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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
DENSIDADES DE PLANTIO E DOSES DE NITROGÊNIO NO
DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE REPOLHO
Rodrigo Luiz Cavarianni
Orientador: Prof. Dr. Arthur Bernardes Cecílio Filho
Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias Unesp, mpus de Jaboticabal, como
parte das exigências para a obtenção do título de
Doutor em Agronomia (Produção Vegetal).
JABOTICABAL – SÃO PAULO – BRASIL
Julho de 2008
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ii
Cavarianni, Rodrigo Luiz
C376d
Densidade de plantio e doses de nitrogênio no desenvolvimento
e produção de repolho / Rodrigo Luiz Cavarianni Jaboticabal,
2008
ix, 111 f. : il. ; 28 cm
Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, 2008
Orientador: Arthur Bernardes Cecílio Filho
Banca examinadora: Antonio Ismael Inácio Cardoso, José Carlos
Barbosa, Mara Cristina Pessôa da Cruz e Simone da Costa Mello.
Bibliografia
1. Brassica oleracea var. capitata. 2. Nitrogênio-repolho. 3.
densidade-repolho. I. Título. II. Jaboticabal-Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias.
CDU 635.34
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação – Serviço
Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
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iii
DADOS CURRICULARES DO AUTOR
RODRIGO LUIZ CAVARIANNI nascido aos 10 de novembro de 1974, filho do
comerciante Luiz Antônio Cavarianni e da dona de casa Sônia Sueli Ferreira Aguillar. É
natural de Olímpia-SP. Concluiu o Grau em São Jodo Rio Preto pela Escola de
Primeiro e Segunda Grau Cidade de Rio Preto, em dezembro de 1992. Iniciou o curso
de Engenharia Civil na Fundação Estadual Paulista de Lins-SP, em fevereiro de 1995,
onde permaneceu até agosto de 1997. Iniciou o Curso de Agronomia em fevereiro de
1998 na FCAV-UNESP Jaboticabal, obtendo o título de Engenheiro Agrônomo em
janeiro de 2003. Em março de 2003 iniciou o Curso de Mestrado em Agronomia
(Produção Vegetal), na FCAV-UNESP, Câmpus de Jaboticabal, tendo concluído em
julho de 2004. Em agosto de 2004 iniciou o Curso de Doutorado em Agronomia
(Produção Vegetal), na FCAV-UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
iv
Ofereço
OfereçoOfereço
Ofereço
Aos meus pais Sônia e Luiz, e aos meus
avós Orlando, Emília e Luiza pela força ,
carinho e compreensão.
Dedico
Ao meu avô Luiz Cavarianni (in memorian), responsável pelo
início desta caminhada.
Agradeço à Deus
pela força, saúde e amigos
que colocou em meu caminho.
v
Agradecimentos Especiais
Ao Professor Dr. Arthur Bernardes Cecílio Filho pela compreensão,
paciência e orientação muito importantes nesta caminhada
profissional e pessoal.
À minha esposa,
Janicéli Rosa, companheira de
todas as horas.
Tu te tornas
eternamente responsável
por aquilo que cativas
(Antoine de Saint-Exupéry)
vi
AGRADECIMENTOS
À Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP, pelas condições
oferecidas, indispensáveis para o sucesso do curso.
Ao CNPq, pela concessão de bolsa de estudo.
Á Fapesp, pelo financiamento da pesquisa.
Aos professores: Drª Simone da Costa Mello, Dr. Antonio Ismael Inácio Cardoso, Drª
Mara Cristina Pessôa da Cruz e Dr. José Carlos Barbosa pelas valiosas e oportunas
sugestões da banca examinadora da tese.
Aos professores Dr. Renato de Mello Prado, Dr Edson L. M. Coutinho, Dr. Jairo O.
Cazetta e Dr. José Carlos Barbosa pela participação e sugestões no exame de
qualificação.
Aos funcionários do Setor de Olericultura, Srs. João, Inauro, Cláudio e Tiago, pela
amizade, ensinamentos e dedicação.
Aos funcionários do Departamento de Produção Vegetal, em especial aos Sr. Wagner e
as Sras. Sidnéia e Nádia pelo apoio.
Aos amigos Ramilo, Leandra, Daniel e Walkíria pela compreensão e amizade nos
momentos difíceis.
Aos colegas de universidade Gustavo, Júlio, Diego e Pablo pela condução do
experimento.
À família Rosa, Sr. João, Sra. Marta, Janaina e Jamira pelo apoio e acolhida sempre
que precisei.
Muito Obrigado!
Muito Obrigado!Muito Obrigado!
Muito Obrigado!
vii
SUMÁRIO
Página
RESUMO.......................................................................................................... ix
ABSTRACT....................................................................................................... x
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 01
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................ 02
2.1 Nitrogênio........................................................................................... 02
2.2 Densidade populacional..................................................................... 04
3 MATERIAL E MÉTODOS............................................................................. 07
3.1 Localização e caracterização da área experimental.......................... 07
3.2 Tratamentos e delineamento experimental........................................ 08
3.3 Instalação e condução do experimento.............................................. 10
3.4 Características avaliadas................................................................... 12
3.5 Análise estatística.............................................................................. 16
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 17
4.1 Repolho verde, híbrido Astrus............................................................ 17
4.1.1 Crescimento, marcha de acúmulo e exportação de
Macronutrientes.................................................................................. 17
4.1.1.1 Crescimento................................................................... 17
4.1.1.2 Marcha de acúmulo de macronutrientes........................ 22
4.1.1.3 Exportação de macronutrientes..................................... 41
4.1.2 Número de folha externa e interna........................................... 43
4.1.3 Matéria seca de folha externa e interna.................................... 46
4.1.4 Diâmetro e matéria seca do caule............................................ 51
viii
4.1.5 Diâmetro transversal e longitudinal da cabeça......................... 54
4.1.6 Matéria fresca da cabeça e produtividade................................ 57
4.2 Repolho roxo, híbrido Red Jewel...................................................... 62
4.2.1 Crescimento, marcha de acúmulo e exportação de
Macronutrientes.................................................................................. 62
4.2.1.1 Crescimento................................................................... 62
4.2.1.2 Marcha de acúmulo de macronutrientes........................ 67
4.2.1.3 Exportação de macronutrientes..................................... 84
4.2.2 Número de folha externa e interna........................................... 86
4.2.3 Matéria seca de folha externa e interna................................... 90
4.2.4 Diâmetro e matéria seca do caule............................................ 94
4.2.5 Diâmetro transversal e longitudinal da cabeça......................... 97
4.2.6 Matéria fresca da cabeça e produtividade................................ 100
5 CONCLUSÕES............................................................................................ 104
6 REFERÊNCIAS............................................................................................ 106
ix
DENSIDADES DE PLANTIO E DOSES DE NITROGÊNIO NO
DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE REPOLHO
RESUMO: Com objetivo de avaliar as interações entre densidades populacionais
e doses de nitrogênio na produção, desenvolvimento, marcha de acúmulo e exportação
de macronutrientes foi realizado experimento em Jaboticabal (SP) entre o período de
fevereiro a junho de 2004. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, em
esquema fatorial 2 x 4 com três repetições. Os fatores avaliados foram: duas
densidades populacionais (31.250 e 46.875 plantas/ha) e quatro doses de nitrogênio (0,
100, 200 e 300 kg ha
-1
) em dois híbridos de repolho, Astrus (liso verde) e Red Jewel
(roxo). Nos dois híbridos, com exceção da produtividade, verificou-se superioridade do
tratamento menos adensado sobre o mais adensado. A produtividade máxima (72,7 t
ha
-1
) foi alcançada no repolho Astrus com a dose de 300 kg ha
-1
de N, no híbrido Red
Jewel a máxima produtividade, 30,2 t ha
-1
, foi verificada na dose 218,5 kg ha
-1
de
nitrogênio. Quanto à marcha de acúmulos e exportação de nutrientes, foi verificada, em
média, maior acúmulo (g/planta) nos tratamentos menos adensados, entretanto maior
quantidade acumulada (kg ha
-1
) foi observada nos tratamentos mais adensados. Em
todos os nutrientes houve resposta da adubação nitrogenada em relação a não
aplicação de N. A seqüência decrescente de acúmulo no repolho ‘Astrus’ foi Ca, N, K,
Mg, P e S, e no repolho ‘Red Jewel’ Ca, N, K, P, S e Mg.
Palavras-chave: Brassica oleracea var. capitata, espaçamento, adubação nitrogenada.
x
PLANTING DENSITY AND NITROGEN RATE FOR THE
DEVELOPMENT AND PRODUCTION OF CABBAGE
ABSTRACT: With the purpose of evaluating the interactions between plant
population densities and nitrogen rates on the production, development, accumulation
pattern and exportation of macronutrients, an experiment was conducted in Jaboticabal
(SP) from February to June 2004. The experiment was carried out in a randomized block
design, in a 2 x 4 factorial scheme, with three repetitions. Two plant population densities
(31,250 and 46,875 plants/ha) and four nitrogen rates (0, 100, 200 and 300 kg ha
-1
)
were the factors studied for two cabbage hybrids, Astrus (smooth green) and Red Jewel
(red). For both hybrids, with the exception of yield, it was observed that the treatment
with lower plant population was superior to the treatment with higher plant population.
Maximum yield (72.7 t ha
-1
) for the cabbage Astrus was attained at 300 kg ha
-1
N rate,
while the maximum yield of 30,2 t ha
-1
for the hybrid Red Jewel was observed 218,5 kg
ha
-1
of N. With regard to the accumulation pattern and exportation of nutrients, greater
accumulation (g/plant) was observed, on average, for treatments with lower plant
population, although treatments with higher plant population accumulated higher
amounts (kg ha
-1
). All nutrients responded to Nitrogen fertilization in comparison to when
zero N was applied. The decreasing order of accumulation for the cabbage ‘Astrus’ was
Ca, N, K, Mg, P and S, and for the cabbage ‘Red Jewel’ Ca, N, K, P, S and Mg.
Key-words: Brassica oleracea var. capitata, spacing, nitrogen fertilization.
1
1 INTRODUÇÃO
Entre as espécies da família Brassicaceae, o repolho pode ser considerado a
mundialmente de maior expressão. No Estado de São Paulo é uma das principais
brássicas em cultivo, sendo comercializadas, na CEAGESP, em 2006, 56.978 toneladas
de repolho verde e 4.372 t de repolho roxo.
Apesar de sua importância, pesquisas sobre o manejo da cultura são escassas.
No Congresso Brasileiro de Olericultura, em 2007, dos 835 trabalhos apresentados,
2,4% foram relativos à cultura do repolho.
Entre os muitos fatores que influenciam a produtividade da cultura e a qualidade
do repolho estão a densidade populacional e a adubação, principalmente a nitrogenada;
os quais, sabe-se, interagem entre si, com o ambiente de cultivo e as cultivares.
Desta forma, objetivou-se avaliar a interação existente entre densidades
populacionais e doses de nitrogênio sobre o desenvolvimento e produção de híbridos
de repolho.
2
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Nitrogênio
A exigência das culturas em nitrogênio está relacionada com a velocidade de
crescimento, com a produtividade e é dependente de fatores como solo, luz,
temperatura e precipitação (MALAVOLTA, 1981). Em geral, o teor de nitrogênio varia de
20 a 50 g kg
-1
nos tecidos vegetais (FAQUIN, 1994), e pode alterar a composição da
planta mais do que qualquer outro nutriente mineral (MARSCHNER, 1995).
Após sua metabolização na planta, cerca de 90%, encontra-se na forma orgânica
e desempenha função estrutural, como constituinte de compostos orgânicos ou de
enzimas (PRADO, 2004).
Em repolho, o nitrogênio é o segundo nutriente acumulado em maior quantidade
(BORA et al.,1992; PACHECO, 1996 e FILGUEIRA, 2000) com destacada importância
para a formação do produto comercial (SILVA JUNIOR, 1991). AQUINO et al. (2005b)
observaram aumento na matéria fresca e no teor de proteína do repolho quando
maiores doses de N foram fornecidas à planta. Segundo TRANI et al. (1999), as
espécies da família Brassicaceae apresentam grande capacidade de resposta à
3
adubação nitrogenada, verificando-se aumentos na produtividade das culturas com até
300 kg ha
-1
de N.
Quando em deficiência, ocorre diminuição drástica no teor de carboidratos e de
proteínas na planta (MARSCHNER, 1995). Em repolho, a deficiência de nitrogênio
reduz muito a produção, atrasa a maturação e prejudica o sabor (NOGUEIRA et al.,
1983). Por outro lado, o excesso de nitrogênio tem efeito positivo no acúmulo de nitrato,
em especial nas folhosas como o repolho (KOWAL & BARKER, 1979 e AQUINO et al.,
2005b), na contaminação de águas subterrâneas (SCHARPH, 1991; PACHECO, 1996),
no prolongamento do ciclo cultural, na redução dos teores de carboidratos e de
vitamina C (PACHECO, 1996; TORRES, 1999; FILGUEIRA, 2000), na ocorrência de
doenças; no aumento do índice de cabeças de repolho rachadas, fofas e leves, e na
redução do período de conservação pós-colheita (NOGUEIRA et al., 1983; SILVA
JUNIOR, 1991). Segundo HARA & SONODA (1979) e PECK (1981), um dos problemas
mais comuns devido ao excesso de nitrogênio é a rachadura do repolho.
SILVA JUNIOR (1991) avaliou os efeitos da adubação mineral e orgânica em
repolho, concluiu que a adubação nitrogenada diminuiu a compacidade da cabeça em
36% em relação à testemunha (ausência de adubação nitrogenada), se utilizada
isoladamente, sem adubação orgânica.
PECK (1981) avaliou a resposta de repolho, na densidade de 40.000 plantas/ ha,
às doses de 0, 150 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio com diferentes formas de parcelamento,
e observou aumento na matéria fresca por planta de 1,25 kg, na menor dose, e de 3,1
kg na dose de 300 kg de N, sendo que o maior acúmulo de N foi 7,67 g/planta.
OLIVEIRA et al. (2003), trabalhando com repolho, híbrido Astrus, observaram que na
4
dose de 36 t ha
-1
de cama aviária, foi obtido o maior peso de cabeça (1,58 g/planta) o
acúmulo de N foi 2,45 g/planta.
As doses de nitrogênio recomendadas na literatura para a cultura de repolho
variam de 75 a 260 kg ha
-1
(BORA et al., 1992; RAIJ et al., 1997; FILGUEIRA, 2000).
Contudo, resultados de pesquisa para subsidiarem recomendações de adubação
nitrogenada para cultivares híbridas, de elevado potencial produtivo e disponibilizadas
recentemente aos produtores são escassos.
2.2 Densidade populacional
A atual situação do setor agrícola é caracterizada pela tentativa de otimização
dos recursos produtivos, em especial água, luminosidade e nutrientes, fatores que
podem ser relacionados ao uso racional do espaço (MAY & CECÍLIO FILHO, 2000). A
densidade de plantio é um fator do meio que pode influenciar na qualidade e
produtividade da cultura (LUCCHESI & MINAMI, 1976 e LARCHER, 1986).
Em geral, uma cultura com menor densidade de plantas é menos produtiva do
que com maior densidade. Entretanto, se as plantas estiverem muito próximas e a
folhagem se sobrepuser em grande extensão, nestes lugares a fotossíntese será
deficiente e, conseqüentemente, a produtividade da cultura diminuirá (LARCHER,
1986). Pela mesma razão, AQUINO et al. (2005a) verificaram que alterações no
espaçamento influenciaram a assimilação de N e acúmulo de nitrato pela planta de
repolho. Enfim, estuda-se a densidade de plantio para determinar o número de plantas
capaz de explorar eficientemente a área cultivada (MUNDSTOCK, 1977). A densidade
5
adequada será conseqüência da interação de cultivar com as condições edafoclimáticas
do cultivo e técnicas de manejo cultural (PAULA, 2002).
O adensamento da cultura do repolho proporciona produção de “cabeças” mais
compactas (SILVA JUNIOR, 1987), que atendem melhor às exigências do mercado
consumidor e apresentam entre 1,0 a 1,5 kg (SILVA JUNIOR et al., 1988; LÉDO et al.,
2000).
Os espaçamentos mais recomendados para a cultura do repolho variam de 70 a
80 cm entre linhas e de 30 a 50 cm entre plantas, em fileiras simples (PACHECO, 1996;
FILGUEIRA, 2000; LÉDO et al. 2000). Contudo, segundo FILGUEIRA (2000),
objetivando-se repolhos menores é recomendado utilizar fileiras duplas, com 80 cm
entre fileiras duplas, 30 cm entre as duas fileiras da dupla e 30 cm entre plantas, com
disposição em triângulo. Este mesmo autor afirma que espaçamentos largos ocasionam
a produção de repolhos maiores.
Avaliando espaçamentos e doses de nitrogênio, AQUINO et al. (2005b)
observaram que a redução no espaçamento proporcionou menores matéria fresca,
diâmetros transversal e longitudinal, teores de nitrato e de proteína do repolho, além de
maior perda de matéria na pós-colheita.
REGHIN et al. (2007), avaliando espaçamentos de 20, 25, 30 e 40 cm entre
plantas, no híbrido de repolho Sekai, relatam que maior matéria fresca da cabeça (1,52
kg/planta) foi alcançada no espaçamento de 40 cm. No entanto a maior produtividade
(90,9 t ha
-1
) foi verificada para o espaçamento de 20 cm, com cabeças de 1,12
kg/planta.
6
A alteração na densidade de plantio promove, portanto, expressivas
transformações na planta, que por sua vez, modificam a demanda por nutrientes. A
melhor compreensão desta interação permite melhorar o manejo da cultura, objetivando
maior produtividade, com melhor qualidade da hortaliça e menor impacto ambiental.
7
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Localização e caracterização da área experimental
Foram realizados dois experimentos simultaneamente, instalados em condições
de campo, em área experimental do Setor de Olericultura e Plantas Aromático-
Medicinais, que pertence ao Departamento de Produção Vegetal, da Faculdade de
Ciências Agrárias e Veterinárias, Campus de Jaboticabal UNESP, no período de
18/02 a 02/06/2004.
O clima da região de Jaboticabal é subtropical com chuvas de verão, inverno
relativamente seco, com precipitação pluvial média de 1424,6 mm anuais e temperatura
média anual de 22,2ºC, temperatura máxima média anual de 28,9ºC e mínima anual de
16,8ºC (ESTAÇÃO AGROCLIMATOLÓGICA, 2003). Os dados climáticos no período
de condução do experimento estão apresentados na Tabela 1.
O solo da área onde foi instalado o experimento, segundo levantamento efetuado
por ANDRIOLI & CENTURION (1999), foi classificado como sendo um (LR) Latossolo
Roxo Eutrófico (LR), A moderado, textura muito argilosa, caulinítico, hipoférrico, relevo
suave ondulado ou ondulado.
8
Tabela 1. Temperatura máxima (Tmáx.), temperatura mínima (Tmín.), temperatura
média (Tméd.), umidade relativa do ar (U.R.), precipitação, número de dias
com chuva (ND) e Insolação.
MÊS T máx. T mín. T med. U.R. Precipitação ND Insolação
ANO
(ºC) (%) (mm) (h)
JAN. 30,1 19,9 24,0 79,4 423,4 18 192,7
FEV. 29,9 19,4 23,7 79,3 313,7 15 205,1
MAR. 30,7 18,3 23,4 75,0 48,2 9 256,6
ABR. 29,7 18,1 22,8 77,6 94,3 9 220,8
MAI. 25,4 14,1 18,7 80,1 84,9 11 182,2
JUN. 25,6 13,0 18,1 76,8 28,8 7 218,4
2004
JUL. 25,3 12,5 17,8 73,8 39,0 5 246,7
* Os dados meteorológicos foram obtidos da estação Agroclimatológica do Departamento de Ciências
Exatas, da UNESP, Campus de Jaboticabal.
O solo foi amostrado na camada de 0 a 0,20 m, sendo analisado segundo
métodos descritos por RAIJ et al. (1987). Os valores dos atributos foram pH (CaCl
2
) =
5,5; M.O. = 27 g dm
-3
, P (resina) = 56mg dm
-3
; 3; 38; 12; 28; 81 mmol
c
dm
-3
de K, Ca,
Mg, H+Al e CTC, 0,17; 6,9; 17; 32,9; 1,5 mg dm
-3
de B, Cu, Fe, Mn, e Zn,
respectivamente e V = 65%.
3.2 Tratamentos e delineamento experimental
Nos dois experimentos realizados simultaneamente, um com o repolho ‘Astrus’ e
o outro com ‘Red Jewel’, foram avaliados os fatores densidade populacional (31.250
plantas/ha e 46.875 plantas/ha) e doses de nitrogênio (0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
).
Em ambos os experimentos o delineamento experimental utilizado foi o de blocos
casualizados, em esquema fatorial 2x4, com três repetições. As parcelas experimentais
foram dispostas em canteiros de 1,1 m de largura por 6,4 de comprimento, que
9
contaram com 32 e 48 plantas, respectivamente, para a menor e maior densidade de
plantas.
Os espaçamentos e arranjos das plantas para a menor e maior população foram,
respectivamente, de 0,80 x 0,40 m, com duas linhas sobre o canteiro, e 0,40 x 0,40 m,
sendo neste caso, três linhas de plantas com arranjo triangular entre si (Figuras 1 e 2).
