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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
ESTUDO DO EXTRATO PIROLENHOSO BIOPIROL
®
NO MANEJO DE
NEMATÓIDES EM CANA-DE-AÇÚCAR, OLERÍCOLAS E CITROS, EM DIFERENTES
AMBIENTES
Renato Zapparoli Corbani
Orientador: Jaime Maia dos Santos
Co – Orientador: Jairo Osvaldo Cazetta
JABOTICABAL - S P - BRASIL
2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS
CÂMPUS DE JABOTICABAL
ESTUDO DO EXTRATO PIROLENHOSO BIOPIROL
®
NO MANEJO DE
NEMATÓIDES EM CANA-DE-AÇÚCAR, OLERÍCOLAS E CITROS, EM DIFERENTES
AMBIENTES
Renato Zapparoli Corbani
Orientador: Jaime Maia dos Santos
Co – Orientador: Jairo Osvaldo Cazetta
Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias - UNESP, Câmpus de Jaboticabal, como
parte das exigências para a obtenção do título de
Doutor em Agronomia (Produção Vegetal).
Jaboticabal – SP
Abril – 2008
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DADOS CURRICULARES DO AUTOR
RENATO ZAPPAROLI CORBANI nasceu em 16 de maio de 1975, na cidade de
Ribeirão Preto - SP. Como acadêmico, iniciou o curso de graduação em Engenharia
Agronômica na Universidade Estadual Paulista UNESP/Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal, em fevereiro de 1994, vindo a graduar-
se em dezembro de 1998. Nesse período, foi bolsista do Programa PET (Programa
Especial de Treinamento) da CAPES. Em 2003, obteve o Título de Mestre em
Agronomia (Entomologia Agrícola), no departamento de Fitossanidade da
UNESP/Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Câmpus de Jaboticabal, com a
pesquisa intitulada “Potencial do Controle Biológico de Tylenchulus semipenetrans com
Fungos Nematófagos”, sendo bolsista do CNPq e obtendo auxílio-pesquisa da FAPESP
(processo 2000/15040-8) para a execução do projeto. Em 2004, ingressou no curso de
Doutorado em Agronomia, na Área de Concentração, Produção Vegetal, na
Universidade Estadual Paulista (UNESP/FCAV), Câmpus de Jaboticabal SP, com
bolsa concedida pela empresa Biocarbo Ind. e Com. Ltda.
Dedico este Trabalho
Aos meus pais José Carlos e Maria Estela, pela dedicação, apoio, lição de vida,
e ao grande amor depositado em mim, apoiando-me em todas as decisões por mim
tomadas. Sou e serei eternamente grato, pois sei que não mediram esforços para a
minha formação.
Aos meus irmãos Ricardo e Rodrigo, pelo estímulo, carinho, sendo muito
importantes em minha vida.
Ao meu grande amigo Dr. Paulo Roberto Jr.,
pela paciência, incentivo, companheirismo,
otimismo e confiança em mim depositada
Ofereço
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela fé que me permitiu atingir esse objetivo, dando-me muita coragem e
entusiasmo para superar todas as barreiras.
Ao Professor e Amigo Jaime Maia dos Santos, pela orientação, empenho e
dedicação na condução e realização deste trabalho, pela convivência, amizade e
entusiasmo ao transmitir seus conhecimentos, os quais levarei para o resto de minha
vida.
Ao Professor Jairo Osvaldo Cazetta, pela valiosa contribuição na execução deste
trabalho.
À Empresa Biocarbo Indústria e Comércio Ltda. com sede em Itabirito - MG, na
pessoa de sua diretora Sra. Maria Emilia Rezende, pela concessão da bolsa, sem a
qual não seria possível a realização deste trabalho.
À Central Energética Moreno, na pessoa de seu Diretor Administrativo, Carlos
Alberto Moreno, e Engenheiro Agrônomo Ivan, pelo apoio para a realização dos
experimentos.
Ao Conselho do Curso de Pós-Graduação em Agronomia, Área de Concentração
em Produção Vegetal, pela oportunidade que me foi dada para a realização do curso.
À Faculdade de Ciências Agrária e Veterinárias de Jaboticabal (UNESP/FCAV),
pela Infra-estrutura e apoio fornecido durante o curso.
Aos membros da banca examinadora do Exame Geral de Qualificação, Dr.
Modesto Barreto, Dra. Margarete Camargo, Dra. Rita de Cássia Panizzi e Dr. Francisco
Jorge Cividannes, pela participação e sugestões.
Ao Professor José Carlos Barbosa, pelo auxílio nas análises estatísticas.
Ao grande amigo Luciano Melo de Souza, companheiro de todas as horas, pelo
incentivo e confiança.
Ao grande amigo Fábio Mazzonetto, com quem tenho aprendido muito, pela
confiança e oportunidades em mim depositadas.
Aos funcionários do Laboratório de Nematologia da UNESP/FCAV, André,
Sandra e Walmir, pelo auxílio na extração e contagem das amostras, bem como pela
amizade.
Às funcionárias da seção de Pós-Graduação, pela atenção e presteza quando
solicitadas.
Aos funcionários do Departamento de Fitossanidade, em especial à Lígia, à
Márcia e à Lúcia, por colaborarem sempre que requisitadas.
Aos colegas de curso, Anderson, Adriana, Alaíde, Bruno, Eduardo, Ivo, Luciany,
Paulo, Pedro, Sérgio e Vilmar, pela amizade e solidariedade.
Enfim, a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização e
enriquecimento deste trabalho.
MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS.........................................................................................
iii
LISTA DE FIGURAS.........................................................................................
vi
RESUMO..........................................................................................................
viii
SUMMARY.......................................................................................................
ix
I. INTRODUÇÃO...............................................................................................
1
II. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................
3
2.1 Extrato Pirolenhoso....................................................................................
3
2.2 Uso do Extrato Pirolenhoso e Outros Extratos no Controle de Pragas e
Doenças.....................................................................................................
4
2.3 Uso do Extrato Pirolenhoso como Fertilizante............................................
6
2.4 Nematóides em Cana-de-Açúcar...............................................................
8
2.5 Nematóides em Citros................................................................................
9
2.6 Nematóides em Alface................................................................................
9
III. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................
11
3.1 Locais de Condução dos Experimentos 11
3.2 Efeito do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
sobre a Eclosão de Juvenis de
Meloidogyne incognita, M. javanica e Tylenchulus semipenetrans in
vitro.
11
3.3 Efeito do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
na Atividade de Juvenis de
Segundo Estádio de Meloidogyne incognita, M. javanica e Tylenchulus
semipenetrans in vitro.
13
3.4 Eficácia do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
no Manejo de Populações de
Nematóides em Cana-de-Açúcar a Campo.
14
3.5 Eficácia do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
no Manejo de Tylenchulus
semipenetrans em Citros a Campo.
17
ii
3.6 Eficácia do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
sobre o Manejo de Populações
de Rotylenchulus reniformis e Meloidogyne incognita em Alface sob
Cultivo Protegido.
21
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................
25
41. Efeito do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
sobre a Eclosão de Juvenis de
Meloidogyne incognita, M. javanica e Tylenchulus semipenetrans in
vitro.
25
4.2 Efeito do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
na Atividade de Juvenis de
Segundo Estádio de Meloidogyne incognita, M. javanica e Tylenchulus
semipenetrans in vitro.
28
4.3 Eficácia do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
no Manejo de Populações de
Nematóides em Cana-de-Açúcar a Campo.
34
4.4 Eficácia do Extrato Pirolenhoso BiopiroL
®
no Manejo de Tylenchulus
semipenetrans em Citros a Campo.
36
4.5 Eficácia do Extrato Pirolenhoso BIOPIROL
®
no Manejo de Populações
de Rotylenchulus reniformis e Meloidogyne incognita em Alface sob
Cultivo Protegido.
40
V. CONCLUSÃO............................................................................................
42
VI. REFERÊNCIAS...........................................................................................
43
APÊNDICE A....................................................................................................
51
APÊNDICE B....................................................................................................
52
APÊNDICE C....................................................................................................
53
APÊNDICE D....................................................................................................
54
APÊNDICE E....................................................................................................
55
iii
LISTA DE TABELAS
Tabela
Página
1 Dados da análise química do solo da área experimental na Fazenda
Pedrinha, Município de São Carlos - SP.
16
2 Dados da análise química do solo da área experimental na Fazenda
São Sebastião, Município de Monte Alto - SP.
19
3 Dados da análise química do solo da área da estufa do Departamento
de Horticultura na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Produção da
UNESP / FCAV – Câmpus de Jaboticabal - SP.
23
4 Comparação das médias de eclosão de juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne incognita in vitro, relativa ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses........................................................................
26
5 Comparação das médias de eclosão de juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne javanica in vitro, relativa ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses............................................
26
6
Comparação das médias de eclosão de juvenis de Tylenchulus
semipenetrans, in vitro, relativa ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses..................................................................
28
7 Comparação das médias de mobilidade de juvenis de segundo estádio
de Meloidogyne incognita e formação de galhas em raízes de
tomateiro, relativas ao efeito do extrato pirolenhoso Biopirol
®
,
em
diferentes doses.......................................................................................
30
iv
8 Comparação das médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre a atividade de juvenis de
Tylenchulus semipenetrans in vitro..........................................................
31
9 Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne javanica in vitro.
33
10 Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de populações de
Pratylenchus zeae em cana-de-açúcar, a campo, aos 30, 60 e 90 dias
após a aplicação do produto.
35
11 Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de populações de
Meloidogyne sp. em cana-de-açúcar, a campo, aos 30, 60 e 90 dias
após a aplicação do produto.
36
12
Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de Tylenchulus
semipenetrans em citros, a campo, aos 30 dias após a aplicação do
produto.
37
13
Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de Tylenchulus
semipenetrans em citros, a campo, aos 60 dias após a aplicação do
produto.
38
14
Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
v
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de Tylenchulus
semipenetrans em citros, a campo, aos 90 dias após a aplicação do
produto.
39
15
Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
, em diferentes doses, sobre o manejo de populações de
Rotylenchulus reniformis e Meloidogyne incognita em alface, sob
cultivo protegido, aos 42 dias após a aplicação do produto.
41
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura
Página
1 Câmara de eclosão utilizada nos estudos in vitro do efeito do extrato
pirolenhoso Biopirol
®
sobre a eclosão e atividade de juvenis de
Meloidogyne incognita, M. javanica e Tylenchulus semipenetrans. A)
Materiais utilizados na confecção da câmara. B) Câmara em uso.
12
2 Recipientes de 500 mL, em caixa de areia, contendo uma mistura de
terra e areia 2:1, autoclavada, onde se efetuaram o transplante de
mudas de tomateiro cv. Kada Gigante e a inoculação da suspensão de
juvenis de Meloidogyne incognita e de M. javanica, tratadas com
diferentes concentrações do extrato pirolenhoso Biopirol
®
, em períodos
diferentes, para a avaliação do efeito do produto sobre a atividade
desses juvenis.
15
3 Aspecto do pomar de laranjeira ´Natal´ do Município de Monte Alto-SP,
onde o experime
nto para o estudo da eficácia do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
, no manejo de Tylenchulus semipenetrans, foi conduzido.
18
4 Modo de aplicação do extrato pirolenhoso Biopirol
®
no manejo de
populações de Tylenchulus semipenetrans a campo. A) Tanque
utilizado para captação de água. B) Calda preparada pronta para ser
aplicada com auxílio de um regador. C) Modo de aplicação do produto
com auxílio de um regador.
20
5 Experimento em estufa, do Departamento de Produção Vegetal da
UNESP/FCAV, para a avaliação da eficácia do manejo de nematóides
vii
em alface cv. Lucy Brown com o extrato pirolenhoso Biopirol
®
. A) Solo
preparado e demarcação das parcelas com aplicação posterior do
produto. B) Vista geral do experimento próximo à colheita.
