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A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS
ESTUDO DE CASO DA SEDE DO IBGE
MARIANGELA DE MOURA
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-
graduação em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo,
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ciências
em Arquitetura, área de concentração - Sustentabilidade, Conforto
Ambiental e Efi ciência Energética.
Prof. Aldo Carlos de Moura Gonçalves. (D.Sc) Orientador
Profª. Maria Maia Porto (D.Sc) Co-Orientadora
Rio de Janeiro
Fevereiro de 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
PROARQ - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura
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A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS
ESTUDO DE CASO DA SEDE DO IBGE
MARIANGELA DE MOURA
Prof. Aldo Carlos de Moura Gonçalves. (D.Sc.)Orientador
Profª. Maria Maia Porto (D.Sc.) Co-Orientadora
Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-graduação em Arquitetura, Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, como parte
dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ciências em Arquitetura,
área
de concentração - Sustentabilidade, Conforto Ambiental e Efi ciência Energética..
Aprovada por:
_______________________________
Presidente, Prof. Aldo Carlos de Moura Gonçalves. (D.Sc.)
_______________________________
Profª. Maria Maia Porto (D.Sc.) Co-Orientadora
_______________________________
Prof. Paulo Afonso Rheingantz (D.Sc.)
_______________________________
Profª. Ingrid Chagas Leite da Fonseca (D.Sc.)
Rio de Janeiro
Fevereiro de 2008
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Moura, Mariangela de
Iluminação artifi cial de escritórios: Estudo de caso da Sede do IBGE/ Mariangela de Moura -
Rio de Janeiro: UFRJ/FAU, 2008.
237f.: il; 29,7 cm
Orientador: Aldo carlos de Moura Gonçalves
Co-Orientadora: Maria Maia Porto
Dissertação (Mestrado) - UFRJ/PROARC/ Programa de Pós-graduação em Arquitetura,
2008.
Referências Bibliográfi cas: f160-174
1.Iluminação. 2.Escritórios. Efi ciência Energética. Conforto Luminoso. IBGE.
I. Gonçalves, Aldo Carlos de Moura, Porto, Maria Maia. II. Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-graduação em
Arquitetura. III. Título.
DEDICATÓRIA
Meu sincero agradecimento a todos que contribuíram para
elaboração desta dissertação.
5
Mariangela de Moura
A ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL DE ESCRITÓRIOS
ESTUDO DE CASO DA SEDE DO IBGE
MARIANGELA DE MOURA
Prof. Aldo Carlos de Moura Gonçalves. (D.Sc.)Orientador
Profª. Maria Maia Porto (D.Sc.) CO-Orientadora
A luz é a primeira e mais importante experiência visual do ser humano.
Explorar a luz foi, desde os primeiros estudos de Arquitetura, uma das
principais atividades desta área do conhecimento. Cor e luz se interligam
na composição dos ambientes, interagindo sobre os materiais utilizados em
cada projeto e sobre as pessoas que circulam nos espaços. Por tal relevância,
a iluminação é o tema deste estudo, com foco sobre a iluminação de
escritórios, temática aprofundada em uma pesquisa de campo, realizada nos
escritórios do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística. A partir de
referenciais teóricos coletados em pesquisa bibliográfi ca, o estudo aborda a
evolução da iluminação na Arquitetura corporativa, e sua valorização como
componente fundamental das edifi cações ao longo do século XX. Relata as
primeiras concepções de iluminação em ambientes indoor, as modifi cações
ocorridas nos escritórios com a introdução da informática no ambiente de
trabalho e os conceitos atuais, de efi ciência energética, bem-estar, e conforto
visual. O estudo de caso parte de uma Avaliação Pós-Ocupação – APO, como
método de investigação sobre a iluminação dos escritórios do IBGE, e utiliza-
se de questionário como ferramenta diagnóstica. Procede-se a um projeto
de reforma, cuja proposta pretende melhorar as condições de iluminação
na execução de tarefas, levando em conta diretrizes técnicas, conforto e
bem-estar dos usuários da instituição, além de elaborar recomendações para
projetos futuros de iluminação neste segmento específi co.
Palavras-chave: iluminação de escritórios; efi ciência energética;
conforto luminoso; IBGE.
Rio de Janeiro
Fevereiro 2008
RESUMO
6
Mariangela de Moura
ABSTRACT
THE LIGHTING ARTICIAL IN OFFICES
STUDY OF CASE TO THE CENTRAL OFFICE OF IBGE
MARIANGELA DE MOURA
Abstract from the Master’s Thesis submitted to the Post-graduate Program in
Architecture, School of Architecture and Urbanism, of the Federal University
of Rio de Janeiro - UFRJ, as part of the requirements needed to obtain the
title of Master of Science in Architecture.
The light is the fi rst and most important visual experience of human being.
Explore the light was in the fi rst studies of Architecture one of the main
activities of this area of knowledge. Color and light are interconnect in the
composition of environments, interacting on materials used in each project
and the people moving in space. For such relevance, the lighting is the subject
of this study, focusing on the lighting of offi ces, thematic depth in a search
conducted at the offi ces of the IBGE - Brazilian Institute of Geography and
Statistics. From theoretical benchmarks collected in literature, the study
discusses the evolution of the lighting in corporate architecture and its use
as a key component of the buildings along the twentieth century. Report the
rst conceptions of lighting in indoor environments, the changes in offi ces
with the introduction of computers in the work environment and the emerging
concepts of energy effi ciency, welfare and visual comfort. The case study parts
from a Post-Evaluation Occupational as a method of research on the lighting
of the offi ces of IBGE and uses a diagnostic questionnaire as a tool. Proceed to
a draft reform proposal which seeks to improve the conditions of illumination
in the execution of tasks, taking into account technical guidelines, comfort
and welfare of users of the institution, and prepare recommendations for
future projects of lighting in this particular segment.
Keywords: lighting of offi ces, energy effi ciency, comfort bright; IBGE.
Rio de Janeiro
Fevereiro 2008
Ficha catalográfi ca
Dedicatória
Resumo em português
Resumo em inglês
Sumário
Lista de Figuras
Tabelas
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
EVOLUÇÃO DA ARQUITETURA E DA ILUMINAÇÃO EM
AMBIENTES DE ESCRITÓRIO
1.1. A Evolução da Iluminação na Arquitetura
1.2. Arquitetura de Escritórios
1.3. Histórico da Arquitetura Corporativa do Centro do Rio de Janeiro
CAPÍTULO 2
ASPECTOS DA ARQUITETURA DE ESCRITÓRIOS
EM FINS DO SÉCULO XX
2.1. Introdução da Informática no Ambiente de Trabalho
2.2. A Racionalização do Uso de Energia – conceitos de efi ciência energética
2.3. Equipamentos de Iluminação para Escritórios
CAPÍTULO 3
ILUMINAÇÃO E CONFORTO VISUAL EM ESCRITÓRIOS
3.1. Bem-Estar, Conforto Ambiental e Conforto Visual
3.2. Iluminação Natural e Iluminação Artifi cial
3.3. A Iluminação Artifi cial nos Projetos de Escritórios
3.3.1. Lâmpadas
3.3.2. Equipamentos – Reatores e Transformadores
3.3.3. Luminárias
3.3.4. O controle da Iluminação
SUMÁRIO
12
20
20
33
40
50
50
58
68
77
81
87
91
92
95
97
99
CAPÍTULO 4
ESTUDO DE CASO
4.1. Os Escritórios do IBGE
4.1.1. Metodologia – Desenvolvimento da Pesquisa
4.1.2. Levantamento e coleta de dados
4.1.3. Levantamento e medições
4.1.4. Questionários - avaliação dos Usuários
4.2. Projeto de Iluminação
CAPÍTULO 5
RECOMENDAÇÕES PARA UM PROJETO DE ILUMINAÇÃO DE ESCRITÓRIOS
5.1. Diferentes tipos de iluminação
5.2. Ambientes agradáveis e funcionalidade
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
ANEXO I - Questionários - Aplicados aos servidores
ANEXO II - Formulário do walkthrough realizado no IBGE
ANEXO III - Cálculos luminotécnicos
101
101
111
113
126
129
133
144
147
150
157
160
175
176
178
179
LISTA DE FIGURAS
1
Larkin Building, Buffalo,NY, Frank Lloyd Wright,1906. 28
2
Janela criada pela Escola de Chicago - Fonte: Essencial Architecture, 2007. 29
3
Home Insurance Company Building - Fonte: Britannica, 2007 30
4
Carson, Pirie, Scot Et Company Building - Fonte: Schittich, 2001. 30
5
Projeto da Chicago, Tribune, Walter Gropius, 1922 - Fonte: Argan, 2005. 31
6
Seagram Building, Mies Van Der Rohe, 1958 - Fonte: Bachmann et all, 2001. 32
7
Lever House, Gordon Bunshaft, 1952 - Fonte: Greatbuldings, 2007. 37
8
Edifício Pirelli, Gió Ponti, 1960 - Fonte: Serapião, 2005. 38
9
The Pan Am Building, Gropius e Belluschi, 1963 - Fonte: STERN et all, 1995. 39
10
The Pan Am Building, Gropius e Belluschi, 1963 - Fonte: STERN et all, 1995 39
11
MES, Lúcio Costa, 1944, Iluminação Interior - Fonte: KON, 2007. 42
12
MES, Lúcio Costa, 1944, Fachada Sul - Fonte: KON, 2007. 42
13
MES, Lúcio Costa, 1944, Pilotis - Fonte: KON, 2007. 42
14
MES, Lúcio Costa, 1944,Fachada Norte - Fonte: VITRUVIUS, 2007. 42
15
ABI, Marcelo e Milton Roberto, 1938 - Fonte: IPHAN, 2007. 44
16
ABI, Marcelo e Milton Roberto, 1938 - Fonte: IPHAN, 2007. 44
17
Prédios de escritórios, M.M.M. Roberto - Fonte: COMAS 2007. 44
18
Prédios de escritórios, M.M.M. Roberto - Fonte: COMAS 2007. 44
19
Prédios de escritórios, M.M.M. Roberto - Fonte: COMAS 2007. 44
20
Edifício Seguradoras e Edifício Marques de Herval - Fonte: ACOWEB, 2007 45
21
Edifício Seguradoras e Edifício Marques de Herval - Fonte: ACOWEB, 2007. 45
22
Prédio da Petrobrás, 1972 - Fonte: TRAVEL-IMAGES.COM, 2007. 47
23
BNH, 1973 - Fonte: MOREIRA E ANDRÉ, 2207. 48
24
BNH, 1973 - Fonte: MOREIRA E ANDRÉ, 2207. 48
25
Prédio do BNDES, 1974 - Fonte: MOREIRA E ANDRÉ, 2007. 49
26
Prédio do BNDES, 1974 - Fonte: MOREIRA E ANDRÉ, 2007. 49
27
Esquema de Ofuscamento no Trabalho com Computador - Fonte:IIDA, 2005. 57
28
Iluminação correta para Trabalho com Computador - Fonte: GRANDJEAN,
1998.
57
29 Ambiente de Escritório com Uso de Computador - Fonte: SILVA, 2005. 58
30 Etiqueta de Efi ciência Energética - Fonte: PROCEL, 2005. 67
31 Programa do Selo - Fonte: ZIMMERMAN, 2006. 67
32
Relação entre iluminação e produtividade no trabalho - Fonte: PHILIPS,
2004.
68
33 Sistemas de Iluminação no Ambiente de Trabalho - Fonte: IIDA, 2005. 70
34 Ciclo de Vida da Edifi cação - Fonte: LAMBERTS e Tavares, 2005. 80
35 Vista Aérea da situação dos prédios 146 e 166 – Fonte: site google, 2008 102
36
Planta de situação dos prédios 146 e 166 – Fonte: IBGE - Serviço de
engenharia, 2006
103
37
Fachada da frente do prédio do IBGE – vista geral – número 166 (2006) -
Fonte: Fotos do autor, 2006.
103
38
Fachada da frente do prédio do IBGE – vista geral – número 166 (2006) -
Fonte: Fotos do autor, 2006.
103
39
Janela dos prédios 146 e 166 - Vista externa das janelas do prédio 146 -
Fonte: Fotos do autor, 2006.
104
LISTA DE FIGURAS
40
Janela dos prédios 146 e 166 - Vista interna da janela do prédio 146 -
8°andar - Fonte: Fotos do autor, 2006.
104
41
Planta baixa dos prédios 166 e 146 – Fonte: IBGE – Serviço de
Engenharia,2006
105
42
Fachada Av. Franklin Roosevelt – Frente - Fonte: IBGE - Serviço de
engenharia, 2006
106
43
Fachada Praça Virgilio de Melo Franco - Fundos- Fonte: IBGE - Serviço de
engenharia, 2006.
106
44 Proposta atual da fachada da frente. 108
45 Proposta atual da fachada dos fundos. 108
46 Planta do andar padrão – Fonte: IBGE, 2006 110
47 Vista externa através da janela – Fonte: Autor, 2007 114
48 Visão do ambiente, 2005/2006 – Fonte: Autor, 2006 115
49 Detalhamento das Luminárias - Fonte: Autor, 2007. 117
50 Detalhamento das Luminárias - Fonte: Autor, 2007. 117
51
Detalhamento da iluminação Mesas - com iluminação natural - Fonte: Autor,
2007.
117
52
Detalhamento da iluminação - com iluminação natural e artifi cial - Fonte:
Autor, 2007.
117
53 Luminárias dos postos de trabalho - Fonte: Autor, 2007. 118
54 Luminárias dos postos de trabalho - Fonte: Autor, 2007. 118
55 Processo de modifi cação das janelas - Fonte: Autor, 2007. 119
56 Processo de modifi cação das janelas - Fonte: Autor, 2007. 119
57 Estação de trabalho e janela - Sala 802-A - Fonte: Autor, 2007. 121
58 Estação de trabalho e janela - Sala 802-A - Fonte: Autor, 2007. 121
59 Divisórias e luminárias - Sala 802 B - Fonte: Autor, 2007. 122
60 Divisórias e luminárias - Sala 802 B - Fonte: Autor, 2007. 122
61 Luminárias - Sala 802 C - Fonte: Autor; 2007. 123
62 Luminárias - Sala 802 C - Fonte: Autor; 2007. 123
63 Luminárias - Sala 801 A - Fonte: Autor; 2007. 124
64 Luminárias - Sala 801 A - Fonte: Autor; 2007. 124
65 Modifi cações - Sala 801 B - Fonte: Autor, 2007. 125
66 Modifi cações - Sala 801 B - Fonte: Autor, 2007. 125
67 Modifi cações - Sala 801 B - Fonte: Autor, 2007. 125
68 Modifi cações - Sala 801 B - Fonte: Autor, 2007. 125
69 Planta de levantamento das luminárias existentes no 8° andar. 128
70 Gráfi co 01 - Faixa etária dos servidores 130
71 Gráfi co 02 - Iluminação geral e da mesa de trabalho 131
72 Gráfi co 03 - Ofuscamento no trabalho com computador 132
73 Planta baixa (malha do teto) - Fonte: Autor, 2008 137
74 Exemplo de luminária no Frame da Lumini - Fonte: site lumini, 2008 138
75 Planta de iluminação - 8ºandar - Fonte: Autor, 2008 140
76 Planta de iluminação – 10º andar - Presidência - Fonte: Autor, 2008 143
TABELAS
Tabela 01
Principais barreiras a projetos de efi ciência energética no Brasil
– Fonte: Zimmerman, 2006
65
Tabela 02
Classifi cação das luminárias segundo a CIE – Fonte: Luz J. M. da
Luminotécnica, 2002
97
Tabela 03 Levantamento das iluminâncias - Fonte: Autor, 2007 127
Tabela 04 Luminárias especifi cadas - Fonte: Autor, 2008 141
12
Mariangela de Moura
INTRODUÇÃO
No contexto do meio ambiente artifi cial, construído e produzido pela ação do
homem, tem-se o meio ambiente do trabalho, que se refere ao local onde as pessoas
exercem suas atividades laborais. Constituído por bens, instrumentos e meios de
natureza material e imaterial, o meio ambiente de trabalho envolve as instalações
físicas – ventilação, ruídos, iluminação, mobiliário e maquinário – em face das quais
é possível atingir-se a uma ambiência satisfatória para o bom desenvolvimento da
prestação de um determinado serviço.
É preciso que se leve em consideração a necessidade da interação do indivíduo, como
parte ativa e reguladora junto à economia global; e que isso, cada vez mais, é fato
comprovado por levantamentos efetuados, dentro de cada empresa de crescimento
signifi cativo que favoreça ao engajamento entre pessoas, e onde prevaleça o
binômio homem/meio, a cada jornada de trabalho.
Nos últimos anos, com a iminência de novos parâmetros organizacionais (oriundos da
globalização da economia e conseqüente alta competitividade entre as empresas),
e a emergência de se conferir sustentabilidade ao ambiente construído, o local de
trabalho tornou-se foco de uma revisão conceitual, ampliando-se a necessidade de
otimizá-lo, racionalizá-lo, qualifi cá-lo, e, adaptá-lo às necessidades humanas.
13
Mariangela de Moura
O conceito de arquitetura sustentável é assim defi nido:
“[...] A Arquitetura Sustentável é a continuidade mais natural
da Bioclimática, considerando também a integração do edifício
à totalidade do meio ambiente (...) é a arquitetura que quer criar
prédios objetivando aumento da qualidade de vida do ser humano no
ambiente construído (...) consumindo a menor quantidade de energia
compatível com o conforto ambiental[...]”. (CORBELLA & YANNAS,
2003, pp.16-17).
Do ponto de vista da Arquitetura, o ambiente de trabalho tem sido enfatizado
como objeto de estudo, especialmente, após o advento da Revolução Industrial,
quando se multiplicaram as fábricas, as indústrias, e, modernamente, os prédios de
escritórios.
Nesse sentido, em arquitetura, se desevolvem projetos em razão de uma melhor
qualidade de vida. Para atingí-la, destacam-se, contemporaneamente, os projetos
que propiciam um maior conforto e bem-estar das pessoas, e ao conseqüente aumento
dos níveis de desempenho profi ssional, além dos ganhos de produtividade para as
empresas, confi gurando-se este objetivo, em um planejamento mais adequado dos
espaços, da acústica, da temperatura e da iluminação, sendo esta última o objeto
deste estudo.
A iluminação, como elemento fundamental na identifi cação e composição das
imagens, é o fator da percepção visual. A luz oferece variabilidade de sensações e
signifi cados, além de estímulos para alterar as emoções. Assume, por isso, grande
importância no comportamento humano.
14
Mariangela de Moura
Em que pese a importância da presença da luz para proporcionar mudanças
signifi cativas ao bem-estar do homem, buscou-se, por meio do estudo de caso,
utilizar novas concepções em iluminação de escritórios, com uso de novas
tecnologias, para melhoria de condições de conforto dos usuários, durante
a jornada de trabalho, quaisquer que sejam as atividades a serem
realizadas.
O objeto escolhido para o desenvolvimento do estudo de caso, um escritório,
onde funciona uma instituição pública - o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e
Estatística), situado na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
O estudo de caso, em questão, trata de adequar informações, conteúdos e
soluções à proposta inicial, de que os ambientes de trabalho são locais que
exigem atenção e concentração para o bom desempenho de suas atividades.
Nesse contexto, o papel da iluminação é determinante, para qualificar o espaço
de trabalho, contribuir para ordená-lo, em que destaque e valorize elementos,
e melhore o estado psicológico e fisiológico dos indivíduos, aliados à sua
satisfação.
A in uência positiva da iluminação é especialmente cristalizada em projetos
estratégicos, que, estruturados sob um adequado e efi ciente sistema de iluminação,
simultaneamente, levam em conta o ser humano, promovendo seu bem-estar e
conforto visual; fomentam o aumento dos níveis de produtividade; e obedecem aos
princípios de sustentabilidade, na arquitetura, por meio da racionalização no uso de
energia.
15
Mariangela de Moura
Problema
Aponta-se como situação-problema a reforma de um ambiente de trabalho, cujas
instalações encontram-se defasadas, para uma melhor condição de conforto
aos trabalhadores desta instituição, isso, aliado à implementação do nível de
produtividade, e, ainda, na busca de soluções, que fazem parte do projeto elaborado
pela pesquisadora.
O projeto de iluminação proposto, especifi camente, para atendimento de
escritórios do IBGE, pretende corresponder às necessidades e demandas dos
indivíduos (funcionais, técnicas, estéticas, sensoriais e psicológicas), e da
instituição estudada (anseio de mudança e disponibilidade econômico-fi nanceira),
levando-se em conta os conceitos de iluminação no ambiente construído,
e à iluminação de escritórios, quais sejam: funcionalidade, voltada para o
desenvolvimento de atividades laborais, consideração dos aspectos estéticos,
ganhos em efi ciência energética, bem-estar e conforto visual das pessoas.
Objetivos
No contexto deste estudo, foi possível elaborar-se objetivos gerais e específi cos, ao
atendimento do que se propõe esta dissertação.
Dentre os objetivos, destacam-se:
1)
Estabelecer uma revisão de alguns aspectos teóricos, históricos
e técnicos e uma refl exão sobre escritórios e iluminação artifi cial no
ambiente de trabalho.
2) Analisar um projeto existente no oitavo pavimento do IBGE e
propor soluções pertinentes para o projeto de iluminação, em instalações
16
Mariangela de Moura
de escritórios, para fi ns de modernização e melhoria de condições de
trabalho, com vistas a uma melhor produtividade, sob o enfoque do bem-
estar dos indivíduos, com uso de novas tecnologias, quanto aos aspectos:
arquitetônico, e iluminação.
3)
Indicar diretrizes para um projeto de iluminação artifi cial em
escritórios.
Para alcançar o proposto, pretende-se traçar um painel refl exivo sobre os novos
aspectos da ambiência de escritórios, que redimensionaram a abordagem clássica sobre
a iluminação no local de trabalho: a disseminação da informática; a racionalização
do uso de energia, e, a observação dos equipamentos de iluminação e das fontes de
luz, no âmbito dos parâmetros estabelecidos no projeto.
Dentro da visão contemporânea da arquitetura, ecológica e sustentável, a pesquisa
tem como objetivo específi co adequar meios e tecnologias em um projeto de reforma
de escritório.
Para tanto, recorre-se a um estudo de campo, nos escritórios do prédio onde funciona
o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística, no Rio de Janeiro, como base
de uma proposta para um projeto de iluminação, e tecer recomendações para a
iluminação de escritórios.
Método de Trabalho
Para atingir os objetivos descritos no corpo da pesquisa, a metodologia escolhida foi
a da pesquisa bibliográfi ca, para assegurar os conceitos, aqui enunciados, no estudo
sobre a luz, o meio ambiente, e, o que resulta do engajamento homem/meio, seja
este um meio interno ou externo, na presença da luz.
17
Mariangela de Moura
Segundo Lakatos e Marconi (2003, pp. 83 – 174), todas as ciências se caracterizam
pela formulação de métodos científi cos. Para as autoras, o método científi co é o
conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia,
permitem alcançar objetivos, através de conhecimentos válidos e verdadeiros,
traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando nas decisões do
pesquisador.
No entanto, a pesquisa, também se vale de um estudo de caso único (uma forma de
realizar pesquisa empírica), caracterizando-se como uma análise em profundidade,
empreendida em um contexto específi co.
Para tal, um conjunto de instrumentos foram empregados: questionários, observações,
registros fotográfi cos e medições. Importante ressaltar a observação vivenciada ao
longo de 20 anos de trabalho pela pesquisadora no mesmo local
Delimitação do Tema
A abordagem do tema deste estudo é desenvolvida, com base na literatura existente,
no que esta diz respeito aos conteúdos-chave a serem revisados, necessários a uma
correta elaboração conceitual, que permita atingir aos objetivos propostos.
Foi elaborado um estudo de campo sobre a iluminação artifi cial de um ambiente já
construído (os escritórios do IBGE), em que a pesquisa estabelece limites extensionais,
em seu próprio âmbito, e no âmbito da revisão de literatura empregada.
18
Mariangela de Moura
Estrutura do Trabalho
No Capítulo 1, é mostrada a evolução da iluminação na Arquitetura. Como a
iluminação natural e artifi cial infl uenciaram os projetos de Arquitetura. O conceito
de iluminação na Arquitetura de escritórios e, de como o ambiente de escritório é
caracterizado, arquitetonicamente. Neste capítulo, também há um breve histórico
da Arquitetura Coorporativa do Centro do Rio de Janeiro.
No Capítulo 2 são apresentados escritórios construídos, em fi ns do século XX. A
introdução de novos parâmetros, como a informática, no ambiente de trabalho, e,
como isso infl uencia no projeto de iluminação para escritórios. No capítulo, também
está presente a importância do conceito de efi ciência energética, e da racionalização
do uso de energia, com o desenvolvimento de novos equipamentos. As luminárias e
as fontes de luz artifi ciais, utilizadas para um projeto de iluminação em escritório;
suas principais características para um melhor aproveitamento, no desenvolvimento
de um projeto, fazem parte da tecnologia indicada .
O Capítulo 3 demonstra a preocupação com o bem-estar pessoal, conforto ambiental
e conforto visual. A importância da iluminação natural ao conforto, e à visão real
das cores. A iluminação natural e iluminação artifi cial. O conceito de iluminação
para ambientes internos; e o melhor aproveitamento desta, para desenvolver-se um
projeto específi co, em escritórios.
No Capítulo 4, observa-se o sistema de iluminação de um escritório, selecionado para
o estudo de caso (IBGE), atualmente, as características das luminárias e das fontes
de luz utilizadas, bem como, os resultados das medições dos níveis de iluminação
com uso de luxímetro. São avaliadas as observações, feitas pelos usuários deste
escritório, por meio de questionários aplicados, com ênfase no funcionamento do
sistema de iluminação. Apresenta-se proposta para um novo projeto de iluminação,
tendo-se realizado cálculos para a escolha de novas luminárias, e fontes de luz de
maior efi ciência.
19
Mariangela de Moura
No Capítulo 5, com base nos parâmetros adotados e nos resultados propostos, são
feitas recomendações para um projeto de iluminação do escritório-padrão.
As considerações fi nais são apresentadas em relação ao atendimento dos objetivos
do projeto.
Referências Bibliográfi cas
Anexos: ANEXO I Questionários - Aplicados aos servidores; ANEXO II - Formulário do
walkthrough realizado no IBGE; ANEXO III - Cálculos luminotécnicos
20
Mariangela de Moura
CAPÍTULO 1
Luz é o que se vê e nos faz ver”
(Silva)
Explorar a luz foi um feito dos mais relevantes, desde os primeiros estudos de
arquitetura, sobretudo por se poder tirar partido dos diferentes níveis e efeitos da
iluminação, e de sua interferência na coloração dos ambientes.
Desde as mais rudimentares formas de se conseguir a luz, não só relacionada à visão,
propriamente dita, mas, ao conforto, à satisfação pessoal, muitos séculos separam
o momento atual, dessas formas: as fogueiras de gravetos; as tochas; as velas; as
lamparinas; os candelabros, dentre outros, recursos estes criados, pelo homem, para
sua defesa, e para uma visão mais clara de seu habitat.
Como a luz é a primeira e mais importante experiência visual do ser humano, desde os
primórdios a oposição entre luz e trevas tornou-se a primeira antítese fundamental do
homem. Por força desta antítese, ressaltam-se os aspectos positivos da iluminação.
EVOLUÇÃO DA ARQUITETURA E DA ILUMINAÇÃO EM
AMBIENTES DE ESCRITÓRIO
1.1. A Evolução da Iluminação na Arquitetura
21
Mariangela de Moura
“[...] Na natureza existe uma infi nidade de ondas eletromagnéticas
que, dependendo de seu comprimento provocam um fenômeno e são
batizados com determinados nomes (...) dentre essas ondas, cuja
grandeza é defi nida como Nanômetro, existe uma determinada faixa,
que se localiza entre 380 e 780 nanômetros – nm – visível ao olho
humano e que leva o nome de LUZ (...) visível ao olho humano[...]”
(SILVA, 2004, p.20).
Foi a partir da Revolução Industrial que o interior das fábricas passou a ser um
espaço da maior importância, não só para o crescimento econômico, mas, para
um novo conceito de indivíduo, do homo industrialis ; tem-se, um conceito de
Arquitetura, na visão de Del Rio (1998), que, “ [...] a Arquitetura se revela como
um dos elementos mais importantes para o projeto industrial e é inserida no estudo
sistemático que se inicia no planejamento[...]”; e, ainda, que, “[...] a visão de
conforto, em respeito ao trabalhador e de sua integração aos sistemas ecológicos, e
estabelecer interações de duas áreas que se tem ocupado com o objeto em questão
- Engenharia de Produção e Arquitetura [...](DEL RIO,V, 1998, p.16 ).
Das construções de pequeno porte, como casas, escolas, lojas, de um só pavimento,
o crescimento de tecnologias, a partir da década de 40, século XX, é que se iniciou
a construção de edifi cações, com vários pavimentos; os arranha-céus; os prédios de
apartamentos, substituindo as casas; a preocupação com o formato de janelas, para
melhor aproveitamento da luz natural.
A iluminação adequada a ambientes de trabalho tem sido objeto de estudo, em
arquitetura, nos dias atuais, na medida em que o espaço deve abranger as funções de
produtividade e de bem-estar, e que possam suscitar o crescimento comportamental
22
Mariangela de Moura
do indivíduo, como um ser único, em que se integre no trinômio físico/psíquico/
espiritual.
Tal abordagem consta de um estudo realizado por Beatriz Santos de Oliveira (2002),
sobre a Arquitetura por via fenomenológica:
“[....] uma aproximação à Arquitetura pela via fenomenológica,
interrogando-a para compreender o que ela é (...) a instauração de
uma espacialidade no mundo por um corpo polarizado por suas tarefas
(...) uma operação primária que se realiza inaugurando uma ordem (...)
uma atividade no sentido originário de uma atividade transformadora
”[...]”. (OLIVEIRA, 2002, pp.135-142).
Prado (2000 apud Souza, 1961) informa que a boa iluminação oferece uma diversidade
de benefícios e vantagens: fi siológicos, porque facilita a visão, suavizando o
trabalho e diminuindo a fadiga; técnicos, porque possibilita a execução de tarefas
com precisão, aumentando a produção; estéticos, ao embelezar a aparência dos
objetos e das formas; e psicológicos, pois determina a sensação de bem-estar e
segurança.
Uma boa iluminação resulta do acertado agenciamento da luz, feito
de maneira a proporcionar uma aparência correta do objeto exposto
ao nosso olhar, permitindo-nos reconhecê-lo ou identifi cá-lo. Uma
iluminação defi ciente, ao contrário, é aquela que falseia formas, os
contornos e as cores do objeto que vemos, desfi gurando-o ou tornando
difícil identifi cá-lo. (PRADO, 2000, apud SOUZA, 1961, p.4).
23
Mariangela de Moura
Para a arquitetura, enquanto arte e técnica de realização de obras como produtos
sociais, específi cos para cada sociedade, foi reservada a elaboração de projetos de
iluminação que buscassem o melhor aproveitamento da luz.
Ambas seriam determinantes para a delimitação de territórios e defi nição de espaços,
bem como para a privacidade, identidade e proteção do ser humano.
Isso se explica, segundo Malard (1993), porque homem e espaço são existencialmente
conectados, constituindo um corpo indivisível; o homem, na condição de ‘ser no
mundo’, tem uma existência espacial.
Nesse sentido, o espaço, como locus da ação humana e, por conseguinte, de
acontecimentos, é um espaço essencialmente arquitetural e ambientalmente
construído, eis que vivenciado no cotidiano e dotado de todos os signifi cados que
a existência humana possui. Os espaços arquitetônicos seriam, então, espaços
signifi cativos por natureza. Malard explica:
A gênesis da arquitetura, sua razão de ser, decorre da espacialidade
inerente ao ser humano. Todas as ações humanas ocorrem no espaço.
Homem e espaço são entidades indissociáveis no mundo, conforme nos
ensina Heidegger. O espaço pertence à essência do ser e incorpora
todas as necessidades, expectativas e desejos que fazem parte da
existência humana. Entender essa relação entre existência e espaço
é fundamental para a compreensão do espaço arquitetônico, pois, na
sua lida no mundo, o sujeito/corpo faz acontecer o evento e produz o
lugar. O processo de criar e modifi car lugares para propósitos sociais
é dinâmico e dialético. As formas arquitetônicas são moldadas na
experiência vivida do espaço e do tempo. (MALARD, 1993, pp 352-
380).
24
Mariangela de Moura
Historicamente, desde o início da civilização, a luz natural, aquela decorrente da
disponibilidade da luz na natureza durante o dia, foi relevante para a compreensão
das necessidades humanas, tendo sido uma condição fundamental para a evolução
das edifi cações.
Na Mesopotâmia, a iluminação dos templos era feita por aberturas zenitais ou por
amplas portas, e, ainda, pelas cúpulas, que, em Roma, atingiriam sua maior expressão.
No antigo Egito, os blocos de pedra utilizados para a construção dos templos, de
caráter monumental, eram perfurados para introduzir e fi ltrar a iluminação natural
em seu interior.
Na Grécia, onde já se privilegiava a luz solar da manhã, a iluminação do interior dos
templos era controlada pela defi nição dos espaços entre colunas, que fi ltravam a
incidência luminosa. E na Roma Antiga, a iluminação interior dos grandes monumentos
era feita através das cúpulas, cujo efeito era o refl exo da luz difusa nas paredes.
(PEREIRA, 2006, pp. 1-3).
Até a descoberta da luz elétrica, à noite, as edifi cações eram iluminadas por luz
artifi cial, através da utilização de óleos, azeite e do fogo (em tochas, velas apoiadas
em lucernas de pedra ou cerâmica, castiçais e candelabros e lampiões a gás e
querosene). (BONALI, 2001).
Mascaró (2006) comenta que, na Idade Média, as casas comuns eram mal iluminadas,
servindo-se de pouca ou nenhuma iluminação natural. Já na fase mais avançada
dessa época, meados do século XIII, a arquitetura exploraria signifi cativamente a
luminosidade natural, sobretudo nos castelos, abadias, mosteiros e igrejas, cujas
características de edifi cação são consideradas espetaculares pela autora.
25
Mariangela de Moura
Com a ascensão da Igreja Católica e conseqüente proliferação de catedrais, as
edifi cações integrariam imensas e numerosas janelas de mosaicos coloridos com o
uso da iluminação natural e do tratamento dado ao espaço, como refl exo dos estilos
românico e gótico.
Na Renascença européia, a arquitetura buscou suas características na antiguidade
clássica: grandes conjuntos construtivos, seguindo as regras do classicismo, impondo
a hierarquia dos eixos.
No âmbito da projeção da iluminação renascentista, Mascaró (op. cit., s/p) cita as
construções que abriram seus principais aposentos ao sol, com amplas janelas de
vidros transparentes e incolores que permitiam a passagem da luz natural para seu
interior. Os espaços internos eram mais amplos e mais claros nesta época, fazendo
com que a iluminação fosse abundante e tendesse para a homogeneidade.
Com a Revolução Industrial e o surgimento de zonas industriais que se proliferam
pelas cidades, um novo tipo de edifi cação se vislumbra para atender especifi camente
às necessidades de uma produção acelerada no interior das fábricas, como já foi dito
no início do capítulo.
Pevsner comenta que os avanços técnicos da indústria trouxeram a emergência
de uma arquitetura tecnicista, marcada pela utilização de novos materiais e por
construções em ferro e metais variados. A aceitação da tecnologia signifi caria, de
acordo com o autor, “[...] o colapso dos valores estéticos” até então vigentes. [...]”.
(PEVSNER,2001, p.192).
Com o uso de grandes esquadrias metálicas, os edifícios industriais promoveriam
melhor a iluminação lateral (iluminação distribuída longitudinalmente às linhas de
26
Mariangela de Moura
produção), resultando espaços claros, de melhor qualidade de iluminação natural
em seu interior. Não obstante, a iluminação artifi cial nesta época, em geral, é
considerada pobre, eis que proveniente da iluminação a gás e a querosene.
O fi nal do século XIX veria nascer a iluminação artifi cial generalizada pelo uso
da eletricidade. O efeito da invenção da lâmpada elétrica sobre as edifi cações
revolucionaria os padrões até então adotados, possibilitando a conciliação de sistemas
de luz natural e artifi cial.
Do racionalismo da sociedade industrial, se faria surgir uma arquitetura
eminentemente urbana, conhecida como ‘arquitetura moderna’, ‘modernista’,
ou, ainda, ‘international style’, sua face cultural, cuja fi nalidade arquitetônica
foi integrar as duas partes nas quais se dividiu: a edifi cação propriamente dita e
aquela referente aos materiais de construção, gerando novos aspectos tecnológicos
e estéticos.
Medrano (2006) explica que, a arquitetura ‘revolucionária’ dos primórdios do
movimento modernista, por negar referências históricas, buscou valorizar a
necessidade do progresso do homem e acompanhar a evolução do capitalismo,
sendo compreendida “[...]como resultado das transformações das idéias e não como
evolução das formas ou das técnicas [...]”. (MEDRANO, 2006, s/p).
O projeto moderno, indissociável da proposta de formação de uma nova sociedade,
teria enfoque no funcionalismo (do qual a forma, projetada com autonomia, era
considerada mera decorrência) como princípio estético predominante na primeira
metade do século.
