
000 e mediana de 500 ciclos. Muitos dos estudos analisados não mencionam os
tempos de permanência em cada temperatura, com tudo, a média é de 53 seg, a
mediana 30 seg e uma amplitude de 4 seg a 20 min. Alguns tempos de permanência
longos (23 seg) foram utilizados na temperatura intermediária de 37 °C. Os curtos (4
seg) foram empregados nas temperaturas extremas, talvez com o intuito de simular
as mudanças extremas, mas curtas, de temperatura na cavidade oral. Em quase
todos os artigos não se fundamenta a utilização destas condições.
73
A informação disponível descreve que a microinfiltração marginal
aumenta com o número de ciclos térmicos, porém, alguns trabalhos não
encontraram diferenças significativas na microinfiltração marginal com a utilização ou
aumento de ciclos (Crim, Garcia-Godoy
72
1987, Chan, Glyn-Jones
73
1992, Crim et
al.
74
1985, Derkson et al.
75
1986, Prati et al.
76
1994). Mandras et al.
77
(1991) não
reportaram diferenças significativas quando o espécime foi estressado dentro ou fora
do agente traçador. Por outro lado, a termociclagem unida à carga cíclica produz
aumento da penetração do agente traçador (Mandras et al.
77
1991, Rigsby et al.
78
1992). Munksgaard e Irie
79
(1987) concluíram que a termociclagem foi prejudicial
quando as restaurações foram polidas imediatamente, a diferença daqueles polidos
após 24 h. Isto pode ser devido ao bloqueio do efeito de absorção de água. Outro
problema é a falta de um adequado grupo controle (Galé, Darvell
15
, 1999). Momoi et
al.
80
(1990) observaram um aumento na infiltração do agente traçador com o tempo
em espécimes não termociclados, mas não mais do que os espécimes
termociclados.
Temos que levar em conta que não existe evidência sólida que a
falhas clínicas sejam produzidas por estresse térmico, o qual é só uma lógica
expectativa teórica. É desconhecido também o processo através do qual as fendas
ocorrem a medida que a interface adesiva é fadigada, sendo impossível saber qual é
a temperatura crítica na qual acontece o colapso da interface adesiva (Galé, Darvell
15
, 1999). Apesar do escasso fundamento da termociclagem, esta é adotada como
uma prova estandardizada que condiciona mudanças térmicas extremas e que seria
perfeita se fosse utilizado um número padrão de ciclos. Isto é proposto pelo padrão
ISO TR 11450 (1994), a qual recomenda um mínimo de 500 ciclos em água a 5 e 55
°C como um apropriado teste de envelhecimento artificial (De Munck
13
2005). Galé,
e Darvell
15
(1999) determinaram que 10000 ciclos correspondem a
aproximadamente 1 ano de funcionamento in vivo. Desta maneira, tanto a
termociclagem como a carga cíclica, servem de parâmetro para testar novos
materiais, já que simulando ou não de forma exata as condições da boca, estes se
encontrarão sob condições de estresse, que testem seu desempenho. Por outro
lado, a utilização de adequados grupos controle pode diferenciar o potencial do
estresse aplicado, já que as fendas marginais (potenciais de microinfiltração) ou as
axiais podem estar presentes sem necessidade de termociclagem ou carga cíclica,
74
talvez devido ao processo de polimerização. Uma das razões para ter tanto conflito
nos resultados anteriormente descritos, pode ser a metodologia (diferente número
de ciclos, temperatura e agente traçador) tão diversa utilizada nos estudos, inclusive
entre mesmos autores. Outra explicação poderia ser que a penetração do agente
traçador poder ser influenciada por outros fatores (como absorção de água) e não
estar diretamente relacionada com as dimensões das fendas (Galé, Darvell
15
1999).
Desta forma, um outro ponto a discutir é o ambiente no qual acontece a teórica
degradação da interface adesiva, a qual acontece progressivamente, a curto ou
longo prazo, por exposição à água.
6.2 EXPOSIÇÃO A ÁGUA
A água pode-se comportar como agente de degradação externa ou
interna. O agressivo condicionamento com ácido fosfórico produz fibras de colágeno
expostas sem sustento de hidroxiapatita (Van Meerbeek et al.
11
1998). O resultado
é uma incompleta hibridização que deixa fibras colágenas vulneráveis a degradação
hidrolítica (Hashimoto et al.
81
2000). Alternativamente, em condições in vivo, a
mudança de temperatura determina o aumento do fluxo do fluido dentinário
(Linsuwanont et al.
82
2007), o qual poderia projetar água para as fibras colágenas
não adequadamente hibridizadas, podendo causar igualmente degradação por
hidrólise. Por outro lado, a água pode-se comportar como um agente plastificador,
degradando a interface ou incrementando o coeficiente de expansão térmica linear
(Soderholm
66
1984). A plastificação acontece quando a água infiltra na matriz
polimérica e diminui suas propriedades mecânicas por redução das forças friccionais
entre as cadeias poliméricas (De Munck et al.
13
2005). A água igualmente produz
lixiviação de moléculas tais como diluintes (TEGDMA e Decametacrilato), aditivos
(estabilizador ultravioleta TINUVINP), plastificadores (diciclohexil folato e bis(2-
etilhexil) folato), iniciadores (trifenil estibina), agentes de união (γ-metacriloxipropil
trimetoxisilano) e fenil benzoato (Lee et al.
83
1998). A absorção de água aumenta,
após 0.5 h de exposição a água a 37 °C, de 0.65 (Z100) e 0.54 μgmm
-3
(Z250) até
2.45 (Z100) e 2.12 μgmm
-3
(Z250). Isto pode chegar até 10.56 (Z100) e 8.95 μgmm
-3
(Z250) após 48 h de exposição. Algo similar acontece com a solubilidade em água,
donde aumenta, após 0.5 h de exposição a água a 37 °C, de 0.08 μgmm
-3
(Z100 e
Z2250) até 0.24 (Z100) e 0.15 μgmm
-3
(Z250). Isto pode chegar até 0.70 (Z100) e
75
0.33 μgmm
-3
(Z250) após 48 h de exposição (Palin et al.
84
2005). No caso dos
sistemas adesivos, após 28 dias de armazenamento, a absorção de água é de 69.31
μgmm
-3
(Adper Scotchbond Multi Purpose), 59.32 μgmm
-3
(Clearfil SE Bond), 207.39
μgmm
-3
(Adper Single Bond) e 162.51 μgmm
-3
(Excite). Paralelamente, a solubilidade
é de 9.56, 2.08, 95.75 e 87.96 μgmm
-3
para os sistemas adesivos mencionados,
respetivamente (Malacarne et al.
85
2006). No presente estudo, durante a
termociclagem (aproximadamente 5 h) e a carga cíclica (aproximadamente 7 h), os
espécimes estiveram imersos em água. O qual poderia ter produzido degradação da
interface independentemente do estresse térmico ou mecânico. Estudos de
degradação em água verificam diminuição da resistência adesiva à microtração no
curto (Lee et al.
