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BEATRIZ DE CARVALHO CAVALHEIRO
ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE A SEXUALIDADE DA MULHER
IDOSA EM PERIÓDICOS DA ENFERMAGEM, SAÚDE PÚBLICA E
GERONTOLOGIA, NO PERÍODO DE 2003 A 2007
RIO GRANDE
2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
MESTRADO EM ENFERMAGEM
ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE A SEXULIDADE DA MULHER
IDOSA EM PERIÓDICOS DA ENFERMAGEM, SAÚDE PÚBLICA E
GERONTOLOGIA, NO PERÍODO DE 2003 A 2007
BEATRIZ DE CARVALHO CAVALHEIRO
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
graduação em Enfermagem da Universidade Federal
do Rio Grande, como requisito para a obtenção do
título de Mestre em Enfermagem na linha de
pesquisa: Tecnologias em Enfermagem e Saúde para
Indivíduos e Grupos Sociais.
ORIENTADORA: Dra. SILVANA SIDNEY COSTA SANTOS
Rio Grande
2008
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BEATRIZ DE CARVALHO CAVALHEIRO
ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE A SEXUALIDADE DA MULHER
IDOSA EM PERIÓDICOS DA ENFERMAGEM, SAÚDE PÚBLICA E
GERONTOLOGIA, NO PERÍODO DE 2003 A 2007
Esta dissertação foi submetida ao processo de avaliação pela Banca Examinadora
para a obtenção do título de:
MESTRE EM ENFERMAGEM
e aprovada na versão final em 23 de julho de 2008, atendendo às normas da
legislação vigente na Universidade Federal do Rio Grande, Pós-graduação em
Enfermagem, Área de concentração Enfermagem e saúde.
____________________________
Dra. Mara Regina Santos da Silva
BANCA EXAMINADORA:
_________________________________________________
Dra. Silvana Sidney Costa Santos – Presidente – Orientadora
_________________________________________________
Dra. Marilene Rodrigues Portella – Membro (UPF)
_________________________________________________
Dra. Marlene Teda Pelzer – Membro (FURG)
_________________________________________________
Dra. Vera Lúcia de Oliveira Gomes – suplente (FURG)
4
Dedico este trabalho a Hermengarda de Carvalho Cavalheiro,
minha mãe, uma grande mulher, que com fibra, garra e
determinação soube me incentivar a ir em busca dos meus
sonhos.
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AGRADECIMENTOS
Sou uma criatura de sorte, vivo cercada de pessoas maravilhosas sem as quais
nada teria sentido e nada teria acontecido. Hoje acredito que é preciso nomeá-
las e espero não estar cometendo a injustiça de deixar alguém importante para
trás. Meu sincero reconhecimento:
À Profa. Dra. Silvana Sidney Costa Santos, agradeço a paciência, as orientações e
por ter me acolhido no “desespero do final do segundo tempo”.
À Profa. Dra. Adriana Dora da Fonseca que me acenou com a possibilidade de não
desistir, me acolhendo, dando idéias, me fazendo ir em frente.
À Roberta e ao Carlos Eduardo Cavalheiro de Matos (Beta e Dudu), minhas
âncoras e ao mesmo tempo meus motivos para voar.
À Faraildes Auta de Ávila, que será, para sempre, “minha mãe de Rio Grande”,
sem o carinho, o apoio e a acolhida dela meu mestrado não teria acontecido.
À Juliana Cavalheiro Rodrigues (Juju) e ao Régis Douglas Prestes, grandes e fiéis
amigos, me ampararam e me amparam, cuidando dos meus filhos e,
conseqüentemente, de mim.
À Marilza do Rosário Silva Veloso, que veio de longe para me ajudar, olhou meus
filhos e minha casa e, portanto, minha vida, durante o ano em que minha ausência
foi constante.
À minha grande amiga, Enf. Carla Célia Balke, que divide comigo as alegrias e
tristezas da vida.
À Profa. Dra. Vera Gomes, que soube me sacudir pelos ombros quando o fardo
ficou pesado e eu quis desistir.
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À karine de Freitas Cáceres Machado e ao Luiz Carlos Barbosa Rodrigues,
companheiros de jornada, amigos que o Mestrado me trouxe e que vão ficar para
sempre na minha vida, passamos “poucas e boas” juntos, chorando e rindo um no
ombro do outro.
Ao Prof. Ms. Gilberto Souto Caramão, “chefe nota dez”, grande amigo e
incentivador, deu “a maior força” e fez o impossível para ajeitar meu horário.
Ao Prof. Ms. Rafael Marcelo Soder, amigo querido, que partilhou comigo as
angústias e alegrias deste processo, foi meu ouvinte e muitas vezes cúmplice.
À Profa. Mstda. Ruth Gabatz, que começou a correria comigo, e que agora, mesmo
distante, continua a me incentivar e apoiar.
À Profa. Ms. Jane Lílian Brum, que abriu mão de suas necessidades em prol da
minha.
À Sociedade Educacional Três de Maio - SETREM, minha Instituição de trabalho,
que me acolheu na volta ao Rio Grande do Sul, abrindo portas e apoiando na
concretização de mais esta etapa.
Aos meus alunos, razões e motivos primeiros da minha luta para continuar na
docência,
por acreditar na frutificação de algumas das sementes plantadas é que
os meus sonhos persistem.
7
RESUMO
CAVALHEIRO, Beatriz de Carvalho. Análise da produção científica sobre a
sexualidade da mulher idosa em periódicos da enfermagem, saúde pública e
gerontologia, no período de 2003 a 2007. 2008. 142 folhas. Dissertação (Mestrado
em Enfermagem) – Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Universidade
Federal do Rio Grande, Rio Grande.
O número de idosos(as) vem aumentando e esta mudança populacional vem
redefinindo as relações sociais e constituindo uma nova e preocupante imagem. O
envelhecimento é uma experiência singular, sujeita a influências sócio-culturais e o
corpo que envelhece é diferente do modelo social vigente e, em relação ao gênero,
as mulheres são mais avaliadas pela sua aparência física, passando o
envelhecimento a funcionar como uma ameaça, associada à perda da libido e da
sexualidade, uma necessidade humana básica, independente de faixa etária, que
está para além da genitalidade. O objetivo desta pesquisa foi verificar o
conhecimento produzido acerca da interface das temáticas, mulheres idosas, gênero
e sexualidade por meio da avaliação sistemática de periódicos da Enfermagem,
Saúde Pública e Gerontologia, no período compreendido entre os anos de 2003 e
2007. É um estudo de abordagem qualitativa, caracterizado como pesquisa
bibliográfica. A coleta dos artigos foi realizada por meio de descritores pré-
estabelecidos e a análise se deu por categorização. Foram consultados 220
exemplares e pré-selecionados 362 artigos (111 na Enfermagem; 95 na Saúde
Pública e 156 na Gerontologia), destes, sete foram selecionados, pois versavam
sobre envelhecimento, gênero e sexualidade. Através da leitura desses artigos foi
possível perceber uma preocupação em relação à qualidade de vida ou a promoção
de um envelhecimento saudável, mas sexualidade e gênero das mulheres idosas
continua um tema invisível. Foram abstraídas três categorias: feminilização da
velhice, questão social da velhice feminina e idosa assexualizada. Sendo o
envelhecimento e a própria gerontologia realidades recentes, falta preparo para a
temática e, talvez por isso, o escasso material disponível. Apesar da produção
pouco expressiva, é importante salientar que os(as) enfermeiros(as) e os grupos de
estudos e pesquisa de gênero vêm despontando e apresentando preocupações
relevantes com a temática. Quando se refere ao cuidado integral em idosas, não se
pode esquecer a sexualidade, pois esta também está ligada ao cuidado e para tanto,
os currículos dos cursos de graduação na área da saúde deveriam trazer mais
reflexões sobre gênero e sexualidade das mulheres idosas nos componentes ligados
à gerontologia e saúde da mulher, portanto, convidam-se os(as) professores(as)
para que introduzam a temática gênero e sexualidade nos Projetos Pedagógicos dos
Cursos (PPC) e que façam essa discussão nas disciplinas/conteúdos que
contemplem a mulher idosa.
Palavras-chave: Mulher. Velhice. Sexualidade. Enfermagem.
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ABSTRACT
CAVALHEIRO, Beatriz de Carvalho. Analysis of scientific production about the
sexuality of elder women in nursing journals. Public Health and gerontology, from
2003 to 2007. 2008. 152 pages. Dissertation (Master’s in Nursing) Program of Post
Graduation Study in Nursing, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande.
The number of elderly has increased and this change in population is redefining
social relationships and is constituting a new and worrying image. Aging is a singular
experience, subjected to socio-cultural influences and the aging body is different from
the current social model and, regarding gender, women are the most evaluated in
their physical appearance, so aging is turned into a threat, associated with the loss of
libido and sexuality, a human basic need, regardless the age, which is beyond the
genital aspect. The objective of this research is to verify the knowledge produced
around the interface of themes, elder women, gender and sexuality, through
systematic evaluation of Nursing journals, Public Health and Gerontology, in a period
that comprises the years from 2003 to 2007. It is a study of a qualitative approach,
characterized as bibliographical research. The collection of articles was done through
pre-established descriptions and the analysis was carried through categories. 220
samples were consulted and 362 articles were pre-selected (111 in Nursing; 95 in
Public Health and 156 in Gerontology), from these, seven were selected, because
they talked about aging, gender and sexuality. Through reading of these articles it
has been possible to notice the concern regarding quality of life or the development
of healthy aging, but sexuality and gender of elder women continues to be an
invisible theme. Three categories were abstracted: feminization of aging, social
matter of women’s aging and asexualized elder. Considering aging and gerontology
itself as recent realities, there is a lack of preparation for the theme and, maybe due
to this, the rare available material. Despite the non expressive production, it is
important to highlight that nurses and the groups of study of researches of this
gender started to emerge and they are presenting relevant concerns about the
theme. When it comes to the integral care of the elderly, one can not forget sexuality,
because this is also connected to care and for that the syllabus o the graduation
courses on health area should bring more reflections on the gender and sexuality of
elder women in the components connected to gerontology and women’s health,
therefore, professors are invited to introduce the theme gender and sexuality in the
so-called Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) and to create this discussion in
the disciplines / contents which involve the elder woman.
Key words: woman. Aging. Sexuality. Nursing.
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RESUMEN
CAVALHEIRO, Beatriz de Carvalho. Análisis de la producción científica sobre la
sexualidad de la mujer mayor en periódicos de enfermería, salud blica y
gerontología, en el periodo de 2003 a 2007. 2008. 142 hojas. Disertación (Maestría
en Enfermería) – Programa de Postgrado en Enfermería, Universidad Federal do Rio
Grande, Rio Grande.
El número de viejos viene creciendo y este cambio poblacional se manifiesta
redefiniendo las relaciones sociales y constituyendo una nueva y preocupante
imagen. El envejecimiento es una experiencia singular, sujeta a influencias socio
culturales y el cuerpo que envejece es distinto del modelo social vigente y, en
relación al genero, las mujeres son más evaluadas por su apariencia física, pasando
el envejecimiento a funcionar como una amenaza, asociada a la pierda de la libido y
de la sexualidad, una necesidad humana básica, independiente de su grupo etario,
que está para más allá de genitalidad. El objetivo de esta investigación fue verificar
el conocimiento producido acerca de la interface de las temáticas, mujeres mayores,
género y sexualidad por medio de evaluación sistemática de periódicos de
Enfermería, Salud Pública y Gerontología, en el periodo comprendido entre lo años
de 2003 y 2007. Es un estudio de abordaje cualitativa, caracterizado como
investigación bibliográfica. La coleta de los artículos fue realizada por medio de
descriptores pre establecidos y la análisis se dio por categorización. Fueron
consultados 220 ejemplares y pre seleccionados 362 artículos (111 en la
Enfermería; 95 en la Salud Pública y 156 en la Gerontología), de estos, siete fueron
seleccionados, pues versaban acerca del envejecimiento, género y sexualidad. A
través de la lectura de esos artículos fue posible percibir una preocupación en
relación a la calidad de vida o la promoción de un envejecimiento saludable, pero
sexualidad y género de las mujeres mayores continúa un tema invisible. Fueron
abstraídas tres categorías: feminilización de la vejez, cuestión social de la vejez
femenina y mayor sin sexualidad. Siendo el envejecimiento y la propia gerontología
realidades recientes, falta preparo para la temática y, quizás por eso, el escaso
material disponible. A pesar de la producción poco expresiva, es importante decir
que los (as) enfermeros (as) y los grupos de estudios y investigación de genero
vienen despuntando y presentando preocupaciones relevantes con la temática.
Cuando se refiere al cuidado integral en mayores, no se puede olvidar la sexualidad,
pues esta también está relacionada al cuidado y para tanto, los currículos de los
cursos de graduación en la área de la salud deberían traer mas reflexiones sobre
genero y sexualidad de las mujeres mayores en las asignaturas relacionadas a la
gerontología y salud de la mujer, por eso, se invitan los (as) profesores (as) para que
introduzcan la temática genero y sexualidad en los Proyectos Pedagógicos de los
Cursos (PPC) y que hagan esa discusión en las asignaturas/contenidos que
contemplen la mujer mayor.
Palabras-llave: Mujer. Vejez. Sexualidad. Enfermería.
10
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11
2. VELHICE, SEXUALIDADE E GÊNERO ............................................................. 199
2.1 Reflexões Temáticas ....................................................................................... 199
2.1.1 Velhice ao longo do tempo ............................................................................. 199
2.1.2 Processo de envelhecimento ........................................................................... 20
2.2 Sexualidade e Gênero na Velhice .................................................................... 22
2.2.1 Conceitos e dimensões da sexualidade ......................................................... 222
2.2.2 Sexualidade e velhice .................................................................................... 234
2.3 Velhice a partir de Simone de Beauvoir ........................................................ 266
2.4 Modelo Esquemático do Estudo .................................................................... 288
3. CAMINHO METODOLÓGICO ............................................................................ 299
3.1 Tipo ................................................................................................................... 299
3.2 Fontes................................................................................................................. 31
3.3 Coleta de dados ............................................................................................... 333
3.4 Análise dos dados ........................................................................................... 366
4. OS ACHADOS .................................................................................................... 388
4.1 Em relação ao ano de publicação .................................................................... 38
4.2 Em relação ao sexo dos(as) autores(as) ......................................................... 39
4.3 Em relação ao número de autores(as) por artigo ........................................... 39
4.4 Em relação aos aspectos metodológicos ....................................................... 40
4.4.1 Abordagem ....................................................................................................... 40
4.4.2 Instrumento de coleta ....................................................................................... 41
4.4.3 Amostra ............................................................................................................ 41
4.4.4 Análise de dados .............................................................................................. 42
4.5 Em relação à categoria dos artigos ................................................................. 43
4.6 Em relação às titulações dos(as) autores(as) Enfermeiros(as) .................... 43
4.7 Em relação às instituições de origem dos(as) autores(as) ........................... 44
4.8 Conteúdos identificados ................................................................................... 47
5. ENVELHECIMENTO, SEXUALIDADE e GÊNERO .............................................. 74
5.1 Caracterização quantitativa dos artigos selecionados .................................. 77
5.1.1 Em relação ao ano e aos periódicos ................................................................ 77
5.1.2 Em relação ao número e ao sexo dos(as) autores(as) ..................................... 78
5.1.3 Em relação aos aspectos metodológicos ......................................................... 78
5.1.4 Em relação à titulação, profissão e instituição dos(as) autores(as) .................. 79
5.2 Formando categorias ........................................................................................ 79
5.2.1 Feminilização da velhice .................................................................................. 80
5.2.2 Questão social da velhice feminina .................................................................. 82
5.2.3 Idosa assexualizada ......................................................................................... 84
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 889
APÊNDICE A - Instrumento de Registro .......................................................... 10505
APÊNDICE B - Catalogação dos artigos investigados.............................................106
11
1. INTRODUÇÃO
A vida é sempre a nossa vida, aos 12 anos, aos 30 anos, aos 70.
Dela podemos fazer alguma coisa mesmo quando nos dizem não.
Dentro dos limites, do possível, do sensato (até alguma vez do
insensato), podemos. seremos nada se acharmos que
merecemos menos de tudo que ainda é possível obter (LUFT,
2004, p. 137).
Quando tinha 15 anos acreditava que aos 30, estaria velha. Aos 30 descobri
que continuava igual; um pouco mais amadurecida, mas a mesma na essência. Aos
40, comecei, enfim, acreditar-me envelhecendo através do olhar dos outros. Depois
de ser chamada de senhora e com a revelação de alguns alunos da graduação de
que eu era uma mãe para eles, comecei a reparar alguns depósitos de gordura
corporal, rugas, cabelos brancos e uma textura diferente na pele. Foi um choque! Na
verdade, está sendo, pois enquanto eu tentava manter uma relação de parceria com
os meus alunos era vista como mãe, com um detalhe: meus filhos de verdade são
ainda crianças.
Aos 15, também me fascinava “O retrato de Dorian Grey” de Oscar Wilde,
uma maneira de eternização na beleza da juventude. Confesso, sempre tive receio
de envelhecer, as figuras que conheci “velhas” na minha família eram o tristes,
avós dependentes, solitárias, amarguradas, abandonadas, sofridas... Minha mãe
sempre foi jovem, ativa, independente, determinada, batalhadora, mas solitária. No
meu vocabulário, envelhecer era sinônimo de solidão, mas a vida tem me ensinado
que solidão é fruto colhido e que, ser sozinha não é o mesmo que ser solitária.
Desde o fim da minha graduação tenho estado envolvida com a docência,
mas foi nos últimos anos que vim a assumir o componente curricular de geriatria
e gerontologia, em parceria com uma colega psicóloga. A partir daí, ler e estudar
muito, tentar me integrar na realidade do mundo, do Brasil e da região em que moro,
tem sido um constante aprendizado.
Nesta nova caminhada, acabei aportando em grupos de convivência da
“terceira idade” no pequeno município em que resido. Chamou-me a atenção e
despertou inquietações o grande número de mulheres que participam destes e,
também o pedido dos(as) coordenadores(as) para que não fossem abordados
assuntos referentes a doenças, no grupo. As portas foram abertas para a
12
participação acadêmica, mas o olhar dos(as) idosos(as) sobre a Enfermagem ainda
é o olhar da doença, percebi que ainda estamos engatinhando no sentido de
promoção de saúde e estímulo à melhoria da qualidade de vida.
Ao inserir-me no Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal do Rio
Grande (FURG) surgiu o interesse em pesquisar acerca de mulheres idosas, gênero
e sexualidade, inicialmente pensando em uma pesquisa de campo, depois, optei por
realizar uma pesquisa bibliográfica abordando à interface desses temas e assim
surgiu este estudo denominado: análise da produção científica sobre a sexualidade
da mulher idosa em periódicos da enfermagem, saúde pública e gerontologia, no
período de 2003 a 2007.
A realidade é que o número de idosos(as) vem aumentando
significativamente no mundo ocidental e, em conseqüência deste novo perfil
demográfico, a velhice não pode ser tratada como alguns anos quando a
expectativa de vida girava em torno de 40 a 50 anos. Esta mudança de padrão
populacional vem redefinindo as relações sociais e constituindo uma nova e
preocupante imagem, visto que os países em desenvolvimento ainda não estão
preparados para acolher esta população da forma técnica e humana esperada,
diferentemente de países do primeiro mundo, que tiveram tempo para se preparar
para esse evento.
Côrte, Oliveira e Medeiros (2006) referem que na América Latina e Caribe, o
número de pessoas com mais de 60 anos se encontra em 91 milhões. No Brasil,
as regiões onde a participação desta faixa populacional é mais expressiva são
Sudeste e Sul. Em contrapartida a este desafio, mais discussões necessitam ser
realizadas, ajudando os(as) idosos(as) a terem exercício de cidadania e despertando
o interesse de grupos de pesquisadores para trabalharem mais com esta temática.
O Brasil até o ano 2025, segundo dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS), será o sexto país em número de idosos(as), uma média de 32 milhões, e os
dados do censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
mostraram que o país tinha, na época, cerca de 14.875.000 idosos (CATUSSO,
2007). Atualmente, com a população geral brasileira em torno de 180 milhões de
habitantes, estima-se que existam cerca de 17 milhões de maiores de 60 anos, ou
seja, as pessoas idosas representam em torno de 9% da população total (IBGE,
2006).
13
Para Papaléo Netto e Ponte (2002) este aumento significativo do número de
idosos (as) é decorrente dos avanços tecnológicos, farmacêuticos e médicos, que
têm conseguido postergar a morte, viabilizando condições e aumentando a
expectativa de vida da população e, também, principalmente, pela diminuição das
taxas de fecundidade/natalidade. Imagina-se que ao viver mais tempo, as pessoas
também devam ter saúde e condições de integração social, o que não é
necessariamente a realidade encontrada, pois a sociedade costuma valorizar as
pessoas conforme sua produção.
O envelhecimento é um processo que apresenta variações condicionadas
culturalmente. Partilho aqui do pensamento de Heck e Langdon (2002), além de
Côrte, Oliveira e Medeiros (2006), de que cultura é o vivido humano, valor e
significado, compartilhado por um grupo e relacionado a um sistema simbólico. Um
conjunto de diferentes construções, papéis, relações e conflitos que fazem parte de
um específico grupo, trazendo vulnerabilidades que podem ser reforçadas por
diferenças ambientais e sócio-culturais.
Ainda dentro dos condicionantes sócio-culturais pode-se fazer referência ao
valor mercadológico atribuído aos seres humanos pela sociedade ocidental. Quem
não produz não existe, o que torna a velhice, dentro de singularidades, uma
experiência frustrante para muitos(as), principalmente para as mulheres que,
tradicionalmente, apresentam menos qualificação profissional em relação aos
homens. Por outro lado, mudanças sociais começam a acontecer e hoje, envelhecer
para algumas mulheres, pode ser a oportunidade que faltava para a realização de
sonhos e planos em curto prazo (VALENTINI; RIBAS, 2003; MORI; COELHO, 2004).
Bassit (2002, p. 187) se reporta ao envelhecimento como “(...) uma questão
de classe social, que também é permeada por questões de gênero”. Uma
experiência diversificada, porém singular, sujeita a diferentes influências sócio-
culturais.
Motta (2002) se referindo ao corpo idoso, o coloca como diferente quando
comparado com o modelo vigente socialmente, pois apesar de algumas mudanças
percebidas, a mídia continua valorizando e explorando o jovem como protótipo de
saúde e sexualidade. Este é o modelo que guia os nossos passos e vivências, pois a
cultura direciona sexualidade para a juventude, como se o direito a sua vivência
plena fosse apenas dos(as) jovens e fecundos(as). Esta é a imagem passada pela
mídia e reproduzida socialmente.
14
Fraiman (1995, p. 74) coloca que “(...) o padrão de beleza física está aliado à
juventude, essas mudanças naturais e previsíveis são vistas como abominações
(...)”, ou ainda, segundo Motta (1998, p. 25) “(...) a mulher, ao entrar na velhice,
deixa de ser mulher para ser velha (grifo da autora) (um ser neutro). Em geral, não
nos referimos a uma mulher idosa genericamente como uma mulher, mas sim como
uma velha (...)”.
Sobre o corpo feminino, as referências são mais severas, pois em relação ao
gênero as mulheres são mais avaliadas pela sua aparência externa e capacidade
reprodutiva, ou seja, é pelo estado de conservação que seu corpo é julgado. Assim,
o corpo da idosa, além de não mais fecundo e produtivo, também pode ser
transformado em feio (grifo da autora) e assexuado (MOTTA, 2002).
O terror despertado pelo envelhecer é como o medo da morte, que vem
acompanhando a maioria dos seres humanos por toda a sua existência. Este é um
medo real, mesmo que o envelhecer seja uma experiência saudável, prazerosa e
livre de preocupações. Em uma sociedade como a brasileira, onde prevalece o culto
ao belo, jovem e fecundo, o envelhecimento funciona como uma ameaça constante
para as mulheres, pois está associado à perda da libido e, conseqüente
assexualização (SILVA, 2006a).
Outro fenômeno que chama atenção no envelhecimento populacional
brasileiro, segundo Motta (2002), Salgado (2002) e Negreiros (2004), é a
feminilização, ou seja, a maior sobrevida das mulheres em relação aos homens.
Elas representam, em média, 55% da população de idosos(as) com mais de 60 anos
e 60,1% com mais de 80 anos.
A feminilização implica em um contingente de mulheres sós na faixa etária
acima de 60 anos, pois aliado ao fato de viverem mais, também pode ser encontrado
um elevado número de famílias com outro tipo de estrutura, mulheres sozinhas, quer
por opção ou por separação, fugindo do modelo tradicional familiar.
Neri (2001) se interroga se a maior longevidade feminina é acompanhada por
qualidade de vida ou se esta é ao menos semelhante a dos homens na mesma
idade. Questionamento interessante se observarmos que diferenças de gênero
estão em todas as idades e que, ainda, nenhum conceito e posicionamento crítico
“(...) transita pela gerontologia nacional, campo em que a feminilização da velhice
(grifo da autora) significa apenas aumento do número de mulheres na população
idosa” (NERI, 2001a, p. 6) e é vista somente como uma questão médico-social.
15
Os(As) idosos(as) também devem ser analisados(as) pela combinação de
gênero e classe social. Assim, podem ser encontradas idosas que buscam espaços
de liberdade; outras alternativas para suavizar os aspectos físicos ligados a velhice
e, ainda, chefiando famílias e em posição economicamente ativa, todas aumentando
a possibilidade de virem a viver sozinhas (NERI, 2001b).
O maior número de mulheres entre a população idosa também tem importante
significação na política pública, pois elas, apesar de viverem mais, têm maiores
taxas de morbidade em relação a Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) e
incapacitantes, o que aumenta os gastos públicos com medicações, procedimentos
e hospitalizações de alta complexidade. Em geral, as mulheres demonstram mais
incapacidade física do que os homens (CAMARANO, 2002).
Assim, percebe-se a individualidade humana como parte de um contexto
sócio-cultural, onde a velhice é uma construção ligada a valores sociais que
necessita de proteção política específica. Quanto ao sistema de saúde brasileiro, ele
foi idealizado para atender uma demanda jovem e não está, portanto, preparado
para essa nova clientela: pessoas idosas, que clamam por seus direitos.
Os direitos dos idosos foram garantidos na Constituição de 1988, depois por
meio da Política Nacional do Idoso, no ano de 1994 e por fim, com a criação do
Estatuto do Idoso, em 2004, que apesar de já ter sido transformado em lei ainda não
está implantado em sua totalidade e continua desconhecido por muitos(as)
idosos(as) (CÔRTE; OLIVEIRA; MEDEIROS, 2006).
Para Neri (2004), tanto a Política Nacional do Idoso quanto o Estatuto do
Idoso foram elaborados após significativo período de tempo e pressão de alguns
setores organizados da sociedade e, por esse motivo, refletem suas próprias
ideologias e a medicalização da velhice pela sociedade brasileira. Também era
latente a preocupação com a formação profissional para atender o crescente
envelhecimento populacional.
A ideologia dominante na história social brasileira mostra a velhice como um
problema médico-social a ser contornado e foi em cima deste pensamento que o
Estatuto do Idoso foi formulado. Por este motivo, pode-se perceber uma conotação
discriminatória em seu texto, pois os(as) cidadãos(ãs) deveriam ter, igualitariamente,
acesso às oportunidades para construir e manter uma boa qualidade de vida, em
qualquer faixa etária e estas garantias deveriam ser responsabilidade do Estado
16
(NERI, 2004), pois, “(...) uma sociedade boa para os idosos é boa para todas as
idades” (NERI, 2006, p. 40).
Na tentativa de superar as dificuldades existentes dentro do Sistema Único de
Saúde (SUS), os gestores assumiram um compromisso com a construção do Pacto
Pela Saúde 2006 - Consolidação do SUS pela Portaria nº 399/GM de 22 de fevereiro
de 2006. Este procurará priorizar as necessidades de saúde da população através
da integração de seus três componentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS
e Pacto de Gestão do SUS (BRASIL, 2006).
Uma das seis prioridades definidas no Pacto pela Vida é a Saúde do Idoso,
através da implantação da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI),
buscando a atenção integral para esta parcela da população.
As diretrizes do Pacto pela Vida, relacionadas à Saúde do Idoso pautam-se
na promoção do envelhecimento ativo e saudável; atenção integral e integrada a
saúde, com estímulo às ações intersetoriais; atenção domiciliar; acolhimento por
critério de risco; qualidade da atenção; participação social; educação permanente
profissional; cooperação nacional e internacional de experiências e desenvolvimento
de pesquisas. Como estratégias para alcançar as prioridades, foram listadas ações
como, por exemplo, implantação da caderneta de saúde da pessoa idosa,
elaboração do manual de atenção básica e saúde, estímulo à educação permanente
à distância, prática do acolhimento, assistência farmacêutica adequada, atenção
diferenciada por motivo de internação e incentivo à atenção domiciliar (BRASIL,
2006).
A portaria nº 2.528, de 19 de outubro de 2006 que aprovou a Política Nacional
de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) tem a finalidade de recuperar, manter e
promover a autonomia e a independência dos idosos, pois o SUS não vinha
considerando o processo acentuado de envelhecimento como uma de suas
prioridades. Consta, também, como uma das justificativas da PNSPI, a questão de
gênero presente no envelhecimento populacional brasileiro, pois a proporção de
idosas é expressiva (BRASIL, 2006a).
Neri (2001b) refere que uma combinação do envelhecimento populacional, da
desigualdade social existente e das mudanças sociais entre as gerações “(...)
aumenta a probabilidade de que mulheres idosas de todos os níveis sociais venham
a viver sozinhas” (NERI, 2001b, p. 178). Algumas mulheres têm condições para
17
isso, outras irão enfrentar condições além de suas forças, o que proporcionará uma
piora na sua qualidade de vida.
As mulheres sofrem vários preconceitos, o continuamente reprimidas e em
uma sociedade que valoriza o jovem, o corpo da mulher que envelhece deixa de ser
interessante e, em geral, faz com que ela se retraia. Perdendo seus encantos, deixa
de ser objeto de desejo e tem limitado os seus relacionamentos afetivos.
Provavelmente se originem os sentimentos de exclusão e carência comuns a
muitas mulheres que estão envelhecendo.
