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Ministério da Saúde
FIOCRUZ
SÔNIA RIBEIRO DORIA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS COSMÉTICOS,
PROTETORES SOLARES, EM USO NO BRASIL.
PGVS/INCQS
FIOCRUZ
2008
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ii
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS COSMÉTICOS,
PROTETORES SOLARES, EM USO NO BRASIL.
SÔNIA RIBEIRO DORIA
Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária
Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde
Fundação Oswaldo Cruz
Orientadora: Prof ª. Drª.
Therezinha Coelho Barbosa Tomassini.
Rio de Janeiro
2008
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iii
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS COSMÉTICOS,
PROTETORES, SOLARES EM USO NO BRASIL.
SÔNIA RIBEIRO DORIA
Tese submetida à Comissão Examinadora composta pelo corpo docente do
Programa de Pós - Graduação em Vigilância Sanitária do Instituto Nacional de Controle de
Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz e por Professores convidados de outras
instituições, como parte dos requisitos necessários à obtenção do Grau de Doutor em
Vigilância Sanitária.
Aprovada:
______________________________________________________
Prof ª. Drª.
Therezinha C.B. Tomassini. (1º membro/ presidente)
FARMANGUINHOS / FIOCRUZ
______________________________________________________
Prof ª. Drª. Maritse Gerth Silveira (2º membro)
ANVISA /FIOCRUZ
______________________________________________________
Prof ª. Drª.Helena Pereira da Silva Zamith. (3º membro)
INCQS / FIOCRUZ
RIO DE JANEIRO
2008
iv
The Quality Control of Cosmetic Products, Sunscreens used in Brazil
Doria, Sônia Ribeiro
Avaliação da qualidade dos produtos cosméticos,
protetores solares, em uso no Brasil/ Sônia Ribeiro Doria.
Rio de Janeiro: INCQS/FIOCRUZ, 2008.
117 p., il., tab.
Tese(Doutorado) – Fundação Oswaldo Cruz, Instituto
Nacio
nal de Controle da Qualidade em Saúde, Programa de
Pós-Graduação em Vigilância Sanitária, Rio de Janeiro, 2008.
Orientador:Therezinha Coelho Barbosa Tomassini.
1. Protetores de raios solares. 2. Cosméticos. 3. Controle
de qualidade. 4. Vigilância sanitária. I. Título.
v
AGRADECIMENTOS INSTITUCIONAIS
Ao Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde.
Ao Programa de Pós-Graduação em Vigilância Sanitária do Instituto Nacional de Controle da
Qualidade em Saúde da FIOCRUZ.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
vi
AGRADECIMENTOS PESSOAIS
Á Deus, agradeço por ter me guiado em todos os momentos da minha vida e, principalmente,
por me dar forças, para continuar caminhando.
Aos meus pais, irmãos, sobrinhos e cunhados, com todo o meu carinho.
Á minha querida orientadora Professora Dra Therezinha Coelho Barbosa Tomassini, pela
orientação, paciência e, principalmente pelas palavras de estímulo, fundamentais para a
conclusão desse trabalho de tese.
Aos membros da comissão examinadora, por aceitarem participar da banca.
À Mariete Ferreira Lemos, chefe de Setor de medicamentos, agradeço pelo apoio.
Aos meus amigos André Mazzei, José Luiz e Kátia Miriam pelo apoio, sugestões e presteza
em atender as minhas solicitações, contribuindo para a qualidade deste trabalho.
Às amigas Mara e Kátia Cristina pela grande amizade.
Aos amigos do grupo de Saneantes e Cosméticos, Leonardo, Adriana, Paulo e Tadeu, pela
amizade, dicas de informática e pelos momentos descontraídos.
Aos amigos do Departamento de Química do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em
Saúde, agradeço, pelo enorme carinho e incentivo, em todos os momentos.
A Farmacêtica Layla Correa Oliveira por ter disponibilizado os protetores solares e o
estabelecimento comercial para a realização das análises das rotulagens dos protetores solares.
À Médico-Veterinária Eloísa Nunes Alves pela elaboração do roteiro de inspeção empregado
para a coleta de dados.
Ao Professor Armando Meyer pela análise dados no programa estatístico SPSS.
Aos funcionários da Biblioteca e das Secretarias do INCQS pela atenção.
Em especial, aos meus filhos, Vitor e Clara com todo o meu amor.
vii
“O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que elas acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis,
Coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”.
Fernando Pessoa
viii
Dedico este trabalho tese ao meu querido Nilo Duarte Doria, in memoriam, que
sempre trabalhou com dedicação, visando à melhoria da Saúde em nosso País.
RESUMO
O câncer de pele é o mais freqüente entre os tumores diagnosticados, considerado atualmente
um grave problema de saúde pública. Responsável por importantes seqüelas decorrentes de
intervenções cirúrgicas que geralmente levam a mutilações e até mesmo a morte, quando não
são diagnosticados precocemente. A exposição à radiação solar, cujos danos são cumulativos,
é um dos principais fatores de risco para o seu desenvolvimento, portanto, a busca por uma
fotoproteção efetiva torna-se, desta forma, prioridade para diminuir os riscos à saúde.
Considerando as ações da Vigilância Sanitária de proteção à saúde da população, fica evidente
a necessidade de melhor entender a eficácia e a segurança dos protetores solares, avaliando a
qualidade destes produtos em uso no Brasil.
Para verificar, com base nas legislações vigentes, se os limites estabelecidos estão sendo
observados, foi desenvolvida e otimizada metodologia analítica para a determinação dos
teores dos principais princípios ativos presentes nas formulações que permitiu quantificar a
benzofenona-3, o octil metoxicinamato, e o octil salicilato simultaneamente. Através dos
parâmetros desenvolvidos para a otimização, a metodologia evidenciou-se adequada para a
finalidade pretendida.
Experimentos realizados para avaliar a estabilidade fotoquímica dos princípios ativos
presentes nos protetores solares demonstraram que o octil metoxicinamato, um dos princípios
ativos mais utilizados, foi degradado quando exposto a radiação em apenas 30 segundos de
exposição, transformando-se em uma nova substância. Ela foi isolada e identificada como o
isômero Z do octil metoxicinamato.
A rotulagem dos protetores solares é parte integrante do produto, fazendo parte da qualidade.
Através de um estudo seccional foram verificadas as informações contidas nas rotulagens dos
protetores solares mais comercializados no Brasil, de acordo com as legislações vigentes e por
meio de uma análise crítica, avaliadas se estas orientam o consumidor quanto à escolha e uso
adequado do produto. O estudo demonstrou que 76% dos produtos analisados não cumpriam
os requisitos técnicos estabelecidos pelas legislações e os dizeres contidos nas rotulagens não
eram suficientes nem adequados para orientar o consumidor de modo a obter a proteção solar
necessária.
x
Abstract
Regarding to Health Surveillance actions concerning to protect health population, it is to
understand the correct mechanism of sunscreens action and if they are efficient and secure.
The present work looked for the evaluation of the quality of such products used in Brazil.
To check the sunscreen quality according to Brazilian legislation procedures, in effect, if they
are in agreement to Health Surveillance parameters and topics, the present work optimized the
method and developped a new methodology envolveing calculation of quantities of the active
ingredients such as : benzophenone-3 , octyl-methoxycinnamate and octyl-salicilate.
The applied methodology show to be proper, and accomplished their main aim. Experiments
performed to evaluate the active ingredients (substances) photostability in the sunscreen
products reveal that the octyl-methoxycinnamate, most used substance in sunscreen products,
was degradated , after 30 seconds under exposition, changing to a new substance, isolated,
purified and identified in our laboratory as the Z isomer.The sunscreen label , side by side,
with other items must be analysed and controled to infer the plain quality of the consumed
product.
A seccional study, done by our group ,was applied to check the informations declared on
sunscreen label of those with large use in Brazil.They were assayed to verified if they were ii
agreement with legislation procedures.
Doing a critical analyses it was observed that the sunscreen label gave a perfect orientation to
the costumers to find out the best one and if they point out for the correct use.
This study proved that 76% of the analysed product did not obey and followed the technical
requirements proposed by the legislation.
The labels did not offer proper, secure and enough orientation to the user, and by those
reasons they could not feel properly protect from sun radiations.
SUMÁRIO
1.0) INTRODUÇÃO 19
1.1) VIGILÂNCIA SANITÁRIA 19
1.2) INSTITUTO NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE EM
SAÚDE
21
1.3) CÂNCER DE PELE 22
1.4) RADIAÇÃO SOLAR 28
1.5) EVIDÊNCIAS DOS EFEITOS CARCINOGÊNICOS DA RADIAÇÃO
ULTRAVIOLETA ( RUV)
31
1.6) PROTETOR SOLAR 33
2.0) OBJETIVO GERAL 41
2.1) OBJETIVOS ESPECÍFICOS 41
3.0) METODOLOGIA 41
3.1) EQUIPAMENTOS 41
3.2) REAGENTES E MATERIAIS 44
3.3) PADRÕES E MATERIAIS DE REFERÊNCIA 45
3.4) PROTETORES SOLARES UTILIZADOS 45
3.5) IDENTIFICAÇÃO DOS PROTETORES SOLARES MAIS
UTILIZADOS NO BRASIL E SEUS RESPECTIVOS PRINCÍPIOS
ATIVOS
47
PARTE I – MÉTODO PARA ANÁLISE DE ATIVOS DA
FORMULAÇÃO
48
3.6) DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA ANÁLISE
QUANTITATIVA
49
3.6.1) PREPARO DAS AMOSTRAS DE PROTETORES SOLARES 49
3.6.2) SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA DO OCTIL METOXICINAMATO
E DO SALICILATO DE OCTILA
51
3.6.3) EXPERIMENTO PARA DETERMINAR A FAIXA DE
CONCENTRAÇ ÃO
52
3.6.4) DETERMINAÇÃO DA FAIXA LINEAR DE RESPOSTA 52
3.6.5) OTIMIZAÇÃO METODOLÓGICA 53
3.6.5.1) CONDIÇÕES CROMATOGRÁFICAS 53
3.6.5.2) CUIDADOS E MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES
CROMATOGRÁFICAS
54
3.6.6) ADEQUAÇÃO DO SISTEMA 54
3.6.7) DETERMINAÇÃO DA SELETIVIDADE 55
3.6.8) DETERMINAÇÃO DA FAIXA LINEAR DE TRABALHO 55
3.6.9) DETERMINAÇÃO DA LINEARIDADE 55
3.6.9.1) DELINEAMENTO EXPERIMENTAL 55
3.6.9.2) PREPARO DA SOLUÇÃO ESTOQUE (SE)DA BENZOFENONA-3 56
3.6.9.3) PREPARO DA SOLUÇÃO ESTOQUE (SE) DE
OCTILMETOXICINAMATO
57
3.6.9.4) PREPARO DA SOLUÇÃO ESTOQUE (SE) DE SALICILATO DE
OCTILA
57
xii
3.6.9.5) PREPARO DAS SOLUÇÕES DE TRABALHO DA BENZOFENONA-3;
OCTIL METOXICINAMATO E SALICILATO DE OCTILA
58
3.6.10) DETERMINAÇÃO DA EXATIDÃO 59
3.6.10.1)
PREPARO DAS SOLUÇÕES ESTOQUE (SE) DOS ANALITOS 59
3.6.10.2)
PREPARO DA SOLUÇÃO ESTOQUE DO PROTETOR SOLAR G-FPS
30 (SEP)
59
3.6.10.3)
PREPARO DAS SOLUÇÕES DE TRABALHO DA ADIÇÃO PADRÃO
DOS ANALITOS À SOLUÇÃO ORIGINADA DO PROTETOR SOLAR
G-FPS 30.
60
3.7) DOSEAMENTO DOS ATIVOS NO PROTETOR SOLAR G - FPS 30 60
4.0) RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PARTE I 62
4.1) RESULTADOS DA ADEQUAÇÃO DO SISTEMA 62
4.2) RESULTADOS DA SELETIVIDADE PARA A BENZOFENONA-3,
OCTIL METOXICINAMATO E OCTIL SALICILATO.
63
4.3) RESULTADO DA AVALIAÇÃO DA CURVA ANALÍTICA DA
BENZOFENONA-3
69
4.4) AVALIAÇÃO DA LINEARIDADE DA CURVA ANALÍTICA DA
BENZOFENONA-3
69
4.5) RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA CURVA ANALÍTICA DO
OCTIL METOXICINAMATO
71
4.6) AVALIAÇÃO DA LINEARIDADE DA CURVA ANALÍTICA DO
OCTIL METOXICINAMATO
71
4.7) RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA CURVA ANALÍTICA DO
OCTIL SALICILATO
73
4.8) AVALIAÇÃO DA LINEARIDADE DA CURVA ANALÍTICA DO
OCTIL SALICILATO
73
4.9) DETERMINAÇÃO DA EXATIDÃO DA BENZOFENONA –3 75
4.10) DETERMINAÇÃO DA EXATIDÃO DO OCTIL METOXICINAMATO 76
4.11) DETERMINAÇÃO DA EXATIDÃO DO OCTIL SALICILATO 77
4.12) DETERMINAÇÃO DOS TEORES NA AMOSTRA DO PROTETOR
SOLAR G- FPS 30.
78
PARTE II – ESTUDO DA FOTODEGRADAÇÃO 79
5.0) ANALISE E AVALIAÇÃO DA FOTODEGRADAÇÃO DOS
PROTETORES SOLARES
80
5.1) EXPERIMENTO PARA AVALIAR A POSSÍVEL
FOTODEGRADAÇÃO DOS PROTETORES SOLARES,
COMERCIALIZADOS NO BRASIL.
82
5.2) IRRADIAÇÃO AO SOL 82
5.3) EXPERIMENTO VARIANDO O TEMPO DE IRRADIAÇÃO 83
5.4) SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA DO PRODUTO DE
FOTODEGRADAÇÃO
83
5.5) EXPERIMENTO COM DETECTOR DE DIODE ARRAY 83
5.6) EXPERIMENTO DE FOTODEGRADAÇÃO COM OS PRINCÍPIOS
ATIVOS
83
5.7) PRODUTOS FPS 30 DE FABRICANTES DIFERENTES 84
5.8) EXPERIMENTO PARA ACOMPANHAR A FOTODEGRADAÇÃO DO
OMC QUANTITATIVAMENTE
84
5.9) EXPERIMENTO PARA ISOLAR E IDENTIFICAR O PRODUTO DA
FOTODEGRADAÇÃO
85
xiii
6.0) RESULTADOS E DISCUSSÂO DA PARTE II 86
6.1) EXPERIMENTO PARA AVALIAR A POSSÍVEL
FOTODEGRADAÇÃO DOS PROTETORES SOLARES,
COMERCIALIZADOS NO BRASIL.
86
6.2) IRRADIAÇÂO AO SOL 86
6.3) EXPERIMENTO VARIANDO O TEMPO DE IRRADIAÇÃO 87
6.4) SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA DO PRODUTO DE
FOTODEGRADAÇÃO
88
6.5) EXPERIMENTO COM DIODE ARRAY 88
6.6) EXPERIMENTO DE FOTODEGRADAÇÃO COM OS PRINCÍPIOS
ATIVOS ISOLADOS
93
6.7) EXPERIMENTO PARA ACOMPANHAR A FOTODEGRADAÇÃO DO
OMC QUANTITATIVAMENTE
94
6.8) EXPERIMENTO PARA ISOLAR E IDENTIFICAR O PRODUTO DA
FOTODEGRADAÇÃO
99
PARTE III – ESTUDO DAS ROTULAGENS 106
7.0) AVALIAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS ROTULAGENS
DOS PROTETORES SOLARES MAIS COMERCIALIZADOS NO
BRASIL
107
8.0) MÉTODOS EMPREGADOS 107
9.0) RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PARTE III 111
10.0) CONCLUSÕES 113
11.0) REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS 114
xiv
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 Foto de carcinoma basocelular 26
Figura 2 Foto de carcinoma espinocelular 27
Figura 3 Foto do carcinoma melanoma 27
Figura 4 Espectro da Radiação Eletromagnética 28
Figura 5 Cromatógrafo líquido (Shimadzu), utilizado para o desenvolvimento da
metodologia
42
Figura 6 Cromatógrafo líquido ( Shimadzu), usado em todos os requisitos da
otimização do método.
43
Figura 7 Simulador solar utilizado nos experimentos de fotodegradação 44
Figura 8 Cromatograma do protetor solar FPS 20 50
Figura 9
Cromatograma de produto contendo benzofenona-3, octil
metoxicinamato e salicilato de octila
51
Figura 10
Curva de calibração do octil metoxicinamato 53
Figura 11
Cromatograma do diluente utilizado (metanol) 62
Figura 12
Separação da benzofenona-3 (5,62 min), do octil metoxicinamato
(19,49 min) e do octil salicilato (22,58 min).
62
Figura 13
Sinais cromatográficos da benzofenona-3 (5,72 min), do octil
metoxicinamato (20,22 min) e do octil salicilato (23,22 min).
64
Figura 14
Espectros de varredura no ultravioleta antes do sinal (4,81min) e no
sinal da benzofenona-3 (5,72 min).
64
Figura 15
Espectros de varredura no ultravioleta antes do sinal (19,15min) e no
sinal do octil metoxicinamato (20,22 min).