22
viii
ESTUDO DO EXTRATO PIROLENHOSO BIOPIROL
®
NO MANEJO DE
NEMATÓIDES EM CANA-DE-AÇÚCAR, OLERÍCOLAS E CITROS EM DIFERENTES
AMBIENTES
RESUMO No Japão, uma solução aquosa, referida como extrato pirolenhoso,
resultante da carbonização de madeira ou bambu, obtida através da condensação da
fumaça, vem sendo estudada com fins agrícolas, inclusive como alternativa para os
defensivos químicos convencionais. O presente estudo teve como objetivo avaliar a
ação do extrato pirolenhoso Biopirol
®
sobre a eclosão e a atividade de juvenis de
segundo estádio de Meloidogyne incognita, Meloidogyne. javanica e Tylenchulus
semipenetrans, sobre o manejo de populações de nematóides, a campo, em cana-de-
açúcar e citros, e em alface sob ambiente protegido. No Laboratório de Nematologia do
Departamento de Fitossanidade da Universidade Estadual Paulista, Câmpus de
Jaboticabal, foram preparadas câmaras de eclosão para a avaliação do extrato
pirolenhoso Biopirol
®
, em diferentes concentrações, variando de 0,5% até 2,0%, sobre a
eclosão e atividade dos nematóides in vitro. Nos experimentos a campo, as
concentrações do produto variaram de 0,5% até 8,0%. Os dados foram submetidos à
análise de variância, e as médias foram comparadas pelo Teste de Tukey, a 5% de
probabilidade. Os resultados evidenciaram que o extrato pirolenhoso Biopirol
®
reduz a
eclosão de juvenis de M. incognita, de M. javanica e de T. semipenetras in vitro e a
formação de galhas formadas por M. incognita e por M. javanica em raízes de
tomateiro. Nas concentrações de até 4%, não foi eficaz para a redução da população
de Pratylenchus zeae e Meloidogyne sp. em cana-de-açúcar e de T. semipenetrans em
laranjeira “Natal’ enxertada sobre limoeiro cravo. Nas concentrações de até 8,0%,
também, não foi eficaz para a redução da população de Rotylenchulus reniformis e M.
incognita em alface ‘Lucy Brown’, em ambiente protegido.
Palavras-chave: Meloidogyne spp. Pratylenchus zeae. Rotylenchulus reniformis, In
vitro. Atividade nematicida.
ix
STUDY OF PYROLIGNEOUS ACID BIOPIROL
®
OF THE MANAGEMENT OF
NEMATODES IN SUGAR CANE, OLERÍCOLAS AND CITROS IN DIFFERENT
ENVIRONMENTS
SUMMARY In Japan, an aqueous solution resulting from the carbonization of wood or
bamboo, obtained by the condensation of smoke, referred to as pyroligneous acid has
been studied with agricultural purposes, including as an alternative to the conventional
chemical control of pests and diseases. This study aimed to evaluate the effect of the
pyroligneous acid Biopirol
®
on the hatching and activity of second stage juvenile of
Meloidogyne incognita, M. Javanica and Tylenchulus semipenetrans; as well as on the
management of populations of nematodes, at field conditions in sugar cane and citrus
and lettuce under protected environment. In Nematology Laboratory of the Department
of Plant Protection of the Universidade Estadual Paulista, Câmpus of Jaboticabal,
hatching chambers were prepared for the evaluation of different concentrations ranging
from 0.5 % until 2.0 % of the pyroligneous acid Biopirol
®
on the hatching and activity of
the nematodes in vitro. In the field experiments, the concentrations of the product
ranged from 0.5% to 8.0%. The data were submitted to the analysis of variance and the
means were compared by Tukey test of a 5% probability. Results showed that the
pyroligneous acid Biopirol
®
reduces the hatching of the second stage juveniles of
Meloidogyne incognita, M. Javanica and Tylenchulus semipenetrans in vitro. Also,
reduces the formation of galls by M. incognita and M. Javanica in roots of tomato. At the
concentrations of up to 4% was not effective in reducing the population of Pratylenchus
zeae and Meloidogyne sp. in sugar cane and of Tyelenchulus semipenetras in orange
cv. Natal grafted on Rangpur lime. In concentrations of up to 8,0% has not been
effective in reducing the population of Rotylenchulus reniformis and M. incognita in
lettuce cv. Lucy Brown in protected environment.
Key-words: Meloidogyne spp. Pratylenchus zeae. Rotylenchulus reniformis, In vitro.
Nematicide activity.
I. INTRODUÇÃO
Aos fitonematóides são atribuídas perdas anuais médias de cerca de 12 % na
maioria de nossas culturas (SASSER & FRECKMAN, 1987). O controle dessas pragas
é difícil e muitas vezes oneroso. Contudo, a almejada sustentabilidade do sistema
produtivo requer o contínuo monitoramento dessas pragas nas áreas de cultivo da
propriedade e adoção de práticas de manejo, tanto para redução de perdas atuais
quanto para prevenção ao surgimento de novos focos. O manejo de nematóides
empregando-se nematicidas-inseticidas usualmente é caro e, além disso, para a grande
maioria de nossas culturas, não existe registro desses produtos, não sendo, portanto,
permitido o seu uso. Nas áreas urbanas, o emprego desses produtos para o controle de
nematóides em parques e jardins, também, não é permitido.
Além das implicações de ordem econômica ligadas ao uso de nematicidas
químicos convencionais, as de ordem ecotoxicológica são freqüentemente lembradas,
visto que tais produtos geralmente são de alta toxicidade e, por conseguinte, são tidos
como potencialmente danosos ao meio ambiente.
Produtos oriundos da decomposição da matéria orgânica, subprodutos da
indústria de óleos (tortas e farelos), produtos de plantas tais como nim (Azadirachta
indica Juss.), alguns tipos de algas marinhas ricas em quitina e outros vem sendo
estudados em diferentes partes do mundo. Em alguns desses casos os resultados são
palpáveis e alguns produtos são, inclusive, comercializados para o manejo de
nematóides.
Em anos recentes, no Japão, uma solução aquosa resultante da carbonização de
madeira ou bambu, obtida através da condensação da fumaça, referida como ácido
pirolenhoso, vem sendo estudada com fins agrícolas, inclusive como alternativa para os
defensivos químicos convencionais empregados no controle de pragas e doenças.
2
Culturas tais como a cana-de-açúcar, citros e olerícolas sofrem perdas anuais
causadas por nematóides estimadas em cerca de 15,3 %, 14,2 % e 10 a 12 %,
respectivamente (SASSER & FRECKMAN, 1987). Dado às extensas áreas de plantio
de cana-de-açúcar e citros, o emprego de um produto de menor impacto ambiental que
os nematicidas químicos convencionais, certamente redundaria em benefícios
expressivos para o meio ambiente. Além disso, as possibilidades de se dispor de um
produto de menor custo que os nematicidas convencionais representa uma vantagem a
mais. Se confirmada a eficácia do ácido pirolenhoso (Biopirol
®
) no manejo dos
nematóides de galhas, dispor-se-á, doravante, de um produto muito menos tóxico que
os nematicidas convencionais com amplas possibilidades de uso em hortas e também
em áreas urbanas, tanto em parques e jardins, onde os nematóides usualmente
causam sérios problemas. Com efeito, em volta dos centros urbanos, por todo o País,
inúmeras famílias vivem da produção de hortaliças folhosas que são comercializadas
em mercados e pequenos comércios dos bairros. Para essas culturas, os nematóides
também são um dos principais problemas. Um produto de baixa toxicidade com ação
nematicida representaria um avanço considerável. Por conseguinte, essa pesquisa foi
desenvolvida com os seguintes objetivos: a) avaliar a influência do extrato pirolenhoso
(Biopirol
®
) sobre a eclosão e a atividade de juvenis de segundo estádio de M. incognita,
M. javanica e T. semipenetrans; b) avaliar a eficácia do extrato pirolenhoso sobre a
população de nematóides, a campo, em cana-de-açúcar; c) avaliar a eficácia do extrato
pirolenhoso sobre a população de T. semipenetrans, a campo, em citros; d) avaliar a
eficácia do extrato pirolenhoso sobre o manejo de nematóides em alface, em ambiente
protegido.
II. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Extrato Pirolenhoso
muito tempo utilizado no Japão e recentemente introduzido no Brasil, o fino
de carvão e o extrato pirolenhoso, subprodutos obtidos da produção de carvão vegetal,
são produtos promissores para a utilização na agricultura. No Brasil, a produção de
carvão vegetal através da queima de madeira é uma prática bastante antiga. Porém, a
grande maioria destina-se à obtenção apenas do carvão comercial sem preocupações
quanto ao aproveitamento dos demais componentes (MIYASAKA et al., 2001a).
O extrato pirolenhoso (EP), também conhecido como ácido pirolenhoso ou
vinagre de madeira, é obtido pela condensação da fumaça formada pela queima da
madeira na produção de carvão vegetal, conforme menção de MAEKAWA (2002).
Trata-se de um líquido de cor amarela a marrom-avermelhada, composto, em sua maior
parte, por água e mais de 200 compostos orgânicos, dentre os quais ácido acético,
álcoois, cetonas, fenóis e alguns derivados de lignina. O extrato pirolenhoso pode ser
obtido de diferentes espécies vegetais, como bambu, eucalipto (Eucalyptus spp.) e
pínus (Pinus spp.).
O extrato pirolenhoso, quando deixado em repouso por tempo superior a 100
dias para decantação, divide-se em três fases, sendo que a fase superior contém óleos
leves; a fase central – o pirolenhoso puro (Biopirol
®
), e a fase inferior, o alcatrão
(MIYASAKA et al., 2001b).
De acordo com os dados levantados por ZANETTI (2004), o extrato pirolenhoso
destilado e comercializado no Brasil pela empresa Biocarbo Ind. Com. Ltda., com sede
em Itabirito-MG, contém 85% de água, além de fenol (0,2%), guaiacol (0,1%), cresol
(0,1%), o-cresol (1,1%), siringol (1,0%), 4-metilsiringol (1,1%), 4-etilsiringol (0,6%), 4-
4
alilsiringol (0,2%), ácido acético (5,1%), ácido propiônico (0,7%), ácido butírico (0,2%),
ácido crotônico (0,1%), acetona (0,2%), acetado de metila (0,6%), 2-ciclopentadiona
(0,1%), 3-propionato de etila (0,2%), furfural (0,1%), metanol (0,1%),
acetoinpropilenoglicol (0,1%), álcool furfurílico (0,1%), cicloteno (0,4%), maltol (0,1%) e
5-hidroximetil-2-furfural (1,2%).
2.2 Uso do Extrato Pirolenhoso e Outros Extratos no Controle de Pragas e
Doenças
Pesquisas desenvolvidas no Japão e observações realizadas na prática revelam
que o extrato pirolenhoso repele determinados tipos de pragas e previne algumas
doenças, permitindo, inclusive, a diminuição na dosagem de defensivos (MIYASAKA et
al., 2001b).
GONÇALVES (2001), estudando a ão do ácido pirolenhoso no controle de
Meloidogyne incognita (Kofoid & White) Chitwood em tomateiro (Solanum lycopersicum
L.), cultivar Jéssica, verificou que, quando se utilizou o ácido pirolenhoso em diluição de
1:50, obteve-se o controle desse nematóide quando comparado com a testemunha.
KHURMA & SINGII (1997) encontraram efeito tanto na eclosão de J2 de M.
incognita e de M. javanica (Treub) Chitwood quanto na mortalidade dos juvenis desses
nematóides quando testaram o extrato de sementes de Sesbania sesban (L.) Merr.
CUADRA et al. (2000) também observaram que o ácido pirolenhoso tinha ação
nematicida sobre juvenis de M. incognita.
Avaliando diferentes extratos e produtos naturais sobre a eclosão e a
mortalidade de juvenis de segundo estádio de Meloidogyne exigua (Goeldi), em
câmaras de eclosão, SALGADO & CAMPOS (2003) observaram que o soro do leite e
os extratos de canela, fermento biológico e cloreto de sódio causaram 100 % de
mortalidade após 24 h do contato dos juvenis de segundo estádio com os extratos.