Figura 1. Representação de uma parcela experimental, demonstrando-se a área útil (plantas em
verde), bordaduras (plantas em branco) e plantas coletadas para marcha de acúmulo e
crescimento (C1, C2, C3 e C4) na disposição de duas linhas de plantas (0,80 x 0,40 m),
sobre o canteiro.
Figura 2. Representação de uma parcela experimental, demonstrando-se a área útil (plantas em
verde), bordaduras (plantas em branco) e plantas coletadas para marcha de acúmulo e
crescimento (C1, C2, C3 e C4) na disposição de três linhas de plantas (0,40 x 0,40 m),
sobre o canteiro.
0,8 m
6,4 m
0,4 m
0,4 m
6,4 m
0,4 m
colheita final
C1
C2 C3
C4
colheita final
C1
C2 C3 C4
0,4 m
10
Considerou-se a largura de 1,1 m do canteiro e 0,5 m entre canteiros por 100 m
de comprimento. Com duas e três linhas de plantio no canteiro, tem-se em 1 hectare
12.500 e 18.750 metros, respectivamente, de linhas para cultivo, as quais proporcionam
densidades populacionais de 31.250 e 46.875 plantas por hectare, respectivamente.
3.3 Instalação e condução do experimento
Os experimentos foram instalados em campo, no dia 18/03/2004, sendo utilizada
as cultivares Astrus e Red Jewel. A cv. Astrus, da empresa Seminis Vegetable Seeds,
é um híbrido F
1
, que caracteriza-se por plantas de médio a grande porte, vigorosas,
repolho compacto, diâmetro transversal de 18 a 22 cm, diâmetro longitudinal de 12 a 16
cm, coloração verde atraente, matéria fresca média de 2 kg, boa uniformidade, boa
tolerância ao rachamento e coração pequeno. Apresenta resistência a Murcha de
Fusarium (Fusarium oxysporum f.sp. conglutinans) e ciclo de 90 a 95 dias (SEMINIS,
2008). A cv. Red Jewel da Sakata Seed Sudamerica é um híbrido F1, que caracteriza-
se por apresentar de folhas lisas e roxas, matéria fresca média de 1,5 a 2,0 kg,
diâmetro transversal de 17 a 19 cm, diâmetro longitudinal de 14 a 16 cm, alta
compacidade do repolho e boa resistência ao rachamento. Ciclo de 90 a 100 dias
(SAKATA, 2008)
Com base na análise da fertilidade do solo e na proposta de TRANI et al. (1997),
foi realizada a correção na saturação de bases (V%) e as adubações com fósforo e
potássio. Trinta dias antes do plantio, procedeu-se a correção do solo com calcário
calcinado (PRNT 120%) para elevação do V% a 80%. No plantio foram aplicados de
11
400 kg ha
-1
de P
2
O
5
, (superfosfato simples), e 180 kg ha
-1
de K
2
O, (cloreto de potássio).
Em cobertura, aplicaram-se 90 kg ha
-1
de K
2
O (cloreto de potássio), parcelado aos 30 e
50 dias após o transplante das mudas. A adubação nitrogenada foi realizada da
seguinte forma: no pré-plantio, exceto para o tratamento 1, equivalente à dose 0 kg ha
-1
de N, foram aplicados 30 kg ha
-1
de nitrogênio (nitrato de amônio). Em cobertura foram
aplicadas as quantidades restantes para se atingir 100, 200 e 300 kg ha
-1
de N (nitrato
de amônio), parceladas em quantidades iguais aos 15, 30 e 50 dias após o transplante.
As mudas foram formadas no período de 18/02 a 17/03/2004, em bandejas de
poliestireno expandido com capacidade para 128 mudas, utilizando-se substrato
Plantmax
®
. Neste período, as mudas permaneceram em casa de vegetação não-
climatizada, onde a irrigação era feita automaticamente e por microaspersão. No dia
18/03/2004, foram transplantadas para canteiros, quando apresentavam quatro folhas
além das cotiledonares.
Para o controle de pragas e doenças foram utilizados inseticidas e fungicidas
recomendados para a cultura. O controle de plantas invasoras foi feito com capina
manual. As irrigações foram diárias durante as duas primeiras semanas após o
transplante e a cada dois dias durante o restante do ciclo. Utilizou-se o sistema de
aspersão convencional, com lâminas de água diárias em complementação à
precipitação pluviométrica.
A colheita para avaliação da produtividade foi realizada no dia 26/05/2004 para o
híbrido Red Jewel e no dia 02/06/2004 para o híbrido Astrus o que foi determinado
quando um dos tratamentos apresentou repolhos compactos e com a borda da folha
12
externa da cabeça iniciando seu desprendimento, o que ocorreu primeiramente nos
tratamentos fertilizados com 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio.
3.4 Características avaliadas
3.4.1 Crescimento e marcha de acúmulo e exportação de macronutrientes.
Para avaliação do crescimento e acúmulo de nutrientes foram coletadas 2
plantas em cada época considerando as bordaduras e plantas úteis conforme figuras 1
e 2. As coletas de dados foram realizadas com intervalos de 20 dias totalizando quatro
ao longo do ciclo, iniciando-se aos 20 dias após o transplante (DAT) e estendendo-se
até os 70 e 75 DAT, respectivamente, para os híbridos Red Jewel e Astrus.
O crescimento da planta de repolho foi avaliado pelas características área foliar e
matéria seca da parte aérea.
3.4.1.1 Área foliar
Para obtenção da equação para estimativa da área foliar foram realizados testes
de paralelismo (Teste t) e de coincidência (Teste F) entre as classes para matéria seca
de folhas extermas (MSFE), comprimento (C), largura (L) e produto do comprimento
pela largura das folhas externas (CL). Estudou-se o ajuste dos dados aos modelos de
regressão linear com intercepto (Y = a + bx) e sem intercepto (Y = bx). Nos modelos, a
variável dependente (Y) foi representada pela área foliar real, medida pelo planímetro
polar de Ansler, marca A. OTT Kempten Bayern, tipo 31 L e, como variável
independente (X), foi considerado MSFE, C, L ou CL. O parâmetro foliar que melhor
representou a área foliar foi definido com base na equação com maior valor para Teste
13
F e maior coeficiente de determinação (R
2
). Para verificar se havia diferença entre a
utilização da equação linear com intercepto e sem intercepto em cada classe, foi
testada a hipótese H
0
: a = 0, que corresponde ao modelo sem intercepto, através da
aplicação do Teste F, obtido pela diferença entre a Soma dos Quadrados Médios do
Resíduo do modelo reduzido (Y = bx) e do modelo completo (Y = a + bx), dividido pelo
Quadrado do Resíduo do modelo completo, de acordo com SEBER (1977).
3.4.1.2 Matéria seca da parte aérea
A matéria seca da parte aérea correspondeu à soma das matérias do caule e de
folhas, secas em estufa com circulação forçada de ar a 65ºC por 96 horas. Para facilitar
a secagem do caule, este foi fatiado. Previamente, o caule e as folhas foram lavados
em água deionizada.
3.4.1.3 Acúmulo e exportação de nutrientes
O acúmulo de nutrientes na parte aérea, em cada época de avaliação da área foliar e
matéria seca, foi determinado da seguinte maneira. Inicialmente, os teores de nutrientes
foram determinados, segundo metodologias descritas por BATAGLIA et al. (1983),
separadamente na matéria seca do caule, das folhas internas (produto comercial) e
externas ao repolho. Os acúmulos foram determinados primeiramente em cada parte e
posteriormente somados para compor o acúmulo de nutrientes na pare rea, em cada
época de coleta. Em seguida foram obtidas equações não-lineares para retratar a
marcha de acúmulo de macronutrientes no decorrer do ciclo, assim como da evolução
de área foliar e matéria seca da parte aérea. Em cada equação foi realizada análise de
variância para o modelo ajustado. As exportações de nutrientes corresponderam às
quantidades presentes na matéria seca do repolho (produto comercial).
14
3.4.2 Número de folhas externas e internas do repolho
Ao final do ciclo, as folhas da planta foram separadas em folhas externas (NFE) à
cabeça de repolho e folhas internas (NFI), ou seja, folhas que compõem a cabeça do
repolho. Foi contado o número de folhas de seis plantas amostradas em cada parcela, e
obtido a média, expresso em folhas/planta.
3.4.3 Matéria seca das folhas externas, internas e caule do repolho
Após a colheita das plantas, duas plantas foram amostradas, separadas as
folhas externas à cabeça do repolho (MSFE), folhas internas (MSFI) e caule (MSC).
Foram acondicionados em sacos de papel, devidamente identificados, e submetidos à
secagem em estufa com circulação forçada de ar a 65ºC, até atingir massa constante, e
pesados, expressos em g/planta.
3.4.4 Diâmetro do caule na inserção do repolho.
As medidas do diâmetro do caule na inserção da cabeça (DCI) foram
mensuradas com auxílio de um paquímetro digital, expressos em milímetro.
3.4.5 Diâmetro transversal e longitudinal do repolho
Foram avaliados o diâmetro longitudinal (DLR) e transversal (DTR) do repolho.
As medidas de DLR (altura) e DTR (largura) foram feitas nas plantas amostradas para
avaliação do DCI com auxílio de uma régua, expressos em milímetro.
15
3.4.6 Matéria fresca do repolho e produtividade
A colheita foi realizada, por blocos (repetições), entre 7 e 8 h da manhã e ao
entardecer (entre 17 e 18 h), sendo obtida a matéria imediatamente após cada colheita.
Expressa em g/planta.
A produtividade foi obtida pelo produto da matéria fresca média da cabeça do
repolho e pelas densidades de plantio pertinentes a cada tratamento e expresso em kg
ha
-1
.
Realizou-se o estudo da dose econômica para a adubação nitrogenada nas
densidades populacionais onde houve ajuste quadrático para produtividade.
Considerou-se o preço do repolho verde a R$380,00/t e do repolho roxo R$560,00/t
(CEAGESP, 2008), o preço do nitrato de amônia
1
R$1,05/kg e da mão de obra
2
(MO)
R$0,59/kg de nitrato de amônia aplicado. A dose econômica foi determinada a partir da
equação RL = (PP
*
PROD) (PN
*
x) - CF, onde RL = renda líquida (R$/ha); PP =
preço do produto (R$/ha), descontado 30% referente aos custos de comercialização;
PROD = produtividade (t/ha); PN = preço do nitrogênio (R$/kg), considerando 33% de N
no nitrato de amônio, acrescido do valor da mão-de-obra para aplicação de 1 kg de N; x
= quantidade de N aplicado (kg/ha) e CF = custos fixos. O termo produtividade da
equação é substituído pelo ajuste polinomial da equação que a estimou em função das
doses de N aplicadas (a + bx + cx
2
). Assim tem-se que:
1
Preço obtidos na empresa Agrocac, em Ribeirão Preto, SP.
2
REZENDE, B.L.A.Custo de produção da cultura do repolho (dados não publicados).
16
RL = [PP
*
(a + bx + cx
2
) – (PN
*
x) -CF],
RL = PPa + PPbx + PPcx
2
– PNx -CF
RL = PPa – CF + (PPb – PN)x + PPcx
2
dRL/dx = 0 DOE = (PPb – PN)/ 2 PPc
Sendo que: DOE = dose ótima econômica.
3.5 Análise estatística
Para as características do subitem 3.4.1 (área foliar, matéria seca da parte aérea
e acúmulo de nutrientes) realizou-se a análise de variância (teste F) sob delineamento
de blocos casualizados, com parcela subdividida. As parcelas corresponderam aos oito
tratamentos resultantes da combinação dos fatores densidade de plantio (2) e dose de
N (4) e as quatro subparcelas corresponderam as quatro épocas de coleta da planta no
decorrer do ciclo, ou seja, 20, 40, 60, e 70 ou 75 dias após o transplante, sendo estas
duas últimas épocas correspondentes à última coleta do cv. Red Jewel e cv. Astrus,
respectivamente. As evoluções da área foliar, matéria seca da parte aérea, e acúmulo
de nutrientes foram ajustados a equações, não lineares, que foram selecionadas
considerando-se o maior F e coeficiente de determinação.
Para as demais características avaliadas, realizou-se análise de variância (teste
F) sob delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 4. Independente de
ter havido interação significativa entre os fatores, realizou-se o estudo de regressão
polinomial para doses de N em cada densidade populacional, adotando-se a equação
com ajuste significativo e de maior grau. Para o fator densidade de plantio, por haver
somente dois níveis, estes foram comparados pelo próprio teste F.
17
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Repolho verde híbrido Astrus
4.1.1 Crescimento, marcha de acúmulo e exportação de macronutrientes
4.1.1.1 Crescimento
O parâmetro foliar que proporcionou melhor estimativa da área foliar (AF) foi a
matéria seca de folhas externas (MSFE) e a equação utilizada foi Y=72,253x, onde x
representou a MSFE. Para a característica AF houve interação significativa (p<0,01)
entre tratamentos (densidade populacional e doses de N) e época de coleta (Tabela 2).
Tabela 2. Valores de F e significância dos acúmulos de área foliar (AF), massa seca da
parte aérea (MSPA), nitrogênio (N), fósforo (P) em repolho, híbrido Astrus, em
função dos fatores avaliados. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Valores de F
Causas Variação
AF MSPA N P
Blocos 0,34
ns
1,32
ns
2,98
ns
2,21
ns
Ciclo (C) 716,13** 3193,00** 5251,92** 1644,75**
( DP x N ) 14,01** 39,41** 29,93** 37,98**
Interação (C) X (DP x N) 3,19** 11,24** 5,94** 8,17**
ns – não significativo (p<0,05), ** significativo (p<0,01). DP = densidade populacional e N = doses
de nitrongênio
Aos 20 dias após o transplante (DAT), a AF de plantas não foi significativamente
diferente, independentemente das doses de N, ou da densidade populacional em que
se encontravam. Aos 40 DAT, a menor AF foi observada em plantas não adubadas com
18
N e sob menor densidade populacional sem, entretanto, diferir-se dos tratamentos
D1N3, D2N0, D2N1 e D2N2. Aos 60 DAT, as plantas adubadas com N e na menor
densidade apresentaram maior AF. Nesta época a tendência de haver menor AF nas
plantas sob maior densidade de plantio, aos 40 DAT, foi ratificada, agora com diferença
significativa pelo teste de Tukey. Semelhante às AF das plantas sob maior densidade
tem-se somente plantas que não foram adubadas na menor densidade. Aos 75 DAT,
quando se realizou a colheita do repolho, a AF foi maior (6.263 cm
2
) em plantas sob
menor densidade e que foram adubadas com 200 kg ha
-1
de N, sem contudo, diferir-se
de plantas adubadas com 100 e 300 kg de N na mesma população de plantas. Menores
AF foram observadas nos tratamentos sob maior densidade com dose de até 200 kg ha
-
1
, que não diferiram de AF obtidas com 300 kg ha
-1
nas duas densidades e sem
aplicação de N na menor densidade (Tabela 3).
Tabela 3. Área foliar (cm
2
/planta) do repolho híbrido Astrus, no decorrer do ciclo em
função dos tratamentos e épocas de coleta. UNESP Jaboticabal (SP) -
2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20 266 A
1
701 A 546 A 662 A 286 A 543 A 637 A 766 A
40
1471 B 3192 A 3057 A 2908 AB 1917 AB
2839 AB
2908 Ab 3173 A
60
4157 BC
6070 A 5194 AB 5900 A 3940 BC
3624 C 3752 BC 4082 BC
75
4206 CD
6011 AB
6263 A 5584 ABC
2948 D 3397 D 3832 D 4461 BCD
CVp (%)
3
13,13
CVs (%) 7,57
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal, o diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e da subparcela (Época)
19
A média da AF de plantas adubadas com N na menor densidade foi maior que a
média obtida de plantas adubadas com N sob maior densidade, em 52,7%. Entre as
plantas não adubadas, a superioridade da AF de plantas sob menor densidade em
relação as sob maior foi de 42,7%.
Na Figura 3, visualizam-se as curvas de ajuste para evolução das áreas foliares
do híbrido Astrus. Todas as curvas ajustaram-se ao mesmo modelo, logístico de
crescimento, e apresentaram coeficientes de determinação próximos de 1.
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
20 30 40 50 60 70 80
Ciclo (dias após o transplante)
Área foliar (cm
2
/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 3. Área foliar do repolho, híbrido Astrus, nas doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e
300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de 31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas
por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Ŷ1 = 4282,62/ (1+EXP(-0,1827*( X -43,40))) R
2
= 0,99 P = 0,07
Ŷ2 = 6275,4/ (1+EXP(-0,1228*( X -39,16))) R
2
= 0,99 P = 0,07
Ŷ3 = 6245,7/ (1+EXP(-0,1064*( X -41,54))) R
2
= 1 P = 0,09
Ŷ4 = 5967,2/ (1+EXP(-0,1394*( X -37,46))) R
2
= 0,98 P = 0,10
Ŷ5 = 3441,8/ (1+EXP(-0,1590*(X-38,24))) R
2
= 0,99 P = 0,17
Ŷ6 = 3524,0/ (1+EXP(-0,1585*(X-30,85))) R
2
= 0,99 P = 0,07
Ŷ7 = 3836,3/ (1+EXP(-0,1376*(X-31,71))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ8 = 4368,7/ (1+EXP(-0,1223*(X-32,36))) R
2
= 0,98 P = 0,06
20
Entre as curvas de AF, nota-se que, sob menor densidade de plantio e quando
adubadas com N, a AF desacelerou seu incremento próximo dos 60 DAT. Por outro
lado, na maior densidade, independentemente de ter sido ou não adubada com N, os
incrementos em AF foram muito menores a partir de 45 DAT, aproximadamente (Figura
3).
A matéria seca da parte aérea (MSPA) foi influenciada (p<0,01)
significativamente pela interação dos tratamentos (densidade populacional e doses de
N) e época de coleta (Tabela 2).
Aos 20 DAT não houve diferença significativa entre os tratamentos, corroborando
resultado observado para AF. Já aos 40 DAT na maior dose de N em ambas as
densidades apresentavam maior MSPA, no entanto diferindo-se significativamente
apenas do tratamento sem adubação na menor densidade. Aos 60 DAT, plantas
adubadas com N e na menor densidade apresentaram maior MSPA, não existindo
diferença entre as plantas não adubadas nas diferentes densidades populacionais.
Esta tendência é observada também aos 75 DAT quando, com e sem aplicação de
nitrogênio, a densidade de 31.250 plantas apresentou maior matéria seca. A máxima
MSPA (217,7 g/planta) foi obtida no tratamento menos adensado com a dose 200 kg ha
-
1
de N, não diferindo significativamente das doses 100 e 300 kg ha
-1
na mesma
população de plantas. Nota-se que as maiores MSPA e AF foram observadas nos
mesmos tratamentos. Menor MSPA foi observada no tratamento sem aplicação de N na
maior população de plantas (Tabela 4), cerca de 53% a menos de MSPA em relação ao
obtido com 200 kg ha
-1
de N e menor densidade de plantio.
21
Tabela 4. Matéria seca da parte aérea (g/planta) do repolho híbrido Astrus, no decorrer
do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta. UNESP – Jaboticabal
(SP). 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20 4,0 A
1
9,4 A 10,2 A 9,9 A 4,2 A 8,1 A 9,5 A 11,4 A
40
21,6 B 44,5 AB 45,4 AB 51,7 A 28,6 AB 43,1 AB 44,6 A 48,2 A
60
71,5 D 115,3 AB 108,3 ABC 129,4 A 72,5 D 74,2 D 85,0 CD 91,9B CD
75
136,4 B 200,1 A 217,7 A 205,9 A 101,9 C 137,1 B 132,1 B 142,0 B
CVp (%)
3
13,13
CVs (%) 7,57
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal, o diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e da subparcela (Época)
A MSPA média das plantas adubadas com N na menor densidade foi 51,7%
maior que a média obtida de plantas adubadas com N na maior densidade. Entre as
plantas não adubadas, a MSPA de plantas sob menor densidade foi 33,8% maior em
relação àquelas sob maior densidade.
Na Figura 4 o apresentadas as curvas de ajuste para evolução da matéria
seca da parte aérea do repolho ‘Astrus’, em função dos tratamentos. Todas as curvas,
ao contrário da AF, foram ajustadas a um modelo exponencial de crescimento, com
coeficientes de determinação elevados.
Diferentemente do que foi observado para AF, em que, para todos os
tratamentos, houve desaceleração de incremento próximo à colheita do repolho, a
MSPA continuou aumentando até o final do cultivo. Provavelmente, a explicação se
deve ao aumento da espessura da folha, refletindo em aumento de matéria, mas não de
AF.
22
0
40
80
120
160
200
240
20 40 60 80
Ciclo (dias as o transplante)
MSPA (g/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 4. Matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Astrus, nas doses 0 (N0), 100
(N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de 31.250 (D1) e
46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP Jaboticabal
(SP). 2008.
4.1.1.2 Marcha de acúmulo de macronutrientes
Houve interação significativa (p<0,01) entre tratamentos e época de coleta para
acúmulo de nitrogênio (Tabela 2).