Quando se fala em preconceito, imagina-se que o envelhecimento repercute
negativamente sobre a sexualidade das mulheres na velhice, pois estas
ultrapassaram o período reprodutivo “(...) e, portanto, sua justificativa social”
(VASCONCELLOS et al, 2004, p. 414). No entanto a sexualidade é uma
necessidade humana básica, independente de faixa etária, uma construção social
que se inicia antes mesmo do nascimento, mas ainda são muito incipientes os
estudos relacionados a ela na velhice.
O reconhecimento da sexualidade vem se dando paulatinamente. Para Silva
(2006b, p. 43-44) “(...) são passos lentos, sofridos, inseguros, curiosos, às vezes
frágeis, às vezes ousados, mas sempre progressivos e vitoriosos”. Ao longo da
história, as mulheres vêm conquistando vitórias bastante expressivas.
A corrente lacaniana se caracteriza por apresentar a sexualidade sem idade e
não submetida apenas a genitalidade, o que abre caminho para outras formas de
prazer. Para Lacan (1982), o sujeito é em relação ao desejo, portanto, todos(as)
podem se tornar desejáveis através da falta que podem causar aos outros.
Se a sexualidade humana es além da genitalidade para alcançar um
equilíbrio maduro, é fundamental cuidar dos sentimentos e ser detentora de uma
harmonia com o próprio corpo, respeitando-se e manifestando desejos e vontades,
mantendo aberto um canal de comunicação com o parceiro.
Sexualidade pode ser entendida como um conjunto de valores e práticas
corporais humanas, algo que transpassa a biologia, pois está estreitamente
relacionada com o íntimo de cada um(a) e suas relações com os outros e com o
mundo. O modo como é vivenciado o “(...) instinto sexual na busca do encontro
afetivo, (...) permeia os corpos e psique (grifo da autora) , (...) permeia tudo que nos
faz sentir mais (...) mulher/fêmea (...) no jogo da sedução e conquista” (MONTEIRO,
2006, p. 1297).
18
Percebe-se que na formação dos(as) enfermeiros(as), as oportunidades de
trabalho e integração com idosos(as) são poucas, apesar do componente curricular
de gerontologia estar presente em muitas academias. Em contrapartida, os campos
de aulas práticas e estágios necessitam ser propostos de forma mais criativa e
abrangente. Emerge a necessidade desses conhecimentos transporem os limites
dos serviços de saúde e irem ao encontro dos(as) idosos(as) de forma que,
respeitando seu espaço social, consigam, junto com eles(as), refletir e trabalhar, de
forma educativa e alegre sobre os aspectos relativos à sua sexualidade e a um
envelhecimento saudável.
Tendo por base o crescente aumento da população de idosos(as),
principalmente de mulheres, participantes ativas dos grupos de “terceira idade” e o
escasso referencial disponível na área da Enfermagem no tocante ao tema, que por
vezes limita a construção de um saber-fazer, estimulante e embasado
cientificamente, torna-se necessário estudos que contemplem esta faixa etária,
ainda invisível em suas nuances relacionadas à sexualidade e às questões de
gênero, partes integrantes de uma vida saudável que podem ser vivenciadas de
diversas maneiras.
Esta pesquisa teve como questão norteadora: como se expressa na
produção científica brasileira a interface das temáticas mulheres idosas, gênero e
sexualidade?
Como pressuposto desta pesquisa existe a crença de que esta temática está
sendo esquecida pelos pesquisadores, ou seja, que pouca produção científica vem
acontecendo em relação a sexualidade das mulheres idosas.
A partir do pressuposto acima, tive como objetivo desta pesquisa: verificar o
conhecimento produzido acerca da interface das temáticas: mulheres idosas, gênero
e sexualidade, por meio da avaliação sistemática de periódicos da Enfermagem, da
Saúde Pública e da Gerontologia brasileira, no período compreendido entre os anos
de 2003 e 2007.
19
2. VELHICE, SEXUALIDADE E GÊNERO
Quando desistimos da nossa sexualidade desistimos de todas as
riquezas que ela nos traz – prazer sensual, intimidade física, maior
auto-estima. E quando sabemos que no mundo todo os velhos são
diminuídos de vários modos, torna-se cada vez mais difícil lutar
contra esse processo de desprestígio (VIORST, 2005, p. 296).
Aqui apresento a revisão de literatura do estudo, partindo dos grandes temas
Velhice, Sexualidade e Gênero, onde apresento por meio de quatro etapas. Na
primeira, Reflexões Temáticas, procurei mostrar questões relevantes que são
percebidas como pertinentes à pesquisa por meio dos temas: Velhice ao longo do
tempo e Processo de envelhecimento. Na Segunda, no tema Sexualidade e Gênero
na Velhice, apresento conceitos e dimensões da sexualidade; Sexualidade e velhice;
Sexualidade e gênero. Na terceira etapa procurei dar uma aproximação com as
obras de Simone de Beauvoir, priorizando a condição da mulher idosa. E por fim, na
quarta etapa, apresento o Modelo Esquemático do Estudo, procurando inter-
relacionar os temas envolvidos no estudo.
2.1 Reflexões Temáticas
2.1.1 Velhice ao longo do tempo
Beauvoir (1990) reporta a dificuldade do estudo da condição dos(as)
idosos(as) através dos tempos, pois os documentos que os(as) citam são raros e a
imagem da velhice depende do tempo e do lugar, o que a torna “incerta, confusa,
contraditória” (BEAUVOIR, 1990, p. 109).
A história e a literatura passam em silêncio pelos(as) idosos(as),
principalmente pelas mulheres idosas, pois as sociedades que têm uma história são
aquelas dominadas pelos homens; que “as mulheres jovens e velhas podem até
disputar a autoridade na vida privada; na vida pública, seu estatuto é idêntico; são
eternas menores. Ao contrário, a condição masculina modifica-se ao longo do
tempo” (BEAUVOIR, 1990, p. 111).
A maneira pela qual a sociedade avalia seus(as) idosos(as) vem se
modificando muito através do tempo. Na Antigüidade a expectativa de vida era muito
20
pequena e alguns povos costumavam abandonar seus(as) idosos(as) a própria
sorte.
Os chineses deviam obediência à pessoa mais velha do sexo masculino da
casa. Os egípcios consideravam a velhice uma desgraça, os hebreus a
respeitavam. Os romanos costumavam ter idosos no poder e os gregos tinham uma
imagem pejorativa da velhice. Na Idade Média a velhice era considerada sem valor,
mas o Renascimento trouxe uma atitude respeitosa com os(as) idosos(as), pelo
menos com os(as) ricos(as) e poderosos(as). Com a chegada da Reforma
Protestante, houve um maior reconhecimento e respeito pela velhice (SANTOS,
2003).
No século XIX teve início a medicalização da velhice, ou seja, ela passou a
ser percebida sob um prisma científico e médico, transformando os sujeitos em
objeto de estudo e tornando a velhice sinônimo de doença, provocando no século
XX, o surgimento da Gerontologia e da Geriatria (IACUB, 2007).
As igrejas contribuíram muito para a desvalorização da sexualidade e do
erotismo, pois, o(a) idoso(a) deveria evitar este assunto, amesmo esquecê-lo, por
se tratar de algo vergonhoso e possível somente para a reprodução da espécie.
nas últimas cadas tem havido uma maior compreensão deste tema, inclusive
pelas religiões (SANTOS, 2003a).
O envelhecer nos seres humanos é um fator heterogêneo, singular, e que
sofre, significativa, influência sociocultural, política e econômica, interagindo com o
individual humano e, conseqüentemente, a chegada da velhice pode ter facetas
diferenciadas como a realidade que pode ser observada no Brasil.
2.1.2 Processo de envelhecimento
Não se fica idoso(a) de um momento para o outro, este é um processo
gradual, que se inicia no momento do nascimento e continua acontecendo, sem
parar, ao longo de toda vida. O processo de envelhecimento não pode ser evitado,
mas pode ocorrer de uma forma tranqüila e saudável, desde que as pessoas
estejam conscientes e preparadas para as transformações que irão advir.
Jeckel-Neto e Cunha (2006) mencionam uma relativa diminuição da
adaptação biológica decorrente do processo de envelhecimento que acarretaria uma
diminuição das reservas dos órgãos e sistemas do corpo, diminuindo,
21
conseqüentemente, sua capacidade em manter o equilíbrio. Relatam também uma
diminuição da adaptação social, conseqüência da aposentadoria, da perda de poder
aquisitivo e de entes queridos.
Há controvérsias na definição dos indicadores para as variáveis envolvidas no
processo do envelhecimento, pode-se perceber isso através da citação abaixo:
(...) ao surgir discordância sobre quais seriam os indicadores
capazes de identificar ou mensurar as variáveis envolvidas no
fenômeno, estabelece-se a dificuldade de construir conceitos
fundamentais que possam ser articulados em construções lógicas
explicativas do envelhecimento (LEME, 2002, p. 14).
O organismo humano, desde sua concepção até a morte, passa por diversas
fases: desenvolvimento, puberdade, maturidade e velhice. O(A) idoso(a) ao
ultrapassar o percurso natural da vida, nascer, crescer e amadurecer, está
exposto(a) a perdas funcionais do organismo. Neste sentido, as relações familiares e
sociais, se apresentam muitas vezes também prejudicadas.
Para muitos(as) idosos(as) existe uma preparação, algo de maturidade,
verificado por meio de mudanças de estilo de vida e formas de adaptações, por
exemplo: procurando ter uma vida tranqüila, mantendo objetivos a serem
alcançados, participando em grupos, exercendo a espiritualidade, aceitando
algumas limitações. A pessoa que conhece e valoriza o seu potencial, acredita que o
envelhecer é um processo natural.
A velhice seria um destino biológico que transcende a própria história, de
forma culturalmente determinada. Beauvoir (1990) se reporta ao processo de
envelhecimento como uma dimensão existencial, como tantas outras situações
inerentes à vida humana. Um processo que traz modificações da relação do ser
humano com a sua própria história e tudo que daí advém é uma imposição social,
portanto, a sociedade se comporta com os(as) idosos(as) de maneira peculiar e
criminosa.
O envelhecer bem, diz respeito às condições de sobrevida física do ser
humano e também engloba a necessidade que ele(a) tem de ser compreendido(a),
manifestar afeto, ser respeitado(a) e poder vivenciar sua sexualidade sem sofrer
discriminações. Suas experiências anteriores permitirão construir e vivenciar suas
formas de sexualidade.
22
Para as mulheres, o processo de envelhecimento pode ser por vezes cruel,
pois seu valor social está muito firmado em sua aparência física e sua capacidade
reprodutora, principalmente em uma sociedade como a brasileira que supervaloriza
a juventude e torna a velhice uma forma de doença. Torna-se importante perceber
as questões de gênero, pois as mulheres idosas são mais afetadas, no sentido
negativo, pelas possibilidades de envolvimentos sociais e isso se dá porque vivem
mais do que os homens e porque estão mais predispostas a dependência de
outrem.
2.2 Sexualidade e Gênero na Velhice
2.2.1 Conceitos e dimensões da sexualidade
Vasconcellos et al (2004) reportam cinco fatores básicos que contextualizam
a sexualidade humana: saúde física, preconceitos sociais, auto-estima,
conhecimentos sobre a sexualidade e status conjugal. Para viver em plenitude sua
sexualidade a mulher necessita conhecer e acreditar no próprio corpo para depois ir
ao encontro do outro, do amor e do prazer, sem esquecer que a sexualidade por si
só envolve muitos sentimentos e formas de relacionamentos diferentes.
Bento; Gonçalves; Prizmic (2007) se referem à sexualidade como um reflexo
da qualidade de vida pessoal, sendo um dos sustentáculos do equilíbrio humano.
Uma sexualidade bem resolvida e vivida é a aspiração de muitos, também pode ser
motivo de frustração para outros(as), pois vários são os fatores que podem interferir:
cultura, religião, educação e uma incrível falta de diálogo entre as pessoas que se
buscam. Portanto, o conceito de sexualidade é bastante subjetivo, pois além de
depender dos fatores citados, também depende da experiência de vida de cada
um(a).
Seixas (1998) descreveu três componentes da sexualidade humana: o
biológico, o psicológico e o social. Os três interligados e em processo dinâmico,
são.a.base.para.que.o.ser.humano possa.exercer.plenamente.sua.sexualidade.
23
Figura 1: Intersecção dos componentes da sexualidade humana adaptado de Seixas (1998).
Gonçalves (2005, p.116) relata que:
(...) se o exercício do prazer vincula-se à relação que se tem com o
próprio corpo, com o outro e com o mundo, exercitar a sexualidade
não é ter vida sexual ativa somente, é encontrar-se consigo mesmo,
é sentir-se acompanhado, é ter o outro como presença viva, atuante,
como ser-com-o-outro num ambiente afetuoso (...).
O sexo é a diferença biológica entre homens e mulheres; gênero remete a
uma construção cultural, são os papéis sexuais, atribuídos como masculino e
feminino; identidade de gênero é usada para definir o lugar de cada indivíduo numa
cultura determinada e sexualidade é um conceito contemporâneo para se referir ao
campo das práticas e sentimentos ligados a atividade sexual dos indivíduos”
(GROSSI, 1998, p. 15).
A cultura ocidental costuma associar sexualidade a gênero, mas sexo o é
sinônimo de gênero. O primeiro está relacionado ao biológico, ou seja, com as
características anatômicas, enquanto que gênero é socialmente construído. Quanto
à sexualidade, esta vem sendo objeto de estudo de vários autores como Seixas
(1998), Fonseca (2004) e Iacub (2007) e tem se procurado dar “(...) ênfase às
BIOLÓGICO
SEXUAL
PAPEL
SEXUAL
CARACTERÍSTICAS
SEXUAIS
PSICOLÓGICO
SOCIAL
24
relações de gênero, que estão intimamente ligadas a formas de experimentação
desta sexualidade” (SCHWONKE, 2006, p. 45-46).
Grossi (1998) acredita na existência de dois modelos de identidade de
gênero, masculino e feminino. Para a autora, “modelos aos quais são associadas
coisas diferentes em cada cultura e a sexualidade é apenas um dos elementos que
constituem este modelo” (GROSSI, 1998, p. 14).
Segundo Fonseca (2004), sexualidade não é algo estanque e abrange as
singularidades humanas e suas relações com os outros e com o meio, sendo, então,
inconstante e por este motivo, predisposto a mudanças. Na área das ciências
sociais, sexualidade está alicerçada em relações sociais e “(...) na construção social
e histórica produzida em torno dos fenômenos biológicos” (FONSECA, 2004, p. 46).
Na área da saúde, vêm-se tentando acabar com a simples abordagem biologicista
desta temática, procurando ampliar conceitos (SCHWONKE, 2006).
A sexualidade é uma construção ligada à formação e experimentação
pessoal, então, as vivências se dão de maneira diferenciada e estão relacionadas à
qualidade das relações afetivas desenvolvidas ao longo da vida. Para Beauvoir
(1980) sexualidade não existe isoladamente, mas é prolongamento dos sonhos e
das alegrias da sensualidade.
Para Grossi (1998), papel de gênero é tudo associado, em determinada
cultura, à fêmea ou ao macho, sendo bastante diversificados entre as várias
sociedades. identidade de gênero é a forma como os sujeitos se identificam na
sociedade, ou seja, masculino ou feminino. Daí a importância da representação que
se faz do ser mulher para as idosas, que socialmente internalizaram seu gênero e
o reproduzem através do tempo e conforme a imposição do meio.
Beauvoir (1980, p. 144) questiona o determinismo biológico, pois “(...) nenhum
destino anatômico (...)” pode determinar a sexualidade de alguém e, deste não
determinismo é que advém a sua famosa frase: “ninguém nasce mulher: torna-se
mulher” (BEAUVOIR, 1980, p. 9).
2.2.2 Sexualidade e velhice
Seixas (1998) refere que os(as) idosos(as), em algumas culturas, como no
caso a brasileira, sofrem muita discriminação a respeito da sua sexualidade,
“(...)sendo relegado à posição de dependência e decrepitude. Em geral, a sociedade
25
nega-lhe o direito à sexualidade, enxergando o(a) velho(a) como um ser desprovido
de desejo sexual” (SEIXAS, 1998, p. 274).
Para Fraiman (1995, p. 68): “(...) as principais barreiras da sexualidade na
velhice o erigidas em razão da precariedade da nossa filosofia e ideologia ao
longo da adultice. É pura tolice e resultam de uma sociedade opressiva”. Um meio
social que subjuga e impõe valores morais de maneira desmedida e muitas vezes
irracional.
O destino da maioria dos(as) idosos(as) brasileiros na atualidade é a procura
pelos serviços de saúde. Gaiarsa (1994) se reporta muito bem a esta questão,
quando coloca, que no momento em que o individuo começa a existir sem o corpo
erótico sobra o corpo sofredor e para o corpo sofredor resta gastar energia,
procurando serviços médicos para males que algumas vezes nem são reais.
Importante frisar, citando Monteiro (2006, p. 947) que “(...) sexualidade segue
sendo uma necessidade básica também na velhice”. Ainda se tem pouco suporte
teórico para se lidar com esta realidade, pouco se sabe sobre a vivência da
sexualidade nas idosas, seja por dificuldade em abordar o tema ou por falta de
interesse no assunto, pois a velhice ainda é vista como sinônimo de doença.
Em Foucault (2001) pode-se encontrar a sexualidade como uma forma de
controle e poder sobre os corpos, um privilégio da autoridade em se apoderar e
suprimir a vida, o poder que gera, mas que também tira a vida, corpos controlados e
ajustados de acordo com os objetivos de gêneros, políticos e econômicos.
Falar em sexualidade como uma experiência singular, única, suporia ainda,
(...) que se pudesse dispor de instrumentos suscetíveis de analisar,
em seu próprio caráter e em suas correlações, os três eixos que a
constituem: a formação dos saberes que a ela se referem, os
sistemas de poder que regulam sua prática, as formas pelas quais os
indivíduos podem e devem se reconhecer como sujeitos dessa
sexualidade (FOUCAULT, 2006, p.10).
Beauvoir (1980) refere que as mulheres têm a sua feminilidade retirada de
forma abrupta, ainda em plena potencialidade perdem seu “encanto erótico e a
fecundidade” (BEAUVOIR, 1980, p. 343), principalmente aos olhos da sociedade
que a circundam e isso faz com que elas próprias também assim se percebam.
Ainda na metade de sua vida perde toda a “justificação de sua existência e suas
possibilidades de felicidade” (BEAUVOIR, 1980, p. 343).
26
Corroborando com a idéia:
(...) até recentemente, ainda se acreditava que por volta dos
cinqüenta anos o declínio da função sexual era inevitável face a
menopausa feminina e às disfunções eréteis masculinas. Além disto,
a atividade sexual perdia fatalmente seu objetivo de procriação e,
portanto, sua justificativa social (VASCONCELLOS et al, 2004,
p.414).
Tradicionalmente as mulheres são educadas para se tornarem boas e fiéis
esposas. Solteiras, separadas e viúvas são discriminadas, mas este é um panorama
que vem se modificando nas últimas décadas com a autonomia financeira das
mulheres proporcionada pelo exercício profissional. Tal fenômeno vem provocando
verdadeiras revoluções nas instituições familiares. Estas mudanças também vêm
sendo sentidas pelas mulheres idosas. Negreiros (2004, p. 80) refere que cada “(...)
mulher foi e continua sendo protagonista, espectadora e autora de rupturas e
transformações sem precedentes nos costumes e nos estilos de vida”.
2.3 Velhice a partir de Simone de Beauvoir
Esta pesquisa traz também as reflexões apresentadas na obra “A Velhice” de
Simone de Beauvoir, escritora francesa, que se preocupou e procurou mostrar a
realidade e a limitação da condição humana, focando as mulheres, inseridas em
vários contextos. Optei por em evidência essa obra, pois, em um tempo onde as
mulheres não possuíam voz ou valor, Simone se fez ouvir.
Nascida em Paris, no dia 9 de Janeiro de 1908, Simone Lucie Ernestine Marie
Betrand de Beauvoir era proveniente de uma família típica burguesa. Seu pai, que
considerava sagrada a figura feminina, foi o grande influenciador de sua carreira de
escritora. A mãe era responsável pelo cuidado do lar, da família e de sua formação
moral e espiritual. Estudou desde os cinco anos e meio de idade, aprendeu latim,
literatura, matemática e renunciou ao casamento e à maternidade, o que era o
destino comum das mulheres. Em 1929 atingiu o highest teaching certificate em
filosofia, época em que começou um relacionamento atípico para a época com Jean
Paul Sartre, filósofo. Eles nunca casaram, moravam em casas separadas e não
eram fiéis um ao outro (FONSECA, 2004).
27
Simone de Beauvoir dedicou sua vida a escrita e a luta pelas causas que
julgava pertinente em prol da liberdade humana. Viveu intensamente, confiante e
firme de suas convicções, viajou pelo mundo proferindo conferências. Para ela, os
filósofos deveriam ir além do pensamento, deveriam ir para a ação, defendendo
seus pensamentos.
Em seu livro, A Velhice, Beauvoir (1980) se reporta ao grupo de idosos(as)
como uma dimensão existencial com normas e rotinas impostas socialmente.
Através de sua escrita, Beauvoir procura esmiuçar as condições de vida e o destino
reservado aos idosos(as) em diferentes épocas e culturas, tornando evidente uma
realidade que transcende o tempo. Também procura retratar pedaços da história,
dos sonhos, esperanças, conquistas, dificuldades e expectativas de pessoas
mundialmente conhecidas e suas produções quando se encontravam em idade
avançada, demonstrando que sua atitude em relação a sua condição reflete a visão
da sociedade como um todo.
Em um mundo onde pessoas são consideradas objetos, o que realmente tem
valor é a produção individual e Beauvoir busca combater o silêncio que a sociedade
impõe à condição de seus idosos(as), pois estes(as) não se encontram
economicamente ativos(as) e produtivos(as), portanto não mais dignos(as) de
interesse.
A desvalorização e a improdutividade passam a ser creditadas socialmente e
as pessoas acabam por acreditar que a morte pode ser preferível à velhice. Além
das mudanças físicas perceptíveis, somam-se ao envelhecimento, alterações de
ordem psicológica e, na espécie humana, este processo apresenta-se como um
destino lógico onde as condições em que os(as) velhos(as) se encontram variam
bastante conforme a época e a cultura.
Os(As) idosos(as) introspectam seu passado, são fantasias e imagens difusas
que acabam por definir sua condição atual e também a sua idéia e perspectiva de
futuro. Do passado deve emergir a projeção de toda a existência, o que direciona e
objetiva uma pessoa no mundo e as relações que este estabelece com outrem. Com
a velhice os projetos endurecem e o passado aprisiona e imobiliza, o futuro é
limitado e o presente urgente, porém condenado a inatividade por puro preconceito.
28
2.4 Modelo Esquemático do Estudo
O modelo esquemático do estudo representa o caminho que foi percorrido
durante este trabalho na busca de atingir o objetivo proposto. Traz em seu primeiro
plano as reflexões temáticas, ligadas à velhice e ao processo de envelhecimento. No
centro do esquema, compondo uma parte de cada plano descrito, encontra-se a
mulher idosa, objeto primeiro desta pesquisa bibliográfica. A sexualidade e o gênero
na velhice encontram-se em segundo plano, pois devido ao significativo aumento da
população idosa, feminizada, em uma cultura que supervaloriza o jovem pelo seu
potencial produtivo e o torna o padrão da sexualidade, a experiência singular do
envelhecer, permeada por questões de gênero reforça as vulnerabilidades impostas
pelas diferenças sócio-culturais. Em terceiro plano está a velhice a partir da visão de
Beauvoir (1990), que procurou mostrar a realidade, limitação e ambivalência das
mulheres em um mundo masculino.
Figura 2: Modelo esquemático do estudo, Cavalheiro, 2008.
Velhice e o
Processo de
envelhecimento
Sexualidade e
gênero na
velhice
Velhice apartir de
Simone de Beauvoir
MULHER
IDOSA
29
3. CAMINHO METODOLÓGICO
3.1 Tipo
O presente estudo de abordagem qualitativa se caracterizou como uma
pesquisa bibliográfica. Foi realizado através de uma revisão sistemática dos
principais periódicos da Enfermagem, da Saúde Pública e da Gerontologia brasileira,
classificados como Qualis Internacional e Nacional A, B e C, no período de 2003 a
2007, no que se refere à mulher idosa, considerando-se os temas sexualidade e
gênero.
A revisão sistemática proporciona rigorosa síntese do conhecimento
produzido e da qualidade da evidência sobre um tema específico. Trata-se de
recurso importante quando se visualiza a prática baseada em evidências, movimento
que teve sua origem no trabalho de Archie Cochrane e se desenvolveu
concomitantemente com a facilidade do acesso à informação. Ela se difere da
revisão tradicional, pois busca superar vieses e segue um método de busca e
seleção de pesquisas, observando como princípio geral a exaustão na procura, a
seleção justificada e a avaliação da qualidade (GALVÃO; SAWADA; TREVIZAN,
2004).
Na enfermagem, o uso da revisão sistemática, pode mostrar algumas lacunas
no conhecimento e explicitar as áreas que carecem de mais pesquisas. Uma prática
bastante recente, que pode ser definida como “(...) o uso consciencioso, explícito e
criterioso de informações derivadas de teorias, pesquisas para a tomada de decisão
sobre o cuidado prestado a indivíduos ou grupos (...)” (GALVÃO; SAWADA;
TREVIZAN, 2004, p. 550), buscando promover a atualização profissional e ajudando
a elucidar diferenças entre estudos.
A enfermagem vem ampliando seu espaço entre as ciências através da
produção de pesquisas que servem de base científica para a prestação do cuidado,
que é a finalidade do saber/fazer em enfermagem. A produção desenvolvida pelos
pesquisadores da enfermagem brasileira tem como forma de ganhar visibilidade no
meio científico a indexação dos artigos publicados. Este reconhecimento pode ser
observado através da incorporação, no ano de 2006, de uma categoria exclusiva
para periódicos de enfermagem pelo Institute for Scientific Information (ISI)
(MARZIALE; MENDES, 2007).
30
Indexar “(...) significa atribuir um ou mais termos a um documento, foto ou
objeto de modo a caracterizá-los, possibilitando a transmissão do seu conteúdo por
palavras” (SPAGNOL et al., 1999, p. 95), ou seja, uma forma de padronizar o
vocabulário. O objetivo deste processo é permitir que através de uma palavra ou de
uma combinação delas se possam encontrar as informações buscadas. São cinco
as bases mais consultadas: International Nursing Index, Index Medicus, Literatura
Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Banco de dados em
Enfermagem (BDENF) e Cumulative Index to Nursing & Allied Health Literature
(CINAHL) (SPAGNOL et al., 1999).
No processo de indexação, segundo Spagnol et al (1999), encontram-se
facilidades e dificuldades. Como facilidade, cita-se o vocabulário específico utilizado
e como dificuldades o tempo existente entre a solicitação e a publicação; a
descontinuidade das revistas; a pouca publicação; o limitado número de assinantes;
os artigos sem padronização (SPAGNOL et al., 1999).
Os periódicos são uma das formas mais utilizadas na divulgação de
pesquisas científicas e a indexação é avaliada pela periodicidade e pelo impacto das
revistas. Existem cerca de oito mil títulos de periódicos indexados no Information
Sciences Institute (ISI) e estes estão divididos em três grandes áreas: Science
Citation Index Expanded, Social Sciences Citation Index, Arts & Humanities Citation
Index. A classificação dos periódicos é publicada anualmente pelo Journal Citation
Reports (JCR). A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES) segue o modelo do JCR para disponibilizar o Qualis (VILHENA;
CRESTANA, 2002).
O Qualis foi implantado no ano de 1998 pela CAPES e desde então vem
sendo utilizado na avaliação da pós-graduação stricto sensu nacional. Trata-se de
uma classificação dos veículos de divulgação da produção intelectual desenvolvida
nos mestrados e/ou doutorados disponíveis no Brasil. Tais classificações são
anualmente reavaliadas e reclassificadas, ou seja, passíveis de serem (re) olhadas e
atualizadas. As principais características do sistema são atender objetivos
específicos e exclusivos da CAPES (2008).
São seis as categorias do Qualis, o que permite uma série de nove
composições ou parâmetros:
a) Indicativas da qualidade: alta (A), média (B), baixa (C);
b) Quanto à circulação: internacional (I), nacional (N), local (L).
31
3.2 Fontes
Foram utilizados como fontes desta pesquisa bibliográfica alguns dos
principais periódicos da Enfermagem, da Saúde Pública e da Gerontologia brasileira,
considerando-se àqueles caracterizados como Qualis Internacional B e C e Nacional
B e C. A procura pelos artigos específicos ao tema proposto foi realizada pela
consulta dos periódicos, seja por meio eletrônico ou impresso, em acervos de
bibliotecas públicas ou de assinantes conhecidos.
Entende-se que a produção científica é algo dinâmico, refletindo com
abrangência a realidade disciplinar. Além, de ser fonte de consulta que influencia e
subsidia a formação e o fazer profissional de muitos(as) enfermeiros (as), fora o fato
de a Enfermagem brasileira vir crescendo em sua produção (SANTOS, 2003).
Importante também salientar que os artigos publicados em periódicos passam pelo
crivo de um conselho editorial, composto por agentes dotados de autoridade
científica, o que pode garantir a qualidade da produção.
Para proceder esta investigação foram selecionados dez periódicos, sendo
sete, da Enfermagem, um da Saúde Pública e dois da Gerontologia, para melhor
acesso aos periódicos Qualis internacional B e C e Nacional B e C. Foram:
Cadernos de Saúde Pública (Qualis internacional A - IA); Acta Paulista de
Enfermagem, Revista Latino-americana de enfermagem, Texto e Contexto em
Enfermagem, Revista de Enfermagem da USP (Qualis internacional B - IB); Revista
Brasileira de Enfermagem, Revista Gaúcha de Enfermagem, Revista Eletrônica de
Enfermagem (Qualis internacional C - IC). Estudos Interdisciplinares sobre o
Envelhecimento (Qualis nacional C - CN) e Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia (Qualis nacional C - CN).
Os periódicos utilizados nesta pesquisa tiveram suas informações retiradas de
seus específicos sites ou da contracapa das revistas impressas e apresentam-se
como:
a) Cadernos de Saúde blica, publicados desde 1985 pela Escola Nacional
de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). A partir de
2006 tem publicação mensal. Podem ser encontrados em meio eletrônico e
impresso. Neste periódico são publicados artigos originais que contribuem para o
estudo na Saúde Pública e áreas afins. Trata-se de uma das principais fontes de
informação científica editada na América Latina, Qualis internacional A
.