Mortalidade acima de 50% também ocorreu nos extratos de cravo-da-índia e na solução
do probiótico Controlmix®. Com relação à eclosão, entre todos os extratos e produtos
5
testados, a maior inibição ocorreu no soro do leite, no probiótico Controlmix®, em
extratos de casca-de-canela e de botão floral de cravo-da-índia.
DIAS et al. (2000) avaliaram o extrato de hortelã em juvenis de M. incognita e
observaram baixa atividade nematicida, embora tenham registrado, também, efeito
nematostático. STEFFEN (2007), testando dez diferentes óleos essenciais de plantas
medicinais in vitro sobre Meloidogyne graminicola Golden & Birchfield, patógeno de
arroz, observou que todos os óleos reduziram a eclosão de juvenis de segundo estádio
do nematóide de 16 – 48%, em relação à testemunha.
FURTADO et al. (2002) constataram, in vitro, que o extrato pirolenhoso, na dose
de 1 mL L
-1
, inibiu totalmente o crescimento micelial de Botrytis cinérea Persoon ex
Fries, Cylindrocladium clavatum Hodges & May e Rhizoctonia solani Kühn, isolados de
mudas de eucalipto (Eucalyptus sp.) e também inibiu a germinação dos conídios de B.
cinerea na proporção de 2,2; 3,1 e 4,3% nas doses de 1; 4 e 6 mL L
-1
, respectivamente.
MAEKAWA (2002) mencionou que o extrato pirolenhoso, quando aplicado na
diluição de 1-10 vezes, controla as ervas daninhas e melhora o crescimento da cultura.
Na diluição de 20 a 30 vezes, esteriliza o solo, e nas diluições de 50 a 200 vezes, é
indicado para problemas sanitários de raízes. Quando utilizado nas diluições de 300 a
400 vezes, mostra-se eficiente no controle de pragas e patógenos, devendo,
preferencialmente, ser misturado a outros extratos de plantas.
Estudando a atividade do licor pirolenhoso em culturas de bactérias dos gêneros
Pseudomonas e Serratia, MELO et al. (2007) concluíram que a atividade bactericida
dos diferentes extratos do licor pirolenhoso foi detectada nas diferentes culturas
microbianas e que o extrato bruto apresentou um efeito biocida superior ao do extrato
polar. A separação dos extratos pode concentrar frações mais tóxicas do licor, o que
justificaria os resultados obtidos.
SOUZA & MIYAZAWA (2006) constataram que a adição de 20 mL de ácido
pirolenhoso e 2,0 g de uréia, acrescidos de 10,0 g de matéria seca de mucuna cinza e
esterco de galinha, em um vaso plástico de 1000 mL, contendo 500 g de solo seco,
evidenciou que o ácido pirolenhoso atua diretamente nas bactérias Nitrosomonas
6
(bactérias nitrificadoras) afetando, diretamente, o processo de nitrificação no solo,
retardando assim a oxidação de NH
4
+
.
SILVA et al. (2007) constataram a atividade bactericida dos diferentes extratos do
licor pirolenhoso nas diferentes culturas microbianas dos gêneros Klebsiella e
Escherichia. O extrato polar apresentou efeito biocida superior ao do extrato bruto,
sendo que a separação dos extratos pode concentrar frações mais tóxicas do licor.
Segundo SAIGUSA (2002), o efeito ativador ou inibidor do EP sobre os
organismos vivos depende de sua concentração. A fim de controlar os danos causados
por ataque de insetos, deve-se aplicar a solução de extrato pirolenhoso 2 ou 3 vezes ao
mês por meio de pulverizações, e, no caso de microrganismos, a solução tem efeito
instantâneo e pouco duradouro. O EP é eficiente para recuperar a vitatildade e, ao
mesmo tempo, fortalecer o sistema de defesa que existe na planta, reduzindo, assim, o
grau de danos causados por microrganismos. No entanto, para assegurar a eficácia do
produto, é preciso garantir sua qualidade, que depende da madeira utilizada para
queima, do método de obtenção do EP e, também, do modo de preparo das soluções.
2.3 Uso do Extrato Pirolenhoso como Fertilizante
Ainda no Japão, a aplicação de “Sannekka E”, uma mistura comercial de fino de
carvão e extrato pirolenhoso, aplicada nas doses 0, 200, 400 e 800 kg/ha, em
cobertura, na cana-de-açúcar (soqueira e plantio) evidenciou que, na dosagem 400
kg/ha, houve diferença significativa no comprimento e no número de colmos para os
dois plantios, além de aumento de 2-16% e 23-36% no teor de sacarose para cana-
planta e soca, respectivamente. Observou-se, também, aumento de 38 e 46% na
produção de massa seca para cana-soca (UDDIN et al., 1994). Em outro estudo, a
aplicação de 400 kg/ha de “Sannekka E” em outra variedade de cana-de-açúcar, no
plantio de verão, proporcionou incremento no tamanho, número e diâmetro de colmos,
além de aumentar o teor de sacarose e o crescimento radicular das plantas (UDDIN et
al., 1995).
7
Com o objetivo de avaliar o efeito da aplicação do Fino de Carvão (FC) ao solo e
da combinação de cinco doses de fino de carvão e duas doses de extrato pirolenhoso
(EP), ALVES (2006) constatou que a aplicação de FC e EP causou pequenas variações
nos atributos de fertilidade do solo, insuficientes para alterar a resposta de crescimento
de plantas de milho.
ICHIKAWA & OTA (1998), estudando a cultura do arroz na fase de muda, antes
do transplantio, confirmaram que a aplicação do extrato pirolenhoso no solo promoveu
maior desenvolvimento da parte aérea e radicular dessas mudas, melhorando, portanto,
seu desenvolvimento após o transplantio. SHIRAKAWA et al. (1993) também relataram
efeito positivo na atividade fisiológica de plantas de arroz com a aplicação de extrato
pirolenhoso no solo. De acordo com TSUZUKI et al. (1989), resultados em laboratório
com plantas de arroz em solução nutritiva confirmaram que o extrato pirolenhoso induz
a formação e o alongamento de novas raízes e que, segundo o autor, a ação do
produto, provavelmente, é hormonal.
Com o intuito de avaliar o efeito do extrato pirolenhoso como um fertilizante
orgânico, ESECHIE et al. (1998) estudaram o efeito do produto em plantas de sorgo
sob cinco diferentes tratamentos (água, extrato puro, diluições a 10%, 5% e 2,5%). A
aplicação de extrato pirolenhoso puro provocou a morte de 60% das plantas. O
tratamento com extrato pirolenhoso diluído a 5% proporcionou maior produção de
matéria seca, área foliar e altura das plantas.
Trabalho realizado em 1987 e 1988 com a cultura do arroz, no Japão, com a
aplicação em cobertura da mistura de extrato pirolenhoso e de fino de carvão, a campo,
mostrou, no primeiro ano, aumento de 17% na produção de grãos. Porém, não se
obteve diferença significativa no segundo ano, em relação às parcelas da testemunha.
Para ambos os períodos, a aplicação da mistura de extrato pirolenhoso e de fino de
carvão promoveu aumento da matéria seca e da respiração do sistema radicular
(TSUZUKI et al., 1989). Os mesmos autores relataram ainda que, quando adicionado a
caixas de produção de mudas de arroz, os produtos promoveram incremento na altura,
alongamento das raízes e aumento do volume de raízes secundárias.
8
2.4 Nematóides em Cana-de-Açúcar
Várias espécies de nematóides causam danos à cultura da cana-de-açúcar
(Saccharum spp.) nas diferentes regiões produtoras do mundo, e os prejuízos à
produtividade são crescentes em função da monocultura e intenso uso do solo. Com
efeito, 275 espécies de 48 gêneros foram registradas associadas à cana em termos
mundiais, sendo os ectoparasitos os mais freqüentes (NOVARETTI et al., 1974;
MOURA & ALMEIDA, 1981; MAQBOOL & HASHMIN, 1987). As perdas causadas por
nematóides à cultura, em termos mundiais, foram estimadas em 15,3% (SASSER &
FRECKMAN, 1987). Entretanto, as espécies-chave podem variar de região para região.
No Brasil, Pratylenchus zeae Grahan, M. javanica e M. incognita são as espécies-chave
para a cultura, sendo que M. javanica e P. zeae causam prejuízos da ordem de 20 a 30
% na redução da produção, porém o mais agressivo ainda é M. incognita, que chega a
reduzir de 40 a 50%, já no primeiro corte (DINARDO-MIRANDA, 2005).
Sendo a cana cultivada como monocultura contínua, a renovação das lavouras,
quase sempre, ocorre sem pousio entre a remoção das soqueiras velhas e o replantio.
Essas condições favorecem o desenvolvimento das populações dos fitonematóides
(SPAULL & CADET, 1990). Quando se adota a rotação, a cultura utilizada o deveria
ser suscetível aos nematóides-chave da cana. Caso contrário, as populações
continuariam crescendo e comprometeriam o desenvolvimento da cultura da cana que
viria a seguir.
Nos últimos anos, a freqüência de ocorrência de P. brachyurus (Godfrey) Filipjev
& Schuurmans Steckhoven, associada à cultura da cana-de-açúcar, tem preocupado
muitos nematologistas. Embora estudos da agressividade de P. zeae e de P.
brachyurus à cana tenham sido conduzidos (DINARDO-MIRANDA, 1990), os
resultados ainda não foram conclusivos quanto à agressividade de P. brachyurus à
cultura (DINARDO-MIRANDA, 2005). Pratylenchus brachyurus tem sido freqüentemente
encontrado em amostras de solo e raízes de cana de diferentes regiões do Brasil que
têm sido enviadas ao Laboratório de Nematologia da FCAV/UNESP para análise.
9
2.4 Nematóides em Citros
A cultura dos citros é onde se encontra um maior número de pragas. Entretanto,
poucas são as consideradas pragas-chave da cultura (GRAVENA 1984). Os
nematóides T. semipenetrans Cobb, conhecidos como “nematóides dos citros”,
causadores da doença chamada “declínio lento dos citros” e P. jaehni Inserra et al.,
referidos como “nematóides das lesões radiculares dos citros”, são pragas-chave da
cultura no Brasil (SANTOS et al., 2006). As perdas causadas pelo ataque de
nematóides na citricultura mundial são estimadas em 14,2% (SASSER & FRECMAN,
1987). Estimativas de CORBANI (2002), para perdas causadas por T. semipenetrans no
Brasil, na safra de 1999/2000, ultrapassaram R$ 315 milhões de reais. TERSI et al.
(1995) estimaram que, em talhões infestados por P. jaehni, em um pomar do Município
de Itápolis-SP, a produção foi cerca de três vezes menor do que em talhões do mesmo
pomar não infestados pela praga. O manejo dos nematóides com nematicidas
tradicionais, além de encarecer a produção tem inconvenientes advindos dos riscos
ecológicos e toxicológicos. No Brasil, apenas o aldicarbe tem registro para sua
utilização em citros (SANTOS et al., 2006).
2.6 Nematóides em Alface
Os nematóides de galhas têm-se tornado um dos principais problemas
enfrentados no cultivo da alface, sendo responsáveis por perdas importantes, uma vez
que reduzem a quantidade e a qualidade do produto colhido (SANTOS, 1995).
Segundo FIORINI et al. (2005), a alface é, entre as hortaliças folhosas, a mais
importante economicamente para o Brasil, sendo consumida in natura na forma de
salada. Devido à sua alta perecibilidade, normalmente é plantada próximo aos centros
consumidores, sendo necessário produzi-la nas mais variadas regiões brasileiras, ao
longo do ano. Em condições de elevadas temperaturas, tem sido afetada por problemas
de pendoamento precoce e ocorrência de Meloidogyne spp.
10
A maioria das cultivares utilizadas apresenta alta suscetibilidade a esse
patógeno, quel tem alta taxa reprodutiva, acumulando no solo grandes populações de
ovos após cultivos consecutivos de espécies consideradas boas hospedeiras (CAMPOS
et al., 2001).