Aos 20 DAT, as quantidades de N foram maiores em plantas adubadas do que
nas que não receberam N, independentemente da densidade de plantio. A quantidade
Ŷ1 = 3,46 * (EXP (X / 20,34)) R
2
= 0,99 P = 0,07
Ŷ2 = 8,33 * (EXP (X / 23,49)) R
2
= 0,99 P = 0,08
Ŷ3 = 6,43 * (EXP (X / 21,28)) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ4 = 11,02 * (EXP (X / 25,42)) R
2
= 0,98 P = 0,13
Ŷ5 = 7,11 * (EXP (X / 27,37)) R
2
= 0,96 P = 0,19
Ŷ6 = 7,42 * (EXP (X / 25,73)) R
2
= 0,98 P = 0,12
Ŷ7 = 10,12 * (EXP (X / 28,97)) R
2
= 0,98 P = 0,14
Ŷ8
=
11,25
*
(EXP (X
/
29,36
))
R
2
= 0,98
P
= 0,13
23
média de N em plantas adubadas, nestes primeiros 20 dias após o transplante, foi
167,5% maior do que a média de N acumulado por plantas não adubadas. Aos 40 DAT
constata-se a tendência, também observada para AF e MSPA, de tratamentos se
diferirem não pela adubação (realizada ou não), mas, principalmente, pelo efeito da
densidade de plantio. Esta tendência se tornou diferença significativa nas avaliações
seguintes, ou seja, aos 60 e 75 DAT. Em ambas, os maiores acúmulos de N foram
observados em plantas de cultivo com menor densidade populacional e adubadas com
N (Tabela 5).
Plantas adubadas com N, em maior densidade de plantio, não diferiram, em
quantidade de N acumulado, de plantas que não receberam adubação nitrogenada,
assim como constatado para AF. Contudo este resultado diverge do observado para
MSPA, quando plantas adubadas com N, na maior densidade de plantio apresentaram
maior quantidade de MSPA do que plantas não adubadas com N, na mesma
densidade.
Na menor densidade, a diferença de quantidade acumuladas de N entre plantas
adubadas e não adubadas com N corroborou os resultados observados para AF e
MSPA. Assim, observa-se que a menor densidade de plantio proporcionou que a planta
de repolho desenvolvesse melhor o seu potencial vegetativo, explicitado por maiores AF
e MSPA, que por sua vez aumentou a demanda de N, no que foi atendido pela
adubação realizada, resultando em maior quantidade acumulada de N.
O maior acúmulo de N aconteceu no tratamento D1N3 (5,42 g/planta), não
diferindo significativamente dos tratamentos com aplicação de 100 e 200 kg ha
-1
de N
24
na densidade de 31.250 plantas/ha. Este valor está entre os encontrados por OLIVEIRA
et al. (2003) (2,45 g/planta) e PECK (1991) (7,67 g/planta).
Tabela 5. Nitrogênio na matéria seca da parte aérea (g/planta), do repolho híbrido
Astrus, no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta. UNESP
Jaboticabal (SP). 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20 0,14
B
1
0,36 A 0,41 A 0,38 A
0,15 B 0,30 A 0,40 A 0,46 A
40
0,73 C 1,51 ABC 1,73 AB 1,84 A
0,95 BC 1,50 ABC 1,57 AB 1,77 AB
60
2,27 C 3,48 A 3,49 AB 4,11 A
2,25 C 2,29 C 2,60 C 2,68 BC
75
3,56 BC
4,61 A 5,42 A 5,42 A
2,73 C 3,37 BC 3,49 BC 3,69 B
CVp (%)
3
14,85
CVs (%) 5,85
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal, o diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e da subparcela (Época)
As curvas que descrevem os acúmulos de N em função dos tratamentos
encontram-se na Figura 5.
Metade do acúmulo de N na parte aérea do repolho ocorreu, em média, aos 45
e aos 51 dias na maior e menor densidade de plantas, respectivamente (Figura 5),
corroborando com os resultados obtidos para MSPA.
As quantidades de N máximas no final do ciclo e corresponderam a 3,57 (D1N0);
4,60 (D1N1); 5,40 (D1N2); 5,40 (D1N3); 2,27 (D2N0); 3,31 (D2N1); 3,44 (D2N2); 3,62
g/planta (D2N3) (Figura 5). Estas quantidades denotam que sob menores densidades
as quantidades acumuladas por planta foram maiores. No entanto, quando-se faz o
cálculo da extração de N, em kg ha
-1
, tem-se 111,5 (D1N0); 127,7 (D1N1); 143,8
(D1N2); 155,1 (D1N3); 161,2 (D2N0); 168,8 (D2N1); 168,9 (D2N2); 169,9 (D2N3). Nota-
se, então que os acúmulos nas plantas sob menor densidade, que eram, em média,
25
50% maiores, não resultam em maior exportação de N devido às diferenças no número
de plantas e, com maior adensamento, a exportação foi cerca de 25% maior na mais
adensada que na de menor densidade.
0
1
2
3
4
5
6
20 40 60 80
Ciclo (dias após o transplante)
Nitrogênio (g/planta )
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 5. Nitrogênio na matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Astrus, nas
doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de
31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
– Jaboticabal (SP). 2008.
Ŷ1 = 4,66/ (1+EXP (-0,0821* (X - 60,60))) R
2
= 1 P = 0,005
Ŷ2 = 5,35/ (1+EXP (-0,0792* (X - 52,01))) R
2
= 1 P = 0,01
Ŷ3 = 8,67/ (1+EXP (-0,0575* (X - 66,26))) R
2
= 1 P = 0,06
Ŷ4 = 6,19/ (1+EXP (-0,0808* (X - 51,21))) R
2
= 1 P = 0,03
Ŷ5 = 2,89/ (1+EXP (-0,1006* (X - 47,31))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ6 = 4,47/ (1+EXP (-0,0565* (X - 56,55))) R
2
= 0,97 P = 0,16
Ŷ7 = 4,10/ (1+EXP (-0,0648* (X - 49,63))) R
2
= 0,99 P = 0,10
Ŷ8 = 4,49/ (1+EXP (-0,0591* (X - 50,74))) R
2
= 0,98 P = 0,14
26
Assim como observado para AF, MSPA e nitrogênio houve interação significativa
(p<0,01) entre os tratamentos e as épocas de coleta para acúmulo de sforo (Tabela
2).
Aos 20 DAT, as quantidades de sforo foram maiores em plantas adubadas do
que nas que não receberam N, independentemente da densidade de plantio. Nesta
época, a quantidade de fósforo acumulada nas plantas adubadas foi, em dia, 157%
maior do que nas plantas não adubadas com N. Ao final do ciclo (75 DAT), maiores
acúmulos de sforo foram observados nos tratamentos com aplicação de nitrogênio na
menor densidade de populacional, sendo a média destes 45,7% maior do que a
quantidade de P, na maior densidade de plantio, em plantas que receberam N (Tabela
6).
Tabela 6. Fósforo na matéria seca da parte aérea (g/planta), do repolho híbrido Astrus,
no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta. UNESP –
Jaboticabal (SP), 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20 0,031 B
1
0,072 A 0,076 A 0,074 A 0,033 B 0,063 A 0,071 A 0,089 A
40
0,149 B 0,342 A 0,332 A 0,357 A 0,194 AB
0,305 AB 0,309 AB 0,347 AB
60
0,477 D 0,791 AB 0,747 BC 0,935 A 0,487 D 0,518 D 0,583 CD 0,638 BCD
75
0,825 B 1,161 A 1,256 A 1,243 A 0,619 C 0,847 B 0,790 B 0,873 B
CVp
3
(%)
13,50
CVs (%) 9,67
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal, o diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e da subparcela (Época)
Tanto na maior quanto na menor densidade de plantio, a diferença de
quantidades acumuladas de fósforo entre plantas adubadas e não adubadas com N
corroborou os resultados observados para AF e MSPA.
27
O maior acúmulo de fósforo (1,256 g/planta) aconteceu no tratamento menos
adensado na dose de 200 kg ha
-1
de N, não diferindo significativamente dos
tratamentos com aplicação de N na densidade de 31.250 plantas/ha.
As curvas que descrevem os acúmulos de fósforo em função dos tratamentos
encontram-se na Figura 6. A metade do acúmulo total de fósforo pelo repolho nos
diferentes tratamentos foi observado no período de 54 e 49 DAT, em média,
respectivamente para as densidades de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
(Figura 6). A
metade do acúmulo de fósforo ocorreu em datas próximas as do nitrogênio, 51 e 45
DAT para menor e maior densidade, respectivamente. Conforme descrito por ARAÚJO
& MACHADO (2006), o fósforo e o nitrogênio interagem de forma sinérgica, em que
ambos nutrientes, em doses adequadas, promovem aumentos na produção vegetal.
Sendo assim, era de se esperar que o nitrogênio e o fósforo apresentassem curvas
semelhantes de acúmulo na planta, não quanto à quantidade, mas sim, quanto às
épocas de aumento na demanda máxima, e de taxas de crescimento. Os acúmulos de
fósforo foram máximos ao final do ciclo (Figura 6) e foram, em média, 105% maiores
dos que os obtidos por OLIVEIRA et al. (2003). Os valores maximizados foram 0,82
(D1N0); 1,16 (D1N1); 1,25 (D1N2); 1,24 (D1N3); 0,61 (D2N0); 0,84 (D2N1); 0,78
(D2N2) e 0,87 g/planta (D2N3). Estas quantidades demonstram que na menor
densidade plantas acumularam mais P, visto que apresentaram maior MSPA. No
entanto, as quantidades expressas em kg ha
-1
foram,
25,78 (D1N0); 36,18 (D1N1);
39,16 (D1N2); 38,83 (D1N3); 28,97 (D2N0); 39,40 (D2N1); 36,73 (D2N2) e 40,6 (D2N3)
Neste caso, as quantidades acumuladas de P são maiores na cultura mais adensada.
Diferentemente do N, a quantidade de P extraída por cultura mais adensada (média das
28
doses de N) foi apenas 4% maior do que de cultura menos adensada, enquanto para N
foi de 25%.
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
20 40 60 80
Ciclo (dias após o transplante)
Fósforo (g/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 6. Fósforo na matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Astrus, nas doses
0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de 31.250
(D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
Jaboticabal (SP). 2008.
Ŷ1 = 1,2381/ (1+EXP (-0,07701* (X - 66,03))) R
2
= 1 P = 0,007
Ŷ2 = 1,5295/ (1+EXP (-0,0701* (X - 58,78))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ3 = 2,3845/ (1+EXP (-0,0577* (X -73,22))) R
2
= 1 P = 0,05
Ŷ4 = 1,4061/ (1+EXP (-0,0889* (X - 52,16))) R
2
= 1 P = 0,001
Ŷ5 = 0,6747/ (1+EXP (-0,0948* (X - 49,79))) R
2
= 1 P = 0,01
Ŷ6 = 1,7211/ (1+EXP (-0,0485* (X - 75,96))) R
2
= 0,98 P = 0,12
Ŷ7 = 0,9455/ (1+EXP (-0,0688* (X - 52,08))) R
2
= 1 P = 0,06
Ŷ8 = 1,0785/ (1+EXP (-0,0646* (X - 53,23))) R
2
= 0,99 P = 0,07
29
Houve interação significativa entre tratamentos e época de coleta (p<0,01) para
acúmulo de potássio na matéria seca da parte aérea do repolho ‘Astrus’ (Tabela 7).
Tabela 7. Valores de F e significância dos acúmulos de potássio (K), cálcio (Ca),
magnésio (Mg) e enxofre (S) em repolho, híbrido Astrus, em função dos
fatores avaliados. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Valores de F
Causas da Variação
K Ca Mg S
Blocos 0,08
ns
0,27
ns
0,20
ns
0,74
ns
Ciclo (C) 721,79** 819,59** 1409,80** 1812,51**
( DP x N ) 26,74** 23,21** 20,11** 20,47**
Interação (C) X (DP x N) 4,27** 4,47** 7,17** 3,61**
ns – não significativo (p<0,05), ** significativo (p<0,01). DP = Densidade populacional e N = doses
de nitrogênio
Aos 20 dias, assim como observado para N e P, as quantidades de potássio, em
ambas densidades populacionais avaliadas, foram maiores em plantas adubadas com
N, em média 167% maires do que às não adubadas. Ao final do ciclo os tratamentos
com aplicação de nitrogênio na menor densidade, que não diferiram entre si, em média
acumularam 48,7% mais potássio do que plantas de mesma densidade populacional,
mas que não receberam adubação nitrogenada e de plantas adubadas com N, mas de
cultura mais adensada (Tabela 8).
Na menor densidade de plantio os tratamentos com aplicação de N
proporcionaram maior acúmulo de potássio do que na mesma densidade de plantio sem
a aplicação de N, corroborando com os resultados apresentados para N e P. No
entanto, na maior densidade de plantio não houve diferença significativa entre os
tratamentos com e sem adubação nitrogenada (Tabela 8). Sabe-se que o K é um
nutriente diretamente envolvido com processos fisiológicos relacionados à AF,
30
especialmente, a fotossíntese. Em razão da AF de plantas da cultura mais adensada
não ter respondido à aplicação de N (doses de 0 a 300 kg ha
-1
), Tabela 3, não houve
aumento significativo da demanda de K pelas plantas de repolho. Conforme MENGEL &
KIRKBY (1987), a demanda por nutrientes no estádio de crescimento vegetativo é
primeiramente determinada pela taxa de assimilação de dióxido de carbono. Esta, por
sua vez, está diretamente associada à maior demanda por nutrientes, entre eles, o
potássio.
O maior acúmulo (3,63 g/planta) foi constatado na população de 31.250
plantas/ha com aplicação de 300 kg ha
-1
de N, não diferindo estatisticamente dos
tratamentos com aplicação de N na mesma densidade de plantio (Tabela 6).
Tabela 8. Potássio na matéria seca da parte aérea (g/planta) do repolho híbrido Astrus,
no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta. UNESP –
Jaboticabal (SP). 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20
0,09 B
1
0,27 A 0,22 A 0,29 A 0,07 B 0,15 A 0,18 A 0,19 A
40
0,59 C 1,32 A 1,18 ABC
1,39 A 0,66 BC 1,07 ABC
1,03 ABC
1,25 AB
60
1,29 CD 2,21 A 2,02 AB 2,37 A 1,14 D 1,27 CD 1,49 BCD
1,78 ABC
75
2,11 B 3,21 A 3,51 A 3,63 A 1,79 B 2,38 B 2,33 B 2,26 B
CVp (%)
3
17,54
CVs (%) 13,58
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal, o diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e da subparcela (Época)
As curvas que descrevem os acúmulos de potássio em função dos tratamentos
encontram-se na Figura 7. A metade dos acúmulos de potássio nos tratamentos
avaliados foi verificado no período de 39 a 55 DAT. O acúmulo de metade do total de K
31
ocorreu mais tardiamente (55 DAT) em plantas de menor densidade e com 300 kg ha
-1
de N, enquanto o acúmulo mais precoce (39 DAT) ocorreu em maior densidade de
plantio e 300 kg ha
-1
de N (Figura 7).
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
20 40 60 80
Ciclo (dias após o transplante)
Potássio (g/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 7. Potássio na matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Astrus, nas
doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de
31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
– Jaboticabal (SP). 2008.
Ŷ1 = 3,3178/ (1+EXP (-0,0634* (X - 66,40))) R
2
= 0,99 P = 0,07
Ŷ2 = 4,2469/ (1+EXP (-0,0594* (X - 56,79))) R
2
= 0,98 P = 0,12
Ŷ3 = 10,0418/ (1+EXP (-0,0458* (X - 88,80))) R
2
= 0,98 P = 0,12
Ŷ4 = 5,6504/ (1+EXP (-0,0539* (X - 64,56))) R
2
= 0,98 P = 0,12
Ŷ5 = 2,5873/ (1+EXP (-0,0598* (X - 62,26))) R
2
= 0,98 P = 0,14
Ŷ6 = -1,0297 + (0,9133* (EXP (X/ 58,15))) R
2
= 0,93 P = 0,25
Ŷ7 = 3,7208/ (1+EXP (-0,0496* (X - 65,38))) R
2
= 0,96 P = 0,19
Ŷ8 = 2,2185/ (1+EXP (-0,0964* (X - 39,41))) R
2
= 0,97 P = 0,16
32
As quantidades máximas de K na planta foram observadas no final do ciclo do
cultivo e corresponderam a 2,10 (D1N0); 3,17 (D1N1); 3,48 (D1N2); 3,60(D1N3); 1,76
(D2N0); 2,28 (D2N1); 2,29 (D2N2) e 2,15 (D2N3) g/planta de K (Figura 7). Ao contrário
do observado para nitrogênio e fósforo, os acúmulos observados em plantas de repolho
em cultura com 46.875 plantas foram menores do que o verificado por OLIVEIRA et al.
(2003), 3,14 g/planta, em densidade populacional de 27.778 plantas por hectare.
Os acúmulos relatados em gramas por planta, denotam que sob menores
densidades os acúmulos foram maiores. No entanto, as quantidades quando calculadas
por área, em kg ha
-1
, correspondem a 65,6 (D1N0); 99,1 (D1N1); 108,9 (D1N2); 112,5
(D1N3); 82,6 (D2N0); 107,2 (D2N1); 107,2 (D2N2); 100,7 (D2N3).
Houve interação significativa (p<0,01) entre tratamentos e época de coleta para o
acúmulo de cálcio na matéria seca da parte aérea do repolho ‘Astrus’ (Tabela 7).
Aos 20 DAT as quantidades de cálcio acumuladas no tratamento sem aplicação
de N apresentavam-se menores do que nos tratamentos com aplicação de N,
indiferentemente da densidade de plantio. Aos 40 DAT as quantidades de Ca não
diferiram em plantas adubadas, de cultura menos adensada. Aos 75 DAT os acúmulos
de Ca não são distintos entre plantas que receberam adubações com 200 e 300 kg ha
-1
de N, na menor densidade, mas maiores que as quantidades acumuladas nas demais
condições de cultivo avaliadas.
O maior acúmulo de cálcio na menor densidade de plantio e com 200 kg ha
-1
de
N (6,44 g/planta) é 30% maior do que o acúmulo máximo obtido na maior densidade de
plantio, com 300 kg ha
-1
de N (4,94 g/planta) (Tabela 9).
33
Estas duas condições de cultivo, nas quais foram observados os máximos
acúmulos de cálcio na menor e maior densidade de plantio foram também as que
apresentaram as máximas de AF e MSPA, que são determinantes do resultado
verificado para cálcio. Comparando-se este valor máximo com o maior acúmulo (0,56
g/planta) obtido por OLIVEIRA et al. (2003) observa-se uma diferença superior a dez
vezes.
Assim como o observado para os nutrientes relatados, plantas adubadas com
N na maior densidade de plantio não diferiram significativamente entre si, sendo que a
não aplicação de nitrogênio nesta densidade proporcionou redução de 26,5% no
acúmulo de cálcio em relação a dose de 300 kg ha
-1
de N.
Tabela 9. Cálcio na matéria seca da parte aérea (g/planta), do repolho híbrido Astrus,
no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta. UNESP –
Jaboticabal (SP). 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20 0,16 B
1
0,39 A 0,42 A 0,41 A 0,19 B 0,41 A 0,48 A 0,53 A
40
1,05 C 2,04 A 2,21 A 2,36 A 1,32 BC 1,98 BC 1,92 ABC 2,10 A
60
3,07 CD 4,13 AB 3,85 BC 4,95 A 2,65 D 2,92 CD 3,24 BCD 3,51 BCD
75
3,76 E 5,10 BC 6,44 A 6,05 A 3,63 E 3,96 DE 4,35 CDE 4,94 CD
CVp (%)
3
14,87
CVs (%) 12,46
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal, o diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e da subparcela (Época)
Na menor densidade de plantio a aplicação de 200 e 300 kg ha
-1
de N
proporcionaram maiores acúmulos de cálcio, sendo em média, 66% superior ao
acúmulo de cálcio na dose sem aplicação de nitrogênio. Nota-se que as doses de 200 e
34
300 kg ha
-1
de N na menor densidade em todos os nutrientes estudos até o momento
foram responsáveis por maiores acúmulos (Tabela 9).
As curvas que descrevem os acúmulos de cálcio em função dos tratamentos
encontram-se na Figura 8. As metades dos acúmulos de cálcio no repolho foram
observadas, no período de 44 a 53 DAT, com média de 48 DAT na densidade de
31.250 plantas/ha e 46 DAT na densidade 46.875 plantas/ha (Figura 8).
0
1
2
3
4
5
6
7
20 40 60 80
Ciclo (dias após o transplante)
Cálcio (g/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 8. Cálcio na matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Astrus, nas doses 0
(N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de 31.250
(D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
Jaboticabal (SP). 2008.
Ŷ1 = 3,97/ (1+EXP (-0,1113* (X - 49,09))) R
2
= 1 P = 0,05
Ŷ2 = 5,48/ (1+EXP (-0,0880* (X - 46,54))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ3 = 13,98/ (1+EXP (-0,0490* (X - 78,48))) R
2
= 0,98 P = 0,12
Ŷ4 = 6,43/ (1+EXP (-0,0925* (X - 46,40))) R
2
= 1 P = 0,03
Ŷ5 = 4,22/ (1+EXP (-0,0762* (X - 52,07))) R
2
= 0,99 P = 0,08
Ŷ6 = 4,41/ (1+EXP (-0,0680* (X - 46,53))) R
2
= 0,97 P = 0,16
Ŷ7 = 5,14/ (1+EXP (-0,0654* (X - 50,19))) R
2
= 1 P = 0,09
Ŷ8 = 6,41/ (1+EXP (-0,0586* (X - 55,06))) R
2
= 0,99 P = 0,10
35
De acordo com as equações de ajuste (Figura 8) o acúmulo de cálcio na parte
aérea do repolho ‘Astrus’ foi 3,76 (D1N0); 5,06 (D1N1); 6,39 (D1N2); 6,01(D1N3); 3,59
(D2N0); 3,85 (D2N1); 4,29 (D2N2) e 4,88 g/planta (D2N3).
