Download PDF
ads:
0
LUCIANA GONÇALVES WANDERLEY
ESTUDO EM RATOS JOVENS CONSUMINDO ALIMENTOS
NORDESTINOS ADICIONADOS COM SUPLEMENTO
PROTÉICO E SUBMETIDOS AO EXERCIO FÍSICO
RECIFE
2008
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
i
LUCIANA GONÇALVES WANDERLEY
ESTUDO EM RATOS JOVENS CONSUMINDO ALIMENTOS
NORDESTINOS ADICIONADOS COM SUPLEMENTO
PROTÉICO E SUBMETIDOS AO EXERCÍCIO FÍSICO
Tese apresentada ao Colegiado do Programa
de Pós-Graduação em Nutrição do Centro de
Ciências da Saúde da Universidade Federal
de Pernambuco para a obtenção do grau de
Doutor em Nutrição”.
ORIENTADORA: Prof
a
Dr
a
Francisca Martins Bion
Professora Associada I do Departamento de Nutrição da UFPE
Doutora em Cncias dos Alimentos pela Universidade de São Paulo
ads:
Wanderley, Luciana Gonçalves
Estudo em ratos jovens consumindo alimento
s
nordestinos adicionados com suplemento protéico
e
submetidos ao exercício físico / Luciana Gonçalve
s
W
anderley. – Recife : O Autor, 2008.
xi, 94 folhas ; il., fig., tab.
Tese (doutorado) Universidade Federal de
Pernambuco. CCS. Nutrição, 2008.
Inclui bibliografia e anexo.
1. Suplementação nutricional – Exercício físico.
Título.
613.25 CDU (2.ed.) UFPE
612.398 CDD (22.ed.) CCS2008-083
ii
tulo: Estudo Em Ratos Jovens Consumindo Alimentos Nordestinos
Adicionados Com Suplemento Protéico e Submetidos Ao Exercício Físico
Luciana Gonçalves Wanderley
Tese aprovada em: 20 de junho de 2008
Banca Examinadora:
Recife
Recife
2008
iii
"O ser humano vivencia em si mesmo, seus
pensamentos, como algo separado do resto do universo numa
espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é um
tipo de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais,
conceitos e ao afeto apenas pelas pessoas mais próximas. Nossa
principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão ampliando
nosso rculo de compaixão para que ele abranja todos os seres
vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém consegui
atingir completamente este objetivo, mas, lutar pela sua
realização já é, por si, parte de nossa liberação e o alicerce de
nossa segurança interior."
Albert Einstein
iv
DEDICATÓRIA
Ao meu filho Lucas que, mesmo com pouca idade, se mostrou um grande
companheiro, compreendendo minhas ausências e se preocupando sempre com meu bem-estar.
À minha mãe (in memorian), Maria das Graças, que tinha no seu nome, “Gracinha”, a
tradução de sua pessoa, cheia de vida, contemplada com a graça de fazer o bem, agregar
pessoas e fazer sorrir com seu jeito divertido de ser.
A minha orientadora Francisca Martins Bion, uma grande mulher, mestra, parceira e
amiga, exemplo a ser seguido. Ademais, merecedora da minha mais profunda gratidão.
v
AGRADECIMENTOS
Ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição, que viabilizou a realização deste projeto.
Aos professores, funcionários e técnicos do Departamento de Nutrição da UFPE, que
possibilitaram a realização de todas as tarefas, cada qual com sua parcela de contribuição.
À Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS, que reconheceu a necessidade de prosseguir com
a minha formação acadêmica, evidenciando sua valorização ao profissional que busca se
atualizar, em especial aos gerentes Carlos Roberto Kohler, Suzana Schirmer Cunha Campos,
Maria Fernanda Pires Barbosa e Maria Goretti de França Lima.
A minha irmã Renata que inúmeras vezes me ajudou nas tarefas diárias e cuidou do meu filho
como uma grande mãe.
A José Paulino, França e Norma pelo cuidado especial com os animais utilizados no
experimento, pessoas pelas quais tenho um carinho especial e profundo respeito.
A Neci, sempre atenta às ações exigidas pela pós-graduação, me lembrando de meus deveres e
ajudando no que eu precisava.
A todos os meus amigos e familiares que torceram e sentiram comigo em cada etapa vencida.
vi
SUMÁRIO
I. APRESENTAÇÃO 1
II. JUSTIFICATIVA 3
III. OBJETIVOS 4
GERAL 4
ESPECÍFICOS 4
IV. REVISÃO DA LITERATURA 5
RESUMO 7
INTRODUÇÃO 8
SUPLEMENTO NUTRICIONAL 9
PROPOSTAS DE DISTRIBUIÇÃO PROTÉICA 12
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS PARA GANHO DE MASSA MAGRA 14
CONCLUSÕES 22
ABSTRACT 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
V. ARTIGO ORIGINAL 34
ABSTRACT 36
INTRODUCTION 36
MATERIALS AND METHODS 38
RESULTS 42
DISCUSSION 44
vii
CONCLUSIONS 49
LITERATURE CITED 50
VI. CONCLUSÕES 60
VII. RECOMENDAÇÕES 61
VIII. PERSPECTIVAS 62
ANEXOS 63
ANEXO A - RECIBO DE ENVIO DO ARTIGO DE REVIO 63
ANEXO B - RECIBO DE ENVIO DO ARTIGO ORIGINAL 64
ANEXO C- VERSÃO EM PORTUGUÊS DO ARTIGO ORIGINAL 65
RESUMO 66
ABSTRACT 67
INTRODUÇÃO 68
METODOLOGIA 70
RESULTADOS 74
DISCUSSÃO 77
CONCLUSÕES 84
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 85
viii
LISTA DE TABELAS
TABELA I: CARACTERÍSTICAS DA UTILIZAÇÃO DE AMINOÁCIDOS E
SUPLEMENTOS PROTÉICOS PARA A MODIFICAÇÃO DA
COMPOSIÇÃO CORPORAL, SEGUNDO ALGUNS AUTORES............. 20
TABEL 1: CHEMICAL COMPOSITION OF THE DIETS (g.kg
-1
)..................................57
TABEL 2: FOOD, PROTEIN AND CALORIC INTAKE OF THE GROUPS STUDIED 58
TABEL 3: SERUM PARAMETERS .................................................................................. 59
TABELA 1: COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS DIETAS (g.kg
-1
)........................................ 92
TABELA 2: INGESTÃO ALIMENTAR, PROTÉICA E CALÓRICA ............................. 93
TABELA 3: PARÂMETROS SÉRICOS............................................................................. 94
ix
LISTA DE FIGURAS
FIGURE 1: EXPERIMENTAL SCHEMA........................................................................54
FIGURE 2: WEIGHT BEHAVIOR OF THE ANIMALS AT THE END OF EACH
PERIOD (WEEK) ...............................................................................................................55
FIGURE 3: WEIGHT GAIN AND FAT PERCENTAGE IN ANIMALS WITH
DIFFERENT LEVELS OF WHEY PROTEIN SUPPLEMENTATION AND PHYSICAL
EXERCISE..........................................................................................................................56
FIGURA 1: ESQUEMA EXPERIMENTAL.....................................................................89
FIGURA 2: COMPORTAMENTO PONDERAL DOS ANIMAIS EM CADA FIM DE
PERÍODO (SEMANAL) ....................................................................................................90
FIGURA 3: GANHO DE PESO E PERCENTUAL DE GORDURA DE ANIMAIS
SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS DE SUPLEMENTAÇÃO COM WHEY
PROTEIN E DE EXERCÍCIO FÍSICO.............................................................................91
x
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo: estudar, em ratos jovens, os efeitos da ingestão de Nutri
Whey Protein® sobre alguns metabólitos e na composição corporal dos animais, como também
em substituição à protna convencional. A dissertação inclui dois artigos: um de revisão da
literatura e outro original. O primeiro, composto por uma revisão sistemática da literatura, em
periódicos especializados impressos e eletrônicos, onde identificou-se que é idéia corrente
entre os praticantes de exercíciosicos que é necessário consumir mais nutrientes do que o
recomendado sendo destacado o consumo do whey protein. No segundo artigo, 108 ratos,
com 60 dias de idade foram alimentados com três dietas: padrão (com 17% de proteínas) e
suplementadas com 5 e 10% de whey protein (ambas com 22% de protnas); e submetidos ou
não ao exercício (sedentários, natação sem e com carga), divididos em nove grupos (n=12): S,
sedentário-dieta padrão; E, exercitado-dieta padrão; EC, exercitado com carga-dieta padrão;
S-5, sedentário-dieta suplementada com 5% de whey protein; E-5, exercitado-dieta
suplementada com 5% de whey protein; EC-5, exercitado com carga-dieta suplementada com
5% de whey protein; S-10, sedentário-dieta suplementada com 10% de whey protein; E-10,
exercitado-dieta suplementada com 10% de whey protein; EC-10, exercitado com carga-dieta
suplementada com 10% de whey protein. Determinou-se: ganho de peso, ingestão alimentar,
gordura da carcaça, uréia, creatinina, alanina (ALT) e aspartato aminotransferase (AST).
Resultados: Tanto o exercício quanto a suplementação promoveram aumento significativo no
consumo alimentar sendo mais pronunciado nos grupos exercitados com carga. Houve
alteração nos pesos dos exercitados com carga (EC, EC5 e EC10), que se apresentaram
significativamente menores que os demais grupos. Ocorreu interação entre a dieta e o exercício
no sentido de diminuão no ganho de peso. No caso da gordura coporal os grupos E, E5 e
E10, apresentaram aumento significativo, independentemente da dieta consumida. EC5 e EC10
apresentaram uma elevação significativa na concentração sérica da uréia (U) quando
comparados ao grupo S, onde exercício e dieta interferiram significativamente no aumento da
uréia. Quanto à creatinina (CR) foi verificado que as dietas suplementadas (5% e 10%)
promoveram aumento significativo neste metabólito, independentemente da intensidade do
exercício executado. A AST apresentou aumento significativo em todos os grupos submetidos
ao exercício com carga (EC, EC5 e EC10), intensificado pela suplementação de 10% do whey
protein. No caso da ALT, o comportamento em relação ao exercício físico foi semelhante nas
três dietas, verificando-se aumento significativo nos grupos exercitados com carga (EC, EC5 e
EC10) em comparação aos demais. Os resultados levam a concluir que: é de suma
importância, para praticantes de atividades físicas, a ingestão de uma alimentação adequada;
faz-se necessária a revisão do conceito de suplementos, como também alertar sobre os que
apresentam risco ou ineficiência, devendo-se respeitar uma ingestão até 2,0g de proteína/kg de
peso corporal/dia. É imprescindível a fiscalização, regulação da comercialização e publicidade
dos suplementos pelo Ministério da Saúde, bem como a intervenção do nutricionista na
prescrição e acompanhamento do seu uso. O whey protein foi pouco efetivo na melhoria da
composição corporal, sendo contra-indicado para sedentários. Quanto aos parâmetros
bioquímicos, tanto a suplementação quanto o exercício podem ter promovido um desequilíbrio
no metabolismo, podendo causar danos à saúde.
Palavras-chave: protna, whey protein, suplementação, suplementos protéicos, exercício
físico, ratos.
xi
ABSTRACT
The aim of the present study was to investigate the effects of the ingestion of Nutri Whey
Protein® by young rats on metabolites and body composition as well as it substitution for
conventional protein. The dissertation included two articles: a literature review and an original
article. The systematic literature review in specialized print and electronic periodicals identified
the current notion among exercise practitioners that it is necessary to consume more than the
recommended amount of nutrients, with particular emphasis on the intake of whey protein. In
the second article, 108 rats aged 60 days were fed three diets: standard (17% protein),
supplemented with 5% whey protein and supplemented with 10% whey protein (both
supplemented diets contained 22% protein). The rats were either submitted to exercise or not
(sedentary, swimming with and without load) and divided into nine groups (n=12): S,
sedentary-standard diet; E, exercised-standard diet; EL, exercised with load-standard diet; S-5,
sedentary-diet supplemented with 5% whey protein; E-5, exercised-diet supplemented with 5%
whey protein; EL-5, exercised with load-diet supplemented with 5% whey protein; S-10,
sedentary-diet supplemented with 10% whey protein; E-10, exercised-diet supplemented with
10% whey protein; EL-10, exercised with load-diet supplemented with 10% whey protein. The
following factors were determined: weight gain, food intake, carcass fat, urea, creatinine,
alanine (ALT) and aspartate aminotransferase (AST). Results: Both exercise and protein
supplementation promoted a significant increase in food intake, which was more pronounced in
the groups exercised with load. There was a change in weight in the groups exercised with
load (EL, EL5 and EL10), which had significantly lower weight than the remaining groups.
There was an interaction between diet and exercise with regard to reduced weight gain. The E,
E5 and E10 groups exhibited a significant increase in body fat regardless of the diet consumed.
EC5 and EC10 exhibited a significant increase in urea blood levels when compared to the
sedentary groups, such that exercise and diet had a significant affect on the increase in urea.
The supplemented diets (5% and 10%) promoted a significant increase in creatinine levels
regardless of the intensity of exercise. AST underwent a significant increase in all groups
submitted to exercise with load (EL, EL5 and EL10) and was intensified by the
supplementation of 10% whey protein. The behavior of ALT in relation to physical exercise
was similar in the three diets, with a significant increase in the groups exercised with load (EL,
EL5 and EL10) in comparison to the other groups. The results lead to the following
conclusions: the ingestion of an adequate diet is of summary importance to practitioners of
physical activities; a revision of the concept of supplements is necessary; it is also necessary to
alert the public as to diets that present risks or are inefficient, respecting an intake of up to
2.0g /kg of body weight/day. The monitoring and regulation of the commercialization and
publicity of supplements by the Health Ministry is fundamental, as is the involvement of
nutritionists in the prescription and follow-up of supplement use. Whey protein proved to have
little effect on the improvement body composition and is contraindicated for sedentary
individuals. Regarding biochemical parameters, both supplementation and exercise may have
promoted an imbalance in the metabolism, which could be harmful to health.
Keywords: protein, whey protein, supplementation, protein supplements, physical exercise,
rats.
1
I. APRESENTAÇÃO
O uso de suplementos é altamente disseminado na população em geral, principalmente
dentre os praticantes de exercício físico. Muito contribui para este consumo o fato de que,
diariamente, novos produtos são colocados no mercado, com uma nova promessa de aumentar a
massa muscular, queimar o excesso de gordura corporal ou aumentar o desempenho. O que é
muito estimulado pela ausência de recomendações nutricionais específicas para pessoas que
praticam exercícios.
Por outro lado, a crescente valorização do físico, enfatizada pelos meios de comunicação
de massa, indicando como modelo ideal de corpo e de masculinidade aquele inflado desculos,
pode estar contribuindo para que um número crescente de jovens consuma mais suplementos
nutricionais ou de outro tipo, na intenção de rapidamente desenvolver a massa muscular e alcançar
o “corpo ideal”, nesta busca pela perfeição sica deixam de considerar os danos à saúde que esta
prática pode acarretar. Nos últimos tempos tem assumido grande destaque o consumo de
suplementos nutricionais sob a forma de aminoácidos e isolados protéicos (whey protein).
Deste modo este trabalho foi dividido em duas etapas, correspondendo a dois artigos
científicos: revisão da literatura e artigo original. A primeira etapa, revisão sistemática da
literatura, foi realizado em periódicos especializados impressos e eletnicos. Na segunda etapa
investigou-se a efetividade da suplementação com o “Nutri Whey Protein®, na melhoria da
composão corporal e sua interferência em alguns parâmetros bioquímicos sobre duas distintas
maneiras; adicionados à dieta convencional e substituindo parte da proteína convencional pelo
whey protein.
2
Os artigos foram elaborados com base nas exigências das revistas às quais foram
submetidos e se apresentam no idioma nativo e, no caso do segundo artigo, também em inglês,
língua do periódico no qual será publicado.
3
II. JUSTIFICATIVA
O número de adolescentes e adultos envolvidos em práticas de atividades físicas vem
aumentando, consumidores em potencial dos suplementos nutricionais, colocados à venda em
número sempre crescente, com base em alegações aparentemente benéficas: aumento da massa
muscular, queima da gordura corporal, melhoria da performance, etc.
Não obstante a adição de suplementos nutricionais protéicos à dieta daqueles que fazer
exercícios sicos, adolescentes e adultos, constituir atualmente um procedimento largamente
utilizado, são ainda escassas as informações acerca de vários aspectos envolvidos na adoção desta
prática: eficácia do suplemento, adequação das dosagens, possíveis danos à saúde, dentre outros.
A falta de consenso e as controvérsias acerca dos possíveis benefícios decorrentes da
ingestão de suplementos protéicos pelo praticante de exercíciosico justificam a realização de
pesquisas que possam contribuir para esclarecer aspectos ainda pouco discutidos e/ou elucidados.
Assim, considera-se relevante e pertinente estudar, em ratos jovens, os efeitos da ingestão
de suplemento nutricional protéico e seu papel na prática de natação.
4
III. OBJETIVOS
GERAL
Investigar, em ratos jovens praticantes de exercício físico (natação), a influência da
ingestão de alimentos nordestinos adicionados de suplemento protéico.
ESPECÍFICOS
Estudar, em ratos jovens, os efeitos da ingestão de Nutri Whey Protein
Detectar a possível ocorrência de modificações na composição corporal dos animais
Identificar os efeitos metabólicos desencadeados pela ingestão desse suplemento
Comparar as proporções do suplemento Nutri Whey Protein a serem adicionadas à
mistura alimentar.
5
IV. REVISÃO DA LITERATURA
Trabalho enviado para a Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, em 30/05/2007.
Encontra-se na segunda revisão (27/12/07), aguardando aceitação para a publicação.
6
SUPLEMENTAÇÃO NUTRICIONAL PARA MELHORAR A MASSA MAGRA DE
PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO: O QUE É MAIS EFETIVO?
Luciana Gonçalves Wanderley
1
*; Francisca Martins Bion
2
1
Doutoranda em Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco, Nutricionista da Petrobras -
Petróleo Brasileiro S.A.
2
Doutora em Cncias dos Alimentos pela Universidade de São Paulo USP, Professora Adjunta
IV do Departamento de Nutrição, Centro de Ciências da Saúde – Universidade Federal de
Pernambuco.
20
RESUMO
Objetivo: investigar os efeitos da suplementação nutricional na melhoria da composição corporal
e suas implicações na saúde. Metodologia: revisão sistemática da literatura em periódicos
especializados impressos e eletrônicos. Resultados: Peso e gordura corporal abaixo dos veis
mínimos acarretam distúrbios, como perda de massa muscular e óssea, aumento do risco de fadiga
e disfunção sexual. Isto pode levar a conclusões equivocadas, de que é necessário consumir mais
nutrientes do que o recomendado, e à busca de suplementos para ganho de massa muscular, ainda
relativamente pouco estudados e com segurança de uso questionada. Dentre os suplementos
destacam-se os nutricionais, como: minerais, aminoácidos e whey protein. Conclusão: é de suma
importância, para praticantes de atividades físicas, a ingestão de uma alimentação adequada; sendo
necessária a revisão do conceito de suplementos, como também alertar sobre os que apresentam
risco ou ineficiência, devendo-se respeitar uma ingestão até 2,0g de proteína/kg de peso corporal
por dia. É imprescindível a fiscalização, regulação da comercialização e publicidade dos
suplementos pelo Ministério da Saúde.