De acordo com CHARCHAR & MOITA (1996), cultivares de alface, quando
atacadas pelos nematóides das galhas, apresentam comumente debilidade intensa da
planta, ocasionada pela densa formação de galhas no sistema radicular. As galhas
obstruem a absorção de água e nutrientes do solo, resultando em plantas amareladas,
com cabeça de tamanho reduzido, pequeno volume foliar e sem valor para consumo in
natura.
De acordo com diversos autores, cultivares de alface do tipo lisa, quando
comparadas com as cultivares do tipo crespa, são mais afetadas por nematóides de
galhas, tendo-se destacado a cultivar Grand Rapids, de folhas crespas e soltas, como
tolerante (CHARCHAR & MOITA, 1996; GOMES et al., 1997; MENDES, 1998; GOMES,
1999). Em muitos casos, porém, a preferência por uma determinada cultivar, tal é o
caso de certas redes de “Fast Food”, exigiria um tratamento do solo infestado para o
controle da população do nematóide com um produto que não exibisse riscos à saúde
humana nem à biota do solo.
III. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Locais de Condução dos Experimentos
Os experimentos realizados in vitro foram conduzidos no Laboratório de
Nematologia do Departamento de Fitossanidade da Universidade Estadual Paulista,
Câmpus de Jaboticabal. os experimentos a campo foram realizados na Fazenda
Pedrinhas, Município de São Carlos, pertencente à Central Energética Moreno e na
Fazenda São Sebastião, no Município de Monte Alto-SP.
3.2. Efeito do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
sobre a Eclosão de Juvenis de
Meloidogyne incognita, M. javanica e Tylenchulus semipenetrans in
vitro
Foram utilizadas câmaras de eclosão preparadas em placas de Petri de 9 cm de
diâmetro, conforme a cnica de CLIFF & HIRSCHMANN (1985), como ilustrado na
Figura 1. Para tanto, um disco de tela de náilon tipo sombrite, de 8,5 cm de diâmetro, foi
colocado na placa e, sobre este, outro disco de papel facial, de 10 cm de diâmetro. A
seguir, 5 mL de suspensão aquosa de ovos e juvenis de segundo estádio de M.
incognita, M. javanica e de T. semipenetrans, contendo cerca de 200 ovos e juvenis de
segundo estádios por mL, foram aplicados sobre o papel, separadamente. As
suspensões de ovos de M. incognita, M. javanica e de T. semipenetrans foram
preparadas pela técnica de COOLEN & D’HERDE (1972). Após a adição das
suspensões, 5 mL de solução do extrato pirolenhoso, em concentração dupla, de modo
a propiciar as concentrações finais de 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%, foram adicionados a cada
câmara. Adotaram-se quatro repetições por tratamento, sendo cada uma delas
constituída por uma câmara.
12
A
B
Figura 1. Câmara de eclosão utilizada nos estudos in vitro
do feito do extrato pirolenhoso Biopirol
®
sobre a eclosão e
atividade de juvenis de Meloidogyne incognita, M. javanica
e Tylenchulus semipenetrans. A) Materiais utilizados na
confecção da câmara. B) Câmara em uso.
13
Para o tratamento-testemunha foram adicionados 10 mL de água de poço
artesiano/placa, sem tratamento. As câmaras foram mantidas em B.O.D. à temperatura
constante de 25
o
C, no escuro, e, após três horas, as suspensões de juvenis foram
retiradas de cada placa e descartadas, sendo repostos iguais volumes de solução do
extrato, nas respectivas concentrações, e de água nas câmaras, correspondentes ao
tratamento-testemunha. Esse procedimento foi necessário para a remoção dos juvenis
que haviam eclodido na suspensão, antes da adição às câmaras. As câmaras foram
mantidas nas condições mencionadas, por cinco dias, com coletas diárias, adições de
iguais volumes de água e de solução do extrato pirolenhoso, correspondentes aos
respectivos tratamentos. As contagens foram efetuadas com auxílio da câmara de
contagem de Peters. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste “F”,
e as médias foram comparadas pelo Teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
3.3. Efeito do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
na Atividade de Juvenis de
Segundo Estádio de Meloidogyne incognita, M. javanica e de
Tylenchulus semipenetrans in vitro
Foram utilizadas câmaras preparadas em placas de Petri de 9 cm de diâmetro,
conforme descrito no item anterior. Em seguida, 5 mL de suspensão aquosa de juvenis,
contendo cerca de 100 juvenis de segundo estádio/mL de M. incognita e M. javanica e
200 juvenis de segundo estádio/mL de T. semipenetrans, foram aplicados em câmaras
separadas sobre o papel. As suspensões de juvenis de M. incognita, M. javanica e de T.
semipenetrans foram preparadas pela técnica de CLIFF & HIRSCHMANN (1985).
Então, 5 mL de solução do extrato pirolenhoso, em concentração dupla, de modo a
propiciar as concentrações finais de 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0%, foram adicionados a cada
câmara. Foram adotadas quatro repetições por tratamento, sendo cada uma delas
constituída por uma câmara. Para o tratamento-testemunha, foram adicionados 10 mL
de água de poço artesiano sem tratamento. As câmaras foram mantidas em B.O.D. à
temperatura constante de 25
o
C, no escuro, por dois dias para M. incognita e M. javanica
14
e quatro dias para T. semipenetrans, com coletas diárias, adições de iguais volumes de
água, no tratamento-testemunha, e de solução do extrato pirolenhoso, nas respectivas
concentrações, e contagens do número de juvenis ativos e inativos. Os juvenis ativos e
inativos das repetições individuais, em cada tratamento, e os obtidos no tratamento-
testemunha foram lavados com água de poço artesiano sem tratamento, em peneira de
500 mesh (0,025 mm) e inoculados, a saber: os juvenis de M. incognita e os de M.
javanica foram inoculados em mudas individuais de tomateiro cv. Kada Gigante,
produzidas em substrato constituído pela mistura de terra e areia (2:1) previamente
autoclavada, contida em copos plásticos descartáveis de 500 mL de capacidade (Figura
2).
Cerca de 30 e 60 dias após a inoculação, as mudas de tomateiro foram retiradas
dos copos plásticos, as raízes foram lavadas e foram contados os números de galhas
por sistema radicular para a avaliação relativa à M. incognita e M. javanica. Os dados
foram submetidos à análise de variância, e as dias foram comparadas pelo Teste de
Tukey, a 5% de probabilidade.
3.4. Eficácia do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
no Manejo de Populações de
Nematóides em Cana-de-Açúcar a Campo
O experimento, visando à avaliação da eficácia de Biopirol
®
no controle de
Meloidogyne sp. e Pratylenchus sp. em cana-de-açúcar, foi instalado no período de
fevereiro a maio de 2005, durante o plantio de cana da variedade SP 81 3250 , na
Fazenda Pedrinhas, Município de o Carlos, de propriedade da Central Energética
Moreno, cujas análises prévias de amostras de solo revelaram, respectivamente, em
média, a presença de 340 e 720 juvenis de Meloidogyne sp. e Pratylenchus sp. por 100
cm
3
das amostras de solo. Os nematóides foram extraídos das amostras de solo pelo
método da flotação centrífuga em solução de sacarose (JENKINS, 1964). Os dados da
análise química, realizada no Laboratório de Análise de Solo e Planta do Departamento
de Solos e Adubos da UNESP/FCAV, Câmpus de Jaboticabal, estão apresentados na
Tabela 1.
15
Figura 2. Recipientes de 500 mL, em caixa de areia, contendo uma mistura de
terra e areia 2:1, autoclavada, onde se efetuaram o transplante de mudas de
tomateiro cv. Kada Gigante e efetuou-se a inoculação da suspensão de juvenis de
Meloidogyne incognita e de M. javanica, tratadas com diferentes concentrações
do extrato pirolenhoso Biopirol
®
, em períodos diferentes, para a avaliação do
efeito do produto sobre a atividades desses juvenis.
16
Tabela 1. Dados da análise química do solo da área experimental na Fazenda
Pedrinha, Município de São Carlos - SP.
K Ca Mg H+Al pH em
CaCl
2
M.O.
g/dm
3
P
resina
mg/dm
3
mmol
c
/dm
3
4,4 21 11 0,9 12 3 38
Micronutrientes mg/dm
3
B Cu Fe Mn Zn S-SO
4
Al
mmol
c
/dm
3
0,21 0,3 46 2,1 0,1 0,0 0,0
Os seguintes tratamentos foram adotados:
Tratamento 1: água de poço artesiano (testemunha).
Tratamento 2: Biopirol
®
diluído em água na concentração de 0,5%.
Tratamento 3: Biopirol
®
diluído em água na concentração de 1,0%.
Tratamento 4: Biopirol
®
diluído em água na concentração de 2,0%.
Tratamento 5: Biopirol
®
diluído em água na concentração de 4,0%.
Tratamento 6: Carbofuran (Furadan 350 SC) 6,0 litros / ha.
Cada parcela foi constituída por 10 linhas de cana (15 metros de largura) por 400
metros de comprimento, com três repetições. O delineamento experimental foi o de
blocos ao acaso, com três repetições.
Utilizou-se um tanque pulverizador com capacidade de 300 litros para a
aplicação do produto no solo, nas diferentes concentrações sobre os toletes, no ato do
plantio. Imediatamente antes da aplicação dos tratamentos, após a demarcação das
parcelas, foi coletada uma amostra composta de 40 amostras simples do solo da área
até a profundidade de 20 a 25 cm, tendo em vista a determinação da população inicial
dos nematóides, em alíquotas de 100 cm
3
das amostras.
17
Foram realizadas avaliações aos 30, 60 e 90 dias após a aplicação do produto.
Uma amostra, composta de 40 amostras simples de solo, foi coletada de cada parcela à
profundidade de até 20 a 25 cm. Essas amostras foram acondicionadas em sacos de
plástico, etiquetadas e transportadas para o Laboratório de Nematologia do
Departamento de Fitossanidade da FCAV, onde foram processadas.
Os nematóides foram extraídos das amostras de solo pelo método da flotação
centrífuga em solução de sacarose (JENKINS, 1964). A seguir, a população de
nematóides nas amostras foi estimada ao estereoscópio, com auxílio da câmara de
contagem de Peters (SOUTHEY, 1970). Para as análises estatísticas, os dados foram
transformados em DLOG (X + 1), utilizando-se do software ESTAT (Sistema para
Análises Estatísticas, Pólo Computacional, Departamento de Ciências Exatas,
UNESP/FCAV, Câmpus de Jaboticabal - SP), e as médias dos números de nematóides,
em 100 cm
3
das amostras de solo, foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade.
3.5. Eficácia do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
no Manejo de Tylenchulus
semipenetrans em Citros a Campo
O experimento, visando à avaliação da eficácia do extrato pirolenhoso no manejo
da população de T. semipenetrans, foi instalado no período de janeiro a abril de 2006,
em um pomar de laranja-Natal (Citrus sinenis L. Osbeck) sobre porta-enxerto 'Limoeiro-
Cravo' (Citrus limonia L. Osbeck), com 17 anos de idade e espaçamento 8 x 5, na
Fazenda São Sebastião, Município de Monte Alto - SP, cujas análises prévias de
amostras de solo (JENKINS, 1964) e raízes (COOLEN & D'HERDE, 1972) revelaram,
em média, a presença de 350 juvenis de T. semipenetrans por 100 cm
3
das amostras
de solo, 1.780 juvenis e 9.700 ovos por 10 g de raízes. A Figura 3 ilustra o aspecto do
pomar onde o experimento foi instalado. Os dados de análise química, realizada no
Laboratório de Análise de Solo e Planta do Departamento de Solos e Adubos da
UNESP/FCAV, Câmpus de Jaboticabal, estão apresentados na Tabela 2.