Quando recalculadas as quantidades de lcio em kg ha
-1
os acúmulos foram
117,5 (D1N0); 158 (D1N1); 199,9 (D1N2); 168,4 (D1N3); 187,8 (D2N0); 180,5 (D2N1);
201,5 (D2N2) e 229,1 (D2N3).
O acúmulo de magnésio na matéria seca de repolho apresentou interação
significativa entre tratamentos e época de coleta (Tabela 7).
Aos 20 DAT as quantidades de magnésio foram maiores em plantas adubadas
do que nas que não receberam N, independentemente da densidade de plantio. Vinte
dias após, os tratamentos não diferiram. Aos 75 DAT, plantas adubadas com N, na
menor densidade acumularam 52,5% mais magnésio do que plantas também adubadas
com N, mas na maior densidade de plantio. Assim como observado para potássio e
cálcio, e diferente do ocorrido para nitrogênio, fósforo, MSPA e AF não houve diferença
significativa entre a menor e maior densidade de plantio nos tratamentos sem aplicação
de N (Tabela 10).
Na menor densidade de plantio, plantas adubadas com 200 e 300 kg ha
-1
de N
apresentaram maior acúmulo de magnésio na matéria seca da parte aérea. Na maior
densidade de plantio, a adubação com 300 kg ha
-1
de N foi responsável pelo maior
acúmulo (1,058 g/planta), sem diferir da dose de 200 kg ha
-1
de N (Tabela 8).
O maior acúmulo (1,614 g/planta) ocorreu com aplicação de 200 kg ha
-1
de N na
menor densidade de plantio não diferindo da adubação com 300 kg ha
-1
na mesma
densidade (Tabela 10). Este acúmulo é 7,33 vezes superior ao encontrado por
36
OLIVEIRA et al. (2003) com aplicação de 36t/ha de cama aviária e densidade
populacional de 27.778 plantas/ha.
Tabela 10. Magnésio na matéria seca da parte aérea (g/planta), do repolho híbrido
Astrus, no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta.
UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20 0,029 B
1
0,074 A 0,072 A 0,076 A 0,035 B 0,065 A 0,082 A 0,100 A
40
0,162 A 0,327 A 0,300 A 0,372 A 0,213 A 0,314 A 0,257 A 0,299 A
60
0,433 C 0,743 AB 0,612 ABC
0,804 A 0,537 BC
0,547 BC 0,557 BC 0,613 ABC
75
0,824 C 1,095 B 1,614 1,548 A 0,825 C 0,825 C 0,971 BC 1,058 B
CVp (%)
3
17,24
CVs (%) 11,53
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal, o diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e da subparcela (Época)
De acordo com as curvas que descrevem os acúmulos de magnésio em função
dos tratamentos para o acúmulo de 50% do magnésio total na parte aérea os
tratamentos na densidade de 31.250 plantas/ha foram heterogêneos, o tratamento
D1N1 apresentou este valor aos 52 DAT, já o tratamento D1N2 atingiu os 50% somente
aos 64 DAT. No entanto, na densidade de 46.875 plantas/ha
houve homogeneidade,
todos os seus tratamentos atingiram os 50% de acúmulo entre 54 e 56 DAT (Figura 9).
Segundo as equações de ajuste ao final do ciclo os acúmulos mostraram-se
máximos 0,82 (D1N0); 1,09 (D1N1); 1,61 (D1N2); 1,54 (D1N3); 0,82 (D2N0); 1,00
(D2N1); 0,96 (D2N2) e 1,05 (D2N3) g/planta (Figura 9). As quantidades de magnésio
acumuladas, em kg ha
-1
, foram: 25,7 (D1N0); 34,1 (D1N1); 50,3 (D1N2); 48,1 (D1N3);
38,6 (D2N0); 46,9 (D2N1); 45,4 (D2N2); 49,4 (D2N3).
37
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
1,8
20 40 60 80
Ciclo (dias após o transplante)
Magnésio (g/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 9. Magnésio na matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Astrus, nas
doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de
31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
– Jaboticabal (SP). 2008.
Houve interação significativa entre tratamentos e época de coleta para acúmulo
de enxofre (Tabela 7). Aos 20 DAT, embora as quantidades do nutriente tenham sido
108% maiores em plantas adubadas do que nas que não receberam N, independe da
densidade de plantio, os tratamentos foram estatisticamente iguais. Aos 40 DAT apenas
Ŷ1 = 1,9058/ (1+EXP (-0,0626* (X - 79,38))) R
2
= 1 P = 0,03
Ŷ2 = 1,4627/ (1+EXP (-0,0684* (X - 59,19))) R
2
= 1 P = 0,03
Ŷ3 = 0,0778 + (0,0107* (EXP (X/ 15,11))) R
2
= 0,99 P = 0,08
Ŷ4 = -0,1208 + (0,1029* (EXP (X/ 26,96))) R
2
= 1 P = 0,05
Ŷ5 = 1,1061/ (1+EXP (-0,0737* (X - 60,51))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ6 = -0,1151 + (0,1092* (EXP (X/ 32,24))) R
2
= 0,99 P = 0,10
Ŷ7 = -0,0984 + (0,0968* (EXP (X/ 31,24))) R
2
= 1 P = 0,01
Ŷ8 = -0,1026 + (0,1117* (EXP (X/ 32,08))) R
2
= 1 P = 0,02
38
D1N0 (0,131 g/planta) e D1N3 (0,268 g/planta) apresentaram diferença significativa.
Aos 60 DAT, o tratamento menos adensado com aplicação de 300 kg ha
-1
de N (D1N3)
continuou a apresentar maior acúmulo de enxofre (0,582 g/planta) não diferindo
estatisticamente dos tratamentos D1N1, D1N2 e D2N3. Ao final do cultivo, plantas na
menor densidade de plantio e que receberam 200 e 300 kg ha
-1
de N acumularam as
mesmas quantidade de magnésio (0,766 g/planta) não diferindo estatisticamente da
adubação com 100 kg ha
-1
(0,688 g/planta) (Tabela 11). Os resultados apresentados
até o momento corroboram entre si, demonstrando que, em média, a densidade de
31.250 plantas/ha apresenta maiores acúmulos de nutrientes por planta.
Na menor densidade de plantio os tratamentos com aplicação de N não diferiram
significativamente entre si, como observado para K, P, N, MSPA e AF, apresentando,
em média, acúmulo 51% maior do que na ausência de adubação nitrogenada. Na maior
densidade de plantio, apenas a dose 300 kg ha
-1
de N foi superior a ausência de
adubação com N.
Tabela 11. Enxofre na matéria seca da parte aérea (g/planta) do repolho híbrido Astrus,
no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta. UNESP –
Jaboticabal (SP). 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20 0,025 A
1
0,057 A 0,057 A 0,060 A 0,025 A 0,049 A 0,056 A 0,034 A
40
0,131 B 0,260 AB 0,256 AB 0,268 A 0,144 AB 0,218 AB 0,215 AB 0,228 AB
60
0,397 BC 0,578 A 0,520 AB 0,582 A 0,370 C 0,392 BC 0,428 BC 0,466 ABC
75
0,491 BC 0,688 AB 0,766 A 0,766 A 0,404 C 0,529 BC 0,500 BC 0,544 B
CVp (%)
3
15,79
CVs (%) 8,47
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal, o diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e da subparcela (Época)
39
De acordo com as curvas de acúmulo da Figura 10 metade de todo enxofre
acumulado foi constatado, aproximadamente aos 48 e 45 DAT na menor e maior
densidade de plantio, respectivamente, com amplitude de 44 a 51 DAT.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
20 40 60 80
Ciclo (dias após o transplante)
Enxofre (g/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 10. Enxofre na matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Astrus, nas
doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de
31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
– Jaboticabal (SP). 2008.
Ŷ1 = 0,5219/ (1+EXP (-0,1104* (X - 49,68))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ2 = 0,7330/ (1+EXP (-0,0952* (X - 46,24))) R
2
= 1 P = 0,003
Ŷ3 = 1,0496/ (1+EXP (-0,0634* (X - 59,60))) R
2
= 1 P = 0,06
Ŷ4 = 0,8738/ (1+EXP (-0,0790* (X - 50,89))) R
2
= 1 P = 0,03
Ŷ5 = 0,4132/ (1+EXP (-0,1413* (X - 44,25))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ6 = 0,6252/ (1+EXP (-0,0684* (X - 51,05))) R
2
= 0,99 P = 0,08
Ŷ7 = 0,5499/ (1+EXP (-0,0853* (X - 45,28))) R
2
= 1 P = 0,005
Ŷ8 = 0,5841/ (1+EXP (-0,0880* (X - 44,80))) R
2
= 1 P = 0,02
40
Os acúmulos de enxofre foram maximizados ao final do cultivo e correspondem a
0,49 (D1N0); 0,69 (D1N1); 0,76 (D1N2); 0,76 (D1N3); 0,40 (D2N0); 0,52 (D2N1); 0,51
(D2N2) e 0,54 (D2N3) g/planta (Figura 10). Observa-se que como descrito para os
demais nutrientes, em área, o acúmulo foi maior em cultura mais adensada. Os valores
em kg ha
-1
, foram 15,37 (D1N0); 21,51 (D1N1); 23,8 (D1N2); 23,76 (D1N3); 19,11
(D2N0); 24,5 (D2N1); 23,9 (D2N2); e 25,6 g/planta (D2N3) demonstra que na densidade
de 46.875 plantas/ha os acúmulos foram superiores.
Considerando o apresentado para todos os macronutrientes (Tabelas 5, 6. 8, 9,
10 e 11) as ordens decrescentes de acúmulo, conforme condição de cultivo encontram-
se na Tabela 12. Surpreendeu a primeira posição para cálcio, provavelmente,
favorecido pelo teor do nutriente no solo já existente, 38 mmol
c
dm
-3
, considerado muito
alto por RAIJ et al. (1997), e pela calagem realizada para elevar a saturação por bases
a 80%, conforme orientação de TRANI et al. (1997).
Diferentemente da seqüência constatada, MALAVOLTA et al. (1976) citam como
os três nutrientes mais acumulados o N, K, S, FURLANI et al. (1978) citam a mesma
seqüência inicial reportada por MALAVOLTA et al. (1976) e complementam a seqüência
decrescente com Ca, P e Mg. A posição do P à frente do Mg na seqüência decrescente
de acúmulo não foi verificada nos tratamentos estudados, bem como do enxofre a
frente do magnésio e fósforo.
41
Tabela 12. Seqüência decrescente de acúmulo de macronutrientes na planta de
repolho ‘Astrus’, ao fim do cultivo, em função dos tratamentos avaliados.
Tratament
os
Seqüência
D1N0
1
Ca N > K > Mg = P > S
D1N1
Ca N > K > Mg P > S
D1N2
Ca > N > K > Mg > P > S
D1N3
Ca > N > K > Mg > P > S
D2N0
Ca > N > K > Mg > P > S
D2N1
Ca > N > K > Mg = P > S
D2N2
Ca > N > K > Mg > P > S
D2N3
Ca > N > K > Mg > P > S
1
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2 e
N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
2
Sinal corresponde ao acúmulo do nutriente em quantidade não superior a 10% do
outro nutriente em comparação, = corresponde ao acúmulo do nutriente em quantidade
não superior a 1% do outro.
4.1.1.3 Exportação de macronutrientes
Em percentagem do total acumulado pela cultura, os nutrientes mais exportados
foram N, P e K (Tabela 13), muito provavelmente devido à própria mobilidade que
apresentam na planta. Os resultados observados para N, P e K assemelham-se aos de
HARA & SONODA (1979), que constataram maiores quantidades de N, P e K nas
folhas internas do repolho do que nas folhas externas ao produto comercial. As
quantidades de Ca também foram relevantes, mas os percentuais não atingiram um
terço do total. HARA & SONODA (1979) também verificaram que a quantidade de Ca
presente em folhas internas do repolho foi muito pequena em relação ao acumulado
pela planta toda.
42
As exportações de Mg foram, em dia, percentualmente maiores em culturas
mais adensadas para menores doses de N. Maiores exportações em plantas sob cultivo
mais adensado podem ser atribuídos à menor AF nestas plantas do que sob menor
densidade (Tabela 2). Menor, área foliar, menor quantidade de clorofilas, porfirinas
magnesianas e, consequentemente, menor proporção de Mg presente nas folhas
externas ao repolho, responsáveis pela fotossíntese da planta, e folhas internas do
repolho e caule.
Tabela 12. Quantidades exportadas de macronutrientes no repolho (produto comercial)
em função dos tratamentos e percentual (entre parênteses) do total
acumulado pela planta, híbrido Astrus, UNESP – Jaboticabal (SP), 2008.
N
P
K
Ca
Mg
S
Tratamentos
g/
repolho (produto comercial)
D1N0
1
1,65 0,44 0,90 0,84 0,21 0,20
D1N1
2,12 0,52 1,57 1,20 0,31 0,30
D1N2
2,49 0,72 1,66 1,91 0,86 0,33
D1N3
2,74 0,82 1,94 1,89 0,81 0,32
D2N0
1,05 0,29 0,77 0,77 0,28 0,12
D2N1
1,70 0,47 1,18 1,07 0,44 0,23
D2N2
1,63 0,49 0,97 1,19 0,52 0,23
D2N3
1,48 0,44 0,91 1,46 0,52 0,22
k
g ha
-
1
D1N0
1
51,6 (46%) 13,8 (53%) 28,1 (42%) 26,3 (22%) 6,6 (25%) 6,3 (41%)
D1N1
66,3 (51%) 16,2 (44%) 49,1 (49%) 37,5 (23%) 9,7 (28%) 9,4 (44%)
D1N2
77,8 (54%) 22,5 (57%) 51,9 (47%) 59,7 (30%) 26,9 (53%) 10,3 (43%)
D1N3
85,6 (55%) 25,6 (66%) 60,6 (55%) 59,1 (31%) 25,3 (53%) 10,0 (42%)
D2N0
49,2 (30%) 13,6 (46%) 36,1(43%) 36,1 (21%) 13,1 (34%) 5,6 (30%)
D2N1
79,7 (47%) 22,0 (57%) 55,3 (51%) 50,2 (29%) 20,6 (44%) 10,8 (44%)
D2N2
76,3 (45%) 23,2 (63%) 45,4 (42%) 55,7 (28%) 24,3 (53%) 10,8 (45%)
D2N3
69,3 (40%) 20,6 (51%) 42,6 (42%) 68,2 (30%) 24,3 (49%) 10,3 (40%)
1
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2 e N3 às doses de
0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
43
Quanto ao enxofre, exceção ao tratamento mais adensado não adubadas com N,
os percentuais de exportação de enxofre foram muito próximos entre si. Considerando
que o enxofre é um nutriente pouco móvel na planta, os percentuais observados podem
ser considerados elevados. Muito, provavelmente, as quantidades presentes no repolho
não correspondem a redistribuição do nutriente próximo ao fim do ciclo, mas sim às
características peculiares da espécie que assim como outras brássicas são ricas em
enxofre em seu produto comercial.
4.1.2 Número de folhas externas e internas
O número de folhas externas (NFE) não foi influenciado significativamente pela
interação dos fatores, apenas pela densidade de plantio (Tabela 14).
Na menor densidade populacional, obteve-se o maior número de folhas externas
por planta (15,58 folhas/planta), três folhas a mais do que na maior densidade de
plantas (12,58 folhas planta
-1
), um aumento de 23,8%. Estes números de folhas
externas observados, independente da densidade populacional, estão próximos aos
encontrados por ATHANÁZIO & MAISTROVICZ (2007), que trabalhando com diferentes
cultivares de repolho verde na densidade de 20.833 plantas/ha encontram NFE entre
12,71 e 14,71. No entanto, STEPANOVIC et al. (2000), nas densidades de 33.715 e
47.620 plantas/ha, relataram menor número de folhas externas do que no presente
trabalho, respectivamente, 11,20 e 8,96 na menor e maior densidade de plantio.
A densidade populacional relaciona-se diretamente com a intensidade de
competição entre plantas por espaço e fatores de crescimento, principalmente,
44
luminosidade. Plantas de repolho sob menor densidade dispunham de 0,32 m
2
por
planta enquanto na cultura mais adensada, cerca de 0,21 m
2
, o que permitiu àquelas
melhor aproveitamento dos recursos do meio, por conseguinte, maior número de folhas.
Tabela 14. Valores de F, significâncias e coeficientes de variação das características
avaliadas, número de folhas externas (NFE) e número de folhas internas
(NFI) do repolho, híbrido Astrus, em função dos fatores densidades de
plantio e doses de nitrogênio. UNESP - Jaboticabal (SP). 2008.
Causas de Variação NFE NFI
Densidade de plantio (D) 33,4760 ** 1,8308
NS
Nitrogênio (N) 0,6544
NS
4,0268 *
D x N 1,2399
NS
0,9523
NS
C. V.(%) 1,27 6,94
* significativo a 5%, ** significativo a 1%,
NS
não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
O menor número de folhas do repolho como resultado da menor área disponível
às plantas também foi observado em outras hortaliças folhosas, como almeirão (PAULA
et al., 2002a) e couve-da-malásia (FERREIRA et al., 2002).
Para o número de folhas internas (NFI), assim como constatado para o NFE, não
houve interação dos fatores (Tabela 14). Os NFI observados em repolho de plantas
cultivadas sob 31.250 e 46.875 plantas por hectare foram 37,7 e 36,3 por planta,
respectivamente.
No estudo de regressão polinomial, verificou-se ajuste linear para NFI em
resposta às doses de N na densidade de 31.250 plantas/ha (Figura 11). A dose de 300
kg ha
-1
de nitrogênio proporcionou o maior número de folha (40,77 folhas/planta),
enquanto sem aplicação de N, constatou-se planta com 34,56 folhas, cerca de 15%
menos. Não houve ajuste de regressões polinomiais na densidade de 46.250
45
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
NFI (folhas/planta)
plantas/ha, sendo a média geral da densidade 36,25 folhas/planta (Figura 11).
Conforme observado para NFE, o NFI foi muito próximo aos relatados por ATHANÁZIO
& MAISTROVICZ (2007), que relatam nas diferentes cultivares de 36,4 a 42,8 folhas por
repolho (produto comercial).
Efeito significativo das doses de nitrogênio somente sobre o NFI pode ser devido
à maior exigência em N pela planta durante a formação da cabeça de repolho (folhas
internas). Segundo Hara & Sonoda (1979) citado por KIMOTO (1993), o acúmulo de N
pelas folhas internas iniciou-se a partir dos 70 dias e aos 100 dias superou a quantidade
acumulada nas folhas externas.
Figura 11. Número de folhas internas (NFI) de repolho, híbrido Astrus, nas densidades
populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função
da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Y
D1
= 34,53333 + 0,01616667X R
2
= 0,95 F = 13,6473*
Y
D2
= 36,25
46
4.1.3 Matéria seca da folha externa e interna
A matéria seca da folha externa (MSFE) foi influenciada significativamente pelos
fatores doses de nitrogênio e de densidade populacional e pela interação dos fatores
(Tabela 15).
Tabela 15. Valores de F, significâncias e coeficientes de variação das características
avaliadas, matéria seca da folha externa (MSFE) e matéria seca da folha
interna (MSFI), do repolho, híbrido Astrus, em função dos fatores
densidades de plantio e doses de nitrogênio. UNESP - Jaboticabal (SP).
2008.
Causas de Variação MSFE MSFI
Densidades de plantio (D) 31,6951 ** 89,3458 **
Nitrogênio (N) 4,0138 * 18,9425 **
D x N 3,6929 * 2,0040
NS
C. V.(%) 15,12 12,53
*
significativo a 5%, ** significativo a 1%,
NS
não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
As médias de MSFE em resposta a fertilização nitrogenada, na maior densidade
populacional, não se ajustaram à equações de regressão polinomial enquanto, na
menor densidade houve ajuste quadrático (Figura 12). A dose de nitrogênio necessária
para maximizar a MSFE (88,62 g/planta), na menor densidade de plantas, foi de 187 kg
ha
-1
. O máximo obtido na menor densidade foi cerca de 67% maior do que a média de
MSFE verificada na maior densidade. Na dose de 300 kg ha
-1
de nitrogênio a redução
na produção de MSFE da menor densidade foi 13,5% em relação ao ximo obtido
com 113 kg ha
-1
de N a menos. A MSFE máxima, observada na menor densidade
populacional foi semelhante a MSFE, média, (88,1 g/planta) relatada por PECK (1981)
47
com a aplicação de 150 kg ha
-1
. Entretanto o autor relata que a máxima MSPA
encontrada por ele (100,25 g/planta) foi constatada com a aplicação de 300 kg ha
-1
de
N.
A matéria seca de folha externa correlacionou-se com o número de folhas
externas ao repolho, r = 0,64** (Tabela 16). Assim como para NFE maior MSFE foi
observada também na menor população.