32
b) Acta Paulista de Enfermagem, órgão oficial de divulgação científica da
Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), publicado a partir
de 1988. Trata-se de um periódico trimestral publicado de forma impressa e em meio
eletrônico. Indexado no CINAHL, CUIDEN, LILACS, BDENF e BVS. Qualis
internacional B.
c) Revista Latino-americana de Enfermagem, órgão oficial de divulgação
científica da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo e do Centro Colaborador da OPS/OMS para o desenvolvimento da pesquisa
em Enfermagem que teve seu início em 1993. Tem periodicidade bimestral e
circulação internacional. Suas fontes de indexação são: ISI, INI, MedLine, CINAHL,
CAB Health, CAB Abstracts, PsycINFO, CUIDEN PLUS, Latindex, LILACS, BDENF,
SCIELO, Edubase, Scopus, CUIDATGE, ULRICH’S. Qualis internacional B.
d) Texto e Contexto em Enfermagem, revista temática, um dos principais
meios de divulgação do conhecimento em Enfermagem no Brasil, criada em 1992,
passou a ser editada trimestralmente em 2003 pelo Programa de s-Graduação
em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Encontra-se
indexada nas seguintes bases de dados: LILACS, BDENF, CINAHL, LATINDEX,
Read Alyc, CUIDEN, SCIELO. Qualis internacional B.
e) Revista de Enfermagem da USP tem como objetivo fomentar e disseminar
a produção científica da Enfermagem e áreas afins desde 1967, é editada de forma
trimestral e encontra-se em meio eletrônico desde 2005. Indexação: MEDLINE,
LILACS, LATINDEX, CUIDEN Plus, CINAHL, SCOPUS, ULRICH’S, PERIÓDICA,
EDUBASE, BDENF E SCIELO. Qualis internacional B;
f) Revista Brasileira de Enfermagem (Reben), foi criada em 1932 com a
denominação de Annaes de Enfermagem, trata-se do mais antigo periódico da
Enfermagem brasileira, órgão oficial de divulgação da Associação Brasileira de
Enfermagem (ABEN), é bimestral, Indexada em BDENF, LILACS, CUIDEN Espanha,
CINAHL, LATINDEX, MEDLINE e ULRICH’S. classificada como Qualis internacional
C;
g) Revista Gaúcha de Enfermagem, faz parte da Escola de Enfermagem da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e teve seu início no ano de
1976, publicada semestralmente, encontra-se indexada no LILACS e MEDLINE,
classificada como Qualis internacional C;
33
h) Revista Eletrônica de Enfermagem, da Universidade Federal de Goiás
(UFG), disponível a partir de 1999, de forma quadrimestral, Indexada em CINAHL,
CUIDEN, DOAJ, LATINDEX, BVS e EBSCO. Classificada como Qualis internacional
C;
i) Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento é o resultado da
integração que a UFRGS buscou em seus diversos departamentos que
desenvolvem ações ligadas aos(as) idosos(as) ao criar o Núcleo de Estudos
Interdisciplinares sobre o Envelhecimento em 1993. Está disponível a partir de 1999
e é editada bimestralmente, Qualis nacional C.
j) Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, fundada em 1998, até o ano
de 2005 era denominada Textos sobre Envelhecimento, reúne a produção científica
do Centro de Referência e Documentação sobre envelhecimento da Universidade
Aberta da Terceira Idade (UnATI)/Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Tem periodicidade quadrimestral. Qualis nacional C.
A seleção dos artigos que compuseram as fontes dos dados se deu por meio
da busca de palavras-chave, inicialmente nos títulos e depois nos próprios resumos
e por fim nos textos completos. Tais palavras-chave ou descritores, definidos
previamente, foram os seguintes: idosos, idosa, mulher idosa, sexualidade, gênero,
envelhecimento. Foram computados, no universo dos artigos, temáticas mais
pesquisadas, refletidas, no que diz respeito à pessoa idosa, comparando-se a
relevância destas temáticas, em relação à sexualidade e gênero da mulher idosa.
3.3 Coleta de dados
A coleta foi realizada, por meio de busca manual e computadorizada, através
da leitura de todos os títulos, seguidos pelos descritores e resumos dos artigos
publicados a cerca do tema. Para um melhor direcionamento da pesquisa, a coleta
de dados foi realizada mediante a aplicação de um instrumento de registro
(Apêndice A), no qual constaram: ano da publicação, nome do periódico, título,
características metodológicas, características temáticas e instituição de origem dos
autores. A finalidade desse procedimento foi analisar os temas abstraídos das áreas
de conhecimento do tipo de estudo realizado e refletir sobre as temáticas que estão
sendo mais pesquisadas, no que diz respeito à pessoa idosa, comparando-se as
34
relevâncias destes temas, por ordem de freqüência/aparição; depois questões do
envelhecimento e mulher idosa em relação à sexualidade e gênero.
Foram consultados 220 exemplares de periódicos, destes 34 foram da
Revista Latino-Americana de Enfermagem; 20, da Revista Acta Paulista de
Enfermagem; 20, da Revista Texto e Contexto em Enfermagem; 20, da Revista de
Enfermagem da USP; 30, da Revista Brasileira de Enfermagem; 14 da Revista
Eletrônica de Enfermagem; 10, da Revista Gaúcha de Enfermagem; 52, dos
Cadernos de Saúde Pública; 13 da Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia; 7
da Revista Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento. Este número
corresponde à totalidade dos periódicos editados entre os anos 2003 e 2007, os
cinco anos mais recentes. Dos 220 exemplares consultados foram encontrados 362
artigos científicos que continham uma ou mais palavras utilizadas na busca, tanto
nos títulos, quanto nos descritores, resumos e/ou nos textos completos.
A distribuição quantitativa dos artigos em relação ao número de periódicos
brasileiros consultados e número de artigos científicos encontrados, no período
compreendido entre os anos de 2003 e 2007, como consta na exposição do
parágrafo anterior, pode ser visualizada no quadro 1:
Periódicos
Consultados
Artigos
Encontrados
Cadernos de Saúde Pública 52 95
Revista Acta Paulista
de Enfermagem
20 14
Revista Latino-Americana de
Enfermagem
34 36
Revista Texto e Contexto em
Enfermagem
20 18
Revista Enfermagem da USP 20 10
Reben 30 15
Revista Gaúcha de
Enfermagem
10 05
Revista Eletrônica de
Enfermagem
14 15
Revista Estudos
Interdisciplinares
sobre envelhecimento
07 48
Revista Brasileira de Geriatria
e Gerontologia
13 106
Total
220 362
Quadro 1: Distribuição quantitativa dos artigos segundo os periódicos pesquisados, Brasil, 2008.
35
Dos 362 artigos selecionados, pela busca prévia segundo os descritores
escolhidos, foram encontrados 257 para idosos, 01 para idosa, 05 para mulher
idosa, 70 para envelhecimento, 08 para sexualidade e 22 para gênero. No quadro 2
pode-se visualizar a distribuição quantitativa dos artigos científicos encontrados
segundo as palavras-chave pré-estabelecidas.
Periódicos
Idosos
Idosa
Mulher
Idosa
Sexualidade
Gênero
Envelhecimento
Total
Cadernos de
Saúde Pública
74 - 02 - 07 12 95
Revista Acta
Paulista de
Enfermagem
09 - - - 04 01 14
Revista Latino-
Americana de
Enfermagem
33 - - - 02 01 36
Revista Texto e
Contexto em
Enfermagem
14 - - 01 01 02 18
Revista
Enfermagem da
USP
07 - - 01 01 01 10
Reben
11 - 01 - 03 - 15
Revista Gaúcha
de Enfermagem
05 - - - - - 05
Revista
Eletrônica de
enfermagem
11 - - 01 01 02 15
Revista Estudos
Interdisciplinares
sobre
envelhecimento
31
01
01
01
01
13
48
Revista Brasileira
de Geriatria e
Gerontologia
58
-
01
04
02
41
106
Total
253 01 05 08 22 73 362
Quadro 2: Distribuição quantitativa dos artigos segundo os descritores pré-estabelecidos, Brasil,
2008.
Quando se compara a periodicidade de cada revista com o número de artigos
pesquisados verifica-se que periódicos de menor tiragem anual, podem apresentar
uma produção representativa sobre a temática. Neste sentido cabe salientar que um
desses periódicos, a Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia é específica da
área Gerontológica, sendo, portanto, um resultado esperado. O mesmo acontece
com a Revista Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, que tem a
Gerontologia como foco central, nela foram encontrados 48 artigos.
36
Como também foi encontrado por Santos (2003), a respeito dos periódicos
trimestrais, o destaque fica por conta da Revista Texto e Contexto em Enfermagem,
que, mesmo focalizando unidades temáticas, apresentou 18 artigos no período
estudado, porque teve entre suas temáticas o envelhecimento.
A Revista Latino-Americana de Enfermagem, é bimestral, tem abrangência
nacional e internacional e a instituição que a origina tem um grupo de estudo e
pesquisa sobre idoso. Neste ponto concorda-se com Santos (2003), de que apesar
do citado acima ela vem divulgando pouco sobre temáticas que envolvam
envelhecimento, idoso e velhice, nela foram encontrados 36 artigos.
Fato que chamou a atenção foi a pouca produção, nos periódicos
pesquisados, quanto à sexualidade e gênero, temas atuais e, por vezes, polêmicos,
que poderiam estar sendo mais explorados.
Dos 362 artigos científicos encontrados/selecionados, dois (02)
entrecruzavam os termos gênero e velhice, um (01) gênero e envelhecimento, dois
(02) sexualidade e velhice e dois (02) sexualidade, velhice e gênero, totalizando sete
(07) artigos que em alguma parte do seu texto entrecruzavam os termos idosa ou
mulheres idosas, sexualidade e gênero.
No quadro 2 foi possível verificar que a questão de gênero tem sido pouco
contemplada, pois o descritor IDOSA foi encontrado em um artigo dos 362
investigados. o descritor MULHER IDOSA, encontrou-se em cinco do total de
artigos pesquisados.
3.4 Análise dos dados
A análise dos dados se deu após a leitura dos artigos; em seguida, foi
realizado seu agrupamento em categorias ou tema, tendo como suporte o referencial
teórico apresentado.
Na análise dos dados (Apêndice B) foi utilizada a leitura analítica que é um
processo que pode ser dividido em três etapas: análise textual, análise temática,
análise interpretativa. Na análise textual realizou-se uma rápida, porém atenta
leitura, obtendo uma visão mais abrangente do todo. Na análise temática buscaram-
se esclarecimentos a respeito do tema e do autor e na análise interpretativa se
propôs a problematização (SEVERINO, 2002; SIMÕES; KIRSCHBAUM, 2005).
37
Quanto aos aspectos éticos, por se tratar de uma pesquisa bibliográfica, o
estudo não necessitou passar pela avaliação de um comitê de ética em pesquisa.
Também não houve necessidade de solicitar permissão para o estudo, pois o
material, por ser publicação eletrônica e/ou impressa é de livre acesso a todos,
facilitando a ampliação de difusão da produção acadêmica da Enfermagem
brasileira.
O diagrama 1, exposto a seguir, representa esquematicamente a produção e
a análise dos dados pesquisados, procurando formar relações com os objetivos dos
diversos autores e o referencial teórico utilizado.
Diagrama 1: Representação esquemática da produção dos dados, Brasil, 2003 - 2007.
COLETA DOS
DADOS
PROCESSO DE
ANÁLISE DOS
DADOS
FONTES:
Dez periódicos
(220 volumes)
Cadernos de Saúde Pública (IA);
Revista Acta Paulista de Enfermagem,
Revista Latino-Americana de
Enfermagem, Revista Texto e Contexto
em Enfermagem, Revista de
Enfermagem da USP (IB);
Revista Brasileira de Enfermagem,
Revista Gaúcha de Enfermagem,
Revista Eletrônica de Enfermagem (IC);
Estudos Interdisciplinares sobre o
envelhecimento, Revista Brasileira de
Geriatria e Gerontologia (NC)
Referencial
Teórico
Período:
2003 - 2007
ESTABELECIMENTO DE
CATEGORIAS
PRODUÇÃO
DOS DADOS
38
4. OS ACHADOS
Os 362 artigos pré-selecionados para este estudo podem ser assim
caracterizados:
4.1 Em relação ao ano de publicação
A quantidade de artigos científicos encontrados, em relação ao ano de
publicação, nos periódicos pesquisados foi a seguinte:
ANO
QUANTIDADE
2003 47
2004 52
2005 73
2006 82
2007 108
Total
362
Quadro 3: Distribuição quantitativa dos artigos pelo espaço de tempo proposto pelo estudo, Brasil,
2008.
O interesse na pesquisa sobre idosos(as) vem aumentando nos últimos anos,
mas apesar de um número considerável de artigos publicados nos periódicos
pesquisados, posso observar que esta não é uma temática que vem sendo
explorada de forma sistemática pelos(as) enfermeiros(as).
De acordo com Silva e Fraga (1999) esta é uma área que vem despertando o
interesse dos(as) enfermeiros(as), embora de forma incipiente. Elas comentam a
necessidade dos órgãos formadores em recursos humanos da área da saúde e
instituições prestadoras de assistência, implementar pesquisas e expor experiências
acerca da temática, pois este é um novo, espefico e frutífero campo para a
Enfermagem.
Concordo com Santos (2003) quanto à necessidade de se pesquisar mais no
sentido de aprofundar e alcançar soluções para os problemas identificados e para
os que ainda surgirão, principalmente porque a pesquisa em enfermagem no Brasil é
ainda um campo pouco explorado, com diversos espaços a serem preenchidos, “(...)
precisamos pesquisar mais (...) e mais ainda na enfermagem gerontogeriátrica”
(SANTOS, 2003, p. 64). Para tanto, torna-se necessária uma maior mobilização e
incentivo dos pesquisadores e instituições em torno desta proposta.
39
4.2 Em relação ao sexo dos(as) autores(as)
O número de autores(as) encontrados em relação ao sexo dos(as)
mesmos(as) nos periódicos pesquisados foi o seguinte:
SEXO
NÚMERO
Feminino 1.021
Masculino 243
Total
1.264
Quadro 4: Distribuição quantitativa dos autores dos artigos conforme o seu sexo, Brasil, 2008.
A grande maioria dos(as) autores(as) é do sexo feminino, o que vem a
confirmar uma realidade, que ainda faz parte da história da enfermagem, de que são
as mulheres quem mais procuram esta profissão.
As mulheres estão culturalmente ligadas ao contexto do cuidado, seja em
âmbito público ou privado, são as elas que cuidam das crianças, dos(as) doentes e
das pessoas dependentes.
Segundo descrição da Wikipédia (2008), a palavra Enfermeiro(a) tem na sua
constituição latina a base deste pensamento, “nutrix” que significa mãe, mais o verbo
“nutrire”, que significa criar e nutrir. A adaptação destas duas palavras em inglês
originou o vocábulo “Nurse”, que traduzido para o português significa Enfermeiro(a).
A Wikipédia (2008) também traz a história da enfermagem, referindo que a
mesma se confunde com a própria história do cuidado humano. No início, mulheres
que detinham a arte do parir e nascer, depois prostitutas, que conheciam os corpos
masculinos em todas as suas nuances, depois as religiosas, que tinham como uma
de suas atribuições os cuidados aos(as) enfermos(as) e moribundos(as) na
comunidade ou em instituições hospitalares, as Santas Casas de Misericórdia.
Assim foi até a incorporação do modelo científico com Florence Nightingale,
inaugurando a moderna enfermagem com as suas bases de rigor técnico,
estruturando um modelo de assistência.
4.3 Em relação ao número de autores(as) por artigo
O número de autores(as) por artigos científicos encontrados nos periódicos
pesquisados foi o seguinte:
40
AUTORES
(AS)
/ARTIGO
NÚMERO
01 97
02 142
03 161
04 47
05 18
06 12
07 05
08 03
Total
485
Quadro 5: Distribuição quantitativa do número de autores por artigo, Brasil, 2008.
Os artigos investigados foram elaborados por dois ou três autores como
destacado no Quadro 5. Como grande parte dos periódicos da Enfermagem
brasileira aceita no máximo cinco autores por publicação, essa pode ser uma das
justificativas para esse destaque. Alguns dos artigos investigados foram produções
de grupos de estudo e pesquisa que envolvem mais de um(a) autor(a) no
desenvolvimento de um projeto.
Uma pesquisa elaborada por mais de um membro pode direcionar a
interdisciplinaridade, que é uma das formas que a Enfermagem utiliza para o
ensino/formação. Concordo com Santos, Lunardi, Erdmann e Calloni (2007) quando
colocam que as pesquisas interdisciplinares parecem gerar a maneira mais
adequada para o ser humano reagir à fragmentação. Isso pode ser realizado desde
que: verifiquemos e consideremos os estreitos limites estabelecidos no interior das
disciplinas especializadas; tenhamos um desejo humanista, visto ser o caminho que
tem condições de novamente unir o saber humano fragmentado; reconheçamos o
medo diante da ameaça de autodestruição do ser humano no planeta e a
importância dos estudos interdisciplinares, diante dessa ameaça.
4.4 Em relação aos aspectos metodológicos
4.4.1 Abordagem
O tipo de abordagem encontrado, nos artigos científicos selecionados, nos
periódicos pesquisados foi o seguinte:
TIPO DE PESQUISA
QUANTIDADE
Qualitativa 122
Quantitativa 91
Quali-quantitativa 07
Total
220
Quadro 6: Distribuição das pesquisas quanto ao tipo de abordagem, Brasil, 2008.
41
A enfermagem vem paulatinamente ampliando a sua participação na
comunidade científica nacional, grupos de pesquisa vêm sendo formados em torno
de projetos já estruturados e o incentivo à internacionalização da produção do
conhecimento vem tomando forma. Entre os anos de 2001 e 2006 houve um
aumento de 54% da produção científica da enfermagem brasileira (VILLA, 2007).
Segundo Caregnato e Mutti (2006), a pesquisa com abordagem qualitativa
vem conquistando um espaço cada vez mais expressivo na Enfermagem. Porém,
dentre os fatores de risco para publicações internacionais em periódicos de língua
Inglesa, Rassol (2006, p. 432), destaca: “(...) hipóteses vagas, descrição inadequada
dos instrumentos, análise estatística questionável, discussão repete os resultados,
resultados não relevantes”, que são características essenciais de abordagens
quantitativas. Se que não é o momento da Enfermagem rever suas abordagens
metodológicas? Não devemos dar mais visibilidade às pesquisas quantitativas?
4.4.2 Instrumento de coleta
Foram utilizados vários instrumentos e cnicas para a coleta de dados, como
entrevista, observação, questionário, avaliação e exame físico, grupo focal,
Atividades da Vida Diária (AVD), história oral temática, processo de enfermagem,
oficinas, entre outros. Outras pesquisas se utilizaram de dados secundários.
O tipo de instrumento mais preponderante foi a entrevista semi-estruturada,
que em alguns casos estava aliada à técnica de observação, seguido pela utilização
de dados secundários.
Bauer e Gaskell (2002) refere que a maioria das pesquisas originadas por
áreas ligadas às ciências sociais se baseia na entrevista. A entrevista para Lakatos
(2001) é uma técnica que faz parte da observação direta intensiva, uma conversa
metódica realizada pelo(a) pesquisador(a) ao seu(a) entrevistado(a). Cruz Neto
(2006) se refere à entrevista como o instrumento mais utilizado no trabalho de
campo, uma conversa, nada despretensiosa ou neutra e que pode ser realizada de
forma individual ou coletiva.
4.4.3 Amostra
Amostra é uma porção ou parcela representativa do universo escolhido como
objeto de uma pesquisa que não engloba a população total da mesma, seria um
subconjunto deste universo. Ela subdivide-se em probabilística e o-probabilística,
42
a primeira é a mais utilizada e permite a utilização da forma de análise estatística
dos dados coletados (LAKATOS, 2001).
A amostra apresentou-se muito variada, mas chama a atenção o fato de que
na maioria foram utilizadas pequenas amostras ou amostras de até 100 indivíduos.
Em cinco materiais pesquisados verificaram-se artigos com amostras entre 10.000 e
30.000.
4.4.4 Análise de dados
A forma utilizada para a análise de dados também se mostrou variável, o mais
utilizado nas pesquisas de abordagem quantitativa foi a estatística inferencial e nas
pesquisas com abordagem qualitativa foi a análise de conteúdo, por categorias
temáticas, proposta por Bardin (1977).
Bardin (1977) designa análise de conteúdo como,
um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter,
por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do
conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que
permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de
produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens (BARDIN,
1977, P. 42).
Para Caregnato e Mutti (2006) a cnica de análise de conteúdo proposta por
Bardin tem ampla utilização na área da Enfermagem, o que pode ser evidenciado
através das publicações em periódicos indexados de circulação nacional e
internacional, sendo a análise categorial o tipo mais antigo e a prática mais utilizada.
A estatística, segundo Lakatos (2001) não é um fim em si mesma, mas um
instrumento utilizado para a análise e interpretação dos dados numerosos obtidos
em uma pesquisa. A análise estatística pode ser descritiva, que se preocupa em
descrever os resultados e inferencial, que procura analisar os dados encontrados
nas pesquisas, orientados para responder a problemática proposta e as hipóteses.
43
4.5 Em relação à categoria dos artigos
Quanto à categoria, as publicações científicas foram agrupadas em:
CATEGORIA
QUANTIDADE
Original 236
Revisão 46
Reflexão 32
Resenha 15
Relato de experiência 12
Editorial 13
Fórum 02
Ensaio 01
Atualização 01
Discussão 03
Nota prévia 01
Total
362
Quadro 7: Distribuição quantitativa das categorias dos artigos, Brasil, 2008.
Cada periódico tem normas específicas para o aceite dos artigos e, também,
determina a categoria de trabalhos aceitos. Segundo informações retiradas do site
da Revista Latino-Americana de Enfermagem (2008) as seções compreendem:
a) Artigos originais: trabalhos de pesquisa com resultados inéditos;
b) Revisão: estudos que constam de uma avaliação crítica, com bibliografia
abrangente disponível sobre um determinado tema;
c) Reflexão: um texto de caráter analítico de temas que possam ser
aprofundados;
d) Resenha: revisão crítica da literatura científica;
e) Relato de experiência: descrição analítica de uma atuação profissional;
f) Fórum: publicação de dois ou mais artigos coordenados entre si e de
autores diferentes;
g) Ensaio: interpretação original de um tema;
h)Atualização: abordagem informativa, em um trabalho descritivo e
interpretativo, com fundamentação de temas atuais e de interesse;
i) Discussão: colaboração de caráter geral sobre artigos publicados;
j) Nota prévia: nota relatando resultados parciais ou preliminares de uma
pesquisa.
4.6 Em relação às titulações dos(as) autores(as) Enfermeiros(as)
44
Quanto à titulação, os(as) autores(as) dos artigos científicos selecionados,
foram agrupados em:
TITULAÇ
ÕES
QUANTIDADE
Pós-Doutor(a) 16
Doutor(a) + de 200
Doutorandos(as) + de 50
Mestres + de 100
Mestrandos(as) + de 30
Especialistas + de 50
Graduados(as) + de 50
Acadêmicos(as) + de 30
Quadro 8: Distribuição quantitativa das titulações dos(as) autores(as) Enfermeiros(as), Brasil, 2008.
Como os periódicos pesquisados não eram todos da Enfermagem,
apareceram autores(as) de outras áreas do conhecimento, a saber: Psicologia (+ de
30), Nutrição (+ de 15), Sociologia (+ de 10), Medicina (+ de 10), Fisioterapia,
Fonoaudiologia, Antropologia, Educação Física, Direito, Farmácia, História, Biologia,
Serviço Social e Agronomia, evidenciando que sexualidade, gênero e
envelhecimento são temas interdisciplinares
Em relação à área da Enfermagem, observa-se a preponderância de
autores(as) com títulos de doutor ou enfermeiros(as) cursando doutorado. Verifica-
se que a Enfermagem brasileira intensificou o número de cursos de pós-graduação
na década de 80. Com esses cursos começaram a surgir pesquisas críticas e
elaboração de novos modelos de cuidar pautado nos referenciais teórico-
metodológicos críticos (SANTOS, 2003).
Hoje, a pós-graduação em Enfermagem conta com 45 programas, oferecendo
14 cursos de doutorado, 29 cursos de mestrado acadêmico e 2 cursos de mestrado
profissionalizante (CAPES, 2008). No Rio Grande do Sul encontram-se um curso de
doutorado (UFRGS), quatro cursos de mestrado (UFRGS, FURG, UFSM, UFPEL).
4.7 Em relação às instituições de origem dos(as) autores(as)
Quanto às instituições, os(as) autores(as) dos artigos científicos selecionados,
foram agrupados em:
45
INSTITUIÇÃO
QUANTIDADE
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) 44
Universidade de São Paulo (USP/RP) 42
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) 33
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 19
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) 18
Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ) 13
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 11
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) 09
Universidade Federal de Goiás (UFG) 09
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS)
08
Universidade Federal da Bahia (UFBA) 07
Universidade Federal do Rio Grande (FURG) 05
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUCSP)
05
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 05
Universidade de Caxias do Sul (UCS) 05
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) 05
Universidade Federal do Ceará (UFCE) 05
Total 243
Quadro 9: Distribuição quantitativa dos artigos pelas Instituições de origem dos(as) seus(as)
autores(as), Brasil, 2008.
Aparecem na pesquisa autores(as) de outras instituições, mas procurei aqui,
agrupar as que mais o citadas, até o número de cinco aparições. Considero de
especial relevância, citar as outras instituições do Rio Grande do Sul, além das
explicitadas acima e que apareceram na pesquisa: Universidade de Passo Fundo
(UPF), Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul
(UNIJUÍ), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Hospital de Clínicas de Porto
Alegre (HCPA), Centro Universitário Metodista de Porto Alegre (IPA), Centro
Universitário Franciscano (UNIFRA), Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ),
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade do Vale do Rio dos
Sinos (UNISINOS).
Os(As) autores(as) dos artigos selecionados pertenciam a muitas instituições
diferentes, de praticamente de todos os Estados brasileiros. Neste trabalho eu opto
por me deter apenas nas quatro instituições mais citadas que foram, por ordem de
freqüência de aparição, a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a
Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A UERJ possui, de maneira formal, desde 1993 um programa, primeiramente,
vinculado ao Instituto de Medicina Social chamado de Universidade Aberta da
46
Terceira Idade (UnATI). Segundo o site da instituição, em 1996 a UnATI tornou-se
um núcleo da UERJ, como uma universidade voltada para pessoas idosas em
permanente construção, que está estruturada em quatro eixos principais, com ações
de ensino, pesquisa e extensão. O primeiro eixo volta-se aos serviços cio-
culturais, de saúde e de educação para a integração e inserção social do(a)
idoso(a); o segundo para estudantes, profissionais e público não-idoso, oferecendo
atualização e capacitação de recursos humanos; o terceiro para a produção de
pesquisas e estudos de pós-graduação e o quarto para a sensibilização da opinião
pública por meio da extensão e voluntariado voltados aos(as) idosos(as).
Verifica-se que a existência da UnATI e dos pesquisadores nela incluídos
estão fazendo aumentar os trabalhos voltados para as questões gerontológicas.
Inclusive, um dos periódicos fonte desta pesquisa, a Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia, faz parte desta instituição.
Dos 1.871 grupos de pesquisa existentes na USP, pelo menos, oito se
referem especificamente aos(as) idosos(as) ou ao envelhecimento e um é específico
da enfermagem, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP, o Núcleo de
Pesquisa de Enfermagem Geriátrica e Gerontológica (NUPEGG). Assim, sendo uma
instituição tão tradicionalmente ligada a pesquisa, um centro colaborador da
Organização Mundial da Saúde (OMS) para o desenvolvimento da pesquisa em
enfermagem, como revela o site da instituição, vem intensificando sua produção na
área gerontológica.
A Escola de Enfermagem da UFMG possui onze grupos de estudo, mas
nenhum específico para o estudo dos(as) idosos(as). Identifiquei algumas linhas de
pesquisa no núcleo de cuidado e desenvolvimento humano e no de saúde coletiva.
Apareceram 33 autores(as) vinculados(as) a esta instituição.
A Escola de Enfermagem da UFRGS possui treze núcleos de pesquisa, um
específico ao cuidado do adulto e do idoso. Aqui saliento que a UFRGS tem
vinculado à pró-reitoria de extensão, desde 1993, o Núcleo de Estudos
Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, com o objetivo de integrar os diversos
departamentos que trabalham com questões ligadas aos(as) idosos(as), bem como
proporcionar o intercâmbio com outras entidades que realizem produções afins. A
revista Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, utilizada como fonte
desta pesquisa é editada por este núcleo desde 1999.
47
4.8 Conteúdos identificados
O diagrama 2 relaciona os conteúdos apresentados nos artigos científicos,
selecionados através das palavras/descritores previamente escolhidos. Considero
aqui algumas reflexões dos(as) autores(as) incluídos nesta pesquisa como fonte dos
sub-temas elencados.
Diagrama 2: conteúdos identificados nos artigos científicos pesquisados, Brasil, 2003-2007.
No que diz respeito à expressão IDOSOS, através da freqüência em que
aparecem, foram identificados e selecionados os seguintes sub-temas: cuidados e
cuidadores(as); qualidade de vida (avaliação funcional); Instituições de Longa
Permanência (ILP); cronicidade de saúde (morbi-mortalidade). Convém mencionar
que praticamente todos os artigos continham algum tipo de conceito e de
caracterização da população idosa, principalmente ligados aos pressupostos da
Organização Mundial de Saúde (OMS) e dados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD).
Nas questões ligadas aos cuidados e cuidadores(as), importantes e atuais
temas do meio acadêmico, que remetem à função primeira da enfermagem, a sua
essência, que é a prestação de cuidados integrais aos seres humanos. O cuidado é
SEXUALIDADE E GÊNERO
- Violência doméstica;
- Uso de drogas;
- Educação.
IDOSOS
- Cuidados e cuidadores(as);
- Qualidade de vida: avaliação funcional;
- Instituições de Longa Permanência (ILP);
- Cronicidade de saúde: Morbidade/mortalidade.
ENVELHECIMENTO
- Educação e promoção do envelhecimento;
- Vulnerabilidade;
- Políticas públicas.
IDOSA
- Coping;
- Terapia ocupacional.