18
Figura 3. Aspecto do pomar de laranjeira ´Natal´ do Município de Monte
Alto-SP onde o experimento para o estudo da eficácia do extrato
pirolenhoso Biopirol
®
,
no manejo de Tylenchulus semipenetrans,
foi
conduzido.
19
Tabela 2. Dados da análise química do solo da área experimental na Fazenda
São Sebastião, Município de Monte Alto - SP.
K Ca Mg H+Al pH em
CaCl
2
M.O.
g/dm
3
P
resina
mg/dm
3
mmol
c
/dm
3
6,3 17 56 3,0 52 28 10
Micronutrientes mg/dm
3
B Cu Fe Mn Zn S-SO
4
Al
mmol
c
/dm
3
0,37 8,9 8,0 17,5 5,4 5 0,0
Os seguintes tratamentos foram adotados:
Tratamento 1: água de poço artesiano sem tratamento (testemunha).
Tratamento 2: Biopirol
®
diluído em água na concentração de 1,0%.
Tratamento 3: Biopirol
®
diluído em água na concentração de 2,0%.
Tratamento 4: Biopirol
®
diluído em água na concentração de 4,0%.
Tratamento 5: Biopirol
®
diluído em água na concentração de 8,0%.
Tratamento 6: Aldicarb (Temik 150G) na razão de 130 g p.c./planta.
Cada parcela foi constituída por cinco árvores consecutivas, sendo tomadas as
três plantas centrais da parcela como área útil para as avaliações. O delineamento
experimental foi o de blocos ao acaso, com três repetições.
Imediatamente antes da aplicação dos tratamentos, após a demarcação das
parcelas, foi coletada uma amostra composta de solo e raízes à profundidade de até 20
a 25 cm, das cinco plantas de cada parcela, tendo em vista a determinação da
população inicial dos nematóides em 100 cm
3
das amostras de solo e em 10 g de
raízes.
Os tratamentos foram aplicados distribuindo manualmente, com auxílio de um
regador, a quantidade do produto sob a projeção da copa das árvores, à razão de 1
L/m
2
, perfazendo um total de 7 L/planta (Figura 4).
20
A
B
C
Figura 4. Modo de aplicação do extrato
pirolenhoso Biopirol
®
no manejo de
populações de Tylenchulus semipenetrans a
campo. A) Tanque utilizado para captação de
água. B) Calda preparada pronta para ser
aplicada com auxílio de um regador. C)
Modo de aplicação do produto com auxílio de
um regador.
21
As avaliações foram efetuadas aos 30, 60 e 90 dias após a aplicação dos
tratamentos. Uma amostra, composta de 6 amostras simples de solo e raízes, foi
coletada na projeção da copa de ambos os lados das três plantas centrais da parcela.
Essas amostras foram acondicionadas em sacos de plástico, etiquetadas e
transportadas para o Laboratório de Nematologia do Departamento de Fitossanidade da
FCAV, onde foram processadas.
Os nematóides foram extraídos das amostras de solo, pelo método da flotação
centrífuga em solução de sacarose (JENKINS, 1964), e os das raízes, pelo método de
COOLEN & D'HERDE (1972). A seguir, a população de nematóides nas amostras foi
estimada ao estereoscópio, com auxílio da mara de contagem de Peters (SOUTHEY,
1970).
Para as análises estatísticas, os dados foram transformados em DLOG (X + 1),
utilizando-se do software ESTAT (Sistema para Análises Estatísticas, Pólo
Computacional, Departamento de Ciências Exatas, UNESP/FCAV, Câmpus de
Jaboticabal - SP), e as médias dos números de nematóides, em 100 cm
3
das amostras
de solo e em 10 g de raízes, foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de
probabilidade.
3.6. Eficácia do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
sobre o Manejo de
Populações de Rotylenchulus reniformis e Meloidogyne incognita em
Alface sob Cultivo Protegido
O experimento, visando à avaliação da eficácia do extrato pirolenhoso no
controle de R. reniformis Linford & Oliveira e M.incognita em alface americana,
cultivar Lucy Brown, foi instalado em 26 de outubro de 2006, em uma estufa do
Departamento de Produção Vegetal, na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Produção da
UNESP/FCAV – Câmpus de Jaboticabal (Figura 5).
22
A
B
A
B
Figura 5. Experimento em estufa, do Departamento
de Produção Vegetal da UNESP/FCAV, para a
avaliação da eficácia do manejo de nematóides em
alface cv. Lucy Brown com o extrato pirolenhoso
Biopirol
®
. A) Solo preparado e demarcação das
parcelas com aplicação posterior do produto. B) Vista
geral do experimento próximo à colheita.
23
Imediatamente antes da aplicação dos tratamentos, após a demarcação das 30
parcelas de 1 x 4 m (4 m
2
) foi coletada uma amostra composta de solo de cada uma
delas, à profundidade de até 20 a 25 cm, tendo em vista a determinação da população
inicial dos nematóides em 100 cm
3
das amostras de solo (JENKINS, 1964), cujas
análises prévias revelaram, em média, a presença de 166,4 juvenis e machos de
R.
reniformis
e 20,3 juvenis de segundo estádio de
M. incognita.
Os dados de análise química do solo da estufa, realizada no Laboratório de
Análise de Solo e Planta do Departamento de Solos e Adubos da UNESP/FCAV,
Câmpus de Jaboticabal, estão apresentados na Tabela 3.
Tabela 3. Dados da análise química do solo da área da estufa do Departamento
de Horticultura da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Produção da
UNESP / FCAV – Câmpus de Jaboticabal - SP.
K
Ca
Mg
H+Al
pH em
CaCl
2
M.O.
g/dm
3
P
resina
mg/dm
3
mmol
c
/dm
3
6,3
27
390
6,6
96
40
18
Micronutrientes mg/dm
3
B
Cu
Fe
Mn
Zn
S-SO
4
Al
mmol
c
/dm
3
0,51
5,2
19,0
36,4
10,5
6
0,0
As concentrações do extrato pirolenhoso testadas foram de 0,0% (tratamento-
testemunha), 1,0%; 2,0%; 4,0% e 8,0%, com seis repetições. Cada parcela foi
constituída por 03 linhas de alface irrigadas por gotejamento, totalizando 39
plantas/parcela. A aplicação do produto nas respectivas concentrações foi realizada
com auxílio de um regador manual, sendo aplicados 7 litros do produto por m
2
,
24
totalizando 28 litros/parcela, uma semana antes do plantio. As avaliações da população
dos nematóides, massa de matéria fresca da parte aérea e massa de matéria fresca de
raízes foram realizadas 42 dias após o plantio e, para tanto, coletaram-se 8
plantas/parcela da linha central. Os dados foram submetidos à análise de variância, e
as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Efeito do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
sobre a Eclosão de Juvenis de
Meloidogyne incognita, M. javanica e Tylenchulus semipenetrans in vitro
A Tabela 4 contém os dados relativos às comparações entre as médias dos
números de juvenis de segundo estádio de
M. incognita
eclodidos nas diferentes
concentrações do extrato pirolenhoso Biopirol
®
,
no período de cinco dias de avaliação.
Os dados indicam que, no primeiro, segundo e terceiro dias de avaliação, não houve
diferenças significativas entre os tratamentos. No quarto e no quinto dias de avaliação,
o número de juvenis eclodidos nas concentrações de 1,5 e 2,0% do produto foi
significativamente menor que na testemunha (água). No quarto dia, o número de juvenis
eclodidos não diferiu entre as concentrações do produto. Entretanto, no quinto dia, o
número de juvenis eclodidos na concentração de 2% foi menor que na concentração de
0,5 e 1%, mas não diferiu de 1,5% (Tabela 4).
Os dados relativos à comparação entre as médias dos números de juvenis de
M.
javanica
eclodidos nas mesmas concentrações do produto, comparados à eclosão em
água, estão inclusos na Tabela 5. No segundo dia de avaliação, não houve diferença
entre os números de juvenis eclodidos nas diferentes concentrações quando
comparadas com a testemunha. No primeiro, terceiro e quarto dias de avaliação, o
número de juvenis eclodidos nas concentrações de 1,5 e 2,0% do produto foi
significativamente menor que a testemunha (água). No primeiro dia, o número de
juvenis eclodidos na concentração de 2,0% foi menor que nas concentrações de 0,5 e
1,0%, não diferindo da concentração de 1,5%. No terceiro dia, o número de juvenis
eclodidos não diferiu entre as concentrações. No quarto dia, os números de juvenis
eclodidos nas concentrações de 1,0; 1,5 e 2,0% não diferiram entre si, diferindo do
número de juvenis eclodidos em 0,5%. No quinto dia, os números de juvenis eclodidos
26
em todas as concentrações diferiram da testemunha. Entretanto, as concentrações de
1,0; 1.5 e 2,.0% não diferiram entre si, mas o número de juvenis eclodidos na
concentração de 2,0% foi significativamente menor que na de 0,5% (Tabela 5).
Tabela 4. Comparação das médias de eclosão de juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne incognita
in vitro, relativa ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses.
Tratamentos
1
A1 A2 A3 A4 A5
0,0 1,61 a 1,87 a 2,88 a 2,95 a 3,68 a
0,5 1,90 a 2,30 a 2,02 a 2,10 ab 3,03 ab
1,0 1,61 a 2,04 a 2,23 a 2,23 ab 2,86 ab
1,5 2,35 a 1,61 a 2,04 a 1,61 b 2,04 bc
2,0 1,61 a 1,61 a 1,84 a 1,74 b 1,78 c
Teste F 3,10
NS
2,21
NS
2,48
NS
4,11* 10,22**
DMS (Tukey 5 %)
CV (%)
0,7996
20,16
0,8672
21,05
1,1141
23,17
1,1327
24,40
1,0549
18,04
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação; A2 = segundo
dia de avaliação; A3 = terceiro dia de avaliação; A4 = quarto dia de avaliação; A5 = quinto dia de
avaliação. As médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem
estatisticamente entre
si, pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. Dados transformados em DLOG (x + 5,0).
Tabela 5. Comparação das médias de eclosão de juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne javanica
in vitro
,
relativa ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses.
Tratamentos
1
A1 A2 A3 A4 A5
0,0 2,68 a 2,39 a 2,80 a 2,74 a 3,43 a
0,5 2,58 ab 1,96 a 2,45 ab 2,49 a 2,46 b
1,0 2,42 ab 2,07 a 2,33 ab 2,13 ab 1,80 bc
1,5 1,97 bc 1,80 a 1,61 b 1,61 b 2,21 bc
2,0 1,61 c 1,98 a 1,78 b 1,61 b 1,61 c
Teste F 8,82** 0,66
NS
4,63** 12,71** 17,10**
DMS (Tukey 1 %)
CV (%)
0,6601
13,42
1,1805
26,480
1,0004
20,87
0,6258
13,54
0,7544
15,01
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação; A2 = segundo
dia de avaliação; A3 = terceiro dia de avaliação; A4 = quarto dia de avaliação; A5 = quinto dia de
avaliação. As médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem
estatisticamente entre si,
pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. Dados transformados em DLOG (x + 5,0).
27
A Tabela 6 contém os dados relativos às comparações entre as médias dos números de
juvenis de segundo estádio de T. semipenetrans eclodidos nas diferentes concentrações do extrato
pirolenhoso Biopirol
®
. O produto reduziu a taxa de eclosão de T. semipenetrans em todas as
concentrações, à exceção da menor concentração (0,5 %), no quarto dia da avaliação. No
primeiro e quarto dias de avaliação, o número de juvenis eclodidos não diferiu entre as
concentrações do produto. Entretanto, no segundo, terceiro e quinto dias de avaliação, os
números de juvenis eclodidos nas concentrações de 1,0; 1,5 e 2,0% não diferiram entre si, tendo
sido significativamente menor que na concentração de 0,5% (Tabela 6).