Tabela 16. Coeficiente de correlação de Pearson e significância entre as características
acúmulo de nitrogênio na parte aérea (ANPA); número de folhas externas e
internas (NFE e NFI); diâmetro do caule na inserção das folhas (DCI);
diâmetro transversal e longitudinal da “cabeça” (DTR e DLR); matéria fresca
repolho (MFR); matéria seca das folhas externas, internas e caule (MSFE,
MSFI, MSC) do repolho híbrido Astrus. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
ANPA NFE NFI DCI DTR DLR MFR MSFE MSFI
NFE
0,49*
NFI
0,56** -0,05
ns
DCI
0,68** 0,56** 0,26
ns
DTR
0,71** 0,04
ns
0,61** 0,58**
DLR
0,74** 0,32
ns
0,44* 0,66** 0,66**
MFR
0,87** 0,27
ns
0,62** 0,68** 0,87** 0,79**
MSFE
0,87** 0,64** 0,29
ns
0,73** 0,57** 0,79** 0,75**
MSFI
0,95** 0,45* 0,59** 0,72** 0,78** 0,81** 0,89** 0,84**
MSC
0,75** 0,19
ns
0,62** 0,52* 0,67** 0,68** 0,81** 0,57** 0,78**
ns – não significativo (p<0,05), * significativo (p<0,05), ** significativo (p<0,01).
48
40,0
45,0
50,0
55,0
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
MSFE (g/planta)
Figura 12. Matéria seca da folha externa (MSFE) de repolho, híbrido Astrus, nas
densidades populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP). 2008.
Quanto à característica matéria seca da folha interna (MSFI), não houve efeito
significativo da interação dos fatores, mas efeito significativo isolado, tanto de doses de
nitrogênio quanto da densidade de plantio (Tabela 14).
Com relação ao fator doses de nitrogênio, as médias ajustaram-se a equações
de modelo quadrático e linear, na menor e maior densidade populacional,
respectivamente (Figura 13). A dose de 227 kg ha
-1
de nitrogênio na densidade de
31.250 plantas/ha proporcionou máxima produção de matéria seca da folha interna
Y
D1
= 55,48683 + 0,353552X -0,000943X
2
R
2
= 0,99 F = 10,4575*
Y
D2
= 53,15
49
(117,38 g/planta), cerca de, 77% a mais do que sem a aplicação de N (66,4 g/planta) e
65% a mais do que a maior MSFI (71,2 g/planta), obtida com 300 kg ha
-1
de N na
densidade de 46.875 plantas por hectare. A diferença entre as curvas de ajuste obtidas
nas duas densidades avaliadas reflete o maior espaço disponível para seu
desenvolvimento (menor competição por nitrogênio) o repolho pode expressar o seu
potencial produtivo em doses menores de N, enquanto na maior densidade este
potencial, provavelmente, se apresente em doses superiores a 300 kg ha
-1
de N (Figura
13).
GUIRAL et al. (2002) trabalhando com couve-chinesa e PECK (1981) com
repolho observaram que o acúmulo de MSFI (produto comercial) respondeu
positivamente à aplicação de nitrogênio. Sendo que, o segundo autor, relata aumento
de 52% da MSFI com adubação nitrogenada de 300 kg ha
-1
(162 g/planta) em relação a
não aplicação de N (106 g/planta).
Foi verificada correlação entre a MSFI e o NFI, r = 0,59**, e entre a MSFI e
MSFE, r = 0,84** (Tabela 2A), o que corrobora para que a redução da MSFI na maior
dose de N, na densidade de 31250 plantas/ha, também seja observada na MSFE.
Quanto à densidade de plantio, na menor densidade populacional foi observada
MSFI de 99,14 g/planta, enquanto na condição mais adensada a MSFI foi de 60,52
g/planta, ou seja, redução de 39%, aproximadamente.
50
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
MSFI (g/planta)
Figura 13. Matéria seca da folha interna (MSFI) de repolho, híbrido Astrus, nas
densidades populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP). 2008.
A redução significativa na MSFI sob elevada densidade populacional pode ser
atribuída à menor área disponível para crescimento da planta, com reflexos negativos
sobre a utilização do N e conseqüência de menores NFE, NFI e MSFE. A análise de
correlação (Tabela 2A) confirma a relação entre estas características. Nela observa-se
correlação entre MSFI, NFI e NFE. Entretanto a MSFE correlaciona-se apenas com
NFE, isto demonstra claramente a dependência das folhas internas do aproveitamento
Y
D1
= 66,3781 + 0,4493X – 0,000989775X
2
R
2
= 1 F = 11,2678*
Y
D2
= 49,8366 + 0,07125X R
2
= 0,47 F = 6,4084*
51
de luz das folhas externas e confirma a teoria de redistribuição de fotoassimilados para
a parte interna.
4.1.4 Diâmetro e matéria seca do caule
O diâmetro do caule na inserção da cabeça do repolho (DCI) não foi influenciado
pela interação dos fatores. Contudo, verificou-se efeito significativo da densidade de
plantio. (Tabela 17).
Tabela 17. Valores de F, significâncias e coeficientes de variação das características
avaliadas, diâmetro do caule na inserção do repolho (DCI) e matéria seca
do caule (MSC) do repolho, híbrido Astrus, em função dos fatores
densidades de plantio e doses de nitrogênio. UNESP - Jaboticabal (SP).
2008.
Causas de Variação DCI MSC
Densidade de plantio (D) 19,3975 ** 14,4746 **
Nitrogênio (N) 1,0716
NS
7,4632 **
D x N 0,5650
NS
0,1730
NS
C. V.(%) 8,15 15,59
** significativo a 1%,
NS
não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
Na menor densidade de plantio obteve-se o maior DCI (42,44 mm), enquanto na
maior população (plantio mais adensado) o diâmetro do caule foi 36,65 mm. Em função
da maior competição entre plantas, houve redução no DCI, o que possivelmente reduz
a translocação de água, nutrientes e fotoassimilados. Conforme observa-se na Tabela
2A, o DCI somente não apresentou correlação significativa com NFE. Entre as
correlações observadas foi maior com o acúmulo de N na parte aérea, r = 0,82**
52
(Tabela 2A), o que vem contribuir para ratificar a hipótese anterior de que maior DCI
favorece o atendimento de maior demanda por nutrientes, compostos e água pela
planta.
Mesmo sem ter havido efeito significativo do fator doses de N no DCI, realizou-se
o estudo da regressão polinomial em cada densidade. Mas, não houve ajuste
significativamente do DCI às doses de N, sendo observadas médias de 42,4 e 36,6 mm,
respectivamente para à densidades de 31.250 e 46.875 plantas/ha.
A matéria seca do caule (MSC) não foi influenciada significativamente pela
interação dos fatores e, sim, somente pela densidade de plantio (Tabela 15).
A menor densidade de plantio, assim como observado para as características
NFE, NFI, MSFE e DCI também propiciou maior MSC (16,04 g/planta), enquanto na
maior densidade obteve-se 21,6% a menos (12,57 g/planta). A matéria seca do caule
está diretamente relacionada ao diâmetro do caule da planta r = 0,51* (Tabela 2A).
Assim, como o maior DCI foi obtido na menor densidade de plantio, a maior MSC
também foi obtida nessa condição. A MSC não apresentou correlação signficativa
com o NFE e o NFI (Tabela 2A).
As respostas da planta às doses de nitrogênio para acúmulo de MSC, em ambas
as densidades de plantio avaliadas, ajustaram-se ao modelo linear. A dose de 300 kg
ha
-1
de nitrogênio propiciou a maior MSC, 18,58 g/planta na densidade de 31.250
planta/ha e 14,9 g/planta sob 41.875 plantas/ha (Figura 14). Os incrementos na MSC
entre o não fornecimento de N e 300 kg ha
-1
foram de 37% e 47% na menor e maior
densidade populacional, respectivamente.
53
9,0
11,0
13,0
15,0
17,0
19,0
21,0
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
MSC (g/planta)
Embora as diferentes densidades populacionais apresentem o mesmo modelo de
ajuste (linear) às doses de N, tem-se que a diferença de 3,3 g/planta entre plantas que
não foram adubadas nas duas densidades, quando receberam 300 kg ha-1 de N a
diferença de MSC aumenta para 3,6 g/planta, ou seja, sob menor densidade, o
incremento de MSC do repolho é maior do que sob elevada densidade de plantio.
Figura 14. Matéria seca do caule (MSC) de repolho, híbrido Astrus, nas densidades
populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função
da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Y
D1
= 13,49133 + 0,01698X R
2
= 0,68 F = 8,0371*
Y
D2
= 10,16733 + 0,01604X R
2
= 0,75 F = 818,0566**
54
4.1.5 Diâmetro transversal e longitudinal do repolho
Não houve efeito significativo da interação doses de nitrogênio e densidade de
plantio sobre o diâmetro longitudinal (DLR) do repolho, mas houve efeito isolado dos
fatores (Tabela 18).
Tabela 18. Valores de F, significâncias e coeficientes de variação das características
avaliadas, diâmetro longitudinal (DLR) e diâmetro transversal (DTR) do
repolho, híbrido Astrus, em função dos fatores densidade de plantio e doses
de nitrogênio. UNESP - Jaboticabal (SP). 2008.
Causas de Variação DLR DTR
Densidade de plantio (D) 37,5607 ** 7,4598 *
Nitrogênio (N) 13,1050 ** 11,8281 **
D x N 1,1964
NS
1,4978
NS
C.V.(%) 2,87 6,57
* significativo a 5%, ** significativo a 1%,
NS
não significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F.
As médias do DLR, em resposta às doses de nitrogênio foram ajustadas à
equação de modelo linear. A dose de 300 kg ha
-1
de nitrogênio proporcionou maior
diâmetro longitudinal de cabeça na menor (134,7 mm) e na maior (125,8 mm) (Figura
15). Contudo, pode-se inferir que o híbrido Astrus é geneticamente resistente ao
crescimento longitudinal, pois com o incremento de 300 kg ha
-1
de N aumentou-se em
11 mm nas duas densidades. Esta pode ser uma interessante característica da cultivar,
já que, no Brasil sabe-se que há preferência de repolhos com formato achatado.
A menor população de plantas proporcionou maior diâmetro (129,14 mm),
enquanto na maior densidade obteve-se menor DLR (120,18 mm).
55
110
115
120
125
130
135
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
DLR (mm)
Figura 15. Diâmetro longitudinal (DLR) de repolho, híbrido Astrus, nas densidades
populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função
da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Assim como para o diâmetro longitudinal, o diâmetro transversal do repolho
(DTR) apresentou influência significativa dos fatores isoladamente, não sendo
constatada interação (Tabela 18). A resposta do DTR às doses de N, ajustou-se um
modelo quadrático para 31250 plantas/ha, sendo que na dose de 267 kg ha
-1
de
nitrogênio proporcionou maior diâmetro transversal (222 mm). Na densidade de 46875
plantas/ha não houve ajuste dos dados, mas nota-se pelas médias observadas que a
partir de 100 kg ha
-1
de N, o DTR permaneceu, praticamente, o mesmo (Figura 16).
Y
D1
= 123,5607 + 0,03719X R
2
= 0,64 F = 11,1426*
Y
D2
= 114,5047 + 0,03783X R
2
= 0,94 F = 37,1880**
56
160
170
180
190
200
210
220
230
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
DTR (mm)
Figura 16. Diâmetro transversal (DTR) do repolho, híbrido Astrus, nas densidades
populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função
da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Estudo sobre espaçamentos e doses de nitrogênio foi realizado por AQUINO et
al. (2005b), para o repolho ‘Kenzan’. Os autores também não verificaram interação
entre densidade de plantio e doses de N, sendo que os diâmetros médios transversal e
longitudinal aumentaram de forma quadrática com o incremento das doses de
nitrogênio, com máximos estimados de 188,3 mm e 137,6 mm, obtidos com as doses
de 288,6 e 215,4 kg ha
-1
de nitrogênio. Os valores de DLR e DTR observados por
AQUINO et al. (2005b) o muito próximos aos verificados neste trabalho, embora com
cultivares distintas. Também, a dose de N para maximizar DTR observada por AQUINO
et al. (2005b) foi de apenas 21,6 kg ha
-1
a mais.
Y
D1
= 171,6027 + 0,39059X - 0,000756X
2
R
2
= 0,99 F = 9,3930*
Y
D2
= 189,33
57
Quanto à densidade de plantio, a menor densidade populacional proporcionou
maior DTC (203,73 mm), enquanto na condição de cultivo mais adensado propiciou
menor diâmetro (189,34 mm). Estes valores são superiores ao encontrados por
AQUINO et al. (2005b) que na densidade de 41.667 plantas/ha observou DTR de 171,1
mm, sendo este valor reduziu para 130,2 mm sob maior adensamento (83.333
plantas/ha). Estes autores citam que os resultados observados são devido à maior
competição que ocorre nos menores espaçamentos e a importância do N no
crescimento das plantas de repolho.
Conforme observado para DTR e DLR, o efeito do adensamento populacional
parece sobrepor ao do N, pois independente da dose da adubação nitrogenada,
menores diâmetros foram observados.
4.1.6 Matéria fresca da cabeça e produtividade
A matéria fresca do repolho (MFR) foi influenciada significativamente pela
interação dos fatores (Tabela 17). As médias de MFR ajustaram-se aos modelos
quadrático e linear, respectivamente, para as populações de 31.250 e 42.875 plantas
por hectare.
As maiores MFR (2,10 kg/planta) na menor densidade e na maior densidade
populacional (1,57 kg/planta) foram obtidas, respectivamente, com as doses de 244 e
300 kg ha
-1
de nitrogênio. Este resultado corrobora o observado para MSFI, na qual
menor densidade populacional proporcionou maior possibilidade de expressão do
potencial produtivo da cultura, em função da menor competição das plantas e,
58
consequentemente, maiores MFR do que em cultura mais adensada. Maiores MFR
foram obtidas com a população de 31.250 plantas/ha, independente da dose de N
aplicada.
Tabela 17. Valores de F, significâncias e coeficientes de variação das características
avaliadas, matéria fresca do repolho (MFR) e produtividade do repolho,
híbrido Astrus, em função dos fatores densidade de plantio e doses de
nitrogênio. UNESP - Jaboticabal (SP). 2008.
Causas de Variação MFR Produtividade
Densidade de plantio (D) 115,7788 ** 18,5528 **
Nitrogênio (N) 67,4361 ** 31,4632 **
D x N 10,9679 ** 1,2569
NS
C. V.(%) 5,86 7,53
** significativo a 1%,
NS
não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
Enquanto na maior densidade de plantio o incremento na MFR, entre as doses 0
e 300 kg ha
-1
de N, foi de 35%, na menor densidade, entre as doses 0 e 244 kg ha
-1
de
N, o incremento na MFR foi de 52% (Figura 17).
As MFR relatadas são inferiores às encontradas por ATHANÁZIO &
MAISTROVICZ (2007) que avaliaram cinco cultivares de repolho e observou máxima
2,9 kg/planta e mínima 1,8 kg/planta nos cultivares Ombrios e lo, respectivamente. O
híbrido Astrus teve MFR de 2,4 kg/planta, cultivado na densidade populacional de
20.833 plantas/ha.
Na maior densidade de plantas, em razão do elevado número de plantas por
área, tem-se menor quantidade de N por planta, o que, associado à maior competição
por outros fatores de crescimento, prejudicou o crescimento da planta, a expressão do
potencial vegetativo, reportado nas características anteriormente descritas, e
59
consequentemente promoveram menor MFR. Entre as máximas MFR obtidas nas
diferentes densidades populacionais, houve redução de, aproximadamente, 26% na
MFR com o adensamento. O resultado corrobora os de outros trabalhos, tanto para
repolho quanto para outras hortaliças folhosas, que utilizam do adensamento como
ferramenta eficiente para manejo da cultura para reduzir o tamanho do produto
comercial.
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
2,20
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
MFR (kg/planta)
Figura 17. Matéria fresca do repolho (MFR) de repolho, híbrido Astrus, para as
densidades populacionais de 31.250 plantas ha
-1
(D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP -
Jaboticabal(SP). 2008.
A produtividade não foi afetada significativamente pela interação dos fatores,
mas por eles isoladamente (Tabela 17).
Y
D2
= 1,160767 + 0,0013723X R
2
= 0,83 F = 23,89**
Y
D1
= 1,156367 + 0,007752X – 0,00001587X
2
R
2
= 1 F = 97,67**
60
A máxima produtividade (72,67 t ha
-1
) de repolho foi obtida com 300 kg ha
-1
de
nitrogênio na densidade de 46875 plantas/ha, enquanto na densidade de 31.250
plantas a máxima foi de 65,8 t ha
-1
, obtida com 247,8 kg ha
-1
de N (Figura 18). Verifica-
se, então, que na menor densidade de plantio obteve maiores repolhos (MFR),
enquanto na maior densidade obteve-se a máxima produtividade. Isto ocorreu porque a
redução na MFR com aumento da densidade populacional foi proporcionalmente menor
do que o acréscimo no número de plantas na área. AQUINO et al. (2005a) também
verificaram maior produtividade (104,27 t ha
-1
) de repolho na maior densidade, 40 x 30
cm, em comparação às menores densidades (60 x 30 cm; 100,77 t ha
-1
e 80 x 30 cm;
96,97 t ha
-1
).
A dose econômica, na menor densidade populacional, foi de 227,1 kg ha
-1
,
apenas 20 kg ha
-1
de N a menos da dose necessária para maximizar a produtividade,
sendo a produtividade 65,6 t ha
-1
muito próxima da máxima observada. Para a
densidade de 46.875 plantas/ha não foi possível calcular a dose econômica em virtude
do modelo linear a que se ajustou.
Esse cálculo deve ser feito pelo produtor no momento em que for decidir a
adubação da cultura, adotando-se o preço dio histórico do repolho para a época da
colheita. Para melhor e mais correta forma de decisão, o produtor deve agregar ao
custo do fertilizante, no mínimo, outros custos tais como mão-de-obra para colheita,
transporte do campo para “packing-house”, embalagens e transporte para o comércio.
61
35,0
40,0
45,0
50,0
55,0
60,0
65,0
70,0
75,0
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
Produtividade (t ha
-1
)
Figura 18. Produtividade de repolho, híbrido Astrus, para as densidades populacionais
de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha (D2), em função da dose de
nitrogênio aplicada ao solo. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Quanto ao efeito da população de plantas, o cultivo mais adensado proporcionou
produtividade de 63,82 t ha
-1
, incremento de 14% na produtividade da cultura em
relação ao cultivo menos adensado (55,9 t ha
-1
).
Embora a máxima produtividade encontrada neste trabalho seja menor que a
relatada por outros autores, 124 t ha
-1
PECK (1981); 88,7 t ha
-1
STOFFELLA &
FLEMING (1990) e 104,27 t ha
-1
AQUINO et al. (2005a), e deve-se destacar que o
presente experimento foi realizado em sistema de plantio em canteiros (6.250 m
2
), que
possui menor área útil de cultivo em relação ao plantio sem canteiros, feito em sulcos
em toda a área disponível (10.000 m
2
).
Y
D1
= 38,9552 + 0,21937X - 0,0004427X
2
R
2
= 0,99
F = 20,6659**
Y
D2
= 56,57563 + 0,053657X R
2
= 0,89 F = 14,7835**
62
4.2 Repolho roxo híbrido Red Jewel
4.2.1 Crescimento, marcha de acúmulo e exportação de macronutrientes
4.2.1.1 Crescimento
O parâmetro foliar que proporcionou melhor estimativa da área foliar (AF) foi a
matéria seca de folhas externas (MSFE) ao repolho e a equação utilizada foi
Y=72,253x, onde x representou a MSFE.
A área foliar (AF) do repolho ‘Red Jewel’ não apresentou interação significativa
(p>0,05) entre tratamentos (densidade populacional e doses de nitrogênio) e épocas de
coleta, sendo influenciada isoladamente pelos fatores (Tabela 20).
Tabela 20. Valores de F e significância dos acúmulos de área foliar (AF), massa seca
da parte aérea (MSPA), nitrogênio (N) e fósforo (P) em repolho, híbrido Red
Jewel, em função dos fatores avaliados. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Valores de F
C. Variação
AF MSPA N P
Blocos 1,74
ns
1,81
ns
2,32
ns
1,87
ns
Ciclo (C) 205,20** 363,32** 388,93** 234,21**
( E x N ) 5,64** 31,62** 39,60** 23,97**
Interação (C) X (E x N) 1,66
ns
7,04** 7,36** 5,58**
ns – não significativo (p<0,05), ** significativo (p<0,01).
A maior área foliar foi obtida em plantas adubadas com 300 kg ha
-1
de N e
cultivadas sob menor competição intraespecífica. Porém, não diferiu significativamente
de AF obtidas em plantas adubadas com N independentemente da densidade de plantio
(Tabela 21), ou seja, somente foi maior do que as AF de plantas não adubadas com N,
cerca de 50% e 60% maior quando cultivadas em menor e maior densidade de plantio,
respectivamente.
63
Tabela 21. Área foliar
1
(cm
2
/planta) do repolho, híbrido Red Jewel, no decorrer do ciclo
em função dos tratamentos e épocas de coleta. UNESP – Jaboticabal (SP) -
2008.
Tratamentos D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
1922,1BC
1
2338,3ABC 2616,75AB 2856,81A 1773,7C 2236,8 ABC 2371,5AB 2431,3ABC
CVp (%)
3
23,19
CVs (%) 24,18
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal não diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e subparcela (Época).