83
1998) ou longo prazo (Fukushima et al.
86
2001), mas os possíveis
efeitos no grau de microinfiltração marginal ainda não se encontram determinados.
Igualmente, a exposição a água pode ser por via intrínseca, devido à natureza do
solvente. Nos sistemas adesivos autocondicionantes, uma alta quantidade de
solvente é necessária para manter unidos seus componentes monoméricos
hidrofílicos e hidrófobos, sendo igualmente necessária a presença de água, como
médio de ionização, para que a atividade autocondicionante aconteça. Esta
condição faz que estes sistemas, além de se constituir em membranas semi-
permeáveis, possam diminuir sua eficácia pela separação de seus componentes.
(Van Landuyt et al.
87
2005). Este fenômeno se pode evitar pela aplicação de um
forte jato de ar, mas isto só é indicado para o sistema adesivo Adhese
®
.
6.3 TIPO DE SOLVENTE
Nos sistemas adesivos, a utilização de solventes como água e
álcool (sistemas utlizados-Tabela 3) obedecem razões econômicas, disponibilidade
e de biocompatibilidade (Van Landuyt et al.
88
2007). Diluentes como MMA e HEMA
são descritos como diluentes de outros monômeros e podem ser chamados
igualmente como solventes, ainda que o grupo hidroxilo do HEMA também forma
pontes de hidrogênio (Ohhashi et al.
89
1997). A característica mais importante é sua
disposição dipolar, constante dielétrica, pressão de vapor, ponto de fervura e
capacidade de formar pontes de hidrogênio (Abate et al.
90
2000). A aplicação no
momento justo de ar favorece sua adequada vaporização por diferenças na pressão
de vapor e por diminuir a espessura da camada e favorecer igualmente a
76
evaporação (Spreafico et al.
91
2006). Segundo a quantidade de solvente
remanescente, este pode arriscar uma adequada polimerização devido à diluição
dos monômeros e resultar em canais que possam aumentar a permeabilidade da
camada hibrida (Hashimoto et al.
92
2004). As instruções referidas dos fabricantes
para aplicar ar sobre sistemas adesivos que não possuem solventes, estão
encaminhadas a fazer mais homogênea a camada de adesivo subjacente (Zheng et
al.
93
2001). Os solventes com alta afinidade para formar pontes de hidrogênio
podem ser capazes de quebrar pontes igualmente de hidrogênio e outras forças que
possui o colágeno colapsado (Pashley et al.
94
2002).
A água é um solvente altamente polar com alta constante dielétrica,
capaz de formar fortes pontes de hidrogênio. Porém, é um pobre solvente para
compostos orgânicos, os quais são na maioria hidrófobos. Tal condição justifica a
utilização de outros solventes como álcool ou acetona. A água é um componente
indispensável dos sistemas autocondicionantes, cujo objetivo é ionizar os
monômeros ácidos. Porém, quanto maior a concentração de co-solventes
adicionados, menos prótons serão formados. Nos adesivos convencionais, a água é
capaz de re-expandir a rede de colágeno colapsado. Lamentavelmente, a alta
temperatura de fervura, baixa pressão de vapor e equilíbrio da umidade da cavidade
oral, dificulta sua evaporação após sua aplicação. Além disso, monômeros como o
HEMA, diminui mais a pressão de vapor. Outro solvente utilizado como o etanol
forma igualmente pontes de hidrogênio com seus solutos. Porém, por ter uma baixa
constante dielétrica, o etanol é mais apropriado para solutos menos polares. Sua
maior pressão de vapor condiciona uma melhor evaporação pela aplicação de ar.
Como no caso do Adper
TM
Single Bond 2 (Tabela 3), o etanol é usualmente utilizado
conjuntamente com água como cosolvente (mistura azeotrópica). Isto implica a
formação de pontes de hidrogênio entre o etanol e a água, resultando em uma
melhor evaporação. Além disso, o etanol produz um efeito endurecedor do colágeno
desmineralizado, o qual ajudaria a manter os espaços interfibrilares após sua
evaporação. O etanol é inapropriado para monômeros com moléculas carboxílicas
ácidas, os quais esterificam o etanol e conduz à inativação da função ácida dos
monômeros (Van Landuyt et al.
88
2007).
77
6.4 CARGA CÍCLICA OCLUSAL
O efeito do estresse mecânico se encontra em função dos diferentes módulos de
elasticidade dos componentes da interface adesiva, os quais condicionam diferentes
graus de deformação elástica ou plástica, criando desta maneira microseparações
entre o piso da cavidade e a camada de adesivo (Nikaido et al.
59
2002). Esta
deformação é aproximadamente 0.1-1.0 μmkg
-1
(Jörgensen et al.
95
1976). O
estresse se concentra principalmente entre o sistema adesivo e a parte superior da
camada hibrida (Figura 27). Da mesma forma, em algumas áreas a fratura também
ocorre na base da camada híbrida. Neste estudo não aconteceu a fadiga da dentina
adjacente, e só alguns casos de crack entre a camada de adesivo e a resina
composta foram observados, tal vez devido a contração de polimerização (Figura
28). Neste estudo, esta variável esteve controlada pela padronização das cavidades,
assim que estes provavelmente se puderam formar pelo estresse ou pelo preparo
dos espécimes. Santini et al.
43
(2004) compararam o grau de microinfiltração
marginal de cavidades classe V com diferente fator de configuração cavitária. Um
grupo teve forma de caixa com uma dimensão de 3x2x1.5 mm
3
e fator C=3.5, e o
outro teve forma de V com base aproximadamente de 2 mm e fator C=2. Foram
utilizados 7 sistemas adesivos autocondicionantes e 1 convencional de 2 passos.
Após termociclagem, não se pôde observar diferenças significativas na
microinfiltração marginal dos 2 tipos de cavidade.
Figura 27 – Lugar de fratura da interface adesiva e formação de fenda axial
Dentina
Resina
Com
p
osta
Adesivo
Camada híbrida
fraturada
78
Figura 28 – Crack (em interface integra) entre a camada de adesivo e a resina composta
Tanto a dentina mineralizada (Tonami et al.
96
1997) como o
colágeno (Schechtman, Bader
97
1997) podem ser fadigados quando uma carga
cíclica é aplicada. Paralelamente, a absorção de água diminui a capacidade de
resistência à fadiga das resinas compostas pela plastificação da matriz e pela
hidrolise do silano das partículas de carga (Baran et al.
98
2001). Porém, Rigsby et
al.
78
(1992) só encontraram aumento significativo da microinfiltração marginal após
carga cíclica oclusal (60000 ciclos a 34 MPa) unida a termociclagem (500 ciclos a 8-
55 °C) de restaurações classe V. Este tipo de exposição teoricamente acrescenta a
falha da interface adesiva por degradação físico-química unida a fadiga mecânica.