A ação do ácido acético, outro componente do extrato pirolenhoso, sobre a eclosão de
juvenis de M. javanica também foi demonstrada por BANSAL et al. (1999). Segundo
SALGAGO & CAMPOS (2003), ovos com células e embriões em diversos estádios de
desenvolvimento são comumente encontrados nas massas de ovos. Essas diferenças nos estádios
de desenvolvimento embrionário podem ser uma das causas prováveis das variações que
usualmente se observam nos testes envolvendo o estudo da taxa de eclosão dos nematóides.
KHURMA & SINGII (1997) encontraram efeito tanto na eclosão de J2 de M. incognita e
de M. javanica quanto na mortalidade dos juvenis desses nematóides quando testaram o extrato
de sementes de Sesbania sesban (L.) Merr.
28
Tabela 6. Comparação das médias de eclosão de juvenis de
Tylenchulus
semipenetrans
, in vitro, relativa ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses.
Tratamentos
1
A1 A2 A3 A4 A5
0,0 2,83 a 3,18 a 3,07 a 2,86 a 3,67 a
0,5 2,13 b 2,27 b 2,50 b 2,23 ab 2,36 b
1,0 1,79 b 1,74 c 1,61 c 1,61 b 1,61 c
1,5 1,75 b 1,61 c 1,61 c 1,61 b 1,61 c
2,0 1,71 b 1,61 c 1,61 c 1,61 b 1,61 c
Teste F 12,01** 85,21** 39,78** 10,69** 112,81**
DMS (Tukey 1 %)
0,5948 0,3175 0,4685 0,7473 0,3551
CV (%) 13,32 6,98 10,31 17,24 7,49
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação; A2 = segundo dia
de avaliação; A3 = terceiro dia de avaliação; A4 = quarto dia de avaliação; A5 = quinto dia de avaliação.
As médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem
estatisticamente entre si, pelo teste de
Tukey, a 1% de probabilidade. Dados transformados em DLOG (x + 5,0).
4.2 Efeito do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
na Atividade de Juvenis de
Segundo Estádio de Meloidogyne incognita, M. javanica e Tylenchulus
semipenetrans in vitro
A Tabela 7 contém os dados relativos aos números de juvenis inativos e ativos
de
M. javanica
obtidos no primeiro dia (A1) e no segundo dia (A2) das avaliações, nas
concentrações do produto testadas, e o número de galhas que foram formadas por
esses juvenis. A variável A3 representa os números de galhas nas raízes de tomateiro
formadas pelos juvenis que ficaram um dia expostos ao produto nas diferentes
concentrações, contados aos 30 dias após a inoculação, e A4 representa os números
de galhas formados pelos juvenis que ficaram dois dias expostos às diferentes
concentrações do produto, contados aos 60 dias.
Os dados evidenciam que os números de juvenis inativos, obtidos nas
concentrações de 0,5; 1,0; 1,5 e 2%, em ambas as avaliações (A1 e A2), foram
significativamente maiores que na testemunha, a 1% de probabilidade. Na avaliação em
29
A1, os números de juvenis inativos nas concentrações de 1,0; 1,5 e 2,0% não diferiram
entre si, entretanto diferiram e foram significativamente maiores que na concentração
de 0,5%. Na avaliação em A2, os números de juvenis inativos nas concentrações de
1,0; 1,5 e 2,0% não diferiram entre si. Entretanto, foram significativamente maiores que
na concentração de 0,5%. Nessa concentração, o número de juvenis inativos também
não diferiu da concentração de 1%.
Quanto ao número de juvenis ativos, os dados evidenciam que em todas as
concentrações do extrato pirolenhoso, em ambas as avaliações (A1 e A2), foi menor
que na testemunha (Tabela 7). Na avaliação A1, o número de juvenis ativos foi menor
nas concentrações de 1,5 e 2,0%, diferindo estatisticamente das demais, a 1% de
probabilidade. Na avaliação A2, o número de juvenis ativos foi menor nas
concentrações de 1,5 e 2,0%, não diferindo entre si. Entretanto, a mobilidade dos
juvenis na concentração de 1,5% não diferiu da mobilidade dos juvenis na concentração
de 1,0%, e a concentração de 1,0% não diferiu da de 0,5% quanto a essa variável.
Quanto ao número de galhas nas raízes de tomateiro, formadas pelos juvenis
que foram mantidos um ou dois dias nas diferentes concentrações do produto,
avaliados aos 30 ou aos 60 dias após a inoculação, os dados evidenciam que o número
de galhas formadas pelos juvenis que foram expostos durante um dia às diferentes
concentrações do produto, foi estatisticamente menor que a testemunha, a 1% de
probabilidade. Entretanto, na avaliação aos 60 dias, os números de galhas formadas
pelos juvenis expostos por dois dias às diferentes concentrações do produto não
diferiram da testemunha. Esse fato foi atribuído ao aumento da população do nematóide
resultante do ciclo de vida secundário que ocorreu no período. CUADRA et al. (2000)
também observaram que o ácido pirolenhoso tinha ação nematicida sobre juvenis de
M.
incognita
.
30
Tabela 7. Comparação das médias de mobilidade de juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne incognita
e formação de galhas em raízes de tomateiro,
relativas ao efeito do extrato pirolenhoso Biopirol
®
,
em diferentes doses.
Inativos Ativos Número de Galhas Tratamentos
1
A1 A2 A1 A2 A3 A4
0,0 1,61 c 1,61 c 5,99 a 5,38 a 2,69 a 5,33 a
0,5 3,76 b 3,76 b 4,46 b 3,20 b
1,77 b 2,67 a
1,0 5,00 a 4,34 ab 2,75 c
2,47 bc
1,90 b 4,10 a
1,5 4,79 a 4,40 a 1,61 d
1,75 cd
1,74 b 4,02 a
2,0 4,55 a 4,42 a 1,61 d
1,61 d
1,61 b 1,61 a
Teste F 120,60** 82,14** 94,15 ** 75,30 ** 7,97** 2,34
NS
DMS (Tukey 1 %)
CV (%)
0,7610
10,61
0,7411
11,77
0,6243
7,250
0,6059
7,48
0,6637
15,65
4,0965
52,90
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação de juvenis inativos;
A2 = segundo dia de avaliação de juvenis inativos; A3 = número de galhas formadas pelos juvenis
recuperados em A1, aos 30 dias após a inoculação; A4 = número de galhas formadas pelos juvenis
recuperados em A2, aos 60 dias após a inoculação. As médias seguidas pelas mesmas letras nas
colunas não diferem
estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. Dados
transformados em DLOG (x + 5).
A Tabela 8 contém os dados relativos aos números de juvenis inativos e ativos
de
T. semipenetrans
obtidos no primeiro dia (A1), no segundo dia (A2), no terceiro (A3)
e no quarto dia (A4) de avaliações, nas diferentes concentrações do produto testadas.
Quanto ao número de juvenis ativos, os dados evidenciam que, em todas as
concentrações do extrato pirolenhoso testadas e em todas as avaliações, os valores
dessa variável foram estatisticamente menores que na testemunha, a 1% de
probabilidade (Tabela 8). No primeiro dia da avaliação (A1), o número de juvenis ativos
foi menor na concentração de 2,0%, diferindo das demais concentrações testadas.
Nessa avaliação, o número de juvenis ativos na concentração de 0,5% não diferiu da de
1%, mas ambas diferiram de 1,5%. No segundo dia da avaliação (A2), os números de
juvenis ativos nas concentrações de 1,0; 1,5 e 2,0% não diferiram entre si, mas
diferiram de 0,5%, sendo que os valores dessa variável, na concentração de 0,5%, não
31
diferiram da de 1%. No terceiro dia (A3) e no quarto (A4), o houve diferença entre as
concentrações do produto testadas.
Quanto ao número de juvenis inativos, os dados evidenciam que todas as
concentrações do extrato pirolenhoso diferiram estatisticamente da testemunha no
primeiro e segundo dias de avaliação, não diferindo entre si. No terceiro dia de
avaliação, o número de juvenis inativos foi maior, em todas as concentrações do
produto, que na testemunha, sendo que o diferiram entre si, mas as concentrações
de 1,5 e 2,0% também não diferiram da testemunha. No quarto dia de avaliação, não
houve diferença entre os números de juvenis inativos entre as concentrações do
produto e a testemunha (Tabela 8).
Tabela 8. Comparação das médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre a atividade de juvenis de
Tylenchulus
semipenetrans
in vitro.
A1 A2 A3 A4 Tratamentos
1
Inativos Ativos Inativos Ativos Inativos Ativos Inativos Ativos
0,0 1,61 b 6,39 a 1,61 b
5,47 a
3,70 b 4,43 a 3,44 a 3,68 a
0,5 5,92 a
4,52 b
5,21 a
2,99 b
4,59 a 2,32 b 4,16 a 1,76 b
1,0 5,82 a 3,90 b 5,24 a
2,71 bc
4,72 a 1,61 b 3,98 a 1,78 b
1,5 5,90 a 2,89 c 5,32 a 1,61 c 4,43 ab 1,61 b 3,26 a
1,61 b
2,0 5,63 a
1,61 d
4,93 a 1,61 c 4,47 ab 1,61 b 3,93 a 1,61 b
Teste F 505,76** 79,26 ** 161,74** 28,92 ** 3,98** 30,99** 3,36** 41,18 **
DMS (Tukey1 %)
CV (%)
0,3664
3,37
0,8789
10,42
0,5503
5,64
1,2825
20,40
0,8741
9,13
0,9601
18,97
0,9169
11,17
0,6086
13,34
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação de juvenis inativos; A2 =
segundo dia de avaliação de juvenis inativos; A3 = terceiro dia de avaliação de juvenis inativos; A4 = quarto dia de
avaliação de juvenis inativos. As médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem
estatisticamente entre
si, pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. Dados transformados em DLOG (x+5).
DIAS et al. (2000) avaliaram o efeito de extrato de hortesobre juvenis de
M.
incognita
e observaram baixa atividade nematicida, embora tenham registrado, também,
efeito nematostático. MAREGGIANI et al. (1997) não observaram atividade nematicida
do extrato acetônico de
Mentha
spp. sobre
M. incognita
. Porém, de acordo com
32
HASEEB et al. (1982), o extrato aquoso de
Mentha viridis
apresentou-se ativo sobre
juvenis de
M. incognita
. Segundo ABD-ELGAWAD & OMER (1995), os compostos
oxigenados, presentes no óleo essencial carvona, obtidos a partir de espécies de
Mentha
, como
M. spicata
e
M. longifólia
, podem ser parcialmente responsáveis pelo
efeito nematicida dessas espécies.
A Tabela 9 contém os dados relativos aos números de juvenis inativos e ativos
de
M. javanica
obtidos no primeiro dia (A1) e no segundo dia (A2) das avaliações, nas
concentrações do produto testadas, e o número de galhas que foram formadas por
esses juvenis. A3 representa os números de galhas nas raízes de tomateiro formadas
pelos juvenis que ficaram um dia expostos ao produto nas diferentes concentrações,
contados aos 30 dias após a inoculação, e A4 representa os números de galhas
formados pelos juvenis que ficaram dois dias expostos às diferentes concentrações do
produto, contados aos 60 dias. Os dados evidenciam que os números de juvenis
inativos, obtidos nas concentrações de 1, 1,5 e 2%, em ambas as avaliações (A1 e A2),
diferiram da testemunha, a 1% de probabilidade, mas não diferiram entre si. A
concentração de 0,5% do produto não diferiu da testemunha em nenhuma das
avaliações (A1 e A2) quanto à inativação dos juvenis.
Quanto ao número de juvenis ativos, os dados evidenciam que todas as
concentrações do extrato pirolenhoso, em ambas as avaliações (A1 e A2), diferiram da
testemunha, a 1% de probabilidade, mas não diferiram entre si no segundo dia de
avaliação (A2), com exceção da concentração de 0,5%, que diferiu das demais no
primeiro dia de avaliação (A1).
Quanto ao número de galhas nas raízes de tomateiro, formadas pelos juvenis
inoculados, os dados evidenciam que nem todos os juvenis inativos estavam mortos,
uma vez que, inoculados nas raízes do tomateiro, após a exposição ao produto, ainda
formaram galhas, embora em número muito reduzido.