Unitermos: whey protein, suplementação, suplementos protéicos, protnas, atividade física.
8
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, tem se acentuado o interesse pelos estudos sobre a nutrição adequada à
prática desportiva, ressaltando a importância da alimentação e do exercíciosico na manutenção
de níveis adequados de saúde física e psíquica. Concomitantemente, as modificações sociais
decorrentes da expansão dos meios de comunicação têm enfatizado o culto à forma sica, à boa
aparência, à preservação da saúde, o que contribui para um maior interesse e atenção acerca do
assunto (WOLFE, 2000; IRIART; ANDRADE, 2002; CARVALHO et al., 2003).
Segundo o American College of Sports Medicine (2000), a dieta consumida pelos
praticantes de exercíciosico reflete diretamente na saúde, no peso e na composição corporal.
Peso e gordura corporal abaixo dos níveis mínimos adequados levam a distúrbios de saúde, além
da perda de massa muscular, diminuão da densidade óssea, aumento do risco de fadiga e
disfunção sexual. É assim evidente que a adequação das necessidades energéticas constitui uma
prioridade nutricional importante para os que praticam exercícios físicos.
No entanto, esta afirmação pode levar a conclusões equivocadas, por parte de leigos,
como, por exemplo, que é necessário consumir mais nutrientes do que o recomendado, fato
confirmado pela tendência cada vez mais comum, dentre os praticantes de exercíciosico, de
utilizar substâncias ou nutrientes, os chamados “suplementos ou auxílios ergogênicos, com o
objetivo de “reforçar as condições orgânicas, melhorar a forma física e, conseqüentemente, a
performance” (BURKE; READ, 1993; GOMES; TIRAPEGUI, 2000; MENDES; TIRAPEGUI,
2002; CARVALHO et al., 2003; DUARTE et al., 2007).
Dentre os suplementos nutricionais, apenas as vitaminas e os minerais são considerados
controlados (CLARKSON; COLEMAN; ROSEMBLOOM, 2002). Quanto aos suplementos
protéicos, quando utilizados conforme a indicação do fabricante são aparentemente seguros,
9
faltando esclarecer aspectos relativos ao uso de Aminoácidos de Cadeia Ramificada (BCAA)
(ROGERO; TIRAPEGUI, 2007) e do whey protein, que vêm sendo destacados como compostos
importantes no ganho de massa magra (TIPTON et al., 1999; SHIMOMURA et al., 2004;
GLEESON, 2005; SHIMOMURA et al., 2006).
Este trabalho apresenta uma revisão sistemática abordando a evolução dos conhecimentos
sobre o tema, adotando a metodologia de busca documental no Pubmed, Bireme: Medline, Lilacs,
Scielo; Periódicos Capes e periódicos físicos nas bibliotecas especializadas, com o objetivo de
elucidar dúvidas, facilitar a tomada de decisões por parte do nutricionista e subsidiar informações
àqueles que buscam conhecer o assunto.
SUPLEMENTO NUTRICIONAL
Entende-se por suplemento nutricional os produtos destinados a suplementar a dieta com a
finalidade de melhorar a saúde, os quais não se apresentam como alimentos convencionais eo
constituem um item dessa dieta. São considerados suplementos nutricionais: as vitaminas, os
minerais, os aminoácidos, as protnas, bem como ervas ou outros vegetais (HALTED, 2000).
São comercializados sob forma de pílulas, cápsulas, tabletes, pós ou líquidos rotulados como
suplementos dietéticos” (DSHEA, 1994). Nos Estados Unidos, além dos produtos descritos, são
considerados e comercializados como suplementos nutricionais: drogas novas aprovadas,
antibióticos ou produtos biológicos licenciados e medicamentos antes da aprovação (DSHEA,
1994).
Estes produtos são difíceis de classificar, por não haver uniformidade quanto ao fator em
que se deve basear esta classificação. Alguns os classificam considerando seu principal nutriente
10
(carboidratos, proteínas, multivitamínicos, etc.) (BUCCI, 1994); outros, de acordo com a função
exercida (repositores energéticos, anticatabólicos, etc.) (GRAHAN; RUSH; VAN SOEREN,
1994).
Burke e Read (1993) proem uma divisão em duas grandes categorias: suplementos
dietéticos e auxílios ergogênicos. No primeiro caso, o composto deve conter os nutrientes em
quantidades similares àquelas encontradas nos alimentos e atender as recomendações drias.
Portanto, deve complementar a dieta, para satisfazer as necessidades fisiológicas e nutricionais
decorrentes da prática do exercício, podendo ou não melhorar a performance. Ainda deve ser de
fácil ingestão, particularmente durante a prática de exercícios ou durante as competições.
No grupo de auxílios ergogênicos estão incluídos os produtos que melhoram a
performance e não são enquadrados como suplementos (BURKE; READ, 1993).
No Brasil, a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, através da portaria
no 222, de 24 de março de 1998, classifica esses produtos como: repositores eletroticos,
alimentos protéicos, alimentos compensadores, entre outros; no entanto, não especifica claramente
suas funções (BRASIL, 1998).
O uso de suplementos é altamente disseminado na população em geral, atingindo cerca de
35 a 40% (DUARTE et al., 2007). Entretanto, Maughan e Burke (2004) afirmam que
aproximadamente 50% dos atletas consomem suplementos, fato que se intensifica em relação ao
fisiculturismo, em que os praticantes, em sua quase totalidade, os utilizam. Foram catalogados 624
diferentes produtos, destinados unicamente ao consumo de fisiculturistas (GRUNEWALD;
BALLEY, 1993).
Muito contribui para o aumento deste consumo o fato de que, “diariamente, novos
produtos são colocados no mercado, com uma nova promessa de aumentar a massa muscular,
11
queimar o excesso de gordura corporal ou aumentar o desempenho” (CLARKSON; COLEMAN;
ROSEMBLOOM, 2002). Contribuem também para este aumento do consumo a ausência de
recomendações nutricionais específicas para pessoas que praticam exercícios (BURKE; READ,
1993; CARVALHO et al., 2003), bem como a motivação individual para melhorar a performance
em treinamento ou competição (BURKE; GOLLAN; READ, 1991; CARVALHO et al., 2003),
característica também observada em indiduos não atletas (SHORT, 1994; CARVALHO et al.,
2003), assim como a pressão do grupo social, independente de o indiduo ser atleta ou não
(BURKE; READ, 1993; APPLEGATE; GRIVETTI, 1997).
Do mesmo modo, a crescente valorização dosico, enfatizada pelos meios de
comunicação de massa, indicando como modelo ideal de corpo e de masculinidade aquele inflado
de músculos, pode estar contribuindo para que um número crescente de jovens consuma mais
suplementos nutricionais ou de outro tipo, na intenção de rapidamente desenvolver a massa
muscular e alcançar o “corpo ideal”, sem considerar os efeitos colaterais que esta prática pode
acarretar (WOLFE, 2000; IRIART; ANDRADE; 2002; CARVALHO et al., 2003; DUARTE et
al., 2007). Vale ressaltar que esta prática acarreta um grande risco, decorrente da ingestão de
doses extremamente elevadas, ultrapassando as necessidades dietéticas normais, conforme as
evidências demonstram em relação a boa parte dos desportistas (BURKE; READ, 1993; BURKE;
DESBOROW; MINEHAN, 2000; CARVALHO et al., 2003; DUARTE et al., 2007).
Têm assumido grande destaque no consumo de suplementos nutricionais os aminoácidos e
isolados protéicos (whey protein), que constituem um outro tipo de suplementação com posição
de destaque no marketing da nutrição esportiva, devido à qualidade de seus constituintes.
Estudos recentes demonstraram a capacidade dos isolados protéicos ou misturas de
aminoácidos com composição semelhante à do whey protein em desenvolver um corpo saudável
12
(CROSS; GILL, 2000; SHAH, 2000),ntese protéica muscular, melhor perfil de lidios
plasmáticos (ALJAWAD; FRYER; FRYER, 1991), entre outros efeitos benéficos (HÁ; ZEMEL,
2003).
Na análise relativa à utilização de um suplemento, alguns aspectos devem ser
considerados: quantidade a ser ingerida, horário de administração, finalidade e segurança para a
saúde (MAUGHAN; BURKE, 2004). Como os suplementos são muito variados e pouco
controlados, faz-se necessário considerar outros fatores para garantir mais segurança no que
concerne à escolha daqueles que vão ser ingeridos. A Sociedade Brasileira de Medicina do
Esporte determina que um suplemento só pode ser considerado de uso seguro se atender os
seguintes requisitos: nenhum de seus ingredientes apresentar risco significativo ou razoável de
provocar doença ou lesão sob as condições-padrão de uso; seus ingredientes não constituírem
perigo, em se tratando de uso esporádico, quando não há registro a este respeito, no rótulo; não
conter nenhum novo ingrediente para o qual não exista informação suficiente, garantindo sua
segurança; ser liberado, pelo órgão responsável, como produto que não representa risco para a
saúde pública (CARVALHO et al., 2003).
PROPOSTAS DE DISTRIBUIÇÃO PROTÉICA
As controvérsias sobre a recomendação protéica adequada para indiduos fisicamente
ativos ainda são numerosas (BURKE; READ, 1993; CARVALHO et al., 2003). Diversos estudos
sugerem faixas variadas de consumo de protnas, enquanto outros enfatizam as implicações, para
a saúde, decorrentes do consumo em excesso (LEMON, 1991; LEMON et al., 1992; WOLFE,
2000; HÁ; ZEMEL, 2003; PHILLIPS, 2004; TARNOPOLSKY, 2004).
13
Recente revisão sobre requerimentos protéicos e suplementação em esportes de endurance
ou de resistência menciona que, nos atletas, há uma otimização do metabolismo protéico
(PHILLIPS, 2004), sendo apenas necessário manter o aporte protéico recomendado para
indiduos normais, 12 a 15% da energia diária (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS
MEDICINE, 2000), ao invés de aumentar a ingestão, ultrapassando a recomendação.
O American College of Sports Medicine, a American Dietetic Association e a Dietitians
of Canada (2000) recomendam a ingestão de 1,2 a 1,4g/kg de peso corporal, por dia, para atletas
de endurance, com o que concordam alguns autores (GONTZEN; ZUTZECI; DUMITRACHE,
1974; LEMON, 1991); e 1,6 a 1,7g/kg de peso corporal, por dia, para atletas de resistência,
conforme afirmam alguns estudiosos (FERN; BEILINSKI; SCHULTZ, 1991; LEMON et al.,
1992). Esta ingestão pode atingir até 2,0g/kg peso corporal/dia, sem riscos à saúde (LEMON,
1997).
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte recomenda 1,2 a 1,6g/kg de peso corporal,
por dia, para atletas de endurance, e 1,4 a 1,8 g/kg de peso corporal, por dia, para atletas de
resistência (CARVALHO et al., 2003).
Tarnopolsky et al. (1992) demonstraram, em indivíduos submetidos a treinamento de
resistência, aumento da síntese protéica com um consumo de protna na proporção de
1,4g/kg/dia, sendo que o consumo anterior era de 0,9g/kg/dia. Numa segunda etapa, o aumento
desta ingestão, para 2,4g/kg/dia, não induziu ganho adicional de massa muscular. Reforçando,
desta forma, a idéia de que a ingestão de protnas, quando em excesso, não constitui fator
determinante do ganho de massa muscular; contudo, pode ser um fator limitante quando oferecida
em quantidades inadequadas ou como parte de uma dieta hipocalórica ou pobre em carboidratos.
É relevante salientar queo ocorrem patologias hepáticas ou renais quando o consumo
14
protéico é inferior a 2,0g/kg/dia (LEMON, 1991), nem o agravamento dessas patologias, quando
já estão instaladas (MAUGHAN, BURKE, 2004). O fato pode ser explicado porque um consumo
elevado de protnas acarreta: maior consumo de colesterol e de gordura saturada, associado ao
aumento da ingestão de produtos de origem animal; maior risco para o indivíduo com história
familiar de problemas hepáticos ou renais; maior chance do aparecimento de gota; ingestão de
uma dieta energeticamente desbalanceada.
O consumo de dietas com mais de 30% de protnas pode provocar alterações no pool de
aminoácidos plasmáticos, por meio de mecanismos de transaminação hepática, reduzindo a
disponibilidade de alguns aminoácidos essenciais para a síntese protéica nosculo esquetico,
comprometendo o trabalho de hipertrofia (GOLDSPINK; GARLICK; NCMURLAN, 1983;
WADDEN et al., 1983). Outro aspecto a observar é que a ingestão de protnas poratletas bem
treinados” deve ser inferior a 2,8g/kg de peso correo/dia, dependendo da necessidade
específica. Ingestões superiores a esta recomendação podem ocasionar prejuízo aos rins (LEMON
et al., 1992; AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2000; CLARKSON;
COLEMAN; ROSEMBLOOM, 2002; TARNOPOLSKY, 2004).
SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS PARA GANHO DE MASSA MAGRA
Vários tipos de suplementos são oferecidos no mercado, para promover ganho de massa
magra, como: minerais; creatina, ribose, aminoácidos e suplementos protéicos.
Em relação aos minerais, ainda não há comprovação, na literatura, sobre seus possíveis
efeitos na composição corporal. Os trabalhos sobre o tema são escassos, muitas dúvidas ainda
persistem. Lukaski (2004) afirma que a ingestão de cromo, sulfato de vanádio e boro exerce efeito
15
positivo no ganho de massa muscular, fato não observado por outros autores (JENNINGS et al.,
1997; KREIDER, 1999; VOLPE et al., 2001). Tem-se dado destaque à ingestão de piruvato de
cálcio, pela sua aparente capacidade de reduzir o peso e a gordura corporal, em indiduos com
sobrepeso, associada à musculação (KOH-BANERJU et al., 2005) e ao exercício aeróbico
(KALMAN, 1998; KALMAN et al., 1999; HÁ; ZEMEL, 2003); a ingestão de 6g/dia promove um
efeito positivo; no entanto, quando aumenta para 10g/dia ocorre elevação dos triglicerídeos e do
LDL e diminuão do HDL (KOH-BANERJU et al., 2005), sem que haja melhoria da composição
corporal, podendo, assim, ocasionar danos à saúde; no caso do cromo, pesquisas revelam melhoria
na composição corporal com o consumo de altas (200 a 400 µg/dia) ou baixas dosagens (17,8
µg/dia), concomitante ouo à prática de exercício físico (KAATS et al., 1996; JENNINGS et
al., 1997; CAMPBELL et al., 1999). Fato não corroborado por estudos mais recentes, como os
de Baylis, Cameron-Smithe, Burke (2001) e Volpe et al. (2001), os quais evidenciaram que a
melhoria na composição corporal foi decorrente da prática do exercício físico e não do consumo
do suplemento.
Outra substância recentemente estudada para verificar sua ação na melhoria da composição
corporal é a ribose (GAMMEREN; FALK; ANTONIO, 2002; KERKSICK et al., 2005). Embora
ainda sejam escassos os trabalhos sobre o tema, esta suplementação parece não ter efeito sobre a
composição corporal. Falk et al. (2003) associaram ribose com creatina e glutamina, durante oito
semanas de treinamento de resistência muscular em 28 homens, verificando um aumento
significativo na força e resistência muscular, redução significativa no peso corporal em termos de
massa magra, inclusive no grupo placebo. Vale ressaltar que a creatina promove aumento de
massa magra (MENDES, 2002); contudo, há dúvidas se este efeito não seria apenas decorrente de
uma maior retenção de água (CLARKSON; RAWSON, 1999; CLARKSON; COLEMAN;
16
ROSEMBLOOM, 2002; MENDES; TIRAPEGUI, 2002).
A proteína é, talvez, a suplementação mais utilizada, atualmente, por pessoas fisicamente
ativas, para ganho de massa magra (APPLEGATE; GRIVETTI, 1997; DUARTE et al., 2007).
Está muito em voga a utilização de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e do whey protein.
(WOLFE, 2000; CLARKSON; COLEMAN; ROSEMBLOOM, 2002; HARAGUCHI; ABREU;
PAULA, 2006; SHIMOMURA et al., 2006; ROGERO; TIRAPEGUI, 2007).
Este entendimento sobre a ação benéfica da suplementação com alguns aminoácidos
suplementos parece justificável face à necessidade de maior consumo em situações de estresse
metabólico, como acontece no exercíciosico; no entanto, ainda é um assunto controvertido. As
modificações orgânicas após esforço agudo ou crônico podem ser moduladas pelo uso de
aminoácidos específicos durante este período (DECOMBAZ, 2004; ROGERO; TIRAPEGUI,
2007).
Este efeito positivo na recuperação e no desenvolvimento muscular pressupõe a ocorrência
concomitante de dois processos: síntese protéica, a partir de aminoácidos e, inversamente,
diminuão da degradação de protnas. No caso do aporte protéico, para otimizar seu efeito é
necessário consumir carboidratos, o que garante um balanço energético positivo e uma ntese
protéica mais eficiente e também potencializa um balanço nitrogenado positivo (WOLFE, 2000;
; ZEMEL, 2003; DECOMBAZ, 2004; ROGERO; TIRAPEGUI, 2007).
Os BCAA (leucina, valina e isoleucina) são relevantes para a manutenção da protna
corporal; além de constituírem fontes de nitrogênio para a síntese de alanina e glutamina, regulam
os processos anabólicos e têm efeitos terapêuticos, uma vez que podem atenuar a perda de massa
magra durante a redução de peso corporal, favorecer o processo de cicatrização, melhorar o
balanço protéico muscular em idosos e propiciar efeitos benéficos no tratamento de patologias
17
hepáticas e renais (ROGERO; TIRAPEGUI, 2007).
A utilização destes aminoácidos na nutrição esportiva baseia-se na premissa de que podem
promover anabolismo protéico muscular, ao mesmo tempo em que diminuem o grau de lesão
induzido pelo exercício físico e promovem o aumento ou manutenção do glicogênio hepático e
muscular (GLEESON, 2005; SHIMOMURA et al., 2006; ROGERO; TIRAPEGUI, 2007).
Estudo divulgado em 2004 constatou que a suplementação de BCAA antes e após o exercício é
efetiva na diminuão das demandas musculares induzidas pelo exercício e na promoção da síntese
protéica (SHIMOMURA et al., 2004). No entanto, outro estudo, em 2005, sobre a relação entre a
atividade física e BCAA, não encontrou evidências científicas suficientes para garantir que esta
suplementação tenha efeito anticatabólico, antes ou após o exercício, ou que possa levar a um
reparo muscular,s-exercício (GLEESON, 2005).
Os BCAA constituem 26% do Whey protein, um produto extrdo normalmente do soro
do leite durante o processo de fabricação do queijo, com alta qualidade protéica e boa proporção
de aminoácidos de cadeia ramificada (SHIMOMURA et al., 2006; ROGERO; TIRAPEGUI,
2007), também apresentam alto teor de cálcio e de peptídeos bioativos do soro (HARAGUCHI;
ABREU; PAULA, 2006). Entre outras funções, promovem a regulação e a iniciação da ntese
protéica muscular (WOLFE, 2000; HÁ; ZEMEL, 2003; SHIMOMURA et al., 2006; ROGERO;
TIRAPEGUI, 2007), a redução da gordura corporal, modulação da adiposidade, melhora do
desempenho físico, apresentando ainda efeito hipotensivo, antioxidante e hipocolesterolêmico
(HARAGUCHI; ABREU; PAULA, 2006).