Na Figura 19, observam-se as curvas de ajuste para a evolução das áreas
foliares do híbrido Red Jewel, em função dos tratamentos. Todas as curvas ajustaram-
se ao modelo, mesmo modelo verificado para AF do repolho ‘Astrus’, observando-se
coeficientes de determinação próximos de 1.
Embora quando submetidos a análise estatística os resultados não tenham
mostrado interação entre os fatores (Tabela 20), observando-se a Figura 19, nota-se
claramente que houve uma resposta diferenciada da área foliar nos tratamentos ao
longo do ciclo do repolho.
Observa-se grande incremento da área foliar do repolho entre os 30 e 60 DAT,
para plantas em cultura menos adensada. Sob maior densidade, nota-se que houve
desaceleração no aumento da AF próximo aos 50 DAT (Figura 19). Ao contrário do
observado no repolho ‘Astrus’ a densidade de 46.785 plantas/ha até os 46 DAT (dias
após o transplante), principalmente nas doses 200 e 300 kg ha
-1
de N, apresentou
maior área foliar do que a densidade D1 (31.250 plantas/ha), demonstrando
desempenho diferenciado entre cultivares de repolho.
64
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
20 30 40 50 60 70
Ciclo (dias após o transplante)
Área foliar (cm
2
/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 19. Área foliar do repolho (cm
2
/planta), híbrido Red Jewel, nas doses 0 (N0), 100
(N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de 31.250 (D1) e
46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP Jaboticabal
(SP) - 2008.
A matéria seca da parte aérea (MSPA) foi influenciada significativamente
(p<0,01) pela interação entre os tratamentos e época de coleta (Tabela 3A). De acordo
com a Tabela 19, aos 20 DAT, as MSPA de plantas na maior densidade e com
aplicação de N foram significativamente maiores do que MSPA dos demais tratamentos.
Ŷ1 = 3329,9 /(1+EXP (-0,1659 * ( X-48,31))) R
2
= 1 P = 0,10
Ŷ2 = 4053,3 /(1+EXP (-0,1912 * (X-44,34))) R
2
= 0,99 P = 0,10
Ŷ3 = 4518,4 /(1+EXP (-0,1498 * (X-43,72))) R
2
= 1 P = 0,05
Ŷ4 = 5098,3 /(1+EXP (-0,1280 * (X-45,33))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ5 = 3151,0 /(1+EXP (-0,1355 * (X-45,04))) R
2
= 1 P = 0,07
Ŷ6 = 3462,9 /(1+EXP (-0,1259 * (X-39,72))) R
2
= 0,99 P = 0,11
Ŷ7 = 3800,6 /(1+EXP (-0,1037 * (X-34,55))) R
2
= 1 P = 0,05
Ŷ8 = 3573,2 /(1+EXP (-0,1375 * (X-35,49))) R
2
= 0,99 P = 0,09
65
Aos 40 DAT percebe-se uma tendência de maior acúmulo da MSPA na maior
densidade de plantas. Entretanto, os tratamentos que aos 20 DAT tinham maior AF,
agora (40 DAT) não mais diferem das AF de plantas adubadas com N em cultura
menos adensada.
Aos 60 DAT, plantas de ambas densidades de plantio que receberam 200 ou 300
kg ha
-1
de N possuiam maior AF. Este resultado diferencia-se do observado para
acúmulo de MSPA verificado para o híbrido ‘Astrus’, que aos 60 DAT tinha em
plantas adubadas com N, sob menor densidade de plantio, cerca de 40% a mais de
MSPA do que plantas também adubadas, mas sob maior densidade populacional
(Tabela 22).
Tabela 22. Matéria seca da parte rea (g/planta) do repolho, híbrido Red Jewel, no
decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta. UNESP
Jaboticabal (SP) - 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20
2,6 B
1
2,7 B 3,7 B 3,6 B 3,1 B 5,5 A 5,25 A 6,2 A
40
6,2 C 18,9 ABC 24,0 ABC 25,2 AB 15,5 BC 28,8 AB 36,9 A 35,0 A
60
50,0 D 74,1 BC 85,0 AB 94,1 A 46,2 D 64,9 CD 88,3 AB 82,9 ABC
70
69,1 D 95,7 C 116,7 AB 134,4 A 65,1 D 88,7 C 102,1 BC 97,2 C
CVp(%)
3
14,90
CVs (%)
22,23
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal não diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e subparcela (Época).
Ao final do cultivo (70 DAT), maiores MSPA foram observadas na cultura menos
adensada e que receberam 200 e 300 kg ha
-1
de N, sendo 31% superior ao tratamento
que acumulou maior MSPA na densidade de 46.875 plantas/ha e 94% superior ao
66
tratamento sem aplicação de N na densidade de 31.250 plantas/ha. Percebe-se que a
maior e menor MSPA e AF foram constatadas nos mesmos tratamentos, o que também
ocorreu para repolho ‘Astrus’ (Tabela 22).
Na Figura 20, o apresentadas as curvas de ajuste para evolução da MSPA do
repolho ‘Red Jewel’, em função dos tratamentos. As curvas, ao contrário da AF, foram
ajustadas a modelos exponenciais de crescimento e logístico, com coeficientes de
determinação também elevados.
0
20
40
60
80
100
120
140
20 30 40 50 60 70
Ciclo (dias após o transplante)
MSPA (g/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 20. Matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Red Jewel, nas doses 0
(N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de 31.250
(D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
Jaboticabal (SP) - 2008.
Ŷ1 = 70 /(1+EXP(-0,1782 * (X-54,34))) R
2
= 0,99 P = 0,09
Ŷ2 = 100 /(1+EXP(-0,1323 * (X-51,28))) R
2
= 1 P = 0,05
Ŷ3 = 130 /(1+EXP(-0,1135 * (X-53,51))) R
2
= 1 P = 0,06
Ŷ4 = 150 /(1+EXP(-0,1174 * (X-54,54))) R
2
= 0,99 P = 0,07
Ŷ5 = 2,67 * (EXP(X/21,73)) R
2
= 0,99 P = 0,10
Ŷ6 = 5,36 * (EXP(X/24,71)) R
2
= 0,98 P = 0,13
Ŷ7 = 100 /(1+EXP(-0,1361 * (X-43,83))) R
2
= 0,99 P = 0,07
Ŷ8 = 100 /(1+EXP(-0,1144 * (X-45,36))) R
2
= 1 P = 0,04
67
Metade do acúmulo da matéria seca da parte rea foi observada, em média,
aos 53 DAT na densidade de 31.250 plantas/ha, na densidade de 46.875 plantas/ha a
doses de 0 e 100 kg de N atingiram esta marca também muito próxima da densidade
menos adensada (54 DAT), no entanto, as demais doses (200 e 300 kg ha
-1
de N)
atingiram os 50% mais precocemente, aos 44 e 45 DAT respectivamente (Figura 20).
4.2.1.2 Marcha de acúmulo de macronutrientes
Houve interação significativa (p<0,01) entre tratamentos e época de coleta para
acúmulo de nitrogênio na matéria seca da parte aérea (Tabela 20).
Aos 20 DAT não foi verificada diferença significativa entre os tratamentos. Aos 40
DAT, maiores acúmulos de N foram observados em plantas adubadas com N na maior
densidade, sem diferirem das quantidades presentes em plantas que receberam 200 e
300 kg ha
-1
de N, na menor densidade. Aos 70 DAT, conforme observado para MSPA e
AF os tratamentos menos adensados com aplicação de 200 e 300 kg ha
-1
de N
apresentam maior acúmulo, 3,37 e 3,97 g/planta, respectivamente.
Nos tratamentos sem adubação com nitrogênio, independente da densidade de
plantio, não existe diferença significativa, mas foram significativamente menores do que
plantas que receberam a menor dose de N (Tabela 23).
68
Tabela 23. Nitrogênio na matéria seca da parte aérea
1
(g/planta) do repolho, híbrido
Red Jewel, no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de
coleta. UNESP – Jaboticabal (SP) - 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20
0,10 A
1
0,11 A 0,15 A 0,16 A 0,14 A 0,22 A 0,21 A 0,24 A
40
0,20 D 0,75 BCD 0,95 ABC 0,99 ABC 0,51 CD 1,16 AB 1,35 A 1,26 AB
60
1,50 D 2,13 BC 2,47 A 2,97 A 1,28 D 1,85 CD 2,53 B 2,76 A
70
1,93 D 2,87 BC 3,37 A 3,97 A 1,83 D 2,56 C 3,23 B 3,07 BC
CVp (%)
3
14,55
CVs (%) 19,84
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal não diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e subparcela (Época).
As curvas de acúmulos de N em função dos tratamentos encontram-se na Figura
21, sendo que todas as curvas foram ajustadas ao mesmo modelo e apresentaram
coeficiente de determinação próximo de 1.
Metade do acúmulo de nitrogênio no repolho foi observado, em média, aos 52 e
46 DAT, respectivamente para a menor e maior densidades populacionais, isto
demonstra que grande quantidade de N (outra metade do total acumulado) ocorreu em
18 e 24 dias para as mesmas densidades. Destaca-se que maior incremento da área
foliar e da matéria seca da parte aérea também foi observado no terço final, sendo que
as datas da matéria seca da parte aérea e do acúmulo de nitrogênio foram muito
próximas (Figura 21).
O acúmulo de N na parte aérea (g/planta) do repolho ‘Red Jewel’ aumentou
diariamente até atingirem as ximas estimadas pelas equações de ajuste de 1,92
(D1N0); 2,86 (D1N1); 3,37 (D1N2); 3,96 (D1N3); 1,83 (D2N0); 2,49 (D2N1); 3,16
(D2N2) e 3,08 g/planta (D2N3). Não foram encontrados trabalhos na literatura que
69
mencionem os acúmulos de nitrogênio em híbridos de repolho roxo. Entretanto,
comparando-se aos de repolho verde, verifica-se que as quantidades acumuladas de N
estão abaixo das determinadas para o hibrido ‘Astrus’ (2,3 a 5,4 g/planta), e próximos
aos observados por OLIVEIRA et al. (2003) (2,45 g/planta).
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
20 30 40 50 60 70
Ciclo (dias após o transplante)
Nitrogênio (g/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 21. Nitrogênio na matéria seca da parte rea do repolho, híbrido Red Jewel,
nas doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades
de 31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo.
UNESP – Jaboticabal (SP) - 2008.
Ŷ1 = 2,0883/ (1+EXP (-0,1566* (X - 54,10))) R
2
= 1 P = 0,05
Ŷ2 = 3,8059/ (1+EXP (-0,0856* (X - 57,01))) R
2
= 1 P = 0,03
Ŷ3 = 4,8319/ (1+EXP (-0,0772* (X - 59,17))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ4 = 6,6108/ (1+EXP (-0,0736* (X - 64,56))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ5 = 3,4060/ (1+EXP (-0,0638* (X - 67,72))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ6 = 3,5488/ (1+EXP (-0,0603* (X - 55,85))) R
2
= 0,97 P = 0,16
Ŷ7 = 3,7880/ (1+EXP (-0,0786* (X - 49,34))) R
2
= 0,99 P = 0,10
Ŷ8 = 3,2794/ (1+EXP (-0,1060* (X - 44,37))) R
2
= 1 P = 0,001
70
As quantidades anteriormente apresentadas denotam que menor densidade
resultou em maior acúmulo. No entanto, as quantidades expressas em kg ha
-1
são
60,26 (D1N0); 89,5 (D1N1); 105,3 (D1N2); 123,7 (D1N3); 85,6 (D2N0); 116,6 (D2N1);
148,3 (D2N2) e 144,2 (D2N3). Portanto, as quantidades acumuladas por cultura mais
adensada são maiores. Também nota-se que doses de N fornecidas às plantas, dentro
de uma mesma densidade populacional, proporcionaram aumento na quantidade
acumulada.
O acúmulo de fósforo foi influenciado significativamente (p< 0,01) pela interação
entre tratamentos e época de coleta (Tabela 20). Assim como o observado para
nitrogênio, aos 20 DAT, não foram observadas diferenças significativas entre os
tratamentos. Também muito semelhantes ao N foram às diferenças observadas entre
os tratamentos aos 40, 60 e 70 DAT. Ao final do cultivo os maiores acúmulos de fósforo
foram observados em menor densidade populacional e 200 e 300 kg ha
-1
de N (Tabela
24).
Tabela 24. Fósforo na matéria seca da parte aérea
1
(g/planta) do repolho, híbrido Red
Jewel, no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta.
UNESP – Jaboticabal (SP) - 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20
0,02 A
1
0,02 A 0,03 A 0,03 A 0,03 A 0,05 A 0,04 A 0,05 A
40
0,04 D 0,14 BCD 0,18 ABCD 0,21 ABC 0,11 CD 0,21 ABC 0,29 A 0,27 AB
60
0,34 C 0,51 B 0,58 AB 0,67 A 0,33 C 0,45 BC 0,58 AB 0,57 AB
70
0,50 DE 0,67 BC 0,81 AB 0,91 A 0,45 E 0,58 CDE 0,63 CD
0,63 CDE
CVp (%)
3
16,42
CVs (%)
26,38
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal não diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e subparcela (Época).
71
O maior acúmulo de fósforo foi observado no tratamento D1N3 (0,91 g/planta),
sendo 44% maior que o acúmulo apresentado na densidade de 46.785 plantas/ha, com
a mesma dose, e 22% superior ao acúmulo apresentado no tratamento sem aplicação
de N, na densidade de 31.250 plantas/ha.
As curvas que descrevem os acúmulos de fósforo em função do tratamento
encontram-se na Figura 22.
Na densidade de 31.250 plantas/ha metade do acúmulo de fósforo no repolho
‘Red Jewel’ foi observado no período de 52 a 56 DAT. Na densidade de 46.875
plantas/ha, 50% do valor acumulado nos tratamentos com aplicação de nitrogênio foi
verificado entre 42 e 54 DAT, enquanto em plantas que não receberam N foi alcançado
mais tardiamente, somente aos 54 DAT (Figura 22). Conforme ocorrido no repolho
‘Astrus’, metade do acúmulo de fósforo no repolho ‘Red Jewel’ ocorreu em datas muito
próximas aos de metade dos acúmulos de nitrogênio.
O fósforo acumulado na parte aérea do repolho apresentou aumento diário,
sendo que ao final do cultivo os acúmulos estimados (g/planta) foram 0,57 (D1N0); 0,67
(D1N1); 0,81 (D1N2); 0,91 (D1N3); 0,49 (D2N0); 0,57 (D2N1); 0,63 (D2N2) e 0,62
(D2N3) (Figura 22). Ainda que superiores aos relatados por OLIVEIRA et al. (2003),
0,46 g/planta, os acúmulos relatados para o repolho ‘Red Jewel’ são inferiores aos
apresentados no presente trabalho para o ‘Astrus’, que teve maior acúmulo de 1,25
g/planta no tratamento D1N2.
72
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
20 30 40 50 60 70
Ciclo (dias as o transplante)
Fósforo (g/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 22. Fósforo na matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Red Jewel, nas
doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de
31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
– Jaboticabal (SP) - 2008.
Embora os acúmulos expressos por planta demonstrem maiores quantidades de
fósforo nos tratamentos com menor densidade de plantio, em kg ha
-1
, as quantidades
de P foram superiores nos tratamentos mais adensados, sendo: 16,16 (D1N0); 20,8
(D1N1); 25,2 (D1N2); 28,6 (D1N3); 22,9 (D2N0); 26,8 (D2N1); 29,6 (D2N2) e 29,5
(D2N3).
Ŷ1 = -0,0602+ (0,0247* (EXP (X/ 22,22))) R
2
= 0,98 P = 0,15
Ŷ2 = 0,8108/ (1+EXP (-0,1023* (X - 55,07))) R
2
= 1 P = 0,004
Ŷ3 = 1,1285/ (1+EXP (-0,0860* (X - 59,28))) R
2
= 1 P = 0,01
Ŷ4 = 1,2238/ (1+EXP (-0,0895* (X - 57,91))) R
2
= 1 P = 0,01
Ŷ5 = 0,925/ (1+EXP (-0,0701* (X - 68,41))) R
2
= 1 P = 0,01
Ŷ6 = 0,7317/ (1+EXP (-0,0739* (X - 52,78))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ7 = 0,6565/ (1+EXP (-0,1147* (X - 42,03))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ8 = 0,6611/ (1+EXP (-0,1107* (X - 42,95))) R
2
= 1 P = 0,02
73
O acúmulo de potássio apresentou interação significativa (p<0,01) entre
tratamentos e época de coleta (Tabela 25).
Tabela 25. Valores de F e significância dos acúmulos de potássio (K), cálcio (Ca),
magnésio (Mg), enxofre (S) em repolho, híbrido Red Jewel, em função dos
fatores avaliados. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
Valores de F
C. Variação
K Ca Mg S
Blocos 0,49
ns
0,78
ns
2,74
ns
0,91
ns
Ciclo (C) 288,97** 334,24** 860,13** 508,97**
( E x N ) 19,03** 13,90** 10,34** 18,40**
Interação (C) X (E x N) 3,08** 4,29** 1,70
ns
4,83**
ns – não significativo (p<0,05), ** significativo (p<0,01).
Aos 20 DAT o que até então vinha se caracterizando apenas como uma
tendência na MSPA, N e P, apresenta-se de forma significativa para potássio, ou seja,
os tratamentos com aplicação de N na maior densidade demonstram maior acúmulo em
relação aos demais. Aos 40 DAT, os tratamentos na maior densidade de plantio com
aplicação de N não mais apresentaram acúmulos significativamente superiores aos
tratamentos na menor densidade com adubação de N. Aos 60 DAT, os tratamentos que
mais acumularam potássio foram os D1N2, D1N3, D2N1, D2N2 e D2N3, não diferindo
entre si, enquanto que ao final do cultivo, conforme observado nos acúmulos da MSPA,
N e P, plantas com 200 e 300 kg ha
-1
de N, na menor densidade de plantio,
apresentaram maior acúmulo de potássio, 3,05 g/planta. Esta quantidade foi 94% maior
do que o acumulado por plantas da mesma densidade de plantio (31.250 plantas/ha),
sem aplicação de N (Tabela 26).
74
Tabela 26. Potássio na matéria seca da parte aérea
1
(g/planta) do repolho, híbrido Red
Jewel, no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta.
UNESP – Jaboticabal (SP) - 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20
0,07 B
1
0,08 B 0,10 B 0,11 B 0,07 B 0,16 A 0,15 A 0,14 A
40
0,20 B 0,50 AB 0,74 AB 0,75 AB 0,33 B 0,69 AB 1,08 A 0,99 A
60
1,23 BC 1,31 BC 1,91 A 2,19 A 0,96 C 1,61 AB 1,99 A 1,63 AB
70
1,57 C 2,07 BC 2,47 AB 3,05 A 1,67 C 2,38 B 2,52 AB 2,30 B
CVp (%)
3
19,94
CVs (%) 23,86
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal não diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e subparcela (Época).
As curvas que descrevem o acúmulo de potássio em função dos tratamentos
encontram-se na Figura 23 e apresentam coeficientes de determinação próximos de 1.
Metade do acúmulo de potássio foi verificada no período de 49 a 55 DAT na
densidade de 31.250 plantas/ha. Na densidade de 46.875 plantas/ha as doses de 0 e
100 kg de N resultaram os 50% de acúmulo, em média, aos 54 DAT. Entretanto, as
doses de 200 e 300 kg de N resultaram nesta marca mais precocemente, aos 46 DAT
(Figura 23).
Seguindo a mesma evolução observada para os nutrientes apresentados, o
potássio também apresentou incremento diário na matéria seca da parte aérea
(g/planta) do repolho ‘Red Jewel’ até o final do cultivo, atingindo os valores ximos de
1,56 (D1N0); 2,07 (D1N1); 2,45 (D1N2); 3,04 (D1N3); 1,66 (D2N0); 2,37 (D2N1); 2,46
(D2N2) e 2,28 g/planta (D2N3) (Figura 23). Diferente do ocorrido para N e P, os
acúmulos de potássio na maior densidade de plantio foram, em média, maiores do que
na menor densidade de plantio. Este desempenho também difere do observado no
75
‘Astrus’, constituindo-se em importante diferença entre os híbridos quanto à adubação.
Os valores de acúmulo de potássio estão abaixo dos relatados por OLIVEIRA et al.
(2003), que na dose de 36 t ha
-1
de cama aviária verificaram acúmulo de 3,15 g/planta
de potássio.
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
20 30 40 50 60 70
Ciclo (dias após o transplante)
Potássio (g/planta)
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 23. Potássio na matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Red Jewel, nas
doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de
31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
– Jaboticabal (SP) - 2008.
As quantidades de potássio na parte aérea do repolho ‘Red Jewel’ expressas em
kg ha
-1
foram 49,05 (D1N0); 64,61 (D1N1); 76,69 (D1N2); 95,12 (D1N3); 77,9 (D2N0);
Ŷ1 = 1,7209/ (1+EXP (-0,1445* (X - 53,80))) R
2
= 1 P = 0,05
Ŷ2 = 5,7868/ (1+EXP (-0,0624* (X - 79,40))) R
2
= 1 P = 0,05
Ŷ3 = 3,0411/ (1+EXP (-0,0875* (X - 53,65))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ4 = 4,3168/ (1+EXP (-0,0828* (X - 59,47))) R
2
= 1 P = 0,03
Ŷ5 = -0,0502+ (0,0455* (EXP (X/ 19,29))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ6= -0,4386+ (0,3241* (EXP (X/ 32,41))) R
2
= 1 P = 0,01
Ŷ7 = 2,8790/ (1+EXP (-0,0816* (X - 48,14))) R
2
= 0,99 P = 0,11
Ŷ8 = 3,7281/ (1+EXP (-0,0575* (X - 62,14))) R
2
= 0,97 P = 0,17
76
111,2 (D2N1); 115,5 (D2N2) e 106,8 (D2N3), e apresentam maiores quantidades de K
no tratamento mais adensado, o que era esperado em função do maior acúmulo em
g/planta no mesmo adensamento e do maior número de plantas/ha.