48
inerente e vital a todos os seres humanos, pois todos necessitam dele, de uma
forma ou outra, em diferentes fases do ciclo vital, como meio de garantir a
sobrevivência. Penso que se o cuidado é vital à sobrevivência, também assim os
são os(as) cuidadores(as), sejam eles(as) da família, comunidade ou trabalhadores
especializados(as), ou seja, cuidadores(as) informais ou formais.
Verifiquei em alguns textos que os(as) idosos(as) podem necessitar de algum
tipo de ajuda para desempenhar suas atividades diárias, até porque o
envelhecimento pode acarretar um aumento das Doenças Crônicas Não-
Transmissíveis (DCNT), situações de multipatologias e seqüelas debilitantes, o que
vem a aumentar o risco de dependência, parcial ou total, e hospitalizações
freqüentes. Segundo Rodrigues, Watanabe e Derntl (2006), o processo de
envelhecimento e, conseqüentemente, a velhice, implica em modificações físicas,
psíquicas e sociais, levando, muitas vezes, à necessidade de ser cuidado.
Foi possível identificar algumas questões ligadas aos(as) cuidadores(as)
como, por exemplo, que é na família, mesmo com todas as alterações estruturais
que vem sofrendo, que se encontram as principais fontes detentoras de cuidados
humanos básicos. E, para aqueles(as) que envelhecem torna-se importante o apoio
e o cuidado familiar, pois
“(...) o vínculo emocional entre o idoso e seu cuidador é importante
para que se construa uma relação de intimidade, e os laços afetivos
envolvidos podem favorecer uma maior confiança (...) ou ainda, (...)
para as pessoas idosas, a família tem fundamental importância no
que se refere à solidariedade e à proteção, bem como nas relações
de afeto que permeiam a dinâmica familiar” (PAVARINI et al, 2006, p.
327).
Floriani e Schramm (2006), estudando famílias de idosos(as) dependentes
reportam que a escolha do(a) cuidador(a) não costuma ser uma casualidade, mas
sim, uma falta de opção. Também, muitas famílias assumem o cuidado sem terem
real noção ou se reconhecerem enquanto cuidadora, mas em geral, apenas um(a)
único(a) cuidador(a) assume múltiplas funções. Comentam ainda que a relação
entre o cuidar e o risco de morte é maior entre os(as) cuidadores(as) que assistem
seus pares dependentes e que existem variados achados em relação ao
comprometimento psicossocial como, por exemplo, depressão e isolamento,
nestes(as).
49
Perlini e Faro (2005) reportam que a escolha do(a) cuidador(a) pode ser fonte
de constante tensão na família que também, muitas vezes, se encontra fragilizada
financeiramente. Mesmo assim, é quando se esgotam os recursos das famílias é
que as instituições de apoio e abrigo são procuradas. Outro ponto importante é que
a atual visão de assistência em saúde tem por proposta que o(a) idoso(a)
portador(a) de uma condição crônica de saúde seja cuidado(a) no ambiente onde
sempre viveu, o que também não deixa de ser bastante idealista (SILVA; GALERA;
MORENO, 2007).
Segundo Santos e Rifiotis (2006); Silva, Galera e Moreno (2007) para que os
cuidados familiares aconteçam é preciso que antes, seja examinada a família e o
contexto cultural na qual ela está inserida. Importante salientar que “(...) são as
mulheres a grande maioria do contingente de cuidadores das pessoas idosas
fragilizadas (...)” e também que é “(...) em torno da família, das articulações de
gênero e das gerações que se estabelecem ao longo de uma vida em comum (...)”
que os(as) principais cuidadores(as) serão definidos(as) (SANTOS; RIFIOTIS, 2006,
p. 142) .
Na efetivação do cuidado familiar, muitas vezes torna-se necessário uma
reformulação no grupo com redefinição de papéis, pois “(...) as atribuições impostas
pelas atividades de cuidado do idoso modificam as relações familiares (...) o
processo de cuidar implica em um conjunto de ações que envolvem atitudes,
sentimentos e compromissos” (MARQUES; RODRIGUES; KUSUMOTA, 2006, p.
184).
Merece destaque entre os(as) cuidadores(as) formais citados nos textos, a
equipe de enfermagem. O(A) enfermeiro(a) planeja e implementa o cuidado
devendo, para tanto, atender todas as expectativas do(a) seu(a) cliente e
procurando não comprometer suas ações através de suas vivências pessoais ou
pré-conceitos como relatado por Miguel, Pinto e Marcon (2007), “(...) os sentimentos
pessoais sobre o envelhecimento e a idade podem ser negativos ou estereotipados,
o que pode comprometer o cuidado prestado” (p. 785).
No entendimento de Figueiredo; Santos e Tavares (2006), é na atualidade,
pressuposto básico que os(as) enfermeiros(as) detenham os conhecimentos da arte
do cuidar e procurem atualizar com freqüência as suas práticas, mas que também
tenham a clareza de que esta é uma responsabilidade de todos. O maior problema é
50
que para a Enfermagem o cuidar de idosos(as) ainda é uma prática incipiente que
necessita de maiores conhecimentos.
A área Gerontogeriátrica é um caminho promissor para que os(as)
enfermeiros(as) possam visualizar a possibilidade que os cuidados prestados
aos(as) idosos(as) sejam baseados em suas reais necessidades, atendendo
também a família e comunidade, com uma abordagem inter e multiprofissional,
criando situações de co-responsabilidade e ampliando conhecimentos (SANTOS,
2003).
É também uma importante tarefa dos(as) enfermeiros(as), cuidar e promover
saúde no domicílio dos(as) usuários(as) do sistema de saúde. Esta, pode ser vista
como uma tarefa desafiadora, para toda equipe multidisciplinar, pois é preciso
conhecer e respeitar a cultura local. Martins et al (2007) referem que para a
efetivação do cuidado domiciliar é preciso a reorganização dos serviços de saúde,
valorizando a subjetividade das pessoas e a criação de vínculo.
Outra tarefa dos(as) enfermeiros(as) é capacitar e incluir a família nos
cuidados prestados aos(as) idosos(as),
(...) a assistência de idosos com doenças que exigem longos
períodos de tratamento e que contribuem para a sua fragilização
acarreta para os profissionais da área da saúde, especialmente para
as enfermeiras, a necessidade de aplicação de uma abordagem que
inclua a família no planejamento das ações de cuidado. Pela efetiva
participação da família garantem-se a preservação dos valores
culturais e a valorização do domicílio como o principal lócus de
cuidados informais em saúde (SANTOS; PELZER; RODRIGUES,
2007, p. 115-116).
O cuidado familiar também tem importante papel na redução dos custos com
a assistência/internação hospitalar e institucional, esse é um dos motivos da
indicação, no Brasil e em outros países, de que os cuidados a idosos(as)
dependentes seja realizado em suas próprias casas e por cuidadores familiares, de
preferência, treinados (SILVA; GALERA; MORENO, 2007).
Importante em relação aos(as) cuidadores(as) é que todos, informais ou
formais, necessitam capacitação e aperfeiçoamento contínuos. Também é
necessário apoio constante, pois por muitas vezes cuidar pode se tornar uma árdua
tarefa e também porque, segundo Miguel, Pinto e Marcon (2007, p. 793), “(...) a não
capacitação promove comportamentos de dependência no idoso, maus tratos e
negligência na prática do cuidado”.
51
A necessidade de formação faz-se essencial para os(as) enfermeiros(as)
inseridos na Estratégia de Saúde da Família (ESF), pois estes(as) estão em contato
permanente com as famílias, núcleo básico de assistência, e podem mais
rapidamente diagnosticar problemas em relação aos cuidados prestados e contribuir
de forma a alcançar uma estabilidade através do planejamento, implementação e
avaliação do cuidado prestado. Também são eles(as) que atuam no sentido de
educação familiar para o auto-cuidado e cuidado, mas para tanto, é necessário o
investimento em pesquisas e a inclusão das famílias no processo. A equipe de
saúde da família diferencia-se de outras pelo seu olhar, que vai além da doença
(MARQUES; RODRIGUES; KUSUMOTA, 2006; SILVA; GALERA; MORENO, 2007).
Para cuidar, tanto do ser que está doente e também do(a) seu(sua)
cuidador(a) devemos focar nossos recursos na promoção e manutenção da saúde,
respeitando a independência e a participação destes no processo de cuidado, pois a
população encontra-se carente de recursos e apoio qualificado, o que dificulta a
prestação do cuidado. Existe, hoje, pouca capacitação e suporte para os(as)
cuidadores(as) e é através de pesquisas nesta área que programas de educação
poderão ser formados. através da pesquisa e da educação é que o processo de
cuidado poderá ser melhorado (MARTINS et al., 2007).
Santos e Rifiotis (2006) referem que as famílias brasileiras não contam com
apoio de redes sociais para a prestação de cuidados aos(as) seus(as) idosos(as),
mas a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) reforça a idéia que o
cuidado domiciliar compreenda também orientações aos(as) cuidadores(as),
inclusive no sentido de garantir a sua própria saúde.
Em relação às questões ligadas a qualidade de vida, convém mencionar
que neste item foram agrupados todos os artigos referentes também à capacidade
funcional, dor, quedas e Atividades da Vida Diária (AVD) e Atividades Instrumentais
da Vida Diária (AIVD), pois segundo Diogo (2003), a capacidade funcional dos(as)
idosos(as) é indicativo de qualidade de vida e o desempenho nas atividades da vida
diária parâmetro largamente reconhecido. Assim, os(as) profissionais da área tem a
possibilidade de verificar a severidade do estado de saúde do(a) idoso(a). Quanto à
dor, entendo ser um fator que acaba por influenciar negativamente a qualidade de
vida.
O envelhecimento acarreta transformações físicas, psicológicas e sociais e
essas alterações se dão de forma natural e gradativa, considerando aquelas que
52
ocorrem em idade mais precoce ou mais avançada e levando em conta as
características genéticas de cada sujeito e o estilo de vida, como: alimentação
adequada, a prática de exercícios físicos, exposição ao sol, fatores que interferem
no envelhecimento, minimizando os efeitos da passagem do tempo.
Concordo com Néri (2006) quando refere que “a boa longevidade é apontada
como fruto da combinação de genética favorável e de um estilo de vida saudável”
(NERI, 2006, p. 32). Quanto mais saudáveis forem os hábitos de uma pessoa
durante todo o seu ciclo vital, também mais longeva e saudável será a sua vida.
O envelhecimento deve ser visto como um processo natural do ser humano
(PAPALÉO NETTO, 2002). Uma estratégia possível para ajudar os(as) idosos(as)
seria a participação destes(as) em grupos específicos, como os denominados
grupos de terceira idade, ou ainda integrar-se às Universidades Abertas à Terceira
Idade (UnATIs).
Nos grupos de idosos(as) o crescimento da conscientização sobre o
envelhecimento, dentro do contexto social, político e econômico, vem sendo
reformulado. Entretanto, o país necessita que continuem sendo desenvolvidos
programas destinados aos(as) maiores de 60 anos porque o envelhecimento é um
processo que se dá ao longo da vida.
Para o Whoqol group, a percepção da qualidade de vida depende da posição
ocupada, individualmente na vida, pelos seres humanos, no contexto de sua cultura
e dos sistemas de valores nos quais vivem, em estreita relação com os seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Trata-se de um amplo e complexo
conceito, que engloba todas as facetas de um ser, bem como o seu entorno sócio-
ambiental e suas raízes culturais, refletindo a percepção de que cada indivíduo tem
da satisfação de suas necessidades (OMS, 1998).
Qualidade de vida é um tema importante “(...) para a promoção da saúde
física e mental e para o bem-estar social das pessoas (...)” e as investigações no
sentido do alcance de uma boa qualidade de vida possuem grande importância
científica e social (CARNEIRO et al, 2007, p. 229).
Com o envelhecimento muitas das tarefas antes consideradas corriqueiras
ganham contornos de dificuldade e/ou impossibilidade. No Brasil, segundo Costa,
Nakatani e Bachion (2006),
53
(...) a meta no atendimento à saúde deixa de ser a de apenas
prolongar a vida, mas, principalmente, a de manter a capacidade
funcional do indivíduo, de forma que esse permaneça autônomo e
independente pelo maior tempo possível. Para que isso ocorra, o
sistema de saúde precisa garantir o acesso universal aos cuidados
progressivos de saúde e as políticas públicas devem enfatizar a
promoção de saúde (...) (COSTA; NAKATANI; BACHION, 2006,
p. 44).
Insistindo no exposto, Martins et al (2007) referem que um dos maiores
desafios a serem enfrentados no Brasil, neste início de século, é exatamente
oferecer qualidade de vida a esta grande, e ainda crescente, parcela da população,
que em sua maioria apresenta um baixo nível educacional e, conseqüentemente,
sócio-econômico.
Outro importante fator a ser salientado, é a pobreza das relações sociais, que
pode ser considerada tão danosa à saúde quanto as condições patológicas que
acometem os seres humanos, o que sugere que a deterioração da saúde também
pode ser causada pela diminuição acentuada da quantidade e, muitas vezes,
também, da qualidade das relações sociais, ou seja, a capacidade de interação
pessoal é fundamental para a preservação de uma boa qualidade de vida
(CARNEIRO et al, 2007).
O processo de envelhecimento, mesmo que saudável, é um processo
multifacetado, que traz consigo algum grau de debilidade ou comprometimento na
realização das AVDs, que são as atividades ligadas ao cuidado de si mesmo, mas
esse comprometimento pode ser bastante variado e sempre dependente das
condições de saúde, modo de vida e o contexto sócio-cultural (COSTA; NAKATANI;
BACHION, 2006).
Segundo Pereira et al (2006, p. 28): “a avaliação do estado de saúde está
diretamente relacionada à qualidade de vida”. Através da avaliação das condições
de vida e de saúde de um(a) idoso(a) é que propostas de intervenção poderão ser
constituídas e o bem-estar dos seres que envelhecem, promovido. Daí a importância
de se considerar a avaliação da capacidade funcional.
O envelhecimento saudável é uma questão bastante abrangente e deve
incluir não apenas aspectos ligados ao funcionamento do corpo e da integridade
física, mas também sociais e culturais, pois, como referem Pereira et al (2006), a
idade avançada, questões de gênero e baixa escolaridade estão relacionadas à
baixa qualidade de vida. A meta a ser alcançada é que a maioria dos(as) idosos (as)
54
tenha autonomia e mantenha sua independência através de constante aprendizado,
levando-os a serem construtores ativos da sociedade (INOUYE; PEDRAZZANI,
2007).
Paschoal (2006) reporta que qualidade de vida na velhice implica em
múltiplos fatores e influências, incluídos ambiente, comportamento, qualidade de
vida percebida e satisfação com a própria vida, critérios normatizados socialmente e
de acordo com a história de vida pregressa dos indivíduos.
Qualidade de vida depende de muitos fatores originados das histórias de vida,
interações interpessoais e ambientais em uma troca contínua (INOUYE;
PEDRAZZANI, 2007).
Para Lopes (2006) qualidade de vida e envelhecimento fazem parte de um
emaranhado de situações que devem ter um tratamento cuidadoso, pois são
assuntos complexos e abrangentes, necessitando do entendimento de várias áreas
do conhecimento. Um dos fenômenos que acaba se entrelaçando a este novelo é a
feminilização da velhice, pois as mulheres nesta fase se apontam em maior número,
e são geralmente as responsáveis pelo cuidado e mais predispostas a doenças
incapacitantes.
Penna e Santo (2006) referem que,
(...) a compreensão de qualidade de vida na velhice está atrelada ao
significado de velhice dada pelos idosos onde devem ser
consideradas as referências às mudanças do corpo e as imagens
desse corpo, os contrastes sociais e culturais que caracterizam o
curso de vida, se o passado foi marcado pela busca de
sobrevivência, pelo trabalho com poucas garantias ou não, e se hoje
na velhice sobrevivem com a ajuda de familiares ou são
independentes (PENNA; SANTO, 2006, p. 19).
O envelhecimento é um processo singular, assim como o conceito de
qualidade de vida, portanto, os caminhos escolhidos são únicos e pessoais. Porém,
os preconceitos existentes na sociedade ocidental como, por exemplo, ser esta uma
etapa repleta de dificuldades, principalmente em relação às mulheres, que privadas
na expressão de sentimentos e práticas de prazer, acabam por influenciar
negativamente a construção da qualidade de vida percebida pelos(as) idosos(as),
pois os mesmos acabam por incorporá-los no seu dia-a-dia (PASCHOAL, 2006).
O desafio reside na adoção de atividades que proporcionem o bem-estar
dos(as) idosos(as), pois quanto mais ativo ele(a) for, maior será sua satisfação com
55
a vida e, conseqüentemente, a sua qualidade de vida percebida (PEREIRA et al,
2006). Uma importante estratégia utilizada neste sentido é a formação de grupos de
convivência, pois esta é, sem dúvida, uma forma prática de promover a saúde
através do compartilhar experiências que levem ao crescimento global dos
participantes. Victor et al (2007) referem que em grupo,
é mais fácil aprofundar discussões, ampliar conhecimentos sobre
temas relacionados à saúde, conduzir processo de educação em
saúde, estimular a adoção de hábitos saudáveis, contribuir para
mudança de comportamento, além de promover a socialização do
conhecimento em saúde (VICTOR et al.,2007, p. 725).
Portanto, é de especial importância que os(as) enfermeiros(as) possam
redimensionar suas ações no cuidar, principalmente ao utilizar a estratégia dos
grupos, pois nestes reside uma maneira efetiva de troca de experiências sem a
utilização de um planejamento verticalizado e ineficiente, uma forma estimulante de
participação, onde os(as) idosos(as) não se sintam cerceados de seus saberes e
possam participar ativamente do processo de discussão.
Instituição de Longa Permanência (ILP) constitui um novo paradigma dos
serviços prestados à população idosa. Trata-se de entidades responsáveis por
assistir os(as) idosos(as) que não possuem família, sem condições de prover sua
subsistência ou que por opção, própria ou de suas famílias, se tornam residentes
desta modalidade, que pode estar bem longe do modelo asilar de função
exclusivamente assistencial. Um sistema social de cunho organizacional em franco
aumento, mesmo sendo a família ainda a prioritária em relação ao cuidado prestado
ao(a) idoso(a) (BORN; BOECHAT, 2006; CREUTZBERG et al, 2007).
Uma outra forma de definir ILP seria como uma organização social
regulamentada pelo governo e norteada por um regimento ou norma própria, de
caráter asilar quando da tutela do(a) idoso(a) retirado de seu meio social. Esta
condição denominada asilamento pode ser a alternativa encontrada pela família
quando seus recursos, físicos, psicológicos e financeiros, se acabam e, pode
conduzir, a um processo de abandono (SILVA et al, 2006).
São considerados fatores de risco para a institucionalização dos(as)
idosos(as): aumento da fragilidade e incapacidade, diminuição da disponibilidade
para o cuidado familiar, inexistência de redes de apoio social e de saúde,
56
residências diminutas e sem adequação necessária e a violência sofrida pelo(a)
idoso(a) (CREUTZBERG et al, 2007).
Estas instituições visam preencher as lacunas das famílias em relação aos
cuidados prestados e propostos pela PNI, mas a verdade é que nem a família, nem
a sociedade e nem o poder público estão preparados para enfrentar a nova
realidade demográfica do país, o que torna premente conhecer a realidade em que
se encontram estas instituições e os profissionais que nelas trabalham.
No Brasil, convive-se com a escassez de programas voltados para a
promoção da independência, com a conseqüente manutenção do(a) idoso(a) no seu
domicílio de origem, levando à internação precoce dos(as) mesmos(as) em ILP.
Estas deveriam ser um último recurso procurado pela família, pois a situação
brasileira é de praticamente total falta de qualificação para o atendimento ao(a)
idoso(a), além do mais o sistema existente nas ILP não incentiva o comportamento
independente e autônomo por parte dos(as) idosos(as) (ARAÚJO; CEOLIN, 2007).
Nas ILP também são raros os programas realizados de forma sistemática
visando a promoção e a manutenção da saúde e da capacidade funcional dos(as)
idosos(as). Em geral, a atenção à saúde centra-se na cura e reabilitação dos(as)
mesmos(as) e também o sistema de saúde não costuma reconhecer a população
moradora da ILP como parte integrante de sua área de abrangência, não permitindo,
facilitando ou estimulando a integração destes com as equipes de saúde da família
(CREUTZBERG et al, 2007).
Estamos em frente a uma nova realidade na qual ainda não existe um preparo
profissional adequado, a PNI preconiza serem responsabilidade da família, da
sociedade e do Estado os direitos dos(as) idosos(as) e sua efetiva participação
social, mas é conveniente lembrar que o próprio Estado não disponibiliza recursos
para o fortalecimento das famílias, enquanto um grupo que pode viabilizar o cuidado
aos(as) seus(as) idosos(as).
Concordo com Born (2002) quando afirma que hoje não são apenas os(as)
idosos(as) empobrecidos(as) e sem família os(as) candidatos(as) à
institucionalização, mas sim aqueles(as) que trazem marcas de doenças crônicas ou
degenerativas que necessitam de maiores e mais sofisticados cuidados, os quais a
família não se julga competente ou não deseja realizar. As ILP estão passando por
um período crítico: à estrutura física inadequada alia-se o insuficiente número de
trabalhadores qualificados e a falta de recursos financeiros. Não como superar
57
tantos problemas senão com a união do setor público e da sociedade civil no sentido
do engajamento à causa, proporcionando espaços de discussão, visando mudanças.
Na verdade, à medida que se dá o envelhecimento, aumentam as
possibilidades de dependência de outros(as) para a realização de algumas
atividades, muitas antes consideradas banais como, por exemplo, o ato de tomar
banho. Esta é a realidade da maioria dos casos de institucionalização no país, a
dependência física ou cognitiva dos(as) idosos(as), visto por muitos, ainda, como
algo natural.
Dentre às questões ligadas a cronicidade de saúde, somam-se às ligadas a
morbi/mortalidade, pois nos(as) idosos(as) as condições crônicas manifestam-se de
forma expressiva e muitas ocorrem de forma concomitante, caracterizando a
chamada morbidade múltipla, levando a um comprometimento significativo da
qualidade de vida percebida por esse(as) idosos(as) (DUARTE; ANDRADE;
LEBRÃO, 2007).
Assim,
[...] a morbidade múltipla entre idosos está associada às doenças
crônicas, bem como às condições precárias de vida ligadas à baixa
renda, que requerem medidas de diversas natureza, quer na área
social, quer na saúde, implicando em políticas de formação
profissional e destinação de recursos, instrumentos tecnológicos que
envolvem altos custos (ALVARENGA; MENDES, 2003, p. 306).
Alguns idosos(as) são portadores de algum tipo de doença crônica, mas nem
por isso todos(as) eles(as) tem uma vida limitada por essas patologias, mas convém
lembrar que este é o segmento populacional que mais se utiliza dos serviços de
saúde, por causa do aumento das doenças crônicas e suas conseqüências naturais.
Guerra e Cerqueira (2007) referem que, “a maioria dos idosos é saudável, e apenas
5% a 10% necessitam de cuidados intensivos e caros, que consomem de 60% a
70% dos recursos destinados a esta faixa etária” (p. 585), mas os(as) mesmos(as)
autores(as) relatam que os custos com hospitalizações em nível do SUS são
maiores com as pessoas de mais de 60 anos.
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa prevê algumas alternativas de
serviço humanizadoras aos(as) idosos(as) como, por exemplo, a atenção
domiciliária, que pode diminuir os custos e o número de atendimentos, mas estes
serviços ainda são incipientes no Brasil e, em alguns sentidos, a Estratégia de
58
Saúde da Família (ESF) ainda não consegue suprir todas as necessidades dos
atendimentos e ter o total respaldo da comunidade em que está inserida
(ALVARENGA; MENDES, 2003).
Para Silva (2006) doenças crônicas são problemas longitudinais raramente
curáveis, com grande impacto na qualidade de vida e que estão entre as maiores
causas de morbi-mortalidade de idosos(as). São agravos que geram condições
especiais e estratégias de auto-cuidado e cuidado, pois seus tratamentos dependem
de entendimento, adesão e incorporação de novos modos de vida. As doenças
crônicas podem representar séria ameaça aos planos propostos pelas pessoas,
principalmente no tocante aos(as) idosos(as).
O atendimento ao(a) idoso(a) deveria estar voltado para a análise de sua
capacidade funcional, identificando fragilidades e riscos aos quais eles(as) estão
expostos(as) e, com isso, poderíamos obter, além do controle da doença ou
doenças existentes, uma melhora significativa na qualidade de vida. Através do
conhecimento da distribuição das patologias e seus fatores de risco é possível
realizar o planejamento de ações específicas de programas de saúde, reduzindo
custos com a assistência e melhorando a qualidade de vida dos(as) idosos(as)
(GUERRA; CERQUEIRA, 2007).
Maia, Duarte e Lebrão (2006) analisando os óbitos em idosos(as) através do
estudo SABE (Saúde, Bem-estar e Envelhecimento) concluíram que dentre as
principais causas de óbitos dos(as) idosos(as) brasileiros(as), no ano de 2002,
estavam as doenças do aparelho circulatório, as neoplasias e as doenças do
aparelho respiratório. Dentre as doenças do aparelho circulatório, as mais
prevalentes são as cerebrovasculares e as isquêmicas do coração.
No Brasil, as doenças cardiovasculares são as causas mais freqüente de
óbito entre os(as) idosos(as), sendo a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) o
principal fator de risco para o desenvolvimento destas doenças. A HAS exige
tratamento contínuo e controle para toda a vida e a baixa adesão ao tratamento é
um grave problema a ser enfrentado pela saúde pública, pois muitas vezes a falta de
sintomatologia é interpretada pelo(a) doente como cura e, portanto, não
necessitando mais de tratamento (FIRMO; LIMA-COSTA; UCHÔA, 2004).
59
Portanto,
a hipertensão arterial sistêmica está fortemente ligada à ocorrência
de graves eventos cardiovasculares, como acidente vascular
encefálico (maior causa de dependência e óbito na faixa etária acima
dos 60 anos), doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca
congestiva, insuficiência renal crônica todas doenças de alta
morbidade, tratamento e acompanhamentos longos e altamente
dispendiosos e que causam freqüentes reinternações (VERAS et al.,
2007, s/p).
Os(As) portadores(as) de doenças crônicas necessitam de apoio que vai além
de simples intervenções tradicionais, mas nem sempre se pode contar com
trabalhadores(as) de saúde preparados para uma abordagem que além da
doença, investigando todo o entorno do(a) doente e também suas condições sócio-
culturais. Este pode ser um diferencial dos(as) trabalhadores envolvidos(as) com a
ESF que devem ter, por formação, uma visão diferenciada da população de sua área
adscrita e que tem nas práticas educativas um importante instrumento de construção
do saber/fazer, pois o tratamento também depende de uma escuta ativa e atenta
do(a) cliente. Trentini et al (2005) referem que,
(...) os achados indicam que o cuidado de enfermagem dos idosos
em condições crônicas de saúde não poderá se limitar ao tratamento
tradicional, mas necessita abranger as experiências de vida como um
todo, pois a saúde tem estreita relação com os acontecimentos
cotidianos das pessoas, dessa forma, vemos a necessidade de um
trabalho multidisciplinar (TRENTINI et al, 2005, p. 44).
Torna-se importante o apoio dado por terceiros(as) no estímulo de buscar
recursos que possam melhorar a sua auto-estima através da melhora da sua
imagem corporal. Sentir-se bem dentro do próprio corpo é também uma maneira de
estar saudável, elevando a qualidade de vida percebida, pois o envelhecer é afastar-
se do padrão jovem instituído socialmente (TRENTINI et al, 2005).
Para Maia, Duarte e Lebrão (2006), “se as doenças crônicas forem
precocemente identificadas, adequadamente tratadas e monitoradas, poderá haver
redução na mortalidade e nos gastos com a saúde, além de uma melhoria na
qualidade de vida dos idosos” (p. 546).
Fica claro na maioria dos artigos selecionados que o Estado necessita de
estratégias mais objetivas e efetivas no que diz respeito à prevenção de agravos
crônicos, atendendo as demandas desta faixa populacional que não para de crescer,
60
pois senão o maior desafio deste novo século, segundo Ramos (2003, p. 797) será
“(...) cuidar de uma população de mais de 32 milhões de idosos, a maioria com nível
sócio-econômico e educacional baixos e uma alta prevalência de doenças crônicas e
incapacitantes” (p. 797).
Quanto ao tema ENVELHECIMENTO, convém aqui iniciar colocando que
este é um processo singular, ou seja, cada um vivencia-o a sua maneira,
considerando todos os aspectos a ele relacionados. Trata-se de um lento e gradual
processo decorrente de acontecimentos situados ao longo de uma vida, normal à
fisiologia e, portanto, natural à vulnerabilidade da espécie humana (SILVA, 2006).
Através da leitura dos textos posso salientar que o envelhecimento
populacional vem acarretando implicações médicas, econômicas, sociais e políticas,
sendo uma etapa do ciclo vital marcada por significativas e, por vezes, visíveis
mudanças e ainda permeado por uma gama de desigualdades sociais e fragilidades
institucionais, uma nova realidade demográfica e epidemiológica que exige rápida
inovação na atenção a saúde (MARTINS et al, 2007a; VERAS, 2007).
Dos artigos selecionados, também através da freqüência com que aparecem,
foi possível abstrair os seguintes sub-temas: educação e prevenção do
envelhecimento; vulnerabilidade e políticas públicas.
Dentre os aspectos relacionados à educação e promoção do
envelhecimento, é possível considerar os grupos operativos como um espaço
possível de realização de educação em saúde. Segundo Martins et al (2007), várias
práticas grupais de educação vem sendo utilizadas pelos(as) enfermeiros(as),
principalmente aqueles ligados a ESF, como uma alternativa possível para as
práticas assistenciais e educativas e, esta estratégia pode vir a contribuir para a
Enfermagem se solidificar no campo assistencial-educativo.
Concordo com a forma de intervenção da ESF, pois visualizo a educação em
saúde como um fazer próprio da enfermagem, que necessita de conhecimento da
comunidade a qual está direcionada para a implementação de um plano de ação
flexível, preservando a autonomia e o saber de cada participante do grupo.