33
Tabela 9. Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne javanica
in vitro
.
N
o
. de juvenis inativos
N
o
. de juvenis ativos N
o
. de galhas nas
raízes de tomateiro
Tratamentos
1
A1 A2 A1 A2 A3 A4
0,0 0,0 c 0,0 b 397,65 a 221,65 a
17,00 a 690,75 a
0,5 36,30 bc 37,25 ab 91,65 b 22,25 b
0,75 b 78,00 b
1,0 129,20 a 74,82 a 11,90 c 7,45 b
1,25 b 110,00 b
1,5 77,70 ab 65,00 a 0,00 c 0,90 b
1,00 b 138,75 b
2,0 89,60 ab 76,40 a 0,00 c 0,00 b
0,50 b 27,00 b
Teste F 8,30** 6,94** 220,76** 33,39** 4,58** 21,35**
DMS(Tukey1%)
CV (%)
75,5545
51,95
53,7342
48,51
50,1786
22,91
72,6901
65,94
14,7386
164,52
257,7593
56,47
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação; A2 = segundo dia
de avaliação; A3 = número de galhas formadas pelos juvenis recuperados em A1, aos 30 dias após a
inoculação; A4 = número de galhas formadas pelos juvenis recuperados em A2, aos 60 dias após a
inoculação. As médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem estatisticamente entre si,
pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade.
Na avaliação dos números de galhas formados pelos juvenis que ficaram um dia
expostos às diferentes concentrações de Biopirol
®
e que foram avaliados aos 30 dias
após a inoculação (A3), e os números das que foram formadas pelos que ficaram dois
dias expostos às diferentes concentrações do produto e que foram avaliadas aos 60
dias (A4), eles não diferiram entre si, mas diferiram da testemunha, a 1% de
probabilidade, denotando a ação deletéria do produto sobre os juvenis dos nematóides.
Na avaliação dos números de galha aos 60 dias, deve ser considerado que,
provavelmente, muitas dessas galhas foram formadas por juvenis oriundos da
reprodução dos que penetraram inicialmente, que o ciclo de vida do nematóide tem
duração média de 30 dias (FERRIS & FERRIS, 1998).
34
Avaliando diferentes extratos e produtos naturais sobre a eclosão e mortalidade
de juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne exígua,
em câmaras de eclosão,
SALGADO & CAMPOS (2003) observaram que o soro do leite e os extratos de canela,
fermento biológico e cloreto de sódio causaram 100 % de mortalidade após 24 h do
contato dos J2 com os extratos. Mortalidade acima de 50% também ocorreu nos
extratos de cravo-da-índia e no probiótico. Com relação à eclosão, entre todos os
extratos e produtos testados, a maior inibição ocorreu no soro do leite, probiótico
Controlmix®, em canela e em cravo-da-índia.
STEFFEN (2007), testando dez diferentes óleos essenciais de plantas medicinais
in vitro sobre
M. graminicola,
patógeno de arroz, observou que todos os óleos
reduziram a eclosão de juvenis de segundo estádio do nematóide, de 16 48% em
relação à testemunha.
4.3 Eficácia do Extrato Pirolenhoso Biopirol
®
no Manejo de Populações de
Nematóides em Cana-de-Açúcar a Campo
Em relação ao estudo da eficácia do extrato pirolenhoso BiopiroL
®
no manejo da
população de
Pratylenchus zeae
em cana, a campo, a comparação entre as médias
evidenciou que o tratamento-padrão com Furandan 350 SC foi significativamente mais
eficaz em reduzir a população do nematóide, apenas em relação à menor concentração
do produto (0,5%), mas não diferiu das demais concentrações de extrato pirolenhoso
nem mesmo da testemunha, aos 30 dias após a aplicação. As diferentes concentrações
do extrato pirolenhoso também não diferiram entre si nem da testemunha. Aos 60 e aos
90 dias após a aplicação, não houve diferença significativa entre os tratamentos (Tabela
10). Contudo, ROSSI & LIMA (2007), estudando a eficácia de
Metarhizium
sp., óleo de
Nim a 3% e Biopiro a 5%, conjcluíram que esses produtos tinham efeito supressor
sobre as densidades populacionais de
Pratylenchus
sp. e
Meloidogyne
sp.. Para os
nematóides oriundos do solo, óleo de Nim a 3% foi o tratamento com menor média para
Pratylenchus
sp. e
Beauveria
sp., Biopiro a 5% e torta de Nim, para
Meloidogyne
sp.
35
Todos esses diferiram de Biopiro plus a 3% e a 5%, mas não observaram diferenças
significativas entre as médias de densidades populacionais de
Helicotylenchus
sp.
Também não observaram diferenças para a produtividade da cana, entre os
tratamentos, em que pesem as afirmações de BRIDGE (1996), dando conta de que a
torta de Nim apresenta propriedades nematicidas.
Tabela 10. Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de populações de
Pratylenchus zeae
em cana-de-açúcar, a campo, aos 30, 60 e 90 dias
após a aplicação do produto.
Tratamentos
1
30 DAP 60 DAP 90 DAP
0,0
2,5670 ab 1,6094 a 1,6094 a
0,5
3,1860 a 1,6094 a 1,7074 a
1,0
2,4510 ab 1,6094 a 1,6094 a
2,0
2,5422 ab 1,6398 a 1,6094 a
4,0
2,5484 ab 1,6094 a 1,6094 a
carbofuran (Furadan 350 SC)
2,2665 b 1,6094 a 1,6094 a
Teste F 2,23* 1,00
NS
1,00
NS
DMS (Tukey 5%) 0,9075 0,0540 0,1742
CV (%) 19,68 1,88 6,03
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. As médias seguidas pelas mesmas letras nas
colunas não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. NS = Não-
significativo. 6,0 L /ha. DAP = Dias após a aplicação. Dados transformados em DLOG (X + 1).
Com relação ao estudo do extrato pirolenhoso BiopiroL
®
no manejo da população
de juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne
sp., em cana-de-açúcar, a campo, a
comparação entre as médias evidenciou que nenhuma das concentrações do Biopirol
®
diferiu estatisticamente da testemunha (água) nem do controle químico (Furadan 350
SC), aos 30 e 60 dias após a aplicação do produto. Aos 90 dias após a aplicação, a
comparação entre as médias evidenciou que a concentração de 2,0% de Biopirol
®
diferiu, a 5 % de probabilidade, da testemunha, não diferindo das demais concentrações
36
do produto nem do controle químico (Furadan 350 SC), conforme os dados da Tabela
11.
Tabela 11. Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de populações de
Meloidogyne
sp. em cana-de-açúcar, a campo, aos 30, 60 e 90 dias
após a aplicação do produto.
Tratamentos
1
30 DAP 60 DAP 90 DAP
0,0
1,81 a 2,04 a 2,27 a
0,5
1,60 a 1,77 a 2,07 ab
1,0
1,60 a 1,85 a 2,00 ab
2,0
1,61 a 1,64 a 1,61 b
4,0
1,61 a 1,64 a 1,77 ab
carbofuran (Furadan 350
SC)
1,61 a 1,64 a 1,81 ab
Teste F 1,0 NS 1,49 NS
2,94*
DMS (Tukey 5%) 0,3627 0,5811 0,6031
CV (%) 12,41
18,52 17,66
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. As médias seguidas pelas mesmas letras nas
colunas não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. NS =
Não-significativo. 6,0 L/ha. DAP = Dias após a aplicação. Dados transformados em DLOG (X + 1).
4.4 Eficácia do Extrato Pirolenhoso BiopiroL
®
no Manejo de Tylenchulus
semipenetrans em Citros a Campo
Em relação ao estudo da eficácia do extrato pirolenhoso Biopirol
®
no manejo de
Tylenchulus semipenetrans
, a campo, a comparação entre as médias evidenciou que as
concentrações de Biopirol
®
não diferiram estatisticamente da testemunha (água) nem
do controle químico com Aldicarb, em nenhum dos intervalos de avaliação (Tabelas 12 -
14).
37
Tabela 12. Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de
Tylenchulus
semipenetrans
em citros, a campo, aos 30 dias após a aplicação do
produto.
Tratamentos
1
de
espécimes no
solo (100 cm
3
)
de espécimes
nas raízes (10 g)
de ovos
nas raízes
(10 g)
0,0
5,56 a 3,04 a 6,86 a
1,0
5,39 a 4,21 a 6,75 a
2,0
4,31 a 4,39 a 7,14 a
4,0
5,22 a 2,25 a 6,45 a
8,0
4,41 a 2,03 a 6,63 a
aldicarb (Temik 150 G)
4,86 a 2,48 a 6,59 a
Teste F 0,62
NS
1,62
NS
1,01
NS
DMS (Tukey 5%) 3,2609 3,9083 1,1945
CV (%) 23,20 44,95 6,25
1
Concentrações do produto Biopirol
®
em porcentagem. As médias seguidas pelas mesmas letras nas
colunas não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. NS =
Não-significativo. = 130 g do p.c./árvore. Dados transformados em DLOG (X + 1).
38
Tabela 13. Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de
Tylenchulus
semipenetrans
em citros, a campo, aos 60 dias após a aplicação do
produto.
Tratamentos
1
de
espécimes no
solo (100 cm
3
)
de
espécimes nas
raízes (10 g)
de ovos nas
raízes
(10 g)
0,0
1,64 a 6,08 a 7,97 a
1,0
3,75 a 5,96 a 5,97 a
2,0
5,38 a 5,99 a 7,73 a
4,0
1,92 a 5,47 a 7,63 a
8,0
6,05 a 5,58 a 7,16 a
aldicarb (Temik 150 G)
1,92 a 5,48 a 7,70 a
Teste F 1,65
NS
1,62
NS
1,94
NS
DMS (Tukey 5%) 7,3243 3,9083 0,9783
CV (%) 74,90 44,95 5,99
1
Concentrações do produto Biopirol
®
em porcentagem. As médias seguidas pelas mesmas letras nas
colunas não diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. NS =
Não-significativo. = 130 g do p.c./árvore. Dados transformados em DLOG (X + 1).
39
Tabela 14. Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de
Tylenchulus
semipenetrans
em citros, a campo, aos 90 dias após a aplicação do
produto.
Tratamentos
1
de
espécimes no
solo (100 cm
3
)
de espécimes
nas raízes (10 g)
de ovos
nas raízes
(10 g)
0,0
2,33 a 6,19 a 7,24 a
1,0
3,18 a 6,21a 5,86 a
2,0
3,50 a 6,77 a 7,04 a
4,0
4,64 a 5,85a 6,92 a
8,0
3,81 a 3,62 a 6,12 a
aldicarb (Temik 150 G)
3,15 a 2,42 a 7,34 a
Teste F 0,34
NS
1,60
NS
0,90
NS
DMS (Tukey 5%) 6,5019 6,7388 3,1543
CV (%) 66,7400 45,9200 16,4700
1
Concentrações do produto Biopirol
®
em porcentagem. As médias seguidas pelas mesmas letras nas
colunas não diferem estatisticamente entre si, apelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. NS =
Não-significativo. = 130 g do p.c./árvore. Dados transformados em DLOG (X + 1).
REDDY et al. (1991), em estudos utilizando torta de mamona (
Ricinus communis
L.), torta de karanj (
Pongamia pinnata
L.) Pierre e torta de neem (
Azadirachta indica
A.
Juss.) a 20 g por planta e 8 g de sementes de arroz colonizadas por
Paecilomyces
lilacinus
(Thorn), por planta, observaram a xima redução na população de
T.
semipenetrans
na rizosfera de plantas cítricas com a combinação de neem +
P.
lilacinus
. A menor redução na população do nematóide nas raízes foi obtida com óleo
de mamona +
P. lilacinus
.