Jörgensen et al.
95
(1976) afirmaram que as fendas marginais podem ser temporárias
e que só são perpetuadas no momento de aplicação da carga, depois da qual, as
cúspides deformadas recobram sua configuração inicial.
A fadiga da dentina pode ser predita como resultado de 10
6
-10
7
ciclos a 25 e 40 MPa de força e a 2 e 40 Hz, respectivamente (Nalla et al.
99
2003).
Isto garante que em condições de mastigação normal (20 MPa) não aconteceria
fadiga em uma dentina livre de falhas superficiais, o qual é dificilmente garantido na
cavidade oral, onde as mudanças de temperatura, flutuações de pH e diferenciais de
concentração mineral acontecem, podendo pronunciar a propagação de
microfraturas (Kinney et al.
100
2003). Como acontece pela deformação térmica, a
79
deformação induzida mecanicamente e as diferenças no módulo de elasticidade da
dentina (18-20 GPa) (Kinney et al.
100
2003), do esmalte (80 GPa) (Rees, Jacobsen
101
1993) e da resina composta (16 GPa) (Joshi et al.
102
2001) podem originar a
formação de fendas. Ausiello et al.
103
(2001) determinaram que uma resina
composta rígida (25 GPa) produziu menor movimento cuspídeo ante a aplicação de
uma força oclusal de 400 N, mas exibiu maior pré-carga por estresse de
polimerização. O efeito contrário é produzido por uma resina composta menos rígida
(12.5 GPa). Desta maneira, uma pré-carga poderia ser aceita a fim de proporcionar
rigidez à restauração, mas com um crítico balance entre ambos os estresses. O
módulo de elasticidade de algumas resinas compostas é: 9.7 GPa (Heliomolar), 5.9
GPa (Pekalux), 21 GPa (Z100) e 25 GPa (Clearfil photo posterior) (Willems et al.
104
1992, Willems et al.
105
1993). Cabe mencionar que o módulo de elasticidade da
dentina diminui até 5 GPa após 14 dias de armazenagem em água (Habelitz et al.
106
2002).
Como foi mencionado anteriormente, uma camada hibrida
pobremente infiltrada produz canais que conduzem água ou fluidos orais que podem
acelerar a degradação do adesivo. Se a dentina é adequadamente infiltrada, o
módulo de elasticidade da camada hibrida aumentará mais do que a dentina
desmineralizada original (Sano et al.
107
1995). Caso contrário, seu módulo de
elasticidade será intermediário entre o do adesivo e o da dentina desmineralizada.
Isto condicionará a gradual diminuição do módulo de elasticidade da camada hibrida,
preservando sua integridade a curto prazo devido à diminuição da concentração de
estresse na interface. A longo prazo, a lenta hidrólise das fibras colágenas
acontecerá (Van Meerbeek et al.
108
1993).
Durante a carga cíclica ocorrem forças de tensão que se acumulam
na região vestíbulo-cervical dos pré-molares (Rees
109
1998). A resistência a esta
tensão pode ser verificada por meio dos testes de resistência adesiva (Abdalla,
Davidson
110
1993). Esta não foi verificada no presente estudo, mas sua
consideração pode oferecer alguns alcances para compreender o comportamento
dos diferentes sistemas adesivos ante tensões originadas pela carga cíclica oclusal.
Os sistemas adesivos convencionais de três e dois passos apresentam em média 39
e 40 MPa de resistência adesiva à microtração, respectivamente. Por outro lado, os
80
sistemas adesivos auto-condicionantes de dois passos apresentam em média 30
MPa, sem diferença significativa entre aqueles com o pH do primer suave ou forte.
Finalmente, uma média de 16 MPa de resistência adesiva à microtração é registrada
nos sistemas adesivos auto-condicionantes de 1 passo. Na dentina, os sistemas
adesivos de três passos superam significativamente (54 MPa) aos sistemas
adesivos de 2 passos convencionais (38 MPa) e auto-condicionantes (41 MPa).
Novamente, os sistemas adesivos de um passo apresentam a menor resistência
adesiva à microtração (25 MPa) (De Munck et al.
13
2005). Após armazenagem, os
sistemas adesivos convencionais apresentam no esmalte maior estabilidade com o
tempo (Frankenberger et al.
111
2000). A resistência adesiva do sistema
convencional de três passos a base de etanol mais comumente estudado, OptiBond
FL (Kerr), não é significativamente afetado pelo armazenagem em água,
termociclagem ou carga cíclica oclusal. A sua versão de dois passos, OptiBond Solo
ou OptiBond Solo Plus, diminui significativamente sua eficácia quando armazenado
em água (Meiers e Young
112
2001, Giannini et al.
113
2003, De Munck et al.
114
2003)
ou é termociclado (Miyazaki et al.
115
1998). Os sistemas adesivos convencionais a
base de acetona são representados por All-bond 2 (três passos) e One-Step (dois
passos) (Bisco). A eficácia adesiva do sistema adesivo One-Step diminui
significativamente após termociclagem (Miyazaki et al.
115
1998, Xie et al.
116
2002)
ou armazenagem em água (Shono et al.
117
1999, Okuda et al.
118
2001). A versão de
três passos diminui igualmente sua efetividade após seu armazenamento em água
por 6 meses, porém sem apresentar microinfiltração (Gwinnett, Yu
119
1994). Os
adesivos convencionais de três passos a base de água se constituem naqueles de
técnica menos sensível. Estes são representados pelo Scotchbond Multi Purpose
(três passos) e pelo Single Bond (dois passos). No curto prazo não existe diferença
entre ambos (Dunn, Söderholm
120
2001, Armstrong et al.
121
2003, De Munck et al.
114
2003), sendo o Scotchbond Multipurpose resistente à fadiga (Ruse et al.
122
1995,
Frankenberger et al.
123
1999, Frankenberger et al.
124
2003. No longo prazo, tanto o
Scotchbond Multipurpose (Krejci et al.
125
1994, Armstrong et al.
121
2003, De Munck
et al.
114
2003, Hashimoto et al.
126
2003) como o Single Bond perdem muito da sua
eficácia quando são submetidos ao envelhecimento artificial (Miyazaki et al.
115
1998,
Okuda et al.
118
2001, Nikaido et al.
59
2002, Armstrong et al.
121
2003, De Munck et
al.
114
2003, Gianini et al.
113
2003, Shirai et al.
127
2005). Devido à pouca informação
registrada para os novos sistemas adesivos autocondicionantes, resulta difícil
81
poder avaliar-los a longo prazo ou comparar separadamente os sistemas com pH
forte ou suave. Porém, algumas conclusões podem ser desprendidas ao respeito:
30000 ciclos térmicos não diminuem significativamente a resistência ao
cisalhamento de sistemas autocondicionantes de dois passos (Miyazaki et al.