65
Figura 16 Espectros de varredura no ultravioleta antes do sinal (22,71 min) e no
sinal do octil salicilato (23,37 min).
65
Figura 17 Sinal cromatográfico da benzofenona-3 (5,72 min) padrão. 66
Figura 18 Espectro de varredura no ultravioleta do padrão benzofenona-3. 66
Figura 19 Sinal cromatográfico do octil metoxicinamato (20,22 min) padrão. 67
Figura 20 Espectro de varredura no ultravioleta do padrão do octil
metoxicinamato.
67
Figura 21 Sinal cromatográfico do octil salicilato (23,22 min) padrão. 68
Figura 22 Espectro de varredura no ultravioleta do padrão do octil salicilato. 68
Figura 23 (a) E-octil metoxicinamato e (b) Z-octil metoxicinamato 81
Figura 24 Fotodegradação do octil metoxicinamato (a) antes de irradiar e (b) e
(c) após
81
Figura 25 Cromatogramas do protetor solar D-FPS 20 sem irradiar e após 30
minutos de irradiação
86
Figura 26 Cromatograma do protetor solar F - FPS 30 irradiado ao sol por 30
minutos
87
Figura 27
Cromatograma do protetor solar E-FPS 30 irradiado por 40 minutos. 87
Figura 28
Separação cromatográfica de produto fotodegradado. 88
Figura 29
protetor solar D-FPS 20 - não irradiado 89
Figura 30
protetor solar D-FPS 20 - não irradiado 90
xv
Figura 31
Protetor solar D-FPS 20 – irradiado 91
Figura 32
Protetor solar D- FPS 20 – irradiado 92
Figura 33
Salicilato de octila – irradiado e não irradiado. 93
Figura 34
Octil metoxicinamato – irradiado e não irradiado 93
Figura 35
Octil metoxicinamato – irradiado por 30 segundos. 94
Figura 36
Octil metoxicinamato – irradiado por 5 minutos. 95
Figura 37
Octil metoxicinamato – irradiado por 10 minutos. 95
Figura 38
Octil metoxicinamato – irradiado por 30 minutos. 96
Figura 39
Octil metoxicinamato – irradia por 1 hora. 96
Figura 40
Octil metoxicinamato – irradiado ao Sol por 1 minuto. 97
Figura 41
Espectro de
13
C RMN do isômero E-octil metoxicinamato. 99
Figura 42
Espectro de
1
H RMN do isômero E-octil metoxicinamato. 100
Figura 43
Espectro expandido de
1
H RMN do isômero E-octil metoxicinamato. 101
Figura 44
Espectro de
13
C RMN do isômero Z-octil metoxicinamato. 102
Figura 45
Espectro de
1
H RMN do isômero Z-octil metoxicinamato. 103
Figura 46
Espectro expandido de
1
H RMN do isômero Z-octil metoxicinamato. 104
Figura 47
Instrumento para coleta dos dados 108
xvi
ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Tempo de irradiação x concentração do octil metoxicinamato
98
Gráfico 2 Percentual dos protetores solares por fabricante
112
Gráfico 3 Percentual dos protetores solares por FPS
112
xvii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 Fototipos cutâneos 24
Tabela 2 Relação entre o efeito do comprimento de onda e a resposta deletéria à
luz solar.
31
Tabela 3 Resumo das observações históricas sobre o câncer de pele 32
Tabela 4 Lista de Filtros Ultravioletas Permitidos 37
Tabela 5 Quadro dos volumes tomados das soluções estoques e às concentrações
das soluções de trabalho da benzofenona-3
58
Tabela 6 Quadro dos volumes tomados das soluções estoques e às concentrações
das soluções de trabalho do octil metoxicinamato
58
Tabela 7 Quadro dos volumes tomados das soluções estoques e às concentrações
das soluções de trabalho do salicilato de octila
58
Tabela 8 Quadro dos volumes (mL) tomados da SE dos analitos sobre um nível
básico da solução do protetor solar G-FPS 30
60
Tabela 9 Parâmetros cromatográficos analisados para a adequação do sistema 63
Tabela 10
Concentrações das soluções para cada nível das curvas de calibração
(C.A)
69
Tabela 11
Curva analítica da benzofenona-3 70
Tabela 12
Concentrações das soluções para cada nível das curvas de calibração
(C.A)
71
Tabela 13
Curva analítica do OMC 72
Tabela 14
Concentrações das soluções para cada nível das curvas de
analíticas(C.A).
73
Tabela 15
Curva analítica do Octil salicilato 74
Tabela 16
Áreas medidas após injeção das soluções de trabalho de adição padrão da
benzofenona-3
75
Tabela 17
Áreas medidas após injeção das soluções de trabalho de adição padrão do
octil metoxicinamato.
76
Tabela 18
Áreas medidas após injeção das soluções de trabalho de adição padrão do
octil salicilato
77
Tabela 19
Recuperação dos analitos, calculada a partir das curvas de adição padrão
da benzofenona-3, octil metoxicinamato e do octil salicilato em um
produto de fotoproteção.
77
Tabela 20
Teores dos princípios ativos benzofenona-3, octil metoxicinamato e
salicilato de octila encontrados na análise da amostra do protetor solar G-
FPS 30 e os declarados na rotulagem
78
Tabela 21
Comparação dos deslocamentos químicos dos espectros de
13
C RMN dos
isômeros E e Z com os dados da literatura
105
xviii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ABHIPEC – Associação Brasileira da Industria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Comércio.
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
BENZ – Benzofenona-3.
CLAE – Cromatografia líquida de alta eficiência.
COLIPA – The Scientific Committee on Cosmetology of the Eupean Union.
DME – Dose mínima eritematosa.
FDA – Food and Drug Administration.
FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz.
FPS – Fator de proteção solar.
IC – Intervalo de confiança.
INCA – Instituto Nacional do Câncer.
INCQS – Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.
LCCDMA – Laboratório Central de Controle Drogas, Medicamentos e Alimentos.
MMQO – Método dos mínimos quadrados ordinários.
OMC – Octil metoxicinamato.
OPAS – Organização Panamericana de Saúde.
OS – Octil salicilato.
USP – Farmacopéia Americana.
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada.
1
H RMN – Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio.
13
C RMN – Ressonância Magnética Nuclear de Carbono.
RUV – Radiação Ultravioleta.
SUS – Sistema Único de Saúde.
UV _ Ultravioleta.
WHO – Organização Mundial da Saúde.
19
1) INTRODUÇÃO
1.1) VIGILÂNCIA SANITÁRIA.
Tecnicamente compreendida como a área da saúde pública, dentro do Sistema Único
de Saúde (SUS) que trata das diversas formas de ameaça à saúde, oriunda de produtos,
insumos e serviços relacionados com a saúde, com o meio ambiente, com ambiente de
trabalho e com a circulação de transportes, cargas e pessoas.
De natureza eminentemente preventiva está fundamentada no conceito de risco,
atuando tipicamente mais no processo produtivo. A Vigilância Sanitária vai agir antes do
agravo à saúde, identificando condições que representem risco, com o objetivo de proteger à
saúde da população.
1
Definida pela Lei n 8.080, chamada Lei Orgânica da Saúde, a Vigilância Sanitária se
insere na área de promoção da Saúde, envolvendo práticas e conhecimentos os mais distintos.
Esse conceito denota a sua enorme abrangência, reforçando a necessidade de ações articuladas
com as demais Vigilâncias: Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador, na
construção de métodos e instrumentos de intervenção na política e gestão da Saúde no Brasil.
O conceito de promoção da saúde foi formulado na I Conferência Internacional sobre
Promoção da Saúde realizada no Canadá em 1986 e registrada no documento denominado
Carta de Ottawa: “A promoção da saúde consiste em proporcionar aos povos os meios
necessários para melhorar sua saúde e exercer um maior controle sobre a mesma. Para
alcançar um estado adequado de bem estar físico, mental e social, um grupo deve ser capaz de
identificar e realizar suas aspirações, satisfazer suas necessidades e mudar ou adaptar-se ao
meio ambiente”.
A Carta destaca as implicações de uma participação ativa na promoção da Saúde. Os
pontos principais passam a serem nomeados como estratégias de ação da promoção da Saúde:
20
a elaboração de uma política pública sadia, criação de ambientes favoráveis, reforço da ão
comunitária, desenvolvimento de aptidões pessoais, a reorganização dos serviços sanitários,
passando de enunciados à agenda política da Saúde.
As quatro importantes conferências internacionais sobre promoção da saúde: Ottawa
(WHO, 1986), Adelaide (WHO, 1988), Sundsvall (WHO, 1991) e Jacarta (WHO, 1997)
desenvolveram as bases conceituais e políticas da promoção da saúde. No contexto sub-
regional da América, realizou-se a Conferência Internacional da Promoção da Saúde (OPAS,
1992).
2
No Brasil a grande diversidade e especificidade local, a distribuição de renda, o
analfabetismo, o baixo grau de escolaridade, as precárias condições de habitação e ambiente
determinam condições de vida e saúde altamente heterogêneas que constituem um fator
fundamental a ser considerado na formulação destas políticas.
O direito a saúde está explicitado na Constituição Federal de 1988 que a define como
direito de todos e dever do Estado e define também os princípios e diretrizes legais do SUS,
regulamentados na Lei Orgânica da Saúde (Leis 8.080 e 8.142/90), onde reafirmam o
dever de garantir a saúde como direito universal e fundamental do ser humano.
A cada quatro anos, os representantes do governo, a sociedade, a comunidade
científica, os trabalhadores e os prestadores de serviços em saúde se reúnem em uma
conferência nacional a fim de avaliar e traçar novos rumos para a saúde pública no Brasil.
A 12ª Conferência Nacional de Saúde Brasileira teve como principal tema “Saúde um
direito de todos e dever do Estado a Saúde que temos e o SUS que queremos” onde foi
discutido, numa abordagem ampla dos princípios e diretrizes relevantes para a construção do
Sistema Único de Saúde.
A 13ª Conferência Nacional de Saúde (novembro de 2007), terá como tema central
“Saúde e Qualidade de Vida: Política de Estado e Desenvolvimento” que será subdividido em
três eixos de discussão:
3
21
Desafios para a efetivação do direito humano à Saúde no século XXI: Estado,
sociedade e padrões de desenvolvimento;
Políticas públicas para a Saúde e qualidade de vida: o SUS na Seguridade
Social.
A participação da sociedade na efetivação do direito humano à Saúde.
O Brasil está entrando em um novo momento marcado pela democracia, a sociedade
começa a se organizar favorecendo o controle social. A Saúde conta com instrumentos
democráticos legitimados pelos princípios constitucionais e por leis que os regulamentam: os
Conselhos de Saúde e as Conferências Nacionais de Saúde, ambos com composição paritária
de representantes do Governo, dos prestadores de Serviço e da população com o objetivo de
avaliar as políticas e a gestão da Saúde, propondo encaminhamentos e diretrizes aos governos.
Estratégias promocionais como políticas públicas saudáveis, efetiva articulação
intersetorial do Poder Público e a mobilização da população irão contribuir para a qualidade
de vida de indivíduos e populações, tais estratégias se concretizarão, através de seus próprios
fundamentos e práticas.
1.2) INSTITUTO NACIONAL DE CONTROLE DE QUALIDADE EM SAÚDE
O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), é uma unidade da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que atua com a Vigilância Sanitária como referência
nacional para as questões tecnológicas e normativas relativas ao controle da qualidade de
produtos, insumos, ambientes e serviços, no contexto do SUS.
Criado a partir do Laboratório Central de Controle de Drogas, Medicamentos e
Alimentos (LCCDMA), foi inaugurado em 4 de setembro 1981.
Com a criação da ANVISA, em 1999, o INCQS passou a ser referência nas ações
científicas e tecnológicas relativas ao controle da qualidade de produtos sujeitos à Vigilância
Sanitária. Coordenando com a Gerência Geral de Laboratórios de Saúde Pública, a Rede
22
Nacional de Laboratórios Oficiais de Controle da Qualidade em Saúde, formada pelos 27
Laboratórios Centrais dos estados.
1 e 4
São atividades do INCQS, dentre outras:
- Execução de análises laboratoriais previstas na legislação sanitária ou por demanda de
Órgãos do SUS, em suporte aos programas oficiais de saúde;
- Emissão de pareceres técnicos sobre questões técnico-científicas relacionadas à Vigilância
Sanitária;
- Elaboração de normas técnicas e procedimentos operacionais padronizados;
- Inspeção e avaliação de indústrias e laboratórios em conjunto com a ANVISA, com as
Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais e com o INMETRO;
- Avaliação técnica e pareceres sobre a petição de registros de produtos no Ministério da
Saúde;
- Desenvolvimento e implantação de metodologias analíticas;
- Distribuição de materiais de referência químicos e biológicos;
- Qualificação de recursos humanos, através de cursos, treinamentos e seminários;
- Atuação na elaboração de legislação sanitária.
1.3) CÂNCER DE PELE
O câncer mais freqüente em todo o mundo é o de pele, segundo o Instituto Nacional do
Câncer (INCA), no Brasil, ele corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados.
São responsáveis por importantes seqüelas decorrentes de intervenções cirúrgicas que
23
geralmente levam a mutilações nos casos dos carcinomas basocelulares e espinocelulares, bem
como elevada mortalidade nos melanomas.
Câncer de pele é o crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a
pele. A pele é um tecido em que as células se dispõem formando camadas e, dependendo da
camada afetada, tem-se os diferentes tipos de câncer.
Os carcinomas basocelulares são os mais freqüentes, representam 70% dos casos. São
originários da epiderme e dos apêndices cutâneos acima da camada basal, sendo diagnosticado
através de uma lesão (ferida ou nódulo) com uma evolução lenta. É mais comum após os 40
anos, em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar
acumulativa durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua
volta, atingindo até cartilagens e ossos.
Os carcinomas espinocelulares são o segundo tipo mais comum (25%), têm origem no
queratinócio da epiderme, podendo surgir no epitélio escamoso das mucosas, também surge
por meio de uma ferida, porém, com evolução rápida, apresentando secreção e coceira. Pode
se disseminar por meio de gânglios e provocar metástase. Entre suas causas, está a exposição
prolongada ao sol, principalmente sem a proteção adequada, tabagismo, exposição a
substâncias químicas como arsênio e alcatrão e alterações na imunidade.
O melanoma é o menos freqüente, representa 5% dos tumores diagnosticados, porém
sua letalidade é mais elevada, tem um alto potencial de produzir metástase podendo levar à
morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce. Têm origem nos melanócitos, células
que produzem a melanina, substância que determina a cor da pele. Pode surgir a partir da pele
normal ou de uma lesão pigmentada.
5 e 6
Em estudo de caso controle realizado com pacientes do sul do Brasil, Bakos et al,
encontraram risco relativo para melanoma de 2,7 (IC 95% 1,3 – 5,6) em pacientes com
fototipos I e II quando comparados à pacientes com fototipos III e IV (Tabela 1). O mesmo
estudo mostrou que a cor dos cabelos e a cor dos olhos não são fatores de risco independentes
para o melanoma. Foi demonstrado também que o número de nevos (30) e a presença de
nevos displásicos constituem um fator de risco moderado. O fator de risco mais importante,
24
apontado naquele trabalho, foi o relato de numerosos (30 ou mais) episódios de queimadura
solar ao longo da vida.
7
Tabela 1: Fototipos cutâneos
7
Fototipos Descrição Sensibilidade ao Sol
I- branca queima com facilidade, nunca
bronzeia
muito sensível
II- branca queima com facilidade, bronzeia
muito pouco
sensível
III- morena clara queima moderadamente, bronzeia
moderadamente
normal
IV- morena moderada queima pouco, bronzeia com
facilidade
normal
V- morena escura queima raramente, bronzeia bastante pouco sensível
VI- negra nunca queima, não bronzeia insensível
O Brasil é um dos países mais ensolarados do mundo, com grande área intertropical. A
exposição à radiação solar, cujos danos são cumulativos, é um dos principais fatores de risco
para o seu desenvolvimento. Por outro lado, o câncer de pele é também um dos mais passíveis
de prevenção efetiva e de baixo custo. Para a prevenção é necessário evitar a exposição ao sol,
sem proteção, desde o período mais precoce da infância.
5
Devido às condições gerais de vida na sociedade moderna, caracterizada por uma
maior prática de esportes e outras atividades ao ar livre, além da preferência estética por uma
pele bronzeada, o aumento significativo do número de casos de câncer de pele observado, tem
sido correlacionado a maior exposição à radiação solar.
nove anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza ampla campanha a nível
nacional, orientando sobre a prevenção e detecção precoce da doença. Segundo a Campanha,
25
os brasileiros não se protegem adequadamente contra o Sol. Um grande mero de
trabalhadores rurais e urbanos que exercem atividades ao ar livre como: guarda-vidas,
agricultores, pescadores, garis, catadores de papel, trabalhadores da construção civil, podem
adquirir câncer de pele. De acordo com o INCA a previsão para a ocorrência de novos casos
em 2006, no Brasil, foi de 55.480 casos em homens e de 61.160 em mulheres.
5 e 6
O diagnóstico precoce é muito importante. Assim como para detectar o câncer de
mama, o auto-exame também é fundamental para diagnosticar precocemente a doença. Com o
objetivo de facilitar o auto-exame o INCA criou um procedimento para sua execução.