O acúmulo de cálcio na matéria seca da parte aérea sofreu efeito significativo
(p<0,01) da interação entre tratamentos e época de coleta (Tabela 25). Aos 20 DAT,
planta sob maior densidade de plantio com adubação de 300 kg ha
-1
que não diferiu de
plantas também adubadas com N na mesma densidade, acumulou Ca em quantidade
significativamente maior do que plantas com ou sem aplicação de N, na menor
densidade de plantas. Aos 70 DAT, conforme já observado para MSPA, N, P e K, planta
sob menor adensamento e com maior dose de nitrogênio (D1N3) apresentou maior
acúmulo de N (4,48 g/planta), não diferindo dos tratamentos na mesma densidade com
100 e 200 kg ha
-1
de N. O maior acúmulo para o tratamento D1N3 foi 57% maior do que
o acumulado por planta que não recebeu N em adubação, na menor densidade de
plantio (Tabela 27).
Tabela 27. Cálcio na matéria seca da parte aérea
1
(g/planta) do repolho, híbrido Red
Jewel, no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta.
UNESP – Jaboticabal (SP) - 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20
0,08 B
1
0,08 B 0,12 B 0,11 B 0,12 B 0,17 AB 0,15 AB 0,21 A
40
0,25 C 0,75 BC 0,96 ABC 1,10 ABC 0,65 BC 1,27 AB 1,66 A 1,60 A
60
1,64 C 2,71 AB 2,63 AB 3,45 A 2,11 BC 2,56 ABC 3,32 A 2,91 AB
70
2,85 CD 3,67 ABC 4,20 AB 4,48 A 2,06 D 2,90 CD 3,49 BC 3,09 C
CVp(%)
3
20,47
CVs (%)
22,01
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal não diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e subparcela (Época).
77
Plantas adubadas com N, de culturas com maior densidade de plantio, diferiram
em quantidade de cálcio acumulado, de plantas que não receberam adubação
nitrogenada, assim como para os acúmulos de MSPA, N, P e K.
As curvas de acúmulo de lcio ajustadas em função dos tratamentos estão
demonstradas na Figura 24.
As densidades apresentaram ajustes distintos para acúmulo de Ca. Na menor
densidade, houve grande incremento no terço final do cultivo, sem sinal de
desaceleração de acúmulo, enquanto, na maior densidade, a partir dos 55 DAT
percebe-se um redução na taxa de incremento na quantidade de cálcio acumulado
diariamente. Metade do acúmulo de cálcio no repolho ‘Red Jewel’ foi observado, em
média, aos 54 (51 a 58) e 42 (40 a 44) DAT, respectivamente, nas densidades de
31.250 e 46.875 plantas/ha.
De acordo com as equações de ajuste (Figura 24), as quantidades de cálcio,
expressas em g/planta, foram máximas no final do ciclo e correspondem a 2,85 (D1N0);
3,66 (D1N1); 4,19 (D1N2); 4,47 (D1N3); 2,06 (D2N0); 2,87 (D2N1); 3,48 (D2N2) e 3,07
g/planta (D2N3). As quantidade acumuladas de cálcio pelo ‘Red Jewel’ são muito altas,
embora menores que as observadas para o ‘Astrus’.
As quantidades acumuladas de Ca pela cultura, expressas em kg ha
-1
, foram
89,2 (D1N0); 114,5 (D1N1); 131,0 (D1N2); 139,8 (D1N3); 96,9 (D2N0); 134,4 (D2N1);
163,2 (D2N2) e 144,1 (D2N3). Conforme relatado para outros nutrientes, maiores
acúmulos ocorreram na maior densidade populacional.
78
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
20 30 40 50 60 70
Ciclo (dias as o transplante)
lcio (g/planta )
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 24. Cálcio na matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido Red Jewel, nas
doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de
31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
– Jaboticabal (SP) - 2008.
O acúmulo de magnésio, assim como a área foliar, não apresentou efeito
significativo (p<0,05) da interação entre os tratamentos e época de coleta. Observou-se
efeitos isolados dos fatores no acúmulo de magnésio (Tabela 25). Ao contrário do
verificado para outros nutrientes, o acúmulo de Mg não diferiu entre condições de
cultivo mais divergentes entre si do que observado para os outros nutrientes. Ou seja,
Ŷ1 = 4,54/ (1+EXP (-0,1097* (X - 65,24))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ2 = 4,59/ (1+EXP (-0,1011*(X - 56,39))) R
2
= 1 P = 0,01
Ŷ3 = -0,5372+(0,3052* (EXP (X/ 25,54))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ4 = 5,40/ (1+EXP (-0,0987* (X - 54,13))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ5 = 2,11/ (1+EXP (-0,1487* (X - 43,92))) R
2
= 0,98 P = 0,12
Ŷ6 = 3,02/ (1+EXP (-0,1089* (X - 43,38))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ7 = 3,53/ (1+EXP (-0,1454* (X - 40,86))) R
2
= 1 P = 0,006
Ŷ8 = 3,13/ (1+EXP (-0,1303* (X - 39,70))) R
2
= 1 P = 0,01
79
os acúmulos de Mg maiores em plantas sob maior densidade de plantio, adubadas com
N, não diferiram de acúmulos em plantas adubadas com 200 e 300 kg ha
-1
de N, na
menor densidade de plantio (Tabela 28).
Tabela 24. Magnésio na matéria seca da parte aérea (g/planta) do repolho, híbrido Red
Jewel, no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta.
UNESP – Jaboticabal (SP) - 2008.
Tratamentos
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
0,158 D
1
0,221 BCD 0,249 ABC 0,293 A 0,182 CD 0,284 AB 0,296 A 0,264 AB
CVp (%)
3
22,96
CVs (%) 13,96
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal não diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e subparcela (Época).
Na Figura 25, tem-se as curvas representativas das evoluções do acúmulo de Mg
na MSPA de ‘Red Jewel’ no decorrer do ciclo. Para acúmulo de 50% do magnésio total
na parte aérea o intervalo observado foi de 44 a 58 DAT. Plantas na condição D1N1
acumularam 50% do total aos 58 DAT, o que dentre os nutrientes até então discutidos
foi o mais tardio e no tratamento D2N2 aos 44 DAT.
Assim como nos demais nutrientes apresentados, o magnésio demonstrou
aumento contínuo no seu acúmulo, sendo que ao final do ciclo as quantidades
acumuladas encontravam se máximas foram 0,37 (D1N0); 0,44 (D1N1); 0,52 (D1N2);
0,58 (D1N3); 0,36 (D2N0); 0,54 (D2N1); 0,51 (D2N2) e 0,45 g/planta (D2N3) (Figura
25).
Em função do maior número de plantas por área, quando expressas em kg ha
-1
de Mg observaram-se maiores acúmulos na densidade de 46.875 plantas/ha. As
80
quantidades acumuladas, pela cultura, expressas em kg ha
-1
, foram: 11,69 (D1N0);
13,91 (D1N1); 16,30 (D1N2); 18,16 (D1N3); 16,9 (D2N0); 25,8 (D2N1); 23,7 (D2N2) e
21,23 (D2N3).
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
20 30 40 50 60 70
Ciclo (dias após o transplante)
Magnésio (g/planta )
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 25. Magnésio na matéria seca da parte rea do repolho, híbrido Red Jewel,
nas doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades
de 31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo.
UNESP – Jaboticabal (SP) - 2008.
Ŷ1 = 0,6797/ (1+EXP (-0,1020* (X - 68,01))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ2 = 0,5748/ (1+EXP (-0,0956* (X - 57,08))) R
2
= 1 P = 0,006
Ŷ3 = -0,076+(0,04472* (EXP (X/ 26,99))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ4 = 0,7828/ (1+EXP (-0,0866* (X - 57,78))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ5 = 0,5634/ (1+EXP (-0,0747* (X - 62,36))) R
2
= 1 P = 0,007
Ŷ6 = -0,1352+(0,099* (EXP (X/ 36,19))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ7 = 0,5547/ (1+EXP (-0,0982* (X - 46,04))) R
2
= 1 P = 0,03
Ŷ8 = 0,5451/ (1+EXP (-0,0767* (X - 49,26))) R
2
= 1 P = 0,06
81
O acúmulo de enxofre foi influenciado significativamente (p<0,01) pela interação
dos fatores tratamentos e época de coleta (Tabela 25). Diferença significativa entre os
tratamentos foi verificada aos 40, 60 DAT e ao final do cultivo, novamente, a menor
densidade de plantio com aplicação de 300 kg ha
-1
acumulou maior quantidade de
nutriente, neste caso enxofre, 0,61 g/planta, entretanto não diferindo do tratamento
D1N2 (0,53 g/planta) (Tabela 29).
Tabela 29. Enxofre na matéria seca da parte aérea (g/planta) do repolho, híbrido Red
Jewel, no decorrer do ciclo em função dos tratamentos e épocas de coleta.
UNESP – Jaboticabal (SP) - 2008.
Época
(dias)
D1N0
2
D1N1 D1N2 D1N3 D2N0 D2N1 D2N2 D2N3
20
0,01 A
1
0,01 A 0,02 A 0,02 A 0,02 A 0,03 A 0,03 A 0,04 A
40
0,04 D 0,10 BCD 0,14 ABCD
0,14 ABCD
0,09 CD 0,17 ABC 0,22 A 0,21 AB
60
0,29 C 0,42 AB 0,44 AB 0,51 A 0,28 C 0,36 BC 0,50 A 0,44 AB
70
0,34 D 0,48 BC 0,53 AB 0,61 A 0,33 D 0,39 CD 0,44 BCD 0,40 CD
CVp(%)
3
17,19
CVs (%)
17,48
1
Médias seguidas de mesma letra maiúscula na horizontal não diferem entre si, a 5% de probabilidade,
pelo teste de Tukey.
2
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2
e N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
3
CVp e CVs: coeficiente de
variação da parcela (população x dose de N) e subparcela (Época).
Plantas adubadas com N, de culturas com maior densidade de plantio, não
diferiram, em quantidades de enxofre acumulado, de plantas que não receberam
adubação nitrogenada, enquanto que na menor densidade ocorreu o contrário.
As curvas que descrevem os acúmulos de enxofre apresentaram coeficiente de
determinação próximos de 1 e estão apresentadas na Figura 26. Metade do acúmulo
de enxofre foi verificado, em média, aos 49 DAT (49 a 51 dias) na densidade de 31.250
plantas/ha. Na densidade de 46.875 plantas/ha o tratamento sem aplicação de N
alcançou os 50% aos 48 DAT enquanto nas demais doses de N isto ocorreu aos 41DAT
82
(Figura 26). A precocidade no acúmulo de nutriente em tratamentos mais adensados
com aplicação de N também foi observada nos acúmulos de Mg e Ca.
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
20 30 40 50 60 70
Ciclo (dias após o transplante)
Enxofre (g/planta )
Y1 = D1N0
Y2 = D1N1
Y3 = D1N2
Y4 = D1N3
Y5 = D2N0
Y6 = D2N1
Y7 = D2N2
Y8 = D2N3
Figura 25. Enxofre na matéria seca da parte aérea do repolho, híbrido ‘Red Jewel’, nas
doses 0 (N0), 100 (N1), 200 (N2) e 300 kg ha
-1
(N3) de N e densidades de
31.250 (D1) e 46.875 (D2) plantas por hectare, no decorrer do ciclo. UNESP
– Jaboticabal (SP) - 2008.
Ŷ1 = 0,3509/ (1+EXP (-0,1837* (X - 51,65))) R
2
= 1 P = 0,05
Ŷ2 = 0,5096/ (1+EXP (-0,1411* (X - 49,53))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ3 = 0,5925/ (1+EXP (-0,1113* (X - 50,47))) R
2
= 1 P = 0,004
Ŷ4 = 0,6649/ (1+EXP (-0,1237* (X -50,39))) R
2
= 1 P = 0,01
Ŷ5 = 0,3661/ (1+EXP (-0,1144* (X - 49,57))) R
2
= 1 P = 0,04
Ŷ6 = 0,4169/ (1+EXP (-0,1106* (X - 43,51))) R
2
= 1 P = 0,02
Ŷ7 = 0,5063/ (1+EXP (-0,1056* (X - 40,56))) R
2
= 0,96 P = 0,19
Ŷ8 = 0,4317/ (1+EXP (-0,1613* (X - 39,97))) R
2
= 0,98 P = 0,13
83
Os acúmulos de enxofre ao final do cultivo do repolho ‘Red Jewel’ de acordo com
as equações de ajuste foram 0,34 (D1N0); 0,48 (D1N1); 0,53 (D1N2); 0,61 (D1N3); 0,33
(D2N0); 0,39 (D2N1); 0,48 (D2N2); e 0,43 g/planta (D2N3) (Figura 26). Observa-se
maior acúmulo de enxofre na menor densidade de plantio com aplicação de nitrogênio
em relação a maior densidade de plantio, também com aplicação de nitrogênio. Nos
tratamentos sem aplicação de N, na maior e menor densidade de plantio, os acúmulos
foram muito parecidos com diferença de aproximadamente 3%.
As quantidades de S expressas em kg ha
-1
foram 10,6 (D1N0); 15,1 (D1N1); 16,6
(D1N2); 19,1 (D1N3); 15,6 (D2N0); 18,5 (D2N1); 22,7 (D2N2) e 20,1 (D2N3). Nota-se
que os acúmulos na densidade de 46.785 plantas/ha são muito maiores do que na
cultura sob menor adensamento.
Considerando o apresentado para todos os macronutrientes (Tabelas 23, 24, 26,
27, 28 e 29) as ordens decrescentes de acúmulo, conforme condição de cultivo
encontram-se na Tabela 30. Como verificado no repolho verde, a primeira posição para
cálcio deve-se, provavelmente, ao teor do nutriente no solo, 38 mmol
c
dm
-3
,
considerado muito alto por RAIJ et al. (1997). A despeito do elevado teor de Ca no solo,
realizou-se calagem para elevar a saturação por bases a 80%, conforme orientação de
TRANI et al. (1997).
Diferentemente da seqüência constatada, MALAVOLTA et al. (1976) citam como
os três nutrientes mais acumulados o N, K, S, FURLANI et al. (1978) citam a mesma
seqüência inicial reportada por MALAVOLTA et al. (1976) e complementam a seqüência
decrescente com Ca, P e Mg.
84
Tabela 30. Seqüência decrescente de acúmulo de macronutrientes na planta de
repolho ‘Red Jewel’, ao fim do cultivo, em função dos tratamentos
avaliados.
Tratament
os
Seqüência
D1N0
1
Ca > N > K > P > S > Mg
D1N1
Ca > N > K > P > S > Mg
D1N2
Ca > N > K > P > S > Mg
D1N3
Ca > N > K > P > S > Mg
D2N0
Ca > N K > P > S > Mg
D2N1
Ca > N K > P > S > Mg
D2N2
Ca N > K > P > S > Mg
D2N3
Ca = N > K > P > S > Mg
1
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2 e
N3 às doses de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
2
Sinal corresponde ao acúmulo do nutriente em quantidade não superior a 10% do
outro nutriente em comparação, = corresponde ao acúmulo do nutriente em quantidade
não superior a 1% do outro.
4.2.1.3 Exportação de macronutrientes
Em percentagem do total acumulado pela cultura, os nutrientes mais exportados
foram N, P e K (Tabela 31), muito provavelmente devido à própria mobilidade que
apresentam na planta. Os resultados observados para N, P e K assemelham-se aos de
HARA & SONODA (1979), que constataram maiores quantidades de N, P e K nas
folhas internas do repolho do que nas folhas externas ao produto comercial. As
quantidades de Ca também foram relevantes, mas os percentuais não atingiram um
terço do total. HARA & SONODA (1979) também verificaram que a quantidade de Ca
85
presente em folhas do repolho foi muito pequena em relação ao acumulado pela planta
toda.
Tabela 31. Quantidades exportadas de macronutrientes no repolho (produto comercial)
em função dos tratamentos e percentual (entre parênteses) do total
acumulado pela planta, híbrido Red Jewel, UNESP – Jaboticabal (SP),
2008.
N
P
K
Ca
Mg
S
Tratamentos
g/repolho (produto comercial)
D1N0
0,69 0,21 0,48 0,56 0,09 0,07
D1N1
1,26 0,36 0,79 0,87 0,13 0,13
D1N2
1,63 0,45 0,86 1,32 0,18 0,16
D1N3
2,13 0,53 1,22 1,25 0,21 0,18
D2N0
0,74 0,21 0,49 0,35 0,09 0,07
D2N1
1,26 0,31 0,75 0,79 0,14 0,13
D2N2
1,63 0,31 0,73 0,80 0,16 0,15
D2N3
2,12 0,33 0,72 0,62 0,17 0,18
k
g ha
-
1
D1N0
21,4 (35%) 6,7 (41%) 15,0 (30%) 19,8 (20%) 2,7 (25%) 2,3 (22%)
D1N1
39,4 (44%) 11,2 (54%) 24,7 (38%) 27,2 (24%) 3,9 (26%) 4,1 (27%)
D1N2
50,9 (48%) 14,1 (56%) 26,7 (34%) 41,2 (32%) 5,6 (34%) 5,0 (30%)
D1N3
66,4 (54%) 16,6 (58%) 38,1 (40%) 38,2 (28%) 6,4 (33%) 5,6 (25%)
D2N0
34,7 (40%) 9,8 (43%) 22,9 (29%) 16,2 (17%) 4,0 (25%) 3,3 (21%)
D2N1
56,5 (48%) 14,5 (54%) 35,2 (54%) 37,0 (28%) 6,3 (34%) 6,1 (33%)
D2N2
65,9 (44%) 14,3 (48%) 33,9 (29%) 37,4 (23%) 7,7 (34%) 6,8 (30%)
D2N3
70,6 (49%) 15,4 (52%) 33,7 (32%) 29,0 (20%) 7,5 (37%) 8,4 (42%)
D1 e D2 correspondem a populações de 31.250 e 46.875 plantas ha
-1
, e N0, N1, N2 e N3 às doses
de 0, 100, 200 e 300 kg ha
-1
de nitrogênio, respectivamente.
As exportações de Mg foram, em dia, percentualmente maiores em culturas
mais adensadas, no entanto mais próximas do que as observadas para o ‘Astrus’ na
maior e menor densidade de plantio (Tabela 31). Maiores exportações em plantas sob
cultivo mais adensados podem ser atribuídos à menor AF nestas plantas do que sob
86
menor densidade. Como não foi verificada influência da densidade de plantio sobre a
AF, provavelmente houve menor competição, minimizando os efeitos observados no
repolho verde. Menor área foliar, menor quantidade de clorofilas, porfirinas
magnesianas e, consequentemente, menor proporção de Mg presente nas folhas
externas ao repolho, responsáveis pela fotossíntese da planta, e folhas internas do
repolho e caule.
Quanto ao enxofre, exceção ao tratamento mais adensado com aplicação de 300
kg ha
-1
de N, os percentuais de exportação de enxofre foram muito próximos entre si.
Considerando que o enxofre é um nutriente pouco móvel na planta, os percentuais
observados, como o cálcio, podem ser considerados normais.
4.2.2 Número de folhas externas e internas
O número de folhas externas (NFE) não foi influenciado significativamente pela
interação dos fatores, apenas pela densidade de plantio isoladamente (Tabela 32).
Para o NFE, a menor população apresentou o maior número de folhas por planta
(14,25 folhas/planta), duas folhas a mais do que na maior densidade de plantas (12,25
folhas/planta), um aumento de 14%. Estes resultados estão próximos ao número de
folhas externas encontradas no repolho ‘Astrus’, 15,58 e 12,58 folhas/planta na menor e
maior densidade populacional, respectivamente.
O menor número de folhas do repolho como resultado da menor área
disponível às plantas também foi observado por outros autores com repolho verde,
STEPANOVIC et al. (2000) e ATHANÁZIO & MAISTROVICZ (2007).
87
Tabela 32. Valores de F, significâncias e coeficientes de variação das características
avaliadas, número de folhas externas (NFE), número de folhas internas
(NFI) do repolho, híbrido Red Jewel, em função dos fatores densidades de
plantio e doses de nitrogênio. UNESP - Jaboticabal (SP) - 2008.
Causas de Variação NFE NFI
Densidade de plantio (D) 14,3488 ** 6,5490
*
Nitrogênio (N) 0,8968
NS
4,7048 *
D x N 1,4614
NS
0,5032
NS
C.V.(%) 9,76 9,28
* significativo a 5%, ** significativo a 1%,
NS
não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
Conforme mencionado para o ‘Astrus’, a densidade populacional relaciona-se
diretamente com a intensidade de competição entre plantas por espaço e fatores de
crescimento, principalmente, luminosidade. Plantas de repolho sob menor densidade
dispunham de 0,32 m
2
por planta enquanto na cultura mais adensada, cerca de 0,21
m
2
, o que permitiu àquelas melhor aproveitamento dos recursos do meio, por
conseguinte, maior número de folhas.