115
1998). A termociclagem combinada com carga cíclica oclusal produz uma pequena
redução, mas não significativa da resistência à microtração (Nikaido et al.
59
2002).
Finalmente, a armazenagem em água produz uma diminuição de sua efetividade
mais não significativamente diferente do que os outros tipos de sistemas (Armstrong
et al.
121
2003, Shirai et al.
127
2005). Por outro lado, os resultados dos sistemas
adesivos autocondicionantes de um passo são menores do que o esperado, não
resistindo inclusive o processado dos espécimes, como no caso do Prompt L-Pop ou
Adper Prompt, o qual possui um pH forte (Armstrong et al.
121
2003, Shirai et al.
127
2005). Finalmente, só um estudo verificou a diminuição da resistência adesiva no
esmalte de sistemas autocondicionantes de dois passos após termociclagem
(Miyazaki et al.
128
2000).
O número de ciclos de carga não tem sido sustentado como reflexo
de uma situação in vivo em nenhum estudo prévio. Porém, pode-se considerar que
1200000 ciclos acontecem durante um período de 5 anos em uma situação clínica
de desgaste (Krejci et al., 1990 apud Rosentritt et al.
129
2006).
6.5 AGENTE TRAÇADOR
A condição indispensável, para qualquer teste de microinfiltração, é
que os espécimes sejam por si mesmos impermeáveis ao agente traçador, e que a
microinfiltração aconteça exclusivamente através das fendas existentes na interface
adesiva. No caso do nitrato de prata, este tem demonstrado sua eficácia e
versatilidade em diferentes concentrações, não interferindo nos valores de
microinfiltração (Costa
130
2005). A relativa impermeabilidade do esmalte dental
intacto permite sem problemas a avaliação da microinfiltração na margem amelo-
dentinária. Já na margem cemento-dentinária pode acontecer o registro de falsos
positivos devido à permeabilidade tubular dentinária (Figura 29). Muitos estudos não
têm mencionado a possibilidade que a permeabilidade da dentina possa alterar os
registros de microinfiltração (Galé, Darvell
16
1999). No caso específico de
82
restaurações classe V isto é comum devido a que o agente traçador tipicamente
segue a orientação dos túbulos dentinários.
Figura 29 – Falso positivo devido à permeabilidade tubular dentinária. E=esmalte, D=dentina
No momento que o agente traçador entra em contato com o
dente, sua habilidade para penetrar através da interface e não dos túbulos, depende
da orientação que estes possam ter. Sagitalmente, nas cavidades classe V em
forma de V, as paredes da margem gengival têm aproximadamente 45 ° com o eixo
axial. Desta forma os túbulos dentinários ficam perpendiculares à parede gengival da
restauração. Porém, esta perpendicularidade não existe na parede coronal, onde os
túbulos apresentam orientação paralela. Estes túbulos podem comunicar-se com os
túbulos gengivais tendo assim outra possibilidade de registro de falsos positivos por
capilaridade (Figura 30). Isto não acontece nas cavidades classe V em forma de
Figura 30 – Relação entre as paredes da cavidade e a orientação dos túbulos. E=esmalte, D=dentina
caixa (Galé, Darvell
16
1999). Uma superfície oclusal plana seria ideal para testes de
microinfiltração de agente traçador, onde os túbulos estivessem perpendiculares à
interface adesiva, porém não se constitui em uma cavidade e deixa de lado as
E
D
E
D
83
variáveis clínicas. Uma outra possibilidade poderia ser uma cavidade cilíndrica
colinear ao eixo axial do dente, mas igualmente não se constitui em uma verdadeira
cavidade (Galé, Darvell
131
1997). Uma forma de evitar a infiltração através da
dentina ou das fendas superficiais é por meio da impermeabilização com esmalte de
unhas 1 mm ao redor da restauração (alternativa mais utilizada e empregada neste
estudo), cera, resina epóxica ou selantes de fissuras. Uma outra alternativa é só
submergir a coroa na solução traçadora ou colocar só uma gota desta que cubra
justamente a margem. Igualmente selar o ápice com cera, materiais restauradores
ou cianocrilato tem sido muito utilizado (Galé, Darvell
16
1999). A aplicação de só
esmalte de unhas é inaceitável devido a que a desidratação é necessária para sua
adesão, sendo necessário um tempo de secado de 15 min (Chan, Glyn-Jones
132
1994). É preciso ter em conta que espécimes de dentina restaurada apresentam
alteração das fendas após 12 minutos (Hansen
133
1982). A utilização de cera requer
igualmente calor excessivo o qual pode alterar as propriedades adesivas da dentina.
Finalmente, o cianocrilato tem sido utilizado como material de isolamento
complementar antes da aplicação do esmalte de unhas.
6.6 MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL
Os parâmetros de medição e resultados dos estudos que envolvem
os critérios de seleção definidos na revisão de literatura são em seguida
comparados com a metodologia e resultados obtidos. A distribuição dos valores de
termociclagem é apresentada na tabela 11 e 12.
84
Tabela 11 – Parâmetros utilizados nos testes de termociclagem
Primeiro autor
Ref
Ano
Menor
(°C)
Maior
(°C)
Inter
(°C)
No. de
Ciclos
Permanência
(seg)
Transferência
(seg)
1 Owens BM
22
2007 5 55 - 1000 60 3
2 Nunes OBC
45
2006 5 55 - 100 30 -
3 Owens BM
46
2006 5 55 - 1000 60 3
4 Brackett WW
21
2004 5 55 - 1000 60 5
5 Abo T
41
2004 5 55 - 5000 30 10
6 Fermino ML
42
2004 5 55 - 500 30 -
7 Santini A
43
2004 5 55 - 5000 10 -
8 Gagliardi RM
39
2002 5 55 - 200 60 -
9 Campos EA
40
2002 8 55 - 200 15 -
10 Al-Ehaideb AA
36
2001 5 55 - 500 30 -
11
Lucena-Martin C
37
2001 5 55 - 500 30 -
12 Manhart J
38
2001 5 55 - 1000 30 15
13 Gomes JC
34
2000 10 50 - 500 15 -
14 Moura FRR
35
2000 5 55 - 500 60 -
15 Campos EA
30
1999 8 88 - 200 15 -
16 Cardoso PE
31
1999 5 55 - 700 60 -
17 Gomes OMM
32
1999 10 50 - 100 15 -
18 Pilo R
33
1999 5 55 - 1400 10 -
19 Yap AU
29
1998 5 65 34 500 2,10 -
20 Candido MSM
28
1997 10 50 - 200 30 -
21 Fortin D
26
1994 5 55 - 500 30 -
22 Fortin D
27
1994 5 55 - 500 30 -
23 Crim GA
23
1993 12 54 37 100 4,23 -
24 Crim GA
24
1993 12 54 37 100 4,23 -
Os parâmetros empregados na metodologia do estudo se encontram
dentro dos valores utilizados pelos artigos incluídos, apenas o tempo de
permanência foi menor. Asmussen
134
(1974) encontrou só pequenas diferenças na
microinfiltração marginal produzida por diferentes tempos de permanência nas
temperaturas de estresse após 1000 ciclos. Paralelamente, outros autores utilizaram
um tempo de permanência diferente em temperaturas intermediárias, mas não foi
avaliado seu efeito (Crim
23
1993, Crim e Schmidt
24
1993, Yap et al.