A composição de aminoácidos do whey protein é semelhante, em quantidade e qualidade,
à da célula muscular, e favorece uma rápida absorção intestinal de seus aminoácidos (CRIBB et
al., 2007), o que constitui um ponto positivo; no entanto, a concentração desses aminoácidos na
18
corrente sangüínea diminui rapidamente, podendo prejudicar a síntese protéica, diferentemente da
caseína, cuja absorção é mais lenta (WOLFE, 2000; HÁ; ZEMEL, 2003).
Ressalta-se, ainda, que uma alimentação contendo whey protein provê um maior balanço
s-prandial de leucina e ganho líquido protéico, em homens jovens e idosos, quando comparado
com uma alimentação com a mesma composição de nitrogênio, proveniente da casna. Contudo,
alguns estudos (COLKER et al., 2000; ANDERSEN et al., 2005; CRIBB, et al., 2007) têm
evidenciado maior ganho de força e/ou massa corporal magra com whey protein, quando
comparados com grupos que receberam carboidratos ou caseína durante o treinamento com
exercício de resistência. Cribb et al. (2007) afirmam que nenhum estudo verificou as adaptações
do músculo esquelético à resposta do treinamento com exercício de resistência e suplementação
com whey protein.
São poucos e controvertidos os estudos a respeito do whey protein, deixando claro o
quanto é importante o aprofundamento das pesquisas neste campo, a fim de possibilitar, à
população praticante de exercícios físicos, em diferentes faixas etárias, um consumo seguro, que
não acarrete danos à saúde.
Na tabela I são especificadas algumas características acerca da utilização de suplementos
protéicos e aminoácidos; verifica-se que os efeitos são diferentes, poder-se-ia considerar até
mesmo controvertidos, conforme os autores, em relação ao tipo de exercício, tipo de suplemento,
dosagem, forma e tempo de utilização. Os suplementos se apresentam sob distintas formas de
administração, variando de pó (COLKER et al., 2000; ANDERSEN et al., 2005), barras
(BROWN, 2004), até soluções (WILLIAMS et al., 2001; TIPTON et al., 2003), sem evidências
consistentes de efetividade.
No caso da proteína, o whey protein tem efeito positivo sobre a composição corporal
19
quando consumido em barras; no entanto, a soja também apresentou o mesmo efeito (BROWN,
2004). Quando associado whey protein à BCAA, também melhorou a massa magra (COLKER et
al., 2000) e sua associação com carboidrato não apresentou melhor efeito (ANDERSEN et al.,
2005) que no seu uso exclusivo, em que já havia melhorado a hipertrofia muscular. Apesar do
exercício predominante ser a musculação, este pode não ser efetivo no estímulo à rápida
diminuão da gordura corporal, que esta modificação da composição depende dos dois
processos, aumento da proteína e diminuão da gordura corporal, podendo ser interessante sua
associação com um trabalho aeróbico.
20
TABELA I: Características da utilização de aminoácidos e suplementos protéicos para a modificação da composição corporal,
segundo alguns autores
Autores Suplemento Grupo estudado Exercício Dosagem Forma de uso Tempo de uso Efeito
ANDERSEN
et al. (2005)
Carboidrato
e proteína
22 homens
saudáveis/não
atletas
23,2 ± 0,6 anos
Musculação
3vezes/semana
Carboidrato (25g
maltodextrina) e 25g
proteína (16,6g whey
protein, 2,8g caseína,
clara de ovo e glutamina,
cada)
dissolvido em ½
litro de água, ingerido
imediatamente após o
treino
98 dias Proteínas:
função mecânica muscular
hipertrofia muscular
Carboidratos:
= função mecânica muscular
= hipertrofia muscular
BROWN et
al. (2004)
Whey
Protein e
soja
27 homens
universitários em
treinamento de
força
20,36 ± 0,34 anos
Musculação 33g por dia 3 barras/dia whey
protein ou soja
56 dias
Ambos: massa magra
Soja: antioxidante
COLKER et
al. (2000)
Whey
Protein ou
associada a
BCAA e
glutamina
16 homens
atletas adultos
33,1 ± 9,0 anos
Musculação
3vezes/semana
1 hora /dia
40g de whey protein ou
adicionada de 3g de
BCAA e 5g de glutamina
Pó 1 vez ao dia 70 dias
Whey Protein só:
= Composição corporal
= performance
Associado:
composição corporal
performance
TIPTON et
al.(2003)
Amincidos
essenciais e
leite
concentrado
3 homens
4 mulheres
26,7 ± 1,0 anos
Exercio de
resistência
30 g/dia 2×15g de aminoácidos
essenciais diluídos em
350ml de água, antes e
após o treino
2 períodos de
24 horas:
a) repouso,
b) exercício e
suplemento
síntese protéica
balanço da proteína muscular
WILLIAMS
et al. (2001)
Aminoácido 6 homens
6 mulheres
não treinados
19 a 41 anos
Musculação
5 dias/semana
Glicose: 0,8g/kg
Aminoácidos: 0,2g/kg
após o treino em dias
alternados
17,1g glutamina, 11g
leucina, 10,3g ácido
aspártico
70 dias
força muscular
CRIBB, et
al. (2007)
whey protein
creatina e
carboidrato
33 homens
fisiculturistas
Exercio de
resistência
1 hora/dia
4 grupos:
whey protein,
creatina e whey
protein
creatina e carboidrato
só carboidrato
1,5g/kg/dia de cada
suplementação para
cada grupo
77 dias
força
hipertrofia nos grupos nos 3
primeiros grupos
Legenda: = permaneceu, diminuiu, aumentou
21
É unânime, atualmente, entre os especialistas em nutrição de indivíduos fisicamente ativos
ou atletas, que a necessidade de maior aporte de nutrientes pode ser suprida pela ingestão de dieta
equilibrada, sem suplementação. Esta deve ser indicada apenas para aqueles que não conseguem
ingerir a quantidade suficiente de nutrientes ou sua alimentação não os contenha, não
conseguindo, assim, suprir suas necessidades. Isto é válido tanto para exercícios de resistência
quanto de endurance, cujos praticantes necessitam de um aporte nutricional adequado. A ingestão
insuficiente de energia e/ou carboidratos implica em consumo de massa muscular (BIGARD,
1996; DECOMBAZ, 2004; PHILLIPS, 2004; TARNOPOLSKY, 2004; ANDERSEN et al.,
2005).
Ao utilizar um suplemento nutricional é necessário observar a forma sob a qual a protna
se apresenta, de que depende o tempo ou período para ser digerida, degradada, hidrolisada,
absorvida, e posteriormente transportada e utilizada pelas células.
A digestão de protnas de “rápida absorção” (whey protein) não é necessariamente
superior à de outro tipo considerada de “absorção lenta”, como a caseína (BOIRIE et al., 1997).
Os autores observaram que, mesmo com a absorção mais rápida dos aminoácidos da whey protein,
seu nível no plasma permaneceu elevado por curtos períodos, fato que pode ser questionado,
considerando que o estudo foi feito em indiduos submetidos a jejum 10 horas antes do
experimento (BOIRIE et al., 1997).
Foi também observado que a concentração de aminoácidos sangüíneos e intracelulares
influi no aumento da síntese protéica (BOHÉ et al., 2003), achado que explica o comportamento
do whey protein no estudo referido (BOIRIE et al., 1997).
No caso de treinamento regular de resistência, a necessidade crescente de protnas
22
decorre da aquisição de maior massa muscular. Neste sentido, considerando a quantidade de
aminoácidos como fator limitante do processo de síntese protéica, entende-se por que o
suprimento inadequado desses nutrientes pode comprometer o crescimento muscular. No entanto,
a ingestão de protnas está, na maioria das vezes, superdimencionada, podendo atingir valores da
ordem de 4,0-6,2g/kg/dia (MAUGHAN; BURKE, 2004), aparentemente um absurdo, uma vez
que não há necessidade de consumir esta quantidade exorbitante (BIGARD, 1996; LEMON, 1997
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2000; PHILLIPS, 2004; TARNOPOLSKY,
2004).
CONCLUSÕES
A ingestão de uma alimentação adequada por indiduos praticantes de atividades físicas,
atletas ou não, é condição sine qua non para a saúde. Os dados coletados neste trabalho
comprovam os acertos de renomadas organizações, que recomendam uma seleção apropriada de
alimentos e líquidos, bem como a escolha correta de suplementos, quando necessários, para
manter uma saúde perfeita e um ótimo desempenho.
Na análise relativa à utilização de um suplemento, alguns aspectos devem ser
considerados: quantidade a ser ingerida, horário de administração, condições específicas do
exercício que se quer otimizar e segurança para a saúde. E, ainda, como os suplementos são muito
variados e pouco controlados, faz-se necessário considerar outros fatores, como
biodisponibilidade e interação entre nutrientes, para garantir mais segurança no que concerne à
escolha daqueles que vão ser ingeridos.
Há necessidade de proceder a uma revisão do conceito e classificação dos suplementos
23
nutricionais, a fim de garantir sua qualidade e adequação ao que se proem. É oportuno alertar
que alguns destes produtos têm princípios ativos contrários aos nutrientes presentes em sua
composão e apresentam limitados ou nenhum efeito fisiogico.
O Ministério da Saúde deve exercer uma efetiva fiscalização dos suplementos oferecidos
no mercado, bem como regular sua comercialização e publicidade.
Devido à necessidade de um maior aporte de nutrientes por parte de indiduos fisicamente
ativos, de modo a não prejudicar a saúde dos que fazem uso de suplementação, principalmente
quando é proveniente de protnas, deve-se respeitar uma ingestão de 1,2 a 2,0g de protna por
kg de peso corporal por dia. É importante ressaltar que a suplementação deverá completar a
ingestão dria apenas quando o consumo de alimentos convencionais não for suficiente para
atingir as necessidades nutricionais.
24
ABSTRACT
SUPPLEMENTATION FOR THE LEAN MASS AMELIORATION IN PHYSICAL
EXERCISE PRACTITIONERS: WHICH ONE IS MORE EFFECTIVE?
Purpose: to investigate the nutritional supplementation effects in the amelioration of the body
composition and its implications on health. Methodology: systematic literary review of specialized
printed and electronic periodicals. Results: Body weight and body fat below minimum levels
leading to disorders, such as the loss of bone mass and muscular mass and the increase in fatigue
risk and sexual dysfunction. This may lead to wrong conclusions that it is necessary to consume
more nutrients than those recommended and the search for supplements in order to gain muscle
mass, still relatively little studied, and with its safety of use being questioned. Among the
supplements, we can point out the nutritional ones, such as minerals, amino acids and whey
protein. Conclusion: it is extremely important for those who practice physical activities the
ingestion of an adequate diet, being necessary to review the concept of supplements, as well as to
warn of those which present some risk or inefficiency, should a daily ingestion of up to 2,0g of
protein/kg be regarded for the body weight. The inspection, trade regulation and advertising of
such supplements from the Health Department is essential. As well as the work of a nutritionist in
the prescription and follow-up of its use.
Keywords: whey protein, supplementation, protein supplements, proteins, physical activity.
25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ALJAWAD, N.S.; FRYER, E.B.; FRYER, H.C. Effects of casein, soy, and whey proteins
and amino acid supplementation on cholesterol metabolism in rats. Journal of Nutritional
Biochemistry, Oxford, v.2, p.150-155, 1991.
2. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. American Dietetic Association and
Dietitians of Canada. Position of the nutrition and athletic performance. Journal of the
American Dietetic Association, Philadelphia, v.100, p.1543-1556, 2000.
3. ANDERSEN, L.L.; TUFEKOVIC, G.; ZEBIS, M.K.; CRAMERI, R.M.; VERLAAN, G.;
KJAER, M.; et al. The effect of resistance training combined with timed ingestion of
protein on muscle strength. Metabolism: Clinical and Experimental, Amsterdam, v.54,
p.151-156, 2005.
4. APPLEGATE, E.A.; GRIVETTI, L.E. Search for the competitive edge: a history of
dietary fads and supplements. The Journal of Nutrition, Philadelphia, v.127, p.S869-873,
1997.
5. BAYLIS, A.; CAMERON-SMITH, D.; BURKE, L.M. Inadvertent dopping trought
supplement use by athletes: assessment and management of the risk in Australia.
International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism, Flórida, v.11,
p.365-383, 2001.
6. BIGARD, A.X. Apport en proteins et masse musculaire. Science and Sports,
Amsterdam, v.11, p.195-204, 1996.
7. BOHÉ, J.; LOW, A.; WOLFE, R.R.; RENNIE, M.J. Human muscle protein synthesis is
modulated by extra cellular, not intramuscular amino acid availability: a dose-response
26
study. The Journal of Physiology, Oxford, v.552, n.1, p.315-324, 2003.
8. BOIRIE, Y.; DANGIN, M.; GACHON, P.; VASSON, M.; MAUBOIS, J.; BEAUFRÈRE,
B. Slow and fast dietary proteins differently modulate of postprandial protein accretion.
Proceedings of the National Academy of Science, Londres, v.94, p.14930-14935, 1997.
9. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria no 222, de 24
de março de 1998. Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de
alimentos para praticantes de atividade física. Brasília, 1998.
10. BROWN, E.C.; DISILVESTRO, R.A.; BABAKNIA, A.; DEVOR, S.T. Soy versus whey
protein bars: effects on exercise training impact on lean body mass and antioxidant status.
Nutrition Journal, v.3, p.22-26, 2004. Dispovel em:
http://nutritionj.com/content/3/1/22 Acesso em: 10 de jan 2006.
11. BUCCI, L.R. Nutritional ergogenic aids. In: WOLINSKY, I.; HICKSON Jr., J.F. (Eds.)
Nutrition in Exercise and Sport. Boca Raton: CRC Press, 1994. v.1, p. 295.
12. BURKE, L.M.; GOLLAN, R.A.; READ, R.S.D. Dietary intakes and food groups of elite
Australian male athletes. Intenational Journal of Sport Nutrition, Champaign, v.1, n.4,
p.378-394, 1991.
13. BURKE, L.M.; READ, R.S.D. Dietary supplements in sports. Sports Medicine, Ipswich,
v.15, p.43-65, 1993.
14. BURKE, L.M; DESBOROW, B.E.; MINEHAN, M. Dietary supplements and nutritional
ergogenic aids In: BURKE, L.; SYDNEY, D. (Ed.) Clinical sports nutrition. 2th ed.
New York: McGraw-Hill, 2000. p.455-528.
27
15. CAMPBELL, W.W.; JOSEPH, L.J.O.; DAVEY, S.L.; CYR-CAMPBELL, D.;
ANDERSON, R.A.; EVANS, W.J. Effects of resistance training and chromium picolinate
on body composition and skeletal muscle in older men. Journal of Applied Physiology,
Bethesda, v.86, n.1, p.29-39, 1999.
16. CARVALHO, T.; RODRIGUES, T.; MEYER, F.; LANCHA JR. A.H.; DE ROSE, E.H.
Modificações dietéticas, reposiçãodrica, suplementos alimentares e drogas:
comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Revista Brasileira de
Médicina do Esporte, São Paulo, v.9, n.2, p.1-13, 2003.
17. CLARKSON, P.; COLEMAN, E.; ROSEMBLOOM, C. Risk dietary supplements. Sports
and Sciences Exch. Roundtable 48. v.13 n.2, 2002. Dispovel em:
http://www.gssiweb.com/reflib/refs/568 Acesso em: 10 jan. 2006.
18. CLARKSON, P.M.; RAWSON, E.S. Nutritional supplements to increase muscle mass.
Critical Reviews in Food Science and Nutrition, Cleveland, v.39, n.4, p.317-328, 1999.
19. COLKER, C.M.; SWAIN, M.A.; FABRUCINI, B.; SHI, Q.; KALMAN, D.S. Effects of
supplemental protein on body composition and muscular strength in healthy athletic male
adults. Current Therapeutic Research, Bridgewater, v.61, n.1, p.19-28, 2000.
20. CRIBB, P.J.; WILLIAMS, A.D.; STATHIS, C.G.; CAREY, M.F.; HAYES, A. Effects of
whey isolate, creatine, and resistance training on muscle hypertrophy. Medicine and
Science in Sports and Exercise, Indianapolis, v.39, n.2, p.298-307, 2007.
21. CROSS, M.L.; GILL, H.S. Immunomodulatory properties of milk. British Journal of
Nutrition, Londres, v.84, p.S81-89, 2000.
22. DECOMBAZ, J. Protéines et acides aminés dans la récupération post-effort. Science and
28
Sports, Amsterdam, v.19, p.228-233, 2004.
23. DSHEA. Dietary supplements health and education act of 1994. Public Law 103-417,
25. October 1994. Codified at 42 USC 287C-11.
24. DUARTE, P.S.F.; ZANINELO, M.O.; PELIZER, L.H.; SANTOS, C.M.; NEIVA, C.M.
Aspectos gerais e indicadores estatísticos sobre consumo de suplementos nutricionais em
academias de ginástica. Nutrição em Pauta, São Paulo, v.15, n.82, p.27-31, 2007.
25. FALK, D.J., HEELAN, K.A.; THYFAULT, J.P.; KOCH, A.J. Effects of effervescent
creatine, ribose, and glutame supplementation on muscular strength, muscular endurance,
and body composition. The Journal Strength Conditioning Research, Storrs, v.17, n.4,
p.818-826, 2003.
26. FERN, E.B.; BIELINSKI, R.N.; SCHULTZ, Y. Effects of exaggerated amino acid and
protein supply in man. Experimentia, v.47, n.2, p.168-172, 1991.
27. GAMMEREN, D.V.; FALK, D.; ANTONIO, J. The effects of four weeks of ribose
supplementation on body composition and exercise performance in healthy, young, male
recreational bodybuilders: a double-blind, placebo-controlled trial. Current Therapeutic
Research, Bridgewater, v.68, n.8, p.486-495, 2002.
28. GLEESON, M. Interrelationship between physical activity and branched-chain amino
acids. Journal of Nutrition, Bethesda, v.135, p.S1591-1595, 2005.
29. GOLDSPINK, D.F.; GARLICK, P.J.; NCMURLAN, M.A. Protein turnover measured in
vivo and in vitro muscle undergoing compensatory growth and subsequent denervetion
atropy. Biochemical Journal, La Jolla, v.210, n.1, p.89-98, 1983.
30. GOMES, M.R.; TIRAPEGUI, J. Relação de alguns suplementos nutricionais e o
29
desempenho físico. Archivos Latinoamericanos de Nutrición, Caracas, v.50, n.4, p.317-
329, 2000.
31. GONTZEN, I.; ZUTZESCU, P.; DUMITRACHE, S. The influence of muscular activity
on the nitrogen balance and on the need of man for protein. Nutrition Reports
International, v.10, p.35-43, 1974.
32. GRAHAN, T.E.; RUSH, J.W.; VAN SOEREN, M.H. Caffeine and exercise: metabolism
and performance. Canadian Journal of Applied Physiology, Ottawa, v.19, n.2, p.111-
138, 1994.