REDDY et al. (1996), utilizando óleo de mamona (
R. communis
), óleo de karanj
(
P. pinnata
) e óleo de neem (
A. indica
), nas doses de 20 ou 40 g por vaso, contendo 2
40
kg de solo, com 2 ou 4 g de semente de sorgo (
Sorghum bicolor
L.) colonizadas por
Trichoderma harzianum
Rifai, observaram que o óleo de mamona +
T. harzianum
, na
dose de 20 g + 2 g, respectivamene, provocaram a máxima redução na população de
T.
semipenetrans.
A utilização de produtos, tais como o extrato pirolenhoso, no entanto, deve ser
acompanhada de cuidados especiais. Com efeito, segundo ZANETTI (2004), a
presença do extrato pirolenhoso na solução de micronutrientes não interferiu na
concentração foliar de Cu e Mn, observando também que as plantas pulverizadas com
soluções contendo extrato pirolenhoso (1 a 10 cm
3
dm
-3
) + micronutrientes
apresentaram menor teor de Fe e maior teor de Ca no sistema radicular.
4.5 Eficácia do Extrato Pirolenhoso BIOPIROL
®
no Manejo de Populações
de Rotylenchulus reniformis e Meloidogyne incognita em Alface sob
Cultivo Protegido
Os dados relativos à eficácia do extrato pirolenhoso Biopirol
®
no manejo da
população de nematóides, em alface, estão inclusos na Tabela 15. Entre todas as
variáveis analisadas, foi observada diferença significativa entre os tratamentos apenas
em relação à estimativa da população de
M. incognita
nas raízes. Com efeito, a média
da estimativa da população do nematóide na concentração de 8% do produto foi
significativamente menor que as de 4 e 1%. Entretanto, não diferiu da testemunha nem
de 2%, sugerindo que diferenças tão pouco pronunciadas, entre os tratamentos, podem
advir mais da distribuição espacial irregular da população dos nematóides no solo do
que da própria ação direta do produto (Tabela 13). Contudo, GONÇALVES (2001),
estudando a ação do ácido pirolenhoso no controle de
Meloidogyne incognita
em
tomateiro, cultivar ssica, verificou que, quando se utilizou o ácido pirolenhoso em
diluição de 1:50, obteve-se o controle desse nematóide quando comparado com a
testemunha.
41
Tabela 15. Comparação entre as médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre o manejo de populações de
Rotylenchulus reniformis
e
Meloidogyne incognita
em alface, sob
cultivo protegido, aos 42 dias após a aplicação do produto.
Tratamentos
1
MMFA MMFR RS
(100 cm
3
)
RR
(10 g)
MiS
(100 cm
3
)
MiR
(10 g)
NOR
(10 g)
0,0 1,15 a 0,06 a 3,85 a 3,92 a 1,92 a 2,79 ab 3,91 a
1,0 1,43 a 0,06 a 3,88 a 3,48 a 1,77 a 4,29 a 4,17 a
2,0 1,28 a 0,06 a 3,82 a 3,76 a 1,61 a 2,66 ab 3,42 a
4,0 1,38 a 0,06 a 3,77 a 4,30 a 1,77 a 3,49 a 3,77 a
8,0 1,27 a 0,06 a 3,20 a 3,51 a 1,61 a 1,71 b 3,03 a
Teste F 0,33 NS 0,25 NS 0,61 NS 0,73 NS 0,66 NS 5,96** 1,11 NS
DMS (1%) 0,8090 0,0214 1,5282 1,6620 0,6877 1,6734 1,7780
CV (%) 36,00 20,53 23,90 25,38 22,94 32,44 28,13
1
Concentrações do produto Biopirol
®
em porcentagem. MMFA = Massa de matéria fresca da parte aérea
(média de 8 plantas). MMFR = Massa de matéria fresca das raízes (média de 8 plantas). RS = estimativa
da população de Rotylenchulus reniformis no solo. RR = estimativa da população de R. reniformis nas
raízes. MiS = estimativa da população de Meloidogyne incognita no solo. MiR = estimativa da população
de M. incognita nas raízes. NOR = número de ovos dos nematóides nas raízes. Dados transformados em
DLOG (x + 5). As médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem estatisticamente entre
si, pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. NS = não-significativo a 1% de probabilidade.
V. CONCLUSÕES
Os resultados obtidos no presente estudo dão suporte às seguintes conclusões:
1) O extrato pirolenhoso Biopirol
®
reduz a eclosão de juvenis de
Meloidogyne
incognita
, de
M. javanica
e de
Tylenchulus semipenetrans
in vitro.
2) O extrato pirolenhoso Biopirol
®
, em condições controladas, reduz a formação
de galhas formadas por
Meloidogyne incognita
e por
M. javanica
em raízes de
tomateiro.
3) O extrato pirolenhoso Biopirol
®
, nas concentrações de até 4%, não foi eficaz
para a redução da população de
Pratylenchus zeae
e
Meloidogyne
sp. em
cana-de-açúcar, a campo, e na redução da população de
Tylenchulus
semipenetrans
em laranjeira “Natal’ enxertada sobre limoeiro-cravo, a campo.
4) O extrato pirolenhoso Biopirol
®
, nas concentrações de até 8%, não foi eficaz
para a redução da população de
Rotylenchulus reniformis
e
Meloidogyne
incognita
em alface ‘Lucy Brown’, em ambiente protegido.
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2004. 77 f. Dissertação
(Mestrado em Agronomia) - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias,
Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2004
51
APÊNDICE A
Apêndice A. Comparação das médias de eclosão de juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne incognita
in vitro, relativa ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses*.
Tratamentos
1
A1 A2 A3 A4 A5
0,0 0,00 a 2,30 a 14,05 a 16,75 a 41,45 a
0,5 2,80 a 5,90 a 2,85 ab 4,20 a 17,15 ab
1,0 0,00 a 3,45 a 6,20 ab 7,05 a 13,25 b
1,5 6,70 a 0,00 a 3,45 ab 0,00 a 3,40 b
2,0 0,00 a 0,00 a 1,85 b 0,85 a 1,20 b
Teste F 2,48
NS
2,00
NS
3,34
*
2,76
NS
6,69 **
DMS (Tukey 5 %)
CV (%)
8,1685
196,76
7,7113
151,47
11,8313
95,33
17,7447
140,75
27,1391
81,23
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação; A2 = segundo
dia de avaliação; A3 = terceiro dia de avaliação; A4 = quarto dia de avaliação; A5 = quinto dia de
avaliação. As médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem
estatisticamente entre
si, pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. *Dados originais não-transformados.
52
APÊNDICE B
Apêndice B. Comparação das dias de eclosão de juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne javanica
in vitro
,
relativa ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses*.
Tratamentos
1
A1 A2 A3 A4 A5
0,0 9,80 a 7,10 a 14,80 a 11,25 a 28,05 a
0,5 8,55 a 3,90 a 6,65 ab 7,90 ab 6,95 b
1,0 6,75 ab 3,95 a 6,25 ab 3,75 ab 1,40 b
1,5 2,85 ab 1,40 a 0,00 b 0,00 b 4,85 b
2,0 0,00 a 2,75 a 1,20 b 0,00 b 0,00 b
Teste F 5,87 **
S
0,66
NS
5,03** 6,41** 9,85**
DMS (Tukey 1 %)
CV (%)
7,3612
60,27
11,3729
136,26
11,3953
90,23
8,5504
85,44
15,8803
88,10
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação; A2 = segundo
dia de avaliação; A3 = terceiro dia de avaliação; A4 = quarto dia de avaliação; A5 = quinto dia de
avaliação. As médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem
estatisticamente entre
si, pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. *Dados originais não-transformados.
53
APÊNDICE C
Apêndice C. Comparação das médias de eclosão de juvenis de
Tylenchulus
semipenetrans
, in vitro, relativa ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses*.
Tratamentos
1
A1 A2 A3 A4 A5
0,0 12,15 a 19,20 a 18,20 a 14,65 a 35,40 a
0,5 3,95 b 4,75 b 7,40 b 5,25 ab 5,75 b
1,0 1,10 b 0,85 bc
0,00 b 0,00 b 0,00 b
1,5 0,95 b 0,00 c
0,00 b 0,00 b 0,00 b
2,0 0,65 b 0,00 c
0,00 b 0,00 b 0,00 b
Teste F 18,30** 76,77** 11,51** 5,99** 38,07**
DMS (Tukey 1 %)
4,98 4,0893 10,2820 11,4020 10,9015
CV (%) 60,62 37,73 91,91 131,11 60,62
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação; A2 = segundo
dia de avaliação; A3 = terceiro dia de avaliação; A4 = quarto dia de avaliação; A5 = quinto dia de
avaliação. As médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não diferem
estatisticamente entre
si, pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. *Dados originais não-transformados.
54
APÊNDICE D
Apêndice D. Comparação das médias de mobilidade de juvenis de segundo estádio de
Meloidogyne incognita
e formação de galhas em raízes de tomateiro,
relativas ao efeito do extrato pirolenhoso Biopirol
®
,
em diferentes doses*.
Inativos Ativos Número de Galhas Tratamentos
1
A1 A2 A1 A2 A3 A4
0,0 0,00 c
0,00 b 397,57 a 221,65 a 11,50 a 535,25 a
0,5 40,35 bc
39,75 ab 91,65 b
22,25 b
1,00 b
85,00 ab
1,0 154,00 a 75,05 a 11,90 c
7,45 b
1,75 b
129,75 ab
1,5 117,25 a 81,10 a 0,00 c
0,90 b
0,75 b 134,50 ab
2,0 90,40 ab 78,85 a 0,00 c
0,00 b
0,00 b 0,00 b
Teste F 14,09** 10,85** 220,10 ** 33,39 ** 6,08** 4,04 *
DMS (Tukey 1 %)
CV (%)
71,1579
40,51
46,4879
38,72
50,2436
22,94
72,6901
65,94
8,4906
129,53
451,2832
116,75
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação de juvenis
inativos; A2 = segundo dia de avaliação de juvenis inativos; A3 = número de galhas formadas pelos
juvenis recuperados em A1, aos 30 dias após a inoculação; A4 = número de galhas formadas pelos
juvenis recuperados em A2, aos 60 dias após a inoculação. As médias seguidas pelas mesmas
letras nas colunas não diferem
estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade.
*Dados originais não-transformados.
55
APÊNDICE E
Apêndice E. Comparação das médias relativas ao efeito do extrato pirolenhoso
Biopirol
®
,
em diferentes doses, sobre a atividade de juvenis de
Tylenchulus
semipenetrans
in vitro*.
A1 A2 A3 A4 Tratamentos
1
Inativos Ativos Inativos Ativos Inativos Ativos Inativos
Ativos
0,0 0,00 b
590,20 a 0,00 b 236,05 a
37,85 a 84,25 a 29,70 a
37,35 a
0,5 371,95 a 109,65 b
187,95 a 26,40 b
97,50 a 9,00 b 63,20 a
1,00 b
1,0 343,40 a 44,60 bc
188,15 a 11,30 b
114,40 a
0,00 b 53,20 a
1,25 b
1,5 360,90 a 13,85 c
201,35 a 0,00 b
87,25 ab
0,00 b 22,50 a
0,00 b
2,0 275,00 a 0,00 c
137,50 a 0,00 b
85,25 ab
0,00 b 46,75 a
0,00 b
Teste F 30,95** 133,59 ** 14,88** 58,00 **
2,44
NS
18,21** 2,92
NS
17,60**
DMS (Tukey1 %)
CV (%)
122,2946
20,71
94,0559
28,38
94,6908
30,31
58,4847
48,89
79,7758
43,23
37,7650
92,67
42,8618
45,55
7,1474
99,09
1
Concentração do produto Biopirol
®
em porcentagem. A1 = primeiro dia de avaliação de juvenis inativos;
A2 = segundo dia de avaliação de juvenis inativos; A3 = terceiro dia de avaliação de juvenis inativos; A4 =
quarto dia de avaliação de juvenis inativos. As médias seguidas pelas mesmas letras nas colunas não
diferem estatisticamente entre si, pelo teste de Tukey, a 1% de probabilidade. *Dados originais não-
transformados.
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