29
1998).
85
Tabela 12 – Medidas de tendência central dos parâmetros empregados nos estudos que incluíram
termociclagem
A distribuição dos valores de carga cíclica e carga cíclica mais
termociclagem são apresentados na tabela 13. Só um estudo de cada um reuniu as
exigências dos critérios de seleção.
Tabela 13 – Parâmetros utilizados nos testes de carga cíclica e carga cíclica mais termociclagem
Primeiro
autor
Ref
Ano
Carga
(N)
Angulo
(°S)
No.
Ciclos
Freqüência
(Hz)
Menor
(°C)
Maior
(°C)
No.
Ciclos
Perma
nência
(s)
25
Davidson
CL
25
1994
125,
250
90 5000 - - - - -
26
Ben-Amar
A
44
2005 100 90 2000 1/3 5 55 3000 10
Os resultados de termociclagem são apresentados na tabela 14. No
presente estudo, os sistemas adesivos empregados apresentaram desempenho
similar quando estes foram submetidos a termociclagem e carga cíclica oclusal.
Tendência
central
Temperatura
mínima
(C°)
Temperatura
máxima
(C°)
Temperatura
intermédia
(C°)
Número
de ciclos
Tempo de
permanência
(seg)
Tempo de
transferência
(seg)
Média 6.46 56.08 36 887.50 28.74 7.2
DP 2.47 7.34 1.73 1314.57 19.31 5.22
Mediana 5 55 37 500 30 5
Mínimo 5 50 34 100 2 3
Máximo 12 88 37 5000 60 15
N° Artigos 24 24 3 24 24 5
86
Primeiro autor Ano
Ref
Escala T/R Esmalte Dentina Materiais Fabricante
1.04
a
2.63
cd
Xeno IV
Dentsply
2.00
cd
2.29
c
G-Bond
GC
2.04
d
1.88
bc
iBond
Heraeus Kulser
1 Owens BM 2007
22
0-3
B/Gradia
Direct
1.54
bc
1.04
a
Clearfil S
3
Bond
Kuraray
1.85
ab
1.55
b
Scotchbond Multipurpose
3M-ESPE
1.50
b
2.05
ab
Single Bond
3M-ESPE
2 Nunes OBC 2006
45
1-5 I/Z250
0.90
b
0.80
b
Clearfil SE Bond
Kuraray
1.54
a
2.54
a
OptiBond Solo Plus
Kerr
1.08
b
2.13
a
iBond
Heraeus Kulser
1.88
a
2.92
a
Adper Prompt L-Pop
3M ESPE
1.79
a
2.83
a
Xeno III
Dentsply
1.83
a
2.96
a
Simplicity
APEX
2.25
a
2.67
a
Nano-Bond
Pentron
0.70
b
2.33
a
Scotchbond Multipurpose
3M-ESPE
3 Owens BM 2006
46
0-3 B/Z100
1.75
a
2.54
a
Touch & Bond
Parkell
1.40
a
0.40
a
AD Bond
Heraeus Kulser
4 Abo T 2004
41
0-3
B/
Charisma
0.00
b
0.30
a
Clearfil SE Bond
Kuraray
0.00
a
0.56
a
Scotchbond Multipurpose
3M-ESPE
5 Brackett WW 2004
21
0-2 I/Z250
0.00
a
0.38
a
Prompt L-Pop
3M-ESPE
17.0%
a
37.0%
a
One Up Bond F
Tokuyama
15.3%
a
19.7%
a
Clearfil SE Bond
Kuraray
6 Fermino ML 2004
42
mm I/Z250
27.2%
b
29.3%
b
One Coat Bond
Coltène
1.00
a
2.25
a
Prompt L-Pop
3M-ESPE
1.00
a
2.25
a
Adper Prompt L-Pop
3M-ESPE
1.08
a
2.42
a
Clearfil SE Bond
Kuraray
1.00
a
2.25
a
Prime & Bond NT
Dentsply
1.00
a
2.00
a
Xeno III
Kerr
1.00
a
2.00
a
One Up Bond
Tokuyama
0.92
a
1.92
a
Adhese
Ivoclar Vivadent
7 Santini A 2004
43
0-4
I/Tetric
Ceram
1.08
a
2.08
a
Prime & Bond NT
Dentsply
- 3.00
a
Single Bond
3M-ESPE
- 2.41
a
Prompt L-Pop
3M-ESPE
- 3.08
a
Prime & Bond NT
Dentsply
- 3.08
a
Excite
Vivadent
- 3.75
b
Durafill Bond
Heraeus Kulser
8 Gagliardi RM 2002
40
0-4 I/Charisma
- 3.00
a
Etch & Prime 3.0
Gegussa
- 1.7
a
Prime & Bond 2.1
Dentsply
9 Campos EA 2002 0-4 I/Z100
- 3.8
b
Single Bond
3M-ESPE
0.00
a
0.60
a
Bond 1
Jeneric Pentron
0.00
a
0.90
a
Single Bond
3M ESPE
0.10
a
0.80
a
One Step
Bisco
0.00
a
1.10
a
Tenure Quick
DenMat
0.00
a
0.90
a
Prime & Bond 2.1
Dentsply
10 Al-Ehaideb AA 2001
37
0-3 I/Z100
0.00
a
1.30
a
Tenure All Surface Bonding
DenMat
0.00
a
0.00
a
OptiBond Solo
Kerr
0.80
a
2.60
b
One Step
Bisco
0.00
a
2.20
b
Single Bond
3M-ESPE
0.80
a
2.60
c
Prime & Bond 2.0
Dentsply
1.60
a
3.40
c
Syntac Single Component
Vivadent
11 Lucena-Martin C 2001
38
0-4
I/Degufill
Ultra
0.00
a
3.00
c
Syntac Sprint
Vivadent
0.05
a
0.25
a
Syntac Sprint
Vivadent
12 Manhart J 2001
39
0-3
B/Tetric
Ceram
0.00
a
0.20
a
Syntac Single Component
Vivadent
0.00
a
1.14
a
Excite
Ivoclar Vivadent
0.00
a
0.64
a
Prime & Bond NT
Dentsply
0.00
a
0.64
a
Prompt L-Pop
3M ESPE
13 Gomes JC 2000
35
0-4
I/
Durafill
0.14
a
0.79
a
One Coat Bond
Coltène
0.00
a
0.60
a
Scotchbond Multipurpose P
3M ESPE
0.60
a
0.90
a
Prime & Bond 2.1
Dentsply
0.60
a
1.50
a
Single Bond
3M ESPE
14 Moura FRR 2000
36
0-3
I/
Sculpit-It
0.50
a
1.70
a
Bond1
Jeneric Pentron
Tabela 14 – Resultados de microinfiltração. Letras diferentes representam diferenças significativas
87
1.50
a
1.54
a
Etch & Prime 3
Degussa
0.27
b
1.63
a
Single Bond
3M ESPE
0.40
b
0.77
b
Permaquick PQ1
Ultradent
15 Cardoso PE 1999
32
0-4 I/Z100
0.00
b
0.90
c
Prime & Bond NT
Dentsply
0.00
a
1.10
a
Paama 2
SDI
0.00
a
1.10
a
OptiBond Solo
Bisco
16 Gomes OMM 1999
33
0-4 I/Silux Plus
0.25
a
2.00
a
Clearfil Liner Bond 2
Kuraray
0.23
a
0.74
a
Scotchbond Multipurpose
3M ESPE
0.35
a
0.31
bcd
All-Bond 2
Bisco
0.38
a
0.23
bd
OptiBond
Kerr
0.26
a
0.51
abc
Single Bond
3M ESPE
0.45
a
0.15
d
One Step
Bisco
17
Pilo R
1999
34
0-4
Z100
0.51
a
0.60
ca
Solobond
Kerr
0.25
a
1.08
a
Scotchbond Multipurpose
3M ESPE
0.67
a
0.63
b
One Step
Bisco
18 Yap AU 1998
30
0-3
I/Silux
Plus
0.29
a
1.38
a
Prime and Bond 2.0
Dentsply
0.00
a
0.27
a
Scotchbond Multipurpose
3M ESPE
I/Z100
0.07
a
0.00
a
Paama
SDI
0.00
a
0.53
a
Scotchbond Multipurpose
3M ESPE
19
Candido MSM
1997
29
0-4
I/Glacier
0.00
a
0.4
a
Paama
SDI
2.00
a
2.50
a
All-Bond 2
Bisco
0.00
b
0.00
a
OptiBond
Kerr
1.00
a
1.50
a
Scotchbond Multipurpose
3M ESPE
20
Fortin D
1994
28
0-4
I/Silux
Plus
0.00
b
1.50
a
Scotchbond Dual Cure
3M ESPE
- -
All-Bond 2
Bisco
- -
Clearfil Liner Bond
Kuraray
- -
Gluma 2000
Miles
- -
Imperva Bond
Shofu
- -
OptiBond
Kerr
- -
Prisma Universal Bond 3
Caulk
- -
Scotchbond Multipurpose
3M ESPE
21
Fortin D*
1994
27
0-4
- -
Scotchbond Dual Cure
3M ESPE
0.00
a
0.27
a
Gluma 3
Miles
0.00
a
0.31
a
Gluma 3
Miles
0.00
a
0.00
b
Syntac
Vivadent
I/APH
0.00
a
0.01
b
Prisma Universal Bond 3
Vivadent
0.00
a
0.00
b
Gluma 3
Miles
22 Crim GA 1993
24
mm
I/Silux
Plus
0.00
a
0.00
b
Syntac
Vivadent
0.00
a
0.00
a
Imperva Bond
Shofu
23 Crim GA 1993
23
APH
0.00
a
0.00
a
Prisma Universal Bond 3
Caulk
- 3.8
a
Single Bond
3M ESPE
24
Davidson CL 1994
25
0-4 P50
- 0.00
b
Scotchbond Multipurpose
3M ESPE
0.14
a
0.39
a
One Step
Bisco
0.25
a
1.20
a
Single Bond
3M ESPE
25 Ben-Amar A 2005
44
0-4 Z100
0.10
a
2.68
b
Dentamed P&B
Dr Idhe Dental
Com a finalidade de fazer uma adequada comparação dos resultados
de trabalhos prévios com os resultados obtidos no presente estudo, os valores de
microinfiltração (postos) foram transformados a porcentagem de penetração do
agente traçador. Isto foi realizado por meio do cálculo da proporção entre o escore
obtido e a escala utilizada: [escore obtido / (extremo > da escala – extremo < da
escala)] x 100 (Tabela 15).
Tabela 14 – Continuação. Resultados de microinfiltração. Letras diferentes representam diferenças
significativas. *Artigo em procura não encontrado
88
Primeiro autor Ano
Ref
Score Esmalte % Dentina % Materiais
1.04
a
34.67 2.63
cd
87.67 Xeno IV
2.00
cd
66.67 2.29
c
76.33 G-Bond
2.04
d
68.00 1.88
bc
62.67 iBond
1 Owens BM 2007
22
3
1.54
bc
51.33 1.04
a
34.67 Clearfil S
3
Bond
1.85
ab
46.25 1.55
b
38.75 Scotchbond Multipurpose
1.50
b
37.50 2.05
ab
51.25 Single Bond
2 Nunes OBC 2006
45
4
0.90
b
22.50 0.80
b
20.00 Clearfil SE Bond
1.54
a
51.33 2.54
a
84.67 OptiBond Solo Plus
1.08
b
36.00 2.13
a
71.00 iBond
1.88
a
62.67 2.92
a
97.33 Adper Prompt L-Pop
1.79
a
59.67 2.83
a
94.33 Xeno III
1.83
a
61.00 2.96
a
98.67 Simplicity
2.25
a
75.00 2.67
a
89.00 Nano-Bond
0.70
b
23.33 2.33
a
77.67 Scotchbond Multipurpose
3 Owens BM 2006
46
3
1.75
a
58.33 2.54
a
84.67 Touch & Bond
1.40
a
46.66 0.40
a
13.33 AD Bond
4 Abo T 2004
41
3
0.00
b
0.00 0.30
a
10.00 Clearfil SE Bond
0.00
a
0.00 0.56
a
28.00 Scotchbond Multipurpose
5 Brackett WW 2004
21
2
0.00
a
0.00 0.38
a
19.00 Prompt L-Pop
17.0%
a
17.00 37.0%
a
37.00 One Up Bond
15.3%
a
15.30 19.7%
a
19.70 Clearfil SE Bond
6 Fermino ML 2004
42
mm
27.2%
b
27.20 29.3%
b
29.30 One Coat Bond
1.00
a
25.00 2.25
a
56.25 Prompt L-Pop
1.00
a
25.00 2.25
a
56.25 Adper Prompt L-Pop
1.08
a
27.00 2.42
a
60.50 Clearfil SE Bond
1.00
a
25.00 2.25
a
56.25 Prime & Bond NT
1.00
a
25.00 2.00
a
50.00 Xeno III
1.00
a
25.00 2.00
a
50.00 One Up Bond
0.92
a
23.00 1.92
a
48.00 Adhese
7 Santini A 2004
43
4
1.08
a
27.00 2.08
a
52.00 Prime & Bond NT
- - 3.00
a
75.00 Single Bond
- - 2.41
a
60.25 Prompt L-Pop
- - 3.08
a
77.00 Prime & Bond NT
- - 3.08
a
77.00 Excite
- - 3.75
b
93.75 Durafill Bond
8 Gagliardi RM 2002
40
4
- - 3.00
a
75.00 Etch & Prime 3.0
- - 1.7
a
4.25 Prime & Bond 2.1
9 Campos EA 2002 4
- - 3.8
b
9.50 Single Bond
0.00
a
0.00 0.60
a
20.00 Bond 1
0.00
a
0.00 0.90
a
30.00 Single Bond
0.10
a
3.33 0.80
a
26.67 One Step
0.00
a
0.00 1.10
a
36.67 Tenure Quick
0.00
a
0.00 0.90
a
30.00 Prime & Bond 2.1
10
Al-Ehaideb AA
2001
37
3
0.00
a
0.00 1.30
a
43.33
Tenure All Surface Bonding
0.00
a
0.00 0.00
a
0.00 OptiBond Solo
0.80
a
20.00 2.60
b
65.00 One Step
0.00
a
0.00 2.20
b
55.00 Single Bond
0.80
a
20.00 2.60
c
65.00 Prime & Bond 2.0
1.60
a
40.00 3.40
c
85.00 Syntac Single Component
11
Lucena-Martin C
2001
38
4
0.00
a
0.00 3.00
c
75.00 Syntac Sprint
0.05
a
1.67 0.25
a
8.33 Syntac Sprint
12 Manhart J 2001
39
3
0.00
a
0.00 0.20
a
6.67 Syntac Single Component
0.00
a
0.00 1.14
a
28.50 Excite
0.00
a
0.00 0.64
a
16.00 Prime & Bond NT
0.00
a
0.00 0.64
a
16.00 Prompt L-Pop
13 Gomes JC 2000
35
4
0.14
a
3.50 0.79
a
19.75 One Coat Bond
0.00
a
0.00 0.60
a
20.00 Scotchbond Multipurpose P
0.60
a
20.00 0.90
a
30.00 Prime & Bond 2.1
0.60
a
20.00 1.50
a
50.00 Single Bond
14 Moura FRR 2000
36
3
0.50
a
16.67 1.70
a
56.67 Bond1
Tabela 15 – Porcentagem de microinfiltração. Letras diferentes representam diferenças significativas
89
1.50
a
37.50 1.54
a
38.50 Etch & Prime 3.0
0.27
b
6.75 1.63
a
40.75 Single Bond
0.40
b
10.00 0.77
b
19.25 Permaquick PQ1
15 Cardoso PE 1999
32
4
0.00
b
0.00 0.90
c
22.50 Prime & Bond NT
0.00
a
0.00 1.10
a
27.50 Paama 2
0.00
a
0.00 1.10
a
27.50 OptiBond Solo
16 Gomes OMM 1999
33
4
0.25
a
6.25 2.00
a
50.00 Clearfil Liner Bond 2
0.23
a
5.75 0.74
a
18.50 Scotchbond Multipurpose
0.35
a
8.75 0.31
bcd
7.75 All-Bond 2
0.38
a
9.50 0.23
bd
5.75 OptiBond
0.26
a
6.50 0.51
abc
12.75 Single Bond
0.45
a
11.25 0.15
d
3.75 One Step
17
Pilo R
1999
34
4
0.51
a
12.75 0.60
ca
15.00 Solobond
0.25
a
8.33 1.08
a
36.00 Scotchbond Multipurpose
0.67
a
22.33 0.63
b
21.00 One Step
18 Yap AU 1998
30
3
0.29
a
9.67 1.38
a
46.00 Prime & Bond 2.0
0.00
a
0.00 0.27
a
6.75 Scotchbond Multipurpose
0.07
a
1.75 0.00
a
0.00 Paama 2
0.00
a
0.00 0.53
a
13.21 Scotchbond Multipurpose
19
Candido MSM
1997
29
4
0.00
a
0.00 0.4
a
1.00 Paama 2
2.00
a
50.00 2.50
a
62.50 All-Bond 2
0.00
b
0.00 0.00
a
0.00 OptiBond
1.00
a
25.00 1.50
a
37.50 Scotchbond Multipurpose
20
Fortin D
1994
28
4
0.00
b
0.00 1.50
a
37.50 Scotchbond Dual Cure
- - - - All-Bond 2
- - - - Clearfil Liner Bond
- - - - Gluma 2000
- - - - Imperva Bond
- - - - OptiBond
- - - - Prisma Universal Bond 3
- - - - Scotchbond Multipurpose
21
Fortin D*
1994
27
4
- - - - Scotchbond Dual Cure
0.00
a
0.00 0.27
a
27.00 Gluma 3
0.00
a
0.00 0.31
a
31.00 Gluma 3
0.00
a
0.00 0.00
b
0.00 Syntac
0.00
a
0.00 0.01
b
1.00 Prisma Universal Bond 3
0.00
a
0.00 0.00
b
0.00 Gluma 3
22 Crim GA 1993
24
mm
0.00
a
0.00 0.00
b
0.00 Syntac
0.00
a
0.00 0.00
a
0.00 Imperva Bond
23 Crim GA 1993
23
mm
0.00
a
0.00 0.00
a
0.00 Prisma Universal Bond 3
- - 3.8
a
9.50 Single Bond
24 Davidson CL 1994
25
4
- - 0.00
b
0.00 Scotchbond Multipurpose
0.14
a
3.50 0.39
a
9.75 One Step
0.25
a
6.25 1.20
a
30.00 Single Bond
25 Ben-Amar A 2005
44
4
0.10
a
2.5 2.68
b
67.00 Dentamed P&B
Desta maneira, a porcentagem de microinfiltração para diferentes
sistemas adesivos utilizados em restaurações de classe V, submetidas a
termociclagem ou carga cíclica oclusal, é exposta no Quadro 1. Neste estudo, as
porcentagens de microinfiltração (esmalte/dentina) foram: 66.67/30.00 (One Coat
7.0), 26.67/20.00 (Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
), 46.67/30.00 (AdheSE
®
), e
20.00/36.67 (Adper
TM
Single Bond 2).