33. GRUNEWALD, K.K.; BALLEY, R.S. Commercially marketed supplements for
bodybuilding athletes. Sports Medicine, Ipswich, v.15, p.90-103, 1993.
34. , E.; ZEMEL, M.B. Functional properties of whey, whey components, and essential
amino acids: mechanisms underlying health benefits for active people. Journal of
Nutritional Biochemistry, Oxford, v.14, p.251-258, 2003.
35. HARAGUCHII, F.K.; ABREU, W.C.; PAULA, H. Proteínas do soro do leite:
composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde
humana. Revista de Nutrição de Campinas, Campinas, v.19, n.4, p. 479-488, 2006.
36. HALTED, C.H. Dietary supplements and the American Journal of Clinical Nutrition.
American Journal of Clinical Nutrition, Philadelphia, v.71, p.399-400, 2000.
37. IRIART, J.; ANDRADE, T.M. Musculação, uso de esteróides anabolizantes e percepção
de risco entre jovens fisiculturistas de um bairro popular de Salvador, Bahia, Brasil.
Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.13, n.3, p.1379-1387, 2002.
38. JENNINGS, D.S.; BREVARD, P.B.; FLOHR, J.A.; GLOECKNER, J.W. Chromium
30
Nicotinate Supplementation: Effect on body composition and strength in female colleigate
athletes participating in off-season training. Journal of American Dietetic Association,
Old Tappan, v.97, n.9, s.1, p.A65, 1997.
39. KAATS, G.R.; BLUM, K.; FISHER, J.A.; ADELMAN, J.A. Effects of chromium
picolinate supplementation on body composition: a randomized, double-masked, placebo-
controlled study. Current Therapeutic Research, Bridgewater, v.57, n.10, p.747-756,
1996.
40. KALMAN, D.; COLKER, C.M.; STARK, R.; MINSCH, A.; WILETS, I.; ANTONIO, J.
Effect of pyruvate supplementation on body composition and mood. Current
Therapeutic Research, Bridgewater, v.59, n.11, p.793-802, 1998.
41. KALMAN, D.; COLKER, C.M.; WOLETS, I.; ROUFS, J.B.; ANTONIO, J. The effects
of pyruvate supplementation on body composition in overweight individuals. Nutrition,
Syracuse, v.15, n.5, p.337-340, 1999.
42. KERKSICK, C.; RASMUSSEN, C.; BOWDEN, R.; LEUTHOLTZ, B.; HARVEY, T.;
EARNEST, C.; GREEENWOOD, M.; ALMADA, A.; KREIDER, R. Effects of ribose
supplementation prior to and during intense exercise on anaerobic capacity and metabolic
markers. International Journal of Sport Nutrition and Exercise Metabolism, Flórida,
v.15, p.653-664, 2005.
43. KOH-BANERJU, P.K.; FERREIRA, M.P.; GREEWOOD, M.; BOWDEN, R.G.;
COWAN, P.N.; LMADA, A.L. et al. Effects of calcium pyruvate supplementation during
training on body composition, exercise capacity, and metabolic responses to exercise.
Nutrition, Syracuse, v.21, p. 312-319, 2005; Dispovel em:
31
http://www.elsevier.com/locate/nut Acasso em: 10 jan. 2006.
44. KREIDER, R.B. Dietary supplements and promotion of muscle growth with resistance
exercise. Sports Medicine, Ipswich, v.27, n.2, p.97-110, 1999
45. LEMON, P.W.R. Protein strengths acid needs of strength athlete. Intenational Journal
of Sport Nutrition, Tallahassee, v.1, p.127-145, 1991.
46. LEMON P.W.R.; TARNOPOLSKY, A.; MACDOUGALL, J.D.; ATKINSON, S.A.
Protein requirements, muscle mass/strength changes during intensive training in novice
body builders. Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.73, p.767-775, 1992.
47. LEMON, P.W.R. Influência da proteína alimentar e do total de energia ingerida no
aumento de força muscular. Sports Science Exchange. Barrington, n.10, 1997.
Dispovel em: http//www.gssiweb.com Acesso em: 10 jan, 2006.
48. LUKASKI, H.C. Vitamin and minerals status: effect on physical performance. Nutrition,
Syracuse, v.20, p.632-644, 2004.
49. MAUGHAN, R.J.; BURKE, L.M. Nutrição esportiva. São Paulo: Artmed; 2004. 190p.
50. MENDES, R.M.; TIRAPEGUI, J. Creatina: o suplemento nutricional para a atividade
física-Conceitos atuais. Archivos Latinoamericanos de Nutrición, Caracas, v.52, n.2,
p.117-127, 2002.
51. PHILLIPS, S.M. Protein requirements and supplementation in strength sports. Nutrition,
Syracuse, v.20, p.689-695, 2004.
52. ROGERO, M.M.; TIRAPEGUI, J. Aminoácidos de cadeia ramificada, balanço protéico
muscular e exercíciosico. Nutrição em Pauta, São Paulo, v.15, n.83, p.28-34, 2007.
53. SHAH, N.P. Effects of milk-derived bioactives: an overwiew. British Journal of
32
Nutrition, Londres, v.84, p.S3-10, 2000.
54. SHIMOMURA, Y.; MURAKAMI, T.; NAKAI, N.; NAGASAKI, M.; HARRIS, R.A.
Exercise promotes BCAA catabolism: effects of BCAA supplementation on skeletal
muscle during exercise. Journal of Nutrition, Bethesda, v.134, p.S1583-1587, 2004.
55. SHIMOMURA, Y.; YAMAMOTO, Y.; BAJOTTO, G.; SATO, J.; MURAKAMI, T.;
SHIMOMURA, M.; et al. Nutraceutical effects of branched-chain amino acids skeletal
muscle. Journal of Nutrition, Bethesda, v.136, p.S529-532, 2006.
56. SHORT, S.H. Surveys of dietary intake and nutrition knowledge of athletes and their
coaches. In: WOLINSKY, I.; HICKSON Jr., J.F. (Eds.). Nutrition in exercise and sport.
Boca Raton: CRC Press, 1994. p.367-416.
57. TARNOPOLSKY, M.A. Protein requirements for endurance athletes. Nutrition,
Syracuse, v.20, p.662-668, 2004.
58. TARNOPOLSKY, M.A.; ATKINSON, S.A.; MACDOUGALL, J.D.; PHILLIPS, A.C.S.;
SCHWARCZ, H.P. Evolution of the protein requeriments for trained strength athletes.
Journal of Applied Physiology, Bethesda, v.73, p.1986-1995, 1992.
59. TIPTON, K.D.; BORSHEIM, E.; WOLF, S.E.; SANFORD, A.P.; WOLFE, R.R. Acute
response of net muscle protein balance reflects 24-h balance after exercise and amino acid
ingestion. American Journal of Physiology, Endocrinology and Metabolism,
Bethesda, v.284, p.E76-89, 2003.
60. TIPTON, K.D.; GURKIN, B.E.; MATIN, S.; WOLFE, R.R. Nonessential amino acids are
not necessary to stimulate net muscle protein synthesis in health volunteers. Journal of
Nutritional Biochemistry, Oxford, v.10, p.89-95, 1999.
33
61. VOLPE, S.L.; HUANG, H.; LARPADISORN, K.; LESSER, I.I. Effect of chromium
supplementation and exercise on body composition, resting metabolic rate and selected
biochemical parameters in moderately obese women following an exercise program.
Journal of the American College of Nutrition, Clearwater, v.20, p.293-306, 2001.
62. WADDEN, T.A.; STUNKARD, A.J.; BROWNELL, K.D.; VAN ITALLIE, T.B. The
Cambridge diet. More mayhem? The Journal of the American Medical Association,
Chicago, v.250, p.2833-2834, 1983.
63. WILLIAMS, A.G.; VAN DEN OORD, M.; SHARMA, A.; JONES, D.A. Is
glucose/amino acid supplementation after exercise an aid to strength training? British
Journal of Sports Medicine, Londres, v.35, p.109-113, 2001.
64. WOLFE, R.R. Protein supplements and exercise. American Journal of Clinical
Nutrition, Philadelphia, v.72, p.S551-557, 2000.
34
V. ARTIGO ORIGINAL
Trabalho enviado para o periódico The Journal of Nutrition, em 14/04/08.
Encontra-se na primeira submissão aguardando aceitação para publicação
35
SUPPLEMENTED WHEY PROTEIN IN REPLACEMENT TO PROTEIN FROM
CONVENTIONAL FOOD FOR LEAN MASS GAIN AT DIFFERENT LEVELS OF
PHYSICAL ACTIVITY
Universidade Federal de Pernambuco-UFPE
Luciana Gonçalves Wanderley
1
; Francisca Martins Bion
2-4
; Edeones Tenório de França
3
; Artur
Bibiano de Melo Filho
4
.
1
PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S.A. – Shared Services – Safety, Environment and Health,
Recife, PE.
2-4
Department of Nutrition - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE.
Address for correspondence: Luciana Gonçalves Wanderley, Universidade Federal de
Pernambuco, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, Laboratório de Nutrição
Experimental, Rua Professor Nelson Chaves, s/n, Cidade Universitária, Recife, Pernambuco, CEP
50670-901, Tel. (81) 21268470. E-mail: lugw@ufpe.br
36
ABSTRACT
The propose of this work was investigated the effectiveness of supplementation with Whey
Protein for the improvement in body composition and affects on biochemical parameters. 108 rats
were submitted to three diets: standard (17% protein); supplemented with 5% and 10% whey
protein (22% total protein). Three exercise were used (sedentary, swimming, swimming with
load), (n=12), animals swam for 30 minutes/day, five days/week for four weeks. They had been
determined: weight gain, food intake, carcass fat, urea, creatinine, alanine aminotransferase and
aspartate aminotransferase. Interaction occurred between the diet and exercise, with a reduction in
weight gain, which was lower in the groups exercised EL, EL5 and EL10. In the groups exercised
E, E5 and E10, there was in increase in body fat, undergoing an influence only from the exercise;
values were different from those in EL, EL5 and EL10, which were similar to the groups S, S5
and S10. Regarding urea, there was an interaction between diet and exercise, with the highest
values in EL5 and EL10. Creatinine increased in the two supplemented diets regardless of the
exercise intensity; this increase was highest in EL, EL5 and EL10. AST and ALT increased in EL,
EL5 and EL10, with the highest values using the 10% supplementation. In conclusion: Whey
protein had little effect on the improvement of body composition and is contraindicated for
sedentary individuals. Regarding the biochemical variables, both supplementation and exercise may
have led to an imbalance in the metabolism, which could be harmful to health.
INTRODUCTION
The close relationship between eating habits, physical activity and health is well known. “Weight
and body fat below the minimum adequate levels lead to health disorders related to the insufficient
intake of energy and nutrients. Besides loss in muscle mass, a low intake of nutrients can cause a
reduction in bone density, an increase risk of fatigue and sexual dysfunction as well as other health
37
problems. It is therefore evident that adequateness of energy needs is an important nutritional
priority for those who practice physical exercise” (1). This statement may lead to erroneous
conclusions on the part of lay persons, such as the idea that, with regular exercise, there is a need
to consume more nutrients than normally recommended (2-5). This notion receives greater value
when aligned with the striving for the perfect esthetics and a body bulging with muscles. This is
observed in the increasingly common tendency among practitioners of physical exercise to use
supplements” with the aim of “reinforcing organic conditions, improving the physical form and,
consequently, improving performance” (2-6).
However, scientific data on supplements are scarce and a large number of questions remain
regarding the safety of their use (4,7). Only minerals and vitamins are considered safe, whereas
protein supplements may trigger health problems if consumed in dosages above the recommended
amounts. Such protein supplements are produced from the most diverse sources, all with a good
balance of essential amino acids, such as soy, eggs and whey protein, which is a compound
removed from milk serum in the manufacturing of cheese (8). Whey protein, in particular, is an
ideal source for muscle building, as its protein is rapidly digested and absorbed, resulting in a rapid
increase in amino acids in the blood and a high concentration of branched chain amino acids
(BCAA) and glutamine (9, 10). Whey has been used in the clinical treatment of diseases such as
cancer, acquired immune deficiency syndrome (Aids), hepatitis B, cardiovascular disease and
osteoporosis. It has also been used as an antimicrobial agent. These varied cases are due to its
antioxidant, anti-hypertensive, anti-tumor, antiviral, antibacterial and lipid-lowering action (9). In
sports nutrition, whey protein stands out for promoting benefits in performance and body
composition (11-13).
Another relevant point brought up in the specialized literature refers to the composition of the
38
supplement in relation to both the amount of protein and the presence of other nutrients, such as
carbohydrates, as well as the amount of energy ingested. Together, these factors have a direct
influence over lean mass gain, promoting an increase in protein synthesis and a reduction in its
catabolism (12, 14).
The aim of the present study was to assess the effectiveness of supplementation with “Nutri Whey
Protein® in the improvement of body composition and biochemical parameters in animal models.
MATERIALS AND METHODS
Animals and experimental protocol
One hundred eight (108) male mice from the wistar lineage (Rattus norvergicus, albinos variety),
aged 60 days, mean weight 283 ± 25g, from the colony belonging to the Department of Nutrition
of the Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) were randomly distributed (Figure 1) and
maintained in individual cages under standard lighting conditions (12 h light/12 h darkness),
temperature (22º C) and humidity (65%) (15). The animals were divided into nine groups
(n=12/group): 1) S, sedentary-standard diet; 2) E, exercised-standard diet; 3) EL, exercised with
load-standard diet; 4) S-5, sedentary-diet supplemented with 5% whey protein; 5) E-5, exercised-
diet supplemented with 5% whey protein; 6) EL-5, exercised with load-diet supplemented with
5% whey protein; 7) S-10, sedentary-diet supplemented with 10% whey protein; 8) E-10,
exercised-diet supplemented with 10% whey protein; and 9) EL-10, exercised with load-diet
supplemented with 10% whey protein. All groups received water and chow ad libitum for four
weeks. The animals were treated in compliance with the ethical principles of the Brazilian College
of Animal Experimentation (Cobea). The project received approval from the Ethics Committee on
Animal Experimentation (Ceea – UFPE) under process nº 23076.002385/2008-27.
39
Diets
The experimental design following that established for the AIN-93G diet (16) in a balanced,
normal protein form (17%). Table 1 displays the composition of the diets. Chicken and Nutri whey
protein® were used as the protein sources. The standard diet was made up of basic foods of
northeastern Brazil, obtained in the local market, using varieties with the lowest prices: common
bean (Phaseolus vulgaris L.), common cultivated rice (Oryza sativa I.), manioc flour (Manihot
esculenta Crantz), chicken, and vegetable oil. The beans and chicken were cooked separately in
water for a period of 40 to 60 minutes, dried in a kiln (60ºC) for 24 hours and pulverized in a
grinder (FLOOR GRID MILL-CHUO BOEKI KAISHA); the resulting products were sifted
through a 60-mesh sieve, weighed and blended, thereby obtaining the meal that composed the
chow.
The supplemented diets were composed of the same components as the standard diet, but with the
addition of the protein supplement (Nutri Whey Protein®) in different proportions. The 5% whey
protein diet received 5% more protein from the supplement, to reach an overall protein content of
22%. The 10% whey protein diet received 10% of the supplement – 5% used in substitution of the
conventional protein (chicken) and 5% corresponding to the supplementations. Both
supplemented diets were hyper-protein diets (22%), with normal lipidic and glycidic levels. Table
1 displays the chemical composition of the three diets.
Biological Methods
Body weight was determined weekly using an Ohaus brand scale with a capacity for 2610 g.
Weight gain and food intake were calculated.
Chemical methods
The centesimal composition analysis of the diets was performed by the Laboratory of
40
Experimentation and Food Analysis of the UFPE in compliance with the methodology
recommended by the Association of Official Analytical Chemists (17).
Biochemical Methods
After four weeks, the animals were submitted to deep anesthesia with ethylic ether until euthanasia
and blood samples were removed through a heart puncture. Samples were centrifuged and the
serum was separated for laboratory analysis of urea, creatinine, alanine aminotransferase and
aspartate aminotransferase. The samples were taken to the Laboratory of Clinical Analyses at the
Pharmacy Department of the UFPE for analysis using the Labtest® commercial kit (Labtest
Diagnósticos S.A.) and readings on a Coleman SP35-D spectrophotometer.
Serum parameters
In the urea analysis, the Bergmeyer enzymatic method was used (18). The colorimetric
complexation reaction was used for the creatinine analysis (19). In the analyses of aspartate
aminotransferase and alanine aminotransferase (AST and ALT, respectively), the Reitman and
Frankel method was used (20).
Carcass fat
The percentage of carcass fat was determined using the Soxhlet extraction method (21). After the
animals were sacrificed, evisceration was performed, preserving the fat; the carcass was weighed,
frozen and shredded and one aliquot was removed.
Exercise protocol
The animals were submitted to swimming exercises for four weeks in 30-minute sessions, five days
a week, with a two-day rest period between weeks. Exercises were performed in a collective tank
kept at 30-32ºC (22), always by the morning. In the first week, adaptation of the animals to the
exercise was performed, consisting of swimming for 10 minutes on the first day, increased by five
41
minutes on each subsequent day and remaining at 30 minutes per day in the following weeks
(Figure 1).
The rats exercised with load received a lead weight equivalent to 8% of their body weight,
attached to the body with an elastic band (23). The weights were used throughout the adaptation
and experimentation period.
Statistical analysis
All data were analyzed by the Statistical Analysis System program (SAS version 8). Two-way
ANOVA was performed with treatment group, followed by the Tukey test for paired comparisons,
with the level of significance set at P<0.05 for all statistical tests. Values in the text are means
±SEM.
42
RESULTS
Food, protein and caloric intake
Analyzing the results of consumption (Table 2), all the groups ingested significantly more food,
protein and calories (p<0.0001) when compared to the sedentary-standard diet group (S), with the
exception of the exercised-standard diet group (E). Both exercise and supplementation promoted
a significant increase in food consumption (p=0.0350), which was more pronounced in the groups
exercised with load, regardless of the diet. There was a difference in protein and caloric intake
with both supplemented diets when compared to the standard diet; this increase in consumption
underwent a influence regardless of the type of diet or exercise (p<0.0001), with no interaction
between diet and exercise.
Weight curve, weight gain and carcass fat
The animals submitted to the experiment began with no significant differences in weight
(p=0.9272) (Figure 2). This changed after the first week of experimentation (adaptation period), in
which the animals submitted to exercise without load (E, E5 and E10) differed significantly from
the other groups (p=0.0014) (but not between each other), presenting the lowest body weight; in
the second week, these animals differed (p<0.0184) only from the sedentary animals (S, S5 and
S10); with no differences in the third week (p=0.5546). By the end of the experiment, there was a
change in weight among the animals exercised with load (EL, EL5 and EL10), which was
significantly lower than the other groups (p<0.0010), but not differing from each other.
Exercise with load caused less weight gain, which was even lower in the animals who consumed
the standard diet (without supplementation) (p<0.0001). There was a significant increase in weight
gain in the supplemented sedentary groups, regardless of the type of supplementation (p=0.0025).