A educação é fator de grande importância quando se pensa em promoção da
saúde, pois esta contribui para a cidadania e autonomia das pessoas, melhorando
seu conhecimento e com isso sua qualidade de vida. Importante frisar, concordando
com Carvalho, Fonseca e Pedrosa (2004) que o processo educativo ocorre através
61
de várias estratégias e não somente pela via tradicional, mas em todos os espaços
sociais de convivência. Trata-se de um meio possível para vencer obstáculos
impostos à população idosa, inclusive os relacionados ao auto cuidado, preservando
a auto-estima e buscando um sentimento de bem-estar, tanto físico quanto
emocional.
É preciso buscar espaços alternativos para a realização do processo
educativo e aproveitar todas as brechas que surgirem na prática diária da
enfermagem, pois a aprendizagem vem através da reflexão e da mudança de
comportamento, não pela imposição, mas sim pelo entendimento. Para Silva (2006),
por exemplo, o auto cuidado é sustentado se o(a) idoso(a) realmente o entender
e se assim o desejar.
Para educar também é preciso conhecer as características da população
idosa a ser trabalhada, respeitando e valorizando suas experiências de vida,
utilizando todas as suas potencialidades para atuar de forma humana e cooperativa.
Se os(as) enfermeiros(as) aprenderem a utilizar esses quatro pilares da educação,
conseguirão desenvolver práticas educativas importantes e proveitosas (MARTINS
et al., 2007).
Sobre a concepção de promoção da saúde, destaca-se que,
(...) a aquisição de informações sobre os determinantes de saúde e
doença desencadeia um processo no qual os indivíduos, agora
tornados sujeitos graças à conscientização de sua situação de ser no
mundo, buscam a sua autonomia para o enfrentamento dos seus
problemas em direção a vidas mais saudáveis. A esse processo dá-
se o nome de empoderamento (empowerment) (CARVALHO;
FONSECA; PEDROSA, 2004, p. 724).
A educação é, portanto, um meio possível de vencer desafios, inclusive, os
impostos aos(as) idosos(as) pelo processo de envelhecimento e pela sociedade
como um todo, gerando conhecimentos e novas oportunidades de bem-estar físico e
emocional, ou seja, também de qualidade de vida.
Certamente não adiantaria de nada uma vida longeva se esta não tivesse
qualidade e é para isso que as pessoas, como um todo, precisam se preparar.
Começamos a envelhecer quando somos concebidos e precisamos ter a clareza de
perceber que são necessários cuidados com o corpo e com a alma visando uma
velhice tranqüila, mais do que isso, também se torna necessário certo preparo
62
financeiro e familiar, pois fatores socioeconômicos têm significativa influência para a
qualidade de vida.
Uma situação econômica tranqüila pode oferecer “(...) suporte material para o
bem-estar do indivíduo, influencia os modos de lidar com os graus de qualidade de
habitação, com as pessoas que o rodeiam, com a independência econômica e com
a estabilidade financeira” (JOIA; RUIZ; DONALISIO, 2007, p. 132).
Todo este cuidado é importante visto que mais de 80% dos(as) idosos(as)
encontram-se bem de saúde e conseguem manter sua autonomia e independência
(VERAS et al, 2007).
Quanto aos aspectos relacionados à vulnerabilidade dos(as) idosos(as),
foram encontrados nos textos questões relacionadas a violência, a fragilidade física
e as transformações de ordem social e econômica que se impõem sobre esta
crescente faixa populacional.
Vulnerabilidade é um conceito que envolve vários planos considerados, para
tanto, indivisíveis. O plano biológico/individual é, para Paz, Santos e Eldt (2006), o
que uma pessoa, dentro de sua singularidade, percebe e faz, ou ainda deseja fazer,
e o que, ao mesmo tempo, a expõe a um agravo à saúde. Socialmente a
vulnerabilidade do(a) idoso(a) pode ser entendida pelas diversidades culturais e
econômicas enfrentadas no seu cotidiano e o plano programático/institucional é o
espaço onde ocorre a omissão do Estado e da família.
Através do conhecimento da vulnerabilidade é que ações poderão ser
tomadas e transformações sociais realizadas. Laranjeira (2007) frisa bem esta
questão ao referir a importância dos profissionais da área da saúde no que tange a
compreensão desta vulnerabilidade como geradora de ajuda.
É preciso dar visibilidade a este grave problema social mundial que atinge a
população idosa. Trata-se de um fenômeno cultural, com manifestações gicas e
reconhecíveis e que assim mesmo não tem se apresentado com a relevância social
que merece, sendo o último a despertar interesse dos(as) pesquisadores(as).
Na verdade, acaba sendo bastante tradicional a falta de investimentos na
pessoa idosa na maioria das culturas, visto o caso brasileiro que “descarta” as
pessoas com mais de 60 anos, consideradas por muitos como um peso social
(MINAYO, 2003; PAIXÃO JÚNIOR; REICHENHEIM, 2006).
63
A violência é
um conceito referente aos processos, às relações sociais
interpessoais, de grupos, de classes, de gênero, ou objetivadas em
instituições, quando empregam diferentes formas, métodos e meios
de aniquilamento de outrem, ou de sua coação direta ou indireta,
causando-lhe danos físicos, mentais e morais (MINAYO, 2003, p.
785).
Uma das formas de violência aos(as) idosos(as) mais comum no Brasil é a
negligência, que pode ser conceituada como a negação ou omissão de cuidados
necessários ao bem-estar pessoal. Esta forma de violência pode acontecer tanto em
situação doméstica quanto institucional e dela são derivados muitos traumas.
A violência contra os(as) idosos(as) é mais presente e disseminada na
sociedade brasileira do que revelam os meros. Os serviços de saúde precisam
estar cada vez mais preparados para realizar uma leitura mais acurada dos sinais
deixados no corpo e na alma causados pelas situações de violência (MINAYO,
2003).
A família brasileira e o serviço de saúde estão despreparados para enfrentar
uma situação tão adversa quanto a dependência e a situação de cronicidade da
saúde dos(as) seus(as) idosos(as). O Brasil enfrenta hoje um acelerado
desenvolvimento no número da população de idosos(as) sem ter havido o preparo
adequado para ampará-los em suas necessidades
No Brasil, não existem ainda estudos precisos que forneçam o perfil das
vítimas e dos agressores, até porque os casos são subnotificados e/ou omitidos
pelos(as) próprios(as) idosos(as) que se sentem envergonhados. Pela experiência
de alguns serviços é possível definir o perfil das vítimas: geralmente viúvas, com
problemas físicos e/ou cognitivos e que são cuidadas pela família ou que a mesma
delega um(a) cuidador(a) (BRASIL, 2001; SOUZA et al, 2004).
O(A) idoso(a) que se torna dependente de outrem para o desempenho de
seus cuidados básicos acaba sendo a vítima preferencial da violência, sendo fator
de risco significativo o cuidado duradouro e continuado realizado em condições
adversas e em situação econômica precária. Souza et al (2004) citam como fatores
64
de risco: história de violência familiar, dependência e incapacidade funcional,
estresse do(a) cuidador(a), isolamento social e problemas mentais e cognitivos.
Os textos relacionados a vulnerabilidade ligada a fragilidade física reportam a
diminuição das habilidades dos mesmos para a realização das AVDs. O processo de
envelhecimento comporta muitas modificações anatômicas e fisiológicas que podem
provocar debilidade física afetando a capacidade funcional dos(as) idosos(as) e
proporcionando uma maior facilidade para acidentes como, por exemplo, as quedas.
As quedas são eventos multifatoriais que podem e precisam ser prevenidas,
representam o principal tipo de agravo que leva o(a) idoso(a) a procurar os serviços
de emergência, pois provocam traumas e lesões e acontecem, na maior parte das
vezes, no ambiente doméstico (MINAYO, 2003; SILVA et al, 2007).
Muitas vezes os(as) idosos(as) acabam se expondo a situação de risco
porque “[...] o envelhecimento, em geral, é lento e progressivo, fazendo com que
muitos idosos não percebam suas dificuldades a não ser quando estas geram
limitações mais severas” (SILVA et al, 2007, p. 69).
Por meio da Estratégia de Saúde da Família (ESF) é possível identificar
precocemente fatores de risco aos quais os(as) idosos(as) estão expostos no seu
domicílio e assim, fazer um trabalho educativo com a própria comunidade, alertando
para as mudanças físicas ocorridas no processo de envelhecimento e o que é
possível fazer para adequar os domicílios a nova realidade e com isso manter os(as)
idosos(as), como prevê a PNI, nas suas residências, junto aos(as) seus(as)
familiares de forma digna e confortável (SILVA et al, 2007).
Quanto às transformações de ordem social e econômica, é importante
salientar que se impõem ao(a) idoso(a) que se adapte a todas as transformações
que vem ocorrendo, de forma sistemática, no mundo. Na verdade, o(a) idoso(a) nem
sempre possui esta capacidade adaptativa, o que os(as) pode levar a enfrentar
diversos problemas sociais.
O crescimento acelerado do número de idosos(as) traz consigo a consciência
de que a velhice também é uma relevante questão social, pois esta relaciona-se
diretamente, “(...) com crise de identidade, mudança de papéis, aposentadoria,
perdas diversas e diminuição dos contatos sociais”, uma coisa leva a outra, um
continuum, mas, é importante frisar, que a sociedade não está preparada para esta
mudança (MENDES et al, 2005, p 423).
65
Alguns(as) idosos(as), a partir da aposentadoria, sentem-se isolados(as) e
inábeis, pois se tornam dispensáveis e não mais integrados(as) socialmente, isso se
pela história cultural que passa gerações, onde o(a) mais velho(a) sempre acaba
deixando lugar para o(a) mais novo(a). Assim, “a sociedade valoriza o perfil ágil,
vigoroso(a), belo(a), sexualizado(a), saudável, atraente, produtivo(a), independente
e disponível. É preciso compreender e entender as transformações pelas quais o
corpo passa”, para então, enfrentá-las (FIQUEIREDO; TONINI, 2006, p. 06).
A sociedade ocidental é capitalista, pautada pela produtividade imposta às
pessoas, ou seja, quem não produz não existe, tornando o envelhecimento uma
experiência, sem dúvida, frustrante e que por fim, perderia também o seu valor
simbólico. O papel social é importante no envelhecimento e neste ponto pode se
destacar a questão da aposentadoria que pode levar o(a) idoso(a) a desenvolver
uma sensação de inutilidade aliada a baixa do poder econômico (MENDES et al,
2005).
Nos aspectos relacionados às políticas públicas, os textos selecionados
trazem a importância da implementação e desenvolvimento de ações políticas
específicas para esta faixa etária, tão peculiar em suas necessidades e em franco
crescimento. E, é este crescimento que vem tornando evidente a necessidade de
maiores discussões sobre os direitos dos(as) idosos(as) (MARTINS; MASSAROLLO,
2008).
Com o aumento da expectativa de vida também o aumento das Doenças
Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) que podem levar, precocemente, à
incapacidade funcional e neste sentido, tem havido mobilizações para criar e aprovar
leis e estratégias que possam assegurar o envelhecimento saudável e digno,
protegendo os(as) idosos(as) como cidadãos(ãs) (BENEDETTI; GONÇALVES;
MOTA, 2007; RODRIGUES et al, 2007).
Também concordo com a inquietação referida por Martins et al (2007b),
quanto à dúvida sobre o preparo dos(as) trabalhadores(as) de saúde para o
atendimento qualificado dos(as) idosos(as) e se estes têm oportunizado aos(as)
seus(as) clientes a autonomia e independência necessária para o desenvolvimento
de suas possíveis atividades diárias.
No Brasil, após intensa mobilização, foram criadas e aprovadas a Política
Nacional do Idoso (PNI), o Estatuto do Idoso e a Política Nacional da Saúde da
Pessoa Idosa (PNSPI). Estes são os dispositivos legais que norteiam as ações
66
governamentais e amparam os(as) idosos(as) em seus direitos. Para estes
dispositivos legais, o Estado, os(as) trabalhadores(as) da saúde, os(as) idosos(as) e
a sociedade são co-responsáveis pelo processo (MARTINS et al, 2007b).
A Política Nacional do Idoso (PNI), Lei 8.842, de 4 de janeiro de 1994,
objetiva assegurar direitos sociais e para tanto tem como princípios: cidadania;
conhecimento e informação sobre o processo de envelhecimento; coibição às
discriminações; observação e respeito quanto às diferenças pessoais; tem como
principal agente e destinatário desta política o(a) próprio(a) idoso(a). Esta lei foi
regulamentada pelo Decreto 1.948, em 3 de julho de 1996, que estabelece as
competências de cada Ministério quanto ao desenvolvimento de ações direcionadas
aos(as) idosos(as) (BRASIL, 1997).
Seguindo o pensamento de Rodrigues et al (2007), “(...) para colocar em
prática as ações preconizadas pela PNI, foi elaborado o Plano de Ação Conjunta,
que trata de ações preventivas, curativas e promocionais, com vistas à melhor
qualidade de vida do idoso”. A política existe, mas não vem se concretizando de
forma efetiva e para que isso ocorra cabe a sociedade “(...) a conscientização e
participação política na busca da justiça social para garantia plena dos direitos
teoricamente assegurados” (RODRIGUES et al, 2007, p. 538).
O Estatuto do Idoso, Lei 10.741, de de outubro de 2003, estabelece que
todos(as) os(as) idosos(as) devem ter oportunidades e facilidades na preservação
da saúde, no aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social com prioridade,
liberdade e dignidade, para tanto, os Conselhos Nacionais, Estaduais, Municipais e
o Distrito Federal zelarão pelo cumprimento desta lei (BRASIL, 2003).
Para Rodrigues et al, (2007, p. 540), “o Estatuto do Idoso corrobora os
princípios que norteiam as discussões sobre direitos humanos da pessoa idosa”,
representando uma conquista na efetivação destes direitos e, por isso é preciso
reivindicá-los ativamente em busca de melhores condições de vida.
Também o Pacto Pela Saúde, em 2006, veio com a proposta de priorizar as
necessidades de saúde da população. Um de seus componentes é o Pacto pela
Vida, que define como uma de suas prioridades, a Saúde do(a) Idoso(a), através da
implantação da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) que tem a
finalidade de recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos(as)
idosos(as). Consta, também, como uma de suas justificativas, a questão de gênero
67
presente no envelhecimento brasileiro, devido à expressiva feminilização deste
processo (BRASIL, 2006a).
Como refletido anteriormente, na PNPSI foram definidas as seguintes
diretrizes: promoção do envelhecimento saudável, manutenção da capacidade
funcional, assistência as necessidades de saúde do(a) idoso(a), tanto no âmbito
hospitalar, ambulatorial e domiciliar, reabilitação da capacidade funcional
comprometida, capacitação de recursos humanos, apoio ao desenvolvimento de
cuidados informais e a pesquisas (RODRIGUES et al, 2007).
Segundo Martins et al (2007b, s/p), estas políticas são os instrumentos legais
que garantem a proteção aos(as) idosos(as), agregando-os(as) a condição de
cidadãos(ãs) de direito, pois esta questão social e de saúde enfrentada pelos(as)
idosos(as) exige uma ampla e expressiva política que, ao menos, amenize a
realidade encontrada.
Em relação ao tema IDOSA, foram encontrados dois artigos, um relacionado
as estratégias de coping e outro a terapia ocupacional.
Quanto às estratégias de coping. A tradução da palavra coping pode
significar “enfrentar” ou “adaptar-se”, mas este é um termo complexo e, portanto, não
na língua portuguesa uma palavra única que possa expressá-lo adequadamente.
Coping pode ser concebido como um conjunto de estratégias utilizadas no processo
de adaptação pessoal a algum tipo de adversidade ou fator estressante
(ANTONIAZZI; DELL’AGLIO; BANDEIRA, 1998).
Na vida humana situações estressoras são inevitáveis, fazem parte do
ambiente, mas também dos indivíduos que as percebem. Um estímulo externo pode
ou não ser percebido como estressor, isso dependerá do significado e da história
pessoal de cada indivíduo e as estratégias de coping funcionam como um
gerenciador que buscará amenizar, controlar ou eliminar este estímulo considerado
estressor. As estratégias de coping podem ser classificadas como centradas no
problema ou centradas na emoção (SIMONETTI; FERREIRA, 2008).
O processo de envelhecimento pode acarretar, ou não, inúmeras situações
estressoras na vida de uma pessoa, pois se somam o declínio físico e funcional,
certa perda de autonomia e independência, o aumento considerável de doenças
crônicas e a diminuição do poder econômico. Todas são questões que variam muito,
assim como também é variável a percepção de que cada pessoa tem do seu
68
envelhecimento e a maneira pela qual se preparou para este acontecimento, lento e
gradual.
Um estudo de caso foi realizado com uma idosa objetivando a obtenção de
informações fidedignas sobre sua qualidade de vida percebida, bem como as
estratégias de coping utilizadas neste processo e ao final do trabalho os(as)
autores(as) evidenciaram que esta idosa se utilizou das melhores formas possíveis
para o enfrentamento desta situação (LARA et al, 2005).
Em relação à terapia ocupacional, uma das profissões da área da saúde que
busca a manutenção da autonomia e independência dos seres humanos bem como
a integração social dos mesmos e, portanto, pode ter contribuições significativas
para a promoção de um envelhecimento ativo e saudável foi encontrado um artigo
que traz as possíveis contribuições das danças circulares para as idosas, pois estas,
em especial, muitas vezes são privadas da expressão de seus sentimentos e de
suas formas de prazer e essas danças sagradas podem ser instrumento de
transformação e modificação social, através apenas do movimento do corpo como
forma de expressão (FLEURY; GONTIJO, 2006).
As danças circulares são antigas tradições de vários povos e remetem a uma
época em que as pessoas tinham estreita relação com os fenômenos naturais, onde
os movimentos circulares simbolizavam os ciclos. Trata-se de um exercício
prazeroso e de um caminho para o desenvolvimento pessoal, pois o círculo significa
o universo onde cada um encontra seu lugar e seu valor, um antídoto contra a
depressão, tão comum entre a população idosa. As danças também podem ser
vistas como importantes ferramentas pedagógicas que levam a um estado criativo,
trazendo serenidade e possibilitando a autodisciplina (SOUZA et al, 2006).
No que diz respeito à expressão GÊNERO, construção cultural coletiva de
atributos masculinos e femininos, através da freqüência em que aparecem, foram
identificados e selecionados os seguintes sub-temas: violência doméstica e uso de
drogas.
Em Scott (1990) e Negreiros (2004), encontra-se que o conceito de gênero
passou a ser utilizado a partir da década de 70 pelas feministas americanas,
objetivando contestar o determinismo biológico feminino. Hoje, pode-se “(...)
considerar gênero a palavra sexo desbiologizada e integrada à rede sociocultural,
69
representando a expressão cultural da diferença sexual” (NEGREIROS, 2004, p. 78)
e transmitida entre as gerações.
Grossi (1998, p. 6), refere que o termo gênero serve “para determinar tudo
que é social, cultural e historicamente determinado” e está em constante
ressignificação, sendo, portanto, mutável e, a finalidade do estudo do gênero é
problematizar a “determinação biológica” feminina, ou seja, uma categoria que tem
por finalidade repensar relações sociais entre homens e mulheres.
Em relação à violência doméstica, é importante frisar que ela atinge boa
parcela da população brasileira e acaba repercutindo de forma negativa sobre a
saúde das pessoas, trata-se de relevante e complexo problema de saúde pública
que deve ser enfrentado pelas equipes multiprofissionais de saúde com seriedade
“(...) de ações que promovam a igualdade e o exercício dos direitos humanos (...)”
(BRASIL, 2001).
Violência se refere ao uso de força ou constrangimento de uma pessoa sobre
outra, sofrendo influências históricas, sociais, culturais e econômicas. Um fenômeno
complexo e universal inerente a todas as classes sociais e que vem sendo
considerado pela OMS um dos maiores problemas de saúde blica mundial
(CASIQUE; FUREGATO, 2006; GOMES et al, 2007; GUEDES et al, 2007).
Violência contra a mulher foi definida pela Conferência de Direitos Humanos
da Organização das Nações Unidas (ONU) como:
(...) todo ato de violência de gênero que resulte em, ou possa resultar
em dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico da mulher,
incluindo a ameaça de tais atos, a coerção ou a privação arbitrária de
liberdade, tanto na vida pública como na vida privada (HEISE;
PITANGUY; GERMAIN, 1994, p. 3)
A violência sofrida pelas mulheres pode ser considerada resultado das
relações de poder e desigualdade de gênero que foram consolidadas ao longo de
séculos por uma ideologia patriarcal e machista, que restringiu as mulheres a
passividade e reprodução (DANTAS-BERGER; GIFFIN, 2005; GUEDES et al, 2007).
Violência de gênero é descrita por Casique e Furegato (2006, p. 951) como,
“(...) aquela exercida pelos homens contra as mulheres, em que o gênero do
agressor e o da vítima estão intimamente coesos à explicação desta violência”. Eles
citam como forma de violência de gênero, a violência intrafamiliar ou doméstica, que
pode ser conceituada como,
70
(...) toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade
física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno
desenvolvimento de outro membro da família. Pode ser cometida
dentro ou fora de casa por algum membro da família, incluindo
pessoas que passam a assumir função parental, ainda que sem
laços de consangüinidade, em relação de poder à outra (BRASIL.
2001, p. 15).
Ainda existe no Brasil carência de estudos baseados na violência de gênero,
o que acaba proporcionando certa invisibilidade dos casos, principalmente os de
ordem sexual praticado pelo companheiro dentro de suas próprias casas, até porque
muitas mulheres acabam, pela sua educação/formação familiar, acreditando que isto
é “normal” e faz parte da relação do casal (DANTAS-BERGER; GIFFIN, 2005).
Qualquer tipo de violência é prejudicial para os seres humanos e, acaba por
provocar múltiplas seqüelas tanto de ordem física quanto psicológica, é um ônus
para os serviços de saúde e representa sério risco a saúde familiar das mulheres
agredidas.
A violência doméstica contra as mulheres vem ganhando visibilidade social,
mas ainda há muito a fazer no sentido de compreender esta complexa relação
familiar e desenvolver, assim, mecanismos de prevenção e controle, bem como de
apoio e segurança efetiva para as pessoas a ela submetida (GUEDES et al, 2007).
E, a equipe de saúde, principalmente a equipe da ESF, tem importante papel no que
diz respeito à prevenção deste tipo de ocorrência na comunidade, pois possuem
melhor acesso as casas e espaço privilegiado para escuta e observação continuada.
Nos aspectos relacionados ao uso de drogas, pode-se dizer que este é um
universal, complexo e antigo problema de saúde pública, utilizado de maneira a
alterar o estado de consciência e o comportamento dos(as) seus(as) usuários(as) e
que vem trazendo efeitos deletérios à sociedade como um todo, gerando gastos e
perdas, aumentando índices de morbidade e mortalidade, principalmente entre os
adolescentes, parcela da população que parece estar mais predisposta ao seu
consumo inicial.
71
Quanto ao uso de drogas e gênero, pode-se dizer que,
as mulheres caracterizam grupo social de relevância para estudos
sobre o uso de substâncias psicoativas por haver provável expansão
dos indicadores de consumo e dos problemas decorrentes do
consumo de substâncias psicoativas nesta população, por estarem
cada vez mais presentes em estudos que tem por base populações
de sujeitos em tratamento por problemas com substâncias
psicoativas e pela interface que estes campos de estudo mantêm
com áreas como a dos estudos em saúde materno-infantil (HORTA
et al., 2007, p. 776).
Estudos como o de Oliveira, Paiva e Valente (2007) referem que esta
igualdade de gênero nas drogas, vem se justificando através das mudanças de estilo
de vida que ocorreram com as mulheres, apesar disso os homens ainda continuam
formando a maioria dos usuários perdendo apenas, em muitos países, para o
quesito “consumo de medicamentos”, principalmente benzodiazepínicos,
estimulantes e anorexígenos.
Confirmando o exposto acima, em relação a drogas, foi realizada no Brasil em
2001, uma pesquisa domiciliar envolvendo as maiores cidades do país. Esta
apontou o álcool e o tabaco como as drogas mais utilizadas pelo sexo masculino,
enquanto que no sexo feminino, o uso de benzodiazepínicos foi três vezes maior
(GALDURÓZ et al, 2005).
Schlichting, Boog e Campos (2007) salientam o conceito de redução de danos
como um novo conceito utilizado na abordagem do(a) dependente de drogas, uma
proposta que possa minimizar os efeitos deletérios das drogas e encaminhar o(a)
usuário(a) a uma melhora da qualidade de vida, proporcionando, inclusive, um
resgate de cidadania.
Em relação à SEXUALIDADE, construto interativo do meio, determinada por
fatores sócio-culturais específicos de cada povo, foi definido o seguinte sub-tema:
educação.
Sendo a sexualidade uma construção interativa com o meio e determinada
por fatores sócio-culturais e que pode ser vista e percebida de diferentes maneiras
por diferentes pessoas, dependendo do local e da época onde se encontram. Ao se
referir à sexualidade feminina, Seixas (1998) relata que as incontáveis conquistas
femininas das últimas décadas possibilitaram às mulheres um maior conhecimento
72
do próprio corpo e certa igualdade de expressão com o parceiro, mas tudo é ainda
um processo de conquista.
Vive-se, na atualidade, em um mundo pautado pela busca e afirmação da
igualdade, de direitos e oportunidades entre homens e mulheres, para isso é
necessário que mudanças na maneira de pensar e agir sejam efetivadas e, neste
sentido, a sexualidade tem sido revelada e discutida, pois é um ponto importante na
união entre corpo, identidade e normas sociais. A sexualidade precisa ser vista
como uma elaboração social (GIDDENS, 1993).
Para Silva e Franco (1996, p. 115), “a sexualidade é uma característica do ser
humano que se manifesta em todos os gestos e opções, desde a infância”, que
influencia a parte sexual, o pensamento, a maneira de vestir, ou seja, toda a
personalidade, criatividade e sentimentos de um indivíduo. Vai muito além da
relação sexual propriamente dita, é uma expressão ampla de como a pessoa
vivencia seu sexo, é afetividade, carinho, toque, prazer e intimidade, tudo que é
usado no jogo da sedução e da conquista.
Quanto à educação em saúde, esta é uma preocupação que tem permeado
os trabalhos dos(as) estudiosos(as) da área da sexualidade, em todos os aspectos
relacionados a temática, até porque, esta é uma das importantes atribuições dos(as
enfermeiros(as).
Os(As) trabalhadores(as) da área da saúde, educadores(as) por natureza,
precisam estar atentos(as) para perceber os espaços possíveis de lançar mão de
uma estratégia de ensino/aprendizagem. De preferência, essas situações devem ser
prazerosas e estimulantes, buscando a efetiva participação comunitária, pois quando
o estímulo para aprender ocorre de maneira apropriada, ocorre a reflexão e a
construção de um novo comportamento, constituindo o processo educativo
(SCHLICHTING; BOOG; CAMPOS, 2007).
As estratégias de educação são um poderoso instrumento para a troca de
informações, levantamento e discussão de vidas, criando um espaço aberto,
isento de preconceitos, uma arena onde todos(as) têm a possibilidade de ouvir e se
fazer ouvir.
Para que a educação em saúde seja proposta efetiva e produtiva torna-se
necessário o constante aprimoramento dos(as) trabalhadores(as) ligados(as) a área.
As discussões propostas precisam ir além de um biologicismo tradicional,
73
aproximando a comunidade e suscitando discussões que acarretem transformações
práticas a curto e médio prazo (BORGES; NICHIATA; SCOR, 2006).
Os grupos operativos são propostas cabíveis de educação em saúde, através
de temas que suscitem inquietações. Eles deveriam ser operacionalizados dentro de
uma proposta multidisciplinar, criando um espaço único e harmonioso de discussão,
reflexão e transformação. Para Murakami, Petrilli Filho e Telles Filho (2007, p. 865),
“[...] a ação educativa, a qual possibilitou um saber/fazer a partir de uma rede de
gestos, palavras e afetos que se entrelaçam e permearam novas construções”.
Para encerrar essa parte dos achados vamos distribuir os 362 artigos pré-
selecionados nas três áreas de busca: Enfermagem, Saúde Pública e Gerontologia.
Periódicos
Número de artigos
Enfermagem 111
Saúde Pública 95
Gerontologia 156
Total
362
Quadro 10: Distribuição quantitativa dos artigos segundo as áreas de busca, Brasil, 2008.
74
5. ENVELHECIMENTO, SEXUALIDADE e GÊNERO
A sociedade ocidental deriva, basicamente, de uma longa tradição cristã e a
sexualidade pode se distinguir historicamente nesta experiência, conduzida pelo
princípio do desejo, que dominando a fragilidade da carne, consome tudo o que
encontra em seu redor. Assim, a atividade sexual é vista como natural no
momento que é necessária à reprodução da espécie (FOUCAULT, 2006). E,
pensando a sexualidade como necessidade reprodutiva da espécie humana e
uma forma de poder e controle sobre os corpos, poder-se-ia acreditar que as
mulheres idosas não precisariam dela, pois já não podem mais reproduzir.
A Gerontologia ao abordar o(a) idoso(a) não exclui, e nem poderia, a
sexualidade. Esta ciência tem trabalhado no sentido de diminuir preconceitos com
conotação negativa e estereótipos. E mais, considera a vida sexual um componente
importante da saúde humana, apesar dos muitos mitos que ainda estão associados
a esta idéia como, por exemplo: que a sexualidade não é importante na velhice; que
a prática sexual é anormal nesta fase da vida; que os(as) viúvos(as) não deveriam
ser incentivados a casarem-se novamente; que o homem mais velho irá,
logicamente, buscar uma mulher mais nova (RISMAN, 2005; IACUB, 2007).
Ainda hoje, perpassa o ideário de repressão da sexualidade, embora haja
mais tolerância com formas e expressões amorosas. Na atualidade, os “mitos e
tabus tradicionais (...) foram reforçados pela Aids” (MALDONADO; GOLDIN, 2004, p.
59). De qualquer forma, as pessoas devem procurar dar um sentido para suas vidas.
Independente da idade, é preciso ter um objetivo maior que justifique a existência
humana. O valor pessoal não pode ser proporcional a quantidade de tempo útil
destinada à produção de bens de consumo para sociedade, o que é uma prioridade
da cultura ocidental.
Sobre a cultura, perpassada por gerações,
(...) se não fosse um saber inerte, adquirido de uma vez por todas e
depois esquecido; se fosse prática e viva; se, através dela, o
indivíduo tivesse sobre o seu meio um poder que se realizasse e se
renovasse ao longo dos anos, em todas as idades ele seria um
cidadão ativo, útil (...) É todo o sistema que está em jogo, e a
reivindicação só pode ser radical: mudar a vida (BEAUVOIR, 1990, p.
664).
75
A importância do sexo feminino, tem sido justificada em diversas culturas
através de sua função reprodutora, só que esta, acaba muito cedo na vida da mulher
e isso a influencia de maneira negativa em relação à sua auto-estima. A mulher
acaba por demonstrar um sombrio medo do envelhecimento e um “(...) sentimento
de despersonalização que a faz perder todos os pontos de referência e objetivos”
(BEAUVOIR, 1990, p. 347).
Segundo Fonseca (2004), Beauvoir mostra a ambivalência positiva e negativa
da vida humana e de tudo que a envolve, o que é importante para o estudo da
sexualidade feminina na velhice, pois se herdou um mundo masculino, onde a
mulher precisava investir em seus valores sexuais, e através deles é que a sua vida
teria algum significado. Portanto, nada mais terrível do que envelhecer e perder seus
encantos: “muito antes da mutilação definitiva, a mulher sente-se obcecada pelo
horror de envelhecer” (BEAUVOIR, 1980, p. 343).
As mulheres, diferentemente dos homens, encontram seu lugar no mundo
através das suas ligações afetivas e, “a experiência das mulheres mais velhas foi
quase sempre estruturada em termos do casamento, mesmo que a pessoa em
questão não tenha se casado”. O mais estranho é que em contrapartida, o
casamento também é uma forma de obtenção de autonomia por parte das mulheres,
que então, se libertam do poder paterno (GIDDENS, 1993, p. 64).
Para algumas mulheres, o envelhecimento, hoje, representa liberdade e
autonomia. Uma etapa sem compromissos que permite criar novos caminhos de
envolvimentos sociais, evitando, por conseguinte, a solidão ao freqüentar espaços
públicos e fazer novas amizades, aproveitando de maneira prazerosa todo o tempo
livre, pois “(...) envelhecer não significa perder força, potência ou inteligência”
(MALDONADO; GOLDIN, 2004, p. 41). Assim mesmo, isso pode ter um sentido
dúbio, como refere Motta (2006) e Figueiredo et al (2007), essa liberdade pode se
dar pelo fato das mulheres idosas não mais despertarem interesse nos homens, pois
não são mais atraentes e, portanto, não precisam se preocupar em se preservarem.
Para outras mulheres, talvez a maioria, a velhice traz a idéia de que viver
passa a ser algo sem valor e, portanto, também passa a ser desvalorizada a
sexualidade, mesmo sabendo que esta não se reduz apenas a relações sexuais,
mas a um conjunto de intenções próprias dos corpos que buscam outros corpos na
realização de boas sensações e desejos. A velhice não é assexuada e a idade
76
cronológica não influencia no desejo, no prazer e na felicidade, que são molas
precursoras da busca humana.
A sexualidade da mulher, seus desejos e prazeres, podem se manter estáveis
com o passar dos anos, apesar de existir a possibilidade de diminuição da
intensidade da resposta sexual. Fatores biológicos, sociais e culturais influenciam no
desejo feminino. A auto-estima é fator determinante quando se trata de sexualidade,
é importante que a mulher se conheça e se sinta atraente e que não fique tentando
se comparar com a figura que era no passado (RIBEIRO, 2002).
Sobre beleza, atração e sedução, estas terminam por ser uma escolha
própria, pois compreendem o fato de que,
posso ser amada se eu me amar. É óbvio que, se eu não me
considero atraente, não vou atrair ninguém. É essencial descobrir
que diversos parâmetros de beleza, de sedução e de atração que
não dependem tanto da estética convencional do corpo jovem. É
bom lembrar que a atração sexual humana com freqüência escapa
aos padrões convencionais (MALDONADO; GOLDIN, 2004, p. 61).
Para Beauvoir (1990, p. 430) que se dedicou ao estudo e a luta por condições
de igualdade de gênero: “nem a História nem a literatura nos deixam um testemunho
válido sobre a sexualidade das mulheres idosas. O assunto ainda é mais tabu do
que a sexualidade dos velhos machos”.
Está cientificamente comprovado que as mulheres vivem mais e que seus
desejos continuam inabaláveis, mas com o tempo, muitas, principalmente as
mulheres sós, acabam por sublimar ou renunciar à sua sexualidade. Além do mais, o
processo de medicalização e toda a obscuridade acerca do feminino tornaram a
sexualidade da mulher um “problema” e uma forma de desqualificação social
(GIDDENS, 1993).
O estudo da velhice e do envelhecimento, a princípio uma temática marginal
no espaço público, são uma discussão fundamental ao pensar na qualidade de vida
da futura geração de idosos(as), que deverão ser influenciados pelas condições que
se impõem hoje no cenário mundial, pelas condições político-econômicas e pelas
novas configurações dos laços familiares e dos contratos de gênero (LOPES, 2006).
Além do mais, concordando com o referido por Monteiro (2006), o estudo das
formas de prazer na velhice reside, principalmente, na perspectiva de pensar outro
77
enfoque na vida do ser que envelhece, enfoque esse que não será pautado nas
perdas, mas sim nas possibilidades.
Na intenção de verificar a produção científica nacional na área da
Enfermagem, Saúde blica e Gerontologia, no período de 2003 a 2007, sobre a
interface dos temas: envelhecimento, sexualidade e gênero, foram pré-selecionados
362 artigos em 220 periódicos indexados. Sete (07) artigos, por fim, foram
selecionados nesta pesquisa, que é o correspondente à totalidade da produção
científica que apresentavam integração de um dos termos: mulher idosa,
sexualidade e gênero.
Desses sete (07) artigos selecionados, dois (02) entrecruzavam os termos
gênero e velhice, um (01) gênero e envelhecimento, dois (02) sexualidade e velhice
e dois (02) sexualidade, velhice e gênero. Como pode ser observado, dois (02) dos
sete (07) textos, entrecruzavam gênero, velhice e sexualidade.
Citeli (2005) ao fazer uma revisão crítica das produções brasileiras sobre
sexualidade entre os anos 1990 e 2002, encontrou a idéia de associação,
culturalmente coerente, entre práticas sexuais/sexualidade e juventude e poucos
estudos, na verdade três (03), enfocavam sexualidade e envelhecimento, um deles
reforçando as diferenças de gênero.
5.1 Caracterização quantitativa dos artigos selecionados
Os artigos selecionados podem ser caracterizados, quantitativamente, em
quatro blocos: o primeiro em relação ao ano de publicação, o segundo, número e
sexo de autores(as), o terceiro sobre os aspectos metodológicos e o quarto em
relação às instituições, titulações e profissões dos(as) autores(as).
5.1.1 Em relação ao ano e aos periódicos
Foram encontrados artigos referentes aos temas propostos nos seguintes
periódicos: Estudos Interdisciplinares Sobre o Envelhecimento (EISE), Revista
Brasileira de Geriatria e Gerontologia (RBGG) e Revista Texto e Contexto em
Enfermagem (T&C) e nas quantidades distribuídas no quadro a seguir:
78
ANO
QUANTIDADE
PERIÓDICO
2003 1 - EISE
2004 1 - EISE;
2005 2 - Textos sobre
envelhecimento;
- EISE;
2006 - -
2007 3 - RBGG;
- REBEN;
- T&C
Quadro 11: Distribuição quantitativa dos artigos selecionados quanto ao ano de publicação e ao
periódico publicado, Brasil, 2008.
Os temas: mulheres idosas, sexualidade e gênero, de forma integrada, vêm
sendo pouco explorados pelos(as) pesquisadores(as) brasileiros, pelo menos no que
diz respeito aos periódicos da Enfermagem, Saúde Pública e Gerontologia
escolhidos como fontes desta pesquisa.
Quanto aos periódicos, o que mais explorou as temáticas foi Estudos
Interdisciplinares Sobre o Envelhecimento (EISE), revista específica da área da
gerontologia e fruto de uma combinação de vários departamentos da UFRGS que
tem alguma afinidade com a proposta de discussão do envelhecimento.
5.1.2 Em relação ao número e ao sexo dos(as) autores(as)
Número de
autores(as)/artigo
Mulheres
Homens
1 2 1 1
2 3 4 2
3 1 3 -
4 - - -
5 - - -
6 1 6 -
Total 17 14 3
Quadro 12: Distribuição quantitativa do número de autores(as) por artigo selecionado, Brasil, 2008.
Nos sete (07) artigos selecionados, verificou-se a presença de 17 autores(as),
como pode ser observado no quadro 12 e desses, é importante salientar a
expressiva participação das mulheres, pois quatorze (14) eram do sexo feminino.
5.1.3 Em relação aos aspectos metodológicos
Todos os artigos tiveram abordagem qualitativa, seis dos sete artigos foram
originais. Em três artigos, os dados foram obtidos através de revisão bibliográfica e
79
em um dos artigos tratava-se de reflexão. A técnica de coleta de dados mais
prevalente foi a entrevista semi-estruturada e a análise dos dados compreendeu, em
alguns, análise do conteúdo.
5.1.4 Em relação à titulação, profissão e instituição dos(as) autores(as)
Dez autores(as) (10), tinham o título de doutor(a), dois (02) eram
doutorandos(as), um(a) (01) mestre(a), três (03) mestrandos(as) e um(a) bacharel. A
profissão dos(as)autores(as) foi variada: Enfermeiro(a), Psicólogo(a) Assistente
Social, Sociólogo(a), Nutricionista, Historiador(a), Biólogo(a) e Bibliotecário(a).
Quanto às instituições, apareceram: Universidade de Brasília e Universidade
Católica de Brasília, Universidade Federal do Piauí, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Universidade Federal de São Carlos, Universidade de São Paulo,
Universidade Veiga de Almeida (RJ), Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal da Bahia.
Metade das instituições citadas acima, fazem parte do eixo Rio de
Janeiro/São Paulo, este último Estado, por exemplo, abriga um número considerável
de instituições e pesquisadores tradicionais no meio científico brasileiro, mas não
se pode desconsiderar a produção de instituições de outros Estados.
A concentração da produção científica entre o eixo Rio de Janeiro/São Paulo
também foi encontrado por Citeli (2005) ao pesquisar a produção científica sobre
sexualidade entre os anos 1990 e 2002 e por Figueiredo e Tyrrell (2004),
pesquisando gênero e envelhecimento, com uma diferença: as últimas autoras
encontraram evidência de produção científica também no Estado de Santa Catarina.
5.2 Formando categorias
Após leitura dos sete artigos selecionados realizei agrupamento em
categorias, por similaridade do conteúdo abordado e tendo como suporte o
referencial teórico apresentado. As categorias que surgiram relativas à sexualidade,
gênero e envelhecimento foram as seguintes: feminilização da velhice, questão
social da velhice feminina e idosa assexualizada.
80
5.2.1 Feminilização da velhice
O fenômeno do envelhecimento populacional é uma realidade. O Brasil
apresenta hoje cerca de 9% de idosos(as) em sua população total e a previsão é
que em 2025, ele será o sexto país no mundo em número de idosos(as) (IBGE,
2006).
O envelhecimento populacional não tem características neutras em relação ao
gênero, pois nele existe uma condição denominada, por autoras como Camarano
(2006), Negreiros (2004), Motta (2002) e Salgado (2002), como Feminilização, que
pode ser conceituada como uma maior sobrevida das mulheres em relação aos
homens.
Figueiredo et al (2007), afirmam que nos estudos demográficos sobre
envelhecimento “as disparidades entre os sexos são importantes: as mulheres
constituem a maior parte da população mundial idosa (...) o envelhecimento passa a
ser um fenômeno que se conjuga, antes de tudo, no feminino(FIGUEIREDO et al,
2007, p. 423). Frisando este fenômeno, Figueiredo e Tyrrell (2004, p. 681) referem
que, (...) quanto mais a idade aumenta, mais as mulheres são numerosas (...).
Convém lembrar, concordando com Motta (2005), que apesar do peso demográfico
que representa a feminilização da velhice, o tema é praticamente ausente na
produção científica, inclusive em periódicos de orientação feminista.
Em média 55%, da população de idosos(as), no Brasil, com mais de 60 anos
são mulheres, o que suscita a indagação sobre sua qualidade de vida, pois
diferenças de gênero encontram-se em todas as faixas etárias e a feminilização da
velhice não deve ser uma questão médico-social, mas sim analisada sob uma ótica
de gênero e classe social (NERI, 2001) ou como colocam Figueiredo et al (2007, p.
423), “(...) estudos demográficos sobre envelhecimento afirmam, freqüentemente,
que as disparidades entre os sexos são importantes: as mulheres constituem a
maior parte da população mundial idosa”.
Figueiredo e Tyrrell (2004) se referem à importância dos estudos de gênero
em relação à qualidade de vida na velhice em dois fatores:
o primeiro é as relações de poder e os papéis femininos de
subordinação; o segundo é a participação das idosas em grupos cuja
atividades sejam capazes de incentivá-las a utilizar suas
potencialidades (FIGUEIREDO; TYRRELL, 2004, p. 680).
81
O conceito de gênero passou a transitar no meio científico nacional a partir da
literatura feminista dos anos 70, que criticava os processos sociais baseados na
inferioridade feminina. Para a psicologia social, gênero é, socialmente construído,
estando além da anatomia e se comportando de acordo com a cultura da época e do
local. A literatura internacional ressalta que as diferenças entre homens e mulheres
idosas é escassa (NERI, 2001).
Os contratos sociais o necessitam ser explícitos e estabelecem os
intercâmbios sociais com base em valores culturais. Os contratos de gênero
representam um consenso social dos papéis que homens e mulheres devem
desempenhar e encontram-se ameaçados pelas transformações que vêm ocorrendo
nas famílias e no trabalho, ou seja, especificamente, nos locais, onde homens e
mulheres ocupam (GOLDANI, 1999).
Outro fator implicado na Feminilização da velhice gira em torno das políticas
públicas, pois, além das mulheres apresentarem maiores taxas de morbidade e
incapacidade física, o que acaba por aumentar os gastos públicos com medicações,
procedimentos e hospitalizações, elas também são, em sua maioria, viúvas, têm
menos anos de estudo e não tem experiência em trabalhos formais (CAMARANO,
2002).
Mesmo que a feminilização da velhice tenha um aspecto global, acaba sendo
encarada apenas sob uma perspectiva estatística ou demográfica, pois os trabalhos
científicos existentes, em sua maioria, dão conta desta magnitude, carecendo de
pesquisas que dêem conta do desequilíbrio social do gênero que a representa
(FIGUEIREDO et al, 2007), como referem Almeida e Lourenço (2007), que
atualmente, as idosas brasileiras são, em sua maioria, viúvas, de baixa escolaridade
e renda quando comparadas aos homens da mesma faixa de idade.
A Feminilização da velhice não pode ser vista apenas como uma maior
longevidade e, portanto, maior número das mulheres em relação aos homens, mas
também o exercício de papéis sociais e o funcionamento do self, pois se por um lado
as mulheres têm maior envolvimento social e afetivo, por outro, “elas podem ser
relativamente prejudicadas pelas imposições sociais de prestar cuidados ao cônjuge
e aos descendentes” (NERI, 2001, p. 16).
O processo de feminilização é um fator importante, pois homens e mulheres
envelhecem de maneira bastante diferenciada, apesar de ambos sofrerem com as
82
limitações e perdas, mas a diferença reside, principalmente, em relação aos
estereótipos e preconceitos. Na velhice, as mulheres se vêem de frente com todas
as desigualdades sofridas ao longo de suas vidas, inclusive sua maior longevidade
também pode representar um problema (GOLDANI, 1999).
A Feminilização brasileira é tipicamente urbana, a proporção de mulheres
morando sozinha em 2003 era cerca de 15%, residindo na casa de outros era 16,1%
e, elas também são a maioria nas Instituições de Longa Permanência (ILP),
chegando a porcentagem de 58% dos(as) residentes (CAMARANO, 2006).
5.2.2 Questão social da velhice feminina
Representação social é um conjunto de conceitos considerados senso
comum, compondo a intersecção entre o psicológico e o social, desempenhando
importante papel na construção das identidades grupais e na integração entre os
seres humanos e os grupos sociais. É formada durante as interações sociais do dia-
a-dia e servem para regular e controlar o comportamento das pessoas em sociedade
(TEIXEIRA et al, 2007).
A ciência e a tecnologia m conseguido retardar o processo biológico, mas
ainda não deram conta de transformar a velhice, pois esta envolve um processo
psicossocial; o que vem, em parte, explicar a relação aceitação/negação desta fase
da vida, principalmente no tocante ao sexo feminino, o maior alvo do novo
paradigma de manutenção de uma aparência jovem, ainda mais que as qualidades
atribuídas aos(as) idosos(as) o estigmatizadoras (ÁVILA; GUERRA; MENESES,
2007; TEIXEIRA et al, 2007).
Aprendemos desde cedo a reconhecer um(a) idoso(a) por um conjunto
clássico, imposto, de aparência física, como, por exemplo, cabelos brancos e rugas,
mas conceitualmente um(a) idoso(a) é aquele(a) que tem 60 anos ou mais e, as
características descritas acima costumam aparecer, para algumas pessoas, bem
antes dessa idade. Tudo isso suscita a dúvida de quantas formas de velhice existem
e da maneira correta de classificação desta etapa de vida.
De qualquer forma, a velhice e o envelhecimento são inadiáveis, por mais que
os seres humanos possam se esforçar para criar formas de combatê-las como forma
de vencer a própria limitação e a morte. Talvez idoso(a) possa ser apenas
83
conceituado como aquele(a) que vem vivendo muitos anos e acumulando inúmeras
experiências no decorrer deste tempo (ALMEIDA; LOURENÇO, 2007).
A sociedade ocidental enfatiza a aparência física, ficando o corpo envelhecido
associado à perda de potencial atrativo, fora o fato que o lugar destinado ao(a)
idoso(a) fica condicionado à atitude da sociedade, tanto que os próprios estudos
relacionados à velhice são voltados às perdas ou limitações (SANTOS; CARLOS,
2003).
A sociedade muitas vezes permite a leitura de que velhice é sinônimo de falta
de beleza. O sofrimento proporcionado à mulher pelo envelhecimento pode ser
explicado pela perda dos atributos físicos considerados socialmente belos. Muitas
acabam tendo sentimentos de baixa auto-estima e indo em busca de todos de
rejuvenescimento, tentando minimizar o impacto do envelhecimento em suas vidas,
mas o rejuvenescer também pode ser visto como uma forma de mascarar a velhice
(STUART-HAMILTON, 2002; TEIXEIRA et al, 2007).
A velhice torna-se um destino biológico inquestionável e cruel com as
mulheres, que bruscamente são despojadas da sua feminilidade e desvalorizadas
esteticamente, passando a viver, praticamente, metade de sua vida, sem ter direito a
uma perspectiva de futuro, tudo fruto de uma imposição sócio-cultural. A velhice é
ainda vista como uma dimensão existencial na qual é a sociedade que impõe o seu
estatuto e o seu lugar de pertencimento no mundo (BEAUVOIR, 1990).
Para Oliveira, Oliveira e Iguma (2007), a compreensão das representações
sociais das idosas pode contribuir para o cuidado prestado pela Enfermagem, pois
entendendo o imaginário social que permeia suas vidas e relações, se tornamais
fácil proporcionar bem-estar.
A velhice está no olhar do outro, as pessoas, em sua maioria, não se
percebem envelhecendo, esta acaba sendo uma realidade trazida pelos olhares das
pessoas ao seu redor. Esta é uma situação facilmente percebida pelos(as) que
estão envelhecendo.
A velhice é referida como mudanças físicas causadas pelo tempo, que em
geral são percebidas através do olhar dos outros, pois a idéia do envelhecimento
acaba sendo excluída da identidade individual, ou seja, velhos são os(as) outros(as).
Interiormente as mudanças são sutis, percebidas como experiência,
amadurecimento, mas é a aparência que é notada: “[...] as pessoas nos vêem, cada
uma à sua maneira, e nossa própria percepção certamente não coincide com
84
nenhuma das outras” (BEAUVOIR, 1990, p. 364), e, no geral, acaba-se por ceder à
opinião dos outros. Mais ainda:
a atitude dos idosos depende de sua opinião geral com relação à
velhice. Eles sabem que os velhos são olhados como uma espécie
inferior. Assim, muitos deles tomam como um insulto qualquer alusão
à sua idade: querem, a todo preço, crer que são jovens, preferem
acreditar-se em mau estado de saúde a considerarem-se idosos
(BEAUVOIR, 1990, p. 350-351).
A representação social da velhice é construída a partir do olhar do outro e da
sociedade como um todo. A percepção íntima de si mesmo(a), dificilmente
corresponderá a visão que o outro ou que um grupo de outros possui e, como foi dito
por Beauvoir (1990): “queiramos ou não, acabamos por rendermos ao ponto de vista
de outrem” (BEAUVOIR, 1990, p. 353).
5.2.3 Idosa assexualizada
A velhice o é uma experiência homogênea, pois a vida também não o é. A
forma de cada um envelhecer está condicionada a sua historicidade pessoal, suas
experiências acumuladas e valores arraigados com o tempo, além dos
condicionantes cio-culturais. Para Santos (2006, p. 1302), “envelhecemos como
vivemos, ou seja, a forma como cada um enfrenta e resolve seus problemas
existenciais será determinante no enfrentamento de questões vitais na velhice”.
O afeto abre espaço para a intimidade, que é o poder de revelar-se por inteiro
para alguém e ser aceito por esta pessoa sem limitações ou subterfúgios, mas para
este momento acontecer, ele precisa ser iniciado em um processo interno e pessoal
de aceitação, de conviver consigo mesmo de maneira prazerosa, o que pode ser
chamado de solicitude. Monteiro (2006, p. 1298) se refere à intimidade como “a
sensação de estar junto, de estar com o outro. É expressa pelo olhar, pelo toque,
pelo gesto de ternura ou raiva, pela cumplicidade”.
Sexualidade é uma construção pessoal, derivada do apreendido com o
tempo, uma construção histórica, cio-culturalmente determinada, que se deriva,
basicamente, do afeto e da intimidade.
Assim, a sexualidade é muito mais do que uma questão de contato genital
expresso pela relação sexual propriamente dita, na verdade é uma espécie de
energia motivadora para ir ao encontro da intimidade que encontra sua expressão na
85
forma de sentir, de perceber o toque do(a) outro(a), influenciando pensamentos e
ações, tanto em relação a saúde física como mental (EGYPTO, 2003).
Corroborando com a idéia, Monteiro (2006, p. 946) refere que a sexualidade:
“se estende da função do prazer à função da procriação. É uma função vital que
permeia a vida, da infância à velhice, e instala-se junto a uma série de tabus”.
O processo de envelhecimento pode, muitas vezes, afetar a sexualidade. As
transformações fisiológicas que ocorrem no corpo feminino como o acúmulo de
gordura corporal, o enrugamento da pele causam perdas estéticas consideráveis
dentro dos parâmetros de beleza impostos pela sociedade de consumo ocidental,
levando à diminuição da auto-estima. A mulher sente o envelhecer e tem dificuldade
de lidar com esta questão, sendo afetada como um todo (VIANA et al, 2000).
Mais do que isso, a atual geração de idosas é fruto de desigualdades de
relações de gênero, geradas e educadas em um mundo de poder masculino e
limitadas ao espaço familiar. As mulheres desta geração viveram suas vidas,
praticamente, em função de suas famílias e, muitas, agora sós, têm dificuldade em
abrir-se a novos vínculos, tudo fruto de preconceitos impostos socialmente
(MONTEIRO, 2006).
As discussões de gênero na velhice, ainda tão esquecidas ou desvalorizadas
por profissões da saúde como a Enfermagem, ganham aqui mais importância:
os enfoques e os objetos de investigação das pesquisas na área de
Enfermagem se afastam fortemente das questões de gênero,
demonstrando-se o aspecto assexuada da velhice, além da negação
dos papéis sociais impostos a homens e mulheres na sociedade,
independente da idade, classe social, etnia e religião (FIGUEIREDO
et al, 2007, p. 423).
O que interfere na vida sexual de uma idosa está para além das limitações
orgânicas, que são decorrentes do processo natural da evolução do ser humano. O
que interfere na vida sexual da idosa é de ordem psicológica e social. O preconceito,
por exemplo, que habita o(a) jovem contra a sexualidade da idosa, também está na
própria idosa com relação a sua própria sexualidade.
A função sexual foi naturalizada socialmente como uma forma apenas
procriatória e, para tanto, também foi estabelecido um tempo para iniciar e outro
para acabar: “ela não pode começar demasiadamente cedo e não pode prolongar-se
86
até muito tarde, em outras palavras, crianças e idosos o naturalmente
assexuados” (OLIVEIRA; OLIVEIRA; IGUMA, 2007, p. 160).
Essa falsa crença social de assexualidade acaba por influenciar
negativamente “(...) a auto-estima, autoconfiança, rendimento físico e social dos
adultos mais velhos, além de contradizer a normalidade das sensações e a
capacidade de amar do ser humano” (ALMEIDA; LOURENÇO, 2007, s/p).
Muitas famílias, não toleram que suas idosas se autorizem a manter relações
amorosas. Risman (2005) refere que a sociedade tem uma visão bastante restrita da
velhice, classificando-a como uma fase da vida assexualizada, onde o que resta às
idosas é assumir o papel de avó cuidadora dos seus netos e que, portanto, estas
atitudes preconceituosas acabam por dificultar manifestações ligadas a sua
sexualidade.
A sexualidade não está limitada ao ato sexual, engloba os relacionamentos na
sua dimensão biológica e afetiva. Constitui-se a partir das vivências compartilhadas
por meio do processo educacional, podendo então se afirmar que a sexualidade da
pessoa idosa é aquela recebida e percebida ao longo de toda sua vida. É uma forma
de comunicação que visa o prazer, bem-estar, auto-estima e à busca de uma
relação íntima, compartilhando o amor e o desejo com outra pessoa para criar laços
de união mais intensos.
Para as mulheres idosas, a sexualidade pode trazer benefícios ligados à
emoção do descobrir-se viva, no momento em que se percebe atraente e desejável
para um parceiro ou parceira. O exercício da sexualidade é uma maneira de manter
o corpo e a mente saudável, sendo, inclusive, citado como uma “(...) excelente
atividade terapêutica, até pelo exercício positivo que implica” (SEIXAS, 1998, p.
210).
Pouco é discutido sobre a vida sexual e a sexualidade das idosas, apesar de
a World Association Sexuality (WAR) estabelecer que sexualidade é fundamental e
essencial para o bem-estar individual e interpessoal. A sexualidade é um direito
humano básico que precisa ser resgatado nas idosas e saúde sexual seria o
resultado de um ambiente que respeita esse direito. Para que isso se torne uma
realidade efetiva, é necessário que mais pesquisas sejam realizados e mais
discussões proporcionadas. Uma boa forma desse tema ser estudado seria a sua
inserção nos currículos dos cursos da área da saúde, minimizando atitudes
preconceituosas também dos(as) trabalhadores(as) (BARBOSA, 2006).
87
O alcance especificamente do resgate do direito à sexualidade, implica
(...) poder pensar o amor em suas formas de transição libidinal, ou
seja, outras formas de amor, que passam pela ternura, pelos
contatos físicos que erogenizam o corpo, como o olhar, o toque, a
voz, redescobrindo as primeiras formas de amor do ser humano. O
velho não deixa de amar, mas reinventa formas amorosas (SANTOS,
2006, p. 1303).
A sexualidade das idosas ainda é um tema novo, pois também novo é o
processo de envelhecimento. Inclusive para a Enfermagem, que precisa considerar
este aspecto ao abordar as idosas e propor intervenções, mas para tanto, o(a)
enfermeiro(a) precisa ter ciência das experiências afetivas das idosas, mesmo
porque este é um tema difícil de ser abordado pela maioria delas, que foram
educadas em um rígido modelo de conduta moral (LAURENTINO et al, 2006).
Os diagnósticos de enfermagem de North American Nursing Diagnosis
Association (NANDA), em suas últimas definições e classificações (NANDA, 2008),
trazem, atualizados, dois diagnósticos de enfermagem referentes à sexualidade, que
são: disfunção sexual e padrões de sexualidade ineficazes. Isso pode significar que
os(as) enfermeiros(as), em suas consultas, elaborações de históricos e em outras
situações, estão incluindo a sexualidade como necessidade humana sica a ser
satisfeita. Resta saber se também pode acontecer tal fato em relação às idosas.
Maldonado e Goldin (2004) prescrevem algumas “receitas” para o bem viver
da sexualidade nos(as) idosos(as):
a) Acreditar que amor e sexo não têm tempo de validade;
b) Usar a criatividade, mas de modo seguro;
c) Ter a capacidade de sentir-se e então, ser, atraente e envolvente;
d) Continuar ativo(a) socialmente;
e) Estar além das resistências e preconceitos.
Todos os preconceitos e estereótipos negativos criados em torno da figura das
mulheres idosas fez com que suas culpas e vergonhas, frutos de uma educação
repressiva tomassem forma, mas a sexualidade na velhice é algo que só trará
satisfação, “(...) reafirma a identidade e demonstra o quanto cada pessoa pode ser
valiosa para outra, estimulando sensações de aconchego, afeto, amor e carinho”
(ALMEIDA; LOURENÇO, 2007, s/p).
88
Após essas reflexões percebemos que mulher idosa, sexualidade e gênero são
temas instigantes e que juntos poderão suscitar muitas pesquisas e discussões no
meio acadêmico.
Tais temas mostram-se, cada vez mais urgentes, em função do aumento da
população idosa brasileira, que conservará seu aspecto predominantemente
feminino, mas passará a apresentar as características amorosas inerentes aos seres
gregários, podendo as mulheres idosas, vivenciar de forma mais intensa, a
sexualidade.
89
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do dia em que a mulher consente em envelhecer, sua
situação muda. Até então era uma mulher ainda jovem,
encarniçada em lutar contra um mal que misteriosamente a
enfeiava e deformava. Ela torna-se um ser diferente, assexuado,
mas acabado: uma mulher de idade (BEAUVOIR, 1980, p. 351).
A população de idosos(as), principalmente de mulheres, vem crescendo
significativamente nos países em desenvolvimento como o Brasil. Trata-se de uma
nova realidade, a qual as políticas públicas e os(as) trabalhadores(as) da área da
saúde ainda não estão preparados(as) para enfrentar.
O envelhecimento é novidade, por isso, talvez, o escasso referencial
disponível na área da Enfermagem no tocante ao tema, pois isto é o que foi
verificando através deste trabalho que teve como objetivo identificar o conhecimento
científico produzido acerca da interface das temáticas, mulheres idosas, gênero e
sexualidade, por meio da avaliação sistemática de periódicos da Enfermagem, da
Saúde Pública e da Gerontologia brasileiros, no período compreendido entre os
anos de 2003 a 2007.
A resposta à inquietação que me levou a proposta do estudo, bem como o
objetivo delimitado por esse trabalho foram atendidos. A metodologia utilizada, uma
pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, foi adequada para o alcance da
proposição.
Através da leitura dos artigos pesquisados, observei que existe uma
preocupação científica em relação à população idosa, identifiquei conteúdos, como
morbidade, mortalidade, envelhecimento ativo, qualidade de vida, instituições de
longa permanência, independência e/ou dependência para realização de atividades
da vida diária, limitações e possibilidades orgânicas, cuidados e cuidadores, ganhos
e garantias sociais e legais, mas não identifiquei onde estão sendo contemplados a
sexualidade e o gênero das mulheres idosas. Essas mulheres fazem parte de uma
faixa populacional ainda invisível cientificamente no tocante às nuances
relacionadas à sexualidade, sabidamente parte componente de uma vida saudável e
com qualidade.
Sobre as limitações desta pesquisa, posso apontar a pouca informação ou a
falta de clareza metodológica encontrada em alguns artigos. Esse fato dificultou a
90
leitura e a coleta de dados e, por isso, muitas vezes, suscitou dúvidas quanto ao tipo
de abordagem, à forma de coleta, amostra e análise de dados. A metodologia é um
aspecto importante de um trabalho de pesquisa, pois delineia o caminho percorrido
e, portanto, deve ser tratado com maior cuidado. A instituição de origem e a titulação
de alguns(as) autores(as) também, em alguns casos, não eram citados nos artigos.
Outra limitação diz respeito ao fato que nem todas as revistas pesquisadas
estão em formato on line, o que dificulta o acesso. Visto estarmos em plena época
da revolução tecnológica, onde, inclusive na área da saúde, prontuários e a
sistematização da assistência em enfermagem em diversas instituições se
encontrarem de forma computadorizada.
A gerontologia é uma ciência emergente, com características inter e
multidisciplinares, que começou a despontar em sua importância a partir da década
de 90. Ela ainda se encontra como uma ciência em construção, sendo importante
salientar que os(as) enfermeiros(as) vêm demonstrando interesse pela temática, em
parceria em artigos ou na forma de articuladores. Outro fator relevante é que grupos
de estudos e pesquisa de gênero vêm despontando e trazendo preocupações
relevantes com este tema, o que irá contribuir para a produção científica.
Acredito ser pertinente aqui falar sobre o cuidado humano e seu resgate pela
Enfermagem como uma forma de ciência. Idealiza-se um cuidado integral: o ser
humano visto sob todos os enfoques, em todas as fases de sua existência e em
suas potencialidades, mas parece que os(as) idosos(as) continuam vistos sob o
prisma médico-social. Penso que quando se fala em cuidado humano integral não se
pode esquecer das idosas e de sua sexualidade. O gênero e a sexualidade também
precisam estar ligados ao cuidado humano, pois esta é uma realidade importante
que não pode ser desprezada.
A mulher idosa, independente de ser ativa ou não sexualmente, possui uma
sexualidade aprendida e que pode ser manifesta de outras formas que não
exclusivamente através da genitalidade, mas sobre esse assunto parece existir um
silêncio. A sociedade procura fechar os olhos de forma discriminatória para este
tema e acaba por incutir essa idéia às idosas, que, em sua maioria, foram educadas
em moldes morais rígidos e, que por possuírem um corpo que foge ao padrão de
beleza imposto, acabam se fechando para formas de expressão da sua sexualidade.
Os currículos dos cursos de graduação, na área da saúde, aqui,
especificamente falando da minha área que é a Enfermagem, tem pesquisado pouco
91
o gênero e a sexualidade das mulheres idosas nos componentes ligados à
gerontologia e saúde da mulher. Muito se fala das questões orgânicas, das doenças
e do cuidado, mas esse é um discurso medicalizado, que faz parte do princípio
enraizado culturalmente de que os(as) idosos(as) são assexualizados.
Deveria haver, nos cursos de formação de Enfermeiros(as), uma preocupação
com esse aspecto inegável da vida humana. Um preparo profissional adequado,
possibilitando a abordagem ou a abertura para o tema na hora de realizar
investigações necessárias com os(as) usuários(as) dos serviços da saúde e
desenvolver ações para os(as) mesmos(as) ou para a comunidade.
Como implicações desta pesquisa para a Enfermagem, coloco em evidência:
no ensino, faço um apelo a reflexão dos(as) professores(as) para que introduzam a
temática gênero e sexualidade nos Projetos Pedagógicos de Cursos (PPC) e que
façam essa discussão nas disciplinas/conteúdos que contemplem a mulher idosa.
Na investigação científica, necessidade de grupos de estudo e pesquisa, que tem
a mulher como objeto de estudo, intensificarem estudos de gênero e sexualidade da
mulher idosa. Na extensão/assistência, parece importante o surgimento de projetos
voltados à saúde da mulher, inserindo a mulher idosa. Nas consultas de
enfermagem, durante a realização da sistematização da assistência, direcionada às
mulheres, há necessidade de dar-se mais ênfase às questões de sexualidade e
gênero com relevância para as mulheres idosas.
Por fim, insisto na colocação de que a velhice é uma construção sócio-
culturalmente determinada, um processo lento e inquestionável, mas como
destacado por Simone de Beauvoir só percebido pelo olhar dos outros, o que,
dificilmente irá corresponder à nossa percepção individual ou a imagem que
enxergamos no espelho. De qualquer maneira, acabaremos por nos render a
realidade imposta pelo olhar dos outros.
92
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105
APÊNDICE A - Instrumento de Registro
ANO
NOME DO
PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO
ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
106
APÊNDICE A - Instrumento de Registro
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
Latino
-
americana
A sobrevivência econômica de ILP p/
idosos empobrecidos
Artigo original
entrevista
PUCRS
UFSC
Enf. Dr.
Enf. Dr.
Socio. Dr.
1
2
3
Latino
-
americana
Nível inst. Status socioeconômico e
aval. De algumas dimens. QV de
octogenarios
Artigo original
80
entrevista
quest. c/ BR
esca. QV
SPSS
UFSC
S.CARLOS
MS.
Dr.
-
2
2
Latino
-
americana
Estudo com idosos de instituições
asilares no município de Natal
Artigo original
76
entrevista
Estatis.
UFRN
MS.(3)
Dr.(1)
1
3
4
Latino
-
americana
Características demográficas,
socioecon. e sit. de saúde de idosos
em um PSF de POA,BR
Artigo original
98
entrevista
S.E.
SPSS
UFRGS
MS.(2)
Dr.(1)
1
2
3
Latino
-
americana
Mensuração da dor em idosos: uma
revisão
Revisão
F Med do
Triang. MIn.
Med.
Enf.
1
2
3
Latino
-
americana
Form. Gerontológica do
Téc. Enf::
uma abordagem cultural
Original
08
entrevista
Cont.
FERP
Ms.
Dr.
-
2
2
Latino
-
americana
Enfrent. de situação adversas e
favoráveis por pessoas idosas em
cod. Crônicas de saúde
Original
18
entrevista
DSC
PUCPR
Enf. Dr.(2)
Enf. Ms
Acad.
-
4
4
Latino
-
americana
Formação de RH na área da saúde
do idoso
Atualização
Fac. CM do
UEC
Enf.
-
1
1
Latino
-
americana
Pobre, idoso e na rua: uma
trajetória de exclusão
Original
20
entrevista
obs
Freq.
Leit.
Interpret
Unifesp
Enf.
Acad.
-
3
3
Latino
-
americana
Morbimort. Por causas externas na
popul. Idosa residente em município
da região sul do BR
Original
SIM
Est.
UEMaringá
Enf. Dr.
Advog.
1
2
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
107
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO
ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
Latino
-
americana
Cap. para o trabalho entre
trabalhadores de enfermagem do PS
de um HU
Original
55
ICT
est
UNICAMP
Ms. Enf.
Dr.
-
2
2
Latino
-
amer
icana
A ILP, para idosos e o sistema de
saúde
Original
7 prof.
8 idos.
ent
Mét.
funcional
PUCRS
Dr. Enf. (2)
Dr. Socio.
Dr. Enf
1
3
4
Latino
-
americana
Dif. Dos pacientes diabéticos p/ o
controle da doença. Sentimentos e
comportamentos
Original
24
REf.
Escrit.
conteúdo
USP
Psico. MS.
Dr.
Esp.
Psico.
2
2
4
Latino
-
americana
Fatores de risco p/ o desenv. de
úlceras por pressão por ido.
institucional
Original
94
Ex. fis.
F. pront.
est
UNIVAS
USP
Ms. Enf.
Dr. Enf.
-
2
2
Latino
-
americana
I
nv. O cuidado à saúde bucal de ido.
Utilizando a teoria fund. dos dados
Original
ent
TFD
UFSC
Dr. Odont.
Dr. Enf
-
2
2
Latino
-
americana
Controle da hipotermia de pctes.
Cirurg. Idosos no intraop.: av. de
Zinterv. Enf.
Original
81
Med. Fisiol.
E
st
USP
UELOND.
Enf. Ms
Enf.
-
2
2
Latino
-
americana
Variáveis associadas a ocorrência de
quedas a partir dos diag. de
enfermagem
Original
490
Prot.
Uni e Bravar
UERG
FIOCRUZ
Enf. Esp (2)
Enf.
Dr. Enf
-
4
4
Latino
-
americana
Fami. Visitantes e
aco. ado. E idosos
hosp: analise da exp. Na perspectiva:
Original
Granded
Theory
USP
UNESP
Dr. (3)
Enf. Mtda
-
4
4
Latino
-
americana
Coping em idosos com doença de
Alzheimer
Original
60
Inv. De
coping
Ialawiee
Est.
USP
Enf. Mtda.
Enf. Drª.
Md
1
2
3
Latino
-
americana
Idosos com IRC: alt do estado de
saúde
Original
6
Hist. Oral
Cate.
USP
Enf. Drtda
Enf. Dª (2)
-
3
3
108
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTOR
ES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
Latino
-
americana
Est. Com idoso de instituições
azilares no Mun. de Natal. Caract.
Sócioeco.e de saúde
Original
UFRN
Enf Dtda
Enf D
Enf Ms(2)r
1
3
4
Latino
-
americana
O cuidado sob a ótica
do pcte.
diabético e de seu princ. Cuid.
Original
Ent.
Temát.
USP
Ac enf
Enf
Drtda
Dr
1
3
4
Latino
-
americana
A farmacoterapia no idoso . revisão
sobre a abordagem
multiprofissional
Revisão
USP
Phd Farmi
Ms Farmacia
Enf
Farmi.
2
2
4
Latino
-
americana
O idoso após Avc: alt no
relacionamento familiar
Original
34
Inc.
Críticas
Caminho do
pens.
USP
Dr
MS(2)
-
3
3
Latino
-
americana
Atenção à saúde em grupos sob a
perspectiva dos idoso
Original
Obs
PUC
CAmpinas
Dr Md
Ac Md (2)
2
1
3
Latino
-
americana
Fatores que favorecem a
participação do acomp. no cuidado
ao idoso hosp.
Original
30 fam.
30 trab.
Ent
.temát.
CU
Votuporan
ga
UE Camp
Enf Ms
Enf
-
2
2
Latino
-
americana
O enfermeiro como instrumento de
ação no cuidar do idoso
Original
Obs
Soc.
Ensiva
UNIRIO
Enf Ms
Enf Dr (2)
-
3
3
Latino
-
americana
A sinalização do enf. Entre os
papeis tem. visit. e acomp
Original
Obs.
ent
G. therry
USP
Drª.
Enf mtda
-
2
2
Latino
-
americana
Estratégia metodológica
de
educação e ssistencia na ABS
Discussão
UFRGS
Dr. Enf
Ms. Enf
1
1
2
Latino
-
americana
O perfil dos readmiss. De idosos
num HG de Marília
Original
262
Pront.
Epi
-
info
UEMS
USP
Enf.
Drª
-
2
2
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
109
ANO
NOME DO
PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
Latino
-
americana
A voz futura da enfermagem
Revisão
UNIVALI
SURREY
Phd
-
1
1
Latino
-
americana
Idosos com infecção on
co
-
hemat.: ações e as dif. Para o
autocuidado no...
Original
30
Ent.
UNICAMP
Enf. Ms.
Enf.
-
2
2
Latino
-
americana
Aspectos de saúde em adultos
com mais de 80 anos que vivem
de ...
Original
14
Ent.
Temát.
CURTIN
UNIVERS.
of techo
Phd
-
1
1
Latino
-
americana
Tbc no idoso: análise do conceiro
Revisão
Conceito
USP
Enf. Dtda (2)
Dr.
Enf. Dtda
-
3
3
Latino
-
americana
Avaliação funcional de idosos
com amputação de MSIS
atendidos em um HU
Original
40
Ent.
UNICAMP
Enf.
-
1
1
Latino
-
americana
A relação entre tarb. , saúde e as
condições de vida neg. e pos. no
trabalho das...
Original
Ent.
obs
USP
UFUberj
Psic. Ms.
Dr. Sociol.
-
2
2
EISE
Um ist. De avaliação naturalístico
da memória prospectiva
Original
76
Prova da
guia
Reg
res.
UFRS
U. Baires
Phd
Dr
Dr
-
3
3
EISE
Espaços de part. Social e saúde na
velhice feminina
Original
70
Ent
UFRS
U. Baires
Phd
Dr
Dr
-
3
3
EISE
Sexualidade e amor na velhice
Original
discurso
USP
UFRS
Dr e Fis
Dr S Social
1
1
2
EI
SE
Repres. Sociais do idoso de
participa de grupos de 3ª idade
no município de...
Original
10%
Quest.
U Sta Cruz
do Sul
Ms
Psico (2)
-
3
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
110
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
EISE
Repres. Sociais do idoso de participa
de grupos de idade no município
de...
Original
10%
Quest.
U Sta Cruz
do Sul
Ms
Psico (2)
-
3
3
EISE
Espaços abertos em instituiçõe
s
para idosos
Original
UFRGS
Ms Agro
Dr Socio
1
1
2
EISE
Avaliação da qualidade nutricional
da refeições servidas aos idosos em
instituição asilar
Original
UFPI
Dr
-
3
3
EISE
Os tempos no asilo:: uma reflexão
sobre uma experiência em est. Em
psico...
Reflexão
UFRGS
Ms Socio
1
-
1
EISE
Envelhecimento e educação: em
foco a aprendiz de trab. Mais velhos
Reflexão
UNIFRA
Ms Socio
-
1
1
EISE
Corporiedade e envelhecimento: o
significado do corpo na velhice
Reflexão
UFRGS
Ms e Fis
-
1
1
EISE
Envelhecer co deficiência física:
experiência com grupos educativos
Original
35
Grupo
obs
UFUBERT
Phd
Ms
Psico
-
2
2
EISE
Viúvas: o mistério da ausência
Original
UFBA
Dr. Antropologo
-
1
1
EISE
Vivência
s em atividades art
-
exp: na
pratica voltada para o dês...
Relato exp
UFPR
Dr.
-
2
2
EISE
Lian Gong compo pratica
fizioter´pica preventiva com o
envelhecimento
Reflexão
UFRS
IPA
Fisiot.
Ms (2)
1
2
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
111
ANO
NOME DO PE
RIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
EISE
Estratégias de atenção ao idoso:
avaliação das oficinas de saúde
desenvolvidas em...
Origina
Grupos
UPF
Dr. En
f.
-
2
2
EISE
Uma leitura crítica da situação do
idoso no atual contexto sócio
cultural
Revisão
1
-
1
EISE
Trab + velhos e envelhecimento
ativo na Europa
Revisão
1
-
1
EISE
Concideraciones para estúdio de la
globatizacion y la vejez
Revisão
-
1
1
EISE
A política, a edu. Social e a 3ª idade
Reflexão
UCS
Dr.
S. Social
1
-
1
EISE
Punidos por envelhecer
Original
UABUNA
-
1
1
EISE
Estratégias de c0ping utiiz. Por uma
ido: um estudo de caso
Orig
inal
1
Ent
UE
Londrina
Dr.
Psico (3)
1
3
4
EISE
Efeito no envelhecimento nas
manifestações fonoaudio. Da
doença Machado Joseph
Relato de experiência
1
HCPA
Ms Fono (2)
1
2
3
EISE
A velhice pessoal no imaginário de
estudantes de enfermagem
Original
32
Redação
livre
Conteúdo
UNIJUÍ
Dr
Enf
-
1
1
EISE
Situação existencial do idoso de
classe média
Reflexão
FURG
Phd
-
1
1
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
112
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
EISE
A dama e o cavalheiro: um estudo
antropológico sobre
envelhecimento, gênero e ...
Resenha
-
1
1
EISE
Dif. Internacionais no contexto
brasileiro: reflexões e perspectivas
Reflexão
UFPR
Md Esp
2
-
2
EISE
Formação gerontológica; narração
crítica em torno do aprendiz
Relato de experiência
UPF
Dr Edu
Ms Psico
1
1
2
EISE
Avaliação da percepção do
envelhecimento vocal em idosos
Original
19
Gravação
Avali
ação
escala
FFCMPA
Dr
-
1
1
EISE
Funcionamento cognitivo de idoso
e de adolescente num contexto de
jogo de regras
Original
4
Ouvidor
UFES
Dr psico
Phd
1
2
3
EISE
As danças circulares e as possíveis
contribuições do TO para idosos
Original
12
UCGoiás
Dr. Fisiot
-
2
2
EISE
Controle da PA em pacientes
idosos de um ambulatório de APS
Original
24
est
ULBRA
PMS Mata
Dr Esp
Md
2
-
2
EISE
A prevlência de em idosos
atendidos no centro de convivê.
Para idosos em Cuiabá
Original
Quest.
Est
2
-
2
EISE
A experiência do núcleo de bairro
do progr. Univ. aberta à 3ª idade na
UE de Feira de Santana
Relato de experiência
UESF
UEBA
Dr.
Ms Enf.
Esp.
1
5
6
EISE
Faces e interfaces da família no
olhar dos idosos
Origi
nal
Intenc.
Ent
Conteúd.
UCS
Phd sócio.
Ac sócio.
-
2
2
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
113
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
EISE
Velhice e tra
balho: a informalidade
como (re) aproveit. Do descartado
Original
16
Ent
Itabuna
UFMG
Ac.
-
2
2
EISE
Demência e pedagogia social
Reflexão
UFRS
Dr
2
-
2
EISE
Perfil nutricional e funcio. De idosos
atendidos em um ambulatório de
nut. Da poli.
Original
35
Quest.
Bloq.
UFRJ
UERJ
HSERJ
Nut.
Ms
Dr
-
5
5
EISE
Um estudo seccional de prevalência
de Dia tipo II em idosos no centro...
Original
600
Dos
Quest
Est
3
-
3
EISE
O cuidado de enf. Ao idoso em
terapia renal substitutiva
Revisão
UPF
PMPOA
IAHCS
Ms Enf.
-
3
3
EISE
O cuidador do idoso e sua
compreensão sobre a prevenção e o
tratamento cirúrgico...
Original
15
ent
est
USP
Ms Enf
Dr Enf
-
2
2
EISE
Em busca da boa morte:
antropologia dos cuidados
paliativos
R
esenha
PUCRJ
Dr
-
1
1
EISE
Inst. Totais e a questão asilar: uma
abordagem compreensiva
Original
UFRGS
Ms Socio.
1
-
1
EISE
A instituição asilar e seus fazeres
cotidianos: um estudo de caso
Estudo de caso
PUCSP
USED
Ms fisio
Phd Fisio
-
2
2
EISE
Atendimento integral a saúde do
idoso residente em ILP: uma
experiência interdisciplinar
Relato de experiência
63
FEedu ciên
E LIT PR
Ms
1
2
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
114
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (R
T)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
EISE
Um estudo sobre idosos asilados
com cegueira adquirida
Original
5
Hist oral
UFSM
Dr
1
1
2
EISE
Fragmentos de discurso
heterogêneo de idosos num espaço
homogêneo de carência...
Original
Ent
Discurso
UFRS
Ms Psico.
Dr SS
2
-
2
EISE
O tempo musical no tempo do
sujeito: ouvindo os fazedores de ...
Original
13
Ent
Discurso
UFRS
Ms
Phd
-
2
2
EISE
Avaliação da capacidade
funcional:repensando a assistência
ao idoso em S. ...
Relato de experiência
23
OARS
UFSC
Ms
Mstda
DR Oc
-
5
5
EISE
Avaliação da QV subjetiva dos
idosos: uma comparação entre os
res. ...
Original
284
Quest
UFPB
Mstd
Dr Enf
Md
1
4
5
REUSP
Análise dos óbitos em
idosos est.
SABE
Original
2143
inst
USP
Ms Enf
Dr Enf
Md
-
3
3
REUSP
O significado atribuído a “ser
idoso” por trabalho de ILP
Original
50
escola
UNICAMP
Ms Enf
Drª Enf
-
2
2
REUSP
Praticas terapêuticas entre idosos
de Poa: uma abordagem qualitativa
Original
24
Ent
Temática
UFRGS
Dr. Sócio.
Ms Enf
-
2
2
REUSP
A dualidade vida
-
morte na vivência
dos pacientes com metástase
Original
7
Ent
Cont.
UNICENTR
O
USP
Enf. Mstda
Enf
-
2
2
REUSP
O índex de Katz na aval da
funcionalidade do idoso
Revisão
USP
Drª Enf
Enf
Md
-
3
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
115
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
REUSP
Env. e capacidade pa
ra o trab dos
trab de higiene e limpeza dos hosp.
Original
69
ICT
Est
Jaguariuna
UNICAMP
Dda Edu
Dr Enf
-
2
2
REUSP
Em busca de uma inst. para pessoa
idosa morar:motivos...
Original
6
Ent
Cat
UNIJUÍ
PUCRS
Ms Enf
Dda
Acd
-
3
3
REUSP
Avaliaçã
o do grau de independência
de idosos residentes em ILP
Original
187
AVD
Kalz
Est
II Teresa
D’ávila-Lorena
UNICAMP
Ms Enf
Dr Enf
-
2
2
REUSP
A saúde de idoso que cuidam de
idoso
Original
Ent
Discussão
USP
Ac Enf
Dr Enf
Dr Enf
1
2
3
REUSP
Se
xualidade no período climatério:
situações vivenciadas pela mulher.
Relato de experiência
USP
Dr Enf
Ms Enf
Esp
-
3
3
APE
A situação social do idoso no BR:
uma breve consideração
Reflexão
-
3
3
APE
Vulnerabilidade e envelhecimento
no contexto da saúde
Revisão
UFRGS
-
3
3
APE
Avaliação do grau de dependência
AVD em idosos na cidade de
Fortaleza
Original
385
AVD
UFC
Dr. Enf (3)
Mstda
1
2
3
APE
Autonomia do pcte idoso com CA: o
direito de saber o diagnóstico
Refle
xão
-
3
3
APE
Envolvimento da teoria do cuidado
cultura na sustentabilidade do
cuidado
Reflexão
-
3
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
116
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
APE
Diagnósticos e intervenções de
enfermagem em idosos
hospitalizados
Original
Inst. da Enf
-
2
2
APE
Encontrando
-
se em casa; uma
proposta de atendimento
domiciliar para familiares de
idosos...
Original
Pesq.
Ação
-
3
3
APE
Pacientes portadores da doença de
Parkinson: significado de suas
vivências
Original
8
Hist. Oral
UFSC
-
3
3
APE
A relevância do exercício físico do
idoso para a assistência de
enfermagem hospitalar
Ori
ginal
25
Ent
UNICAMP
-
2
2
APE
Capacidade de idoso da
comunidade para desenvolver AVD
e AIVD
Original
95
Ent.
AVD
AND
Est
UNIFESP
Enf
Drª
1
2
3
APE
Necessidades de cuidado de enf. E
intervenção terapêutica em UTI:
estudo comparativo entre...
Original
50
Est
-
3
3
APE
Integridade da paciente
prejudicada em idoso: estudo de
ocorrência em uma comunidade
Original
40
Ent.
Ex lín.
UFG
Acd Enf
Drª Enf
Ms Enf
-
3
3
APE
Estudo comparativo entre séries de
graduação em Enf. : representação
do ...
Original
20
ent
conteúdo
UNIFESP
1
1
2
TSE
A produção de conhecimento no
BR: o papel da revistas científicas
Editorial
UERJ
-
1
1
TSE
Saúde bucal em portadores de
doença de Alzheimer e em seus
Cuidadores
Revisão
U
FRGS
PUCRS
2
1
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
117
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
TSE
A influência da UESBE no processo de
viver e env. dos idoso est/integrantes
Original
18
Hist. Oral
conteúdo
UESC
UFSC
Ms Enf(2)
Esp Fisio.
Esp Enf
-
3
3
TSE
Perfil demográfico da população
idosa no BR e no RJ em 2002
Original
IBGE
est
UFRJ
UERJ
ESp Nut
Mstda Epi
Phd Sáude p.
1
2
3
TSE
Grupo d
e orientação em cuidados na
demência: relato de experiência
Relato de experiência
UERJ
Mstda
Enf
-
1
1
TSE
Uma reflexão sobre a farm. De RH
para atuação em programas de ...
Resenha
UERJ
Drªda
-
1
1
TSE
Fonte de informação sobre teses
e
dissertações referentes ao env.
Editorial
UERJ
-
1
1
TSE
Mobilidade na idade: como
planejar o futuro
Reflexão
UFRJ
Msc
Phd (2)
1
2
3
TSE
CRDE UNATLUERJ
Apresentação
UERJ
-
3
3
TSE
Os programas de pós
-
graduação em
gereatria e gerontologia no Brasil
Descrição
UERJ
Drª da
S.col.
Md
-
2
2
TSE
Cuidados com idoso: percepção de
idoso e de profissional de saúde
sobre...
Original
UFS
Psico.
AC.
Ms
2
1
3
TSE
Gerontologia e os pressupostos de
Edgar Morin
Revisão
FENSG
Drª
-
1
1
118
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
TSE
Env: diversidade e qualidade em
trabalhos divulgados em CSP
Resenha
UERJ
-
1
1
TSE
Algumas reflexões sobre a produção
científica brasileira acerca...
Editorial
UERJ
Prof.
Nutr.
-
1
1
TSE
Segurança no trânsito para os
motoristas idosos: desafios e
perspectaivas
Revisão
1
2
3
TSE
Teses e dissertações sobre
envelhecimento no Brasil
Descrição
UERJ
Drªda
Md
-
2
2
TSE
Velhices: estudo comparativo das
representações sociais entre idosos
de grupos ...
Original
20
Ent
Categ.
1
1
2
TSE
A homeopati
a no universo do
envelhecimento
Revisão
UERJ
Md
Hom.
1
-
1
TSE
Avaliação da dor em idosos co
doença de Alzheimer
Revisão
UFMG
Ac (2)
Prof.
Phd
1
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TSE
DPOC no idoso: relato de caso
Original
06
ent
Cont
PUC/SP
Prof (2)
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TSE
Expandindo o campo em práticas de
saúde através de um...
Resenha
UFRJ
Ms
-
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1
TSE
A consolidação de TSE com o
periódico exclusivamente...
Editorial
-
1
1
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
119
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORI
A DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
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6
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Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
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M
N
TSE
A realidade do idoso
institucionalizado
Original
14
CS
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TSE
Base bibliográfica naional de teses e
dissertações sobre env. humano
Ap
resentação
UERJ
Ms
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1
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TSE
Avaliação global de idosos em
unidades de PSF
Original
30
Ent
Obs
FENSG
UPE
Esp Enf
Drª Enf
-
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2
TSE
Fatores de risco de maus tratos com
idoso na relação idoso/cuidador em
...
Original
100
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UFBA
UESB
UFSC
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Prof (2)
Ms
Ac
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3
TSE
A produção científica sobre
envelhecimento e saúde no Brasil
Descriç
UFRJ
Drª (2)
-
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2
TSE
Avaliação do impacto da
intervenção Geriátrica na prescrição
de idoso
Original
53
pront
HUPE
UERJ
Esp
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1
1
TSE
Saúde do idoso a arte de cuidar
Resenha
UERJ
Dr
1
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TSE
A ‘produtividade científica e o
campo do env. no Brasil
Editorial
UERJ
-
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1
TSE
Efeitos de um programa de
treinamento fisico sobre a
capacidade funcional...
Orig
inal
6
Ay física
UFMG
Phd
Esp. Fisio.
-
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3
TSE
Programa de assistência do idoso
em Manaus em nível amb.: uma...
Original
Conteúdo
MSs medico
Enf.
2
1
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
120
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART
(RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
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Ql
Qt
Amo
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TIT
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M
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TSE
O processo de envelhecimento no
BR: desafios e perspectivas
Reflexão
UFC
Mstda
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TSE
O executivo empreendedor, sua
aposentadoria e processo de afast...
Original
4
Ent
discursos
UFRGS
Ms
Dr
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TSE
Sexualidade e 3ª idade uma visão
histórica cultural.
Revisão
Ms
1
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TSE
Validade e confiabilidade das
questões de aval. do nível de ativ.
Revisão
UNESP
Pós
-
gra.
Mstdo
Phd
2
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TSE
Sobre a saúde e QV no
envelhecimento
Resenha
UNICAMPI
Mstda
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TSE
A ampliação do mundo
informatizado e o acesso a
publicações ...
Editorial
-
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TSE
Consumo alimentar em mulheres
idosas com sobrepeso
Original
100
Quest.
FAF
UFPE
Drª
Dr
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TSE
Aumento da estatura corporal no
idoso através do tratamento
postural.
Original
12
Ent
UNIFENAS
Graduados
1
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TSE
Diferenças entre gênero e idade no
processo de estresse em uma
amostra s. ist de...