Tabela 15 – Continuação. Porcentagem de microinfiltração. Letras diferentes representam
diferenças significativas. *Artigo em procura não encontrado
90
Sistemas Adesivos Esmalte% Dentina%
Xeno IV 34.67 87.67
G-Bond 66.67 76.33
iBond 47.50 66.84
Clearfil S
3
Bond 51.33 34.67
AD Bond 46.66 13.33
1 passo
Adper Prompt L-Pop 34.86 76.79
Prompt L-Pop 8.33 37.88
One Up Bond 21.00 43.50
Touch & Bond 58.33 84.67
Média 1 passo 41.04 57.96
1 passo
(ativação prévia)
Adhese 23.00 48.00
Simplicity 61.00 98.67
Nano-Bond 75.00 89.00
Clearfil SE Bond 16.20 27.55
Xeno III 42.34 72.17
Etch & Prime 3.0 37.50 56.75
Média 2 passos 42.51 65.36
Média Autocondicionantes 41.63 60.92
Autocondicionante
2 passos
Single Bond 11.00 36.38
One Coat Bond 15.35 24.53
Prime & Bond 2.0 14.84 55.50
Prime & Bond 2.1 10.00 21.42
Prime & Bond NT 13.00 44.75
OptiBond Solo Plus 38.50 63.5
OptiBond Solo 0.00 13.75
Excite 0.00 52.75
Syntac Sprint 0.84 41.67
Syntac Single Component 20.00 45.84
One Step 12.08 25.23
Bond 1 8.34 38.34
Clearfil Liner Bond 2 6.25 50.00
Durafill Bond - 93.75
Tenure Quick 0.00 36.67
Permaquick PQ1 10.00 19.25
Média 2 passos 10.68 41.46
2 passos
Dentamed P&B 2.50 67.00
OptiBond 4.75 2.875
All-Bond 2 29.38 35.13
Paama 2 0.58 9.50
Scotchbond Multipurpose P 0.00 20.00
Scotchbond Multipurpose 15.51 28.49
Imperva Bond 0.00 0.00
Syntac 0.00 0.00
Prisma Universal Bond 3 0.00 0.50
Tenure All Surface Bonding 0.00 43.33
Solobond 12.75 15.00
Gluma 3 0.00 19.33
Scotchbond Dual Cure 0.00 37.50
Média 3 passos 5.04 21.44
Média Convencionais 8.06 32.48
Convencional
3 passos
Quadro 1 – Porcentagem de microinfiltração para diferentes sistemas adesivos
No presente estudo, a maior resistência à microinfiltração por
estresse térmico na margem amelo-dentinária foi apresentada, em ordem
descendente, pelo sistema adesivo Adper
TM
Single Bond 2, seguido de Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
, AdheSE
®
e One Coat 7.0, qualitativa e quantitativamente. Na
margem cemento-dentinária, os sistemas adesivos verificaram o mesmo
91
comportamento na avaliação qualitativa, enquanto na quantitativa, o sistema adesivo
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
apresentou menor resistência. Ao respeito da resistência
ao estresse mecânico na avaliação qualitativa na margem amelo-dentinária, a
resistência foi alta e similar entre os diferentes sistemas adesivos. Na margem
cementodentinária, a menor resistência à microinfiltração foi a apresentada pelos
sistemas Adper
TM
Single Bond 2 e Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
. O comportamento foi
ótimo e similar para os outros sistemas. Na avaliação quantitativa, a menor
resistência à microinfiltração, na margem amelo-dentinária, foi apresentada pelo
sistema adesivo One Coat 7.0, sendo o desempenho similar nos outros sistemas. Na
margem cemento-dentinária, o comportamento dos sistemas adesivos foi similar.
Desta maneira, pode se verificar, apesar das diferenças, um comportamento
significativamente similar de resistência à microinfiltração nas restaurações
submetidas a termociclagem e carga cíclica oclusal. Porém, pôde-se observar a
tendência do sistema adesivo convencional a apresentar melhor desempenho no
esmalte e na dentina (Gráfico 3 e 4). Isto coincide plenamente com os resultados
encontrados na literatura (Quadro 1), com a vantagem que a eficácia foi verificada
após termociclagem e carga cíclica.
Finalmente, a diferente composição dos sistemas adesivos pode
condicionar e justificar esta tendência. Um componente principal do sistema adesivo
Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
é o HEMA-fosfato (metacriloxietildihidrogênio fosfato), o
qual é instável hidrolíticamente (Tabela 3). Em água se separa em HEMA e ácido
fosfórico. Apesar do pH baixo do Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
(0.85), a instabilidade da
molécula pode formar uma irregular profundidade de desmineralização e interdifusão
monomérica. Paralelamente, o sistema adesivo AdheSE
®
possui bis-acrilamida com
o objetivo de melhorar a resistência à degradação (Tabela 3). A molécula de
metacrilamida tem um grupo -CO-NH- ou –CO-N- a diferença de ter um grupo éster
(-CO-O-R-) como as moléculas convencionais de acrilato e metacrilato. A razão para
sua utilização é sua similaridade com os ácidos amino do colágeno, o qual promove
a formação de pontes hidrogênio entre os grupos carboxilo e amida dos monômeros
com os grupos carboxilos do colágeno, apresentando maior resistência hidrolítica.
Os sistemas adesivos Adper
TM
Prompt
TM
L-Pop
TM
e Adper
TM
Single Bond 2
apresentam copolímeros polialcenóicos (Tabela 3). Sua utilização oferece ao
sistema maior resistência à umidade. Porém, esta molécula pode não dissolver
92
adequadamente na solução do adesivo, separando-se em fases e produzindo
formações globulares na camada do adesivo (Van Landuyt et al.
88
2007). Dentro
dos autocondicionantes, o autocondicionante de 1 passo sem ativação prévia (One
Coat 7.0), apresentou a menor resistência à microinfiltração quando foi submetido a
termociclagem e carga cíclica por separado. Aparentemente a composição do
sistema adesivo One Coat 7.0 obedeceria a uma configuração similar e conjunta dos
sistemas metacrilatos com ácido polialcenóico (Tabela 3).
No caso da formação de fendas axiais, somente um trabalho reuniu
as características necessárias para ser incluso dentro do trabalho (Campos et al.
30
1999). Seu resultado coincide com o presente estudo, descrevendo uma menor
largura de fendas axiais nos adesivos convencionais de 2 passos. Como foi
mencionado, o efeito produzido segue a mesma seqüência lógica da relação
estresse e degradação.
93
7 CONCLUSÕES
Na base dos resultados obtidos pôde-se concluir que houve:
Aumento da microinfiltração marginal nos grupos submetidos especificamente
a termociclagem.
Formação de fendas axiais com maior largura nos grupos submetidos
progressivamente a termociclagem, carga cíclica e termociclagem+carga
cíclica.
Melhor desempenho, no esmalte e na dentina, do sistema adesivo
convencional.
A hipótese nula não foi contrastada devido a que a efetividade adesiva, de
maneira geral, foi similar nos sistemas adesivos avaliados quando foram
submetidos a estresse térmico e mecânico.
94
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109
ANEXO A –
APROVAÇÃO DO PROJETO PELA COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA COEP-UEPG
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