An interaction occurred (p=0.0467) between diet and exercise, leading to a reduction in weight
43
gain (Figure 3).
The groups exercised without load (E, E5 and E10) presented a significant gain in body fat values
when compared to the S group, regardless of the diet consumed; there was an influence only from
exercise (p=0.0013), but these groups differed from those exercised with load (EL, EL5 and
EL10), regardless of the diet to which they were submitted. However, the fat percentages of the
groups submitted to exercise with load (EL, EL5 and EL10) did not differ from the sedentary
groups (S, S5 and S10), regardless of diet (p=0.1395) (Figure 3).
Serum parameters
The mice on supplemented diets and submitted to exercise with load (EL5 and EL10) exhibited a
significant increase in the serum concentration of urea (U) (p<0.0001) (Table 3) when compared
to the S group. A similar result occurred when the supplemented diets were analyzed separately. It
was also observed that both exercise and diet had a significant influence on the increase of this
parameter (p<0.0001).
Regarding creatinine (CR) (Table 3), the two supplemented diets (5% whey protein and 10%
whey protein) promoted a significant increase in this metabolite, regardless of the intensity of the
exercise (p<0.0001). In relation to the type of exercise, a significant increase was observed in the
groups exercised with load (EL, EL5 and EL10) (p<0.0001), which did not differ from each
another.
AST (Table 3) underwent a significant increase in the groups submitted to exercise with load (EL,
EL5 and EL10) (p<0.0001), intensified by the supplementation of 10% whey protein. Therefore,
an interaction occurred between exercise and diet, with repercussions for this parameter
(p<0.0001).
Regarding ALT (Table 3), the behavior in relation to physical exercise was similar for the three
44
diets, with a significant increase in the groups exercised with load (EL, EL5 and EL10) when
compared to the other groups (p<0.0001). The diet supplemented with 10% whey protein
promoted a significant increase in ALT when compared to the standard diet (p=0.0143),
regardless of the intensity of the exercise; there was no interaction between diet and exercise for
this parameter (p=0.1004).
DISCUSSION
Based on the experimental schema used, there was an initial adaptation to the exercise. In the EL
groups, the load promoted an increase in exercise intensity, leading the animals to the point in
which there is a greater concentration serum lactic acid (anaerobic state). This remained practically
constant, causing minimal muscle breakdown and promoting the anaerobiosis characteristic of
resistance exercise (steady state of lactate) (23).
After the third week, there was a reduction in body weight in the animals that practiced anaerobic
exercises, which differs from findings described by Morifuji et al. (12). Furthermore, intense
physical exercise (below the anaerobic threshold) reduced weight gain. This is similar to findings
in another study by Morifuji et al. (24),
in which the effect of two types of diet (20% casein and
whey protein) was studied on mice submitted to an intensive, prolonged swimming exercise
regimen for two weeks. The mice exhibited a reduction in lipogenic hepatic enzyme activity and an
increase in body weight. However, based on the parameters investigated in the study, there was no
increase in lean body mass, as might be expected (25).
There was an increase in weight gain in the supplemented animals that did not practice exercise,
but no significant increase in lean mass. This indicates that, regardless of the form of
supplementation, there was a greater accumulation of body fat, which is not desired (the ideal
would be an increase in lean body mass). Therefore, the use of this type of product is
45
contraindicated for sedentary individuals. In the case of replacing chicken protein with whey
protein, the behavior was similar, indicating that this type of replacement has little effect and is
therefore not justified due to the higher cost of whey protein.
The mechanism by which physical exercise affects fat oxidation is complex and is influenced by the
type of exercise (greater during running than cycling), intensity, the availability of energy
substrates and the degree of organic adaptation. Multiple adaptations are induced by endurance
training, resulting in an increase in lipid oxidation, with a higher rate of oxidation during in
intensive exercise from 59 to 64% VO2
Max
for trained individuals and 47 to 52% VO2
Max
for
untrained individuals (mild to moderate intensity). Regarding available substrates, carbohydrate
intake prior to or during exercise significantly reduces the fat oxidation rate. The ingestion of a
diet rich in fat following exercise causes a reduction in oxidation rate as a result of the reduction in
glycogen stocks and due to the degree of muscle adaptations (26).
There is a tendency toward a reduction in body weight in animals submitted to exercise with load.
The continuation of the exercise for a longer period of time than that in the present study could
favor a reduction in body fat, with the maintenance of lean mass. It appears that sedentary animals
or those under a mild to moderate aerobic exercise regimen do not need supplementation, as the
excess protein and greater efficiency of the metabolism lead to an accumulation of body fat (25).
In the groups submitted to exercise with load (EL, EL5 and EL10), the supplement also promoted
a greater accumulation of fat (10, 30 and 40%, respectively), but at a lower proportion than in the
mild to moderate intensity aerobic exercise.
This type of supplementation in both sedentary individuals and practitioners of mild to moderate
aerobic exercise promoted weight gain predominantly in the form of body fat, which was
accentuated among the exercise groups. This may have occurred due to the practice of regular
46
exercise stimulating a greater efficiency in body metabolism, including muscle metabolism,
rendering excess protein unnecessary for lean mass gain (25, 27). The same behavior of weight
gain and percentage of body fat occurred in both supplementations. This indicates that, regardless
of the type of protein, its excess promoted the increase, as the blend was modified with the
proportion of supplement in the feeds, remaining at the same protein content (5% whey protein
and 10% whey protein) and maintaining the proportions of nutrients and energy.
It appears that exercise alone promoted the increase in food intake, which provides a greater
charge of nutrients and energy, thereby favoring protein anabolism. However, it is very important
for consumption to occur in within 48h following exercise in order to ensure that there is a
reduction in protein degradation and an increase in its synthesis (25, 27).
Tipton et al. studied the ingestion of intact proteins (casein and whey protein) following physical
exercise to stimulate the synthesis of muscle protein in humans. Individuals were divided into three
groups, consuming one of three drinks: placebo (n=7), 20 g of casein (n=7) and 20 g of whey
protein (n=9); the exercise was leg extensions. The authors concluded that the intake of the
proteins following exercise resulted in a similar muscle protein balance, in which the synthesis of
muscle protein exhibited different patterns of response from the pool of serum amino acids (13).
This type of conclusion was also drawn in a literature review by Rennie and Tipton in the year
2000 (25).
Another parameter analyzed was creatinine, which was directly affected by the supplementation,
regardless of the content used. As expected due to the greater protein content, the supplemented
diets promoted a greater consumption of protein as an energy source, indicating an excess of this
type of nutrient. This was intensified in the groups exercised with load due to the greater muscle
work. This may be the reason for the rise in serum creatinine (CR), which depends directly on
47
protein catabolism (28). This increase was also directly affected by the intensity of the exercise, as
the increase in this metabolite only occurred in the animals submitted to exercise with load.
The supplemented mice submitted to exercise with load exhibited greater protein catabolism,
thereby increasing the concentration of urea (U) in the blood. This indicates that both exercise and
the greater protein intake promoted an increase in protein degradation and the use of amino acids
as an energy source (25). With the recommended protein content, there was no significant increase
in serum urea, regardless of the intensity of exercise. Analyzing supplementation regardless of
content, there was a significant increase in the groups submitted to exercise with load, nearly
tripling the concentration of urea. This can be explained by the fact the both physical exercise and
a higher protein content promote an increase in the consumption of amino acids as an energy
source, whether due to the greater availability or the intensity of the exercise (25). The fact that
mild to moderate aerobic exercise with 5% supplement did not lead to a greater formation of urea
may have occurred due to the use of chicken as the predominant protein source, despite the excess
protein. This was different from the diet with 10% whey protein, which received double the
supplement in replacement to chicken and possibly made available predominantly ureogenic amino
acids, such as BCAAs (leucine, valine and isoleucine). These types of amino acids are important to
the maintenance of body protein (29) They are also sources of nitrogen for the synthesis of alanine
and glutamine; they regulate anabolic processes and have therapeutic and nutritional effects, as
they can attenuate the loss of leas mass during body weight reduction and stimulate protein
synthesis through leucine (29, 30). BCAAs supply 10 to 15% of the total energy spent in the final
stage of prolonged, high-intensity exercise (31).
Aminotranferases (ALT and AST) – indicators of liver and muscle injuries were also studied.
ALT is found in high concentrations only in the cytoplasm of the liver, which makes its increase in
48
the bloodstream a more specific indicator of liver damage. However, it can be increased in
conjunction with AST in severe myopathies (muscle diseases). It should be pointed out that there
is little information in the literature on the role of these enzymes when uniting protein
supplementation and physical exercise. Furthermore, no articles were found using the experimental
schema employed in the present study.
Exercise with load promoted an increase in AST, which was intensified by supplementation with
10% whey protein. This is indicative of muscle damage, as there was also an increase in ALT,
even with no combined action of diet and exercise, modified separately for each of the variables
studied. The highest values were in the animals submitted to the diet with 10% supplement, with
the indication of strong transamination, possibly due to the greater availability of alanine from the
supplement and not due to the amount of protein in the diet, as the 5% diet had the same protein
content (22%). This may be explained by the greater formation of urea mentioned above, thereby
influenced by the action of the type of pool of amino acids available from the diet consumed.
Regarding the intensity of the exercise, only the animals submitted to exercise with load exhibited
a significant increase in AST, indicating a greater use of protein as an energy source and thereby
promoting greater transamination for neoglicogenesis (25).
According to Morifuji et al., supplementation with BCAA reduces the consumption of hepatic
glycogen during intense exercise, as a consequence of the reduction in the activity of the pyruvate
dehydrogenase complex (24). This led the authors to suggest that the beneficial effects of whey
protein on hepatic glycogen stocks are determined by its composition of amino acids. However,
the mechanism involved in this behavior is not yet completely clarified. In the same study, the
authors demonstrated that casein and whey protein caused significant increases in the levels of
49
various amino acids, especially alanine, as well as hepatic changes in alanine aminotransferase
(ALT) activity. Transamination is the first step for the catabolism of amino acids and allows the
carbon skeletons of the amino acids to be converted into oxaloacetate and subsequently into
pyruvate to be used in the neoglycogenesis. As in the present study, the authors came to the
conclusion that the BCAAs may have been converted into alanine in the muscle and then
transported to the liver for conversion into pyrubate, however, reducing the need to metabolize
hepatic glycogen and produce additional glucose. The authors also suggest that their study is in
agreement with this sequence of reactions and whey protein, along with the increase in serum
alanine levels, also increases the activity of hepatic alanine aminotransferase. This increase in ALT
indicates changes in the glucogenolysis stemming from the alanine.
An increase in muscle mass is a normal response to physical training and may occur due to
hypertrophy, hyperplasy or both, resulting from the increase in synthesis as well as the reduction in
protein catabolism (25, 32).
The profile of amino acids in the serum proteins may favor muscle anabolism (8, 9). Furthermore,
Há and Zemel stress that the amino acid profile of serum proteins is very similar to skeletal muscle
proteins, providing nearly all the amino acids in a similar proportion and classifying them as an
effective anabolic supplement (10). Burke et al. observed significant muscle mass gain in young
adults supplemented with serum proteins and submitted to an exercise program with weights when
compared to a non-supplemented group, thereby confirming the theory of the effect of serum
proteins on muscle mass gain (33). However, this effect does not appear to have been shown
under the conditions investigated in the present study.
CONCLUSIONS
The data analyzed allow the conclusion that whey protein had little effect over improving body
50
composition. It is suggested that sedentary individuals should not consume this type of supplement
for lean mass gain, as it promoted an increase in body fat.
Regarding biochemical parameters, both supplementation and exercise alike may have promoted
an imbalance in the metabolism, raising these parameters, which may be harmful to health and lead
to a reduction in quality of life.
LITERATURE CITED
1. American College of Sports Medicine. American Dietetic Association and Dietitians of
Canada. Position of the nutrition and athletic performance. J Amer Diet Assoc. 2000; 100:
1543-56.
2. Carvalho T, Rodrigues T, Meyer F, Lancha Jr AH, De Rose EH. Modificações dietéticas,
reposão hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e
potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esp. 2003; 9(2): 1-13.
3. Burke LM, Read RSD. Dietary supplements in sports. Sports Med. 1993;15: 43.
4. Gomes MR, Tirapegui J. Relação de alguns suplementos nutricionais e o desempenho físico.
Arch Latinoamer Nutr. 2000; 50(4): 317-29.
5. Mendes RM, Tirapegui J. Creatina: o suplemento nutricional para a atividade física–Conceitos
atuais. Ach Latinoamer Nutr. 2002; 52(2, S2): 117-27.
6. Calfee R, Fadale P. Popular ergogenic drugs and supplements in young athletes. Pedriatcs.
2006; 117(3):e577-89. Disponível em http://www.pedriatcs.org Acessado em: 27/04/07.
7. Clarkson P, Coleman E, Rosembloom C. Risk dietary supplements. Sports Sci Exch
Roundtable 48 2002; 13(2). Disponível em: http://www.gssiweb.com/reflib/refs/568 Acessado
em 10/04/05
8. Haraguchi FK, Abreu WC, De Paula H. Protnas do soro do leite: composição, propriedades
51
nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana. Ver Nutr.
2006;19(4):479-88.
9. Marshall K. Therapeutic application of whey protein. Alter Med Rev. 2004; 9(2)136-56.
10. Há E, Zemel MB. Functional properties of whey, whey components, and essential amino
acids: mechanisms underlying health benefits for active people. J Nutr Biochem. 2003; 14:
251-8.
11. Aoi W, Naito Y Yoshikawa T. Exercise and functional foods. Nut Journal. 2006; 5:15-23.
Dispovel em: http://www.nutritionj.com/content/5/1/15.
12. Morifuji M, Sakai K, Sanbongi C, Sugiura K. Dietary whey protein downregulates fatty acid
synthesis in the liver, but upregulates it in skeletal muscle of exercise-trained rats. Nutrition.
2005; 21:1052-8.
Dispovel em: http://www.elsevier.com/locate/nut Acessado em 12/12/05.
13. Tipton KD, Elliott TA, Cree MG, Wolf SE, Sanford AP, Wolfe RR. Ingestion of casein and
whey proteins result in muscle anabolism after resistence exercise. Med Sci Sports Exerc.
2004; 36(12):2073-81.
14. Borsheim E, Aarsland A, Wolfe RR. Effect of an amino acid, protein, and carboidrate mixture
on net muscle protein balance after resistance exercise. Int J Nutri Exerc Metab. 2004;
14:255-71.
15. Merusse JLB, Lapichik VBV. Instalações e equipamentos. In: Colégio Brasileiro de
Experimentação Animal. Comissão de Ensino. Manual para técnicos em bioterismo. 2.ed. São
Paulo: EPM, 1996.
16. Reeves PG, Nielsen FH, Fahey GC. AIN-93 purified diets for laboratory rodents; final report
of the American Institute of Nutrition Ad Hoc Writing Committee on the Reformulation of
52
the AIN-76A Rodent Diet. J Nutr, 1993; 123(10): 1939-51.
17. Association Official Analytical Chemists (AOAC). Official Methods of Analysis. 16th ed.,
Washington, DC: Association Official Analytical Chemists, 1998; Ia - IIa.
18. Bergmeyer, H.U. Methods of enzimatic analyses. VCH Publishers. 1985; 9:449-453.
19. Henry RJ, Cannon DC, Winkelman JW. Clinical chemistry; principles and technics. 2nd ed.
New York: Harper & Row; 1974.
20. Reitman S, Frankel S. A colorimetric method for the determination of serum glutamic
oxalacetic and glutamic pyruvic transaminase. Am J Clin Path. 1957; 28:56-63.
21. Association Official Analytical Chemists (AOAC). Official Methods of Analysis. 2rd ed.,
Washington, DC: Association Official Analytical Chemists, 1997.
22. Marcondes MCCG, Simões GC, Neiva CM, Azevedo JRM, Mello MAB. Perfil lipídico de
camundongos alimentados com dieta potencialmente aterogênica submetidos ao treinamento
físico aeróbico. Rev Bras Ativs Saúde. 1997; 2(1): 60-68.
23. Gobatto CA, Mello MAR, Sibuya CY, Azevedo JRM, Santos LA, Kokubun E. Maximal
lactate steady state in rats submitted to swimming exercise. Comp Bioch Phys. 2001; 130: 21-
7.
24. Morifuji M, Sakai K, Sugiura K. Dietary Whey protein modulates liver glycogen level and
glycoregulatory enzyme activities is exercises-trained rats. Exp Biol Med. 2005; 230: 23-30.
25. Rennie MJ, Tipton KD. Protein and amino acid metabolism during and after exercise and the
effects of nutrition. Annu Rev Nutr. 2000; 20: 457-83.
26. Achten J, Jeukendrup AE. Optimizing fat oxidation through exercise and diet. Nutrition.
2004; 20:716-27.
27. Bisborough S, Mann N. A review of dietary protein intake in humans. Int J Sport Nutr Exerc
53
Met. 2006; 16: 120-52.
28. Ferreira PS, Zaninelo LH, Pelizer CM, Santos CM, Neiva CM. Aspectos gerais e indicadores
estatísticos sobre consume de suplementos nutricionais em academis de ginástica. Nutr Pauta.
2007; 82: 27-31.
29. Rogero MM, Tirapegui J. Aminoácidos de cadeia ramificada, balanço protéico muscular e
exercíciosico. Nutr Pauta. 2007; 83: 28-34.
30. Shimomura Y, Yamamoto Y, Bajotto G, Sato J. Nutraceutical effects of amino acids on
skeletal muscle. J. Nutr. 2006; 136: 529S-532S.
31. Canuto R, Fagundes RLM. A importância dos macronutrients no manejo dietético em atletas
de futebol de campo. Nutr Pauta. 2006; 76: 34-9.
32. Rogatto GP, Luciano E. Influência do treinamento físico intenso sobre o metabolismo de
protnas. Motriz. 2001; 7(2): 75-82
33. Burke LM, Cox GR, Culmmings NK, Desbrow B. Guidelines for daily carbohydrate intake:
do athletes achieve them? Spots Med. 2001; 31:267-99.
1
54
1
Figure 1: Experimental Schema 2
S, sedentary-standard diet; E, exercised-standard diet; EL, exercised with load-standard diet; S-5, sedentary-diet 3
supplemented with 5% whey protein; E-5, exercised-diet supplemented with 5% whey protein; EL-5, exercised with 4
load-diet supplemented with 5% whey protein; S-10, sedentary-diet supplemented with 10% whey protein; E-10, 5
exercised-diet supplemented with 10% whey protein; EL-10, exercised with load-diet supplemented with 10% whey 6
protein.
7
Adaptation
1
st
day - 10 minutes
2
nd
day- 15 minutes
3
rd
day - 20 minutes
4
t
h
day - 25 minutes
5
t
h
day - 30 minutes
6
t
h
/7
t
h
days - rest
5 days - 30 minutes
2 days - rest
Repeat 3 times
Sacrifice
Exercised with load
n=12 – EL
n=12 – EL-5
n=12 – EL-10
Exercised
n=12 – E
n=12 – E-5
n=12 – E-10
108 male rats
Without load Load = 8% of body weight
Training
1 day - rest - 12 hours fasting
Sedentary*
n=12 – S
n=12 – S-5
n=12 – S-10
28 days without
exercise
55
Figure 2 Weight behavior of the animals at the end of each period (week)
(*): ANOVA. Data are expressed as mean ± SEM, n=12. Means in columns with different superscript letters present
significant difference. Distinct lowercase letters indicate significant difference between forms of exercise or between
combinations of diet and exercise; and distinct uppercase letters indicate significant difference between diets, P<
0.05.