27
Mariangela de Moura
Em 1871, um grande incêndio praticamente destruiria Chicago. Na reconstrução
da cidade norte-americana, novas técnicas construtivas foram utilizadas, com
grande amplitude do ferro e do aço no padrão estrutural dos prédios, propiciando o
desenvolvimento da construção em altura, os arranha-céus.
1
De acordo com Medrano
(2006), o ferro e o aço, materiais originalmente utilizados nas fábricas, serviram para
minimizar riscos de incêndio e eram, então, de “relativa abundância nos Estados
Unidos”.
Por tal inovação e arrojo arquitetônico, sobretudo nos arranha-céus comerciais e
de escritórios, os projetistas da reconstrução da cidade seriam reconhecidos como
a Escola de Chicago, vindo a exercer grande infl uência em futuras edifi cações nos
Estados Unidos e Europa.
Para Pevsner (op cit, pp. 38 – 149),
A importância da Escola de Chicago é tripla. Encara-se, com
mente aberta, a tarefa de construir edifícios comerciais, e
encontra-se a melhor solução em termos funcionais. Surgiu
uma técnica de construção não-tradicional para preencher as
necessidades do trabalho, e ela foi imediatamente aceita.
A inovação material nas estruturas das edifi cações e a concepção espacial e territorial
como unidades de análise da Escola de Chicago propiciaram um novo tratamento
de iluminação. Por exemplo, a idéia de planta-livre alteraria a divisão interna das
edifi cações fazendo surgir grandes espaços onde a luz natural passou a se projetar
com maior incidência.
1
É de se destacar que, após a instalação do primeiro elevador em um prédio de Nova York em 1864, o Haughwout Department
Store, em meados do século XIX, multiplicaram-se as construções de edifícios com mais de oito andares nas grandes cidades
norte-americanas. A este evento somou-se o emprego de estruturas prediais de ferro e aço pelos arquitetos da Escola de
Chicago, que fi zeram surgir arranha-céus de 10 a 20 andares, com maior resistência à força dos ventos e menor risco de
incêndios. In Enciclopédia Britânica. CD-ROM, 1999.
28
Mariangela de Moura
O Larkin Building, construído entre 1902 e 1906 para abrigar a Larkin Soap
Manufacturing Company, é um exemplo do tratamento de luz desenvolvido por
Wright:
FIGURA 1 – Larkin Building, Buffalo,
NY, Frank Lloyd Wright, 1906
FONTE: PUBLIC BROADCASTING
SERVICE – PBS, 2007.
O tratamento das fachadas prediais, também contribuiria para maior incidência de
luz natural no interior dos prédios, em que, Schittich (2001, pp. 10 – 33) informa que a
mudança na concepção das fachadas externas dos prédios alterou aspectos estéticos,
de proteção e de temperatura, tornando-as mais valorizadas. Nesse sentido, como
uma parte integrante do edifício, passaram a ser projetadas com maior acuidade.
Esse novo olhar sobre a parte externa das edifi cações propiciaria a abertura de
janelas maiores e mais largas, cuja origem é criação da Escola de Chicago, ‘the
Chicago window’. Segundo o autor, utilizou-se o vidro como uma ‘pele’, a separar
o interior da parte externa; a área de abertura desta ‘pele’ variava, de acordo com
as condições externas e o controle de temperatura ambiente; e da menor ou maior
29
Mariangela de Moura
incidência de iluminação natural. Inicialmente adotadas em armazéns e fábricas, onde
não havia grande preocupação estética, tais janelas foram usadas paulatinamente
em edifícios comerciais, divididas em duas ou três partes. A gura abaixo ilustra uma
janela tripartite, consistindo em um painel central fi xo, fl anqueado por duas janelas
laterais menores.
Quanto aos arranha-céus, William le Baron Jenney foi o primeiro arquiteto a construí-
los. Em 1885, projetou em Chicago o Home Insurance Company Building, um edifício
comercial de 10 andares com estrutura interna sustentada por colunas de ferro
fundido e vigas de aço.
Louis Sullivan, um dos primeiros teóricos do funcionalismo (“a forma segue a função”),
ampliaria o uso de ferro e vidro nos edifícios comerciais. O Carson, Pirie, Scott &
Company Building, um armazém construído entre 1899 e 1906, resultaria um prédio
ainda mais leve e transparente, com amplas janelas que marcam o ritmo da fachada
na esquina arredondada. (SCHITTICH, op cit, pp. 46 – 71).
FIGURA 2 – Janela Criada pela Escola de Chicago
FONTE: ESSENCIAL ARCHITECTURE, 2007.
30
Mariangela de Moura
Gorgulho (1998, p. 45) comenta que no concurso de projetos arquitetônicos para
a construção do edifício que viria abrigar a Chicago Tribune, em 1922, Gropius
(juntamente com Adolf Meyer) evidenciou a comunhão entre suas concepções e as da
Escola de Chicago. As principais características e soluções da escola norte-americana
estavam presentes neste projeto: a ênfase na função; a mesma malha estrutural;
linhas exteriores leves e perfeitamente traçadas; e as famosas janelas de Chicago,
com painel de cristal fi xo e estreitas janelas para ventilação lateral.
Szabo (1998, pp. 100 – 101) analisa que Gropius desde sempre concebeu os espaços
com o máximo de luz, sol e ar; suas janelas eram panos de vidro para garantir a
entrada da luz.
As fi guras abaixo ilustram:
FONTE: BRITANNICA, 2007. FONTE: SCHITTICH, 2001.
Figura 3
Home Insurance Company Building
Figura 4
Carson, Pirie, Scot & Company Building
31
Mariangela de Moura
Voltado para a objetividade da construção, na organização geral dos espaços, o
alemão Mies van der Rohe foi bastante infl uenciado pela arquitetura holandesa (na
busca pelo equilíbrio das superfícies planas); pelo contato com o arquiteto e designer
alemão Peter Behrens (no apurado emprego de novos materiais); e por outro contato
importante, com Frank Lloyd Wright, em 1910, do qual assimilaria a noção de planta
livre. (GORGULHO, op cit, pp. 47 – 48).
Segundo Gorgulho (op cit, p. 49), Mies se tornaria projetista de arranha-céus com
estrutura em aço ou concreto armado fechados por paredes de vidro (para evidenciar
o ritmo dos andares sobrepostos e não esconder o sistema estrutural), focando
seu trabalho essencialmente na idéia da defi nição de largos ‘espaços universais’.
Estas seriam as características mais importantes de seu trabalho nessa nova fase,
considerada de maturidade criativa e quase resultante natural da progressão do
estilo da Escola de Chicago.
FONTE: ARGAN, 2005.
FIGURA 5 – Projeto da Chicago Tribune,
Walter Gropius, 1922
32
Mariangela de Moura
Os arranha-céus manifestam sua enérgica estrutura durante
a construção: só então seu gigantesco tronco de aço é
expressivo. Quando as paredes são levantadas, o sistema
estrutural, que está na base da composição, fi ca escondido
por trás de um caos de formas insignifi cantes e triviais.
(Mies
van der Rohe In BENEVOLO, 2001, p. 436).
De acordo com Blaser (2001, p. 139 – 140),
o Seagram Building, situado em Nova York
e construído entre 1954 e 1958, é o mais
representativo dos projetos de arranha-céus
de Mies van der Rohe. Para projetá-lo, o
arquiteto desenvolveu ensaios desde os anos
20 sobre a refl exão da luz, com maquetes de
vidro, a fi m de testar o jogo de refl exos na
verdadeira fachada-cortina que projetou.
Além disso, examinou possibilidades
técnicas e de materiais mais adequadas
para uso racionalizado. No Seagram,
Rohe não utilizou componentes metálicos
estandardizados, mas componentes em
bronze especialmente desenhados. Desta
forma, permitiu a criação de janelas sem
qualquer interrupção entre o pavimento e
o teto, sem divisões horizontais, marcando,
assim, a verticalidade da fachada.
FIGURA 6 – Seagram Building, Mies
van der Rohe, 1958
FONTE: BACHMANN et all, 2001.
Le Corbusier tiraria partido de todas as possibilidades do jogo de luz e sombras,
conectando interior e exterior; separando interior de exterior; unifi cando espaços ou
diferenciando-os; conectando ou separando espaços internos, sempre, com ritmo e
movimento constantes.
33
Mariangela de Moura
Nesse sentido, Jorge (1995, p.121-136.) considera que Le Corbusier foi o principal
criador da janela do século XX, já que a valorizou como material de projeto e um
de seus elementos essenciais. Mais do que isso, foi um artista que privilegiou a
otimização e a racionalização da distribuição da luz, obtendo economia de energia e
de espaço, dados os efeitos da sensação de amplidão. “[...] Le Corbusier transforma
a janela num ato de luz [...]”.( JORGE, pp.121-136).
1.2. Arquitetura de Escritórios
A necessidade de integração da iluminação no projeto arquitetônico, como um dos
parâmetros do espaço construído, faz destacar dois fatores fundamentais, nesse
sentido: a quantidade e a qualidade da iluminação e sua relação com particularidades
locais do ambiente a ser construído; com a percepção visual; a adequação e a
efi ciência da luz; a satisfação estética; o conforto e a satisfação do usuário.
A considerar estes aspectos, é de se conceber que a boa iluminação resultará do
equilíbrio entre a qualidade e a quantidade da luz. De acordo com Feldman e
Gonçalves (2004, p. 42), o bom projeto de iluminação é aquele que contempla mais
amplamente o ser humano, atendendo tanto aos requisitos básicos de iluminação
quanto às diversas questões objetivas e subjetivas que envolvem o bem-estar do
homem: “[...] uma mistura em doses apropriadas entre ciência e arte [...]”.(
FELDMAN & GONÇALVES, 2004, p.42).
A Revolução Industrial, acirrando este processo, inseriu o homem no ambiente de
trabalho, por meio de um sistema de produção de bens em massa, com a introdução
das máquinas no interior das fábricas e indústrias; amplia-se a jornada de trabalho,
e, em curto espaço de tempo, o homem passa a maior parte das horas de seu dia
neste ambiente.
34
Mariangela de Moura
Segundo Braverman (1981, pp. 249 – 254), em fi ns do século XIX, as companhias
estenderiam a organização do trabalho para ambientes burocráticos, os escritórios.
Neles, outro tipo de trabalho seria operado, diferente daquele desenvolvido no interior
das fábricas -, o gerenciamento operacional, voltado para o controle de índices de
produtividade. O desenvolvimento do capitalismo e as mudanças nos processos de
produção fariam surgir modelos conceituais de administração organizacional, tanto
no chão de fábrica, quanto no escritório, estabelecendo métodos e diretrizes.
Todavia, em um período mais recente da história (no pós-guerra, em meados do
século XX), o trabalho e o meio ambiente do trabalho tornar-se-iam objeto de uma
diversidade de estudos multidisciplinares, no âmbito do debate sobre a qualidade
de vida. No contexto de temas como ‘direitos universais do homem’ e ‘direitos
humanos’, os Estados democráticos de direito se comprometeriam com a proteção
ao trabalhador e a situação do meio ambiente de trabalho, através de suas próprias
Constituições e do estabelecimento de Tratados e Convenções, em nível internacional
com outros países.
Assim é que, contemporaneamente, do ponto de vista jurídico, o ambiente do
trabalho, embora seja considerado meio ambiente artifi cial, recebe tratamento
distinto e relevante, na maioria das legislações ocidentais, porque está intimamente
ligado com a saúde e a segurança do trabalhador. (MALARMÉ, 2001, pp. 82 – 85).
Na prática empresarial, segundo De Masi (2000, pp. 17 – 36), esta concepção se
refl etiria na preocupação cada vez maior, por parte dos empregadores, com as
condições gerais de trabalho, ainda que abordada do ponto de vista econômico, em
função do reconhecimento de que um indivíduo saudável tende a ser mais produtivo.
Para o autor, tal preocupação provocou mudanças signifi cativas na maneira como as
organizações estabelecem relações de trabalho com os empregados, trazendo ao
debate conceitos relativos à saúde e segurança, produtividade e desempenho.
35
Mariangela de Moura
Destas considerações, evidencia-se, não apenas, a importância do ambiente de
trabalho na qualidade de vida do trabalhador, mas a necessidade de adaptá-lo ao ser
humano (e não o contrário), de modo a criar um espaço que lhe seja favorável para
a realização de suas tarefas.
A intervenção da arquitetura, nesse sentido, recai sobre o aspecto físico do espaço de
trabalho. Ao considerá-lo, abordam-se questões relativas à salubridade e ao conforto,
e, por extensão, a aspectos que contemplam as esferas psicológicas e sociais. Dentre
os diferentes fatores ambientais, que interagem com o trabalho, o que interessa
particularmente é o conjunto de aspectos referentes à iluminação.
Apenas nas primeiras décadas do século XX, a iluminação no ambiente de trabalho foi
objeto de um estudo teórico, organizado, em que Chiavenato (2004, pp. 181 – 185),
relata que, um grupo de cientistas sociais da Universidade de Harvard, liderados por
Elton Mayo, elaborou um estudo sobre a melhoria de condições deste ambiente, em
defesa do bem-estar dos trabalhadores.
Ao defender um modelo humanista, em contraposição aos modelos de Taylor e Fayol,
2
o grupo pesquisou as relações humanas e aspectos psicológicos e sociológicos do
ambiente de trabalho, realizando, em 1924, uma pesquisa pioneira nesse sentido, no
interior da Western Electric de Hawthorne, fábrica localizada em Chicago, conhecida
como ‘a experiência de Hawthorne’.
O objetivo inicial de tal experimento foi avaliar a forma como a iluminação do ambiente
de trabalho pesquisado se processava
. Pensava-se que, quanto mais iluminação, maior
2
De acordo com Chiavenato, Frederic Winslow Taylor e Henri Fayol foram os teóricos que introduziram respectivamente
a abordagem cientifi cista e a abordagem clássica da administração de empresas. Com eles, surgiram os conceitos de
planejamento, desenvolvimento e organização; maximização de resultados; racionalidade; supervisão; padronização;
nalidade econômica da empresa; modelos hierárquicos rígidos; e visão restrita da natureza humana no trabalho. In
Chiavenato (2004).
36
Mariangela de Moura
e melhor seria o rendimento do trabalhador. Sob tal premissa, a pesquisa frustrou-se,
muito embora tenha introduzido nas teorias da administração conceitos importantes,
que fariam surgir a Escola das Relações Humanas. (CHIAVENATO, op. cit., p. 187).
Um deles, sobre a motivação para o trabalho, encontraria, em estudos posteriores,
intercessão com a questão da qualidade da luz e sua infl uência no estado de ânimo
do usuário, conforme atestam Fonseca et al. (In Rio et al., 2002), para quem a
luminosidade adequada pode impactar positivamente para o bem-estar e o estado
emocional das pessoas. “[...] O projeto de iluminação será muito mais efi ciente ao
levar em conta os aspectos subjetivos, além dos físicos, principalmente em espaços
onde o desempenho e a satisfação do usuário são fatores fundamentais [...]”.( In RIO
et al., 2002, pp.183-188).
Dufy (1997, p. 25 apud Abrantes, 2005, p. 22) comenta que o processo, segundo
o qual a construção e os ambientes internos de escritórios são concebidos, pouco
se modifi cou, desde o lay-out introduzido no início do século XX, situação que
permaneceria estável, até o fi m da Segunda Guerra Mundial.
Veronezi (2004) explica que a partir desta época, a conceituação moderna de edifícios
de escritórios se transformou:
A visão inicial de edifício de escritórios como sendo apenas a estrutura
física de suporte foi substituída pelo conceito de edifício de escritórios
como sendo o ambiente adequado ao desenvolvimento dos negócios e
parte integrante destes. Sob esse enfoque é necessário que tais edifícios
acompanhem as evoluções tecnológicas, de materiais construtivos, de
conceitos arquitetônicos e de estruturas organizacionais do trabalho,
bem como os centros de negócios dentro da malha urbana, para que
possam atender da melhor forma seus ocupantes. (VERONEZI,2004,
p.5).
A evolução arquitetônica dos edifícios de escritórios focaria, então, o aumento da
competitividade econômica e o atendimento às legislações e às novas necessidades
37
Mariangela de Moura
a que se apresentaram no decorrer dos anos. Ainda que pautada por certos aspectos
arquiteturais, e convencional e uniformizada, em quase todos os países e regiões, esse
tipo de edifi cação passaria a apresentar uma qualidade estética e uma qualidade interna
diferenciadas, com ênfase na funcionalidade e na operacionalidade do trabalho.
Dos Estados Unidos, especifi camente de Manhattan, Nova York, muitos são os
exemplos da arquitetura moderna. produzida em meados do século XX. O boom de
arranha-céus de escritórios, ocorrido a partir dos anos 50, e, em grande parte, devido
a uma crescente viabilidade em termos de custo-benefício, atenderia a uma nova
demanda por espaços mais sofi sticados, resultante da complexidade de trabalho das
companhias de tecnologia eletrônica, que, então, proliferavam.
FONTE: GREATBULDINGS, 2007.
FIGURA 7 – Lever House,
Gordon Bunshaft, 1952
Nesse sentido, Stern et al. (1995, pp. 73-
94) afi rmam que o Lever House, na Park
Avenue, projetado por Gordon Bunshaft,
pode ser considerado um ícone, ao
anunciar formalmente a transformação
que a arquitetura corporativa norte-
americana viria a sofrer.
Sobretudo, a partir dos anos 60 (século
XX), a cidade de Nova York seria o cenário
desta signifi cativa mudança na evolução da
arquitetura corporativa dos Estados Unidos,
que se deslocou do modelo classicista
para um “[...]urbanismo modernista
virtualmente legislado [...]”, através
dos códigos de zoneamento que ali se
aplicaram. (STERN et al., op. cit., p. 134).
38
Mariangela de Moura
Simultaneamente, apesar de uma cultura refratária ao estilo norte-americano de
edifi cação para escritórios, a arquitetura européia desta mesma época apresenta
para tal tipologia, embora, pontualmente, características semelhantes às do modelo
pragmático de arranha-céus, nascido e desenvolvido na efervescência econômica dos
Estados Unidos.
FIGURA 8 – Edifício Pirelli,
Giò Ponti, 1960
FONTE: SERAPIÃO, 2005.
O edifício Pirelli, construído em Milão, pelo
arquiteto italiano, Giò Ponti, em 1960, é um
arranha-céu de concreto armado que abrigou os
escritórios da famosa companhia. Num projeto
considerado pós-Escola de Chicago, Ponti
contrariou a tipologia européia de edifi cações,
e, em um prédio de 30 andares, concebeu uma
arquitetura quase estrutural, composta por duas
peças triangulares, de cada lado, que também
funcionam para contraventamento. (SERAPIÃO,
op. cit.).
Em relação à evolução da edifi cação de escritórios,
em Nova York, destaca-se a contribuição, de
Walter Gropius e Pietro Belluschi, para esta tipologia, no projeto do edifício
sede da Pan-Am, também na Park Avenue, empresa aérea norte-americana, cuja
construção foi fi nalizada no ano de 1963.
Com 59 andares, o Pan Am Building é considerado um projeto de design, baseado
em um protótipo não realizado, de Le Corbusier, para edifi cações administrativas
de Argel, capital da Argélia, e, também relacionado às, então, recentes
inovações tecnológicas, trazidas por Giò Ponti, no prédio da Pirelli. (STERN et al.,
op. cit., p. 288).
39
Mariangela de Moura
Para Zein (1987, p. 56), um dos princípios básicos da modernidade arquitetônica
é a sua pretensão à universalidade, principalmente com relação à utilização da
tecnologia, a fi m de atingir uma economia de escala, e a racionalização da produção,
através da estandardização. Esta universalidade pode ser observada pela evolução da
construção de edifícios corporativos, constatando-se que, não obstante a introdução
de um novo tratamento do espaço interno, necessário a tal tipologia, os prédios de
escritório seguiriam o padrão de arquitetura do ‘international style’.
Em relação ao binômio iluminação interior/climatização, os projetistas norte-
americanos aceitariam um desafi o nesse sentido, criando um fechamento que
fornecesse luminosidade e condições térmicas, sufi cientes para o bom desempenho
de tarefas laborais. Daí o uso extensivo dos vidros nas fachadas (glass curtain wall),
adequados em cor e espessura, para o contexto dos países do hemisfério Norte, de
clima temperado.
Tais concepções para edifícios de escritórios seriam generalizadas mundialmente. No
Brasil, a infl uência do international style e, sobretudo, de Le Corbusier, serviriam
de ponto de partida para o surgimento de uma vertente, considerada diferenciada
do modernismo, sendo fundamental na revelação de grandes nomes da arquitetura
nacional.
FONTE: STERN et all, 1995.
FIGURA 9 – The Pan Am Building,
Gropius e Belluschi, 1963
FONTE: STERN et all, 1995.
FIGURA 10 – The Pan Am Building,
Gropius e Belluschi, 1963
40
Mariangela de Moura
1.3. Histórico da Arquitetura Corporativa do Centro do
Rio de Janeiro
Cavalcanti (2006, pp. 17 – 31) comenta que, no início do século XX, o campo construtivo
brasileiro, especialmente em suas maiores capitais – Rio de Janeiro e São Paulo
-, cresceu de tal forma, que se tornou objeto de maior empenho dos arquitetos,
estabelecendo-se regras para o seu funcionamento.
Foi no fi nal do século XIX, por volta de 1870, que a cidade do Rio de Janeiro começou
a se transformar, em razão da investida de engenheiros, “[...]especialistas do “olhar
competente”[...] referência pioneira à modernidade do país [...] (que) tentaram
promover um movimento de reforma intelectual e moral na sociedade.[...]” (
RHEINGANTZ apud CARVALHO, 1994: 86-90).
No Rio de Janeiro, a abertura da Avenida Central, em 1903 (hoje Avenida Rio Branco),
promovida pelo prefeito Pereira Passos, representou o marco inicial das profundas
mudanças urbanísticas que ocorreriam na cidade, reforçadas por parte das obras
concebidas no Plano Diretor, de Alfred Agache, entre 1925 e 1930.
Na década de 30 (século XX), o governo Vargas inicia um programa de construção
de grandes prédios públicos, destinados a centralizar as diferentes repartições de
cada departamento do Estado brasileiro que, não apenas se distinguisse do “mercado
de obras públicas” construídas na República Velha (restrito a teatros, bibliotecas e
palácios), mas, que evidenciasse uma atuação arquitetônico-urbanística exemplar na
capital do Brasil.
Assim, seriam construídos vários Ministérios e prédios de escritórios, que abrigariam
diferentes entidades governamentais, ou privadas, muitos deles erguidos na recém-
criada Esplanada do Castelo, a maior área urbana, criada à época, no Rio de
Janeiro.
41
Mariangela de Moura
Projetado pelo arquiteto Lúcio Costa e sua equipe (formada por Oscar Niemeyer,
Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernani Vasconcellos,
arquitetos modernistas do Brasil), com a colaboração de Le Corbusier, a sede do
Ministério da Educação, Cultura e Saúde Pública, o atual Palácio Gustavo Capanema, é
considerado o marco fundamental da arquitetura moderna brasileira, pois, representou
a primeira realização brasileira, em grande escala, e em nível internacional.
Concluído em 1944, o prédio foi o marco inicial da nova concepção arquitetônica,
nos moldes de Le Corbusier, na cidade do Rio de Janeiro
, desde a sua concepção
volumétrica e espacial até seus detalhes. O conjunto de edifi cações, construídas
em centro de terreno, compõem-se basicamente de três corpos inter-relacionados
(administrativo, auditório e salão de exposições), entremeados por áreas livres e
jardins, como solução de integração, entre arquitetura e espaço urbano, pois, com a
ocupação restrita do solo, o térreo tornou-se uma esplanada aberta.
O bloco principal, de 14 pavimentos sobre pilotis de dez metros de altura (pé direito
duplo), tem salas dispostas de ambos os lados de um corredor central. De acordo
com Bruand (2003, p. 52), a procura de uma fl exibilidade interna, que permitisse
modifi cações posteriores em todos os níveis, levou à supressão das paredes, que
foram substituídas por divisórias de meia altura. Com esta solução, e a disposição
de uma circulação central e ocupação nas duas laterais, resolveu-se a questão da
ventilação, eliminando-se o uso de ar condicionado.
Para se obter um melhor aproveitamento da luz natural e, simultaneamente,
precaver-se do excesso de luz, o bloco recebeu tratamento diferenciado nas duas
fachadas, de acordo com a incidência do sol: ao lado norte, brise-soleil móveis
horizontais, estruturados em placas fi xas verticais; ao lado sul, um grande pano de
vidro. (SEGAWA, 2002, pp. 84 – 117).
42
Mariangela de Moura
Rheingantz (1995) chama a atenção, “[...] para o envidraçamento desvairado que
predomina na arquitetura de dentro, produz duras seqüelas: torna os edifícios
indefesos contra a radiação, mesmo quando utilizado o vidro espelhado (que,
na melhor das hipóteses, deixa passar 46% da radiação incidente), e aprisiona o
calor produzido pelo efeito estufa – que faz com que o vidro seja transparente à
penetração da radiação solar e opaco à radiação larga ( infravermelha) – no interior
dos edifícios[...]”. (RHEINGANTZ, 1995, pp.28-29).
Segre (2003), diz que, embora poucos historiadores reconheçam que este foi o
primeiro modelo de prédio alto de escritórios, com fachada curtain wall, construído
no mundo. Tal importância e ineditismo seriam confi rmados pelo próprio Lúcio Costa,
em 1992, quando, em entrevista, declarou a importância do Ministério, “[...] porque
foi construído numa época em que, nos Estados Unidos, não havia nenhum prédio
assim, com a fachada envidraçada [...]”. ( SEGRE, 2003, s/p).
Com efeito, conforme observado, anteriormente, o Lever House, primeiro edifício de
escritórios em curtain wall ,de Nova York, foi construído, apenas, em 1953. (SEGRE
apud OLIVEIRA, 1992, s/p).
As fi guras abaixo ilustram:
FIGURA 11 - MES, Lúcio Costa, 1944
ILUMINAÇÃO INTERIOR
FONTE: KON, 2007.
FIGURA 12 - MES, Lúcio Costa, 1944
FACHADA SUL,
FONTE: KON, 2007.
FIGURA 13 - MES, Lúcio Costa, 1944
PILOTIS,
FONTE: KON, 2007.
FIGURA 14 - MES, Lúcio Costa, 1944
FACHADA NORTE
VITRUVIUS, 2007.
43
Mariangela de Moura
Outros projetos de edifi cação corporativa seriam erguidos, no Rio de Janeiro, na
mesma linha funcional, e com as mesmas infl uências teóricas. A sede do IPASE, Instituto
de Pensão e Aposentadoria dos Servidores do Estado (1933), projetada pelo arquiteto
Paulo Antunes Ribeiro, é considerado o primeiro prédio moderno de escritórios no
centro da cidade. Segundo Segre (2004), o prédio possuía uma volumetria limpa,
com duas fachadas principais que se caracterizavam pelas faixas contínuas – opacas
e de vidro, “[...] tipologia assumida dos exemplos alemães, de Mies Van der Rohe e
Mendelsohn [...]”.(SEGRE, 2004, s/p).
Após três anos de obras, em 1938, o prédio-sede da Associação Brasileira de Imprensa
ABI, projetado pelos irmãos, Marcelo e Milton Roberto, era concluído, e ocupou uma
quadra inteira, no centro da cidade. Tendo a unidade, como principal característica
de suas soluções plásticas e estruturais, o edifício é tido por alguns estudiosos, como
o primeiro arranha-céu modernista do mundo, e o exemplar, que marca o pioneirismo
dos Roberto, na arquitetura modernista do Brasil. Para Cavalcanti (2001), p. 78),
“[...]embora o Palácio Gustavo Capanema seja considerado um marco da arquitetura
moderna, é preciso lembrar que o prédio da ABI foi erguido seis anos antes [...]”.(
CAVALCANTI, 2001, p.78).
De estrutura independente e volume austero, com teto-jardim, fachada livre,
planta livre e pilotis, no prédio, usou-se no Brasil a solução de Le Corbusier, para o
excesso de luz, os brise-soleils, de concreto na fachada. Mas Cavalcanti (op. cit.,
p. 82) comenta que, no caso do prédio da ABI, tal recurso também funcionou, como
uma espécie de corredor térmico, “[...] no qual os autores do projeto conseguiram
aumentar ou diminuir a temperatura interna em até quatro graus em relação à
temperatura externa “[...]” . (CAVALCANTI, op. cit., p.82).
44
Mariangela de Moura
A partir do prédio da ABI, os irmãos Roberto (já incluído Maurício), teriam uma
participação defi nitiva na consolidação de exemplares modernistas, no centro do Rio,
e projetaram vários prédios de escritórios na cidade. Entre 1938 e 44, surgiriam as
sedes, do Instituto dos Industriários (1938-40); da Liga Brasileira contra a Tuberculose
(1937-44); e, do Instituto de Resseguros do Brasil (1941-44), na Esplanada do Castelo,
respectivamente ilustrados, nas fi guras abaixo:
FONTE: IPHAN, 2007.
FONTE: COMAS, 2007.
Os irmãos Roberto projetariam o Edifício Seguradoras, em 1949, que inaugurou a
tendência para o movimento de fachada, e criavam uma ‘empena curva’ de transição,
com brise móvel ,apenas de um lado. Projetariam, ainda, o Edifício Marquês de
Herval, de 1953, considerada a primeira incursão, genuinamente modernista na
FIGURA 15 – ABI, Marcelo e
Milton Roberto, 1938
FONTE: IPHAN, 2007.
FIGURA 16 – ABI, Marcelo e
Milton Roberto, 1938
FIGURA 17 – Prédios de
escritórios, M.M.M. Roberto
FONTE: COMAS, 2007.
FIGURA 18 – Prédios de
escritórios, M.M.M. Roberto
FONTE: COMAS, 2007.
FIGURA 19 – Prédios de
escritórios, M.M.M. Roberto
45
Mariangela de Moura
Avenida Rio Branco. Tomando o lugar da massa construída, os brise-soleils móveis
protagonizavam um movimento. (ARCOWEB, 2007, p?).
É importante referenciar alguns outros exemplares de edifi cação de escritórios, no
centro do Rio, com clara tendência modernista.
O edifício-sede do Banco Boavista, projeto de Oscar Niemeyer, construído em 1946,
é um prédio de 10 pavimentos sobre pilotis, com planta e fachada livres. A parede
do térreo, forrada por tijolos de vidro em composição curvilínea, propicia efeitos
de luz. As fachadas norte e oeste são protegidass por brise soleils horizontais, fi xas
e móveis, enquanto que a fachada sul, sobre a qual praticamente não incide a luz
solar, é composta por pano de vidro. (MACEDO, op. cit., pp. 16 – 17). Os espaços
internos são considerados ousados e plasticamente refi nados, e promovem uma
revisão arquitetônica, nos padrões então vigentes de edifícios bancários.
Cavalcanti e Lago (2005), pp. 12 – 13) esclarecem que, a incorporação de elementos
de proteção ao sol ou de soluções arquitetônicas que favorecessem a circulação de ar
para amenizar o calor, legitimaram o modernismo brasileiro. Os brise-soleils deram
às obras modernas nos países de clima quente características diferenciadas das obras
do modernismo na Europa, conforme citação a seguir:
FONTE: ACOWEB, 2007.
FIGURA 20 – Edifício Seguradoras e
Edifício Marquês de Herval
FONTE: ACOWEB, 2007.
FIGURA 21 – Edifício Seguradoras e
Edifício Marquês de Herval
46
Mariangela de Moura
Como o Brasil foi um dos primeiros a adotar a arquitetura moderna, esses
componentes são freqüentemente identifi cados como “brasileiros”.
Apesar da ampla utilização do ar condicionado, a partir dos anos 1960,
eles continuariam a ser utilizados para o controle da luz, e em projetos
mais atentos a questões ecológicas. (CAVALCANTI & LAGO, 2005, pp.12-
13).
Entre o fi nal dos anos 50 e os anos 70 (século. XX), a concepção arquitetônica, dos
prédios de escritórios do centro do Rio de Janeiro, se dividiria, entre a utilização de
brise-soleils e panos de vidro, ou ambos.
O Edifício Avenida Central (1957), do arquiteto paulista, Henrique Mindlin, por
exemplo, com 34 andares, cobriu a totalidade de uma quadra, apenas em seus três
primeiros pavimentos, sendo erguido com uma estrutura mista, entre pilares e vigas
de aço e lajes em concreto armado. Rapidamente, se transformaria em referência do
international style, no Brasil. (CZAJKOWSKI, 2000, p. 38).
Com o desmonte do Morro de Santo Antônio, a Prefeitura do Rio interessou-se pela
criação de um espaço, onde fossem erguidas edifi cações que representassem grandes
instituições nacionais (era a época do apogeu do ‘milagre brasileiro’); nesse sentido,
foram construídos três projetos pontuais da arquitetura corporativa carioca, que
iniciariam a ocupação da Esplanada de Santo Antônio, na Avenida República do
Chile.
O projeto de 1968, de Roberto Luiz Gandolfi , José H. Sanchotene, Abraão Assad
e Luiz Fortes Netto, profi ssionais de Curitiba, para o edifício-sede da Petrobras,
confi rmaria a arquitetura em concreto, mas estaria ligado à criação de estruturas
monumentais e mais sofi sticadas, e, à tentativa de incorporação de novas tendências
formais.
47
Mariangela de Moura
Ao contrariar a solução tradicional de conceber lâminas verticais, o prédio foi
construído em um formato inusitado de edifi cação, erguendo-se sobre uma estrutura
quadrangular (singular e inovadora), dividida em subsolos (para abrigar garagem e
serviços gerais); embasamento (onde se localizam o térreo, o 1° e 2° pavimentos,
a recepção e espaços culturais); torre e coroamento (onde fi cam a diretoria e a
presidência). (TEIXEIRA, 2006, p. 7).
Os 21 pavimentos de escritórios correspondem à superposição de plantas em cruz
(ou ‘H’), intercaladas por pavimentos quadrangulares, abrindo espaços vazios para
ventilação e iluminação; Brise-soleils móveis, de alumínio, foram dispostos de acordo
com a orientação solar: horizontais na fachada norte, e verticais nas fachadas leste
e oeste.
A fi gura abaixo ilustra:
FONTE: TRAVEL-IMAGES.COM, 2007.
FIGURA 22 – Prédio da Petrobras, 1972
48
Mariangela de Moura
O prédio do antigo Banco Nacional da Habitação, BNH, atualmente, Conjunto Cultural
da Caixa Econômica Federal, também foi projetado, em 1968, pelos arquitetos,
Haroldo Cardoso de Oliveira e Rogério Marques de Oliveira, e foi inaugurado, em
1973.
Teixeira (op. cit., p. 6) comenta que, as atividades administrativas do BNH foram
distribuídas em dois prismas de área interna livre, conjugados a um terceiro, central,
onde se concentram circulações verticais, sanitários, áreas de apoio e de serviços.
Este bloco principal (de escritórios) é revestido em concreto e tem laterais em
glass curtain wall, que, intercaladas por montante contínuo, contribuem para a
verticalidade da composição. O corpo se completa com outro, o teatro, de menor
porte, implantado junto a um espelho d’água no piso de acesso:
O prédio do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que é
um projeto de 1974 dos arquitetos paranaenses, Alfred Willer, Joel Ramalho Jr, José
Sanchotene, Leonardo Oba, Oscar Mueller e Rubens Sanchotene. Mesmo condicionado
pela exigência corporativa e pelas restrições estabelecidas pela proximidade de
FONTE: MOREIRA E ANDRÉ, 2007.
FIGURA 23 – BNH, 1973
FONTE: MOREIRA E ANDRÉ, 2007.
FIGURA 24 – BNH, 1973
49
Mariangela de Moura
um monumento histórico, o Convento de Santo Antônio, o projeto aproveitou-se
da totalidade do terreno, no nível do subsolo, para estacionamento e serviços, e
concentrou os escritórios, em uma torre sobre base quadrada. As fachadas do prédio
são em panos de vidro fumê. (TEIXEIRA, op. cit., p. 6).
FONTE: MOREIRA E ANDRÉ, 2007.
FIGURA 25 – Prédio do BNDES, 1974
FONTE: MOREIRA E ANDRÉ, 2007.
FIGURA 26 – Prédio do BNDES, 1974
O critério de escolha para a sequência história dos prédios de escritórios do centro
do Rio de Janeiro, foi o período entre o fi nal dos anos 50 e os anos 70, prédios
construídos no mesmo período e com concepção arquitetônica semelhantes ao
analisado no estudo de casos. Vários outros exemplos poderiam ser citados, entre
eles RB1 e o Teleporto.
50
Mariangela de Moura
CAPÍTULO 2
Em fi ns de 1960, e início dos anos 70, questões fundamentais sobre o ambiente
de trabalho seriam evidenciadas. Do ponto de vista da organização do trabalho,
os limites do regime de produção e acumulação de riqueza, baseado nos modelos
de Taylor, Fayol e Ford
3
até então hegemônicos, foram destacados, fazendo surgir,
sobretudo na Europa, movimentos de trabalhadores pela ampliação de seus
direitos.
Como refl exo destas reivindicações, na década de 80, consolidar-se-ia uma tendência
que incorporou as demandas relativas à qualidade de vida no trabalho, na perspectiva
de torná-lo mais humanizado, com vistas ao conforto e bem-estar do trabalhador que,
a partir dessa integração homem/meio, resultasse um índice maior de produtividade,
aliado ao bem-estar.
ASPECTOS DA ARQUITETURA DE ESCRITÓRIOS EM FINS DO
SÉCULO XX
2.1. Introdução da Informática no Ambiente de Trabalho
“Espaço e lugar são termos familiares que indicam experiências
comuns (...) o lugar é segurança, e o espaço é liberdade: estamos
ligados ao primeiro e desejamos o outro”.
(Yi-Fu Tuan)
3
Ver capítulo 1.
51
Mariangela de Moura
Outra contribuição, sobre este mesmo conceito é de Oliveira (apud YI- FU- TUAN,
1983), para quem “[...] o espaço construído pelo homem pode aperfeiçoar a sensação
e a percepção humana. É verdade que, mesmo sem forma arquitetônica, as pessoas são
capazes de sentir a diferença entre interior e exterior, fechado e aberto, escuridão
e luz, privado e público [...]”. (OLIVEIRA, apud YI-FU-TUAN, 1983, p.114).
Corrêa (1997, pp. 202 – 205) evidencia que, este momento de transição e
reestruturação produtiva implicou, também, na compatibilização de mudanças,
nas quais o aprofundamento da automação e o avanço das novas tecnologias de
informática tiveram um papel central. Com efeito, o trabalho com a intermediação do
computador é um fenômeno recente, característico dos últimos 20 anos, e alteraria
de maneira defi nitiva a forma como o homem passou a vivenciar e a perceber o seu
trabalho.
Sob este novo enfoque, a análise das transformações decorrentes no ambiente de
trabalho, em função do uso extensivo da informática, foi ressaltada, na medida
em que a nova conjuntura obrigou os trabalhadores a se adaptarem à inserção
de equipamentos, como os computadores, que, progressivamente, se tornariam
indispensáveis para o cumprimento da maioria das funções desempenhadas nos
escritórios.
Smith e Carayon (1995, pp. 99 – 116) relatam que a informática permitiu redução nos
custos de produção, melhoria da qualidade dos produtos ou serviços, e fl exibilização
no sistema produtivo, dentre outras vantagens, o que propiciou maior efi ciência na
gestão e no controle do trabalho, em termos administrativos.
Sobre o perfi l do trabalhador, Abrahão & Pinho (2002, pp. 45 – 46) referem-se às
mudanças trazidas pela informática, e que estas sinalizaram para a valorização
52
Mariangela de Moura
da polivalência; do comprometimento organizacional; da qualifi cação técnica;
da participação criadora; da mobilização da subjetividade; e, da capacidade de
diagnosticar, e de decidir. Assim, para os indivíduos, “[...] o desenvolvimento deste
perfi l implicou em novas aquisições, novas competências, e, sobretudo, na capacidade
de transitar do tradicional savoir-faire para um novo modo de saber ser, saber fazer
e saber pensar [...]”. (ABRAHÃO & PINHO, 2002, pp. 45-46).
Entretanto, a forma como foram dimensionadas as tarefas e os postos de
trabalho
4
informatizado, especialmente no trabalho em escritório, resultariam em
constrangimentos – Abrahão & Pinho (2002, pp. 45 – 46) observam que as mudanças
trazidas com a exacerbação do uso da informática no ambiente de trabalho não se
atêm apenas aos conceitos de efi ciência e efi cácia organizacional, mas integram
as novas situações de trabalho às características psicofi siológicas dos usuários/
operadores de computador.
Wisner (1987, p. 21) amplia esta perspectiva, e argumenta que toda a atividade,
inclusive o trabalho, tem pelo menos três aspectos se inter -relacionam: o físico
(fi siológico e ambiental); o cognitivo (perceptivo); e o psíquico (signifi cando
sofrimento atribuído).
Frente a tais colocações, emerge o debate acerca dos efeitos do uso da informática
sobre o homem no ambiente de trabalho e nele, os conceitos da ergonomia, uma
disciplina ainda em evolução.
4
Iida considera a tarefa como um conjunto de atividades para atingir um objetivo, ressaltando que a informatização, em
geral, impõe tarefas mais complexas, por exigir atenção constante, requerer um grande número de etapas para sua execução e
rapidez de decisão, entre outras habilidades. Quanto aos ‘postos de trabalho’, interpreta-os como a menor unidade produtiva,
geralmente envolvendo um homem, com suas características individuais, e seu local de trabalho. Nesse sentido, afi rma que
diversos fatores devem ser considerados no correto dimensionamento do posto de trabalho, destacando o ruído, a temperatura,
a interação com o ambiente externo e a iluminação. Para o autor, o dimensionamento correto do posto de trabalho é uma etapa
de extrema importância, pois o subdimensionamento de espaços restringe os movimentos, limitando o manuseio de materiais
e equipamentos. In IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 2005, p. 51 – 63.
53
Mariangela de Moura
Moraes e Soares (1989, pp. 24 – 67) esclarecem que, as primeiras vertentes da
aplicação da ergonomia (surgida nos anos 40) se deram na engenharia, no desenho
industrial e nos estudos de psicologia. Relatam que, entre 1970 e 1980, uma nova
abordagem metodológica da disciplina privilegiou a ênfase na observação sistemática
do trabalho e na análise da tarefa e da atividade desenvolvidas.
Wisner (op. cit., p. 12) defi ne-a como um conjunto de conhecimentos científi cos
relativos ao ser humano, necessários para a concepção de máquinas, dispositivos
e ferramentas que podem ser utilizados com o máximo de segurança, conforto e
efi ciência.
De um lado, objetiva produzir conhecimento sobre o trabalho, as
condições e a relação do homem com o trabalho, e, por outro, formular
conhecimentos, ferramentas e princípios suscetíveis de orientar
racionalmente a ação de transformação das condições de trabalho,
tendo como perspectiva melhorar a relação homem-trabalho. A
produção do conhecimento e a racionalização da ação constituem,
portanto, o eixo principal da pesquisa ergonômica.
(ABRAHÃO &
PINHO, op. cit. ,p. 47)
No Brasil, o Ministério do Trabalho e Previdência Social, através da Portaria n. 3.751,
de 1990, regulamentou a ergonomia pela Norma Regulamentadora 17 – NR17, de
1992, cujo primeiro item esclarece seu próprio objetivo: o estabelecimento de
parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psico-fi siológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar-lhes um máximo de
conforto, segurança e desempenho efi ciente. (BRASIL, NR17, 1992, p. 92).
Assim, a organização do trabalho, as condições ambientais, mobiliário e equipamentos
dos postos de trabalho são itens determinados pela norma brasileira. Quanto aos
equipamentos, devem estar dentro de uma área de alcance ideal e dentro da área
adequada a visão.
54
Mariangela de Moura
Não obstante, a forma de abordar a relação homem-automatismo, enfatizada nos
anos 80, continua no bojo das discussões e dos confl itos resultantes desta relação
como uma questão mal resolvida. Abrahão & Pinho (op..cit,,p. 50) comentam
que os efeitos da informatização no trabalho podem ser agrupados em torno de
três categorias: (i) transformações nas modalidades de funcionamento mental
(especialmente relacionados a dados numéricos); (ii) introdução da fadiga geral
(dores e fadiga mental); e (iii) efeitos na visão (ardência, diminuição da acuidade
visual e ofuscamento, dentre outros).
Apesar de existirem estudos que orientam o usuário a posicionar-se, corretamente,
durante a execução das tarefas no computador, isso não é o sufi ciente. Nesse sentido,
Wisner (op. cit., pp. 75 – 79) comenta que o trabalhador, além de se esforçar para
responder às exigências da tarefa, convive com condições de inadequação da estrutura
dimensionada do posto de trabalho, sobretudo no que respeita ao mobiliário e à
iluminação.
Na medida em que a concepção dos espaços de trabalho tem uma profunda interação
com as condições em que as tarefas são realizadas, a investigação recai sobre os
aspectos físicos da interface homem-máquina, objetivando melhor dimensionar a
estação de trabalho e o posicionamento do computador.
O enfoque em projetos de arquitetura de escritório, deve levar em conta o tipo de
tarefa a ser realizada e a iluminância,
5
de acordo com os valores especifi cados pela
Norma Brasileira de Iluminação – a NBR 5413,
(da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT), referente à iluminação adequada de interiores.
Em respeito às condições ambientais de iluminação, Grandjean (1998, pp. 62 – 68),
acrescenta que, no início do século XX, recomendou-se, de modo geral, iluminações
5
A iluminância é medida em lux. Um lux é defi nido como a intensidade do fl uxo luminoso que ilumina uma superfície de um
(01) lúmen por metro quadrado. Lux, portanto, é a quantidade de lúmens por m
2
.(manual Osram,1999)
55
Mariangela de Moura
interiores entre 50 e 100 lux; todavia, a intensidade da iluminação foi aumentando
progressivamente com o passar dos anos, chegando a níveis entre 500 e 1.000 lux.
Com efeito, a NBR 5.413, de 1991, estabelece em 500 lux o nível de iluminância para
os ambientes de escritório comuns. Caso a tarefa a ser desenvolvida seja considerada
de alta precisão, a norma estabelece 1.000 lux (por exemplo, se a atividade for de
desenho) e 1.200 lux, quando a atividade é de alta precisão. (ROGRIGUES, 1998, p.
31).
6
Para melhor entendimento dessa medida de iluminância – lux -, esta é, na descrição
de Silva (2004, pp. 40 –41), “[...] lux ( lx) é o fl uxo luminoso que incide sobre uma
superfície situada a uma certa distância da fonte. É a relação entre a intensidade
luminosa (I) e o quadrado da distância [...]”. ( SILVA, 2004, pp. 40-41).
Para Grandjean (op. cit., p. 87), as condições ótimas de desempenho e conforto
visual em iluminação interior são: (i) uniformidade local das densidades luminosas;
(ii) uniformidade temporal da luz; (iii) arranjo isento de ofuscamentos das luminárias;
e (iv) intensidade de iluminação.
O autor afi rma, também, que a acuidade visual aumenta com a iluminação, até
um determinado nível, observando que, para o trabalho em escritórios com uso do
computador, a iluminância deve estar entre 500 e 700 lux. Ressalta, ainda, sobre a
inconveniência da iluminação muito intensa no ambiente de trabalho informatizado,
sobretudo, em relação aos monitores de vídeo, por aumentar o risco sombras e
contrastes, bem como de refl exos perturbadores que podem levar a ofuscamentos
incômodos.
6
É interessante destacar que não existe uma uniformidade entre as normas internacionais de iluminação de escritórios.
Grandjean (op cit, pp. 63 – 68) comenta que atualmente a norma norte-americana recomenda valores de intensidade de
iluminação muito superiores à orientação européia correspondente: nos Estados Unidos, um escritório deve ter luminosidade
de 1.600 lux, enquanto que a Alemanha, por exemplo, recomenda 500 lux para o mesmo ambiente.
56
Mariangela de Moura
Na visão de Grandjean (op. cit.), os refl exos são considerados a mais desagradável
manifestação que acompanha o trabalho no computador, e, por isso, a melhor
alternativa seria evitá-los, em lugar de minimizá-los. Para tanto, a otimização da
disposição do monitor (localizado adequada ao campo visual do usuário, em distância
e altura) funcionaria como uma das soluções de iluminação no ambiente de trabalho
informatizado: “[...] Não resta mais nenhuma dúvida que medidas na concepção dos
ambientes - especialmente no que se refere à disposição do monitor e das luminárias
– são possibilidades mais efi cazes na prevenção de refl exos [...]”. (GRANDJEAN, op.
cit., pp. 247 – 248).
Pela norma NR17, da ABNT, um terminal de computador deve ser colocado de forma
que a distância olho-tela seja aproximadamente, igual à distância olho-teclado,
com condições de mobilidade sufi ciente para permitir o ajuste da tela à iluminação
do ambiente, protegendo-a contra refl exos, e proporcionar ângulos corretos de
visibilidade ao trabalhador. (BRASIL, NR17, 1992).
Grandjean (op. cit., p. 249) orienta que os monitores devem se posicionar
perpendicularmente às fontes de luz natural ou artifi cial e a um valor médio de 76
cm do operador, e que este, ao olhar diretamente para frente com a cabeça em
posição neutra, tenha seus olhos encontrando a parte superior da tela.
Para Iida (op. ci., pp. 122 – 148), o ajuste da visão sobre o monitor pode aumentar
solicitações visuais do usuário, entre outras razões, em função dos refl exos sobre sua
superfície, e pode ocorrer ofuscamento. Explica que o ofuscamento ocorre quando
o fundo é mais brilhante do que o objeto para o qual se olha e que pode ser direto,
sendo causado por fonte luminosa, ou indireto, por refl exo de superfície, conforme
ilustra a fi gura a seguir:
57
Mariangela de Moura
O autor esclarece que, a correção dos ofuscamentos se dá através de medidas diretas,
como a redução da luminosidade; o deslocamento das fontes luminosas para fora do
campo visual (a colocação de luminárias em paralelo ao usuário); e o aumento da
iluminação de zonas próximas e medidas indiretas, como a modifi cação da fonte
luminosa ou o mascaramento das superfícies refl etoras. A gura de Grandjean (op.
cit., p. 250) sugere a aplicação destes pontos:
FIGURA 28 – Iluminação Correta para Trabalho com Computador
FONTE: GRANDJEAN, 1998.
FIGURA 27 – Esquema de Ofuscamento no Trabalho com Computador
FONTE: IIDA, 2005.
58
Mariangela de Moura
Silva (2005, p. 76) esquematiza o ambiente de escritório com uso de computador:
2.2. A Racionalização do Uso de Energia – conceitos de efi ciência
energética
Nos anos 70, a crise energética mundial, gerada pelo intenso consumo de energia de
base fóssil, foi o estopim para o surgimento de uma diversidade de debates em torno
dos modelos de desenvolvimento da sociedade contemporânea, que se estenderiam
pelas décadas seguintes. A crescente ponderação sobre a deterioração das condições
de habitabilidade na Terra (pelo colapso do meio ambiente como fonte natural
inesgotável de recursos e pelo agravamento do quadro social) faria emergir o tema
‘sustentabilidade ambiental’ em diferentes campos do saber.
FIGURA 29 – Ambiente de Escritório com Uso de Computador
FONTE: SILVA, 2005.
59
Mariangela de Moura
Do ponto de vista da arquitetura, evidencia-se que o tratamento dispensado ao espaço
construído ao longo do século XX, de um modo geral, não havia contemplado todas
as suas dimensões, privilegiando, na maioria das vezes, unicamente, os aspectos
funcionais, negligenciando, principalmente, os ambientais.
A arquitetura se modifi cou, desde a primeira década do século XX, com a
implementação do uso do concreto armado, já utilizado desde o século XVIII, e,
na opinião de Costa (2007, p.20), “[...] este foi absorvido, rapidamente pelos
profi ssionais (...) apesar de ser um material de composição complexa, se incorporava
com a composição de estruturas ousadas e amplamente vazadas [...]”. (COSTA,
2007, p. 20).
Em que se considere o impacto das edifi cações sobre o homem e o meio ambiente,
desde os anos 90, a arquitetura vem transitando pela concepção de sustentabilidade,
ao assumir o tema com uma nova atitude e, ao tomar diferentes medidas nesse sentido,
especialmente relacionadas com o desenho arquitetônico, os processos construtivos,
a transformação do meio ambiente construído e a efi ciência energética.
Na prática, tal concepção deve estar presente na origem do projeto arquitetônico,
na medida em que este passa a incorporar a visão do espaço construído, como
um fato de natureza artifi cial que, integrado ao ecossistema natural, desenvolve
uma arquitetura que tende a desconectar-se de um sistema, baseado em recursos
não renováveis, para acoplar-se a um sistema sustentado em recursos renováveis.
Segundo Yeang (1999), “[...] o edifício deve ser considerado como uma aglomeração
de materiais que estão ‘temporariamente’ juntos, para possível reciclagem ou reuso
[...]”. (YEANG, 1999, p.157).
O componente dominante e o de maior incidência no processo de transição da chamada
‘arquitetura tradicional’ para a arquitetura sustentável é a variável energética,
na medida em que um projeto, que leva em conta o uso racional de energia, traz
benefícios econômicos (com a minimização de gastos em dinheiro), sociais (pela
60
Mariangela de Moura
redução do uso de combustível), e ecológicos (pelo controle da exploração de recursos
naturais e de emissão de gases).
O período de efervescência do modernismo arquitetônico, fruto do processo de
industrialização, evidenciou a adoção de soluções arquitetônicas que se repetiram
ao redor do mundo indiscriminadamente. Lamberts et. al.(2004, p. 42) criticam a
migração das cortinas de vidro nas fachadas e das super estruturas de aço e concreto
para alguns países, sem que houvesse adaptações para os novos contextos culturais,
econômicos e climáticos do local de destino.
Esta padronização perpetuaria a adoção desses e outros elementos, incompatíveis com
qualquer preocupação em torno da energia, como a ampla utilização de lâmpadas,
necessárias aos projetos que não favoreceram a iluminação natural, e os sistemas de
condicionamento térmico artifi cial.
Quanto ao uso extensivo de vidro nas fachadas, o glass curtain wall, é bem verdade
que este apresentou-se como uma nova oportunidade ao projeto de edifi cação. A
transparência esteve quase sempre associada a uma visão de abertura do prédio para
o exterior e para a luz natural. No entanto, conforme observam Gonçalves e Duarte
(2006, p. 52), a busca do balanceamento efi ciente da relação interna com a externa
dos edifícios do modelo international style, terminou por exacerbar o consumo
de energia elétrica, pela climatização artifi cial, fazendo prevalecer a iluminação
artifi cial sobre a luz natural:
No âmbito do edifício, o estudo dos precedentes arquitetônicos
mostra que, a partir da Segunda Guerra Mundial, a banalização da
arquitetura do International Style, que, acompanhada pela crença de
que a tecnologia de sistemas prediais oferecia meios para o controle
total das condições ambientais de qualquer edifício, levou à repetição
das caixas de vidro e ao inerente exacerbado consumo de energia
nas décadas seguintes, espalhando-se por cidades de todo o mundo.
(GONÇALVES & DUARTE, 2006, p. 52)
61
Mariangela de Moura
Além do aspecto arquitetônico estrutural, nos escritórios, o advento do trabalho
com o computador acabaria dobrando o consumo de energia, tanto em função do
crescente número de equipamentos eletrônicos, quanto pela necessidade de mantê-
los sob condições específi cas de refrigeração.
Nesse cenário, o ambiente urbano (com suas construções, atividades, serviços e
transportes necessários para abrigar metade da população mundial), rapidamente
passou a consumir a maior parte da matéria prima energética existente no planeta,
mais de 50% das fontes mundiais de energia, sendo responsável pela emissão de gases
que alteraram sua feição climática. (YEANG, op. cit., pp. 38 – 51).
Nos anos 90, de acordo com Ed Melet (apud MÜLFARTH 2006, p. 3), o consumo
de energia agravar-se-ia pela evidência indiscutível dos altos índices de gasto
energético, da ordem de 40%, que situaram a edifi cação como o setor econômico
de maior consumo mundial de energia primária. No Brasil, o Balanço Energético
Nacional – BEN, publicado pelo Ministério de Minas e Energia, considera o setor de
edifi cações (residencial, comercial e pública) como o ramo de atividade econômica
de maior consumo energético do País, 49%. (BRASIL, 2006, s/p).
A cultura da edifi cação sustentável, no contexto do salto qualitativo da arquitetura
nesse sentido, privilegia os conceitos de efi ciência energética, e a compreende como
o resultado da equação, entre o máximo de qualidade ambiental e o mínimo de
consumo de energia, que não se resume à escolha de equipamentos ou sistemas
elétricos específi cos, mas, constituindo-se num conjunto de procedimentos e
estratégias para garantir o uso racional de energia nos prédios.
Lamberts et al. (op. cit., p. 62) acrescenta que, efi ciência energética é a obtenção de
um serviço ou bem, com baixo custo energético. Para conquistá-la, a nova concepção
de edifício exige que este seja visto como um artefato que capta, transforma e
62
Mariangela de Moura
mantém a energia. Quanto ao projeto arquitetônico, transforma-se numa forma de
gestão estratégica de energia, de materiais (e de seu comportamento térmico) e de
técnicas.
Os conceitos de projeto, energeticamente sustentável, indicam que há numerosas
oportunidades (diferentes das soluções convencionais e padronizadas) para a
integração de elementos naturais, materiais, e de técnicas construtivas efi cientes, que
tornam favorável a relação custo/benefício, mesmo em se tratando de restaurações,
retrofi ts.
Mülfarth (op. cit., pp. 8 – 9) destaca o emprego de materiais diversifi cados, de acordo
com o contexto urbano e climático
7
, em que a edifi cação será erguida. Para a autora,
a utilização de materiais locais pode gerar economia nos custos com energia elétrica,
principalmente quando utilizados em larga escala.
Lamberts et al. (op. cit., pp. 77 – 91) afi rmam que, ao longo da história, o ser humano
desenvolveu soluções em construções energeticamente efi cientes, freqüentemente
obtidas apenas com o emprego de materiais construtivos disponíveis em dada região,
adaptadas às suas condições climáticas particulares – as construções vernáculas, de
caráter popular, que resultaram das necessidades, possibilidades e valores de uma
população integrada ao seu habitat.
Não obstante, em estudo de campo sobre moradias populares, Krüger et all (2000,
pp. 117 – 121) confi rmam uma tendência contrária nesse sentido; no Brasil, destaca
7
No que respeita à infl uência do clima na efi ciência energética, o projeto arquitetônico deve embasar-se em estudo dos
condicionantes climáticos locais, como orientação solar, radiação, temperatura do ar, umidade relativa, sombreamento de
elementos externos e ventos. As informações não sistematizadas sobre dados climáticos inviabilizam a elaboração de projetos
mais exigentes. In INEE – Instituto Nacional de Efi ciência Energética. Efi ciência Energética de Edifi cações. Proposta de Fórum de
Efi ciência Energética nas Edifi cações, maio de 2002, p. 4. Disponível em:
www.inee.org.br/down_loads/edif/Provoc2_edif.pdf
Acessado em junho de 2007.
63
Mariangela de Moura
a resistência que ainda predomina na utilização de materiais de origem local, em
favorecimento dos industrializados, seja, pela facilidade técnico-construtiva: seja,
pelo preço mais acessível, que determina a decisão de compra, ou por critérios de
adoção de uma medida de padronização:
Os programas para habitação de interesse social vêm sendo implementados
em todo o território nacional de forma padronizada, sem haver uma
preocupação com especifi cidades regionais. Assim, uma mesma tipologia
de projeto e de mesmo sistema construtivo é adotada em cidades com
características muito distintas, sendo desconsiderada a grande diversidade
sócio-econômica, cultural, climática e tecnológica entre as diferentes
regiões do Brasil, o que resulta em construções de baixa qualidade
construtiva que não atendem às necessidades de seus usuários.
(KRÜGER
et. al.., 2000, pp.117-121)
Com relação a materiais, é de se destacar também a orientação de projetos,
sobre aqueles que cumprem o papel de reter ou dispersar a energia no interior
da edifi cação, bem como o emprego de materiais energo-intensivos, para cumprir
a mesma função que materiais com menos insumo energético poderiam atender.
(INEE, 2002, p. 4).
Mülfarth (op. cit., pp. 8 – 9) refere-se ainda à utilização de combustíveis limpos
como a energia solar, a eólica e a de biomassa, e observa que até 30% de redução no
consumo médio de energia de um prédio já construído podem ser conquistados com
pequenas reformas.
Os modelos computacionais vêm servindo como um dos mais importantes recursos
nesse sentido, através das simulações energéticas de edifi cações que possibilitam,
podendo ser empregadas tanto para estudos de prédios pós-ocupados como para
prédios novos. De acordo com o INEE – Instituto Nacional de Efi ciência Energética
(2004), “[...] a utilização sistemática destas simulações pelos arquitetos é
um importante recurso projetual no estudo da efi ciência energética [...]”.
(INEE, 2004, p.2)
64
Mariangela de Moura
Com efeito, Lamberts, Gómez e Signor (1996), utilizando-se de um modelo de
simulação energética, desenvolveram um estudo de melhoria na efi ciência energética
do Bloco J do prédio do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL), no Rio de
Janeiro.
Na simulação, uma redução de 28% no consumo total de energia do prédio foi
conquistada, sendo que, deste percentual, isoladamente 14,3% referiram-se ao
conserto de infi ltrações, medida considerada de maior impacto na diminuição do
consumo de energia do prédio. (WESTPHAL, 1999, p. 4).
Outra advertência importante no projeto de efi ciência energética é quanto ao
uso de códigos de obras. Muitas vezes, estes códigos defi nem a orientação do
prédio independentemente de uma racionalidade bio-climática e em orientações
inadequadas quanto à garantia de uma insolação otimizada da edifi cação, em
proteção e aproveitamento dos ventos. (INEE, op. cit., p. 4).
Aliado ao projeto arquitetônico do edifício ganha importância o projeto elétrico
,
sobretudo quando associado à utilização de sistemas de condicionamento térmico,
cuja escolha pode ser determinante para uma signifi cativa redução no consumo de
energia.
No âmbito das políticas e instrumentos de ação governamentais ressalta-se a
utilização de conceitos de mercado em efi ciência energética no relacionamento
técnico comercial, tratando a efi ciência como um parâmetro do cenário que defi ne
o mercado de energia.
Dados do Instituto Nacional de Efi ciência Energética – INEE, esclarecem que o
mercado deste setor, no Brasil vem se desenvolvendo lenta e timidamente a partir
de meados da década de 90, em projetos tipicamente pequenos, que apontam para
65
Mariangela de Moura
as difi culdades em seu estabelecimento e na constituição de uma sustentabilidade
em efi ciência energética. Isso se explicaria por diversos fatores:
(i) pela baixa prioridade que o tema encontra no País (em função do foco
maior em outros fatores que infl uenciam nos lucros; porque a energia,
de modo geral, é um item de custo considerado relativamente menos
importante; e porque a efi ciência estratégica ainda é um assunto
estranho ao negócio das empresas;
(ii) pelo desconhecimento dos conceitos de efi ciência energética e das
técnicas de uso efi ciente de energia; e
(iii) pela difi culdade de obtenção de fi nanciamentos em projetos de
efi ciência energética. (INEE, 2007, s/p).
Zimmerman (2006, p. 16) enumera as principais barreiras à realização de projetos de
efi ciência energética no Brasil, conforme demonstra a tabela, a seguir:
TABELA 1 – Principais Barreiras a Projetos de Efi ciência Energética no Brasil
1Di culdades de Financiamento – taxa de juros elevadas 100%
2 Consumidor acredita que pode, ele mesmo, executar o projeto 84%
3 Consumidor não prioriza melhorias em efi ciência energética 75%
4 Complexidade do processo de tomada de decisão pelo consumidor 75%
5 Baixa compreensão pelo cliente de potenciais benefícios 64%
6 Baixo custo da energia 64%
7 Baixa credibilidade dos provedores de serviço 40%
FONTE: ZIMMERMAN, 2006.
O marco legal da efi ciência energética brasileira viria apenas no ano de 2001, com a Lei
de Efi ciência Energética – n° 10.295, que estabeleceu níveis máximos de consumo, ou
mínimos de efi ciência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia
fabricados ou comercializados no Brasil, bem como as edifi cações. No mesmo ano
seria criado o Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Efi ciência Energética – CGIEE,
através do Decreto n° 4.059. (ZIMMERMAN, op. cit., p. 8).
66
Mariangela de Moura
Em 2004, foi promulgada a Lei n° 10.847, que autorizou a criação da EPE – Empresa
de Pesquisa Energética, defi nindo-lhe competência para promover estudos e
programas de desenvolvimento energético ambientalmente sustentável, inclusive
de efi ciência energética; e promover planos de metas voltados para a utilização
racional e conservação de energia, podendo estabelecer parcerias para este fi m. No
mesmo ano, seria promulgada a Lei n° 10.848, sobre a comercialização de energia
elétrica, introduzindo novas oportunidades para a geração distribuída e co-geração
(comercialização com as concessionárias). (ZIMMERMAN, op. cit., p. 28).
O aperfeiçoamento dos instrumentos legais em efi ciência energética no País é recente.
Em setembro de 2006 foi aprovado o projeto de Regulamentação de Efi ciência
Energética para edifícios comerciais, de serviços e edifícios públicos desenvolvido
pelo Labeee (Laboratório de Efi ciência Energética em Edifi cações do Departamento
de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina) em parceria com o
Ministério de Minas e Energia, através do Procel, Programa Nacional de Conservação
de Energia Elétrica, da Eletrobrás.
Em referência ao Procel, a regulamentação inclui três requisitos principais:
efi ciência e potência instalada do sistema de iluminação; efi ciência do sistema de
condicionamento do ar; e desempenho térmico da envoltória do edifício, que permite
uma classifi cação do nível de efi ciência, que vai, de A (mais efi ciente) a E (menos
efi ciente), e inclui incentivos adicionais para o aumento da efi ciência no implemento
de sistemas de energia alternativos. (2007, s/p).
Com a apresentação dos requisitos técnicos necessários para a classifi cação, a
regulamentação visa à etiquetagem voluntária de edifi cações e equipamentos
(Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE), no ano de 2007, por um período de cinco
anos, sendo obrigatória em algumas circunstâncias (nos processos de fi nanciamento
67
Mariangela de Moura
para a construção de novas edifi cações e nos editais de concorrência de novas
edifi cações e de revitalização de edifi cações de grandes empresas públicas e privadas).
Em 2012, seu uso será compulsório.
A etiquetagem, um mecanismo adotado em mais de 25 países, tem por objetivo
informar o consumidor; sua padronização objetiva retirar equipamentos inefi cientes
do mercado. Com a etiquetagem, institui-se o Programa do Selo, um reconhecimento
das melhores efi ciências entre os equipamentos etiquetados. (ZIMMERMAN, op. cit.,
p. 19). As fi guras a seguir ilustram:
Além destas ações, é preciso destacar-se a importância de outros mecanismos
para o desenvolvimento dos conceitos de efi ciência energética, como os programas
de incentivo, cujo objetivo é a remoção das barreiras aos projetos de efi ciência
energética; que proporcionam uma visão mais ampla sobre o tema pelos consumidores
de modo geral, bem como, a divulgação de dados sobre consumo global do país, e
redução de custos em energia através da utilização prática dos conceitos de efi ciência
energética.
FIGURA 30 – Etiqueta de
Efi ciência Energética
FONTE: PROCEL, 2005.
FIGURA 31 – Programa do Selo
FONTE: ZIMMERMAN, 2006.
68
Mariangela de Moura
2.3. Equipamentos de Iluminação para Escritórios
Um dos requisitos da boa iluminação é a qualidade da luz. No ambiente de trabalho,
esta qualidade se traduz pela criação de um espaço no qual as tarefas possam ser
bem realizadas e os funcionários estejam confortáveis. Por isso, o emprego da
iluminação correta no trabalho é imprescindível, pois com ela é possível atingir níveis
signifi cativos de produtividade. (PHILIPS, 2004, p. 2). O gráfi co a seguir demonstra
em percentuais a relação entre a iluminação e a produtividade no trabalho:
Independentemente da fonte de luz natural (a luz do dia), a iluminação dos ambientes
de trabalho se dá por fontes artifi ciais - um conjunto composto por equipamentos,
lâmpadas e luminárias que formam o que a luminotécnica (o estudo das técnicas das
fontes de iluminação artifi cial, isto é, provenientes da energia elétrica) chamado de
sistema de iluminação.
Cada componente desse sistema tem desempenho e qualidade diferentes, que
dependem da escolha adequada e do tipo de tecnologia empregada em sua fabricação.
A e ciência do sistema de iluminação artifi cial adotado no projeto luminotécnico
FIGURA 32 – Relação entre iluminação e
produtividade no trabalho
FONTE: PHILIPS, 2004.
69
Mariangela de Moura
depende do desempenho particular de todos os elementos envolvidos, bem como, de
sua integração à iluminação natural.
De acordo com o manual da Osram (2007, p. 10), um projeto luminotécnico adequado
começa pela defi nição do sistema de iluminação artifi cial que será escolhido para o
ambiente que se quer iluminar, respondendo a três questões básicas: como a luz
deverá ser distribuída pelo ambiente; como a luminária vai distribuir a luz; e qual a
ambientação que se quer dar ao espaço.
Como prescreve a Philips, (op. cit., p. 2), nos ambientes de trabalho verifi ca-
se atualmente uma nova distribuição de espaços, além da extensa utilização
de equipamentos que determinam novas atividades profi ssionais e diferentes
necessidades luminotécnicas. Dado tais fatores, recomenda-se a cobertura lumínica
de todas as áreas.
O sistema de iluminação empregado tem infl uência direta sobre o desempenho visual
na execução de tarefas e bem-estar dos trabalhadores.
Iida (op. cit., p. 258 – 259) comenta que, a iluminação e as cores podem contribuir de
forma positiva, para o aumento da satisfação e melhoria da produtividade, afi rmando
que [...] um bom sistema de iluminação pode produzir um ambiente de fábrica
ou escritório agradável, onde as pessoas trabalham confortavelmente, com pouca
fadiga, monotonia e acidentes, e produzem com maior efi ciência”. O processo para
a escolha do melhor sistema de iluminação deve ser planejado com cuidado, desde
as etapas iniciais do projeto luminotécnico.
Nesse sentido, o autor propõe uma classifi cação dos sistemas de iluminação, segundo
a forma de disposição das luminárias no ambiente, e o efeito que produzem no plano
de trabalho: a iluminação geral, a localizada e a combinada, conforme ilustra a
gura a seguir.
70
Mariangela de Moura
A iluminação geral (ambient lighting) se obtém pela colocação regular de luminárias
em toda a área de trabalho, ou por um número de linhas de luminárias, distanciadas
regularmente, o que garante um sistema uniforme de iluminamento sobre o plano
horizontal. A principal característica deste sistema é ser sufi ciente, para delimitar
espaços, permitir a visualização completa no entorno dos objetos e a circulação, sem
embaraços, sendo mais comumente encontrado em ambientes amplos de trabalho,
grandes escritórios do tipo landscape, onde se prevêem mudanças na disposição física
e a ocupação é genérica.
Por meio do manual da Osram (op. cit., p. 11), o uso da iluminação geral permite
maior fl exibilização dos espaços internos do local de trabalho. Não obstante, não
atende às necessidades específi cas de locais que requeiram níveis de iluminância
mais elevados, além de consumir mais energia. Em alguns casos, implica em aspectos
fotométricos, como a obstrução do controle de ofuscamento.
FIGURA 33 – Sistemas de Iluminação no
Ambiente de Trabalho
FONTE: IIDA, 2005.
71
Mariangela de Moura
Para a produção de iluminamento mais elevado, especialmente em atividades laborais
de precisão ou que envolvam tarefas visuais mais criteriosas, a iluminação localizada
sobre a superfície de trabalho (posto de trabalho) é geralmente utilizada.
A iluminação localizada concentra maior luminosidade na área predeterminada,
e, com a instalação de luminárias em alturas mais elevadas, ilumina superfícies
adjacentes. Este tipo de iluminamento, além de atender as necessidades individuais,
propicia menor consumo de energia e menor incidência de ofuscamento, sombras e
refl exos quando as luminárias são adequadamente posicionadas.
Entretanto, em caso de alteração do layout do escritório, há necessidade de se rever
o posicionamento das luminárias e, em alguns casos, necessita de complementação
através de um sistema de controle de uniformidade da luz do local. (OSRAM, op. cit.,
p. 12).
No esquema do sistema de iluminação para ambientes de trabalho proposto por Iida,
a iluminação combinada é aquela em que a iluminação geral se complementa com
focos de luz localizados sobre a tarefa ou atividade – também chamada iluminação
de tarefa. Neste caso, as luminárias são colocadas no plano de trabalho, com foco
direcionado à tarefa visual.
A iluminação combinada economiza energia, e proporciona maior controle sobre
os efeitos fotométricos. Apesar disso, apresenta menor fl exibilidade em relação à
alteração da disposição dos planos de trabalho e precisará sempre de uma iluminação
complementar. (OSRAM, op. cit., p. 13).
Nos sistemas de iluminação para escritórios podemos classifi car os efeitos de
iluminação no ponto de vista da forma que a luz incide sobre o local de trabalho:
iluminação direta; iluminação indireta; iluminação direta e indireta; e iluminação de
destaque.(PHILIPS, op. cit., p. 5).
72
Mariangela de Moura
A iluminação direta é geralmente instalada no forro do ambiente e produz uma
luminosidade que incide diretamente sobre o plano de trabalho, de cima para baixo.
Por isso, não causa refl exão intermediária e torna a superfície mais destacada.
O manual da Philips (op. cit., p. 5) observa que para o uso de iluminação direta não
há necessidade de pé direito alto, apontando ainda sua efi ciência no iluminamento
de áreas específi cas, a economia que proporciona pelo melhor aproveitamento de
energia, e a conveniência deste tipo de iluminação. Como desvantagem, a possibilidade
de ofuscamentos, sombras e refl exões indesejadas.
A iluminação indireta é aquela que produz uma refl exão (no teto ou na parede)
antes de chegar ao plano de trabalho. Com o teto recebendo a maior quantidade de
luz, o ambiente fi ca mais iluminado como um todo, sendo capaz de produzir maior
uniformidade luminosa; o sombreamento é raro e o sistema tem bom efeito estético.
Entretanto, a iluminação indireta tem baixo rendimento e, geralmente, é um tipo
de sistema mais caro: por ser menos efi ciente, demandando o uso de lâmpadas mais
potentes ou em maior quantidade. (PHILIPS, op. cit., p. 5).
Nesse sentido, pode-se destacar a utilização dos dois tipos de iluminação no mesmo
ambiente de trabalho para otimizar a refl exão dos objetos. Na iluminação indireta
podem ocorrer sombras e refl exões indesejadas, mas quando utilizada adequadamente
minimiza a nitidez e os efeitos de sombra que podem se originar da iluminação
direta.
A iluminação direta e indireta associa os dois tipos anteriores, distribuindo-se sob a
forma descendente e superior, podendo variar em proporções. Tal combinação oferece
brilho e conforto, porém o teto precisa ter pé direito mais alto e sua instalação é mais
cara. Já a iluminação de destaque é integrada à iluminação geral e utiliza um facho
dirigido e concentrado para ressaltar o que se quer, seja um objeto ou a indicação de
um caminho.(PHILIPS, op. cit., p. 5)
73
Mariangela de Moura
De acordo com Cervelin (2002, p. 10), as lâmpadas são os únicos componentes do
sistema de iluminação que podem converter energia elétrica em luz visível. Para
que este processo se realize, é necessário o uso de luminárias e, em alguns casos,
reatores, como componentes auxiliares de um sistema de iluminação.
Grandjean (op. cit., pp. 257 – 278) esclarece que, a escolha das lâmpadas a serem
utilizadas nos sistemas de iluminação em ambientes de trabalho deve ser feita
atendendo a critérios que variam entre o local e a natureza do trabalho, levando-se
em consideração os seguintes fatores:
Medidas e forma do local;
Função do trabalho desenvolvido no ambiente;
Tipo de tarefa visual exigida;
Número de horas de trabalho;
Economia do sistema (incluindo custo inicial, consumo de energia e
manutenção).
Rodrigues (op. cit., p. 23) estende a estes pontos alguns conceitos fundamentais de
luz, visão e cor associados à escolha das lâmpadas.
Fluxo luminoso – é a quantidade de energia produzida por uma fonte
luminosa, isto é, a potência luminosa emitida por segundo pela lâmpada
em todas as direções e avaliada pelo olho humano. O fl uxo luminoso é
medido em lumens (lm). Senzi (apud CORBIOLI, 2004, p. 23) comenta
que como as lâmpadas emitem diferentes quantidades de energia sua
efi ciência poderá ser medida pela relação entre a quantidade de lumens
irradiados e a energia consumida; quanto mais lumens por watt, maior
é a efi ciência;
Intensidade luminosa – é a porção do fl uxo luminoso irradiada em uma
direção específi ca. Medida em candelas (cd), a intensidade luminosa
74
Mariangela de Moura
permite que determinadas lâmpadas emitam uma luz controlada que
possibilita focar um objeto. (SENZI, apud CORBIOLI, op. cit., p. 24);
Índice de reprodução da cor (IRC) – medida de correspondência entre
a cor real de um objeto e sua aparência diante da fonte de luz artifi cial,
indicando a capacidade que a fonte luminosa tem de reproduzir
elmente a cor do objeto iluminado. Senzi (apud CORBIOLI, op. cit., p.
24) explica que o IRC varia de zero a 100 e que quanto maior este índice
maior será a fi delidade das cores;
Temperatura da cor ou tonalidade da cor – medida em kelvin (k),
a temperatura da cor é uma avaliação da cor das fontes luminosas
adotada pelos fabricantes de lâmpadas e está diretamente relacionada
à luz natural. Ao meio-dia, a luz solar tem tonalidade branca, próxima
dos cinco mil kelvins; no fi nal da tarde, a luz natural apresenta nuances
amareladas. Essa relação é válida também para a iluminação artifi cial.
De acordo com Senzi (apud CORBIOLI, op. cit., p. 25), lâmpadas na
faixa de quatro mil a cinco mil kelvins proporcionam luz de tonalidade
branco-azulada, ideal para ambientes onde o ser humano deve estar
ativo ou produtivo, tais como escritórios e indústrias.
Sob informação da consultoria técnica da Osram e da Philips, a tendência do mercado
de lâmpadas aponta para os produtos de alta efi ciência luminosa, baixo consumo,
grande durabilidade, de eletrônica integrada, automação do sistema de iluminação e,
especialmente, para as lâmpadas de pequenas dimensões, que passam despercebidas
nos projetos de iluminação, evidenciando apenas a luz. (apud CORBIOLI, op. cit., p.
38).
Para escritórios, Grandjean (op. cit., pp. 315 – 318) reprova a utilização de lâmpadas
incandescentes, mais apropriados para ambientes residenciais. Indicadas para locais
75
Mariangela de Moura
onde o nível de iluminação deve ser inferior a 200 lux, as lâmpadas incandescentes
emitem uma luminosidade com parcela elevada de tons vermelhos e amarelos, cujo
efeito é relaxante. Além disso, têm grande emissão de calor e associam-se à sensação
térmica correspondente.
Já as lâmpadas fl uorescentes encontram um largo campo de aplicação, na iluminação
de escritórios, sobretudo porque proporcionam economia no consumo de energia,
levando-se em conta o longo período em que o sistema de iluminação fi ca acionado.
Outro ponto favorável, especialmente em função do uso de computador, é a baixa
luminância que lhe é própria, facilitando o controle de ofuscamento. Em ambientes
de escritório com pé direito baixo, com elas é possível, ainda, associar melhores
efeitos estéticos, pois podem ser embutidas.
Conforme Pilotto Neto (1980, pp. 55 – 62), dependendo da composição dos sais
uorescentes na sua fabricação, as lâmpadas fl uorescentes podem propiciar diferentes
tonalidade de cor. A lâmpada fl uorescente que reproduz a luz do dia, por exemplo, não
obstante produzir uma atmosfera fria (acima de 5000 K)
8
, é indicada para ambientes
de trabalho que exigem altas intensidades de iluminação (acima de 800 lux); e,
ainda naqueles em que há necessidade de um controle exato das cores, como as
indústrias têxteis e os escritórios de artes gráfi cas. O autor comenta que na atividade
laboral de avaliação das cores também se pode utilizar as lâmpadas mistas, cuja luz
é resultante do efeito de fl uorescência e de incandescência simultaneamente.
Tecnicamente, as luminárias podem ser entendidas como produtos utilizados
para obter maior controle sobre a iluminação, maior rendimento das lâmpadas e
proporcionar melhor acabamento na instalação dos equipamentos de iluminação.
8
Temperatura de cor - é a grandeza que expressa a aparência de cor da luz, sendo sua unidade o Kelvin (K).(Osram,1999)
76
Mariangela de Moura
Cervelin (op. cit., p. 10) esclarece que as luminárias são apetrechos que direcionam
e distribuem a luz para a área de interesse, consistindo “[...] de uma cavidade onde
se localiza o refl etor, de componentes para a fi xação das lâmpadas e de espaço para
os reatores [...]”. Para Pilotto Neto (op. cit., p. 76), além de suportar a lâmpada e
distribuir o fl uxo luminoso, as luminárias servem também para ocultar a fonte de luz
da visão direta do observador, evitando o ofuscamento.
Com a escolha da luminária, estabelece-se o tipo de lâmpada a ser utilizado num
sistema de iluminação. Entretanto, sua principal característica está na relação entre
a efi ciência que pode proporcionar (através do rendimento luminoso e do nível de
iluminação) e o conforto visual, associados à estética e ao formato. Outros parâmetros
funcionais norteiam a escolha da luminária: possibilidade de adaptação ao local e
correto posicionamento; efeito estético; qualidade do material de fabricação;
facilidade de manutenção; e substituição de lâmpadas.
Quanto aos equipamentos auxiliares para a montagem de um sistema de iluminação,
podem constar: soquete; transformador; reator; starter; ignitor; capacitor; dimmer;
e interruptor.
Em função da importância da luz e de equipamentos de iluminação, em projetos de
Arquitetura, como o objeto deste estudo - escritórios -, segue-se com esclarecimentos
específi cos, com base em conteúdos de autores relacionados ao tema.
77
Mariangela de Moura
ILUMINAÇÃO E CONFORTO VISUAL EM ESCRITÓRIOS
A arquitetura vai além do abrigo das necessidades e atividade; é
um meio de favorecer e desenvolver o equilíbrio, a harmonia e
a evolução espiritual do homem, atendendo às suas aspirações,
acalentando seus sonhos, instigando as emoções de se sentir vivo,
desenvolvendo nele um sentido afetivo. [OKAMOTO, 2003, 58].
De acordo com Capra (2002, p. 25), para entender os problemas do mundo é
necessário olhar de maneira ampla o contexto onde estão inseridos. Quanto maior
amplitude tiver esta visão, maiores serão as possibilidades de surgimento de novas
formas de pensar e agir sobre os problemas. Elaborando percepções não lineares da
realidade relativiza-se o conceito de verdade, movimento necessário para quebrar
certos paradigmas.
Em uma análise dos problemas ambientais da contemporaneidade, o autor considera
que os padrões culturais de organização social, predominantes até fi nais do século
XX, produziram a atual crise ecológica por multiplicarem uma visão antropocêntrica
do mundo, que situou os seres humanos acima ou fora da natureza e atribui a esta
apenas um valor instrumental ou de uso.
Em busca das soluções para o meio ambiente, no contexto de uma percepção não linear
da realidade ambiental, um novo paradigma fi losófi co-ecológico surge – a ecologia
profunda (deep ecology) – que não separa o ser humano do meio ambiente natural e
observa o mundo como uma rede de fenômenos fundamentalmente interconectados
e interdependentes, um sistema que “[...] reconhece o valor intrínseco de todos os
seres vivos e concebe os seres humanos como um fi o particular na teia da vida [...]
”. (CAPRA, 2002, p. 26).
CAPÍTULO 3
78
Mariangela de Moura
A ecologia defende o abandono do paradigma mecanicista/cartesiano, de caráter
lógico racional, propondo uma mudança radical na percepção, no pensamento e
nos valores atribuídos às coisas. Nesse sentido, Capra (op. cit., p. 73)acredita que
“[...] a humanidade está no limiar de mudanças tão radicais quanto foi a revolução
copernicana [...]”.
Para Okamoto (op. cit., pp. 19 – 42), esta mudança paradigmática teria se originado a
partir da década de 80, em resposta à ameaça representada pelos grandes desastres
ambientais ocorridos na Europa e nos Estados Unidos.
Tais circunstâncias enfatizaram a relação de reciprocidade entre o ambiente e o ser
humano, dinamizando a percepção ambiental
9
do homem, levando-o a uma nova
postura no sentido de sua integração com o todo em que vive e habita, como fruto de
uma consciência adquirida, capaz de direcioná-lo à reversão do processo degenerativo
pelo qual a Terra atravessa.
Nesse sentido, Adam (2001, p. 14) elabora os princípios que passam a vigorar na
relação homem/meio ambiente:
Todos os seres têm direito a viver com dignidade, não apenas os seres
humanos;
A partir de referências da consciência, a ecologia faz com que o ser
humano se veja diante de uma condição universal, de um sentido de
vida presente em todos os cosmos;
• A ecologia não é apenas uma ciência estática, de preservacionismo
estanque, mas pressupõe um modelo de desenvolvimento sustentável
(de comunidades, edifícios e cidades auto-sustentáveis), que conjuga
9
De acordo com Okamoto, percepção ambiental é a visão que cada indivíduo elabora sobre o ambiente que o cerca e que o faz
interagir positivamente ou negativamente com o meio à sua volta. A percepção ambiental é o resultado de processos cognitivos,
julgamentos e expectativas..
79
Mariangela de Moura
desenvolvimento tecnológico e progresso na gestão de recursos naturais
e no equilíbrio dos ecossistemas.
Monclús (1998, pp. 92 – 104), em análise sobre as teorias e formas de intervenção
urbana nos últimos 70 anos, considera duas grandes tradições urbanísticas: a
culturalista-arquitetônica e a progressista ou funcionalista. Mas acrescenta-lhes a
perspectiva atual, originada nos anos 90, a que denomina de ‘paisagista-ecológica’
ou ‘eco-urbanismo’, sugerindo o nascimento de uma terceira grande tradição. Tal
perspectiva é representada pela ruptura absoluta e pelo estabelecimento de um novo
paradigma em relação ao urbanismo tradicional, com suas múltiplas considerações
sobre o entorno natural e a paisagem.
Do mesmo modo, Hawken et. al. (2000, pp. 3 – 48) defendem a concepção de ‘design
verde’ como resposta ao atual sistema de produção capitalista, que, não obstante
ter expandido extraordinariamente as possibilidades de desenvolvimento material da
humanidade, o fez a um custo muito elevado.
10
Para os autores, o ‘design verde’ é
uma opção na arquitetura, cujo foco é a utilização de recursos naturais com efi ciência
máxima, procurando o bem-estar do ser humano sem prejudicar o meio ambiente e
o sucesso econômico.
Tal percepção impõe um comportamento holístico na abordagem das questões sobre o
espaço construído, resultando em um processo perceptivo no qual o ambiente passa a
ter um papel fundamental. Segundo Adam (op. cit., p. 16), “[...] a arquitetura ecológica
revela um tipo de arquitetura que considera as potencialidades sócio-ambientais[...]”,
em busca de sistemas passivos e aproveitamento do clima e da natureza.
10
A propósito, Benevolo, refl etindo sobre a historiografi a da arquitetura e urbanismo, refere que o urbanismo contemporâneo
não surgiu simultaneamente aos processos culturais, técnicos, econômicos e sociais que lhe deram origem e implicaram a
transformação da cidade moderna, mas formou-se posteriormente, quando os efeitos qualitativos das transformações se
tornaram evidentes e entraram em confl ito entre si, tornando inevitável uma ação reparadora. In BENEVOLO, Leonardo. As
Origens da Urbanística Moderna. Lisboa: Editorial Presença, 1994, p. 97 – 111).
80
Mariangela de Moura
Na prática, a arquitetura verde tem como desafi o utilizar todas as disponibilidades
da ciência e tecnologia, aliadas à necessidade de se preservar o equilíbrio ambiental,
procurando entrosar-se com as diferentes questões ambientais, e apresentar
soluções estratégicas de utilização do solo e de melhor adequação entre o projeto
e os materiais empregados; de formas alternativas de energia; de reciclagem das
águas; de planejamento em ventilação e iluminação naturais; e de aproveitamento
paisagístico, gerando o menor impacto ambiental. A visão do projeto de edifi cação
passa a ser de dentro para fora, isto é, a edifi cação adapta-se ao ambiente.
Com isto, propõe-se um projeto de edifi cação que forneça sustentabilidade ambiental
e econômica, através do uso efi ciente de recursos, respondendo, também, às questões
relativas à sustentabilidade social, eis que comprometido com os atores dos processos
construtivos em todas as suas etapas, desde o planejamento à demolição, conforme
ilustra a fi gura a seguir:
Na reformulação dos paradigmas arquitetônicos, destacam-se como variáveis, a
harmonia, e a boa convivência entre o homem e o espaço físico. Na perspectiva
de sua aplicação em ambientes construídos, especialmente no setor organizacional,
alguns conceitos transversais ganham relevância, quando propõem uma nova forma
de organização relacionada às atividades de trabalho.
FIGURA 34 – Ciclo de vida da edifi cação
FONTE: LAMBERTS e TAVARES, 2005.
81
Mariangela de Moura
3.1. Bem-Estar, Conforto Ambiental e Conforto Visual
A in uência da luz, na visão de Fonseca (s/d) é a de que, “[...] A luz tem um impacto
psicológico e fi siológico signifi cativo no homem. Quando a luz passa pelos olhos, os
impulsos são propagados, não apenas às várias áreas visuais, mas também, às áreas
do cérebro relativas às emoções e à regulação hormonal [...]”. (FONSECA, apud
BRAINARD et al., 1988).
A qualidade de vida e a busca por sua melhoria são procuras incessantes do ser humano
para vislumbrar novas situações que respondam à sua necessidade de satisfação e
bem-estar em relação ao meio ambiente.
No universo fenomenológico da interação entre os indivíduos e as condições físicas
do ambiente construído, o conforto ambiental adquire um novo status no campo da
arquitetura e do projeto arquitetônico.
Em edifícios não residenciais, dentre eles os de escritórios, o conceito de conforto
ambiental é enfatizado, pois esse ambiente caracteriza-se por necessidades especiais,
relacionadas a atividades específi cas, produtividade do trabalho, ganhos em disposição
e desenvolvimento pessoal e profi ssional das pessoas que neles desenvolvem suas
atividades profi ssionais.
As sensações de conforto ou desconforto ambiental são geralmente avaliadas pelas
reações fi siológicas dos usuários de um espaço. O conforto ambiental focaliza a
física dos fenômenos a ele relacionados – térmicos, acústicos, lumínicos, auditivos,
olfativos etc.(Rheingantz, 1995)
82
Mariangela de Moura
Esta tradição, priorizando aspectos objetivos e funcionais, se cristalizou em códigos ou
normas nacionais e internacionais que estabelecem padrões de desempenho dos edifícios
em questões de segurança, habitabilidade e sustentabilidade no gerenciamento da
qualidade ambiental e orientam quantitativamente os critérios de aferição dos graus
destes requisitos entre as necessidades biofísicas e funcionais das pessoas.
Com efeito, a Norma ISO (International Standard Organization) 6.241, aprovada em
1984, é exemplar nesse sentido, ao pontuar o conforto térmico, acústico, tátil e
luminoso-visual, dentre outros, entre as 14 exigências de habitabilidade dos usuários
a serem consideradas na relação qualidade e efi ciência das edifi cações.
11
Schmid (2005, pp. 95 – 98) propõe que o conforto ambiental resulta de três
componentes: comodidade (ou a busca pelo não-desconforto); sua antítese, a
funcionalidade; e a expressividade, que seria uma dimensão independente.
Sahlins (2003, p. 227), um crítico das respostas utilitaristas das condições ambientais,
a funcionalidade é uma qualidade de razão prática, na medida em que é defi nida
por um sistema de signifi cados (negociados e partilhados pelos indivíduos) postos
em acordo com a estrutura específi ca e as fi nalidades de uma ordem cultural. Por
exemplo, o consumo seria um modo de construção de signifi cado típico da sociedade
industrial capitalista.
Desta concepção decorre que nenhuma explicação funcional por si só é sufi ciente, já
que o valor funcional é sempre relativo a um esquema cultural. Enfatiza-se, assim,
a importância das instâncias simbólica e imaginária da vida humana, bem como sua
interpretação.
11
Nas diretrizes da categoria visual de requisitos, a ISO 6.241 leva em conta iluminação natural e artifi cial (requisitos de
luminescência, ofuscamento, contraste e estabilidade da luz); luz solar (insolação); possibilidade de escuridão; aspectos dos
espaços e superfícies (cor, textura, regularidade, homogeneidade, verticalidade, horizontalidade, perpendicularidade etc);
contato visual com o mundo interno e externo (conexões e barreiras para privacidade, liberdade de distorção ótica). In ISO
6.241. International Standard Organization. Performance Standards in Building. Principles for their preparation and factors
to be considered. 1984.
83
Mariangela de Moura
Sob esta perspectiva, é possível verifi car-se que outros indicadores infl uenciam a
tomada de decisão em projetos de arquitetura e a observação de campo sobre a
qualidade de vida no ambiente construído, abrindo espaço à comprovação de que
as sensações de conforto, bem-estar e satisfação, além do ponto de vista cultural,
também dependem da percepção psicológica dos indivíduos, e de seu conhecimento
sensível, e se fi liam ao ponto de vista simbólico e de acervo cognitivo, enquanto
sensorial.
Apreendidas na memória do usuário do ambiente, estas sensações afetam sua
experiência e determinam uma avaliação subjetiva (‘emocional’ e ‘impressionista’)
da qualidade de um espaço em seus diferentes aspectos.
A realidade do espaço se confi gura como realidade da percepção
e da experiência do espaço (...) consistindo em concebê-la como
expressão de nossas relações com o mundo externo, sejam elas
físicas ou não (...) conforto ou bem-estar deve ser entendido como
relativo, particular, construído a partir de relações. (RHEIGANTZ,
2002, pp. 1 - 6)
No Brasil, estudos interdisciplinares em avaliação de desempenho ambiental vêm se
desenvolvendo nesse sentido, destacando-se o grupo Qualidade do Lugar e Paisagem –
Pro LUGAR - vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Arquitetura da Universidade
Federal do Rio de Janeiro; o Núcleo de Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo –
NUTAU, da Universidade de São Paulo; bem como os trabalhos desenvolvidos por
pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade de Brasília.
Tais estudos acompanham as concepções propostas por autores pioneiros na observação
teórica da transversalidade entre a arquitetura e a psicologia, dentre eles Sommer
84
Mariangela de Moura
e Hall (1983), de cuja linha de investigação surge a avaliação social das edifi cações
e a preocupação com o ponto de vista e a participação do usuário no processo de
planejamento e avaliação ambientais.
Sommer (1983, p. 7) defende que o ambiente construído deveria ser projetado com
uma orientação humanista (de caráter inclusivo e democrático), valendo-se de maior
participação do usuário para melhor atender às suas necessidades. Nesse sentido,
propõe o que denominou como ‘social design’, que resultaria da ligação entre as
ciências comportamentais e a arquitetura e urbanismo, defi nindo-o da seguinte
forma:
Design social signifi ca trabalhar com as pessoas, no lugar de trabalhar
para elas; envolvendo as pessoas no planejamento e no manejo dos
espaços onde se inserem; educando-lhes para usar o ambiente de
maneira sensata e criativa a fi m de atingir um balanço harmonioso
entre o ambiente social, físico e natural (...) designers sociais
não podem atingir tais objetivos trabalhando sozinhos. O objetivo
precisa ser realizado somente com a participação de estruturas de
organizações maiores, que incluem as pessoas para quem o projeto é
desenvolvido
12
(SOMMER, 1983, p. 7)
Na mesma linha de pensamento, Hall (2005, pp. 22 – 48) afi rma que “[...] o sentido
humano do espaço é uma síntese de muitos insumos sensoriais: visual, auditivo,
cinestésico, olfativo e térmico [...]”, que amplia a dimensão da interface entre o
ambiente e o comportamento humano.
Nessa perspectiva, o autor destaca a individualização do uso do espaço na busca de
satisfação psicológica com o ambiente físico, demonstrando a importância do espaço
pessoal e do sentimento de territorialidade e de segurança (que dependem tanto do
detalhamento físico do espaço como do comportamento e do tipo de ocupação do
12
“Social design is working with people rather than for them; involving people in the planning and management of the spaces
around them; educating them to use the environment wisely and creatively to achieve a harmonious balance between the
social, physical, and natural environment (…) social designers cannot achieve these objectives working by themselves. The
goals can be realized only within the structures of larger organizations, which include the people for whom a given project is
planned.” Tradução da autora.
85
Mariangela de Moura
usuário deste espaço) relacionados à confi guração arquitetônica. Para Hall, o espaço
concebido determina a maneira de apreendê-lo e experimentá-lo. Assim, a forma
como o homem utiliza o espaço é capaz de infl uir nas suas diversas capacidades e
relações.
Mais recentemente, no domínio da construção/território e design, o trabalho de
Hawken et al. (op. cit., pp. 68 – 71) aponta que o desgaste dos bens naturais tem
esbanjado as reservas de fundo natural, criadas ao longo de bilhões de anos. Nesse
sentido, afi rmam que o design verde pretende mudar a forma de organização da
sociedade, promovendo o resgate do senso de comunidade, através da valorização
dos recursos naturais e humanos, a que denominam ‘capital natural’.
Os autores informam que, nos projetos do ‘design verde’ valoriza-se o bem-estar
das pessoas, utilizando-se técnicas, tecnologias e procedimentos que garantam
a satisfação dos usuários e ambientes agradáveis. No espaço de trabalho, isso se
traduziria pelo conforto ambiental, pois “[...] cria um ambiente de pouco stress e de
alto desempenho, gerando ganhos valiosos na produtividade do trabalho [...]”, lucros
não esperados, menor índice de erros e menor índice de absenteísmo. (HAWKEN et
al., op. cit., pp. 68 – 71).
Tal abordagem introduz na refl exão da relação homem/ambiente construído uma
dimensão orgânica, holística e participativa, que se opõe à dimensão meramente
objetiva. De fundamentação psicológico-ambiental, insere-se na arquitetura,
contribuindo para a amplifi cação deste campo do conhecimento (através de um
enfoque ecológico humano mais consistente) e oferece-lhe uma redefi nição de seu
próprio objeto de estudo, na medida em que acrescenta aos aspectos construtivos,
funcionais e estéticos, a análise comportamental e social.
86
Mariangela de Moura
Hall (op. cit., p. 61) considera que, a percepção espacial do ser humano é dinâmica;
para o autor, a percepção espacial do homem moderno repousa basicamente sobre o
sentido da visão; sobre o processo de observação visual.
Ao observar a diversidade das pesquisas empíricas sobre percepção surgidas no século
XX, Santaella (1998, p. 9) identifi cou uma tendência de redução dos processos da
percepção à visualidade e afi rma que 75% da percepção humana, no estágio atual de
evolução do homem, é visual, enquanto que 20% são relativos à percepção sonora, e
5% divididos entre tato, olfato e paladar.
Ainda, para a autora, isso se dá por razões de especialização evolutiva do ser
humano, encontrando justifi cativa porque a percepção visual seria o campo sensorial
responsável pelo poder de defesa e de sobrevivência do homem no meio ambiente,
fazendo com que dela dependesse majoritariamente. Como a percepção visual não é
um registro mecânico de elementos, mas a apreensão de padrões estruturais, a luz
poderia ser confi gurada (do ponto de vista perceptivo) por seu valor expressivo.
De tais considerações, infere-se que o conforto visual nos escritórios é um princípio
essencial, pois a visão é a fonte de informação mais importante a respeito do espaço
interno; das formas; de tamanhos; de localização e das características físicas dos
objetos. Sob o binômio luz natural/luz artifi cial, a iluminação deve permitir uma
percepção visual de qualidade.
87
Mariangela de Moura
3.2. Iluminação Natural e Iluminação Artifi cial
Scarazzato (2004, p. 23) esclarece que, na arquitetura, entende-se por iluminação
natural aquela decorrente da disponibilidade de luz na natureza durante o dia.
A iluminação natural é o tipo de iluminação para o qual o olho humano se desenvolveu
e se aperfeiçoou, sendo a fonte de luz que melhor atende às exigências visuais
humanas. Tal aspecto demonstra sua particular importância.
Pilotto Neto (op. cit., pp. 47 – 49) afi rma que, o inconveniente da iluminação natural
é aquele decorrente da grande variação de intensidade luminosa em ambientes
internos, trazendo desconforto visual. Em locais de trabalho, três tipos de desconforto
estariam conectados ao dinamismo da iluminação natural, nos quais a intensidade
da luz variaria entre uma luminosidade excessiva, o brilho e o desequilíbrio de
luminância sobre a estação de trabalho.
Este inconveniente, somado ao baixo custo da energia elétrica que perdurou desde a
segunda metade do século XX, acabaria por estabelecer uma avaliação quantitativa
da iluminância em ambientes construídos, que orientou por longo tempo os projetos
de iluminação ao emprego da iluminação artifi cial.
Entretanto, a emergência do princípio da avaliação qualitativa da iluminação (que
considera distribuição, luminâncias, contrastes e ofuscamentos), aliada aos conceitos
de efi ciência energética e conforto ambiental e visual, fez com que o aproveitamento
da iluminação natural fosse novamente valorizado, incorporando-a como principal
fonte de iluminação.
Para Pilotto Neto (op. cit., p.68), as grandes vantagens da iluminação natural residem
no fato de que esta é a que causa menor cansaço visual, é a que permite a visão
88
Mariangela de Moura
da cor em seu exato sentido é a que apresenta maior economia de gastos. O autor
observa que a iluminação natural nos interiores depende de quatro fatores básicos:
(i) da iluminação da abóboda celeste; (ii) do ângulo de incidência da luz; (iii) da
cor empregada no ambiente; e (iv) da cor e da natureza dos vidros por onde a luz
penetra.
Dependendo da posição por onde a luz incide, a iluminação natural classifi ca-se em:
iluminação zenital (na qual a luz penetra pelo alto, através de superfícies iluminantes
na cobertura); e iluminação lateral (aquela em que a luz penetra pelas aberturas
existentes nas paredes da edifi cação).
András Majoros (apud Amorim, 2002, s/p) afi rma que são inúmeros os pontos positivos
da iluminação natural, destacando seus benefícios:
Melhor qualidade de iluminação obtida, em função de a visão humana
ter-se desenvolvido com a luz natural;
O aspecto favorável da mudança constante da quantidade de luz, que
proporcionaria efeitos estimulantes no ambiente;
A possibilidade de se obter valores mais altos de iluminação, quando
comparada à luz elétrica;
A possibilidade de aproveitamento da iluminação necessária durante 80
a 90% das horas da luz diária; e
O fato de ser iluminação fornecida por fonte de energia renovável.
A técnica mais elementar de maximização da iluminação natural nos ambientes é
o tratamento de coberturas (iluminação zenital) e o tratamento das fachadas dos
edifícios (iluminação lateral), através da utilização de janelas. Sua ausência exigiria
o uso de iluminação artifi cial.
Nesse sentido, Hawken et al. (op. cit., pp. 82 – 93) propõem ‘superjanelas’, que,
na sua concepção, além de garantirem iluminação natural, mantêm a temperatura
interna do edifício em níveis agradáveis.
89
Mariangela de Moura
Na mesma linha de pensamento, Vianna e Gonçalves (op. cit., pp. 114 – 117)
defendem a maximização da iluminação natural através do uso de janelas altas que
melhor distribuiriam a luz. Os autores observam, ainda, que o resultado da opção
pela iluminação natural é mais positivo se as superfícies internas tiverem cores
claras, de modo a difundir a luminosidade no ambiente. Assim, obter-se-ia adequada
distribuição da iluminância (luminosidade incidente) no recinto, evitando problemas
de adaptação advindos do ofuscamento.
Com efeito, principalmente nos ambientes de trabalho, para ter conforto visual, há
que se controlar o nível de iluminância interior e, de acordo com as circunstâncias,
a quantidade de luz natural tem de ser reduzida, sobretudo nas proximidades de
tarefas visuais críticas. Nesta dimensão, a incidência de luz solar diretamente no
interior de escritórios deve ser evitada, em favor de uma luz difusa.
Para que os sistemas de janelas, para que a entrada de luz seja efi ciente, um projeto
de iluminação em escritórios deve ser direcionado, de forma a evitar a entrada
direta de radiação solar no interior dos ambientes, devido ao ofuscamento e
superaquecimento do ambiente em locais de clima quente, como é o caso da maioria
das cidades brasileiras.
As janelas são efi cientes para iluminar as regiões mais próximas do posto de trabalho.
Com isso, é de se conceber que o fundo do ambiente fi que mais escurecido, eis que
mais distante deste foco luminoso. Haveria necessidade, então, de obtenção de níveis
maiores de iluminação geral, mais distantes do campo visual da estação de trabalho.
Para tanto, a iluminação artifi cial é atualmente um dos principais elementos a ser
considerado na arquitetura, não obstante a reconhecida valorização da iluminação
natural.
90
Mariangela de Moura
Scarazzato (op. cit., p. 51) caracteriza a iluminação artifi cial como aquela que
provém de qualquer ação humana que a gere, sendo que, no atual estágio tecnológico,
invariavelmente se refere à iluminação produzida por lâmpadas elétricas.
Para Godoy e Stiller (2000, pp. 98 – 101), a iluminação artifi cial pode ser defi nida
como iluminação cênica e iluminação de efeitos. Por iluminação cênica, os autores
compreendem aquela que cria clima para determinados espaços, afi m com a intenção
do contexto em termos de decoração e solução arquitetônica. Já na iluminação
de efeitos, a iluminação artifi cial estaria relacionada à diversidade de lâmpadas e
equipamentos disponíveis no mercado.
Além das características técnicas, ambas oferecem uma grande contribuição de
valor psicológico ao usuário, na medida em que a iluminação natural do escritório
é insufi ciente para cobrir amplamente o campo visual do ambiente como um todo;
que, neste caso, o uso combinado da iluminação natural com a artifi cial é relevante;
e, ainda, frente às novas tecnologias, avaliadas como um meio de transporte de
iluminação para o fundo de ambientes, onde o suprimento de luz natural é baixo,
elas interagem.
A proposta dos sistemas de iluminação de escritórios, contemporaneamente, recai
justamente sobre uma combinação de equilíbrio criterioso, constituindo-se em
uma concepção de iluminação mista, mais controlada, adequada e inteligente, que
promova a integração entre a iluminação natural e a iluminação artifi cial, no seu
aspecto complementar, a fi m de garantir o conforto visual, a efi ciência energética e
a minimização dos gastos operacionais.
Tal concepção se enquadraria com maior propriedade nos projetos de iluminação de
ambientes construídos, nos quais um ou outro tipo de iluminação poderia prevalecer,
de acordo com o contexto onde se desenvolveria um projeto de iluminação.
91
Mariangela de Moura
3.3. A Iluminação Artifi cial nos Projetos de Escritórios
Depois da invenção da luz elétrica, os projetos de iluminação tornaram-se necessários
para melhor localizar e distribuir as fontes de luz. Naquela época e durante muito tempo
esses projetos foram feitos por engenheiros eletricistas, cuja principal preocupação
recaiu sobre os aspectos quantitativos da iluminação, que perduraram enquanto a
fonte de energia utilizada nos ambientes dos escritórios foi a energia advinda do
petróleo. Até a década de 70, pensava-se que esta fonte era inesgotável.
A grande maioria os projetos desta fase utilizou lâmpadas fl uorescentes de baixo
índice de reprodução de cor e alta temperatura de cor – lâmpadas de 20 e 40W,
que causavam a sensação de luz azulada. Com grande simplicidade e sem qualquer
aparato tecnológico, as lâmpadas eram fi xadas em luminárias com calhas.
Os reatores eram eletromagnéticos e possuíam baixo fator de potência, baixo fator
de fl uxo luminoso e precisavam do uso de startes. Conforme Feldman (2001), o baixo
fator de potência causa problemas às instalações elétricas, entre eles, sobrecarga
nos cabos e transformadores, aumento na queda da tensão, redução do nível de
iluminamento e aumento de gasto de energia.
Assim, os projetos se resumiam ao tipo de luminária escolhida, à quantidade de watts
calculados para alcançar o nível de iluminação em determinado ambiente, o número
de luminárias a serem utilizadas e seu posicionamento espacial, a fi m de criar uma
iluminação o mais uniforme possível.
Com o avanço tecnológico, com a necessidade de redução drástica do consumo
de energia e conseqüente busca de fontes alternativas de energia, os projetos de
iluminação passaram a ter uma nova conceituação, no sentido de aprofundar os
aspectos qualitativos da iluminação dos escritórios.
92
Mariangela de Moura
Deste modo, houve um grande impulso das indústrias pela colocação no mercado
de novos produtos que atendessem à demanda de preservação das fontes de luz
tradicionais e redução de consumo de energia. Lâmpadas de maior qualidade,
luminárias de maior apelo tecnológico e equipamentos auxiliares passaram a fazer
parte de projetos de iluminação cada vez mais elaborados.
3.3.1. Lâmpadas
Lemos (2004) afi rma que as lâmpadas são classifi cadas de acordo com a causa pela
qual produzem o fl uxo luminoso. Destaca que existem três grupos diferentes de
lâmpadas: o grupo incandescente (que abrange todas as lâmpadas incandescentes
e halógenas); o de descarga (composto pelas lâmpadas fl uorescentes e lâmpadas de
vapores); e o grupo dos diodos emissores de luz (tecnologia utilizada nos leds).
As lâmpadas halógenas, com fi lamento convencional, produzem luz
pela incandescência;
As lâmpadas de descarga aproveitam a luminescência;
Lâmpadas mistas combinam incandescência com luminescência; e
As lâmpadas fl uorescentes combinam luminescência com
fotoluminescência.
As lâmpadas incandescentes comuns, uma das mais antigas fontes de luz artifi cial,
são ícones no consumo de energia. Funcionam com a passagem da corrente elétrica
através do fi lamento de tungstênio, que, com o aquecimento, gera luz. Têm baixa
temperatura de cor, considerada agradável (amarelada), na faixa de 2.700 K, e
reprodução de cor (IRC) em níveis ótimos – 100%.
93
Mariangela de Moura
Durante a maior parte do século XX, poucas pessoas se importaram com o fato de
a energia elétrica, que estas lâmpadas consomem, afetasse o meio ambiente. Por
isso, hoje, são consideradas as lâmpadas que apresentam menor índice de efi ciência
luminosa, sendo, geralmente, utilizadas em residências.
Cada fabricante especifi ca as lâmpadas incandescentes que produz. Todavia, entre os
modelos de lâmpadas incandescentes mais comuns estão: a clássica; as do tipo vela
(lisa e balão); as que possuem acabamento em sílico, para reduzir o ofuscamento; as
lâmpadas com tratamento espelhado do bulbo; a bolinha; e as lâmpadas de radiação
infravermelha. (OSRAM, 1999).
Do mesmo grupo, as lâmpadas de halogênio funcionam sob o mesmo princípio das
incandescentes. Seu diferencial é que possuem gases halógenos, que, dentro do
tubo, combinam-se com as partículas de tungstênio desprendidas do fi lamento por
evaporação. Isso faz com que elas produzam maior volume de luz, mais branca e
brilhante do que a luz produzida pelas incandescentes, e realçam as cores.
Devido às características de projeto das lâmpadas halógenas, a ampola ou tubo que
envolve o fi lamento é feito de quartzo e não de vidro comum, como o utilizado nas
lâmpadas incandescentes. As halógenas têm maior efi ciência luminosa do que as
incandescentes comuns, vida útil maior e são encontradas em menores dimensões.
Entre as lâmpadas halógenas mais conhecidas estão a de dois pinos, bipino, que
dispensam o uso de transformador; as refl etoras; as de base bilateral, utilizadas para
luz difusa; as bipino de baixa tensão; as de refl etor facetado; e as lâmpadas com
refl etor dicróico, com maior defi nição de foco. (OSRAM, 1999, s/p).
Outro grupo de lâmpadas compõe as lâmpadas de descarga, cujo fl uxo luminoso é
gerado direta ou indiretamente pela passagem de corrente elétrica através de uma
94
Mariangela de Moura
atmosfera gasosa – um gás, uma mistura de gases ou de vapores. As lâmpadas de
descarga foram amplamente utilizadas, no início e ao longo do século XX.
Com o desenvolvimento de novas tecnologias, estas lâmpadas foram modifi cadas
e aprimoradas,
13
tendo-se difundido o seu emprego nos sistemas de iluminação em
geral, especialmente porque se tornaram mais econômicas, de vida útil longa e de
maior efi ciência. Do grupo das lâmpadas de descarga fazem parte: as fl uorescentes
convencionais; as fl uorescentes compactas; as fl uorescentes HO (High Output); e as
de vapores (metálicos, sódio e mercúrio), lâmpadas de descarga de alta intensidade
ou pressão.
Nas lâmpadas fl uorescentes convencionais, o arco elétrico se desenvolve numa
atmosfera de baixa pressão. Basicamente, consistem de um longo tubo de vidro
recoberto internamente por partículas sólidas à base de fósforo com propriedades
uorescentes, responsáveis pela emissão de luz, quando ativadas através de energia.
Além das tubulares, surgiram as lâmpadas fl uorescentes compactas, com as mesmas
características de reprodução e temperatura da cor, embora de tamanho reduzido.
As compactas, normalmente possuem uma só base para dois ou mais tubos ligados um
ao outro, têm consumo de energia reduzido.
Já as fl uorescentes HO (High Output), diferenciam-se das convencionais e compactas
por não possuírem starter e necessitarem de um reator com desempenho especial. As
principais aplicações das fl uorescentes HO são na iluminação de áreas comerciais e
industriais, pois, estes locais necessitam de elevados índices de iluminância. (OSRAM,
1999).
13
De acordo com Lemos (2004), a composição do pó fl uorescente foi alterada, permitindo a criação de várias temperaturas
de cor, com índices de reprodução otimizados. Mesmo com aumento de fl uxo luminoso, sua potência tornou-se mais reduzida.
Tais avanços permitiram que os projetos de iluminação diversifi cassem a iluminação dos espaços através das tonalidades de cor
destas lâmpadas.
95
Mariangela de Moura
As lâmpadas de vapores metálicos adicionam iodetos metálicos, e apresentam alta
efi ciência energética, e nível ótimo de reprodução da cor. Produzem luz branca e
brilhante e são utilizadas em locais onde a boa qualidade de luz é primordial. Neste
caso, as lâmpadas de multivapores metálicos de 250 a 3500W são ideais. As lâmpadas
de vapores metálicos se encontram em versões elipsoidais, tubulares e compactas
(de baixa potência).
As lâmpadas de vapor de sódio, geralmente tubulares e elipsoidais, têm efi ciência
energética de até 130 lm/W, possuem longa durabilidade e representam a mais
econômica fonte de luz. Diferenciam-se pela emissão de luz branca e dourada,
e são indicadas para iluminar locais, onde a reprodução de cor não é um fator
importante.
As lâmpadas de vapor de mercúrio têm aparência branco azulada, e são apresentadas
na forma elipsoidal, com potências de 80, 125, 400, 700 e 1.000W. Possuem baixa
efi ciência energética quando comparadas com outras lâmpadas de descarga de alta
pressão, cujo princípio de funcionamento é diferenciado, funcionando com o uso de
reatores e, em alguns casos, com ignitores. (OSRAM, 1999).
3.3.2. Equipamentos – Reatores e Transformadores
As lâmpadas fl uorescentes e de vapores necessitam, para seu funcionamento,
da instalação de reatores, cuja função é proporcionar as condições ideais de
funcionamento das lâmpadas. Os reatores considerados de boa qualidade apresentam
perdas reduzidas no cobre e no ferro e consomem menos energia. No caso das
uorescentes comuns, como são consideradas universais, funcionam em reatores
eletromagnéticos partida convencional com starter; partida rápida ou reatores
eletrônicos. (OSRAM, 1999).
96
Mariangela de Moura
Os reatores eletrônicos, resultantes dos avanços tecnológicos digitalizados, têm alto
fator de potência (em virtude de apresentarem compensação) e de fl uxo luminoso,
além de menor peso. São ideais para evitar o comprometimento da instalação por
sobrecarga, garantir o conforto lumínico, a efi ciência energética, a vida útil da lâmpada
e economia de energia em até 30%, se comparados aos reatores eletromagnéticos
convencionais. Com boa performance em escritórios, suas principais características
são:
Economia de energia;
Incremento da vida útil das lâmpadas;
Ausência do efeito estroboscópico e de cintilação;
Ausência de ruído;
Altíssimo fator de potência;
Alimentação múltipla (50 Hz, 60 Hz e corrente contínua);
Peso e volume menores;
Desligamento automático no término da vida útil das lâmpadas;
Custos de instalação e manutenção reduzidos. (OSRAM, 2005).
Os transformadores foram projetados para operar adequadamente em condições de
carga nominal. Como todo equipamento, apresenta perdas. Essas perdas podem ser no
núcleo magnético (perdas no ferro), constantes; e perdas no enrolamento (perdas no
cobre). A circulação de corrente pelos enrolamentos provoca perda por efeito Joule.
Quanto maior a corrente que circula no transformador, maior será a perda no cobre.
Entretanto, assim como os reatores, os transformadores também evoluíram e hoje já
se encontram transformadores eletrônicos de diversas potências para diferentes tipos
de lâmpada, mais leves, mais seguros, produzindo menos calor e ruído, devido aos
ltros contra distorção harmônica. Não obstante, os transformadores eletrônicos não
podem ser dimerizados. Para que isso ocorra, é necessário utilizar transformadores
eletromagnéticos ou transformadores eletrônicos dimerizáveis já existentes no
mercado, porém a um custo signifi cativamente maior.
97
Mariangela de Moura
3.3.3. Luminárias
A ampliação do mercado de lâmpadas e a pressão por economia de energia elétrica
desencadearam uma grande evolução técnica das luminárias. Levando-se em conta a
importância da qualidade da iluminação, novos métodos, equipamentos e tecnologias
surgem. (MOREIRA, 1999)
Assim, já existe no mercado uma grande disponibilidade de bons produtos, cujas
características técnicas, estéticas e de acabamento seguem os padrões internacionais.
Devido a esta diversidade, provocada principalmente pela forma de controle da luz, a
classifi cação dos tipos de luminária não é simples. A CIE – Commission Internationale
de L’Eclairage,
14
classifi ca as luminárias com base na percentagem do fl uxo luminoso
total dirigido para cima ou para baixo de um plano horizontal de referência:
14
A CIE Commission Internacionale de L’Eclairage, é uma entidade internacional criado em 1913 para funcionar como fórum
para troca de informações e padronização de grandezas relacionadas à iluminação.
A redução do tamanho das lâmpadas e dos equipamentos fez surgir uma nova
concepção de luminárias, que, adaptadas, tornaram-se mais compactas,
incorporando, em um espaço menor, mais possibilidades. O tipo de luminária
escolhida atua diretamente sobre o rendimento das lâmpadas.
TABELA 2 – CLASSIFICAÇÃO DAS LUMINÁRIAS SEGUNDO A CIE
FONTE: LUZ, J.M.da. Luminotécnica. 2002.
http://www.ee.pucrs.br/~jeanine/ProjetosEletricosI/Luminotecnica.pdf
Classifi caçâo da
Luminária
Fluxo Luminoso em relação ao Plano Horizontal
%
Para o Teto Para o Plano de Trabalho
Direta 0 - 10 90 - 100
Semi-direta 10 - 40 60 - 90
Indireta 90 - 100 0 - 10
Semi-indireta 60 - 90 10 - 40
Difusa 40 - 60 60 - 40
98
Mariangela de Moura
Com fontes de luz, cada vez mais otimizadas, maior rendimento e design plenamente
adaptados às novas confi gurações dos ambientes, demonstra-se, com esta nova
concepção, que é possível atingir alto nível de qualidade sem comprometimento do
equilíbrio entre efi ciência energética e prazer estético, por meio da modifi cação da
distribuição espacial do fl uxo luminoso.
Um exemplo disso são as luminárias equipadas com LED (Light Emitting Diode)
15
,
que, com suas pequenas dimensões, têm longo tempo de vida, ótima luminosidade
e baixo consumo de energia, representando uma solução que seria impossível de se
obter com os tipos convencionais de lâmpadas e luminárias.
Os refl etores, instrumentos ópticos compostos de espelhos, principalmente no caso
das lâmpadas fl uorescentes, foram modifi cados para atingir um alto brilho e maior
potência, ampliando o rendimento do conjunto óptico da luminária. Além deste
aspecto, é possível encontrá-los em formas circulares, elípticas etc. Quanto ao
material, podem ser em vidro temperado, alumínio polido, chapa de aço etc. Tais
aplicações melhoram a iluminação, concentrando a luz na área desejada.
Outros elementos foram introduzidos nas luminárias, com o objetivo de controlar
ofuscamentos. Segundo Lemos (2004), instrumentos ópticos como refratores, prismas
e lentes modifi cam a distribuição do fl uxo luminoso, funcionando como fi ltros da
transmissão luminosa.
Os difusores, posicionados de frente para a fonte de luz, dependendo da versão
(translúcidos, foscos ou leitosos), podem diminuir sua luminância, reduzir
possibilidades de ofuscamento ou aumentar a abertura do facho de luz. Da mesma
forma, colméias ou aletas antiofuscantes funcionam como controladores de luz.
15
A Os LED´s são componentes semicondutores que convertem energia elétrica diretamente em luz. Eles apresentam melhor
efeito visual (variedade de cores), baixo consumo de energia e longa durabilidade (OSRAM, 2006).
99
Mariangela de Moura
3.3.4. O controle da iluminação
As lâmpadas e as luminárias contemporâneas encontram relação direta com
o conceito de iluminação automatizada, através dos sistemas de controle e
gerenciamento de iluminação dos ambientes. Sua combinação é considerada
fundamental para a economia de energia, minimização de custos, segurança
e conforto. Há diferentes dispositivos no mercado para efetivar esse
controle.
Detector de Presença ou Sensor de Presença – através de tecnologias, por infra-
vermelho ou por ultra-som, trabalhando juntas ou separadas, esse sensor acusa
uma presença ou movimentação em seu campo de ação, e envia um sinal para a
lâmpada, a fi m de provocar seu ligamento ou desligamento.
Scheduling Control ou Sistema de Programação de Tempo – dispositivo acionado
pelo usuário, para promover desligamento total ou parcial da iluminação de
determinado ambiente, em horários programados.
Dimmers – dispositivos que agem sobre a tensão da lâmpada, estabelecendo a
quantidade de seu fl uxo luminoso. Tornam a iluminação variável (mais intensa ou
menos intensa) conforme se queira. Os dimmers são muito utilizados em áreas
próximas às janelas.
Controladores ou Programadores de Cena – sistema que permite a defi nição de
uma confi guração de luzes, desejada, em diferentes ambientes de iluminação,
criados especifi camente para cada situação. Funcionam junto a dimmers, que
defi nem, por zoneamento, uma cena. Ao ser acionado, o sistema reconfi gura uma
cena específi ca para os ambientes, através de um conjunto de luzes.
100
Mariangela de Moura Mariangela de Moura
Sensor Fotoelétrico ou Óptico – dispositivo que, através de um processo de emissão
(fonte de luz) e recepção (fotocélula), analisa e identifi ca a presença de luz. Acende
a lâmpada, quando o nível de luz captado for menor do que o programado; e a apaga,
quando o nível for maior.
Todas as informações contidas nestes capítulos, e no capítulo a seguir, se inter-
relacionam com a proposta apresentada sobre o objeto de estudo - escritórios do
IBGE -, da reforma, com ênfase na melhoria de iluminação dos ambientes, ajustando-
se os conteúdos da pesquisa bibliográfi ca às informações sobre a edifi cação em
questão.
101
CAPÍTULO 4
Mariangela de Moura
ESTUDO DE CASO
4.1. Os Escritórios do IBGE
Criado nos anos 30, o Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística - IBGE foi parte
de um esforço no sentido de se organizar um Estado moderno e autárquico, em um
ambiente de grande concentração econômico-administrativa. Após um período de
funcionamento como fundação autônoma, nos anos 70, voltaria a ter um regime
jurídico centralizado com a Constituição de 1988.
A missão do IBGE é retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento
de sua realidade e ao exercício da cidadania. A instituição está presente em todo
Território Nacional, cobrindo através de seus estudos e pesquisas mais de oito milhões
de quilômetros quadrados, em 27 Unidades da Federação e 5564 municípios. O IBGE
fornece ao governo e à sociedade informações sobre o Brasil e sua população que
permite planejar e acompanhar ações nas mais diversas áreas, servindo de base para
construção de um País melhor.
Desde 1936, a instituição, através de seus servidores, avança no estudo do Brasil
e da população, das condições de vida, da economia, do trabalho, da geografi a,
da geodésia, da cartografi a, do meio ambiente, informações imprescindíveis ao
conhecimento das realidades física, econômica e social do País.
102
Mariangela de Moura
O espaço utilizado, como modelo para o desenvolvimento do estudo de caso, foi um
dos escritórios da Sede do IBGE, que funciona em dois prédios, localizado na Avenida
Franklin Roosevelt, de números, 146 e 166, no bairro do Castelo, na cidade do Rio
de Janeiro.
A construção, a que se refere o projeto deste estudo, é o 8 andar do prédio de
número 146, é composta de 10 andares; e é interligada à construção, de número
166, que possui 11 andares. São edifi cações
públicas que não passaram por nenhuma
grande alteração, nos últimos anos. Algumas pequenas reformas foram executadas,
isoladamente nos andares, do prédio, 146, mas sem priorizar a iluminação. A portaria
da entrada do prédio, 166, sofreu modifi cações signifi cativas, há dois anos; também
não foi feito um estudo de iluminação para este ambiente.
Nesta modifi cação, as antigas luminárias foram substituídas por outras. Em uma
observação técnica, percebe-se que não houve um estudo de iluminação. Além
disso, o material aplicado no teto não produz refl exão, e as novas luminárias não são
efi cientes.
FIGURA 35 – Vista Aérea da situação dos prédios 146 e 166
FONTE: site Google, 2008.
103
Mariangela de Moura
FIGURA 36 – Planta de situação dos prédios 166 e 146
FONTE: IBGE – Serviço de Engenharia, 2006.
Os prédios apresentam um modelo comum e peculiar à maioria dos edifícios ali
localizados, conforme se pode observar pelas fi guras abaixo.
FONTE: Fotos do autor, 2006.
FIGURA 37 – Fachada da frente do prédio
do IBGE - vista geral - número 166 (2006)
FIGURA 38 – Fachada da frenta do prédio
do IBGE - vista geral - número 146 (2006)
FONTE: Fotos do autor, 2006.
104
Mariangela de Moura
O prédio, de número 146, onde estão localizados os escritórios analisados, não
passou por uma grande reforma, e, sim, por adaptações de espaços e manutenção.
Nos anos de 2006/07, planejou-se a reforma geral das fachadas principais (frente
e fundos) , na Avenida Franklin Roosevelt e da Praça Virgilio de Melo Franco, para
solucionar, principalmente, problemas causados pelos aparelhos de ar condicionado.
As janelas antigas do prédio apresentavam, também, vários problemas de fechamento
e vedação, além do risco à segurança. Nesta ocasião, houve a reposição de uma das
janelas, além de reparos em algumas delas, que estavam em péssimo estado de
conservação, como pode ser observado nas ilustrações a seguir:
Os dois prédios têm projeto arquitetônico da década de 30. Possuem um sistema de
condicionamento de ar, com aparelhos instalados em cada uma das janelas. A infra-
estrutura necessária para o funcionamento do ar condicionado é separada por cada
unidade.
No prédio 146, os corredores são estreitos, a circulação de ar é precária, assim como
a iluminação natural e artifi cial, apesar de haver um prisma de ventilação, com
janelas para entrada de ar e luz. Como o prédio 166 é mais novo, é possível notar-
se a diferença nos detalhes construtivos entre um prédio e outro, o que facilita a
iluminação e a ventilação nos andares.
FONTE: Fotos do autor, 2006.
FIGURA 39 – Janela dos prédios 146 e 166
Vista externa das janelas do prédio 146
FIGURA 40 – Janela dos prédios 146 e 166
Vista interna da janela do prédio 146 - 8º andar
FONTE: Fotos do autor, 2006.
105
Mariangela de Moura
Em 2005, foi efetuado um levantamento das fachadas existentes. A partir desta
atualização, viabilizou-se a modifi cação das janelas para posterior reforma, em
2006; que até o momento ainda está em fase de execução. As janelas que já foram
alteradas na fachada dos fundos (Praça Virgilio de Melo Franco) possibilitaram maior
entrada de luz natural no interior do prédio. Isso pôde ser verifi cado na medição
realizada com luxímetro, durante a walkthrough
16
, explicada no item Metodologia,
mais adiante.
As características da fachada podem ser observadas nas vistas de frente e fundos
apresentadas
nas fi guras 37 e 38. Nelas também é possível observar-se que não
existe padrão na colocação dos aparelhos de ar condicionado: às vezes estão
instalados em cima, às vezes embaixo, do lado direito, do esquerdo, na alvenaria
ou na esquadria.
FIGURA 41 – Planta baixa dos prédios 166 e 146 - Escala 1:50
FONTE: IBGE – Serviço de Engenharia, 2006.
16
walkthrough é um análise através de observação e conversa informal, consistindo em caminhar pelo ambiente observando os
aspectos físicos, comportamentais e técnicos.
106
Mariangela de Moura
FIGURA 42 – Fachada, Av. Franklin Roosevelt – Frente
FONTE: IBGE – Serviço de Engenharia, 2006.
FIGURA 43 – Fachada da Praça Virgílio de Melo Franco – Fundos
FONTE: IBGE – Serviço de Engenharia, 2006.
107
Mariangela de Moura
No organograma do IBGE existe uma gerência de engenharia e arquitetura, que
planeja e executa todo o tipo de reforma ou obra, em todas as unidades da
instituição. Entretanto, o setor não desenvolveu qualquer trabalho, no que se refere
à iluminação, e, tampouco, um planejamento futuro, referente à quantidade e
qualidade de luz nos ambientes dos escritórios.
Na reforma que consta do estudo de caso, as etapas abrangeriam a modifi cação das
janelas, a troca dos aparelhos de ar condicionado, a troca dos pisos e a mudança do
layout dos escritórios, através de novo mobiliário, que preparasse as salas para um
desenho futuro do tipo Landscape.
No ano de 2006, o item iluminação não constava deste planejamento. Esta foi a
principal motivação para o desenvolvimento de um projeto de pesquisa que abordasse
a importância da iluminação para a execução dos trabalhos diários; e a preocupação
com o conforto do ambiente para as pessoas que permanecem, durante 9 horas, por
dia, no prédio do IBGE.
É importante destacar-se que, no planejamento da reforma das fachadas, não foi
cogitada a questão da incidência de iluminação natural nos escritórios, tendo-se
considerado, apenas, a manutenção das janelas, a opção de substituição do material
em alumínio, ao invés de madeira, e a melhoria de instalações dos aparelhos de ar
condicionado
.
O estudo desenvolvido para a fachada foi apresentado, utilizando janelas de alumínio
e padronizando o local, para colocação dos aparelhos de ar condicionado, como pode
ser observado nas plantas de fachada propostas.
108
Mariangela de Moura
FIGURA 44 – Proposta atual da fachada da frente
FIGURA 45 – Proposta atual da fachada dos fundos
109
Mariangela de Moura
No prédio 146, estão localizadas as coordenações da Diretoria Executiva e respectivas
gerências. No oitavo andar, objeto deste estudo de caso, situa-se a Coordenação
de Planejamento e Supervisão - CPS. A coordenação é responsável pelos estudos e
medidas que subsidiam a Diretoria Executiva, na formulação de diretrizes e estratégias
de modernização administrativa e melhoria do desempenho institucional.
O andar estudado representa o padrão de distribuição de luminárias, e divisão das
salas, para todos os outros andares, tanto no prédio 146, como no prédio 166. A
exceção deste padrão é a sala de treinamento, localizada no 3ºandar, e o auditório
da instituição, situado no último andar do prédio, 166. Assim, para o estudo,
considera-se um andar modelo já que todos os andares possuem salas de escritórios
semelhantes.
O décimo pavimento do prédio 166, onde se localizam a Diretoria Executiva e a
Presidência, também será considerado, como referência, para o desenvolvimento do
estudo, pois nestes setores a iluminação é precária: além de não possuir distribuição
equilibrada, as luminárias utilizadas não representam a melhor solução.
Como é possível observar nas plantas
(fi gura 41), os escritórios do IBGE têm desenho
tradicional de salas de trabalho fechadas. As salas individuais têm um fechamento
piso-teto, em alvenaria ou em divisória opaca, representando um modelo tradicional;
nas partes já reformadas, o modelo se aproxima do Offi ce Landascape, constituindo-
se em um misto de tradicional, mais aproximado ao modelo alemão
.
A divisão das áreas e das salas é feita de acordo com a necessidade de espaço e
dos setores de trabalho. A única regra geralmente seguida para esta divisão, nos
dois prédios, é a de que a sala obrigatóriamente tenha uma janela, ou uma parede
externa, para que se possa instalar o aparelho de ar condicionado.
110
Mariangela de Moura
A divisão interna do escritório apresenta, simultaneamente, características do espaço
de trabalho tradicional, que prioriza núcleos rígidos e ambientes fechados, somando,
contraditoriamente, as idéias dos espaços abertos dos Offi ce Landscapes, que, com
suas divisórias, padronizam e individualizam os postos de trabalho.
A circulação é feita pelo hall dos elevadores, e por circulações internas nos grupos de
duas ou três salas. Nas salas de trabalho, geralmente, encontram-se pequenos
grupos de servidores (de 01 a 03 servidores); às vezes, cada sala corresponde, a uma
gerência. A planta a seguir ilustra:
FIGURA 46 – Planta do andar padrão
FONTE: IBGE, 2006.
111
Mariangela de Moura
4.1.1. Metodologia – Desenvolvimento da Pesquisa
A inadequação da arquitetura com o uso do espaço levou ao desenvolvimento de
novas metodologias de avaliações, originando a Avaliação Pós-Ocupação (APO), cuja
principal fi nalidade é a análise do desempenho da edifi cação associada à expectativa
do usuário. Segundo Elali et al. (2004) “A APO difere de outros tipos de investigação
sobre o ambiente construído por buscar resultados práticos e aplicáveis em termos
programáticos, e apontar alterações a curto, médio ou longo prazo”. (ELALI et al.,
2004, pp.35).
O desenvolvimento da APO é um procedimento de análise detalhado, podendo recair,
tanto sobre o ambiente construído, como sobre as modifi cações urbanas. Exige
sensibilidade diante do objeto a ser avaliado.
Assim, a avaliação do desempenho das edifi cações pode ser realizada sob diferentes
aspectos, conforme relatado por Romero (1990 apud MUELLER et al., 2004). Nos EUA,
a avaliação é voltada para intervir no espaço, no sentido do aumento da produtividade
e da satisfação do usuário. Na Europa, busca-se facilitar e benefi ciar as relações
sociais.
Ornstein et al. (1995) destacam que, no Brasil, as pesquisas de Avaliação Pós-Ocupacional
seguiram inicialmente os padrões norte-americanos, voltando-se para o desempenho
físico. Atualmente, tais pesquisas incluem aspectos cognitivos relacionados com o
sujeito inserido no ambiente construído. Em qualquer dos casos, essas avaliações
cooperam para o conhecimento do espaço sob a ótica de seus ocupantes.
O desenvolvimento de uma avaliação de APO é multidisciplinar e se compõe de
métodos e técnicas que devem se adequar para que os resultados tragam as respostas
esperadas, atendendo ao foco do estudo.
11 2
Mariangela de Moura
Ornstein (1997) afi rma que “[...] avaliações podem se confi gurar em procedimentos
para o controle de qualidade do ambiente construído. Este controle de qualidade
deve ocorrer desde as etapas de produção (projeto/construção) até o uso, a operação
e a manutenção [...]” (ORNSTEIN, op. cit.., p. 33).
Segundo Bell et al. (1990 apud MUELLER op. cit.,, 2004), a utilização de
uma edificação é a capacidade do ambiente construído, de se adequar às
necessidades do usuário. Daí, a busca pela participação dos usuários no processo
de avaliação.
Na metodologia APO, procede-se a medições, diagnósticos e recomendações, quanto
às diversas áreas básicas e seus itens, detalhando-se no quesito. No que se refere ao
objeto de estudo desta dissertação, escritórios do IBGE, foi feito um levantamento
da iluminância, para verifi car-se a adequação do tipo de iluminação artifi cial
utilizada nos ambientes. Foram utilizados dois instrumentos da APO, aplicação dos
questionários e o walkthrough.
Os níveis de iluminação foram analisados segundo a ABNT NBR 5413/92, para
iluminação artifi cial. A ABNT NBR 5413 xa valores recomendáveis para iluminação
de interiores, praticando tarefas com velocidade e precisão média, para circulação
= 150 lux. Uma iluminação horizontal mínima, de 200 lux, é considerada necessária
para salas, com permanência por longos períodos, para todos os ambientes de
trabalho.
17
17
PHILIPS. Manual de Iluminação. Holanda: Philips Lighting Division, 1975, p.43.
11 3
Mariangela de Moura
4.1.2. Levantamento e coleta de dados
Como o foco da pesquisa recai sobre o conforto ambiental e conforto visual, analisa-se
aspectos da iluminação e apresenta-se observações gerais coletadas no walkthrough,
por meio de registros fotográfi cos.
Na primeira etapa do walkthrough, realizada em 17 de agosto pela manhã, procurou-
se registrar os detalhes de uma observação vivenciada; os padrões de ocupação,
aspectos das necessidades dos usuários, a identifi cação das atividades desenvolvidas
nos espaços e a tecnologia disponível, observando-se a iluminação artifi cial. Na
segunda etapa, foi realizada a medição da iluminação artifi cial e posteriormente
foram aplicados os instrumentos de avaliação: os questionários.
A primeira parte do walkthrough teve como fi nalidade a observação e o levantamento
dos espaços nos aspectos físicos e funcionais. O instrumento utilizado para orientar
e organizar as informações foi uma fi cha técnica (Anexo 2) onde foram anotadas
todas as informações, e registrada também, através de fotografi as, que revelassem
a situação atual do prédio, com os detalhes a serem destacados, principalmente, a
diferença entre as janelas, as luminárias, tipos de teto e estado de conservação das
luminárias.
Na segunda parte do walkthrough, levantou-se a situação relativa à iluminação de
cada ambiente, da iluminância, da quantidade de luminárias, e, no caso específi co,
da sala da presidência (décimo andar do prédio 166), foi realizada a medição em
mais de um ponto na estação de trabalho.
Para cada espaço pesquisado, apresenta-se um tabela-resumo, dos dados coletados
na APO, através da fi cha técnica de cada sala, a fi m de facilitar-se a visualização e
a comparação dos dados entre as áreas.
11 4
Mariangela de Moura
A primeira etapa do levantamento foi iniciada na sala 803-A, onde trabalhei durante
4 anos, a principal observação é a vista do exterior e a entrada de luz natural,
proporcionando a iluminação necessária para o desenvolvimento das atividades sem
a utilização de luz artifi cial.
Neste caso, a preocupação maior seria com a possibilidade de ofuscamento,
especialmente na tela do computador. Ao observar a posição do computador, foi
constatado que ela é favorável: a luz que entra pelas janelas não causa refl exão no
monitor de video, em função da localização do equipamento.
Os servidores que trabalham nas salas com vista para a fachada dos fundos (e que
já trabalharam em salas localizadas na fachada da frente) observam que, por um
lado, a intensidade de luz, vinda, através da janela, é prejudicial e pode causar
ofuscamento. Por outro, a visão externa traz maior satisfação e conforto visual, itens
considerados muito importantes para o bem-estar das pessoas.
FIGURA 47 – Vista externa através da janela
FONTE: Autor, 2006.
11 5
Mariangela de Moura
O revestimento das salas individuais tem variações. Suas principais características
são:
Piso laminado em madeira na cor peroba (marrom claro) e piso vinílico
em placas de 30X30 cm na cor bege;
Paredes – pintura na cor bege, divisórias em madeiras escuras e
divisórias na cor branco gelo;
Teto – pintura na cor branca, na laje ou nos modulados de gesso em
placas (120mm x 60 mm) na cor branca.
A ambientação das salas foi modifi cada no processo da pesquisa em razão do que foi
indicado, depois da primeira etapa do levantamento. Inicialmente, os móveis eram
de madeira e as mesas, soltas, possuíam tamanhos diferentes, e padrão de medida,
de 180cm x 60cm; 150cm x 70cm, e 120cm x 60cm.
FIGURA 48 – Visão do ambiente, 2005 / 2006
FONTE: Autor, 2006.
11 6
Mariangela de Moura
Na segunda visita, esta ambientação tinha sido substituída por estações de trabalho
em formato de “L”, geralmente com divisórias de 1.10m de altura, na tonalidade
cinza, com a parte superior das divisórias revestida em tecido azul marinho. A
superfície do tampo da mesa, em melanina, fi cou na tonalidade cinza. A planta geral
da ambientação do 8º andar e uma foto da estação de trabalho estão demonstradas
nas
guras 46 e 57 respectivamente.
As luminárias instaladas atualmente não seguem um padrão; são modelos antigos
e desatualizados, além de não terem efi ciência na iluminância do ambiente; e
de não visarem à economia de energia. Geralmente, são luminárias tipo calha de
sobrepor, e utilizam as lâmpadas, de 20W e 40W/5000K. São compostas por lâmpadas
uorescentes tubulares com 2, 3, 4, 5 e 6 lâmpadas. A paginação não segue qualquer
padrão, além de não atender à ambientação das salas. Isto ocorre também, em
função das várias e seguidas modifi cações no layout dos mobiliários.
Na fi cha técnica utilizada no levantamento da APO segue o padrão apresentado a
seguir:
Sala 803 A – Assessoria da Coordenação
Principais características:
Paredes – divisórias - lado direito na cor gelo e do lado esquerdo
pintura bege;
Teto – laje com pintura na cor branca;
Piso – laminado de madeira de tonalidade carvalho médio;
• Pé direto 3.00m;
• Área 25.72 m
2;
Luminárias – 02 luminárias de sobrepor com lâmpadas 6 x 40W.
No conjunto de fi guras a seguir:
11 7
Mariangela de Moura
A sala possui paredes de tonalidade bege e teto branco. O piso foi trocado,
recentemente, e é de laminado de madeira em tonalidade média. No início da
pesquisa, uma das paredes que dividiam a sala era revestida de fórmica, material
que também revestia um armário que existia, ali, na tonalidade peroba.
Na última visita, esta parede tinha sido substituída por uma divisória comum, na
tonalidade branco gelo.
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 51 – Detalhamento da iluminação
Mesas - com iluminação natural
FIGURA 52 – Detalhamento da iluminação
- com iluminação natural e artifi cial
FONTE: Autor, 2007.
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 49 – Detalhamento das
Luminárias
FIGURA 50 – Detalhamento das
Luminárias
FONTE: Autor, 2007.
11 8
Mariangela de Moura
O teto da sala não possui rebaixo, e as luminárias são de sobrepor; neste caso, iguais,
cada uma com seis lâmpadas de 40W. O estado de conservação das luminárias não é
bom. Algumas lâmpadas têm soquete, enquanto outras, não. Uma das lâmpadas já
está no fi nal da sua vida útil, e a reposição nem sempre obedece à mesma temperatura
de cor da lâmpada.
O estado real das luminárias pode ser observado nas fi guras abaixo. A falta de
lâmpadas, como mencionado anteriormente, e a falta de soquete em algumas
lâmpadas, além da falta de limpeza são evidentes. Um outro aspecto observado é
que a parte efi ciente da luminária (correspondente à superfície refl etora) não está
presente neste equipamento de iluminação.
Na segunda etapa do levantamento, algumas salas já estavam com as janelas
modifi cadas. Foi efetuado um novo levantamento, com as imagens, para serem
comparados os tipos de janelas, antes e depois das alterações.
Nesta nova etapa todas as janelas foram padronizadas em alumínio anodizado
branco. O local para a instalação do ar condicionado fi cou determinado em uma única
posição, a fi m de facilitar à manutenção, e a instalação do dreno do equipamento de
refrigeração
.
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 53 – Luminárias dos
postos de trabalho
FIGURA 54 – Luminárias dos
postos de trabalho
FONTE: Autor, 2007.
11 9
Mariangela de Moura
Algumas janelas do prédio possuíam películas protetoras, instaladas sem qualquer
tipo de padronização. Depois da reforma, todas as películas foram retiradas. Para
todas as janelas, também foram elaboradas novas persianas, com padronização de
modelo.
Na obra, também foram retirados outros elementos externos, que algumas janelas
ainda possuíam. O modelo adotado para as novas janelas foi a báscula, e não o
modelo de guilhotina, como era antigamente. Nas fi guras abaixo, ainda é possível
visualizar-se o andaime externo, para a execução do trabalho de retirada das janelas
antigas e colocação das novas.
Os acabamentos das superfícies são importantes para uma análise do conforto
luminoso com efi ciência energética, pois, estes itens infl uenciam na distribuição da
luz no espaço.
As lâmpadas são acesas às 7h00min e desligadas às 19h00min. Existe um quadro
de luz em cada andar, e depois do horário do expediente, um segurança verifi ca as
instalações, e desliga o circuito no quadro de cada andar. A maioria das salas possui
um interruptor individual.
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 55 – Processo de modifi cação das janelas
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 56 – Processo de modifi cação das janelas
120
Mariangela de Moura
Sala 803 B – Secretaria da Coordenação
Principais características:
Paredes – divisórias lado direito na cor branco gelo e do lado esquerdo em
madeira escura;
Teto – laje com pintura na cor branca;
Piso – laminado de madeira de tonalidade carvalho médio;
• Pé direto 3.00m;
• Área 22.70 m
2;
Luminárias – 02 luminárias de sobrepor com lâmpadas 6 x 40W.
Na sala 803 B, onde está localizada a secretaria da Coordenação, a estação de
trabalho é em forma de “L” não possui divisórias entre as mesas. As luminárias são
de sobrepor, em forma de calha, e os modelos são iguais, e, que, cada um possui seis
lâmpadas de 40W; o reator fi ca na parte de superior das luminárias.
Sala 802 A – Gerência de Planejamento
Principais características:
Paredes – divisórias lado direto em madeira escura e lado esquerdo parede
pintura bege;
Teto – laje com pintura na cor branca;
Piso – vinílico 30 x 30 na cor bege;
• Pé direto 3.00m;
Área – 23.57 m
2
;
Luminárias – 02 luminárias de sobrepor com lâmpadas 4x 40W.
Na sala 802 A, está localizada a Gerência de Planejamento. O mobiliário utilizado e a
estação de trabalho são em forma de “L”. Há divisórias entre as mesas na cor azul.
121
Mariangela de Moura
As luminárias são de sobrepor, em forma de calha; neste caso, os modelos são iguais,
e cada uma possui quatro lâmpadas de 40W.
Sala 802 B – Gerência de Planejamento/Apoio
Principais características:
Paredes – divisórias lado direito e esquerdo em madeira escura;
Teto – laje com pintura na cor branca;
Piso – vinílico 30 x 30 na cor bege;
• Pé direto 3.00m;
Área – 20.80 m
2;
Luminárias – 03 luminárias de sobrepor 02 com lâmpadas 4x 40W e 01
lâmpada com 3X40W.
A sala 802 B também é ocupada pela Gerência de Planejamento, e o mobiliário
utilizado e a estação de trabalho, também, são em forma de “L”, com divisórias
entre as mesas na cor azul. As luminárias são de sobrepor, em forma de calha. Duas
luminárias possuem quatro lâmpadas de 40W, e uma luminária possui três lâmpadas
de 40W.
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 57 – Estação de Trabalho e
Janela - Sala 802 A
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 58 – Estação de Trabalho e
Janela - Sala 802 A
122
Mariangela de Moura
O diferencial desta sala em relação às outras é a existência de duas paredes forradas,
em folha de madeira escura, que difi cultam a refl exão da luz. No conjunto de fi guras
abaixo, observa-se a divisória e as luminárias, cujo posicionamento não é alinhado
no teto.
Sala 802 C – Gerência Administrativa
Principais características:
Paredes – divisórias lado esquerdo madeira escura e lado direito na cor
creme;
Teto – laje com pintura na cor branca;
Piso – vinílico 30 x 30 na cor bege;
• Pé direto 3.00m;
Área – 21.26 m
2;
Luminárias – 02 luminárias de sobrepor, 01 com lâmpada 6x 40W e 01
lâmpada com 3X40W.
Nesta sala, o mobiliário utilizado e a estação de trabalho formam um “L”, com
divisórias, de 1m10cm, entre as mesas, na cor azul; e um espaço destinado a reuniões.
As luminárias são de sobrepor, em forma de calha. Uma delas tem 06 lâmpadas de
40W, e outra tem com 03 lâmpadas de 40W:
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 59 – Divisória e luminárias
– Sala 802 B
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 60 – Divisória e luminárias
– Sala 802 B
123
Mariangela de Moura
Na fi gura, destacam-se luminárias diferentes, uma com 06 lâmpadas e outra com
metade delas:
Sala 801 A – Gerência de Treinamento
Principais características:
Paredes – divisórias lado direto em madeira escura e lado esquerdo parede
pintura creme;
Teto – rebaixo em placas de 1.20 x 0.60 com pintura na cor branca;
Piso – vinílico 30 x 30 na cor bege;
• Pé direto 2.70m;
Área – 33.87 m
2;
Luminárias – 05 luminárias de embutir com lâmpadas 5x 40W.
Na sala 801-A, o mobiliário utilizado e a estação de trabalho formam um “L”, com
divisórias, entre as mesas, na cor azul. As luminárias são de embutir, cujos modelos
são iguais, e cada um possui 05 lâmpadas de 40W. A diferença entre as outras salas
é a posição paralela da luminária, em relação à janela, enquanto as outras eram
perpendiculares.
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 61 – Luminárias – Sala 802 C
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 62 – Luminárias – Sala 802 C
124
Mariangela de Moura
As luminárias instaladas nesta sala proporcionam uma distribuição melhor da
iluminação artifi cial. Possuem cinco lâmpadas de 40W, e não estão juntas uma à
outra, como na luminária de sobrepor, da sala 803. Outra vantagem deste tipo de
luminária é que o corpo é composto por um refl etor branco. Este dispositivo aumenta
a efi ciência do equipamento de iluminação.
Sala 801 B - Gerência de Desenvolvimento Organizacional
Principais características:
Paredes – divisórias lado direto cor gelo e lado esquerdo parede pintura
creme;
Teto – rebaixo em placas de 1.20 x 0.60 com pintura na cor branca;
Piso – vinílico 30 x 30 na cor bege;
• Pé direto 2.70m;
• Área 30.75 m
2;
Luminárias – 02 luminárias de embutir com lâmpadas 6x 40W e 01 luminária
com 5x40W
Na sala 801 B, o mobiliário utilizado e a estação de trabalho formam um “L”, com
divisórias, entre as mesas, na cor azul. As luminárias são de embutir, os modelos são
diferentes, e uma possui 05 lâmpadas de 40W, e 02 luminárias com 06 lâmpadas de
40W. Existe uma parede no fundo da sala, que tem um revestimento na tonalidade
de madeira média.
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 63 – Luminárias – Sala 801 A
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 64 – Luminárias – Sala 801 A
125
Mariangela de Moura
Nesta sala, foi possível documentar todas as modifi cações em relação ao mobiliário:
as mesas separadas em madeiras ao invés das novas estações de trabalho, a janela
antiga de guilhotina em madeira e a janela com a película. Esta documentação foi
possível porque as primeiras fotos foram feitas em dezembro de 2005.
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 65 – Modifi cações – Sala 801 B
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 67 – Modifi cações – Sala 801 B
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 66 – Modifi cações – Sala 801 B
FONTE: Autor, 2007.
FIGURA 68 – Modifi cações – Sala 801 B
126
Mariangela de Moura
4.1.3. Levantamento e medições
O levantamento da iluminância tem a fi nalidade de demonstrar se os padrões
recomendados pela ABNT- NR5413 estão sendo atendidos e, se existe algum
desequilíbrio na uniformidade da iluminação dentro de cada sala. As medidas foram
efetuadas com um luxímetro digital, sendo realizada em dois momentos: em um dia
ensolarado, e, em outro nublado. Ambas foram realizadas nos postos de trabalho,
como recomenda a norma, levando-se em consideração o valor informado de 500 lux,
para a iluminação em escritórios.
O horário de trabalho dos servidores começa às 7 horas da manhã e termina às 19
horas, podendo, se necessário, ser prolongado. O levantamento foi realizado em
duas etapas nos dia 17 de agosto às 7h30mim; neste dia o céu estava claro com sol,
e no dia 20 de agosto às 13h o céu estava nublado.
As medidas foram feitas nas estações de trabalho de cada servidores e foi considerado
o centro da mesa como ponto de referência na marcação para as medidas, este ponto
de medida não foi marcado com fi ta, como é o recomendado, devido ao intervalo de
tempo entre o levantamento. Assim, pode ser possível que tenha ocorrido na medição
algumas pequenas variações no posicionamento o luxímetro digital na superfície.
Os resultados encontrados serão mostrados nas tabelas que se seguem, com as
seguintes informações:
O dia e o horário que foi feita medição
• A identifi cação do posto de trabalho
Os valores encontrados (lux)
127
Mariangela de Moura
Tabela 3 - Levantamento das Iluminâncias
Estação de trabalho
Dia 17.08.2007
Hora: 7h30mim
Unid. = lux
Dia 20.08.2007
Hora: 13h
Unid. = lux
Sala 803 A – posto 1 734 541
Sala 803 A – posto 2 432 385
Sala 803 B – posto 3 751 587
Sala 803 B – posto 4 653 601
Sala 802 A – posto 5 398 357
Sala 802 A – posto 6 367 342
Sala 802 A – posto 7 349 324
Sala 802 A – reunião 312 301
Sala 802 B – posto 8 416 395
Sala 802 B – posto 9 399 378
Sala 802 B – posto 10 354 319
Sala 802 C– posto 11 385 376
Sala 802 C– posto 12 397 388
Sala 802 C– posto 13 512 487
Sala 802 C– reunião 537 498
Sala 801 A– posto 14 438 422
Sala 801 A– posto 15 397 376
Sala 801 A– posto 16 495 477
Sala 801 A– posto 17 694 655
Sala 801 A– posto 18 574 502
Sala 801 A– reunião 490 434
Sala 801 B – posto 19 251 245
Sala 801 B – posto 20 279 266
Sala 801 B – posto 21 294 282
Sala 801 B – posto 22 476 443
Sala 801 B – reunião 458 423
Fonte: Autor, 2007
Notas:
1 - No momento do levantamento, nenhum servidor estava sentado na sua estação de trabalho;
2 – Não foi considerada a medição persiana ou sem persiana – devido a substituição das janelas;
3 – No posto 19 estava faltando lâmpada na luminária no momento da medição
128
Mariangela de Moura
Figura 69 - Planta de levantamento das luminárias existentes no 8º andar
129
Mariangela de Moura
4.1.4. Questionários – avaliação dos usuários
No contexto das fases de elaboração, para realizar-se um estudo de caso, há
diferentes instrumentos, para que se proceda à coleta de dados. Como este estudo
se caracteriza pela ação, uma vez que pretende conhecer a opinião dos usuários do
ambiente observado, elaborou-se um questionário.
Como instrumento de pesquisa, o questionário tem sido largamente utilizado nas
avaliações do desempenho das edifi cações. Composto de perguntas relativas ao
cenário observado, com ênfase na luminosidade incidente sobre a área de trabalho
(e eventuais problemas em relação a isso), o questionário focou o conforto lumínico,
e serviu para mapear a percepção diferenciada dos servidores sobre seu ambiente
de trabalho.
É importante destacar-se que, através deste instrumento, será possível determinar e
verifi car se os objetivos do projeto de iluminação que se propõe serão alcançados.
Observa-se, também, que, além das respostas obtidas com o questionário, as opiniões
dos servidores também relatadas em conversas informais durante o walkthrough e o
meu tempo de convivência por mais de 20 anos trabalhando no mesmo prédio.
O questionário foi aplicado no andar analisado, onde funciona a Coordenação de
Planejamento e Supervisão. Esta Coordenação está localizada em um único pavimento,
o que facilitou a pesquisa.
As variáveis que nortearam as perguntas foram:
A iluminação, ou não, para as atividades de leitura e escrita;
Ofuscamento, ou não, no trabalho com o computador.
130
Mariangela de Moura
O questionário (anexo 1) é composto por 18 questões de múltipla escolha, e foi
distribuído para os servidores do oitavo andar do prédio 146, considerado padrão
para todos os outros andares do prédio. Como neste andar trabalham 20 pessoas, o
questionário foi aplicado a essas pessoas, sendo, 55% do sexo feminino, e 45% do
sexo masculino.
As equipes que compõem a CPS são pequenas, e, geralmente, as pessoas estão
distribuídas em uma ou duas salas por gerência. As principais observações levantadas
nas respostas são demonstradas em forma de gráfi co, possibilitando comparações e
análise de resultados.
Quanto ao perfi l dos usuários, destaca-se que os servidores do IBGE trabalham há
muito tempo na instituição. Assim, a faixa etária da maioria está entre 40 e 55 anos.
Nesse sentido, observa-se que, quanto mais idade tem o usuário, maior a necessidade
de iluminação na superfície de trabalho. A gura a seguir ilustra:
Como as observações não foram muito aprofundadas, fi cou evidente que os usuários
não têm a clareza do nível de iluminação média necessária, para executar as tarefas.
Percebeu-se que geralmente a preocupação maior recai sobre o conforto na própria
estação de trabalho, durante o tempo em que ali permanecem.
Figura 70 - Faixa etária dos servidores
131
Mariangela de Moura
Nas respostas referentes ao ambiente de trabalho é importante destacar que para
100% das pessoas, é possível ter a visão da janela e a entrada da luz natural.
Apesar da incidência de iluminação natural, as lâmpadas permanecem ligadas todo
o tempo nos postos de trabalho, para 81% das pessoas, com exceção da sala 803,
que permanece quase todo o tempo do expediente somente com a luz natural,
acendendo-se as luzes, apenas, em dias de tempo nublado.
Em algumas salas (como na 803), é possível acender-se as luminárias próximas
aos postos de trabalho; o comando é dividido em circuitos distintos, possibilitando
o acendimento diferenciado. Como isso não acontece na maioria das salas,
75% dos servidores responderam que gostariam de ter o controle do sistema de
iluminação.
Quanto à iluminação geral do local e da mesa de trabalho, 37% dos entrevistados
responderam que é sufi ciente, enquanto que 63% opinaram pela não sufi ciência da
iluminação.
Figura 71 - Iluminação geral e da mesa de trabalho
132
Mariangela de Moura
Para as pessoas que usam computador, a iluminação no plano de trabalho não teve
avaliação positiva: 75% dos servidores entrevistados confi rmaram ofuscamento,
enquanto que, para 25% consideraram que as luminárias existentes não provocam
refl exão na tela do computador:
Figura 72 - Ofuscamento no trabalho com computador
133
Mariangela de Moura
4.2. Projeto de iluminação
O projeto luminotécnico tem se tornado cada dia mais importante dentro da
arquitetura de escritórios. Para o desempenho adequado de uma tarefa é necessário
haver uma boa iluminação. Dependendo da tarefa a ser executada, requer um nível
de iluminação específi co e a utilização dos referenciais dos níveis adequados de
iluminação para a realização de determinadas tarefas, que podem ser encontradas
nas normas técnicas e são estabelecidas em função do tipo de tarefa, da idade do
usuário, da velocidade e precisão da tarefa.
A utilização de um sistema de iluminação artifi cial permite a ocupação dos espaços de
escritórios durante todo o dia, ao contrário da iluminação natural vinda do exterior,
através das aberturas (janelas) que apresentam grandes variações de intensidade em
um espaço ao longo do dia. Para se atingir o nível adequado de iluminação não se
pode contar apenas com a iluminação natural. Assim, geralmente o melhor sistema
de iluminação é a combinação da iluminação artifi cial com a natural.
O sistema de iluminação artifi cial proporciona melhor uniformidade da intensidade
de iluminação na área de trabalho, e permite que as tarefas sejam realizadas em
horários em que a luz natural não é sufi ciente. A iluminação artifi cial ganhou destaque
e importância dentro do projeto de arquitetura onde profi ssionais especializados
em projetos luminotécnicos, além de atender a necessidade de iluminamento das
tarefas, alcançando os níveis de iluminação exigidos pelas normas, também se
preocupam com o conforto lumínico e satisfação dos usuários no espaço de trabalho,
conseqüentemente gerando maior efi ciência e conforto.
Além desses quesitos, o profi ssional responsável pelos projetos de iluminação deve,
ainda, criar projetos com melhor relação custo/benefi cio, considerando o custo
inicial e o consumo de energia elétrica, sem esquecer dos aspectos qualitativos da
iluminação.
134
Mariangela de Moura
A parte referente à luminotécnica há anos atrás era elaborada e realizada por
engenheiros eletricistas, cuja principal preocupação era a de iluminar o ambiente
em relação a aspectos quantitativos. Desta forma, nos projetos utilizava-se lâmpadas
uorescente tubulares de 20W e 40W. A instalação era feita em luminárias tipo
calha, que serviam basicamente como suporte para as lâmpadas e os reatores, do
tipo eletromagnético, que necessitavam o uso de startes para o sistema de partida
da lâmpada. Esta luminária não apresentava, em verdade, qualquer sistema de
refl exão da iluminação, pois funcionava simplesmente como um apoio para segurar
a lâmpada.
Não existia a preocupação com temperatura de cor e comumente a cor causava
a sensação de luz azulada, possuindo baixo índice de reprodução. O projeto se
resumia a solucionar quantas luminárias de 02 ou 04 lâmpadas de 20W ou 40W seriam
necessárias no espaço, e como poderiam fi car instaladas no teto para distribuir melhor
a iluminação no ambiente de escritórios.
Este relato representa um modelo antigo de projeto de iluminação (se é que se pode
considerar tais recursos como sendo um projeto). No entanto, é exatamente este o
modelo utilizado até hoje no escrito da sede do IBGE, conforme foi demonstrado no
levantamento da iluminação ali existente.
Ao longo do tempo, o conceito de iluminação foi se modifi cando e ganhando status e os
fabricantes de equipamentos desenvolveram produtos para o melhor aproveitamento
da iluminação produzida por uma fonte de luz, preocupando-se com a economia
de energia com a possibilidade de ofuscamento. As lâmpadas sofreram uma grande
alteração na sua composição, permitindo variações na temperatura de cor de 2700K
a 6500 kelvins e melhorando o índice de reprodução de cor.
135
Mariangela de Moura
As luminárias tornaram-se mais sofi sticadas e ao invés de servirem apenas como
suporte para a lâmpada, desenvolveu-se um sistema de refl etores parabólicos,
elípticos ou de formas espaciais cuja principal função foi modifi car a distribuição
espacial do fl uxo luminoso de uma fonte, utilizando essencialmente fenômeno da
refl exão.
Ainda sobre as luminárias, foram introduzidos elementos para controle de
ofuscamento. Os elementos de controle podem ser classifi cados em colméias ou
aletas antiofuscamento ou difusores translúcidos, foscos ou leitosos que, colocados
na frente da fonte de luz, têm a fi nalidade de diminuir a luminância.
No estudo do escritório do IBGE foi apresentada a situação atual através do
walkthrough de observações, questionários com os usuários e medições da iluminância
com luxímetro e de levantamento fotográfi co para que se pudesse identifi car os pontos
negativos da solução em funcionamento. O estudo utilizou também, uma análise do
projeto luminotécnico existente para o escritório da instituição e da Avaliação Pós-
Ocupação (APO) do sistema de iluminação artifi cial instalado no local.
Com base neste levantamento e nos parâmetros utilizados elaborou-se uma proposta
de projeto para o oitavo andar deste escritório que poderá ser repetida nos andares
seguintes, bem como recomendações para um projeto de iluminação de escritórios.
Através da avaliação pode-se verifi car se o sistema de iluminação artifi cial instalado
no local contemplou as expectativas e as diretrizes do projeto luminotécnico,
satisfazendo as exigências do conforto visual do usuário e o consumo de energia
elétrica. Com isto, é possível fornecer subsídios para que arquitetos e iluminadores
136
Mariangela de Moura
possam buscar soluções de projeto luminotécnico para escritórios, considerando a
iluminação artifi cial de forma qualitativa e quantitativa, visando ao bem estar do
usuário e o uso racional de energia elétrica.
O principal objetivo do projeto proposto foi sugerir um sistema de iluminação
artifi cial que somasse a economia de energia aliada ao conforto visual dos usuários
do escritório, utilizando luminárias com um bom rendimento e com uma distribuição
harmoniosa das luminárias no forro, distinta da situação atual, na qual não existe
padrão ou cálculo que justifi que sua colocação no teto.
O projeto proposto busca a efi ciência do sistema de iluminação, além de fácil
manutenção e custo inicial médio, por dirigir-se a uma instituição pública onde nem
sempre é possível realizar projetos muito requintados com o orçamento disponível.
O maior problema técnico encontrado foi conferir equilíbrio ao forro do teto do andar,
em função das diferentes alturas de pé-direto: tetos rebaixados ou somente na laje
sem rebaixamento nenhum. Outra preocupação recaiu sobre o planejamento deste
forro no rebaixo do teto; se deveria atender futuramente a diferentes demandas
de divisões das atuais salas ou simplesmente trabalhar com o teto sem divisões
nas salas em formado lanscape. A etapa inicial foi desenvolver uma malha no teto
que permitisse futuras adaptações e divisões nas respectivas salas. No projeto foi
escolhido o modelo de uma luminária que se adaptasse à paginação do forro acústico
em placa nas dimensões 60 x 60.
A solução foi criar uma paginação das placas em desenhos referentes ao tamanho
original das salas, com o perimetro de gesso comum no contorno das salas existentes,
possibilitando futuramente a retirada das divisórias sem interferência na paginação
dos tetos e da colocação das luminárias conforme demonstrado na fi gura a seguir.
137
Mariangela de Moura
Fonte : autor, 2008
Nas salas de trabalho foi utilizada a base do teto para defi nir a posição das luminárias
e sua colocação em função da modulação adotada e da estética na visão geral do
ambiente com ou sem divisórias.
O cálculo aplicado para saber a quantidade de luminárias que seriam sufi cientes para
atender a solicitação dentro das normas de 500 lux na superfície de trabalho utilizou
a regra, sendo realizado através do software de auxilio para cálculos luminotécincos,
Aladan da GE o que pode ser analisado no anexo 3 onde está todo o cálculo e a
planilha gerada de quantidade de lux em cada ponto.
FIGURA 73 – Planta baixa (malha do teto) - Escala 1:50
138
Mariangela de Moura
O modelo de luminária e teto escolhidos para o 8º andar foi utilizado no estudo e
repetido em todos os outros andares. A lâmpada escolhida foi a T5 de 14 W com
temperatura de 3000k. A luminária corresponde ao modelo FE 1779/414 de embutir,
da Lumini, que apresentou maior efi ciência. As características técnicas são: alto
rendimento, para 03 ou 04 lâmpadas de 14 W, com corpo em aço tratado e pintado
por processo eletrostático na cor branca, refl etor e aletas parabólicas em alumínio
anodizado, de altíssimo brilho, reator alojado na parte superior da luminária e fi xação
ao forro por meio de tirantes.
Nos corredores, o modelo escolhido foi uma luminária lançada recentemente com o
conceito atual de iluminação, onde é possível ter luz, sentir a luz, mas não visualizar
a fonte de iluminação. A luminária é embutida como uma caixa de luz no gesso. O
modelo escolhido foi a luminária no frame 226 sem moldura embutida em forro de
gesso, que confere acabamento extremamente limpo ao forro e fi xação por meio de
parafusos. A lâmpada utilizada foi a Dulux /D 26W/827 da OSRAM – 2x26W. A gura
a seguir mostra um detalhe de como funciona a luminária e vários exemplos de
utilização com diferentes lâmpadas.
Figura 74 - Exemplo da luminária no
Frame da Lumini
139
Mariangela de Moura
Nos banheiros e nas copas optou-se por um modelo mais simples com difusores
leitosos. O modelo adotado foi luminária quadrada modelo E4433/226 para 02
lâmpadas fl uorescentes compactas, com corpo em aço tratado e pintado por processo
eletrostático na cor branca, visor em acrílico translúcido, reator alojado na parte
superior da luminária e fi xação ao forro por meio de molas em aço inox. A lâmpada
para esta luminária é a Dulux /D 26W/827 da OSRAM – 2x26W.
No banheiro, além da iluminação geral pela luminária especifi cada, utilizou-se também
uma luminária pontual sobre cada bancada de pia, com lâmpada incandescente para a
reprodução de cor de 100%. A luminária utilizada foi a PE 600, embutida e orientável,
para montagem de lâmpadas halógenas dicróicas, corpo em chapa de aço tratada e
pintada por processo eletrostático na cor branca, com transformador apoiado sobre o
forro ou atirantado à laje, acessível pelo furo da luminária, fi xação ao forro por meio
de molas de aço inox. A lâmpada utilizada é a halógena dicróica de 50 W – 38 graus.
A planta de iluminação geral do projeto proposto para os andares deverá utilizar o
modelo apresentado a seguir.
140
Mariangela de Moura
Figura 75 - Planta do projeto de iluminação 8º andar (proposta)
141
Mariangela de Moura
Tabela 4 - Luminárias especifi cadas
F
FE 1799/414
Luminária de alto rendimento,
para 3 ou 4 lâmpadas, com
corpo em aço tratado e pintado
por processo eletrostático na
cor branca.
Refletor e aletas parabólicas em
alumínio anodizado importado,
de altíssimo brilho.
Reator alojado na parte superior
da luminária.
Fixação ao forro por meio de
tirantes.
Lâmpada:
4 x Fluorescente Tubular T5
14W – 220V
3000K – IRC 80-89
Reator
50 un
E 4433/226
Luminária quadrada para 2
lâmpadas fluorescentes
compactas, com corpo em aço
tratado e pintado por processo
eletrostático na cor branca.
Visor em acrílico translúcido.
Reator alojado na parte superior
da luminária.
Fixação ao forro por meio de
molas em aço inox.
Lâmpada:
2 x Fluorescente Compacta
26W – 220V
2700K – IRC 80-89
Reator
09 un
.
X NO FRAME 228
Luminárias sem moldura
embutidas em forro de gesso.
Confere acabamento
extremamente limpo ao forro.
Fixação por meio de parafusos.
Lâmpada:
2 x Fluorescente Tubular T5
28W – 220V
3000K – IRC 80-89
Reator
17
un
PE 600/1
Luminária embutida orientável,
para montagem de lâmpadas
halógenas dicróicas. Corpo em
chapa de aço tratada e pintada
por processo eletrostático nas
cores branca, preta, ou padrão
Lumini.
Transformador apoiado sobre o
forro ou atirantado à laje,
acessível pelo furo da luminária.
Lâmpada:
1 x Halógena Dicróica
50W – 12V
3100K – IRC 100
Transformador
05 un
142
Mariangela de Moura
O projeto propõe uma iluminação funcional efi ciente para os setores administrativos,
pontuada com diferenciais nas áreas da presidência, diretoria e salas de reuniões.
Para alcançar este objetivo empregou-se uma variedade de elementos, tais como
luminárias especiais e modelos quádruplo parabólicos para lâmpadas T5.
Com a proposta pretendeu-se desenvolver uma iluminação funcional e com diferenciais
nas áreas mais nobres, sem abrir mão de efi ciência, baixa carga térmica e impacto
visual.
Nas áreas operacionais foram propostas as luminárias do tipo duplo-parabólica, com
lâmpadas T5, de baixa carga térmica. Nos espaços maiores aparecem os modelos
quadrados, com capacidade para quatro lâmpadas de 14watts e 3 mil kelvins.
A proposta de iluminação dos corredores privilegiou luz difusa e as áreas de espera
tiveram iluminação reduzida e concentrada no desempenho de suas funções. Em
resumo, eliminaram-se possíveis focos decorativos ou de destaque. Como resultado,
destacou-se o conforto visual sem perda luminosa.
No andar da Presidência do IBGE também foi realizado um estudo de iluminação que
utilizou a mesma defi nição dos andares, porém, conferindo um destaque necessário
por ser considerado área nobre.
A proposta foi o uso do mesmo tipo de iluminação das salas de trabalho, com um
diferencial de iluminação de destaque em algumas paredes. Na sala do Presidente o
destaque recaiu sobre a parede principal do fundo; na sala dos assistentes destaque
em ambas as paredes, de um lado e do outro na entrada de cada sala. Na ante-sala
e sala de espera utilizou-se o mesmo modelo da No frame de todas as circulações do
prédio. Mas, como é uma sala de destaque que serve de acesso para a Presidência, e
onde se encontra o principal auditório da instituição, foi desenvolvido um tamanho
especial para sugerir caixas de luz com a lâmpada de 28W com 3000K de temperatura
de cor.
143
Mariangela de Moura
Figura 76 – Planta do projeto de iluminação do 10º andar (proposta) – Presidência.
144
Mariangela de Moura
RECOMENDAÇÕES PARA UM PROJETO DE ILUMINAÇÃO EM
ESCRITÓRIOS
“Criar é quebrar paradigmas”.
(Camilo Belchior)
Todo novo projeto de iluminação em Arquitetura deve atender a requisitos básicos,
na medida em que é necessário entender-se os fundamentos da luz e sua infl uência
sobre as pessoas e o conhecimento do ambiente que vai ser iluminado. A luz se torna
um elemento de grande importância em ambientes de trabalho, como o objeto deste
estudo -, um escritório.
O que se recomenda, em Arquitetura, para um projeto de iluminação, com base no
objeto deste estudo de caso, já citado nos capítulos anteriores, - sobre iluminação
em escritórios -, com o mesmo modelo de confi guração espacial, pode ser assim
especifi cado: escritórios com salas individuais, fechadas, com divisórias piso-teto;
que neste tipo de ambiente, realizam-se tarefas, com utilização de computadores
e/ou as que incluem leitura e escrita de documentos, o que exigem um cuidado
especial, quanto à iluminação ambiental.
Para a realização de um projeto de reforma ambiental, em especial, u escritório,
foi necessário que se atendesse à criatividade do projetista, conjugada aos pré-
requisitos indicados pela instituição, para implantação de novos conceitos em
iluminação. Buscou-se atender às características da edifi cação, com décadas de
existência, e incorporar uma nova forma de iluminar o ambiente, como, na visão de
Camilo Belchior (2006), sobre o ato de criar:
CAPÍTULO 5
145
Mariangela de Moura
Um criterioso projeto de iluminação deve conter vários fatores a serem considerados,
tais como: a luz natural; instalações de outros sistemas, principalmente, o de ar
condicionado, e este, geralmente, intercede na distribuição dos equipamentos de
iluminação; equipamentos de incêndio; instalações hidráulicas, enfi m, todos os sistemas
que, de alguma forma, possam comprometer a disposição e alocação das luminárias.
O importante em um projeto de Arquitetura é que a iluminação seja um dos fatores a
serem considerados, junto às defi nições, no início do planejamento, lado a lado com
profi ssionais de outras áreas, para que se encontre a melhor solução, e valorizar o
projeto arquitetônico, em sua totalidade. A iluminação deve estar em harmonia com
o ambiente, no sentido de integrar-se aos detalhes construtivos de que se compõe o
mesmo.
Assim, as recomendações seguem uma orientação adotada, no que diz respeito à
quantidade e qualidade de iluminação, de acordo com a área, a localização das
aberturas (janelas), a distribuição do mobiliário, em razão do tipo específi co de
trabalhos que ali se realizam.
O que deve-se considerar, como de grande importância, quanto a qualquer tipo de
ambiente, é que não existe um formato padrão a ser escolhido, em um projeto
de iluminação. Existem vários recursos de iluminação (equipamentos - luminárias
e lâmpadas), de diferentes fabricantes, e que devem ser analisados, em relação às
suas características e desempenho, integrados a cada ambiente, a que se propõe um
projeto de Arquitetura indoor.
“[...]quando nos libertamos de paradigmas e convenções estabelecidas, somos
capazes de articular nosso pensamento e emoções em favor de algo que nos supera.
Isto propicia um exercício sem vícios, sem exigência básicas e nos impele a criar uma
“nova luz”.(BELCHIOR, 2006, pp.50-54).
146
Mariangela de Moura
Ao considerar-se o objeto deste estudo, a iluminação de um escritório, foram
propostas diferentes soluções, a serem indicadas, tais como: luminárias de
lâmpadas fl uorescentes tubulares de 14W, 28W, 32W; luminárias com lâmpadas
uorescentes compactas de 26W; equipamentos mistos, com lâmpadas fl uorescentes
e incandescentes.
O importante a ser focalizado neste projeto foi o efeito que se quis apresentar, e a
correta utilização dos parâmetros indicados nas normas para este fi m. Como cada
projeto de iluminação é único, e as recomendações apresentadas servem para auxiliar
no desenvolvimento do mesmo, neste caso, houve necessidade de se considerar um
modelo, que atendesse à modernização do ambiente. As diretrizes traçadas para este
projeto de reforma de iluminação seguiram as normas do tipo de edifi cação, existente,
que se adequassem à melhoria de conforto e bem-estar de seus usuários.
Todo projeto de iluminação deve atender aos aspectos objetivos, tais como,
quantidade de iluminação; custo das instalações dos equipamentos; facilidade na
manutenção do sistema; reposição do equipamento, além de: vida útil das lâmpadas,
consumo de energia, e, principalmente, a segurança do equipamento. Deve atender,
também, aos fatores subjetivos, como as sensações e emoções, favorecidas pela
iluminação do ambiente, e, que são expectativas do ser humano, em relação a seu
local de trabalho, quanto ao aspecto qualitativo.
Quanto à iluminação do ambiente de trabalho, também deve-se considerar a relação
entre as características das tarefas que serão executadas e o perfi l do usuário. O
projetista deve fazer um levantamento das características do ambiente, sua utilização,
e tipo de tarefas que serão desenvolvidas; se possível, atender à faixa etária dos
usuários, para determinar, corretamente, a melhor solução a ser empregada na escolha
Há que se levar em conta que, na atualidade, os projetos de iluminação já podem
contar com o uso de tecnologias, como os microcomputadores, que processam dados
em programas, e tornam mais rápida a visualização dos resultados.
147
Mariangela de Moura
A postura dos projetistas deve estar pautada na expectativa dos usuários, em um
ambiente que pode favorecer mudanças de comportamento e bem estar, devido à
satisfação e conseqüente bem-estar, e que, no caso de um escritório, que haja um
retorno expressivo em níveis de produtividade funcional.
Vale lembrar que as soluções de iluminação, além de contribuírem com o aspecto
estético do espaço, devem estar interligadas com os aspectos térmicos e acústicos.
Quando se projeta um sistema de iluminação, este deve estar diretamente ligado à
solução técnica e estética do teto ou de outra superfície, onde será instalado. Daí
a importância da interação necessária de técnicos na área, que deve acontecer no
início de um projeto de arquitetura e interiores, e prosseguir, durante a execução da
obra, em que podem ocorrer necessárias adaptações no projeto inicial, como indica
o Guia de Iluminação da Philips (s/d),
“[...]” são necessários os desenhos de cada ambiente, incluindo os detalhes construtivos
dos tetos e das paredes (...) também são necessários conhecimentos preliminares das
refl etâncias das superfícies das paredes , tetos e pisos , igualmente são necessários detalhes
da decoração interna e dos móveis do ambiente a ser iluminado
[...]” ( GUIA DE ILUMINAÇÃO
PLHILIPS, s/d, p.40).
5.1. Diferentes tipos de iluminação
A iluminação de um escritório pode ser projetada de formas diferentes, e a mais
utilizada é a iluminação geral do ambiente, que possibilita, assim, várias confi gurações
e adaptações futuras no layout do mobiliário; e, proporciona uma iluminação com
distribuição mais equilibrada.
A e ciência do sistema de iluminação geral pode ser obtida com o planejamento
dos comandos dos circuitos projetados, separadamente, permitindo assim, maior
da luminária e das lâmpadas. A adequação do nível de iluminação está relacionada a
característica de cada tarefa, e deve seguir as indicações da normas vigentes.
148
Mariangela de Moura
exibilização do sistema com acionamentos diferenciados das luminárias, como por
exemplo, as luminárias próximas às janelas, que podem ser desligadas quando a
iluminação natural for sufi ciente para o usuário desenvolver as tarefas no posto de
trabalho. Nas salas individuais, ou as de pequenos grupos, como no modelo analisado,
objeto deste estudo, é importante o acionamento do circuito separado, ligando ou
desligando a luminária, conforme a necessidade -, em cima, ou próximo, ao posto
de trabalho.
No projeto em questão, pode-se adotar a combinação de iluminação geral e iluminação
nos postos de trabalho. No caso da iluminação geral, esta pode ser utilizada em um
nível de iluminação um pouco mais reduzido do recomendado, e complementar-
se com uma iluminação localizada e pontual na estação de trabalho. A iluminação
geral do local atende ao mínimo necessário para circulação e visualização geral
do ambiente; e, a iluminação pontual atende ao desenvolvimento de tarefas na
superfície de trabalho. A vantagem deste sistema é a economia proporcionada, em
relação ao gasto de energia. O acionamento do sistema de iluminação pontual seria
facultativo, e, ligando-se, somente quando for necessário; e, desligando-se o mesmo,
no momento de saída do posto de trabalho. A desvantagem deste modelo seria a
necessidade de um detalhamento maior para a instalação elétrica, possibilitando o
liga / desliga, em cada posto de trabalho; e, a difi culdade de remanejamento deste
posto de trabalho, em confi gurar-se um novo layout.
Em que se considere, ainda, a solução anterior, com a necessidade pontual de se
utilizar em um escritório moderno o computador, em cada posto de trabalho, é
que, para isto ocorrer, existe uma alimentação do sistema elétrico, ligando-se o
equipamento em cada estação de trabalho; com isto, é possível obter-se um projeto
planejado para este fi m, com instalação elétrica disponível, para a utilização dos
comandos de acionamento da iluminação em cada posto de trabalho.
Atualmente, existem novas tecnologias para controlar a iluminação, tornando-a
mais efi ciente em relação ao consumo de energia. Em locais fechados, é possível
149
Mariangela de Moura
a utilização de sensor de presença, acionando-se a iluminação, de acordo com o
movimento das pessoas; neste caso, deve-se levar em conta a quantidade de vezes
que este sensor acionará a lâmpada, e se isto será mais efi ciente que o desgaste com
o uso de uma lâmpada fl uorescente.
No sistema onde é utilizado a iluminação natural, em paralelo à iluminação artifi cial, é
possível controlar a utilização da iluminação artifi cial: quanto maior for a iluminação
natural, próximo as janelas, menor será a necessidade da fonte de luz artifi cial
permanecer ligada. Existe um sensor que funciona com os níveis adequados, e quando
a quantidade de lux (ver defi nição em capítulos anteriores) for sufi ciente dentro dos
parâmetros indicados nas normas, este dispositivo desligará a iluminação artifi cial,
gerando assim uma economia de energia, e tornando o sistema mais efi ciente. O
sistema permite o gerenciamento do consumo de energia com o aproveitamento
máximo da luz natural.
Geralmente, as luminárias utilizadas em escritórios possuem refl etores polidos, e
utilizam-se as lâmpadas fl uorescentes tubulares T5 e T8. A diferença entre a utilização
de uma lâmpada ou outra é o custo do equipamento e a vida útil. O custo inicial mais
baixo é o da luminária e da lâmpada T8; mas, a T5, com diâmetro de 16 mm, possui
uma tecnologia mais moderna e a sua vida útil é maior, além de poder ser instalada
em luminárias com menor altura, o que, em certas situações, onde a altura entre o
forro e o teto é pequena, é considerada a melhor solução.
O sistema de iluminação deve ser de fácil manutenção e reposição dos seus
componentes; não se deve esquecer da limpeza nos equipamentos para não perder
o rendimento e efi ciência ao longo da utilização. Junto ao projeto de iluminação, é
necessário as especifi cações técnicas dos equipamentos para reposição, como, o tipo
de lâmpada, a temperatura de cor, para não comprometer a iluminação e o projeto
ao longo do tempo.
150
Mariangela de Moura
5.2. Ambientes agradáveis e funcionalidade
A valorização dos espaços de escritório, através da iluminação, deverá melhorar o
ambiente e torná-lo um local mais agradável para as atividades profi ssionais. O fator
estético e a qualidade da iluminação deste ambiente devem ser considerados como
um dos principais elementos de um projeto luminotécnico, para que o funcionário
tenha conforto visual e motivação no espaço em que trabalha.
Hoje existe uma nova realidade em relação à distribuição de espaços e à utilização
de modernos equipamentos nos escritórios, para isto, é essencial que a iluminação
esteja perfeitamente adequada para atender às diferentes necessidades. Além do
sistema de iluminação ser efi ciente, este deve proporcionar, também, menor cansaço
e tensão; menor ofuscamento; maior nível de iluminação no plano de trabalho;
diminuir as refl exões indesejáveis nas telas dos computadores, tornando assim o
ambiente de trabalho mais agradável e estimulante.
Neste caso, há um recurso que atende às várias tarefas, entre o uso do computador
e a leitura, que é a combinação entre estas tarefas e o sistema de iluminância, em
que esta não pode exceder 500 lux e utilizar o sistema de iluminação geral que não
cause ofuscamento. (COSTA, 2007, p. 50, apud IESNA, 2000).
Um projeto correto de iluminação deverá ter uma luz adequada e uniforme nos
planos de trabalho; quanto melhor distribuído o sistema de iluminação no ambiente,
melhor será o equilíbrio da iluminação neste escritório. A especifi cação das fontes de
luz e das luminárias torna-se importante para alcançar este resultado. Pode-se, em
um mesmo ambiente, utilizar vários tipos e modelos de luminárias e lâmpadas para
o projeto; o correto é buscar a melhor solução dentro deste espaço. Para obter-se
este equilíbrio de iluminação no ambiente, o projetista tem que imaginar o tipo de
iluminação que será utilizado no espaço, consultar os vários tipos de luminárias/
lâmpadas, e calcular qual será o mais correto e equilibrado para aquele escritório.
151
Mariangela de Moura
Em escritórios, além da iluminação uniforme, é possível criar cenas diferentes,
utilizando-se luminárias pontuais para destacar um objeto ou um quadro. Na
recepção de um escritório, é possível utilizar-se luminária pendente, com lâmpada
incandescente, para criar uma iluminação diferenciada da restante do mesmo
ambiente.
Na utilização, em um projeto de iluminação de lâmpadas fl uorescentes, é necessário,
na hora da especifi cação da lâmpada, a atenção com temperatura de aparência, de
cor amarela (3.000K), ou de cor branca (4.000K e 5.000K). O índice de reprodução
de cor deve fi car sempre acima de 85%, o que, atualmente, é fácil ser alcançado,
devido à modernização e evolução das lâmpadas.
A especifi cação correta da luminária deve evitar o ofuscamento no plano de trabalho.
A utilização de difusores nas luminárias, como forma de se prevenir o ofuscamento,
é indicada, quando se tem a intenção de reduzir a luminância da luminária. Estes
difusores podem ser de vidro jateado, branco, ou de acrílico fosco.
O dispositivo antiofuscamento nas luminárias reduz o incômodo da visão direta da
lâmpada, que é composto de aletas em forma parabólicas, em alumínio polido, ou
pintado de branco. A função deste dispositivo é redirecionar os raios luminosos, e
possibilitar maior efi ciência do sistema de iluminação.
Os efeitos de iluminação nos sistemas utilizados são classifi cados como: iluminação
direta; iluminação indireta; iluminação direta e indireta; iluminação de destaque. O
importante é saber quando utilizar-se cada um, e a diferença entre eles.
A iluminação direta, geralmente, é instalada no teto, e incide diretamente de cima
para baixo, no plano de trabalho, tornando a superfície de trabalho mais destacada.
A luz direta produz sombras marcantes nas áreas de tarefa, e pode gerar, com
desvantagem, um ofuscamento ou refl exões indesejáveis. A forma de corrigir esta
refl exão é a correta especifi cação da luminária.
152
Mariangela de Moura
A iluminação indireta refl ete no teto ou na parede antes de chegar ao plano de
trabalho. O uso deste tipo de iluminação pode ser feito através de sancas, rasgos ou
luminárias, que projetem a luz para o teto. A vantagem é que o ambiente apresenta
conforto visual, minimizando as sombras causadas pelo sistema de iluminação direta;
diminui os contrastes entre as superfícies, causando assim, menos fadiga visual. A
desvantagem é que o custo deste sistema é superior ao outro.
A associação dos sistemas de iluminação, direta e indireta, tem como vantagens:
brilho, conforto, e alguns destaques da iluminação no ambiente; e, geralmente as
pessoas preferem esta combinação. Neste sistema, as proporções de combinação
podem variar de (20% a 80%), mudando, assim, o efeito na iluminação, e o resultado
obtido.
A iluminação de destaque, geralmente, é utilizada como complemento da
iluminação geral. A utilização mais freqüente desse tipo de iluminação é nas
entradas, como indicação do caminho; nas recepções; e, para destaque de
objetos e quadros. O ambiente onde se utiliza esta iluminação fica mais atrativo,
menos monótono. Pode ser utilizada, também, como uma outra cena de luz, nas
salas de reunião, podendo, por exemplo, ficar acesa quando se está projetando
imagens.
Em um escritório existem diferentes tipos de ambientes, e para cada um deve ser
planejada uma iluminação, mais adequada e diferenciada.
Sala de reunião
Existem situações de utilização diferenciada neste ambiente: a projeção de imagens,
através de vídeo, ou tela sobre uma parede; e a leitura/escrita em papel, na superfície
153
Mariangela de Moura
da mesa. Para a atividade de escrita, o mais indicado é utilizar-se luminárias com
as mesmas características das utilizadas nas salas de trabalho -, com lâmpadas
uorescentes tubulares ou compactas.
No caso da projeção das imagens, é necessário uma iluminação mínima para a mesa,
permitindo as anotações durante a exibição do vídeo, sem atrapalhar a defi nição da
imagem que está sendo projetada; e uma luz fraca, em alguns locais de destaque,
ou em pontos interessantes.
No planejamento da iluminação de uma sala de reunião, deve-se pensar nos
acionamentos e no sistema total do ambiente, permitindo ligar e desligar a luz,
sempre que necessário; se possível, a automação da iluminação em conjunto com
o sistema de projetor de imagens e fechamento/abertura das cortinas. O ideal é a
utilização de dimmer eletrônico para o acionamento gradativo da iluminação, o que
permite uma transição entre o muito iluminado e a iluminação fraca.
No uso dos diferentes tipos de luminárias, com lâmpadas fl uorescentes para
iluminação geral ou, para iluminação de leitura; e iluminação pontual, para destaque
nos quadros/ objetos, é necessário considerar-se os acionamentos das luminárias
diferenciados, e que os circuitos sejam projetados, separadamente. Não se deve
esquecer a utilização do dimmer, para controlar a intensidade e ajustar o contraste,
de acordo com a necessidade da imagem que está sendo exibida.
As luminárias em que se utilizam lâmpadas fl uorescentes tubulares podem ter o
dispositivo antiofuscamento, para evitar a visão direta da lâmpada, ou possuir
difusores opacos para tornar a luz mais suave e confortável. Atualmente, é usual a
especifi cação de luminárias, tipo balizadores, com lâmpadas de baixa potência, para
permanecerem o tempo todo acessas, indicando um caminho, ou simplesmente como
referência para o espaço.
154
Mariangela de Moura
Sala de trabalho
Neste ambiente, devem ser utilizadas luminárias com lâmpada fl uorescente tubular ou
compacta. O espaço é destinado à execução de tarefas de leitura / escrita em papel,
ou a utilização de tela do monitor de um computador. A utilização de luminárias com
lâmpadas incandescentes deve ser evitada, pois além de produzirem mais calor, não
têm a efi ciência luminosa e o consuno de energia é maior, se comparadas às lâmpada
uorescentes.
Geralmente, o pé direito de um ambiente de escritório não é alto, mas se existirem
situações em que esta altura seja superior à usual, podem ser utilizadas luminárias,
com lâmpadas de vapor metálico; a única preocupação é a baixa reprodução de cor
de algumas lâmpadas.
Para um sistema de iluminação em escritório aberto, tipo landscape, é aconselhável
dividir-se os circuitos em setores, para poder acionar ou desligar, quando necessário,
em parte do andar, o que permite uma economia de energia. Também é bom lembrar-
se da iluminação de emergência, que pode estar ligada em algumas luminárias da
paginação normal do teto, sem a necessidade de existirem outras luminárias soltas,
e colocadas fora da paginação do teto.
Ainda nas salas de trabalho, é possível utilizar-se uma iluminação de destaque para
a iluminação de quadros e objetos, com acionamento separado das luminárias, que
permanecem o tempo todo ligadas, podendo assim ser uma opção: ligar, ou não.
Circulação
A iluminação geral é a melhor indicação para esta área. É um espaço que tem como
nalidade a circulação de pessoas, e a ligação entre os diversos setores de uma
155
Mariangela de Moura
empresa. Na norma, o nível de iluminação para os corredores é inferior ao indicado
para as estações de trabalho; portanto, deve a mesma permitir a movimentação de
pessoas com segurança.
A circulação é um ambiente onde as luminárias permanecem a maioria do tempo
acessas; a preocupação do projetista, no momento do projeto, em ambientes de
trabalho, é a de atender à especifi cação da lâmpada mais econômica possível para
este local.
Na concepção geral do projeto de iluminação, é interessante a utilização de
balizadores, para realçar os desníveis existentes, e marcar o caminho a seguir. Estas
luminárias podem ser utilizadas em conjunto, a outras luminárias, do teto ou parede;
ou, utilizadas separadamente, desde que não deixe de cumprir a sua função, que é
permitir a circulação, em segurança, das pessoas.
Também é interessante a utilização de luminárias do tipo arandelas, para tornar
este espaço diferenciado e aconchegante. A utilização das luminárias pode ser com
lâmpadas incandescente ou fl uorescente, de cor amarela.
Os leds são outra opção de iluminação para a utilização dos balizadores, ou a utilização
da led line, para iluminação no teto ou parede. A desvantagem deste sistema é que
a tecnologia ainda é nova, e o custo é muito elevado. O aspecto positivo é que o
consumo de energia é muito baixo, e a vida útil bem elevada. No sistema de leds,
também pode ser utilizado um sistema com leds colorido, para dar movimentação
na iluminação
Na circulação, podem ser utilizadas luminárias acionadas por um sistema de fotocélula,
no caso de existir iluminação natural, quando a luz externa não for sufi ciente, e,
156
Mariangela de Moura
acionado o sistema de iluminação artifi cial. O uso de um sensor de presença, no
caso de circulação, sem iluminação natural, com minuteria para desligar o sistema,
também é recomendável. A utilização de lâmpadas fl uorescentes nestes casos, em
que o liga/desliga é freqüente, não é muito indicado, pois a vida útil da lâmpada
será reduzida.
Áreas auxiliares
Geralmente, na iluminação da copa e da cozinha é utilizada lâmpadas fl uorescentes
compactas, e a luminária com difusor branco ou transparente, no fechamento da
mesma. O cuidado é que, na superfície de trabalho (bancada da pia), a iluminação
seja sufi ciente para e execução das tarefas, ou, além da iluminação geral no teto,
também seja planejada uma iluminação pontual na bancada da pia, para prevenir as
sombras.
No caso dos banheiros, a melhor iluminação é a combinada -, iluminação geral com
iluminação pontual -, em cima da bancada. A iluminação geral pode ser feita, através
de luminária, com difusor leitoso, e da utilização de lâmpadas incandescentes ou
uorescentes.
Existem duas maneiras de se iluminar a casa de máquinas ou sala auxiliar, espaços
que geralmente necessitam de características de segurança da luminária. É possível
utilizarem-se as luminárias, chamadas de tartaruga, devido à sua blindagem, com
lâmpada incandescente, para ser acesa, somente quando for necessário; ou a
utilização de luminárias, com lâmpada fl uorescente, mais apropriada para este fi m,
sem o risco de estourar.
157
Mariangela de Moura
Considerações Finais
O projeto de iluminação deve caminhar integrado ao projeto de arquitetura. A
iluminação pode modifi car totalmente as características de um ambiente. A valorização
e o crescimento deste segmento mudaram a percepção sobre iluminação em relação
à Arquitetura, tanto no espaço interno quanto nas fachadas. É possível modifi car
totalmente as sensações que se tem de um espaço somente com uso de iluminação.
Portanto “iluminar” ou “não iluminar” tornou-se um aspecto fundamental para a boa
ou má percepção de um ambiente.
O conforto, a satisfação do usuário e a efi ciência energética da edifi cação são
algumas das principais qualidades em projeto de iluminação em escritórios. Cabe
ao projetista promover o uso efi ciente e correto destas características, através
de sistemas que utilizem a iluminação natural e artifi cial. Preferencialmente, o
planejamento destes sistemas deve integrar-se ao planejamento global da edifi cação
desde a sua concepção inicial. Quando assim não for, a Avaliação Pós-Ocupação – APO
é uma poderosa ferramenta de investigação para analisar o ambiente e propor as
modifi cações necessárias.
Um projeto de iluminação não começa na escolha dos equipamentos, mas sim na
necessidade do usuário e na sensação que se quer transmitir. Depois de conhecer
estas informações é que o projetista seleciona as fontes de luz, luminárias e
equipamentos auxiliares, por isto, é importante conhecer os tipos e as características
dos equipamentos disponíveis para auxiliar na escolha da melhor solução no ambiente
que vai ser iluminado.
A dissertação apresentada teve como fi nalidade destacar a importância de um
projeto de iluminação como parte fundamental da Arquitetura e os benefícios que
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Mariangela de Moura
a iluminação pode trazer no conforto visual e o bem estar do usuário no espaço de
escritórios.
As pessoas devem sentir os efeitos da iluminação, porém de maneira adequada e sem
ofuscamento ou desconforto. Deve haver um equilíbrio entre iluminação geral e de
destaque, entre iluminação natural e artifi cial. As lâmpadas utilizadas devem ter um
índice de reprodução de cor adequado.
Na iluminação do escritório analisado, pôde-se observar através da APO que o custo-
benefício não estava equilibrado e que é possível melhorar a iluminação, utilizando
luminárias mais efi cientes - com a diminuição da potência da lâmpada e o aumento
da efi ciência da luminária através de parábolas refl etoras, elevando, assim, a
iluminância no posto de trabalho.
Na avaliação resultante do walkthrough e dos questionários aplicados foi observado
que:
A grande parte dos funcionários não considera a iluminação do seu posto
sufi ciente;
Para a maioria das pessoas existe ofuscamento provocado pelo atual
sistema de iluminação instalado; e
Que 75% dos servidores gostariam de ter o controle do sistema.
No sistema de iluminação existente foram identifi cados vários problemas no aspecto
‘ofuscamento’, de iluminação não adequada para o desenvolvimento das tarefas
usuais do escritório, além do gasto desnecessário de energia, provocado pela
utilização de luminárias não efi cientes.
Na proposta do projeto de iluminação apresentada é possível solucionar várias
questões levantadas pelos instrumentos da APO, pelas medições e pela aplicação
159
Mariangela de Moura
dos questionários referentes à iluminação artifi cial.
Juntamente à apresentação da situação atual da iluminação dos escritórios da sede
do IBGE, no Capítulo 4 documentou-se uma nova proposta do sistema de iluminação,
seguindo com critérios e parâmetros recomendados pela norma técnica. Apresentou-
se também as recomendações para projetos de iluminação visando à melhoria do
desempenho lumínico do ambiente através do uso adequado das lâmpadas, luminárias
e equipamentos auxiliares para ambientes semelhantes àquele verifi cado no estudo
de caso. As recomendações objetivam uma sugestão a seguir, não se constituindo em
regras a serem cumpridas com rigor pelos profi ssionais da área de desenvolvimento
de reformas ou de novos projetos no campo da iluminação.
Espera-se que as refl exões sejam facilitadores no processo criativo de um projeto
de iluminação e que valorizem o conforto visual e ambiental necessário para o bom
desempenho das atividades em ambiente de escritórios.
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PROARQ - PROGRAMA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
Pesquisa para dissertação de mestrado - Avaliação Pós-Ocupação (APO) - IBGE/ 2007
QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÂO DOS USUÁRIOS
Este questionário pretende analisar a iluminação dos espaços físicos do IBGE, tendo em vista a
identifi cação de pontos críticos, prioridades e a adequação do prédio às atividades desenvolvidas.
Preenchendo este questionário, você estará dando uma contribuição para os projetos de iluminação
em escritórios.
ATENÇÃO
A sua identifi cação não é obrigatória.
• Indicar suas respostas marcando um x nos espaços correspondentes.
• Comentários/sugestões poderão ser efetuados, por escrito, ao fi nal do questionário,
no campo OBSERVAÇÕES.
QUADRO 01: DADOS PESSOAIS
SEXO Masculino Feminino
IDADE
menos de
25 anos
25 a 40 anos
41 a 55
anos
mais de 55
anos
QUADRO 02: LOCAL DE TRABALHO
Local de trabalho (prédio/sala) Período aproximado de permanência diária
................. horas/dia
QUADRO 03: AVALIAÇÂO DOS AMBIENTES DE TRABALHO DO IBGE
1 - Você gosta do seu ambiente de trabalho?
Sim Não
2 - Como você classifi ca as instalações físicas do seu local de trabalho?
Excelente Boa Regular Ruim
3 - A iluminação na sua sala de trabalho é sufi ciente para executar o seu serviço?
Sim Não
4 - Como você considera a iluminação natural da sua sala para ler e escrever?
Excelente Boa Regular Ruim
5 - As lâmpadas da sua sala de trabalho permanecem o tempo todo acesas?
Sim Não
Anexo 1
QUESTIONÁRIOS – Aplicados aos servidores
176
Mariangela de Moura
6 - Observe a cor da luz (amarela ou branca) na sua sala. Para você esta cor é:
Agradável Desagradável Indiferente
7 - A luz que entra pela janela incomoda, causa ofuscamento?
Sim Não
8 - Existe algum ambiente no IBGE em que você considera a iluminação defi ciente/precária?
Especifi que. _______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
9 – O sistema de iluminação artifi cial (luminárias) provoca ofuscamento?
Sim Não
10 A iluminação no seu plano de trabalho, se você utiliza o computador, é?
Excelente Boa Regular Ruim
11 – Existem refl exões das luminárias na tela do seu computador?
Sim Não
12 – Caso existam, estas refl exões atrapalham o trabalho?
Sim Não
13 – Você gostaria de ter controle sobre o sistema de iluminação (ligar e desligar a iluminação do seu
posto de trabalho)?
Sim Não
14A manutenção (infra-estrutura) do sistema de iluminação é satisfatória?
Sim Não
15 – Qual a sensação que você tem ao entrar no escritório em relação à iluminação do ambiente?
Escuro Claro Outras __________________________________________
16 – No seu local de trabalho é possível ter uma visão do ambiente externo (janela)?
Sim Não
17 - Isto modifi ca a dinâmica das suas tarefas?
Sim Não Indiferente
18 - Completem os seguintes itens em ordem de importância para você
1 - Muito importante ( ) Iluminação no plano de trabalho
2 - Pouco importante ( ) Iluminação geral
3 - Não é importante ( ) Localização das janelas
( ) Tipos de luminárias
( ) Visão do ambiente externo
OBSERVAÇÕES:
Você tem sugestões para melhorias da iluminação no espaço de escritório do IBGE? Quais?
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
“OBRIGADA POR SUA ATENÇÃO E SEU TEMPO“
177
Mariangela de Moura
178
Mariangela de Moura
Anexo 2
Formulário do walkthrough realizado no IBGE
Dados Técnicos
ambiente setor
bloco pavimento
área data
pé-direito horário
Ocupantes Atividades
servidores
Mobiliário Luminárias
mesas
Comentários
Revestimentos Cores
piso piso
parede parede
teto teto
Croqui/Layout (mobiliários/equipamentos)
Fotos levantamento
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
PROARQ - PROGRAMA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA
Pesquisa para dissertação de mestrado - Avaliação Pós-Ocupação (APO) - IBGE/ 2007
Ficha de Inventário/Ficha Técnica
179
Mariangela de Moura
Anexo 3
Cálculos Luminotécnicos
ILUMINACAO SALA 2,95X7,53 8 ANDAR
Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
4 luminaires provide 475 lux maintained.
475 lux
224W
10,08
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
4
1,88 m
1,48 m
2,95 m
,94 m 1,88 m
7,53 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 1,21 cm = 1 m
Dimensions: X:7,53 m
Y:2,95 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 73,8 %
Wattage: 56,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108
180
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 2,95X7,53 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
474,9
578,8
300,6
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,9
1,6
0,6
Grid Summary
0,38 1,1 1,9 2,6 3,4 4,1 4,9 5,6 6,4 7,2
2,8
2,5
2,2
1,9
1,6
1,3
1,0
0,74
0,44
0,15
302,7 372,3 407,4 423,5 424,5 426,9 423,6 409,7 376,9 307,4
358,9 444,0 489,2 505,1 505,7 509,7 504,1 491,5 449,3 361,2
395,8 486,0 542,5 555,3 558,6 564,5 553,0 544,6 492,2 394,4
404,0 490,9 554,4 564,7 572,6 578,8 561,6 556,2 497,1 400,8
393,8 486,2 533,9 557,8 560,1 562,1 557,2 535,4 489,0 393,8
391,9 489,8 531,2 559,2 560,3 559,4 560,5 532,6 490,2 394,5
398,0 496,0 546,6 564,8 571,2 570,8 566,1 547,9 496,6 400,5
388,2 486,6 532,7 551,5 554,1 554,3 552,8 534,0 487,3 390,4
353,8 441,7 482,5 499,8 501,4 501,9 500,8 483,9 442,7 355,8
300,6 369,8 404,1 419,4 422,2 421,8 420,1 405,4 371,0 302,8
Grid Values
181
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 2,95X7,53 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
314.5
3
1
4
.
5
314.5
3
1
4
.
5
342.3
3
4
2
.
3
342.3
3
4
2
.
3
3
7
0
.
1
3
7
0
.
1
3
7
0
.
1
3
7
0
.
1
3
9
7
.
9
3
9
7
.
9
3
9
7
.
9
3
9
7
.
9
3
9
7
.
9
3
9
7
.
9
4
2
5
.
8
4
5
3
.
6
4
8
1
.
4
5
0
9
.
2
5
3
7
.
0
5
6
4
.
8
5
6
4
.
8
300
.6
353.8
388
.2
398.0
391.9
393.8
404.0
395.
8
358.9
302.7
369.
8
441.7
486.6
496.
0
489.8
486.2
490.9
486.0
44
4.0
372.3
404.1
482.
5
532.7
546.6
531.
2
533.9
554.4
542.5
489.2
407.4
419.4
499.8
551.5
564.8
559.2
55
7.8
564.7
555.3
505.1
423.
5
422.2
501.
4
554.1
571.2
560.
3
560.
1
572.
6
558.6
505.7
424.5
421.8
501.
9
554.3
570.8
55
9.4
562.1
578.8
564.5
509.7
426.9
420.1
500.8
552.8
566.1
560.5
55
7.2
561.6
553.0
504.1
423.6
405.
4
483.9
534.0
547.
9
532.6
535.4
55
6.2
544.6
491.5
409.
7
371.
0
442.7
487.3
496.
6
490.
2
489.0
497.1
492.2
44
9.3
376.
9
302.8
355.8
390.
4
400.5
394.5
393.8
400.8
394.
4
361.2
307.4
0.0 0.8 1.5 2.3 3.0 3.8 4.5 5.3 6.0 6.8
0.0
0.3
0.6
0.9
1.2
1.5
1.8
2.1
2.4
2.7
314.5
342.3
370.1
397.9
425.8
453.6
481.4
509.2
537.0
564.8
182
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 772X291 8 ANDAR
Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
4 luminaires provide 472 lux maintained.
472 lux
224W
9,97
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
4
1,87 m
1,36 m
2,91 m
,93 m 1,87 m
7,72 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 1,18 cm = 1 m
Dimensions: X:7,72 m
Y:2,91 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 73,8 %
Wattage: 56,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108
183
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 772X291 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
472,0
577,9
265,3
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
2,2
1,8
0,6
Grid Summary
0,39 1,2 1,9 2,7 3,5 4,2 5,0 5,8 6,6 7,3
2,8
2,5
2,2
1,9
1,6
1,3
1,0
0,73
0,44
0,15
288,1 353,9 386,1 401,9 401,6 404,8 399,1 381,0 341,7 265,3
346,3 428,7 471,4 487,1 487,2 488,2 480,2 464,7 413,8 313,3
391,4 481,9 536,4 547,7 552,5 552,9 541,4 527,3 462,9 349,4
407,6 495,3 560,6 564,9 577,9 577,5 563,1 550,4 472,2 362,3
401,8 492,1 549,2 562,2 570,7 572,3 560,8 539,4 468,2 357,1
395,7 493,4 538,7 560,2 563,6 565,8 559,6 528,6 469,5 352,6
400,1 498,9 549,1 567,6 573,1 572,1 566,3 538,3 474,5 358,7
397,4 497,1 546,9 563,6 568,3 566,3 560,3 535,8 473,3 356,5
372,9 468,0 511,3 530,4 529,7 528,2 523,0 500,3 448,7 334,7
325,1 403,5 441,1 457,5 459,0 456,2 452,0 432,0 387,5 293,9
Grid Values
184
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 772X291 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
2
8
0
.
9
3
1
2
.
2
312.2
3
1
2
.
2
343.4
3
4
3
.
4
343.4
3
4
3
.
4
3
7
4
.
7
3
7
4
.
7
3
7
4
.
7
4
0
6
.
0
4
0
6
.
0
4
3
7
.
2
4
6
8
.
5
4
9
9
.
8
5
3
1
.
0
5
6
2
.
3
325.1
372.9
397.4
400.1
395.7
401.8
407.6
391.4
346.3
288
.1
403.5
468.0
497.1
498.9
493.4
492.1
495.3
481.9
428.7
353.9
441.1
511.3
546.9
549.1
538.7
549.2
560.6
536.4
471.4
386.1
457.5
530.4
563.6
567.6
560.2
562.2
564.9
547.7
487.1
401.9
459.0
529.7
568.3
573.1
563.6
570.7
577.9
552.5
487.2
401.6
456.2
528.2
566
.3
572.1
565.8
572.3
577.5
552.9
488.2
404.8
452.0
523.0
560.3
566.3
559.6
560.8
563.1
541.4
480.2
399.1
432.0
500.3
535.8
538.3
528.6
539.4
550.4
527.3
464.7
381.0
387.5
448.7
473.3
474
.5
469.5
468.2
472.2
462.9
413.8
341.7
293.9
334.7
356.5
358.7
352.6
357.1
362.3
349.4
313.3
265.3
0.0 0.8 1.5 2.3 3.1 3.9 4.6 5.4 6.2
0.0
0.3
0.6
0.9
1.2
1.5
1.7
2.0
2.3
280.9
312.2
343.4
374.7
406.0
437.2
468.5
499.8
531.0
562.3
185
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 2,790X7,47 8 ANDAR
Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
4 luminaires provide 482 lux maintained.
482 lux
224W
10,34
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
4
1,87 m
1,36 m
2,9 m
,93 m 1,87 m
7,47 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 1,22 cm = 1 m
Dimensions: X:7,47 m
Y:2,9 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 73,8 %
Wattage: 56,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108
186
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 2,790X7,47 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
481,7
585,0
291,7
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
2,0
1,7
0,6
Grid Summary
0,37 1,1 1,9 2,6 3,4 4,1 4,9 5,6 6,3 7,1
2,8
2,5
2,2
1,9
1,6
1,3
1,0
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Grid Values
187
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 2,790X7,47 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
306.4
3
0
6
.
4
335.7
3
3
5
.
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335.7
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.
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.
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.
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.
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.
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.
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.
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.
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.
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.
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.
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.
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.
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.
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.4
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.4
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576.1
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.7
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566
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188
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 772X278 8 ANDAR
Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
4 luminaires provide 483 lux maintained.
483 lux
224W
10,51
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
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4
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1,36 m
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,93 m 1,87 m
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Reflected Ceiling Plan
Scale: 1,18 cm = 1 m
Dimensions: X:7,72 m
Y:2,76 m
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Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
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0,5
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Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 73,8 %
Wattage: 56,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108
189
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 772X278 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
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0,75
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Statistics
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Uniformity:
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Grid Values
190
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 772X278 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
3
0
8
.
0
3
0
8
.
0
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3
3
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.
0
337.0
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.
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6
.
0
366.0
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.
9
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.
9
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.
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.
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.
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.
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.0
495.5
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555.1
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.2
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.1
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566
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524.6
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454.3
522
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571.2
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562.4
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558.5
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546.9
500
.9
427.4
389.9
449.3
476.9
479.5
475.2
472.7
476.5
475.4
444.2
382.3
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359.5
363.8
356.4
357.7
366.5
361.9
336.3
293.6
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0.0
0.3
0.6
0.8
1.1
1.4
1.7
1.9
2.2
2.5
308.0
337.0
366.0
394.9
423.9
452.9
481.8
510.8
539.8
568.7
191
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 772X273 8 ANDAR
Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
4 luminaires provide 485 lux maintained.
485 lux
224W
10,63
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
4
1,87 m
1,36 m
2,73 m
,93 m 1,87 m
7,72 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 1,18 cm = 1 m
Dimensions: X:7,72 m
Y:2,73 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 73,8 %
Wattage: 56,0W (connected)
Aiming: O:0° T: S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108
192
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 772X273 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
485,2
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297,9
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
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1,6
0,6
Grid Summary
0,39 1,2 1,9 2,7 3,5 4,2 5,0 5,8 6,6 7,3
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2,0
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Grid Values
193
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 772X273 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
3
1
2
.
2
3
1
2
.
2
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3
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.
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.
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.
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496.1
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.7
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403.7
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55
8.1
515.6
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.5
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566
.6
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529.5
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568.1
583.6
574.8
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458.7
459.0
527.8
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578.2
569.6
571.3
584.0
575.0
531.3
459.3
454.8
522
.7
562.4
572.1
564.7
562.8
569.5
561.3
521.7
452.5
434.9
500
.7
538.6
545.6
531.3
534.7
555.4
549.5
506.9
436.8
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44
9.4
477
.4
480.5
476.3
473.7
477.2
477.4
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33
7.2
360.1
364.8
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357.7
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340.4
299
.2
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0.0
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455.2
483.9
512.5
541.1
569.7
194
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 2,71X7,47 8 ANDAR
Summary for Layout #1: FE1799414.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
4 luminaires provide 496 lux maintained.
496 lux
224W
11,07
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
4
1,87 m
1,36 m
2,71 m
,93 m 1,87 m
7,47 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 1,22 cm = 1 m
Dimensions: X:7,47 m
Y:2,71 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: FE1799414.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 73,8 %
Wattage: 56,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 4 Lamp Lumens: 1.108
195
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 2,71X7,47 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
495,7
589,9
330,7
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,8
1,5
0,7
Grid Summary
0,37 1,1 1,9 2,6 3,4 4,1 4,9 5,6 6,3 7,1
2,6
2,3
2,0
1,8
1,5
1,2
0,95
0,68
0,41
0,14
333,7 410,5 450,0 466,4 466,9 469,8 466,1 452,3 415,5 337,8
382,1 471,2 520,7 536,1 536,5 541,0 534,8 522,9 476,8 383,4
409,5 499,6 559,7 571,4 576,1 582,4 568,8 561,8 506,0 407,3
413,2 500,4 564,6 575,3 584,0 589,9 572,5 566,4 506,3 410,1
403,3 495,9 544,4 568,5 571,5 573,3 568,0 545,9 498,6 403,4
401,5 499,3 541,9 569,9 571,7 570,8 571,1 543,3 499,8 404,2
407,7 505,7 557,3 576,1 582,9 582,5 577,3 558,7 506,4 410,3
401,8 501,3 549,7 568,3 572,0 572,1 569,6 551,0 502,0 404,1
376,0 469,4 512,5 530,8 531,5 532,0 532,0 513,8 470,3 377,9
330,7 407,8 445,7 461,5 463,8 463,8 462,3 447,0 409,0 332,8
Grid Values
196
Mariangela de Moura
ILUMINACAO SALA 2,71X7,47 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
343.6
3
4
3
.
6
343.6
3
4
3
.
6
369.6
3
6
9.
6
369.6
3
6
9
.
6
3
9
5
.
5
3
9
5
.
5
3
9
5
.
5
3
9
5
.
5
4
2
1
.
4
421.4
4
4
7
.
3
4
4
7
.
3
4
7
3
.
2
4
9
9
.
1
5
2
5
.
1
5
5
1
.
0
5
7
6
.
9
5
7
6
.
9
330.7
376.0
401.8
407.7
401.5
403.3
413.2
409.5
382.1
333.7
407.8
469.4
501.3
505.7
499.3
495.9
500.4
499.6
471.2
410.5
445.7
512.5
549.7
557.3
541.9
544.4
564.6
559.7
520.7
450.0
461.5
530.8
568.3
576.1
569.9
568.5
575.3
571.4
536.1
466.4
463.8
531.5
572.0
582.9
571.7
571.5
584.0
576.1
536.5
466.9
463.8
532.0
572.1
582.5
570.8
573.3
589.9
582.4
541.0
469.8
462.3
532.0
569.6
577.3
571.1
568.0
572.5
568.8
534.8
466.1
447.0
513.8
551.0
558.7
543.3
545.9
566.4
561.8
522.9
452.3
409.0
470.3
502.0
506.4
499.8
498.6
506.3
506.0
476.8
415.5
332.8
377.9
404.1
410.3
404.2
403.4
410.1
407.3
383.4
337.8
0.0 0.7 1.5 2.2 3.0 3.7 4.5 5.2 6.0
0.0
0.3
0.5
0.8
1.1
1.4
1.6
1.9
2.2
2.4
343.6
369.6
395.5
421.4
447.3
473.2
499.1
525.1
551.0
576.9
197
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 6,16X2 8 ANDAR
Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
4 luminaires provide 251 lux maintained.
251 lux
208W
16,88
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
4
1,54 m
1, m
2, m
,77 m 1,54 m
6,16 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 1,48 cm = 1 m
Dimensions: X:6,16 m
Y:2, m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 51,0 %
Wattage: 52,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448
198
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 6,16X2 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
251,3
290,4
187,5
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,5
1,3
0,7
Grid Summary
0,31 0,92 1,5 2,2 2,8 3,4 4,0 4,6 5,2 5,9
1,9
1,7
1,5
1,3
1,1
0,90
0,70
0,50
0,30
0,10
189,7 220,8 235,4 247,4 248,9 249,0 246,8 234,5 219,5 187,5
201,4 236,3 251,4 265,2 265,8 266,1 264,3 250,5 235,0 198,6
210,9 249,1 262,9 279,8 278,9 279,6 278,7 261,9 247,9 207,4
215,3 257,3 269,3 289,5 285,8 286,3 287,8 268,2 256,5 211,8
213,3 256,1 268,8 288,8 284,6 284,6 286,7 267,6 255,6 210,3
213,2 258,2 269,4 288,1 285,6 284,8 289,0 268,3 254,8 211,2
215,1 259,4 271,1 289,8 288,8 287,3 290,4 270,1 256,7 214,6
211,1 251,0 265,8 281,2 283,2 281,5 281,2 265,0 249,0 211,2
202,1 238,0 255,1 267,2 269,7 268,9 266,9 254,4 236,7 201,8
190,6 222,4 239,0 249,8 252,6 252,3 249,5 238,4 221,6 190,3
Grid Values
199
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 6,16X2 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
192.6
1
9
2
.
6
192.6
1
9
2
.
6
20
2
.
9
2
0
2
.
9
2
0
2
.
9
2
0
2
.
9
2
1
3
.
2
21
3.2
2
1
3
.
2
2
1
3
.
2
2
2
3
.
5
2
2
3
.
5
2
3
3
.
8
2
3
3
.
8
2
4
4
.
1
2
4
4
.
1
2
5
4
.
4
2
6
4
.
7
2
7
4
.
9
2
8
5
.
2
2
8
5
.
2
190.6
202.1
211
.1
215.1
213.2
213.3
215.3
210.9
201.4
189.7
222
.4
238.0
251.0
259.4
258.2
256.1
257.3
249.1
236.3
220.8
239.0
255.1
265.8
271.1
269.4
268.8
269.3
262
.9
251.4
235.4
249.8
267.2
281.2
289.8
288
.1
288.8
289.5
279.8
265.2
247.4
252
.6
269.7
283.2
288.8
285.6
284.6
285.8
278.9
265.8
248.9
252.3
268.9
281.5
287.3
284.8
284.6
286.3
279.6
266.1
249.0
249.5
266
.9
281.2
290.4
289.0
286.7
287.8
278.7
264.3
246.8
238.4
254.4
265.0
270.1
268.3
267.6
268.2
261.9
250.5
234.5
221.6
236.7
249.0
256.7
254.8
255.6
256.5
247.9
235.0
219.5
190.3
201.8
211
.2
214.6
211.2
210.3
211.8
207.4
198.6
187.5
0.0 0.6 1.2 1.8 2.5 3.1 3.7 4.3 4.9 5.5
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
1.8
192.6
202.9
213.2
223.5
233.8
244.1
254.4
264.7
274.9
285.2
200
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,97X1,94 8 ANDAR
Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
2 luminaires provide 181 lux maintained.
181 lux
104W
13,5
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
2
1,99 m
,97 m
1,94 m
,99 m 1,99 m
3,97 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 2,3 cm = 1 m
Dimensions: X:3,97 m
Y:1,94 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 51,0 %
Wattage: 52,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448
201
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,97X1,94 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
181,3
208,5
137,2
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,5
1,3
0,8
Grid Summary
0,20 0,60 0,99 1,4 1,8 2,2 2,6 3,0 3,4 3,8
1,8
1,6
1,5
1,3
1,1
0,87
0,68
0,49
0,29
0,10
139,1 159,4 175,1 177,3 176,7 176,9 177,3 174,3 157,7 137,2
146,6 170,1 188,1 189,4 187,6 188,1 189,7 187,2 168,1 144,3
151,9 178,9 199,5 199,1 195,7 196,1 199,7 198,4 176,3 149,4
154,7 183,1 207,9 203,9 200,2 200,4 204,6 206,8 180,3 152,2
154,5 180,4 208,4 202,0 200,1 200,2 202,1 207,2 178,2 152,0
154,5 180,2 208,5 203,0 200,7 200,5 202,0 207,4 179,2 152,5
154,9 182,6 208,2 206,6 201,9 201,4 204,6 207,3 183,0 153,8
152,3 178,8 200,0 202,4 198,4 197,7 200,3 199,2 179,6 151,8
147,3 170,5 188,7 192,2 191,0 190,2 190,9 188,1 170,7 147,3
140,0 160,0 175,6 179,7 180,0 179,5 178,8 175,2 160,0 140,1
Grid Values
202
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,97X1,94 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
140.7
1
4
0
.
7
140.7
1
4
0
.
7
1
4
7
.
9
1
4
7
.
9
1
4
7
.
9
1
4
7
.
9
1
5
5
.
0
1
5
5.
0
1
6
2
.
1
1
6
2
.
1
1
6
9
.
3
1
6
9
.
3
1
7
6
.
4
1
7
6
.
4
1
8
3
.
5
1
9
0
.
7
1
9
7
.
8
2
0
4
.
9
2
0
4
.
9
140.0
147.3
152.3
154.9
154.5
154.5
154.7
151.9
146.6
139.1
160.0
170.5
178.8
182.6
180.2
180.4
183.1
178.9
170.1
159.4
175.6
188.7
200.0
208.2
208.5
208.4
207.9
199.5
188.1
175.1
179.7
192.2
202.4
206.6
203.0
202.0
203.9
199.1
189.4
177.3
180.0
191.0
198.4
201.9
200.7
200.1
200.2
195.7
187.6
176.7
179.5
190.2
197.7
201.4
200.5
200.2
200.4
196.1
188.1
176.9
178.8
190.9
200.3
204.6
202.0
202.1
204.6
199.7
189.7
177.3
175.2
188.1
199.2
207.3
207.4
207.2
206.8
198.4
187.2
174.3
160.0
170.7
179.6
183.0
179.2
178.2
180.3
176.3
168.1
157.7
140.1
147.3
151.8
153.8
152.5
152.0
152.2
149.4
144.3
137.2
0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8 3.2
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
140.7
147.9
155.0
162.1
169.3
176.4
183.5
190.7
197.8
204.9
203
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,87X1,94 8 ANDAR
Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
2 luminaires provide 185 lux maintained.
185 lux
104W
13,85
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
2
1,94 m
,97 m
1,94 m
,97 m 1,94 m
3,87 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 2,36 cm = 1 m
Dimensions: X:3,87 m
Y:1,94 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 51,0 %
Wattage: 52,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448
204
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,87X1,94 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
184,5
211,3
140,1
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,5
1,3
0,8
Grid Summary
0,19 0,58 0,97 1,4 1,7 2,1 2,5 2,9 3,3 3,7
1,8
1,6
1,5
1,3
1,1
0,87
0,68
0,49
0,29
0,10
142,1 162,0 177,6 180,3 180,1 180,3 180,2 176,8 160,4 140,1
149,8 172,9 190,8 192,6 191,3 191,8 192,8 189,8 170,8 147,4
155,2 181,8 202,2 202,5 199,6 200,0 203,1 201,1 179,2 152,7
158,1 186,1 210,7 207,4 204,2 204,4 208,2 209,5 183,3 155,6
157,7 183,4 211,1 205,5 204,1 204,1 205,5 209,9 181,2 155,2
157,8 183,1 211,3 206,5 204,7 204,4 205,4 210,1 182,2 155,8
158,3 185,7 211,0 210,2 206,0 205,4 208,1 210,0 186,1 157,2
155,6 181,8 202,7 205,7 202,4 201,6 203,7 201,9 182,5 155,2
150,4 173,3 191,4 195,3 194,8 194,0 194,1 190,8 173,5 150,5
143,0 162,6 178,2 182,6 183,4 182,9 181,8 177,7 162,6 143,1
Grid Values
205
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,87X1,94 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
143.7
1
4
3
.
7
143.7
1
4
3
.
7
1
5
0
.
8
1
5
0
.
8
1
5
0
.
8
1
5
0
.
8
1
5
7
.
9
1
5
7
.
9
1
5
7
.
9
1
5
7
.
9
1
6
5
.
0
1
6
5
.
0
1
7
2
.
2
1
7
2
.
2
1
7
9
.
3
1
7
9
.
3
1
8
6
.
4
1
9
3
.
5
2
0
0
.
6
2
0
7
.
7
2
0
7
.
7
143.0
150.4
155.6
158.3
157.8
157.7
158.1
155
.2
149.8
142.1
162.6
173.3
181.8
185.7
183.1
183.4
186.1
181
.8
172.9
162.0
178.2
191.4
202
.7
211.0
211.3
211.1
210.7
202
.2
190.8
177.6
182.6
195.3
205.7
210.2
206.5
205.5
207.4
202.5
192.6
180.3
183.4
194.8
202.4
206.0
204.7
204.1
204.2
199.6
191
.3
180.1
182.9
194.0
201.6
205.4
204.4
204.1
204.4
200.0
191
.8
180.3
181.8
194.1
203.7
208.1
205.4
205.5
208.2
203.1
192.8
180.2
177.7
190.8
201.9
210.0
210.1
209.9
209.5
201.1
189.8
176.8
162.6
173.5
182.5
186.1
182.2
181
.2
183.3
179.2
170.8
160.4
143.1
150.5
155.2
157.2
155.8
155.2
155.6
152.7
147.4
140.1
0.0 0.4 0.8 1.2 1.5 1.9 2.3 2.7 3.1
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
143.7
150.8
157.9
165.0
172.2
179.3
186.4
193.5
200.6
207.7
206
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,27X1 8 ANDAR
Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
2 luminaires provide 251 lux maintained.
251 lux
104W
31,8
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
2
1,64 m
,5 m
1, m
,82 m 1,64 m
3,27 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 2,8 cm = 1 m
Dimensions: X:3,27 m
Y:1, m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 51,0 %
Wattage: 52,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448
207
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,27X1 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
250,9
270,5
213,0
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,3
1,2
0,8
Grid Summary
0,16 0,49 0,82 1,1 1,5 1,8 2,1 2,5 2,8 3,1
0,95
0,85
0,75
0,65
0,55
0,45
0,35
0,25
0,15
0,05
215,7 240,0 259,9 262,9 263,1 263,3 263,3 258,7 237,3 213,0
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217,7 242,6 268,9 266,5 266,9 266,7 266,5 267,6 239,8 215,2
216,4 238,7 266,0 263,0 265,2 264,9 262,4 264,6 236,4 213,9
216,4 238,5 266,0 263,6 265,5 265,1 262,3 264,8 237,1 214,3
217,8 242,1 269,1 268,3 268,0 267,3 266,3 268,0 241,6 216,2
218,1 243,7 268,6 270,5 268,9 268,1 268,1 267,6 243,9 217,1
217,6 242,9 265,1 269,7 268,2 267,3 267,2 264,2 243,6 217,0
216,0 239,9 260,5 266,0 266,0 265,1 264,0 259,7 240,4 215,8
Grid Values
208
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,27X1 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
215.8
215.8
2
1
5
.
8
2
2
1
.
6
2
2
1
.
6
2
2
7
.
3
2
2
7
.
3
2
3
3
.
1
2
3
3
.
1
2
3
8
.
8
2
3
8
.
8
2
4
4
.
6
2
4
4
.
6
2
5
0
.
3
2
5
0
.
3
2
5
6
.
1
2
5
6
.
1
2
6
1
.
8
2
6
1
.
8
2
6
7
.
6
267.6
2
6
7
.
6
216.0
217.6
218.1
217.8
216.4
216.4
217.7
218.1
217.4
215.7
239.9
242.9
243.7
242.1
238.5
238.7
242.6
244.3
243.4
240.0
260.5
265.1
268.6
269.1
266.0
266.0
268.9
268.3
264.7
259.9
266.0
269.7
270.5
268.3
263.6
263.0
266.5
267.7
266.4
262.9
266.0
268.2
268.9
268.0
265.5
265.2
266.9
267.1
265.9
263.1
265.1
267.3
268.1
267.3
265.1
264.9
266.7
267.1
265.9
263.3
264.0
267.2
268.1
266.3
262.3
262.4
266.5
268.2
267.1
263.3
259.7
264.2
267.6
268.0
264.8
264.6
267.6
267.0
263.4
258.7
240.4
243.6
243.9
241.6
237.1
236.4
239.8
241.1
240.2
237.3
215.8
217.0
217.1
216.2
214.3
213.9
215.2
215.4
214.7
213.0
0.0 0.3 0.7 1.0 1.3 1.6 2.0 2.3 2.6 2.9
0.0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
215.8
221.6
227.3
233.1
238.8
244.6
250.3
256.1
261.8
267.6
209
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 4,08x1,95 8 ANDAR
Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
3 luminaires provide 262 lux maintained.
262 lux
156W
19,61
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
3
1,36 m
,98 m
1,95 m
,68 m 1,36 m
4,08 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 2,24 cm = 1 m
Dimensions: X:4,08 m
Y:1,95 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 51,0 %
Wattage: 52,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448
210
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 4,08x1,95 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
261,7
305,8
201,1
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,5
1,3
0,8
Grid Summary
0,20 0,61 1,0 1,4 1,8 2,2 2,7 3,1 3,5 3,9
1,9
1,7
1,5
1,3
1,1
0,88
0,68
0,49
0,29
0,10
203,5 229,7 245,1 255,3 262,0 261,6 254,6 244,1 227,9 201,1
215,1 244,9 261,3 272,3 280,0 279,5 271,5 260,3 243,0 212,1
224,4 257,7 274,1 284,9 294,7 293,9 283,8 273,3 255,5 220,8
228,5 266,6 281,1 291,1 304,0 302,6 290,0 280,6 263,9 224,8
226,6 267,3 278,6 289,8 301,4 300,2 288,8 277,2 264,0 223,3
226,5 266,7 279,7 290,3 300,9 302,2 289,6 277,3 265,6 224,3
228,4 266,7 284,2 292,7 304,3 305,8 292,3 281,1 265,6 227,6
224,7 258,3 277,3 287,7 296,2 296,9 287,5 275,0 257,4 224,8
215,9 245,8 264,1 276,0 282,3 282,5 275,6 262,9 245,1 215,6
204,5 230,7 247,8 258,8 264,7 264,6 258,4 247,1 230,1 204,2
Grid Values
211
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 4,08x1,95 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
206.3
2
0
6
.
3
206.3
2
0
6
.
3
2
1
6
.
8
2
1
6
.
8
2
1
6
.
8
2
1
6
.
8
227.2
2
2
7
.
2
2
2
7
.
2
2
2
7
.
2
2
2
7
.
2
2
3
7.
7
2
3
7
.
7
2
4
8
.
2
2
4
8
.
2
2
5
8
.
6
258.6
2
6
9
.
1
2
7
9
.
6
2
9
0
.
1
3
0
0
.
5
204.5
215.9
224.7
228.4
226.5
226.6
228.5
22
4.4
215.1
203.5
230.7
245.8
258.3
266.7
266.7
267.3
266
.6
257.7
244.9
229.7
247.8
264.1
277.3
284.2
279.7
278.6
281.1
274.1
261.3
245.1
258.8
276.0
287.7
292.7
290.3
289.8
291.1
284.9
272.3
255.3
264.7
282.3
296.2
304.3
300.9
301.4
304.0
294.7
280.0
262.0
264.6
282.5
296.9
305.8
302.2
300.2
302.6
293.9
279.5
261.6
258.4
275.6
287.5
292.3
289.6
288
.8
290.0
283.8
271.5
254.6
247.1
262.9
275.0
281.1
277
.3
277.2
280.6
273.3
260.3
244.1
230.1
245.1
257.4
265.6
265.6
264.0
263.9
255.5
243.0
227.9
204.2
215.6
224.8
227.6
224.3
223.3
224.8
220.8
212.1
201.1
0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.9 3.3 3.7
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.6
1.8
206.3
216.8
227.2
237.7
248.2
258.6
269.1
279.6
290.1
300.5
212
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,77x1,93 8 ANDAR
Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
2 luminaires provide 189 lux maintained.
189 lux
104W
14,29
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
2
1,56 m
,74 m
1,93 m
,78 m 1,56 m
3,77 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 2,43 cm = 1 m
Dimensions: X:3,77 m
Y:1,93 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 51,0 %
Wattage: 52,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448
213
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,77x1,93 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
188,5
229,5
115,1
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
2,0
1,6
0,6
Grid Summary
0,19 0,57 0,94 1,3 1,7 2,1 2,5 2,8 3,2 3,6
1,8
1,6
1,4
1,3
1,1
0,87
0,68
0,48
0,29
0,10
148,2 165,4 176,4 180,3 180,5 177,3 168,0 151,2 132,6 115,1
158,9 179,1 191,7 195,7 196,1 192,7 182,1 162,3 140,5 120,2
168,8 192,0 206,1 209,6 210,1 207,0 195,5 172,5 147,4 124,6
176,5 203,0 218,1 220,7 221,0 219,0 206,9 180,8 152,7 128,0
180,3 210,7 226,1 226,6 226,5 227,1 214,8 185,0 155,6 130,0
179,8 209,7 226,1 226,3 226,4 225,3 215,9 184,2 156,0 130,4
178,9 205,9 224,6 225,7 225,5 222,1 214,8 183,8 156,0 130,4
180,6 211,1 229,5 229,4 228,2 228,0 218,1 187,6 157,4 131,1
178,2 205,6 222,7 226,2 225,1 222,5 211,5 186,0 155,9 130,0
171,9 195,9 211,5 216,6 216,4 212,2 200,9 178,5 151,8 127,4
Grid Values
214
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,77x1,93 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
1
2
0
.
8
1
3
2
.
3
1
4
3
.
7
1
5
5
.
2
1
5
5
.
2
1
6
6
.
6
1
6
6
.
6
178.0
1
7
8
.
0
1
7
8
.
0
1
8
9
.
5
2
0
0
.
9
2
1
2
.
4
2
2
3
.
8
171
.
9
178
.
2
180
.
6
178
.
9
179
.
8
180
.
3
176
.
5
168
.
8
158
.
9
148
.
2
195
.
9
205
.
6
211
.
1
205
.
9
209
.
7
210
.
7
203
.
0
192
.
0
179
.
1
165
.
4
211
.
5
222
.
7
229
.
5
224
.
6
226
.
1
226
.
1
218
.
1
206
.
1
191
.
7
176
.
4
216
.
6
226
.
2
229
.
4
225
.
7
226
.
3
226
.
6
220
.
7
209
.
6
195
.
7
180
.
3
216
.
4
225
.
1
228
.
2
225
.
5
226
.
4
226
.
5
221
.
0
210
.
1
196
.
1
180
.
5
212
.
2
222
.
5
228
.
0
222
.
1
225
.
3
227
.
1
219
.
0
207
.
0
192
.
7
177
.
3
200
.
9
211
.
5
218
.
1
214
.
8
215
.
9
214
.
8
206
.
9
195
.
5
182
.
1
168
.
0
178
.
5
186
.
0
187
.
6
183
.
8
184
.
2
185
.
0
180
.
8
172
.
5
162
.
3
151
.
2
151
.
8
155
.
9
157
.
4
156
.
0
156
.
0
155
.
6
152
.
7
147
.
4
140
.
5
132
.
6
127
.
4
130
.
0
131
.
1
130
.
4
130
.
4
130
.
0
128
.
0
124
.
6
120
.
2
115
.
1
0.0 0.4 0.8 1.1 1.5 1.9 2.3 2.6 3.0
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
1.2
1.4
1.5
1.7
120.8
132.3
143.7
155.2
166.6
178.0
189.5
200.9
212.4
223.8
215
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,11X1,49 8 ANDAR
Summary for Layout #1: NOFRAME226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
2 luminaires provide 232 lux maintained.
232 lux
104W
22,44
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
2
1,56 m
,74 m
1,49 m
,78 m 1,56 m
3,11 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 2,94 cm = 1 m
Dimensions: X:3,11 m
Y:1,49 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: NOFRAME226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 51,0 %
Wattage: 52,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.448
216
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,11X1,49 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
232,5
255,4
191,0
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,3
1,2
0,8
Grid Summary
0,16 0,47 0,78 1,1 1,4 1,7 2,0 2,3 2,6 3,0
1,4
1,3
1,1
0,97
0,82
0,67
0,52
0,37
0,22
0,07
193,6 213,7 230,6 235,6 237,5 237,7 235,4 229,4 211,5 191,0
199,2 221,6 240,2 244,5 245,8 246,0 244,6 239,0 219,0 196,4
202,5 227,4 248,1 250,8 250,9 251,0 251,2 246,8 224,2 199,7
203,5 229,1 253,5 252,8 252,8 252,7 253,2 252,2 225,8 200,8
202,1 224,6 251,1 249,0 251,1 250,8 248,5 249,8 222,0 199,5
202,1 224,3 251,2 249,9 251,7 251,1 248,4 250,0 223,0 200,1
203,5 228,4 253,8 255,4 254,4 253,6 253,0 252,8 228,5 202,4
202,6 227,0 248,5 254,0 253,5 252,6 251,6 247,7 227,5 202,2
199,6 221,8 240,8 247,4 249,1 248,2 245,7 240,1 222,1 199,7
194,2 214,2 231,3 238,0 241,1 240,4 237,0 230,8 214,2 194,5
Grid Values
217
Mariangela de Moura
ILUMINACAO CORREDOR 3,11X1,49 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
194.2
1
9
4
.
2
2
0
0
.
6
2
0
0
.
6
2
0
0
.
6
2
0
0
.
6
2
0
0
.
6
2
0
7
.
1
2
0
7
.
1
2
1
3
.
5
2
1
3
.
5
2
2
0
.
0
2
2
0
.
0
2
2
6
.
4
2
2
6
.
4
2
3
2
.
9
2
3
2.
9
2
3
9
.
3
2
4
5
.
7
2
5
2
.
2
2
5
2
.
2
194.2
199.6
202.6
203.5
202.1
202.1
203.5
202.5
199.2
193.6
214.2
221.8
227.0
228.4
224.3
224.6
229.1
227.4
221.6
213.7
231.3
240.8
248.5
253.8
251.2
251.1
253.5
248.1
240.2
230.6
238.0
247.4
254.0
255.4
249.9
249.0
252.8
250.8
244.5
235.6
241.1
249.1
253.5
254.4
251.7
251.1
252.8
250.9
245.8
237.5
240.4
248.2
252.6
253.6
251.1
250.8
252.7
251.0
246.0
237.7
237.0
245.7
251.6
253.0
248.4
248.5
253.2
251.2
244.6
235.4
230.8
240.1
247.7
252.8
250.0
249.8
252.2
246.8
239.0
229.4
214.2
222.1
227.5
228.5
223.0
222.0
225.8
224.2
219.0
211.5
194.5
199.7
202.2
202.4
200.1
199.5
200.8
199.7
196.4
191.0
0.0 0.3 0.6 0.9 1.2 1.6 1.9 2.2 2.5
0.0
0.1
0.3
0.4
0.6
0.7
0.9
1.0
1.2
194.2
200.6
207.1
213.5
220.0
226.4
232.9
239.3
245.7
252.2
218
Mariangela de Moura
ILUMINACAO COPA 8 ANDAR
Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
3 luminaires provide 407 lux maintained.
407 lux
198W
31,94
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
Col. Spacing:
1
3
1,33 m
,77 m
1,55 m
,67 m 1,33 m
4, m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 2,29 cm = 1 m
Dimensions: X:4, m
Y:1,55 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: E4033226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 59,4 %
Wattage: 66,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456
219
Mariangela de Moura
ILUMINACAO COPA 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
406,8
489,1
294,8
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,7
1,4
0,7
Grid Summary
0,20 0,60 1,0 1,4 1,8 2,2 2,6 3,0 3,4 3,8
1,5
1,3
1,2
1,0
0,85
0,70
0,54
0,39
0,23
0,08
321,7 384,0 423,5 459,2 476,6 479,4 463,7 427,3 394,3 336,8
324,6 384,9 427,0 460,6 481,1 485,5 467,2 429,8 396,3 342,6
320,4 376,9 422,3 452,0 474,0 480,5 457,8 423,5 389,3 339,2
309,5 364,9 405,6 435,2 459,8 468,5 441,1 407,6 378,2 327,1
294,8 352,2 379,1 412,5 434,5 440,5 418,5 384,5 366,4 310,9
296,0 354,2 378,7 413,2 436,2 439,4 418,8 385,6 364,9 310,4
312,8 367,4 405,0 437,0 463,7 467,1 442,1 410,8 377,6 325,9
325,5 379,8 422,5 454,5 477,7 481,4 459,1 427,5 389,6 337,4
330,2 390,9 429,2 463,7 486,3 489,1 468,3 433,8 399,7 340,7
326,3 389,5 425,7 461,3 480,5 482,6 465,0 429,7 397,4 335,2
Grid Values
220
Mariangela de Moura
ILUMINACAO COPA 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
3
0
4
.
6
324.0
3
2
4
.
0
3
2
4
.
0
3
4
3
.
4
3
4
3
.
4
3
6
2
.
8
3
6
2
.
8
3
8
2
.
3
3
8
2
.
3
4
0
1
.
7
4
0
1
.
7
4
2
1
.
1
4
2
1
.
1
4
4
0
.
5
4
4
0
.
5
4
6
0
.
0
460.0
47
9
.
4
4
7
9
.
4
326.3
330.2
325.5
312.8
296.0
294.8
309.5
320.4
324.6
321.7
389.5
390.9
379.8
367.4
354.2
352.2
364.9
376.9
384.9
384.0
425.7
429.2
422.5
405.0
378.7
379.1
405.6
422.3
427.0
423.5
461.3
463.7
454.5
437.0
413.2
412.5
435.2
452.0
460.6
459.2
480.5
486.3
477.7
463.7
436.2
434.5
459.8
474.0
481.1
476.6
482.6
489.1
481.4
467.1
439.4
440.5
468.5
480.5
485.5
479.4
465.0
468.3
459.1
442.1
418.8
418.5
441.1
457.8
467.2
463.7
429.7
433.8
427.5
410.8
385.6
384.5
407.6
423.5
429.8
427.3
397.4
399.7
389.6
377.6
364.9
366.4
378.2
389.3
396.3
394.3
335.2
340.7
337.4
325.9
310.4
310.9
327.1
339.2
342.6
336.8
0.0 0.4 0.8 1.2 1.6 2.0 2.4 2.8 3.2 3.6
0.0
0.2
0.3
0.5
0.6
0.8
0.9
1.1
1.2
304.6
324.0
343.4
362.8
382.3
401.7
421.1
440.5
460.0
479.4
221
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,48 8 ANDAR
Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
1 luminaires provide 234 lux maintained.
234 lux
66W
23,6
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
1
1
,95 m
1,89 m
,74 m
1,48 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 4,84 cm = 1 m
Dimensions: X:1,48 m
Y:1,89 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: E4033226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 59,4 %
Wattage: 66,0W (connected)
Aiming: O:0° T: S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456
222
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,48 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
233,9
261,6
198,8
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,3
1,2
0,9
Grid Summary
0,07 0,22 0,37 0,52 0,67 0,81 0,96 1,1 1,3 1,4
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,85
0,66
0,47
0,28
0,09
216,5 225,9 234,1 242,2 249,6 251,0 246,1 240,0 233,2 224,7
223,0 231,8 240,1 248,1 256,1 257,9 253,2 248,3 242,4 234,2
219,5 229,7 238,1 244,4 251,3 253,5 250,8 248,2 241,8 231,6
210,9 219,7 227,5 234,2 239,5 242,3 242,6 237,8 230,1 221,7
198,8 205,1 210,1 215,8 226,8 230,3 221,2 217,1 213,2 208,1
199,8 206,3 211,7 217,8 228,8 228,8 219,8 216,4 212,7 207,7
213,5 223,1 231,8 238,4 241,6 242,1 240,9 236,1 228,8 220,6
223,3 234,5 243,6 249,2 254,9 255,7 251,6 247,5 239,8 229,7
227,0 236,1 244,4 252,6 260,9 261,6 254,7 247,8 240,6 231,9
219,3 228,7 236,8 244,7 251,6 252,1 246,3 239,4 231,9 223,0
Grid Values
223
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,48 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
2
0
2
.
0
2
0
8
.
3
2
0
8
.
3
2
1
4
.
5
2
1
4
.
5
2
2
0
.
8
2
2
0
.
8
2
2
0
.
8
2
2
0
.
8
2
2
7
.
1
227.1
2
2
7
.
1
2
2
7
.
1
2
3
3
.
4
2
3
3
.
4
2
3
3
.
4
23
9.
6
2
3
9
.
6
2
4
5
.
9
2
4
5
.
9
252.2
2
5
2
.
2
2
5
8
.
5
219.3
227.0
223.3
213.5
199.8
198.8
210.9
219.5
223.0
216.5
228.7
236.1
234.5
223.1
206.3
205.1
219.7
229.7
231.8
225.9
236.8
244.4
243.6
231.8
211.7
210.1
227.5
238.1
240.1
234.1
244.7
252.6
249.2
238.4
217.8
215.8
234.2
244.4
248.1
242.2
251.6
260.9
254.9
241.6
228.8
226.8
239.5
251.3
256.1
249.6
252.1
261.6
255.7
242.1
228.8
230.3
242.3
253.5
257.9
251.0
246.3
254.7
251.6
240.9
219.8
221.2
242.6
250.8
253.2
246.1
239.4
247.8
247.5
236.1
216.4
217.1
237.8
248.2
248.3
240.0
231.9
240.6
239.8
228.8
212.7
213.2
230.1
241.8
242.4
233.2
223.0
231.9
229.7
220.6
207.7
208.1
221.7
231.6
234.2
224.7
0.0 0.1 0.3 0.4 0.6 0.7 0.9 1.0 1.2
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
0.9
1.1
1.3
1.5
1.7
202.0
208.3
214.5
220.8
227.1
233.4
239.6
245.9
252.2
258.5
224
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,45 8 ANDAR
Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
1 luminaires provide 235 lux maintained.
235 lux
66W
24,08
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
1
1
,95 m
1,89 m
,74 m
1,45 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 4,84 cm = 1 m
Dimensions: X:1,45 m
Y:1,89 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: E4033226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 59,4 %
Wattage: 66,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456
225
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,45 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
235,2
263,4
199,8
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,3
1,2
0,8
Grid Summary
0,07 0,22 0,36 0,51 0,65 0,80 0,94 1,1 1,2 1,4
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,85
0,66
0,47
0,28
0,09
217,4 226,7 234,7 242,7 250,1 252,5 247,9 242,1 235,5 227,9
224,0 232,6 240,8 248,6 256,5 259,4 254,9 250,1 244,9 237,0
220,4 230,4 238,8 245,0 251,6 254,9 252,2 249,7 244,7 234,6
211,9 220,6 228,2 235,0 239,9 243,5 243,5 240,2 232,4 224,4
199,8 206,0 210,9 216,4 227,2 231,3 222,9 218,8 215,0 210,3
200,7 207,2 212,4 218,4 229,6 230,3 221,3 218,0 214,5 209,9
214,5 223,9 232,4 239,3 242,2 243,6 241,9 238,4 231,1 223,2
224,3 235,2 244,2 249,9 255,4 257,3 253,2 249,2 242,6 232,7
227,9 236,9 245,1 253,1 261,2 263,4 256,7 249,9 243,2 234,7
220,2 229,5 237,4 245,2 252,0 253,7 248,2 241,5 234,3 226,2
Grid Values
226
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,89X1,45 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
2
0
3
.
0
2
0
9
.
4
2
1
5
.
7
2
1
5
.
7
2
2
2
.
1
2
2
2
.
1
2
2
2
.
1
2
2
2
.
1
2
2
8
.
4
228.4
2
2
8
.
4
2
2
8
.
4
2
3
4
.
8
2
3
4
.
8
2
3
4
.
8
2
4
1.
2
2
4
1
.
2
2
4
7
.
5
2
4
7
.
5
253.9
2
5
3
.
9
2
6
0
.
2
220.2
227.9
224.3
214.5
200.7
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211.9
220.4
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245.0
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231.3
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259.4
252.5
248.2
256.7
253.2
241.9
221.3
222.9
243.5
252.2
254.9
247.9
241.5
249.9
249.2
238.4
218.0
218.8
240.2
249.7
250.1
242.1
234.3
243.2
242.6
231.1
214.5
215.0
232.4
244.7
244.9
235.5
226.2
234.7
232.7
223.2
209.9
210.3
224.4
234.6
237.0
227.9
0.0 0.1 0.3 0.4 0.6 0.7 0.9 1.0 1.2 1.3
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
0.9
1.1
1.3
1.5
1.7
203.0
209.4
215.7
222.1
228.4
234.8
241.2
247.5
253.9
260.2
227
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,92X1,41 8 ANDAR
Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
1 luminaires provide 228 lux maintained.
228 lux
66W
24,38
Acceptable
No. of Rows:
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1
1
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1,41 m
,96 m
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Reflected Ceiling Plan
Scale: 4,76 cm = 1 m
Dimensions: X:1,92 m
Y:1,41 m
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Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
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Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: E4033226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 59,4 %
Wattage: 66,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456
228
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,92X1,41 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
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227,7
263,0
188,6
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
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1,2
0,8
Grid Summary
0,10 0,29 0,48 0,67 0,86 1,1 1,2 1,4 1,6 1,8
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202,5 215,7 227,9 237,7 244,7 248,1 247,3 239,0 227,0 212,6
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Grid Values
229
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,92X1,41 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
1
9
2
.
3
1
9
9
.
7
1
9
9
.
7
2
0
7
.
2
2
0
7
.
2
2
1
4
.
6
2
1
4
.
6
2
2
2
.
1
2
2
2
.
1
2
2
9
.
5
2
2
9
.
5
2
3
7
.
0
237
.0
2
4
4
.
4
2
4
4
.
4
2
5
1
.8
2
5
1
.
8
2
5
9
.
3
210.7
209.1
204.5
197.7
189.0
188.6
196.4
202.5
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225.1
218.8
210.0
199.1
198.4
208.0
215.7
221.2
223.9
240.4
239.6
232.2
220.7
206.8
205.9
217.9
227.9
234.5
235.9
250.9
249.4
242.4
230.9
213.5
212.1
227.1
237.7
244.1
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247.1
237.1
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224.8
234.6
244.7
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256.8
263.0
258.0
248.2
237.5
226.9
228.3
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248.1
255.6
259.2
253.6
252.4
245.8
234.2
216.8
217.6
236.0
247.3
252.0
252.9
244.8
244.5
237.5
226.2
213.0
213.4
227.3
239.0
246.6
246.4
232.9
231.3
225.6
217.3
207.2
207.5
218.2
227.0
233.3
235.2
215.9
215.1
211.4
205.7
198.1
198.3
206.4
212.6
216.6
217.7
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.3 1.5 1.7
0.0
0.1
0.3
0.4
0.6
0.7
0.8
1.0
1.1
192.3
199.7
207.2
214.6
222.1
229.5
237.0
244.4
251.8
259.3
230
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,90X1,41 8 ANDAR
Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
1 luminaires provide 229 lux maintained.
229 lux
66W
24,64
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
1
1
,7 m
1,41 m
,96 m
1,9 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 4,81 cm = 1 m
Dimensions: X:1,9 m
Y:1,41 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: E4033226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 59,4 %
Wattage: 66,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456
231
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,90X1,41 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
228,5
264,1
189,1
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,4
1,2
0,8
Grid Summary
0,10 0,29 0,48 0,67 0,86 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8
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1,2
1,1
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0,63
0,49
0,35
0,21
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203,0 216,1 228,3 238,0 244,9 248,8 247,9 240,5 228,7 214,7
196,9 208,4 218,3 227,4 234,9 239,2 237,3 228,5 219,7 208,4
189,1 198,9 206,3 212,5 224,5 229,9 218,5 214,3 208,7 200,1
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205,0 219,2 232,5 242,8 247,5 249,0 246,6 238,9 227,2 213,5
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211,2 228,2 240,7 251,1 262,2 264,1 254,8 246,0 235,0 218,6
Grid Values
232
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,90X1,41 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
1
9
2
.
9
2
0
0
.
4
2
0
0
.
4
20
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2
0
7
.
9
2
1
5
.
4
2
1
5
.
4
2
2
2
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2
2
2
.
9
2
3
0
.
4
2
3
0
.
4
2
3
7
.
9
2
3
7
.
9
2
4
5
.
4
2
4
5
.
4
2
5
2
.
9
2
5
2
.
9
2
6
0
.
4
211.2
209.6
205.0
198.2
189.6
189.1
196.9
203.0
207.3
208.7
228.2
225.4
219.2
210.4
199.6
198.9
208.4
216.1
221.6
224.3
240.7
240.0
232.5
221.0
207.2
206.3
218.3
228.3
234.8
236.2
251.1
249.7
242.8
231.1
213.8
212.5
227.4
238.0
244.4
246.4
262.2
257.2
247.5
237.6
226.3
224.5
234.9
244.9
253.0
256.9
264.1
259.0
249.0
238.3
228.5
229.9
239.2
248.8
256.4
260.1
254.8
253.4
246.6
235.4
217.7
218.5
237.3
247.9
252.8
253.9
246.0
245.8
238.9
227.5
213.9
214.3
228.5
240.5
247.7
247.5
235.0
233.4
227.2
218.8
208.5
208.7
219.7
228.7
235.4
237.3
218.6
217.2
213.5
207.7
199.9
200.1
208.4
214.7
218.8
220.4
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.1 1.3 1.5 1.7
0.0
0.1
0.3
0.4
0.6
0.7
0.8
1.0
1.1
192.9
200.4
207.9
215.4
222.9
230.4
237.9
245.4
252.9
260.4
233
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,85X1,48 8 ANDAR
Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
1 luminaires provide 235 lux maintained.
235 lux
66W
24,11
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
1
1
,95 m
1,85 m
,74 m
1,48 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 4,94 cm = 1 m
Dimensions: X:1,48 m
Y:1,85 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: E4033226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 59,4 %
Wattage: 66,0W (connected)
Aiming: O: T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456
234
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,85X1,48 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Grid Properties
Grid Type:
Grid Height:
Units:
Illuminance
0,75
m,lux
Statistics
Average:
Max:
Min:
235,1
262,6
198,4
Max/Min:
Ave/Min:
Uniformity:
1,3
1,2
0,8
Grid Summary
0,07 0,22 0,37 0,52 0,67 0,81 0,96 1,1 1,3 1,4
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,83
0,65
0,46
0,28
0,09
220,5 228,7 237,2 245,9 253,9 255,3 250,2 243,7 236,6 229,1
223,9 233,4 241,3 249,4 257,7 259,5 254,7 249,8 244,6 235,3
219,5 229,6 238,2 244,2 250,8 253,1 250,9 248,6 241,5 231,5
210,6 219,1 226,6 233,8 238,7 241,6 242,4 236,5 229,2 221,2
198,4 204,4 209,1 214,2 226,7 230,2 219,0 215,6 212,2 207,5
202,4 209,2 215,0 221,6 231,0 231,0 223,5 219,7 215,6 210,2
215,6 225,4 234,2 240,4 243,8 244,4 242,9 238,6 231,1 222,6
224,9 236,1 245,0 251,0 256,8 257,6 253,3 248,9 241,4 231,1
228,2 237,1 245,5 253,7 261,9 262,6 255,8 248,9 241,6 233,0
220,3 229,8 237,9 245,7 252,6 253,1 247,4 240,4 233,0 224,0
Grid Values
235
Mariangela de Moura
ILUMINACAO BANHEIRO 1,85X1,48 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
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215.6
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219.1
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248.9
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221.2
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208.0
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227.3
233.7
240.1
246.6
253.0
259.4
236
Mariangela de Moura
ILUMINACAO DEPOSITO 1,85X1,45 8 ANDAR
Summary for Layout #1: E4033226.ies (Curve: ) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
Results
Average Illuminance:
Connected Load:
UPD W/m²:
Spacing Criteria:
1 luminaires provide 236 lux maintained.
236 lux
66W
24,6
Acceptable
No. of Rows:
No. of Cols:
1
1
,95 m
1,85 m
,74 m
1,45 m
Reflected Ceiling Plan
Scale: 4,94 cm = 1 m
Dimensions: X:1,45 m
Y:1,85 m
Z:3, m
Reflectances: Ceiling:
Walls:
Floor:
0,7
0,5
0,2
Workplane Height:
Target UPD W/m²:
Target Illuminance:
,75 m
Room Characteristics
Luminaire Characteristics
Luminaire Description: E4033226.ies (Curve: )
Suspension Length: 0,000 m
Total Light Loss Factor: 1
Efficiency: 59,4 %
Wattage: 66,0W (connected)
Aiming: O:0° T:0° S:0°
Lamp Description:
Lamps Per Luminaire: 2 Lamp Lumens: 1.456
237
Mariangela de Moura
ILUMINACAO DEPOSITO 1,85X1,45 8 ANDAR
Calculation Grid: Workplane(Layout #1) IBGE PRESIDENCIA
Ricardo Lopes Ricmon Consultores em Iluminação Rua São João Gualberto, 14/202 Vila da Penha Rio de Janeiro RJ
Calculated light levels are based on specific information that has been supplied to GE Lighting Systems.
Any differences in luminaire installation, lighted area geometry and obstructions in the lighted area may produce different results from the predicted values.
Normal tolerances of voltage, lamp output, and ballast and luminaire manufacturer will affect results.
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2
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228.7
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229.2
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234.8
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209.9
227.3
238.9
242.0
237.9
246.2
254.2
251.7
241.3
222.1
214.9
234.6
244.9
249.9
246.4
253.1
262.3
257.3
244.4
231.7
226.5
239.2
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258.0
254.3
254.7
264.4
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245.9
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249.3
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217.2
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250.1
251.6
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213.9
231.5
244.4
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238.9
227.3
235.7
234.2
225.3
212.5
209.6
223.9
234.5
238.9
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