5
O que é o auto-exame da pele?
É um método simples para detectar precocemente o câncer de pele, incluindo o melanoma. Se
diagnosticado e tratado enquanto o tumor ainda não invadiu profundamente a pele, o câncer de
pele pode ser curado.
Quando fazer?
Ao fazer o auto-exame regularmente, você se familiarizará com a superfície normal da sua
pele. É útil anotar as datas e a aparência da pele em cada exame.
O que procurar?
• Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram
• Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor
• Feridas que não cicatrizam em 4 semanas
Deve-se ter em mente o ABCD da transformação de uma pinta em melanoma, como descrito
abaixo:
Assimetria - uma metade diferente da outra
Bordas irregulares - contorno mal definido
Cor variável - várias cores numa mesma lesão: preta, castanho, branca, avermelhada ou azul
Diâmetro - maior que 6 mm
26
Como fazer?
1) Em frente a um espelho, com os braços levantados, examine seu corpo de frente, de costas
e os lados direito e esquerdo;
2) Dobre os cotovelos e observe cuidadosamente as mãos, antebraços, braços e axilas;
3) Examine as partes da frente, detrás e dos lados das pernas além da região genital;
4) Sentado, examine atentamente a planta e o peito dos pés, assim como os entre os dedos;
5) Com o auxílio de um espelho de mão e de uma escova ou secador, examine o couro
cabeludo, pescoço e orelhas;
6) Finalmente, ainda com auxílio do espelho de mão, examine as costas e as nádegas.
Atenção:
”Caso encontre qualquer diferença ou alteração, procure orientação médica.
Evite exposição ao sol das 10h às 16h e utilize sempre filtros solares com fator de
proteção 15 ou mais, além de chapéus, guarda-sóis e óculos escuros.”
Figura 1: Foto de carcinoma basocelular
5
27
Figura 2: Foto de carcinoma espinocelular
5
Figura 3: Foto do carcinoma melanoma
5
28
1.4) RADIAÇÃO SOLAR
O Sol emite energia na forma de radiação eletromagnética de vários comprimentos de
onda, sendo as mais nocivas aquelas na faixa do ultravioleta (200 a 400nm). Esta região está
conceitualmente dividida em três faixas:
Ultravioleta C (UV-C): de 200 a 290nm
Ultravioleta B (UV-B): de 290 a 320nm
Ultravioleta A (UV-A): de 320 a 400nm
A UV-C é completamente absorvida pela camada de ozônio da atmosfera, mas com a
degradação ambiental parte desta radiação também pode nos atingir. Portanto, a radiação UV
que consegue atravessar a atmosfera consiste principalmente em UV-B (cerca de 5%) e UV-A
(95% ou mais). Estas porcentagens, entretanto, são aproximações, uma vez que as respectivas
quantidades relativas variam com as estações do ano, hora do dia, latitude e muitos outros
fatores. A maior densidade da radiação UV é recebida nas 4 horas em torno do zênite solar,
isto é, quando o Sol está em seu ponto mais alto no céu. No Brasil isso acontece entre 11 e 15
horas em dias claros de verão. Nessas horas, o ângulo dos raios solares relativamente à
superfície da Terra é tal que a luz tem a menor distância para atravessar a atmosfera e,
portanto, menor oportunidade de ser absorvidos ou refletidos. Os níveis de UVB, em
particular, variam significantemente durante o dia, sendo mais suscetíveis aos fatores
atmosféricos do que a UVA e a luz visível.
8 e 9
Figura 4: Espectro da Radiação Eletromagnética
Fonte: http://www.geocities.com/planetscience/celular/espectro.jpg
29
O Sol é sem dúvida essencial a nossa vida, entretanto, a exposição prolongada a
radiação UV, tem efeitos deletérios, provocando além do câncer de pele, diversas alterações,
especialmente na pele, como: reações de fotossensibilização, eritema, edema, e dor.
10
Fotossensibilização.
Existem fatores endógenos e exógenos.
As doenças causadas por fatores endógenos são: urticária solar, dermatite crônica
actínica e erupções polimorficas. Aquelas causadas por fatores exógenos podem ocorrer
quando uma pessoa inadvertidamente aplica um medicamento tópico sobre a pele ou toma
uma medicação. Esta medicação pode causar, na pele, uma resposta fototóxica ou fotoalérgica
toda vez que a pele sensibilizada for exposta à radiação solar.
• Eritema – vermelhidão da pele (queimadura solar)
A pele tem a fundamental habilidade de responder diretamente à radiação UV e a
inspeção visual é o método mais efetivo de detecção do eritema.
A vermelhidão é devida a um aumento do conteúdo de sangue da pele por dilatação
dos vasos sangüíneos superficiais.
A capacidade da radiação ultravioleta (RUV) de produzir eritema na pele humana é
altamente dependente do comprimento de onda da radiação e é expressa pelo espectro da ação
eritemal e tem sido objeto de interesse teórico e experimental por mais de 70 anos (Tabela 2).
Características da queimadura solar
Meia hora ao meio dia de um dia de sol de verão no Reino Unido, na pele não
climatizada, de uma pessoa caucasiana é normalmente suficiente para resultar numa
subseqüente vermelhidão branda da pele. Seguindo esse grau de exposição o eritema pode não
aparecer por aproximadamente 4 horas embora medidas usando um instrumento mais sensível
que o olho humano para detectar o eritema, mostre que a vasodilatação começa a ocorrer
30
muito mais rápido. O eritema atinge um máximo à aproximadamente 8-12 horas após a
exposição e desaparece dentro de 1-2 dias. Expondo a pele por períodos crescentes a forte luz
solar do verão progressivamente, encurta o tempo antes do aparecimento do eritema, prolonga
sua persistência e aumenta sua intensidade.
Fatores que influenciam a queimadura solar
A cor da pele é um importante fator na determinação da facilidade com que a mesma
será queimada pelo Sol. Embora pessoas de pele clara requeiram apenas 15-30 minutos ao
meio dia de um dia de sol de verão, para induzir a uma reação eritemal. Pessoas com a pele
moderadamente pigmentada podem requerer 1 a 2 horas de exposição e pessoas com a pele
mais escura (negros) normalmente não sofrerão queimadura solar. Outras características
fenótipicas que podem influenciar a suscetibilidade a queimadura solar são: cor do cabelo, cor
dos olhos e sardas. Baseado na história pessoal de resposta a exposição por 45 a 60 minutos ao
sol do meio dia de um dia de verão no início de junho os indivíduos podem ser agrupados em
seis tipos de pele sol reativos (Tabela 1).
Existem diferenças anatômicas na sensibilidade eritemal. A face, pescoço e tronco são
2 a 4 vezes mais sensíveis que os membros. Essas diferenças anatômicas são compostas pela
variação na exposição solar das diferentes partes do corpo. A superfície vertical de uma
pessoa em recebe aproximadamente metade da RUV ambiente enquanto que a superfície
horizontal tais como a região do ombro recebe mais do que 75%.
Não existem diferenças na susceptibilidade a queimadura solar entre os sexos, embora
a sensibilidade eritemal possa mudar com a idade - crianças e pessoas idosas são ditas serem
mais sensíveis. Contudo estudos mais recentes de sensibilidade eritemal em crianças e idosos,
não tem confirmado isso.
10
31
Tabela 2: Relação entre o efeito do comprimento de onda e a resposta deletéria à luz
solar.
10
Resposta deletéria a luz solar Comprimento de onda (nm) / valor do
efeito
queimadura 290 -320 maior; 320-400 menor
melanogenesis 290 -320 maior; 320-400 menor
câncer de pele não melanoma 290 -320 maior; ~ 370 menor
melanoma UVB (?) UVA (?)
elastosis 290 -320 maior; 320-400 menor
1.5) EVIDÊNCIAS DOS EFEITOS CARCINOGÊNICOS DA RADIAÇÃO
ULTRAVIOLETA (RUV)
a) Distribuição anatômica Numerosos estudos têm demonstrado que
aproximadamente 90% dos Cânceres Basocelulares e mais de metade dos Cânceres
Espinocelulares ocorrem na cabeça e pescoço.
b) Diferenças raciais Caucasianos são muito mais propensos a desenvolver NMSC
que raças com pigmentação da pele mais acentuada. Além disto, quando o câncer de pele
ocorre em raças mais pigmentadas ele não é encontrado predominantemente em áreas
expostas ao Sol.
c) Fenótipo – Fatores genéticos associados com a tendência para desenvolver câncer de
pele são: olhos claros, cabelos claros, tendência à queimadura solar e pequena capacidade de
bronzeamento.
32
d) Distribuição geográfica Pesquisas da incidência de câncer de pele realizadas em
diversos Países produziram ampla evidência que existe um gradiente de latitude, apontando
que a incidência aproximadamente dobra a cada 10 graus que nos aproximamos do Equador.
e) Local de trabalho Estudos epidemiológicos têm mostrado que trabalhadores em
áreas externas têm mais probabilidade a desenvolver câncer de pele que trabalhadores em
áreas internas. Dados coletados na Suécia indicam que os trabalhadores em áreas externas são
aproximadamente três vezes mais propensos a desenvolver câncer de pele.
10 e 11
A tabela 3 abaixo apresenta um resumo das observações sobre o câncer de pele.
Tabela 3: Resumo das observações históricas sobre o câncer de pele
12
OBSERVAÇÃO INVESTIGADOR ANO
Lesões pré-cancerosas de pele localizavam-se
predominantemente em áreas expostas à luz
P.G. Unna 1894
A pigmentação protege parcialmente contra o
câncer de pele
J.N. Hyde 1906
Encontrou-se câncer de pele mais freqüentemente
nas áreas do corpo expostas à luz solar
A.H. Roffo 1932
Raios UV com comprimentos de onda menores
que 320nm, são carcinogênicos
H.F. Blum 1940
Quanto maior a intensidade da luz solar, maior a
freqüência de câncer de pele em caucasianos
E.J. MacDonald 1948
Bantus, exceto os albinos, têm menos câncer de
pele que os brancos
M.P.Shapiro 1953
Irradiação por luz UV diminui o mero de
células de Langerhans identificáveis
J. Fan 1959
A latitude e a cor da pele afetam a freqüência de
câncer de pele
J.C. Belisario 1962
A degeneração histopatológica da pele, ocorre
em menor proporção nos negros que nos brancos.
J.M. Knox 1962
33
A radiação UV lesa o DNA, in vivo”, no tecido
conectivo dérmico humano.
W.L. Epstein 1969
Radiação UVA é carcinogênica P.D.Forbes 1982
Lesão de pele por UV em animais protegidos e
não protegidos pelo uso de filtros solares
L.H.Kligman 1982
1.6) Protetor Solar
O câncer de pele é considerando, atualmente, um grave problema de saúde pública.
Como meio de prevenção e proteção, os profissionais da saúde m orientado a população,
através das recomendações básicas:
5
-evitar a exposição nas horas de maior incidência da irradiação solar.
- usar sistematicamente os protetores solares.
Os protetores solares são preparações de uso tópico que reduzem os efeitos deletérios
da radiação ultravioleta. Estudos têm demonstrado que, além de oferecer proteção contra a
formação de eritema induzido por radiação ultravioleta em peles animal e humana, também
inibem a fotocarcinogênese em pele animal.
13
Como mecanismo de ação, os ativos presentes nos protetores solares, podem bloquear
ou absorver a radiação solar. Os absorvedores mais utilizados nas formulações são: os p-
aminobenzoatos, os salicilatos, os cinamatos e as benzofenonas. As substâncias bloqueadoras
mais empregadas são: dióxido de titânio, óxido de alumínio e óxido de zinco. Predominantes
nos filtros com alto fator de proteção solar, bloqueiam os raios UVA e UVB, mas costumam
ser menos aceitos pelos usuários por deixarem uma coloração esbranquiçada na pele. Para
conferir proteção equivalente sem conseqüências estéticas ou desconfortáveis e
abrangência
nos comprimentos de onda UVA e UVB muitos filtros utilizam, em altas concentrações,
misturas de substâncias absorvedoras da radiação,
no entanto, quanto maior a concentração
maior o potencial de irritação e sensibilização, bem como, o custo do produto final. Além
disso, cada vez mais crianças, idosos e pessoas de pele sensível utilizam filtros solares.
14 -17
34
A efetividade dos fotoprotetores vai depender, portanto, da disponibilidade de produtos
que abranjam a região UVA e UVB e sejam estáveis, isto é, tenham uma vida útil longa. Os
princípios ativos utilizados nas formulações devem, assim, ser química e fotoquimicamente
inertes. Se eles não são, ligações químicas podem ser rearranjadas, levando a novas moléculas
cuja absorvância UV pode ser modificada ou mesmo perdida e as propriedades toxicológicas
alteradas. Radicais podem reagir para formar espécies de oxigênios reativos, levando a dano
biológico. Além disso, fluorescência e fosforescência, embora não danosas, não são
desejáveis. Portanto, a energia luminosa absorvida pelos filtros UV, se não espalhada ou
refletida, deve apenas ser transformada em energia térmica inócua.
18 - 21
É importante que os fabricantes ao formularem seus produtos levem em conta que no
uso pretendido o produto estará necessariamente exposto a radiações com energia suficiente
para produzir reações fotoquímicas.
Com relação ao uso, a efetividade também depende de outros fatores, entre eles, a
escolha do produto adequado, uma distribuição homogênea sobre a pele, reaplicação sempre
que houver remoção sica e respeito ao tempo máximo de permanência ao sol que o produto
permite.
Para calculá-lo, basta saber quanto tempo conseguimos permanecer ao sol, sem
nenhum protetor solar, até aparecer na pele uma leve vermelhidão (eritema) e multiplicar o
valor encontrado pelo FPS do produto. Por exemplo, se o tempo máximo de exposição ao sol,
sem filtro solar, for de seis minutos e o fator de proteção solar do produto utilizado for quinze,
o tempo máximo de exposição será de noventa minutos. A reaplicação do produto não
ampliará o tempo de permanência ao sol. Para um tempo maior deve-se utilizar um protetor
solar com FPS superior.
22
O FPS é calculado através de experimentos “in vivo”, definido como sendo a dose
mínima eritematosa (DME) na pele protegida dividida pela dose mínima eritematosa na pele
não protegida.
FPS = DME pele protegida/ DME pele não protegida
Dose mínima eritematosa (DME) é definida como a dose mínima de radiação
ultravioleta requerida para produzir a primeira reação eritematosa perceptível com bordas
35
claramente definidas, observadas entre 16 e 24 horas após sua exposição à radiação
ultravioleta. A escolha do FPS adequado dependerá principalmente do tipo de pele, bem
como, do tempo de exposição solar pretendido pelo consumidor.
23
Com relação à legislação brasileira os filtros solares são classificados como
cosméticos, submetidos ao sistema de Vigilância Sanitária, lei 6360/ 1976, sendo
regulamentados pelos Decretos 79.094/1977 e 83.239/1979 e complementados por Resoluções
da Diretoria Colegiada (RDC), através de regulamentos técnicos, harmonizados no âmbito do
Mercosul, que adotam definições, metodologias analíticas para a determinação do FPS,
resistência à água, estabelecem listas das substâncias permitidas e proibidas, suas
concentrações, critérios e procedimentos para o registro de produtos, dizeres obrigatórios que
devem figurar nas rotulagens.
23 -29
Os protetores solares são definidos como: “Produtos anti-solares destinados a proteger
a pele contra queimaduras e endurecimento provocado pelas radiações, diretas ou refletidas,
de origem solar ou não, dermatologicamente inócuos e isentos de substâncias irritantes ou
foto-sensibilizantes e nos quais as substâncias utilizadas como protetores sejam estáveis e não
se decomponham sob a ação das radiações ultravioletas, por tempo mínimo de duas horas.”
Estão incluídos na lista de cosméticos Grau 2, “produtos com risco potencial,
possuindo indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e
eficácia, bem como informações, cuidados, modo e restrições de uso”. Os produtos
cosméticos classificados Grau 1, devido às características intrínsecas do produto, não
necessitam comprovar segurança e eficácia e nem conter na rotulagem, informações
detalhadas quanto ao modo de uso e suas restrições.
28
O esclarecimento do público, a nível mundial, a respeito dos benefícios do uso de
filtros solares tem crescido nos últimos anos. Nesse meio tempo organizações normalizadoras
particulares e governamentais tem incrementado seus esforços no sentido de desenvolver
procedimentos de testes clínicos padronizados para efetivamente avaliar os filtros solares.
Apesar das tentativas de se padronizar as metodologias para se chegar a um índice de proteção
solar mundialmente válido, ainda permanecem diferenças entre os procedimentos de teste
utilizados.
20 e 21
36
Aqui no Brasil, a determinação do fator de Proteção Solar (FPS), segundo a legislação
vigente (RDC 237), deverá realizar-se por uma das seguintes normas:
23
Federal Register – Norma FDA – Department of Health and Human Services
Wednesday May 12, 1993 Sunscreen Drug Product for Over the Counter Human Use; Final
Monograph; Final Rule; Subparte D Testing Procedure, seções 352.70 a 352.73.
Norma Colipa Colipa Sun Protection Factor Test Method The European Cosmetic
Toiletry and Perfumary Association ref. 94/289 October 1994 (Anexo II).
Os produtos cosméticos denominados multifuncionais, também são regulamentados,
mesmo não sendo classificados como protetores solares:
28
- “Os produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes que proclamem um valor
de FPS ou atividade de proteção solar, mesmo que não sejam enquadrados como protetores
solares, deverão comprovar o declarado, que não deve ser menor que FPS 2, com uma das
metodologias indicadas anteriormente.
- Os produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes que não proclamem um
valor de FPS em sua rotulagem, mas declararem na mesma que contém filtro solar” deverão
comprovar proteção solar de no mínimo FPS 2 através de sua formulação ou ensaios “in vivo”
ou “in vitro” ou por trabalhos científicos.
- Os produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes que contenham filtros
solares unicamente como coadjuvantes no cuidado da pele ou para proteção de sua formulação
e que não proclamem atividade como protetor solar nem mencionem um valor de FPS, não
necessitam adequar-se à esta normativa.”
A determinação do fator de proteção solar no que se refere à radiação UVA é também
uma importante questão a ser equacionada uma vez que os métodos “in vivo” existentes para
medir a proteção UVB, não são aplicáveis para avaliação da proteção frente aos raios UVA,
pois, em razão de sua menor energia, o tempo de exposição necessário para produzir o
37
primeiro eritema lesivo seria aproximadamente 1000 vezes maior, o que poderia inclusive
colocar em risco a saúde dos voluntários face às outras possíveis lesões já citadas.
À quantificação da proteção UVA, segundo a legislação vigente, deverá ser realizada
através de metodologias reconhecidas, devidamente validadas.
23
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou, em 2006, a Resolução RDC
47 que estabelece a Lista de Filtros Ultravioletas Permitidos para Produtos de Higiene
Pessoal, Cosméticos e Perfumes e suas Concentrações Máximas Permitidas (tabela 4).
27
Tabela 4: Lista de Filtros Ultravioletas Permitidos
27
38
Tabela 4: Lista de Filtros Ultravioletas Permitidos
27
39
Tabela 4: Lista de Filtros Ultravioletas Permitidos
27
.
Para verificar se os limites estabelecidos, pela legislação vigente, estão sendo
respeitados é necessário o desenvolvimento de metodologia analítica para quantificar e
identificar os princípios ativos presentes nos produtos comerciais.
27
40
Os conhecimentos adquiridos ao longo dos últimos 50 anos assinalam que a radiação
solar é um dos maiores efeitos ambientais deletérios a nossa saúde. A busca por uma
fotoproteção efetiva torna-se desta forma uma prioridade para diminuir os riscos a saúde. O
estimulo por todos os profissionais da saúde ao uso sistemático de protetores solares surge
como uma opção natural e direta de reduzir danos causados pela radiação solar.
5 e 6
Considerando as ações da vigilância sanitária de proteção à saúde da população, torna-
se evidente a necessidade de melhor entender a eficácia e segurança dos fotoprotetores de
modo a permitir uma avaliação crítica da qualidade dos produtos cosméticos, protetores
solares, em uso no Brasil. Baseando-se nas legislações vigentes, bem como verificando se os
parâmetros/limites estabelecidos estão sendo observados, avaliando a eficácia dos mesmos,
permitirão estes itens contribuir para a proteção necessária.
41
2) OBJETIVO GERAL
Avaliar a qualidade dos produtos de proteção solar mais comercializados no Brasil.
2.1) OBJETIVOS ESPECÍFICOS
3.1) Identificar os protetores solares mais comercializados no Brasil e seus respectivos
princípios ativos.
3.2) Desenvolver metodologia analítica para determinação dos teores destes princípios para o
controle da qualidade dos produtos, postos ao consumo, no mercado nacional.
3.3) Otimizar a metodologia analítica desenvolvida.
3.4) Avaliar e analisar a possível fotodegradação dos princípios ativos utilizados nas
formulações dos protetores solares.
3.5) Verificar se as informações contidas nos tulos dos protetores solares estão de acordo
com as legislações vigentes e avaliar se elas orientam o consumidor quanto à escolha e uso do
produto.
42
3) METODOLOGIA
3.1) EQUIPAMENTOS
- Cromatógrafo líquido de alta eficiência (CLAE), fabricante Shimadzu com detector
ultravioleta-visível (espectrofotométrico) com conjunto de diodos SPD-M10A, forno CTO-
20A, bomba LC-10AD e injetor automático SIL-20A. Programa usado para aquisição de
dados Class-vp (Figura 6)
- Cromatógrafo líquido de alta eficiência (CLAE), fabricante Shimadzu, modelo SPD 10AV
com detector ultravioleta-visivel e bomba LC-10AD. Programa usado para aquisição de dados
Class-vp (Figura-5).
- Cromatógrafo líquido de alta eficiência (CLAE), fabricante Waters com detector
ultravioleta-visível óptico modelo 2487, forno ULSTD 3101-1, bomba modelo 515 e injetor
automático modelo 717 plus.
- Simulador solar – Suntest, fabricante Heraeus, potência 765w/m², lâmpada NXE 1500ª
(Figura 7)
- Centrífuga-Excelsa, fabricante Fanem, modelo 206.
- Aparelho de ultra-som, fabricante Branson, modelo 3210
- Balança analítica com resolução de 0,01 mg, fabricante Mettler Toledo AX 205
- Sistema de purificação de água Milli-Q, fabricante Milipore modelo A-10
43
Figura 5 - Cromatógrafo líquido de alta eficiência, fabricante Shimadzu, modelo SPD 10AV
com detector ultravioleta-visivel e bomba LC-10AD. Programa usado para aquisição de dados
Class-vp.
Figura 6 - Cromatógrafo líquido, fabricante Shimadzu com detector ultravioleta-visivel
(espectrofotométrico) com conjunto de diodos (DAD) completo.
44
Figura 7 - Simulador solar Suntest, fabricante Heraeus, potência 765w/m², lâmpada NXE
1500A
3.2) REAGENTES E MATERIAIS
- Água grau CLAE (0,22 µm) purificada por meio do sistema de purificação Milli-Q-Millipore
- Acetonitrila grau CLAE – Merck
- Metanol grau CLAE – Merck
- Coluna Lichrospher® de fase reversa de sílica recoberta com octadecilsilano (C18) com
partícula de m de tamanho e dimensões de 4 mm de diâmetro interno e 250 mm de
comprimento, fabricante Merck .
45
- Coluna Lichrospher® de fase reversa de sílica recoberta com octadecilsilano (C18) com
partícula de m de tamanho e dimensões de 3,9 mm de diâmetro interno e 150 mm de
comprimento, fabricante Merck .
- Coluna Lichrospher® semi-preparativa de fase reversa de sílica recoberta com
octadecilsilano (C18) com partícula de 10,0µm de tamanho e dimensões de 7,0 mm de
diâmetro interno e 250 mm de comprimento, fabricante Merck .
3.3) PADRÕES E MATERIAIS DE REFERÊNCIA
-
octil salicilato- USP
- Benzofenona - 3 - USP
- octil metoxicinamato - USP
- Octil dimetil PABA - Sigma
- 3-(4-metilbenzilideno)-d-1-cânfora -Sigma
- Antranilato de mentila - Merck
- p-metoxicinamato de isoamila.- Sigma
3.4) PROTETORES SOLARES UTILIZADOS
PROTETOR SOLAR A - FPS 8
COMPONENTE Concentração (%)
Benzofenona 1,5
Metoxicinamato de octila 5,5
Salicilato de octila 1,0
PROTETOR SOLAR B - FPS 8
COMPONENTE Concentração (%)
Benzofenona-3 3 a 2
Metoxicinamato de octila 7,0
46
PROTETOR SOLAR C - FPS 15
COMPONENTE Concentração (%)
Benzofenona-3 3 a 4
Metoxicinamato de octila 7,5
PROTETOR SOLAR D - FPS 20
COMPONENTE Concentração (%)
Benzofenona 3,5
Metoxicinamato de octila 7,0
Salicilato de octila 1,0
PROTETOR SOLAR E - FPS 30
COMPONENTE Concentração (%)
Benzofenona-3 4,0
Metoxicinamato de octila 7,5
Salicilato de octila 2,0
PROTETOR SOLAR F - FPS 30
COMPONENTE Concentração (%)
Metoxicinamato de octila 7,5
Salicilato de octila 5,0
PROTETOR SOLAR G - FPS 30
COMPONENTE Concentração (%)
Benzofenona-3 4
Metoxicinamato de octila 7,5
Salicilato de octila 5
Homosalete 5
47
3.5) IDENTIFICAÇÃO DOS PROTETORES SOLARES MAIS
UTILIZADOS NO BRASIL E SEUS RESPECTIVOS PRINCÍPIOS
ATIVOS
Foram selecionados para este estudo, os protetores solares com fator de proteção solar
entre 8 e 30, mais comercializados, segundo os dados da Associação Brasileira da Industria
de Higiene Pessoal, Perfumaria e Comércio – ABHIPEC.
30
48
PARTE I – MÉTODO PARA ANÁLISE DE ATIVOS DA FORMULAÇÃO
49
3.6) DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA PARA ANÁLISE
QUANTITATIVA.
Os produtos comerciais de proteção solar são matrizes muito complexas. Para garantir
alto fator de proteção solar e abrangência nos comprimentos de onda UV-A e UV-B estes
produtos apresentam nas suas formulações vários princípios ativos em elevadas
concentrações, além de outras substâncias, tornando cada um destes produtos um caso
bastante diferenciado.
A cromatografia quida, dentre as diversas metodologias analíticas descritas na
literatura, evidencia-se como uma das mais versáteis e precisas para análise de misturas
altamente complexas. Os métodos de análise utilizando cromatografia quida de alta
resolução (CLAE) por serem em sua essência métodos de separação apresentam a vantagem
de separar os componentes da mistura em análise antes da identificação e quantificação o que
reduz os problemas de interferência em amostras como as em questão.
31-35
Considerando que o método a ser desenvolvido destina-se à utilização no controle da
qualidade de rotina dos protetores solares, em uso no Brasil, a versatilidade, a abrangência e a
facilidade de operação são características essenciais que favorecem o uso na rotina
laboratorial, no controle da qualidade destes produtos. Para tanto foi desenvolvida
metodologia analítica por CLAE, para a identificação e quantificação dos princípios ativos,
mais empregados nas formulações.
36
3.6.1) PREPARO DAS AMOSTRAS DE PROTETORES SOLARES
Para avaliar a aplicabilidade do método foram selecionados cinco produtos
amplamente comercializados, abrangendo desde o FPS 8 até 30:
- PROTETOR SOLAR A - FPS 8
- PROTETOR SOLAR B - FPS 8
- PROTETOR SOLAR C - FPS 15
- PROTETOR SOLAR D - FPS 20
- PROTETOR SOLAR E - FPS 30
50
Amostras contendo 1g dos produtos comerciais foram pesadas em tubo de centrífuga.
Adicionou-se 500µL de uma solução 2M de ácido sulfúrico e 10mL de metanol. A mistura foi
levada ao ultrassom por 30min e logo em seguida centrifugada a 1000G por 10min. O
sobrenadante foi pipetado, filtrado com membrana Millipore 0,45 µm/25mm e em seguida
preparadas as soluções de trabalho por diluição. As soluções foram homogeneizadas e
injetadas no cromatógrafo.
CONDIÇÕES CROMATOGRÁFICAS
- Coluna cromatográfica ® C18 (5µm, 150 x 3,9 mm d.i.)
- Comprimento de onda 254 nm
- Fase móvel – mistura de 90 partes de acetronitrila e 10 partes de água
- Fluxo – 0,8 mL / minuto
- Volume de injeção - 5 µL
- Diluente - metanol
Figura 8: Cromatograma do protetor solar FPS 20 contendo benzofenona-3 (2,3 min), octil
metoxicinamato (5,2 min) e salicilato de octila (5,9 min).
Amostra D
51
3.6.2) SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA DO OCTIL
METOXICINAMATO E DO SALICILATO DE OCTILA
Considerando que um grande número de produtos comerciais têm em suas formulações
octil metoxicinamato e salicilato de octila, de difícil separação cromatográfica, foram
avaliadas as alterações no fluxo e na composição da fase móvel, variando a proporção de
acetonitrila/água: 70:30; 75:25; 80:20 e 85:15. A proporção 80:20 demonstrou melhor
resolução entre os sinais cromatográficos, com fluxo de 1,0 mL/minuto.
Figura 9
: Cromatograma de produto FPS 30 contendo respectivamente: benzofenona-3, octil
metoxicinamato e salicilato de octila
52
CONDIÇÕES CROMATOGRÁFICAS :
- Coluna cromatográfica ® C18 (5µm, 150 x 3,9 mm d.i.)
- Comprimento de onda 254 nm
- Fase móvel – mistura de 80 partes de acetronitrila e 20 partes de água
- Fluxo - 1,0 mL/minuto
- Volume de injeção - 5 µL
- Diluente - metanol
3.6.3) EXPERIMENTO PARA DETERMINAR A FAIXA DE
CONCENTRAÇÂO
Para cada princípio ativo, lista abaixo, foi determinada a faixa de concentração de
interesse. A partir desses dados, foram preparadas as soluções de cada princípio ativo em
metanol, pesando acuradamente em balança analítica. A faixa de concentração determinada,
baseou-se nas respectivas absortividades molares.
benzofenona-3,
salicilato de octila,
octil dimetil PABA,
octilmetoxicinamato
3-(4-metilbenzilideno)-d-1-cânfora,
antranilato de mentila,
p-metoxicinamato de isoamila
3.6.4) DETERMINAÇÃO DA FAIXA LINEAR DE RESPOSTA
As faixas de linearidade de resposta, para cada princípio ativo, foram determinadas
considerando a aplicação do método. A partir desses dados foram preparadas as curvas
analíticas, com soluções padrão, em cinco níveis de concentração.
53
Figura 10: Curva de calibração do octil metoxicinamato
3.6.5) OTIMIZAÇÃO METODOLÓGICA
3.6.5.1) CONDIÇÕES CROMATOGRÁFICAS
- Coluna cromatográfica ® C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.)
- Detector de absorção molecular na região do ultravioleta-visível com arranjo de diodos
- Comprimento de onda 254 nm
- Fase móvel – mistura de 80 partes de acetronitrila e 20 partes de água
- Fluxo - 1,0 mL/minuto
- Volume de injeção - 5 µL
- Diluente - metanol
54
3.6.5.2) CUIDADOS E MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES
CROMATOGRÁFICAS
Alguns cuidados durante todo o estudo foram tomados para que os sinais estudados
não fossem influenciados:
37
- As colunas utilizadas na otimização eram novas e dentro da validade.
- A água usada era deionizada de grau CLAE (0,22 µm); a acetonitrila e o metanol
empregados possuiam grau CLAE (fabricante Merck); os padrões eram certificados pela USP.
Os cromatógrafos líquidos, com procedimentos de verificação de desempenho de equipamento
realizado anualmente.
-
A pureza dos sinais, durante a otimização, foram acompanhadas com auxílio de um detector
de absorção molecular na região do ultravioleta-visível
(espectrofotométrico) com conjunto de
diodos (DAD) o que permitiu verificar através da varredura se existia alguma absorção
diferente na região do espectro.
-
A temperatura ambiente do laboratório, a temperatura de acondicionamento da coluna e a
pressão na coluna foram monitoradas durante todo o estudo.
3.6.6) ADEQUAÇÃO DO SISTEMA
Utilizando o cromatógrafo liquido, fabricado pela Shimadzu com detector de absorção
molecular na região do ultravioleta-visível com arranjo de diodos. Foram injetadas soluções
contendo: benzofenona-3, octil metoxicinamato e o salicilato de octila nas concentrações
(0,10mg/mL; 1,74mg/mL e 1,58mg/mL) respectivamente e metanol, utilizado como diluente,
para a determinação dos parâmetros relativos a adequação do sistema.
38
e 39
55
3.6.7) DETERMINAÇÃO DA SELETIVIDADE
Foram traçados os espectros de absorção molecular no ultravioleta dos sinais
cromatográficos referentes a benzofenona-3, octil metoxicinamato e salicilato de octila no
produto de fotoproteção e dos sinais referentes às substâncias padrões utilizadas. Foram feitas
comparações dos espectros antes e durante o tempo de retenção característico de cada
substância.
40 e 41
3.6.8) DETERMINAÇÃO DA FAIXA LINEAR DE TRABALHO
A faixa linear de trabalho foi definida conforme o estabelecido pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária no Guia de Validação de Métodos Analíticos.
Para a determinação quantitativa da benzofenona-3, octil metoxicinamato e o salicilato
de octila foi escolhida a faixa de 70 % a 130 % da concentração teórica do teste, faixa que
engloba tanto a faixa para o ensaio de teor (80 % a 120 %) quanto o ensaio de uniformidade
de conteúdo (70 % a 130 %) descrito na legislação.
42
.
3.6.9) DETERMINAÇÃO DA LINEARIDADE
3.6.9.1) Delineamento experimental
Foram seguidos os procedimentos experimentais para a avaliação da linearidade, para
a benzofenona-3, octil metoxicinamato e salicilato de octila: determinação da faixa de
concentração de interesse considerando a aplicação do método e que as concentrações
esperadas nas amostras devam estar próximas do centro desta faixa; preparo de curva analítica
com soluções padrão com sete níveis de concentração, igualmente espaçados, preparados
separadamente, com três réplicas independentes de cada nível e injeções das soluções em
ordem aleatória.
56
Em seguida foi aplicado o método dos mínimos quadrados ordinários (MMQO),
incluindo estimativa dos parâmetros da regressão e tratamento dos valores extremos: aquisição
dos dados experimentais (cromatogramas); estimativa da inclinação, interseção, resíduos da
regressão, respectivas variâncias e R
2
; inspeção visual dos dados; construção e inspeção visual
do gráfico x-y das respostas versus à concentração do analito e investigação e exclusão de
valores extremos pelo método dos resíduos padronizados por Jacknife e por fim a validação
do uso do MMQO por meio da verificação das premissas relativas aos resíduos da regressão e
ajuste ao modelo linear: normalidade dos resíduos pelo teste de Ryan-Joiner; independência
dos resíduos pelo teste de Durbin-Watson; homocedasticidade dos resíduos pelo teste de
Brown-Forsythe e verificação da significância da regressão e do ajuste ao modelo linear por
análise de variância.
42; 43; 44; 45; 46; 47 e 48
3.6.9.2) Preparo da solução estoque (SE)da benzofenona-3
Pesou-se três massas de benzofenona-3 padrão USP, estas massas foram diluídas com
metanol e transferidas para balão volumétrico de 100 mL. Alíquota de 20mL foi retirada e
transferida para balão volumétrico de 200mL. Considerando a pureza da benzofenona-3 de
100 %, o procedimento resultou em três soluções com concentrações de:
1ª Pesada = Concentração 1ª SE = 0,2015 mg/mL
2ª Pesada = Concentração 2ª SE = 0,2036 mg/mL
3ª Pesada = Concentração 3ª SE = 0,2078 mg/mL
3.6.9.3) Preparo da solução estoque (SE) de octil metoxicinamato
57
Pesou-se três massas de octimetoxicinamato padrão USP, estas massas foram diluídas
com metanol e transferidas para balão volumétrico de 100 mL. Alíquota de 20mL foi retirada
e transferida para balão de 200mL. Considerando a pureza da benzofenona-3 de 99,6 %, o
procedimento resultou em três soluções com concentrações de:
1ª Pesada = Concentração 1ª SE = 0,5075 mg / mL
2ª Pesada = Concentração 2ª SE = 0,5162 mg / mL
3ª Pesada = Concentração 3ª SE = 0,5143 mg / mL
3.6.9.4) Preparo da solução estoque (SE) de salicilato de octila
Pesou-se três massas do salicilato de octila
padrão USP, estas massas foram diluídas
com metanol e transferidas para balão volumétrico de 100 mL. Alíquota de 20mL foi retirada
e transferida para balão de 200mL. Considerando a pureza do salicilato de octila de 99,5 %, o
procedimento resultou em três soluções com concentrações de:
1ª Pesada = Concentração 1ª SE = 1,556 mg / mL
2ª Pesada = Concentração 2ª SE = 1,609 mg / mL
3ª Pesada = Concentração 3ª SE = 1,590 mg / mL
3.6.9.5) Preparo das soluções de trabalho da benzofenona-3; octil
metoxicinamato e salicilato de octila
58
Foram tomadas alíquotas das soluções estoques para o preparo das soluções de
trabalho, conforme as Tabelas (5, 6,e 7), todas as alíquotas foram retiradas com micropipetas
automáticas e transferidas para balão volumétrico de 10 mL, todos os balões sendo
completados com diluente e em seguida as soluções homogeneizadas e injetadas no
cromatografo líquido.
Tabela 5 - Quadro dos volumes tomados das soluções estoques e às concentrações das
soluções de trabalho da benzofenona-3
Alíquota (mL) 3,500 4,000 4,500 5,000 5,500 6,000 6,500
1ªConc. (mg/mL)
0,07052 0,08060 0,09067 0,1007 0,1108 0,1209 0,1310
2ªConc. (mg/mL)
0,07126 0,08144 0,09162 0,1018 0,1120 0,1222 0,1323
3ªC.Conc.(mg/mL)
0,07273 0,08312 0,09351 0,1039 0,1143 0,1247 0,1351
Tabela 6 - Quadro dos volumes tomados das soluções estoques e às concentrações das
soluções de trabalho do octil metoxicinamato
Alíquota (mL) 3,500 4,000 4,500 5,000 5,500 6,000 6,500
1ªConc. (mg/mL)
0,1776 0,2029 0,2283 0,2537 0,2790 0,3044 0,3297
2ªConc. (mg/mL)
0,1807 0,2065 0,2323 0,2581 0,2839 0,3097 0,3355
3ªC.Conc.(mg/mL)
0,1801 0,2057 0,2314 0,2572 0,2829 0,3086 0,3343
Tabela 7 - Quadro dos volumes tomados das soluções estoques e às concentrações das
soluções de trabalho do salicilato de octila
Alíquota (mL) 3,500 4,000 4,500 5,000 5,500 6,000 6,500
1ªConc. (mg/mL)
0,5448 0,6226 0,7004 0,7783 0,8561 0,9339 1,012
2ªConc. (mg/mL)
0,5633 0,6438 0,7243 0,8048 0,8852 0,9657 1,046
3ªC.Conc.(mg/mL)
0,5567 0,6362 0,7157 0,7953 0,8748 0,9543 1,034
59
3.6.10) DETERMINAÇÃO DA EXATIDÃO
Como a matriz do produto de fotoproteção não estava disponível, o método empregado
para a determinação da exatidão foi o método de adição padrão, que a exatidão pode ser
expressa como a % de recuperação do analito.
42; 49 e 50
Foram preparadas as curvas analíticas, cada uma com sete níveis, com adição padrão
em solução do protetor solar G-FPS 30 para cada analito: benzofenona-3, octil
metoxicinamato e salicilato de octila.
A Exatidão foi comprovada pelo cálculo da recuperação
de cada analito.
3.6.10.1) Preparo das soluções estoque (SE) dos analitos
Pesou-se 0,2061g de benzofena-3, 0,5167g do octil metoxicinamato e 0,3181g do
salicilato de octila. Essas massas foram diluídas com metanol e transferidas com o diluente
para balão volumétrico de 100 mL, resultando nas soluções:
-benzofenona-3 (2,061mg/mL)-(SE 1)
-octil metoxicinamato (5,167mg/mL)-(SE 2)
-salicilato de octila (3,181mg/mL)-(SE 3)
3.6.10.2) Preparo da solução estoque do protetor solar G-FPS 30 (SEP)
Pesou-se 1,6037g da amostra do produto em tubo de ensaio. Adicionou-se 1mL de
ácido sulfúrico 2M e 10 mL de metanol. Levou-se ao ultrassom por 30 min e logo após,
centrifugadou-se por 30 min. O sobrenadante foi pipetado e filtrado em membrana Millipore
de 45µm, sendo transferido para balão volumétrico de 100mL.
60
3.6.10.3) Preparo das soluções de trabalho da adição padrão dos analitos à
solução originada do protetor solar G-FPS 30.
Foram preparadas curvas de adição padrão para cada analito. Alíquotas das soluções
estoques foram tomadas (SE 1, SE 2 e SE 3) de cada analito e adicionadas a 0,5 mL da
solução da amostra do protetor solar G-FPS 30 (SEP), conforme o Tabela 8. As alíquotas
foram retiradas com pipetas automáticas e transferidas para balão volumétrico de 10 mL, os
volumes foram completados com metanol e em seguida as soluções homogeneizadas e as
amostras injetadas no cromatógrafo.
Tabela 8 - Quadro dos volumes (mL) tomados da SE dos analitos sobre um nível básico da
solução do protetor solar G-FPS 30
SEP (mL)
0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
SE 1 (mL) SE 2 (mL) SE 3 (mL)
0 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5
-
SEP (solução estoque do produto)
- SE1 (solução estoque padrão da benzofenona-3)
- SE2 (solução estoque padrão de octil metoxicinamato)
- SE3 (solução estoque padrão de salicilato de octila)
3.7) DOSEAMENTO DOS ATIVOS NO PROTETOR SOLAR G - FPS 30
Amostra contendo 1,5988g do protetor solar G-FPS 30 foi pesada em tubo de
centrifuga. Adicionou-se 1mL de uma solução 2M de ácido sulfúrico e 10mL de metanol. A
mistura foi levada ao ultrassom por 30min e logo em seguida centrifugada a 1000G por
30min. O sobrenadante foi pipetado, filtrado com membrana Millipore 0,45µm/25mm, sendo
transferido para balão volumétrico de 100mL e completado com metanol. Em seguida foram
preparadas às soluções para serem injetadas no cromatógrafo líquido:
61
- Octil metoxicinamato e salicilato de octila - foram injetados sem diluição.
- Benzofenona-3- alíquota de 1,6mL foram pipetados e transferidos para balão volumétrico de
10mL, sendo completando com metanol.
Após as injeções das soluções, foram obtidas as áreas dos sinais correspondentes, para
o doseamento dos ativos a partir das curvas analíticas.
62
4.0) RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PARTE I
4.1) RESULTADOS DA ADEQUAÇÃO DO SISTEMA
Os sinais cromatográficos da benzofenona-3; do octil metoxicinamato e do octil
salicilato apresentaram completa separação em linha de base (Figura 11). A Figura 12
representa o cromatograma desta separação.
Minutes
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 20.0 22.5 25.0 27.5 30.0
mAU
0
100
200
mAU
0
100
200
DAD-254 nm
Adequabilidade
Diluente-Rep1
Name
Retention Time
Resolution
Theoretical plates
Asymmetry
Figura 11: Cromatograma do diluente utilizado (metanol)
Minutes
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 20.0 22.5 25.0 27.5 30.0
mAU
0
100
200
mAU
0
100
200
2.379 0.00 98.16 0.55
5.621 2.26 138.37 4.09
19.488 9.41 5672.21 1.04
22.581 2.91 6832.17 1.24
DAD-254 nm
Adequabilidade
Adequabilidade-Rep2
Name
Retention Time
Resolution
Theoretical plates
Asymmetry
Figura 12 -Separação da benzofenona-3 (5,62 min), do octil metoxicinamato (19,49 min) e do
octil salicilato (22,58 min). Condições: coluna C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.), fase móvel
mistura de 80 partes de acetonitrilade e 20 partes de água, fluxo 1,0 mL/min, detecção 254nm,
temperatura 30
o
C, volume injetado 5 µL
63
Na tabela 9 estão descritos os valores encontrados para os parâmetros: resolução, fator
de assimetria, fator de retenção e número de pratos teóricos das áreas dos sinais
correspondentes a benzofenona-3, octil metoxicinamato e octil salicilato.
Tabela 9 –Parâmetros cromatográficos analisados para a adequação do sistema
Parâmetro cromatográfico BZ OMC OS
Resolução
2,3 - 2,4 - 2,1 9,4 - 9,9 - 8,9 2,9 - 2,9 - 2,9
Fator de assimetria
4,1 - 3,9 - 4,2
1,0 - 1,0 - 1,0 1,2 - 1,2 - 1,2
Fator de retencão
2,6 - 2,6 - 2,6 11,4 - 11,4 - 11,4 13,4 - 13,4 - 13,4
Número de pratos teóricos
138 - 162 - 118 5672 - 5673 - 5679 6832 - 6842 - 6845
4.2) RESULTADOS DA SELETIVIDADE PARA A BENZOFENONA-3,
OCTIL METOXICINAMATO E OCTIL SALICILATO.
Para o monitoramento da pureza dos sinais cromatográficos, foram traçados os
espectros de absorção molecular, no ultravioleta, antes e nos tempos de retenção dos sinais
cromatográficos na amostra do produto de fotoproteção (Figura 13), e nos sinais
cromatográficos das substâncias padrão utilizadas (Figuras 14, 15 e 16). Os espectros de
absorção se sobrepuseram às respectivas substâncias (padrão), demonstrando desta forma a
pureza e a seletividade dos
sinais(Figuras 17 até 22).
64
A figura 13 - corresponde ao cromatograma da amostra do protetor solar G-FPS 30
Minutes
0 5 10 15 20 25 30
mAU
0
200
400
mAU
0
200
400
DAD-254 nm
Amostra FPS 30 2Ķ P - Diluiēćo da Benzofenona
Amostra FPS 30 2 P D 6,25x A3-Rep1
Figura 13 - Sinais cromatográficos da benzofenona-3 (5,72 min), do octil metoxicinamato
(20,22 min) e do octil salicilato (23,22 min). Condições: coluna C18 (m, 250 x 4,0 mm
d.i.), fase móvel mistura de 80 partes de acetonitrila e 20 partes de água, fluxo 1,0 mL/min,
detecção 254nm, temperatura 30
o
C, volume injetado 5 µL
A Figura 14 demonstra o monitoramento da pureza do sinal da benzofenona-3. Antes
do sinal em 4,81 min, somente o ruído de linha de base. Em 5,72 min o espectro de
varredura de absorção molecular no ultravioleta da substância.
Figura 14 Espectros de varredura no ultravioleta antes do sinal (4,81min) e no sinal da
benzofenona-3 (5,72 min). Condições: coluna C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.), fase vel
mistura de 80 partes de acetonitrila e 20 partes de água, fluxo 1,0 mL/min, detecção 254nm,
temperatura 30
o
C, volume injetado 5 µL
A Figura 15 demonstra o monitoramento da pureza do sinal do octil metoxicinamato.
Antes do sinal em 19,15 min, somente o ruído de linha de base. Em 20,22 min o espectro
de varredura de absorção molecular no ultravioleta da substância.
Spectrum at time 4.81 min.
nm
250 300 350
mAU
0.0
0.5
1.0
1.5
mAU
0.0
0.5
1.0
1.5
4.81 min
Spectrum at time 5.72 min.
nm
250 300 350
mAU
0
500
1000
mAU
0
500
1000
5.72 min
Lambda max : 197 200 287 241 323
Lambda min : 199 310 230 262
65
Figura 15 Espectros de varredura no ultravioleta antes do sinal (19,15min) e no sinal do
octil metoxicinamato (20,22 min). Condições: coluna C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.), fase
móvel mistura de 80 partes de acetonitrila e 20 partes de água, fluxo 1,0 mL/min, detecção
254nm, temperatura 30
o
C, volume injetado 5 µL
A Figura 16 demonstra o monitoramento da pureza do sinal do octil salicilato. Antes
do sinal em 22,71 min, somente o ruído de linha de base. Em 23,37 min espectro de
varredura de absorção molecular no ultravioleta da substância.
Figura 16 Espectros de varredura no ultravioleta antes do sinal (22,71 min) e no sinal do
octil salicilato (23,37 min). Condições: coluna C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.), fase móvel
mistura de 80 partes de acetonitrila e 20 partes de água, fluxo 1,0 mL/min, detecção 254 nm,
temperatura 30
o
C, volume injetado 5 µL
Spectrum at time 19.15 min.
nm
250 300 350
mAU
-0.25
0.00
0.25
0.50
0.75
mAU
-0.25
0.00
0.25
0.50
0.75
19.15 min
Spectrum at time 20.22 min.
nm
250 300 350
mAU
0
500
1000
mAU
0
500
1000
20.22 min
Lambda max : 308 192 225 211
Lambda min : 216 200 246
Spectrum at time 22.71 min.
nm
250 300 350
mAU
0.00
0.25
0.50
0.75
mAU
0.00
0.25
0.50
0.75
22.71 min
Spectrum at time 23.37 min.
nm
250 300 350
mAU
0
50
100
150
mAU
0
50
100
150
23.37 min
Lambda max : 205 238 304 353 367
Lambda min : 192 220 261 352 365
66
Minutes
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 20.0 22.5 25.0 27.5 30.0
mAU
0
200
400
mAU
0
200
400
DAD-254 nm
Seletividade - adiēćo padrćo de Benzofenon 3
Seletividade Benzofenona 3 - Nivel 1-Rep2
Figura 17 - Sinal cromatográfico da benzofenona-3 (5,72 min) padrão. Condições: coluna
C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.), fase móvel mistura de 80 partes de acetonitrilade e 20 partes de
água, fluxo 1,0 mL/min, detecção 254 nm, temperatura 30
o
C, volume injetado 5 µL
Spectrum at time 5.72 min.
nm
250 300 350
mAU
0
500
1000
mAU
0
500
1000
5.72 min
Lambda max : 194 287 241 322
Lambda min : 310 230 262
Figura 18– Espectro de varredura no ultravioleta do padrão benzofenona-3. Condições:
coluna C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.), fase móvel mistura de 80 partes de acetonitrila e 20
partes de água, fluxo 1,0 mL/min, detecção 254 nm, temperatura 30
o
C, volume injetado 5 µL
67
Minutes
0 5 10 15 20 25 30
mAU
0
200
400
mAU
0
200
400
DAD-254 nm
Seletividade - adiēćo padrćo de OMS
Seletividade do OMS - Nivel 1-Rep1
Figura 19 - Sinal cromatográfico do octil metoxicinamato (21,66 min) padrão.Condições:
coluna C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.), fase móvel mistura de 80 partes de acetonitrila e 20
partes de água, fluxo 1,0 mL/min, detecção 254nm, temperatura 30
o
C, volume injetado 5 µL
Spectrum at time 21.66 min.
nm
250 300 350
mAU
0
1000
2000
mAU
0
1000
2000
21.66 min
Lambda max : 308 300 193 211 225
Lambda min : 301 216 201 246
Figura 20 Espectro de varredura no ultravioleta do padrão do octil metoxicinamato.