250
270
290
310
330
350
370
390
410
Initial 123 4
Week
Weight (g)
S S-5 S-10
E E-5 E-10
E EL-5 EL-
A
B
B
B
AB
AB
AB
A
A
A
B
B
B
B
B
B
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
56
Figure 3 Weight gain and fat percentage in animals with different levels of whey protein
supplementation and physical exercise
(*): ANOVA. Data are expressed as mean ± SEM, n=12. Means in columns with different superscript letters present
significant difference. Distinct lowercase letters indicate significant difference between forms of exercise or between
combinations of diet and exercise; and distinct uppercase letters indicate significant difference between diets, P<
0.05.
59
10
83
16
41
11
95
14
81
16
60
14
99
14
79
15
69
13
Sedentar
y
Exercise Exercise
with
Sedentar
y
whe
y
-5%
Exercise
d
whe
y
-5%
Exercise
d
with
load
whe
y
-5%
Sedentar
y
whe
y
-10%
Exercise
d
whe
y
-10%
Exercise
d
with
load
whe
y
-10%
Weigh gain (g/30d) Fat (%)
*bc ba c a ba bc a ba a
*b
b
b
b
a
b
b
a
a
TABLE 1 Chemical Composition of the Diets (g.kg
-1
)
Normal Diet 5% Whey protein 10% Whey protein
Q* P C Fa Fi E Q P C Fa Fi E Q P C Fa Fi E
COMPONENT
(g) (g) (g) (g) (g) Kcal (g) (g) (g) (g) (g) Kcal (g) (g) (g) (g) (g) Kcal
Nutri whey
protei
- - - - - - 200 50 137 2 - 766 400 100 274 4 - 1532
Chicken 110 78 14 5 - 413 140 99 18 6 - 522 90 64 11 4 - 336
Beans 280 64 173 4 12 984 220 50 136 3 9 771 190 43 118 3 8 671
Rice 380 29 335 1 0 1465 280 21 247 0 0 1072 200 15 177 0 0 768
Oil 30 0 0 30 - 270 30 0 0 30 - 270 30 0 0 30 - 270
Manioc Flour 200 3 166 1 - 685 130 2 108 1 - 449 90 1 75 0 - 304
Total
1000 174 688 41 12 3817 1000 222 646 42 9 3850 1000 223 655 41 8 3881
*Q = Quantity; P = Protein; C = Carbohydrate; Fa = Fat; Fi = Fiber; E = Energy
57
TABLE 2 Food, protein and caloric intake of the groups studied *
Group
Food Protein Caloric
(g/30d) (g/30d) (kcal/30d)
S 482 ± 48
(d)
84 ± 8
(b,A)
1840
±
184
(b,A)
E 521 ± 68
(dc)
91 ± 12
(b,A)
1987
±
261
(b,A)
EL 623 ± 62
(ba)
108 ± 11
(a,A)
2377
±
236
(a,A)
S-5 587 ± 47
(bac)
130 ± 10
(b,B)
2260
±
179
(b,B)
E-5 574 ± 57
(bc)
127 ± 13
(b,B)
2208
±
218
(b,B)
EL-5 628 ± 90
(ba)
139 ± 20
(a,B)
2417
±
346
(a,B)
S-10 563 ± 23
(bc)
126 ± 5
(b,B)
2187
±
89
(b,B)
E-10 604 ± 29
(ba)
135 ± 7
(b,B)
2345
±
114
(b,B)
EL-10 654 ± 54
(a)
146 ± 12
(a,B)
2537
±
211
(a,B)
ANOVA
Diet P
(1)
< 0.0001* P
(1)
< 0.0001* P
(1)
< 0.0001*
Exercise P
(2)
< 0.0001* P
(2)
< 0.0001* P
(2)
< 0.0001*
Diet X exercise P
(3)
= 0.0350* P
(3)
= 0.1225 P
(3)
= 0.1225
(*): ANOVA, P
(1)
for comparison between diets; P
(2)
for comparisons between exercises; P
(3)
for verification of diet x exercise hypothesis. Data are expressed as
mean ± SEM, n=12. Means in columns with different superscript letters present significant difference. Distinct lowercase letters indicate significant difference
between forms of exercise or between combinations of diet and exercise; and distinct uppercase letters indicate significant difference between diets, P< 0.05.
58
TABLE 3 Serum parameters
Group Urea Creatinine AST ALT
(g/dl) (g/dl) (g/dl) (g/dl)
S 17.25
±
4.34
(d)
0.48
±
0.14
(b.B)
35.75
±
10.73
(c)
28.67
±
8.56
(b.B)
E 13.01
±
2.48
(d)
0.53
±
0.14
(b.B)
24.92
±
7.28
(c)
25.58
±
4.50
(b.B)
EL 19.04
±
4.20
(d)
0.70
±
0.12
(a.B)
116.25
±
21.48
(b)
153.08
±
146.50
(a.B)
S-5 20.48
±
5.18
(cd)
0.68
±
0.22
(b.A)
28.17
±
14.30
(c)
29.67
±
14.77
(b.AB)
E-5 16.12
±
2.28
(d)
0.61
±
0.15
(b.A)
31.42
±
10.33
(c)
28.67
±
8.70
(b.AB)
EL-5 43.58
±
16.93
(a)
0.98
±
0.35
(a.A)
138.25
±
32.09
(b)
179.17
±
45.74
(a.AB)
S-10 30.07
±
5.73
(cb)
0.65
±
0.11
(b.A)
31.50
±
14.49
(c)
30.42
±
13.41
(b.A)
E-10 30.45
±
7.46
(b)
0.83
±
0.31
(b.A)
36.25
±
8.88
(c)
35.33
±
7.88
(b.A)
EL-10 41.45
±
7.63
(a)
0.99
±
0.28
(a.A)
171.67
±
21.47
(a)
181.50
±
21.72
(a.A)
ANOVA
Diet P
(1)
< 0.0001* P
(1)
< 0.0001* P
(1)
< 0.0001* P
(1)
= 0.0143*
Exercise P
(2)
< 0.0001* P
(2)
< 0.0001* P
(2)
< 0.0001* P
(2)
< 0.0001*
Diet X exercise P
(3)
< 0.0001* P
(3)
= 0.2321 P
(3)
< 0.0001* P
(3)
= 0.1004
(*): ANOVA, P
(1)
for comparison between diets; P
(2)
for comparisons between exercises; P
(3)
for verification of diet x exercise hypothesis. Data are expressed as
mean ± SEM, n=12. Means in columns with different superscript letters present significant difference. Distinct lowercase letters indicate significant difference
between forms of exercise or between combinations of diet and exercise; and distinct uppercase letters indicate significant difference between diets, P< 0.05.
59
60
VI. CONCLUSÕES
Com base nos resultados do presente trabalho, pode-se concluir que:
o O whey protein foi pouco efetivo na melhoria da composão corporal. Pode-se inferir que
sedentários não devem consumir este tipo de suplemento para o ganho de massa magra,
pois o mesmo promoveu aumento de gordura corporal.
o Independentemente do tipo de protna, o excesso, por si só, promoveu o aumento do
ganho de peso e do percentual de gordura corporal, já que a mistura foi modificada com a
proporção do suplemento das rações, permanecendo com o mesmo teor protéico (whey
protein 5% e whey protein 10%), sendo mantidas as demais proporções de nutrientes e
energia.
o Tanto a suplementação quanto o exercício promoveram um desequilíbrio no metabolismo,
elevando as taxas bioquímicas (U, CR, ALT e AST). O que pode acarretar danos à saúde e
consequentemente diminuir a qualidade de vida.
o Confrontando os resultados obtidos a partir das suplementações com 5 e 10% de whey
protein observou-se comportamento semelhante em ambas e pode-se concluir que: a
suplementação com 5% de suplemento aliado ao exercício de leve a moderado intensificou
o aumento da gordura corporal, e quanto aos parâmetros bioquímicos a suplementação
com 10% interferiu mais efetivamente de forma prejudicial, embora ambas tenham
promovido elevação em todos os parâmetros.
De um modo geral, os achados levam a concluir que a substituição da protna
convencional por suplemento pode acarretar riscos para a saúde.
61
VII. RECOMENDAÇÕES
O consumo de suplementos por praticantes de exercícios, em todas as faixas etárias, deve
ser supervisionado por uma equipe multidisciplinar, devido aos riscos decorrentes da
ingestão inadequada destes produtos.
É oportuno alertar que alguns destes suplementos têm princípios ativos contrários aos
nutrientes presentes em sua composão e apresentam limitado ou nenhum efeito
fisiológico.
O Ministério da Saúde deve exercer um importante papel no controle da comercialização
destes produtos através de uma efetiva fiscalização dos suplementos oferecidos no
mercado, o que inclui ações para regular sua comercialização e publicidade.
É fundamental a atuação do profissional nutricionista na prescrição e acompanhamento do
uso de suplementos nutricionais por atletas profissionais e recreacionais.
62
VIII. PERSPECTIVAS
Ainda há muito o que investigar com relação ao consumo e suplementos nutricionais para
ganho de massa magra em praticantes de exercício físico, como proposta enumeramos alguns
pontos que podem ser estudados.
Ampliar a investigação sobre os suplementos nutricionais para ganho de massa magra;
Investigar o consumo do suplemento protéico por um período de tempo maior;
Estudar o ganho de massa magra em praticantes de exercíciosico com o consumo de
alimentação balanceada;
E ainda, pode ser ampliado o uso deste protocolo em outras etapas fisiológicas como em
idosos, por exemplo, como também, modificar o protocolo de exercício.
63
IX. ANEXOS
Anexo A - Recibo de envio do Artigo de Revisão
REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences
RECIBO
Nº de Registro: 064/07
Acusamos o recebimento do trabalho para publicação na Revista Brasileira de Ciências
Farmacêuticas/ Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences.
Autoria: WANDERLEY, L. G.; BION, F. M.
tulo do artigo: “Exercício físico com suplementação para melhorar a massa magra: O que é mais
efetivo?”.
São Paulo, 30 de maio de 2007.
Profa. Elizabeth Igne Ferreira
Editoria Científica
64
Anexo B - Recibo de envio do Artigo Original
MS ID#: NUTRITION/2008/091470
MS TITLE: SUPPLEMENTED WHEY PROTEIN IN REPLACEMENT TO PROTEIN FROM CONVENTIONAL
FOOD FOR LEAN MASS GAIN AT DIFFERENT LEVELS OF PHYSICAL ACTIVITY
Dear Luciana Wanderley;
The file(s) you uploaded for manuscript NUTRITION/2008/091470 has been
successfully converted to PDF format.
Please return to the "Author Area" on
(http://submit.nutrition.org/submission/submit?msid=NUTRITION/2008/091470)
to proof and approve your submission.
Thank you for submitting to The Journal of Nutrition.
Best regards,
The Journal of Nutrition Editorial Office
65
Anexo C- Versão em português do artigo Original
WHEY PROTEIN SUPLEMENTADO E EM SUBSTITUIÇÃO À PROTEINA DE
ALIMENTOS CONVENCIONAIS PARA GANHO DE MASSA MAGRA EM
DIFERENTES NÍVEIS DE ATIVIDADES FÍSICAS
Universidade Federal de Pernambuco-UFPE
Luciana Gonçalves Wanderley
1
; Francisca Martins Bion
2-4
; Edeones Tenório de França
3
; Artur
Bibiano de Melo Filho
4
.
1
PETROBRAS - Petróleo Brasileiro S.A. - Servos Compartilhados Segurança, Meio
Ambiente e Saúde, Recife, PE.
2-4
Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE.
Endereço para correspondência: Luciana Gonçalves Wanderley, Universidade Federal de
Pernambuco, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, Laboratório de Nutrição
Experimental, Rua Professor Nelson Chaves, s/n, Cidade Universitária, Recife, Pernambuco, CEP
50670-901, Tel. (81) 21268470. E-mail: lugw@ufpe.br
66
RESUMO
Objetivo: investigar a efetividade da suplementação com o “Nutri Whey Protein®”, na melhoria
da composão corporal e interferência sobre alguns parâmetros bioquímicos. Metodologia: 108
ratos wistar foram submetidos a três dietas: padrão, constituída por feijão carioca, arroz polido,
farinha de mandioca, frango e óleo (com 17% de protnas) e suplementadas com 5 e 10% de
whey protein (ambas com 22% de protnas); e três intensidades de exercício (sedentários, natação
sem e com carga), divididos em nove grupos (n=12). Determinou-se: ganho de peso, ingestão
alimentar, gordura da carcaça, uréia, creatinina, alanina e aspartato aminotransferases (ALT e
AST). Os animais nadaram 30 minutos/dia, 5 dias/semana, e dois de repouso, por quatro semanas.
Resultados: Ocorreu interação entre dieta e exercício, com diminuão do ganho de peso, que foi
menor em exercitados com carga (EC, EC5 e EC10). Nos grupos exercitados sem carga (E, E5 e
E10), houve aumento da gordura corporal, sofrendo interferência apenas do exercício, porém
foram diferentes de EC, EC5 e EC10, que não diferiram dos sedentários (S, S5 e S10). No caso
da uréia, houve interação do exercício e da dieta, e se elevou mais em EC5 e EC10. A creatinina
aumentou nas duas dietas suplementadas, independentemente da intensidade do exercício,
aumento este ainda maior em EC, EC5 e EC10. A AST e a ALT aumentaram em EC, EC5 e
EC10, fato intensificado pela suplementação a 10%. Conclusões: o whey protein foi pouco
efetivo na melhoria da composição corporal, sendo contra-indicado para sedentários. Quanto aos
parâmetros bioquímicos, tanto a suplementação quanto o exercício podem ter promovido um
desequilíbrio no metabolismo, podendo causar danos à saúde.
Palavras-chave: proteína, whey protein, suplementos protéicos, exercíciosico.
67
ABSTRACT
Objective: Investigate the effectiveness of supplementation with “Nutri Whey Protein®” for the
improvement in body composition and affects on biochemical parameters. Methodology: 108
wistar mice were submitted to three diets: 1) standard, made up of common beans, common rice,
manioc flour, chicken and vegetable oil (with 17% protein); 2) supplemented with 5% whey
protein (22% total protein); and 3) supplemented with 10% whey protein (22% total protein).
Three exercise intensities were used (sedentary, swimming, swimming with load), divided into nine
groups (n=12). The following variables were determined: weight gain, food intake, carcass fat,
urea, creatinine, alanine aminotransferase (ALT) and aspartate aminotransferase (AST). The
animals swam for 30 minutes/day, five days/week and two day of rest for four weeks. Results:
Interaction occurred between the diet and exercise, with a reduction in weight gain, which was
lower in the groups exercised with load (EL, EL5 and EL10). In the groups exercised without
load (E, E5 and E10), there was in increase in body fat, undergoing an influence only from the
exercise; values were different from those in EL, EL5 and EL10, which were similar to the
sedentary groups (S, S5 and S10). Regarding urea, there was an interaction between diet and
exercise, with the highest values in EL5 and EL10. Creatinine increased in the two supplemented
diets regardless of the exercise intensity; this increase was highest in EL, EL5 and EL10. AST and
ALT increased in EL, EL5 and EL10, with the highest values using the 10% supplementation.
Conclusion: Whey protein had little effect on the improvement of body composition and is
contraindicated for sedentary individuals. Regarding the biochemical variables, both
supplementation and exercise may have led to an imbalance in the metabolism, which could be
harmful to health.
Key words: protein, whey protein, protein supplements, physical exercise.
68
INTRODUÇÃO
É bastante conhecida a estreita relação entre alimentação, atividade física e saúde. “Peso e
gordura corporal abaixo dos níveis mínimos adequados levam a distúrbios de saúde, relacionados
com a insuficiência de ingestão de energia e nutrientes. Além da perda de massa muscular, a baixa
ingestão de nutrientes pode ocasionar diminuão da densidade óssea, aumento do risco de fadiga
e disfunção sexual, dentre outros agravos à saúde. É assim evidente que a adequação das
necessidades energéticas constitui uma prioridade nutricional importante para os que praticam
exercícios sicos.” (1). Esta afirmação pode levar a conclusões equivocadas, por parte de leigos,
como, por exemplo, de que quando há a pratica regular de exercícios é necessário consumir mais
nutrientes do que o recomendado.(2-5). Fato que recebe maior valor quando aliado à busca da
estética perfeita e do corpo inflado de músculos, e que pode ser constatado pela tendência cada
vez mais comum, dentre os praticantes de exercício físico, de utilizar os chamados “suplementos”,
com o objetivo de “reforçar as condições orgânicas, melhorar a forma física e, conseqüentemente,
a performance” .(2-6).
Contudo, os dados científicos sobre os suplementos são escassos, muitas dúvidas ainda
persistem sobre a segurança de seu uso (4,7). Dentre eles, apenas os minerais e vitamínicos são
considerados seguros. Já os suplementos protéicos podem acarretar problemas à saúde se
consumidos em dosagens superiores às recomendadas. Os quais são produzidos a partir de fontes
as mais diversas, todas com um bom balanço de aminoácidos essenciais, como: soja, ovo, ou whey
protein, que é um composto retirado do soro do leite na fabricação do queijo (8). O whey protein,
em particular, constitui uma fonte ideal para a construção muscular, pois sua protna é
rapidamente digerida e absorvida, resultando em rápido aumento dos níveis sanguíneos de
aminoácidos e ainda, em elevada concentração de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e
69
glutamina (9, 10). Vem sendo utilizado no tratamento clínico de doenças como câncer, Síndrome
da Imuno Deficiência Adquirida (Aids), hepatite B, doenças cardiovasculares, osteoporose, e
como agente antimicrobiano. Estes casos variados são devido à sua ação: antioxidante,
antihipertensiva, antitumoral, antiviral, antibacteriana e hipolipemiante (9). Na nutrição esportiva o
whey protein assume destaque por promover benefícios na performance e na composição corporal
(11-13).
Outro ponto relevante, apontado na literatura especializada, refere-se à composição do
suplemento, não somente em relação à quantidade de protna, mas também à presença de outros
nutrientes, como os carboidratos e, ainda, à quantidade de energia ingerida. Juntos, interferem
diretamente no ganho de massa magra, promovendo aumento na síntese protéica e diminuão de
seu catabolismo (12, 14).
Com base nestas considerações, o trabalho tem como objetivo estudar em animais a
efetividade da suplementação com o “Nutri Whey Protein®”, na melhoria da composão
corporal e de alguns parâmetros bioquímicos.