Houve ajuste para NFE em resposta ao aumento nas doses de N somente para a
maior densidade populacional. O NFE diminuiu 15,7% com fornecimento de N às
plantas (Figura 27), sendo verificadas 13,3 folhas/planta quando não se aplicou N e
11,2 folhas/planta na dose de 300 kg ha
-1
. Este resultado é contraditório ao que se sabe
do efeito do N no crescimento das plantas. Contudo, o resultado, pelo menos para NFE
na menor densidade, ratificou o que havia sido observado para NFE do ‘Astrus’, para o
qual também não se constatou ajuste polinomial significativo para descrever a resposta
do híbrido ao aumento de N.
88
10
11
12
13
14
15
16
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
NFE (folhas/planta)
O NFI também não foi influenciado significativamente pela interação dos fatores,
entretanto foi influenciada por densidade de plantio e doses de N isoladamente (Tabela
32).
Quanto ao efeito da densidade no NFI, observou-se semelhança ao verificado
para NFE, sendo que a menor população de plantas apresentou 29,75 folhas/planta,
2,75 folhas a mais do que na maior densidade de plantas, um aumento de
aproximadamente 10%. Observa-se que no ‘Red Jewel’, em relação as densidades
populacionais, o NFE apresentou menor redução porcentual do que NFI no
espaçamento mais adensado.
Figura 27. Número de folhas externas (NFE) de repolho, híbrido Red Jewel, para as
densidades populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP) - 2008
Y
D2
= 13,3 - 0,007X R
2
= 0,89 F = 9,8*
Y
D1
= 14,25
89
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
NFI (folhas/planta)
Ao contrário do verificado para NFE, houve ajuste significativo do NFI mediante
aumento de N na menor densidade de plantio, não se constatando ajuste na maior
densidade (Figura 28), semelhante ao observado para o ‘Astrus’.
Na menor densidade verificou-se aumento linear do NFI com aumento das doses
de nitrogênio fornecida à planta. A dose de 300 kg ha
-1
de nitrogênio proporcionou o
maior número de folha (33,2 folhas/planta), enquanto sem aplicação de N constatou-se
plantas com 26,3 folhas, cerca de 21% menos (Figura 28).
Figura 28. Número de folhas internas (NFI) de repolho, híbrido Red Jewel, para as
densidades populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP) - 2008
Y
D1
= 26,3 + 0,023X R
2
= 0,95 F = 10,2021*
Y
D2
= 27
90
As reduções porcentuais ocorridas nos NFI dos híbridos Red Jewel e Astrus
foram semelhantes, o que pode evidenciar a importância similar do N para os dois
híbridos.
4.2.3 Matéria seca da folha externa e interna
A característica matéria seca das folhas externas (MSFE) foi influenciada
significativamente pelos fatores doses de nitrogênio e de densidade populacional, mas
não pela interação dos fatores (Tabela 33).
Tabela 33. Valores de F, significâncias e coeficientes de variação das características
avaliadas, matéria seca da folha externa (MSFE) e matéria seca da folha
interna (MSFI), do repolho, híbrido Red Jewel, em função dos fatores
densidades de plantio e doses de nitrogênio. UNESP - Jaboticabal (SP).
2008.
Causas de Variação MSFE MSFI
Densidades de plantio (D) 19,3669 ** 13,1345 **
Nitrogênio (N) 8,6910 ** 39,7925 **
D x N 2,6871
NS
4,5285 *
C. V.(%) 10,87 13,95
*
significativo a 5%, ** significativo a 1%,
NS
não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
Houve incremento linear para a MSFE em função do aumento das doses de
nitrogênio na menor densidade e quadrático na maior (Figura 29). A maior dose de
nitrogênio, na menor densidade, foi responsável pela maximização da produção de
MSFE (67,96 g/planta), sendo que na ausência de adubação nitrogenada a produção
de MSFE foi de 44,96 g/planta, uma redução de 33,8%. Em relação ao repolho verde, o
91
40
45
50
55
60
65
70
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
MSFE (g/planta)
híbrido Red Jewel apresentou maior resposta a adubação nitrogenada, uma vez que, o
híbrido Astrus apresentou maximização do MSFE com 187 kg de N ha
-1
, na menor
densidade.
Figura 29. Matéria seca das folha externa (MSFE) de repolho, híbrido Red Jewel, para
as densidades populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP) - 2008
Ainda que não observada semelhança no comportamento quanto à resposta a
adubação nitrogenada, confirmada pela ausência de correlação significativa (Tabela
34), a redução na MSFE na maior densidade populacional (46,5 g/planta) em relação a
menor densidade (56,4 g/planta), aproximadamente 18% foi muito próxima da relatada
para NFE (14%).
Y
D1
= 44,965 + 0,07665X R
2
= 1 F = 14,5485**
Y
D2
= 40,68885 + 0,08841833X - 0,0002152X
2
R
2
= 0,76 F = 7,7353
*
92
Tabela 34. Coeficiente de correlação de Pearson e significância entre as características
acúmulo de nitrogênio na parte rea (ANPA); número de folhas externas e
internas (NFE e NFI); diâmetro do caule na inserção das folhas (DCI);
diâmetro transversal e longitudinal da “cabeça” (DTR e DLR); matéria fresca
repolho (MFR); matéria seca das folhas externas, internas e caule (MSFE,
MSFI, MSC), do repolho híbrido Red Jewel. UNESP – Jaboticabal (SP). 2008.
ANPA NFE NFI DCI DTR DLR MFR MSFE MSFI
NFE
0,07
ns
NFI
0,66** -0,18
ns
DCI
0,82** 0,18
ns
0,60**
DTR
0,92** -0,09
ns
0,69** 0,73**
DLR
0,86** -0,16
ns
0,57** 0,66** 0,94**
MFR
0,91** 0,00
ns
0,58** 0,76** 0,95** 0,93**
MSFE
0,88** 0,40
ns
0,52** 0,81** 0,76** 0,68** 0,76**
MSFI
0,93** -0,02
ns
0,78** 0,80** 0,90** 0,84** 0,89** 0,77**
MSC
0,81** 0,06
ns
0,37
ns
0,63** 0,71** 0,64** 0,69** 0,71** 0,71**
ns – não significativo (p<0,05), * significativo (p<0,05), ** significativo (p<0,01).
A matéria seca da folha interna (MSFI) foi influenciada significativamente pelos
fatores doses de nitrogênio e densidade populacional e pela interação destes fatores
(Tabela 29). A MSFI apresentou ajuste linear em ambas as densidades populacionais
(31.250 e 46.875 plantas/ha). Na ausência de adubação nitrogenada, praticamente não
houve diferença entre MSFI das plantas nas duas densidades populacionais. A partir de
32 kg ha
-1
de N, verificou-se que o espaçamento menos adensado, que até então era
inferior ao mais adensado apresenta um maior incremento de MSFI em plantas de
cultura menos adensada, atingindo na maior dose 58,3 gramas por planta, 29% a mais
do que o maior adensamento (41,6 g/planta) (Figura 30).
93
15
25
35
45
55
65
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
MSFI (g/planta)
Figura 30. Matéria seca da folha interna (MSFI) de repolho, híbrido Red Jewel, para as
densidades populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP) - 2008.
Ao contrário do observado para NFE e MSFE, a MSFI apresentou correlação
significativa com o NFI (r = 0,780) (Tabela 34).
O comportamento da MSFI no repolho ‘Red Jewel’ assemelha-se ao do repolho
‘Astrus’, ou seja, observa-se que espaçamentos mais adensados proporcionaram
menores tamanhos de “cabeças” em função da menor área disponível para crescimento
da planta.
Y
D2
= 22,05367 + 0,06535333X R
2
= 0,80 F = 16,3648**
Y
D1
= 20,039 + 0,1276733X R
2
= 0,99 F = 134,9126**
94
4.2.4 Diâmetro e matéria seca do caule
Não houve efeito significativo da interação dos fatores no diâmetro do caule na
inserção (DCI), entretanto houve influência significativa das doses de nitrogênio e
densidade de plantio isoladamente (Tabela 35).
Tabela 35. Valores de F, significâncias e coeficientes de variação das características
avaliadas, diâmetro do caule na inserção do repolho (DCI) e matéria seca
do caule (MSC) do repolho, híbrido Red Jewel, em função dos fatores
densidades de plantio e doses de nitrogênio. UNESP - Jaboticabal (SP) -
2008.
Causas de Variação DCI MSC
Densidade de plantio (D) 10,0518** 1,7485
NS
Nitrogênio (N) 15,7057 ** 9,0864 **
D x N 1,5014
NS
2,4759
NS
C. V.(%) 5,37 17,47
** significativo a 1%,
NS
não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
Na menor densidade de plantio obteve-se o maior DCI (33,12 mm), enquanto na
maior densidade o diâmetro do caule foi de 30,89 mm, uma redução de,
aproximadamente, 7%. A mesma redução ocorreu no repolho ‘Astrus’ embora este
tenha apresentado diâmetros maiores.
Ainda que não observada interação significativa entre os fatores, quando
realizou-se a análise de regressão polinomial, verificou-se resposta linear do DCI à
adubação nitrogenada em ambas as densidades populacionais, sendo o máximo
diâmetro (36,49 mm) alcançado na dose de 300 kg de N ha
-1
, um aumento de
aproximadamente 22% em relação a ausência de adubação com N. Observa-se que no
95
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
DCI (mm)
tratamento mais adensado este aumento em relação a menor e maior dose de N foi
muito próximo (20%) (Figura 31).
Figura 30. Diâmetro do caule na inserção (DCI) de repolho, híbrido Red Jewel, para as
densidades populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP) - 2008
Embora as diferentes densidades populacionais apresentem o mesmo modelo de
ajuste (linear) às doses de N, tem-se que a amplitude de 1,2 mm em plantas sob menor
densidade populacional sem aplicação de N aumenta para 2,7 mm na maior dose (300
kg ha
-1
de N), ou seja, sob menor densidade, o incremento do DCI do repolho é maior
do que sob elevada densidade de plantio.
A MSC não foi influenciada significativamente pela interação dos fatores, mas foi
influenciada pela dose de nitrogênio (Tabela 35).
Y
D1
= 29,897 + 0,02200333X R
2
= 0,77 F = 26,8731**
Y
D2
= 28,01033 + 0,0192033X R
2
= 0,90 F = 15,9338**
96
5
6
7
8
9
10
11
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
MSC (g/planta)
A máxima MSC (9,7 g/planta) no maior adensamento foi obtida na dose de 300
kg ha
-1
de N aplicada no solo, sendo esta 86% maior que a MS obtida sem a aplicação
de nitrogênio (5,5 g/planta). Na densidade de 46.875 plantas/ha não observou-se ajuste
das médias de DCI mediante aumento do N aplicado (Figura 32).
Figura 32. Matéria seca do caule (MSC) de repolho, híbrido Red Jewel, para as
densidades populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP) - 2008
A MSC está relacionada com o DCI e desta forma é esperado que os mesmos
apresentem respostas semelhantes, tanto em relação à adubação com nitrogênio
quanto à densidade de plantas. A redução na MSC na maior densidade populacional
(6,8 g/planta) em relação a menor densidade (7,5 g/planta), aproximadamente 10% foi
muito próxima da relatada para DCI (7%).
Y
D1
= 5,242 + 0,01512X R
2
= 0,90 F = 20,2202**
Y
D2
= 6,83
97
O incremento das doses de N aumentou o DCI e MSC, provavelmente isto
ocorreu devido a função estrutural do nitrogênio.
Como observado no repolho ‘Astrus’ a MSC e DCI são as características que
mais apresentaram correlação com as demais (Tabela 34), demonstrando mais uma
vez a importância desta parte da planta no seu crescimento e desenvolvimento através
do suprimento adequado de água e nutrientes a planta.
4.2.5 Diâmetro transversal e longitudinal da cabeça
Não houve efeito significativo da interação doses de nitrogênio e densidade de
plantio sobre o diâmetro transversal (DTR), verificando-se apenas efeito isolado do fator
dose de nitrogênio (Tabela 36).
Na densidade de 31.250 plantas/ha o DTR foi máximo (139,17 mm) na dose de
287 kg ha
-1
de N, enquanto que na densidade de 46.785 plantas/ha o máximo DTR
(128,86 mm) foi constatado na dose de 222 kg ha
-1
(Figura 33). A máxima DTR (128,86
mm) observada na densidade de 46.875 plantas/ha é semelhante às relatadas por
PORTO et al. (2007) para o mesmo híbrido e densidade de plantio (125 mm).
Observa-se ainda que nas doses 0 e 100 kg ha
-1
de N as densidades de plantio
praticamente não apresentavam diferença, sendo que a partir deste ponto,
provavelmente em função de uma menor competição entre as plantas, a menor
densidade populacional apresenta maiores incrementos (Figura 33)
98
80
90
100
110
120
130
140
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
DTR (mm)
Tabela 36. Valores de F, significâncias e coeficientes de variação das características
avaliadas, diâmetro transversal (DTR), diâmetro longitudinal (DLR) do
repolho, híbrido Red Jewel, em função dos fatores densidade de plantio e
doses de nitrogênio. UNESP - Jaboticabal (SP) - 2008.
Causas de Variação DTR DLR
Densidade de plantio (D) 2,3486
NS
0,1385
NS
Nitrogênio (N) 49,1346** 31,6634**
D x N 2,2304
NS
1,7360
NS
C. V.(%) 5,69 4,24
* significativo a 5%, ** significativo a 1%,
NS
não significativo ao nível de 5% de probabilidade pelo teste F.
Figura 33. Diâmetro transversal do repolho (DTR) híbrido Red Jewel, para as
densidades populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP) – 2008
Y
D1
= 89,1345 + 0,348545X - 0,000606917X
2
R
2
= 0,90 F = 20,2202**
Y
D2
= 92,9263 + 0,3231133X - 0,0007263X
2
R
2
= 1 F = 15,6385**
99
Conforme observado para o DTR, o houve efeito significativo da interação
doses de nitrogênio e densidade de plantio sobre o diâmetro longitudinal (DLR),
verificando-se apenas efeito isolado do fator dose de nitrogênio (Tabela 36). No
entanto, quando submetidas à análise por regressão polinomial a DTR em resposta às
adubações nitrogenadas, foi ajustada à equações de modelo quadrático em ambas
densidades de plantio.
A dose de 253 kg ha
-1
proporcionou a máxima DLR (116,3 mm), na menor
densidade de plantio, na maior densidade de plantio a dose de 225 kg ha
-1
foi a
responsável pela sua máxima DLR (113,6 mm). Conforme observado para DTR a
redução na dose de nitrogênio aplicado nas diferentes densidades de plantio (11%) foi
inferior a constatada no DLR (2,1%). No entanto, destaca-se que a diferença entre as
mesmas foi menor na DLR. Nota-se ainda que, até a dose de 146 kg ha
-1
de N, a menor
densidade populacional era inferior a maior, sendo que doses superiores a estas
proporcionaram a inversão da tendência (Figura 34).
Ao contrário do descrito pra a DTR, a DLR observada no presente trabalho foi
inferior a reportada por PORTO et al. (2007), que no cultivo do híbrido Red Jewel no
espaçamento de 0,4 x 0,4 m (em quincôncio) obteve 129 mm de DLR.
Estudo semelhantes com densidades populacinais e doses de nitrogênio
realizado por AQUINO et al. (2005b), para o repolho ‘Kenzan’, também demonstram
que os diâmetros transversal e longitudinal aumentaram de forma quadrática com o
incremento das doses de nitrogênio.
100
80
90
100
110
120
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
DLR (mm)
Figura 34. Diâmetro longitudinal do repolho (DLR), híbrido Red Jewel, para as
densidades populacionais de 31.250 planta/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP) – 2008
4.2.6 Matéria fresca de repolho e produtividade
Efeito significativo não foi observado para a interação dos fatores em relação a
matéria fresca do repolho (MFR), no entanto houve influência das doses de nitrogênio
isoladamente (Tabela 37).
A maior MFR (822 g/planta) foi obtida com a dose de 300 kg ha
-1
de N na
densidade de 31.250 plantas/ha. Na densidade de 46.875 plantas/ha a maior MFR
(644,4g/planta) foi obtida na dose 220 kg ha
-1
. Observa-se ainda que até a dose de 195
kg ha
-1
(640,07 g/planta) as densidades apresentaram MFR muito próximas. A partir da
Y
D2
= 95,55683 + 0,1611X - 0,00035842X
2
R
2
= 0,97 F = 9,8098*
Y
D1
= 89,18717 + 0,2140383X - 0,0004229167X
2
R
2
= 0,93 F = 8,2570*
101
200
300
400
500
600
700
800
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
MFR (g/planta)
dose em questão plantas sob maior competição intraespecífica apresentaram redução
na MFR (Figura 35).
Tabela 37. Valores de F, significâncias e coeficientes de variação das características
avaliadas, matéria fresca do repolho (MFR), produtividade do repolho,
híbrido Red Jewel, em função dos fatores densidade de plantio e doses de
nitrogênio. UNESP - Jaboticabal (SP) - 2008.
Causas de Variação MFR Produtividade
Densidade de plantio (D) 1,4285
NS
15,3676**
Nitrogênio (N) 19,2136** 21,1001**
D x N 1,7783
NS
1,4156
NS
C.V.(%) 20,37 18,97
** significativo a 1%,
NS
não significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
Figura 35. Matéria fresca do repolho (MFR), de repolho, híbrido Red Jewel, para as
densidades populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP
Jaboticabal (SP) - 2008
Y
D1
= 301 + 1,736667X R
2
= 0,92 F = 26,0765**
Y
D2
= 266,4667 + 3,45966X - 0,00791667X
2
R
2
= 0,99 F = 9,3622*
102
Conforme observado no DLR, a MFR obtida no presente trabalho foi inferior a
observada por PORTO et al. (2007), que relataram também para ‘Red Jewel’ MFR de
718 gramas por planta na densidade de 41.875 plantas/ha. ou seja uma diferença de
12,5%.
A produtividade do repolho não foi influenciada significativamente pela interação
entre os fatores, mas foi influenciada pela densidade populacional e doses de N
isoladamente (Tabela 37).
Na população de 46.875 plantas/ha obteve-se produtividade de 23,8 t ha
-1
,
enquanto na população de 31.250 plantas/ha a produtividade foi de 17,5 t ha
-1
, redução
de aproximadamente 26%. Como mencionado anteriormente, resultados semelhantes
foram encontrados por AQUINO et al. (2005a) trabalhando com diferentes
espaçamentos e doses de nitrogênio para o repolho, híbrido ‘Kenzan’, os quais
relataram maior produtividade na maior população de plantas por área.
A máxima produtividade (30,21 t ha
-1
) foi obtida na densidade de 46.875
plantas/ha com a dose de 218,5 kg ha
-1
de N, 17,6% superior a maior produtividade
(25,68 t ha
-1
) observada no tratamento menos adensado (Figura 36). Embora o DLR e
MFR tenham sido inferiores aos relatados por PORTO et al. (2007), 15 e 12,5%,
respectivamente, a produtividade, ainda que menor, não apresentou diferença superior
a 4,1%.
A dose econômica, maior densidade populacional, foi de 201,7 kg ha
-1
proporcionando uma produtividade de 30,11 t ha
-1
. Semelhante ao ocorrido para o
repolho ‘Astrus’ a dose econômica praticamente não proporciona redução na
produtividade.
103
5
10
15
20
25
30
35
0 100 200 300
Nitrogênio (kg ha
-1
)
Produtividade (t ha
-1
)
Figura 36. Produtividade do repolho, de repolho, híbrido Red Jewel, para as densidades
populacionais de 31.250 plantas/ha (D1) e 46.875 plantas/ha
(D2), em
função da dose de nitrogênio aplicada ao solo. UNESP Jaboticabal (SP) -
2008.
Embora a produção tenha sido maior, principalmente na maior dose de N, na
densidade de 31250 plantas ha
-1
a porcentagem de incremento na produção de D1 em
relação a D2 (38%) foi menor que a porcentagem do número de plantas a mais no
tratamento mais adensado (50%). Sempre que fato semelhante ocorrer as
produtividades serão maiores nos menores espaçamentos.
Y
D1
= 9,400625 + 0,05427083X R
2
= 0,92 F = 26,0765**
Y
D2
= 12,49063 + 0,1621719X - 0,00037109X
2
R
2
= 0,98 F = 9,3622*
104
5 CONCLUSÕES
Todas as características estudadas no híbrido Astrus, e todas, com exceção do
NFE na maior densidade, do híbrido Red Jewel respondem a adubação
nitrogenada.
Considerando as tendências do mercado consumidor e a produtividade, a maior
densidade de plantio e 300 kg ha
-1
de N é a melhor combinação para o híbrido
Astrus, enquanto para o ‘Red Jewel’ é a maior densidade e 201,7 kg ha
-1
de N.
Os híbridos de repolho apresentam a mesma seqüência de acúmulo de
macronutrientes (Ca, N, K, P, S e Mg), com exceção do magnésio, em relação ao
qual o repolho ‘Astrus’; que apresenta maior demanda pelo nutriente, sendo o
quarto mais acúmulado.
Os nutrientes mais exportados em ambos os híbridos, são nitrogênio, fósforo e
potássio.
105
O período de 40 a 60 DAT é responsável pela metade do acúmulo dos
macronutrientes na planta de repolho, em ambos os híbridos.
106
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