Condições: coluna C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.), fase móvel mistura de 80 partes de
acetonitrila e 20 partes de água, fluxo 1,0 mL/min, detecção 254 nm, temperatura 30
o
C,
volume injetado 5 µL
68
Minutes
0 5 10 15 20 25 30
mAU
0
200
400
mAU
0
200
400
DAD-254 nm
Seletividade - adiēćo padrćo de OS
Seletividade do OS - Nivel 1-Rep1
Figura 21 - Sinal cromatográfico do octil salicilato (23,46 min) padrão. Condições: coluna
C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.), fase móvel mistura de 80 partes de acetonitrila e 20 partes de
água, fluxo 1,0 mL/min, detecção 254 nm, temperatura 30
o
C, volume injetado 5 µL
Spectrum at time 23.46 min.
nm
250 300 350
mAU
0
1000
2000
mAU
0
1000
2000
23.46 min
Lambda max : 197 211 213 205 208
Lambda min : 212 206 210 202 220
Figura 22 Espectro de varredura no ultravioleta do padrão do octil salicilato. Condições:
coluna C18 (5µm, 250 x 4,0 mm d.i.), fase móvel mistura de 80 partes de acetonitrila e 20
partes de água, fluxo 1,0 mL/min, detecção 254 nm, temperatura 30
o
C, volume injetado 5 µL
69
4.3) RESULTADO DA AVALIAÇÃO DA CURVA ANALÍTICA DA
BENZOFENONA-3
Foram preparadas três curvas analíticas com as soluções estoque padrão da
benzofenona-3 (SE), contendo sete níveis de concentrações, com três replicatas independentes
de cada nível. Após as injeções das soluções, foram obtidas as áreas do sinal correspondente.
Tabela 10 - Concentrações das soluções para cada nível das curvas de calibração (C.A)
Primeira
C.A
Segunda
C.A
Terceira
C.A
mg/mL mg/mL mg/mL
Nível 1
0,07053
0,07126 0,07273
Nível 2
0,08060
0,08144 0,08312
Nível 3
0,09068
0,09162 0,09351
Nível 4
0,1008
0,1018 0,1039
Nível 5
0,1108
0,1120 0,1143
Nível 6
0,1209
0,1222 0,1247
Nível 7
0,1310
0,1323 0,1351
4.4) AVALIAÇÃO DA LINEARIDADE DA CURVA ANALÍTICA DA
BENZOFENONA-3
Foi confirmada a linearidade da curva analítica da benzofenona-3, na faixa de
concentração estudada. Os valores extremos foram confirmados e retirados pelo teste Jacknife
(em preto na Tabela 11). A premissa de que os resíduos devem seguir a distribuição normal
foi confirmada pelo teste Ryan-Joiner. A variabilidade dos resíduos da regressão ao longo dos
níveis de concentração estudados foi constante, demonstrando homocedasticidade, a estatística
t de Levene não foi significativa (p > 0,05). A independência dos resíduos da regressão foi
evidenciado pelo teste de Durbin-Watson. Alta significância da regressão (p < 0,001) com
desvio da linearidade não significativo (p > 0,05) foi observado. O método esta livre de
tendência (valor p do intercepto > 0,05).
70
Tabela 11 – Curva analítica da benzofenona-3
Fonte: (SOUZA & JUNQUEIRA, 2005)
Dados da Curva Analítica
Tabela de dados originais
Conc. Resposta
Avaliação de Valores Extremos
mg/mL area
(Teste de Jack-Knife para avaliação de valores extremos)
1
01 7,01E-02 4,34E+06
1
02 7,01E-02 4,43E+06
1
03
7,01E-02
4,43E+06
2
04 8,07E-02 5,13E+06
2
05 8,07E-02 5,15E+06
2
06
8,07E-02
5,06E+06
3
07 9,07E-02 5,87E+06
3
08 9,07E-02 5,86E+06
3
09
9,07E-02
5,83E+06
4
10 1,01E-01 6,63E+06
4
11 1,01E-01 6,69E+06
4
12 1,01E-01 6,67E+06
5
13 1,11E-01 7,43E+06
5
14 1,11E-01 7,41E+06
5
15 1,11E-01 7,39E+06
6
16 1,21E-01 8,18E+06
6
17 1,21E-01 8,14E+06
6
18 1,21E-01 8,11E+06
7
19 1,31E-01 8,91E+06
7
20 1,31E-01 8,93E+06
7
21
1,31E-01
9,01E+06
Normalidade dos Resíduos
(Teste de Ryan-Joiner)
0,98
0,94
Autocorrelação dos Resíduos
(Teste de Durbin-Watson)
1,96
1,13
Análise de Regressão Linear (Modelo: Y = a + bX)
1,38
Estatísticas da Regreso
7,46E+07 -8,67E+05
Homogeneidade da Varncia dos Resíduos
0,9998 0,9996
(Teste de Brown-Forsythe)
17 15
1,15E+09
3,75E-01
ANOVA da Regressão e Teste de Desvio de Linearidade (Falta de Ajuste)
2,13E+00
fonte G.L. SQ MQ F p
7,13E-01 regressão 1 3,45E+13 3,45E+13 3,55E+04 1,00E-26
resíduos 15 1,46E+10 9,72E+08
Resumo da Avaliação
Ajuste 4 5,08E+09 1,27E+09 1,47E+00 2,76E-01
erro puro 11 9,50E+09 8,63E+08
p > 0,05 total 16 3,45E+13
p < 0,001
Observações
p > 0,05
d > dU
Req > Rcrit
Responsável:________________________ Data: ___/___/___ Verificado por:________________________ Data: ___/___/___
Os dados da tabela marcados em vermelho foram avaliados e retirados do
conjunto de dados por se tratarem de valores extremos (outliers). Estes
dados não seo considerados na avaliação das premissas.
Replicatas por Nível (k): N° de Níveis (n):
Análise:
3
Shimadzu
7
Data de Confecção da Curva: Curva N°:
Variância Combinada
t
L
calculado
r R
2
Ministério da Saúde
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde
AVALIAÇÃO DE LINEARIDADE DE CURVA ANALÍTICA
Primeira curva anlitica da benzofenona-3
Equipamento: Responsável: Sonia
Nível
(k)
i
AVALIAÇÃO DE LINEARIDADE DE CURVA ANALÍTICA
Pág.:1/1
t
tabelado
(α = 0,05)
A regressão é significativa
p
Teste de Normalidade (
α
= 0,05)
Não há desvio de Linearidade
Não há autocorrelação
Segue a Normal
Homogeneidade de variância
Regressão e Teste de Desvio de Linearidade
Autocorrelação dos Resíduos (
α
= 0,05)
Há Homocedasticidade
area
Concentração (mg/mL)
Coeficiente Angular (b):
N
Coeficiente Linear (a):
Graus de Liberdade
Concentração (mg/mL)
Req
Rcrit (
α
= 0,05)
dL (Limite Inferior)
α
= 0,05
dU (Limite Superior)
α
= 0,05
d (calculado)
Curva Anatica Final
0
2000000
4000000
6000000
8000000
10000000
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
Gfico de Resíduos
-100000
-50000
0
50000
100000
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14
71
4.5) RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA CURVA ANALÍTICA DO
OCTIL METOXICINAMATO
Foram preparadas três curvas analíticas com as soluções estoque padrão do octil
metoxicinamato (SE), contendo sete níveis de concentrações, com três replicatas
independentes de cada nível. Após as injeções das soluções, foram obtidas as áreas do sinal
correspondente.
Tabela 12 - Concentrações das soluções para cada nível das curvas de calibração (C.A)
Primeira
C.A
Segunda
C.A
Terceira
C.A
mg/mL mg/mL mg/mL
Nível 1
0,1776
0,1807
0,1800
Nível 2
0,2029
0,2065
0,2057
Nível 3
0,2283
0,2323
0,2314
Nível 4
0,2537
0,2581
0,2572
Nível 5
0,2790
0,2839
0,2829
Nível 6
0,3044
0,3097
0,3086
Nível 7
0,3297
0,3355
0,3343
4.6) AVALIAÇÃO DA LINEARIDADE DA CURVA ANALÍTICA DO
OCTIL METOXICINAMATO.
Foi confirmada a linearidade da curva analítica do octil metoxicinamato, na faixa de
concentração estudada. Os valores extremos foram confirmados e retirados pelo teste Jacknife
(em preto na Tabela 13). A premissa de que os resíduos devem seguir a distribuição normal
foi confirmada pelo teste Ryan-Joiner. A variabilidade dos resíduos da regressão ao longo dos
níveis de concentração estudados foi constante, demonstrando homocedasticidade, a estatística
t de Levene não foi significativa (p > 0,05). A independência dos resíduos da regressão foi
evidenciado pelo teste de Durbin-Watson. Alta significância da regressão (p < 0,001) com
desvio da linearidade não significativo (p > 0,05) foi observado. O método esta livre de
tendência (valor p do intercepto > 0,05).
72
Tabela 13 – Curva analítica do OMC
Dados da Curva Analítica
Tabela de dados originais
Conc. Resposta
Avaliação de Valores Extrem os
mg/m L área
(Teste de Jack-Knife para avaliação de valores extrem os)
1
01 1,76E-01 4,42E+06
1
02 1,76E-01 4,43E+06
1
03 1,76E-01 4,43E+06
2
04 2,03E-01 4,99E+06
2
05
2,03E-01
4,98E+06
2
06
2,03E-01
4,99E+06
3
07 2,28E-01 5,60E+06
3
08 2,28E-01 5,62E+06
3
09 2,28E-01 5,59E+06
4
10 2,54E-01 6,24E+06
4
11 2,54E-01 6,17E+06
4
12 2,54E-01 6,22E+06
5
13 2,79E-01 6,83E+06
5
14 2,79E-01 6,78E+06
5
15 2,79E-01 6,81E+06
6
16 3,04E-01 7,41E+06
6
17 3,04E-01 7,41E+06
6
18 3,04E-01 7,34E+06
7
19 3,30E-01 7,92E+06
7
20
3,30E-01
7,91E+06
7
21
3,30E-01
7,82E+06
Norm alidade dos Resíduos
(Teste de Ryan-Joiner)
0,96
0,94
Autocorrelação dos Resíduos
(Teste de Durbin-W atson)
1,81
1,13
Análise de Regressão Linear (M od elo: Y = a + bX)
1,38
Estatísticas da R egres são
2,30E+07 3,66E+05
Hom ogeneidade da Variância dos Resíduos
0,9996 0,9992
(Teste de Brown-Forsythe)
17 15
1,16E+09
-1,10E-01
ANOV A da Regressão e Teste de D esvio de Linearidade (Falta de Ajuste)
2,13E+00
fonte G .L. SQ MQ F p
9,14E-01 regressão 1 2,02E+13 2,02E+13 1,88E+04 1,16E-24
resíduos 15 1,61E+10 1,07E+09
Resum o da Avaliação
Ajuste 4 8,22E+09 2,06E+09 2,87E+00 7,44E-02
erro puro 11 7,86E+09 7,15E+08
p > 0,05 total 16 2,02E+13
p < 0,001
Observaçõ es
p > 0,05
d > dU
Req > Rcrit
Responsável:________________________ Data: ___/___/___ Verificado por:________________________ Data: ___/___/___
Req
Rcrit (
α
= 0,05)
dL (Lim ite Inferior)
α
= 0,05
dU (Lim ite Superior)
α
= 0,05
d (calculado)
área
Concentração (m g/mL)
Coeficiente Angular (b):
N
Coeficiente Linear (a):
Graus de Liberdade
Concentração (m g/mL)
p
Teste de Norm alidade (
α
= 0,05)
Não há desvio de Linearidade
Não há autocorrelação
Segue a Norm al
Hom ogeneidade de variância
Regressão e Teste de Desvio de Linearidade
Autocorrelação dos Resíduos (
α
= 0,05)
Há Hom ocedasticidade
Nível
(k)
i
AVALIAÇÃO DE LINEARIDADE DE C URVA AN ALÍTICA
Pág.:1/1
t
tabe lado
(
α
= 0,05)
A regressão é significativa
Equipam ento: Responsável: Sônia
Minisrio da Saúde
FUNDAÇÃO OSW ALDO CRUZ
Instituto Nacional de Controle de Q ualidade em Saúde
AVALIAÇÃO DE LINEARIDADE DE C URVA ANALÍTICA
Prim eira curva analítica do O MC
Variância Com binada
t
L
calculado
r R
2
Os dados da tabela m arcados em verm elho foram avaliados e retirados do
conjunto de dados por se tratarem de valores extrem os (outliers). Estes
dados não serão considerados na avaliação das prem issas.
Replicatas por Nível (k): N° de Níveis (n):
Análise:
3
Shim adzu
7
Data de Confecção da Curva: Curva N°:
Curva Analítica Final
0
1000000
2000000
3000000
4000000
5000000
6000000
7000000
8000000
9000000
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
Gráfico de Resíduos
-100000
-50000
0
50000
100000
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
73
4.7) RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA CURVA ANALÍTICA DO
OCTIL SALICILATO
Foram preparadas três curvas analíticas com as soluções estoque padrão do octil
salicilato (SE), contendo sete níveis de concentrações, com três replicatas independentes de
cada nível. Após as injeções das soluções, foram obtidas as áreas do sinal correspondente.
Tabela 14 - Concentrações das soluções para cada nível das curvas de analíticas(C.A).
Primeira Segunda Terceira
C.A C.A C.A
mg/mL mg/mL mg/mL
Nível 1
0,5448
0,5633
0,5567
Nível 2
0,6226
0,6438
0,6362
Nível 3
0,7004
0,7243
0,7157
Nível 4
0,7783
0,8048
0,7953
Nível 5
0,8561
0,8852
0,8748
Nível 6
0,9339
0,9657
0,9543
Nível 7
1,012
1,046
1,034
4.8) AVALIAÇÃO DA LINEARIDADE DA CURVA ANALÍTICA DO
OCTIL SALICILATO.
Foi encontrado um pequeno desvio da linearidade da curva analítica do octil salicilato,
na faixa de concentração estudada. A premissa de que os resíduos devem seguir a distribuição
normal foi confirmada pelo teste Ryan-Joiner. A variabilidade dos resíduos da regressão ao
longo dos níveis de concentração estudados foi constante, demonstrando homocedasticidade, a
estatística t de Levene não foi significativa (p > 0,05). Foi evidenciado pelo teste de Durbin-
Watson autocorrelação dos resíduos da regressão.
74
Tabela 15 – Curva analítica do Octil salicilato
Dados da Curva Analítica
Tabela de dados originais
Conc. Resposta
Avaliação de Valores Extremos
mg/mL área
(Teste de Jack-Knife para avaliação de valores extremos)
1
01 5,57E-01 3,61E+06
1
02 5,57E-01 3,62E+06
1
03 5,57E-01 3,63E+06
2
04 6,36E-01 4,18E+06
2
05 6,36E-01 4,18E+06
2
06 6,36E-01 4,20E+06
3
07 7,16E-01 4,72E+06
3
08 7,16E-01 4,65E+06
3
09 7,16E-01 4,70E+06
4
10 7,95E-01 5,22E+06
4
11 7,95E-01 5,22E+06
4
12 7,95E-01 5,22E+06
5
13 8,75E-01 5,72E+06
5
14 8,75E-01 5,73E+06
5
15 8,75E-01 5,71E+06
6
16 9,54E-01 6,13E+06
6
17 9,54E-01 6,19E+06
6
18 9,54E-01 6,15E+06
7
19 1,03E+00 6,69E+06
7
20 1,03E+00 6,72E+06
7
21 1,03E+00 6,73E+06
Normalidade dos Resíduos
(Teste de Ryan-Joiner)
0,96
0,95
Autocorrelação dos Resíduos
(Teste de Durbin-W atson)
1,10
1,22
Análise de Regressão Linear (Modelo: Y = a + bX)
1,42
Estatísticas da Regressão
6,40E+06 9,55E+04
Homogeneidade da Variância dos Resíduos
0,9995
0,9990
(Teste de Brown-Forsythe)
21 19
1,31E+09
-8,82E-02
ANOVA da Regressão e Teste de Desvio de Linearidade (Falta de Ajuste)
2,09E+00
fonte G.L. SQ MQ F p
9,31E-01 regressão 1 2,18E+13 2,18E+13 1,87E+04 6,42E-30
resíduos 19 2,21E+10 1,16E+09
Resumo da Avaliação
Ajuste 4 1,61E+10 4,02E+09 1,00E+01 3,73E-04
erro puro 15 6,01E+09 4,00E+08
p > 0,05 total 20 2,18E+13
p < 0,001
Observações
p < 0,05
d < dL
Req > Rcrit
Responsável:________________________ Data: ___/___/___ Verificado por:________________________ Data: ___/___/___
Req
Rcrit (
α
= 0,05)
dL (Lim ite Inferior)
α
= 0,05
dU (Limite Superior)
α
= 0,05
d (calculado)
área
Concentração (mg/m L)
Coeficiente Angular (b):
N
Coeficiente Linear (a):
Graus de Liberdade
Concentração (mg/m L)
p
Teste de Norm alidade (
α
= 0,05)
Há desvio de linearidade
Há autocorrelação
Segue a Normal
Hom ogeneidade de varncia
Regressão e Teste de Desvio de Linearidade
Autocorrelação dos Resíduos (
α
= 0,05)
Há Homocedasticidade
Nível
(k)
i
AVALIAÇÃO DE LINEARIDADE DE CURVA ANALÍTICA
Pág.:1/1
t
tabelado
(
α
= 0,05)
A regressão é significativa
Equipam ento: Responsável: Sônia
Ministério da Saúde
FUNDAÇÃO OSW ALDO CRUZ
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde
AVALIAÇÃO DE LINEARIDADE DE CURVA ANALÍTICA
Terceira curva analítica do OS
Variância Combinada
t
L
calculado
r R
2
Os dados da tabela marcados em vermelho foram avaliados e retirados do
conjunto de dados por se tratarem de valores extremos (outliers). Estes
dados não serão considerados na avaliação das prem issas.
Replicatas por Nível (k): N° de Níveis (n):
Análise:
3
Shim adzu
7
Data de Confecção da Curva: Curva N°:
Curva Analítica Final
0
1000000
2000000
3000000
4000000
5000000
6000000
7000000
8000000
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Gráfico de Resíduos
-100000
-50000
0
50000
100000
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
75
4.9) DETERMINAÇÃO DA EXATIDÃO DA BENZOFENONA –3
Após as injeções das soluções de trabalho das curvas de adição padrão da
benzofenona-3, foram obtidas as áreas do sinal correspondente. A Tabela 16 apresenta as
respostas.
Tabela 16 - Áreas medidas após injeção das soluções de trabalho de adição padrão da
benzofenona-3
Conc. Resposta
vel
(k)
i
mg/mL área
1
01 8.30E-01 6.27E+06
1
02 8.30E-01 6.30E+06
1
03 8.30E-01 6.28E+06
2
04 9.33E-01 7.11E+06
2
05 9.33E-01 7.10E+06
2
06 9.33E-01 7.07E+06
3
07 10.40E-01 7.86E+06
3
08 10.40E-01 7.76E+06
3
09 10.40E-01 7.89E+06
4
10 11.40E-01 8.78E+06
4
11 11.40E-01 8.73E+06
4
12 11.40E-01 8.76E+06
5
13 12.40E-01 9.58E+06
5
14 12.40E-01 9.54E+06
5
15 12.40E-01 9.55E+06
6
16 13.40E-01 1.05E+07
6
17 13.40E-01 1.05E+07
6
18 13.40E-01 1.03E+07
76
4.10) DETERMINAÇÃO DA EXATIDÃO DO OCTIL
METOXICINAMATO
Após as injeções das soluções de trabalho das curvas de adição padrão do octil
metoxicinamato, foram obtidas as áreas do sinal correspondente. A Tabela 17 apresenta as
respostas.
.
Conc. Resposta
vel
(k)
i
mg/mL área
1
01 2.13E+00 6.01E+06
1
02 2.13E+00 6.00E+06
1
03 2.13E+00 6.00E+06
2
04 2.39E+00 6.63E+06
2
05 2.39E+00 6.63E+06
2
06 2.39E+00 6.64E+06
3
07 2.64E+00 7.29E+06
3
08 2.64E+00 7.28E+06
3
09 2.64E+00 7.31E+06
4
10 2.90E+00 7.94E+06
4
11 2.90E+00 7.91E+06
4
12 2.90E+00 7.89E+06
5
13 3.16E+00 8.58E+06
5
14 3.16E+00 8.59E+06
5
15 3.16E+00 8.57E+06
6
16 3.42E+00 9.02E+06
6
17 3.42E+00 9.13E+06
6
18 3.42E+00 9.15E+06
Tabela 17
-
Áreas
medidas após injeção das soluções de trabalho de adição padrão do
octil metoxicinamato.
77
4.11) DETERMINAÇÃO DA EXATIDÃO DO OCTIL SALICILATO
Após as injeções das soluções de trabalho das curvas de adição padrão octil salicilato,
foram obtidas as áreas do sinal correspondente. A Tabela 18 apresenta as respostas.
Tabela 18 - Áreas medidas após injeção das soluções de trabalho de adição padrão do octil
salicilato
Conc. Resposta
vel
(k)
i
mg/mL área
01 1.31E+00 6.01E+06
02 1.31E+00 6.04E+06
1
1
1
03 1.31E+00 6.03E+06
2
04 1.47E+00 6.78E+06
2
05 1.47E+00 6.76E+06
2
06 1.47E+00 6.78E+06
3
07 1.63E+00 7.43E+06
3
08 1.63E+00 7.40E+06
3
09 1.63E+00 7.35E+06
4
10 1.79E+00 8.18E+06
4
11 1.79E+00 8.18E+06
4
12 1.79E+00 8.15E+06
5
13 1.95E+00 8.84E+06
5
14 1.95E+00 8.75E+06
5
15 1.95E+00 8.68E+06
6
16 2.11E+00 9.36E+06
6
17 2.11E+00 9.28E+06
6
18 2.11E+00 9.27E+06
Tabela 19 Recuperação dos analitos, calculada a partir das curvas de adição padrão da
benzofenona-3, octil metoxicinamato e do octil salicilato no protetor solar G – FPS 30.
Analitos Recuperação(%)
Benzofenona-3 96,9
Octil metoxicinamato 96,4
Octil salicilato 102,2
78
Verifica-se, conforme a Tabela 19, que a recuperação dos analitos na curva de adição
padrão do produto de fotoproteção, ficaram entre os limites estabelecidos de 90% a 107%,
para a razão do nível de concentração dos analitos estudados, comprovando assim adequada
exatidão do método para estas substâncias.
51
4.12) DETERMINAÇÃO DOS TEORES NA AMOSTRA DO PROTETOR
SOLAR G - FPS 30.
Tabela 20 Teores dos princípios ativos benzofenona-3, octil metoxicinamato e salicilato de
octila encontrados na análise da amostra do protetor solar G-FPS 30 e os declarados na
rotulagem
Teor – BZ Teor – OMC Teor – OS
ENCONTRADO
(3,19 ± 0,04) g/100g
(2,55 ± 0,04) g/100g
(1,9 ± 0,6) g/100g
DECLARADO
4,0
g/100g
7,5
g/100g
5,0
g/100g
Os teores dos princípios ativos encontrados na análise da amostra do protetor solar G
FPS-30 estão abaixo dos teores declarado pelo fabricante, na rotulagem do produto:
benzofenona-3, 3,19g/100g encontrado, correspondem a 78,9 % do valor declarado.
Octil metoxicinamato
2,55g/100g encontrado, correspondem a 34,0 % do valor declarado.
salicilato de octila
1,9g/100g encontrado, correspondem a 38,0% do valor declarado.
79
PARTE II – ESTUDO DA FOTODEGRADAÇÃO
80
5.0) ANALISAR E AVALIAR A FOTODEGRADAÇÃO DOS
PROTETORES SOLARES.
Devido ao seu elevado coeficiente de extinção molar na região UV-B, o octil
metoxicinamato é um dos princípios ativos mais utilizados nas formulações dos protetores
solares.
Existem, entretanto, na literatura estudos que indicam que ele pode sofrer
fotodegradação, quando exposto à luz solar.
52 e 53
Pattanaargson e Limphong (2001), utilizando CLAE semi-preparativa e ressonância
magnética nuclear, isolaram e identificaram, o isômero Z do octil metoxicinamato, como o
único produto de fotodegradação.
No experimento, soluções de 1000 ppm de OMC em metanol, foram expostas à luz
solar a temperatura ambiente. Depois de um dia, sob luz solar, aproximadamente metade da
concentração da solução, havia se transformado em uma outra substância (figura 24).
Nenhuma fotodegradação foi encontrada, em experimento, com as soluções mantidas
ao abrigo da luz, nas temperaturas de 4, 25, 32 e 60° C, por um mês.
52
81
Figura 23: (a) E-octilmetoxicinamato e (b) Z-octilmetoxicinamato
Figura 24: Fotodegradação do octil metoxicinamato – (a) antes de irradiar e (b) e (c) após.
52
82
5.1) EXPERIMENTO PARA AVALIAR A POSSÍVEL
FOTODEGRADAÇÃO DOS PROTETORES SOLARES,
COMERCIALIZADOS NO BRASIL.
Com o objetivo de verificar se a fotodegradação poderia também ocorrer com os
produtos, comercializados aqui no Brasil, que apresentavam em suas formulações o octil
metoxicinamato, amostras dos protetores solares D-FPS 20 e F-FPS 30, contendo em torno de
1g, foram aplicadas sobre placas de vidro e expostas a um simulador solar, por 30min.
Amostras nas mesmas condições foram preparadas e colocadas ao abrigo da luz.
Após a irradiação, observou-se uma mudança na coloração do produto, de branco para
amarelado. Não houve mudança de coloração nas amostras não irradiadas.
O material foi removido da placa de vidro e adicionado a 500µL de uma solução 2M
de ácido sulfúrico e 10mL de metanol. A mistura foi levada ao ultrassom por 30min e logo em
seguida centrifugada a 1000G por 10min. O sobrenadante foi pipetado, filtrado com
membrana Millipore 0,45µm/25mm e em seguida preparadas às soluções por diluição. As
soluções foram homogeneizadas e injetadas, sendo então analisadas por CLAE com detector
de UV/visível.
5.2) IRRADIAÇÃO AO SOL
Em teste paralelo, amostras nas mesmas condições experimentais foram expostas à
radiação solar, para verificar se também apresentariam mudança de coloração. As amostras
foram expostas à radiação solar, nos intervalos de tempo de 10minutos e 30 minutos. O
material foi removido, extraídos os componentes ativos e analisado em CLAE.
83
5.3) EXPERIMENTO VARIANDO O TEMPO DE IRRADIAÇÃO
Para acompanhar a formação do produto de fotodegradação, amostras do protetor solar
foram irradiadas nos intervalos de tempo: 15, 20, 40 e 60 minutos.
5.4) SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA DO PRODUTO DE
FOTODEGRADAÇÃO.
Como o tempo de retenção do produto de fotodegradação é bem próximo do octil
metoxicinamato foram testadas misturas de acetonitrila e água: 70:30; 60:40 e 65:35, com o
objetivo de melhor separar as substâncias para poder quantificar o produto de fotodegradação.
5.5) EXPERIMENTO COM DETECTOR DE DIODE ARRAY.
Foram pesadas em balança analítica duas amostras do protetor solar D-FPS 20,
contendo em torno de 1g cada e espalhadas em placas de vidro. Uma delas foi irradiada
durante trinta minutos em simulador solar e a outra colocada ao abrigo da luz.
Elas foram submetidas aos procedimentos de solubilização e extração, sendo
analisadas por CLAE, com detector de UV-Visível, com arranjo diodos, para a obtenção dos
espectros de absorção molecular, no ultravioleta, dos sinais cromatográficos referentes aos
princípios ativos presentes no protetor solar D-FPS 20 e no sinal cromatográfico referente ao
produto de fotodegradação.
5.6) EXPERIMENTO DE FOTODEGRADAÇÃO COM OS PRINCÍPIOS
ATIVOS.
Com o objetivo de verificar se a fotodegradação também ocorria com os princípios
ativos isolados, foram preparadas soluções em torno de 100 mg/mL em metanol dos ativos:
benzofenona-3, octil metoxicinamato e salicilato de octila.
84
Alíquotas de 5mL das soluções foram colocadas em placas de vidro e irradiadas no
simulador solar por 30 minutos e amostras nas mesmas condições foram colocadas ao abrigo
da luz. Após a irradiação o material foi removido, solubilizado com metanol e analisado por
CLAE.
5.7) PRODUTOS FPS 30 DE FABRICANTES DIFERENTES.
Amostras contendo em torno de 1g foram espalhadas em placas de vidro e irradiadas
no simulador durante 30min. Após a irradiação observou-se que o produto havia se tornado
amarelado na superfície, mas não na camada inferior, indicando que a espessura da camada do
produto espalhado tem importância significativa na realização do ensaio.
5.8) EXPERIMENTO PARA ACOMPANHAR A FOTODEGRADAÇÃO
DO OMC QUANTITATIVAMENTE.
Como os produtos de fotoproteção são geralmente emulsões, o espalhamento do
produto sobre a placa de vidro é ponto crítico para o experimento de fotodegradação, deste
modo foram preparadas soluções do octil metoxicinamato em metanol para contornar este
problema.
Alíquotas de 1mL da solução 0,2mg/mL do octil metoxicinamato em metanol foram
colocadas em placas e expostas ao simulador solar nos intervalos de tempo: 30seg; 1min;
5min; 10min; 30min e 60min. Após irradiação o material foi retirado quantitativamente,
avolumado em balão de 5mL e analisado por CLAE, sendo obtida, deste modo, a curva de
calibração para quantificar o produto de fotodegradação, através do metoxicinamato de octila
degradado.
Em ensaio paralelo, na mesma condição experimental, amostras de 1mL da solução
foram expostas ao sol durante 1min, sendo removida quantitativamente e analisada em
seguida por CLAE.
85
5.9) EXPERIMENTO PARA ISOLAR E IDENTIFICAR O PRODUTO DA
FOTODEGRADAÇÃO.
Uma solução 0,2mg/mL do octil metoxicinamato padrão foi colocada em placa de
vidro e irradiada em um simulador solar por 10 minutos. Após a irradiação a solução foi
removida quantitativamente com metanol, homogeneizada e injetada, utilizando CLAE semi-
preparativa. As substâncias foram isoladas, liofilizadas e através da ressonância magnética
nuclear, analisadas.
86
6.0) RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PARTE II
6.1) EXPERIMENTO PARA AVALIAR A POSSÍVEL
FOTODEGRADAÇÃO DOS PROTETORES SOLARES,
COMERCIALIZADOS NO BRASIL.
Os cromatogramas das amostras de filtros solares irradiadas apresentaram mudanças
com o surgimento de um novo sinal cromatográfico, comparativamente as amostras colocadas
ao abrigo da luz.
Figura 25: Cromatogramas do protetor solar D-FPS 20 sem irradiar e após 30 minutos de
irradiação.
Minutes
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
mAU
0
500
1000
1500
2000
2500
mAU
0
500
1000
1500
2000
2500
1: 254 nm, 8 nm
Produto Sem Irrad.20
SemIrrad30FPS20A
Retention Time
Area
1: 254 nm, 8 nm
Produto Irradiado 30min.FPS20
Irrad30fps20
6.2) IRRADIAÇÃO AO SOL
Amostras nas mesmas condições experimentais, expostas à radiação solar, também
apresentaram mudança de coloração. A analise por CLAE, apresentou mudança no perfil
cromatográfico com o aparecimento de um novo sinal cromatográfico, com tempo de retenção
menor que o sinal cromatográfico referente ao octil metoxicinamato
87
Figura 26: Cromatograma do protetor solar F - FPS 30 irradiado ao sol por 30 minutos
6.3) EXPERIMENTO VARIANDO O TEMPO DE IRRADIAÇÃO.
Em todos os intervalos de tempo observou-se a formação de um novo sinal
cromatográfico.
Figura 27: Cromatograma do protetor solar E-FPS 30 irradiado por 40 minutos.
88
6.4) SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA DO PRODUTO DE
FOTODEGRADAÇÃO.
Das misturas de acetonitrila e água testadas, a proporção 65:35 foi a que melhor
separou os sinais cromatográficos referentes ao produto de fotodegradação e do octil
metoxicinamato,
Figura 28: Separação cromatográfica de produto fotodegradado.
6.5) EXPERIMENTO COM DIODE ARRAY.
Através das análises por CLAE, com detector de UV-Visível, com arranjo
diodos, foram obtidos os espectros de absorção molecular, no ultravioleta, dos sinais
cromatográficos referentes aos princípios ativos, presentes nas amostras do protetor solar D-
FPS 20 irradiado e do não irradiado.
89
Figura 29: protetor solar D-FPS 20 - não irradiado
Cromatograma e espectro tridimensional de varredura no UV referente a cada sinal
cromatográfico de benzofenona-3 (6,42 min), octil metoxicinamato (37,32 min) e do octil
salicilato (40,80 min).
90
Figura 30: protetor solar D-FPS 20 - não irradiado
Cromatogramas e espectros de absorção referentes a cada sinal cromatográfico.
benzofenona-3 (6,42 min), octil metoxicinamato (37,32 min) e do octil salicilato (40,80 min).
91
Figura 31: Protetor solar D-FPS 20 - irradiado
Cromatograma e espectro tridimensional de varredura no UV referente a cada sinal
cromatográfico de benzofenona-3 (6,42 min), produto de fotodegradação (34,20), octil
metoxicinamato (37,32 min) e do octil salicilato (40,80 min).
92
Figura 32: Protetor solar D- FPS 20 - irradiado
Cromatograma e espectros referentes a cada sinal cromatográfico de benzofenona-3 (6,42
min), produto de fotodegradação (34,20), octil metoxicinamato (37,32 min) e do octil
salicilato (40,80 min).
93
6.6) EXPERIMENTO DE FOTODEGRADAÇÃO COM OS PRINCÍPIOS
ATIVOS ISOLADOS.
Entre as amostras irradiadas dos princípios ativos somente a referente ao octil
metoxicinamato apresentou um novo sinal, quando comparada a não irradiada.
Figura 33: Salicilato de octila – irradiado e não irradiado.
M in u te s
0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 3 0 3 5 4 0 4 5 5 0
mAU
0
2 5 0
5 0 0
7 5 0
1 0 0 0
1 2 5 0
1 5 0 0
mAU
0
2 5 0
5 0 0
7 5 0
1 0 00
1 2 50
1 5 00
1 : 2 5 4 n m , 8 n m
O ctil sa lic ila to Irra dia d o P a d rã o
O S Irr a d iad o P ad rã o
R e te n tio n T im e
1 : 2 5 4 n m , 8 n m
O c til sa lic ila to P a d rã o
O S P a d rão
Figura 34: octil metoxicinamato – irradiado e não irradiado
Minutes
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
mAU
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
mAU
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
1: 254 nm, 8 nm
Octil metoxicinamato Padrão
OMC Padrão
Retention Time
1: 254 nm, 8 nm
Octil metoxicinamato Irradiado 30min
OMC Irrad 30
94
6.7) EXPERIMENTO PARA ACOMPANHAR A FOTODEGRADAÇÃO
DO OMC QUANTITATIVAMENTE.
Os cromatogramas das amostras das soluções do octil metoxicinamato em metanol,
expostas ao simulador solar, nos intervalos de tempo: 30seg; 1min; 5min; 10min; 30min e
60min, apresentaram mudança no perfil cromatográfico com o aparecimento do sinal
cromatográfico referente ao produto de fotodegradação (Figuras 35 a 40).
O cromatograma da amostra, exposta ao sol durante 1min, também apresentou
mudança no perfil cromatográfico com o aparecimento do sinal cromatográfico referente ao
produto de fotodegradação. O Gráfico 1 apresenta a curva de fotodegradação do OMC.
Figura 35: Octil metoxicinamato irradiado por 30 segundos.
95
Figura 36: Octil metoxicinamato irradiado por 5 minutos.
Figura 37: Octil metoxicinamato irradiado por 10 minutos.
96
Figura 38: Octil metoxicinamato irradiado por 30 minutos.
Figura 39: Octil metoxicinamato irradiado por 1 hora.
97
Figura 40: Octil metoxicinamato irradiado ao Sol por 1 minuto.
98
DADOS DO GRÁFICO 1
TEMPO DE IRRADIAÇÃO x CONCENTRAÇÃO DO OMC
Tempo (min)
Conc. (mg/mL)
Percentual do
OMC convertido
Cálculos:
0,5 0,253259
6,78 %
Eq. Curva:
y = 24521682x + 2556,17
5 0,215403
20,69 %
10 0,202216
25,55 %
Tempo de
exposição
Área Conc. (mg/mL)
30 0,160495
40,91 % 0,5min 6212887 0,253258762
60 0,156793
42,27 % 5min 5284590 0,215402591
10min 4961229 0,202215865
30min 3938175 0,160495495
60min 3847396 0,156793491
22,44 % 1min (sol) 5168117,667
0,210652821
Gráfico1: Tempo de irradiação x concentração do octil metoxicinamato
Tempo de fotodegradação
Metoxicinamato de octila
0
0,1
0,2
0,3
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo de Irradiação (min)
Conc. (mg/mL)
Octil metoxicinamato
99
6.8) EXPERIMENTO PARA ISOLAR E IDENTIFICAR O PRODUTO DA
FOTODEGRADAÇÃO.
As substâncias isoladas, utilizando CLAE semi-preparativa foram identificadas,
através de seus espectros de ressonância magnética nuclear como: Z-octil metoxicinamato e
E-octil metoxicinamato.
Figura 41 – Espectro de
13
C RMN do isômero E-octil metoxicinamato.
100
Figura 42 – Espectro de
1
H RMN do isômero E-octil metoxicinamato.
101
Figura 43 – Espectro expandido de
1
H RMN do isômero E-octil metoxicinamato.
102
Figura 44 – Espectro de
13
C RMN do isômero Z-octil metoxicinamato.
103
Figura 45 – Espectro de
1
H RMN do isômero Z-octil metoxicinamato.
104
Figura 46 – Espectro expandido de
1
H RMN do isômero Z-octil metoxicinamato.
Embora haja uma diferença nos deslocamentos químicos dos carbonos 6 ( 143,1 e
144,1 ppm) e 7 (115,9 e 117,4 ppm) dos isômeros E e Z OMC (Tabela 21), a constante de
105
acoplamento (J) dos hidrogênios nos carbonos 6 e 7 (J
6,7
= 16 e J
6,7
= 12,4 Hz) é o dado
determinante para confirmar as estruturas, tendo em vista o valor de J trans ser maior que o de
Jcis,.
58
Tabela 21 Comparação dos deslocamentos químicos dos espectros de
13
C RMN dos
isômeros E e Z com os dados da literatura
15
Carbono
Isômero E
15
Isômero E
Isômero Z Isômero Z
15
1 167,5 167,6 166,8 167,5
2 162,1 161,3 160,4 161,0
3 143,1 144,2 143,0 144,2
4 129,7 129,7 132,0 132,0
5 127,2 127,3 127,5 127,2
6 115,8 115,9 117,4 117,5
7 114,3 114,3 113,4 113,3
8 66,8 66,8 66,7 66,7
9 55,3 55,4 55,3 55,3
10 38,9 38,9 38,8 38,8
11 30,5 30,5 30,4 30,5
12 28,9 29,0 29,0 28,9
13 23,8 23,9 23,8 23,7
14 23,0 23,0 23,0 23,0
15 14,1 14,1 14,0 14,1
16 11,0 11,0 11,0 11,0
Adicionalmente, além dos dados qualitativos e quantitativos das composições
(formulações) destes produtos cosméticos que estão diretamente ligados ao cumprimento de
suas funções quando em uso, algumas informações que devem constar em seus rótulos
também têm parcela importante de contribuição.
106
PARTE III – ESTUDO DAS ROTULAGENS
107
7.0) AVALIAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NAS
ROTULAGENS DOS PROTETORES SOLARES MAIS
COMERCIALIZADOS NO BRASIL.
A rotulagem é parte integrante do produto, sendo um instrumento de informação para o
consumidor, como também, para o sistema de Vigilância Sanitária, devendo conter
informações sobre a fabricação, origem, modo de uso e atributos dos produtos de forma clara
e objetiva, seguindo as exigências legais.
Foi verificado se as informações contidas nos rótulos dos protetores solares estão de
acordo com as legislações vigentes e avaliar se elas orientam o consumidor quanto à escolha e
uso do produto.
8) MÉTODOS EMPREGADOS
Este estudo foi realizado em duas etapas: uma qualitativa e outra quantitativa. Para a
etapa qualitativa foi realizada uma análise crítica da rotulagem, avaliando as informações
concernentes à escolha e utilização do produto.
A etapa quantitativa constitui um estudo Seccional. Os dados foram coletados em um
estabelecimento comercial pertencente a uma grande rede de drogarias no Estado do Rio de
Janeiro – RJ, no Bairro do Catete, em dezembro de 2006.
54-57
A amostra estudada foi escolhida por conveniência, com tamanho amostra
considerando uma estimativa de 95% de confiança. Para tanto, foram selecionados 38
produtos de 13 fabricantes, os mais comercializados no Brasil, com FPS variando de 2 a 100
.
Como instrumento de coleta de dados, foi utilizado o roteiro de inspeção para análise
da rotulagem dos produtos de fotoproteção, elaborado e empregado pelo INCQS, com base
nas normas, (figura 47) (Lei 6360/1976; Decretos 79.094/1977 e 83.239/1979 e RDC
211/2005, 237/2005, 48/2006 e 47/2006).
23-29
Os dados obtidos foram processados e
analisados pelo programa estatístico SPSS, versão 12.0. O teste estatístico empregado foi o X
2
108
(p>0,05). Para manter a identidade dos fabricantes preservadas e facilitar a apresentação dos
dados, os mesmos foram codificados por números (Gráficos 2 e 3).
Figura 47: Instrumento para coleta dos dados
ROTEIRO PARA ANÁLISE DE RÓTULO DE PROTETORES SOLARES
Produto:..............................................................................................................................
Decreto nº 79.094/1977
1. Data de fabricação............................................................................................................
2. Responsável técnico/nº de inscrição/sigla da autarquia profissional...............................
Resolução – RDC nº 211/2005
3. Nome do produto e grupo / tipo a que pertence no caso de não estar implícito no nome
(embalagens primária e secundária).....................................................................................
4. Marca (embalagens primária e secundária)......................................................................
5. Nº de registro....................................................................................................................
6. Lote ou partida..................................................................................................................
7. Prazo de validade..............................................................................................................
8. Conteúdo (volume/peso)..................................................................................................
9. Fabricante / Importador / Titular......................................................................................
10. Domicílio do Fabricante / Importador / Titular..............................................................
11. País de Origem................................................................................................................
12. Modo de Uso...................................................................................................................
13. Ingredientes / Composição..............................................................................................
Resolução – RDC nº 237/2005
14. Texto de rotulagem para produtos que:
14.1. Não satisfaçam os requisitos de “Resistente à Água” ou “Muito Resistente à Água”:
109
14.1.a) Número de Proteção Solar precedido da sigla SPF ou FPS, ou das palavras “Fator
de Proteção Solar” (em destaque nas embalagens primária e secundária).........................
14.1.b) Expressões orientativas quanto a explicação dos Fatores de Proteção Solar..........
14.1.c) Frases obrigatórias
“É necessária a reaplicação do produto para manter a sua efetividade”............................
“Ajuda a prevenir as queimaduras solares”........................................................................
14.1.d) Frases obrigatórias somente para produtos de uso infantil
“Para crianças menores de (6) seis meses, consultar um médico”....................................
“Este produto não oferece nenhuma proteção contra insolação”......................................
“Evitar exposição prolongada das crianças ao sol”..........................................................
“Aplique generosamente ou livremente antes da exposição ao sol e sempre que
necessário”, incluindo tempo determinado pelo fabricante, caso seja requerido período
de espera.............................................................................................................................
14.2. Satisfaçam os requisitos de “Resistente à Água” ou “Muito Resistente à Água”:
14.2.a) Número de Proteção Solar precedido da sigla SPF ou FPS, ou das palavras
“Fator de Proteção Solar” (em destaque nas embalagens primária e secundária)............
14.2.b) Expressões orientativas quanto a explicação dos Fatores de Proteção Solar...............
14.2.c) Frases obrigatórias
“É necessária a reaplicação do produto para manter a sua efetividade”...........................
“Ajuda a previnir as queimaduras solares”.......................................................................
Baixa (FPS 2 < 6)
Pele pouco sensível “Oferece Baixa proteção contra queimaduras solares
Moderada (FPS 6 < 12
Pele sensível “Oferece Moderada proteção contra queimaduras
solares”
Alta (FPS 12 < 20
Pele muito sensível “Oferece Alta proteção contra queimaduras solares”
Alta (FPS 20
Pele extremamente
sensível
“Oferece Muito Alta proteção contra queimaduras
solares”
Baixa (FPS 2 < 6)
Pele pouco sensível “Oferece Baixa proteção contra queimaduras solares
Moderada (FPS 6 < 12
Pele sensível “Oferece Moderada proteção contra queimaduras
solares”
Alta (FPS 12 < 20
Pele muito sensível “Oferece Alta proteção contra queimaduras solares”
Alta (FPS 20
Pele extremamente
sensível
“Oferece Muito Alta proteção contra queimaduras
solares”
110
“Resistente à Água”, “Resistente à Água/suor” ou “Resistente à Água/transpiração”.....
“Aplicar tão freqüentemente quanto necessário após nadar, secar com toalha, sudorese
intensa ou tempo de exposição prolongada ao sol”........................................................
14.2.d) Frases obrigatórias somente para produtos de uso infantil
“Para crianças menores de (6) seis meses, consultar um médico”....................................
“Este produto não oferece nenhuma proteção contra insolação”......................................
“Evitar exposição prolongada das crianças ao sol”...........................................................
“Aplique generosamente ou livremente antes da exposição ao sol e sempre que
necessário”, incluindo tempo determinado pelo fabricante, caso seja requerido período
de espera.............................................................................................................................
Resolução – RDC nº 48/2006
15. Substâncias proibidas...................................................................................................
Resolução – RDC nº 47/2006
16. Filtros ultravioletas permitidos....................................................................................
16.1. Concentração autorizada........................................................................................
17. Frase de advertência
Contém oxibenzona ( concentração acima de 0,5% de benzofenona-3).......................
Analista:.................................................................................. Data:.........................................
Revisor:................................................................................... Data:.........................................
111
9) RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise qualitativa: em todos o produtos analisados verificou-se a insuficiência de
informações necessárias para a escolha e uso. Sugere-se em adição às recomendações exigidas
pelas legislações, à utilização de embalagem secundária (caixa) contendo uma tabela com
todos os fototipos de pele e os fatores de proteção solar correspondentes. Estes dados
permitirão ao consumidor classificar o seu tipo de pele e fazer a escolha do produto adequado.
O fabricante deve declarar o tempo máximo de proteção solar que aquele produto oferece ao
consumidor, incluindo também a descrição quantitativa dos componentes ativos na
formulação, facilitando assim, o monitoramento dos produtos postos ao consumo pelos órgãos
de Vigilância Sanitária.
O produto deve conter instruções de uso com tamanho de letra que possibilite a fácil
leitura, redigido de forma objetiva, descrevendo a quantidade do produto que deverá ser usado
para garantir a proteção e as regiões do corpo onde devem também ser aplicado, como por
exemplo, orelhas, pescoço, nariz, pés, mão, couro cabeludo e lábios (depende do tipo de
produto). Estes locais mais expostos ao sol são os mais pré-dispostos ao desenvolvimento do
câncer de pele. Deverá conter a recomendação para reaplicar o produto, toda a vez que houver
remoção, informando que a reaplicação não ampliará o tempo máximo de exposição solar.
Análise quantitativa: foram avaliados 33 requisitos nas rotulagens dos protetores
solares dos 38 produtos analisados. Verificou-se que (76,3%) não estavam em conformidade
com a legislação. Em (63,2%) não constava a data de fabricação do produto, dado importante
para a determinação do cumprimento das legislações vigentes, visto que, o produto está sujeito
às legislações pertinentes a data em que foi fabricado. (27%) não apresentaram o nome do
responsável técnico com o número de inscrição e a sigla da autarquia profissional. Este
profissional é habilitado junto à autoridade sanitária para a atividade que a empresa realiza,
sendo responsável pela fabricação dos produtos sob sua direção técnica e elaboração de
relatórios ao órgão de vigilância. (36,8%) não continham os esclarecimentos obrigatórios,
como as frases de orientação, advertência e indicação específica do produto. Foram
112
encontrados produtos com até 4 diferentes não conformidades. Apenas 23,7% estavam em
conformidade com as legislações vigentes.
GRÁFICO 2. Percentual dos protetores
solares por fabricante
GRÁFICO 3 Percentual dos protetores solares por
FPS
113
10) CONCLUSÕES:
A análise dos resultados obtidos nos permite concluir que:
O método desenvolvido para a determinação dos teores dos principais princípios
ativos, presentes nas formulações dos protetores solares, permitiu quantificar a benzofenona-3,
o octil metoxicinamato, e o octil salicilato, simultaneamente. Demonstrando abrangência,
versatilidade e facilidade operacional, características essenciais para um método destinado ao
controle de qualidade;
Através da determinação dos parâmetros de desempenho analítico, o método
evidenciou-se apropriado para a determinação quantitativa destes princípios ativos,
conduzindo a resultados confiáveis e adequados;
O octil metoxicinamato é um dos princípios ativos mais utilizados. Quando foi
exposto à radiação solar e artificial, sofreu degradação. Em apenas 30 segundos exposto à
radiação, 7 % do octil metoxicinamato havia se transformado em uma nova substância. Ela foi
isolada e identificada como o isômero Z do octil metoxicinamato.
O estudo das informações contidas nas rotulagens dos protetores solares mais
comercializados, no Brasil, demonstrou que (76%) dos produtos analisados não cumpriam os
requisitos técnicos estabelecidos pelas legislações e nem eram suficientes e adequadas para
orientar o consumidor de modo a obter a proteção solar necessária. Essas informações são
fundamentais para a segurança, eficácia e para o controle de qualidade destes produtos,
necessitando com urncia de uma revisão criteriosa. A omissão dos requisitos técnicos
estabelecidos, além de constituir infração sanitária, acarreta prejuízo para as ações
correspondentes de vigilância.
114
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25) BRASIL. Decreto n. 79.094, de 05 de janeiro de 1977, D.O.U. Poder Executivo, Brasília,
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26) BRASIL. Decreto n. 83.239, de 06 de março de 1979. D.O.U.Poder Executivo, Brasília,
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28) BRASIL. ANVISA/MS 211, de 14 de julho de 2005. Estabelece as definições e a
classificação de produtos de higiene pessoal. D.O.U. Poder Executivo, Brasília, de 18 de julho
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