70
METODOLOGIA
Animais e protocolo experimental
Foram utilizados 108 ratos machos da linhagem wistar (Rattus norvergicus, variedade
albinus), com idade de 60 dias e peso médio 283 ± 25g, provenientes da colônia do Departamento
de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), distribdos aleatoriamente (Figura
1) e mantidos em gaiolas individuais, sob condições padrão de iluminação (ciclo claro/escuro,
12/12 horas), temperatura (22º C) e umidade (65%) (15). Os animais foram divididos em nove
grupos (n=12/grupo): S, sedentário-dieta padrão; E, exercitado-dieta padrão; EC, exercitado com
carga-dieta padrão; S-5, sedentário-dieta suplementada com 5% de whey protein; E-5, exercitado-
dieta suplementada com 5% de whey protein; EC-5, exercitado com carga-dieta suplementada
com 5% de whey protein; S-10, sedentário-dieta suplementada com 10% de whey protein; E-10,
exercitado-dieta suplementada com 10% de whey protein; EC-10, exercitado com carga-dieta
suplementada com 10% de whey protein. Todos receberam, por quatro semanas, água e ração ad
libitum. Os animais foram tratados de acordo com os princípios éticos do Cogio Brasileiro de
Experimentação Animal (Cobea) e o trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética em
Experimentação Animal (Ceea – UFPE) – Protocolo nº 23076.002385/2008-27.
Dietas
O desenho experimental seguiu o que preconiza a AIN-93G (16), de forma balanceada,
normo-protéica (17%). A tabela 1 apresenta a composição das dietas. O frango e o Nutri whey
protein® foram usados como fontes protéicas. A dieta padrão foi constituída por alimentos
básicos do Nordeste brasileiro, obtidos no mercado local, utilizando-se as variedades de menor
preço: feijão carioca (Phaseolus vulgaris L.); arroz polido (Oryza sativa I.); farinha de mandioca
(Manihot esculenta Crantz); frango; óleo. Os grãos e o frango, após cozimento em água,
71
separadamente, por um período de 40-60 minutos, foram dessecados em estufa (60ºC), por 24
horas, e pulverizados em moinho (FLOOR GRID MILL-CHUO BOEKI KAISHA), sendo os
produtos resultantes passados em peneira de 60 mesh e, a seguir, pesados e misturados, obtendo-
se as farinhas que compuseram a ração.
As dietas suplementadas a 5 e 10% (“whey protein 5%” e “whey protein 10%”) foram
elaborados com os mesmos componentes da dieta padrão, acrescidos de suplemento protéico
(Nutri Whey Protein®) em diferentes proporções: a dieta “whey protein 5%” recebeu 5% a mais
de protna advinda do suplemento, atingindo o teor protéico de 22%, e a “whey protein 10%”
permaneceu com esta concentração, com a adição de 10% do suplemento, sendo 5% utilizado em
substituição à proteína convencional (frango) e 5% correspondente à suplementação, ambas hiper-
protéicas (22%), normo-lidicas e normo-glidicas. A composição química das três dietas pode
ser verificada na tabela 1.
Métodos Biológicos
Semanalmente, registrou-se o peso corporal, utilizando uma balança de marca Ohaus, com
capacidade para 2.610g. Foram calculados o ganho de peso e a ingestão alimentar.
Métodos Químicos
A análise da composição centesimal das dietas foi realizada pelo Laboratório de
Experimentação e Análises de Alimentos, da UFPE, de acordo com a metodologia recomendada
pela Association of Official Analytical Chemists (17).
Métodos Bioquímicos
Após quatro semanas de experiência, os animais foram submetidos a anestesia profunda com
éter etílico, até a eutanásia, e retiradas, por punção cardíaca, amostras de sangue, centrifugadas e
separados os soros para análise laboratorial de uréia, creatinina, alanina e aspartato
72
aminotransferases. As amostras foram levadas ao Laboratório de Análises Clínicas do
Departamento de Farmácia da UFPE para a realização das análises, utilizando kits comerciais da
Labtest® (Labtest Diagnósticos S.A.) e leitura em espectrofotômetro Coleman SP35-D.
Pametros séricos
Nas análises de uréia utilizou-se otodo enzimático de Bergmeyer (18) e, para creatinina,
reação colorimétrica de complexação (19). Nas análises de aspartato aminotransferase e alanina
aminotransferase (AST ou TGO e ALT ou TGP, respectivamente) foi utilizado o método de
Reitman e Frankel (20).
Gordura da carcaça
O percentual de gordura da carcaça foi determinado pelo método de extração de Soxhlet
(21). Após o sacrifício dos animais procedeu-se à evisceração, preservando-se a gordura; a
carcaça foi pesada, congelada e triturada, sendo retirada uma alíquota.
Protocolo de exercício
Os animais foram submetidos ao exercício da natação, durante quatro semanas, em sessões
de 30 minutos, 5 dias por semana, intercalados com dois dias de repouso, em tanque coletivo com
água mantida a 30-32ºC
(22)
, sempre pela manhã. Na primeira semana foi feita a adaptação dos
animais ao exercício, que consistiu de nado por 10 minutos, no primeiro dia, aumentado em cinco
minutos a cada dia subseqüente, permanecendo 30 minutos diários nas demais semanas, seguindo
o protocolo experimental (Figura 1).
Os ratos exercitados com carga receberam um peso de chumbo equivalente a 8% do seu
peso corporal, atado ao corpo com um elástico (23), desde o início da adaptação.
Análise estatística
Os dados foram analisados usando two-way Anova, seguida do teste de comparações
73
pareadas de Tukey, com significância de 0,05. O programa utilizado para a obtenção dos cálculos
estatísticos foi o Statistical Analysis System (SAS) na versão 8.
74
RESULTADOS
Ingestão alimentar, protéica e calórica
Ao analisar os resultados dos consumos (Tabela 2) foi possível notar que todos os grupos
ingeriram significativamente mais alimentos, proteínas e calorias (p<0,0001), quando comparados
com o grupo sedentário dieta padrão (S), com exceção do grupo exercitado mantido sob a mesma
dieta (E), que não diferiu do S. Tanto o exercício quanto a suplementação promoveram aumento
significativo no consumo alimentar (p=0,0350) sendo mais pronunciado nos grupos exercitados
com carga, independentemente da dieta. Em ambas as dietas suplementadas houve diferença no
consumo protéico e calórico quando comparadas à dieta padrão; este aumento no consumo sofreu
interferência em separado do tipo de dieta e do exercício (p<0,0001), não havendo interação entre
eles.
Curva ponderal, ganho de peso e gordura da carcaça
Os animais submetidos ao experimento partiram de um peso sem diferenças significativas
(p=0,9272) (Figura 2), comportamento que foi modificado após a primeira semana de
experimentação (período de adaptação), em que os animais submetidos ao exercício sem carga (E,
E5 e E10) diferiram significativamente dos demais grupos (p=0,0014), mas não entre si,
apresentando os menores pesos corporais; na segunda semana diferiram (p<0,0184) apenas dos
sedentários (S, S5 e S10), passando a não mais haver diferenças na terceira semana (p=0,5546).
Ao final do experimento, houve alteração nos pesos dos exercitados com carga (EC, EC5 e
EC10), que se apresentaram significativamente menores (p<0,0010) que os demais grupos, não
diferindo entre si.
O exercício que provocou o menor ganho de peso foi o com carga, o que foi ainda menor
nos animais que consumiram a dieta padrão, ou seja, sem a suplementação (p<0,0001). No caso
75
dos grupos sedentários suplementados houve aumento significativo no ganho de peso,
independentemente do tipo de suplementação (p=0,0025). Ocorreu interação (p=0,0467) entre a
dieta e o exercício no sentido de diminuão no ganho de peso (Figura 3).
Todos os grupos exercitados sem carga (E, E5 e E10), quando comparados ao grupo S
apresentaram aumento significativo nos valores da gordura corporal, independentemente da dieta
consumida, sofrendo interferência apenas do exercício (p=0,0013), porém diferiram de todos os
exercitados com carga (EC, EC5 e EC10), independentemente da dieta a que se submeteram. No
entanto, os percentuais de gordura dos grupos submetidos ao exercício forçado (EC, EC5 e
EC10) não diferiram dos sedentários (S, S5 e S10), independente da dieta (p=0,1395) (Figura 3).
Pametros séricos
Os ratos submetidos ao exercício forçado nas dietas suplementadas (EC5 e EC10),
apresentaram uma elevação significativa na concentração sérica da uréia (U) (p<0,0001) (Tabela
3), quando comparados ao grupo S. Comportamento semelhante ocorreu quando as dietas
suplementadas foram analisadas em separado. Observou-se, ainda, que ambos, exercício e dieta,
interferiram significativamente no aumento deste parâmetro (p<0,0001).
Quanto à creatinina (CR) (Tabela 3), foi verificado que as duas dietas suplementadas (whey
protein 5% e whey protein 10%) promoveram aumento significativo neste metabólito,
independentemente da intensidade do exercício executado (p<0,0001). Com relação ao tipo de
exercício constatou-se aumento significativo nos grupos exercitados com carga (EC, EC5 e EC10)
(p<0,0001), os quais não diferiram entre si.
A AST (Tabela 3) apresentou aumento significativo em todos os grupos submetidos ao
exercício com carga (EC, EC5 e EC10) (p<0,0001), intensificado pela suplementação de 10% do
whey protein. Ocorreu, portanto, uma interação entre o exercício e a dieta, repercutindo sobre
76
este parâmetro (p<0,0001).
No caso da ALT (Tabela 3), o comportamento em relação ao exercício físico foi
semelhante nas três dietas, verificando-se aumento significativo nos grupos exercitados com carga
(EC, EC5 e EC10) em comparação aos demais (p<0,0001). A dieta suplementada a 10% (whey
protein 10%) promoveu aumento significativo na ALT, quando comparado à dieta padrão
(p=0,0143), independentemente da intensidade do exercício físico, não revelando interação entre
dieta e exercício (p=0,1004).
77
DISCUSSÃO
Segundo o esquema experimental utilizado, inicialmente ocorreu uma adaptação ao exercício,
e, no caso dos animais submetidos a sobrecarga, a carga promoveu um aumento na intensidade do
mesmo, levando o animal ao ponto no qual há a maior concentração de ácido lático sanguíneo,
estado anaeróbio, que permanece praticamente constante, acarretando o mínimo de lesão muscular
e promovendo a anaerobiose característica do exercício de resistência, o steady state of lactato
(23).
Após a terceira semana pôde-se observar redução do peso corporal nos animais que
praticaram exercício anaeróbico, diferente dos achados de Morifuji et al. (12). Por outro lado, em
relação ao ganho de peso o exercíciosico intenso (dentro do limiar anaeróbio) o reduziu,
semelhante ao que foi retratado por Morifuji et al. (24)
em outro trabalho, no qual estudaram a
interferência do consumo de dois tipos de dietas (normoprotéicas a 20%– casna e whey protein)
e em ratos que nadaram, durante duas semanas, de forma aguda e prolongada, os quais
apresentaram uma diminuão da atividade das enzimas lipogênicas hepáticas, e aumento de peso
corporal. Contudo, de acordo com os parâmetros estudados neste trabalho, não houve aumento da
massa corporal magra, como era de se esperar (25).
Quando observados os animais suplementados que não praticaram exercício verificou-se
aumento no ganho de peso, porém não significativo na massa magra, indicando que,
independentemente da forma de suplementação adotada, ocorreu maior acúmulo de gordura
corporal, o que não é desejado, pois o ideal seria aumentar a massa corporal magra, tornando o
uso deste tipo de produto contra-indicado para sedentários. No caso da substituição da protna
do frango pelo whey protein o comportamento foi semelhante, indicando que este tipo de
substituição tem pouco efeito e, portanto, não se justifica, vez que o custo é mais elevado.
78
O mecanismo pelo qual o exercíciosico afeta a oxidação de gordura é complexa sofrendo
interferência do tipo de exercício, maior durante a corrida que no ciclismo, por exemplo, da
intensidade, a disponibilidade de substratos energéticos e o nível de adaptação orgânica. Que
quando observa-se o treinamento de endurance, nota-se que o mesmo induz altiplas
adaptações que resultam no aumento da oxidação lipídica, ocorrendo a maior taxa de oxidação em
exercício de intensidade entre 59 e 64% do VO2
Máx.
para pessoas treinadas, e 47 a 52% do
VO2
Máx.
para não treinados; ou seja, em exercícios de intensidade leve a moderada. No caso dos
substratos disponíveis, a ingestão de carboidratos, antes ou durante o exercício, reduz
significativamente a taxa de oxidação da gordura. No caso da ingestão de uma dieta rica em
gordura, após o exercício, ocorre redução da taxa de oxidação como um resultado da diminuão
de estoques do glicogênio e devido aovel das adaptações musculares (26).
Há uma tendência, nos animais em exercício forçado, a redução do peso corporal; a
continuidade do exercício, por um período de tempo maior que deste trabalho, pode favorecer a
redução da gordura corporal, com a manutenção da massa magra. Ao que parece, os animais
sedentários ou em exercio aeróbico de leve a moderado não precisam de suplementação, pois o
excesso protéico e a maior eficiência do metabolismo proporcionam o acúmulo de gordura
corporal, segundo Rennie e Tipton (25). No caso dos grupos submetidos á exercício forçado (EC,
EC5 e EC10) o suplemento também promoveu maior acúmulo de gordura, da ordem de 10, 30 e
40%, respectivamente, só que em menor proporção do que no exercício aeróbico de intensidade
leve a moderada.
Este tipo de suplementação, tanto em sedentários quanto em praticantes de exercício
aeróbico leve a moderado, promoveu aumento de peso, predominantemente da gordura corporal,
o que se acentuou nos exercitados. Fato este que pode ter ocorrido devido à prática de exercio
79
habitual estimular uma maior eficncia do metabolismo corporal, incluindo o muscular, sendo
desnecessário excesso de protna para ganho de massa magra (25, 27). Em ambas as
suplementações ocorreu o mesmo comportamento sobre o ganho e o percentual de gordura
corporais, indicando que, independentemente do tipo de protna, o excesso, por si, promoveu
o aumento de ambos já que a mistura foi modificada com a proporção do suplemento das rações,
permanecendo com o mesmo teor protéico (whey protein 5% e whey protein 10%), sendo
mantidas as demais proporções de nutrientes e energia.
No caso do consumo alimentar, parece que o exercício por si promove o seu aumento, o
qual propicia maior aporte de nutrientes e energia, favorecendo o anabolismo protéico. No
entanto, é muito importante que o consumo ocorra em até 48h após o exercício para garantir que
haja redução da degradação protéica e aumento de sua síntese
(25, 27).
Tipton et al. (13) estudaram a ingestão de protnas intactas (caseína e whey protein) após o
exercício físico, para estimular a síntese protéica muscular, em humanos. Os indiduos foram
distribuídos em três grupos, que consumiram uma das três bebidas: placebo (n=7), 20g caseína
(n=7) e 20g de whey protein (n=9); o exercício foi de extensão da perna. Os autores concluíram
que a ingestão de ambas as proteínas após o exercício resultou em aumento similar no balanço
protéico muscular, em que a síntese de protna muscular apresentou diferentes padrões de
respostas do pool de aminoácidos sanguíneos. Este tipo de conclusão vem sendo levantada desde
2000, por Rennie e Tipton (25), em seu trabalho de revisão.
Outro parâmetro analisado foi a creatinina, que sofreu interferência direta da
suplementação, independente do teor utilizado. Neste caso, como era esperado, devido a um
maior aporte protéico, as dietas suplementadas proporcionaram um consumo maior de protnas
como fonte energética, indicando um excesso deste tipo de nutriente, intensificado nos grupos
80
com exercício forçado, devido ao maior trabalho muscular. Por este motivo pode ter ocorrido
elevação da creatinina (CR) sanguínea, a qual depende diretamente do catabolismo protéico (28).
Esta elevação também sofreu interferência direta da intensidade do exercício, uma vez que
somente nos animais submetidos ao exercício forçado ocorreu aumento deste metabólito.
Quanto à uréia (U), verificou-se que os ratos suplementados sob exercício forçado
apresentaram maior catabolismo protéico, aumentando sua concentração no soro, indicando que
tanto o exercício como a ingestão maior de protna promoveram aumento da degradação protéica
e utilização de aminoácidos como fonte energética (25). Com o teor protéico recomendado,
independentemente do exercício, não houve aumento significativo da ureogênese. Quando
analisada a suplementação, independentemente do seu teor, houve aumento significativo nos
grupos com exercício forçado, quase que triplicando a concentração da uréia. O que pode ser
explicado pelo fato de que tanto o exercício físico quanto um maior aporte protéico promovem
aumento no consumo de aminoácidos como fonte energética, seja por sua maior disponibilidade
ou pela intensidade do exercício (25). O fato do exercício aeróbico leve à moderado com 5% de
suplemento não ter apresentado uma maior formação de uréia pode ter ocorrido pela utilização do
frango como a fonte predominante de protnas, apesar do excesso protéico. Diferente da dieta
com 10% de whey protein, que recebeu o dobro do suplemento em substituição a este
constituinte, o que possivelmente tornou disponível aminoácidos predominantemente ureogênicos,
como os BCAAs (leucina, valina e isoleucina), relevantes para a manutenção da proteína corporal
(29); além de constituírem fontes de nitrogênio para a síntese de alanina e glutamina, regulam os
processos anabólicos e têm efeitos terapêuticos e nutracêuticos, uma vez que podem atenuar a
perda de massa magra durante a redução de peso corporal, entre outros (29) e estimulam a síntese
protéica, através da leucina (30). Os BCAAs são responsáveis em fornecer 10 a 15% da energia
81
total gasta na etapa final do exercício de alta intensidade prolongado (31).
Ainda foram estudadas as aminotransferases (ALT e AST), indicadoras de lesões no fígado e
sculos. A ALT é encontrada em altas concentrações apenas no citoplasma do fígado, o que
torna o seu aumento sanguíneo um indicativo mais específico de lesão hepática; no entanto, pode
estar aumentada em conjunto com a AST em miopatias (doenças musculares) severas. Vale
salientar que, na literatura científica, são escassas as informações a respeito do papel destas
enzimas, conjugando a suplementação protéica e o exercício físico, tampouco foram encontrados
artigos utilizando o esquema experimental aqui estudado.
O exercício forçado promoveu aumento na AST, fato que foi intensificado pela
suplementação de 10% do whey protein, sendo indicativo de dano muscular, pois também houve
elevação da ALT, mesmo não tenha sofrido a ação conjunta de dieta e exercício e, sim, modificou-
se, em particular, para cada uma das variáveis estudadas. Apresentando seus maiores teores nos
animais submetidos à dieta com 10% do suplemento, havendo indicação de forte transaminação,
possivelmente pela maior disponibilidade de alanina do suplemento e não pela quantidade de
protnas da dieta; uma vez que a dieta a 5% tinha o mesmo teor protéico (22%). Fato que
também pode ser explicado pela maior formação de uréia, já comentado anteriormente. Sofrendo,
assim, a ação do tipo de pool de aminoácidos dispoveis provenientes da dieta consumida.
Considerando a intensidade do exercício, só os animais submetidos ao nado forçado, apresentaram
aumento significativo da AST, indicando uma maior utilização de protína como fonte de energia,
promovendo assim maior transaminação para a neoglicogênese (25).