Original
957
Inst
UNICAMP
Msda
MS
-
2
2
TSE
Considerações sobre o abuso
financeiros de pessoas idosas e a
dinâmica
Original
Denúncias
UERJ
Pós graduada
-
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
121
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO
ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
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TIT
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TSE
Ser avós e ser pais: os papeis dos
avós na sociedade contemporânea
Reflexão
UNICAMP
Msda
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TSE
Uma oficina de criação para a
terceira idade
Relato de experiência
UERJ
Esp
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1
TSE
Sobre envelhecimento, a pesquisa
científica e a bioética
Resenha
UERJ
Ms
-
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1
TSE
Revisões científicas eletrônicas,
internet e comunidade científica no
...
Editorial
Conteúdo
Conteúd
o
-
1
1
TSE
Abandono na velhice
Original
cnteúdo
Conteúdo
UCS
pesquis
-
3
3
TSE
Envelhecimento de mães co filhos
dependentes: a longevidade da
DMD
Original
50m
51f
Quest.
Obs.
PUC/SP
USP
MSs
Drª
-
2
2
TSE
Saúde, doença e envelhec
imento:
repres. Sócias de um grupo de
idosos na Unati-Feira
Original
Ent.
UFBA
Drªda
Drª
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2
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TSE
Alimentação, saúde e cultura:
algumas reflexões sobre a
experiências com...
Original
Oficina
UERJ
-
6
6
TSE
Risco de quedas no ambiente
físico
de um idoso
Original
UESB
Ms.
Esp(4)
Acad
1
5
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TSE
Atividades em grupo
-
alternativa
para amenizar os efeitos do
envelhecimento
Revisão
UFMG
Esp (4)
Drª
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
122
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CAT
EGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
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Col
Ana
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Educação musical com idosos
Reflexão
UERJ
FAET
Esp
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TSE
Novas demandas na formação de
prof. em face do envelhecimento ...
Rese
nha
UERJ
Drª
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1
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RBGG
RBGG
Editorial
UERJ
1
-
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RBGG
Queixa de memo e disfunção doj.
de memo e mido que ingressa ...
Original
82
quest
UERJ
PUC/RS
Drda 3
Dr 2
Esp
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RBGG
Factres de mesgo presentes e
intervinientes en caídas
Original
129
OBS
dir
Esp
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1
RBGG
Uso de tempo no cotidiano do
idoso: um método indicador ...
Reflexão
UFV
USP
Drª 2
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RBGG
Perfil do cuidador e idoso doente
e/ou frágil. do contexto...
Original
238
QPF
WELOQUE
Est
UESB
UFSC
Esp 6
Drada 1
-
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Custo do tratamento de Ca côo retal
em pacientes idosos
Reflexão
UNIFESP
Esp colaborador
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RBGG
A promoção da saúde na ILP: uma
reflexão sobre o processo...
Revisão
UNEC
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Esp
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RBG
G
Das especificidades do
envelhecimento: o caso da
deficiência mental
Resenha
UERJ
Drª
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
123
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
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TIT
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Construção do envelhecimento em
geriatria e gerontologia
Editorial
-
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RBGG
O envelhecimento da população
brasileira: uma análise do conteúdo
das...
Revisão
Todos
REBEF
Conteúdo
UFMG
UPERJ
Drdo
Drªda
1
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RBGG
Um olhar sobre o processo de
envelhecimento; a percepção de ...
Original
10
Ent
Conteúdo
UFPE
FIOCRUZ
Msda
Dr
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RBGG
Analise comparada da saúde bucal
do idoso na cidade de ...
Original
Inst
Obs
Est
UNESP
Esp (4)
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RBGG
Fisioterapia domiciliar aplicada ao
idoso
Original
Est
UERJ
Ms
Esp
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RBGG
Sobrepeso e obesidade medidos
pelo IMC, CC e RCQ...
Original
183
Antropometria
est
UFV
UNICAMP
UNIFESP
Phd
Esp (2)
Msd
Ms
Drª (3)
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RBGG
Contribuições biom
ecânicas do
público da 3ª idade
Revisão
2
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Disfagia orofaríngea pós
-
AVE no
idoso
Original
Fono
Esp
-
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RBGG
Bioética e longevidade humana
Resenha
PUC/RJ
Esp
1
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RBGG
De DST à RBGG: uma longa
caminhada
Editor
ial
UERJ
Nut
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-
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
124
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
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Prevalência de desvios
-
padrão
determinados pela...
Original
997
Uso
Est
PUC/RS
Dr
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Os periódicos esp. Em Geriatria e
Gerontologia no BR de 1969 a 2006
Descrição
UERJ
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RBGG
Comparação antropométrica e do
nível de aptidão...
Original
20
Antrop
PUC/RS
Drªda
(2)
Dr (2)
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RBGG
Algumas considerações teóricas e
metodológicas sobre est. De...
Reflexão
UFMG
Drª
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Deglutição e env. enfoque nas
manobras fácil e posit...
Revisão
UERJ
Esp
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RBGG
Of. terapêutica para cuidado
res. De
idosos com demência : atuação da
Relato de experiência
UPF
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Esp
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Editorial
Editorial
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Impactos da longevidade na família
multigeracional
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conteúdo
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Avaliação do desempenho cognitivo
em idoso
Original
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quest
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RBGG
Nutrição e envelhecimento:algumas
reflexões sobre a int. entre ensino,
pesquisa...
Reflexão
UERJ
Nut
-
5
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
125
ANO
NOME D
O PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
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Amo
Col
Ana
INST
TIT
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RBGG
Avaliação do desempenho cognitivo em
idoso
Original
65
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Est
UFPE
Ms
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2
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RBGG
Nutrição e en
velhecimento:algumas
reflexões sobre a int. entre ensino,
pesquisa...
Reflexão
UERJ
Nut
-
5
5
RBGG
Envelhecimento e rejuvenescimento: um
estudo de representação social
Original
72
Téc sócio
Mackenzie
Grad 5
Drª
-
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Caracterização
nutricional de idoso com
HÁ em Teresina
Original
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Quest
Est
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Acupuntura, especial multidisc.; uma
opção nos serviços públicos aplicado aos
idosos
Original
Pront
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RBGG
Envelhecimento, amor e
sexualidade:
utopia ou realidade?
Revisão
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Psico
Cmsh
Bibil
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RBGG
A construção da violência contra idoso
Revisão
UFBA
Ms 1
Mstda 1
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Prof
-
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Editorial
Editorial
UERJ
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-
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A comunicação entre f
amília e a ILPI
Original
Ent
Obs
PUC/RS
UFSC
Drª 3
Drº 1
1
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RBGG
Os efeitos de um programa de
fisioterapia como promotor de ...
Original
42
Quest
Grupo
focal
est
UF
Ms
medico
1
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
126
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/O
BJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
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Amo
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TIT
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Perfil lipídico da dieta alimentar como
tratamento de risco para...
Original
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IMC
CC
Esti
UFSC
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Drada
Nutricionista
-
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Reflexões sobre o envelhecimento e bem
estar de ido institucional
Original
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Drado
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anos e mais no per ant. post...
Original
25.223
Notificação
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FIOCRUZ
M
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Insônia: prevalência e tat de risco
relaciona. Em pop de ido acomp ...
Original
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Envelhecimento, obesidade e consumo
alimentar em idoso
Reflexão
UFPE
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Efeitos da taichichu
anna incidência de
quedas,no medo de cair...
Revisão
UFMG
Grad 2
Ddr 2
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RBGG
Uma conjuntura favorável a consolidação
da área do envelhecimento humano
Editorial
UERJ
Ed.
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RBGG
QV e estratégias de enfrentamento em
idoso com incont. Fecal...
Revisão
UFMG
Ms
Dr
Esp
-
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Políticas blicas de atenção assistencial
do idoso : reflexão a cerca dos cap prof...
Reflexão
UFSC
Dr enf
-
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RBGG
Promovendo a saúde e e prevenindo a
depen: ident. Inaic de frágil...
Original
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Teste
QV func.
est
UERJ
Dr2
Ms 2
med
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
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NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
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D
ST e HIV/AIDS na opinião de idoso
que participam de grupos ...
Original
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Descrit
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1
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O idoso asilado: a subjetividade
intramuros
Original
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Ent
Conteúd
UNESP
Grad
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Caracterização do padrão alim
entar,
da ingestão de energia e nutrientes
da dieta de idosos...
Original
183
Quest
Record
Est
UFV
Drª (3)
Ms
Msda (2)
Phd
Grad
2
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RBGG
Consumo de medicamentos por
idosos atendidos em um centro de
convivência...
Original
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Ent
Est
UEM
Dr (4)
Ms
4
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RBGG
Independência funcional e CS fatores
que influenciam no âmbito de
assistência...
Original
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Pront
Est
INIFESP
Ms (3)
Esp
-
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RBGG
Aspectos genéticos do
envelhecimento e doenças
associadas: uma complex...
Revisão
UFSM
PUC/RS
Ms
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REE
Perfil dos cuidadores informais de
idosos com déficit de ...
Original
09
Quest
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UFG
Enf Drª
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-
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REE
Estudo da acomência de dor crônica
em idoso de uma comunidade ...
Original
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Process.
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Est
UFG
Ac (3)
Enf Drª
-
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REE
Transcender com a natureza: a
espiritualidade para o idoso
Original
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-
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Significado de ser idoso para doente
de hanseníase
Original
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Ent
Conteúdo
UFPB
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Enf Dr
-
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
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ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART
(RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
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REE
O movimento das emoções da vida dos
idoso: um estudo com um grupo da
idade
Original
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Obs
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Categoria
UFF
Enf
Enf Drª
-
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REE
Quem irá empurrar minha cadeira de
rodas? A escolha do cuidador familiar
Original
09
Ent
Est
UFS Car
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Enf (2)
Psico Drª
-
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REE
A vulnerabilidade do idoso para as q
uedas:
análise dos incidentes críticos
Original
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AIC
TIC
Ufg
Ac Enf (2)
Enf Drª (2)
-
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REE
Plantas medicinais: uso e crenças de idoso
portadores de HÁ
Original
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Est
URCE
Enf Msda
Enf Drª
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REE
Uma reflexão sobre a assistência
à saúde do
idoso no Brasil
Revisão
UMSP
UNIFESP
Enf Ms
Enf Drª
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REE
A metodologia da problematização na ESC
de posturas da UFPB um processo
emancipado na ...
Original
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Oficina
Discurs
UFPB
Fisio Ms
Enf Drª
Enf Dr
1
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REE
Educ
ação em saúde como suporte para a
QV de grupos da 3ª idade
Original
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Quest.
Obs.
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Conteú
UFSC
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Enf Esp
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REE
Comportamento dos enfermeiros e
impacto em doentes idosos em situação de
internação hospitalar
Original
30
Tic
Conteú
Enf
Psic
-
2
2
REE
Tempo de plantar e tempo de colher: as
representações sociais de prof. de saúde e
idoso sobre...
Original
10
Ent
Conteú
Hamelet
UNB
Ms Psic (2)
Dr enf
1
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3
REE
A dependência na velhice sob a ótica de
cuidadores formais de idosos institucional
Original
10
Ent
conteú
EUmaring
EUlondrina
Enf Ms
Psic Drª
Enf Drª
-
3
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
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ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART
(RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
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TIT
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REE
A violência contra o idoso: dimensão ótica e
política de uma problemática em ascensão
Revisão
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Ent
Obs
Temática
UFPB
Enf Ms (01)
Enf Dr (2)
-
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3
CSP
Aspectos estruturais e funcionas do apoio
social de idosos do município de SP, Br ...
Original
1568
abe
Regress
logist
USP
-
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CSP
Fat. Associados com incapacidade funcional
em idosos no município de guatambu
Original
352
Regres de
poisson
UNISINOS
3
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CSP
Tendência na utiliz. De ce
rvisos odontol.
Entre idosos brasileiros e fat associados: um
est
Original
28943
UFMG
-
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CSP
Env. pop. E as inst. De saúde do PNAD:
demandas e desafios contemp. Pos facio
Fórum
1
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CSP
O anacronismo dos modelos asist. Para os
idosos na área: desaf
Revisão
UERJ
1
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CSP
Tendências nas condições de saúde e uso de
serviços de saúde entre...
Revisão
UFMG
Pesq.
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3
CSP
Envelhecimento.popular e as inf de saúde
do PNAD ... introdução
Fórum
UERJ
1
-
1
CSP
A influência de respondente subst. Na
percepção da saúde de idoso: um estudo...
Original
PNAD
EST
FIOCRUZ
UFMG
Acad.
Pesqu.
1
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CSP
Estudo epidemiológico de base populacional
sobre o uso de medicamentos entre idosos
Original
1598
UFM
G
FIOCRUZ
1
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
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NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
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Ql
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M
N
CSP
Tendências do DM no Brasil: o papel
da transição nutricional
Revisão
FUNRP
1
1
2
CSP
Cuidados paliativos oncológicos:
elementos para o debate de
diretrizes nesta área
Revisão
FIOCRUZ
1
1
2
CSP
Auto oral da saúde bucal entre adu e
idosos residentes na Região sudeste:
resul...
O
riginal
3.240
-
2
2
CSP
Env: prevenção e promoção da
saúde.
Resenha
UFMG
-
1
1
CSP
Condições de saúde e tabagismo
entre idosos residentes em dua com.
Bras ...
Original
1774
1742
BIT
bambuí
UFMG
1
2
3
CSP
SUS e políticas
públicas:
atendimento psicológico a mulher na
menopausa...
Revisão
UNB
-
3
3
CSP
Proj. Bambuí: a experiência do
cuidado domiciliário por esposas de
idosos dependente
Original
10
Ent
Contd
UFMG
-
3
3
CSP
A saúde bucal do ido. Brás.: rev
isão
sist. Sobre o quadro epidemiológico
e acesso aos …
Revisão
USP
UEP
1
3
4
CSP
Dif. Em limitações funcionais de ido
Brás de acordo com a idade e sexo ...
Original
2143
trm
est
USP
1
2
3
CSP
Dif na estrutura de auto avaliação
da saúde em idosos com diferente
situação...
Original
UFMG
-
3
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
131
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
CSP
Es
r. De base pop sobre o consume
de med entre ido. Proj Bambur
Original
1505
UFMG
1
3
4
CSP
Proj: Bambuí um est. de base pop.
Da prevalência e dos trat. Assoc. à
neces. de ...
Original
1742
UFMG
-
4
4
CSP
A exp da Peri menopausa e pós
-
menopausa com mulheres que
fazem uso ou não da ...
Original
11
ent
hermentica
UFSP
-
2
2
CSP
O perfil do idoso de baixa renda no
mun. de S Carlos, SP, BR: um est ...
Original
52,3
Est
USP
-
3
3
CSP
Fat. Sócio demográfico assoc. ao
uso de serviços odontol entre ido.
Brás ...
Original
28.943
Pnad
Est
UFMG
-
3
3
CSP
Envelhecimento e alocação de
recursos em saúde
Resenha
FIOCRUS
1
1
2
CSP
A necessária fragilidade dos idosos
Reflexão
USS
FIOCRUS
-
2
2
CSP
An
tropologia, saúde e
envelhecimento
Resemha
UERJ
-
1
1
CSP
Proj. Bambuí: maneiras de pensar e
agir de ido. Hipertensos
Original
26
Signos
significaçõe
s
FIOCRUS
UFMG
-
3
3
CSP
Edu p a saúde em osteoporose com
ido de um programa univ. repercuss
Original
95
Quest
UFPI
1
2
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
132
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
CSP
Idosos dependentes: Famíli
as e
cuidadores
Reflexão
PUC/ SP
-
1
1
CSP
Contribuições da antropologia para
uma abordagem das questões rel as
doenças dos idosos
Reflexão
UFMG
-
1
1
CSP
Abordagem do ido em PSF
Reflexão
UFRGS
2
-
2
CSP
Projeto bambuí
: fatores biomédicos
associadas. A ocorrência de interv.
Hosp. Entre ido.
Original
1444
UFMG
2
1
3
CSP
PB: fatores associados ao tratamento
HÁ entre idosos na comunidade
Original
1742
UFMG
-
3
3
CSP
Fatores determinantes do
envelhecimento saudável em ido.
Residen. Em centro urb ...
Ref de exp
UFSP
1
-
1
CSP
Envelhecimento com dependência:
responsabilidades e demandas da
família
Reflexão
UFRJ
-
1
1
CSP
Saúde, trabalho e envelhecimento
no Brasil
Original
2886
PNAD
Est
UFMG
-
2
2
CSP
Desigualdade social e saúde entre
idosos Bras: um estudo baseado na
PBAD
Original
19068
PNAD
Est
UFMG
-
4
4
CSP
Saúde pública e envelhecimento
Resenha
UFMG
UERJ
1
1
2
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
133
ANO
NOME
DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
CSP
Abordagem do ido em PSF
Reflexão
UFRGS
2
-
2
CSP
Projeto bambuí: fatores biomédicos
associadas. A ocorrência de interv.
Hosp. Entre ido.
Original
1444
UFMG
2
1
3
CSP
PB: fatores associados ao
tratamento entre idosos na
comunidade
Original
1742
UFMG
-
3
3
CSP
Fatores determinantes do
envelhecimento saudável em ido.
Residen. Em centro urb ...
Ref de exp
UFSP
1
-
1
CSP
Envelhecimento com dependência:
responsabilidades e demandas da
família
Reflexão
UFRJ
-
1
1
CSP
Saúde, trabalho e envelhecimento
no Brasil
Original
2886
PNAD
Est
UFMG
-
2
2
CSP
Des
igualdade social e saúde entre
idosos Bras: um estudo baseado na
PBAD
Original
19068
PNAD
Est
UFMG
-
4
4
CSP
Saúde pública e envelhecimento
Resenha
UFMG
UERJ
1
1
2
CSP
Composição dos gastos privados
com med. Útil. Por aposent e
pension . ci=...
Original
66
Ent
est
UFMG
2
3
5
CSP
Influência da aculturação na Guto
percepção dos ido quanto as
bucalem uma...
original
40
ent
UFFP
2
1
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
134
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CA
RACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
CSP
O desafio da aplicação do metadol
de captura , recaptura na vig do DM
...
Original
740
2
1
3
CSP
Em busca de uma assist adequada a
saúde do idoso revisão da lit e
aplicação...
Original
360
quest
Est
UERJ
1
-
1
CSP
Alimentação inst e suas repres
sociais entre moradores de ILP p/
ido em ...
Original
40
ent
Drscurs
-
3
3
CSP
Perfil dos indicadores de gordura e
massa mus corporal dos ido de ...
Original
60
Medidas
Esr
USP
UFPA
-
2
2
CSP
Doenças resp e poluição
atmosféricas no município de
Vitória
Original
1
2
3
CSP
Quantificação do impacto da
poluição atmosférica sobre pop
urbana brasileira
Original
1
1
2
CSP
Fatores associados da incapacidade
funcional em idosos do mun de
Guatambú ...
Original
352
Ent
Posson
2
1
3
CSP
Correlação entre inst de QV
relacionada a saúde indep.
Funcional e emido...
Original
146
LHFQ
speaman
PUC/SP
-
3
3
CS
P
Acesso e uso de serviços de saúde
em isso resid. Em áreas rurais, ...
Original
PNAD
1
1
2
CSP
Adaptação transcult para o BR do
inst caregiver abuse screen para
detccão de ...
revisão
CASE
2
1
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
135
ANO
NOME DO
PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
CSP
Caract da utlização de med. Na pop.
Brás, 2003
Original
PMS
2
1
3
CSP
Det. Sócio
-
demograficos da aut
o
-
avaliação da saúde no Brasil
Original
PMS
Regre
logistica
1
2
3
CSP
Acuracia da merodol de ralacion
probabilístico de registro para...
Original
250
VD
Probabilístic
o
1
1
2
CSP
Adapt transcult e analise da
confiabilidade ato southanpton
asses ...
Original
107
SAM
UFMG
-
3
3
CSP
Prevalência de transtornos mentais
comuns em pop atendidas pelo PSF
Original
2337
Inquet
Est
2
1
3
CSP
Cuidados de idosos autamente
dependentes na comunidade: um
est ...
Original
24
Ent
Co
nteúd
UERJ
-
3
3
CSP
Uma revisão sobre inst. de
rastreamento de violência domest...
Revisão
UFRJ
2
-
2
CSP
Cuidador do idoso com Ca avançado:
um ator vulnerado
Revisão
FIOCRUZ
2
-
2
CSP
A persepção de insegurança
alimentar em famílias com idoso em
campinas...
Original
195
Inq
dam
EBIA
UNICAMP
1
5
6
CSP
Est. de saúde explica a disparidade
entre mulheres e homens ido ...
Original
Regra
logistica
UFMG
1
2
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
136
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTU
LO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
CSP
em ido.: a prevalência, fat.
Associados e praticas de controle no
mun ...
Original
426
UNICAMP
2
3
5
CSP
Antropom
etria em ido. No Município
de SP, BR.
Original
1894
Inq
Dom
Est
USP
2
3
5
CSP
S. bucal de ido institucionalizados ,
zona leste de SP, Br, 1999
Original
293
Ex
epidemioló
gico
Qui
-
o
Man
whrtnay
USP
1
3
4
CSP
Auto percepção e condições de
s.
bucal em uma pop de idosos
Original
112
Exame
clinico
gohai
EST
UNICAMP
1
2
3
CSP
Consumo de nutrientes em adultos e
idosos em est de base pop: PB
Original
550
Quest.
EST
UFMG
FIOCRUZ
-
5
5
CSP
Prevalência de carie radicular em
adulto e ido na reg sudest...
Original
1475
Exame
epidemioló
gico
EST
UNICAMP
1
2
3
CSP
Hab. Cognitivas em indivíduos muito
ido u estado longitudinal
Original
66
EDG
Quest
Mini- ex
PUC/RS
-
2
2
CSP
Perfil de morbidade e morte de
pacientes idosos hospitalizados
Original
7584
SIH/SUS
EST
UFRJ
-
6
6
CSP
Adaptação do perfil de saúde de
nottingnhan: um inst simples de...
Original
215
PBN
ROSH
-
3
3
CSP
Paulínea, SP, Br: situação da carie
dentária em relação as ...
Original
1151
C
POD
EST
-
3
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
137
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
CSP
Saúde bucal em adu e ido na cidade
de Rio Claro, SP,BR.
Original
202
exame
EST
UNICAMP
1
2
3
CSP
Poluição do ar e mortal. Em ido no
Município do RJ: analise de série ...
Original
Tant secun
Porsson
UERJ
2
1
3
CSP
Mort por tu de de cérebro no Brasil,
80-98
Original
Tant secun
Est
FIOCRUZ
1
1
2
CSP
Ido dependentes: famílias e
cuidadores
Reflexão
PUC/SP
-
1
1
CSP
O enfrentamento das desigualdades
sociais e de gênero entre ido ...
Reflexão
OTWA
-
1
1
CSP
A real entre esa dentário, seleção
alimentar, ingest de nut e IMC...
Revisão
4
-
4
CSP
Preditores cardiovasculares da
morte em ido longenos
Original
193
Alamp
Uni e mulh
Varied
PUC/RS
2
2
4
CSP
Violência contra ido: relevância para
um velho problema
Original
Sim
SIH-SUS
FIOCRUZ
-
1
1
CSP
Prevalência, fat associado e mau uso
de medidas entre ido: uma revisão
Revisão
FIOCRUZ
-
1
1
CSP
Em busca de uma a sentencia
adequada as do ido: Ver. Da lit. e
aplicação ...
Original
360
Quest
UERJ
1
-
1
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
138
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
CSP
Obesidade e baixo preso entre ido
Brás: PB
Original
1451
Logística
UFMG
FIOCRUZ
-
3
3
CSP
Perdas dentarias e fatores sociais,
demog. E serviços esp. Em adultos
brasileiros
original
13431
Est
Epidemio
est
1
2
3
CSP
Percepção dos problemas da
comunidade: influência de fat sócio-
demograficos
original
515
Ent
SRQ-20
Poisson
-
3
3
CSP
Diferenças na morbidade referida
entre sexos: evidências de um
estudo
original
1260
Poisson
FURG
2
-
2
CSP
Contadores de histórias:práticas
discursivas e diferenças de gênero
Relato de experiência
1
1
2
TCE
Uma proposta
de política pública de
atividade física para idosos
Original
8 prog
Ent
Dos
UFSC
UPORIO
Dr
1
2
3
TCE
A construção do feminino e do
masculino no processo de cuidar...
Original
Ent
Dos
Conteúdo
FURG
Drª esp.
-
1
1
TCE
Perfil da família
cuidadora de idoso
doente, fragilizado do ...
Original
115
QPFC
Whoque-
breve
UFSC
Dr
Doda (2)
Ac
-
4
4
TCE
Os idosos e os constrangimentos nos
eventos das intercorrências
cirúrgicas
Original
Ent
Discursos
UFPR
Dr
Mstda (2)
Enf
-
4
4
TCE
Características de idosos com
doença de Alzheimer e seus
cuidadores: uma ...
Original
36
UFRGS
PUCS
Ms
Dr
Ac.
-
3
3
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
139
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
TCE
Necessidade de educação em saúde
dos cuidadores de pessoas idosas ...
Original
6
Ent dos
Conte
údo
UFSC
UNISUL
Drda
Dr (2)
Enf
Acad
1
5
6
TCE
Ensino sobre idoso e gerontologia:
visão do ...
Original
55
Ent
Temáti
ca est
UFTM
Dr (2)
Enf (2)
-
4
4
TCE
O processo de viver nos filmes:
velhice sexualidade memo em capa
Reflexão
UCB
UNB
FLS
Ms enf
Drª (2)
-
3
3
TCE
A produção da pés. Hist. Vinculado
aos prog. De pós- g no BR
Original
126
Dad
Secur
Conte
údo
UFSC
Dr (2)
Ms (3)
-
5
5
TCE
A arte de cuidar do ido: gerontologia
sobre profissão?
Reflexão
TCE
O CS em Portugal e o cuidado ao
idoso no contexto domiciliar...
Original
3
Ent dos
Portugal
Drda
Dr
-
2
2
TCE
Vivendo após a morte de amigos:
hist. Oral de idosos
Original
15
HOTem
Dos
Conte
údo
UFBA
Ms
Mstdo
Dr
Drtdo
-
4
4
TCE
Política nacional de atenção ao idoso
e a contribuição da enf.
Reflexão
USP
UFPEL
Dr (3)
Drda
-
4
4
TCE
Perfi de
idoso hospitalizado e e nível
de dependências de cuidado de enf
...
Original
150
Ex clinico pront
Est
UERJ
Ms
Dr
-
2
2
TCE
Como tornar
-
se ido: um modelo de
cuidar em enf. Gerontologia
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
140
ANO
NOME DO PERIÓDIC
O
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
TCE
Tendências das pesquisas de
enfermagem em SM no período de
2001 a 2005
Original
960
Formulário
Est
CFSC
-
3
3
TC
E
Incapacidade funcional entre idoso
residente em um município do int
...
Original
2924
Ent.
Est
Epi-info
UFTM
Dr (4)
Ms (2)
2
4
6
TCE
Programas para idoso
independente: um estudo sobre
seus egressos e ...
Original
306
Est
RGE
Caract
erística sociodemográfico dos
idosos de uma comunidade de Poa.
Original
220
VD
Est
UFRS
Ms
Drª
-
2
2
RGE
Depressão em idade uma ILP:
proposta de ação em enf.
Original
41
FURG
Enf
Drª enf
-
4
4
RGE
A compreensão da terapêutica
medicamentosa pelo idoso
Original
45
UFPR
Enf
Drª enf
-
2
2
RGE
Capacidade funcional e morbidades
referidos de idoso em uma ...
Original
86
OARS
Est
UNOPAR
USP
Ms
Drª enf
Dr
2
2
4
RGE
Relacionamento de amizade na inst.
asilar
Original
15
Ent
obs
Conteúdo
FTC
UNEB
UFBA
Ms
Mstd
Esp
-
5
5
REBER
A educação côo meio para vencer
desafios impostos aos idosos
Reflexão
UFRS
Enf Drda
-
1
1
REBER
Idoso com sarcopenia: uma
abordagem do cuidado de enf
Revisão
PUC/RS
Enf Drda
-
1
1
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
141
ANO
NOME DO PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO
CATEGORIA DO ART (RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
M
N
REBER
Refletindo sobre idoso
institucionalizado
Pesq
Ent
Cont
URI
Acd
Enf Ms
Enf Ms
1
2
3
REBER
O gênero invisível da 3ª idade no
saber da enf
Pesq rev
UFRJ
Enf drª
Ms
-
2
2
REBER
Identificando os fatores
relacionados ao diagnóstico de enf.
, risco de ...
pesq
51
Check list
est
MARÍLIA
(2) Enf
Drtdo
acad
-
4
4
REBER
Indicadores de gênero da
assistência de enfermagem a
mulheres
Pesquisa
14
Ent
UFBA
Enf
Drº
AC
-
2
2
REBER
PSF: perfil de idoso assit. Por uma
equipe
Pesquisa
75
Ent.
Ava.
Est
UFG
Mstd
Drª
-
2
2
REBER
Nível de dependên
cia de idoso e
cuidados no ambito familiar
Pesquisa
12
Ídice Katz
Ent
Conteúdo
PUC/RS
UFRS
Enf
(2) enf Ms
-
3
3
REBER
QV e severidade da doença em
idosos renais crônicos
Pesquisa
100
Whoqd
-
breve irct
Est
UNICAMPI
Enf Ms
(2) enf D
-
3
3
REBER
A centralidade da família como
recurso no cuidado dom: persp
gen...
Autor conv
GF
Poc
-
fem
ESPAÑ
CANADA
Drº
Drª
1
1
2
REBER
Cuidando de ido com demência: um
estudo a partir da prat. Amb. Enf
Pesquisa
ELG
ESTÁCIO
UERJ
AMS
Drª
-
3
3
REBER
Assist. de enf. A idoso que que
realizam cteterísmo cardíaco: uma
proposta ...
Pesquisa
19
ent
HOSP
Esp
Drª
-
2
2
Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
142
ANO
NOME DO
PERIÓDICO
TÍTULO/OBJETIVO CATEGORIA DO ART
(RT)
CARACTERÍSTICAS
METODOLÓGICAS
AUTORES
3
4
5
6
7
Ql
Qt
Amo
Col
Ana
INST
TIT
H
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N
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Comunicação ti
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frente ao processo de dor
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Correlação entre resistência,
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As diferenças de gênero na velhice
Pesquisa
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categoria
UFPI
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Legenda:
ART: artigo Amo: amostra TIT: titulação
RT: referencial teórico Col: coleta H: homem
Ql: qualitativa Ana: análise M: mulher
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