Segundo Morifuji et al. (24), a suplementação com BCAA reduz o consumo de glicogênio
hepático durante o exercício agudo, como uma conseqüência da diminuão da atividade do
82
complexo piruvato desidrogenase, levando-os à considerar que os efeitos benéficos sobre os
estoques de glicogênio hepático do whey protein são determinados por sua composição de
aminoácidos. No entanto, o mecanismo involvido neste comportamento ainda não está
completamente esclarecido. Ainda neste trabalho os autores mostraram que casna e whey protein
causaram aumentos significativos nos níveis de vários aminoácidos, especialmente alanina, como
também mudanças hepáticas na atividade da alanina aminotransferase (ALT). A transaminação é o
primeiro passo para o catabolismo de aminoácidos e permite que os esqueletos de carbono dos
aminoácidos sejam convertidos em oxaloacetato e, subseqüentemente, em piruvato, para ser
utilizado na neoglicogênese. Do mesmo modo que neste trabalho, os autores chegaram à
conclusão de que possivelmente os BCAAs podem ter sido convertidos a alanina no músculo e,
então, transportados ao fígado, para a conversão em piruvato, contudo reduzindo a necessidade
de metabolizar glicogênio hepático e produzir glicose adicional. E ainda sugerem que seu estudo
está de acordo com esta seqüência de reações, bem como, whey protein, em adição ao aumento
dos níveis de alanina no soro, também aumenta a atividade da alanina aminotransferase hepática.
Este aumento na ALT indicou mudanças na glicogenólise procedidas pela alanina.
O aumento da massa muscular constitui uma resposta normal ao treinamento físico, o que
pode ocorrer por hipertrofia, hiperplasia, ou ambos, resultantes tanto do aumento da síntese
quanto da diminuão do catabolismo protéico (25, 32).
O perfil de aminoácidos das proteínas do soro pode favorecer o anabolismo muscular (8,9).
Além disso, Há e Zemel (10) destacam que o perfil de aminoácidos das protnas do soro é muito
similar ao das proteínas dosculo esquetico, fornecendo quase todos os aminoácidos em
proporção semelhante, classificando-as como um efetivo suplemento anabólico. Em outro estudo,
Burke et al. (33) observaram, igualmente, ganho de massa muscular significativo em adultos
83
jovens suplementados com protnas do soro e submetidos a um programa de exercícios com
pesos, quando comparado a um grupo não suplementado, confirmando a teoria do efeito das
protnas do soro sobre o ganho de massa muscular. Efeito este que parece não ter sido efetivo
nas condições ora estudadas.
84
CONCLUSÕES
Os dados analisados permitem concluir que o whey protein foi pouco efetivo na melhoria da
composição corporal. E pode-se inferir que sedentários não devem consumir este tipo de
suplemento para o ganho de massa magra, pois o mesmo promoveu aumento de gordura corporal.
Quanto aos parâmetros bioquímicos, tanto a suplementação quanto o exercício podem ter
promovido um desequilíbrio no metabolismo, elevando-os, podendo causar danos à saúde e
diminuindo a qualidade de vida.
85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. American Colege of Sports Medicine. American Dietetic Association and Dietitians of
Canada. Position of the nutrition and athletic performance. J Amer Diet Assoc. 2000; 100:
1543-56.
2. Carvalho T, Rodrigues T, Meyer F, Lancha Jr AH, De Rose EH. Modificações dietéticas,
reposão hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e
potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esp. 2003; 9(2): 1-13.
3. Burke LM, Read RSD. Dietary supplements in sports. Sports Med. 1993;15: 43.
4. Gomes MR, Tirapegui J. Relação de alguns suplementos nutricionais e o desempenho
físico. Arch Latinoamer Nutr. 2000; 50(4): 317-29.
5. Mendes RM, Tirapegui J. Creatina: o suplemento nutricional para a atividade física–
Conceitos atuais. Ach Latinoamer Nutr. 2002; 52(2, S2): 117-27.
6. Calfee R, Fadale P. Popular ergogenic drugs and supplements in young athletes. Pedriatcs.
2006; 117(3): e577-89. Disponível em http://www.pedriatcs.org Acessado em: 27/04/07.
7. Clarkson P, Coleman E, Rosembloom C. Risk dietary supplements. Sports Sci Exch
Roundtable 48 2002; 13(2). Dispovel em: http://www.gssiweb.com/reflib/refs/568
Acessado em 10/04/05
8. Haraguchi FK, Abreu WC, De Paula H. Proteínas do soro do leite: composição,
propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana. Ver
Nutr. 2006;19(4):479-88.
86
9. Marshall K. Therapeutic application of whey protein. Alter Med Rev. 2004; 9(2)136-56.
10. Há E, Zemel MB. Functional properties of whey, whey components, and essential amino
acids: mechanisms underlying health benefits for active people. J Nutr Biochem. 2003; 14:
251-8.
11. Aoi W, Naito Y Yoshikawa T. Exercise and functional foods. Nut Journal. 2006; 5:15-23.
Dispovel em: http://www.nutritionj.com/content/5/1/15.
12. Morifuji M, Sakai K, Sanbongi C, Sugiura K. Dietary whey protein downregulates fatty
acid synthesis in the liver, but upregulates it in skeletal muscle of exercise-trained rats.
Nutrition. 2005; 21:1052-8.
Dispovel em: http://www.elsevier.com/locate/nut Acessado em 12/12/05.
13. Tipton KD, Elliott TA, Cree MG, Wolf SE, Sanford AP, Wolfe RR. Ingestion of casein
and whey proteins result in muscle anabolism after resistence exercise. Med Sci Sports
Exerc. 2004; 36(12):2073-81.
14. Borsheim E, Aarsland A, Wolfe RR. Effect of an amino acid, protein, and carboidrate
mixture on net muscle protein balance after resistance exercise. Int J Nutri Exerc Metab.
2004; 14:255-71.
15. Merusse JLB, Lapichik VBV. Instalações e equipamentos. In: Colégio Brasileiro de
Experimentação Animal. Comissão de Ensino. Manual para técnicos em bioterismo. 2.ed.
São Paulo: EPM, 1996.
16. Reeves PG, Nielsen FH, Fahey GC. AIN-93 purified diets for laboratory rodents; final
report of the American Institute of Nutrition Ad Hoc Writing Committee on the
Reformulation of the AIN-76A Rodent Diet. J Nutr, 1993; 123(10): 1939-51.
87
17. Horwitz, W. Official methods of analysis of the Association of Official Analytical
Chemists. 3rd ed. Washington: AOAC. 1998; 1094.
18. Bergmeyer, H.U. Methods of enzimatic analyses. VCH Publishers 1985. v.9, p.449-453.
19. Henry RJ, Cannon DC, Winkelman JW. Clinical chemistry; principles and technics. 2nd ed.
New York: Harper & Row; 1974.
20. Reitman S, Frankel S. A colorimetric method for the determination of serum glutamic
oxalacetic and glutamic pyruvic transaminase. Am J Clin Path. 1957; 28:56-63.
21. Official methods of analysis of the Association of Official Analytical Chemists. 2rd ed.
Washington: AOAC. 1997.
22. Marcondes MCCG, Simões GC, Neiva CM, Azevedo JRM, Mello MAB. Perfil lipídico de
camundongos alimentados com dieta potencialmente aterogênica submetidos ao
treinamentosico aeróbico. Rev Bras Ativs Saúde. 1997; 2(1): 60-68.
23. Gobatto CA, Mello MAR, Sibuya CY, Azevedo JRM, Santos LA, Kokubun E. Maximal
lactate steady state in rats submitted to swimming exercise. Comp Bioch Phys. 2001; 130:
21-7.
24. Morifuji M, Sakai K, Sugiura K. Dietary Whey protein modulates liver glycogen level and
glycoregulatory enzyme activities is exercises-trained rats. Exp Biol Med. 2005; 230: 23-
30.
25. Rennie MJ, Tipton KD. Protein and amino acid metabolism during and after exercise and
the effects of nutrition. Annu Rev Nutr. 2000; 20: 457-83.
26. Achten J, Jeukendrup AE. Optimizing fat oxidation through exercise and diet. Nutrition.
2004; 20:716-27.
88
27. Bisborough S, Mann N. A review of dietary protein intake in humans. Int J Sport Nutr
Exerc Met. 2006; 16: 120-52.
28. Ferreira PS, Zaninelo LH, Pelizer CM, Santos CM, Neiva CM. Aspectos gerais e
indicadores estatísticos sobre consume de suplementos nutricionais em academis de
ginástica. Nutr Pauta. 2007; 82: 27-31.
29. Rogero MM, Tirapegui J. Aminoácidos de cadeia ramificada, balanço protéico muscular e
exercíciosico. Nutr Pauta. 2007; 83: 28-34.
30. Shimomura Y, Yamamoto Y, Bajotto G, Sato J. Nutraceutical effects of amino acids on
skeletal muscle. J. Nutr. 2006; 136: 529S-532S.
31. Canuto R, Fagundes RLM. A importância dos macronutrients no manejo dietético em
atletas de futebol de campo. Nutr Pauta. 2006; 76: 34-9.
32. Rogatto GP, Luciano E. Influência do treinamento físico intenso sobre o metabolismo de
protnas. Motriz. 2001; 7(2): 75-82
33. Burke LM, Cox GR, Culmmings NK, Desbrow B. Guidelines for daily carbohydrate
intake: do athletes achieve them? Spots Med. 2001; 31:267-99.
89
Figura 1: Esquema experimental
(*) S, sedentário-dieta padrão; E, exercitado-dieta padrão; EC, exercitado com carga-dieta padrão; S-5, sedentário-
dieta suplementada com 5% de whey protein; E-5, exercitado-dieta suplementada com 5% de whey protein; EC-5,
exercitado com carga-dieta suplementada com 5% de whey protein; S-10, sedentário-dieta suplementada com 10%
de whey protein; E-10, exercitado-dieta suplementada com 10% de whey protein; EC-10, exercitado com carga-dieta
suplementada com 10% de whey protein.
Adaptação
1
o
dia - 10 minutos
2
o
dia - 15 minutos
3
o
dia - 20 minutos
4
o
dia - 25 minutos
5
o
dia - 30 minutos
7
o
e 8
o
dias - repouso
5 dias - 30 minutos
2 dias - repouso
Repete 3 vezes
Sacrifício
Exercitado com carga
n=12 – EC
n=12 – EC-5
n=12 – EC-10
Exercitado
n=12 – E
n=12 – E-5
n=12 – E-10
108 Ratos machos
Sem carga Carga = 8% do peso corporal
Treino
1 dia – repouso - 12 horas de jejum
Sedentário*
n=12 – S
n=12 – S-5
n=12 – S-10
28 dias
sem exercício
90
250
270
290
310
330
350
370
390
410
Inicial 1 2 3 4
Semana
Peso (g)
S S-5 S-10
E E-5 E-10
EC EC-5 EC-10
Figura 2: Comportamento Ponderal Dos Animais Em Cada Fim De Período (Semanal)
(*) Diferença significante a 0,05. ANOVA, análise de varncia; S, sedenrio-dieta padrão; E, exercitado-dieta
padrão; EC, exercitado com carga-dieta padrão; S-5, sedentário-dieta suplementada com 5% de whey protein; E-5,
exercitado-dieta suplementada com 5% de whey protein; EC-5, exercitado com carga-dieta suplementada com 5%
de whey protein; S-10, sedentário-dieta suplementada com 10% de whey protein; E-10, exercitado-dieta
suplementada com 10% de whey protein; EC-10, exercitado com carga-dieta suplementada com 10% de whey
protein. Os dados são expressos em média ± desvio padrão. As médias nas colunas que mostram letras diferentes
apresentaram diferença significativa. Letras minúsculas distintas indicam diferença significativa entre as dietas ou
entre as combinações de dietas e exercícios; e letras maiúsculas, diferença significativa entre as formas de
exercios.
A
B
B
B
AB
AB
AB
A
A
A
B
B
B
B
B
B
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
A
91
59
10
83
16
41
11
95
14
81
16
60
14
99
14
79
15
69
13
Sedentário Exercitado Exercitado
com carga
Sedentário
whey-5%
Exercitado
whey-5%
Exercitado
com carga
whey-5%
Sedentário
whey-10%
Exercitado
whey-10%
Exercitado
com carga
whey-10%
Ganho de peso (g/30d) Gordura (%)
Figura 3: Ganho de peso e percentual de gordura de animais submetidos a diferentes níveis
de suplementação com whey protein e de exercício físico.
(*) Diferença significante a 0,05. Anova, análise de variância; Os dados são expressos em média ± desvio padrão.
As médias nas colunas que mostram letras supra-escritas diferentes apresentaram diferença significativa. Letras
minúsculas distintas indicam diferença significativa entre as formas de exercícios ou entre as combinações de
dietas e exercios; e letras maiúsculas, diferença significativa entre as dietas.
*bc ba c a ba bc a ba a
*b
b
b
b
a
b
b
a
a
92
Tabela 1
Composição química das dietas (g.kg-1)
Dieta normal Whey protein 5% Whey protein 10%
Q* P C G F E Q P C G F E Q P C G F E
COMPONENTE
(g) (g) (g) (g) (g) Kcal (g) (g) (g) (g) (g) Kcal (g) (g) (g) (g) (g) Kcal
Nutri whey
protein®
- - - - - - 200 50 137 2 - 766 400 100 274 4 - 1532
Frango 110 78 14 5 - 413 140 99 18 6 - 522 90 64 11 4 - 336
Feijão 280 64 173 4 12 984 220 50 136 3 9 771 190 43 118 3 8 671
Arroz 380 29 335 1 0 1465 280 21 247 0 0 1072 200 15 177 0 0 768
Óleo 30 0 0 30 - 270 30 0 0 30 - 270 30 0 0 30 - 270
Farinha de
mandioca
200 3 166 1 - 685 130 2 108 1 - 449 90 1 75 0 - 304
Total
1000 174 688 41 12 3817 1000 222 646 42 9 3850 1000 223 655 41 8 3881
*Q = Quantidade; P = Proteína; C = Carboidrato; G = Gordura; F = Fibra; E = Energia
93
Tabela 2
Ingestão alimentar, protéica e calórica*
Grupo
Alimentar Protéica Carica
(g/30d) (g/30d) (kcal/30d)
S 482 ± 48
(d)
84 ± 8
(b,A)
1840
±
184
(b,A)
E 521 ± 68
(dc)
91 ± 12
(b,A)
1987
±
261
(b,A)
EC 623 ± 62
(ba)
108 ± 11
(a,A)
2377
±
236
(a,A)
S-5 587 ± 47
(bac)
130 ± 10
(b,B)
2260
±
179
(b,B)
E-5 574 ± 57
(bc)
127 ± 13
(b,B)
2208
±
218
(b,B)
EC-5 628 ± 90
(ba)
139 ± 20
(a,B)
2417
±
346
(a,B)
S-10 563 ± 23
(bc)
126 ± 5
(b,B)
2187
±
89
(b,B)
E-10 604 ± 29
(ba)
135 ± 7
(b,B)
2345
±
114
(b,B)
EC-10 654 ± 54
(a)
146 ± 12
(a,B)
2537
±
211
(a,B)
ANOVA
Dieta p
(1)
< 0,0001* p
(1)
< 0,0001* p
(1)
< 0,0001*
Exercício p
(2)
< 0,0001* p
(2)
< 0,0001* p
(2)
< 0,0001*
Dieta X exercício p
(3)
= 0,0350* p
(3)
= 0,1225 p
(3)
= 0,1225
(*) Diferença significante a 0,05. p (1): Para a comparação entre dieta; p (2): Para a comparação entre exercícios; p (3): Para a verificação da hipótese dieta x
exercios. Anova, análise de variância; S, sedentário-dieta padrão; E, exercitado-dieta padrão; EC, exercitado com carga-dieta padrão; S-5, sedentário-dieta
suplementada com 5% de whey protein; E-5, exercitado-dieta suplementada com 5% de whey protein; EC-5, exercitado com carga-dieta suplementada com 5%
de whey protein; S-10, sedentário-dieta suplementada com 10% de whey protein; E-10, exercitado-dieta suplementada com 10% de whey protein; EC-10,
exercitado com carga-dieta suplementada com 10% de whey protein. Os dados são expressos em média ± desvio padrão. As médias nas colunas que mostram
letras supra-escritas diferentes apresentaram diferença significativa. Letras minúsculas distintas indicam diferença significativa entre as formas de exercios ou
entre as combinações de dietas e exercios; e letras maiúsculas, diferença significativa entre as dietas.
94
Tabela 3
Pametros séricos
Grupo Uréia Creatinina AST ALT
(g/dl) (g/dl) (g/dl) (g/dl)
S 17,25
±
4,34
(d)
0,48
±
0,14
(b,B)
35,75
±
10,73
(c)
28,67
±
8,56
(b,B)
E 13,01
±
2,48
(d)
0,53
±
0,14
(b,B)
24,92
±
7,28
(c)
25,58
±
4,50
(b,B)
EC 19,04
±
4,20
(d)
0,70
±
0,12
(a,B)
116,25
±
21,48
(b)
153,08
±
146,50
(a,B)
S-5 20,48
±
5,18
(cd)
0,68
±
0,22
(b,A)
28,17
±
14,30
(c)
29,67
±
14,77
(b,AB)
E-5 16,12
±
2,28
(d)
0,61
±
0,15
(b,A)
31,42
±
10,33
(c)
28,67
±
8,70
(b,AB)
EC-5 43,58
±
16,93
(a)
0,98
±
0,35
(a,A)
138,25
±
32,09
(b)
179,17
±
45,74
(a,AB)
S-10 30,07
±
5,73
(cb)
0,65
±
0,11
(b,A)
31,50
±
14,49
(c)
30,42
±
13,41
(b,A)
E-10 30,45
±
7,46
(b)
0,83
±
0,31
(b,A)
36,25
±
8,88
(c)
35,33
±
7,88
(b,A)
EC-10 41,45
±
7,63
(a)
0,99
±
0,28
(a,A)
171,67
±
21,47
(a)
181,50
±
21,72
(a,A)
ANOVA
Dieta p
(1)
< 0,0001* p
(1)
< 0,0001* p
(1)
< 0,0001* p
(1)
= 0,0143*
Exercício p
(2)
< 0,0001* p
(2)
< 0,0001* p
(2)
< 0,0001* p
(2)
< 0,0001*
Dieta X exercício p
(3)
< 0,0001* p
(3)
= 0,2321 p
(3)
< 0,0001* p
(3)
= 0,1004
(*) Diferença significante a 0,05. p (1): Para a comparação entre dieta; p (2): Para a comparação exercícios; p (3): Para a verificação da hipótese dieta x
exercios. Anova, análise de variância; S, sedentário-dieta padrão; E, exercitado-dieta padrão; EC, exercitado com carga-dieta padrão; S-5, sedentário-dieta
suplementada com 5% de whey protein; E-5, exercitado-dieta suplementada com 5% de whey protein; EC-5, exercitado com carga-dieta suplementada com 5%
de whey protein; S-10, sedentário-dieta suplementada com 10% de whey protein; E-10, exercitado-dieta suplementada com 10% de whey protein; EC-10,
exercitado com carga-dieta suplementada com 10% de whey protein. Os dados são expressos em média ± desvio padrão. As médias nas colunas que mostram
letras supra-escritas diferentes apresentaram diferença significativa. Letras minúsculas distintas indicam diferença significativa entre as formas de exercícios ou
entre as combinações de dietas e exercícios; e letras maiúsculas, diferença significativa entre as dietas. AST - Aspartato aminotransferase e ALT - Alanina
aminotransferase.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo